thommas sérgio

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Page 1: Thommas Sérgio

T h o m m a s S é r g i oi n d o m a v e l . t u m b l r . c o m

Page 2: Thommas Sérgio

Eu sei que era mais simpáti-

co, mas é culpa desse

amor desmedi-do que tem me deixado sem

saco.

O 2 . T h o m m a s S é r g i o

“T h o m m a s S é r g i o

Page 3: Thommas Sérgio

Thommas Sérgio:Uma sincronia sistemática em

uma cadeia bilateral de “prodígias”

sensações que furtam minha gravidade.

“ “T h o m m a s S é r g i o

Page 4: Thommas Sérgio

AA vida corre como um mistério incansável para nos assustar, não é mes-mo? Mas são em manhãs como esta que encontro a resposta para as minhas inseguranças, ouvindo o barulho da chuva lá fora, tudo cinza demais, esse frio correndo por entre os móveis e você deitada em minha cama, com o lençol cobrindo apenas parte do teu corpo lindo e macio onde passei toda a madrugada encontrando as minhas repostas, tocan-do-te como a um violino, tirando as notas mais belas transformadas em

gemidos. Essas ondas do teu cabelo se espalhando pelo travesseiro, essa tua boca entreaberta chamando meus lábios e mesmo ainda adormecida me excitando de tal forma que poderia ser pecado. Puxo a poltrona antiga e fico aqui sentado admirando tua beleza de mulher natural, normal, com esse teu cheiro misturando teu perfume da noite passada com o cheiro do suor delicioso que fiz teu corpo produzir, o âmago da inocência que tu já não tinha, mas que renovou-se assim que entrei em ti, desvendei to-

dos os caminhos deturpados desse teu papiro de emoções aglutinados, e assim como uma navalha de paixão cortei teu corpo inteiro, deixando marcadas poética nessa pele de mulher.Se eu fechar meus olhos vejo os lapsos violentos do amor gostoso que fizemos, das tuas unhas correndo loucas por minhas costas, minha bar-ba fazendo cócegas entre tuas pernas, minha língua desvendando tuas curvas, meus dentes deixando marcas insaciáveis dessa nossa devoção de amor. Ah, minha querida, minha mulher, calmaria dos meus dias… mesmo se eu desejasse seria impossível esquecer esse teu gosto de primavera em mim. Levo meus dedos até meus lábios, deslizo por eles e posso voltar a navegar na delícia constante e migratória da tua boca a minha, no casamento devasso das nossas línguas, da realização pro-fética do meu gozo em ti e você em mim. Vida da minha ressurreição, senhora do meu destino, profetiza do meu futuro, dama dos meus medos e desejos… Hoje eu te juro, não apenas fazer poesia em ti, soneto em teu corpo, florescer nossos sentimentos, mas casar com toda a tua vida, teus anseios, tuas meiguices… e passar cada segundo da minha vida sendo a realização dos teus sonhos mais escondidos.

O 4 . T h o m m a s S é r g i o

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EEu sou a angústia e o tormento naufragando numa calmaria inconstante de elos perdidos carregados de sentimentalismo destroçado. O amor me acertou com uma fúria de titãs que pensei que não mais existia, arreba-tou minha mente como um caleidoscópio de sensações diferentes con-fusas, gritantes, como cristais sendo quebrados em meio a madrugada quando todo o silêncio em minha alma se faz presente. Não há como

seguir com a mesma intensidade depois que se apaixona, pois partes de ti se perdem entre casulos de covardes que ousam lutar contra o amor, se vestem com trapos de falsas felicidades e cantam para uma independência fabricada. Não há calos nas mãos deles, nem marcas em seus cor-pos, traduzindo, não possuem história. Dizem que passa a se viver quando teu coração acelera desnorteadamente por alguém, então, estás amando. Pois bem, eu discordo, é ser muito presunçoso em achar que o amor, um senti-mento tão gigantesco possa se concentrar apenas em um

pequeno pedaço do teu ser, do teu corpo. Nessas vertigens perdidas de supostas revelações, concluo que não amo apenas com coração, eu amo com a junção universal de tudo ao meu redor, de tudo que me forma, eu amo além das minhas limitações e fronteiras, amo acima das capacida-des ocultas da psique, eu amo de uma forma tão abstrata e real que tudo se torna indefinido, indecifrável, porém único.

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S I M P L Ó R I O S L A P S O S D E C E R T E Z A .

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EEles não eram um casal como nos romances, muito menos merecedo-res de serem lembrados, mas eram fiéis um ao outro, tocavam-se com a mesma certeza que não haveria outra pele para ser tocada do que do outro. Eles poderiam ficar por horas calados, mas jamais distantes. Encontravam as respostas que precisavam apenas ao olhar a face da-quele que amava, e assim se passavam os dias de uma forma tão breve, sem acontecimentos demasiados, sem amores impossíveis, sem capas

de revistas, sem letras de música, sem serenata à luz da lua. Eram apenas normais, um casal qualquer, num apar-tamento apertado, dividindo os problemas da vida, cui-dando de um cachorro, esquecidos em meio ao mapa da cidade, procurando diversão em dvd’s alugados, pizza congelada, um vinho qualquer. Mas, meus caros leitores, ali estava o verdadeiro amor. Ele não sabia como seria o futuro dele se acordasse e não visse aquela sua senhora descabelada, com aquele ronco baixinho, usando sua ca-misa preferida que ficava enorme nela, sem calcinha, com

vontade de dormir mais um pouco. E ela não podia se ver no amanhã sem a bagunça diária dele, sem as coisas que ele deixava fora do lugar apenas como sinais para que por ali ele passou, ou quando chegava do nada e dizia “Eu amo você”. Eles não viviam em um castelo, não eram poetas, não eram personagens de histórias infantis, nem foram descritos por Machado de Assis. Ele nem era tão galante, ela nem era uma prin-cesa, mas aos olhos deles, não havia pessoa mais bela do que o outro. Poderiam até não concordar quando recebiam elogios do outro, mas se sentiam sublimes por saberem que quem amava o via como a última es-trela do céu. Ele nem era de dar flores, mas quando fazia mudava toda a alma dela, lembro-me até o dia que ele adentrou em casa, ela estava chateada, ele carregava um buquê de flores. Ela olhou, ele estava com aqueles olhos que diziam da forma mais singela “me perdoe por ter ma-chucado você”. Ela apenas olhou, sentiu as lágrimas virem aos olhos, virou o rosto, mordeu a boca e agradeceu mentalmente por ele ser dela de uma forma que nem a briga passada o fez desistir do amor. Eles não eram perfeitos, não pretendiam ser, mas uma coisa eles tinham certeza: haviam se moldado ao outro de tal forma que não poderia existir vida se não fosse dentro do outro.

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E L E S S E E N C A I X A V A M .

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AAh meu bom Deus, me perdoe por fraquejar, mas meus pés andam can-sados de tanto caminhar, vazio, solitário, com feridas que não consigo cicatrizar. Perdoe-me pelos pensamentos impuros que tenho cultivado, mas é que esse coração bandido não sabe mais o que fazer, tem estado tão fraco que pensas até em morrer. Eu sei, eu sei, meu Senhor, que a vida é linda e precisamos acreditar, ter fé no amanhecer e nas água do mar, contudo, espero que me entendas que não sei no que mais acre-

ditar, a fé está se perdendo como areia em alto mar, tudo fica cinza demais e, juro para Ti, não sei como mais pintar as telas dos meus dias, por isso estou aqui a lamentar. Eu sei que o Senhor é o Pai de todos nós, Curador das nos-sas feridas, mas parece, se me permite, que as minhas ficaram escondidas, tão escondidas que nem o sol que o Senhor nos presenteou, anda a conseguir me aquecer e afastar as sombras de outros amores que esfaquearam meu ser. Eu entendo que andas Ocupado, claro, isso não

posso me meter, só quero que saiba que está difícil assim sobreviver. Então, eu peço, se me permitir, que abra um novo caminho para mim e me faça por ele andar, já que meus pés estão a desistir. Eu sei que tenho lágrimas nos olhos, eu imploro para conseguir me redimir, mas dessa forma não suporto, pois estou mesmo a sumir, a sumir em pequenos pe-daços deixados ao longo da minha jornada, como se cada dor levasse uma partícula da minha alma. E então, aqui eu deixo minha última súpli-ca, se vós que aqui lês, eu peço longas desculpas, mas estou partindo, morrendo em minha própria angústia e espero que façam a lápide mais linda para deixar gravado que “Aqui descansa uma alma sofrida. Sofrida por amor, sofrida pela partida”.

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S U P L I C O A T I , M E U S E N H O R .

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SSabes, meu amor, ando com medo da nossa poesia acabar sem as-sim você entender, quando menos esperar. Não é que eu seja pessi-mista, mas ando com saudade de você em minha vida, e fico meio que apressando os dias para ver se tu voltas logo para mim, mas parece que quanto mais eu quero, mais tu corres de mim. Tenho preparado o nosso quarto, o jardim que tu sempre quis ter, lavei até os lençóis para que não venhas a perceber as lágrimas que nele enxuguei durante as

noites de inverno. Sabes, meu amor, tenho preguiça de ir a praia no verão e ver todos aqueles casais apaixona-dos em suas roupas de banho, loucos para nadar. O mar não me traz mais felicidade, se tornou um companheiro de boemia e longas horas de álcool e cigarro a beira da praia. Não é que eu seja pessimista, mas ando com medo que tu não penses em voltar. A vida anda comprida de-mais, as horas parecem que não passam, ando pensando que meu relógio está quebrado, seria a única explicação para tanto maresia durante o dia. As noites andam frias,

mesmo quando ligo o aquecedor, o café virou água e aqueles discos que costumávamos ouvir se quebraram e não quero mais. Sabes, meu amor, ando com vontade de sumir, caminhar por aí sem rumo, ou arrumar minhas malas e apenas partir, deixar, quem sabe, um bilhete contando como foi difícil esperar, mas tenho medo que um dia ele se perca entre a poeira que em meu quarto ficará. Não é que eu seja pessimista, mas ando com medo de falar alto as preces e ninguém me resguardar, então eu escolho o silêncio da boca e o barulho da alma, quem sabe assim o sonho possa te trazer para perto de mim. Sabes, meu amor, a vida anda pouco agitada depois que você se foi, começo até a pensar que tu nem lembras mais de mim, que já arranjou outro com uma barba melhor, uma voz mais pura, ou um poeta qualquer. Medo que tenhas percebido que sou apenas um vagabundo que de amor quero morrer e depois de ser sepultado poder ver aqueles que um dia me conheceram falarem sem medo: - Esse? Esse morreu de morte matada. – Matada? Quem o matou? – À espera do amor que não decidiu regressar.Não que eu seja pessimista, meu amor… mas vamos concordar.

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C A R T A D E U M P E S S I M I S T A Q U A L Q U E R .

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SSe eu rezar para ti, tu confiarás em meu amor? Eu sei que você preza de-mais por aquelas três palavras, mas meu amor, andam falando-as tanto que talvez, assim, bem aqui dentro em mim, entre nós, elas estejam se tornando poucas. Eu não quero oferecer mais as estrelas, o céu, a lua ou o que for, pois nada disso me pertence, quero apenas que segure minha mão, me deixe caminhar ao teu lado, deixe-me beijar teu rosto inteiro enquanto sussurro que você mudou cada parte da minha história. Não

quero apenas romance, nem lágrimas de saudade, nem coração batendo acelerado, nem quero me perder apenas em teus lábios, eu quero viver em teus dias, contar meus segredos, matar dragões, roubar-te da torre mais alta, levar-te para ver o pôr-do-sol na serra, contar quantos si-nais há em teu corpo enquanto ainda está sonolenta numa manhã qualquer de domingo. Eu quero recitar poesias em teu ouvido e te ouvir sorrir envergonhada com o roçar ca-rinhoso da minha barba em tua pele. Eu quero é brigar contigo e antes mesmo que saia do quarto, eu corra para

me desculpar. Quero que carregues com amor este anel em teu dedo e toda vez que para ele tu olhar, acredite que meu amor está além daque-las três palavras. Eu quero mais que romance, eu quero morrer contigo, quero passar todo o ciclo da vida ao teu lado, plantando e colhendo os frutos dessa nossa história de amor. Não preciso ter medo das dores que virão, que irão nos quebrar, nunca prometi perfeição, mas prometo ser a tua cura quando pensar que não se salvará mais. Eu serei aquele que vai bombear ar por tua boca e fará com que volte a respirar. E mesmo se um dia tuas lágrimas forem pesa-das demais, desde já peço perdão por não ser perfeito, mas acredite, meu amor, faremos da nossa vida uma perfeita e magnífica vivência de amor, porque tudo que tenho a te oferecer não pertence a mais ninguém, não é como o céu que quaisquer olhos podem ver, ou as estrelas que ousam iluminar à todos… o que te ofereço, meu amor, só você tem e terá, pois está aqui guardado em mim e para achar basta apenas olhar em meus olhos e verá a imagem do meu maior tesouro… que é você.Um… eu te amo já não basta mais!

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U M E U T E A M O J Á N Ã O B A S T A M A I S

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EEu sempre pensei que havia um mapa guardado em uma das gavetas em meu quarto, para encontrar as estradas perfeitas para o amor, mas esta-va enganado, jamais haveria como definir caminhos por onde devemos passar, o amor não se limita, não impõe rodovias. Já tentei resgatar os anos que perdi amando quem não devia… Mas… se não devia por que amei? Então, de certa forma para alguma coisa valeu a pena as lágrimas que derramei, as malas que fiz, os adeus que recebi e dei, a raiva que

passei, as dores que sofri, as cicatrizes que recebi e as promessas que diante meus olhos se quebraram. Eu cres-ci, fortaleci minha base, montei um forte ao redor do meu coração, lapidei tudo com mais calma, deixei a porta da minha casa fechada para apenas quem realmente queria entrar batesse antes. Abri as janelas, descobri o sol, dei-xei o vento entrar, ao contrário da maioria não me fechei e nem me abri para o amor, apenas cuidei do meu lado. Por muito tempo nada senti, apenas empurrei os dias lon-

gos, as horas tolas, as piadas vazias e sempre aquela memória de dias que eram bons, eu e ela, ela e eu, nós dois… e mais nada. Mas então eu percebi que não valia a pena glorificar o passado se diante meus olhos eu tinha você, e foi então que o brilho da sua existência me pegou como uma criança em colo de mãe, acolheu-me por inteiro, lavou minhas feridas, me protegeu dos medos do passado, fez casinha de sapê em meu coração, varreu todo o egoísmo e decepção para fora de mim, deu banho em meu corpo, me vestiu para a missa do nosso amor e fez amor comigo como jamais pensei que fosse possível assim, desse jeito, tão gostoso… só você e eu e mais nada.Hoje meu amor não tem mais estradas, ele apenas existe sem limites, sem rodovia ou sinal de pare, ele apenas está aqui, voando entre nós, pairando sobre nossas cabeças, conduzindo meus dedos, fazendo mú-sica e poesia em mim. O amor quando alcança essa fase não se reduz às lembranças, não se confunde, nem se faz desesperanças, ele por si só se renova, se faz criança a correr atrás de balão, ele é sol, é noite, é o equilíbrio desse ciclo da vida. Esse amor que temos é como o primeiro raio de sol após tempestade, é a primeira flor da primavera, é a melhor gota de orvalho em uma folha qualquer. Nosso amor não é um romance com começo, meio e fim, é história viva, é sentimento de pele, de alma e coração. Nosso amor é como um diário de menina, cheio de corações e rabiscos de sentimentos puros e gostosos. E hoje, depois de tudo, das dores que tivemos de outros amores, não somos mais estrelas pendu-radas por um só fio, nosso amor, meu amor, é corrente, é corrente e só.

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H- Hum… eu já disse que amo teus olhos?- Não, não disse… Quer dizer, já disse que me ama toda. - respondeu ela enquanto se embrulhava ainda mais em meu peito.- Pois bem, tem algo em seus olhos que ainda não sei descrever. Deixei-me pensar… É como se… seus olhos estivessem falando algo para mim… e… Dá vontade de ficar olhando e chorar enquanto eu os encaro…- Mas, mas, amor, eu estou nua em teus braços, acabamos de fazer amor e tu repara mais em meus olhos?

- Verdade, de certa forma tu és inteiramente deliciosa. Teu corpo me dá muito, muito prazer, mas são teus olhos que mostram a tua alma. - Deus…- É, eu sei… Ele caprichou em ti.- Amor, eu vou chorar…- É como se me falasse: dói, está doendo, mas estou aguentando. Não são olhos, são caminhos, são caminhos que me instigam a querer caminhar. Não são simples e

amendoados olhos, são furtivas percepções paradisíacas misturadas com uma gota de infantilidade que os tornam puros e chamativos. Pode-riam, claro, serem mais que meros olhos, por isso eu chamo de porto… Hum… Não são olhos… são pontes.Ela repousou suas mãos em meu peito e ficou a brincar com minha bar-ba. Levou tua face linda até meu queixo e depositou um beijo delicado, enquanto deslizava meus dedos pelo teu corpo unido ao meu… delicio-so, perfeito…- Eu quero fazer amor contigo de novo… - sussurrou ela em meu ouvido com tanto carinho que quase me fez chorar.- Hum, hum, faremos, mas deixe-me terminar… Esconde a dor num bri-lho que mesmo sabendo que machuca, que sufoca… eles ainda brilham. Eles chamam, convidam… Eles nos prendem em seus grilhões e sussur-ram… Sussurram formas tão nobres de nos capturar. Podem ser apenas olhos, mas para mim, se tornam um casulo, um relicário de sol. Podem servir apenas para olhar… Mas quanto desperdício! Eu sei que são mais que olhos. São pedaços do paraíso olhando diretamente para mim.- Me diz… como voltar a respirar?- Não se preocupe meu amor, meus beijos irão te salvar…

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E D E P O I S D O S E X O S E M P R E V E M O A M O R .

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EEu sempre acreditei na concepção do amor eterno, das longas noites de amor, das tardes vendo o sol se despedir… em tudo que há de mágico quando estamos amando. Eu só não acreditava no adeus de um amor tão lindo. Jamais imaginei que um dia estaria sentado no canto da nossa cama olhando para as tuas malas prontas sobre o carpete que centenas de vezes já fizemos amor ali, exatamente ali, como dois irresponsáveis

apaixonados. Não dá para encarar isso. Meus olhos não foram feitos para te ver partir, não mesmo. Não sou forte o suficiente para isso. Meus olhos foram feitos para admirar a tua beleza, as curvas do teu corpo que tu tanto recla-mavas ser imperfeito, mas que ao toque dos meus dedos eram as montanhas mais verdejantes e perfeitas que Deus poderia ter feito…Eu não sei dar adeus, meu amor. Sinto muito. Eu posso até permitir que tu vás… posso até mesmo pronunciar ADEUS, mas saiba que aqui, em meu peito, ainda bate

desesperadamente o amor que um dia dediquei apenas a ti, minha doce e perfeita senhora. Eu jurei te amar além de tudo, além do mundo… Eu jurei que iria me recriar quantas vezes fossem necessárias para em teu peito poder novamente repousar. Mas se tudo isso fora pouco… Se meu amor, minha vida, meu coração e até mesmo meu suspirar foram poucos para ti… Diz pra mim, amor, diz… o que seria o suficiente para ti?Por quê? Deus, por que arrumar essas malas e partir quando ainda há amor dentro de mim? Para que mutilar tudo que um dia juramos que iria se eternizar? Custava tu apenas tentar mais uma vez e mudar?Não entendes? Nem sequer um centímetro do que estou tentando falar? Olhe pela janela meu amor, por favor, olhe… Notou? Estás chovendo lá fora, estás frio… Então, vem, vida, vem para os meus braços, deixe-me te proteger de todas as gotas de chuva desse mundo e se mesmo assim tu quiser se banhar, que seja de flores, flores essas que estou a cuidar no jardim do amor que prometi sempre te dar.Não… não vá… Eu pedi tanto para tu ficar. Não quebre o meu e o teu coração, não é justo com nossas almas… Eu não vou resisti… Não vou. Tu estás…- Não… não… por favor, no toque nessas malas…E eu jamais pensei que doeria tanto te ver partir assim… sem nem olhar para trás.

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SSempre perguntam o que faríamos por amor? Sempre elevam o amor ao seu grau máximo de aceitação. Mas nunca, nunca perguntam: quanto tempo durará seu amor?Ninguém sabe ou apenas evita acreditar que o amor seja perecível, esquecível, esgotável, sufocante… Ninguém quer saber mesmo o que seria capaz de suportar por amor, mas querem saber o que você faria para senti-lo.Os apaixonados diriam: eu morreria por amor. Morreria?Mentira!Não se morre de amor. Se decepciona por amor.Você entrega a única coisa que mais faz sentido na sua vida nas mãos de um estranho e implora que essa pessoa cuide daquilo que para você é tudo.E o que fazem?Pisam… socam seu coração… Apertam tanto o pobre coitado que você, mesmo estando do outro lado do país, acaba sentindo a falta do ar.Seus olhos vagam a procura de uma resposta, ou alguma coisa que te

faça esquecer que a dor está ali queimando.Você passa o dia procurando se perder em algo, você tenta, você luta para fugir…Mas passa segundo, passa segundo, passa… e a dor martela.Porque… nada você pode fazer, o coração não te perten-ce mais, você o entregou a outra pessoa.O coração não faz mais parte de ti. Você deu aquilo que era seu e a pessoa não se importou.

Pegou seu coitado coração, colocou numa caixa e deixou esquecido na estante.Ele lá ficou… recebendo poeira, vento, umidade.Chegaram até a se mudar e aquela caixa ficou lá… largada, sozinha, fechada.E não voltaram para buscar.É… sinto dizer… aquilo era seu coração.Doeu não foi? Eu sei.E depois você tenta viver sem ele, sem o bater do seu amor.Eu sei, você luta. Deus eu sei que você luta.Mas não adianta, você não tem mais coração .Daí, concentra sua força, sua energia, seu poder, sua necessidade de viver… e cria um coração provisório.E vai empurrando os dias com ele… vai respirando devagar, vai rindo por fora e querendo morrer por dentro.Você tenta mentir para si mesmo e para todos. Passa a responder para o mundo em piloto automático.Estou bem e você? Claro, eu ajudo. Não tem problema, eu faço.

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Quando na verdade você só quer gritar ou chorar e entre soluços falar: Ei, eu estou caindo… Me segura?E os dias vão passando e você se perdendo daquilo que era, daquela pessoa de antes.Você aprende a viver sem coração.E vem um…E vem outro…E para completar… ainda quebram seu coração provisório.Você se ajoelha e começa a catar aqueles pedacinhos de coração criado por você.Todo mundo passa ao seu redor, te cumprimenta, te dedica bons mo-mentos…Mas ninguém nota que você está ali porque está catando seu coração, ou o que sobrou dele.E você vira um jardim sem flores.Você passa a lembrar que seu coração e sua alma falaram: Ei, o amor é como as estações, elas mudam.Mas você, claro, para viver um grande amor, se doa… se perde. Porque, se lembre, você morreria por amor.Só que… você já está morrendo por amor.E então… a pessoa que você deu seu coração não entra, some, te es-quece… e você fica a vagar na página dessa pessoa apenas para matar a saudade, e deixa uma, duas, três, várias declarações…E no fim do dia você percebe que aquilo não eram declarações de amor…Eram atos de dependência .E o ar volta a sumir…E você tenta esconder a dor de novo, jogá-la para debaixo das cobertas, chama seus amigos, muda a música…Mas não adianta… Deus… você está amando.Não, não, não… Desculpe te iludir…Você está……morrendo por amor.E a garganta fica seca, cria-se um bolo enorme nela que você não con-segue colocar para baixo, não consegue engolir.Aquela sensação de choro não sai de você. O medo, a dor, o desespero começam a dar espaço.Você pára, fecha os olhos, implora paz, respira devagar, mas quando abre os olhos…Nada.É isso que você encara.E um dia essa pessoa tenta aparecer…E você segura sua dor e diz a si mesmo: hoje vai me ouvir!Mas aí… a pessoa diz que te ama e que estava com saudade.Ah… seus idiotas!Toda a dor vai embora.Todo o vestígio de dor some… nada mais fica e você puxa o ar, enche os pulmões.

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Só que não esqueça… Você não pode parar de morrer.E ela se vai… e leva com ela… o resto de vida que você lutou tanto para ter.Ah, se essa pessoa soubesse o quanto você lutou, o quanto você se mul-tiplicou e foi forte para ter uma mera sobrevivência para estar ali, mesmo acabado por dentro, mas sorrindo para ela… Nossa, ela teria ficado mais que vinte minutos.Se ela soubesse que você estava ali diante dela sangrando e fechando as feridas para seu sangue não jorrar nela…Essa pessoa teria se ajoelhado a você e implorado perdão.Mas elas não fazem.Elas… essas miseráveis que nos roubam o coração, seja homem ou mu-lher, só sabem pisar…Por quê?Porque demos a certeza que sempre estaríamos aqui.Só que…Aquela caixinha…A caixinha esquecida num quarto vazio e cheio de poeira…Vai se despedaçando.E é nessa hora que você pensa que vai amar outra pessoa.E você tenta sorrir, porque acha que seu coração será libertado daquele amor.E mais uma vez estávamos enganados.Seu coração está em pedaços, todo furado, cheio de lacunas, o tempo comeu… ele não sabe mais bater.E você pega aquela vergonha de coração…Pega com suas mãos frias…Seus olhos em água…Seu corpo em falência…Encara aquilo que um dia foi um coração… e pensa:Vive-se ou morre-se por amor?E diante aquela verdade…O que… o que você faria?Por quem você viveria agora?Ou… pelo que viveria?Você, ainda segurando aquela porcaria que te devolveram, olha para os lados e ver amigos, filhos, familiares…Até outras pessoas que queriam ter sido donas do teu coração, mas você não deu.E então…Abandonado, largado, alucinado, agoniado, cheio de dor…Acumulado de lágrimas…Você vira para todos eles…Com aquele resto de coração nas mãos…Com a vergonha explícita em seu rosto…Com pena de si mesmo… e sussurra:Alguém o cura para mim?E é nesse momento que você percebe:Sim, morre-se por amor.

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MMeu coração sofreu tanto, tanto para chegar aqui, caminhou por cami-nhos que veio a doer por demais, sufocou em labirintos tão complicados que pensei que jamais encontraria novamente a razão. E foi aí que tu surgiu e varreu toda a dor que havia instalado uma cabana em meu pei-to e se apoderado do meu coração. Tu lutaste com força contra todos os males, todas as nações que invadiram esse órgão que tu precisas

tanto ter. Hoje, ao olhar para ti enquanto dormes, me vem aquela certeza que era por ti que eu tanto esperei. Era exatamente por essa pele, esse cheiro delicioso que me embriaga e me deixa tonto de amor, de desejo… Ah, mi-nha doce mulher, se tu soubesse o quanto me faz feliz, entenderias que não haveria como meus olhos pertencer a outra mulher que não sejas você. Não há caminho em minha, nem vestígio que indique uma volta ao passado, tudo se faz desnecessário se não tiver você assim: con-centrada em mim.

Eu estou… absurdamente por ti apaixonado, minha senhora. Meu cora-ção deixou de ser um andarilho calado e se faz menino em teus braços. Não há mais tormentas quando me deito entre teus seios e me perco em devaneios deliciosos que fazem a minha alma bailar sobre nossos cor-pos se fundindo durante o passar da madrugada. Eu pensei que a vida havia acabado quando presenciei a morte do meu coração, mas tu com poucas palavras, com carinhos delicados, mostrou-me que não se mata aquele que guarda o amor. E agora eu posso dizer que este homem que aqui escreve descobriu que a vida se faz perfeita em meio aos teus bei-jos de criança inocente.Somos vitoriosos, somos gloriosos, somos os mais perfeitos enamorados descansando nas águas desse tal e nosso amor.

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E S S E T A L E N O S S O A M O R .

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VVenha cá, mocinha, deixe-me te contar uma história de um triste pas-sarinho que resolveu que queria namorar. Achou uma gaivota que não desejava nada com esse pobre passarinho que estou a contar. Sofren-do ficou o passarinho a não se conformar que o maldoso do amor nem sequer prestou para avisar que o coitado não seria correspondido por

aquela gaivota a voar. Então, assim, tão deprimido resolveu o passarinho se ma-tar. Voou por 3 dias e 3 noites, e no fim do arco-íris veio a encontrar o monte mais alto, onde ele de lá iria se jogar. E decidido sobre sua morte, o passarinho pulou sem hesitar, fechando tuas asas, se recusando a continuar a voar. Até que por ali perto estava uma andorinha a cantar e viu o destemido passarinho querendo se matar. Ela não pensou duas vezes e mergulhou no céu para o salvar, e assim que o deitou sobre os galhos da velha árvore, ela começou a

questionar:- O que leva um jovem pássaro a querer se matar?- Fui enganado pelo amor que traiçoeiro me deixou apaixonar por aquela gaivota que nem veio me salvar.- Então por isso tu viraste as costas para o respirar e preferiu os lábios da morte beijar? Pois agora eu te falo que estás errado o teu julgar, não culpes o amor por tu não ter vindo a lucrar. Ele não age com maldade quando vem a despertar sentimento tão bonito que te fez querer alcançar a gaivota mais bonita que em teu céu veio a voar. Talvez tu não tenhas entendido o que é o amar, ele não é apenas esse sentimento bonito que para a gaivota quer dar, pois ele é apenas o sentimento que não deixou tu fracassar, afinal fez as minhas asas te achar. Então, tolo passarinho não deixe de duvidar desse sentimento tão bonito que estás te ensinan-do a recomeçar. Quem sabe não é chegada a hora de tu levantar e bater com tuas próprias asas para ver onde vai dar? E essa é a história que queria te contar. Jamais se esqueça que essa é a sua tarefa, meu belo amar, pois trate de confiar em nosso amar.

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EEra uma menina pura, de seu modo. Sentava-se na cabeceira que fica-va ao lado de sua cama e parava por um tempo, observando o próprio reflexo. Os olhos verdes sempre brilhavam no espelho. Os cabelos lon-gos e ruivos caiam pelas costas, em cascatas. E os sonhos e anseios eram os mais profundos desejos, vontades que lhe vinham do fundo da alma. O peito era enorme, cabiam nele muitas e muitas pessoas, talvez tão loucas quanto ela. Outras sãos. Outras mais insanas. Todos os dias

prometia ser melhor em Matemática, cortar a ponta dupla dos fios, passar fio dental depois do almoço e sempre ras-par o prato, mas como menina desordeira que era, nun-ca cumpria suas próprias promessas. Mas sonhava. Com força. Ansiava e queria ser uma bela escritora. Era digna. Humilde. Gostava de - todas as noites antes de dormir - brincar com as palavras. E também de ouvir música clás-sica. Gostava de falar com amigos imaginários, desenhar bocas carnudas e vermelhas pelos papéis e espalhá-los pela casa. Também adorava cultivar amores antigos, man-

ter dentro de si já vencidas ambições, comer jabuticaba e arrancar a folha que ficava em cima dos morangos. Era menina marota, radical, extremamente sensível e ignorada. E tinha poucos amigos e muitos so-nhos. Desejos incontáveis. Ambições indescritíveis. Anseios incompre-ensíveis. Amigos desconhecidos. Amores inerentes. Mais do que tudo, tinha sempre a si mesma. Por mais boba que fosse, permanecia calma, escrevendo, sentindo, e tocando em seu velho piano. Era menina bonita. Única. Sonhadora. Indomável.

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F Á B U L A D O N O S S O A M O R .

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EEu quero assinar um contrato de usos e frutos de ti em meu corpo, alma e coração. Eu quero que assine bem abaixo da linha que indica que serei seu mesmo quando o dia estiver frio, mesmo quando estive irritada. Eu quero que leia as cláusulas e veja que mesmo se me machucar, eu vou correr atrás de ti como um maior abandonado, quero deixar claro que não vou terminar contigo por mais de um dia e mesmo se durar cinco, eu estarei morrendo em cada um deles. Quero que veja que uma das

minhas condições é de ter de todas as formas, da manei-ra que desejar, da verdade dos nossos dias, porque eu prometo diante dessa plateia que vou te amar até mesmo quando acordar descabelada e saí correndo pro banheiro brigando comigo por não ter te acordado. Eu ainda vou te amar quando falar que eu te machuco, eu ainda vou te amar quando tiver suas crises de ciúmes que me dei-xam louco. Eu juro… eu juro que vou te amar melhor ainda quando eu envelhecer mais, que serei a medida perfeita e exagerada do seu amor, serei seu amante, seu amor, seu

sexo mais gostoso, seu guri depravado que te instiga a pensamentos de-vassos. Eu serei aquele que te propôs casamento e continuará propondo mesmo depois de casados. Eu serei aquele que desafiará o tempo para mostrar que ainda vou te amar pela manhã. Eu serei a medida certa e perfeita para manter teus dias abençoados.Eu te prometo, meu amor, que serei teu melhor marido, o pai dos teus filhos, o guardião do teu sono e melhor verdade que surgirá em toda a sua vida. Porque tudo que me sustenta vem de ti, meu amor, minha vida, minha futura mulher.

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A O M E U A M O R C O M T O D O M E U S E R .

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DDesculpe-me se minhas lágrimas te incomodam tanto, é que minha alma sofre por ter em meu peito um sentimento que não se completa, não acha um rumo na minha imensidão de flores que secaram antes mesmo de florescer por completo. Desculpe-me se não posso mais controlar os soluços que por tanto tempo engoli sentindo o gosto ruim da dor descer por minha garganta. Desculpe-me se não fui o homem suficiente para ti, o príncipe perfeito que jamais iria se ferir. Desculpe-me se não fui

capaz de perdoar todas as dores que causou em mim, eu juro que tentei me curar calado, eu juro que tentei cicatri-zar socando tudo que estivesse em minha frente, mas não consegui. Fui fraco, confesso. Desculpe-me se meu corpo aprendeu a querer tanto o teu que chegou a doer cada centímetro dele por jamais ter sentido sequer um toque seu. Desculpe-me por implorar em meio a madrugada que tu entendesse que era teu o meu amor e que jamais so-freria nuances ao amanhecer. Desculpe-me se entreguei tudo o que tinha em minha vida em tuas mãos e mesmo

assim tu achou que era pouco para a tua perfeita existência. Desculpe-me se minhas verdades não são as mais singelas e meigas, se as minhas palavras um dia te causaram dor por serem conselhos de quem muito já viveu. Desculpe-me por antes de ti eu ter tido uma história, outras vezes machucado e ter chegado em ti já em pedaços. Não é que eu não sei como cuidar do meu coração e curá-lo, é que ele se quebra com tanta facilidade que se torna impossível se curar completamente antes de uma nova tempestade. Desculpe-me de coração se as canções que fiz para ti foram nada, apenas melodias perdidas que tu nem mais ouve, ou se os versos que a ti dediquei não tocam mais teu coração. Desculpe-me mesmo por achar que seria o homem com quem tu casaria e teria uma casinha em meio a serra onde faríamos amor todas as noites e ao acor-dar, no frio doce das manhãs, me perderia em teu corpo mais uma vez apenas para te provar que era teu, apenas teu… o amor que, infelizmen-te, acabou. Desculpe-me… e nada mais. Eu te prometo, meu amor, que serei teu melhor marido, o pai dos teus filhos, o guardião do teu sono e melhor verdade que surgirá em toda a sua vida. Porque tudo que me sustenta vem de ti, meu amor, minha vida, minha futura mulher.

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D E S C U L P E - M E .

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É E M V O C Ê S Q U E M E A C H O !

m e a c h e i . t u m b l r . c o m n a o d i g i t e . t u m b l r . c o m

P R O J E T O :