therezinha oliveira - oratoria a servico do espiritismo

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Therezinha Oliveira Oratoria a Servico Do Espiritismo

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COLEO: ESTUDOS E CURSOS ORATRIA A SERVIO DO ESPIRITISMO.Oliveira, Therezinha, 1930-Oratria a Servio do Espiritismo (Estudos e Cursos; vol. 7) / Therezinha Oliveira, 6. ed. Campinas, SP : Allan Kardec, 2009. 96 p.; 21 cm - (Estudos e Cursos; vol. 7) Para divulgar o Espiritismo, no movimento esprita, o falar em pblico fundamental. Tanto na orientao aos que chegam ao Centro, como em aulas, prelees, seminrios ou, ainda nas apresentaes artsticas e outras atividades em que as ideias espritas so transmitidas aos assistentes.

Para que a mensagem doutrinria, pela tribuna esprita ou outro meio, possa chegar ao grande pblico, neste nosso Brasil, a Editora Allan Kardec oferece esse curso de preparao de expositores.

O livro foi organizado com a coordenao da oradora e professora Therezinha Oliveira, dividido em sete unidades bem estruturadas, de forma objetiva e instrutiva.Therezinha Oliveira (Biografia)Com mais de 50 anos de atividades ininterruptas na seara esprita, Therezinha Oliveira j presidiu o Centro Esprita "Allan Kardec e a USE de Campinas/SP.Oradora brilhante, proferiu mais de duas mil palestras em todo o Brasil e at nos EUA. autora das sete obras (uma em co-autoria) daColeo Estudos e Cursos, adotada com sucesso em diversas Casas Espritas espalhadas pelo pas e por aqueles que desejam sistematizar o estudo da Doutrina.Destacam-se ainda na sua produo:Ante os que Partiram, Deixem-me Viver, Reencarnao Assim..., Suicdio? Um Doloroso Engano, Chegando Casa Esprita, Espiritismo - a Doutrina e o Movimento, Na Luz do Espiritismo, Na Luz do Evangelho, Na Luz da Mediunidade, Na Luz da Reencarnao, Parbolas que Jesus Contou e Valem para Sempre, Jesus - o Cristo, Quando o Espiritismo Fala, Quando o Evangelho Fala, Conversando com os Espritos na Reunio Medinicae,Para Ler e Reler.Suas obras j ultrapassaram a marca de 700 mil exemplares publicados, sendo 300 mil de livros e 400 mil de livretos.Por sua experincia, conhecimento, ativa dedicao e fidelidade aos postulados espritas, Therezinha Oliveira continua a contribuir de forma inestimvel para a causa esprita. APRESENTAOPor que divulgar o Espiritismo

O Espiritismo leva ao progresso intelecto-moral do ser humano.Melhorando o indivduo, pode fazer que haja na Terra mais solidariedade e paz.Religio da f raciocinada, seus princpios bsicos precisam ser compreendidos para, ento, se traduzirem em vivncia.Eis por que todo esprita esclarecido, alm de estudar a doutrina e se beneficiar com suas luzes, tambm procura divulg-la.A importncia da palavra falada para divulg-lo

O esprita faz divulgao doutrinria quando, nas conversas informais em famlia ou na sociedade, o ensejo surge oportuno e apropriado.Para divulgar o Espiritismo no movimento esprita, o falar em pblico fundamental. Tanto na orientao aos quechegam ao centro, como em aulas, prelees, seminrios ou, ainda, nas apresentaes artsticas e outras atividades em que as ideias espritas so transmitidas aos assistentes.Pela tribuna esprita, a mensagem doutrinria chega, diariamente, ao grande pblico, nos milhares de centros e grupos existentes neste nosso Brasil.Vantagens da divulgao doutrinria oral

1 ) mais fcil de fazer. Requer apenas a boa vontade do elemento humano, seu conhecimento e sua voz, dispensando outros recursos.2) Atinge maior nmero de pessoas do que o livro. No pas, muitos no sabem 1er; dos que o sabem, muitos no cultivam o hbito das boas leituras; e nem todos podem adquirir livros, por ser o seu custo geralmente elevado para o padro aquisitivo do povo.3) Alcana melhor a sensibilidade do ouvinte, j que a palavra vai impregnada da vibrao fraterna do expositor.4) Permite atender ouvintes em diferentes nveis de conhecimento e compreenso, na necessidade ou expectativa em que se apresentem no momento.O medo de falar em pblico

Convidados a falar em pblico, que sentimos?Emoo?Quando criadora, a emoo (entusiasmo) tima para a transmisso das ideias. Sem carga emotiva, nossas ideias pouco penetram na mente e no corao do prximo.Inibio ou medo?O temor ofusca a razo, obscurece o entendimento, perturba o mecanismo psicoverbal, embargando a voz.Por que sentimos tudo isso? Porque uma experincia nova e desconhecida; tudo o que no conhecemos nos amedronta. No sabemos como faz-lo. Ou no confiamos em ns mesmos, receamos no realizar a tarefa a contento, temos medo de cair em ridculo. Quem sabe at j falhamos numa tentativa, anteriormente?Como curar a inibio ou medo?Conhecendo o desconhecido. Quando o enfrentamos e o analisamos, o medo se dissipa. Uma atitude decidida afugenta o medo. (...) a parte instintiva do ser humano, causadora de muitas emoes e apreenses, deve ser controlada pela parte intelectiva.Se no arrostarmos o medo do ridculo, ficaremos estacionrios nesse campo. Enfrentemos, pois, o desafio. Mas preparemo-nos para enfrent-lo: conhecendo a tcnica de falar em pblico; controlando, pelo intelecto, a emoo; experimentando, treinando.Este curso visa a familiarizar voc com algumas tcnicas de falar em pblico. Aprendendo algo a respeito e praticando um pouco, perder o medo de falar em pblico. Conseguir realizar um ato agradvel (expressar seus pensamentos e sentimentos), ao mesmo tempo em que servir ao movimento esprita (na difuso das ideias doutrinrias).| CAPTULO2O EXPOSITOR ESPRITA

Tipos de expositores

Todo aquele que expe um assunto qualquer para um determinado pblico, seja este numeroso ou no, umexpositor.De acordo com a forma com que faz a sua exposio, o expositor pode ser classificado como:Professor- Faz a exposio como uma aula. Dele se exige: mximo de objetividade, explicao didtica e o mnimo de floreios literrios.Orador- o poeta da exposio. Dele se espera: eloquncia, arrebatamento e magnetizao de massas.Palestrador- Espcie de fuso entre professor e orador. Alterna caractersticas de um e de outro. Quando se inflama, passa para a oratria; dela, pode descer explicao didtica. E o tipo de expositor mais adequado para a divulgao doutrinria que usualmente se faz na casa esprita.Qualidades que se deve ter para usar a tribuna esprita

Para o pblico ouvinte, o expositor esprita representa o prprio Espiritismo bem como o movimento esprita.Assim, tudo que o expositor disser ou fizer repercutir, ante o pblico, em favor ou descrdito para a doutrina e a coletividade espritas.Se realiza bem o seu trabalho, consegue, junto ao pblico, os objetivos visados pela divulgao doutrinria.Se sua atuao se ressente de graves falhas (doutrinrias, morais ou tcnicas), deixa de agradar aos ouvintes, no lhes passa a mensagem esprita corretamente e no os motiva ao progresso moral.Portanto, no basta ter boa vontade para algum poder usar a tribuna esprita. E preciso que:- suas ideias sejam concordes com a Doutrina Esprita;- a sua moral seja respeitvel; e- tenha alguma tcnica para falar em pblico.Somente devemos confiar a tribuna esprita a pessoasque para isso estejam capacitadas, pessoas cujo trabalho j conhecemos e sabemos ser bom ou que nos foram recomendadas por confrades dignos de confiana. Esta simples cautela previne e evita que ocorram prejuzos doutrinrios e situaes embaraosas, no uso da tribuna na casa esprita.O conhecimento doutrinrio

Que ideias vamos divulgar?Quando se fala em pblico, queremos: atrair, interessar e convencer os que nos rodeiam para as NOSSAS ideias.Na seara esprita, porm, o objetivo, ao falar em pblico, atrair, interessar, informar e convencer as pessoas sobre as IDEIAS ESPRITAS, para levar os ouvintes a agirem de acordo com essa orientao.Portanto, o expositor esprita tem de estar corretamente informado do contedo da Doutrina Esprita, conhecendo, ao menos, as obras bsicas do Espiritismo (a codificao kardequiana).Quando o expositor esprita no tem bom conhecimento doutrinrio bsico, pode ocorrer de, por exemplo:- dar um sentido falso do que seja o Espiritismo (dizer que a Terra um vale de lgrimas; dar mais importncia ao fenmeno medinico que doutrina etc.);- provocar reaes hostis ao Espiritismo ou ao movimento esprita por fazer comparaes ou referncias infelizes a pessoas ou religies.Se todo esprita deve estudar com afinco e sempre a doutrina que esposa, mais ainda o deve fazer aquele que se prope a divulg-la pela palavra.Mesmo o expositor que j conhece bem a Doutrina Esprita dever continuar a estud-la, buscando conhecer assuntos, fatos e tcnicas e atualizar-se constantemente, pois "quem expe se expe e exercitar-se aprimorar-se.Neste curso, no temos por objetivo ministrar estudos doutrinrios, pois pressupomos que os que dele participam j se encontrem razoavelmente preparados nesse aspecto.A conduta moral

O Espiritismo uma Doutrina que nos leva, pelo entendimento, reforma do nosso eu, do nosso ntimo, na direo de uma conduta moral respeitvel, numa vivncia crist.Se o expositor esprita, deve se comportar de acordo com o conhecimento doutrinrio que possui.Kardec diz que se reconhece o verdadeiro esprita pela sua transformao moral e pelos esforos que faz para domar as suas ms inclinaes.Nofao prelees em tomo do bem, porque carrego muitas faltas.Eis o engano.Aguardar a perfeio para indicar o bem impedir-nos-ia de aprego-lo, de vez que, por enquanto, ningum existe perfeito sobre a Terra.Se as tuas palavras de amor, no conjunto, ainda no te refletem todas as qualidades e sentimentos, pondera que, ensinando, aprendemos, e que, apontando roteiro correto aos outros, somos especialmente obrigados retido."(Csar Gonalves,Falsas Ideias",do livroSeareiros de Volta,psicografado por Waldo Vieira, edio FEB).Assim, o expositor esprita no pretender ser santo mas ser algum sinceramente empenhado em manter um bom padro moral e uma vivncia crist. Afastar-se- dos vcios (mesmo os mais corriqueiros, como o de fumar), cumprir seus deveres no lar, na vida em sociedade, no centro, tendo como lema Trabalho, Solidariedade e Tolerncia.De outro modo, o seu exemplo mau anular a sua palavra, por mais brilhante que ela seja. Poder, ainda, lanar descrdito sobre a moralidade dos espritas em geral e a dvida quanto eficincia da doutrina na moralizao da humanidade.Todos os recursos e tcnicas de exposio podero malograr, caso o expositor no pratique o que pregue.Aprincipal pregaoa do exemplo.A tcnica da exposio oral

Ningum faz um expositor ou um orador. As qualidades so inerentes prpria pessoa.Mas, geralmente, qualquer pessoa que fala pode faz-lo em pblico, bastando que:- determine-se a tal;- vena alguns bloqueios;- exercite-se na oratria, que a arte de discursar, corrigindo alguns defeitos.A tcnica de exposio somente procura:- aperfeioar o talento de quem o tem (s vezes mal canalizado e se perdendo sem maior aproveitamento);- mostrar os obstculos mais comuns e como podem ser superados.Aprender a falar para o pblico ser algo forado, que t ire a espontaneidade e autenticidade do expositor esprita?Pelo contrrio, at um dever para quem pretende con-tribuir na difuso doutrinria oral. Como qualquer orador, o expositor esprita, se tiver bases de recursos e tcnicas para a colocao de sua mensagem, por certo obter melhores resultados.No movimento esprita, imenso o campo para se desenvolverem as potencialidades comunicadoras. E realizar sempre o melhor possvel deve ser o lema do divulgador do Espiritismo.Tcnica e amor

Na oratria, a clareza e a simplicidade devem caminhar a par com a objetividade e o conhecimento do assunto. E com a sinceridade de quem fala.Sem um pouco de amor no corao, voc transmitir a aridez da alma. Um computador tambm transmite mensagens. Mas fale com o corao e, por certo, suas palavras encontraro eco nos coraes....quanto ao uso da palavra, por ser o maior veculo de comunicao entre os homens, h necessidade de muito equilbrio e sensatez quando usamos do verbo para nos comunicar, pois que quando falamos podemos construir ou destruir. E mister que haja sinceridade e fraternidade no corao, para que o pensamento, ao traduzir-se em palavras, no se vista da falsa humildade que no convence, da exigncia que deprime. Falemos com doura s pessoas, sem dramas ou pieguismos, mas de forma a traduzir equilbrio, pois que assim conversando edificaremos, no nos esquecendo nunca de que podemos enganar aos homens, mas a Deus ningum engana.(Autor no identificado)CAPTULO 3A PREPARAO DO DISCURSO

Improvisar ou planejar?

0 comentrio de improviso, sobre texto escolhido ao acaso e no momento de falar, pode ser inevitvel em alguns momentos do labor esprita.Exemplos:Quando preciso substituir um expositor que imprevistamente faltou.Ao receber inesperado convite para falar, em algum evento a que comparecera como simples participante.Mas no deve ser usual nem frequente nos labores da casa esprita, porque costuma causar:1 ) Insegurana na exposio;2) Eventuais enganos em citaes ou afirmativas;f ) Empobrecimento e repetio de contedo, tomando-o rotineiro e cansativo para os ouvintes;4) Viso muito incompleta da doutrina.O improviso de modo usual um desrespeito ao pblico e no permite que se atinja o objetivo maior da Oratria a Servio do Espiritismo, que o de instruir adequadamente os frequentadores do centro, para que assimilem o melhor possvel, os princpios da doutrina e a essncia do Evangelho.Totalmente contraindicado o improviso nos estudos regulares da doutrina, ou seja, nos cursos, seminrios etc., em que se requer preciso, aprofundamento e ordenao didtica das ideias.Prepare, portanto, o expositor esprita, a matria a ser explanada e a estude previamente.Quem quer falar em pblico deve estar disposto a doar algum tempo para pesquisar, organizar o material coletado e fazer o roteiro da exposio, a fim de poder apresentar uma boa palestra. O tempo de preparao de um discurso bem maior que o de sua apresentao aos ouvintes.Mas no temos uma assistncia espiritual?Sem dvida, o plano espiritual assistir a quem se dispuser a divulgar a mensagem esprita pela palavra.Confiemos nessa ajuda, tenhamos a humildade de reconhec-la, pedindo-a em orao e sendo gratos por receb-la. Mantenhamos a boa conduta moral, a vivncia evanglica, que a atrai e mantm em nosso benefcio.Cumpre-nos, porm, facilitar o trabalho dos amigos espirituais junto a ns, desenvolvendo nossas possibilidades comunicadoras, disciplinada e objetivamente, por meio de tcnicas e recursos, aprendizado e treinamento.Diz Emmanuel: Ser mdium ser ajudante do Mundo Espiritual. E ser ajudante em determinado trabalho ser algum que auxilia espontaneamente, descansando a cabea dos responsveis.0 que Emmanuel diz para os mdiuns tambm vale, em dvida, para os expositores, que so os intermedirios da Doutrina Esprita junto ao povo.Considere preliminarmente

1 ) Sobre o que falar?(assunto ou tema)Quem vai falar, precisa ter alguma coisa para dizer.No ocupe a tribuna esprita se nada de til tiver a dizer.E fale somente sobre o que voc conhecer bem (isso, tambm, lhe dar confiana).a)Se o tema ficousua vontade,escolha um assunto que voc j conhece, por experincia pessoal ou pelos estudos que j fez.No tenha preocupao de grande originalidade, pois os temas abordados sempre sero velhos (j abordados por muitos, muitas vezes). Procure apresent-los com outras palavras, de maneira diferente, com imagens renovadas.Os temas bblicosdevem ser abordados na viso esprita do assunto e baseados nos relatos verdadeiros e no em criaes literrias sobre eles, mesmo as mais belas e ainda que medinicas.b) Se lhe indicaram o tema e voc no o conhece ou conhece pouco,estude-o bastante, para que as ideias se ordenem e lhe sirvam depois, na hora de falar.Para conhecer um assunto sobre o qual quiser falar: - indague de si mesmo: Qual , exatamente, o meu lema?- procure coletar fatos e 1er assuntos correlatos ao tema (pr e contra), a fim de obter os conhecimentos necessrios para a elaborao do discurso;- providencie material em quantidade maior do que precisar e deixe uma parte de reserva, como margem de segurana:- no fale logo sobre um assunto que comeou a estudar; deixe-o um pouco de molho, enquanto continua meditando sobre ele e angariando material a respeito;- quanto mensagem do contedo, verifique: verdadeira? As concluses so corretas e convincentes? E realista mas otimista, sem trazer mais complexos, confuses e angstias aos que buscam orientao no centro esprita?Ex.: Se falar sobre o aborto, esclarecer que um erro, mas lembrar que quem j incorreu nessa falha poder compens-la com servio no bem que favorea a reencamao de outros espritos, at mesmo ajudando mes solteiras a terem e criarem seus filhos.c)Se de todo voc no se identificar com o temaque lhe propuseram, ou no tiver tempo suficiente para prepar-lo, decline do convite ou sugira outro tema.2)Quem vai ouvir?(a quem se destina)Quando escolher um tema, ou pensar em como abordar o que lhe deram, considere otipo de pblicoque ir ouvir: sua cultura, base doutrinria, condio socioeconmica etc.Pblico geral:A abordagem deve ser de temas doutrinrios com conotaes evanglicas. Alm de ser a mensagem crist muito consoladora e moralizante, a meno a Jesus e seu Evangelho oferece excelente ponto de contato e aceitao na maioria dos ouvintes brasileiros, por causa da formao religiosa do nosso povo.Pblico que veio receber assistncia espiritual,por estar em perturbao ou grande sofrimento: Oferecer esclarecimentos doutrinrios, sim, mas os bsicos e de modo simples e bem dosado (sem fazer abordagem puramente cientfica ou de aula defilosofia), dando preferncia tnica evanglica. esclarecendo, advertindo, consolando e estimulando fraternalmente.Temas especficosrequerem pblico especial. Ex: Os psicologia sobre comportamento infantil ficam melhor nos encontros de pais e evangelizadores, ou em encontros que focalizam a famlia, a educao.Assuntos internos do centro ou do movimento espritaConvm sejam tratados em reunies especiais e com os mais diretamenteinteressados; a no ser as informaes gerais sobre elesque se destinem a divulg-los para o pblico.1) Qual o tempo disponvel?(quanto deve durar)Considere, tambm, na preparao do assunto, o tempo dc que dispor para fazer o seu discurso.Estudos pedaggicos demonstram que a boa assimilao de uma aula gira em torno de 40 a 50 minutos. Alm desse tempo, o rendimento comea a cair. O expositor consciente deve nem precisa ultrapassar esse limite.Quando a palestra o nico motivo da reunio, admitem-se 60 minutos de durao e, excepcionalmente, com bons oradores, 75 minutos.Para a preparao espiritual dos que vo tomar passes, temosreservado de 20 a 25 minutos de preleo, pois as pessoas necessitadas de assistncia espiritual geralmente no distinguem prestar ateno por muito tempo.Respeite o horrio que lhe foi concedido pelo dirigente do trabalho para falar. Pode haver outros oradores esperando que terminemos; ou outros servios a executar, do prprio centro.Faledentro do tempo previsto e enquanto sentir o assunto fluir. Silencie quando nada mais tiver a expor, pois s se deve o necessrio.Se sobrou tempo, no procure complement-lo com outros assuntos (ainda mais se o novo tema no servir de continuao ao anterior). Nem o preencha com trivialidades; no caridoso com os ouvintes, no fica bem ao esprita, que sabe o valor do tempo e da palavra.Como saber quanto tempo levar a exposio que preparamos?Ensaie em casa, com pequenas prelees, de incio, comeando com material para 15 minutos, aumentando depois para 30 minutos, 45 minutos, at chegar ao mximo de 60 minutos.O planejamento do discurso

Discute-se se o discurso dever ser inteiramente escrito e memorizado ou no. Mas todos concordam que ele deve ser planejado, esquematizado.Escrev-lo no indispensvel mas d familiaridade com as palavras a serem utilizadas, refora a memria, ali-viando-se algumas tenses nervosas inevitveis ao enfrentar o pblico.0 mais aceito :1 ) Fazer esquema ou roteiro, para orientar-se na sequncia dos itens a abordar (assuntos principais, enfoques indispensveis, sequncia natural) e quanto aos recursos que sero utilizados.Grficos, desenhos, cartazes, quadros de giz, diapositivos(slides),filmes, enriquecem o visual de sua palestra, agradando ao ouvinte e favorecendo o entendimento do tema.2) Para facilitar a memorizao:- dividir o esquema em partes (use pequenas fichas com anotaes);- preparar o discurso com suas prprias expresses (pois as guardar mais facilmente).3) Memorizar somente os pontos principais e a sequncia deles (o pblico nota quando o orador fica preso ao esquema dando a impresso de orador inseguro); evite consultar anotaes na hora em que est falando (diminui o valor do discurso, perde em interesse para o auditrio); mas prefervel consultar do que dizer: No sei com preciso..., Se nao me falha a memria....O ensaio

Tendo elaborado um roteiro, voc pode ensaiar a apresentao de sua palestra:Sozinho: em voz alta, de p e se possvel diante do espelho, para conhecer e corrigir, se necessrio, o contedo do discurso, seu aspecto pessoal, a voz, os gestos, a mmica;Com familiares e amigos: empregando nas conversas algumas ideias e ilustraes que pretenda usar; ou fazendo para' 1rsuma apresentao completa da palestra programada.Observao:

Aproveite as apreciaes teis e oportunas que lhe fizerem masno se perturbe nem desanime com as crticas infundadas.| CAPTULO4( ) ROTEIRO DE UMA EXPOSIO

Como qualquer narrativa, a exposio (discurso, conferncia, palestra) deve ter incio, meio e fim, ou seja: introduo, exposio e concluso.

O Dr. Conwell diz que, sobre um assunto, voc poder:

1 Apresentar os fatos, discuti-los, apelar para a ao.

Ex.: A violncia nas ruas. Suas causas e como corrigir.

Anulemos a violncia cultivando a pacincia e a brandura.

2 Ganhar a ateno e a confiana, dar a informao, apelar para a ao.

Ex.: Vocs sabiam que... Pesquisei nos livros e aprendi que... Agora, todos sabemos como agir em casos assim.

3 Mostrar que algo est errado, dar o remdio, apelar para a ao.

Ex.: Pessoa que no sarava de sua obsesso, apesar da assistncia espiritual e os passes que recebia. O que faltava? O servio ao prximo. Portanto, alm do socorro e do esclarecimento, ensejemos e estimulemos ao obsidiado o servio fraterno.Ao fazer o seu roteiro, escreva numa folha de papel (ou use fichas) trs grandes chaves (Introduo - Exposio - Concluso) e v anotando, em cada uma, as ideias principais que ir tratar ali.Introduo

O incio do discurso muito importante e merece toda a ateno do orador, porque bem principiado, meio feito.Saudao: cortesia e com ela podemos cativar o pblico, tornando-o bem disposto para conosco. Ex: Paz a todos, O Senhor nos abenoe.Proposio(ou motivao):Nela dizemos o tema, propomos a ideia central e aonde pretendemos chegar, aps as explicaes que se seguiro. Isto pode ser feito:a) Contando uma histria ou fato;b) Mostrando algum objeto relacionado com o assunto. (Vide nos anexos A Conferncia, de Valrium, nolivroBem-Aventurados os Simples,mdium: Waldo Vieira)c) Fazendo uma afirmao ou uma pergunta;d) Citando frase de autor clebre ou poesia;e) Enunciando uma definio;f) Aludindo a algum fato ou prtica geral da vida dos ouvintes.Ateno para estas regras:a) A introduo deve ser curta;b) No comece com desculpas nem se diminuindo;c) No comece com anedota (pode induzir ao desrespeito do ambiente esprita e diminuir a importncia do assunto);d) No comece formal demais (ser difcil manter esse tom o tempo todo e pe distncia entre ns e os ouvintes);e) No inicie com alguma colocao que provoque discordncia ou protestos por parte do pblico; os pontos controvertidos devero ser examinados no meio; comece, pois, com fatos e afirmaes com os quais estejam de acordo; pode-se sugerir ou colocar um problema em exame mas sem chocar os ouvintes. Precisamos de suas mentes serenas, interessadas, receptivas, para comear nosso trabalho expositivo.Exposio

o desenvolvimento, a explicao do tema escolhido.Nesta fase do discurso, diremos:a) o que sabemos sobre o assunto (ideias existentes, a favor ou contra, as ideias e argumentos espritas);b) as concluses a que chegamos ou soluo que encontramos, luz do Espiritismo.Fazer a exposio de modo:Lgico e coerenteSer concreto, bem definido, sem divagaes inteis.A luz da Doutrina Esprita deve brilhar em cada colocao, sem dogmatismo nem pieguice (sentimentalidade excessiva ou afetada).As afirmativas que fizermos no devem se contradizer umas s outras.Sequente e gradativoA ideia central deve ser uma s (Padre Vieira recomenda que deve haver num sermo, um s tema).A exposio deve abranger o tema todo, ainda que sucintamente. No caso de exposies em srie, fazer, ao incio, retrospectos rpidos e preliminares da anterior, para no perder a sequncia.No queira cobrir demasiado terreno. No indispensvel usar todos os argumentos, embora os conhea. Mas explore bem os que usar.Mantenha a disposio didtica, sem perder o fio da meada, at chegar ao fim.Ir num crescendo de consideraes e argumentos, de modo a que o pblico v raciocinando, conduzido pelo caminho traado.No incio, defenda o tema, valorize-o, enriquea-o. Se houver necessidade, analise as posies negativas consequentes do no cumprimento da tese doutrinria do tema.Somente use os argumentos mais fracos no meio da exposio (embora eles tambm tenham a sua utilidade). No comeo ou no fim use os argumentos de maior peso.Para manter o interesse do pblico no decorrer da exposio1 ) Enriquecer com imagens, citaes, histrias, fatos interessantes.2) Fazer variaes:- dispondo o assunto em quadros que mudam o enfoque periodicamente. Ex.: de 15 em 15 minutos nova abordagem; modificando a voz (tom, colorido, velocidade, intensidade); palavras e frases-chaves devem receber entonao especial.3) Evitar repeties ociosas ou inteis.4) Evitar hiatos ou quebras de raciocnio;- desvios e interpolaes (embora bonitos) no devem prejudicar o entendimento do tema pela divagao;- leitura ou referncia a outros trechos, quando necessrias, devem ser equilibradas, fazendo-se uma perfeita ligao entre os assuntos.Ex.: Isto foi o que ensinou Allan Kardec. E por isso que ns...Use tambm a mudana do tom de voz, da entonao, durante a leitura ou citao.As variaes e enfeites no devem fazer que se perca, em momento algum, a ideia central, que precisa ficar sempre em realce e deve ser sempre uma s.O arranjo das ideias est sujeito originalidade de cada pessoa, mas a excentricidade de palavras e mmica, ou fantasia de ideias, no a originalidade que se busca.Faa do seu discurso algo: agradvel, objetivo, importante; descontrado, porm srio.Sobre o problema do sono nos ouvintes, Lcia Amaral Kfouri escreveu interessante artigo, intitulado No Tenho Nada com Isso (vide:Mundo Esprita,30/6/1981), em que um esprito pedia no o acusassem de estar provocando sonolncia em algum no auditrio, pois a culpa no era dele mas do expositor, montono e desinteressante.Concluso (eplogo, perorao)

o fecho, o trmino do discurso, clmax da exposio e ponto de chegada da demonstrao.Abarca o tema, realando a ideia central para que ela penetre, cheia de vida, no pensamento e no corao dos ouvintes e a fique vibrando.O expositor retorna aos pontos colocados na introduo para dar como concluda sua tese ou sua proposio.Nesta parte, deve: usar perodos fortes, voz firme e at um pouco teatralizada, procurando sentir tudo que procura traduzir na inflexo de sua voz.A concluso a ltima impresso que o orador deixa na assistncia quanto mensagem que transmitiu; por isso, procurar que seja a melhor possvel.0 final deve ser: rpido, decisivo, convincente e, se possvel, vibrante.Para finalizar sua explanao:- prepare cuidadosamente um final (no acontea de no acharmos o fim);- escolha bem o momento preciso de concluir o discurso;- desnecessrio avisar que o fim (Ex.: Agora, vou terminar...)Perorao: a parte final do discurso em que se exortam os ouvintes para a prtica dos conceitos emitidos.Distingue-se do final da argumentao porque nela se fez o ouvinte raciocinar. Agora, em carter emocional, se faz quase um apelo ou advertncia, procurando impressionar o pblico e faz-lo comprar a ideia que se exps.Sete modos de terminar um discurso(segundo Dale Carnegie)1 ) Sumariando ou esquematizando, brevemente os pontos principais abordados;2) Afirmando a tese e suas convenincias, transformando-a em norma a ser seguida;3) Dirigindo ao auditrio um sincero cumprimento;4) Suscitando risos (para o meio esprita no to indicado);5) Citando um ajustado verso de um poeta, ou a frase ou conceito de um literato ou de um homem clebre;6) Usando uma citao bblica ajustada ao tema;7) Construindo um gradativo clmax (concluir com palavra forte como, por exemplo, ptria, liberdade, felicidade).Observao:NaAPRESENTAO- calma, mostrando domnio do que vai dizer.

NaEXPOSIO -tornar-se mais firme e objetivo.

NaCONCLUSO -aumentar o tom de voz, mostrando confiana e certeza.

COMEAR BEM, FALAR COM ENTUSIASMO E ...TERMINAR ANTES QUE O AUDITRIO DESEJE.| CAPTULO5O ORADOR ANTE O PBLICO

Fisicamente

O aspecto externo do expositor influi muito sobre o pblico que o vai ouvir.Uma aparncia pessoal satisfatria e atitudes fsicas adequadas levam o pblico a ver no expositor algum equilibrado e que sabe se conduzir bem; algum que, por isso mesmo, talvez lhe possa passar uma boa orientao de vida. E ficar numa predisposio favorvel para aceitar a sua mensagem.Higiene e vesturioUm aspecto saudvel e limpo, uma indumentria discreta, correta e agradvel aos olhos induz ideia de que o expositor tem senso de autorrespeito e uma personalidade equilibrada.PosturaDeve ser natural, espontnea, flexvel.Saber ficar bem de p. Convm levantar, sim, porque corts, ajuda a respirar, permite a quem est ouvindo ver melhor voc.Evite:- posies esquisitas e desajeitadas: mos nos bolsos, apoio numa das pernas, inclinao demasiada do corpo, apoiar-se demais na mesa ou cadeira etc;- atitudes teatrais estudadas (passam ideia de falsidade);- ficar andando de c para l (cansa o auditrio);- ficar manuseando objetos, papeis, brincando com culos etc. (distrai a ateno do pblico do que est sendo dito).Cabea e olhosOs olhos, como a mmica facial, exercem grande influncia no trabalho do orador. O teledinamismo do olhar ajuda muito o orador a fazer com que suas palavras penetrem na mente dos ouvintes, alm de mant-los atentos.Portanto, mantenha a cabea em posio natural e de tal modo que seus olhos possam passear por todos os ouvintes.- olhe bem para o pblico. Olhar e ver o pblico;- olh-lo de frente, com respeito, sem medo;- mas no encarar demais a ningum nem se fixar apenas em algumas pessoas (poder constrang-las ou estabelecer comunicao apenas com elas em vez de com todos);- olhar para todos os lados da assistncia.FisionomiaO jogo da fisionomia muito importante na comunicao. As expresses faciais acompanham com naturalidade e reforam os momentos que variam e se alternam: alegria, tristeza, espanto etc.Evitar os dois extremos: a impassibilidade ou as caretas.Atitude psicolgica

O pblico quer ouvirAs pessoas sempre esto curiosas e desejosas de conhecer ou aprender alguma coisa, para viver melhor. Por isso, qualquer que seja o gnero oratrio, o orador sempre ter ouvintes para a sua mensagem.O pblico que procura o centro est desejoso de ouvir uma boa mensagem espiritual. E ns temos a excelente Doutrina Esprita para lhe oferecer.Seja naturalQuem se levanta para falar em pblico torna-se, nesse momento, a figura principal. No uma questo pessoal mas da funo que se est exercendo nesse instante.Portanto, aceite a ateno geral com naturalidade. Petulncia, afetao, arrogncia, empfia, ostentao faro o pblico mudar a atitude receptiva inicial e tomar-se refrat-rio e at hostil a voc.Seja natural, seja voc mesmo. No imite gestos, voz, fraseado ou o estilo de outro orador. Voc acabar por descobrir ou criar o seu prprio estilo.Ascendncia sobre o pblicoO orador deve conquistar o auditrio desde o primeiro instante (ganhar a sua confiana e estabelecer comunicao com ele), para, ento, poder discorrer livremente sobre o que lhe interessa.Como fazer isso?a)Goste do pblico e demonstre-oSinta que o pblico uma alma coletiva e est pronto a ouvi-lo, em ambiente de agradvel expectativa. Seja fraterno e procure despertar simpatia, mostrando-se simples e atencioso, vibrando simpatia e bondade.b)Deseje transmitir a mensagemO orador que conhece o assunto e est bem preparado, sempre tem um insopitvel desejo de transmitir: deve faz-lo com o mesmo entusiasmo e interesse que o assunto lhe despertou.Entusiasmo e interesse so contagiosos. Se voc tiver interesse e entusiasmo no que est dizendo, o pblico se interessar e entusiasmar tambm. E, nessa corrente de simpatia, o pblico aceitar melhor as ideias e voc ter melhores condies de expor seu tema.c)Confie em si mesmoSeja modesto mas no tmido. O pblico espera que voc lidere a ao, j que est com a palavra. Se o orador no demonstrar confiana, como pretender conquistar o auditrio?Como o lavrador olha a terra, quando semeia, o orador, igualmente, deve olhar com confiana para a assistncia, ao proferir as primeiras palavras.Procure, principalmente, fixar-se mais no que tem a dizer do que em si mesmo, pois o auditrio est mais interessado na sua mensagem do que em voc.Antes de falar:1) Faa uma prece (mentalmente).Ela lhe dar sintonia com os Amigos do Alto. Apoiado na orao e com seu desejo de doao ntima e confiana no seu esforo, voc conseguir a descontrao ideal (mesmo a muscular).2)Ponha-se em boa disposio mental,dizendo para si mesmo:Tenho necessidade de falar.Para qu? Gosto de expor minha ideia e j demonstrei vontade de falar. E tenho uma excelente doutrina para expor.Essas pessoas esto aqui com gosto para ouvir-me. uma boa oportunidade que se me oferece. Devo aproveit-la o mais possvel. Quanto mais falar, mais me desenvolverei.Por que receio? No difcil falar sobre o que conheo. Estou familiarizado com o assunto. Sei como diz-lo para transmitir o que sinto e o que se passa em minha alma.Como estou comeando, sinto agora certa dificuldade, que ir desaparecer em seguida, com o treino.Vou falar com firmeza e naturalidade. No vou imitar ningum. Falarei com voz clara, pausadamente e com boa dico. E vou falar com entusiasmo, para atrair e interessar.Vou dirigir-me assistncia com um ar saudvel e de confiana.Gosto de falar a amigos. Por que no falarei a muitos amigos?A gesticulao

Importantssimo o gesto na oratria. Ele d fora s expresses, podendo torn-las quase visuais.Mas gesticulao demasiada e trejeitos podem desviar a ateno do pblico daquilo que o essencial: a palavra, a mensagem.Portanto, os gestos devem ser: moderados e espontneos. Coordenados, ritmados, harmnicos, como o movimento do mar, que contnuo mas sem cansar quem o v. No se agite como as ondas bravias nem fique imvel como a montanha.Evite:- um s tipo de gesticulao;- os gestos perpendiculares (de alto a baixo);- a abertura total dos braos;- estalos de dedos, movimentos bruscos.Ao formular a prece, no enfatizar demais nem usar gestos. A atitude de concentrao e fervor ntimo. Se no for assim, o pblico pensar que oratria e aplaudir ao final da prece.Os gestos de modo geralSe a alma se eleva (admirao, entusiasmo etc.), o gesto tambm se eleva.Abatimento e dor: gestos caem e se tornam pesados. Indignao, clera, insulto, ameaa: o gesto avana. Meditao, introspeco: gesto volta-se sobre a pessoa. Repugnncia: mo contra o objeto, parecendo repeli-lo. Sentimento vivo: mo premindo o corao (se cabvel). Piedade: movimentos doces, afetuosos.Impacincia: gestos vivos, rpidos e bruscos.Comando: gesto alto, com todo o comprimento do brao. Obedincia: baixo, curto, reservado.CabeaPendurada para a frente, suavemente = ternura.Inclinada para um lado e um pouco pendida para trs = dvida.Pendida para a frente, olhos baixos = humildade. Queixo erguido para a frente = desafio.TroncoPara a frente = energia Encurvado = humildade.Braos e mosDurante a sua fala, suas mos e braos tm:- poder: se esto erguidos os braos e as mos, fechadas;- fora: se os braos esto dobrados nos cotovelos e as mos fechadas altura dos ombros;- expanso: braos abertos na horizontal e mos espalmadas;- abandono: braos cados, mos entreabertas;- dvida: mos abertas comprimindo ligeiramente as frontes; ou mo direita no queixo, cotovelo apoiado sobre o brao esquerdo dobrado.Mas esquea braos e mos, se no sabe o que fazer com eles.O indivduo normal acompanha com gestos, naturalmente, o que est falando. Assim, se voc os esquecer, far gesticulao natural e adequada expresso verbal. Se se preocupar demais com os gestos, acabar no sabendo o que fazer com as mos ou fazendo gestos forados, desencontrados e at ridculos.No trato com o pblico durante a exposio

Certos tipos de exposio comportam ou at pedem um contato maior do expositor com o pblico, por meio de perguntas e respostas, debates, coleta de opinies etc.Outras exposies, porm, seria melhor que no fossem interrompidas. Mas o pblico, s vezes, intervm, espontnea e inesperadamente.O expositor esprita ser sempre educado e atencioso, tanto para provocar como para acolher as manifestaes do pblico, porque este o solo em que deve trabalhar a mensagem esprita e para o qual no pode deixar de exemplificar a fraternidade da conduta crist.Regra geral, o expositor esprita:1 ) Responder o que souber e acolher o que puder, de modo que no haja prejuzo do interesse da maioria dos ouvintes, segundo o tema em estudo, nem do horrio disponvel.2) Quando no souber responder, de momento, declarar com naturalidade seu desconhecimento, propondo-se a procurar a informao para traz-la ao grupo, posteriormente.3) s vezes, uma pergunta est fora do tema mas, se o expositor der uma resposta rpida, resumindo o entendimento doutrinrio a respeito, sem entrar em maiores detalhes, j deixar satisfeito a quem perguntou e poder seguir adiante na sua exposio.4) Se a questo, porm, for inoportuna mesmo, porque sua explicao demandaria mais tempo ou requereria dos ouvintes maiores conhecimentos doutrinrios, informar isso sucintamente; se possvel, colocar-se disposio dos interessados, para o atendimento parte, aps a exposio pblica; ou indicar livros ou cursos que possam esclarec-los a respeito. (Ex.: temas polmicos e contraditrios ante um pblico geral).5) Tambm de boa tcnica informar previamente ao pblico que, ao final da exposio, se responder s perguntas que quiserem formular. (Se assim estiver previsto no programa do orador ou do centro).Convm lembrar que as pessoas que intervm inoportunamente, desconsiderando os outros, muitas vezes so:a) Almas difceis, que mais precisam de compreenso e tolerncia, para conseguirem permanecer na casa esprita e receber seus benefcios, a fim de se melhorarem psquica e espiritualmente;b) Obsidiados, de que os adversrios espirituais se utilizam para procurarem tumultuar o ambiente do servio esprita e tirar de suas vtimas a oportunidade de socorro espiritual que elas poderiam receber.Evitar demonstraes de irritao ou impacincia, dar respostas rudes, irnicas, agressivas.Somente quando a interveno inconveniente do pblico ultrapassar o limite do tolervel que caber providncia de maior firmeza ou energia para o restabelecimento da ordem (mesmo assim, com equilbrio emocional e sem violncia). Se a reunio estiver sob sua responsabilidade, o expositor esprita tomar essas providncias; se outros forem os encarregados da reunio e ainda no tomaram as providncias devidas, solicitar-lhes que o faam.Depois de ouvir uma apresentao elogiosa sua pessoa, o orador declarou que iria pedir perdo a Deus para o homem que o apresentara, por ser ele to mentiroso... e para si prprio, por ter gostado tanto do elogio.Lord Coggan(De OEsprita,Braslia, DF, janeiro/maro - 1998)| CAPTULO 6 A FALA DO EXPOSITOR

A respirao

O ato de respirar fundamental para viver e para falar (produzir sons vocais).Para realiz-lo, temos o sistema respiratrio, cujas estruturas principais so: cavidade nasal, faringe, laringe, tra-queia, brnquios, pulmes e diafragma.A principal funo desse sistema fornecer energia ao organismo pelo oxignio e purificar o sangue, dele coletando gases indesejveis e levando-os para fora.O ato de respirar resulta da expanso (inspirao) e retrao (expirao) da caixa torcica. A expirao depende mais do relaxamento do diafragma mas a inspirao precisa da contrao desse msculo que, por sua forma cupular, faz os pulmes se expandirem.A respirao um ato involuntrio, no precisamos lembrar que devemos respirar.Entretanto, se quisermos, poderemos exercer um controle voluntrio sobre a respirao.Ex.: Prend-la por alguns instantes, acelerar ou diminuir o seu ritmo.A respirao e o oradorH vrios tipos e modos respiratrios.O tipo respiratrio mais indicado e saudvel o inferior (que favorece um preenchimento total de ar nos pulmes). E o modo respiratrio, o predominantemente nasal.A boa respirao importante para quem fala em pblico, pois com ela se consegue:- mais oxigenao e melhor eliminao do dixido de carbono;O dixido de carbono impede o raciocnio claro e rpido, porque, sendo txico, anestsico e vasodilatdor, passa rapidamente pela corrente sangunea e diminui a excitabilidade do sistema nervoso.- melhorar a emisso vocal;A respirao inadequada pode gerar falta de modulao e ressonncia, ou causar a fraqueza da voz.- economizar energias ao falar.A respirao adequada, poupando energias no ato de falar, deixa-nos calmos e descansados.Orientaes e exerccios prticos- respirar, imaginando que voc est esticando os lados do peito;Este exerccio favorece a respirao inferior.Deve ser feito de preferncia deitado (mas tambm pode ser sentado ou em p).Manter as mos na regio diafragmtica (colocar os dedos mnimos logo acima do umbigo).Ao inspirar, as mos devem ser deslocadas para cima e, ao expirar, para baixo.- inspirar amplamente antes de cada grupo de palavras;Evita a falta de ar no final das frases.- ao sair de local quente, respirar somente pelo nariz;Alm de ser o modo mais adequado, favorece a purificao, umidificao e aquecimento do ar, que se d pelos clios e mucosas que existem no nariz.- relaxar os ombros e braos, balanar levemente as mos.Descontrai os msculos, favorece a respirao, diminui a tenso nervosa.A voz

Convm discernir, preliminarmente:- voz:so os sons produzidos na laringe pela vibrao das pregas vocais, no momento em que o ar sai dos pulmes;- fala:ocorre quando esses sons so articulados na boca (cavidade oral), atravs dos lbios, dentes, lngua etc.;Observao:Como vemos, a comunicao verbal tambm usa o sistema respiratrio.

- linguagem:tudo o que necessrio para nos expressarmos e comunicarmos.A voz o principal instrumento da oratria.Pode ajudar no sucesso da exposio, pois por meio dela transmitimos o que estamos sentindo: alegria, tristeza, dor, entusiasmo etc.Uma voz agradvel, clara e sonora agrada ao pblico, facilita o entendimento e favorece a recepo da mensagem.Ao contrrio, a voz aguda, estridente, fanhosa, dissonante e montona desagrada aos ouvintes e dificulta a boa comunicao.Essas caractersticas ms podem ser de origem fsica (orgnica), psicolgica ou cultural.Pequenos problemas podero ser corrigidos com exerccios simples, como a leitura de textos em voz alta, procurando a boa emisso da voz.Para dificuldades maiores, buscar a orientao mdica ou fonoaudiolgica; em alguns casos, ser necessrio um tratamento teraputico ou at mesmo uma interveno cirrgica.Para autoavaliar a qualidade vocal:- ouvir a prpria voz;Gravada em fita cassete ou colocando a mo em concha atrs da orelha.- ouvir a opinio de amigos sinceros;- declamar uma poesia para um canto da parede;Ajuda a ter um retorno auditivo de como a voz soa para os outros.- prestar ateno na prpria voz nos momentos de irritao;Permite analisar como essas entonaes so desagradveis.- tapar o nariz e pronunciar o alfabeto inteiro;Apenas o m e o n devem mudar de som, pois so mais nasais; em caso contrrio, a voz fanhosa.- verificar seu maior tom de ressonncia;Colocar a mo no peito e emitir a voz com os lbioscerrados.Orientaes e exerccios prticos- manter eretos o corpo e a cabea;Facilita a circulao do ar e a emisso vocal.- relaxar a musculatura;Propicia uma voz mais clara e agradvel.No feche a garganta, engula ou force o bocejo antes de falar.Outros exerccios simples: a vibrao de lbios e de lngua, mmicas faciais.- para melhorar a ressonncia;Exerccios como ohumming(com a boca fechada, imitar o zumbir do mosquito) ou o cantarolar com a boca cerrada.- para clarear a voz e afinar a saliva;O ideal tomar suco de laranja ou limo ou comer ma, uns 20 minutos antes da apresentao.No ingerir derivados de leite, pois engrossam a saliva, dificultando a articulao das palavras.Higienizar a garganta antes de falar para evitar pigarros e tosses indesejveis.Observao:Lembramos que o cigarro inimigo da limpidez da voz, por afetar o aparelho respiratrio e o fonador.

- para melhorar a entonao;Dizer um, dois, trs, quatro, cinco em diferentes tons, de lamentao, curiosidade, tristeza, alegria, negao, desdm etc.Ex.: Que pena, tenho que ir embora. E o que a verdade? No quero ouvir mais nada!- antes de falar.Evitar tanto o jejum (ou quase) como a alimentao farta, condimentada, e refrigerantes, porque podem impedir a boa emisso sonora ou causar desconforto ao orador.Quando estiver falando em pblico

- no grite(alm de tensionar a laringe, pode desagradar ao pblico),nem cochiche(o pblico no conseguir ouvir bem);- no comece o discurso com a voz em todo seu timbre e volume;- no deixe a voz cair nem levantar ao final de cada frase;- fale sempre para a frente, tentando atingir a todos os ouvintes;- varie a entonao, a intensidade e a velocidade da voz;- s beba gua ou outro lquido, quando for muito necessrio.A dico

Articular bem as palavras pronunci-las com a distino de todas as suas vogais e consoantes. Assim, seremos ouvidos e compreendidos, mesmo ao falar em voz baixa.Fazer pausas adequadas ao falar, obedecer aos sinais de pontuao, na leitura, ajudam o ouvinte a compreender a mensagem.Exerccios individuais1) Enunciar corretamente as consoantes:b,c,d, ...x,zat conseguir pronunci-las rpida e perfeitamente.2) Fazer o mesmo com grupos de consoantes, tais como:br, bl, bs, cr, cl,....3) Depois de associados os sons principais, praticar unindo-os s vogais: ba, be, bi, bo, bu (apoiando fortemente a voz sobre a consoante).4) Colocar um lpis entre os dentes, perpendicularmente (de comprido), segurando-o e procurando pronunciar as palavras em voz alta e com certa rapidez.5) Para adquirir uma articulao vocal clara e rpida ao mesmo tempo (destravar a lngua), leia devagar e, depois, cada vez mais rpido:Chuche sem cessar seis salsiches sem salsa e sem sal.A grande grua gralha na grama da grande granja de gro.O solo est enladrilhado. Quem o desenladrilhar? O desenladrilhador que o desenladrilhe, bom desenladrilha-dor ser.Um ninho de mafamagafos, com cinco mafamaguifi-nhos. Se a mafamagafa os desmafamaguifar, ficam todos des-mafamaguifados.Traga um prato de trigo para trs tigres.Compadre, compre pouca carpa parda. Quem pouca carpa parda compra, pouca carpa parda pagar. Pouca carpa parda comprei, pouca carpa parda pagarei.Exerccios em grupo1) Um texto (de preferncia desconhecido do grupo).Um elemento do grupo o l em voz alta.O grupo vai interferindo para corrigir as palavras e as pontuaes que no forem entendidas por todos, repetindo-se quantas vezes forem necessrias.Recomear sempre a leitura at que o texto no sofra interrupes.2) Para cadncia e harmonizao: leitura de poemas em grupo.Que algum, que leia bem, faa primeiro uma leitura de todo o texto em voz alta.Marcar o ritmo. Controlar a altura e o timbre de voz.Cada participante deve ouvir com ateno (procurando distinguir e observar, principalmente, a sua prpria voz).O uso do microfone

O microfone um ampliador da voz. Nem sempre ser necessrio, mas sempre um bom auxiliar, evitando muito esforo e, portanto, o cansao ao falar.Tipos mais usuais de microfoneAtualmente, so encontrados dois tipos bsicos de microfone, a saber: os microfones com fio e os sem fio. Estes ltimos transmitem os sons captados para um receptor acoplado a um amplificador comum, num processo similar ao de transmisso/recepo de rdio. semelhana dos tradicionais microfones com fio, so encontrados em vrios modelos e tamanhos, sendo os menores (com fio ou sem fio) sempre os mais prticos para o orador e, quando de boa marca, to ou mais potentes (sensveis) que os de grande tamanho.Tipos mais usuais de suporte para microfoneDe pedestalUsado para quando se fala de p. Favorece que o expositor seja visto por todos os ouvintes. Deixa-lhe livres os gestos, mas o prende a um ponto do ambiente.De mesaUsado para quando se fala sentado. No favorece tanto os gestos nem a movimentao do expositor.Adapta-se bem para:- mesas redondas (quando vrios expositores sentados usam altemadamente da palavra).- respostas s perguntas do auditrio aps uma explanao (em que j se esteve de p por muito tempo).- comando do andamento de uma reunio (pelo dirigente que assim no precisar se deslocar de seu lugar mesa) etc.Observao:Os microfones de mesa tambm podem ser colocados numa tribuna ou mvel alto, substituindo com vantagem os de pedestal.

De lapelaOs verdadeiros microfones de lapela so necessariamente minsculos e leves, mas em princpio qualquer microfone pode ser preso ou dependurado ao pescoo do orador usan-do-se para isso presilhas e correntinhas especiais.- d maior liberdade de movimentos e gestos ao expositor, porque fica preso vestimenta (lapela, bolso da camisa, decote do vestido etc.);- no requer que se fique muito atento distncia da boca e direo da voz em relao a ele.De moQuando necessrio, qualquer microfone pode ser usado sem suporte.- particularmente til quando h vrios oradores que se alternam, de improviso ou rapidamente, no uso de um nico microfone (por exemplo, em locais amplos, quando o pblico chamado a fazer perguntas ou comentrios, deve-se passar sempre que possvel o microfone pessoa que desejar falar, para que todos possam ouvi-la).- recomendvel quando o sistema de amplificao de som no local for falho ou insuficiente.Se houver microfone ao seu disporAntes de comear a falar1 ) Verifiquese est ligado, funcionando bem e qual o seu potencial (por exemplo, dando leves tapinhas com a ponta dos dedos sobre o microfone ou falando algumas palavras de teste).2)Ajuste-opara que fique a uma altura e posio adequadas sua boca. Isso se aplica tanto aos microfones de lapela (que no devem ficar bambos, nem cados para um lado da lapela) quanto aos de pedestal.Observao:O microfone de pedestal deve ser colocado cerca de 10cm a 15cm de distncia da boca, e 2cm abaixo do queixo (essas distncias variam segundo a qualidade do equipamento).

Enquanto estiver falando1 ) Dirija sua voz sempre para o bocal do microfone,(ainda que sua cabea e olhos se movimentem para a comunicao com os ouvintes ou a leitura de anotaes) para assim no sair do limitado campo de captao lateral do microfone (comparvel a um cone invertido que se projeta do bocal para o orador).2) Dose sua voz segundo a sensibilidade do microfone:- se precisar elevar a voz (por exemplo, para enfatizar algo ou expressar emoes), afaste ou desvie um pouco a boca do aparelho;- jamais grite ou tussa no microfone, pois alm de ferir os ouvidos do pblico, poder causar danos aos altofalantes do sistema de som; se precisar pigarrear ou tossir, afaste a boca do microfone ou cubra-o com a mo.3)No fique mexendo no fio do microfone,nem fique passando o aparelho de uma mo para outra. Alm de causar rudos desagradveis e distrair a ateno dos ouvintes, poder danificar o equipamento.4) No fique segurando ou se apoiando na haste do microfone de pedestal,pois isso impedir a naturalidade que seus movimentos e gestos devem ter.5)No deixe que o microfone lhe cubra o rosto.Sua comunicao com os ouvintes melhor quando eles podem observar sua fisionomia.6) Quando movimentar-se no ambiente com o microfone de mo:- mantenha-o sempre distncia adequada de sua boca;- fique atento ao limite de comprimento e posio do fio no cho, para evitar de tropear ou desligar o microfone acidentalmente.7) Se o microfone vier a apresentar defeito ou parar de funcionarno se perturbe. Desligue-o prontamente e continue falando de viva voz, apenas em tom mais alto do que vinha fazendo.Observaes:Caber aos organizadores da palestra a correo da falha tcnica. Se no a fizerem, prossiga sua exposio com a voz alteada.

Acabando de falarDesligue o microfone (se possvel) ou retire-o de sua veste, deixando-o sobre a mesa para no captar conversas alheias palestra.Cuidados especiais

- microfonia:as caixas acsticas nunca devero ficar com os altofalantes voltados para o microfone, nem o orador dever se aproximar delas com microfone de mo ou lapela, pois isso causa ofeedback,ou seja, um fenmeno de realimentao do sistema que gera os desagradveis e ensurdecedores rudos de microfonia;- choque eltrico:por funcionarem com baixssima voltagem e serem revestidos de material isolante, os microfones modernosnocausam choques eltricos. J os microfones feitos de metal, quando encaixados em pedestais tambm de metal, jamais devero ser montados em locais muito midos, sobre cho molhado ou sob chuva. Deve-se tambm evitar toc-los com os dedos machucados ou com os lbios.A linguagem

A forma de se dizer d mais importncia ao que se diz.Atualmente, porm, a linguagem do dia-a-dia, chamada COLOQUIAL, que a veiculada na televiso, no rdio, e, at, em algumas publicaes de carter mais popular, transformou totalmente o uso e o significado de muitas palavras e expresses. Isso ocasionou o desuso e o esquecimento de muitas regras gramaticais responsveis pela chamada linguagem culta.Quem, no entanto, ocupar uma tribuna, ou desejar falar em pblico, dever preocupar-se em falar corretamente, usando linguagem CLARA, SIMPLES, LIMPA e DOUTRINARIAMENTE CORRETA.1) CLARAE a linguagem em que o que falado ficabem explcito,(sem dar margem dubiedade de sentido), e sem redundncia (isto , sem usar muitas repeties).A clareza de grande importncia num discurso para que o orador seja corretamente entendido por todos que o ouvem.Para manter a clareza em seu discurso:- use palavras precisas, prprias e adequadas para traduzirem as suas ideias e pensamentos;- faa a devida distino das coisas, pessoas, pocas, causas e lugares.Os bons espritos tm a arte de dizer muitas coisas em poucas palavras, porque cada palavra empregada com exatido (OLivro dos Mdiuns,XXIV, 267-ls).VocabulrioVoc vai precisar de um bom vocabulrio para sua clareza de expresso e para ter sinnimos na hora necessria.Comece a preparar sua bagagem de palavras novas ou amplie o conhecimento que voc j tem acerca de algumas palavras. Estudando pelo dicionrio 10 (dez) palavras por dia, voc conhecer 3.650 palavras num ano!Procure conhecer o SENTIDO EXATO das palavras que voc emprega.s vezes, a simples troca de uma letra, ou o acrscimo ou supresso de uma letra, podem causar muitas confuses, como por exemplo:- despercebido (no notado) e desapercebido (despreparado);- delatar (denunciar) e dilatar (ampliar);- eminente (clebre) e iminente (prximo de acontecer);- intemerato (puro, ntegro) e intimorato (valente, corajoso).e muitas outras, que a consulta a uma boa GRAMTICA pode esclarecer.H palavras que so muito parecidas quanto forma escrita, mas de significado bem diferente:- temerrio (arriscado, atrevido);- temeroso (medroso);- temvel (que causa temor), ou:- cesso (ato de ceder);- seo (diviso, departamento);- sesso (reunio).H, ainda, palavras que usamos indevidamente. Eis alguns exemplos de aplicao imprpria:1) Plantei de jogadores de um clube.O correto RESERVA, porque plantei significa um grupo de animais de boa raa que o criador conserva para a reproduo; aplicvel a cavalos e bois.2) Moradia em lugar de MORADA.Morada o lugar onde se mora, habitao, domiclio.Moradia era a penso (contribuio financeira) que se dava aos fidalgos, no Brasil imprio, para que tivessem habitao condigna.3) Estadia em lugar de ESTADA.Estada o ato de estar, quando se refere a pessoas. Estadia o prazo concedido para carga e descarga de navio ancorado no porto.Tambm cometemos erros de m pronncia:- compania em vez de COMPANHIA;- beneficincia em vez de BENEFICNCIA;- prito em vez de PERITO;- fludos em vez de FLUIDOS;- outrm em vez de OUTREM;- mister em vez de MISTER;- rubrica em vez de RUBRICA.FigurasMuitas vezes precisamos usar palavras ou expresses que sugiram IMAGENS, IDEIAS, forneam COMPARAES, abrandem ou aumentem a ideia expressa. So formas de expresso que embelezam a linguagem.Exemplos:- temo como olhar de me;- j o preveni um milho de vezes;- imvel como um rochedo.2) SIMPLESE a linguagem que todos podem entender.Tribuna esprita no lugar para preciosismos lingusticos desnecessrios. Evite, portanto:a) Palavras difceis, complicadas, esquisitas, em desuso (se precisar us-las, d sinnimos, explique o sentido);b) Termos tcnicos e especializados que o pblico no conhea (esclarea-os, se us-los).3) LIMPANo use expresses ou palavras grosseiras ou imorais (cuidado com as imagens mentais que cria nos ouvintes), nem termos de gria.Evite cacfatos (produo de som ridculo ou obsceno, ao unir duas ou mais slabas).Exemplos: BOCA DELA, ALMA MINHA, POR CADA, AMO ELA, ELA TINHA, NOSSO HINO, VEZ PASSADA etc.4) CORRETAObserve as regras da lngua portuguesa, principalmente:a) O plural das palavras;b) A concordncia nominal ( a concordncia do adjetivo, do advrbio, dos pronomes e dos artigos com o substantivo);Ex.: Eu estou MEIO sonolenta, (e no meia - que representa a metade de alguma coisa). MEIO, neste caso, um advrbio de intensidade, deve ser sempre usado no masculino, pois invarivel.Ex.: Hoje vieram MENAS pessoas do que ontem. outro erro muito frequente. Diga-se Hoje vieram MENOS pessoas do que ontem, pois o advrbio MENOS , de quantidade, invarivel.Ex.: Quero duzentos gramas de queijo e no DUZEN-TAS GRAMAS, porque grama (medida de peso) substantivo masculino; grama (gramnea usada em jardim) que substantivo feminino.c) A concordncia verbal (que a concordncia do sujeito com o predicado). preciso lembrar que alguns verbos no admitem um sujeito (isto , algum que pratique a ao enunciada por esse verbo). Nesses casos o verbo no admite o plural, permanece sempre no singular;Ex.: HOUVE muitos acidentes aqui.FAZ vinte anos que no o vejo.d) Emprego dos tempos dos verbos:d.l) No confundir pretrito imperfeito do indicativo com o futuro do pretrito do indicativo.Ex.:pretrito imperfeito futuro do pretritoeu podia em vez de eu poderiaeu queria em vez de eu quereriad.2) Cuidado ao empregar certos verbos no futuro do subjuntivo:- verbo VER: Quando eu o vir, contarei a novidade; verbo VIR: Quando ele vier da praia, ser tarde;- verbo PR: Quando eu puser as coisas em dia, sairei;- verbo SER: Se ele for aprovado, ficar feliz;- verbo IR: Se ele for cidade, v com ele.e) A concordncia irregular ou figurada ( a concordncia que se faz com a ideia subentendida, e no com o que est escrito na frase):e.l) Com os pronomes NS e VS substituindo eu e tu;Ex.: Ns estamos muito CONTENTE com esse trabalho. (A pessoa que est falando refere-se a ela mesma, mas evita o uso do pronome EU por delicadeza ou modstia, porm EVIDENCIA a referncia ao usar do singular no adjetivo). Gramaticalmente a frase est correta, constituindo o que se chama de SILEPSE DE NMERO.e.2) Quando a pessoa que fala se inclui entre os mencionados na frase.Ex.: Os brasileiros SOMOS romnticos (silepse de pessoa).f) Evitarpleonasmos,a redundncia na expresso, se no for para refor-la.Exemplos:VI com meus prprios OLHOS.Vou REPETIR OUTRA VEZ.SUBI para CIMA.CHOREI LGRIMAS sentidas.Serei a PRINCIPAL PROTAGONISTA.Tive uma HEMORRAGIA DE SANGUE.g) Ao utilizar pronome de tratamento cerimonioso, no use vosso ou vossa, se empregar o VOCATIVO (termo que pe em evidncia o ser a quem nos dirigimos);Ex.: Excelncia, peo sua ateno.h) Uso de EU e MIM;h.l ) Usa-se MIM no final das frases. Ex: Isto para mim;h. 2) Usa-se EU quando vier antes de verbos no infinitivo.Ex: Isto para EU fazer.i) Uso de ONDE e AONDE;i. l) Empregue ONDE com verbos estticos (que no denunciem movimento);ONDE est voc? ONDE encontrarei esse livro?i.2) Empregue AONDE com verbos dinmicos (de movimento).AONDE vais? AONDE levas meu filho?j) Cuidado tambm com o uso de muletas. So palavras ou expresses que servem de suporte, utilizadas para iniciar ou terminar toda exposio, que se tornam cansativos, alm de empobrecerem toda a linguagem.Ex.:- Veja bem... - Ento...- N? - De repente...- Deu pra entender? - A...So, enfim, muitos os cuidados que devemos ter ao redigir um texto e ao falar em pblico, mas tambm so lies que podemos aprender aos poucos e que no devem nos amedrontar ou inibir, impedindo-nos de realizar a tarefa a que nos propusemos, que a divulgao da DOUTRINA ESPRITA.A nossa lngua uma das mais bonitas, mas tambm uma das mais complexas. E preciso estudar sempre. Porm, alguns errinhos de Lngua Portuguesa podero at passar despercebidos se a mensagem estiver...5) DOUTRIN ARI AMENTE CORRETA E ADEQUADAUse o vocabulrio esprita com frequncia e corretamente, na sua exposio.Assim:- quem o conhece entender bem e rapidamente;- quem no o conhece ir se familiarizar com ele.(faa, claro, as explicaes necessrias)Ex.: Os espritos, encarnados ou no, possuem perispri-to, um corpo espiritual. O perisprito fludico, constitudo de fluidos.Ao usar as denominaes doutrinrias, certifique-se do que quer falar ou explicar; caso contrrio, consulte os livros ou algum que lhe possa esclarecer.Use com prudncia, ou substitua toda expresso verbal que indique costumes, prticas, ideias polticas, sociais ou religiosas contrrias ao pensamento esprita, quais sejam: sorte, acaso, sobrenatural, milagre e outras, preferindo, em qualquer circunstncia, o uso da terminologia doutrinria pura.Ex.: em vez de os milagres de Jesus, dizer os fenmenos que Jesus realizou.ANEXOSSEQUNCIA DE EXERCCIOS SUGERIDOS1) Levantar-se e ir frente.Saudar, dizer seu nome e endereo (ou grupo de que faz parte).Por que veio fazer este curso (o que espera dele).Despedir-se e retomar ao seu lugar.Objetivo deste exerccio: desinibir, ensejar que experimente a emoo de ficar diante do pblico e que procure control-la.2) Preparar um roteiro (sobre assunto que conhea bem), como:Apresentao- saudao;- proposio (motivao, definio do tema).ExposioPrimeiro argumentoSegundo argumentoIlustrar o que for argumentado com citaes, casos etc.ConclusoFecho com que arrematar a ideia central exposta.Exemplo:Tema: As Parbolas de JesusApresentao- saudao: Paz a todos;- proposio: Definio do que uma parbola (uma histria simblica, comparativa, alegrica, com uma concluso que uma regra de conduta, um preceito de moral, a ser seguido).ExposioPrimeiro argumento: as vantagens no uso das parbolas:- motiva e agrada ao ouvinte;- facilita o entendimento, pela analogia;- enredo ajuda a guardar e reproduzir o que se ouviu.Ilustrao: Jesus e as parbolas que contava.Segundo argumento: necessrio que se saiba interpret-las bem, pois o importante a mensagem que contm.Ilustrao: Narrar uma delas como exemplo e fazer sua interpretao luz do Espiritismo.ConclusoAs parbolas de Jesus contm preciosos ensinos espirituais. Devemos estud-las luz do Espiritismo para entender bem o seu significado. E, depois de entend-las, devemos aplicar esses ensinos em nossa conduta.3) Apresentar-se com o roteiro elaborado.Olhar a assistncia, controlar a respirao.Fazer a saudao inicial.Dizer qual o seu tema.Ler o roteiro (s o esquema, ainda no a apresentao completa)Aps: avaliao da sua apresentao (feita por si mesmo ou por outrem)4) Com o mesmo roteiro (j aperfeioado, se necessrio), apresentar-se, agora j falando e no apenas lendo.Alm da entonao da voz, usar todos os recursos (gestos, olhar etc.)No esquecer a atitude mental.Controlar a respirao.Relaxar os msculos (especialmente os da garganta e da boca).Controlar sua postura na tribuna.Olhar para a assistncia como para amigos.5) Aps falar.Agora que voc j falou uma vez em pblico, diga:- meus maiores problemas na arte de falar em pblico;- o que sinto, quando falo;- o que deverei fazer para melhorar.FICHA DE AVALIAONome do(a) candidato(a):FISICAMENTE:

Postura:

( )boa() m

Vesturio:

( ) satisfatrio( ) desalinhado

()exagerado

Fisionomia:

( )normal( )inexpressiva

( )expressiva

Movimentao:

( )normal( )pouca

) regular( ) excessiva ou cansativaGesticulao:( ) natural ( ) pouca( ) forada ( ) apropriada e expressiva( ) gestos muito repetidos( ) inadequada ou exageradaATITUDE PSICOLGICA

( ) natural( ) insegura

( ) tensa( ) entusiasmada

( ) aptica( ) agressiva

VOZ

Volume:

( ) bom( ) muito baixo

( ) muito alto

Qualidade:

( ) normal( ) agradvel

( ) montona( ) irritante

DICO

( )razovel( ) boa

( ) tima( ) confusa

( ) entrecortada( ) sibilante

( ) muito lenta( ) muito rpida

RELAO COM O PBLICO

Atraiu a ateno?

( ) sim( ) no

( ) s de incio( ) s mais tarde

Mostrou interesse pelos ouvintes?( ) sim ( ) no( ) esqueceu parte do pblicoORGANIZAO DA PALESTRA

( ) boa ( ) no ficou demonstrada( ) atrapalhou-se ( ) perdeu-se totalmente um poucoOutras observaes:_PETIO EM SERVIOSenhor! Tunosdisseste:Ide e falai ao mundoDo amor, do excelso amor, no Lar Celeste,E dizeiDa bondade da Lei Que a todosnos governa,No cursoda jornada, dia a dia,Para a perpetuidade da alegria.Em plenitude de grandeza eterna!...Ouvi os teus ensinosE, largando o repouso, a dvida, o marasmo, Esfuziante de entusiasmo,Pus-me a espalhar a Boa Nova,Como se contemplasse o Cu dentro de mim!.Minha vida era um sonho,ATerra era um jardim...Depois, Senhor, andei de prova em prova, Para exporte a presena,Ento pude notar a diferena Entre palavra e ao!...Conhecendo aspereza, angstia, tentao, Quantas vezes ca beira do caminho,De alma cansada e corao sozinho,Lutando por erguer-me e continuar...De queda em queda em que me debatia,Era preciso atravessar Tempestades de sombra e de agonia Para sobreviverEntre o sol da esperana e o suor do dever!... por isso, Senhor,Que te venho rogar ardentemente,No me deixes seguir Entre os irmos da frente,Que se mostram capazesDe transmitir ao mundo os prodgios que fazesTorna-me pequenina,Servidora sem nome.Resguardada, porm, na Bondade Divina!... Amorvel Jesus,Senhor da excelsa Vinha Da Verdade e da Luz,Deixa, por fim, que eu seja,No ideal de servir a que me elevas,Um pobre e diminuto pirilampo,Mas que eu viva e trabalhe no teu campo,Persistindo em lutar contra a fora das trevas!...Maria DoloresPsicografia:Francisco C. XavierTEATRALIZAO VISANDO ENSAIO DE MOVIMENTOS E GESTOS ALM DE VOZ E ENTONAOEXEMPLO DE TEXTOPode ser apresentado por 3 pessoas.Narrador - O VIAJOR E A F, do Esprito Carmem Cinira, no livroParnaso de Alm-Tmulo,psicografado por Francisco Cndido Xavier.F - Donde vens, viajor triste e cansado? (comfraterno interesse)Viajor - Venho da terra estril da iluso.(Em total abatimento)F - Que trazes?Viajor - A misria do pecado, (com grande tristeza)De alma ferida e morto o corao.Ah! Quem me dera a bno da esperana, (suplicante)Quem me dera consolo desventura!(idem)Narrador - Mas a f generosa, humilde e mansa,Deu-lhe o brao e falou-lhe com doura:F - (emtom compadecido e carinhoso)Vem ao Mestre que ampara os pobrezinhos Que esclarece e conforta os sofredores!...(em tom compreensivo)Pois com o mundo uma flor tem mil espinhos, (em tomde alentadora e vibrante esperana)Mas com Jesus um espinho tem mil flores!A CONFERNCIAConvidado a fazer uma preleo sobre a crtica, o con-ferencista compareceu ante o auditrio superlotado, sobra-ando pequeno fardo.Aps cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra dgua de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.Em silncio, acendeu poderosa lmpada, enfeitou a mesa com dezenas de prolas que trouxera no embrulho e com vrias dzias de flores colhidas de corbelhas prximas.Logo aps, apanhou da sacola diversosbiscuitsde inexprimvel beleza, representando motivos edificantes, e enfi-leirou-os com graa.Em seguida, situou na mesa um exemplar do Novo Testamento em capa doutrada.Depois, com o assombro de todos, colocou pequena lagartixa num frasco de vidro.S ento comandou a palavra, perguntando: Que vedes aqui, meus irmos?E a assembleia respondeu, em vozes discordantes: Um bicho! Um lagarto horrvel! Uma larva! Um pequeno monstro!Esgotados breves momentos de expectao, o pregador considerou: Assim o esprito da crtica destrutiva, meus amigos! No enxergastes o forro de seda lirial, nem as flores, nem as prolas, nem as preciosidades, nem o Novo Testamento, nem a luz faiscante que acendi... Vistes apenas a diminuta lagartixa...E conclui, sorridente: Nada mais tenho a dizer...Nesta pgina do livroBem-Aventurados os Simples,pelo esprito de Valrium, psicografado por Waldo Vieira, temos um exemplo de como o orador pode se valer de coisas simples para motivar o pblico e ilustrar seus argumentos.DORMIR E SONHARNo h nenhum orador que no tenha tido contrariedade ao ver pessoas dormir ou bocejar, enquanto ele se esfora para expor suas ideias.Em uma palestra, ao ver algum dormir, se o orador no tem prtica nem autocontrole, se perder e ficar confuso se o assunto est corretamente explicado ou se algo que no provoca interesse aos ouvintes.Confessamos que quando isso se passou conosco, ficamos perturbados e houve momentos difceis, quando tentamos mudar o tema, ou a maneira de exp-lo, para despertar alguma ateno.Ao longo do tempo e de alguma vivncia na exposio do Evangelho e da Doutrina Esprita, passamos a encarar tais acontecimentos de forma mais natural. Alm disso, em palestras de oradores que so gurus dos espritas, vimos pessoas dormindo, profundamente. Isso diminuiu nossa preocupao. Se nessas palestras alguns dormem, normal que as nossas se transformem em sesses de sonoterapia.Decidimos, entretanto, fazer uma anlise de tais situaes, com a inteno de compreender por que as pessoas dormem durante uma exposio esprita. Vejamos:1 ) Dormem porque esto cansadas; foram para o centro diretamente do trabalho e a noite est quente;2) Dormem porque a voz do expositor no tem variedade ou inflexo, tornando-se montona, o que deixa a reunio cansativa;3) Dormem porque esto envolvidos por espritos inferiores, que interferem nas mentes para que as pessoas no assimilem as lies;4) Dormem porque no tm interesse pelo que est sendo divulgado, j que o assunto no soluciona seus problemas imediatos;5 ) Dormem porque, apesar de ter ido ao centro, no esto em condio de entender a mensagem dos espritos.Relacionados alguns provveis motivos, analisemos:1A - Plenamente justificvel, porque o cansao e o calor favorecem a sonolncia. Todavia, frente TV, assistindo a novelas, dominamos o sono. Se quisermos, superamos as dificuldades.2A - s vezes, a voz do expositor montona, mas se tivermos o cuidado de valorizar as palavras mais do que a voz e a figura do orador, descobriremos coisas interessantes.3 A - Um esprito inferior envolve a criatura, impedindo-a de compreender as lies. Se for algo espordico, no h motivo para preocupao porque nossas companhias habituais no so realmente do melhor nvel espiritual. Mas se o assdio constante e nocivo, necessrio um tratamento espiritual para interromper possvel processo obsessivo j instalado ou prestes a subjugar o indivduo.4A - Se o assunto no desperta interesse, porque no estamos interessados. Mas nada to desinteressante que no possa ensinar algo. Especialmente numa palestra esprita. A tcnica de interessar-se pelo assunto transforma conversas comuns, ou que parecem inteis, em proveitosas lies; uma simples frase durante uma exposio de uma hora, pode dar-nos a soluo para algo que nos atormenta.5A - Aqui est, parece-nos, a chave do problema. A maioria dos que dormem porque ainda no tm discernimento para compreender as verdades que ali se dizem. So como misseiros. Acreditam que por estar no templo durante certo perodo cumprem o seu dever religioso. A estes basta o mandamento da Igreja que os obriga a visit-la uma vez por semana. Lamentvel que inclusive renomados espritas, convidados a participar na composio das mesas nobres, por vezes dormem durante as exposies, de frente para o pblico, dando um triste e comprometedor espetculo.Voc que normalmente dormita na reunio esprita, em qual destes itens cr que se enquadra?H quem defenda que o esprito, mesmo dormindo, aproveita a lio. No precisaria que o paciente fosse acordado, porque o conhecimento est sendo absorvido pelo esprito. como o tal mtodo de aprendizado de lnguas, osleep leaming- aprenda dormindo - que por meio de parafernlia eletrnica enviaria ao crebro as informaes, que ficariam gravadas. H quem afirme que para isso basta dormir com um livro sobre a testa. Sabemos que no verdade e que no tem sentido. S o que se obtm com esforo e interesse atende s finalidades de uma encarnao.Alm do que analisamos, dormir durante uma palestra falta de educao e respeito com quem fala. Cremos, portanto, que alm dos fatores fsicos e espirituais, dormem durante as exposies os que no compreendem a importncia daquele momento em sua vida. O sono no causa, mas consequncia. Por mais brilhante que seja o orador, sempre haver os que ali esto sem saber por qu. So como as imprevidentes virgens da parbola que se descuidaram chegada dos noivos.Estes, entretanto, no justificam nossas preocupaes. Nem Jesus consegue acord-los. Pois que durmam enquanto no chega o seu tempo.Continuemos, pois, nosso trabalho, com a maior boa vontade, em ateno aos que permanecem despertos e tm interesse pelo que se ensina no centro esprita. No esqueamos, porm, que aquele que faz a tarefa o primeiro e principal beneficiado. Para orientar, preciso antes conhecer; para ensinar, preciso antes aprender.Texto retirado daRevista Internacional de Espiritismo,agosto de 2001.BIBLIOGRAFIA1 ) ATcnica da Comunicao HumanaJ. R. Whitaker Penteado Livraria Editora Pioneira2)Nobre Arte de Falar em PblicoDcio Ferraz Alvim Livraria Editora Pioneira3) OOrador EspritaEliseu Rigonatti Livraria Editora Lialto Ltda., 19454)Como Melhorar sua ComunicaoIvan Ren FranzolimEditora EME5)Manual do Expositor Esprita(Apostila do Departamento de Orientao Doutrinria do CRE S.Paulo - Regio 8 (USE).6) Sugestes ao Pregador Esprita (Artigos de Lauro F. Carvalho, emReformadorde junho/julho/agosto - 1987)7) Na Tribuna, pgina do livroConduta Esprita,de Andr Luiz, psicografado por Francisco Cndido Xavier.O amor a Deus e ao prximo constituem o verdadeiro livro que precisamos escrever e editar no corao dos homens. Nora Editora Allan Kardec Av. Theodureto de Almeida Camargo, 750 - Vila Nova Campinas/SP - 13075-630 PABX: (19) 3242-5990www.allankardec.org.brCLOFON

Ttulo:Autoria: Capa: Reviso: Editorao: Nmero de pginas: Formato: Tipologia:Mancha:Composio:Papel:Cores:Impresso:Acabamento:Impressor:Tiragem:Produo:Oratria a Serviodo Espiritismo(Coleo Estudos e Cursos, vol. 7 )Therezinha Oliveira Pandora Design Ademar Lopes Junior Cristina Fanhani Meira 9614x21 cmOoudy 12/14,4 (texto), Optima 10,5/12,6 (texto citao) Optima Mdium 15/18 (ttulo)11,8x17,2 cm (sem cabeo e flio)InDesign CS2 em plataforma Windows Chamois Bulk Dunas 80g/m2 (miolo) e Carto Supremo 250g/m2 (capa)Preto escala (miolo) e quadricomia escala (capa)Processo offset com CTP Brochura com cadernos costurados e colados, capa com orelhas e laminao BOPP brilhante.LIS Grfica e Editora Ltda. - Guarulhos/SP 2.000 exemplaresMaio/2009