parte iv compreensão/ interpretação de textos e tipologia textual

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Parte IV Compreensão/ Interpretação de Textos e Tipologia Textual

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Page 1: Parte IV Compreensão/ Interpretação de Textos e Tipologia Textual

Parte IVCompreensão/

Interpretação de Textos e

Tipologia Textual

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COMPREENSÃO:

Analisar o que realmente está escrito no texto, coletar dados dentro do texto.

Fazer inferências a partir do que está escrito no texto com o que está fora do texto.Inferir: deduzir; tirar uma conclusão a partir de uma análise.

INTERPRETAÇÃO:

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QUADRO SÍNTESE

Compreensão ( Está no texto) Segundo o texto... O autor/narrador do texto diz que... O texto informa que... No texto...O autor justifica ...O autor afirma que...

Interpretação ( Está fora [além] do texto) Depreende-se / Infere-se/ Conclui-se que... O texto permite deduzir que... É possível subentender-se a partir do texto que ... Qual a intenção do autor quando afirma que...

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PRATICANDO...

1- Para os índios brasileiros, o Movimento das Bandeiras foi formidável, pois representou para eles o que, hodiernamente, a S.I.D.A. é para nós: a morte. Quais palavras são sinônimos de formidável e hodiernamente ?

A- terrível, modernamenteB- terrível, antigamenteC- excelente, antigamenteD- excelente, modernamente

2-Indique o único item que serve como argumento favorável à defesa da legalização da pena de morte no Brasil.

A- A incapacidade de um ser humano julgar o outro com a isenção de ânimo B- O sistema carcerário encontra-se privado das condições necessárias capazes de promover a reabilitação para a plena convivência socialC- O sensacionalismo da mídia ao expor o sentimento dos familiares e amigos do réu diante da consumação da penaD- A irreparabilidade do erro jurídicoE- Os estados americanos que legalizaram a pena de morte apresentaram um recrudescimento no número de crimes violentos.

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Marque a única sequência que, ao completar o trecho abaixo, atenda às exigências de coerência, adequação semântica e formulação de argumentos.

O uso que se faz das madeiras nobres é outra prova de insensatez, agravando o desmatamento indiscriminado, em si mesmo uma aberração. Ocorre que, na ânsia de promover o aumento da nossa receita cambial.

A- os empresários do setor madeireiro alinham-se aos ecologistas contra extinção das madeiras nobres.B- deixa-se de exportar essa madeira, para usá-la na indústria de marcenaria nacional.C- dificulta-se a exportação justamente para os países que mais remuneram essa madeira.D- a indústria tem preferido desenvolver os projetos que exigem grande consumo de madeiras nobres.E- facilita-se a exportação dessa madeira, em toras, o que é desvantajoso financeiramente, em relação à madeira elaborada. X

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Síntese:

Formulação de argumentos- comprovação de ideias.- (objetiva ou subjetiva)Adequação semântica- significado das palavras – adequar o vocabulário à situação.Coerência – Unidade - (lógica, nexo, sentido).Coesão – sustenta a unidade. Diferença entre coerência e coesão.

Coerência – global ( em todo o texto).Coesão – local (elementos coesivos que nos remetem a coerência do texto).

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PARQUES EM CHAMAS

Saudados por ecologistas como arcas de Noé para o futuro, por serem repositórios de espécies animais e vegetais em extinção acelerada noutras áreas do país, alguns dos 25 parques nacionais do Brasil tiveram, na semana passada, a sua paisagem mutilada pelo fogo. A rigorosa estiagem que acompanha o inverno no Centro-Sul ressecou a vegetação e abriu caminho para que as chamas tragassem 6 dos 33 quilômetros quadrados do Parque Nacional da Tijuca, pegado à cidade do Rio de Janeiro, e convertessem em carvão 10% dos 300 quilômetros quadrados do Parque Nacional do Itatiaia, na divisa de Minas Gerais com o Estado Do Rio de Janeiro. Contido pelos bombeiros já no fim de semana, na Tijuca, e abafado por uma providencial chuva no Itatiaia, na quarta-feira, o fogo pipocou em outro extremo do país. Naquele dia , o incêndio começou no Parque da Serra da Capivara, no sertão do Piauí, calcinado há seis anos pela seca, e avançou pela caatinga, que esconde as pinturas rupestres inscritas na rocha, há pelo menos 31.500 anos, pelo homem brasileiro pré-histórico.

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O autor justifica o fato de os ecologistas referirem-se aos parques nacionais como “arcas de Noé para o futuro” da seguinte maneira:

a) Porque são áreas preservadas da caça e pesca indiscriminadas;b) Porque ocupam espaços administrativamente delimitados pelo o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal;c) Porque espécies animais e vegetais que estão se extinguindo em outras regiões têm preservada sua sobrevivência nesses parques; d) Porque há agentes florestais incumbidos de zelar pelos animais e vegetais dos parques;e) Porque nesses parques colecionam-se casais de espécies animais e vegetais em extinção noutras áreas.

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2. A respeito dos incêndios referidos pelo autor, depreende-se do texto que:

a) Embora tivessem ameaçado espécies animais e vegetais raras, apresentaram um lado positivo: aumentaram a produção de carvão;b) Foram provocados pela rigorosa estiagem do inverno, no Centro-Sul, e pela seca prolongada no sertão nordestino; c) Não foram debelados por providenciais chuvas que eventualmente vieram a cair sobre os parques;d) Não foram combatidos com presteza e eficiência pelos bombeiros;e) Destruíram parte da flora e fauna das reservas, desfigurando sua paisagem. X

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Normalmente é através dos adjetivos , dos advérbios e dos verbos no gerúndio que podemos observar um juízo de valor.

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3. Depreende-se que o autor do texto, em relação ao fato descrito, manifesta:a) Descaso;b) Hesitação;c) Desesperança;d) Pesar;e) Indiferença;

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Texto 1- TempoO tempo, como o dinheiro, é um recurso escasso. Isso poderia sugerir que ele se presta, portanto, à aplicação do cálculo econômico visando o seu melhor proveito. O uso racional do tempo seria aquele que maximiza a utilidade de cada hora do dia. Diante de cada opção de utilização do tempo, a pessoa delibera e escolhe exatamente aquela que lhe proporciona a melhor relação entre custos e benefícios.Ocorre que a aplicação do cálculo econômico às decisões sobre o uso do tempo é neutra em relação aos fins, mas exigente no tocante aos meios. Ela cobra uma atenção alerta e um exercício constante de avaliação racional do valor do tempo gasto. O problema é que isso tende a minar uma certa disposição à entrega e ao abandono, os quais são essenciais nas atividades que envolvem de um modo mais pleno as faculdades humanas. A atenção consciente à passagem das horas e a preocupação com o seu uso racional estimulam a adoção de uma atitude que nos impede de fazer o melhor uso do tempo.Valéry investigou a realidade dessa questão nas condições da vida moderna: “O lazer aparente ainda permanece conosco e, de fato, está protegido e propagado por medidas legais e pelo progresso mecânico. O nosso ócio interno, todavia, algo muito diferente do lazer cronometrado, está desaparecendo. Estamos perdendo aquela vacuidade benéfica que traz a mente de volta à sua verdadeira liberdade. As demandas, a tensão, a pressa da existência moderna perturbam esse precioso repouso.” O paradoxo é claro. Quanto mais calculamos o benefício de uma hora “gasta” desta ou daquela maneira, mais nos afastamos de tudo aquilo que gostaríamos que ela fosse: um momento de entrega, abandono e plenitude na correnteza da vida. Na amizade e no amor; no trabalho criativo e na busca do saber; no esporte e na fruição do belo − as horas mais felizes de nossas vidas são precisamente aquelas em que perdemos a noção da hora.(Adaptado de Eduardo Giannetti. O valor do amanhã. São Paulo, Cia. das Letras, 2005, p.206-209)

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Texto 11- O posicionamento crítico adotado pelo autor em relação ao emprego do cálculo econômico sobre a utilização do tempo está em:

A- o uso racional do tempo seria aquele que maximiza a utilidade de cada hora do dia.B- diante de cada opção de utilização do tempo, a pessoa delibera e escolhe exatamente aquela que lhe proporciona a melhor relação entre custos e benefícios.C- A atenção consciente à passagem das horas e a preocupação com o seu uso racional estimulam a adoção de uma atitude que nos impede de fazer o melhor uso do tempo...D- Isso poderia sugerir que ele se presta, portanto, à aplicação do cálculo econômico visando o seu melhor proveito.E- O lazer aparente ainda permanece conosco e, de fato, está protegido e propagado por medidas legais e pelo progresso mecânico.

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Texto 2A carta, essa personagem central do últimos séculos, foi solapada pelo e-mail e sumiu sem que nos déssemos conta, sem que pudéssemos velá-la ou guardar luto. Partiu da vida para entrar na história e não deixou, vejam só, sequer uma carta de despedida.Claro que ainda nos chegam envelopes por baixo da porta, mas não passam de tristes arremedos das gloriosas folhas de papel que outrora relataram o descobrimento de continentes, alimentaram amores impossíveis, aproximaram amigos distantes; ringues nos quais travaram-se as mais apaixonadas pelejas intelectuais Quem mais perdeu com a morte da carta não foi a amizade, meus caros, não foi o amor nem a profundidade: o grande órfão do declínio postal foi o carteiro, esse distinto profissional que em sua época áurea era um pouco enfermeiro, bombeiro, cupido, trazendo em sua bolsa verde a preciosa literatura cotidiana.Havia uma ingenuidade na figura do carteiro, algo que pertencia essencialmente ao século XX e que não cabe no XXI; um homem a pé ou de bicicleta que vinha entregar à mão um bilhete escrito também à mão . Tudo isso se foi com um clique. Para o nosso bem , é verdade, mas se foi; era bonito e deve, portanto, ser lembrado.(Adaptado de Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 06/06/2012

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Leia atentamente as afirmações abaixo.I- Com o surgimento de novos meios de comunicação, a sociedade contemporânea deixou para trás o hábito de escrever cartas à mão, o que segundo o autor do texto, representou uma grande perda para a qualidade dos relacionamentos interpessoais.II – Para o autor, a inocência e a importância da imagem do carteiro se extinguiram juntamente com o fim da carta escrita à mão.III – Ao descrever as extintas cartas escritas à mão como gloriosas folhas de papel, o autor tem a intenção de enaltecê-las.

Está correto o que se afirma apenas em:A- IB- I e IIC- II e IIID- IIE- I e III

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A frase redigida com correção e lógica está em:

A- As cartas convencionais que são transportadas fisicamente , enquanto os e-mails através da internet é transmitido virtualmenteB- os provedores de acesso à internet, que fica conectado 24 horas por dia, são responsáveis pelo envio da mensagem até o destinatário final.C- Até que alguém pegue uma carta convencional, onde o carteiro deixou na caixa de correios, elas ficam vulneráveis e sujeitas a avarias. D- A vantagem dos e-mails é a velocidade, pois o receptor recebe as mensagens imediatamente , enquanto no correio tradicional o receptor só as recebem dias depois.E- Ainda hoje há aqueles que acreditam que uma carta transmite sentimentos com mais veracidade e poesia do que um e-mail.

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3- Considerando-se o contexto, o significado das palavras abaixo está INCORRETO em :A- pelejas = defesas apaixonadasB- áurea = primorosasC- arremedos = cópias feitasD- profundidade = quimeraE- outrora = em tempos passados

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Ninguém duvida de que as redes sociais alteram crenças e comportamentos humanos. Desde que nossos ancestrais andavam em bandos pelas estepes africanas, as redes sociais serviam para trocar ideias, homogeneizar crenças e influenciar atitudes. Nessas populações, as redes operavam por meio de conversas face a face, em volta de uma fogueira. Mais tarde, nas cidades, havia discussões em praça pública, conversas nos mercados e discursos de políticos. Foram essas redes sociais que moldaram o pensamento e as ações das civilizações antigas e das nações modernas. Mas na última década surgiu a comunicação digital e parte das interações sociais adquiriu um caráter virtual, a partir de sistemas como o Facebook, o Twitter e outros, que nada mais são do que as velhas redes sociais, agora na forma digital. Muitos cientistas se perguntam qual o seu poder real. Exemplos recentes, como a Primavera Árabe, sugerem que as novas redes sociais influenciam comportamentos e crenças, mas é difícil definir e medir separadamente a contribuição das redes tradicionais e a das redes digitais para esse processo. Como teria sido a Primavera Árabe sem e-mail, Twitter e Facebook?

(Adaptado de Fernando Reinach. Disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,facebook-e-indu cao-ao-voto-,939893,0.htm)

Page 20: Parte IV Compreensão/ Interpretação de Textos e Tipologia Textual

Leia com atenção as afirmações abaixo.

I. O autor usa a expressão redes sociais para designar tanto as novas tecnologias de comunicação virtual como as formas ancestrais de socialização e troca de informações entre os seres humanos.

II. O ponto de interrogação empregado no último parágrafo é desnecessário e poderia ser dispensado, pois se trata de uma pergunta retórica, já que se infere do texto que o movimento social conhecido como Primavera Árabe apenas se disseminou pelos países árabes porque houve ali acesso maciço às tecnologias de comunicação virtual.

III. Infere-se do texto que o comportamento de uma pessoa é influenciado em alguma medida pelo comportamento daqueles com quem ela se comunica de alguma forma.

IV. O autor defende a tese de que, desde a época primitiva, as crenças e os valores dos membros de uma determinada comunidade são moldados pelas ideias dos que ostentam posição hierárquica superior.

Está correto o que se afirma APENAS emA- I e IIIB- I, II e IVC- III e IVD- I e IIE- II e III

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Economia religiosaConcordo plenamente com Dom Tarcísio Scaramussa, da CNBB, quando ele afirma que não faz sentido nem obrigar uma pessoa a rezar nem proibi-la de fazê-lo. A declaração do prelado vem como crítica à professora de uma escola pública de Minas Gerais que hostilizou um aluno ateu que se recusara a rezar o pai-nosso em sua aula.É uma boa ocasião para discutir o ensino religioso na rede pública, do qual a CNBB é entusiasta. Como ateu, não abraço nenhuma religião, mas, como liberal, não pretendo que todos pensem do mesmo modo. Admitamos, para efeitos de argumentação, que seja do interesse do Estado que os jovens sejam desde cedo expostos ao ensino religioso. Deve-se então perguntar se essa é uma tarefa que cabe à escola pública ou se as próprias organizações são capazes de supri-la, com seus programas de catequese, escolas dominicais etc.A minha impressão é a de que não faltam oportunidades para conhecer as mais diversas mensagens religiosas, onipresentes em rádios, TVs e também nas ruas. Na cidade de São Paulo, por exemplo, existem mais templos (algo em torno de 4.000) do que escolas públicas (cerca de 1.700). Creio que aqui vale a regra econômica, segundo a qual o Estado deve ficar fora das atividades de que o setor privado já dá conta.Outro ponto importante é o dos custos. Não me parece que faça muito sentido gastar recursos com professores de religião, quando faltam os de matemática, português etc. Ao contrário do que se dá com a religião, é difícil aprender física na esquina.Até 1997, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação acertadamente estabelecia que o ensino religioso nas escolas oficiais não poderia representar ônus para os cofres públicos. A bancada religiosa emendou a lei para empurrar essa conta para o Estado. Não deixa de ser um caso de esmola com o chapéu alheio.(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 06/04/2012)

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1 -No que diz respeito ao ensino religioso na escola pública, o autor mantém-se

a) esquivo, pois arrola tanto argumentos que defendem a obrigatoriedade como o caráter facultativo da implementação desse ensino.

b) intransigente, uma vez que enumera uma série de razões morais para que se proíba o Estado de legislar sobre quaisquer matérias religiosas.

c) pragmático, já que na base de sua argumentação contra o ensino religioso na escola pública estão razões de ordem jurídica e econômica.

d) intolerante, dado que deixa de reconhecer, como ateu declarado, o direito que têm as pessoas de decidir sobre essa matéria.

e) prudente, pois evita pronunciar-se a favor da obrigatoriedade desse ensino, lembrando que ele já vem sendo ministrado por muitas entidades.

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Page 23: Parte IV Compreensão/ Interpretação de Textos e Tipologia Textual

Mesmo com os avanços na área de segurança, os crimes virtuais, ou cibercrimes, continuam causando muitos problemas financeiros, como mostrou um estudo feito pela empresa de segurança Norton no ano de 2012. De acordo com o estudo, somente no Brasil, os prejuízos superam a casa dos R$ 15 bilhões por ano. No mundo todo, esse valor sobe para cerca de R$ 220 bilhões. Entre os motivos para esses números expressivos, estão o aumento de ataques a dispositivos móveis e redes sociais e a própria lentidão do sistema no combate aos crimes.O estudo revela que, com a prosperidade da economia brasileira e a crescente aquisição de computadores e celulares, o Brasil tem-se mostrado um alvo importante para os criminosos, além de se apresentar como origem de grande parte dos ataques no mundo. Nesse quesito, o país está em quarto lugar no ranque mundial, atrás apenas dos Estados Unidos da América, da China e da Índia. A tradição social do país pode contribuir para esse fato, já que sítios de relacionamento como Facebook, Orkut e Twitter são populares também entre os criminosos. Eles conseguem angariar informações pessoais sobre as vítimas e ainda utilizam as plataformas para disseminar ameaças. A pesquisa mostra que os usuários da Internet, em geral, ainda não se preocupam em checar links antes de compartilhá-los ou desconectar-se dos sítios ao deixar de navegar neles, e não têm ideia se suas configurações são públicas ou privadas.A pesquisa indica, ainda, que 30% das pessoas no mundo não pensam sobre o cibercrime, por não acreditarem que poderiam ser vítimas desse tipo de ação, enquanto 21% admitem não tomar quaisquer medidas de segurança quando estão online. De fato, os usuários nem sequer têm percepção da própria situação: 51% não entendem como funcionam os procedimentos de segurança virtual e não sabem reconhecer se seus sistemas estão infectados, 55% não têm certeza se seu computador está livre de ameaças e 48% utilizam apenas um antivírus básico. A esse respeito, um dos responsáveis pelo estudo afirma: “É como andar rápido em uma rodovia sem um cinto de segurança.” No entanto, ele reconhece que, aos poucos, as pessoas estão se educando: 89% já apagam emails suspeitos. Bruno do Amaral. Perdas com cibercrimes chegam a R$ 15 bi no Brasil por ano. Internet: <http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias> (com adaptações).

Page 24: Parte IV Compreensão/ Interpretação de Textos e Tipologia Textual

De acordo com as ideias do texto,no Brasil, é comum o acesso de criminosos às redes sociais, fato que tem reflexo no número considerável de crimes virtuais praticados no país.( ) certo ( ) errado

O fato de o usuário permanecer conectado a um sítio na Internet depois de deixar de navegar em suas páginas pode deixar esse usuário vulnerável a cibercrimes.

( )Certo ( ) errado

A prosperidade da economia brasileira e a crescente aquisição de computadores e celulares no Brasil são responsáveis pelo fato de o país figurar entre as nações que mais sofrem com os prejuízos provocados por crimes virtuais( ) Certo ( ) errado

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Page 25: Parte IV Compreensão/ Interpretação de Textos e Tipologia Textual

Julgue o item que se segue, relativo à estrutura linguística do texto.

O sentido original e a correção gramatical do texto seriam mantidos, caso a expressão “Mesmo com os” fosse substituída por A despeito dos.

( )Certo ( ) errado

Julgue o item que se segue, relativo à estrutura linguística do texto. A partícula “se”, tanto na linha 14 quanto na linha 15, introduz circunstância condicional.

( )Certo ( ) errado

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Page 26: Parte IV Compreensão/ Interpretação de Textos e Tipologia Textual

TECNOLOGIA EDUCACIONAL E DIGITAL NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEOElaine Turk Faria

O objetivo deste artigo é apresentar um estudo sobre as possibilidades e necessidade de utilização da tecnologia digital nas instituições de ensino, bem como da introdução da cultura tecnológica entre alunos e professores, onde se inclui a educação à distância e as disciplinas semipresenciais no ambiente acadêmico.Com frequência, lemos nos jornais, revistas e na literatura científica atual o quanto nossos jovens estão familiarizados com a tecnologia e têm facilidade no seu manuseio. Veem e Vrakking (2009) denominam os jovens desta época de “geração homo zappiens, que cresceu usando múltiplos recursos tecnológicos desde a infância”. Para estes autores, a geração homo zappiens é digital, e a escola é analógica. Reforçando essa posição, Marc Prensky, educador americano, escreveu um artigo em 2001 sobre os imigrantes digitais e os nativos digitais, em que faz uma divisão entre os que veem o computador como uma novidade e os que não imaginam a vida antes dele, pois têm contato com a tecnologia logo após o nascimento.Esta situação, vivenciada na sociedade contemporânea, tem implicações tanto nas escolas de educação básica quanto nas universidades, já que este é o novo perfil dos estudantes e dos acadêmicos. Consequentemente, os cursos de licenciatura, onde se inclui também o curso de Pedagogia, têm de preparar os futuros professores para atuarem neste contexto.[Texto adaptado]Fonte: Aprender e ensinar: diferentes olhares e práticas.Maria Beatriz Jacques Ramos & Elaine Turk Faria (orgs.).Porto Alegre: PUCRS, 2011, p. 13.

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No último parágrafo, a autora diz que “esta situação, vivenciada na sociedade contemporânea, tem implicações tanto nas escolas de educação básica quanto nas universidades, já que este é o novo perfil dos estudantes e dos acadêmicos”.

Assinale a alternativa que reescreve o trecho acima sem comprometer o significado original.

A) Como o novo perfil dos estudantes e dos acadêmicos é este, o que se vivencia na sociedade atual é uma situação que tem implicações sobretudo nas escolas de educação básica e nas universidades.B) Esta situação, que a sociedade contemporânea vivencia, tem implicações não só nas escolas de educação básica como nas universidades, tendo em vista que este é o novo perfil tanto dos estudantes quanto dos acadêmicos.C) A sociedade contemporânea tem vivenciado esta situação, cujas implicações se dão não apenas nas escolas de educação básica, mas inclusive nas universidades, porquanto este perfil é muito novo entre estudantes e acadêmicos.D) A vivência da sociedade contemporânea em relação a este novo perfil de estudantes e acadêmicos é uma situação que implica escolas de educação básica e universidades.E) Já que a sociedade contemporânea vivencia uma situação que implica tanto as universidades quanto as escolas de educação básica, esse é o novo perfil dos estudantes e dos acadêmicos.

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Tipologia Textual

I. Texto Narrativo;II. Texto injuntivo;III. Texto Descritivo;IV. Texto dissertativo;I. Texto Narrativo – contar um fato em sequênciaCaracterísticas: Tempo verbal predominante – pretérito.Exemplos de gêneros textuais narrativos: piada, fábula, parábola, epístola(carta com relatos), conto, novela, epopeia, crônica(mix de literatura com jornalismo), romance.Quem conta(narrador), o que ocorreu(o enredo), com quem ocorreu (personagem),como ocorreu(conflito/clímax), quando/onde ocorreu (tempo/espaço) são elementos presentes neste tipo de texto. Foco narrativo com narrador de 1º pessoa(participa da história-onipresente) ou 3ª pessoa( não participa da história-onisciente)Classe gramatical predominante - verbo

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Exemplo: Numa noite brilhante do mês de fevereiro, Fernando e Juliana caminhavam pela rua que conduzia à praça, ao sabor das estrelas. Como em um conto de fadas, ela estava totalmente apaixonada por mim, o Fernando da história. Era o momento ideal para ser atrevido, surpreendendo-a. Foi nesse momento que o rapaz(infelizmente este sou eu de novo) tomou um tapa daqueles na cara! Eita ! Bendita autoestima.

2-Texto Descritivo - fazer um retrato por escrito(ou não) de um lugar, pessoa...Características principais: Os recursos formais mais encontrados são os de adjetivo(adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função caracterizadora.Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enumeração.A noção temporal é normalmente estática.Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a definição.Normalmente aparece dentro de um texto narrativo.Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anúncio, propaganda, relatórios, biografia,tutorial.Exemplo:Era uma casa muito engraçada Porque a casa não tinha chãoNão tinha teto, não tinha nada Ninguém podia dormir na redeNinguém podia entrar nela, não Porque na casa não tinha parede

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3-Texto injuntivo (instrucional) -indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, instrui o interlocutor. É utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos , nas leis jurídicas.Características principais: Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com verbos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas)Essas características são encontradas em vários gêneros textuais, como horóscopos, receitas de bolo, discursos de autoridades, manual de instruções, livros de auto-ajuda, leis etcMarcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etcExemplo:Impedidos do Alistamento Eleitoral( art.5 do Código Eleitoral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenente ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais.

Page 33: Parte IV Compreensão/ Interpretação de Textos e Tipologia Textual

4-Texto dissertativo (expositivo e argumentativo)

A- Expositivo Esclarece um assunto de maneira atemporal com o objetivo de explicá-lode maneira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.Características principais: Apresenta introdução , desenvolvimento e conclusão.O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, informar.Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa de ponto de vista.Apresenta linguagem clara e imparcial.

Exemplo:

O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na expressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um determinado tema. Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a dissertação expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um assunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.

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B- ArgumentativoApresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade, clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu intuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor.Características principais:Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estratégias argumentativas causa-efeito, dados estatísticos, testemunho de autoridade, citações, confronto, comparação, fato-exemplo, enumeração...); conclusão(síntese dos pontos principais com sugestão / solução).Principais gêneros textuais em que se observam características desse tipo de texto: redação de concursos, artigos de opinião, cartas de leitor, discursos de defesa/acusação, resenhas...Utiliza verbos na 1ª pessoa(normalmente nas argumentações informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo(normalmente nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e um caráter de verdade ao que está sendo dito.Constitui-se de linguagem cuidada, com estrutura lexicais e sintáticas claras, simples e adequadas ao registro culto.Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modalizações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados.

Page 35: Parte IV Compreensão/ Interpretação de Textos e Tipologia Textual

Há um cuidado com a progressão temática, isto é, como o desenvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios.Às vezes, usam-se elementos de primeira pessoa como recurso retórico para envolvero leitor no pensamento do autor do texto. Os verbos normalmente se encontram no presente do indicativo ou no futuro do presente

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O CAMPEÃO DA DESIGUALDADE

Trazendo de seu processo histórico contradições profundas e alimentando, atualmente, os grandes desníveis sociais, o Brasil tem recebido, em primeiro lugar, o prêmio da desigualdade. (A) Violência urbana, analfabetismo, exploração de crianças, miséria, falência da saúde pública e o ensino compõem um triste quadro.(B) Um lamentável quadro presente em todos os discursos políticos. Alguns com propostas mirabolantes para a salvação da pátria; outros, tímidos. Mas sobre todos pairam dúvidas quanto ao pragmatismo das soluções ou quanto à sinceridade dos proponentes.(C) Enquanto as soluções não saem do papel ou da fala mansa dos políticos, o monstro da desigualdade vai se agigantando: o Brasil tem um parque industrial que vem se modernizando, mas possui mais de 10 milhões de analfabetos funcionais; está entre as 10 primeiras economias mundiais, mas 32 milhões de brasileiros em estado de miséria absoluta.(D) O país “viável”, que almeja um futuro brilhante, deve, com urgência urgentíssima, estancar esse processo de desníveis gigantes e criar soluções eficazes para combater a crise generalizada(E), pois a uma nação doente, miserável e semi-analfabeta não compete a tão sonhada modernidade.(F) (Adaptado – Folha de S.Paulo)

1º § - INTRODUÇÃOA- tema : O Brasil é o campeão da desigualdade. Contextualização : decorrência de um processo histórico problemático e dos grandes desníveis sociais.

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2§ e 3§ - DESENVOLVIMENTO

B- Argumento 1 : Exploram –se dados da realidade que remetem a uma análise do tema em questão.C- Argumento 2 : Considerações a respeito de outro dado da realidade – coloca-se sob supeita a sinceridade de quem propõe soluções.D- Argumento 3: Uso do raciocínio lógico de oposição.

4§ - CONCLUSÃO

E- Uma possível solução é apresentada.F- Apoiando-se no raciocínio lógico de oposição , o texto conclui que desigualdade não se casa com modernidade.

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PRATICANDO...IADES/2014

O movimento feminista começou a florescer no Brasil na virada do século 20. Diante da omissão da Constituinte de 1891 acerca do voto feminino, a baiana Leolinda de Figueredo Daltro deu entrada no requerimento de seu alistamento eleitoral. Não obteve sucesso, mas também não entregou os pontos. Em 23 de dezembro de 1910, fundou no Rio de Janeiro o Partido Republicano Feminista. O grupo tinha como principal objetivo mobilizar as mulheres pelo direito de votar. Em 1917,uma passeata organizada por Leolinda contou com a participação de 90 mulheres. O que hoje não pararia o trânsito deve ter causado horror em distintos senhores e madames.(...)

Quanto à tipologia , o texto classifica-se como, predominantemente,

A- descritivoB- dissertativo-argumentativoC- descritivo, mas com várias passagens narrativasD- narrativoE- dissertativo argumentativo, mas com várias passagens descritivas.

X

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O exercício da advocacia criminal constitui instrumento de equilíbrio social. Não haveria paz e tranquilidade se os julgamentos fossem realizados sem leis antecipadamente organizadas e se os réus — por mais graves que fossem os crimes cometidos — pudessem ser condenados sumariamente sem defesa.Quando se fala em defesa, trata-se da ampla defesa, que abrange o direito de recorrer, quando a decisão não for favorável. O recurso ampara-se em dois fundamentos de natureza psicológica. De um lado, o sentimento inato, inerente ao gênero humano, de inconformidade com a derrota. De outro, a certeza universal da falibilidade humana. Daí o impulso existencial legítimo de ver um julgamento desfavorável reexaminado, de preferência por quem lhe pareça mais qualificado por melhores dotes de sabedoria e experiência, e mesmo, ainda que por simples presunção, por melhores valores culturais e morais. Se, na vida, recorrer ao amparo dos nossos semelhantes é uma necessidade, a lei não poderia deixar de acolher a utilização de recursos para o seu trato diário, como uma forma de ver-se prestigiada, ou seja, para que as parte envolvidas no processo se sintam amparadas, com a sensação de que a decisão foi, tanto quanto possível, devidamente apreciada, imparcial e justa.

Tales Castelo Branco. Todo réu deve ter defesa. Internet: http://super.abril.com.br (com adaptações).Considerando as ideias e a tipologia do texto apresentado, julgue os itens subsequentes.

O texto pode ser classificado como dissertativo, visto que nele se defende a ideia da importância da ampla defesa e se desenvolve argumentação a partir dela.

CORRETO

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A afirmação abaixo está correta ou incorreta?

Ao se dirigir ao juiz, pediu-lhe o advogado de defesa que adiasse a sessão, informando ao magistrado que sua principal testemunha estava adoentada e, por essa razão, impossibilitada de comparecer. - Em discurso direto, a fala do advogado seria :Solicito-lhe, Meritíssimo, que adie a sessão, uma vez que minha principal testemunha encontra-se adoentada, o que a impede de comparecer.

CORRETO

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Um circo e um antipalhaço Em 1954, numa cidadezinha universitária dos Estados Unidos, vi “o maior circo do mundo”, que continua a ser o sucessor do velho Barnum & Bailey, velho conhecido dos meus primeiros dias de estudante nos Estados Unidos. Vi então, com olhos de adolescente ainda um tanto menino, maravilhas que só para os meninos têm plenitude de encanto. Em 1954, revendo “o maior circo do mundo”, confesso que, diante de certas façanhas de acrobatas e domadores, senti-me outra vez menino. O monstro – porque é um circo-monstro, que viaja em três vastos trens – chegou de manhã a Charlottesville e partiu à noite. Ao som das últimas palmas dos espectadores juntou-se o ruído metálico do desmonte da tenda capaz de abrigar milhares de pessoas, acomodadas em cadeiras em forma de x, quase iguais às dos teatros e que, como por mágica, foram se fechando e formando grupos exatos, tantas cadeiras em cada grupo logo transportadas para outros vagões de um dos trens. E com as cadeiras, foram sendo transportadas para outros vagões jaulas com tigres; e também girafas e elefantes que ainda há pouco pareciam enraizados ao solo como se estivessem num jardim zoológico. A verdade é que quem demorasse uns minutos mais a sair veria esta mágica também de circo: a do próprio circo gigante desaparecer sob seus olhos, sob a forma de pacotes prontos a seguirem de trem para a próxima cidade. O gênio de organização dos anglo-americanos é qualquer coisa de assombrar um latino. Arma e desarma um circo gigante como se armasse ou desarmasse um brinquedo de criança. E o que o faz com os circos, faz com os edifícios, as pontes, as usinas, as fábricas: uma vez planejadas, erguem-se em pouco tempo do solo e tomam como por mágica relevos monumentais. Talvez a maior originalidade do circo esteja no seu palhaço principal. Circo norte-americano? Pensa-se logo num palhaço para fazer rir meninos de dez anos e meninões de quarenta com suas piruetas e suas infantilidades. O desse circo – hoje o mais célebre dos palhaços de circo – é uma espécie de antipalhaço. Não ri nem sequer sorri. Não faz uma pirueta. Não dá um salto. Não escorrega uma única vez. Não cai esparramado

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no chão como os clowns convencionais. Não tem um ás de copas nos fundos de suas vestes de palhaço. O que faz quase do princípio ao fim das funções do circo é olhar para a multidão com uns olhos, uma expressão, uns modos tão tristes que ninguém lhe esquece a tristeza do clown diferente de todos os outros clowns. Trata-se na verdade de uma audaciosa recriação da figura de palhaço de circo. E o curioso é que, impressionando os adultos, impressiona também os meninos que talvez continuem os melhores juízes de circos de cavalinhos. Audaciosa e triunfante essa recriação. Pois não há quem saia do supercirco, juntando às suas impressões das maravilhas de acrobacia, de trabalhos de domadores de feras, de equilibristas, de bailarinas, de cantores, de cômicos, a impressão inesperada da tristeza desse antipalhaço que quase se limita a olhar para a multidão com os olhos mais magoados deste mundo. FREYRE, Gilberto. In: Pessoas, Coisas & Animais. São Paulo: Círculo do Livro. Edição Especial para MPM Propaganda, 1979. p. 221-222. (Publicado originalmente em O Cruzeiro, Rio de Janeiro, seção

Os trechos de “Em 1954 [...] encanto” (. 1-7) e “O gênio de organização [...] monumentais.” (. 29-36) caracterizam-se, quanto ao tipo de texto predominante, por serem, respectivamente

(A) descrição e narração (B) narração e argumentação (C) narração e descrição (D) argumentação e descrição (E) argumentação e narração

X

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Os extratos 1 e 2 do texto apresentam características que permitem estabelecer diferenças entre a tipologia textual.1) “Você começa a escrever um e-mail de trabalho, e é interrompido pelo toque do celular.

Atende à ligação e, quando desliga, vê avisos de mensagens na telinha. Abre uma delas e, antes mesmo de responder, algum colega chama você para terminar aquela conversa que começaram de manhã...”

2) “Como empreendia seus próprios projetos e trabalhava de casa, o empresário não sabia mais o que era horário de expediente , final de semana ou feriados. Mas reagiu a essa falta de limite e criou espaço para folga e diversão.”

Considerando tais características , constata-se que o extrato:

A- 1 é argumentação, e o 2, narração;B- 1 é narração, e o 2,argumentação;C- 1 é narração, e o 2, descrição;D- 1 é descrição, e o 2, argumentação;E- 1 é descrição, e o 2, narração X

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Nativos de gêmeos tendem a adquirir inúmeros compromissos diários e a ter uma quantidade acachapante de ideias povoando a sua cabeça. Cuidado para que não atrapalhem o bom andamento de seu dia-a-dia, pois a distração será sua ordem da semana. Para não agir de forma precipitada e acabar fazendo alguma besteira por pura falta de paciência, conte até 10 antes de responder a qualquer provocação! Talvez você precise fazer uma adaptação em seus projetos, mas persiga seus objetivos. Considere que está passando por um teste de paciência e não tome nenhuma decisão precipitada. (http://somostodosum.ig.com.br/horoscopo/gemeos.asp)

Considerando as características do texto acima, constata-se que ele é: (A) descritivo (B) narrativo(C) injuntivo (D) dissertativo-argumentativo (E) dissertativo-expositivo

X

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Diversas são as naturezas dos instrumentos de que dispõe o povo para participar efetivamente da sociedade em que vive. Políticos, sociais ou jurisdicionais, todos eles destinam-se à mesma finalidade: submeter o administrador ao controle e à aprovação do administrado. O sufrágio universal, por exemplo, é um mecanismo de controle de índole eminentemente política – no Brasil, está previsto no art.14 da Constituição Federal de 1988, que assegura ainda o voto direto e secreto e de igual valor para todos - , que garante o direito do cidadão de escolher seus representantes e de ser escolhido pelos seu pares.Costuma-se dizer que a forma de sufrágio denuncio , em principio , o regime político de uma sociedade. Assim quanto mais democrática a sociedade, maior amplitude do sufrágio.(...)No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os requisitos da nacionalidade, idade e capacidade, além do requisito formal do alistamento eleitoral. Todos requisitos legítimos e que não tornam inapropriado o uso do adjetivo universal.

O texto é, essencialmente,

a) informativo. b) prescritivo e normativo. c) dissertativo-argumentativo. d) narrativo. e) descritivo.