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ALCIOLY THEREZINHA GRUBER DE ABREU "A POSSE E O USO DA TERRA" MODERNIZAÇÃO AGROPECUÁRIA DE GUARAPUAVA Dissertação apresentada a Uni- versidade Federal do Paraná - Curso de História do Brasil Área Econômica^ para obtenção do Título de Mestre. ORIENTADOR: Professor Dr. Brasil Pinheiro Machado UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA . CURITIBA - 1 981

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ALCIOLY THEREZINHA GRUBER DE AB REU

"A POSSE E O USO DA TERRA"

MODERNIZAÇÃO AGROPECUÁRIA DE GUARAPUAVA

Dissertação apresentada a Uni-

versida de Federal do Paraná -

Curso de História do Brasil

Área Econômica^ para obtenção do

Título de Mestre.

ORIENTADOR:

Professor Dr. Brasil Pinheiro

Machado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA

. CURITIBA - 1 981

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I I

SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS IV

LISTA DE TABELAS VI

LISTA DE GRAF ICOS X

INTRODUÇÃO 1

1? PARTE

CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS

CAPITULO I - FONTES E MET ODOL OGIA 5

1.1 - Font es 7

1.2 - Métod os e Técnic as 19

2? PARTE

A POSSE E O USO DA TERRA NO SËCUL O XIX 24

CAPÍTULO II - SITUA ÇÃO GEOGR AFICA E HISTÓ RICA

2.1 - Posição, limites e extensão do Município de

Guarapuava 25 

2.2 - Antecedentes históric os: A conquista e

ocupa ção da terra • 25

2.2.1 - Cateq uese e civil izaçã o dos índios 38

2.3 - A mobi liza ção econô mica no século XIX 50

2.3.1 - A posse e o uso da terra - Estru tura

fundiária

2.3.2 - A expans ão da socied ade campe ira 77

2.3.3 - Evolu ção econôm ica e polític a - A inte-

gração de Guarapuava no processo eco-

nômico brasileiro  9 2

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I I I

2, 3. 4 - Núc l eos col oni ai s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I l l

2. 3. 4. 1 - Col ôni a Ther ez a I l l

2. 3. 4. 2 - Out r os núc l eos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117

CAPÍ TULO I I I - A REPRODUÇÃO DA ESTRUTURA SOCI AL TRADI CI ONAL 123

3. 1 - Ca r a c t e r í s t i ca s d a po pul a ção gua r a pua va na

qua nt o ã f or ma çã o ét ni co- cul t ur al , co ndi çã o

s oc i al , i dade e es t ado c i vi l . . . . . . . . . . . . . . . . 133

3. 2 - Fai x a e t ár i a da f o r ça de t r a ba l ho 141

3? PARTE

A CRI SE DO SI STEMA TRADI CI ONAL CAMPE I RO E A TRANSI ÇÃO DA

AGRI CULTURA DE SUBSI STÊNCI A PARA A AGRI CUL TURA COMERCI AL

CAPÍ TULO I V - A CRI SE DO SI STEMA TRADI CI ONAL CAMPEI RO

E AS MUDANÇAS OCORRI DAS NA REGI ÃO

4. 1 - Cr i s e do s i s t ema t r adi c i onal c ampei r o . . . . . . .

  16

 8

4. 2 - Mov i ment os a rmados que pr e j ud i ca r am a eco-

nom a guar apuavana 180

4. 3 - Es t r ut ur a f undi ár i a. Ext ens ão edi s t r i bui ç ão

da s pr o pr i e da de s r ur a i s . Pos s e e us o da

terra 186

4 . 4 - 0 des envol v i ment o da agr i c ul t ur a e a pene-

t r aç ão do c api t al i s mo f i nanc ei r o no c ampo . . . . . 208

CAPÍ TULO V - AS NOVAS CAMADAS SÖCI O- ECONÖMI CAS E AS

RELAÇÕES DE TRABALHO

5. 1 - Re l ações de t r aba l ho 221

5. 2 - Co ope r a t i v i s mo e s i ndi c al i z a ção . 238

5. 3 - Des envol vi ment o da i nf r a- es t r ut ur a . . . . . . . . . . 245

CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 248

ANEXOS . 252

I - Evol uç ão da agr i c ul t ur a e pec uár i a . . . . . . . . . . . . 253

I I - F i na nc i ament os ba nc ár i o s r egi s t r ados n os Car -

t ór i o s de Re gi s t r o de I móv ei s de Gua r a pua va . . . . . 312

I I I - Ev ol uç ão da di v i s ã o Muni c i pa l do Es t ado do

Par aná 339

I V - F i c has ut i l i z a da s na pes qui s a 344

REFERÊNCI AS BI BL I OGRÁFI CAS . . . . . .   . .   353

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AGRADECIMENTOS

Ao concluir esta Dissertação visando obter o título

de Mestre em História do Brasil - opção História Econômica,

necessário se faz expressar agradecimentos ao Professor Dou-

tor Brasil Pinheiro Machado, não só pela orientação efi-

ciente como também pelas palavras de estímulo, quando algu-

mas limitações nos levaram a momentos de irresoluç ão.

Agradecimento s são reiterados ã Professora Doutora

Altiva Pilati Balhana, Coordenadora do Curso de Pós-Gradua-

ção em História do Brasil, da Universidade Federal do Para-

ná, pela singularidade de seus conselhos e pela compreensão

e apoio demonstrados.

Ä Universidade Federal do Paraná, os aplausos pela

ação multiplicadora de sua influência cultural, ao promover

cursos que permitem a melhor qualifi cação dos docentes e

formação de pesquisadores.

Reconhecimentos ã Fundação Faculdad e Estadual de Fi-

losofia, Ciências e Letras de Guarapuava, representada pelo

seu ex-Diretor Nelson Zagorski e pelo atual Diretor Huberto

José Limberger, pelo apoio recebido, sem o qual este traba-

lho não seria uma realidade.

Agradecimentos especiais i Professora Gracita Gruber

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V

Marcondes pela ajuda e conselhos dispensados em todas as fa-

ses desta pesqu isa, desde a coleta de dados até a redação

final.

Gratidão sincera aos familiares, esposo ef ilh as , que

em todos os momentos souberam dispensar sua cooperação e

compreensão para que se prosseguisse a empreitada.

Ainda se deve particularizar agradecimentos:

Ao Sr. Benjamin C. Teixeira por colocar ã disposição o

acervo de seu arquivo particular.

— — Ao Professor Mestre Giocondo Fagundes pela gentileza da

revisão gramatical dos textos.

Ä Professora Zilma Haick Dalla Vechia pela participação

na contagem dos dados do INCRA.

Ao Professor Wilson Luiz Camargo pelas sugestões na mon-

tagem dos quadros estatísticos referentes aos dados do

"Registro do V igário" de 1 855 - 7.

Aos funcionários da FAFIG responsáveis pela datilogra-

fia e montagem desta Dissertação, pela eficiência , ra-

pidez e boa vontade demonstradas .

à todas as entidades

  e

  repartições públicas, religiosas

e particulares onde se buscaram as informações necessá-

rias para esta pesquisa.

 todas as pessoas aqui não enumeradas que, direta ou

indiretamente, dispensaram sua atenção eas sis tên cia pa-

ra a realização deste trabalho,

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VI

LI STA DE TABELAS

TABELA Pg.

I - Casamentos de brancos com índios. Guara-

puava. Século  XI X  135

II - Estrutura populaciona l do Municí pio de

Guarapuava.  Sécul o XI X 143

III - População livre.

  T r a ba l ho

 potencial e

população ativa.

  Sé cul o

  XIX

População escrava. Trabalho potencial e

populaçã o ativa 146

Indígenas catequi zados. Trabalho poten-

cial e população ativa. Século XIX

Agregados 147

IV - População livre e escrava. Trabalho po-

tencial e população ativa. Seus percen-

tuais em relação ã população total. Gua-

rapu ava. Século XIX 148

V - Distribuição da população por condição

social. Século XIX . 150

VI - Taxa de participação da mão-de-obra ati-

va de cada grupo social. Século XIX 155

VII - Taxa de participação

  da

  mão-de-obra ser-

vil. Século

  XI X

  157

VIII - Popul ação livre e escra va de acordo com

a idade. Século XIX 158

IX - População de Guarapuava. Estado civil.

Século XIX 159

X - Número de escravos por proprietário. Sé-

culo XIX 162

XI - Distribuição da população ativa conforme

as atividades produtiv as. Guarapuava.

Século XIX 163

XII - Estrutura fundiária de Guarapuava. Tabe-

las compara tivas. Guarapuava. 1 975 189

XIII - Número de propriedades rurais segundo gru-

pos de área total. Guarapuava. Século XX .... 191

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V I I

XI V

XV

XVI

XVII

XVIII

XIX

XX

XXI

XXII

XXI I I

XXI V

194

Ãrea cultivada,

  p r odução e

  percentual de

Guarapuava

  sobr e o Par aná

  nas culturas

de arroz, aveia, batata inglesa, cen-

teio, cevada,

  f ei j ão, m l ho, s oj a

  e tri-

go  • •

Total de cabeças  de gado  asinino, bovi-

no, caprino,

  equ i no ,

 muar, ovino

  e

  suíno

em Guarapuava e

  no Par aná

  199

Propriedades agrupadas de acordo com os

proprietá rios e distribuídas segundo as

classes de área. 1 975 205

Totais dos financiamentos bancários con-

cedidos para operações de custeio de pro-

dução animal .. 213

Financiamentos bancários registrado s,

concedidos para operações de custeio de

produção veget al. Produto s: arroz, a-

veia, batat a inglesa, cevada, feijão,

milho, soja e trigo 215

Total dös financiamentos registrados nos

Cartórios de Registro de Imóveis do 19,

29 e 39 Ofício de Guarapuava, para cus-

teio de produção agropecuária e investi-

mentos 217

Efetivo da mão-de-o bra ocupada na zona

rural de Guarapuava, maiores de 14 e me-

nores de 60 anos. Século XX 223

Regime de exploração da zona rural de

Guarapuava. 1

 9 75

  226

Pessoal registrado no Sindicato Rural de

Guarapuava (Patronal

  e

 dos Trabalhado-

res)

 .

  1 975 228

ANEXOS

Evolução da cultura

  de

  arroz em Guara-

puava e no Paraná 254

Evolução da cultura de aveia em Guara-

puava e no Paraná 258

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VI I I

XXV - Evolução da cultura de batata inglesa em

Guarapuava e no Paraná 262 

XXVI - Evolução da cultura do centeio em Guara-

puava e no Paraná 266

XXVII - Evolução da cultura de cevada em Guara-

puava e no Paraná . 270

XXVIII - Evolu ção da cultura do feijão em Guara-

puava e no Paraná 274

XXIX - Evolução da cultura do milh o em Guara-

puava e no Paraná 278

XXX - Evolução da cultura de soja em Guarapua-

va e no Paraná 282

XXXI - Evolu ção da cultura de trigo em Guara-

puava e no Paraná 286

XXXII - Evolução da área cultivada (ha) dbs prin-

cipais produtos cultivados em Guarapuav a ... 290

XXXIII - Evolu ção da produção (t) dos princ ipais

produtos cultivados em Guarapuava 291

XXXIV - Paraná - Ãrea cultivada (ha) 292

XXXV - Paran á - Produção (t) 293

XXXVI - Efetivos de asininos em Guarapuava e no

Paraná e percentu al de Guarapuava sobre

o Paraná 294

XXXVII - Efetivos de bovinos em Guarapuava e no

Paraná e percentu al de Guarapuava sobre

o Paraná 297

XXXVIII - Efetivos de equinos em Guarapuava e no

Paraná e.percentual de Guarapuava 300

XXXIX - Efetivos de muarés em Guar apuava e no Pa-

raná e percentual de Guarapuava 303

XL - Efetivos de ovinos em Guarapuava e no

Paraná  e. percentual de Guarapuava 306

XLI - Efetivos de suínos em Guarapuava e no

Paraná e percentual de Guarapuava 309

XLII - Totais dos financiamentos bancários conce-

didos para operações de custeio de pro-

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I X

dução de bovinos 313

XLIII - Número e valor dos financiamentos bancá-

rios concedidos para operações de cus-

teio de produção de suínos ......... . 315

XLIV - Financiamentos bancários registrados,

concedidos para lavoura de arroz 317

XLV - Totáis dos financiamentos registrados,

concedidos para lavoura de aveia 319

XLVI - Financiamentos concedidos para custeio

de lavoura de feijão 321

XLVII - Financiamentos bancários registrado s,

concedidos para custeio de lavoura de mi-

lho ' 323

XLVIII - Financiamentos registrados, concedidos

para custeio de lavoura associada de mi-

lho e feijão 325

XLIX - Financiamentos bancário s registrado s,

concedidos para custeio de lavoura de

soja 327

L - Financiamentos bancário s registrados,

concedidos para custeio de lavoura de

trigo 329

LI - Totais dos financiamentos concedidos pa

1

-

ra investimentos em máquinas e implemen-

tos, de acordo com a origem e nacionali-

dade dos investidores 331

LII - Totais dos financiamentos concedidos pa-

ra aplicação em cercas, benfeito rias,

eletrificação rural e instalação de água ... 333

L U I - Ãrea, número e valor dos financiamentos

concedidos para aplicação em formação e

conservação de pastagens artificiais 335

LIV - Área, número e valor dos financiamentos

registrados, concedidos para investimen-

to em melhor amento das explorações pe-

cuárias. Destoca 337

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X

L I STA DE GRÁFI COS

GRÁFICO Pg.

Estrutura populacional de  Guar apuava

Números absolutos 144

Números relativos . . 145

População livre e escrava. Trabalho potencial e

população ativa. Percentual em relação à po-

pulação total. Guarapua va. Século XIX 149

Distribuição da população por condição social.

Guarapuava. Século  XI X.

Números absolutos 151

Números relativos 152

Taxa de participaç ão da mão-de-ob ra ativa de cada

grupo social. Século  XI X  156

Agricul tura. Área cultivada nas culturas de arroz,

aveia, batata inglesa, centeio, cevada, fei-

jão, milho, soja e trigo. Comparati vo Guara-

puava/Paraná „  195

Agricultura. Produção nas culturas de arroz, aveia,

batata inglesa, centeio, cevada, feijão, mi-

lho, soja e trigo. Comparati vo Guarapuav a /

Paraná 196

Agricultura. Percentuais de Guarapuava sobre o Pa-

raná nas culturas de arroz, aveia, batata in-

glesa, centeio, cevada, feijão, milho, soja e

trigo 197

Pecuária. População de gado asinino, bovino , ca-

prino, mua r, ovino e suíno. Comparati vo Gua-

rapuava / Paraná.

Números absolutos 200

Números relativos 201

Financiamentos para custeio da produção animal em

Guarapuava. Percentual de brasilei ros (socie-

dade tradicional) em relaç ão ao total aplicado . 214

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XI

Financia mentos. Para custei o das lavouras de ar-

roz, aveia, b atat a ingles a, cevada, feijão, mi-

lho, soja e trigo em Guar apua va. Perc entu al:

bras ilei ros (sociedade tra diciona l) era relaçã o

ao total finan ciado 216

Financiamentos. Para custeio de produção agrope-

cuária e invest imento s 218 

Efetivo da mão- de-o bra ocupa da na zona rural de

Guarapuava; maiores de

  14

  e me no res de 60 anos ... 224

Pessoal registrado no Sindicato Rural de Guarapua-

va. Patronal e dos Trabalhad ores. Situação

perce ntual em 1 975 229

Agri cult ura. Evoluç ão da cultu ra de arroz em Gua-

rapuava e no Paraná.

Ãrea cultiv ada (ha) 255 

Quant idade prod uzid a (t) 256 

Percen tual de Guarap uava sobre o Paraná 257

Agri cult ura. Evol ução da cultura de aveia em Gua-

rapuava e no Paraná.

Ãre a cult iva da (ha) 259

Quant idade prod uzid a (t) 260

Percent ual de Guara puava sobre o Paraná 261

Agricultura. Evolução da cultura de batata ingle-

sa em Guarapuava e no Paraná.

Ãrea cul tiv ada (ha) 263

Quantidade produzida

  ( t )

  264

Percen tual de Guara puava sobre o Paraná 265

Agricultura. Evolução da cultura de centeio em

Guarapuava e no Paraná.

Ãrea cul tiv ada (ha) 267

Quant idade produ zida (t) 268

Perc entua l de Guar apua va sobre o Paraná 269

Agricultura. Evolução da cultura de cevada em Gua-

rapuava e no Paraná.

Ãrea cultiv ada (ha) 271

Quanti dade produ zida (t) 272

Percen tual de Guarap uava sobre o Paran á 273

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XI I

Agricultura. Evolução da cultura do feijão em Gua-

rapuava e no Paraná.

Ãrea cultivada (ha) 275

Quantidade produzida

  ( t )

  276

Percentual .de Guarapuava sobre o Paraná 277

Agricultura. Evolução da

  cul t ur a

  do milho em Gua-

rapuava e no Paraná.

Ãrea cultivada (ha) 279

Quantidade produzida

  ( t )

  280

Percentual de Guarapuava sobre o Paraná 281

Agricultura. Evolução da cultura do soja em Gua-

rapuava e no Paraná.

Ãrea cultivada (ha) 283

Quantidade produzid a (t) 284

Percentual de Guarapuava sobre o Paraná 285

Agricultura. Evolução da cultura do trigo em Gua-

rapuava e no Paraná.

Ãrea cultivada (ha) 287

Quantidade produzid a (t) 288

Percentual de Guarapuava sobre o Paraná 289

Pecuária. População de gado asinino em Guarapuava

e no Paraná.

Número de cabeças 295

Percentual de Guarapuava sobre o Paraná 296

Pecuária. População de gado bovino em Guarapuava

e no Paraná.

Número de cabeças 298

Percentual de Guarapuava sobre o Paraná 299

Pecuária. População de gado equino em Guarapuava

e no Paraná.

Número de cabeças 301

Percentual de Guarapuava sobre o Paraná 302

Pecuária. População de gado muar em Guarapuava e

no Paraná.

Número de cabeças 304

Percentual de Guarapuava sobre o Paraná 305

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Pecua ria. Pop ula ção de gad o ovi no era Gua rap uav a e

no Paraná.

Número de cabeças

Percentual de Guarapuava sobre.o Paraná

Pecuária. Popu lação de gado suíno em Guara puava e

no Paraná.

Número de cabeças

Percentual de Guarapuava sobre o Paraná

Financ iament os. Para custei o de produ ção de gado

bovino em Guarapuava. Percentual de brasilei -

ros (sociedade tradic ional) em relaçã o ao to-

tal financiado

Fina nciam ento s. Para custei o de prod ução de gado

suíno em Guarapuava. Percentu al: brasileiro s

(sociedade tradi cional ) em relaç ão ao total

financiado

Finan ciam entos . Para custei o de lavoura de arroz

em Guarapuava. Percentua l: brasileiros (so-

ciedade tradi cional ) em relaçã o ao total fi-

nanciado

Finan ciame ntos. Para custe io de lavoura de aveia

em Guarapuava. Percentu al: brasileiros (so-

ciedade tradic ional) em relaç ão ao total fi-

nanciado

Finan ciamen tos. Para custei o de lavoura de feijão

em Guara puava . Per cent ual: br asil eiro s (so-

cied ade .tradicional) em rel açã o ao tota l fi-

nanciado

Finan ciame ntos. Para custei o de lavoura de mil ho

em Guarapuava. Percentu al: b rasileiros (so-

ciedade tradic ional) em relaç ão ao total fi-

nanciado

Financ iamen tos. Para custe io de lavoura associ ada

de milho e feijão em Guarapuava. Percent ual:

brasileiros (sociedade tradicional) em relação

ao total financiado

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  j

XI V

Financiamentos. Para custeio de lavoura de soja

em Guarapuava. Percentua l: brasile iros (so-

ciedade tradic ional) em relação ao total fi-

nanciado • 328

Financiamentos. Para custeio de lavoura de trigo

em Guarapuava. Percentual: brasileir os (so-

ciedade tradicional) em relação ao total fi-

nanciado 330

Financiamentos. Para investimentos em máquinas e

implement os. Percentual: brasileir os (socie-

dade tradic ional) em relação ao total finan-

ciado 332

Financiamentos. Para investimentos em benfe ito-

rias, cercas, eletrificação rural e instalação

de água. P ercentu al: brasileiro s (sociedade

tradicional) em relação ao total financiado 334

Financiamentos. Para formação e conservação de

pastagens artificiais . Percentu al: (sociedade

tradicional) em relação ao total financiado 336

Financiamentos. Para aplicação em destoc a. Per-

centual: brasil eiros (sociedade tradicional),

em relação ao total financiado 338

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo mostrar as trans-

formaçõés ecOnõmico-sociais que vem ocorrend o na região de Gua-

rapuava em relação ã agricultura e pecuária, ocupações estas

que eram, a primeira, atividade de subsistência e a segunda,

fator econômico da sociedade tradicional campeira que se expan-

diu de Curitiba e Campos Gerais, ocupou e povoou Guarapuava e,

continuando sua marcha expansionista, ocupou e povoou os cam-

pos de Palmas, Campo Erê, sãó João e outros.

0 termo "sociedade tradicional" indica os desce nden-

tes do branco-português, negro e índio e, "sociedade tradicio-

nal campeira" ê usado para definir os que, já no século XIX,

dedicavam-se â pecuária extensiva, como criadores e invernado-

res do gado do sul.

Esta sociedade integrou-se ao comercio de gado da

Feira dè Sorocaba, através dos Campos Gerais, dedicando-se ã

criação e ao tropeirismo como atividade principal e à agricul-

tura apenas para o seu consumo; a falta de uma infra-estrutu-

ra viária teve papel importante na questão , pois não havia con-

dições de escoamento de produção agrícola, ao passo que, na

pecuária, apesar das dificuldade s de comunicação e transporte

não existia o problema da deterioração do produto.

Com o colapso do comércio de Sorocaba, extinguiu-se

o estímulo âs atividades ligadas ao tropeirismo, permanecendo

a pecuária estagnada durante muitas décadas.

A entrada de novos contingentes populacionais, já no

século XX e a conjuntura da décad a de 1 950 trouxeram modifica-

ções na estrutura econômica, social e demográfic a de Guarapuava,

A agricu ltura que era feita somente em terras de ma-

ta passa a ser feita no campo com. introdução de novas técni-

cas de cultivo e totalmente mecanizada.

Também a pecuária, torna-se mais racional, com pas-

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tagens artificiais de inverno e verão.

Na r egi ão das mat as i nt r oduz - se  a.  me cani z a çã o, a t r a -

vés da des t oca , a i nda pequena mas em esca l a c r escent e .

Em a l gumas r egi ões a t opogr af i a dobr ada e a pr esença

de pe dr a s l i m t a a e xpa ns ã o; mui t a s de s t a s ár e as , e s t ã o s e ndo

us adas pel a pec uár i a, com o pl ant i o de pas t agens ar t i f i c i ai s

e or gan i zação de aguadas par a os ani mai s .

Para se chegar ao estudo da sociedade guarapuavana

em seu estágio atual, sob o ponto de vista econômico, partiu-

-se de um estudo dá sociedade da qual ela evoluiu do século

XIX — sua formação, expansão, usos e costumes, matéria sobre

a qual existem excelentes trabalhos realizados por componentes

da equipe de pesquisa do Departamento de História da Universi-

dade Federal do ParanS, especialmente em relação ã região de

Curitiba e Campos Gerais, cujas conclusões poderão ser esten-

didas a Guarapuava, uma vez que, a sociedade guarapuavana foi

um prolongamento da sociedade daquela região.

Entre outros, foram fundamentais os trabalhos reali-

zados pelos professores Altiva Pilati Balhana, Brasil Pinheiro

Machado e Cecília Maria Westphalen , Contribuição ao estudo da

história agrária do Paraná, Campos Gerais - estruturas agrá-

rias e Nota prévi a ao estudo da expansão agrícola do Paraná

moderno.

Partiu-se também para a análise da posse e uso da

terra na região de Guarapuava e a estrutura demográfica, a fim

de se conhecer a mão-de-obra utilizada.

O período abrangido será de 1810, época da conquista

e povoamento dos campos de Guarapuava, pela Expedição de Diogo

Pinto de Azevedo Portugal, até 1975, quando a agricultura já

deixou a muito, de ser de subsistência para entrar no sistema,

capitalista de produção.

Opt ou- se pör um per í odo l ongo a f i m de se poder de^

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tectar as flutuações conjunturais e as mudanças estruturais.

Este trabalho consta de três partes:

A primeira trata dos aspectos metodológi cos e das

fontes utilizadas.

A segunda versa sobre a posse e uso da terra no sé-

culo XIX e o "modus vive ndi" da população guara puavana, isto

é, as bases sobre as quais se assenta a sociedade atual.

A terceira mostra a crise do. sistema tradicional cam-

peiro e a transformação da estrutura económico-social da re-

gião, voltada agora tainbëm para a agricultur a comercial e o

surgimento de novas camadas sócio-econômicas.

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PRIMEIRA PARTE

CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS

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CAPÍTULO I

FONTES E METODOLOGIA

A partir da decada de 1 950 tornou-se evidente que Gua-

rapuava passou por uma trans forma ção que modi fico u sua estru -

tura agrária.

A sociedade guarapuavana do século XIX foi uma extensão

da sociedade campeira tradicional dos Campos Gerais de Curiti-

ba e Castr o, perma necen do nos mesmos mold es de vida até a quar-

ta década do século XX, quando a chegada de novos contingentes

populacionais introduziram modificações que alteraram não só o

uso como também a posse da terra.

Dessa forma, prop õe-s e fazer um estu do de ãre a, para ve-

rificar em que medi da a socied ade guara puava na consti tuiu um

prolongamento da sociedade campeira dos Campos Gerais e os fa-

tores que concorrera m para a muda nça da estrutura agrária, le-

vando-se em consid eração a posse e o uso da terra nos séculos

XIX e XX.

Procu ra-se no decorr er do traba lho confi rmar as hipó-

teses:

Ia. - Por sua semelhança com os campos de Curitiba e os Campos

Gerais (clima, terras de campo) houve para Guarap uava

uma transposição do sistema económico-s ocial daquelas re-

giões

 ?

2a. - Mesmo com a crise nos negócio s de gado, a sociedade tra-

dicio nal campei ra contin uou com o mesm o tipo de explo ra-

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6

ção econômica, isto ë, a pecuária extensiva pois, outras

atividades como a extração da erva mate e madeira, esta-

vam nas mãos de outros segmentos da sociedade que conta-

vam com capitais mobilizãveis

1

, principalmente elementos

vindos dos Estados vizinhos, Santa Catarina e Rio Grande

do Sul, os quais estabeleceram suas firmas de comercia®

lizáçao e beneficia mento nas cidades onde já havia entron-

camento rodo-ferroviãrio

2

.

3a. - A conjuntura da década de 1 950 contribuiu decisivamente

para a mudança da estrutura agrária da região. A chega-

da de novos contingentes populacionais, entre eles imi-

grantes estrangeiros, a utilização das áreas de campo pa~

ra agricultura mecanizad a, a política crediticia adota-

da pelo governo, melhori as na infra-estrutura, moderni-

zação das técnicas agrícolas, possibilit aram a mudança -

de região onde se praticava apenas e pecuária extensiva,

com pouco aproveitamento do Solo e lavoura de subsistên-

cia, passou â região onde, além de uma pecuária mais ra-

cional produz grande quantidade de cereais para consumo

interno e para exportação - provocando também a transfe-

rência da posse da terra para outros segmentos da socie-

dade. A transformação ocorreu mais rapidamente, a medi-

da que o mercado consumidor se ampliou e que a melhoria

dos meios de transporte e comunicação possibilitou o es-

coamento da produção.

1. BALHANA, Altiva Pilatti, MACHADO, Brasil Pinheiro et

alii. Campos Geraisx- estruturas agrári as. Curitiba, Depar-

tamento de Historia da Universidade Federal do Paraná, 1 968.

p. 43.

  |

2, LUZ, Cirlei Francisca C.

  A

  madeira na economia de

Ponta Grossa e Guarapuava - 1915-197?^ Dissertação de Mest ra-

do .  Curi tiba, UFP, 19Ô0. Mecano grafad o.

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1.1 - Fontes

0 levantamento, a crítica e a tabulação dos dados refe-

rentes ao presente trabalho obedecem a duas etapas: primeira,

a do século XIX e, segunda, a do século XX.

As   fontes sobre o século XIX foram pesquisadas no De-

partamento do Arquivo de São Paulo, Arquivo Nacional, Departa-

mento de Arquivo e MicrofiImagem do Par aná-DAM I, Arq uivo da Pa-

róquia de Nossa Senhora de Belém de Guara puava, Arquivo da Pre-

feitura Municipal de Guarapuava, A rquivo da Câmara Municipal de.

Guarapuava, Arquivo particular do Sr. Benjamin C...Teixeira, Ar-

quivo do Guaira Country Clube, Biblioteca Nacional do :.Rio de

Janeiro e Biblioteca Pública do Paraná.

Em relação ao século XX foram consultados os Cartórios

de Registro de Imóveis , Títulos e Documentos de Guarapuava, 19,

29 e 39 Ofício,, onde foram, coletados os dados sobre os emp rés-

timos bancários para a ag ro pe cu ar ia , através do registro das

Cédulas Rurais Pignoraticias e Hipotecárias?

  o

 Cadastramento do

INCRA- .1 975; Departam ento Estad ual de Estatística-D.D.E.; Fun-

dação Instituto Brasileiro de Geografia e Estãtistica - IBGE.

No Arquivo da Paróquia Nossa Senhora de Belém de Guara-

puava foram coletados os dados contidos no Registro de Terras,

conhecido como "Registro do Vigári o". As "Declarações de Pos-

se de Terras" foram feitas ou decla radas por seus legítimos do-

nos ou posseiros ou seus representa ntes, no decorrer dos anos

1 855/57 e registrados e arquivados pelo Vigário Antônio Braga

d*Araújo.

Pelo exame desses documentos deduziu-se, pela sua nume-

ração crescente, que o total de Declarações de Posse de Terras

realizada ém Guarapuava e Palmas (em cumprimento ao que mandou

o Regulamento de 1 854 , da Lei de Terras) deveria atingir o ríu-

rrtero de 395, porém não existem mais de 347 decla rações autên-

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t i cas , com núme r o de or der n, s a l t e ado , o u t a l v ez de s f a l ca do , e

a l gumas r epet i ções ou 2as . v i as . Os l i v r os onde essas posses

f or am r egi s t r adas enc ont r am- s e em Cur i t i ba. , no DAMI , ar qui va-

dos sob os númer os 15 e 16 e, t ambém o da Par óqui a do Senhor

Bom J esus da Co l una de Pal mas que per t enc i a a Guar apuava, ar -

qui vado sob o n9 17 »

0 Regi s t r o de Ter r as t or nar a- s e obr i gat ór i o pel o Ar t .

13 , da Le i de Ter r as de 1 850, r egu l ament ada pel o Decr et o n9

1 318, de 30 de j ane i r o de 1 854, Ar t . 91 e segu i n t es . A f a l -

t a de f unc i onar i os par a a r eal i z aç ão des s e s r egi s t r os , l evou o

gover no a encar r egar dos mesmos os Vi gár i os das Par óqu i as .

A f al ha ex i s t e nt e em r e l a ção às De c l a r a çõ es d e Pos s e do

Ar qui v o da Par Öqui a No s s a Se nhor a de Be l é m f oi s a na da com as

i nf o r mações encont r adas nos L i v r os de Regi s t r o de Ter r as r e-

f er ent es â Par óqu i a de Nossa Senhor a de Be l ém de Guar apuava e

Par óqui a do Senhor Bom J esus da Co l una de Pa l mas ar qui vadas no

DAMI .

Es t a bus ca, e s c l a r e ceu que os r e gi s t r o s da s t er r as pos -

su í das dent r o da Par óqu i a de Pa l mas, que hav i a s i do cr i ada era.

1 855, f or am t ambém o r i ent a do s e t r ans c r i t os pel o Vi gár i o An-

t ôni o Braga d' Ar aúj o , em Guar apuava , no per í odo de 25 de se t em-

br o de 1 855 a 12 de j unho de. 1 856 por que a r ecém- cr i ada Pa-

r óqu i a de Pal mas a i nda não hav i a s i do canón i cament e pr ov i da.

A par t i r de 10 de set embr o de 1 856, os r egi s t r os de poss es de

t er r as daquel a r egi ão pas s a r am a s er f ei t os emP al ma s , pel o Vi -

gár i o F r a nc i s c o Xav i er P i me nt a .

Out r os document os l evant ados no a r qui vo em quest ão f o-

r am os chamados "Rol de Habi t ant es" r e l a t i vos aos anos de 1  84 2/

43 e 1 862/ 63 que cont êm mui t os dados i mpor t ant es par a o est u-

do da popul ação de Guar apuava não só do pont o de vi st a demo-

gr á f i co como econôm co , uma vez que cons t i t uem ver dadei r os cen-

s os das f am l i as que habi t av am a r egi ão.

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9

Foram transcritos em livros de tamanho grande, com enca-

dernação de pano, que juntamente incluem cópias de Portarias,

Circulares, Cartas Pastorais e outros assuntos.

A localização do' Rol de Paroquianos de 1 842/43 se faz

pelo título do livro: "Rol dos Parochianos da Freguesia de Beiern

de Guarapuava durante o Parochia to do Pe. Antonio Braga d'Araú-

jo - 1 842".

0 título do livro que traz o Rol de Paroquianos de 1 862/

63 diz apenas "Lista de Parochianos".

Os referidos títulos estão transcritos em etiquetas

brancas, coladas na capa e cada livro apresenta o Termo de

Abertura e de Encerramento, a rubrica da autoridade eclesiás-

tica, o número de páginas (de 1 a 200) e são manuscritos.

Até a presen te data esses livros, como todo o material

conservado não foi catalogado dada à falta de pessoal técnico;

as consultas são autorizadas pelos Vigários.

O conteúdo de cada um dos documentos acima apresenta, em

primeiro plano, o título: "Rol de Habitantes da Freguesia de

Belém de Guarapuava"; a seguir vem o ano a que se refere, o no-

me e- número de cada quarteir ão, sua localização (s eno rocio ou

fora da Freguesia ou Vila) - neste caso, consta também a dis^

tância). Poste riormente vem o número de fogo (lar), o nome,

idade e estado civil do seu Chefe e esposa, o número de filhos

com os respectivos nomes, idades e sexos; o nümero, nome, ida-

de e sexo dos escravos, agregados e trabalhadores.

Consta ainda a nacionalida de, o estado civil, a cor, a

religião e a profissão das pessoas arroladas.

Quanto ao grau de alfabetização, referem-se somente aos

Chefes de Fogo (independente do sexo): "Sabe 1er", "não sabe

1er", "Ë eleitor".

Ä margem de muitas dessas anotações existem referências

como estas: "Escravo vendido" a fulano de ta l" De gr ed ad o

 ",

 "Va-

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gabundo" , " P r et o l i ber t o" , " E x- mul her " de f ul ano de t al , " F i -

l ho na t ur a l " de f ul ano , " Af i l hada" ou " a gr e gado" , " Cr i a da f a-

m l i a" , " F i l ho de br anc o corri e s c r av a" , " F i l ho de br a nc o c om í n-

di a" , " Bat i z ado" , " P agão" " Es c r a vo f ugi t i v o" de " As s as -

s i nado pel os í ndi os " , " Mul her s o l t ei r a c om t ant os f i l hos^ ( qua-

se sempr e mul her es degr edadas) .

Não e xi s t e uni f o r m da de nas a no t a çõe s , e s t as apr es e nt am

vár i as l ac unas e mui t os de s eus i t ens não c or r es pondem i nt e-

gr al ment e c om os dados es t at í s t i c os f or nec i dos pel as a ut or i da-

des e ca ma r i s t as da épo ca e que f or am t r a ns c r i t o s nos Re l a t ó -

r i os dos Pr e s i dent es d a P r o ví nc i a do Pa r a ná .

Al é m do s do cume nt o s j á c i t a do s f or am co ns u l t a do s os L i -

vr os " Tombo" , em numer o de 3.

0 l i v r o n9 1 é de t a manho mé di o , e nca de r na do com br i m

numer ado na l ombada, sem nenhuma et i quet a na. capa.

Foi qua s e i nt e i r a me nt e ma nus c r i t o pe l o Padr e F r a nc i s co

das Chagas Li ma. e cons t i t ui , ve r dade i r a ce r t i dão de nasc i ment o

do muni c í p i o de Guar apuava . Seu pr i me i r o r egi s t r o da t a de

1 809, a i nda no Abar r acament o de São Fe l i pe, l ocal onde acam-

pou a Expedi ção Col oni zador a, sob o comando de Di ogo Pi nt o de

Az e ve do Por t uga l .

A pa r t i r de ent ão, t odos ou quase t odos os event os r e -

l ac i onados c om a povoaç ão r ec ém i ni c i ada e s t ão al i r egi s t r ados .

O pr i mei r o L i v r o Tombo c ar ac t er i z a- s e pel o t í t ul o: " Li -

vr o Tombo da Par ochi a de Guar apuava - 1 811 - 71" , Não est á

numer ado na l ombada e apr esent a Ter mos de Aber t ur a e Encer r amen-

t o, i ndi cando s ua f i na l i da de com o núme r o de pá gi na s . Regi s -

t r a cópi as manuscr i t as de document os o f i c i a i s como o Al var á de

D. J o ão VI , a ut o r i z a ndo a er e ção da I gr e j a Par o qui a l de Nos s a

Senhor a de Bel ém r el at ór i os de aut or i dades c i vi s e ec l es i ás -

t i c as , per egr i naç ões , avi s os , c ar t as , t er mos de vi s i t a e q ua-

dr os es t at í s t i c os s o br e os mai s va r i a dos as s u nt o s .

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11

Os livros "Tombo 2 » 1 853/95" s "Tombo 3 - 1 886. es-

tão numerados na lombada e na capa «  Igualmente apresentam ter-

mos de Abertura e Encerramento e serviram para as mesmas fina-

lidades.

Para o período de  1 895 a 1 917  foi utilizado  um  regis-

tro específico das fábricas  ex i s t ent es  no municipio.  Ë  um li-

vro fino,  com  encadernação simples,,  s em  numeração e sem título

na capa.

No Arquivo  da  Prefeitura Municipal de Guarapuava a pes-

quisa tornou-se morosa, pois, embora tivesse sido organizado em

1 972/73, esse trabalho foi totalmente destruído pela sua mu-

dança indiscriminada, do local onde se encontrava p ara o prédio

da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Guarapuava, sem

se esperar que as acomodações

  p a r a

  o mesmo estivessem prontas.

Dele serviram como fontes básica s para este estudo, os

Relatórios dos Presidentes da Província do Paraná, referentes

aos anos de 1 855, 1 856, 1 857 e Is décadas de 1 860, 1 870 e

1 880.

Essas fontes apresentam informações sobre os limites,

divisão civil e eclesiástica, o estado servil, as estradas e a

navegação fluvial, a concessão de terras devolutas , a imigra-

ção e colonização, a catequese dos indios, a agricultura e pe-

cuária, a saúde publica, instrução, etc.

Toda essa matéria engloba dados que permitem uma visão

geral sobre a economia, a sociedade e a política da Província

do Paraná e como parte dela, o Município de Guarapuava.

Serviram de reforço o índice Alphabéti co das Leis, Actos

e Regulamentos da  P r o ví nc i a do Par a ná ,  de 1 875, os -Relatórios

e Trabalhos Estatísticos

  de

  1 874, 1*875, 1 876, os Relatórios

do Ministério da

  Agr i c ul t ur a, Comér c i o

  e Obras Publicas .de

i*

1 861/62 e 1 882, a Collecçao das Leis e Decretos da Província

do Paraná dos anos de 1 868, 1 869, 1 870, 1 873, 1 874, 1 875,

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1 877, 1 878, 1 879, 1 855, 1 959, 1 860, 1 861, 1 863, Rela-

tório da Secretaria de Obras Públicas e Colonização de 1 894,

o Relatório do Inspetor do Serviço de Povoamento no Estado do

Paraná de 1 912, as Leis do Estado do Paraná de 1 912, a Synop-

se do Recenseamento de 1 900»

Essas publicações não estão catalogadas porque o arqui-

vo está em fase de reorganização,

O acervo deste arquivo contem documentos que pertenceram

a Prefeitura Municipal, a Câmara Municipal e Fórum, pois esses

três Órgãos funcionavam no mesmo prédio e os arquivos se fun-

diram num só, ressalvando-se que as sedes de algumas dessas re-

partições se transferiram bem mais cedo que outras.

Deixou de ser consultado o arquivo ativo da Prefeitura

Municipal em razão da mudança de sua sede administrativa para

locais provis órios até que se conclua o seu prédio pró prio .

Do arquivo da Câmara Municipal de Guarapuava, cito äR ua

XV de Novembro, 3 466, foram utilizados 43 livros de Atas da

Câmara, no período de 1 853 a 1 973,

Estes são localizados pela numeração na lombada e o tí-

tulo "Atas da Câmara" em etiqueta, na capa.

A maior ia deles não possui páginas numer adas e .pou-

cos trazem os termos de abertura e encerra mento. Registram

as sessões da Câmara, a correspondê ncia expedida, os resulta-

dos das eleiçõe s para ver eadores e juizes de p az, os Relatórios

Anuais dos Camaristas que relatam sobre a população , produção,

exportação, importação, ataques dos índios, estradas, enfim,

sobre toda a vida social, econômi ca, cultural ep ol ít ica da co-

munidade.

O levantamento feito em 42 livros classificados como

"contabilidade" revelou que os mesmos contém Orçamento s, Cai-

xas, Contas Correntes, Balancetes, Prestação de Contas da Pre-

feitura e da Câmara, com inúmeras estatísticas sobre a pecuá-

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r i a , a pr odução e censos popul ac i ona i s , desde 1 854 a 1 972 em-

bora com mui t as l acunas . Podem ser encont r adas soment e pe l a

et i quet a " Cont abi l i dade"

  û

  a numer ação manus cr i t a col ocada so-

br e a mes ma.

Out r a f o nt e v al i o s a pa r a o pr e s ent e e s t udo f oi o ar qui -

vo par t i c ul ar do Sr . Benj am n Tei x ei r a, l oc al i z ado em s ua r e-

s i dênc i a.

Não

  obedece ä s i s t emát i ca dos ar qui vos públ i cos e cons -

t i t ui ma i s um pa s s a t e mpo pa r a o s eu pr o pr i e t á r i o ; s e u acer v o

não es t á ca t a l o ga do e pa r a co ns u l t á - l o us o u- s e di r e t a me nt e a

do cume nt a ção que s e cons t i t ui de ca r t a s , bi l he t e s , f ol has de

pa r t i l ha , d ec r et o s de no me aç ão , c o l e çã o de j or nai s e r e vi s t as ,

l i vr os et c .

Com a f i na l i dade de compl ement a r os dados obt i dos nos

ar qui vos de Guar apuava e pr eencher as l acunas encont r adas f or am

ut i l i z a do s o s do cume nt o s que di z e m r e s pe i t o ao Muni c í pi o de

Guar apuava e f azem par t e do acer vo do Depar t ament o de Ar qui vo e

Mi c r of i I magem ~ DAMI , s edi ado em Cur i t i ba.

São i númer os os document os r e l a t i vos a i ns t r ução publ i -

c a, a. t i v i dades pol i c i ai s , obr as de es t r adas e pont es , r el at o-

r í os da Câmar a Muni c i pal eng l obando i n f or mações sobr e os at a -

ques dos í ndi os , c ens o po pul a c i o na l , c omér c i o e i ndús t r i a, des ~

br av ament e dos s e r t õe s , es t ado s ani t á r i o e nav egaç ã o f l uv i al .

Os l i vr os d e " Regi s t r o de Te r r a s " , o r g ani z a dos pel os Vi -

gár i os das Par oqui as de Noss a Senhor a do Bel ém, de Guar apuava

e Senhor Bom J esus da Co l una , de Pa l mas , i mpor t ant es par a a

pesqui sa em paut a , es t ão r egi s t r ados sob númer os 15, 16 e 17;

ex i s t em a i nda o ut r o s do cume nt o s que di z e m r e s pe i t o a e s t e s as -

sunt os numer ados de 65 a 80 - V, 1 - AP0038 e, 26 a 29, V. 4 -

AP0041 - 1 857. São copi as exa t as das Dec l a r ações dos pr opr i e -

t ár i os ou pos s ei r os .

Quant o ã document ação post er i or a 1  87 3,   a i nda não hav i a

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si do cat al ogada na época da r eal i zação da bus ca a mesma t e»

ve que se r f e i t a di r e t ament e nos l i v r os o que t o r nou o t r aba»

;  ho di f í c i l e demo r a do.

A pa r t i r de 1 853, ano em que o Par a ná s e f ez P r o vi nc i a ,

o mat er i a l é numer oso .

Ent r e as peças mai s ant i gas encont r am- s e os mapas das

Ex pe di çõe s que de s br a va r a m os s e r t õ es do Ti ba gi .

For am ut i l i z ados t ambém os Rel at ór i os d e P r e s i dent es d a

P r o ví nc i a e Sec r et ár i o s de Es t a do .

Todos os document os encont r am- se encader nados por or dem

cr ono l ógi ca , por ém não obedecem a uma o r denação po r assunt o ou

r egi ão di f i cu l t ando a. pesqui sa da época, cu j os document os a i nda

não s e enc ont r am c at al ogados .

Est e pr obl ema est á sendo sanado com a e l abor ação de ca-

t ál ogos ( por e s t a gi á r i o s d a Uni v er s i da de Fede r a l d o Par a ná ) o s

qua i s pe r m t i r ã o ao pe s qui s a do r uma v i s ã o ge r a l do a cer v o, s em

pr eci sar manusear document os que não i nt er essara â pesqui sa em

andament o.

Nos l i v r os car act er i zados , como " Co l eção de Documen-

t os Hi s t ó r i co s " , e nco nt r a - s e a co r r e s po ndê nc i a do Go ve r no a

par t i r de 1  8 54.

No Depar t ament o de Ar qui vo do Est ado ; de São Paul o a pes-

qui s a r es t r i ngi u- s e â " Seç ão Hi s t ór i c a" .

Seu acer vo é cat a l ogado, mas, t ambém na época emque f o i

consu l t ado es t ava sendo r eor gan i zado, ass i m, apesar de cons t a -

r e m no ca t á l o go r e f e r ê nc i a s a v ár i o s do cume nt o s , e s t e s não s e

encont r avam ã  di s po s i ç ão dos pe s qui s a do r e s .

Como Guar apuava f o r a Di s t r i t o de Cas t r o a t é sua e l eva -

ç ão â Vi l a em 1 852, nes t e Ar qui v o f or am i nves t i gados os L i vr os

sobr e a popul ação de Cas t r o , númer os de o r deme l a t as 199, 200,

201 e 202, r e l at i vos ao per í odo de 1 804 a 1 846; . na chamada

Pr at e l e i r a B- - V, Tempo do I mpér i o , l at a 230, númer o de or dem

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1 025,  a  Lista dos Empregados da Expedição (1 832) e Guarapua-

va ( 1 824 - 1 853). Destes documentos, foram aproveitados pa-

ra esta pesquisa os Mapas Gerais

  de

  Habitantes da Vila

  de Cas-

tro, com" seu' Distrito de Guarapuava, ofícios diversos, Lista

da Freguesia de Guarapuava, em 1 825, elaborada pelo

  Pe.

  Fran-

cisco das Chagas Lima, Lista dos Empregados na Expedição

  e dos

índios de Guarapuava, em 1 832, assinada por Antônio   da Rocha

Loures, Mapas da População de Guarapuava, em 1 835, feitos pe-

los Inspetores de Quart eirão , onde constam além da idade dos

escravos e agregados e outros dados demográficos, também a pro-

dução agrícola e pecuária de cada proprietário ou de cada Fo-

go (lar).

Igualmente foram consultados os relatórios

  e

  correspon-

dências do Pe. Chagas Lima, datadas de 19 de maio de 1 823,

  de

20 de maio de 1 825, de 15 de janeiro de 1 826, de 8 de abril

de 1826, uma variada correspond ência trocada entre as autori-

dades de Guarapuava e os Pres identes da Prov íncia de São Paulo,

membros da administração civil e eclesiástica.

Como o principal objetivo deste trabalho é mostrar as

transformações ocorridas na região de Guarapuava em relação

  ã

agro-^pecuária, procurou-se apresentar a sociedade guarapuavana

do século XIX a fim de estabelecer um confronto com a socieda-

de atual, no que diz respeito às atividades agropecuárias.

Para o estudo dessa s atividades na atualidade, par-

tiu-se da. premissa de que quase a totalidade do capital empre-

gado na agricultu ra e pecuária provém dè emprésti mos bancários ;

>para se saber o montant e desses emprésti mos foram consultados

os Bancos que atuam com linhas de crédito rural, dos quais o

Banco do Brasil detem o maior volume deles e, na impossibil i-

dade de se conseguir dos mesmos as informações desejadas, pro-

cedeu-se o levantamento e arrolamento de todos os Livros de Re-

gistros de Cédulas Rúrais Pignoraticias e Hipotecárias para a

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16

lavoura e pecuária, existentes nos Cartórios de Registro de

Imóveis, Títulos e Documentos do 19, 29 e 39 Ofícios de Guara-

puava, de onde foram utilizados os registros até 1 975.

No Cartório do 19 Ofício foram levantados os Livros de

"Registros Diversos " sob os números 4, 4A, 4B e 4C, compreen -

dendo o período de 14 de maio de 1 9 29 a 22 de junho de 1 970

e os Livros de "Registros de Cédulas Rurais Pignoratici as e Hi-

potecárias de números

  9,

  9A e 9B, de 14 de julho de 1 967 a 31

de dezembro de 1 975.

Os registros levantados neste Cartório totalizaram 5 665

Cédulas, cujos empréstimos foram para a agro/pecuária.

O Cartório do 19 Ofício é o mais antigo de Guarapuava,

seu 19 registro data de 14 de abril de 1 874 e o primeiro em-

préstimo registrado foi para a pecuár ia, em 5 de janeiro de

1 940, concedido pelo Banco do Brasil, agência de Ponta Grossa,

Os registros anteriores não estavam ligados a esse se-

tor. 0 primeiro empréstimo para a agricultura registrou-se em

1 952 para as culturas de trigo e milho e está registrado no

Livro 4-A.

Os registros das Cédulas Pignoraticia s e Hipotecárias

eram transcritos também no Livro 4 até o ano de 1 967, quando

passaram a ser registrados em livro especial - o Livro n9 9.

No Cartório do 29 Ofício, criado em 12/09/1941, a cole-

ta de dados foi feita nos chamados "Livros Talão" que são cons-

tituídos da 2a. via (cópia) das Cédulas registradas nos Livros

de n9 9, 9A, 9B, 9C e 9D.

Estão arquivadas em pastas com 200 unida des cada uma,

totalizando 27 pastas com 4 478 Cédulas Pignor aticias , no pe-

ríodo de 20 de junho de 1 967 a 19 de dezembro de 1 975.

Este Cartório abrange o registro dos Distritos de Entre

t

Rios, Canta Galo, Pinhão e Candõi.

O Cartó rio do 39 Ofício por ser o mais recente, criado

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em 1 970 , possui apenas 13 pastas, com 150 Cédulas cada, uma,

totalizando 1 950 delas para o período de 11 de

  j unho

 de 1

  970

a 15 de dezembro de 1 975, referentes aos Distritos de   E n t r e

Rios,GuaíracS, Jordão e parte dos distritos de Palmeirinha e Turvo,

Somando-se os registros dos três Cartórios foram colhi»

dos dados de 12

  093

  Cédulas, até 1

  975.

  Apesar da coleta

  t e r

sido feita de modo exaustivo, este numero representa os empré s-

timos registrados mas não a totalidade dos mesmos, porque al-

guns não chegaram a ser registrados pelo seu pouco valor.

Além das Cédulas Pignoraticias, para o século XX foram

básicos os dados colhidos no Cadastr amento Rural de 1 975.., for-

necidos pelo INCRA, escritório de Guarapuava.

Este Cadastram ento é feito por proprieda des, havendo as-

sim, proprietários que possuem 2, 3 ou mais propriedades . Es-

tá organizado por ordem alfabética e o nome dos proprietários

pode constar mais de uma vez, de acordo com o número de imóveis

que possuir.

Com referência ãs séries estatísticas da agricultura e

da pecuária foram consultados os acervos do Departamento Esta-

dual de Estat ística - D.E.E ., sito ã rua Barão do Rio Branco,

45, em Curitiba que possui a nível munici pal, séries anuais

contínuas,desde 1 944 para a agricultura e, desde 1 956 para a

pecuária, com lacunas nos anos de 1 971 e 1 972.

Na organização de séries contínuas para a história eco-

nômica do século XX, a dificuldad e maior está no período que

abrange de 1 900 a 1 943, onde existe uma ausência quase total

de estatísticas oficiais, existindo apenas o C enso de 1 920, do

IBGE, que não satisfaz plenamente as necessidades para a pes-

quisa em andamento.

Para o período posterior a 1 9 43, o acervo do D.E.E. ê

imprescindível.

Da Fundação Instituto Brasi leiro de Geografia e Estatís-

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18

tica foram consultados os acervos das agencias de Guarapuava,   e

Curitiba, sendo manuseados os' Censos de 1 9JZ&),, 1 J 9 9 £ Ô & , 1 960

e l 970, Anuarios Estatísticos de varios anos, além de outras

publicações constantes de seu arquivo,

A analise dos dados revelou que nem :semp2ce a matéria

fornecida por um õrgão coincide com a de outro e, por jersasa ra-

zão, optou-se pelo uso dos dados apresentados pélo D.E.E., em

virtude de- o mesmo fornecê-los também a nível municipal e com

séries anuais sistemáticas, ao passo que, nessa modalidade, os

dados do IBGE são mais escassos, utilizando -se estes apenas pa-

ra os anos em que o D.È.E. não os possui.

Além dos documentos citados foram de significativa im-

portância as fontes encontradas na Bibliote ca Naci onal e:Arqui-

vo Nacional do Rio de Janeir o, as quais se constituem em publi-

cações sobre agricul tura e pecuária e mapas antigos através dos

quais foi possível elaborar os constantes deste trabalho.

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1.2 - Métodos e Técnicas

O método utilizado neste trabalho foi o Método Cientí-

fico Histórico aíiado äs técnicas quantitativas, ä obser vação

direta. & métodos sociológicos cóm pesqui sa de ca mpo através de

entrevistas, para qx^e se chegasse a conhecer as flutuações con-

junturais e ãs próprias mudanças estruturais.

Ê'um estudo de área, sob o ponto de vista econômico fei-

to de maneira global, isto é, relaciohando-o com:ahistória; de-

mográfica e social.

Através do conhecimento da sociedade guarapuavana do sé-

culo XIX partiu-sè para o conheciménto da sóciedàde guarapua-

vana contemporânea , com um estudo comparativo entre as  : duas

épocas, para evidenciar ás transfòrmâçÕeé ocorridas.

Para proceder a-

;

-quaritifiöiä^äo

:

'dos .;ää&ös- 'foiraro.. elabora-

das fichas especiais, de acordo com os documento s utilizados,

cujos modelos encontram-se rio ANEXO IV

Visando compreen der as características mäis marcantes

que estão ligadas â posse e uso da te r r a n o M unicípio de .Gua-

rapuava, esta pesquisa recorreu ä uma série de conceitos éoin-

terpretações sobre "posse", "sesmária", "sociedade tradicional

campeira", "terras dévolutas ", "uso d a t è r r a " , etc. (dentro do

contexto sócio-econômico) em t r ab a l ho s de R uy C i m e Lima,^Bra-

sil Pinheiro Machado, Georges Gurv

:

ith:> ^ e

outros, esboçando-se ássim as diretrizes que a jíõrtearam.

sE, . par tin do- âe doe pressupo sto de -que o *;côndé.çionàmento

de um grupo e conséqüenteme nte a posse e uso do espaço, físico

que ocupa são determinados pelas imposições do meio ambiente e

pela herança cultural, primeiram ente foi consultado o Arquivo

da Paróquia de Noss a Senhora de Belém de Guarapuava> por -ser o

mais . antigo , e  possuir documentos - qüe ••-cöhstitÜÄ

:

vëràââëitxÔs

censos das famílias guarapuavanas.

Para estabelecer uma certa peri odiz ação .sugerida pelo

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20

Professor Brasil Pinheiro Machado "no estudo da terra interli-

gando-se äs principais atividades econômicas das diferentes

épocas"

3

  foi feito o arrolamento do Livro n9 1, manuscrito pe-

lo Pe. Francisco das Chagas Lima,•relatando a ocupação da ter-

ra em 1 809.

Sobre a concessão de sesmarias e as atividades econômi-

cas do tropeirismo quase nada se encontrou neste Arquivo»

Para a coleta dos dados das. "Declaraçõe s;de Posse de

Terras, de 1 855/57", em obediência â Lei de Terras de 1 850 e

o Regulamento de 1 854 (mudando o sistema de concessão de ter-

ras) foi elaborada a ficha n9 1 - modelo e n9 1 - exemplifica-

tiva, na qual se procu rou extrai r o maior numer o de infor ma-

ções dessa font e. Para a tabula ção dos mesm os foi usada a fi-

cha n9 2.

Pela s decl araç ões de poss e, apesar de não se chegar a

um resulta do exato, foi poss ível estab elece r a estrut ura fun-

diária de Guara puava e seu Distrito de Palmas (com exclusã o da

Colônia Thereza), em 1 855/57, além de se poder contar com ou-

tros dados, como distância s entre as propriedade s e a vila,

origem étnica dos proprietários e usuários das terras, porcen-

tagem dos propr ietá rios que não residiam no Imóvel rural de-

clarado ou mes mo no Mun icí pio e o grau de alfab etiz ação dos

mes mos (Quadros 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7).

Contu do, este resul tado foi um dado isola do, não sendo

possível a organização de séries estatísticas devido ä ausên-

cia de documentos que o comprovem em outras épocas„

Post erio rmen te estas informa ções -foram compl emen tadas

3. PINHEIRO MACHADO, Brasil. Sinopse da^histõfiá:regio-

nal do Para ná. Separata do Boletim do Institut o ^Histórico,

Geográfico e Etnológico do Parana. Curitiba, Requião, 1 95Í.

p. 25.

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21

com as encontradas no DAMI.

A maior dificuldade

  e s t e v e

  ligada

  á

  ãrea das proprieda-

des porque não .existe uniformidade nas declaraç ões, uns a de-

clararam em léguas, outros em braças, outros em alqueires, ou-

tros como sesmarias de campo ou mata, ou como sorte de campos.

Exemplos : "duas e meia légua de extensão por duas de

comprimento; um quarto de légua em quadro; oito alqueires de

planta de milho; fica contornado este terreno em uma légua mais

ou menos; extensão de seiscentas braças; mil e duzentas braças

em quadro; oitocentas e cincoenta braças naicircunferência; ex-

tensão e largura correspondent e a dez alqueires de planta de

milho, sorte de campos".

As declarações foram coletadas por ordem alfabética de

sobrenome a fim de se verificar se o mesmo declara nte fazia

mais de uma declaração; as medidas declaradas foram transfor-

madas em hectares para se ter uma visão geral e ampla das di-

mensões das propriedades, para estabelecer a estrutura fundiá-

ria da época (1 .855/56) - ficha n9 2 - modelo e n<? 2 - exempl i-

flcativa - e compará-la â estrütura fundiária atual, consegui-

da através dos dados fornecidos pelo Cadastra mento do INCRA -

1 975.

Para a redução em hectares das áreas declaradas foram

utilizadas as medidas antigas apresentadas por Roberto Simon-

sen" e pelo Colloques Inter nationaux du Centre National de la

Recherche Scientifique

5

.

4. SIflONSEN, Roberto. vHistõrla eco_nôm£cztdo Brasll(1500/

1820). 6 ed. São Paulo, Ed. Naciona l, 1969. p. 462.

5. COLOQUES INTERNA TIONAU X DU CENTRE ¡DE. .LA RECHERCHE

SCIEN TIFIQUE. L'His toire quantitative du Brés il Ide 1 800 vã

1 930, Paris, Centre Nati onal de la Recherche Scientifique",

1 973. p. 32.

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Com  relação âs divisas entre os imóveis não   6XÍ Sfcô  pos-

s i bi l i dade de

  serem reconstituídas,

  em

  virtude do ¡modo como

el as f or am

 declaradas, pois os proprietários tomaram por base

para

  suas confrontações, marcos que desapareceram com:o correr

do t empo,

Ei s um  exemp lo: "por uma divisa de madeiras, que nasce

de um arroio  e vai até o espigão",

 ou.

 "couro sertão nacional"

6

.

Pelo Rol de Habitantes de 1 842/43, 1 853 ;.e 1 862/63,

organizou-se a ficha n9 3 - modelo e n9 3 - exemplific ativa,

obedecendo mais ou "menos a sistemática dos documentos acima,

que, permitiram estabelecer inúmeras variávei s, conduzindo a

resultados div ersos sobre a estrutura populacio nal e dentro de-

la, a mão-de-obr a utilizada , as atividades produ tivas e o s ele-

mentos que contribuíram para ã diferenciaç ão das atividades

primárias, secundárias é terciárlas.

Conjugadas estas informações com as de outras fontes fo-

ram montadas séries estatísticas sobre a população branca, es-

crava e índia, a mão-de-obra ativa, a prof issã o actas pessoas

arroladas e a divisão em..quarteirões,

Para este estudo que pretende mostrar a posse e uso da

terra pela sociedade tradi cional campeira e ;as transformações

ocorridas em relaç ão a essa posse e uso, foram básicos os re-

sultados obtidos no Cadastramento do INCRA de 1 975, fornecido

pelo escritorio do INCRA de Guarapuava, o qual permitiu conhe-

cer a estrutura fundiária da região.

Esse cadastramento ê realizado por propriedades, haven-

do proprietários que constam 2, 3 ou mais vezes, de acordo com

as propriedades que possuem.

6. LIVRO de Registro de Terras - n9 15. Declaração 28.

DAMI.

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23

O primeiro estudo feito nesse Cadastro limitou-se a se-

parar as propriedades de acordo com seu tamanho pelas classes

de ãrea correspondentes, possibilitand o o conhecimento do nu-

mero de propriedades e a área ocupada por cada grupo.

Numa segunda analise, foram agrupadas as áreas perten-

centes a um me smo proprietário, tendo-se chegado ao conhecimen-

to do número de proprietários e a área ocupada por cada grupo.

Em terceiro lugar, foram separadas as propriedad es de

cada classe de acordo com a origem do nome do proprietário, a

fim de se conhecer se a terra continua de posse .da sociedade

tradicional campeira ou se mudou para outros segmentos; tanto

a segunda como a terceira análise relacionam-sie â posse da

terra.

Quanto ao uso da terra, sabe-se que ê usada na agro-

pe cu ar ia ; a fim de se conhecer o capital empregad o e o modo

como foi aplicado, foram utilizados os dados das Cédulas Ru-

rais Pignoraticias e Hipotecárias, através da ficha n9 4 - mo-

delo e n<? 4 - exempli fica tiva , cuja tabul ação permitiu chegar-

-se ao resultado desejado.

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SEGUNDA PARTE

A POSSE E O USO DA TERRA NO SÉCULO XIX

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CAP I TULO I I

SI TUAÇÃO GEOGRAFI CA E HI STORI CA

2. 1 - Po s i çã o, l i m t e s e e xt e ns ã o do Muni c í pi o de Gua r a pua va

Guar apuava per t ence a m cr or r egi ão homogênea dos Campos

de Guar apuava / j unt o com os Mun i c í p i os de P i nhão, I nác i o Mar -

t i ns , L ar a nj e i r a s do Sul e Que da s do I gua çu.

Si t ua - se na Zona F i s i ogr á f i ca dos Campos Ger a i s , no 39

P l ana l t o Par a na ens e , numa a l t i t ude de 1 120, 00 me t r o s , l at i t u-

de de 25923' 36"

1

  Sul e l o ngi t ude de

  51927'19

 

'

  w- GR. e possu i

uma ár ea de 8 090, 085. qui l ômet r os quadr ados

8

, c o m uma po pul a-

ção est i mada em 170 000 hab i t ant es , dos qua i s 100 000 habi t am

o mei o r u r a l .

Seus l i m t es at uai s s ãoj

ao no r t e , com o Muni c í pi o de P i t anga : a no r d es t e, c om

Cândi do de Abreu, » a l es t e , com Pr udent ópo l i s  ;   a s u de s t e , com

I nác i o Mar t i ns ; ao s ul , c om o P i nhã o; a s udoe s t e, c om Manguei -

r i nha e Chopi nz i nho ? a o es t e , com L a r a nj e i r a s do Sul e a no r o -

es t e, com o de Pal m t al .

O t er r i t ór i o de Guar apuava j á so f r eu i númer os desmem-

br ament os dando o r i gem a mu i t os out r os Muni c í p i os , Sua ár ea

7. Di v i s ã o adot ada pel a F unda çã o I ns t i t ut o Br as i l ei r o

de Geogr af i a e Es t at í s t i c a - I BGE.

8. SECRETARI A DO ESTADO DO PL ANEJ AMENTO. Anuar i o es t a-

t í s t i co do Par a ná - i 97S. Cur i t i ba , De pa r t a me nt o Es t a dua l de

Es t at í s t i c a, I 979. ' ~ v. 2.

  4 67

  p. p. 8.

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26

pr i m t i va er a de 175 000 qui l ômet r os quadr ados .

Na década de 1 850, a Câmar a Muni ci pal apr esent ou suas

di v i sas , f i xadas pe l a Le i . n9 14, de 21 de mar ço de 1 849 e r a-

t i f i cadas pe l a Le i n9 12, de 17 de j ul ho de 1 852:

" . . . pe l o r í o dos P at o s ( I v ahy ) a t e o r i o

P ar a ná ; por e s t e at e c o nf i n ar c om a Re-

publ i c a ( s i c ) de Cor r i ent es e da l l i , a -

t r a v es s a nd o o s e r t ã o a p r o c ur a r o Ur u -

gua i e, por est e, a c i ma at ë e a l em das

f r o n t e i r a s do s Ca mp os de Sã o J o ã o , p r o -

cur ando da11

 i

  o P or t o da Un i a o , no I -

guas s u e , no mest no r umo, o menc i onado

r i o d os P a t o s , f i c a nd o a ne xo a e s t e o

t e r r i t o r i o da Co l oni a T he r ez a , s i t a

a l em do j ã r e f e r i do r i o I v a hy " .

9

Gua r a pua va f a z i a f r o nt e i r a ao s ul com a P r o ví nc i a de São

Pedr o , a t ua l Ri o Gr ande do Sul , da. qual e r a separ ada pel o Ri o

Ur uguai , chamado de Goyo~En.

Com o desmembr ament o de Pal mas, em 1 877, per deu o t er -

r i t ó r i o co mpr e endi do e nt r e o s r i o s I guaçu e Ur ugua i .

A Lei n9 767, de 30 de novembr o de 1 883, est abel eci a o

s egui nt e em s eu Ar t - 19:

" 0 Mu ni c í p i o de Gu ar a p ua v a t ei a por l i m -

t e c om o Mu ni c í p i o de Sa o S eb as t i a o das

Co n c h as o Ri o dos P a t o s e I v a h y , da ba r -

r a do Lageado dos Ga l voes ä ba r r a dos

í n di o s e d aí po r u ma s e r r a a ma r ge m d i -

r e i t a do Ri o d os í n di o s a o Mo r r o V er me -

9. ATAS. L i v r o n9 1, de 1 853/ 71 . Re l at ór i o da Câma-

r a Muni c i pa l ao P r e s i de nt e da P r o ví nc i a do Par a ná . Ar qui v o ci a

Câmar a Muni ci pal de Guar apuava.

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G UA f t A P U A V*

f a r a n a

' - ra

 s í

 ,

m u m m r n m

P f t O V t W C f A

B. E

L I M I T ES OA P R O V I N C I A D O P A R A N A '

( G U A R A P U A V A

L I M I T É S A T U A I S D O E S T A D O 0 0 P A R A N A '

COM 0 ES TA D O D E S A N T A C A T A R I N A

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28

l h o, n a a t u al e s t r a da de P o nt a Gr o s s a

5 T e r e z i na . Des t e po nt o em di a nt e ,

d i v i d i n do c om a Vi l a de Ti b ag y po r u ma

l i n ha r e t a ã s e r r a d e no mi n ad a Ag ud i -

n ho , s e gu i n do p el o d i v i s o r das ã gu as

e nt r e os r i o s T i b ag y e I v ah y, a t e a

c a b e c e i r a do Ri o do P e i x e e p or e s t e

a ba i x o ao I v a h y , s e g u i n do o c u r s o d as

s u a s ãg ua s ao R i o P a r a n a" . '

0

Nessa época, o Município de Guarapuava compreendia o

território entre os rios Iguaçu, Paraná e Ivaí e, além deste

último, os territórios dos atuais Municíp ios de Grandes Rios,

Cândido de Abreu e uma parte de Reserva.

Em 1 913, em resposta a um questionário do Ministério

da Agricultura , Indústria e Comércio, a ãrea de Guarapuava

era dada como de 60 000 quilômetros quadrados, com uma popu-

lação aproximada de 26 000 habitantes, entre a urbana rerru-

ral.

Já em 1 928, eram as seguintes as divisas do Mun icí -

pio:

" s o be p el o r i o I v ah y a f o z do r i o Al o n-

z o, c o nf r o nt a ndo c om o Mu ni c í p i o de

T i b ag y; c o nt i n ua pe l o I v ahy at é a f oz

do r i o Ba r r a Gr a n de , c o n f r o nt a nd o c om

o Mu ni c í p i o de Re s r e v a ; s o be p el o Ba r -

r a Gr a nd e a t e s u a c a b e c e i r a na s e r r a

da E s p e r a n ç a e p or e s t a a t e a c a b e c e i -

r a do r i o d os P at o s c o n f r o n t a nd o c o m

o Mu ni c í p i o de P r u de n t o p o1

 i s ;

  da ca-

b ec e i r a ma i s a l t a do r i o dos . P at os , na

s e r r a d a E s p e r a n ç a v a e p e l a l i n ha da

10.. FUNDAÇÃO INSTITUTO DE TERRAS E CARTOGRAFIA. Lei n9

767, de 30 de novembro de 1 883.

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29

c u m a d a da s e r r a a t é o Ce r r o do L e a o ,

c on f r o nt ando com o Mun i c í p i o d e I r a t i ;

c o nt i n ua p el a s e r r a a t e de f r o nt e a c a -

b ec e i r a do a r r o i o do s Ca r d oz o s , v e r -

t e nt e dö r i o Co nc o r d i a , c o nf r o nt a nd o

c om o Mu ni c í p i o d e Ma r u mb y j v ai a c a -

b ec e i r a de s s e a r r o i o , p el o qual d es c e

ao r i o Co nc o r d i a , por e s t e ao r i o d'

Ar e i a e por e s t e úl t i mo a b ai x o a t é s ua

f o z no ï g u as s u , c o n f r o n t a n do c o mo Mu -

n i c í p i o de Uni ão da Vi c t o r i a ; pe l o

t a l v eg ue do r i o I g ua s s u a t e c o n f l u en -

c i a do r i o Ch op i m, c o nf r o nt a nd o c om o

Mu ni c í p i o de P al ma s - c o nt i n ua pe l o I -

gu a s s u a t e - a f o z do T o r me n t a , c o n -

f r o nt a ndo c o m o Mu ni c í p i o de Cl e ve l S n-

d i a ; s o be pe l o r i o T o r me n t a o u De o do ^

r o

 ,

  a t é s ua v er t e nt e p r i n c i p al , de o n-

de v a e, em r e c t a , as n as c e nt e s do r i o

T o ur i n ho , p el o qua l d es c e at e s ua f o z

no P i q ui r y e p or e s t e a ba i x o a t é s u a

f o z no P a r a n á, c o n f r o nt a nd o c o m o Mu -

n i c í p i o de F o z dó I g ua s s u ; s o b e pe l o

t a l v e gu e do r i o P a r a n a 5 f o z do r i o

I v ah y c o n f r o nt a nd o c om o E s t a do de

Ma t t o Gr o s s o "

11

  .

A população de Guarapuava era calculada em 50 000 ha-

bitantes e sua superfície em 54  4 50 quilô metros qu adrad os o

que faz supor que a ãrea declarada em 1 913 ao Ministério da

Agricu ltura, antes do desm embr amen to de Foz do Iguaçu não

correspondia à realidade.

Em 1 906, havia se desm embr ado de Guara puava o Muni cí-

pio de Pru den tõp oli s, cri ado pela Lei n9 615, de 5 de mar ço,

11. CORRE IA, Leocâdi o & OLIVE RO, Mario F., org. Gu ara -

puava . 2. ed. Curi tiba, Emp.Ed »Oli vero , 1928. s.p.

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30

en—a» im uwnwTTavmagye

MUNICIPIO

  D

 E

pee«o

os

M A U LE T

ESCALA

:  i : i . e s o . o o o

F o n t e : M A P A 0 0 M U N I C Í P I O O E G U A R A P U A V A O R G A N I Z A D O

P OR F R A N C I S C O G U T I E R R E Z B E L T R Ã O .

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MUNI CÍ P I O O E G U A R A P U A V A - 1 9 2 8

F o n t e

B A S E A D O N O M A P A D E G U A R A P U A V A E L A B O R A D O

P E L O E N G E N H E I R O F R A N C I S CO G U T IE R R E Z B EL TR Ã O.

I n : C O R R E I A 8 O L I V E R O , O p. c i t . , s .p .

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32

cujas divisas foram estabelecidas pela Lei n.9 1 904, de 18

de abril de 1 918 e, também , o Município de Foz do Iguaçu,

criado pela Lei n<? 1 383, de 14 de março de 1 914, cujas di-

visas foram estabelecidas pela Lei n9 1 406, de 28 de março

de 1 914.

Em 1 943, foi criado o Município de Pitanga, pela Lei

n9 199, de 30 de dezembro desse ano

  e,

 em 25 de julho de

1 960 o de Inácio Martins, pela Lei n<? 4 242.

O último território que se desmembro u de Guarapuava

foi o do Município de Pinhão, criada pela Lei nÇ 4 823, de

18 de fevereiro de 1 964,

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35

2.2 - Antecedentes históricos - A conquista e ocupação da

terra,

Historicamente, ém relação ao territorio guarapuava-

no, o primeiro marco a considerar foi o risco de perda do

território, ameaçado pelos espanhóis com a anulação do Tra-

tado de Madrid, quando Portugal e Espanha voltaram a discu-

tir suas fronteiras na América, o que tornou o período 1761-

77 de grandes tensões para os dois países.

Foi nesse Ínterim (1 765) que Portu gal, representado

pelo Conde Oeyras, Marquês de Pombal, ordenou ao, Capitão Ge-

neral de São Paulo, D, Luîs Antonio de Souza Botelho, o Mor-

gado de Mateus, que expedisse bandeiras de reconhecimento e

ocupação aos vales do Iguaçu (Rio Grande do Registro), do

Ivaí, do Piquiri e aos sertões do Tibagi, como era conhecida

a bacia oriental do rio Paraná, até encontrar a serra de A pu-

carana.

Para cumprir essas determinações D. Luís enviou a Pa-

ranaguá seu sobrinho Afonso Botelho de Sampaio e Souza .com

instruções para organizar as bandeiras que deveriam marchar

para o oeste. Foi a uma dessas bandeira s, a comandada pelo

Capitão Antônio da Silveira Peixoto, que pertenceu o Tenente

Cândido Xavier de Almeida, o descobridor dos Campos de, Gua-

rapuava (9 de setembro de 1 770) .

A região permaneceu abandonada até a vinda de D. João

(1 808), quando se tomaram providênci as para a ocupação da

mesma,

No processo de fixação do homem em terras guârapuava-

nas houve a implicação de fatores vinculado s hão sõ à polí-

tica, como também â economia.

Esta ocupação

f

  como em outras partes do território

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36

brasileiro, esteve ligada â exploração das riquezas natu-

rais, à agricultura de subsistência e S criação de gado,-tra-

zendo também a, incumb ência da defesa do solo contra os es»

panhôis.

0 Principe Regente D, João, ao expedir a Carta Regia

de 19 de abril de 1 809, endereçada ao Capitão General de

São Paulo determinava:

, o a pr o ve i t a me nt o das r i que z as na-

t u r a e s  da r e g i ã o , a c a t h e qu e s e do s í n -

d i o s , o e s t a b el e c i me n t o de c o mu ni c a ç ã o

c om o s u l , por onde s a hi s s e m os mu a-

r é s que a l l i s e c r i av am em gr ande es -

c a l a e o p o v o ame n t o d as f r o n t e i r a s c o m

o Par aguay . , a n t e v en do t a l v ez a r e al i -

z a ç ã o d os pr o j e c t o s e s b o ç a do s po r Do -

na Ca r l o t a J o aq ui n a, de f undar u m i m-

p er i o nas c ol o ni a s e s pa nh ol a s do P r a -

t a . *

Para esse fim, criou-se em São Paulo a "Junta Real da

Expedição e Conquista de Guarapuava" que convocou povoado-

res voluntários e organizou, em Curitiba, um batalhão de mi-

licianos .

0 comando da Real Expedição Colonizadora dos Campos de

Guarapuava foi entregue ao Tenente Coronel Diogo Pinto de

Azevedo Portugal e o posto de sub-comandante foi ocupado pe»

lo Tenente Antonio da Rocha Loures; como missionário, encar-

regado da catequese veio o Padre Francisco das Chagas Lima.

13

12. RIBEIRO, Eurico Branco. Esboço da história de

Guarapuava. Almanack dos Municí pios. Curitiba, 1 922. Ed.

especial. p.~T4ïïT

13. Sobre a conquista de Guarapuava ver :

FRANCO, Arthur Marti ns. Diogo Pinto e a conquista

de Guarapuava. Curitiba, Tip. João Haupt, 1 943 .  '

MACEDO , F.R, de Azeve do. Conquista pacifica de

Guarapuava.. Cur iti ba, GERPA, 1 951.

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37

Com trezentas pessoas, entre soldados, colonos e es-

cravos

 ,

 a expedição seguiu a picada aberta pelo Guärda-Mor

Francisco Martins Lusto sa e, a 17 de junho de 1 810, sem opo-

sição do gentio, saiu próxima às cabeceiras de um rio que

denominou Coutinho.

1

"

4

Como defes a, o Comandante fez levantar o forte Ata-

laia, onde se construíram as primeiras casas para abrigar a

tropa e as famílias.

Tudo indicava sucesso absoluto na posse da terra, po-

rém, logo as relações com os índios, que inicialmente foram

pacíficas, transformaram-se em conflito aberto e as tribos

passaram a atacar constantemente.

Administrativa e judicialmente a nova povoação passou

a pertencer a Castro.

14. LIMA, Francisco das Chagas. Memórias sobre o des-

cobrimento e Colônia de Guarapua va. Revista Trimestral d^

História e Geografia. 2. ed. Rio de Janeiro, Tip. de João

Ignacio da Silva, 1 863. Tomo IV, p. 46.

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38

2. 2. 1 - A c at eques e e c i v i l i z a ção dos í ndi os

A primeira grande investida  do s  índios contra o forte

Atalaia

  f oi

  r eal i

 z ada a 28 de agos t o d e 1 810

  pelos indios

Camés que, em

  g r ande ' número sus t ent a r am l ut a

 por mais de

  6

horas contra "as  ar mas de f ogo do Tenent e  Antonio  da  Rocha

Loures e 36 soldados".

15

Segundo o Pe. Chagas Lima, existiam em Guarapuava três

nações bárba ras, inimigas entre si: os Camés, que no idioma

da terra queria dizer tímidos "ou medrosos; osV oto rõe s, habi-

tantes do Morro Vuturuna e os Cayeres ou macacos. Dessas'tri-

bos, os Camés e Votorões reuñiram-se em 1 812, quando convo-

cados por Antonio José Pay, Caci que dos Camés e se sujeita-

ram  ã  expedição localizada no Atalaia.

16

Grande parte da horda dos Votorões, comandada por Hy-

pólito Candoy, passados os primeiros cinco meses fugiram pa-

ra o sertão; contudo, quase todos os anos passavam alguns me-

ses no aldeamento, instruindo-se na doutrina crist ã. "Eram

semi-bárbaros e difíceis de instrução".

17

Os Cayeres também vieram porem, logo se retiraram pa-

ra os campos a oeste, conservando-se como selvagens epagãos,

15. LIMA, Pe. Francisco das Chagas. Memóri a sobre o

descobrimento e Colônia de Guarapuava. Revista trimestral de

História e Geografia. 2.ed. Rio de Janeiro. Tip. João Ig-

nació da Silva, 1 863. Tomo IV. p. 46.

16. . Correspondencia ao Presidente da Província

de São Paulo, Lucas Montei ro de Barros, 20. mal-. 1 825. De-

partamento de Arquivo do Estado de Sao Paulo. Ordem 1 025,

lata 230.

17. LIMA, Pe. Francisco das Chagas. Memoria.•. op.

cit. p. 43-54.

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empenhando-se em choques freqüentes com os da mesma espécie»

Os Votor oes e Camés, em 1 818, fizeram várias incur-

sões contra os Cayeres, atacando os seus toldos e obrigando-

os a se mudarem varias vezes de lugar; foi numa dessas lu-

tas que desapar eceu Antoni o José Pahi "o melhor de todos os

índios"

18

 que foi substit uído por Lu is Tigre Gaco n" o qual,

segundo o Padre Chagas, não possuí a as mesm as quali dade s do

primeiro.

Os Cayere s revidaram o ataque aos Voto rões, nos seus

alojamentos silvestres déstroçando-os, após o que, os Voto-

rões voltaram ao Atala ia e induziram os Cam és a ajudâv los na

luta.

As disputas continua ram e a 26 de abril de 1 825 os

Cayeres arrasaram a aldeia de Atal aia, onde se encontra va

também o Padre Chagas, o qual conseguiu fugir auxiliado pelo

seu escravo.

Nesse com bate assass inaram Luis Tigre Gacon e mais 27

pessoas.

Cinco casas dos port ugues es e a capela foram respe i-

tadas pelos Índios

 ,

 o que demon strav a não haver animos idade

contra os brancos.

Restaram 73 indivídu os que o miss ioná rio transfe riu

para a Freguesia, e mai s tarde fun dou -se a "Nova Ata lai a", ã

vista da Freguesia da qual não distava mais que uma légua de

bom caminho".

19

0 ataq ue ao Ata lai a fez nasc er na pop ula ção da Frer»

18. LIMA, Francisco das Chagas, Padre. Ofício ao Pre-

sidente da Provín cia de São Paulo , 8j3e abril de 1826. De-

partamento de Arqu ivo do Estado de Sao Paul o. Ordem 1 025.

Lata 230.

19. Ibidem.

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40

guesia, o desejo de exterminar com os índios e para isso di-

rigiu um abaixo assinado ao vigári o pergu ntand o por que não

continha ôs índios aldea dos, "por que não se envia va uma es-

colta atrás' dos malfe itore s e por que os índios não haviam

sido aldeados dentro da freguesia ou próximo a ela"?

0 vigári o justi ficou -se dizend o que os índios eram

seus filhos espiritu ais e devia m ser desvi ados dos caminhos

da perdição, sendo mantido s longe dos branco s; e, que se fos-

se mandad a um a escol ta, seria de clarar guerra aos índios, sem

ter meios adequa dos para mant ê-la e que a pret ensã o deles ,

povoadores, era assegurar a posse das terras, pondo em risco

a expedição e ao bem público.

20

Como era prete nsão do Govern o Impe rial que

  a ,

 Assem-

bléia Legislativa organizasse um Plano Geral de Civilização

dos Indios, o Pe. Francis co das Chagas Lima, obed ecen do o

aviso e deter minaç ão de S. Majest ade Impe rial , propô s em 15

de janeiro de 1 826:

.

 .

  «par a a c a t e qu es e e c i v i l i z a ç ã o dos

í ndi o s f o ssem os mesmos a l deados   T I O S

pr ópr i os l ugar es de s uas at uai s r es i -

dênc i a s , não sendo aconse l háve l r eu-

ni - l os no At a l a i a , t endo em v i s t a as

mui t as ant i gas d i s s e nç õ es ex i s t e nt es

- . 21

ent r e os v at i o s gr upo s .

Assim, os Camés ficariam no Atalaia, os Votorões, nos

Campo s do Pinhão e os Dorins nos Cam pos do Neri nhê, ou das

Laranjeiras (que então ainda eram desconhecidos dos povoado-

res

 )..

20. LIM A. . Ofíc io ao Pres iden te da Proví ncia de São

Paul o, 8 de abril de 1 826. Dep art ame nto d e Arq uiv o do Esji-

tado de Sao Paulo . Ordem 1 025. Lata 230.

21, : , .op., ci t. . 15 de janei ro de 1 82 6.

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41

Sugeriu ainda que,  pa ra  os indios bárbaros em geral,

os terrenos mais propicios seriam os lugares de suas antigas

residências ou perto delas, sendo o bastante que, ali se lo»-

calizasse um diretor com guarnição de homens de comprovada

probidade e um capelão zeloso» que se evitasse a entrada nos

alojamentos, de pessoas ou drogas que fomentassem vício entre

os índios; que as aldeias ficassem   a duas léguas das povo a-

çoes e uma légua de povoadores.

Na correspondência acima não citou o nome de Cayeres

e sim, Dorins, nomè dado pelos brancos a esses í-ndios, por

serem os mesmos habitantes ãs margens do rio Dorim, distante

26 léguas do Atalaia. Esta tribo contava com 400 indivíduos .

A missão do Pe. Chagas prolong ou-se até o ano de 1 828,

porém, o seu período áureo foi de 1 812 a 1 819, quando re-

cebeu a colaboração de Antonio José de Azevedo Pahy.

Em 14 anos de cateq uese, em Guarapuav a, o Pe. Chagas

realizou 405 batismos (302 nascimentos no sertão e 103 no

Atala ia), 48 casamentos de índios com índias neophitas" e 9

de brasileiros com índias,

22

Suas crônicas e relatos foram importantes para o co-

nhecimento da língua, usos e costumes do índio da região.

Apôs a sua partida (.1 828) a catequese poucos resul-

tados apresentou; os bugres (como os brancos chamavam os ín-

dios) continuaram a combater entre si, a pilhar os moradores

das fazendas e a atacar os viajantes que, depois de 1 840 di-

rigiam-se ao Sul,pelo Caminho das Missões, ou a Mato G rosso.

Foram inúmeras as suas correrías e, numa delas (1 827)

quatorze votorões e camés já catequizados assassinaram 22

22, LIMAj . op. cit.

;

  8 de abril de 1 826.

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43

de as c o mp et i r a e x c l u s i v a me n t e ao m s -

s i onár i o r e s pe c t i v o , s em i nt e r v enç ão

ou e mb ar a ç o de a ut o r i d ad es c i v i s , a t é

q ue os i n dí g en as s e j ã o c o n s i d er a d os

de f i n i t i v ame nt e a l deados e c i v i l i s a -

do s .

49- Os mi s s i o ná r i o s nao s e r ã o di s t r a -

h i d os de s eu mi n i s t é r i o p a r a s e r e m em-

pr e ga do s em c ur a d ' a l ma s , ou em o ut r o

q ua l q ue r e mp r e g o .

59- E m c ada umá das d i t a s p r o v í n c i a s ,

o nd e s e e s t a be l e c e r a mi s s ã o , h a ve r á

u ma c a d ei r a da l í n gu a i n dí g en a ,

  &c.

Zk

Ao divulgar esta notícia â Assemb léia Provincial, o

Presidente do Paraná, Dr. Zacarias de Góes eVa sco nce los , te-

ceu os seguintes comentários sobre a situação da catequese

em sua Província.

0 a l d e a me n t o d e P a l ma s , ú ni c o u m t a n-

t o r e gu l a r que c o nt i n ua a e xi s t i r na

P r o v í n c i a , t em j á o s eu Di r ec t o r p ar - '

c i a i , f a l t a - l h e a i n da o que ma i s i m-

po r t a a p r o s p er i da de dos í nd i o s , po r -

, qua nt o não ha al i mi s s i o ná r i o , nem el -

l es p os s uem t er r a s par a c ul t i v ar e v i -

v em por i s s o e xp os t o s ä e xt r e ma i ndi -

g enc i a .

 25

Referindo-se aos terrenos destinado s aos índios in-

formou que estes tinham sido vítimas dos "conquistadores cha-

mados civilizados" que se apossaram dos mesmos repartindo en-

tre si, aquilo que haviam conquistado com a força e superio-

ridade das armas de fogo.

Em cumprimento âs referidas Leis Imperiais estrutura-

24. VASCON CELOS, op. cit., p. 46-7.

25. Ibidem, p. 45-7.

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44

ram-se três aldeamentos no Paraná: o de Guarapuava, o d e Pal-

mas e o de Jatahy, sob a direção geral do Brigadeiro Fran-

cisco dà:Rocha ¿ou res.

Segundo a opinião do Presidente da Província Dr. Hen-

rique Beaurepaire Rohan, a organização da Diretorial Geral

dos índios nada acrescentou e foi uma instituição completa-

mente falida.

2

®

Para justificar suas afirmativas disse que os compo-

nentes do aldeamento de Guarapuava já vivia m confundidos ocom

a população, existindo até inúmeros casamentos de brancos com

índias, "as quai s eram havidas por esposas honestas e boas

maes de família'"" e que no aldeamento de Palmas existiam 160

indivíduos, sob o comando do Cacique Viri, ocupando-s e da

criação de cavalos, porcos e plantando milho ef ei jã o. 0 seu

passatempo pr edileto era o jogo de cartas, resultado da ocio-

sidade em que viviam.

A totalidade da população indígena em Guarapuava e

Palmas era de 250 pessoas catequisadas caldulando-se em

10.000 o número de bárba ros, segundo o Relatório da Câmara

Municipal de Guara puava de 1 856. No ano seguinte o aldea-

mento de Guarapuava foi extinto porque os poucos-aldeados já

se haviam integrado à população branca.

28

  Pelas declarações

de posse deli 855/57, os índios possuíam apenas duas pro-

priedades rurais totalizando 38,72 hectares e uma no rocio

da vila.

26. ROHAN, Henrique de Beaurepai re. Relatório apre-

sentado â Assembléia Provin cial, 19 de março de 1856. Curi-

tiba, Tip. Paranaense, 1 856. p. 52-53.

27^ Ib'idëm, p. 54.

28. MATOS, Francisco Liberato de. Relat ório apresen-T

tado â Assemblé ia Provincial, 7 de janeiro de 1 859. Curiti-

ba, Tip. Paranaense, 1 859. p. 2.

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45

Contudo, nunca cessaram os ataques dos índios, colo-

cando em sobressalto os moradores da Vila e das fazendas.

A Câmar a Municipal, em 1 859, solicitou uma força de

praças armados para auxiliar a Guarda Nacional na ronda dos

territórios circunvizinhos âs fazendas, porque muito s de seus

proprietários haviam se refugiado na vila, temerosos dos as-

saltos indígenas.

Enquanto isso a situação da catequese, em todo o Pa-

raná apresentava-se conforme o quadro seguinte:

29

Al deament os

Caci que ou

Di r et or es

Mai or es de 16 anos

menor es de

16 anos

Tot al

l deament os

Caci que ou

Di r et or es mase f em

menor es de

16 anos

Tot al

Pal mas

Caci que

Vi r i

68

102

45

215

Chapeco

Vi t or i no

Conda

15

10

13

38

N. S. de

Loreto do

Pi r apo

Pat r í ci o

J ose Ri -

be i r o de

Coi mbr a

8

-

-

8

S. Pedr o

d' Al cant a-

r a

Frei Ti mo-

t eo Cas-

t el nuovo

55 34

65

154

Visando solucionar o problema do índio o Presidente

da Província,,Dr. Antoni o Barbosa Gomes Nogueira sugeriu a

criação de Colônias Militares junto aos aldeamentos, para ti-

29- MATOS, op. cit., p. 12.

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46

rar partido de sua tendencia, natural para a vida militar e

despertar-lhe hábitos de trabalho e subordinação, pelo exem-

pío dos soldados-colonos , visto q ue todos os aldeamentos en-

contravínose decadentes.

Alem disso, os indígenas de Guarapuava já começavam a

reclamar a posse de uma sesmaria que lhe fora concedida( 1818)

e se encontrava inteiramente intrusada. Esta questão causou

muitos aborrecimentos âs autoridades da vila, todos provoca-

dos pelos antigos donos da terra, que desencadearam uma sé-

rie de ataques em vários pontos do Município, como os de La-

ranjeiras do Sul e Cavernoso.

Os Caciques Vlri e Condá, em Palmas e Chapeco ainda

possuiam mais de 300 comandados, o que não deixava de ser um

risco para os brancos.

"Estes índios eram de índole viva e desconfia da até a.

traição. Robustos e dados ä caça, intemperantes e não pre-

videntes".

3

*

Em Palmas, eles se distribuíam em três toldos: um pró-

ximo â Vila; outro, no passo da balsa à margem esquerda do

rio Chapeco e o terceiro em Formiga, a três léguas e meia da

Colônia Militar do Chapecó.

Levavam vida "semi-nômade, ociosa, com o vício da em-

briagues e freqüentemente furtando na vila e fazendas".

33

'

30. NOGUEIR A, Antonio Ba rbosa. Relatório apresentado ã

Assem bléia Provincial, 15 de fevereiro de 1862." Curitiba,

Tip ."do Correio Ofic ial, 1862. p. 80-84.

.31, SILVA, Sebastião Gonçalves da. Relatório apresen-

tado â Assembléia Provincial, 21 de fevereiro de "1.864., Cu-

ritiba^ Tip. de Cândido Martins Lopes, 1864. p. 30.

32¡. CORRESPONDÊNCIAS de 1858-1870. Ofício do juizado

da Comarca, 17 out 1868. Arquivo da Câmara Municipal de üua-

rapuava.

33. OLIVEIRA , Brazilio Augusto Machado de. Relatório

apresentado ã Assemb léia Provi ncial, 15 de setembro de 1884.

Curitiba, Perseverança, 1 884. p. 20.

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47

Por em cora o avanço cont i nuo dos povoador es , as t r i -

l has se mul t i pl i c ar am e a c i v i l i z aç ão f or ç ou pas s agem obr i -

gando o í ndí o  e  s e a f a s t a r , cada v ez ma i s pe l o s e r t ã o s em

cont udo, nunca dei xar de i mpor t unar o br anco, ^

Da 1 812 a 1 870, exi s t em i númer os document os r e l a -

t ando as v i ol ênc i as pr at i c adas pel os i ndi os .

Ko ano de 1 854,

35

  a Câmar a Muni ci pal de Guar apuava pe-

di a pr o vi dê nc i a s p ar a a cabar com as a t r o c i da de s co me t i da s pe -

l os mes mos  «

Segundo i nf or mações pr est adas por

 Francisco

  da Rocha

Loures,  os ma i s per i gosos e r am  os  que habi t a vam os s e r t ões

de Guayr a , hoj e chamados Pa i guer ê" .

36

I dênt i ca co r r e s po ndê nc i a , e vi de nc i a a a pr e ens ã o do s

mor ador es de Guar apuava pel a not í c i a da a l i ança dos cor oados

do Pai guer ê com os bot ocudos " v i ndos do out r o l ado do r i o

I guaçu" e que j a ha vi am a me aça do va r i a s pr o pr i e da de s r ur a i s .

Em 1 855, na f a z enda de F r a nc i s co de As s i s F r a nça ,

mas s a cr ar am os es c r av os que ex i s t i am e r eal i z ar a m o s aque â

f azenda de Her mõgenes Car nei r o Lobo, v i t i mando duas pessoas

de s ua f am l i a.

Out r os document os aná l ogos e r e f er ent es aos anos de

1 857 e 1 858, dao cont a das v i o l ênc i as pr a t i cadas pel os í n-

di os , s empr e c om mui t a s v í t i mas .

34. NHOSI NHO, Ant oni o Caet ano de Ol i vei r a . Of i c i o ao

Pr es i dent e da P r oví nc i a do Par aná , 28 de j ane i r o de 1 857.

D.A.M.I.  Co l e ção de Do cume nt o s Hi s t o r í e os - Of i c i o s . 1 857.

V. 2 - AP. 0039»

35. CÂMARA Mun i c i pa l de Guar apuava. Of í c i o ( . . . ) , 10

de f ever e i r o de 1 854. D. A. M. I . Co l eção de Document os Hi s -

t õr i c os - Of T c í õ s T 1 854. V. 2. AP . " 0 003.

36. LOUEES

f

  F r anc i s c o F er r e i r a da Roc ha, I ns pet or dos

í ndi os . Of í c i o ( ». >) , 8 de agos t o de 1855. DAMI . Co l eção de

Docume nt o s Hi s t or i co. s - Of i c i os

 .

  1855. V. 7. A, P . 0018.

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48

Em X 870,  o  Subdelegado de Palmas, apos enumerar mui-

tas das suas correrlas e atropelos sugeriu varias medidas vi-

sando a tranqüilidade dos moradores do Município de Guara-

puava e seus Distritos.

Sobre o seqüestro de pessoas brancas pelos aborígenes,

somente dois casos foram reg istrados (duas mulheres )*e

e

no que

diz respeito à escravidão por parte do branco, alem das ten-

tativas realizadas nos primeiros tempos, que foram denuncia-

das pelo Pe. Chagas, um documento de 1 855, assinado por

Francisco Ferreira da Rocha Loures informa que numa diligen-

cia chefiada pelo Cacique Viri, foram feitos 17 prisioneir os,

sendo 12 menor es e 5 índias adultas, que ele Rocha Loures

pretendia repartir entre as pessoas "boas" da Vila, mas que

o referido Cacique queria entx*egá-los ao seu Diretor, em Pal-

37

mas.

Descontentes com as contínuas atribulações que vinham

sofrendo, muitos habitantes de Guarapuava jã haviam se reti-

dado para os Campos Gerais, para o sul e outros para a sede

urbana da Vila, o que forçou a Câmara Municipal a solicitar

medidas mais serias em represália a esses abusos, sugerindo

atë que fosse convidado o Cacique Victorino Condá e sua gen-

te do Goyo-En, para realizarem escoltas ambulantes nos ser-

toes do Paiquerê.

 38

Nas última s decadas do século XIX e primeiras deste,

diminuíram esses ataques porém, ainda em 1 923, os índios ar-

37. LOURES,. Francisco Ferrei ra da Rocha. Ofício  (. .»).

D.A.M.I. Coleção de Documentos Históri cos. Ofxcios~ 1 855.

V. 6. AP. 0.017.

38. Câmara Municipa l. Ofício ao Presidente da Provín-

cia. D.A.M.I. Coleção de Documentos Históricos^ Ofícios.

1 855. V.3. AP. 0014.

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rasaram todo o comercio, debandaram a população

muitas vítimas no Município de Pitanga.

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50

2,3 - A mobilizaç ão econômica no século XIX.

2,3.1 - A posse e o uso da terra -Est ru tu ra fundiária

A mesma Carta Regia de 19 de abril de 1 809, que de-

terminou a ocupação definit iva dos Campos de Guarapuava atra-

vés de sesmarias, determinou igualmente a repartição, pelo

Comandante da Expedição, dos terrenos devolutos em pequenas

"porções" aos povoadores pobres.

As primeiras  concessões  foram feitas a elementos que

acompanharam a Expedição Colonizadora e, para alguns fazen-

deiros dos Campos Gerais que com ela haviam colaborado (com

cargueiros, animais; bois de corte, etc.).

A doação de sesmarias era feita a quem pudesse culti-

vâ-la e para isso era preciso possuir escravo s. Entretanto,

os dados coletados sobre a mão-de-ob ra ativa nos primeiros

tempos, não confirmam que em Guarapuava fosse observado esse

pormenor - a terra, tudo indica, constituiu apenas obje to de

doação ou de mera ocupação,

Nos primeiros seis anos, não houve progresso na Expe-

dição, apenas se iniciaram três abarr acamento s, sendo o prin-

cipal o de Atalaia, onde se recolheram os índios que procu«-

raram aliança.

Visando atrair novos povoadores, em 1 816, o Comanda n-

te Interino Anto nio da Rocha Loures realizou a "partição" das

terras

. . . c o nc o r r e nd o v a r i a s p es s o a s do s Ca m-

p os Ge r a i s de Co r y t y b a : h un s a e s t a b e -

l e c e r e m s u as F a z e n da s de ga do e o u t r o s

ma i s po br e s a f i x ar e m s eus dom c í l i os em

Gu a r a p u a v a; . . . no l u ga r a n un c i a d o p ar a a

«

  % 2Û

p r i me i r a P ov oa ç ao P or t u gu es a .

39. LIMA*' Francisco das Chagas

 ,

 Padr e. Correspondência ao

Presidente da Província de São Paulo , 19 de maxõ~5ê 182J l  Depar-

tamento de Arquivo do Estado de Sao Paulo , Ordem 1025 . Lata 230 .

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51

Na sede organizou-se o chamado "Quarteirão dos Pobr es"

próximo ao Morro Alto.

Cada um organizou o seu estabelecimento sem pagar dí-

zimo dos animais e planta ções de acordo com as ordens ré-

glas .

As pessoas carentes de recursos foram influenciadas pe-

los fazendeiros mais ricos que obtiveram sesmarias e para

elas enviaram algumas cabeças de gado, sob os cuidados de um

capataz ou escravo de confiança, a exemplo do que havia ocor-

rido nos Campos Gerais.^

Em fins de 1 817, o Comandante Diogo Pinto de Azevedo

Portugal regressou de Sao Paulo com a permissão de transferir

sua residência para Li nhares, "lugar adjacente aos Campos Ge»

rais de Curitiba"'

41

  e levar consigo a metade do destacamento,

0 Trem Real. os empregados na Expedição e os índios que qui-

zessem acompanhS ^lo. A mudança realizou-se entre 1 818 e

1 3 9 0

X

 o

 £ \J

 .

Antônio da Rocha Loures, nesse mesmo ano de 1 818, dis -

tribuiu quase todos os campos até o Candõi, os situados

  às

margens direita, e esquerda do rio Jordão e Pinhão. Foram es~

tas as primeiras aquisições mediante requerimento das partes

interessadas.

De acordo com a Lei estabelecida pela Coroa Portugue-

sa, o tamanho de uma sesmariá seria de "uma légua de testada

por três de comprimento ou cinco mil e quatrocen tos alquei-

res de terra. Outras apresentavam a superfície de uma légua

40. BALHANA, op. cit., p. 30.

41. LIMA, Francisco das Chagas, Padre. Correspondencia

ao Presidente da Província de São Paulo, 20 de maio de 1 825.

Departamento de Arquivo do Estado de Saõ Paul o. Ordem 1025.

Lata 230.

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52

e meia em quadra, equivalente a quatro mil e cinqüenta al-

queires de terra.

42

As sesmarias distribuídas em terras guarapuavanas de-

veriam seguir estas medidas, como se pode deduzir pelas pri-

meiras concessões, entre elas a do Tenente Coronel Diogo Pin»

to de Azevedo Portugal (uma légua de testada por três de fun-

do) .

Segundo as informações dc> próprio Rocha Lo ur es " qua -

se todas elas possuiam excesso de área, e, sabendo-se que to-

dos os campos do Pinhão foram divididos em apenas nove ses-

märias concluirse pela grande extensão de cada uma delas.

Quase a totalidade dos sesmeiros foram aquinhoados com

Srea de campos e matas,

Este sistema - o das sesmarias ^ foi o tronco do qual

se originaram muitas das propriedades rurais da região, por-

que o governo de D. JoSo VI e os seguintes, a exemplo do go-

verno portug uês e visando incentivar a posse e o uso das ter-

ras colonials, fizeram dele o instrumento de povoação»

As origens e os primeiros aspectos do regime de ter^

ras do Brasil estão em Portugal.

0 regime jurídico das sesmarias, entrelaça-se em suas

origens

c o m o da s t e r r a s c o mu na i

 s

  do mu ni c í p i o

me d i e v o ( . , , ) c om o r egi me j ur í d i c o

d os a s s i m c h a ma do s " c o mmu na l i a " ,

42. COSTA, Odah Regina Guim arãe s. A reforma agrária no

Paraná. Curitiba, U.F.P., 1 978. . Mecanografado. :

43. ANTONIO, Francis co. Ofício.a Rafael Tobias de A-

guiar, 10 de março de 1832. Departamènto~~dcT Arquivo de Sao

Paulo'. Ordem 1 Ó 2 5"  Lata 230.

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53

Ânt i quf s s i mo c os t ume , ( , , . ) p r e s c r e -

v i a f o s s em as t e r r as de l av r a r da c o»

mu n a , d i v i d i da s s e gu n do o n ú me r o de

mu nt c i p es , e s o r t e ad as e nt r e e s t es p a-

r a s er em c ul t i v adas e des f r u t ada s

  ,

  "ad

t e mp us " , po r a qu el e s aos qu ai s t o c a s -

sem» A ãr ea d i v i d i da ou a cada uma

de s s a s pa r t e s c h a ma v a - s e s e x mo ,

 t w

Este sistema de distribuição de propriedade entrou em

crise com o crescimento da população rural e o velhíssimo cos-

tume transformou-se em lei rêgia;

. . . a i n s t i t u i ç ã o c omuna l c ede u l ugar

r a pi da me nt e a i ns t i t u i ç ão r e gi a , c uj a

e v o l u ç ã o , à s u a v e z c o n d uz i u as c o n -

c e s s õ e s de d om n i o .

115

Cumprindo determinaçõe s das Ordenações Manoelinas e

Filipinas, o regime de sesmarias transplantou

 •»•se

 ao Brasil.

As leis, decretos, avisos e instruções baixadas pelo

governo português, a respeito de sesmarias e outras conces^

sões estiveram vigent es no Brasil ate o início do século XIX,

A concessão de sesmarias foi suspensa pela Resolução de 17 de

julho de 1 822.

 1,5

As terras passaram então a ser adquiridas através das

posses ou ocupação, estabelecendo-se latifúndios maiores que

os formados pelas sesmarias.

A t e nd ên c i a pa r a a g r a n de p r o pr i e d ad e

e s t a v a  j  a def i n i t i v ame nt e a r r a i g ad a na

ps i c o l o gi a de no s s a g en t e ,

44. LIMA , Ruy Cirne, Pequena histeria territorial do

Brasil «~ sesmarias e terras devolutas. 2. ed. Porto Al e-

gre, Sulina, 1. 954 ,  p, 11.

45. Ibidem, p'. 12

.46. Ibidem, p. 43

47. Ibidem, p. 54

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54

A Leí n9 601, de 18 de setembro de 1 850, regul amen-

tada pelo Decreto n9 1 318, de 30 de janeiro de 1 854, cui-

dou de

c or r i gi r os e xc es s o s ha vi do s ne s s e

par t i c ul a r s f ugi ndo

 »

  po r e m, po r o ut r o

l a do , de d ec r e t a r uma e x pr o pr i a ç ão  em

massa

, c uj os e f ei t o s s er i am i mpr e v i -

s í ve i s , a t ent a  a  r e pe r c u s s ã o q ue t e -

r i a s o b r e a no s s a e c o nom a e a no s s a

pr opr i a o r gani z aç ão s o c i a l , ^

Sua abordagem ma is importante foi'a distinção das ter-

ras pertencentes ao Estado, caracterizando-as como "devolu-

tas", como tamb ém foi o marco inicial da leg itimação das pro-

priedades, cujas terras passaram a adquirir expressão de pre-

ços, Isto porque somente a posse ou a simp les ocup ação da

terra não lhe garanti am a vali dade jurídic a, Para lega lizã-

-la tornou-se necessário atribuir-lhe um valor monetár io, di-

tado pelo mercado,

A estrutura fundiária da região de Guarapuava obede-

ceu âs determ inaçõ es da Carta Rëgia já menc iona da e ã Lei

n? 601, de 1 850, que pôs fim ao regime de terras ante rior -

mente adotado e estabeleceu que as terras devolutas ficariam

sujeitas ao processo de medição e legitimação para sua venda

a particulares.

Segundo Linhar es de La cerd a, o Regi stro Paroquial, que

fora criadopelo Decreto n<? 1 318,  com  meros fins estatísti-

co s

MS

, era uma simples presunção de p osse,

A Lei n<? 601 havi a estab eleci do o regis tro obrig atóri o

48, LJMA, Ruy C i m e , Op. cit.

49 > LACERDA, M, Linhares de, Tratado das terras do Bra*

sil

 ?

 iurlapjrudência. Rio de Jan eir o, Ed. Alba, I

 ' 3'é'r.

 ~T~v,

v. IV. p. 1 300.

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55

das terras possuídas e o seu cumpr imento somente foi possí®

vel, pelo trabalho dos vigários das paróquias onde não havia

repartição pública habilitada, o que o tornou conhecido como

"Registro.do Vigário"

4

Os vigários atuaram como agentes do governo para o ci-

tado fim e, pelo artigo 103, do Decreto n9 1 318/54, deve-

riam escriturar os respectivos livros de registro, por eles

próprios abertos, numerados, rubricados e encerrados.

As d e c l a r a ç õe s de po s s e er a m f e i t a s em

d ua s v i a s pe l o s i n t e r e s s a do s e e nt r e »

gues ao v i gã r i o , que f a z i a a r e gi s t r o ,

d e c l a r a n do n u ma da s v i a s , ou n el a c e r -

t i f i c a nd o que o h av i a l a nç a do no L i -

v r o

 .

  E s t a v i a er a e nt r e gu e a p ar t e e

a o ut r a f i c a v a no a r q ui v o di ai par S qui a.

A v i a e n t r e gu e e r a e e o qu e a pa r e c e

a go r a c omo t í t u l o de r e gi s t r o ,

5 0

Na época da instituição do Registro de Terras, cons-

tituíam o Município de Guarapuava, a Freguesia

5

* de Nossa Se-

nhora de Belém, de Guarapuava, a Freguesia do Senhor Bom Je-

sus da Coluna, de Palmas e a Colônia Thereza do Ivaí.

Na Paroquia de Nossa Senhora de Belém, estas ordens

foram executadas pelo vigário Antônio Braga d'Araûjo, que

também Iniciou o registro das terras da Paróquia do Senhor

Bom Jesus da Coluna, de Palmas sobre a qual tinha jurisdição

"d'estolla" por despacho de Reverendís simo Bispo Diocesano,

pois esta não estava canónicamente provida; a partir de 10

de setembro de 1 856, foi assumida pelo vigário FrancisccrXa-

vier Pimenta.

50- LACERDA, M. Linhares de

f

  op. cit., p, 1 301

51. Os termos Freguesia e Paróquia são usados como si-

nônimos; ambos, divisões eclesiásticas.

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56

As terras da Colonia Thereza, do Ivai, que fora ane-

xada a Guarapuava pela Lei n9 26, de 10 de março de 1 855, não

foram registradas na paroquia. Sobre o assunto, assim se ma-

mifestou o vigário Antônio Braga d'Araújo, em 4 de abril de

1 857 ;

Qu an t o i s p os s e s ex i s t e n t e s na Co -

l o ni a Th er e z a do I v ah y, n em u ma d ei l a s

at e ho j e f o i r e gi s t r a da , p. d i r i g i n -

d o- me eu a r e s p t o . d i s t o ao Di r e c t o r

de l i a e D

0 1 :

  F a i v r e , es t e r e s p on de o- me

q l he p a r e c i a q a Co l ô n i a n ão e s t a v a

s u j e i t a ao P„ egi s t r o p el a s r a z o en s q

j á h a v i a e l l e a p r e s e n t a d o a o E x mo . Go -

v ê r n o .

 52;

A determinação do governo para que os proprietários

f.izêsse.m suas declarações não foi cum prida rigorosamente; e

o que se pode deduzir das observações do vigário Braga d'

Araújo:

Qu a nt o ao R e gi s t r o n ão t e m o me s mo

a p r e s e n t a d o u ma ma r c h a v an t a j o s a ( . . . >

at e es t a da t a , f o r am r e gi s t r a da s 337

de c l a r a ç õe s ( . . . ) t a l v ez a i nda f a l t em

o ut r a s t a nt a s , e s t a nd o eu q ua s e p er -

s ua di do , q s e não c ons egue m t odos ,

poi á v ej o pa r t e dos povos ol ha r em p

a

i s t o cor a u ma e s p éc i e de i n di f f e r e n ç a ,

a l e ga ndo e l l es q o r e gi s t r o das t er -

r a s não c on f e r e , nem t i r a d i r e i t o às

S3

p o s s e s .

Na Paróquia de Nossa Senhora de Belém foram registra-

das 660 propriedades de 372 declarantes, incluindo-se 207 do

rocio (periferia), e, na Paróqu ia do Senhor Bom Jesus, regis-

traram-se 120 propriedades de 80 declarante s. (Quadro n<? 1) .

52. ARAÜJO , Ant onio Braga d'. Vigário. Oficio ao Presi-

dente da Província do Paraná, 4 de abril de 1 857. DAMI. Co-

leção de Documentos Histõricos-Ofícios. 1857, V.4 - AP 0041.

53. . . 1 857. V. 1. AP 0038.

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QUADRO N<? 1

NÚMERO DE DECLARANTES, NÚMERO E LOCALIZAÇÃO  DAS PROPRI EDADES NO  MUNICÍPIO  DE GUARAPUAVA

i 855 - 7

Distritos

Declarantes

Propriedades

Distritos

Declarantes

Rurais , %

Rocio(periferia} _ %

Total

Vila de Guarapuava

372

453

68,7

207

31,3 660

Freguesia do Senhor Bom

Jesus da Coluna de Palmas

80

119

99,17

1

0,83 120

TOTAL

452

572

74,6 208

25,4 780

FONTE : DECLARAÇ ÕES DE POSSE DO "REGISTRO DO VIGÁRI O" - ARQUIVO DA PARÖQUIA DE N. S. DE BELÉM - GUARA -

PUAVA - DAM - CURITIBA,

1- A Colônia Thereza, do Ivax, também fazia parte do Municí pio de Guarapu ava porem, suas ter-

ras não foram registradas na Paroquia.

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58

PROPRIEDADES NO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA

NAS LOCALI DADES DE : " VILA GUARAPUAVA"

^ " B O M JESUS DA COLUNA, DE PALMAS."

PERCENTUAIS DE PROPRIEDADES

RURAIS E ROCIO (PERIFERIA)

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59

Na Vila de Guarapuava as propriedades rurais perfaziam

68,7% e as do Rocio 31,3%; em Palmas, as rurais totalizavam

99,17%.

As propriedades do rocio d,a Vila de Guarapuava foram

declaradas pelos próprios proprietários, ao passo que em Pal-

mas, o rocio foi declarado como propriedade da Câmara Muni-

cipal, através do seú procurador, em apenas uma ¿declaração,

não constando a ãrea do mesmo.

Entretanto, a Lei n9 22, de 28 de fevereiro de 1 855,

no seu art. 39, determin ava que esse rocio "teria de extensão

uma superficie equivalente a um quadrado que tenha quatro mil

e quinhentas braças de lado".

5

**

Os dados obtidos nas declarações de posse possibili-

taram a organização dos Quadros 1, 2, 3, e, 5, 6 e 7 que,

apesar de não permitirem chegar-se a um resultado exato pois,

as declarações eram "simples presunção de posse", apresentam

uma visão geral da estrutura fundiária de Guarapuava eoutras

características, nas duas Freguesias citadas.

Permitem quantificar o total da área ocupada em mea-

dos do século XIX (Quadro n9 2) e caracteriza m a concentra-

ção de maior número de pequenas e médias propriedades ao re-

dor dos núcleos urbanos, (formando uma espécie de cinturão),

ao passo que, as grandes propriedades ficavam em regiões mais

afastadas, não deixando porem dè-haver excessões. (Quadro

 t?3

Através das áreas de claradas e conjugando-se às carac-

terísticas das terras (Quadro n9 4), constatou-se que, na Pa-

róquia de Nossa Senhora de Belém, as prop riedades com áreas me-

nores tinham como atividade a a gricultura de subsistência - do

total de 453 propriedades rurais decl aradas, 284 eram de

54. PARAN Ã, Província. Coleção de leis, decretos. Cu-

ritiba, Tip. Paranaense, 1 855. p. 5.

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QUADRO N9 2

ÁREAS DECLARADAS, NO MUNICÍPIO DE GUARAPUA VA -

i 855 -

Distritos

Áreas declaradas

Terras agrícolas

Terras gara pecuaria

Totat

I N9 de pro-

prietários

Vila de Guarapuava

Freguesia do Senhor Bom

Jesus da Coluna de Palmas

284

51

Área

N9 de pro-

prietários

31 986

r

31 ha

26 204,49 ha

169

59

Ki

406 499.87 ha

365 546,65 ha

N9 de pro-

prietários

Área

453

110

438 486,18 ha

391 751,14ha

TOTAL

335

2 2 8

563

830 2 37,32 ha

FONTE; DECLARAÇÕES DE POSSE DO "REGISTRO DO VIGÁRIO"

PUAVA » DAM - CURITIBA*

ARQUIVO DA PARÓQUIA DE N. S„ DE BELÉM - GUARA-

1- As propriedades do "ROCIO" não foram computadas,

2- As terras declaradas como de lavoura faziam parte, na maioria dos casos,

das próprias glebas declaradas como campos de criar.

o

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mmns  3

HOMERO  DE   P R O P R I E D A D E S  Z  S U A S R E S P E C T I V A S 3 Ï Î Î X Ï S C X A 5   í.   V TÏ .À   -   üüÁ'HAPlíAv'á -   X X X

C A R A C T E R Í S T I C A S

D I S T A N C I A S

T o t a lA R A C T E R Í S T I C A S

n r . ? . i

•egu a

3

  H - 2

2 1 ~ 3 « 3 '— 5

5 1 0

1 0 i — 1 5

1 5 V - 2 0

2 0 > - 5 0

S 0 e

¡ t a i s

I g n o r a d a s

( a l o   c o a s

t a a d i s -

t a n c i a )

C a s a  d e

s i t i o  cl

q u i n t a l

i n c o a r -

p l e c a s

T o t a l

R o c i o

C a s a  d e

s i t i o

G u a r a p u a v a -

_

-

-

- -

. 1 1 6

-

1 1 6

R o c i o

C a s a  d e

s i t i o

P a i í M S -

" 1 •~

-

- • -

-

1

-

•— y i.

R o c i o

Cam p os

G u a r a p u a v a

•i

7

1

--

-

. . .

-

- 2 0 -

» "

-

4 4

R o c i o

Cam p os

P a l m a s

-

- - -

-

-

- - - -

4 4

R o c i o

T e r r a s

l a v r a d i a s

G u a r a p u a v a 1 7 8 8

- - - - - -

1 4 • - -

 

4 7

R o c i o

T e r r a s

l a v r a d i a s

P i l ü H S

- - - -

- - - - - -

I

-

-

R o c i o

S u b- T o   f . « 1 2 6 1 5 1 5 1

•- - -

-

- 3 5 1 1 6 • -

2 0 8

P e c u á r i a

C a m p o s , m a t a s , ,  l o -

g r a d o u r os , f a x i n a i s

d e   p a s t a g e a  e   c a c a n -

d u v a s

G u a r a p u a v a

7 1 2

9

21

32.

>3

1

1 .

- ao

-

1 6 9

P e c u á r i a

C a m p o s , m a t a s , ,  l o -

g r a d o u r os , f a x i n a i s

d e   p a s t a g e a  e   c a c a n -

d u v a s

P a l m a s -

2

5 8 3

2 1 - 3 4

- -

5 9

e c u á r i a

S u b - T o t a l -

l i

1 2

1 1 2 6 4 0 9

3

2

-

1 1 4

r

-

2 2 8

A g r i c u l -

t u r a

T e r r a s

l a v r a r i a s

G u a r a p u a v a

3 1

6 1

3 3 1 8

' 2 3 3

2 -

- 1 1 3

-

2 8 4

A g r i c u l -

t u r a

T e r r a s

l a v r a r i a s

P a l m a s

-

'•2

-

1

3 5 1

• 1

-

3 8

-

-

5 1

A g r i c u l -

t u r a

S u b - T o t a l 3 1 6 3

3 3

1 9 2 6

8

3

1 1 5 7

-

-

3 3 5

g r i c u l -

t u r a

T o c a i

G u a r a p u a v a

6 4

8 S 5 7

4 0 5 5

9 3

1

2 2 7 -

-

6 6 0

A g r i c u l -

t u r a

T o c a i

P a b a a s i 4 2

2

  1

  6

1 1

8

3

  ,•

2

-

7 3

• - 9

1 2 0

TOTA L GE RA L   j 6 8

9 0

59

  I

  46

6 6

1 7

6 3 - 3 0 0 1 1 6 9

7 8 0

FOSIEs DECLiVSAÇGES

 DE

 POSSE

 DO

 "REGISTRO

 DO

 VICÄ&IO".

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NÚMERO DE PROPRIEDADES E SUAS RESPECTIVAS

DISTÂNCIAS A VIL A - M UNICÍPI O DE GUARAPUAVA

S É C U L O XIX

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63

QUADRO N9 4

NÚMERO DE PROPRI KÜADES EM RELAÇÃO A ÄREA E CARACTERÍ STI CAS DAS TERRAS

l 855 - ?

PROPRI EDADES NOS DI STRI TOS CONFORME

TERÏ STI CAS

SUAS CÂRAC-

SUB

TOTAL

•J

a&Eá ( ha)

Vi l a de

N, S, de. Fr eguesi a do Senhor

w  «

S f i í

0

  tJ

ROCI O

SUB

TOTAL

S

w

O

Bel ém de Guar a - Boni J es us da Col una,

de Pal mas

ü-

It

Û

J3 §

M y

¿j   «»i

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s

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O

caropos

t è r r a s

l av r a di as

campos

t e r r a s

l avr a  d .i   a s

ü-

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M y

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75

10  >••  20

-

68

- '

3

-

-

_

66

1

71

20 I — 50

-

80

-

6

- -

-

80

6 86

50 100

-i

10

«

5

-

-

-

13 5 16

100 >— 200

3

?

-

3

-

-

10 3

13

200 500

32

4

-

2.

- - - 36

2

38

500 f - 1000

20

6 2

_

-

26

2 28

1000 Hr 2000

f

2

2

3

- -

-

26

5

31

2000 5000

32

-

10

8

-

-

32

18 50

5000 i —10000 13

-

11

2

-

-

-

13

13

26

10000 - ' 1500Ü

5

-

1

-

-

-

-

5

1

6

15000 í — 20000

?

-

1

3

-

- -

3

3

6

20000 e r eai s

*

-

.

2

-

-

-

-

4

2

6

.

109r eas i gnora -

das

31

33

28 17

-

-

64 45

6

.

109

Dec l arações

_

9

9

9

i acor apl etas

9

9

Propr i edades

no roc i o

-

-

-

207

1

207

1

208

TOTAL

169

284

59

51

9

207

I

660

120

FONTE; DECLARAÇÕES DE POSSE DO "REGI STRO OO VI GÁRI O"

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6-;

NÚMERO  DE  PROPRIEDADES  EM  RELAÇÃO  A  AREA

MUNICIPIO  DE  GUARAPUAVA  -  SÉCULO  X IX

(A

111

OC

Í

O

bi

X

Ul

<

tu

<r

<

01— 10

W//////////A

101— 20

201— 50

501— 100

1001— 200

P

2 1—  500

5001— COO

10001—2000

20001—5000

5000 I—IOOOO

KXXDK15

50001-20000

20 000 E

MAIS

AREAS

IGNORADAS

DECLARAÇÕES

INCOMPLETAS

PROPRIEDADES

NO

  ROCIO

W/ / / / / / / / A

/////////////h

m

777777

um

ZZZ

m m

m

CONVENCOES

G UA RAPU AVA

P A L M A S

\/iiii//i/i/iii inn//nTTTm

i

250

i  1

50 100 150 20 0

NÚMERO  D E  PROPRIETÁRIOS

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65

t e r r a s d e

  lavoura,

  pe r f a z endo 62, 6% do

  total.

  Na Par óqui a do

Senhor Born J es us, de Pal mas, ,

 de 119

  pr o pr i e da de s r ur ai s de -

c l ar adas ,   em  9 não c ons t avam as c ar ac t er í s t i c as das t er r as ,

59 er am

  terras de campos e

  51

  de terras de lavoura

  ( Quadr o

n9' 1} „

Era . r el ação

  S

  di s t anc i a das  propriedades  dec l ar adas ,

v e r i f i c o u - s e

  que a ma i o r pa r t e es t ava l ocal i zada dent r o de um

r a i o de 10 l eguas , sendo muito  poucas  as  s i t uadas al ém des s e

l i m t e r

  nâo

  f oi

  possível

  es t a be l e cer

  o número exato

  por que

em mui t a s de c l a r a çõe s nã o co ns t a va e s t e i t e m

(Quadro

  n9

  3),

O Regi s t r o de Ter r as per m t i u es t abe l ecer o númer o de

pr opr i edades  para  cada decl ar ant e ( Quadr o n<?   5 ) , g r a u   de  al-

f&betlsaçlo

  d os de c l a r a nt e s

  (Quadro

  n 9

 6)

, pr o pr i et ár i os

  ru-

r ai s r e s i de nt e s f or a. do i móv el de c l a r a do ( Quadr o n<? ?} ,

As ãr eas das pr opr i edades do r oc i o

  variavam de 0,1

  a

30 ha» , havendo exceções - f or am dec l a r adas pr opr i edades no

r oc i o c om 554 ha,  1 089 ha , 1 361 ha e out r as ; es t as pr opr i e -

dades

  era® chamadas "chãos

  u r banos" e t i nham no máx i mo a d i -

inensão

  de mei a

  légua.

 55

 '

  Pel a aná l i se dos nomes dos pr opr i e -

t á r i os  verificou-se  que es t es eran) pessoas i nf l uent es . que

ocupavam pos i ção de

 mando,

  p os s ui ndo

  muitos

  de l e s , ma i s d e

uma  propriedade.

Er am c ons i der ados " r oc i o" da Vi l a de Gua r a puav a; J or -

dão, Vas s o ur ai , Mor r o Al t o , Cas c av el ,

  Coutinho,

  Xar qui nho

( s i c) e out r os ,

Em t odos o s do cume nt o s r e l a t i v os ao " Regi s t r o do Vi -

gár i o de 1 855 a 1 857, na r e l ação nom nal dos

  .

 de c l a r a n-

t es nao const a  nenhum nome  de o ut r a o r i ge m é t ni ca que nã o

' 55,

  RITTER,

  Mar i na Lour des .

  As sesmarias

  do Par aná no

s écul o XVI I I . Cur i t i ba, I ns t i t ut o

  Historico,

  Geogr á f i co e

Et nogr á f i co Pa r anaense , 1 980.   p.

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QUADRO N9 5

NÖMERO DE PROPRI EDADES POR PROPRI ETÁRI O, HO MUNI CÍ PI O DE

 GUARAPUAVA.

  - I  855-7

NÜMERO DE PROPRI ETÁRI OS

TO

TAL

Di st ri t os Com 1 Com 2 Cora 3  í   Com 4

Cota 5

Com &

De pr opri e-

  f

  Da propr i e-

propri edade propri edade propr i edade propri edade propri edade propri edades* tá r i o« dad es

Vi l a de Nossa Senhora. de

18.1

119

55

.

11

4

2

372 660

Beiern de Guar apuava,

Fr eguesi a do Senhor Soai

54 16

8

1

I 80

120

J esus da Col una, de Pal mas

TOTAL

235

135

63

12

r - r - 3 " i

452 780

FONTE: DECLARAÇÕES DE POSSE DO " REGI STRO DO VTGÄRI O".

m

cr*

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QUADRO N9 6

TOTAL DE

  DECLARANTES

  ALFABETIZADOS

  E ANALFABETOS, ,

  NO

  MUNI CÍ PI O DE GUARAPUAVA - I 855- 7

MUNICÍPIO DE

GUARAPUAVA

DECLARANTES

MUNICÍPIO DE

GUARAPUAVA

A1 f ab e t i 2 ado s

Ana

Ifabetos

Assina turé), a

 rogo-

nao especificado

o motivo.

Procuradares

fW> f- ~ 1

MUNICÍPIO DE

GUARAPUAVA

Mase . Fem,

Total Mase. FOB. ,

Total

Assina turé), a

 rogo-

nao especificado

o motivo.

Procuradares

Vila de N. S« de Beiern,

de Guarapuava

130

3

13 3

117

38

155

72

i

J..

3 7

Freguesia do Senho Bom

Jesus da Coluna, de Palmas

51

1

5 2

19 0

25 80

TOTAL PARCIAL 181

4

136 44

TOTAL

"1 O C

O

 D

180 72 15

452

FONTE: DECLARAÇÕES DE POSSE DO "REGISTRO DO VIGÁRIO".

o

-J

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69

fosse portuguesa ou nacion al. No entanto, na relação dos pa-

roquianos de 1 863encontram-se nomes de origem francesa e

alemã; as declarações registradas são de terrenos rurais e n o

rocio da vila, daí se concluir que a posse destes terrenos

ainda não havia passado para outros segmentos da sociedade.

Quanto aos terrenos urbanos, pelos docume ntos anali-

sados não foi possível concluir se elementos de,outras etnias

também os possuíam.

As posses foram determinadas pela conquista e.pela ex-

pansão da Sociedade Campeira que fizeram transferir.uma po-

pulação que, no início da colonização fora muito restrita,

mas logo se avolumou, impulsionada pelo sucesso da pecuária

e da extração da erva mate.

Com a suspensão das sesmarias em 1 822, a ocupação

ilegal da terra assumiu proporções consideráveis, a tal pon-

to de passar a ser "considerada um modo legítimo de..aquisição

de domínio".

57

A facilidade na obtenção de terras atraiu novos po-

voadores; os economicamente mais fortes, estabeleceram-se com

fazendas de gado, no interior e os :mais fracos se estabele-

ceram ao redor da povoação.

A Lei n9 601, de 1 850, ao proibir a ocupação das ter -

rar devoluta s por outro titulo que não fosse o de compra, fez

cessar a ocupação de novas terras, provocando a reação das

autoridades guarapuavanas, que chegaram a apontar tal proi-

56. ARAÜJO , Antonio Braga d', Vigár io. Lista de paro-

chianos - 1 862.- 63. Arquivo da Paroquia de N. S. de Belem

de Guarapuava.

57. SILVA, Graziano J. F. Estrutura ägrâria e-produção

de subsistência na .agricultura brasileira. S. Paulo Ed. Hu-

citec, 1 978. p. 37.

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70

bição como responsável pelo atraso da agricultura.

58

Foi nesse contexto, que se realizou a interação so-

cio-econômica que inseriu Guarapuava no comércio ...de gado,

através dos Campos Gerais e passou a exigir mais autonomia

para a povoação.

Em 11 de novembro de 1 818, D. João VI havia criado a

Igreja Paroquial e Freguezia de N. S. de Belém eaut oriz ado a

mudança de suá sede pára a planície entre os rios Coutinho e

Jordão, "légua e meia do Presídio de Atalaia".

A instalação ofici al da Freguesia deu-se em 9 de de-

zembro de 1 819 orientada pelo Tenente Antonio da Rocha Lou-

res ë o Pe. Francisco das Chagas Lima. Na ocasião a popula-

ção branca era de 118 pessoas e o rebanho local d e 4 552 ca-

beças de gado.

Nesse mesmo ano o Governo Imperial mandou demarcar

três mil e seiscentos alqueires de terra para servidão dos

moradores da Freguesia de N. S. de Belém, cuja notícia da

criação havia tornado freqüentes os pedidos de sesmarias e

aumentado o número de posses pela ocupação.

Uns poucos pretendentes enviaram capatazes eg ad o, po-

rém, a maioria visava o aproveitamento futuro, prejudicando

o desenvolvimento da região.

Para corrigir esses abusos, o Presidente da Província

de S. Paulo ordenou

 s

.

 , .

  quant o as s es mar i as que se:ndj o co n-

f e r i d as a i n di v í d uo s que nã o r e s i d am

na povoação e não t endo cumpr i do o que ,

a s eme l hant e r e s pe i t o pr e s c r e v e m as

L e i s e o F o r a l d e l a s , d e ma r c a n do - a s e

58. CÂMARA Municipal de Guarapuava. Correspondência ao

Presidente da Província do Paraná. DAMI. Coleção de Documen-

tos Histõricos-Ofícios, 1858. V.2.AP0054 e 1872-v.14-AP0386.

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71

c ul t i v ando - a s , no pr as o es t a be l e c i do ,

de ve - s e o bs e r v ar , a s eu r e s pe i t o , as

c l a us ul a s c om que as o bt i v e r a m e s e

na o c u mp r i r e m no p r a z o s e d ar a o a qu el -

I es que t enham p os s i b i l i d ad es pa r a o

d i t o

  f i m

 S9

Apesar desta medida formaram-se grandes latifundios

pertencentes a poucos privilegiados que continuaram residin-

do nos grandes centros, como se pode comprovar pelo Rol de

Paroquianos de 1 835: de 53 fazendas de criar existentes nos

Campos de Guarapuava, 19 proprietários residiam fora, nòs

Campos Gerais e em Curitiba, perfazendo um total de 35,8%.

Foram estas circunstâncias que geraram toda a proble-

mática das terras, agravada pela grande extensão territo-

rial, a difícil comunic ação e a pouca densidad e populacional

em relação a sua área.

E, por essas razões, em Guarapuava, como em todo ter-

ritório brasileiro houve latifundiários, muitos posseiros e

uma multidão de intrusos.

Em relatório endereçado ao Presidente da Província de

São Paulo, o Pe. Chagas Lima, em 8 de abril de 1 826 denun-

ciava o Comandante Rocha Loures de:

. . . c o ns i g na r s e s ma r i a s de t r ês l égua s

de t er r a s a pe s s oa s que mo r a v am f or a

do d i s t r i c t o , s em a de v i da a ut o r i dade

po i s a que t i nh a em 1 81 8 e x pi r o u- s e

59. BARROS, Lucas Antonio Mon'siró de. Corresponden-

cia ao Tenente A ntonio da Rocha Loures, 3 de agosto de 1 825.

Departamento do Arquivo do Estado de Sao Paulo. Ordem 1 025,

Lata 230.

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72

e m 1 8 21 , qu a ndo deu c o n t a de s s a Co -

mi s s ã o.

A que t em, l ogo não ê out r a s enão

a de 1 816 que de t e r m nava des s e aos

p o vo a do r e s . as t e r r a s de l a vo ur a e

c r i a ç õe s que el l e s p r e c i á as s e m, d e q u e

r e c eb er i a m d ep oi s as c o mp et e nt e s s e s -

60

ma r i as ,

Dessa forma, a própria estrutura governamental con»

tribuiu para que alguns proprietários se apossassem da maior

fração da ãrea territorial; o segundo aspecto a agravar este

problema foi a falta de exploração por parte daquele s que não

cumpriram as condições que lhes eram impostas pelas Cartas

de Sesmarias.

A concessão de sesmarias jã estava suspensa.no Brasil

desde a Resolução de 17 de julho de 1 822.

Outra medida tomada pelo governo em relação â posse

das terras foi a nomeação de um Juiz Comissário das Medições.

Para Guarapuava, o primeiro nomeado foi; Teodoro Ochis,

em 1 866 e o último foi Daniel Cleve, a partir de 1 884.

Quando se instalou o Cartório de Registro de Terras

de Guarapuava (24 de agosto de 1 893) foram efetuados "526

registros na cidade» 175 em Reserva e Pinhão e 87, em Juquia

e Campo Real".

si

Nessa época o grande interesse da política governa-

mental era vender ou aforar as extensas áreas devolutas para

promover a colonização. Para isso foi baixado o A t o 35/1 893,

60. LIMA,.'Francisco das Chagas, Padre. Correspondência

ao Presidente da Província de São Paul o, 8-de~abril de 1 826".

Departamento de Arquivo do Estado de Sab Paulo. Ordem 10 25 .

Lata 230.

61'. TEIXE IRA, Benj amin . -Jornal Folha D'Oeste, Guara-

puava, 5 out. 1 941. n. 89,

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estabelecendo o preço das terras por hectare, classificando-

-as de la.> 2a. e 3a. orde m, con for me a pro xim ida de das vias

de comunic ação (caminhos, estrad as, vias naveg áveis , vias

férreas) e cidades, vilas e povoados.

As t er r as de l a. or dem c us t ar i am 5$000

a 6 $0 00 po r h e c t a r e .

As t er r as de 2a. or dem c us t a r i am 4$000

a 4 $9 99 po r h e c t a r e .

As t er r as de 3a. or de m c us t a r i a m 3$000

a 3$999 po r he c t a r e .

As t er r as par a e mpr e s as i nd us t r i a i s

2$000 a 2$999 po r he c t a r e . *

2

Devido as dificuldades de medição e encaminhamento de

processo poucas vendas se realizaram.

A Lei de 1 850 e seu Regul ament o estabelecia que as

terras ocupad as, sesmarias ou simples posse estavam sujei-

tas ao processo de revalidação e legitimação, respectivamen-

te. Em 1 895 e 1 896, apenas duas áreas foram legitima das

em Guarapuava; uma de 49 916 572m

2

 e out ra de 218 568 903m

2

.

63

-

No final do século XIX, o Muni cipi o de Guara puava ain-

da poss uía 500 0,00 hect are s de terras dev olu tas , sem cont ar

os "grilos" e "bendengôs" que ja se faziam presentes.

Entretanto, é preciso ressalvar que este estado caó-

tico também es tava vin culad o ao difícil acesso pois, a região

dessas terras ainda não era ligada por estrada carroçâ vel a

outros pontos do país.

Para atrair imigrantes a Guarapua va e Palmas, a Secre -

taria de Obras Public as e Colon izaçã o do Estad o, em 1 901,

firmou contrato para a compra de 50 000 hecta res de terras.

62. PARA NÃ, Esta do. Relatór io da Secret aria de Obras

Publicas e Colonização. Curitiba, Tip. Modelo" 1 89 6. p. 35 .

63. Ibidem.

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75

realizar colonização efetiva.

Sua a ç ão f oi t i p i c a me nt e de e xp l o -

r aç ão , de pr e da t õ r i a e e s po l i a do r a .

Dev as t a r am a f l o r e s t a r e t i r ando -

- l h e as ma de i r a s de l ei e a r r a s ar a m os

e r v a i s que pe l o r i o P a r a na , er am s i m-

p l e s me n t e c o n t r a b a nd e a do s p ar a a A r -

gent i na .

A Re v o l u ç ã o de 1 9 24 r e v e l o u c l a -

r a me nt e a s i t u aç ã o de m s é r i a e a ba n-

, M gí

dono da r e gi ã o. . .

A Crise Mundial de 1 929 e a Revolução de 1 930 no

Brasil atingiram muitos latifundiários, política e economi-

camente

 .

Facilitou-se assim, o trabalho dos Interventores Fe-

derais que se investiram de maiores poderes para a adoção de

medidas mais enérgicas quanto â distribuição de terras, bem

como fazer reverter ao patrimônio do Estado todas as conces-

sões cujos pretendentes não haviam cumprido as cláusulas con-

tratuais .

Além disso, o estudo da situação das terras, através

do cadastramento, constatou inúmeras fraudes e invalidação

na documentação de muitos peticionãrios, as quais tornaram

nulas qualquer pretensão de posse.

Nessas condições, existiam em:

Guar apuava 3 586 394, 40 hect ar es

Pr udent opol i s 86 846, 54 hect ares

Londr i na 1 513 831, 00 hect ar es

Sert anõpol i s 467 761, 80 hect ares

São J er óni mo 82 110, 00 hect ar es

66. WESTPHALE N, Ce cília Ma ria, PINHEIRO M ACHAD O, Brasil

& BALHANA, Altiva Pilatti. Nota prévia ao estudo d'à ocupação

do Paraná moderno.vBo letim da Universida de Federal do Paraná.

Curitiba, Departamento: de' História, 1 97Ô~I  n. 7 . p. 4 .

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76

Cambar a 32 887, 80 hect ar es

Bocai úva 91 960, 00 hect ar es

Par anaguá 50 820, 00 hect ar es

Cl evel andi a 53 240, 00 hect ar es.

67

Instalada a 5a. Inspetoria de Terras em Guarapuava

(1 939) realizaram-se inúmeros inquéritos sobre "grilos' de

São Manoel, Guavirova, Boa Ventura

  e

 Boa Vista

  e,

  no período

1 947 / 50, foram regulamentadas várias áreas dentro do Mu-

nicípio e em regiões que a ele pertenceram.

Um aspecto de grande importância para a solução dos

problemas de terras foi a criação de vários órgãos e medidas

governamentais como a Comissão Nacional da Política Agrária,

o Conselho Nacional de Reforma Agrária, o Estatuto da Terra,

Fundação Instituto de Terras e Cartografia, Incra, etc.

A ação desses mecan ismos se fez refletir no grande nú-

mero de frentes de povoamento que penetraram na região, atra-

vés da compra legal da terra e que valorizaram as proprieda-

des, bem como multi plicaram as forças econômicas do Estado,

com a cultura de cereais (especialmente a soja) e a criação

de suínos,

67. COSTA, Odah Regina Guimarães, op. cit., p. 90.

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77

2.3.2-A Expansão da Sociedade Campeira

A expat i sao da s oc i edade campe i r a ha-

v i a p ar t i d o da l i n ha das e s t r a da s de

t r o pa s d os Ca mp os Ge r a i s pa r a a t i n gi r

os Ca mpo s de Gu a r a pu a v a , da l i p r o s s e -

gu i u na d i r eção oes t e ate. os Campos de

P al ma s , p r o c ur a nd o as Hi s s o es c om a

oc upaç ão dos Campos de Nona i , no Ri o

Gr and

 e

  do S ul .

Ma i s t a r d e e x p an d i u - s e at é o Ma t o Gr o s -

-N - A  68

s o, P a r a gua i e Ar g en t i n a.

Depois de distribuídas as sesmarias e realizadas mui-

tas posses pela ocupação, a sociedade tradicional que havia

se radicado em Guarapuava estabilizou-se, praticando uma la-

voura de subsistência, extraindo erva-mate, e tendo na pe-

cuária extensiva sua principal fonte de renda.

Esta empresa baseou-se principalm ente no trabalho fa-

miliar, na mão-de-obra escrava e tornou a grande extensão da

propriedade uma necessidade.

Houve uma tendência generalizada para as atividades

pastoris, em campos naturais, cuja densidade era e continua

sendo de menos de uma cabeça de gado por alqueire de pasto.

A produção era totalmente absorvida pelo comércio rea-

lizado através dos Campos Gerais, embora as vias de comuni-

cação S€Í resumissem em péssimos caminhos de tropas.

A ascensão da pecuária exigiu maiores extensões de

campo e a vila passou a constituir o centro de onde partiram

as bandeiras conquistadoras de novas ãreas.

A primeira descoberta realizada pelos desbravadores

68. BALHANA, op. cit.

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78

guarapuavanos do século XIX foi a dos campos de Palmas que

já contava com várias tentativas frustradas.

A primeira incursão fora a de Athan agild o Pinto Mar-

tins, enviado por Azevedo Portugal, com o fim de descobrir

uma ligação com as Missões Portug uesas, na Província de São

Pedro do Rio Grande do Sul.

Este bande irante saiu em Vacaria (1 815) e ao passar

pela parte ocidental de Palmas foi informado da existência

dos referidos campos enviando oito homens para o devido re-

conhecimento porém,estes jamais retornaram.

Outra tentativa malograda foi a do Sargento-mor, José

de Andrade Pereira.

Já em meados do século XIX (1 839)

a c h a n do - s e e n t ã o Gu a r a pu a v a mu i t o o pu-

l ent o , em r i quez a e po pul a ça o, habi -

t ado por a ba s t a do s f a z e n de i r o s , n eg o-

c i a n t e s , o c a mpo t o do po v o a do , e c o -

b er t o p or a ni ma i s de c r i a r , nao h av e n-

do mai s l ogar par a s e es t e nder em as

f a z e n da s , e me no s p ar a o e s t a be l e c i -

me nt o de n ov a s : d e 1i b e r a r a m al gun

 s

  i n-

d i v í d uo s e nt r a r e m pa r a o Ca mp o de P al -

mas  ,   apeza r do per i go a que se expu-

n h a o , de

  s

 r em v i c t i ma s dos s e l v age ns

al l i r e s i d en t e s , par a o que s e r euni -

r am em As s o c i a ç ao , c uj o p r i nc i pa l c a-

beç a J os e F er r e i r a dos Sa nt o s d i r i g i u

a e xp ed i ç ã o . . .

 69

Para o mesmo fim, Pedro de Siqueira Cortes organizou

uma segunda sociedade e, com sua gente, entrou por outro ca-

69. BANDEIRA , Joaquim José Pinto. Pública forma sobre

a noticia da descoberta dos campos de Palmas. Registrada no

Tabelionato de Alexandre Cleve, de Guarapuava, datada de 14

de dezembro de 1 851. Arquivo Público Municipal.

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79

minho, através do vale do rio Lageado Grande, encontrando-se

com a expedição de José Ferreira dos Santos, nos Campos de

Palmas.

Iniciaram-se então as disputas sobre os direitos da

descoberta, tornando-se a questão cada vez mais delicada:

terras já ocupadas eram tomadas por outros que chegavam de-

pois, "casas houve que foram derrubadas, curraes arrazados,

contestações, ameaças etc.".

70

Os posseiros optaram então pela arbitragem a qual foi

realizada pelo Dr. João da Silva Carrão e mais outro Comis-

sário, que partiram de Curitiba em 4 de abril de 1 840, e,

de Guarapuava em diante foram guiados pelo Cacique Conda,

chefe da principal horda selvagem daquela região.

Enquanto se realizavam os trabalhos de divisão das

terras em Palmas, houve a descoberta do Campo Eré, a sudoes-

te e habitado pela gente do Cacique Viri.

Quando os dois Comissários chegaram em Palmas, encon-

traram os sócios agrupados em um só ponto receosos de ataques

indígenas.

Para conciliar os ânimos extremamente agitados foi ne-

cessário separar as duas sociedades por um lageado intitula-

do Caldeiras "ficando a de Pedro de Siqueira Cortes para o

poente e a de José Ferreira para o nascente".

71

A povoação iniciou-se no mesmo ano de 1 840 e recebeu

o nome de Palmas e, em 1 855 (Lei n9 22) passou a Freguesia

com o nome de Senhor Bom Jesus de Palmas.

72

70. BANDEIRA, op. cit.

71. Ibidem.

72. PARANÃ, Província. Leis, decreto, etc. 1 85 5,  op.

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80

Pela Lei n9 66, de 20/5/1 861

73

, a sede da povoação foi

transferida para a margem do Rio Chapecó e, posteriormente

(1

 86 6)

  para a margem do Rio Chopim.

Elevou-se ã vila pela Lei n9 484, de 13/4/1 877, oca-

sião em que se desmembrou de Guarapuava e passou a Município

cuja instalação deu-se em 14 de abril de 1 879.

Sua elevação ã Comarca deu-se em 16 de abril de 1 880

(Lei n? 586), sendo suprimida em 1 882 para ser restaurada

em 2 de novembro de 1 888 (Lei n9 968).

Em 1 840, o Barão de Antonina, tentou fazer descobrir

os Campos conhecidos pela denominação de Paiquerê e cuja e-

xistência se dava como certa. Segundo documentos oficiais

parece que essa idéia associava-se a da exploração de uma via

fluvial entre a Província de São Paulo (a que pertencia o Pa-

raná) e a de Mato Grosso.

Em 1 840, havia se organizado em Guarapuava uma ter-

ceira sociedade, com o objetivo de descobrir os Campos do

Paiquerê, a terra misteriosa do Cacique Payaoba, onde se di-

zia existir metais preciosos.

Dela faziam parte o Cônego Braga, Antônio de Sá Ca-

margo, Brigadeiro Rocha e outros.

Esta sociedade enviou nada menos de cinco expedições

aos sertões do Piquiri, Ivaí e Corumbataí, sem jamais encon-

trar os referidos campos.

Decorridos mais de trinta anos (7/9/1 871), Pedro Al-

ves da Rocha Loures requereu a D. Pedro II a concessão para

o descobrimento das terras do Paiquerê e, em 1 878, a Câmara

Municipal de Guarapuava informava ao Presidente da Província

73. PARANÃ, Província. Coleção de leis e regulamentos.

Curitiba, Tip. do Correio Ofici al, 1861. Tomo VIII. p.154.

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81

do Parana, que o único lugar onde constava existir metai s

era o Rio do Cobre que nasce na Serra de S. João, cabeceiras

do Rio Paiquerê, em terrenos devolutos e desconhecidos.

Informava ainda que os sertões entre os rios Iguaçu,

Ivaî e barra do Paraná eram devolutos e desco nhecidos, com

exceção das terras do Chagu, Campo das Laranjeiras e faxinai

do Pinhal Ralo quê já possuiam dono.

Os Camp os do Paiquerê jamais existiram; existe sim o

rio Paiquerê, cabeceiras do rio Piquiri. Todo o sertão do

antigo território do Guayrã era conhecido pelos índios como

"sertões do Paiquerê", posteriormente explorado pelos guara-

puavanos amansadores de índios e pela Missão Rebouças.

Continuando a expansão campeira, também, de Guarapua-

va, se procurava abrir um caminho que estabelecesse ligação

com o sul.

Enviado por Diogo Pinto de Azevedo Portugal â procura

das Missões Portuguesas, Athanagildo Pinto Martins chegou ã

Vacaria (1 814 a 1 819).

A abertura de uma estrada para o sul foi muitas vezes

solicitada e, em resposta a uma dessas solicitações, assim

se manifestava o Presidente da Província de São Paulo, Lucas

Monteiro de Barros em carta dirigida ao Capitão Antonio da

Rocha Loures:

. . . não c onv ém por or a t r a t a r , em v i s -

t a do q ue j u d i c i o s a me n t e e x pô s Re v e -

r endo Vi g ár i o e das c i r c u ns t a nc i a s a -

t u ai s , em que não e p r u d en t e p r o p or -

c i o n ar - s e ao s e s p a n ho e s u ma l i v r e e n-

t r a da , d es t a P r o v í n c i a por a que l a Po-

voaç ão , que sõ pode cont a r como de f e -

s a e b a r r e i r a S u ma i n v as ã o , o e x t e n-

s o s e r t ã o que a s e pa r a das po v o a ç õ e s

e s pa n h o l a s e o gr a n de n ume r o de í n d i o s

f e r o z e s que n el l e e x i s t e m, mu i t o ma i s

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82

n ão p er mi t i n do o e s t a do das f i n a nç a s ,

q ue s e e s t a c i o ne a l l i uma f o r ma mi l i -

t a r que po s s a ma n t e r a s u a s e gu r a n ç a

e a da po v o a ç a o .

Apesar da¡s inúmeras dificuldades encontradas, as au-

toridades guarapuavanas continuaram a insistir

75

e, a 5 de

agosto de 1 844, tiveram seus reclamos atendidos, quando o

Presidente da Província de São Paulo, Manoel da Fonseca Lima

incumbiu o Alferes Francisco da Rocha Loures de abrir um pi-

cadão (caminho de tropa) partindo de Ponta Grossa, passando

por Guarapuava e Palmas em direção ao Rio Grande do Sul ed es -

tinou para esse fim a quantida de 1:000$000.

76

. A expedição deveria passar pelos Campos de Nonoâi na-

quela província que era habitada por hordas de índios bárba-

ros .

Rocha Loures partiu de Guarapuava em 4 de março de

1 845, passou o passo de Goyo-En, & fazendc^do Bugre Morto

(do Barão de Antonina), atravessou os Campos de Nonoai para

sair em Cruz Alta, após três meses de viagem. Desta cidade

se dirigiu a Porto Alegre, onde conseguiu do Conde de Caxias

mais 1:200$00Q e recebeu vários objetos para, no regresso,

presentear os Índios de Nonoai.

77

0 picadão,que ligava Guarapuava ao sul, que ficou co-

nhecido como Caminho das Missões, era muito perigoso, não sõ

74. BARROS, op. cit.

75. QUEIROZ, Agostinho de Almeida, juiz de Paz. Ofício

ao Presidente da Província de São Paulo , 16 de fevereiro de"

1 848. Departamento de Arquivo do Estado de São Paulo. Or-

dem 1 025. Lata 230.

76. LOURES, Francisco Ferreira da Rocha. Of leio ao Pre-

sidente da Província de São Paulo, Pr. Vicen te Pires da Mota,

12 de outubro dë 1 84~9Z Departamento de Arqu ivo do Estado

de São Paulo. Ordem 1 025. Lata 230.

77. Ibidem.

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84

R e c o n h e c i da , c or no

g e r a l me n t e e , a

g r a nd e i mp o r t â nc

i  a

d a s ecç ao da est r  a-

da g er a l q ue s e d i r i

ge S Guar apua v

a e

ao t e r r i t ó r i o da s M i s s o e s , na Pr ov 1 n~

c i a de Sao Pedr o

do

Ri o Gr a n de do S u l ,

em r e l a ç ao ao co

mer c

i o de a ni ma i s

que

se f az cora aquel

a p

r

o ví nc i a e,

  a d

m i  -

t i da mes mo a. sup

er

 i

o r  i d a d e  d e s s a v i a

de comun i caç ao s

obr e

a do R i o Neg r o ,

po r e nc u r t a r ma i s a di s t a nc i a que t em-

- s e que p er c o r r e

r e

>

t amb em de d i s p

n-

s ar o t r â ns i t o p

o r

t

e r r i t ó r i o de uma

t er c ei r a P r o vi ne

i a, e vi t ando as s i m

o

i mpôs t o que a í s

e p

a

ga e, por uma

e

o u t r a r a z a o , e m

gr a n

de acr es c i mo

de

de s pe z a , f o r a mu

i.

 t o p ar a d es e j a r

que

a a dmi n i s t r a ç ao

da

P

r ov i ne i a  f i  z e

s e

l o go s e n t i r s ua a ç ã o b e né f i c a ao c o -

me r c i o po r a qu el

e 1

a

, no

d o  .

Para estudar e emitir juízo seguro sobre a referida

estrada, bem como propor os melhoramentos necessários e es-

colher o local mais apropriado para instalar a Freguesia de

Palmas foi encarregado o Engenheiro Emílio Gengembre.

81

Realizada a pesquisa e respectivo estudo este enge-

lheiro indicou a construção de pontes sobre os rios Jordão,

Reserva, Touros e Covozinho; balsas nos passos dos rios Pi-

nhão e Iguaçu, bem como a mudança parcial da estrada visando

encurtar distâncias e dar-lhe a declividade normal.

Posteriormente, um segundo relatório foi apresentado

pelo Engenheiro Henrique Beaurepaire Rohan, de acordo com o

80. VASCO NCELO S, Zacarias de Góes e. Relatório apre-

sentado ã Assembléia Provincial. Curitiba, Tip. Paranaense,

1 855. p. 127.

81. FILVA, Isaias Antonio da. Oficio (...) 10 de agos-

to de 1 855. D.A.M.I. Coleção de Documentos Historíeos. O-

fícios. V.5. AP 0016.

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85

qual o Presidente Antônio Barbosa Gomes Nogueira prestou con-

tas dessa empresa.

Mais tarde a Lei n9 155/68 autorizou a despesa de

21:000$000 com as estradas do interior, partilhada do seguin-

te modo:

4 : 0 0 Q$ 0 00 pa r a os r e pa r o s da E s t r a da

da Mat a ;

5 : 0 00 $0 00 p ar a o s r e pa r o s da E s t r a da

de P a l ma s a P o r t o Un i ã o ;

4 : 000$000 par a a es t r ada de Guar apuava;

3 : 0 0 0$ 0 00 pa r a o s r e pa r o s da e s t r a da de

Gu a r a pu a v a a P a l ma s , de s de a Re s t i n ga

da R e s e r v a a t é Ch a pe c o ;

5 : 0 0 0$ 0 00 pa r a a e s t r a da do Go y o - E n ,

«•» • • S3

de s de o Ch a pe c o a t e ao Ri o Ur u gu a i .

A estrada das Missões, pelo passo do Goyo-En, atra-

vessava Palmas, Guarapuava, Cupim, Balsa. Em Ponta Grossa

juntava-se à Estrada da Mata que seguia até São Paulo.

A distância de Guarapuava ao Passo do Goyo-En (Rio U-

ruguai), limite da Provín cia do Paraná com a do Rio Grande

do Sul, era de 278 Km.

Por esta estrada de tropas transitaram os animais que

se destinavam â Feira de Sorocaba e, até o final do século

passado, ela foi objeto das recla mações dos tropeiros e das

autoridades guarapuavanas.

O Governo Imperial estabeleceu em Guarapuava o centro

de onde deveriam partir as vias de comuni cação com o Para-

guai, com Mato Grosso e Corrientes.

82. NOGUEIRA, Antonio Barbosa Gomes. Relatório apre-

sentado ã Assemb léia Provincial. Curitiba, Tip. Candido Lo-

pes^ ï~863. p~I

83. PARAN Ã, Província. Leis, decreto s. Curitiba,

Tip. Paranaens e, 1 868. Tomo XV. p. 2.

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86

Para explorar a ligação com o Rio Paraná, foi encar-

regado o engenheiro Henrique de Beaurepaire Rohan (1 846), o

qual depois de um mês no sertão se desanimou com a empreitada

e foi substituido pelo francês Pedro Manoe l Hartur de Aloys

Scherer.

Este com uma expedição de quato rze homens abriu uma

picada e chegou às barrancas do rio Paraná (1 848), frontei-

ra com o Paraguai.

 8<

*

A partir de então, a Câmara Municipa l de Guarapuava

foi incansável em suas solicitações, dirig idas âs autorida-

des provinciais, reclamando a exploração dos rios Ivaí, Igua-

çu e Uruguai, para o aproveitamento dessas vias fluviais na

ligação com o Paraguai e outros pontos fronteiriços.

A navegação pelo rio Ivaí até a confluência do Paraná

facilitaria a comunicação com o Mato Grosso e, segundo os ca-

maristas, a navegação do Iguaçu partiria do Xagu, a oeste da

Vila de Guarapuava e atingiria as fronteiras com o Paraguai,

e as Províncias de Corriente s e Entre Rios, na Argentin a. A

comunicação pelo rio Uruguai, deveria partir do Passo do

Goyo-En (na estrada das Missões) e atingiria o Passo de São

Bor ja, no Rio Grande do Sul.*®

A navegabilidade deste trajeto foi testada por um gua-

rapuavano voluntário, Joaquim Antonio de Moraes Dutra que,

por conta propria e com poucas canoas, navegou o Uruguai e

saiu no Passo de Santa Maria Mártir, acima de São Borja. Nu-

na segunda investida saiu em São Borja.

84. LOURES, Francisco Ferreira da Rocha. Ofício ao Pre-

sidente' da Província de São Paulo. Departamento de Arquivo

do Estado de São Paulo. Ordem 1 025. Lata 230.

BS. CÂM ARA Municipal de Guarapu ava. Ofício ao Presi-

dente da Província do Paraná, 24 de outubro de 18&7. DAMI.

Coleção Documentos Histõricos-OfIcios. 1857. V.10. AP 0047.

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87

Em 1 862 os camarist as de Guara puava voltam a reite-

rar o mesmo pedido: a exploração dos grandes rios.

Na mesma oportu nidad e denunci am que a navegaç ão par-

cial dos rios Uruguai e Ivaí, como vinha se realizando, ser-

via apenas ao contrabando desenfreado de madeira e erva-mate

para os países vizinhos.

8 6

Para estabelecer a comunicação com Mato Grosso, Pedro

Aloys Scherer havia navegado o rio Ivaí e, depoi s de todas

as restrições apresentadas pelas autoridades governamentais

durante 15 anos, os irmãos engen heiros José e Franz Keller,

em 1 865, foram encarregados de verificar "in loco" a viabi-

lidade do plano Scherer e realizar a medi ção hidrog ráfica

desse rio.

Também o engenhe iro R ebouças (1 869) saindo de Guara-

puava e tomando o rumo Ivaí abaixo, traçou o projet o de uma

estrada de ferro que deveria seguir essa direção, para ligar

o litoral ao rio Paraná.

Mais tarde, os irmãos Te lêmac o e Nestor Borba (1 876)

verific aram a poss ibil idad e da const rução de uma ponte no

salto Guaira, para facilitar a comunicação com o Matro Gros-

so, conforme projeto do engenheiro Francisco Antonio Montei-

ro Tourinho.

87

As primei ras incursões pelo s sertões dos vales dos

rios Ivaí e Piquiri foram realizadas pelo Comendador Norber-

te

 .

  A sua primeira b andeira chegou até Campo Mourão e a se-

gunda até Sete Quedas

 ;

 88

 porém a primeir a estrada tropeira

86

 .

 EXPED IENTE da Câm ara„ - 1853-1 871. Relatór io de 1862.

Arqui vo da Câmara Muni cipa l. Livro n9 240.

-87. VAR GAS , Túlio . 0 indomável republi cano. C uritiba ,

O Form igue iro, 1970, p. 81

T

92.

88. CORRE IA & OLIVER O, op. cit.

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88

que ligou Guarapuava a Mato Grosso, foi aberta por Manoel

Mendes de Camargo que abriu o percurso Pitanga-Campo Mourão

(1 918), num total de 132 quilômetros e construiu uma va-

riante ligando o quilômetro 169 da estrada Paraná-Mato Gros-

so (que passava em Campo Mourã o) ate o Ivaí, abaixo da Cor-

redeira do Ferro em busca do Porto S. Jose, no rio Paraná,

~ 8 9

para completar a ligaçao com o estado vizinho.

Mais uma vez a Câmara Municipal de Guarapuava, em 20

de abril de 1 858, dirigiu-se ao Presidente da Província e~

videnciando a necessidade da abertura de uma via de comuni-

cação com a Argentina, ressaltando que alguns moradores de

Corrientes haviam se estabelecido a 8 ou 10 léguas do Campo

Eré para extrair erva mate da região.

Justificava ainda que Palmas situava-se em direção S-

quele Estado argentino, correndo â sua esquerda o rio Uru-

guai e â direita o rio Paraná; que o Campo Eré não distava

de Palmas mais que 8 léguas e dele a Corrientes calculava-se

«*» Q 0

mais de 12 leguas.

Os documentos da época fizeram referências a outras

solicitações sobre o mesmo conteúdo até que o Presidente Dr.

Antônio Barbosa Gomes Nogueira, em 1 860, designou o cida-

dão Manoel Marcondes de Sá para abrir uma picada, para o

transporte de mulas de Guarapuava ä Corrientes.

Para esta empre sa o Governo Imperial doou a quantia

de 4:OOQ$000, importância que foi "gasta na abertura de

  15

léguas de bom caminho (com 16 palmos de largura, roçado e

limpo) .

 91

89. CORREIA & OLIVERO, op. cit. 2 ed.

90. EXPEDIENTE da Câmara, op. cit.

91. SILVA, Sebastião Gonçalves da-. Relatório ä Assem-

bléia Provincia l. Curitiba, Tip. Cândido M. Lopes, 1 864,

p. 32.

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O traçado desta via seguiu a direção do Jarau, passou

pela Campina do Vito rino e continuou via fluvial pelo rio Pi-

quiri. Para o seu termino o Governo da Província do Paraná

teve que investir mais 3:000$000.

Esta expedição constatou e esclareceu as dúvidas . que

ainda existiam sobre as divisas do Brasil corn a Argenti na.

Posteriormente os engenheiros Jardim, e Oliveira ex-

ploraram uma outra passagem até Corrientes, através de Pal-

mas e do rio Peperiguaçu, porém, os estudos orçamentários

concluíram que essa estrada seria muito mais dispendiosa do

que se fosse seguido o trajeto ja conhecido.

Em 1 880, a Câmara Municipal de Guarapuava, em ofício

de 4 de fevereiro, volta a reclamar uma estrada até Corrien-

tes e novame nte denuncia a invasão clandestina de cidadãos

platinos e usurpação dos produtos naturais.

93

As pressões exercidas pela expansão da Sociedade Cam-

peira haviam levado alguns fazendeiros de Guarapuava e Pal-

mas ã procura dos Campos de São João, ao sul do rio Iguaçu,

pouco acima do Porto da União, de onde retrocederam por en-

contrar a expansão,em sentido contrário, dos fazendeiros do

planalto catarinense.

Sobre essa descoberta (1 848) assim se expressou o

historiador Eurico Branco Ribeiro:

. . . c o mo pr i me i r o be n ef í c i o emt aes de s -

c obe r t a s e po r - l he s f o go

9

  as s i m o f i -

z e r a m e, g ui a do s p e l o f umo a e l l e c o n-

c or r e r e m oi t o i nd i v í duos da v i l a de

92. RIBEIRO, op. cit., p. 184.

93. CÂM ARA Municipal de Guarapuav a. Ofício ao Presi-

dente da Província do Paraná, Manoel de Souza Dantas, 4' de

fevereiro de 1 880. DAMI. Coleção de»Documento s Histõri-

cos - Ofíci os. 1 880. V. 4. AP 0592.

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91

nicípio de Pitanga e, pela Lei n9 93/48, também elevou-se â

Município, cuja instalação deu-se em 28 de janeiro de 1 949,

pelo Dr. Antonio Franco Ferreira da Costa, M.M. Juiz de Di-

reito da Comarca de Londrina.

95

Guarapuava tornara-se, portanto, o centro de onde a

sociedade originária de Curitiba e Campos Gerais expandira-

-se em muit as direções, para a conquista de regiões ainda

desconhecidas.

95. TEIXEIRA, op. cit.

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92

2.3.3-Evolução econômica e política-Integra ção de Guarapuava

no comércio de gado da Feira de Sorocaba através dos

Campos Gerais.

Desde o início da colonização as atividades vincula -

das â pecuária constituíram o setor econômico de maior ren-

tabilidade nos Campos de Guarapuava.

Foram estas atividades comerciais que, a partir da a-

bertura da Estrada das Missões e a integração de Guarapuava

no contexto econômico brasileiro,,a través das atividades tro-

peiras, garantiram-lhe o desenvolvimen to e, em 21 de março

de 1 849, pela Lei Provincial n9 14, a povoa ção foi elevada

ã categoria de Vila.

A independência de Guarapuava do Município de Castro

causou polêmica e a Vila foi extinta para ser restaurada em

17 de julho de 1 852, pela Lei n9 12,

36

 com as mesmas divisas

estabelecidas pela Lei n9 14.

Sua Câmara Municipa l instalou-se em 9 de abril de 1853,

sob a presidência de Manoel Marcondes de Sá e, em 17 de fe-

vereiro de 1 857 foi criado o Termo de Guarapuava (Decreto

Imperial n9 1 890).

A autonomia da região permitiu melhor defesa contra

os índios e os camaristas passaram a exigir a reparação dos

caminhos e a construção de balsas e pontes . Embora muitas

dessas exigências fossem recusadas, houve um saldo positivo

para o desenvolvimento que, apesar de muito lento foi pro-

gressivo.

96. SÃO PAULO, Província . Leis da Assemblé ia Legisla-

tiva. São Paulo, Tip. do Governo, 1 852. p. 14.

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9 3

Embora fosse Vila desde 1 852, a autonomia de Guara-

puava era bastante limitada, uma vez que juridicamente con-

tinuou como parte integrante da Comarca de Castro.

Esta dependência era prejud icial não só pela distância

que separava as duas localidades, como também pelas difíceis

comunicações e outras inconveniências que se manifestav am

contrarias ao progresso local.

O desejo de emancipação municipal, desde que o Paraná

se desmembrou de São Paulo (1 853), foi demonstrado pelos

guarapuavanos, que em todas as oportunid ades, representados

por sua Câmara, reclamaram mais atenção por parte dos pode-

res constituídos, ao desenvolviment o econômico, político e

social de sua comunidade.

Em 1 835, a população constava de 688 pessoas; duas

décadas depois já era de 2.771 habitantes.

0 crescimento demográfico concretizou-s e graças ao au-

mento da produção da pecuári a local e ao comercio de gado su-

lino

97

 que transformou muitos fazendeiros da região em tro-

peiros e abastados comerciantes de animais. Com os animais

vindos do sul e os criados em Guarapuava eram comercializa-

das 15 000 cabeças anualmente.

98

Em seu relatório , de 7 de janeiro de 1 859, o Presi-

dente da Província do Paraná, Dr. Francisco Liberato de Mat-

tos informou ã Assemblé ia Provincial o número de animais e-

97. LOURES, Francisco Ferreira da Rocha. Oficio ao

Presidente da Província de São Paulo, 22 de mai o ~~d~¿ 1 853.~

Departamento de Arquivo do Estado de Sao Paulo. Ordem

1 025. Lata 230.

98. CAM ARGO , Antonio de Sã. Oficio ao Presidente da

Provincia, do Paraná, 10 de mar ço de 1 B5S . DAMI - Coleção

de Documentos Histórico s ™ Ofícios - 1 855. V. 3 - AP

0014.

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94

xistentes no Paraná de cujos dados estat ístico s, pode-se

constatar a importância assumida pela pecuária de Guarapuava

e seu distrito de Palmas

 ,

S9:

M Â P P Â d as faz e nd as de c riar e nume ro d os aai mae s qu e Be ilas e x i s t e m.

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aOAUOAliK  O A C R I A Ç Î O

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Capital

P r inc ipe . . . .

R i o N e g r o . . .

S . J os é d os Pinh ões

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*

1 3

6 : 1 6 0

. 3 3 2 3 3 0

1 9 0

4 : 3 0 0

1 2 : 0 0 0

3 : 8 6 0

7 : 0 6 2

C

 

S

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C as tr o . . . .

T ib a g y . . . .

Pont« Grossa . .

fagunr Í B h y v a , .

Guar opuov ü. . .

P a lma s . . . .

H

1 0

1 3

1 3

8 5

3 7

1 8 : 0 0 0

1 8 : 0 0 0

2 0 : 0 0 0

f 0 : 0 0 0

3 2 : 4 0 0

2 5 : 2 0 0

4 : 0 0 0

6 : 0 0 0

6 0 0

8 : 0 0 0

2 6 : 8 0 0

2 4 : 3 8 0

B 0 0

0 0 0

4 0 0

2 0 0

1 0 0

8 0 0

7 0 0

4 0 0

3 : 0 0 0

1 : 1 6 0

2 0 : 0 0 0

2 3 : 3 0 0

2 0 : 6 0 0

2 1

: 8 0 0

6 2 : 1 0 0

8 0 : 7 8 0

o

O

n

s

s

Ao tonina . . . g

1 1 0 1 0

1 2 0

B.

Î 3 2 : 8 € û

6 6 : 7 6 2

2 : 1 9 0

6 : 9 5 0

2 2 7 : 0 2 3

BÄSMÄSSSSÄFÖS&NRIS

Tomando-se por base estes dados conclui-se que, de um

total de 156 fazendas de criar existe ntes na Provín cia do Pa-

raná, 72 estavam localiza das em Guarapua va e seu ¿listrito de

Palmas, perfazendo 46% do total.

De 132 000 cabeças de gado vacu m, 57 600 estavam nos

campos do Mu nicíp io de G uarap uava, perfa zendo um total de 43%;

do gado cavalar, Gu arapuav a e Palma s detinham 50 820 cabeças

99, MATOS, Francisco Liberato. Relatõrio apresentado

à Asse mblé ia Pro vinci al em 7 de j aneiro de 1 859. Mapa n9 TT

Curitiba", Tip . Parana ens e, 1 859. ~

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95

perfazendo 75% do total? de 5 350 cabeças de lanígeros da Pro-

víncia, 4 160 estavam localizadas em Guarapuava^Palmas, num

total de 69,9%; somente o gado muar aparecia em menores

quantidades nas regiões citadas.

0 mapa n? 7, de 1 859, cita Guarapuava e Palmas como

Freguesias e distritos, pertencentes a Castro, porém, Guara-

puava havia sido elevada a Vila em 1 852, sendo Palmas um dos

seus distritos, juntamente com a Colônia Thereza.

Dessa mesma época, um balancete da Câmara Municipal

demonstrava o seguinte quadro econômico:

100

Mapa dos ani maes de cr i ar e de expor t ação e de vár i os gener ös que

f or neça jÇsicJ anual ment e o Muni cí pi o de Guar apuava, com os pr eços

cor r ent es dos di t os ani maes e generös do ref er i do Muni c í pi o.

Ani mai s de

„cr i ar •.•.e_.de

expor t ação

Var i os

gêner os

Quant as

uni dades

Quant as

ar r obai ?

Quant as

uni dades

A que

preço

cada

um

Gado de

cr i ar

vacum

30 000

15$0Q0

450: 000$000

caval ar

30 000 5$ 000

150: 000$000

ovel hum 2 000 3 $000

6: 000$000

j ument o 150 5$000

Gado de

expor t ação vacum

5 000

24$000

120: 000$000

caval ar 5 000 18$000 90: 000$000

muar

500 50$000 25: 000$000

couros ¡

60 0 5 $000

30:000$000

c r i na

1 000

6$000

6 : 0 0 0 $ 0 0 0

erva-

mat e 2 000 $800 1: 600$000

quei j o 1

1

2 000

32$000

Tot al

j 72 650

3 000

2 600 878: 600$000

Obs. Uma par t e de cr i na no por t o par a o Ri o Gr ande do Sul

100. LIVRO de Orçamentos e mais balancetes - 1858,.Li-

vro n9 245. Arquivo da Câmara Municipal de Guarapuava.

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97

c) Itararé - na divisa da Província do Paraná com a

de São Paulo.

Existia também a Agência dos Ambro sios, em São José

dos Pinhais onde se cobrava o imposto do gado que descia pa-

ra a marinha.

Antes da criação do Registro do Rio Negro as tropas

eram tributadas às margens do Iguaçu, no Registro de Curi-

tiba? este jã se tornara impotente para a contenção do con-

trabando, daí a sua extinção.

0 quadro n9 11, do Relatório do Presidente da Provín-

cia do Paraná, Francisco Liberato de Matos

0

kostra a situação

dos Registros e Agências importadoras e exportadoras de ga-

do.

Q U A D R O   demo nsl.raUvo do s aniro aes que passaram no Registro do Rio - Ne gro , e nas Ag encias do Xnpe có , Itararé e A mbro sios

no excrcicio de 1856

 —

 57.

ESTAÇÕES.

BESTAS IMPOSTO

CAVAI.-

los

IMPOSTO

SOCAS

IMPOSTO

ISirilRTADOKES

RXPooTAnoaia

TOT*t.

ESTAÇÕES.

CAVAI.-

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lUtc« Imposto 11. .i» mposto Vareas Imposto

Respiro do flio-Nettro

A gi-ncia du Xapecó

» dt« Ambrosio».

S790I

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1791

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ÎOiMiVm

Piimclra crcçKu da Thesounuiti Provincial du Paraná, 18 üe Nofombro de 18S8

O Chefe,

 Sdnaiàa ht

OoWi.  Cunfitrmo— O Aoianttirtw, /fonwwfíáa

 fot/

  í t d r i g t

 

A Agência de Chapecó era o local onde eram tributados

os animais que transitavam pelo Caminho das Missões, o qual

101. MATOS , op. cit., quadro 11.

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98

passava por Guarapuava; representava 11,62% dos impostos so-

bre os animais importados e exportados pela Província e

14,31% em relação ao Registro do Rio Negro.

Pela Lei Provincial n? 4, de 19 de agosto de 1 854, o

imposto de animais era o seguinte, nos registros de Itararé,

Rio Negro e Chapeco:

Por cada bes t a muar 2$250

P o r c a da c a v a l l o 1 $8 00

Por cada egoa $800

A imposição sobre o gado vacum tornou-se livre, con-

forme o Artigo 12, da Lei Provincial n9 58, de 9 de março de

~ 10 2

1 859. Pagaria somente a taxa de 1$000 na exporta çao.

Em 28 de junho de 1 861, o President e da Província,

Antonio Barbosa Gomes Nogueira, baixou o seguinte Regulamen-

to:

Ar t . 1 9 - 0 i mpo s t o s o br e ani maes , nos

Re gi s t r o s de Ri o Ne g r o , Ch ap ec o e I -

t a r a r e , s e r a c o b r a d o, d a d at a da p u-

b l i c a ç ã o do p r e s e n t e r e gu l a me n t o em

d i a n t e , d o mo do s e gu i n t e :

No s Re g i s t r o s do Ri o Ne g r o e C h a p e c õ ,

se cobr a r a por cada an i ma l muar e cava -

l ar , que por el l es e nt r a r , o i mpos t o

e s t a be l e c i d o na t a b el l a s ob n. 1, e n o

Re gi s t r o de I t a r a r e , po r c ada a ni ma l

mua r e c a va l l a r , que por el l e s a hi r ,

o e s t a be l e c i d o na t a be l a s ob n. 2.

TABELA N. 1

P o r c a da be s t a mu a r 5 00 r s .

P or c a da c a v al l o 400 r s .

po r cada egoa 260 r s .

102, PARANÁ , Província. Colleção de Leis e Regulamen-

tos da Província do Parana. Curityba, Typ. Paranaense, 1860.

Tomo VII. 53 p. p. 49.

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100

sobre o gado importado para 4$000 rs. por cabeça, mas em fa-

ce de grande número de reclamações, foi reduzido para 3$000

rs. pela Lei n9 358, de 16 de abril de 1 873.

Em 8 de janeiro de 1 847, uma correspondência do Co-

letor de Guarapuava, Ten. Francisco Ferreira da Rocha Loures

participava ao Inspetor da Tezouraria de São Paulo o envio

da importância de 2:698$ 960 rs. cobrada dos direitos dè;.ani-

mais que haviam passado pela Vila, vindos da Província de São

Pedro do Rio Grande do Sul, pelo Caminho das Missões.

No auge do comércio da Feira de Sorocaba, a criação

local esteve quase abandonada devido ao lucro mais "fácil" e

rápido das invernadas das tropas vindas do sul. O capital

avolumou-se e muitos fazendeiros tornaram-se também tropei-

ros; iam comprar animais nas regiões sulinas e platinas para

inverná-los nos Campos de Guarapuava, e apôs, revendê-los em

Sorocaba, a exemplo do que ocorreria na Região dos Campos Ge-

rais.

106

Os lucros eram compe nsado res e a atividade envolvia

as figuras mais representativas da sociedade local.

Outros fatores contribuíram para que os fazendeiros

se dedicassem mais ao tropeirismo: a criação degenerada, -rios

Campos Gerais, Palmas e Guarapuava pela ausência de novas ra-

ças (existia apenas o gado comum) e também pelo alto preço

do sal, "porque as péssimas vias de comunicaç ão colocavam, na

praça de Guarapuava, um alqueire de sal por "16$000 e até

20$000rs.".

107

1-06.. BALHANA, op. cit., p. 39.

107. CARDOSO, José Francisco. Relatório apresentado a

Assembl éia Provincial em 19 de març o~de 1 860. Curitiba. Tip.

Cándido Martins Lopes,   T

Ô6Ó.

  p~] 71.

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101

Cada vez ma i s se r eduz i am as f azendas de c r i ação e

aument avam as i nver nadas par a o gado do Sul.  " Os • pr ó pr i o s

f az endei r os t r ans f or mar am- s e em t r opei r os , i ndo, el es pr ó-

pr i os pa r a o su l compr ar as mu l adas i nver nando - as

  em

  suas f a -

zendas  e  ve nde ndo - a s em So r o ca ba " .

108

Quando ocorreu o declínio do comércio de Sorocaba o

tropeirismo sofreu graves oscilaçõe s. Isto aconteceu porque

a Província de Sao Paulo desenvolveu e melhorou o seu reba-

:

 nho

10 9

, como também construiu, varios prolo ngamentos de estrada

; de ferro, que excluíram o serviço "outrora feito por bes-

: tas".

110

  Este progresso lhe foi possível graças ao plantio

de café que lhe permitiu acumular divisas, com as quai s mo-

: dernizou os meios de transporte.

Ainda a falta de bons caminhos e estradas contribuía

:

 para que o gado chegasse enfraquecido no lugar de venda.

Comparando-se os dados disponíveis é possível obser-

var a decadência dessa atividade econômica, uma vez que no

exercício financeiro de 1 856/57 (Quadro n9 11) a Província

havia arrecadado 204 :202$480 rs. e após 7 anos, em 1 864, re-

cebia apenas 12 :438$500 rs.

"Entraram até as últimas contas apresentadas nest a

;

 repartição 22 654 besta s, 2 652 cavalos,  19 5 égoas que deram

12: 438$500 rs.".

111

108. PINHEIRO MACHADO, Formação cEavestrutura agrária. . .,

op. cit, p.

109. CÂM ARA , Munici pal de Guarapuava. Ofício ao Presi-

dente da Província do Paraná, 22 de abril de 1 870. DAMI-C ole~

ção de Documentos Histõricos-Oficios. 1 870. V.9 - AP 0332.

110. PEDROSA, João José. Relatório ã Assemb léia Pro-

vincial, em 16 de fevereiro de l l f T Curitiba, Tip. Perse-

verança ,  881. ~p7

111. SILVA, Sebastião Gonçalves da. Relatório ã Assem-

bléia Provincial, em 21 de fevereiro de 1 WS&," Curitiba,

Tip. de C. M. Lopes, 1 8 6 4 P . 51.

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102

O Presidente da Provincia do Paraná, Dr. João José

Pedrosa, em sua fala de 16 de fevereiro de 1 881, citou que

de 1 8 7 0 a 1 8 7 4, o i mpo s t o s o b r e a n i -

ma i s , p r o du z i u ri o Re gi s t r o do Ri o Ne -

gr o mai s de 80: 0Q0$000 e, etn 1 877 e

1 8 78 n ão a t i n g i u a 8 : 0 40 $0 00 r e i s  .  Que

n o Re g i s t r o de Ch a pe c o , n a qu e l e me s mo

e x e r c í c i o d e 1 8 70 / 1 8 74 ,   r endeu quan-

t i a s u p er i o r a 7 2: 0 00 $0 00 e

  no

  de

1 877/ 1 878 apenas deu pouc o mai s de

19 : 000$000 r é i s . No e xe r c í c i o ú l t i -

mo , t o do o i mpo s t o c o b r a do  em  a mbo s

os Re gi s t r os i mpo r t ou em 39: 624$200

- •  112

r e i s .

Embora atingida pelos impactos dessa crise, Guarapua-

va, na década de 1 860/70 podia ser considerada um centro de

grande importância dentro do contexto econômico brasileiro,

em condições de reivindicar sua elev ação â cidade,, conforme

os dados estatístic os de 1 862, inseridos na página seguinte.

No ano de 1 863, o Rol de : Paroquian os elaborado pelo

Vigário Antônio Braga d'Araújo apresentou ,a sua estrutura

populacional com 3 036 habi tantes , dos quais 2 424 eram bran-

cos, 591 escravos e 21 índios catequi-zados. Existiam 462

fogos e 117 desses proprietários eram possuido res de escra-

vos, sendo que 8 deles possuíam em méd ia de 15 a 29 cati-

vos.

113

A arrecadação do Município foi de 1:646$476.

Em 1 870, a produç ão anual da indústria pastoril foi

avaliada em 560:000$000 haven do nos Campos de Guarapuava

112. PEDROSA, op. cit., p. 39

113. ARA0 JO, Antoni o Braga d', Vigário. Rol de Paro-

quianos - 1 862 - 3. Arquivo da Paróquia de N. S. de Beiern

de Guarapuava.

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103

E S T T Í S T I C D O S   P R O D U C T O S M I S E A E S D E   A G R I C U L T U R A C O M H E R C I O E E S T B E L E C I M E N T O S D E   C R E A Ç i O   D E D I F F E R E N T E S J I l i M C i r i O S D P R O V E C I A .

4

P R O D U C T O S N A T U H A E S E A C H I C O L A S .

E S T A B E L E C I M E N T O S .

C O M M E K C I O .

F A Z E N D A S

O B S E R V A Ç Õ E S .

M A D E I R A S D E

E N G E N I I O S .

M A C H I N A S

F A Z E N D A S

=

P R O D U C T O S .

c o S s i n u c r à o .

C E R E A K S . O F F I C I N ' A S .

E N G E N I I O S .

E F A B R I C A S

A e n I C O -

o S s i n u c r à o .

R L ' B A Í i .

L A S .

P R O D CC Ç Ã O A M S K A L . T O T A L .

H c r v a m a t e .

P i n h o .

M i l h o . H c r v a m a t e .

F e r r e i r o s .

1 1 D e s o c a r . 1 9

M o i n h o s .

4

3 4

G a d o v a c c u m . 2 , 0 7 0

A c r o a ç & o d o g a d o s u i n o a i n d a n S o é i a s u C T i c i e n t e p a r a o

P e d r a c a l c a r e a .

C a b i u n a .

C a n e l l a .

C a m b a r á .

C a y a r a n a .

F e i j ã o .

C e n t e i o .

A r r o z .

C e v a d a .

M a r c i n e i r o s .

S a p a t e i r o s .

A l f a i a t e s .

P i n t o r e s .

6

12

1 8

3

D e s e r r a r .

D e m o e r .

6

12

C o r u m e s .

F o r n o s p a r a c a l .

O l a r i a s .

P a d a r i a s .

3

12

16

3

» c a v a l l a r . 3 7 -1 2 , 4 «

c o n s u m o d e s t e m u n i c i p i o , t a n t o q u e i m p o r t a a l g u m t o u -

c i n h o . O A s s u ü g u y é o p o n t o d e s t e m u n i c i p i o o n d e t c m

t o m a d o m a i o r d e s e n v o l v i m e n t o e s t a e s p e c i e d e c r e a ç ã o .

C e d r o .

T r i g o .

I t e l o j o e i r o s .

1

C a b r i u n a .

On r ive s . 5

C a b r i u \ a .

S e l le i r os .

h

a .

I m b u í a . L o m b i l h e i r o s . 10

I p é .

J a c a r a n d a .

A r o e i r a .

P e r o v a .

S a s s a f r a z .

T u r u m

 3 .

I l e r v a m a l e .

C a m b a r á . M i l h o .

H e r v a m a t e . 0

M o i n h o s .

3

1 0

G a d o v a c c u m .

8 7 0

0 q u a s i a b a n d o n o e m q u e s e a c h a a c r e a ç ã o d e p o r c o s

P e d r a c a l c a r e s . T a r u m ã .

F e i j 3 o .

» c a v a l l a r .

8 0

1 2 9 6 2

n e s t e m u n i c i p i o , e a c a u s a d e i m p o r t a r a m ú r p a r t e d o t o u -

S a ssa f r a * .

C a n h a r a n a .

C e v a d a .

C e n t e i o .

o l a n í g e r o .

8 0

1 2 9 6 2

c i n h o q u e c o n s o m e .

5 »

A r o e i r a .

T r i g o .

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L o u r o .

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C u n e l l i n h a .

I m b u i a .

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C a r v a l h o .

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C a b u r é .

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P á o d ' A n d r a d e -

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J a c a r a n d a :

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C e d r o .

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P ã o d o p a d r e .

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I p é .

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C o r o n i l h o .

OD

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C o r a ç ã o de

n e g r o o u p ã o

d o b u g r e .

H e r v a m a t e .

P i n h o .

I m b u i a .

M i l h o .

F e i j ã o .

H e r v o m a t e .

G a d o v a c c u m .

D e s o c a r .

D e s e r r a r .

2

2

O l a r i a .

1

O r é l a t o r i o d e s t a c a m a r a n ã o f o r n e c e e s c l a r e c i m e n t o s

s o b r e o n u m e r o d a s f a z e n d a s d e s e o m u n i c i p i o e p r o d u c ç ã o

U

L o u r o .

C e d r o .

A r o z .

Da ta ta .

C o u r o s .

C r i n a .

a n n u a l . - A l g u m a s m o l e s t i a s q u c a p p a r e c e r a i n n o g a d o s u i n o ,

L o u r o .

C e d r o .

A m e n d o i m .

C o u r o s .

C r i n a .

s e m q u e c o n h e c e s s e m r e m e d i o p a r a e x t i r p a r e s t e s m a l e s

z

C e v a d a .

e a g r a n d e d e g e n e r a ç ã o n a s r a ç a s , d e r a m c a u s a á q u e o m u * .

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A v ó a .

M a n d i o c a .

L i n h o .

T a b a c o .

n i c i p i o i m p o r t e m a i s d e m e t a d e d o t o u c i n h o q u e c o n s o m e .

I l e r v a m a t e .

P i n h o . M i l h o .

H e r v a m a t e . D e s o c a r . 2

1 8

G a d o v a c c u m .

6 , 1 0 0

A c r e a ç ã o d e p o r c o s n ã o t e m s i d o c o n v e n i e n t e m e n t e

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P e d r a c a l c a r e a .

I m b u i a . F e i j ã o .

G a d o v a c c u m . D e s e r r a r . 3

» c a v a l l a r .

3 0 0

d e s e n v o l v i d a , p o r i s s o q u e , p o d e n d o e s t e m u n i c i p i o e x - \

O

«

A l u m e n .

A z o u g u e .

C e d r o .

C a b i u n a .

A r r o z .

C h á .

C o u r o s .

C r i n a .

» m u a r .

» l a n í g e r o .

1 5 0

5 0 0

7 , 0 5 0

p o r t a r b a s t a n t e t o u c i n h o , a i n d a i m p o r t a a l g u m p a r a o

A l g u n s o u t r o s

Te c i dos de 13 e de

» m u a r .

» l a n í g e r o .

c o m p l e m e n t o d e s e o c o n s u m o .

o

m i n e r a e s .

c o u r o s .

H c r v a m a l e .

L o u r o . M i l h o .

H e r v a m a t e . D e m o e r . 1 8

A l a m b i q u e s . 9

1 1 9 l ü C a d o v a c c u m .

1 1 , 9 0 0

M a r c h a n d o s e m p r e c m u m a e s c a l a a s c e n d e n t e , a c ri a ç ã o

P o d r a c a l c a r e a .

P e d r a s p r e c i o -

I m b u i a .

C a b r i m a .

F e i j ã o .

T r i g o .

C o u r o s .

S e b o .

D e s e r r a r . 2

D e b u l h a d o r e s .

D e s c a s t a d o r .

4

1

» c a v a l l a r .

« m u a r .

7 , 0 0 0

1 , 2 0 0

s u i n u t e m a t é h o j e a b a s t e c i d o d e t o u c i n h o o s m e r c a d o s

sa s .

I p é . C a n n a . C r i n a . » h m i g e r o .

l ü O

2 0 , 2 5 0

d e s t e m u n i c i p i o , d a n d o a b u n d a n t e m e n t e o n e c e s s á r i o p a r a

=

B i r u c a i a . A r r o z . C a r n e .

» h m i g e r o .

s e o c o n s u m o .

a .

V i n h o .

F u m o . G a d o v a c c u m .

as

C e d r o . M a n d i o c a .

» c a va l la r .

B a t a t a . » m u a r .

s

C f

Ca ré.

( ' e v a d a .

A l g o d ã o .

M a r i s c o s p a r a

L ' r u c u r a n a .

M i l h o . A g o a r d e n t e .

D e m o e r .

6 F a b r i c a d e v e l -

I m p o r t a t o u c i n h o p a r a s e o c o n s u m o .

f ubr ic o da c a l .

C a n d í a .

F e i j ã o .

A m e n d o i m .

M a d e i r a s .

D e s o c a r .

12

los á va p or .

F a b r i c a s d e f a -

1

7 9

I m p o r t a t o u c i n h o p a r a s e o c o n s u m o .

P e s c a d o e m

M a s s a r a n -

F e i j ã o .

A m e n d o i m .

C a l d e m a r i s c o s .

D e s e r r a r .

7

los á va p or .

F a b r i c a s d e f a -

O a z e i t o d e m a m o n a é u s a d o p a r a l u z e s n e s t e m u n i -

a b u n d a n c i a .

d u b a .

A r r oz .

L e n h a . r i n h a .

3 0 0

c i p i o .

f ù i i b û p a r a f a -

P e r o b a .

C u t e .

B i t a s d e e m b ü .

e s

b r i c o d e a m a r -

O l e o .

C a n n a . A r r o z .

r us .

C e d r o .

P i p a s d e g i ç a r a .

M a r i s c o s p a r a

f u b r i c o d a c a i .

A r a r i b á .

A n g e l i m .

A r r o z .

M i l h o . .

A g o a r d e n t e .

D e s o c a r ,

u a va por .

19

1

O l a r i a s .

F a b r i c a s d e

17

A p e z a r d e n 5 o h a v e r n o m u n i c i p i o d e A n t o n i n a q u e m

P e s c a d o .

A r a ç a .

F e i j ã o . C a l d e m a r i s c o s .

D e s o c a r ,

u a va por .

a g o a r d e n t e .

ÜG

s e d e d i q u e e x c l u s i v a m e n t e á c r i a ç ã o d o g a d o s u i n o , c o m

E m b ô p a r a f a -

A r a c a r a n a .

M a n d i o c a .

T u b o a d o -

a g o a r d e n t e .

t u d o e l l a f o r n e c e o n e c e s s á r i o t o u c i n h o p a r a o c o n s u m o

b r i c ó l e a m a r -

A r a p a p u . C a n u a .

M a d e . r a s e i n b r u t o .

d e s t a l o c a l i d a d e .

r a s . C a b u r ô .

C e d r o .

C a n e l l a .

C a y a r a n a .

COM a lho .

( î a r u v o .

T e l h a s ,

' f i j o / l u s .

I . o i i ha .

( t ipa s .

BiHos .

d e s t a l o c a l i d a d e .

( • t i a m n n d i .

C r a i u l i y .

C u u r a p a r i m .

O

S—

I pé .

J a c a r a n d a .

L o u r o .

M a s s a r a n d u b a .

M n n d u i a h y .

L ' r u c u r a n a .

O l e o .

P e r o b a .

T a j u v a .

T a r u m S .

C u a r a j u v a .

C . u a m i r i m .

Y a p o a m .

I

I

I

M a n s e r a p a i a

C a n e l l o . M a n d i o c a , s

M a d e i r a .

D e s o c a r .

2

E s t e m u n i c i p i o s e n ã o e x p o r t a t o u c i n h o , t e m a o m e n i > <

  1

lo b r i to da c a l .

P e r o b a .

M i l h o .

F a r i n h a .

D e s e r r a r .

E s t e m u n i c i p i o s e n ã o e x p o r t a t o u c i n h o , t e m a o m e n i > <

  1

^

P e s c a d o . A r a r i b á .

F e i j ã o . ' M i l h o .

p a r a s e o c o n s u m o .

I P É . A r r o z .

A r r o z .

L r u c u r a n a . C A N N A .

A g o a r d e n t e .

I p é .

C o n d i a .

C e d r o .

M i l h o .

F e i j ã o .

A r r u z .

A g o a r d e n t e .

D e s o c a r .

D e m o e r .

4 1

11

0 m u n i c i p i o d e M o r r e l e s i m p o r t a t o d o o t o u c i n h o

pé .

C o n d i a .

C e d r o .

M i l h o .

F e i j ã o .

A r r u z .

D e s o c a r .

D e m o e r .

4 1

11

q u e c o n s o m e .

C a b u r è . M a n d i o c a . A p e z a r d e s e r a j l i q u a s i s i l v e s t r e a m a m o n a , n a o f a z e i n

' l'a i uiuQ.

A i p i m .

uso de se o o le o . I

V a p o n t n .

B a t a t a s .

A r j r i l i ú .

l i d i a n t e .

M a « a n m d t i b a .

C a n n a .

s

C u a i M p a i ï m .

l i l c o .

P i i u l u h i h a ,

G u a r a j u b a .

l ' r u c u r a n a .

C n n a l l i o .

J u c i r a u d ú .

)

FONTE: NOGUEIRA Antonio Barbosa Gomes. Rélatorio aprésentádo ä Assembléia Provincial em 15

de fevereiro de 1 862. Curiti ba Tip. do Correio Oficial 1 862.

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8/10/2019 ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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104

80 000 cabeças de gado vacu m, 40 000 cavalares, 3 000 suí-

nos e 2 000 muarés.

11

"

No Município de Guarapuava existiam:

115

Muni e, de

Guar apua-

va

Di s t r i t o

sede

Guar apuava

Pal mas

Col oni a

Thereza

Tot al

«

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In) <u i«j

M-f > Q

TOTAL

10

I

28

39

A análise comparativ a dos dados apresentados faz trans-

parecer o progresso da industria pastoril, ou seja, com

80 000 cabeças de gado vacum, a produção anual teria que ser

no mínimo de 20 000 bezerros, com uma diferença para mais

de 8 100, em relação ao ano de 1 862 (11 900 bezerros).

O progresso da região e os esforços do povo guarapua-

vano através de seus camari stas, fizeram com que, em 12 de

abril de 1 871, pela Lei n9 271

11

,

6

 assinada pelo Dr. Venancio

José de Oliveira Lisboa, o distrito-sede fosse elevado â ca-

tegoria de cidade.

114. RIBEIRO, Arlindo. Relatório ao Interventor Manoel

Ribeiro. São Paulo, São Paulo Ed., 1 936.

  :

115. EXPEDIENTE da Câmara - 1 853-1 871, op. cit..

116. PAR ANÄ , Provínci a. índice alphabético ... op.

cit., p. 22.

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8/10/2019 ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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105

Cora o intuito de usufruir rendas mais seguras para su-

perar as. conseqüências negativas da crise de Sorocaba, os fa-

zendeiros voltara S criação de gado nos campos de Guarapuava

e Palmas, Agora dedicam-se a. criar, com maior intensidade,

os animais cavalares que em.

c er t as époc as do anno des c em em t r o -

pas pa r a a c i dade de. Pont a Gr os s a e

a hi se. f a z u ma p e qu e na f e i r a , a q ua l

c o n c or r e m c o mp r a d or e s de f o r a da P r o -

-

  i r-7

vine ia

sendo aspiração do Presidente Adolpho Lamenha Lins,,que ali

se estabelecesse uma feira semelhante a de Sorocaba.

A criação desses animais tornou-se muito promissora a

partir de 1 884, quando o Presidente da Província autorizou

aos criadores paranaenses comprarem potrilhos de raça na In-

vernada Saycam, no Rio Grande do Sul. Permitiu ainda o en-

vio de éguas para se acasalarem com garanhões daquela inver-

nada.

1

'

18

Quando as charqueadas, do : súL."devastaram- os rebanhos

gaúchos, Guarapuava e Palmas exportaram gado para. o Rio Gran-

de do Sul.

Também se exportavam cavalos,, sendo muito conhecidos,

em certa época, os cavalos de Guarapuava.

119

Contudo, em toda a Província, do Paraná, a criação não

chegava a. corresponder â grande extensão e riqueza dos pas-

tos naturais, pois, havia fazendas com "3 e 4 léguas de magní-

117. LINS, Adolpho Lamenha. Relatório a Assembléia Pro-

vinci al em 15 de fevereiro de 1 876. Curitiba, Tip. da Viü-

va Lopes, 1 5^6. p. Í17.

118,. OLIVEIRA, Bazilio Augusto Machado d*. Relatório â

Assembléi a Provincial em 15 de setembro de 1. 884 „  Curitiba,

Tip. Perseverança, 1 8ô4. p. 20.

119. PINHEIRO MACHADO. Formação da estrutura agrária,..

op. cit., p. 14.

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8/10/2019 ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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106

fíeos campos, com apenas 600 ou 800 re ze s".

120

E, tio grande era a preocupação das autoridades pro-

vinciais com a decadência da indústria pastoril, causadora

de avultados prejuízos ao desenvolvimento do Parana, que a

Assem bléia através da Lei n9 763/1 883, resolveu animá-la

promovendo charqueadas; estas deveriam preparar a c a m e e ar-

tigos congêneres para a exportação, a fim de lhe dar maior

valor comercial.

Foram ent ão abertas concorrências para a construção de

fábricas e charqueadas, mas, compareceu apenas um pretenden-

te, Willian Witters, que assinou contrato (2/5/1 884) com-

prometendo-se a estabelecer uma charqueada e uma fábrica de

carnes (e artigos derivados), na capital da Província do Pa-

raná.

121

Em Guarapuava, embora os preços e apr ocu ra fossem in-

satisfatórios, aumentou a produção das fazendas de criar por-

que não havia outra opção ocupaciona l, visto que o comércio

da erva mate também atravessava uma grande crise, originada

pelas concorrências da erva paraguaia e da erva missioneira.

Além disso, ainda existiam as barreiras alfandegárias? cria-

das pela Argentina e Paraguai em favor dos negociantes

ervateiros daqueles países.

1

*

2

Em 1 886, a "xarqueada" ainda não havia sido montada

e a situação continuava a mesma , tendo o Presidente da Pro-

víncia Joaquim d'Almeida Faria Sobrinho culpado os próprios

fazendeiros que

" l o ng e de c o gi t a r e m na a gr e mi a ç ão de

t o do s os s e us r e c u r s o s p a r a d eb e l a r a

c r i s e que os f l a ge l l a , a gu ar d ão do

120. LINS, op. cit., p. 116.

12,1. OLIVE IRA , op. cit., p. 29.

122. LINHARES, Temístocle s. História econômica do ma-

te. Rio de Janeiro, Ed. José Olymp io, 1969. 522 p. p. 130.

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8/10/2019 ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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107

t e mp o e do s a c o n t e c i me n t o s i n c e r t a s

e v o l u ç õ e s pa r a o me l h o r a me n t o dos s e u s

n eg oc i o s .

. . . Devem os f a z e n de i r o s s e c o nv e nc e r

de que e de s e u p r ó p r i o e s f o r ç o que

es t á dependendo a so r t e do seu nego -

cio.

Sern preço e sem mercado para o gado, a situação da pe-

cuária foi se agravando com o passar dos anos, pois a produ-

ção das fazendas começou a decair até que o século  XX  assis-

tiu a desintegração total do Sistema Tradicional Campeiro.

A agricultura também não oferecia lucros compensado -

res. Cada um produzia para o seu consumo, uma vez que a co-

mercialização dos produtos agrícolas era proibitiva levando-

-se em conta os inconvenientes da distância e das péssimas

vias de comunicação.

Plantava-se feijão

f

  milho, mandioca, pouco arroz, ex-

cluindo-se totalmente o trigo.

Para o cultivo aplicava-se o processo a qu e se chamou

mé t o do " Va mp i r o " , a s s i m c h ama do o p r o -

c es s o de. e xt e r mí n i o c om d er r u ba da e

q ue i ma da ma t a , q ue s e m ma i s t r a b al h o ,

r e t r i b uí a ao l a vr a do r c om 100 po r l

f

  no

c u l t i v o do f e i j ã o e 200 po r 1 , n a l a-

v ou r a de m l h o.

1711

Não obstante a fertilidade do solo, a agricultura con-

tinuava estanque, pouco diferindo dos primeiros tempos, por-

que não oferecia nenhum incentivo ante as dificuldades jã re-

feridas, bem como de outras variáveis que podem ser agrupa-

das em alguns itens principais:

a) falta de braços? b) falta de conhecimen tos técni-

123. FARIA SOBRINHO, Joaquim de Almeid a. Relatório a-

presentado â Assembléia Provincial em 30 de outuEro"5e 1 68T7

Curitiba, Tip. Perseverança, 1 886, p. 42. ~

124. LINS, op. cit., p. 111.

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108

cos? c)

  ineficiência

  do s s e r v i ços

  governamentais

  quant o s.

. as si s t ênci a f i nanc ei r a e t éc ni c a; d) f al t a ü e

  infra-éstru-

t ur a par a o escoament o e comer c i a l i zação; e ) a l t o pr eço que ,

por u m l ongo per í odo, - at i ngi u a er va mat e; f ) mai or f ac i l i -

dade na c r i ação e comér c i o de gado? g) a f ase t r ope i r i s t a

que envo l veu a mai or par t e da popul ação? . h ) as bandei r as

descobridoras,de no va s pa s t a ge ns que ut i l i z a va m mui t a s pe s -

s o as pa r a a a be r t ur a de pi ca da s e cam nhos ? i ) a pr o i bi çã o

do

  t r áf i c o negr ei r o e out r as l ei s abol i c i oni s t as

  que reduzi-

r am

 a mão

- de - o br a es c r av a

 ;

  j

) os ataques dos índios

  as

  plan-

tações,

  r oubando e dest r u i ndo gr ande

  parte delas,

Era r es pos t a ãs i nt er r ogaç ões di r i gi das pêl o Mi ni s t é-

r i o da Agr i c ul t ur a/   com  r el aç ão

  '"crise

  dos gêner os a l i men-

t í c i os , em 1 857 conf o r me o avi so de 9dëeou t ubr o de 1 857

e Ci r cu l ar , de 31 de out ubr o dess e mes mo ano, a Câmar a

  Muni-

c i pal de Guar apuava, ent r e out r as causas enumer ou como pr i n -

c i pai s : a f al t a de br aç os , o di f í c i l ac es s o aos c ent r os c on-

s um dor es dev i do â di s t â nc i a e a i nex i s t ê nc i a de bo as es t r a-

das , a p r o i bi ção de novas poss es i mpos t a pel a Le i de Ter -

r a s

Quando i r r ompeu a Guer r a, da Secessão. , nos Es t ados t i-

n i dos, houve esc ass ez de a l godão e o seu pr eço subi u» O go-

ver no da Pr ov í nc i a do Par aná (1 862) i mpor t ou sement es dess e

pr odut o v i s a ndo de s env ol v er o c ul t i v o em s ua P r o ví nc i a , I ~

gua l ment e mandou v i r (1 863) sement es de t r i go da I ng l àt er -

D2E.  GONÇALVES^  Mar i a Apar ec i da. Cezar ,

  -Estuidb ;

 demográ-

fico cia

  Par oqui a de, - Nossa Senhor a  Sant '

 Ans dé"Ponta Grossa.

Cur i t i ba , Un i ver s i dade Feder a l do Parana"^ 1

  979. Dissertaçao

de Mest r ado.   (Mecanografa. do)  „  p. 46.

0M; . CÂMARA Muni c i pal de Guar apuava. .   Oficio/ao Ptesl-

-denté^&a  Pr o ví nc i a do Par a ná , 2 d e  dezembro~de 1

  . "

 i5"ÃMI.

Co l eção  de "Documentos His"toricos - Ofício s. 1 858, V. 2.

AP

  0054„

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109

ra ; os agricultores de Guarapuava foram aquinhoados com boa

quantidade dessas sementes, mas, "as fortes geadas ocorridas

em novembro de 1 863 extermin aram, por completo, cora toda s

plantação de trigo"

A plantação de algodão, de maior volume, foi a do Ca-

pitão Frederico Guilherme Virmond, iniciada em 1 864.

Esta, em pouco tempo atraiu inúmeros plantadore s que

se estabeleceram nas suas circunvizinhanças e o local passou

a ser conhecido oficialmente como Distrito de Algodoeiro, äs

margens do Iguaçu.

Foram colhidas 3 000 arrobas de algodão"

128

 e o Capitão

Virmond comprou toda essa;produção na esperança de exporta-

-la. Mas, com o término da guerra entre nortistas @;suliétâs

a produção americana voltou ao normal e o algodão brasilei-

ro, sem mercado, baixou de preço? a produção de Guarapuava

teve que ser vendida no Rio de Janeiro, por menos do custo.

129

Este fato desanimou aos plantadores que abandonaram a

referida lavoura.

Apesar das perdas sofridas o Capitão Virmond passou a

cultivar e benef iciar , no mesmo local, a cana de açúcar. Pa-

ra isso, mando u vir máquinas apropriadas, para a fabricação

do açúcar e aguardente.

Esta empresa também não logrou êxito devido a falta de

braços e carência de mercados; mes mo assim, ela- continuou a

existir, produzindo em pequena escala)

50

127. ATAS . Livro n9 1, op. clt.

128.  : Ibidem.

121. ATAS. Livro de Atas de_20 de julho de 1 861 a 30

de dezembro de 1 870. Arquivo da Camara Municipal de Guara-

puava.

13D. VIRMON D, Frederico Guilherme . Correspondência ao

Governo do Paraná. Guarapuava, s. d. (datilografado)

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110

Novamente as autoridades governamentais voltam (1872)

a se:preocupar com o alto preço dos gêneros alimentícios,

dirigindo Circulares aos Munic ípios, investigando as suas

causas. Em Guarapuava, os motivos eram ainda os mesmos a-

pontados em 1 857 e que mantin ham a lavoura numa situação

* .  3 S1

precarissima.

131. CAM ARG O, Antonio de Sá et alii. Ofício ao Presi-

dente da Província, 15 de setembro de 1 872. D.A.M .I. Co-

leçã o de Documentos Históricos - Ofícios. Ï 872. V. 14.

AP 0386.

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I l l

2. 3. 4- Núc l eos Col oni ai s

2. 3. 4 . 1 - Co l ô ni a Ther e za.

A par t i r de 1 855 a Co l ôni a Ther eza pass ou a per t en-

cer ã Vi l a de Guar apuava .

Es t e núc l eo c ol oni al , cr i ado em 1 847, pel o médi c o

f r ancês Dr . J oão Maur í c i o Fa i v r e , r ecebeu uma subvenção do

Go ve r n o I mper i al .

A denom nação f o i uma homenagem ã I mper at r i z Da. The-

r ez a Chr i s t i na. Seus pr i mei r os habi t ant es f or am 79 i m gr an-

t es f r anc es e s t r az i dos pel o f undador , que s e l oc al i z ar am nos

s er t ões ã mar gem di r ei t a do r i o I vaí , d i s t a nt e 18 l éguas de

Guar apuava.

Desde l ogo quase t odos os co l onos f r anceses da l i se r e-

t i r a r a m a me dr o nt a do s pe l a na t ur e z a a gr e s t e e a di s t â nc i a de

out r os cent r os habi t ados po r br ancos? cont udo, a Co l ôni a so-

br ev i veu com povoador es nac i ona i s p r ocedent es de Guar apuava

e Cas t r o.

O e s t a be l e c i me nt o de s t e núc l e o co l o ni a l cus t o u at é

1 856,   a  s oma de 44; 0Q0$Q00, s endo que  6:000$000  f or am doa-

dos por S . M. a I mper at r i z , 20: 000$000 er a o capi t a l do em-

pr esa r i o e 18: 000$000 f o ram empr es t ados pe l o gover no do I m

pér i o Br as i l ei r o. "

32

0 Dr . J oão Maur í c i o Fa i v r e empobr eceu, f undi ndo nes t a

empr esa t odos os seus haver es.

O pr o gr e s s o da Co l ô ni a f oi l ent o e o bs t a do pe l a s di -

f i cul dades da. mat a v i r gem, das péss i mas es t r adas que a l i ga-

132. ROHAN, Henr i que de Beaur epa i r e , Vi ce Pr es i dent e da

P r o ví nc i a. Rel at ór i o ã As s e mbl é i a P r o vi nc i a l , 19 de ma r ç o de

1 856. Cur i t i ba, T i p. P ar anae ns e , 1  8 56.   p. 45.

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113

tagem:

19- s éc u r i t é de l a pa r t des I n di e ns ,

qui n' o nt j a ma i s a t t a qu é un c e r t a i n

n omb r e de p er s o n ne s r é un i e s , c ' e t t

t ou j our s aux f am l l es i s ol ées qu ' i l s

s e s o nt a dr e s s e s po ur e xe r c e r l eur

v en ge an c e et l eur b ar b ar i e ;

29- pl us de f ac i l i t é pour l ' e t abl i s -

s e me nt l es c o l o ns p o uv a nt e d e va nt s '

e n t r ea i der ;

3 9- po r s qu e u n g r o u pe et t a s s e r c o n -

s i d er a bl e l e Go u ve r n eme n t p eu t l ui

d on ne r un P a s t e u r , et u n ma î t r e d'

é c o l e pa r l e c o n t a c t l es h o mme s s '

i ns t r u i s ent e t s ' a mé l i o r a nt ;

49- l a po l i c e s ' y f er a m e ns et l es

i n s t i t u t i o ns du Go uv t y a ur o ns pl us

de f o r c e s

 .

 13<4

Em dat a de 31 de agost o de 1 858 f a l eceu o Dr . Fa i v r e

e a Co l oni a pass ou par a o gover no e sua d i r eção f o i ent r egue

a Gust avo Rumbel sper ger que consegui u do Gover no I mper i a l

i núme r a s pr o vi dê nc i a s , t ai s co mo :

a- criação de uma subdelegacia e Juiz de Paz Distrital para

dar f or ça mo r a l aos co l o no s ;

b- p er ma nê nc i a de um de s t a came nt o po l i c i a l al i e s t a c i o na do ;

c - r emoção par a a co l ôni a de um t o l do de í ndi os mansos , de

Pal mas  ;

d - co nce s s ão de 10 a f r i ca no s l i v r e s par a o t r a ba l ho de aber -

t ur a de ca m nho s e o ut r o s qua i s q ue r s e r v i ço s da Co l ô ni a ;

e - pagament o das despesas f e i t as at e 19 de j ul ho de 1 858.

Com est as medi das saneador as a povoação pr osper ou de-

134. FAI VRE, Dr . Co r r espondênc i a ao P r es i dent e da P ro -

v í nc i a , em 22 de j unho de 1 856. DAMI . Co l eção de Document os

Hi s t õr i c os - Of I c i os 7 1 856. V. 6. AP 0030.

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114

senvol vendo - se ma i s i nt ensament e a cu l t ur a da cana - de - açúcar ,

ca f é , f umo, a l godão, ce r eai s , bem como a c r i ação de gado va -

cum ca va l a r , muar e de s u í nos ,

A Co l ôni a não poss u í a sacer do t e passando o v i gár i o de

Guar apuav a a l he f az er v i s i t a s p er i ódi c as .

Quant o a mão- de - obr a espec i a l i zada cont ava comos t r a-

bal hos de um f uni l ei r o , t r ês c ar pi nt ei r o s , um f er r ei r o , um

ar mei r o, um t or nei r o e doi s s apat ei r os .

Tomando - se po r base os dados exi s t ent es nos r e l a t ó r i os

de P r e s i de nt e s da P r o ví nc i a do Pa r a ná o r ga ni z o u- s e um qua dr o

da s i t uação econôm ca e demogr á f i ca da Co l ôni a Ther eza , a t é

1 871, ano em que passou a cat egor i a de Fr egues i a( Quadr o 8},

Um est udo mai s apur ado des t es dados compr ova o f r acas-

s o da c ol oni z a ção eur opéi a num me i o geo gr ã f i c o- s o c i al i nf e-

r i or , poi s dos c ol onos f r anc es es t r az i dos pel o Dr . F ai vr e s o-

ment e uma ou duas f am l i as per manecer am na r egi ão.

Abandonado pe l os seus compat r i o t as , o Dr . Fa i v r e

. . . appe l

 1

 o u p a r a os nac i ot t aes do p a í z ,

na e s pe r a n ç a de qu e , a c o s t u ma do s a l u -

t ar cor a a a s p e r e z a de um s e r t ã o i n-

c u l t o , e ma i s a pt o s p ar a o t r a ba l h o

que de mand a o empr ego da f ouc e e do

ma c h ad o, e nc o nt r a r i a um p es s o a l c a pa z

de e l e va r s eu e s t a b el e c i me n t o ao f i m

de s ua i ns t i t u i ç ão i

3 5

Sua t ent a t i va f oi ma l sucedi da por que mui t os dos e l e -

ment os nac i onai s que par a l á ac or r er am nã o t i nham c ondi ç ões

de enf r ent ar o t r abal ho que os es pe r a va ; out r os e r a m ar r ua-

c ei r os e be be r r õ es , enf i m des c l as s i f i c ados que , s oment e

135. L I SBOA, Ve na nc i o J os é de Ol i v ei r a . Re l at ór i o a-

pr es ent ado ã As s e mbl éi a P r o vi nc i al . Cur i t i ba, Ti p. da Vi uva

L ope s , 1  ¿7 2.   P. 47;

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115

c r i ar am pr obl emas .

Compar ando- s e os dados r ef er ent es aos anos de 1 868 e

1 871, obser va- se uma ba i xa cons i der ável na pr odução ena po-

pul ação. Pr ovave l ment e i ss o f osse conseqüênc i a da mudança de

di r eção ocor r i da em 1 869 quando o d i r et or Gust avo Rumbel s -

per ge r pe di u e xo ne r a ção e f oi s u bs t i t uí do i nt e r i na me nt e por

Em l i o Nunes de Cor r ea Menezes , em 23 de f ever e i r o de 1 870,

at é que s e a pr e s ent a s s e o di r et o r J o cel y m Augus t o Mo r o c i ne s

Bo r b a.

Em dat a de 2 de abr i l de 1 871, a Co l ôni a Ther eza pas -

sou ã ca t egor i a de F r egues i a com a denom nação de Ther ez i na

e, em 1 892 i ns t a l ou- s e o s eu di s t r i t o j udi c i ár i o.

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Q u a d r o n . 8

C O I . ÖM I A T HE R E ZA

ANO

N ? d e

c a s a s

h a b i t .

P o p u l a ç ã o E s c o l a s

P r o d u ç ã o

a g r í c o l a c

i n d u s t r i a l

P l a n t a ç ã o M á q u i n a s e

E x p o r t a ç ã o R e n d a O b s e r v a ç õ e s

NO

N ? d e

c a s a s

h a b i t .

M

F

T o t a l

M

F

P r o d u ç ã o

a g r í c o l a c

i n d u s t r i a l

e f e t u a d a

f á b r i c a s

E x p o r t a ç ã o R e n d a O b s e r v a ç õ e s

i 8 5 8

- -

-

2 4 4

-

-

-

-

F u r a o , r a p a -

d u r a c a g u a £

d e n t e

1 0 : 0 0 0 $ 0 0 0

4 3 f a m í l i a s d a s

q u a i s 6 e r ar a f r a n

c e e a s

1 8 5 9

62

2 4 8

1

1 C a n a d e a ç ú c a r ,

t a b a c o , c a f é ,

a r r o z , m i l h o ,

f e i j ã o e m a n-

d i o c a

1 8 6 1

6 8 2 8 9 1

1 C a n a d e a ç ú c a r ,

c a f é , t a b a c o ,

m i l h o , f e i j ã o

1 m o i n h o d e a t a -

f o n a

9 e n g . d e a ç úc a r

2 o l a r i a s

2 f a b r . d e c a l

1 8 6 2

2 9 9 1

2

1 e s c o l a p a r t i c u

l a r o n d e s e l e -

c i o n a v a o f r a n

c ê s , d e s e n h o e

t r a b a l h o s d e a g u

l h a

1 8 6 4

1 0 2

-

*

3 4 2

-

-

- -

-

- -

-

1 8 6 6

1 0 3 2 5 1

1 9 3

4 4 4

- - -

-

-

-

-

1 8 6 7 - -

-

-

- - 4 0 0 0 r ae d i d a s d e

a g u a r d e n t e

1 8 6 8

1 1 7

2 5 3

1 9 2

4 4 5

1 0 0 0 0 m e d i d a s d e

a g u a r d e n t e

5 0 0 0 0 m o l h o s d e

r a p a d u r a

2 0 0 a r r o b a s d e

a ç ú c a r

6 0 9 a l q . d e a r r o z

3 6 a r r o b a s d e

f u r o o

1 0 2 a l q . d e m i l h o

1 4 a l q . d e a c r o s :

5 0 q u a r t é i s d e

c a q a

7 6 0 0 p é s d e f u -

m o , m a n d i o c a t

a 1 g o d a o

1 7 e n g . d e c a n a

de   a ç ú c a r

2 e n g . d e s o q u e

6 a l a m b i q u e s

1 m o i n h o

-

i , 8 7 1

3 5 0

• 6 7

4 1 7

6 0 3 5 t o t í d i d a s

d e a g u a r d e n t e

1 5 0 7 0 m o l h o s

d e r a p a d u r a

2 6 a r r o b a s d e

a ç ú c a r

6 5 1 a l q . d e

a r r o z

3 3 a r r o b a s d e

f u m o

5 7 0 0 a l q . d e

m i l h o

3 2 9 a l q . d e

f e i j ã o

1 0 : 9 5 3 * 4 0 0

0 n ? 6 7 i n d i c a o

n Ç d e í n d i o s c o

r o a d o s .

FORTE: REl ATÖRTOs" DB VRESIDENTES DA PROVteï i TBô PARASÄ. SÉCULO XI X.

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117

2.3.4.2 - Outros núcleos

Pouco antes de terminar o século XIX (1894/1895) fun-

dou- se  a Colônia de Prudentópolis com imigrantes poloneses.

Mai s  tarde chegaram também colonos ucranianos. Localizaram-

-se

  no

 povoado São João do Capanema que havia sido fundado

por

  Firmo Mendes de Queiroz, a seis quilômetros do

  Ri o

  dos

Pa t o s .

  Com a chegada dos poloneses, o povoado passou a de-

nominar-se Prudentópolis e a sua principal atividade econô-

mica passou a ser a agricultura.

No ano seguinte (1 906) a colônia passou a Município,

desmembrando-se de Guarapuava.

Sobre o assunto colonização, o jornal guarapuavano "0

Guayra", em 1 897, lamentou que o município não pudesse con-

tar com a iniciativa particular a fim de promover a vinda e

localização de imigrantes, nos moldes da "Kolonizations - Ve-

rein", de Hamburgo, organizada em 1

 84 9

 e que fez afluir e

florescer a imigração alemã, em Santa Catarina.

Em maio de 1 895, essa Companhia já havia formado no-

vo contrato com aquele Estado cedendo-lhe este, a área de

650 000 hectares de terras férteis, por vinte anos, para que

ali

  s e

  instalasse nova leva de colonos e imigrantesl

36

Em 1 861, o Dr. Antônio Barbosa Nogueira, Presidente

da Província, havia mandado medir 1/4 do território do Goyo-

-En para ali estabelecer uma colônia de nacionais.

Seu argumento para justificar esse fato baseou-se na

grande riqueza ali representada pela erva mate, a navegabi-

lidade do rio Uruguai e a necessidade de se conter a violação

136. O GUAY RA, Guarapuava, 10 jun. 1 897. Ano IV.

n9 11.

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118

da Lei de Terras, por parte da intrusagem desenfreada, vinda

ate de outras Províncias e países estrangeiros.

137

Na década de 1 880/90 foram fundadas três Colônias Mi-

litares em território pertencente ã Guarapuava e a outro s que

lhe haviam pertencido:

"Chopim - no vale do rio Chopim e, Chapecó no vale do rio

Chapecó; instalaram-se em 1 882 (dezembro e março), no Muni-

cípio de Palmas, antes território guarapuavano".

A Colônia Militar de Chapecó, com o Tratado que fina-

lizou a questão de limites entre Paraná e Santa Catarina,

passou a pertencer a este último Estado.

Estas duas colônias foram fundadas com a finalidade

de segurança ás fronteiras platin as, de prote ção aos habi-

tantes de Guarapuava, Palmas, Eré e Chagu contra os ataques

dos índios e como polos de atração ãs correntes migratórias

seus fins eram estratégicos, comerciais e econômicos.

Terminada a Guerra do Paraguai, o assunto mais deba-

tido entre os oficiais do exército brasileir o, era a funda-

ção de uma colônia militar na foz do rio Iguaçu, que servis-

se de ponto estratégico para a defes a contra as invasões es-

trangeiras

 .

Assim, em 1 888, foi nomeada uma comissão de 14 ofi-

ciais sob a chefia do Capitão Bellarmino Augusto de Mendonça

Lobo para:

de s c o b r i r a f o z do I gu as s u e f unda r u ma

Co l o ni a Mi l i t a r n a me s ma f o z .

A 22 de no ve mbr o de 1 889, o Se gund o

Tenent e J os é J oa qui m F i r mi no , enge-

n he i r o mi l i t a r c h eg av a a f o z do I gu as -

137. NOGU EIRA, op. cit., p. 25.

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119

su.

P or o c as i ã o de s s a d es c o b er t a o t e r r i -

t ór i o b r a s i l e i r o , n a r e f e r i da f oz , j a

er a h ab i t a do p or 324 a l ma s , a s s i m d es -

c r i pt as : b r a s i l e i r o s , 9; f r a nc ez es ,

5; h e s p a nh o es , 2 ;   a r g e nt i n os , 95; pa-

3 8

r a gu ay os , 212; i ng l e z , 1.

0 progresso desta colônia foi rápido dado a facilida-

de de comunicação fluvial com a Argentina e o Paraguai.

Tornou-se uma povoa ção civil (1 912), sob a jurisdi-

ção do Município de Gua rapuava, dirigida por Luís Daniel ele-

ve.

Dois anos depois (1 914), a Lei n9 383, transformava

essa povoação em Município, desmembra ndo de Guarapuava "o

território entre, os rios Piquiri, Iguaçu, do Paraná até as

1 - 3 - 9

cabeceiras do São Francisco e as barrancas do Tormenta

  x

, nu-

ma extensão de 887,72Km

2

.

Embora os governantes do Paraná, a Câmara Municipal

de Guarapuava e os jornais fizessem larga campanha para a-

trair colonos, imigrantes e nacionais, a lavoura continuava

a se ressentir com a falta de braços e de pessoas que pos-

suíssem maiores conhecimentos sobre agricultura.

Isto porque, a colonização depende principalmente das

vias de comunicação, pois sem elas o colono não se anima a

penetrar no sertão. Sem estradas, a agricultura, o comércio

e a indústria jamais poderão prosperar; por conseguinte, co-

lônias que se localizassem a longas distâ ncias , isoladas,

permaneceriam estaci,onárias e desapareceriam.

13B. BRITO, José Mari a. Descoberta de Foz do Iguassu,

e fundação da Colônia Militar . Boletim do Instituto Histó-

rico, Geográfico e Etnográfico Paranaense. Curitiba, 1 9l7.

V. XXXII. p. 51-67.

139. RIBEIRO, op. cit., p. 186.

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120

Este era o grande problema do Municipio de Guarapua-

va; possuía campos apropriados â criação, clima sal.ubre, ter-

ras férteis para toda e qualquer lavoura (cana de açúcar, al-

godão, tabaco, cereais, frutas etc.) mas, faltavam-lhes boas

estradas,

Uma sessão ordinaria da Câmara Municipal, em 26 de fe-

vereiro de 1 901, tratou sobre a fundação de um núcleo colo-

nial europeu, no rocio da cidade, o que jamais aconteceu

Outra sessão, realizada em 26 de abril de 1 890, en-

caminhou uma correspondência ao Governo Federal, através do

Presidente do Estado, colocando-lhe a disposição o terreno

de Marre cas para que ali se localizassem uma Colônia Fede-

ral.

Dois anos depois, em 29 de julho de L911„Arlindo Ri-

beiro, camarista, convocou e presidiu uma Sessão da Câmara

para comunicar o recebimento de um telegrama do Dr. Ferreira

Correa, Inspetor do Serviço de Povoamento do Solo do Paraná,

sabendo de possibilida de do Município conceder terras gra-

tuitamente e com que auxílio poderia concorrer, para a manu-

tenção da primeira leva de imigrantes até que estes reali-

zassem a sua primeira colheita.

Quanto ãs terras, a Prefeitura já se encontrava auto-

rizada a entrar em negociações com o proprietário que melho-

res condições oferecesse e em seguida, apresenta-las aos ve-

readores para o respectivo estudo.

Sobre o auxílio, a Câmara resolveu por unanimidade de

votos, autorizar a Prefei tura a oferecer 3:000$000, porém,

140. ATAS. Ata da Sessão ordinária de 26 de fevereiro

de 1 901. Livro de Atas de 1 889-1 910. Arquivo da Câmara

Municipal de Guarapuava.

141. Ibidem, 26 de abril de 1 909.

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X 21

nada se encont r ou sobr e a f undação dess as c o l ôni as .

Novament e se r eúnem os r epr esent ant es do Muni c í p i o pa-

r a t r a t a r do mesmo ass unt o ; es t a sessão r eal i zou- se em 1 919

e sua f i nal i dade er a a cont r at ação de uma empr esa par a f un-

dar uma co l ôni a de agr i cu l t o r es nas t e r r as devol ut as do Pa-

t r i môni o Muni c i pa l . Ne s t a mes ma r euni ão f i c ar am es t abel ec i -

das as condi ções que se r i am i mpost as ao cont r a t ant e e con-

t r at ados . -

Toda es s a s t ent at i vas s ur t i r am pouc os ef ei t os po r q ue

f or am s e mpr e i nt e r ce pt a da s p el a ba r r e i r a da es ca s s e z das v i a s

de comuni cação.

J á na t e r ce i r a dé cada do s é cul o XX o i me ns o t er r i t ó -

r i o de Guar apuava cont ava com apenas quat r o col ôni as habi t a -

das por c ol o nos i m gr ant es :

a) Senador Cor r e i a - com uma ár ea de 17 000 hect ar es

e ha bi t a da por 2 047 po l o ne s e s , 753 br a s i l e i r o s , 43 al e mã es ,

8 s í r i os , 7 s uec os , 15 f r a nc es e s , 9 e s panhó i s , 2 hol a nde s es ,

2 i t al i anos e 1 i ngl ês ;

b ) Apucar ana - com 15 000 hect ar es e sua popul ação

f o r mada por 860 pol oneses , 228 b r as i l e i r os , 132 a l emães , 43

a us t r í a cos , 12 f r a nce s es , 16 ho l a nde s es e 7 po r t ugue s es .

c ) Co r one l Er nes t o Que i r oz - s i t uada no Amo l a Faca( La -

r anj ei r as ) e habi t ada por 80 f am l i as pol ones as .

d) Mur i l i o - f undada pel o Dr . F r anc i s c o Nat e l de Ca-

mar go e hab i t ada por 20 f am l i as pol onesas .

1143

Em 1 951, no gover no de Bent o Munhoz da Rocha f o i

f undada a Col ô ni a Ent r e Ri os c om i m gr ant e s de c ul t ur a al e-

142. ATAS . At a da sessão o r d i nár i a de 8 de j ul ho de

1 918. L i vr o de At as de 1 917 - 1 924. Ar qui vo da Câmar a

Muni c i pal de Guar apuava.

143. CORREI A, L e oc á di o , o p. c i t . , 2. e d.

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122

mã; esta colonização foi a princípio combatida, como se pode

constatar pelo fac-símile do artigo de Coelho Júnior, no

jornal 0 Estado do Paraná, de 8 de abril de 1 955, arquivado

pelo Sr. Benjamim Teixeira.

C O

  K J. II

 O  ,1  I' N 1 O K

Foi das mais acuradas cogitações do Ir"- Diante do fracasso,

  D.

 Pedro

 H

 VM.  NW

pério « solução do problema do trigo, ne Pa- pessoa c.ertificar-se do fato.

raná.. '

  Constatou, então, pat» <<?ep«da

 do »eu aju-

Asairp quo os descendentes doe colónos danto do ordens, que o» campos tinhorn com»

aleitiãéâ,

 oriundos daqueles quo ¡migraram

 base

 ecológica uma mesa do

 podra.

  ,

p»ra » Russia com a Imperatrii Catarina, do E o tempo passou.

leste, .por. sa'négarem à servir no exército do  Veio ia República. ». rfcles, em Ponta Groa- .

Ciar.tiveram <jue sair do pais adotivo. — D. sa. até aos nossos din», mantém uma Estação '

Podro H

  rstendcu-fhes o manto augusto de Experimental de trijjoMl -

sua niRgnánima proteção, e trouxe-os para o  Agora, repetiu-se o erro.

Brasil, focaliiíndo-os  no Paraná,  que foi a Vieram da

 Alemanha,

 da

 SuA(jla,

 centena»

Província, nos últimos tampos de seu reinado, de agricultores, acompanhados, do eng®

,,liei

'

que mais 'cuidados

 lhe

 mereceu.  roe e maqunário agrícola moderno.

Esses calónos, que po-r

 mu tas

 gerações

  E. o

 Secretário da

 Agricultura,

 interessado

trJticultiarsm os vales ubérrimos do Volga, na venda de campos em sua »erra —• Guara-

foram, por informaçSes incompetefites, loca- puava — para encaminhou a preciosa

fizados nos Campos Gerais, ao rbdor .dae ei-

  Imigração.

dades de "Palmeira e Ponta Grossa. E que o Resultado: o mesmo fracasso dos russo»

palmeirense Conselheiro . Jesuino Marcondes, noa Campos Gerais,...

estava interessado

 nia

 venda das

 terras

 séfa-

ras que eompSe a vast» «meseta» de arenito  Diante da acidez da« terras, pobres, quo no-'-

por ontí

a

 se estendem as belas e infecunda» cessitam, par» produzir alguma

 coisa,

 ds W*'

pastagens-   r e m « corrigida«, principalmente ealeada« — o»

colonos suáb'os

 a» "estão

 abandonando a P

r

°- .

Como nos Campos Gerais

 só

 nasce

 cap'm,

 cuira das cidade« onde «e colocam ofi«» -

e cam especialidade o oï-dinarissimo «barba de nas mecânica», comércio, etc.

bôdí». a coíonitação falhou. t>aís terços '

m

'-

graram para

 

Argentina e América do Nor- .Vamos esperar ¡pela terceira tentativa do

ta e o restante  c s p s l h o u s e elas cidades rins- localiração de triticultores em noeno Est,ido.

centes, como artezâos, uns, e a maioria na E

 é <fe

 bom

 aviso que se

 vé descortinando

introdução da carroça russa, transporte pio- o Oeste, cujos pinheirais se vüo dovnstancfo.

nfV.s de erya-mate d'Oeste para os portos do Ê ti que existem as terras fértei» e tr t eul-

Atlsnt'w, no que foram utiliss mos ao desen- • tap's. _Porque o pinheiro i a balisa ecológica

volvimente econômico do

 Estado.

  ' "

  dq&rigo. .

  ,¡

São testtmunhog disse, oe tuao-abrasltei- '"' tnquanto n8

0

 chega e»»s era.— adubam-o»'

rados Hoffmann's, HoUmann'e, Role'ser, Jus- os çampot da Experimental d» Ponta Gross«

tos. Bash's e contenas de mal» fam/llas , eoni o ouro do Erário e se *»* Jardlnapom...

alias

 ót'mo material humano que enriquecem Planta-so trigo e cothe-»e eaplm «barba da

a

 nosss

 ge<»0rafia econém

 ea.

  bóde»... .

0 tempo, porém, provou que esta colonização foi bené-

fica e tem sido entre outros, um dos fatores do desenvolvi-

mento econômico da região.

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CAPÍTULO III

A REPRODUÇÃO DA ESTRUTURA SOCIAL TRADICIONAL

Historicamente, a estrutura social liga-se à forma co-

mo se deu a ocupação da terra.

Nas regiões centro-oeste e sul do Paraná, atingidas

pela expansão da Sociedade Tradicional Campeira, reproduziu-

-se o mesmo estilo de vida patriarcalista baseado na aristo-

cracia fazendeira, como também foram freqüentes as uniões

inter-familias como preservação da grande propriedade.

Os vestígios da infra-estrutura daquele sistema, ba-

seado no latifúndio, perduram ainda nos dias atuais, mesmo

nas áreas onde o capitalismo jã se implantou e marcam pre-

sença nos agregos paternalistas , nos arrendamentos em troca

de víveres e na herança do com padrio, haja visto o grande nú-

mero de afilhados e encostados que vivem de favor junto às

famílias descendentes dos antigos fazendeiros.

Muito embora as grandes propriedades jã tenham sido

partilhadas, ou vendidas, em Guarapuava, ainda existem pro-

prietários que praticam a pecuária extensiva em grandes á-

reas, resíduos das sesmarias latifundiárias.

A criação de gado de modo extensivo exige muito espa-

ço e no século passado, foi a extensão territorial disponí-

vel que permitiu a posse dos campos e o desbravam ento das

matas, como. também foi a propriedade fundiária a única forma

de produção mais compatível com as exigências daquela época.

Hoje porém, apesar de persistir essa atividade jã não é mui-

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124

to comum, nas regiões onde a pecuária jã se modernizou e a

agricultura se mecanizou.

Nos primeiros tempos, os fazendeiros pecuaristas, se-

guindo os velhos costumes da Sociedade Tradicional e força-

dos pelos inúmeros obstáculos oferecidos pelas difíceis co-

municações, pelas longas distâncias e pelos imprevisíveis a-

taques dos índios, criaram uma economia auto-suf iciente, o-

rientada para a subsistência de seus estabelecim entos. Dos

centros mais adiantados abasteciam-se somente de sal, teci-

dos, armas e ferramentas.

0 açúcar moreno, a rapadura, aguardente e café eram

adquiridos dentro do próprio Municíp io, nas regiões mais pró-

ximas do Iguaçu.

A agricultura de subsistência fornecia o alimento(fei-

jão, milho, mandioca, batata e legumes).

Toda fazenda possuía o seu próprio pomar e as atafo-

nas encarregavam-se do feitio da farinha de mandioca e pol-

vilho. Os monjolos, e pilões produziam o fubá e farinha de

milho.

Os laticínios em geral, o charque, banha, lingüiça,

doces, sabões e velas para a iluminação eram produtos da in-

dústria doméstica. Jã no final do século passado, somente

duas casas eram iluminadas com óleo de mamona.

1145

A lã era trabalhada pelas mulheres no feitio de acol-

choados, cochonilhos, tecidos grosseiros e outras utilida-

des .

(Observação: Os dados sobre a exportação de artigos

para o Rio Grande do Sul, no ano de 1 862, fazem referência

144. EXPEDIENT E da Câmara. 1 853 - 1 871, op.cit.,-p. 80.

145. Ibidem.

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125

aos tecidos de lã mas não indicam a existência de qualquer

fábrica).

Os calçados das crianças (até certa idade) eram de pa-

no, forrados de couro fino e feitos em casa; os sapatos dos

adultos, bem como todos os artefatos de couro necessários ã

montaria, inclusive as bruacas e canastras, eram trabalhados

pelos escravos mais curiosos ou alguns poucos artesãos que

se espalhavam pelas fazendas.

Numa popula ção de 342 habit antes, em 1 825, existiam

1 sapateiro e 1 f erreiro .

l lf

-

6.

Conservando os mesmos hábitos dos tempos coloniais, o

fazendeiro de gado também possuía uma casa na vila (depois

cidade) mas, residia na fazenda, cercado pelos "peões" que

eram os agregados e escravos.

No rol de agregados listavam-se também os seus fami-

liares como tios, sobrinhos, afilhados, expostos, criados e

encostados, além dos "rendeiros" da terra ou os que dela se

utilizavam gratuitamente.

Os seus familiares, embora chamados de agregados(por-

que dele dependiam economicamente) pertenciam ao mesmo nível

social do fazendeiro; os demais agregados - também dependen-

tes economicamente do fazendeiro - ocupavam uma posição so-

cial inferior.

A massa servil era a classe mais baixa da pirâmide so-

cial .

0 fazendeiro de gado e sua família somente vinham â

vila (cidade) por ocasiões especiais: festa da Padroeira ,

146. LIMA, Francisco das Chagas. Lista de habitantes

da Freguesia de Belém - 1 825. Departam ento de Arquivo do

Estado de Sao Paulo. Ordem 987. Lata 192.

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126

batizados, casamentos, votar ou realizar negócios.

Antonio da Rocha Loures, no ano de 1 833, registrou

somente 24 casas efetivamente ocupadas na Vila e no rocio,

(periferia) 29. As fazendas de criar eram em número de 16 e

14 7

os campos repartidos aos "pobres" eram 29.

Nesse ano a população de Guarapuava era de 465 habi-

tantes .

Nesta região, como em toda a zona agro-pecuária bra-

sileira, nos primeiros tempos de colonizaç ão, repetiu-se tam-

bém o problema de proprietários entregarem a administração

de seus estabelecimentos a "capatazes" de confiança, geral-

ment e um escravo e, fixarem residência em outros centros mais

14 8

adiantados, a exemplo do que ocorreu nos Campos Gerais, es-

ta afirmação é comprovada pelos dados contidos numa estatís-

tica de 1 835, feita pelos Inspetores de Quarteirão que re-

gistra: de um número de 27 fogos existentes no Quarteirão do

Atalaia, 11 proprietários residiam fora, nos Campos Gerais e

Coritiba e, de 19 fogos existentes no Quarteirão do Pinhão,

1 H 9

8 proprietários também não viviam em Guarapuava. Assim, de

um total de 46 fazendas de criar, 19 delas estavam nas mãos

de capatazes, perfazendo um total de 41%.

Já em 1 855-57 a quase totalidade dos proprietários ru-

rais residia nas suas terras como se pode verificar pelos

resultados da análise dos dados contidos no Registro de Ter-

147. LOURES, Antonio da Rocha, Capitão. Relação de

habitantes de Guarapuava - 1 833. Departamento de Arquivo

do Estado de São Paulo. Ordem 1 025. Lata 230.

148. BALHA NA, op. cit., p. 30.

149. COSTA, Francisco et alii, Ispetores de Quarte i-

rão. Mapa dos habitantes de Guarapuava - 1 835. Departa-

mento de Arqu ivo do Estado de Sao Paulo. Ordem 1 02 5.  Lata

230.

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127

ras ou Registro do Vigário (Quadro n9 7) que de um total de

372 propriedades rurais da Vila de N. S. Belém somente 10

proprietários não residiam nas suas propr iedad es, isto ê

2,68%; e de 80 declarante s do distrito de Palmas, 16 resi-

diam fora, isto ê, 20%.

Este fator concorreu para o atraso do lugar porque

privou da vinda de elementos com maior cultura e vivência

mais atualizada com o progresso da época que, através do e~

xemplo provocariam uma mudança de atitudes, tanto no sentido

da promoção humana (social, espiritual, econômica), como na

ampliação das oportunidades de melhores rendas para o Muni-

cípio.

Igualmente concorreu para o esvaziamento demográfico,

uma vez que o baixo nível de satisfação das necessidades de

um "capataz-escravo" não atraia qualquer outro elemento po-

voador.

Essa mudança de costumes do ponto de vista econômico,

social e cultural aconteceu 20 anos mais tarde quand o se es-

treitaram as ligações de São Paulo com o Rio Grande do Sul,

pelos Caminhos das Missões e Guara puava se integrou ao co-

mércio sulino de gado recebendo freqüentemen te as visitas

dos tropeiros epar tici pand o com as invernadas, enfim, tornan-

do-se parte integrante dessa atividade econômica.

É evidente que, aumentando o consumo teria que aumen-

tar a produção para suprí-lo eq ue , ao se transformar o pano-

rama econômico, teria que se modificar o nível social.

Assim sendo, o tropeirismo desempe nhou papel impor-

tante na historia econômica e social de Guarapuava porque fez

crescer o poder aquisitivo da população que passou a adotar

uma vida com mais conforto e até de luxo, copiada â moda dos

grandes centros gaúchos, paulistas e cariocas. A partir da

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128

segunda metade do século

  XI X,

  do Rio

  de

 Janeiro eout ros pon-

tos do litoral, import ou-se fazendas, secos e molhados no

valor de mais de 200:000$000. A aguardente vinha  de São Pau-

lo, Morretes e Colônia Thereza na propor ção de 2 000 medi-

das. De São Paulo vinham os artigos manufaturados como cha-

péus, sapatos, selins, lombilhos, freios, foices e machados,

além do café, fumo e açúcar.

150

 Estes dados eram anuais.

A moda gaúcha pontilhou com os modelos de bombachas

(traje mascu lino campeir o) bordadas com casinhas de abelha,

as botas vistosas, as esporas estravagantes, os lenços ep on -

chos de seda pura.

Os trajes femininos passaram a ser confec cionados em

tecidos vindos da Europa, comprados nas cidades litorâneas e

costurados em Santos, São Paulo, Sorocaba, Curitiba, Ponta

Grossa e Porto Alegre; somente as mulheres mais ricas se da-

vam a este luxo. (Estas reminiscencias perpetuaram-se pelas

fotografias, ainda conservadas pelos familiares das antigas

famílias).

As caçambas de prata (estribos) e os cabos de relho,

bem como as guampas ornamentadas em ouro e prata ainda podem

ser vistos, enfeitando as salas de visitas dos netos e bis-

netos dos fazendeiros do século passado.

Desde o sal até o sabonete, das armas aos utensílios

passaram a ser adquiridos nas grandes cidades por onde tran-

sitavam as tropas de mulas.

A linguagem cabocla foi influenciada pelos termos pla-

tinos como "peão", "chimango", "cochonilho", a gíria "Chê",

hoje obrigatórios no linguajar do homem que se dedica aos

150. EXPEDIENTE da Câmara - 1 853 -1 871, op. cit. p. 86.

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129

trabalhos campeiros.

As canções, as danças e tradições características das

regiões platinas e dos gaúchos incorporaram-se ao folclore

regional, haja visto a importância assumida pelo Centro de

Tradições Gaúchas "Fogo de Chão" e todos os seus filiados dos

Distritos que, anualmente, realizam torneios e competições

rememorando a fase do tropeirismo, Até mesmo as "Cavalhadas",

tradição herdada da Península Ibérica e que era muito cul-

tuada entre os guarapuavanos , hoje já não tem a mesma atra-

ção entre a população da zona campeira.

Outro ponto a considerar ë que a disponibilidade de

capitais, acumulados por ocasião das invernadas de gado e

outras atividades concernentes ao tropeirismo permitiu o es-

tabelecimento das maiores firmas comerciais do século passa-

do, como a "Sã, Virmond & Cia", 1 860, que se dedicou, em

larga escala, ao comércio de muarés, com o Rio Grande do Sul

e ao de fazendas e armarinhos em geral, artigos estes com-

prados no Rio de Janeiro.

A revenda de muarés era feita na Feira de Sorocaba ou

então na Província da Bahia.

151

Data desse tempo (1 862), a fundação da "Casa Missi -

no" que foi uma das repre sentantes do alto comércio guara-

puavano até meados do século XX.

Surgindo a competição comercial elevou-se o status das

pessoas que conseguiram maior volume de capitais (os antigos

fazendeiros possuíam muitas terras, gado, escravos e pouco

capital) e a Sociedade Tradicional Campeira sofreu uma gran-

de transformação.

151. ATAS . Livro de Atas de 1 861 - 1 870, op. c i t p . 13 .

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130

A estratificação tradicional rigorosa nas zonas agrí-

colas era menos rígida na zona do criatõrio; nesta surgiu

também uma classe formada pela clientela livre, mas depen-

dente economicamente do proprietário do latifúndio: os agre-

gados .

Com o enriquecimento de muitos fazendeiros, através

do comércio do gado, a sua classe se subdividiu em:

a} Classe alta - formada pelos ricos proprietários e

e tropeiros;

b) Classe média - representada pelos fazendeiros que

não auferiam grandes lucros financeiros;

c) Classe baixa - formada por:

1- Agregados - trabalhadores livres, mas subordi-

nados economicamente ao fazendeiro. Contudo,

sua posição social era mais elevada que a dos

escravos ?

2- Escravos - massa servil que ocupava o degrau

mais inferior da escala social.

Antes dessa transformação a classe mais alta que era

a dos fazendeiros, ligava-se ãs outras por uma estreita so-

lidariedade econômica e social. Embora houvesse diferenças

de fortuna estas não significavam estratificação social per-

ceptível porque todos freqüentavam os mesmos locais, as mes-

mas escolas, auxiliavam-se mutuamente nas suas precisões, e,

por ocasião das festas,como também dos funerais era quase o-

brigatória a presença de todos.

A desigualdade gerada pelo enriquecimento rápido de

muitos fazendeiros adquiriu maior significado quando foi in-

fluenciada pela política que transformou os pleitos eleito-

rais em verdadeiras guerras de afirmação social.

Formou-se uma hierarquia, dentro da própria classe,

diferenciada somente pelo poder econômico e que deu maior

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131

prestígio aos mais ricos que, por essa razão, foram também

os detentores da chefia da política local, como exemplo, as

dimensões alcançadas pelas disputas entre picapaus e maraga-

tos, em que memb ros de um e outro partido deixaram de fre-

qüentar o mesmo clube social, o Club Guayra, fundando-se ou-

152

tro, o clube Cassino Guarapuavano.

Na complexidade das transformações da Sociedade Tra-

dicional Campeira salientou-se também o papel do "agregado"

como elemento responsável pelo encurtamento da distância sõ-

cio-econômica entre os proprietários e os trabalhadores do

estabelecimento agropecüãrio, pois foi ele que, através do

agrego, conseguiu grande parte dos animais, que povoaram as

terras de volutas onde, p osterior mente, se estabeleceu e, tra-

balhando como autônomo, subiu na escala social (tornando-se

um representante da classe média e até mesmo um rico fazen-

deiro) .

Os reflexos da Sociedade Tradicional Campeir a ainda

persistem com maior intensidade nas regiões onde se pratica

a agricultura de subsistência e a pecuária extensiva, com os

mesmos métodos usados no século passado.

V

0 agrego jamais desapareceu e sua forma também conti-

nua a mesma pois, muitos proprietários ainda permitem o uso

gratuito da terra ou cobram 1/3 ou 1/2 da produção dos bens

primários. O enquadramento dos agregados e empregados ru-

rais nas Leis trabalhistas está fazendo com que os proprie-

tários rurais deixem de permitir o uso de suas terras; as-

sim, uma Lei que deveria beneficiar os habitan tes do meio ru-

ral muitas vezes acaba por prejudicá-los.

152. ATAS. Ata n9 5. Livro n9 5. Arquivo do Guaira

Country Club de Guarapuava.

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132

As medidas usadas ainda são a braça, quarta, alquei-

re, arroba, talha etc. embora as comunidades jü tenham se en-

gajado na "Sociedade Global"

5

Os lavradores mais pobres continuam com o velho cos-

tume do "mutirão" para o feitio das roçadas e carpi das. An-

tes, realizava-se para suprir a escassez da mão-de-obra , a-

gora ele é praticado como medida de economia visando apro-

veitar o trabalho, não remunerado, de muitos vizinhos, du-

rante um dia.

Essa herança cultural vem desafiando todos os proces-

sos da dinâmica do desenvolv imento que vem ocorrendo em

grande parte do Município, nos últimos anos, onde a agricul-

tura jã é altamente produtiva com a introdução de insumos e

moderna tecnologia.

153. GURVITCH , Georges. Traité de sociologie. Paris,

Univ. de France, 1 958. 1 v.

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133

3.1 - Características da população de Guarapuava quanto a sua

formação ëtnico-cultural, condição social, sexo, ida-

de, estado civil em relação ã forma de trabalho.

Estudando-se a naturalidade dos primeiros povoadores

e outros elementos que posteriormente se transferiram para a

região de Guarapuava, conclui-se que a formação étnico-cul-

tural estruturou-se também nas três raças básicas: o euro-

peu (português), o africano e o índio.

Inicialmente o efetivo da população constitui-se de

j'00 pessoas, aproximadamente; 200 eram militares e os res-

tantes eram colonos e escravos, todos componentes da Real

Expedição e Conquista dos Campos de Guarapuava.

A região era ocupa da por um grande número de índios

bárbaros.

O Comandante da Expedição, Diogo Pinto de Azevedo

Portugal, era português, nascido era São Bartolomeu dos Bar-

queiros

151

*, e os demais militares eram brasileiros descenden-

tes de portugueses.

Os colonos eram nacionais, transferidos de Curitiba e

Castro.

De início, o Pe. Francisco das Chagas Lima, missioná-

rio que aco mpanhava a Expedição, proibiu a miscigenação com o

índio provo cando a poligamia.

155

 Somente a partir de 1 825, as

estatísticas disponíveis registraram casamentos de homens

brancos com mulheres índias, muito embora a miscigen ação se

154. FRANCO, op. cit., p. 10.

155. ALMEIDA , Francisco Antoni o. Correspondênc ia a Ra-

fael Tobias de Aguiar, 2 de março de 1 827. Departamento de

Arquivo do Estado de Sao Paulo. Ordem 1 025. Lata 230.

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134

iniciasse em 1 810.

O Pe. Chagas listou nada menos que "9 casamentos de

^ 15 6

brasileiros cora índias", no ano de 1 827.

Também o Tenente Antônio da Rocha Loures, Comandante

substituto, em dois mapas relativos â população indígena, re-

feriu-se a "4 casamentos de índias com portugues es", no ano

de 1 830 e "8 casamentos de portugueses com índias", em

1 831.

157

Em 1 853, quando Guarapuava jã era uma vila com 10

quarteirões habitados e possuia uma população livre de 1 072

homens e 839 mulheres houve apenas "3 casamentos de brancos

1 58

com índias e 1 casamento de índio com mulher branca.

Esta miscigenação tomou maior vulto e no ano de 1 863

registraram-se "12 casamentos de brancos com índias e 6 ca-

samentos de mulheres brancas com índio".*

59

O maior número de casamentos de homens brancos com

índias prende-se ao fato da população branca masculina com

mais de 14 anos ser maior que a população bran ca feminina,

como se pode verificar na Tabela I

Constaram apenas os indivíduos com mais de 14 anos de

idade porque 14 anos foi a idade míni ma encontr ada entre os

cônjuges - 14 anos (mulheres) e 17 anos (homens).

«

Foram poucos os casam entos entre, mulh eres brancas e

156. LIMA, Francisco das Chagas, Padre. Mapa da popu-

lação indígena - 1 827. Departamento de Arquivo do Estado

de Sao Paulo. Ordem 1 02 5.  Lata 230.

157. LOURES, Antonio da Rocha, Tenente. Mapa da popu-

lação indígena - 1 830 - 1 831. Departamento de Arquivo do

Estado de Sao Paul o. Ordem 1 025. Lata 230.

158.. ARA ÚJO , Antonio Braga d*. Rol dos Chefes com

suas esposas, filhos, agregados e escravos »- 1 0537" Arcruivo

de Benjamin Teixeira, Guarapuava.

159. . Lista de' paroq uianos . 1 862-3, op. cit..

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136

índios. Dos 4 casos encontrados em 1 863, todos eram de mu-

lheres (com 68, 52, 4 2 e 27 anos de idade) casadas com ín-

dios catequizados com menos de 30 anos e sempre mais novos

que a esposa.

Em todos os documentos relativos â popula ção aparecem

alguns casamentos de brancos com escravos libertos; os fi-

lhos naturais, de cor parda ou mulat os (pai branco e mãe es-

crava - os chamados "crias de família") e alguns agregados

de cor parda (também filhos de branco e mulhe r negra, mas

que não eram reconhecidos como filhos) comprovam a grande

mistura entre essas duas etnias.

A miscigenação dessas etnias e a interação de muitos

fatores como o meio físico, a baixa densidade demográfica

comparada ê extensão territorial, a falta de comunicação e

principalmente de escolas, criaram uma aculturação diversi-

ficada que resultou no acaboclamento do homem rural.

As grandes distâncias entre as fazendas impossibili-

tavam a instalação de escolas; o fazèndeiro, quando lhe era

possível, contratava um professor particular para ensinar as

primeiras letras a seus filhos, enquanto a prole dos traba-

lhadores ficava na ignorância.

Deste modo, não s5 a parte cultural como também a e-

conomia foi se ressentindo da falta de conhecimentos.

A Lista de Habitantes de 1 835 registra apenas 39 pes-

soas alfabetizadas e a estatística de 1 872 apontanuraa popu-

lação branca de 7 613 pessoas, 2 508 que sabiam 1er. Dos 849

escravos existentes todos eram analfabetos.

1615

O primeiro reflexo da estagn ação da cultura surgiu

160. ARAÚ JO. Lista de habitantes de 1 862, op. cit.

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137

quando o branco, descendente do europeu, por uma questão de

sobrevivência, adaptou-se ao meio aceitando a contribuição

cultural do índio e negro. Assim procedendo ele substituiu

muitos traços culturais trazidos de uma sociedade mais evo-

luída, muito embora conservasse alguns deles.

Daí nascer uma nova cultura cabocla.

Este estado de coisas sõ haveria de mudar quando a

educação condicionasse o desenvolvime nto técnico cultural,

quando a melhoria dos transportes e comunicações facilitasse

os sistemas de comercialização e propiciassem a entrada de

novos elementos, principalmente imigrantes.

Por muitos anos, Guarapuava não recebeu a participa-

ção de qualquer outra etnia, pois que, soment e a Lista de

1 835, citou a existência de 4 portuguese s naturali zados (1

seleiro, 1 sapateiro e 2 militares).

Com a fundação da. Colônia Thereza (1 847) , a margem

do Ivaí, trans feriram-se para o local 79 imigrantes france-

ses, os quais logo desanimaram, permanecendo no local apenas

6 deles.

A vinda de elementos de outras nacionalidades para

Guarapuava foi constatada na lista de paroq uianos de 1 853,

que registrou a existência de um alemão (Theodoro Stresser),

residindo no 29 Quarteirão da Vila; dois franceses (Gustavo

Rumbelsperger, ex-diretor da Colônia Thereza e, Pedro Aloys

Scherer que, em 1 860, naturalizaram-se brasileiros).

A partir de 1 863 pode- se notar uma maior afluência

de estrangeiros:

a)- 5 alemães (1 alfaiate, 1 pedreiro, e 1 carpinteiro);

b)- 4 portugueses (1 sapateiro, 1 fogueteiro, 1 carpinteiro,

1 arreieiro);

c)- 1 italiano;

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138

d}- 2 franceses.

161

"

No final do século XIX (1 898) natur alizaram-se bra-

sileiros - 1 alemão, 1 belga e 1 a ustr íac o.

162

Em 1 856, a Câmara Municipal declarou existir 80 es-

trangeiros porém, este dado não corresponde com os apontados

pelas listas de paroquianos e documentos análogos.

Não houve migração em larga escala no início do sécu-

lo passado, a não ser os primeiros povoadores aquinhoados

com sesmarias, mais algumas pessoas sem recursos que se es-

tabeleceram com pequenas posses, no "Quarteirão dos Pobres",

alguns degredados que vieram cumprir sentenças, quando a Fre-

guesia N. S. de Belém era considerad a "presídio".

Em síntese, repetiu-se a mesma formação básica do Bra-

sil colonial, contrariando apenas na dimensão da família cu-

ja média era de 2 e, raras vezes, de 3 filhos, enquanto a

família colonial compunha-se de 6 para mais elementos.

Em 1 825 existiam 48 casais e 1 viuv a, com 55 filhos

menores de 14 anos, com a média de 1,14 filhos por casal.

Em 1 833, o número de famílias era de 119 com o total

de 187 filhos, com a média de 1,5 filhos por casal.

Em 1 853 existiam 460 fogos, de cujos chefes 414 eram

casados, 26 eram viúvos e 20 eram solteiros. Haviam portan-

to, 436 famílias com um total de 1041 filhos, perfazendo a

média de 2,3 filhos por casal.

A partir de 1 863, a média subiu para 3 ou 4 filhos;

esse aumento foi sempre crescente e, no final do século XIX

e início do XX, jã se encontram famílias com 12, 15 e até 18

161. ARAÜ JO. Listas de habitantes de 1 862, op. cit.

162. TEIXEI RA, Benjamin. Naturaliz ação de estrangeiros.

Folha d'Oeste, Guarapuava, 5 out. 1 941. p. 6.

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139

I 63

filhos.'

A dimensão da família na Sociedade Tradicional guara-

puavana foi muito importante porque a mão-de-obra familiar

sempre representou mais de 50% da força de trabalho.

Por outro lado, a sua composição étnica contribuiu

para o nascimento de uma hierarquia social com base econômi-

ca, onde a classe dominante era representada pelos donos de

terra em cujos meios de produção salientou-se a mão-de-obr a

não remunerada (trabalho familiar e mão-de-ob ra servil).

0 negro, tornou-se desde logo, o sustentáculo em que

se haveria de apoiar o branco civilizado.

Repetia-se a mesma estratificação social ocorrida em

todas as zonas do criatório: fazendeiro, agregado, escravo.

A massa servil, que participava de todas as ativida-

des, desde a defesa contra os bárbaros,at é a manufatur a dos

objetos necessários â fazenda e ao uso doméstico, tinham na

agricultura de subsistência sua principal ocupação.

Os agregados (ressalvando-se os parentes do fazen-

deiro) recebiam pelo seu trabalho, o alimento, vestuário e o

teto, alguns trabalhavam pelo aluguel da terra e outros ain-

da repartiam o fruto da produção.

Também não se tem notícias de muitos trabalhadores as-

salariados (antes da abolição) a não ser algumas horas, aos

domingos, de escravos que desejavam comprar sua alforria,

quando o senhor dava permissão e, alguns empregados da Expe-

dição Colonizadora.

Existiam os chamados "jornaleiros" que recebiam pela

jornada de trabalho.

163. CORREIA, Leocadio, op. cit.

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140

Na L i s t a da Popul ação da F r egues i a de N. S. de Be l ém

de 1 825, não se f az menção â " j o r na l e i r os" ; j ã a de 1 835,

dav a numer o de 79; e, em 1 863, apenas 1 que t ambém t i nha

c omo pr of i s s ão " f axi nei r o" .

Foram mínimos os casos de arrendamento total ou par-

cial da propriedade, bem como os de parceria.

O que houve, em esca l a mai s ou menos c ons i der ável nos

pr i me i r o s t e mpo s , f oi a a dm ni s t r a ção de ca pa t a z es , q ue em

mui t o s cas os e r a m e s c r a vos .

Assim, o baixo custo da mão-de-obra empregada na pro-

dução de bens do setor primário, que então era o maior gera-

dor de rendas, permitiu aos fazendeiros guarapuavanos explo-

rarem suas grandes propriedades sem grandes recursos de ca-

pital .

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141

3.2 - Faixa etária da força de trabalho

Existe possibilidade de se determinar a diferença en-

tre a população potencialmente ativa e a população ativa o-

cupada.

1614

"A população, poten cialmente ativa, é o total das pes-

soas capazes de trabalhar e população ativa ocupada, são as

pessoas que realmente trabalham".

165

A taxa de produtividade varia conforme a idade, sexo,

estado civil, grau de instrução, etc.

Com os dados disponíveis sobre a população de Guara-

puava no século XIX, fez-se um estudo sobre a estrutura popu-

lacional, quanto à Condição Social (TABELA II), Trabalho Po-

tencial e População Ativa da população livre e escrava, em

relação ao número de fogos (TABELA III) e, em relação à po-

pulação total (TABELA IV), Distribuição da População por Con-

dição Social (TABELA V), Taxa de participação da mão-de-obra

de cada grupo social (TABELA VI), Taxa de participação da

mão-de-o bra escrava (TABELA VII), População Total livre e

escrava de acordo com a idade (TABELA VIII), Estado Civil

(TABELA XI), Número de escravos por proprietário (TABELA X),

Distribuição da População Ativa conforme as atividades pro-

dutivas (TABELA XI).

Levando-se em consideração que a faixa etária da es-

trutura ocupacional do campo e lavoura de autoconsumo ba-

seia-se na "força potencia l", mas que a maior produtividade

ê atribuída â força ativa de trabalho, a organização da TA-

164. CARDOSO, Ciro Flamarion & BRIGNOLI, Hector Perez.

Os método s da historia. Rio de Janeiro, Ed. Graal, 1 979.

p. 198.

165. Ibidem.

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142

BELA III, não obedeceu a um modelo rígido quanto â sua divi-

são e fez representar séries descontínuas de 10, 4 e 46

anos respectivamente, visto que "a força de trabalho se ba-

seia no conceito de "força potencial de trabalho" que inclui

a população de 10 anos e mais de idade"

16 6

, enquanto a popu-

lação ativa refere-se a indivíduos coro 14 anos e mai s de idade.

Não se deve esquecer porém, que nos primeiros tempos

de colonização, nas fazendas guarapuavanas, os meninos de 10

anos de idade acompanhavam os pais nas tarefas diárias, li-

dando com o gado, enquanto as meninas serviam de pajens ou

auxiliavam nos serviços domésticos.

Crianças e velhos realizavam a limpeza dos currais,

pomares e quintais, encarregava m-se do feitio de hortas, da

coleta de adubo natural e da alimentação das aves e animais

domésticos.

Os velhos eram também paioleiros e guardiões das sa-

fras de porcos (soltos na roça para o engorde) e os ajudantes

no preparo do charque, banha, sabão, doces, conservas e vel as.

167

As mulher es, quando necessário, igualavam-se aos ho-

mens em todo e qualquer trabalho.

Os elementos disponíveis para a construção das TABE-

LAS II a XI não permitiram uma análise mais precisa e

de maneira uniforme; na impossibilidad e de se os comple-

tar com outras fontes, foram observados somente os dados

relativos aos anos de 1 825, 1 835, 1 843, 1 853, 1 863,

1 872 e 1 890 que possuem maiores informações e possibilitam

uma visão geral.

166. SCHÜR, Edward. 0 desenvolv imento da agricultura

no Brasil. Rio de Janeiro, APEC,  l'¥il.

167. Pésquisa feita com os de scendentes mais idosos das

famílias tradicionais de Guarapuava.

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TABELA I I

ESTRUTURA POPULACI ONAL DO MUNI CÍ PI O DE GUARAPUAVA - SËC. XI X

Popul a-

ção t ota l

( br as i l

escravos

e í n di os )

POPULAÇÃO

ANO

FOGOS

Popul a-

ção t ota l

( br as i l

escravos

e í n di os )

L i v r e ( . excl ui ndo  os i ndi genas cat e-

qui zados)

Escrava

I ndí gena cat aqui zada

Popul a-

ção t ota l

( br as i l

escravos

e í n di os ) M

F T

%

M F

T

% M

F T

%

1825 63

342

101

83

184

54, 4

27

8

35

10

39 84

123

35, 6

1835

143

688

299

248

547

79, 5

46

30 76 11, 05 16

49

65

9, 45

1843

368 1 621

766

591 1 357

83, 71

131

88 219

13,51

21 24

45 2, 78

1853 457 2 771

1 251

1 052

2 303

83, 11 240 161

401

14, 47

18

49 67 2, 42

1863

462 3 036

1 300 1 124

2 424

79, 5 321 270 591 19, 4 8

13 21

1,1

1872 1 295

8 477

4 059

3 554

7 613

89, 80

426

423

849 10, 02

4

11

15

0,18

1890 920

8 943

4 458 4 485

8 943

100, 00

-

- - -

-

- -

-

1900

-

13 124

6 892

6 142

13 124 100, 00

-

-

-

-

-

- - -

FONTE: LI STAS NOM NATI VAS DE HABI TANTES, MAPAS DA POPULAÇÃO DE GUARAPUAVA - SEC XI X

1) A popul ação i ndí gena catequi zada era consi derada l i vre, porém f oram f ei tos cál culos separados da mesma, a f i m de

ver i f i car seu percentual na popul ação total .

(JÜ

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ESTRUTURA POPULACIONAL 00 MUNICIPIO DE GUARAPUAVA

S-feyiÔ XIX

MjLftARKS IDE MAStYAOT&S

.. i ísok

L I V R E

ESCLAVOS

IWOèSMÃS

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A)

 - POPULAÇÃO LIVRE

TABELA III

- TRABALHO POTENCIAL (10 a 60 anos) E POPULAÇÃO ATIVA (14 a 60 anos) - SÊC XIX.

POPULAÇÃO

TOTAL(Li-

vre e es-

Populaçao Livre (excluindo os índios ca

tequipados)

Trabalho po

encial

População Ativa

ASO

fogos

POPULAÇÃO

TOTAL(Li-

vre e es-

TOTAL

1 a 9

anos

10al3 anos

14 a 60 anos

Mais de

60 anos

TOTAL

10 a 60

anos

Media por   f o g o ( % )

14

a 60 anos

Média por fogo(X)

ASO

fogos

crava)

TOTAL

M

F

M F M

F

M

F M F M

F

T

M

F

T

M

F T

M

F

T

1825 63

342

184

12

9

2 5

87

69

- -

101

83

89

74 •

 163

1,41 1,17 2,58

87

69

156

1,38

1,09

2,47

1835

143 688 547

92

90

U 8

196

150

- 299 248

207

158 365

1,44

1,10 2,54 196

150

346

U37

1,11

2,48

1843 368 1 621

1 357

143

97

23

11 588 481 5

9 759

598

611 492

1 1.03 1,66

1,33

2,99

588

481

1 069

1,59

1,30

2,90

1853

457 2 771 2 303

348

269

37 23

848

749 18

U 1

251

1

052

903

783

1

 686

1,97

1,71

3,68

848

749

1 597

1,85

1,63

3,55

1663 462

3 026

2 424

429

446

41

34 815

628 15

16

1

300 1 124

871

678

1 549

1,46

1,46 2,92 815

628

1

 443 1,76

1,35

3,12

1872

l 295

8 477

7 613 909

887

552

513

2 551

•2 111

. 46

43 4 059 3 554 3 150 2 667 5 817

2,43

2,05 4,39

2 <51 2

111 4 662 1,95

1,63

3,60

1 8 9 0

9 2 0

8 943

8 943

i 500

1 514

260 2 5 9

2 566

2 587

132

125 4

458

4

485

2 958 2

970 5 920 3,21

3,22

6,43

2 566 2

587

5 153

2,?8

2,82

5,60

1900

-

13 124

13 124 -

- - -

-

- -

-

6

982 6

142

-

- •

-

-

-

-

-

- -

-

~

-

FONTE: ARQUIVO DA PARÖQUIA DE N, S. DE BELËM DE GUARAPUAVA.

DEPARTAMENTO DE ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

B)- POPULAÇÃO ESCRAVA - TRABALHO POTENCIAL E POPULAÇÃO ATIVA EM GUARAPUAVA - SËCULO XIX.

POPULA-

POPULAÇÃO ESCRAVA

TRABALHO POTENCIAL POPULAÇÃO,

ATIVA

A>"0

FOGOS

ÇÃO

TOTAL

TOTAL

1 a 9

"anos

10

 al3

anos

14 a 60

anos

Mais de

60 anos

TOTAL

10 a

60 anos Média por fogo {%) ; 14 £ 0 anos

Media por fogo (%)

ÃO

TOTAL

TOTAL

M

F

M

F M F M F

M F M F

T

M F

T

M F T

M

F

T

1825 63

342

35

2

2

3

2

20

6

-

- 25 10

23

8

31

0,36

0 12

0 48

.20

6

26

0,31

0,09

0,40

1835 143

688

76 12 4

4

2

35

19 -

-

51 25

39 21

60

0,27

0.14

0,41

35

19

•54

0,24

0,13

0,37

1843

368

1 621

219

34

26 12 10

87

49

1

-

134

85 100 59 159

0 27

0 16 0,43 87 49 137:

0,23

0,13

0,36

1853

457 2 771 401 70

53 23 21

156

78 2

1

251

153

179 • 99

278

0,38

0,21

0,59 156

78

234

0,33

0,17 0,50

1863

462

3 036

591 84

72

32

29

212

162

4

2 328 263 244 191

435

0,52 0,41

0,93

212 162.

374 0,46

0,34

0,80

1872 1 295 8 477 849 90 83 52 44 284 287 5 4 431 418 336 331

667

0,25 0,25 0,50 284 287 580 0,21 0,22 0,43

1890

920 8 943

-

- - - - -

- - - . - - - - - -

' -

• - -

- -

-

-

1900

- 13 124 -

-

-

-

- -

- -

-

- -

_

-

_

-

-

-

-

-

-

-

-

-

FONTE: ARQUIVO DA PAJtÕQUIA DE S. S. DE BELÉM DE GUARAPUAVA

DBPABTAKEHTO DE ARQUIVO DO ESTADO DE   SÃO PAULO

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C) I NDÍ GENAS CATEQUI SADOS - TRABALHO POTENCI AL £ POPULAÇÃO ATI VA - SÊC. XI X

N9

POPULAÇÃO

POPULAÇÃO INDIGENA CATEQUIZADA

TRABALHO POTENCIAL

POPULAÇÃO

ATIVA

ARO

DE

FOGOS

TOTAL

(livre e

TOTAL

POP.

INDIG

CATEQ

1

an

a y

os

an

913

os

14 a 60

anos

61 e

mais

TOTAL

10 a

anos

60

Média

por fogo

14 a 60

anos

Media por fogo

(%)

DE

FOGOS

escrava)

TOTAL

POP.

INDIG

CATEQ

M F

M F

M

F

M F

M

F M F

T

M F

T

M

F T

M F T

1825

63

342

123 22

48

8 11

13 21

- -

43

80

21

32 53 0,33 0,50

0,83

13 21

34

0,20

0 33

0,53

1835

143 688

65

18

13

9 14

4 6 -

-

31

34 13 20

33 0,09

0,13

0,22

4 6

10

0,02

0,04

0,06

1843

368

1 621

45 3

7 4

7 9 15

- 1

21

24

13

22 35 0,03 0,06 0,09

9

15

24

0,02

0,04

0,06

1853 457

2 771

67 11 14

2

8

11

19

-

2 24 43

13 21

34

0,02

0,04

0,06

11

19 30

0,02

0,04 0,06

1863

462 3 036 21

7 2

1

1

4

6 - 3 8

13 5 7

12

0,01 0,01

0,02 4

6

10

0,008 0,012 0,02

1872

1 295

8 477

15 2

3

-

1

l

6 - 2

4 11

1 7 8 0,00

0,05 0,05

1

6

7 0,000

0,004 0,004

1890

920

8 943 -

-

- - - - -

-

-

- -

- - - -

-

~ - -

-

-

1900

-

13 124

- -

-

-

-

-

-

-

-

- -

-

-

-

-

- -

-

-

-

- - -

FONTE :

 ARQUIVO DA PARÖQUIA DE N. S. DE BELÉM DE GUARAPUAVA.

DEPARTAMENTO DE ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO

1. Os indígenas catequizados pertenciam ã população livre,

2. Totais nao computados com a população livre.

3. A populaçao indígena catequizada variava muito devido Ss constantes migrações. Os que permaneciam aldeados eram na

maioria, mulheres e crianças.

4. Em 1.900 existiam 5.000 bugres mansos espalhados pelo sertão.

D) ACREGADOS

î»

POPULAÇÃO

TOTAL

(livre e

escrava)

VGREGADOS (

ncluídos na

população livre)

TRABALHO

POTENCIAL

POPULAÇÃO

ATIVA

ANO

DR

POPULAÇÃO

TOTAL

(livre e

escrava)

TOTAL

1 a 9

anos

10 a 13

anos

13 a 60

anos

61 e

nuis

TOTAL 10 a

60 anos

Media por fogo (X)

14 a

60 anos

Mídia

por fogo (S)

FOGOS

POPULAÇÃO

TOTAL

(livre e

escrava)

TOTAL

M

F M

F M

F M

F M

F M

F T

H F T

• M

F

T

M

F T

1825 63

342

12 1

1 1

2

4

3

-

-

6 6

5

5

10

0,07

0,07

0,14

4

3

7

0,06

0,04

0,10

1835

143 688

85

13 14 11

7

27

13

- -

-

51

34

38 20 58

0,26

0,13

0,39

27

13

40

0,18 0,90

1,08

1843

368

1.

 621,

213 35

31

15 8 102

22 -

- 152

61 1.17 30 147

0,31

0,08

0,39

102

22

124

0,27

0,06

0,33

1853

457 2 771

214

33

25

17

13

104

22

-

-

154

60

121

35

156

0,26 0,07

0,33 104

22

126

0,22 0,05

0,27

1863 462

3 036

200 23

13 13

8 111

26

-

1 147

53 124

34 158

0,26 0,07

0,33 111

26 137

0 , 2 4

0 , 0 5

0,29

1872

1 295 8 477

219 16

10 6

7

142

38 -

1

164

55

148

45 193 0,11 0,03

0 , 1 4

142 38 ISO 0,10 0,02 0,12

1890

9 20

8 943

-

-

- -

- -

-

-

-

- -

-

-

- - -

_

_

».

_

_

1900

-

13 124

- -

-

-

-

-

-

-

- -

- -

-

-

- -

- -

-

-

- -

-

FONTE: ARQUIVO DA PARÖQUIA DE N. S. DE BELËM DE GUARAPUAVA.

DEPART AMBHTO DE ARQUI VO DO EST ADO DE SÃO PAUL O,

1. Tota i s j a computado» com a  p o p u l a ç ã o  l i v r e.

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T A B E L A l Y

P O P U L A Ç Ã O L I V R E E E S C R A V A - T R A B A L H O P O T E N C I A L S P O P U L A Ç Ã O A T I V A ,

S E O S P E R C E N T U A I S E M R E L A Ç Ã O

  X

  P O P V U Ç Ã O T O T A L - C MP - A P U A V A - S EC T Í LG K I X .

POPULAÇÃO

P o p u l a çã o L i v r e ( i n c l u i n d o i n d í g e n a s c a t e q u i s m o s )

P opul a ç ã o e s c ra va

TO TA L (P opul a ç ã o l i v re e e s c ra va )

ASO

TOTAL

('.ï e

T r a b a l h o p o t e n c i a l

(10 à 60 asios)

P opul a ç ã o a t i va

04 à 60 a nos )

T r a b a l h o p o t e n c i a l

(10 ã 60 anos)

P o p u l a ç ã o a t i v a

(14 à 60 a nos)

T r a b a l h o p o t e n c i a l

(10 ï 60 a nos )

P o p u l a ç a o a t i v a

(14 à 60 a nos )

Keoo res

de 10 anos

í í e na re s

de 14 anos

e s c r a v a )

Suae ros

a b s o l u t o s ,

P e rc e n t ua l e n

r e l a ç ã o à p o -

p u l a ç ã o t o t a l

<2>

Nunc roa

a b s o t u t o s

P e rc e n t ua l e t s

r e l a ç ã o ã p o -

p u l a ç ã o t o t a l

( I )

Números

a b s o l u t o s

P e rc e n t ua l e m

r e l a ç ã o 3 p o -

p u l a ç ã o t o t a l

m

Nuïaeros

e b l i o l u t os

P e rc e n t ua l , e n

re l a ç ã o , ã po-

p u l a ç ã o t o t a l

« )

Nüwsros

a b s o l u t o s

P e r c e n t u a l e a

relação ã p<*-

p u l a ç ã o t o t a l

<»)

Números

a b s o l u t o s

P e rc e n t ua l e ro

r e l a ç ã o ã p o -

p u l a ç ã o t o t a l

(2)

Húmeros

a M o l u t o a

P e r c e n t u a l e o

r e l a ç ã o ã p o -

p u l a ç ã o t o t a l

W

S u r e r o s

a b s o l u t o s

P e r c e n t u a l t s

r e l a ç ã o ã p o -

p u l a ç ã o t o t a l

( I )

1 S25

3'.î 216

63 ,20

190

52,63 31 9 ,0

26 7 ,60

247

72,22

21.6

6 0 . 2 3

95 27 ,7

126

36,84

1 S35

í SS 397 57.SO 3>6

51,74 60 8 ,7

54 7 ,84

459

6 6 , 7 2

410

59,60 229 33 ,24

2?«

4 0 , 4 0

i S " 3

1   611

1 152 70,20 1 0-93 67,1 2 159

9 , 8 0

13«

8 , 4 5

1 297 80 ,00

1 229

75,87

324 19 ,28

392

24,18

; 953

2 711

1 720 62 ,03

1 627

58,71 278 10 ,03

234

8 , 4 4

1 997

72,06

1 M l 6 7 , 1 5

773 27 ,93

910

32,84

1 ¿6 3 • . 036 1 561

50 ,39

1 4S 4 47 ,85 435 H . 52

374

12,31

l 965 64 ,72

l 827

60 ,17

l 070 35 ,27

1 209 39, S2

i é î :

3 47?

5 825

47,66 4 í f e l 55 ,07

6M 7 ,86

580 6 ,84

6 403 75 ,5 J

5241

41,92

2 074 24 ,46

3

  236 58,1 ?

1 633

S

  943

5 MO

63,42

5 143 57 ,50

- -

- -

5 672

63,42 5 153

57 ,62 3 271

38 ,59

3 790

4 2 , 3 7

• O S T E : L I S I A S W í a i í A T I V A S Ï K A J A S O A P O P U L A Ç Ã O .

A S Ç V r . ' O DA P A R Ó Q U I A D E S , S . D E S E L ö l D E G U A R A P U A V A .

Û E Î A X T A Î S S T O D E A Ä Q U I V O DO E S T A » O E S Ã O P A U L O .

4s.

CO

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POPULAÇÃO LIVRE E ESCRAVA

TRABALHO POTENCIAL E POPULAÇÃO ATIVA

PERCENTUAI S EM RELAÇÃO A POPULAÇÃO TOTA L

GUARAPUAVA - SÉCULO XIX

r

OONVgNÇgsS

Í S r n c i S .

  " * u l a c a ç 3 o  ^  ¡ 1

( I O 4 6 0 A N O S )

  1 P O P U L A Ç Ã O

  ESC R AVA

  g g

M E N O R E S O i 1 0 A N O S ' —1

A t Î V A

  A Ç S

° ' P O P U L A Ç Ã O

  L I V R E

f f 4 è S © A N O S î  j P O P U L A Ç Ã O  E S C R A V A

M E N O R E S

  DE

  14 A N O á

AMOS

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TABELA V

DI STRI BUI ÇÃO DA POPULAÇÃO POR CONDI ÇÃO SOCI AL

S É C XI X - GUARAPUAVA

ANO

POPULAÇÃO

TOTAL

LI VRES ESCRAVOS

ANO

POPULAÇÃO

TOTAL

. — ^u . - • •

NÚMEROS

ABSOLUTOS

%

NÚMEROS

ABSOLUTOS

%

1

825

342

307

89, 77

35 10, 23

1 833 465 409 87, 96 56 12, 04

1 835

688

612

88, 96

76 11, 04

1

843

1

621 1 402 86, 43

219

13, 57

1

853 2

771

2 370

85, 53

401

14, 47

1

863

3

036 2

445 80, 53

591 19, 46

1

872 8

477

7

628 89, 99

849 10, 01

1

884

-

-

-

371

-

1

890 8

943 8

943

100

-

-

1

900 13

124

1.3

124

100

- -

1. At é 1872, a popul ação l i vr e er a const i t uí da de br ancos e

í ndi os cat equi sados; após a abol i ção da escr avatur a, os an-

t i gos escravos passam a  ser comput ados na col una "l i vres" .

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151

DISTRIBUIÇÃO DÂ POPULAÇÃO POR CONDIÇÃO SOCIAL

GUAR AP UAVA - S ÉC UL O XfX

14

13 _

12 -

l i

10

9

8

?

S

5

I

O.?

a s  -I

0.5

04  4

0.3

0.2 _

O.

O

MH.HAft-e$  M  MA«fTA*1S9

CONVENÇÕES

p o f u l a s S e s

L I V R E

E S C R A V O S

3

y

i

É l

I

I

V

I

I

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I

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Ai

A

À

A

A

A

;

A

I

_

f ®gS t e l f t $ 9 1043 i ©5 3

A N O S

1003 1872  18 90

  1 9 0 0

i t w w ^ w J i i i i

  n ^iii*

  l î i m tB f r- TT rn M i j i Hri f f

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152

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR CONDIÇÃO SOCIAL

GUARAPUAVA - SÉCULO XI X

100

 °/o

9 0

3 0

7 0

@ 0

SO

CONVEN ÇÕE S

"P OF UL AÇ ÕE S

L I V R E

ESCRAVOS »

40

3 0

2 0

10

\

|@gs l©33 i©35 1843 Î0S3  18 S3  f B72  ISfcG  IfOO

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153

A alta demográfica ocorrida no período de 1 835 - 43

corresponde à conquista dos Campos de Palmas como conseqüên-

cia da expansão campeira.

Também no período de 1

 84 3

 a 1 853 houve grande ex-

pansão demográfica ocasionada pela abertura do Caminho das

Missões (1 847) que atraiu muitos moradores para Guarapuava.

No periodo de i 853-63, apresenta-se uma grande retra-

ção ou seja, um aumento de apenas 265. pessoas, ocasião em

que muitos povoadores se retiraram para os Campo s Gerais e

para o Rio Grande do Sul, fugindo dos muitos ataques indíge-

nas ocorridos entre 1 855 e 1 859.

0 maior crescimento populacional ocorreu entre 1 963

e 1 87 2,  ocasionado pela fase do tropeirismo.

Em 1 825, a população livre representava 54,4%, mais

os índios catequizados 35,6% que também era considerados li-

vres e os escravos 10,0%. A porcentagem de livres cresceu

para 83,11% mais 2,42% (índios catequizados) em 1 853, e, no

final do século, 100%.

Tratava-se de uma população adulta, visto que, em

1 825, do total dos habitantes 62% possuía mais de 18 anos

de idade, em meados d o século (1 853) atingiam 75,2% e no fi-

nal alcançaram 52%.

Em relação ao sexo, o numero de homens sempre superou

o.de mulheres (TABELA II ) e quanto ao estado civil, o

número de solteiros sempre foi maior que o de casados (TABE-

LA IX ). Estas ocorrências se explicam porque os homens

solteiros tem mais possibili dade de migrar de um lugar para

outro, principalm ente tratando-se de regiões inexploradas,

sem recursos médico-hospita lares e ameaçadas pelos ataques

indígenas.

Pode- se a i nda acr escent ar que, ã medi da em que pr o-

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154

grediu o trabalho servil foi declinan do a parti cipaç ão do in-

dígena

 ,

 cuja porcentagem na. força de trabal ho era de 10,76%,

em 1 825, caiu para 3,47% em 1 833 e 0,14% em 1 872, ate ex-

tinguir-se completamente, Explica-se este declínio pelo es-

pírito de liberdade do índio, uma vez que poucos homens com

mais de .14 a n o s d e idade permaneciam aldeados e obedientes

ãs leis dos brancos, como também pela baixa produtividade  e

deficiência qualitativa do trabalho indígena»

. A população indígena aldeada (catequizada) era forma-

da na grande maioria por mulheres e crianças e estas também,

por ocasião do feitio das roças abandonavam o aldeamento e

1 89  *

muitas vezes jamais regressavam- A populaçao indígena mas-

culina era dizimada pèlas freqüentes lutas entre as tribos.

Outra ocorrência substancial foi a crescente taxa de

participação do setor servil (TABELAS VIeVII) superando a mor-

talidade ocasionada pelo desgaste natural da vida que o es-

cravo levava, como também äs conseqüências da proibição do

trágico e demais leis abolicionistas - em 1 875, existiam a-

170

penas 491 escravos com 1 244 filhos livres.

Atribui-se esse aumento de participação ã acumulação

de capital por parte dos fazendeiros através do comércio de

gado que lhes permitiu adquirir maior número de escravos e

ao crescimento vegetativo da população escrava. Em 1 825,

existiam 76 escravos dos quais 51 nascidos em Guarapuava, 23

168. ALMEIDA, Francisco Antonio, op. cit.

169. LOURES, Antonio da Rocha. Correspondencia ao:Pre-

sidente da Proyinci a_de São Paulo. Departamento de Arquivo

do Estado de Sao Paulo. Ordem 1 025. Lata 230.

170. DIRETO RIA GERAL DE ESTATÍST ICA. Relatório ao. Di-

retor Geral Conselheiro Manoel Francisco Correia. Quadro"es-

tatístico sobre os escravos existentes no Parana. Rio de Ja-

neiro, Tip. Hipolito José Pinto, 1 875.

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TABELA  VT

T M

 cs

  PIAI iciPAÇO  DA KÍO-DS-OBÍA ATIVA DB CADA

 caupo

  SOCIAL GVAMPUAVA

 - stcvio ítfc.

População «ttva (14 e 6(5 anos) porrupo« sociale'

Aira

roços

POFULAÇÍO

K»o-<l«-ób f« í mi 11(«xctto «gr«t»< o»)

Agtc

ados

Escravos

Indígenos catequizado«

TOTI

Aira

roços

' TOTAL

Kúaíttfs ob «o

utos

«

Kusaera •bsolutos

X

Hutreros

bsolutos

:

Húoeros bsoluto«

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H

F

î

l 825

S3

MI

63 66 149

24,26 19,29

1

43,55

4

J 7

1,16 0,9

2,06

20

i

26 5,8«

1,25

7,59 13

21 34 3,8

6,15

9,95

110

96 216

35,00

28,00

£3,00

& «33

98

10? S3

105

21,90 17,80

39,70

9 S

13

1,72

1,07

2.79

22 17 39

4,73

3,65

í, 38

2 7

? 0,4

1,5

1,90

134

112

246

28,80

2.4,08

5Î.»O

l «35

143

688 169

137

306

24,36

20

44,56 27

13

40

3,92

1,9 5,82

35

19

54

5,10

J.7S

7,86

4

6

10

0,58 0,67

1,45

235

US

•410 34,15

25,43

59,49

1 SAI

m

1 Sil

486 459

945 30 28

58,00

102

22

124

6,30 1,40

7.70 87

49

136

5,30

3,00

8,30

9

15

24

0,6 0,9

1,50

684

545 l 229

2,2D

33.62

75,80

1 853 457

l fît

744

72?

i 471

?

26,23

53,23

104

2.2

126 3,75 0,80

4,55

156

78

234 5,60 J.80 8,40

11

19

30

0,7

i.ÍCI

t 815

846 t 861

6,62

30,53 67,10

I 863

3

 0»

704

MS

t 306

3,30 19,80

43,00*

III

26

137

3,60

0,80

4,40

212 16Í 374

7,00

5, Î0

2,50

i

i 10

0,1

0.2

0,30

1 031

796

1 327

3,80

26,10 »0,10

1 872

295

8 477

i 409 074

483

28,40 24,40

52,BO 142

38

180

1,70

0,40

3,10

284

287

571

J, M 50

l 6

7

0,0

O,»??

o.oe

2 316

604

240

3.40

28,î

1 61,70

t 890

920

8 9*3

-

- -

-

-

- -

-

- -

-

-

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- -

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¡3 ¡24

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- -

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-

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-

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-

- -

-

-

-

-

i "

fOBT l LISTAS SOMMATIVAS

  8

 MAPAS

  08

  PWVUÇÍO

MtquVO BA PMÖquA  SS fl. t.  BS SStÜM

DKPMTAÄSTO

  I»

 ASiJOIO 00 8STAIW DS

  SÎ0

  MJJtO

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156

T A X A

  D E P A R T I C I P A Ç Ã O D A M Ã O D E O B R A A T I V A

  D E C A D A G R U P O S O C I A L

G U A R A P U A V A

  S É C U L O

  X Í X

F A I X A E T Á R I A 1 4 a 6 0 a n o s

CONVENÇÕES

MAO — DE —O ßftA

F A M I L I A R

§ g

AGREGADOS

Bi

S C R A V O S

PI

i nd/genas catequ izados

H

í M

'A

1

21

IS 23  1833 1833 i@43 ¡833 1863 1872

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TABELA VII

TAXA DE PARTICIPAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA SERVIL

GUARAPUAVA ~ SÉCULO XIX

ANO

POPULAÇÃO

TOTAL

Populaçao

escrava

total

População

escrava po-

tencialmente

ativa (10 a

60 anos)

% sobre a

população

escrava to-

tal

População

escrava ati-

va (14 a 60

anos )

% sobre a

população

total (li-

vre. e . es-

crava)

% sobre a

população

escrava

total

1 825

342

35

31 88,5

26

7 / 6

74,3

1 835

688 76

60 78,9

54

7,9 71

1 843

1 621

219 159

72,6

137

8,5 63

1 85 3

2 771 401 278

69 , 3 234

8,5 58,3

1 863

3 036 591

435

73,5

374

12,3

63,3

1 872

8 462 849

667

78,5 580

6,8

68,3

FONTE: LISTAS NOMINATIVAS E MAPAS DA POPULAÇÃO.

ARQUIVO DA PARÓQUIA DE N, S. DE BELÉM DE GUARAPUAVA.

DEPARTAMENTO DE ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

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TABELA VI H

POPULAÇÃO LI VRE E ESCRAVA DE ACORDO COM A I DADE - GUARAPAUAVA

SËCULO XI X

ANOS

I dade

1825

1835

1843 1853

1863

1872

1890

Pop. Pop.

Pop.

Pop,

Pop.

Pop. Pop. Pop.

Pop. Pop. Pop.

Pop. Pop. Pop.

L i v re Escrava Li v re

Escrava Li vre Escrava

L i vre Escrava L i vre Escrava

L i v r e

Escrava Li vre Escrava

1 — 9

21 4 182

16

240 60

617 123 875

156

1 796

173 3 014

10 — 13 7 5

19

6

34

22

60 44 75 61 1 066

96 519

-

14 — 60

156 26 346

54 1 069 136

1 597

234

1 443

374 4 662

571

5 153

-

60 e mai s

-

-

-

• -

14

1 29 3

31

6

89

9

257

TOTAL 184 35 547

76 11357 219

2 303 404

2 424 597

7 613

849

8 943

-

FONTE: LI STAS NOM NATI VAS E MAPAS DA POPULAÇÃO.

ARQUI VO DA PARÖQUI A DE N. S. DE BELËM DE GUARAPUAVA.

DEPARTAMENTO DE ARQUI VO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

- »

cn

CO

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159

'

  TABELA.

 I X

POPULAÇÃO DE GUARAPUAVA. ~ ESTADO CIVIL - SÉCULO XIX.

AJSO

POPULAÇÃO

TOTAL

ESTADO

CIVIL-

BRANCOS

(chefes, espo-

sas e filhos) '•

ÏNDIOS

CATEQUIZADOS AGREGADOS

ESCRAVOS

DEGREDADOS

TOTAÍ-

1625

342

CASADOS

SOLTEIROS

viffvos

48

110.

1

7

113

3

2

7

3

1

• 34

10

. 3

0

60

267

f

f

1835

688

CASADOS

SOLTEIROS

VIÖVOS

84

335

9

12

69

6

5 •

77

3

1

72

3

5

6

1

107

359

2?.

1853

2 771

CASADOS

SOLTEIROS

VI0VOS

414

1 653

22

4

56

7

3

203

8

2

388

11

-

423

. 2003

1863

3 036

CASADOS

SOLTEIROS

VIÚVOS

709

1 453

61

1  •

15

5

6

184

8

20

568

3

-

2220

78

1372 8 477

CASADOS

SOLTEIROS

VIÚVOS

2 334

4 800

260

l

13

1

9

199

11

26

798

25

2370

5810

2S7

1690 —

— '

FCBTE: LISTAS NOMINATIVAS DE HABITANTES - MAPAS DA POPULAÇÃO DE GUARAPUAVA - ARQUIVO DA PAROQUIA DE N. S.'

DS BELÉM DEGUARAPUAVA. DEPARTAiESTO DE ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

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160

vindos da Costa Leste e 4 nascidos em Portugal.

171

No ano de 1 872, entre os 849 escravos existentes, 776

eram nascidos no Brasil e deste, 656 era Guarapuava e Pal-

mas „  Verificou-se ainda um bom numero de escravos liber-

tos

17

', mesmo antes da Lei dos Sexagenários e, por outro la-

do, a Câmara Municipal de Guarapuava sempre exigiu o total

cumprimento das leis abolicionistas. Assim, em 1 872, di-

vulgou o pedido de obediência ä Lei 2 040, de 28 de setembro

de 1 871, que declarou livres os filhos da mulher escravaí

*

Regra geral, todo elemento alforriado, quer por gene-

rosidade de seu dono, quer pela compr a de sua liberdade (cu-

ja importância adquiria com o fruto de seu trabalho aos do-

mingos ou através do Fundo de Emancipação)

 175

, ou ainda por

força das leis abolicionistas, raras vezes continuava a tra-

balhar como assalariado ou como agregado; quase sempre leva-

va uma vida marginalizada, passando a engrossar as colunas

dos "Vagabundos"

1

'

6

, tão comuns nas estatísticas populacio-

nais do século XIX.

Quanto a distribuição do contingente populacional es-

cravo houve maior concentração na zona rural e o número de

escravos por proprietário era pequeno; tomando-se par base o ano

171, COSTA, Francisco. Mapa dos habitantes de Guara-

puava - 1 835. Departamento de Arquivo do Estado de.São Pau-

lo. Ordem 1 025. Lata 230.

172. DIRETORIA GERAL DE ESTATÍ STICA. Trabalho e rela-

tório estatístico. Rio de Janeiro, Tip. Pinto, Brandao &

Cia, 1 872.

173. ARAÚJO. Lista de parochianos de 1 862, op. cit.

174, ATAS. Atas da Câmara - 1 872. Arquivo da Câmara

Municipal de Guarapuava.

175;. OLIV EIRA, Bazilio Augusto Mach ado de. Relatório

apresentado ã Assembl éia Prov incial, 15 de setembro de 1. 884."

Curitiba, TÍp. Perseveranç a, 1 Ô84, P. 21.

176. LIMA, Francisco das Chagas, Padre. Lista de ha-

bitantes da Fregue sia de Belém - 1 825, op. cit.

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161

de 1 872 (que apresentou maior número deles), teremos um to-

tal de 141 proprietários para 849 escravos.

Entre esses proprietários,  9 5% eram donos de 1 a 10 es-

cravos e apenas 5% possuíam de 10 a 29 escravos.(T ABELA X ).

As modificações no panorama econômico, embora estimu-

ladas pelo aumento demog ráfico, sempre cresceram em ritmo

mais acelerado que este. Assim, o total do pessoal ocupado

em 1 835, compunha-se de 4 51  indivíduos para as três classes

sociais, o que representava uma média de 3,1 pessoas por fo-

go (lar). O rebaíxho contava com 18 057 cabeças de gado, pro-

duzindo anualmente 6 019 bezerros. Foram colhidos 6 194 al-

queires

177

 de milho, 561,5 de feijão e apenas 3 de trigo

1

.

78

Vinte e oito anos apôs (1 863), o volume da pecuária

alcançava 82 800 cabeças produzindo anualmente 11 900 bezer-

ros e 2 000 cavalos, que foram invernados em Guarapuava e

revendidos na Feira de Sorocaba.

Para o Rio Grande do Sul exportou-s e crina, couros,

queijos, carne seca e erva mate em grande escala e algum ga-

do através do comércio tropeirista que se utilizava do Cami-

nho das Missões e do Passo do Goyo-En, no rio Uruguai.

173

Com referência ã mão-de-obra especializada, partiu-se

da premissa que, nos primeiros tempos, os móveis e objetos

domésticos e as peças de monta ria eram feitos pelos escra-

vos, como nas demais zonas brasileiras onde se desenvolveu o

crlatõrio.

177. Um alqueire, como medida de peso, corresponde a

36,27 litros.

178. COSTA. Mapa dos habitantes de Guarapuava - 1 835,

op. cit.

179'. EXPEDIEN TE da Câmara.- 1 853-71. Arq uivo da Câmara

Municipal de Guarapuava.

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TABELA  X

NÚMERO DE  ESCRAVOS  POR  PROPRI ETÁRI O -   SÉCULO XI X

ANOS

TOTAL  DA

PROPRI ETÁRI OS  DE ESCRAVOS

Resi denci a  dos

escravos

TOTAL DE  ESCRAVOS

ANOS

POPULAÇAO

N? de pro-

pri etári os

M ni mo

  por

propri etári o

Máxi mo

  por

propri etári o

Numer o médi o

  de

  escr avos

por   propri etári o

Ur bana Rural

Masc. Fem

Total

1 825

342

9 7 1

6

a

a

5

10

escravos

es cravo s

= 8

« 1

propri etári os

propri etári o

12 27 27

8

35

1 833

465 20 1

10

1

6

a

a

5

10

escravos

escravos

= 18

» 2

propri etári os

propri etári os

17

39 36

20

56

1 835 688

28

1 15 1

11

a

a

10

15

escravos

escravos

= 26

- 2

propri etári os

propri etári os

22

34 46

30

• 76

1 840

821

36 1

20 1

11

a

a

10

15

escravos

escravos

= 32

= 4

propri etári os

propri etári os

27

66

55

38

93

1 843 1 621 39

1 24 1

11

21

a

a

a

10

20

25

escravos

escravos

escravos

- 32

= 5

= 2

propri etári os

propri etári os

propri etári os

56 153

131

88 219

1 853

2 771

94 1

27

1

6

16

a

a

a

5

15

27

escravos

escravos

escravos

= 67

= 14

« 3

propri etári os

propri etári os

propri etári os

112

289

240 161

401

1 863 3 036

117

1 29 1

11

21

a

a

a

10

20

29

escravos

escravos

escravos

=100

sx 9

= 8

propri etári os

propri etári os

propri etári os

134 457

321

270

591

1 872 8 462

141

1 29

1

11

a

a

10

29

escravos

escravos

=

135

= 6

propri etári os

propri etári os

176 673

426

423

849

1 884

-

119 1 24

1

11

a

a

10

24

escravos

escravos

=114

= 5

propri etári os

propri etári os

97

274

188

183

371

FONTE; LI STAS NOM NATIVAS  E  MAPAS  DA  POPULAÇAO

•  ARQUI VO DA  PAROQUI A  DE  N. S,   DE  BELÉM.

DEPARTAMENTO DE  ARQUI VO DO  ESTADO PB  S Ã O   PAULO-

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163

TABELA XI

DI STRI BUI ÇÃO DA POPULAÇÃO ATI VA CONFORME AS ATI VI DADES PRODUTI VAS

GUARAPUAVA - SËXULO XI X

ATI VI DADES

ANOS

ATI VI DADES

1 825 1 833 1 835 1 863

I - PRI MÁRI AS

Cr i ador es e agr i cul t or es 27

31

38 117

Est ancei r os

16

22

I I - SECUNDÁRI AS

Aj udei nt es de ci r ur gi a 1

-

1

-

Al f ai at es

2

Ar r ei ei r o s

1

Car pi nt ei r os

2

3

6

Fer r ei r os

1

2 4

Foguetei r os

1

Lavadei r as 1

Lombi l hei r os

8 6 10

Ouri ves 1

Pedr ei r os 3

Sapatei r os

1

1

5

Sel ei r os 1

Tel hei r os 1

Vár i os of í c i os 10

I I I - TERCI ARI AS

Adm ni s t r ador de í ndi os

1

Col etor de r endas

1

M l i t ar es 18

26

10

Negoci ant es 8

Of i ci al de j us t i ç a

1

Padres

2

1 1 1

Prof essores

2

I V- OUTROS SERVI ÇOS

Capat azes 7

19

J or n al ei r o s 3

24

79 1

V- EXI STI AM AI NDA:

Agr egados

7

40

134

Degr edados

13

13 9

-

Escravos

26 .

-

54

374

í ndi os cat equi zados

34

-

10

10

Vagabundos

4

"

FONTE: LI STAS NOMI NATI VAS DE HABI TANTES E MAPAS DA POPULAÇÃO.

ARQUI VO DA PARÕQUI A DE N. S. DE BELËM.

DEPARTAMENTO DE ARQUI VO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

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164

Entretanto,  a. manipul ação dos dadòs permitiu dividir

as atividades em três se to r es p ri má ri a s, secundárias, e ter-

ciarias .

A análise dos dados sobre as profissões consideradas

de formação individual leva a deduzir que o concurso da mão-

-de-obra especializada tomou maior impulso no período cor-

respondente ä fase do tropeirismo que se iniciou em 1 847 e

atingiu seu apogeu nas décadas de 1 860-70; sua presença foi

mínima em relação ao total da população mas, mesmo assim,

ajudou a provoc ar mudanças na conjuntura sócio-econômica por-

que ampliou a faixa de necessidade dos bens de consumo.

Igualmente contribuiu para a maior centralização das

atividades urbanas.

Outro fato a acrescentar, no que se refere ao status

s5cio-profissional, é que a maioria dos estrangeiros que pro-

curaram a região, no século passado, possuia:

 ;

 um ofício de

atividade secundaria.

Com referencia ao status social, jã que este era re-

presentado pelo maior ou menor poder aquisitivo, conclui-se

que, até a metad e do século XIX não existiam grandes fortu-

nas em Guarapuava; para essa conclusão tomou-se por marco

classificatório o número de latifúndios pastoris e a posse de

maior òu menor número de escravos, bem como de agregados, uma

vez que as famílias eram relativamente pequenas.

Quanto às terras, tomou-se por critério básico , que

elas, ou foram ocupadas através de posses

1 8 0

ou foram doadas

180. ARAÜJ O, Antonio Braga d'. Registro de terras -

1855-57. Arqu ivo da Pa ró qu ia N. S. de Beiern de Guarapuava.

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165

como sesmarias, as quais apesar de serem urn meio de ascenção

social, pois possuir uma sesmaria proporcionava "considera-

ção e respeito"

191

 naquela época não podiam ser consideradas

uma riqueza, uma vez que estavam insuladas no sertão, sem

possibilidade de grandes rendimentos porque eram quase inex-

ploradas .

Também não se tem dados sobre heranças mediante tes-

tamentos ou inventários "post mortem".

Sobre a posse de escravos, constatou-se que até 184 3,

somente 2 proprietários possuiam mais de 20 escravos; 5 pos-

suíam de 10 a 20 e 32 de 1 a 10 escravos. O número de agre-

gados até essa data, também não era muito grande.

Na segunda metade do século XIX, desenvolveu-se o tro-

peirismo, carreando divisas para a região e, a estatística

de 1 863 registrou 8 proprietários com número de 20 a 29 es-

cravos, 9 proprietári os com 10 a 20 e 100 propr ietários com

1 a 10 (TABELA X ).

No final do século, apesar do empobrecimento da clas-

se fazendeira com a crise de Sorocaba, já existiam grandes

firmas comerciais e uma delas, no início do século XX, trans-

formou-se em Casa Bancária.

Para se averiguar o progresso material do antigo sis-

tema, deve-se levar em conta todas as dific uldades já apon-

tadas neste estudo e mais as angústias e prob lemas causados

pelos ataques indígenas que punham em risco até as mais só-

lidas economias.

Estes, quando atacavam as fazendas e plantações rou-

bavam, estragavam e o que não podiam carregar, incendiavam.

Suas presas mais comuns eram os escravos quando se ocupavam

181. RITTER, op. cit., p. 40.

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166

da lavoura ou do pastoreio do gado, porque assim eram mais

facilmente atacados em tocaia.

Nessas condições, o fazendeiro quase sempre desviava,

em grande parte, a mão-de-obra de seu trabalho para ocupá-la

na vigilância e defesa de suas prop rieda des, quando não a sa-

crificava totalmente.

Outros fatores que vieram se somar aos impactos das

contradições encontradas pelo Sistema Tradicional Campeiro

em sua evolução econômica e responsáveis pela sua descontínua

sucessão de paradas, arrancos e recuos, foram circunstâncias

políticas e sociais como a Guerra do Paraguai, a Revolução

Federalista, a Revolução de 1 924, ataques de jagunços arma-

dos etc.

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3a. PARTE

A CRISE DO SISTEMA TRADICIONAL CAMPEIRO E A TRANSIÇÃO DA

AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA PARA A AGRICULTURA COMERCIAL

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CAPÍTULO IV

A CRISE DO SISTEMA TRADICIONAL E AS MUDANÇAS OCORRIDAS

NA REGIÃO.

4.1 - Crise do Sistema Tradicional Campeiro

Os mercados crescentemente competitivos facilitaram a

criação de mecanismos que concorreram para a desagregação do

Sistema Tradicional Campeiro.

Quando os processos utilizados já não mais ofereceram

margens de lucro e o sistema começava a se desiquilibrar sur-

giu a concorrência do tropeirismo como uma solução imediata

para atrair novos fluxos financeiros.

No entanto, os êxitos comerciais da grande proprieda-

de campeira encontravam-se abalados, não sõ pelas dificulda-

des que os processos arcaicos começavam a fazer sentir, mas

também pela relativa debilidade da criação local, jã bastan-

te degenerada, pela ausência de novas raças e o alto preço

do sal que chegava ãs fazendas bastante encarecido, pelo di-

fícil transporte ao lombo de burros e por péssimos caminhos.

Estes dois últimos fatores foram decisivos para que a

pecuária local ficasse relegada a segundo plano, quase aban-

donada, durante a fase do tropeirismo, o qual ofereceu lu-

cros mais compensadores pela invernagem das tropas vindas do

sul.

Porém, passada a euforia do trânsito de gado, os siste-

mas tradicionais subverteram-se por completo, porque eram

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171

trSgrados, limitou-se apenas ao autoconsumo.

Também perdurava ainda o estado lastimável das vias de

comunicação. A primeira estrada carroçãvel, ligando Guara-

puava â Ponta Grossa permitiu o trânsito somente no final de

1 901 e em situação precaríss ima.

Em termos de medidas governamentais, procurando me-

lhorar a situação da indústria pastoril, que se apresentava

decadente em toda a Província e jã era causadora de avulta-

dos prejuízos aos cofres públicos, a Assemblé ia Provincial

votou a Lei 783/1 883, para incentivar as charqueadas, vi-

sando alcançar maior volume comercial e melhorar os preços

dos produtos pastoris.

Esta Lei, tinha igualmente a intenção de melhor ar o

rebanho paranaens e com a importação de reprodutores da melhor

raça inglesa e empregar métodos europeus no plantio de for-

ragens de inverno, como alfafa, nabo, etc.

184

Pouco resultado apresentou, visto que uma única fá-

brica e charqueada foi inaugurada (1 884) na capital da Pro-

víncia.

Uma Ata da Câmara Muni cipa l de Guarapuava, de 21 de

dezembro de 1 892, fez transparecer as dificuldades finan-

ceiras em que se debatia o Muni cípio e o empenho da popula-

ção em sanar as defic iências quando reclamou do Governo do

Estado, "garanhão de raça para soerguer a indústria pasto-

1 8 - 5

ril"' e um ramal de estrada de ferro para o escoamento da

produção.

184. OLIVEIRA, op. cit., p. 29.

,185. ATA S. Livro de atas de 10 de janeiro de 1 890 a

21 de dezembro. de 1 892. Arqu ivo da Gamara Municipal de Gua-

rapuava.

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172

Em Guar apuava e Pal mas , a c r i se do Si s t ema T r adi c i o -

nal Campe i r o havi a assum do excepc i ona l r e l evo , po r que os

pr eços e a pr ocur a do gado, não sendo nem ao menos sat i s f a -

t ór i os , f i z er am c om que os r ebanhos f os s em s e av ol umando na

gr ande pr opr i edade .

0 pecuar i s t a não encont r ava out r a opção de t r aba l ho a

não ser ess e r amo, uma vez que o c omer ci o de er va- mat e t am-

bém at r av es s a va um per í odo de de s c r é di t o, s upl ant a do pel a

er va pl ant ada em Mi s s i o ne s .

O ma t e br a s i l e i r o , s e mpr e f or a al v o de um e s canda l o s o

monopól i o comer c i a l que ganhou cor po, g r aças à nossa mat ér i a

pr i ma, r eal i z ado pel as c onc or r ênc i as par a guai a e ar gent i na,

i nt er es s a das em ex cl ui r o Br as i l , des s a c ompet i ç ão ec onôm c a.

Sem est r adas , e r a i mposs í vel t ambém a ext r ação de ma-

dei r as .

A agr i c ul t ur a cont i nuava de s ubs i s t ênc i a, em es t a do

de i ma t u r i da de ; a s t er r as e r a m s a l ubé r r i mas ma s , as a t i vi da-

des agr í c ol as per manec i a m s em nenhum pr o gr e s s o, es t r angul a-

das pe l a f al t a de t r anspor t es e a ca r ênc i a de ma i o r es conhe -

ci ment os

 .

Com o passar do t empo, a pr odução das f azendas f oi di -

m nui ndo at e que , nos pr i me i r o s anos do s écul o  XX,  houve a de-

s i nt egr aç ão t ot al do s i s t e ma.

J ã em me ados des t e s é cul o, as pr i nc i pai s l i der anç as

do Muni c í p i o a i nda es t avam a r ec l amar po r me l hor es v i as de

co muni ca ção , s a l i e nt a ndo q ue e s t a s co l o car a m o o es t e pa r a na -

ens e em po s i ç ão de i nf e r i or i da de, dent r o da s o ci eda de br as i -

l e i r a

 .

Em memor i a l d i r i g i do ao Gover no do Est ado (1 931)  ,  en-

t r e out r as c i t aç ões d es t ac a r a m

... que as florestas de madeira de lei

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173

pe r ma ne c i a m i na pr o v e i t a v e i s

  ,

  não con-

c or r i am s i quer , pa r a a v a l o r i z a ç ao do

s ol o que as s i t u av a;

- que as d i f i c u l d ad es de c o mu ni c a ç a o

as f i x i av am o c r i a do r , e mba r a ç a v a m o

t r a ns p or t e de ga do e s u j e i t a v am os r e -

b a nh o s a u ma v i s í v e l d e ge n e r e n c i a p e-

l a i mpô s s i b i l i d ad e de s ua r e mo ç ã o;

- que as e s t r a da s c a r r o ç a v ei s d av a m

t r â ns i t o a pe na s na s é po c a s de e s t i a -

gem;

- q ue o c o me r c i o de e r v a ma t e , s a c r i -

f i c a d o p el o r e gi me de c o n d u ç ã o , a b-

• s or v i a t odo o l uc r o do p r o d ut o r ;

- q ue a es t a gn aç ã o do s n e g oc i o s , o a l -

t o p r e ç o d as me r c a d o r i a s de i mp o r t a -

ç ã o e o e mpo br e c i me n t o das c l a s s e s

c r i a do r a s , er am os r es po ns á ve i s pe l o

pe qu en o v o l u me de e x po r t a ç a o .

Nesse ano, nas 81 fazendas de criar (22 no Distrito

sede, 19 no Pinhão, 7 em Laran jeira s, 11 na Lagoa Seca, 10

no Candõi e 12 em Palmeirinha), a população bovina era de 80

a 100 000 cabeças e os suínos eram em número de 50 000. Ha-

via 10 000 muarés e cavalares e 5 000 lanígeros, cujo preço

era variado> . um boi de 4 anos valia 245$000 e um cavalo ou

burro de sela valia 400$000. A receita do Município nesse

período financeiro foi de 200 contos de réis.

187

Em 1 934 foram exportados 8 876 bovinos, 11 012 suí-

nos, 226 cavalares e 115 muarés.

 1&8

186. MEMO RIAL pro construção da estrada de ferro de

Guarapuava. Curitiba, Empresa Gráfica Paranaense, 1 931.

p. 4 - 6.

.187. BALANCETE da Prefeitura Municipal - 1 931. Arqui-

vo Publico Municipal.

188. RIBEIRO, Arlindo Martins . Relatório apresentado

ao Interventor Manoel Ribas. São Paulo, Editora São Paulo,

1 934.

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174

Com estes dados, mesmo levando-se em consideração o

desmembramento do território do Município, pode-se verificar

a substancial estagnação da pecuária, comparando -os com os

índices alcançados em 1 870, quando jã existiam 80 000 cabe-

ças de gado vacum (bovino), 40 000 cavalar (equinos), 30 000

suínos, 3 000 lanígeros e 200 muarés apesar de, nessa época,

estarem recentes as conseqüências deixadas pela fase do tro-

peirismo, cujas atividades haviam colocado a criação local

em segundo plano.

Segundo o Cel. Edmundo Mercer, os defeitos dos siste-

mas adotados e os erros cometidos em relação ãs queimadas fo-

ram os grandes responsáveis pelos problemas enfrentados pe-

los fazendeiros. Outro problema seria a inexistência de di-

visões e fechos, sem invernadas separadas para a engorda dos

animais, isto porqu e, em pastagens com 4 ou 5 divis ões, as

queimadas poderiam ocorrer em datas diferentes e sucessivas,

de maneira que uma delas sempre tivesse vegetação tenra para

o gado comer.

 189

Nos períodos áureos da pecuária extensiva "o escravo,

a cavalo servia de fecho, montava ronda e fazia . todos os

dias, embora andando lêgoas, o "reponte" ou dava "a voltea-

da" para obrigar o gado a "aquerenciar" nos domínios da fa-

zenda" .

 19,0

A problemática acima foi uma constante na região de

Guarapuava, onde inclusive houve tempos em que alguns dos

grandes latifúndios eram em comum'

191

 e se ignorava até o nú-

189. MERC ER, Edmu ndo. A criaç ão de gado .no. Paraná.

In: CORREIA, Leocadio, op. ci"t.

r

  s. p.

190. Ibidem

191. ARAÜ JO. Registro de terras, op. cit.

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175

mero certo de animais que os povoavam.

Contudo, as maiores imperfeições que abalaram as es-

truturas da indústria pastoril, levando-a até a falência fo-

ram a não promoção de melhores e mais sólidas estratégias de

comercialização e a falta de informação técnica, principal-

mente nos últimos anos do século XIX.

As revelações sumarias do Relatório de 1 934, apre-

sentado pelo Prefeito Municipa l Arlindo Ribeiro, refletem a

preocupação daquela autoridade com o estado da pecuária lo-

cal, comr\a diminuição do rebañho bovino

 ¡a

 procurando incenti-

var a melhoria do rebanho, a Prefeitura Municipal em enten-

dimento com a Inspetoria Regional de Fomento daP rod uçã o Ani-

mal, com sede em Ponta Grossa, conseguiu a vinda de 18 re-

produtores bovinos "das raças Polêd-Angús, Limusine, Hollan-

desa e Caracú" que foram entregues a diversos criadores â

guiza de pequenas estações de monta provisórias" porém, al-

guns morreram logo após a chegada devido "a impropriedade da

estação invernosa para mudança de animais de pouca idade".^

92

A preferência dos criadores era pela raça zebu, por

ser a que melhor se adaptava â região.

No Relatório citado, .o Prefe ito Munic ipal lamenta não

ter adquirido reprod utores suínos, visto que na época, a

criação desses animais constituia a indústria mais rendosa.

Quanto ao repovoamento dos' campos, sugeriu que se

"transformasse as fazendas de criar em invernadas de engor-

da" com animais que seriam trazidos do sul de Mato Grosso(on-

de:o preço era mais acessível) porém, para isso seria neces-

sário que se abrisse uma boa estrada, pois a comunicação a-

'19 2.  RIBEIRO, op. cit., p. 11.

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76

traves dos sertões que separavam Guarapuava do rio Parana,

19 3

via Campo Mourão, eram picadoes improvisados.

Em 1 936, o rebaftho bovino não excedia a 60 000 cabe-

ças .

Em reunião dos fazendeiros para analisar a decadente

indústria pastoril chegou-se a conclusão que a causa princi-

pal da decadência e redução da mesma era

. . . a e x c e s s i v a v e n da d e v a c a s n ov a s em

vi r t ude, da c r i s e e c o nô mi c a q ue a t i n -

gi u t odos os c r i a do r e s , o b r i g an do - o s a

l a n ç a r mã o do f u ndo da c r i a ç ã o , que

c o n s t i t u í a a f o nt e de pr o du ç ã o de s u as

c J

  9

 '

f a z en da s .

Não havia falta de pastagens.

A c a us a da d ec a d en c i a e p r i n c i p a l -

ment e de o r dem f i na nc e i r a ; a ap l i c a ç ão

dos c a pi t a i s que s e ac hav am i nv es t i -

dos e m ga do de c r i a r , n o pa ga me n t o de

c o mpr o mi s s o s s o b r e v i n do s e m. c o n s e qü en -

c i a da c r i s e q ue a f e t o u t o da s as e c o -

nom as

 .

 J 9 5

Foi nesse período que muitos fazendeiros viram-se na

contingência de retalhar suas terras e vendê-las a preços

irrisórios Cnão havia merca do) para conseguirem sobreviver,

pois o Município de Guarapuava ainda estava a espera de uma

colonização efetiva, com mentalidad e mais evoluída sobre cul-

turas agrícolas.

O desiquilíbrio do Sistema Tradicional Campeiro trou-

xe uma mudança de atitudes que fez nascer novas oportunida-

193, RIBEIRO, op. cit., p. 11

19 4. RIBEIRO, Arlindo Martins. Relatório apresentado

ao Interventor Manoel Ribas. Municíp io de Guarapua va. São

Paulo, Ed. São Paulo, 1 936. p. 28.

19 5. Ibidem.

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17

 7

des e contribuiu para a remoção de muitos dos obstáculos

  que

entravavam o progresso.

Com o contínuo desdobramento das famílias mais anti-

gas, a terra foi- cada vez mais se subdividindo e muitos

  não

mais tiveram condições de praticar   a  pecuária extensiva  como

anteriormente e nos moldes dos antigos processos,  uma vez que

em pequenas áreas a produção   não  mais correspondia; foi  en-

tão que, muitos fazendeiros colocaram  a  venda suas terras  ou

parte delas, pretendendo residir no núcleo urbano

  e

  viver do

juro do dinheiro obtido com as referidas vendas; outros

  de -

liberaram arrendá-las cobrando certa importância por alquei-

re.

Esta oferta de terras fez afluir para a região muitos

compradores e arrendatários, oriundos dos Estados vizinhos,

especialmente Rio Grande do Sul e Santa Catari na, os quais,

em sua grand e maioria, localizaram-se em terras de mata, de

solos férteis, onde passaram a pratic ar a lavoura manual e a

pequena criação.

Estabeleceu-s e deste modo, o minifúnd io também no ser-

tão, visto que, inicialmente

  as

  pequenas posses haviam

  se

assentado ao redor da vila

19 1

;

  a

  ãrea ocupada variava

  de

 acor-

do com a posse do comprador ou arrendatário   e o número  de

braços de sua família para cultivá-la.

A partir dos anos 50, a procura e os preços das ter-

ras melhoraram consideravelmente, com o aproveitamento das

áreas de campo para a agricultura,

A agricultura mecanizada intensificou

- s e e

 as

  c omuni -

cações tomaram novos rumos com a chegada da estrada

  d e f e r r o

Ï96. Quadro n9 4.

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178

(1 952) e o asfaltamento da ,BR-277 que liga Ponta Grossa ã

Foz do Iguaçu, passando por Guarapuava e, a rodovia para o

sudoeste do Paraná.

As serrarias, que haviam começado a aparecer na déca-

da de 1 930

19 7

, multiplicàranv~se e, muito embora suas ativi-

dades fossem de extermínio, sempre deixaram algum saldo po-

sitivo para o Município.

A força de trabalho foi benefici ada com o surgimento

de novos empregos; a agropecuária incrementou-se com o uso

de insumos modernos e a penetração do capitalismo financeiro

no campo.

Porém, ainda persistem alguns traços do sistema tra-

dicional que aos poucos vão sendo absorvidos pelos efeitos

da sociedade de consumo.

Esboçou-se o processo que determinou a transição da

agricultura de subsistência para a agropecuária e a agroin-

dústria, inseridas na economia nacional.

Dada a grande importância que representaram para o

êxito da modernização da agropecuária guarapuavana, merecem

especial destaque as pequenas explorações agrícolas das cor-

rentes migratórias internas, a imigração dos suãbios do Da-

núbio e principalmente o grau de cultura que jã tem alcança-

do o Município com a ampliação de sua rede escolar a nível

de 19, 29 e 39 grau e a formação de muitos guarapuavanos nas

Universidades da Capital do Estado e outras cidades, não só

em Agronomia e Veterinária, como em todos os demais ramos da

atividade humana, os quais passaram a formar apreciável con-

tingente de profissiona is, capacitados para o desempe nho de

197. LUZ, op. cit., p. 36.

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179

suas funções, cada vez mais especializadas e sofisticadas.

A década de 1 950 marcou o início de uma nova era.

Com uma conjuntura favorável, a agricultura, através

da aplicação de créditos bancários tornou-se um dos princi-

pais fatores econômicos da região.

A imigração estrangeira, através do exemplo, provocou

o conflito da competição que resultou na expansão da grande

propriedade rural com muitos hectares de terra cultivados,

com a melhoria dos rebanhos e pastagens, empregando equipa-

mentos modernos e créditos bancários.

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181

forças de Gumercindo Saraiva viessem, elas próprias buscar

os animais da região, criou Comissões que requisitaram gado

de corte, cavalos, muarés arreiados e víveres de toda sorte,

fazendo recair esse ônus sobre todos, sem distinção de par-

tidos .

Gu ar a p ua v a s u s t e nt o u o e x ér c i t o r e -

v o l t o s o p or 3 me s e s , a c a mp a do e m P o n-

t a Gr o s s a , c o m  600  c a va l o s , mu ar é s ,

g ado , v í v er e s , d i n he i r o ( 60 : 000$000) ,

s em c ont ar c om as c ont r i bu i ç õe s par a

s u s t e nt a r o b a t a l h ã o Vi s c o n d e de Gua -

r a p ua v a que f o i f a r d a d o, a r ma d o e a s -

*>•  T Q  8

s o l d a do a c u s t a d a popu/ l a çao. "

Ao saque antes realizado pelo Major Odorico somaram-

-se os animais roubados e os assaltos ao comércio local fei-

tos pelas forças de Juca Tigre que aqui estiveram e depois

voltaram em fuga;(420 homens) ã caminho da Argentina . Nesta

fuga apossaram-se "até de éguas de criar", mulas novas e ju-

mentos, na convicção de que a Argentina estava muito próxi-

ma, para lã venderem os animais".

199

Durante a Revolução foram presas as principais auto-

ridades (o 19 juiz dist rital foi obrigado a desfilar pelas

ruas amarrado em cordas) e as pessoas mais importantes do

partido da legalidade; novos saques foram levados a efeito -

nas fazendas de Frederico Guilherme Virmond, Herculano Vir-

mond, Ernesto Queiroz e outros.

As próprias forças legalistas (2000 homens), que pos-

teriormente acamparam em Guarapuava sob o pretexto de pren-

der revoltosos, também deixaram um grande saldo de saques,

198. VIRMOND , Cel. Frederico Ernesto. História da revo-

lução de 1 894, em Guarapu ava. Datilografado, p. I.

199. Ibidem.

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183

polacas, que deveriam transportar o alimento e as provisões

de guerra até Catanduvas, esta luta foi a que menos prejuí-

zos causou ã economia guarapuavana.

Poucos anos após (1 927), um grupo de jagunços arma-

dos, vindos do Rio Grande do Sul e que obedeciam as ordens

de Leonel Rocha, tomaram a cidade de assalto e só se retira-

ram após arrecadarem boa soma em dinheiro, equiparem gratui-

tamente suas mont arla s no comércio local e se apoderarem de

vários animais nas fazendas do município.

202

Em 1 9 32, novas requisições são feitas em Guarapuava

para o destacamento Elias Americano Freire, num total de 235

animais (cavalos e burr os), 12 caminhões, 1 Double Faetón

Oldsmobile, 8 cangalhas, 117-j- Kg. de charque, 496 Kg .d e al-

faia e merc adorias, somando tudo o valor de 148:722$300. 0

preço dos caminhões variava de 4:500$000 a 9:000$000eos ca-

valos e burros de 200$000 a 250$QOO. 0 carro foi avaliado

em 7: 000$000 .

 203

Em telegrama datado de 10/11/1

 9 32,

 ao Cel. Elias Ame-

ricano Freire, o Prefeito Municipal Arlindo Ribeiro, acusava

a restituição de alguns animais e dizia que o saldo devedor

ainda era de 120 :000$000 .

 204

Assim, por todo o século passado e nas primeiras dé-

cadas do século XX, Guarapuava foi alvo de fortes pressões,

202* Depoimentos^d e testemunhas oculares que estavam

presentes às negociações feitas entre o chefe Leonel Rocha e

as principais lideranças de Guarapuava.

203. RIBEIRO, Arlindo, Prefeito Munici pal. Requisição

de material feito pelo Destacamento"Elias Americano Freire".

Pasta "Esboço da história de Guarapuava ". Arquivo Histórico

Municipal.

204. . Telegrama ao Coronel Elias Americano, Frei-

re, em 10 de novembro de 1 932.

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184

per t ur ba dor as da or der n s oc i al e pol í t i c a , as qua i s , em gr an-

de par t e , r es t r i ngi r am o c r es c i ment o nor mal de sua ec onom a.

Car act er í s t i cament e, o guar apuavano sempr e demonst r ou

c i v i smo e compr eensão pa r a os pr obl emas que a f l i gi r am o Mu-

ni c í pi o , o Es t ado , a Nação, ha j a v i s t o o gr ande numer o de

vol unt á r i os que se apr esent a r am por ocas i ão da Guer r a do Pa-

raguai

 .

Na s At a s do Cl ube Gua i r a e s t ã o r e gi s t r a do s vá r i o s e -

xempl os de c i v i smo: -

a At a n9 28 de 9 de abr i l de 1 908, t r a t a da r eal i za -

ç ão de pal es t r as l i t er ár i as e o Sec r e t á r i o, do Cl ube s uger i u

a r eal i z aç ão de c onf er ê nc i as c í v i c as af i r mando

q ue o Cl ub Gu ay r a d e v er i a t r a ba l h a r

p el a i l u s t r a ç a o do po vo g ua r a pu av a no

p or q ue s o o h ome m i n s t r u í d o s a be s er

? 0 5

patriota. "

Pr eocupar am- se os d i r i gen t es do Cl ube com a f o r mação

pr o f i s s i o na l do s j ov ens gua r a pua va no s e f unda r a m a " E s col a

Pr át i ca de Commër c i o do Cl ub Guayr a" .

Em 27 de dezembr o de 1 908 - At a n9 53 - a Di r et or i a

do Cl ube , s us pe ndeu as di v er s õ es por 15 di a s , em s i nal de

pr ot es t o ã i n j u s t a s e nt enç a pr of er i da pel o Supr emo Tr i bunal

Feder a l , na ques t ão do Par aná e Sant a Ca t a r i na.

Todas as r euni ões f es t i vas dessa soc i edade a t é a dé -

cada de 1 930 segui am um pr ogr ama que const ava de 4 par t es :

20: 00 hor as uma sess ão c í v i ca ;

21: 00 ho r a s pr o gr a ma l í t er o mus i ca l ;

22: 00 ho r as er a se r v i do um chá a t odos os p r esent es e a se -

gui r , o bai l e?

06

20 5.

  ATAS. L i v r o n9 1. At a n. 28. Ar qui vo do Guayr a

Count r y Cl ub de Guar apuava.

206

 «

  I bi dem At as 26, 2 8, 53 e s e gui nt e s .

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Embo r a ai nda f os s e m l i m t a da s as opo r t uni da de s educa-

c i onai s , a ní vel s uper i or , o f i nal do s éc ul o XI X e i ní c i o do

XX f oi mar cado por um gr ande avanço cu l t ur a l .

Sao f i l hos de ar r t i gos f az endei r os q ue s e des t ac am na

po l í t i ca , me di c i na e o ut r o s r a mo s da a t i v i da de huma na , di s -

t anc i ando -  se  por em dos t r aba l hos do campo .

Sur gem poet as , hi s t or i ador es , j or nal i s t a s .

Cr i am- se as Soc i edades Dr amát i ca e Mus i ca l , Revi s -

t as , Teat r os e j or nai s

20

,

7

  que espal ham a er udi ção dos homens

que os d i r i gem e pr omovem a educação do povo,

Soment e, na déc ada de 1  9 50  t er i a i ní c i o a t r ans f or ma-

ção da

  ec onom a, t r a di c i o nal , c om o av anç o ca pi t a l i s t a, cor n a

Utilização

  de máqu i nas , i nsumos , i nves t i ment os públ i cos e

privados,

  e

 o uso

  em ma i o r es ca l a de mã o- de - o br a a s s al a r i a -

da .

207«

  E nt r e as So ci edade s e I ns t i t ui ç ões que s ur gi r am na

época c i t am- se: Soc i edade Dr amát i ca " Am ga do Povo" , f undada

por F r anc i sco de Paul a P i e t z ; Soc i edade Mus i ca l Ly r a de Gua-

r apuava ; Tea t r o Sant o An t oni o ; Tea t r o São J oão ; Or ques t r a

"Ecos do Gua i r a " .

Ent r e os j o r n ai s : O Gua yr a , A L i de , A Al v or a da , 0

L yr i o , 0 P ha r o l , O Tr ev o, O J a c obi no , A P ena, P har ol e t e , Re-

vi s t a J or nal Cor r ei o do Oes t e, Al er t a, Ar aut o e out r os . Re-

v i s t a  o'Phar o l   - 1 92 2.

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186

- Estrutura fundiária no século XX. Extensão e distri-

4*3 buição das propriedades rurais. Posse e uso da terra.

A estrutura fundiária de Guarapuava sofreu profundas

transformações.

Em 1 928, o Município possuía 54 450 Km

2

  e em 1 975,

8.090 Km

2

, de área total.

Em um documento de 1 954, da Prefeitura Municipal, a

área do Município é dada como 13 073 Km

2

, ou seja 1 307 300

ha., assim distribuídos:

De acordo com o l evantamento reali zado pela ACARPA lo-

cal, em 1 975,

  é

  a seguinte a distribu ição da área e estru-

tura fundiária de Guarapuava:

Di s t r i t o de Gu a r a p u av a o u d a c i d ad e

2 356 Km

2

; d i s t r i t o do Gua r ã , 399  ;   di s -

t r i t o de Ca ndó i , 1 442; d i s t r i t o de

Gu ar a pu av i n ha , 445 ; d i s t r i t o de Pedr o

L u s t o s a , 1 525 ;   e f i na l ment e o d i s t r i -

t o do P i n hã o c om 1 202 K m

2

, r e s t a n d o

uma ã r ea de 200 qu i l ômet r os quadr ados

d es t i n ad a ao no vo d i s t r i t o de Ca nt a

Ga l o , c o n d i c i o n a da a s u a a p r o v a ç a o ao

no p l a n o q u i n q ue n a l , q u an t o a os s e us

1i m t es e ár ea .

2 0 8

Di s t r i b ui ç ã o da a r e a do Mu ni c í p i o de

Guar apuava

DESTI NAÇAO

a) Cul t ur as Anuai s

b) Cul t uras Per manent es

HECTARES

140. 535, 79

6 2 0 , 0 0

208. NASCIMENTO, Newton. Município de Guarapuava. 1954.

Arquivo de Benjamin C. Teixeira (datilografado).

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188

É impossível conhecer-se exatamente a área do Municí-

pio devido a grande diversidade nos dados existentes para

uma mesma época. Através dos fornecidos pelo IBGE, e outras

fontes que se basearam no Cadastro do INCRA, organizou-se a

Tabela XII, da estrutura fundiária em 1 975. Entre as qua-

tro apresentadas não há coincidência em nenhuma.

Não se pode comparar os dados fornecidos pelo INCRA

com os do IBGE, uma vez que a unidade básica de cada órgão é

diferente.

A u ni d ad e p es q u i s a d a p el o s Ca da s t r o s

é o i mó ve l r u r a l ( . . . ) f o r ma do de u ma

ou ma i s p ar c e l a s de t e r r a , p e r t e nc e n -

t es a um me s mo do no ( . . . ) .

0 i mó ve l r ur a l é, p or t a nt o , uma u ni -

d ad e d e p r o p r i e d a de , e n qu a nt o a u ni -

d ad e p e s q u i s a d a p el o s Ce ns o s Ag r o p e-

c u ár i o s do I BGE - o es t a be l e c i me n t o -

S u ma u n i d a de ad mi n i s t r a t i v a o nd e s e

p r o c e s s a u ma e x p l o r a ç ã o a g r o p ec u a -

r i a .

2 1 0

Utilizando-se diretamente o Cadastro do IN CR Ae , agru-

pando-se os imóveis rurais pertencentes a um mesmo proprie-

tário chegou-se ao resul tado correspondente ao ítem 1, da

Tabela XII, isto é, 5 914 proprietár ios para uma área de

832 224,30 hectares.

Os dados oficiais dão como 8 090,085 Km

2

  a superfície

do Município, o que corresponde a 809 008,5 hectares.

Os resultados fornecidos pela ACARPA local, em 1 975,

baseados no Cadast ro do INCRA - ítem 2, da Tabela XII, dão

uma área de 878 348,7 hectares divididos em 8

 9 32

  proprieda-

210. SILVA, J. F. Graziano da, coord. Estrutura agrá-

ria e produção de subsistência na agricultura brasileira.

São Paulo, Hucitec, 1 978. P. 37.

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T A B E L A X I I

E S T R U T U R A F U N D l í R I A D E

  CUARAPUAVA.

  T A B EL A S C O M P A R A T I V A S

G U A RA P U A V A - 1 9 7 5 .

1)

F O N T E: C A D A S T R O D O I N C HA - G U A R A P U A V A

2)

3)

4)

E x t r a t o s

de

X r e a

I m ó v e i s a g r u p a d o s

s e u s p r o p r i e t á r i o s

s e g u n d o

E x t r a t o s

d s

X r e a

D a d o s f o r n e c i d o s p e l o t e «

v a n t a m e n t o e f e t u a d o p e l a

A C A R PA l o c a l

E x t r a t o s

de

A r e a

D a d o s f o r n e c i d o s p e l o G r u-

p o d e P l a n e j a m e n t o S e t o -

r i a l d a S e c r e t a r i a d a A g r i -

c u l t u r a

E x t r a «

de

à r e a

s

D a d o s

l . B . G

M I C O

f o r n e c i d o s p e l o I

. E . - C E S S O E C O N0 -

- 1 9 7 5 .

E x t r a t o s

de

X r e a

N úm e r o de

p r o p r i e t á r i o s

Ä r e a < h a )

E x t r a t o s

d s

X r e a

H ú m e r o d e

p r o p r i e d a d e s

X r e a ( h a )

E x t r a t o s

de

A r e a

N ú m e r o d e

p r o p r i e d a d e s

X r e a e x p l o -

r a d a ( h a )

E x t r a «

de

à r e a

N úm e r o de

  I

p r o p r i e t á r i o s

X r e a ( h a )

0 - 1 0 1 2 0 1 6 5 0 8 , 0 0 - 1 0 - 2 4 1 8 1 1 8 1 9 , 9 0 - 10 2 1 2 7 1 1 5 4 6

10 -

2 0 8 4 4

1 2 7 9 9 , 4

10 -

20

J 5 4 2

2 2 5 2 1 , 0

1 0 - 2 0

1

24

1 4 7 5 3

20 -

50 1  5 4 5

5 1 7 9 7 , 3

2 0 - 5 0

2 2 8 7 7 3 3 6 3 , 8

0 -

50

6 4 5 1

6 9 1 1 6

2 0 - 5 0

l

4 0 3

4 5 7 7 5

5 0 - 1 0 0

9 4 6

6 6 4 4 8 , 7

50 -

1 0 0 1   1 2 1

7 9 1 4 3 , 8

5 0 - 1 00 1 1 1 5

4 5 6 3 7

5 0 - 1 0 0

7 5 3

5 3 6 1 4

1 0 0 -

2 0 0

5 8 4

81

7 9 8 , 3

1 0 0 -

200

7 6 2

1 0 7 3 7 2 , 1

1 0 0 - 2 0 0

7 0 4 5 8 8 2 2

1 0 0 -

2 0 0

4 9 8

6 8 0 5 7

2 0 0 - 5 00 4 6 9

1 4 7 4 6 4 , 7

2 0 0 - 5 0 0

4 8 5

1 7 5 0 7 6 , 4

2 0 0 - 5 0 0

5 1 4

1 0 5 5 1 1

2 0 0 -

5 0 0

3 4 9

1 0 8 7 7 8

5 0 0 -

1 0 0 0

1 9 4

1 3 2

2 5 9 , 3

5 00 - 1 00 0

3 1 7

4 0 9 0 5 3 , 4

5 0 0 -

1 0 0 0

1 4 8 6 8 7 2 2

5 0 0 -

1 0 0 0

1 2 9

8 9 S 5 8

1 00 0 - 2 00 0

77

1 0 9 5 9 0 , 1

1 00 0 - 2 00 0 -

-

1 0 00 - . 20 0 0

1 1 2 1 6 3 2 5 2

1 0 0 0 -

2 0 0 0

51

6 9 8 4 2

2 0 0 0 -

5 0 0 0 4 2

1 3 5

7 1 9 , 1

2 0 0 0 -

5 0 0 0

-

-

2 00 0 - 5 00 0

- -

2 0 0 0 -

5 0 0 0

20

5 4 2 7 0

5 0 0 0 -

t o o o o

11

75

4 8 5 , 6 5 0 00 - 1 0 0 00

- -

5 0 00 - 1 0 00 0

- -

5 0 0 0 -

1 0 0 0 0

3

1 8 7 7 7

1 0 0 0 0 e

a a i s

l 1 2

5 0 0 , 0 1 0 0 0 0 e m a i a

-

-

1 0 0 0 0 e m a i s - - 1 0 0 0 0 e m a i s

2

2 8 1 6 4

5 9 1 4

8 3 2

2 2 4 , 3

T O T A L

8 9 3 2

8 7 8 3 4 8 , 7

9 0 4 4

5 1 1 0 6 0

T O T A L

6 4 6 4

5 6 3 1 3 3

F O N T E : A C A R P A - G U A RA P U A V A

P O N T S : G . P . S . DA S E C R E T A R I A D A A G R I CU L T U R A F O N T E : I . B . G . E .

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190

des.

Tendo também como fonte o Cadastro do INCRA, os re-

sultados fornecidos pelo G P S da Secretaria da Agricultura,

citam para 9 044 propr iedad es rurais a área explorada de

511 060 ha. - item 3, da Tabela XII, enquanto que, o Censo

Econômico, do IBGE - 1 975, dá o número de 6 464 proprieda-

des para 563 133 hectares de área - item 4, da Tabela XII.

Assim sendo, como já se frisou anteriorm ente, o co-

nhecimento da unidade básica ê fundamental, a fim de se evi-

tar erros graves.

Mesmo que a unidade básica das fontes seja a mesma,

os resultados obtidos pelas pesquisas poderão ser diferen-

tes, devido a grande mobilidade em relação a posse da terra.

O Cadastro do INCRA nem sempre reflete a realidade em rela-

ção ã mesma pois, existe a possibilidade de um imóvel vendi-

do constar duas vezes, em nome do antigo e do novo proprie-

tário, os quais poderão ter deixa do de comunicar a transfe-

rência.

Utilizando-se somente dos dados dos Recenseamentos do

IBGE, onde a unidade pesquisada é o "estabelecimento rural",

organizou-se a Tabela XIII, com o número de estabelecimentos

ë sua área, agrupâdos de acordo com o módulo a que pertencem.

De 1 940 a 1 950, houv e um decréscimo no número de

propriedades e na área declarada, em relação a todos os mó-

dulos, explicando- se esta diminuição pelo desmembr amento do

Município de Pitanga.

A década seguinte marca um aumento quanto ao número

de propriedades até 1 000 hectares , do que se deduz ter ha-

vido fracionamento nas propriedades acima de 1 000 hectares.

De 1 960 a 1 970, houve aumento apenas nas proprieda-

des até 10 hectares, enquanto que nas propriedad es de todos

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192

os outros módulos ou classes houve redução, tanto no número

de propriedades quanto na ãrea, retração esta que se explica

pelo desmembramento dos municípios de Inácio Martins e Pi-

, -  2 11

nhao.

Com a substituição da pecuária pela agricultura nos

modus de produção capitalista e a máxima valorização da ter-

ra está ocorrendo o fenômeno da aglutinação de propriedades

ou seja, a absorção das pequenas pelas médias e grandes pro-

priedades .

Os lucros gerados pela agricultura têm sido aplicados

na compra de terras dentro e fora do município.

A agricultura mecanizada exige grandes glebas que são

arrendadas ou compradas formando grandes propriedades (aglu-

tinação) , ocorrendo em Guarapuava o mesm o fenômeno que se

observa em outras regiões com atividades semelhantes.

Ge r a l me nt e os mi n i f u nd i o s s ão i n c or -

p o r a d os po r p r o p r i e d a de s ma i o r e s : e m-

pr e s as r ur a i s ou l a t i f u ndi o s , f e nó me -

no e s s e d e no mi n a do " f a g oc i t o s e " ( pr o -

c es s o b i o l ó gi c o em que as c é l u l a s en-

g l obam e d i ger em out r as a s ua vo l t a ) .

212

Os descendentes de antigos fazendeiros que, com as

sucessivas p artilhas receberam pequenas glebas de campo, ven-

dem-nas a preços elevados e aplicam o capital em terras mais

baratas que lhes permitam adquirir áreas maiores; bem como,

outros, proprietários de áreas razoavelmente grandes, ven-

dem-nas, deslocando-se para regiões de clima mais propício

211. Inácio Martins pela Lei n9 4 248, de 25 de julho

de 1 960 e Pinhão, pela Lei n9 4 823, de 18 de fevereiro de

1 964.

212. SILVA, op. cit., p. 44.

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17 7

ã pecuária.

Isto porque, em Guarapuava, mesmo se utilizando pas-

tagens artificiais, os lucros gerados pela agricu ltura são

maiores que os produzidos pela pecuária.

Os dados do Censo Econômico do IBGE para 1 9 75  com-

provam a diminuição das propriedades até 50 hectares, tanto

em número como em em ãrea, ao passo que houve crescimento

(número e área) das propriedades com mais de 50 hectares(Ta-

bela XIII).

Conhecida a malha fundiária, isto é, a distribuição e

extensão das propriedades, comprova-se a mudan ça do uso da

terra ptravês da Tabela XIV e gráfico correspondente, com re-

ferência ã agricultura.

Tomando-se as nove principais culturas do Município

tem-se em 1 944, a área plant ada de 1 522 hecta res com uma

produção de 630 toneladas; em 1 978, a ãrea plantada foi de

176 800 hectares para uma produção de 265 9 52  toneladas, de

acordo com os dados oficiais.

Fica assim evidente o crescimento da ãrea plantada e

da produção, com aumento de produtivi dade, acompanhando o

desenvolvimento agrícola nacional.

Entretanto, este crescimento ocorreu mais em função

da ãrea cultivada do que da produtividade propri amente dita

e se deu principalmente, em relação aos produtos destinados

ao mercado externo.

Quanto â taxa de participaçã o de Guarapuava na agri-

cultura paranaense, seu crescimento foi substancial conside-

rando que a agricultura do Estado também cresceu.

Em 1 944 Guara puava part icipava com 0,75% da área

cultivada e 0,18% da produção das nove principais culturas

da região.

Em 1 978, esta participação cresc eu para 2,59% da área

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194

T A B E L A XI V

AREA CULTIVADA, PRODUÇÃO E PERCENTUAL DE GUARAPUAV A SOBRE O PARANÃ NAS

CULTURAS DE ARROZ, AVEIA, BATATA INGLESA, CENTEIO, CEVADA, FEIJÃO, MILHO,

SOJA E TRIGO.

ÃREA CULTIVA DA (HA)

PRODUÇÃO (T)

GUARAPUAVA PARANÃ

%

. GUARAPUAVA

PARANÃ

%

1

944 1

522

201

843

0,75 630

346

361 0,18

1 945

7 029 645

708

1,08

9

020

904

014

0,99

1

946

11

535

692 527 1,66 22

433 1 112

088

2,01

1

947

11

812 657 777

1,79

25

412

1

040

311 2,44

1 948 10

312

812

694

1,26

21 579

1

155

208 1,86

1 949 11

357

1

003

198

1,13

26

903 1

120

838 2,40

1 950

10 052

1

000 690 1,00

24 202

1 436

055

1,68

1

951 26 678

1

144 415 2,29

31 486

1 535

912

2,04

1

952

32 151

1

164 464

2,76 35 282

1

454

103 2,42

1

953

50 756

1

234 840

4,11

48

420 1 531

426 3,16

1

9 54

54 546

1 440

860

3,78

40

577

1

841 268

2,20

1

955 51

050

1 421 003 3,59

30 831

1

592

284

1,93

1

956 50

022

1 607 302

3,11

35

764

1

969

263

1,81

1

957

56 456

1

545 747

3,65 37

255

1 925

064

1,93

1 958

55 610

1

541 318

3,60

36

644

1

929

514

1,89

1

959 56 536 1

569

869

3,60

39 102

2 078 314

1,88

1

960

60 416

1

816

493

3,32

46

490 2

317

564

2,00

1

96 1 79 537 1 625 107 4,89

82

494

2. 224

534 3,67

1

962 78

682

1

607

447

4,89 86 909 2

400 943 3,61

1

963

77

252

1

776

210

4,34

92

196

2

861

024

3,22

1

964 67 103 2 033 152

3,30

91 526 3

174

591

2,88

1

965

71

794

2

410

732 2,97

103

868 3

684

234

2,81

1

966 66

245 2

378

285

2,78 110 030

3 500

509 3,14

1

967 67

837

2 490 805 2,72

144 520

3

866

210

3,73

1 968

76 265

2

6 39

505

2,88

136 591 3 929

540

3,47

1

969 88 245 3 098

358

2,84

159 167 4

831 714

3,29

1

970

87 572

3

787

762 2,31

165 515

5

896

302

2,80

1

971 99 087 4 052

.044

2,44

155 073 6 202

484

2,50

1

972

102

822

4

197

493

2,44

159 730 6 551

851 2,43

1

973 95 693

4

055

340 2,35 162 688

6

282

904 2,58

1

974 145 259

5 505

530

2,43

256

938

8

736

173

2,94

1

975

152 170 5

652

480

2,69

287

064

9

594

291 2,99

1

976

182 164

7

041

660

2,58

345 710

13

343

301

2,59

1

977

179

869 7 223

322 2,49 384 448

12 845

658 2,99

1

978

176 800 6

816 658

2,59

265 952

8 285 944

3,20

FON TE: D. E. E. - I. B. G. E.

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8/10/2019 ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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195

AGRICULTURA— AREA CULTIVADA NAS CULTURAS DE ARROZ, AVEIA, BATATA

INGLESA, CENTEIO, CEVADA, FEIJÃO. MILHO, SOJA E TRIÔO.

COMPARATIVO-GUARAPUAVA / PARANA

PERIODO : 1944-78

AREA CULTIVADA

MILHARES DÊ HECTARES

SCOO

3000-

«eoo-

3oa>

20C30-

«00.

2 0 0

CONVENÇOES

GUARAPUAVA

P A R A N A

:

 1 6 0

140-

120

100

60

40-

SO-

/

/

I9S0

I 9 6 0

A N O S

1970

©78

Page 210: ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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196

AGRICULTURA-PRODUÇAO  NAS CULTURA DE   AR ROZ, AVEfA , BATATA

INGLESA ,CENTEIO, CEVADA, FEIJÃO,   MILHO

t

SOJA,TRlGO

COMPARAT

  IVO

  GUARAPUAVA / PARANA

PERÍODO: 1 9 4 4 -7 8

QUANTIDADE

  PRODUZIDA

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197

AGRICULTURA-

PERCENTUAIS DE GUARAPUAVA SOBRE O PARANA

NAS CULTURAS DE  ARR OZ, A VEI A , BATA TA  INGLESA,

CENTEIO,

  C

 EVA DA ,   FEIJÃO, Mi LHO, SOJA E TRIGO.

AREA CULTIVADA E  QUANTIDADE PRODUZIDA.

PERÍODO 1 944-78

AREA  CULTIVAD

J—Y/r-

a

A N O

100% 3

(944

45

46

47

46|

49

I95C<

5

5 2

33

34

55

' 3d

57

36

59

196C

61

62

63

64

65

66

6 7

6 6

6 9

'97C

71

72

73

74

75

77

(978

t i

QUANTIDADE PRODUZIDA

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e

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9

4

P E RCENTUAIS

- // - »

S '00%

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198

cultivada e 3,20% da produção do Estado.

A fim de se conhecer o crescimento relativo a cada

cultura, isoladamente, veja-se o ANEXO .1.

Contudo a agricultura ainda não atingiu a taxa de par-

ticipação ocupada pela pecuária até a década de 1 950.

Em relação à pecuária, a Tabela XV e gráfico corres-

pondente, mostram que a mesma teve duas quedas bruscas - após

1 964, com o desm embramen to do Municí pio do Pinhão e, no iní-

cio da década de 1 970, cora o inc rement o da cultura da soja.

De 1 956 a 1 970, ocorreu fenômeno inverso em relação

ao Estado, o qual teve rS-eu rebanho aumentado para 15 057 968

cabeças, enquanto o de Guarapuava que, e m l 956,era de 483 970

cabeças, continuando a diminuir até 1 975.

Nos três últimos anos (1 9 76-8),  a pecuária bovina

apresenta-se com tendência de crescimento impulsionada pelo

mercado favorável e através de Programas oficiais de incen-

tivo ao criador, entre -éles a Feira de Bezerros.

Quanto â suinocultura que, em 1 9 30,  consistia na

maior fonte de renda do setor pecuário, vem decaindo pro-

gressivamente o.que, em parte se explica pela substituição

do uso da terra pela agricultura e também pelas pestes que

tem atingido os rebanhos e instabilidade de mercado, com au-

.sência de preço mínimo aos produtores.

No sistema tradicional, os porcos eram soltos nas ro-

ças de milho_ para engorda - eram as chamadas "safras de por-

cos"; atualmente o milho é colhido e em grande parte é ex-

portado para os Estados vizinhos de Santa Catarina e Rio

Grande do Sul.

A suinocultura está sendo feita com processos mais

modernos, com animais confinados em "chiqueirões" e alimen-

tados com rações balanceadas.

Na pecuária bovina também está se introduzindo o sis-

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TABELA ;XV

TOTAL DE CABEÇA

0

  DE GADO ASININO, BOVINO, CAPRINO, EQÜI-

NO, MUAR, OVINO E SUÍNO EM GUARAPUAVA E NO PARANÃ.

PERÍODO - 1 956-78

Ano

Guarapuava

N9 de cabeças

Paraná

N9 de cabeças

% de Guarapuava

sobre o Paraná

1 956

539

900 6 081 460 8,87

1 957 548

300 6

638, 490 8,25

1 958 540 300 7 222 000 7,48

1 959 526 303

7 620

000

6,90

1 960 519

650

8

051

909

6,45

1 961 546 360

8 408

414

'6 ,49

1 962

524

350 9

481

663

5,53

1 963

529 700

10 400 000

5,09

1 964

553 520

11

294

000

4,90

1 965 440

000 12 414

000 3,54

1 966 447 220 12 684 000 3,52

1 967 469

095

13 215 000

3,54

1 968 480

050 14

096 261

3,40

1 969 481

600 14

326 932

3,36

1 970

483

970

15

057

968

3,21

1 971

(. . .)

(. . .)

1 972

( •

(. . .)

1 973 304

626

13 119 787

2,32

1 974

308 975

13 201

441

2,34

1 975 297

775

13 562

033

2,19

r 9 7 6

308 836

13

889

764

2,22

1 977 309

030

13 193

041

2,34

1 978 329

075 12

448

148 2,64

FONTE: D. E. E. - I. B. G. E.

(...) Dados inexistentes.

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200

y-F ri

ëctt

DO GA DO Â SiNINOj BOV INO, CA PRINO»

E S Í Í Í &

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PECUÁRIA - POPULAÇAO DO GADO ASININO, BOVINO,

E SUÍflO.

P E R C E N T U A L DE G UA RA P UA V A S O B R E O PA RA N Á

P E R IO DO : 1 9 5 6 - 7 8

1

rnmláMltÊmÊÊÊ^

too •/«

1 .

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9

6

7

6

5

4

3

2

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1938

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1 9 7 0

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202

tema de confinamento onde os resultados parecem favoráveis.

Não têm expressão econômica no Município de Guarapua-

va a pecuária asinina, caprina, equina, muar e ovina; a fim

de se conhecer isoladamente o total de cabeças de gado de

cada espécie veja-se o ANEXO I.

Se, na agricultura, o Município acompanh ou o cresci-

mento ocorrido a nível de Estado e Nação, o mesmo não acon-

teceu com a pecuária comprovando-se assim a hipótese da mu-

dança do "uso" da terra que, de região pecuarista,' passou a

região inserida no processo agrícola nacional e internacio-

nal.

Essa mudança de atitude além de fazer parte de um

processo global, isto é, uma conjuntura favorável, é devida

também a entrada de novos contingentes populacionai s que,

trazendo "elementos renovadores"

213

 provocaram a transferên-

cia não só de uso como também da posse da terra, pois, nas

primeiras décadas deste século, a sociedade tradicional cam-

peira detinha quase a totalidade da área explorada do Muni-

cípio.

Esta situação somente começou a mudar com a entrada

destes novos contingentes populacionais: descendentes de po-

loneses, vindos da região de Prudentõpolis, de alemães eita-

lianos vindos do Rio Grande do Sul e, em 1 951, imigrantes

de cultura alemã que vieram formar a Colônia Entre Rios.

A princí pio, as propriedades adquiridas foram as de

pequeno porte, depois as de médio, onde passaram a explorar

a agricultura.

As migrações havidas antes da década de 1 950, ainda

213. BALHANA, op. cit.

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203

que tenham feito crescer a produção agrícola não provocaram

mudanças econômicas porque os novos contingentes estabele-

ceram-se em regiões de matas, sem tecnologia adequada, sendo

absordivos pelo sistema tradicional; as terras ocupadas pela

sociedade campeir.\, isto é, os campos, permaneceram como zo-

na de criatõrio da pecuária bovina.

Somente com o esta belec iment o em 1 951, da Colôni a En-

tre Rios, as terras de campo, que anteriormente eram usadas

pela pecuária passaram a ser aproveitadas pela agricultura.

Esse uso foi possí vel graças ao avanço tecnológico

dos meios de produçã o (corretivos de solo, fertilizantes, de-

fensivos, máquinas e implementos) e a disponibilidade de ca-

pitais com financiamentos subsidiados pelo governo.

Analisando-se as TABELAS XXXIII a "XLI  e Gráficos refe-

rentes a agricultura, constantes no ANEXO I, verifica-se

que antes de 1 950 a mesma se limitava ao plantio de milho e

feijão, enquanto que outros produtos eram plantados em esca-

la muito pequena. Somente a partir da década de 1 950 veri-

fica-se um aumento na área plantada e na produção não só das

culturas tradicionais como também de outras como trigo, a-

veia, cevada, arroz, etc.

Em regiões de topografia dobrada e com presença de pe-

dras ou matas, as terras estão sendo ocupadas com pastagens

artificiais ou plantações, principalmente de milho, no esti-

lo tradicional de roçada e queima . Existem proprietários

que as arrendam para desbravamento com arados de tração ani-

mal .

O uso das terras de campo pela agricultura em Guara-

puava não constitui fenômeno isolado, pois, é dessa época a

implantação da mesma atividad e nos cam pos de capim "barba de

bode" no Rio Grande do Sul.

A capitalização, através dos resultados positivos das

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T A B E L A X V I

P R O P R I E D A D E S A G R U P A D A S D E A C O R D O C O M O S F R . 0 P R U T Í M 0 S E D I S T R I B U I D A S S E C U N D O A S C L A S S E S D E S j t E A

1 9 7 5

S r n i l e l t o »

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t r a d i c i o n a l )

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p r i e t á r i o »

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c á e d a d e t r a d i c i o n a l

e o t e t a ç a o a o t o t a l

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7 5 0

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27

6

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8

7 6 4 7 , 8

2 » 7 0 1 , 2

3 0 7 1 2 , 7

3 8 4 8 8 , 9

7 5 2 2 0 , 2

7 3 2 0 2 , 2

» 4 2 5 6 , 0

8 « 4 5 6 , 3

3 9 1 9 5 , 7

1 2 5 0 0 . 0

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11»

101

7 ]

76

26

W

1

5 2 1 . 1

8 4 9 , 0

4 1 4 1 , 0

7 2 6 7 , 5

1 0 2 7 7 , 0

2 4 0 1 0 , 0

1 8 5 0 7 , 7

2 3 1 9 6 , 1

1 2 4 2 8 , 7

6 0 9 5 , 3

6 3

47

101

• 7 1

5 8

6 5

24

6

3

1

3 6 3 , 3

6 7 2 , 8

3 4 6 6 , 1

5 3 0 2 , 7

8 4 8 2 , 7

1 8 6 0 2 , 0

1 5 9 0 0 , 0

1 0 7 4 2 - . 0

9 C 7 8 . 9

5 5 6 5 , 4

2 1 4

1 7 7

4 5 2

2 6 0

1 4 9

7 3

16

4

1

1 2 8 4 . 7

2 6 9 5 , 0

1 $ 3 3 3 , 1

I S 3 5 9 , 5

2 0 . 4 0 2 , 5

2 2 3 8 3 , 5

1 0 8 7 2 , 6

S 3 7 9 , 9

4 2 0 5 , 0

1 2 , 2

6 1 , 5

1 5 5 , 1

3 6 3 , 0

8 2 3 . 3

1 3 5 9 , 0

3 5 4 2 , 8

1 2 3 3 , 3

1 6 1 9 3 , 4

1 6 0 5 8 , 9

3 6 9

282

6 7 7

4 3 7

286

2 1 8

7 1

28

12

4

2 1 8 1 , 3

4 2 7 8 , 3

2 3 0 9 5 , 3

3 1 2 9 2 , 7

3 » » 8 5 , 5

6 6 3 5 4 , 5

4 8 8 2 3 , 1

4 0 5 5 1 , 3

4 1 » 0 > , 0

2 7 7 1 9 , 6

1

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4 2

30

12

8

1

3

3

1

4 4 , 9

2 7 2 , 7

1 3 9 6 , »

2 1 3 4 , 1

1 7 0 2 , 3

2 3 8 0 , 2

S 4 3 8 , 0

4 7 8 2 , 8

7 3 5 6 , 8

8 5 7 0 , 3

4 1

2 0 4 , 0

3 2

4 5 4 , 4

7 6

2 6 0 3 , »

3 4

2 3 0 9 , 2

1 2

1 6 2 1 , 6

1 2

3 5 0 9 , 8

7

4 7 9 6 , 0

3 1 8 »

4 5 6 4 3 8 , 8

5 6 0 1 0 7 2 » 3 , 4

4 3 9

1 2 0 1

8 4 «

1 5 4 5

» 4 6

5 8 4

4 6 9

1 » 4

7 »

4 2

11

1

7 8 1 7 5 , 9

1 346

0 0 9 1 5 , 8

3 » 3 » 8 0 2 , 3

6 5 0 8 , 0

1 2 6 5 3 , 2

5 1 7 9 » , 3

6 6 4 4 8 . )

8 1 7 9 8 , 3

1 4 7 4 6 4 , 7

1 3 2 2 5 9 , 3

1 0 9 5 9 0 , 1

1 3 5 7 1 9 , 1

7 5 4 8 5 , Í

SPQfi

6 5 . 2

60.6

4 8 . 3

4 7 , 0

4 6 , 9

4 9 , 2

3 6 . 2

5 9 , 7

6 4 . 3

5 4 , 3

1 0 0 , 0

2 3 8 4

3 2 6 1 8 7 , 6

3 4 0 7 9 , 0

214

13 498,9

i 914

8 3 2 , 2 2 4 , 3

33,85

«Mil iSCS¿ - i 975 - CBABAmVA.

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206

Calculando o resultado da TABELA XVI referente à pos-

se da terra, com a popul ação de 1 970, eram prop rietários ru-

rais 5,28% desta populaç ão; em relaç ão â estimativa para,

1 980, 3,42% da população seria proprietária rural.

Levando-se em consideração que foi utilizado o ca-

dastro de 1 975 fez-se a média do percentual de 1 970 e

1 980, chegando-se a conclusão que somente 4,35 da população

era proprietária rural em 1 975.

Entre esses proprietário s constatou-se a presença de

estrangeiros, brasileiros naturalizados, brasileiros descen-

dentes de alemães, italianos, eslavos, japoneses e brasilei-

ros da sociedade tradicional onde se incluem os descendentes

da sociedade tradicional campeira.

0 percentual de proprietários descendentes de antigos

fazendeiros é pequeno, porém não se pode chegar ao seu "quan-

tum" com exatidão porque vieram para a região, jã no século

XX, muitos elementos cujos nomes são iguais ao de pessoas que

se dirigiram no inicio do povoamento.

Porém, mesmo não sendo possível conhecer o percentual

de proprietários descendentes da sociedade tradicional cam-

peira fica comprovad a a transferência da posse da terra pois,

entre 5 914 proprietários rurais, 2 384 são descendentes de

alemães, italianos e eslavos (40,32%), 131 são brasileiros

naturalizados (2,22%) e 214 são estrangeir os (3,62%), tota-

lizando 2 729 propriet ários (46,16%).

Quanto à aquisição de terras por estrangéiros, a mes-

ma é regulada pela Lei n9 5 709, de 7 de outubro de 1 971,

que diz no seu Artigo 39:

A a qu i s i ç a o de i mó ve l r u r a l po r p e s -

s oa f í s i c a e s t r a ng ei r a nã o p od er á ex -

c e d e r a  50  ( c i n qü en t a ) mó du l o s d e e x-

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210

beneficiou a agropecuária pois estava nas mãos de elementos

de fora do município.

Somente a partir de 1 950, a agropecuária apresenta-

ria sinais de crescimento, com a mudança do uso e posse da

terra.

A adoção de inovações tecnológicas graças ao capita-

lismo financeira provocou o incremento da agricu ltura e ge-

rou maior fluxo de capital para a região possibilitando a u-

tilização das terras com maior lucratividade.

Com os capitais subsidiados pelo governo e fornecidos

pelos bancos foi possível aos agropecuáristas modernizarem

as atividades produtivas, adquirindo máquinas, tratores, fer-

tilizantes, enfim custearem a produção e realizarem melhora-

mentos nas suas explorações.

Estes créditos foram fundamentais para o desenvolvi-

mento da região, pois o capital gerado pela indústria madei-

reira, foi desviado para outros municípios.

220

Todo proprietá rio rural tem acesso aos créditos ban-

cários porém, não são muit os os que dele se utilizam. Esses

créditos são regulados pelo Decreto-Lei n9 167, de 14 de fe-

vereiro de 1 967; em relação a créditos para estrangeiros de-

ve ser respeitada a Lei 5 709, jã citada, que regula a aqui-

sição do imóvel pelos mesmos.

Para se conhecer o montante do capital, o número de

financiamentos e a aplicação que se deu aos mesmos pelos di-

versos segmentos da sociedade, fez-se o levantamento e arro-

lamento das Cédulas Rurais registradas nos Cartórios de Re-

gistro de Imóveis de Guarapuava, cujos dados foram trabalha-

220. LUZ, op. cit.

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211

dos, levando-se em conta a origem étnica do emitente.

Assim, foram divididos os emitentes era quatro grupos:

1 - Brasileiros - sociedade tradicional, onde se agruparam

os descendentes do branco-português, negro e índio;

2 - Brasileiros, descendentes de alemães, italianos e

  -

esla-

vos ;

3 - Brasileiror natur alizados, onde foram agrupados os es-

trangeiros que se naturalizaram brasileiros.

4 - Estrangeiros.

Optou-se por esta divisão a fim de se conhecer a par-

ticipação dos componentes da sociedade tradicional, bem como

a participação dos novos contingentes populacionais no pro-

cesso de modernização da agropecuária guarapuavana.

As cédulas arroladas representam a totalidade das que

foram registradas, porém, não representam o total dos finan-

ciamentos concedidos pois, muitas não foram registradas.

Estes financiamentos se dividem em:

a)- Custeio de produção animal;

b)- Custeio de produção vegetal;

c)- Investimentos (créditos para máquina s e implementos a-

grícolas, cercas, benfeito rias, elétrlfica çao rural e

instalação de água, silos e armazéns, pastagens artifi-

ciais, destoca e calagem).

Através das cédulas rurais, além de se conhecer a uti-

lização dos créditos ba ncários ,foi possível obs ervar a atua-

ção de algumas firmas madeireiras no setor agropecuário.

Os prim eiros financiamentos £,oram registrados a par-

tir de 1 940 e aplicados na pecuária bovi na (TABELA XLII,

ANEXO II) mas foi mui to pequeno o número de pecuarist as que

se utilizaram destes créditos pois, constatou-se que alguns

fazendeiros fizeram vários emp réstimos no mesm o ano.

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F í N A N C í A M E N T O - P A R A C U ST EI O D A P R O D U ÇÃ O  ANIMAL EM GUARAPUAVA

PERCENTUAL OE  BRASíL£ íROS( SOC.  TRADICIONAL) EM RELAÇÃO AO TOTAL  APLICADO

PERIODO: 1940- 75

1006-

9 0 -

8 0 -

70

6

50 -

4 0 -

3 0 -

2 0 -

10

O —

i ——' —* —

1940

_ CONVENÇÕES

porcentua l   d o

VALOR.

NÚMERO DE FINANC.

«

• ¡ » » * • • « » e » i a s *

Î 9 5 0

I 960

I97D

- — î — —

1975

M

S-"

ÄV

ANOS

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216

FINANCIAMELOS

PARA CUSTEIO DAS LAVOURAS DE ARROZ,AVE A,

BATATA TOLES A, CEVADA, FEkJÃO, MILHO, SOJA E

BRASILEIROS {SOCIEDADE TRADICIONAL)

EM RELAÇÃO TOTAL FINANCIADO

PERÍ O DO : 1 9 5 2 - 7 5

AO TOTAL

NÚMERO OS RM^CJA^^TO

V A L O R O Ô F W P í C i M S g f f r O

© 8 2 1 8 6 0 I 9 ? 0 f 9 T S

ANOS

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TABELA XU

TOTAL DOS FtSANCIAKENTOÎ REGISTRADOS SOS CAST0RIOS BK RîClSTRÔ M IMÓVEIS DO 1? , 2» « 3» OF ÍCIO

DJ GUARAPUAVA PARA CUSTE IO

 DE

 PBOTUçXo AGROPFXUfoí

 

E IKVESTIKEKTOS. PERÍODO .1 9 40- 75 .

»nvrst lswnto

AKO

Pecuaria

Agr icultura

Maquina« a

LQpltfncnlOB

Cercas, bc f lfc i to r ia«,

e l e t r i f i c a ç ã o e i n a -

ta lação de  água

Deatoca

F a a t a g c a a r t i f i c i a l

TOTAL

S» da

f i n .

Valor

N« do

f i n .

Valor

Xrca

CT il«

f i n .

Valor

N9 < e

f i n .

Valor

N9 4c

f i n .

Valor

Xraâ

V

do

f i n .

Valor

K» 4«

[ l a .

Valor

1

««0

. >4

429:000 «000

-

-

- • - -

-

- -

-

-

14

429:0001000

1

<41 22

843:500^000

- -

 

- -

  -

- -

-

-

22

843:500)000

1

942 8 ÍSJjOOOJOOO

- - -

 

- - - - - - - -

8

683 ¡0001000

Crl

1 9*3

a 409 960,00

-   - - - - - - - -

8

4 89

960,00

»

t

«90

000,00

- -

- - - . - - -

-

-

- - - 3

890

0(Ä,00

l

943

1

I 915 000,00

- -

-

- -

- - -

-

- -

- - 7

1 915

000.00

»

94» 5 »30 000,00

- - -

 

- - - - - - - - -

5 430 000,00

l

»41

»48

- -

- -

- - -

-   - -

- -

1

94»

3 655 000,00

- - - -

 

- - -

-

- -

3

655 000,00

1

9 SO

1 430 000,00

- - - - - - -

-

-

r

-

3

4)0 000.00

l

«SI

3 1 100 000,00

-  

- - - -

-

- -

-

- -

3

9 100

000,00

1

952

10

2 260

639, CO

19 580 350,00 734 98

- -  

-

 

-

-

-

-

-

29 2 841 039,00

953 8 2 668 700,00

55

957 296,90 667

28

- - - - - -

-

- -

63 3 625

996,00

1

954

a

3 551

300,00

52

2

070

608,00

t

494 00

-

  -

- - - - - -

.

 M

5 621

908,00

i

951

u 1 657

720,00

42

2

320

292,50

t

842

34

-

 

-

-

- - -

2 33 200,00

41,

00

55 5 011 .217,50

1

956 10

J 646 300,00

30

1 553

625,00 722

35

-

 

3 110 410,00 - -

 

3

Si 320,00

6?,

76 46 5 391

655,00

1

957

11 2 539

749,00

54

5

213 655.00 2 392

05 7 2 638 770,00

1 43 850.00

-

 

-

-

-

75

10 436

044,00

958

11

4 543

310,00

44

10

334

UO, 00 2

668

48

15

4 359 600,00

- - - - - - - 7 70 19 242

520,00

1

959 37

10 144

750.00

307 31

869

Si) , 00

6

265 85 101 10 m 1)5,00 4

351 250,00

- - -

i

73 500,00 - 450 61 228 178,00

1 960

64

30 347 000,00

394

82 145

437,00

19

118

56

166

BO 953 886,00

5

201 150,00

- - -

1

160 000.00 -

6)0 18)

 1

07 47).OO

1

961 24

7 4)7 500,00 105

60

149 507,20 7 4)6

05

25

16 549 252,40

1

174 000.00

- - -

-  

1*55

64 110

339,60

962

5 6 8)1

000,00

66

53 406

258,00

6 272

36 15 23 052 197,50

3

406 000,00

- -

-

- - -

83 695 455,50

I

96),

8

i

  130 852.00

130

139

506

261,76

13

851

08

63

57 731 452,04

-

- -

-

-

-

- -

201

205 368 565,00

1

964

i

15 435 000,00 170

499 190 393,60 14 146

13

37 169 649 500,00 - - - - - - - -

212 683 274

893,00

1

965

3

5 790 000,00 50 190

549

250,00 4

287 52

11-

92 794 1)0,00 1 50 000.00

-

- - - - -

65 28» 183

380,00

»

966 14

43 SJ3 400,00 126

329

724

5.16,00

15

777

34

41 147 320 )41,10

NCr»

10

33 518 750,00

- -

-

- -

-

191 554 497

027,10

t

967

23

505 050,00

221

7

944

912,07

15

494

10

»5 1 4SI 581,74 12

34 034,24

- - -

2

3 500,00

9 68 353 9 970 078,05

I

968

16

111

292,00

254

3

9 78 710,60

20

594

72 121 1 502 060,2 7 30 170 799,10

- - -

5 56 160,00

350,00

426 5 899 021,97

1

969

46 319

870,00 524

10

870 272,35

49 542

U

315

5 423 465,12

Cr»

5 897 621,18

51

594 «70,65

- -

-

6

15 350,00

79

86

»42 IT 223 428,12

t 970 80 557 805,00 525 22 010 005,07 55 974 93 200

5 423 465,12

Cr»

5 897 621,18 49 381 259,67

- -

10 53 491,70 361 50 864 23 905 182,62

»71

26

280

816,00 576

27

468

429,00

74

986

34 14)

5 247 571.90 39 2») 255,50 - - - 14

125 585,00

880

58 798

33 405

658,80

1

»72

78

1 150

402.00

734 48

361

745,51

63 106

75 190 7 825 755,23 49 410 1)3,00

» 183 380

00

567

00

27

765 712,00

J 499 90

l 087 5» »»7 627.76

1

»73

»9

1 986

677,00 774

47 792 541,25 76

383 52

508

18 835 273,93

106

t 753 692,00 34 1 128 230 00

1

427 72 17

664 460.00

764 54

1 331 72 »60

»47,»8

l

»74

168 5 480 235,00

895 99 429

235,16

106 530

99

401

10 534 590,78 1)7 3 943 974,83

70

Î

597 795 00 2 416

24 8 515 372,00

434 10

J 71»

14» 291

101,76

1

»75

23»

9 326 424,13

963

160

516

453,68

118 032 78 548

47 955 614,07

204

6 030 7)8.41

78

3

557 »¡4 00 2

757

07 23

1   216 654,90 2  15Ê

72

1 06?

22»

  M

«19,1«

«ar re m»  dabo»

 «Mitos;

  c

E

b u u s b u ï a u p j w o

W

c x a s ? w » m e t a a * . c o t

Q

mos ee sr r . îs îao se ih

O

veis, w , i» « 3» ct'cîc •• ot.vjapuava.

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FINA NCIAM ENTOS-PARA CUSTEIO PE PRODUÇÃO AGRO-PECUÄRIA

E INVESTIMENTOS

PER ÍODO; 1940-75

<

0

1

K

S

S

<4

J

4

O

m

M

I ooo ooo

«00 000

¡OO 000

20 000

10 000

s

 ooo

I 000

2 0 0

100

< 0

10

8

I

0,î

0,1

M I L H A R E S  OS CRUZEIROS

COHVgHpOES

F I N A H C U M E H T O S

P E C U A ' R I A

A G R I C U L T U R A

M A Q U I N A S E I M PL E M E N T O S

B E N F E I T O R I A S

D E S T O C A

P À S T A C E M A R T I F I C I A L

T O T A L

K>

M

CO

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T-

I96Q

l ®70

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220

de que o capital foi empregado da maneira como se registrou

nas Cédulas Rurais.

Para se poder avaliar corretamente o emprego desse ca-

pital há necessidade de se deflacionar o valor dos financia-

mentos pois, além da inflação propriamente dita, constam das

Tabelas diferentes moeda s: o mil réis,, o cruzeiro, o cru-

zeiro novo.

Os resultados da pesquisa nas Cédulas Rurais Pignora-

ticias e Hipotecárias encontram-se mais detalhados no ANEXO

III.

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CAPÍ TULO V

AS NOVAS CAMADAS SÔCI O- ECONÔMI CAS

E AS RELAÇÕES DE TRABALHO

5.1 - Relações de trabalho

As t r ansf or mações desencadeadas pe l as moder nas t écni -

c as agr í c ol as mo di f i c ar am as r el aç ões de t r abal ho e a es t r u-

t ur a s ó ci o- ec onôm c a da r e gi ão.

Em 1 920, a super f í c i e do Mun i c í pi o de Guar apuava er a

de 64 898 Km

2

  e nel a pr e do m na va m as pr o pr i e da de s de c r i açã o

de ga do , p r i nc i pa l me nt e bo vi no e s u í no , e xpl o r a da s por pr o -

c es s os t r adi c i onai s e ext ens i vos .

J a em 1 940 e ram 482 gr andes es t abe l ec i ment os que

c r i avam ani mai s em l ar ga es c al a; a s mé di as pr opr i e da de s s o-

mavam 2 441 e os m n i f und i os e ram em numer o de 3 402.

A popul ação er a de 96 000 hab i t ant es e a r ece i t a do

Muni c í p i o er a r epr esent ada pel a i mpor t ânc i a de R$<252 : 000$000 ,

  Z¿1

com uma r enda per capi t a de R$ 27$000.

A f or ça de t r aba l ho empr egada nas l avour as de subs i s -

t ênc i a , nas f azendas de c r i a r e nas chamadas " s a f r as de po r -

221. BALANCETES da Pr ef e i t u r a Muni c i pal . 1 940. RE-

VI STA PARANÁ MERCANTI L . Cur i t i ba, 7 set . 1

  94 0.

  Ano XI I .

Ar qui v o da Pr ef ei t ur a Muni c i pal .

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cos" era a do trabalhador permanente e residente, quase sem-

pre ura agregado sem ordenado fixo. Esta contribuição era de

6% enquanto que a mão-de-o bra familiar alcançava 93% (TABE-

LA XX) .

A análise dos dados para a década de 1 970 revela as

modificações ocorridas em relação ã atividade principal, ge-

radora de rendas, pois as culturas associadas de soja, tri-

go, arroz e também milho, feijão, batata inglesa, aveia e

cevada, alcançaram grande volum e de produção e absorveram

mais da metc.de da área de exploração agrícola . (que era de

286 422 ha) ocupando mais de 140 000 hectares enquanto a pe-

cuária reduziu-se para 200 023 ha e a agro^pecuária a 133 000

v .  22

 

ha.

 "

Em 1 970, a pecuár ia ocupava 550 802 ha e a agricul-

2

 ?

 3

tura apenas 118 174.

Em 1 920, a área do município era aproximadamente de:

6 800 Km

2

, ou 680 000 ha, cobertos de capoeiras; 1 200 Km

2

,

ou 120 000 ha, de faxinaes; 19 060 Km

2

, ou 1 906 000 ha, de

campos; sendo que a área cultivada era de apenas 338 Km

2

, ou

33 800 hectares,   e á.área de matas .era de 37 500 Km

2

 ou e 750 000

ha, totalizando 64 898 Km. ou 6 489 800 hectares.

22íf

Estas terras, antes trabalhadas pela mão-de- obra re-

sidente

225

 e familiar e ocupadas pela pecuária extensiva, em

1 975, abrigaram 482 grandes proprieda des, eqüivalendo 32%

222. FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ES-

TATÍSTICA. Censo agro-pecuário - Paraná. Série Regional.

V. I. 1 975.

223. FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ES-

TATÍSTICA. Censo agro-pecuário do Paraná. 1 970.

224 ESTUDO dos fatores de produção (...) op. cit.,

p. 9

225. Empregou-s e o termo "residente" para designar o

agregado ou trabalhador permanent e das fazendas de gado e

safras de porco.

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T A B E L A X X

EF ET I V O D A M Ã 0 - D E- 0 8 8 A O C UP A D A N A Z ON A R U R A L D E G U A R A P UA V A

M A I O R ES D E 1 4 E M EN OR ES D E 6 0 A N O S . S ÉC U L O X X .

M ã o - d e - o b r a

f a a i l i a r

H a o - d e - o b r a

p e r m a n e n t e

M ã o - d e - o b r a t e r a p o r S r i a

P a r c e i r o s

M a o - d e - o b r a

m a s c u l i n a

:•- í o - d e - o b r a

f e m i n i n a

T O T A L

Ho z í . n s

K u l h e r e s T o t a l Z H o m e ns > íu l h e r e s t o t a l

1

H o x e n s M ul h e r e s T o t a l

S

Ho m e n s

M u l h e r e s

T o t a l

t

T o t a l Z

T o t a l

Z

1

9 4 0

U 4 5 S

l 7 1 9

1 3 1 7 4 9 2 , 7 5

6 4 7

2 0 5

8 5 2 6 , 0 0

95

15

1 1 0 0 , 7 8

45

11

56

0 , 3 9 1 2 2 5 0

8 6 , 2 5

1 9 5 3

1 3 , 7 5

1 4 2 ü3

1

9 5 0 4 8 7 0

3 3 6 0

8 2 3 0

7 7 , 9 5

2 6 8

7 0 3 3 8 3 , 2 0 1 8 2 7 6 1 1 8 8 8

1 7 , 8 8

62

17

7 9 0 , 7 5

7 0 4 4

6 6 , 7 2 3 5 1 4

3 3 , 2 8

1 0 5 5 8

1

5 7 0

1 2 0 3 5 .

7 3 8 8 1 9 4 2 3

8 5 , 4 2

L 2 3 0 9 2 1 3 2 2 5 , 3 1 8 0 7 4 8

8 5 5

3 , 7 6 5 0 9 5 9

0 , 2 6

1 5 1 9 1

6 6 , 8 0

7 5 4 7

3 3 , 2 0

2 2 7 3 8

9 7 5

21  ¡ 0 8

1 9 5 5 9

4 6 6 6 7

8 1 , 4 5

3 2 0 1

5 2 4

3 7 2 5

6 , 5 0

5 0 0 4

4 2 1

5 4 2 5

9 , 4 8

32

1 3 4 5

0 , 0 8

3 6 5 7 5

6 3 , 8 4 2 0 7 1 4

3 6 , 1 5 5 7 2 8 9

P O N T E: C EN SO S A G R O P EC U Á R I OS E R ECEN S EA Í ÍEN T O S G ER A I S - 1 9 4 0 , 1 9 5 0 , 1 9 6 0 , 1 9 7 0 e 1 9 7 5 .

1 ) - E m 1 9 4 0 , a o ã o - d e - o b r a p e r m a n e n t e e r a a d o t r a b a l h a d o r r e s i d e n t e , s e m s a l á r i o f i x o .

2 ) - E m 1 9 5 0 , g r a n d e p a r t e   d a  m ã o- d e - o b r a m a s c u l i n a f o i d e s v i a d a p a r a a i n d u s t r i a   S L i d e i r e i r a .

3 > - Da s 57 2 89 p e s s o a s o c u p a d a s n a z o na r u r a l a p e n a s 1 8 0 0 0 s ã o r e g i s t r a d a s n o s S i n d i c a t o s R u r a i s .

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TABELA XXI

REGI ME DE EXPL ORAÇÃO DA ZONA RURAL DE GUARAPUAVA - 1 975.

ESTABELECI MENTOS

CARACTERÍ STI CAS

PEQUENAS PROPRI EDADES MÉDI AS PROPRI EDADES

GRANDES PROPRI EDADES

1- Di mensão

1 a 20 al quei res (2 a 40 ha) 20 a 150 al quei res (48 a 363 ha)

150 al quei r es aci ma ( 363 ha aci ma

2- Numero de pr opri eda-

des 6 451 2 111 482

3~ Porcent agem do total

da área rural

26%

42%

32%

4- Porcentagem do total

de p ropr i e tá r i os

75%

23%

6%

5- T i po de mao- de- obra Fam l i ar

Fam l i a r e con t ra tada

Cont rat ada

6- Tecnol ogi a

T radi c i ona l

M sta ( t radi c i ona l e moderna)

Moder na

7- Produção

De subsi st enci a Subsi st ênci a e comerci a l

Comerci al

FONTE: I NCRA - SI NDI CATOS RURAI S.

tvj

cn

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TABELA XXI I

PESSOAL REGI STRADO NO SI NDI CATO RURAL DE GUARAPUAVA

( PATRONAL E DOS TRABALHADORES)

1 975

CATEGORI AS TRABALHI STAS PORCENTAGEM TOTAL OBSERVAÇÕES

Grandes propri etár i os 6%

1 - Nas épocas de pl ant i o e col hei t a ( maior

ser vi ço) os pequenos

Médi os propr i etár i os 23 propr i e tá r i os t raba lham como di a r i s tas ( temporár i os) , nas

Pequenos propr i etár i os

24

U

<D

O

U

propri edades de medi o e grande por t e.

Trabal hadores sem t err a 11

-a

r-t

«0

•s

O

T3

C

ÎS5

2 - Nas cul turas de bat ata a mai or part e da

mao- de- obra ë a do

Admn is t radores sem ter ra 0 ,3

-a

r-t

«0

•s

r-t

«

O

tr aba lhador di a r i s ta , não s i ndi cal i zado

Di ar i st as ou temporár i os 0,4

o

o

t-<

•H

Parcei ros

0 ,3

o

00

U3

Arr endatar i os

15

Assal ar i ados mensal i st as

20

TOTAL

100

FONTE: SI NDI CATOS RURAI S DE GUARAPUAVA.

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229

PESSOAL REGISTRADO NO SINDICATO

  R U R A L

  DE GUARAPUAVA

PATRONAL E DOS TRABALHADORES.

SITUAÇÃ O PERCENTUAL NO ANODE 19 7 5

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230

curem as•formas mais socializadas do trabalho do campo em es -

mo porque, entre os empregadores, existe ainda a discrimina-

ção de sexo, sendo prefe ridos os trabalhadores do sexo mas-

culino .

Todavia a TABELA XX evidencia o aumento da partici-

pação feminina, em dados sempre crescentes, na forma de mão-

- de-obra temporária.

Apesar de existirem fatores ligados âs condições es-

truturais, culturais e sociais a questão da

mu da nç a de a t i t u de s t em g r a n de r e l e -

v â n c i a na a r e a de a do ç a o de i n o v a ç o e s

t e c no l ó gi c a s ou s o c i a i s por p ar t e dos

a g r i c ul t o r e s .

2 2 6

Foi pois essa mudança de atitudes em relação ãs ino-

vações tecnológicas, que modificou as relações empregatí-

cias entre os proprietários (que promoveram a substituição

progressiva da pecuária para a lavoura mecaniz ada) e a mão-

-de-obra utilizada.

Assim, os estabelecimentos maiores começaram a dar

preferência aos trabalhadores permanentes mensalis tas, pela

vantagem de contarem sempre com o mesm o efetivo de mão-d e-

-obra e transferirem os encargos assistenciais â Previdência

Social ou ao Sindicato Rural. Seu percentual era 1 975 foi

de 6,5% do total da força.: de 'trabalho e 20% dos

sindicalizados

Os trabalhadores permanentes são organizados em tur-

mas pelos investidores de capital, detentores de maior renda

bruta que, dada a grande rotatividade das tarefas não podem

dispensar força de trabalho, durante o ano inteiro.

226. PASTORE, José, coord. Agricultu ra e desenvolvi-

mento .  Rio de Janeiro, APEC, 1 973, p. 175.

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I

231

A pequena, parceria, em Guarapuava, apresenta-se com.

indicativo de decadência (TABELA XX ). Sua atividade pren-

de-se ã agropecuária: cultivo do solo com culturas permanen-

tes ou temporárias, cria, recria.e engorda de gado.

O parceiro recebe certa área de terras para cultivar

e os investimentos, bem. como a administração são encargos do

proprietário do solo.

~ 1 1 1 ~A remuneraçao é variada: -y ou ~ da produção das

culturas e do aumento do rebalho.

Nos contratos de parceria do tipo capitalista o pro-

prietário entra apenas com a terra e recebe uma porcentagem

da produção.

0 pequeno arrend atário, do tipo tradicional, também

está em fase de extinção devido ao elevado custo da renda,

porém, ainda existe nas médias e grandes propr iedades, em

áreas onde não existe possibilidade de mecanização - as ter-

ras são aproveitadas com arados de tração animal e o princi-

pal produto plantado é o milho.

Os arrendamentos capitalistas aumentaram nos imóveis

com áreas maiores. Ë feito por elementos que, além de suas

terras utilizam também a dos outros, principalmente elemen-

tos pertencentes a Colônia Entre Rios que somente em 1 971,

arrendaram 45 892 hectares de terras, numa distância de 24 a

150 quilômetros de suas residências.

227

0 prazo para os grandes arrendamentos oscilam de 1,

3, 5 ou 7 anos sendo mais comum aquele em que o arrendatário

paga certa importância em dinheiro e se obriga a entregar a

terra com pasto plantado, apôs 3 anos de uso.

227. ELFES, Albe rt. Suábios do Paraná.

1 971, p. 67.

Curitiba,

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232

Nos arrendamentos feitos por japorieses ou elementos

de origem japonesa, para a cultura da batata inglesa, estã

sendo introduzido um outro tipo de mão-de-obraí-es.bofás.friã .,

que por serem trabalhadores ocasionais não sao sindic

 ai

 iza-

dos

 .

No  a spec t o que di z r espe i t o aos pr obl emas sóc i o - eco-

nôm c os do   t r abal hador r ur al   existem  vár i os f at or es r es s al -

tando-se o que se refere a

  apl i c aç aD

 do Estatuto do Traba-

lhador Rural - Lei n9 4 914, de 2 de março de 1 963 e também

a Lei do Uso Capião.

0 objetivo destas Leis é beneficiar < o tra bal had or

mas, o problema se agrava cada vez mais, acelerando o pro-

cesso de empobrecimento do lavrador sem terra, desalojando

muitas famílias que viviam encostadas (paternalmente e mui-

tas vezes gratuitamente) nas grandes propriedades que ainda

conservam alguns reflexos da sociedade tradicional.

Alem de moradia, o trabalhador recebia uni pedaço de

terra para plantar.

Este tipo de agrego estã desaparecendo porque muitos

proprietários de terra temem ter que pagar indenizações ã

pessoas que residem em suas terras, mesmo sem trabalhar pa-

ra os proprietários das mesmas.

Aumentou a oferta da. mão-de-obra no meio rural muito

mais que as oportunidades de mercado.

Também a mecanização da lavoura reduziu a mão-de-obra

ao estritamente necessário.

01hando-se por outro prisma, nota-se que as inovações

sempre deixaram um saldo positivo quanto ã promoção humana

porque aumentaram o nível de satisfação das necessidades bá-

sicas da família.

Atualmente quase todos os habitantes do meio rural

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andam calçados e o velho sapatão de couro cru foi substituí-

do por calçados mais moder nos e confortáveis como as botas,

de couro e de plástico, os tênis e os chinelos de borracha.

Também está muito difundido o uso da bicicleta, do

rádio e do toca-discos portáteis nascendo uma nova cultura,

de acordo com a realidade do sistema fundiário.

0 desenvolviment o econômico social do Município de

Guarapuava está inserido no p rocesso de desenvol vimento a ní-

vel de Estado e Nação que se agilizou a partir da década de

1 950, principalmente no que diz respeito â agropecuária.

Este desenvolvimento teve como agentes, na região, a

expansão da rede de ensino, os modernos processos de produ-

ção, comercialização, estocagem e transporte, a influência

da colonização de Entre Rios, onde foi fundamental a políti-

ca agrícola' adotada pelo governo.

A colonização de Entre Rios, em termos demográficos,

foi a maior de todas,

Embora existissem preconceitos contra a mão-de-obra

nacional, taxada pelos imigrantes como "indisciplinada e o-

ciosa" ela foi por eles muito utilizada na forma de traba-

lhadores diaristas.

Do contato com os imigrantes surgiu uma aculturação,

traduzida por certo abandono do antigo padrão de comporta-

mento com a adoção de novos hábit os como maiores cuidados

com a apresentação pessoal, mais disciplina no trabalhb,,pro-

gressiva consci ência de sua. situação, conhe cimento de seus

direitos e do poder de reivindicá-los junto aos Bancos, au-

toridades, Previdência Social e Sindicato Rural, na busca de

uma vida mais condizente com sua posição de ser humano.

Também a influência dos imigrantes veio romper a tra-

dição "latifundiário-prolet ariado rural" porque, desenvol-

vendo a pequena propr iedad e eles fizeram nascer uma classe

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236

rios. Quando chega a conseg ui-los nao sabe empre ga-los e

muitas vezes entrega a terra para saldá- los.

Por outro lado, os própr ios Bancos esgotam suas ver-

bas com os grandes prop riet ário s,qu e tem garantia s maiores

para os empréstimos, e por ser mais cômodo e menos trabalho-

so fazer poucos empr éstim os de somas maio res do que muitos

empréstimos de quantias menores.

É semi-an alfabe ta por causa da evas ão escol ar rural,

da distân cia muita s vezes exage rada das escola s do interior

e inúmeras outra s variá veis respo nsáve is pelo mau aprovei-

tamento dos alunos na zona rural.

Pode- se dizer que o maior bloq ueio do trabalhad or a-

grãrio é a ignorâ ncia, uma vez que a aceita ção ou rejeição

de novo s mét odo s de vida (quer no trabal ho que r na aqui siçã o

de bens de con sumo ou na limi taçã o da pro le) são fenôm enos

que estão intimamen te ligados com o poder de decisã o do in-

divíduo e este, sô existe, onde ha certa cultura.

0 baixo nível de conhecimentos leva o homem a uma de-

pendênci a total e muita s vezes o seu trabalho ê explor ado de

manei ra não muit o hone sta.

Segundo Manuel Correia de Andrade

a mo de r n i z a ç ã o da a gr i c u l t ur a b r a s i -

l e i r a vem s endo f e i t a com o f i m de

a t e nd er p r e c i p ua me nt e os i n t e r e s s e s

- dos gr a ndes pr o pr i e t á r i o s r ur a i s e

das e mpr e s a s c o me r c i a i s e i ndus -

t r i a i s que c ompr eender am s er de

gr ande i nt e r es s e " i nves t i r em t er r as

em f ac e de s ua v al o r i z a ção ( . . . ) . E

o i nv es t i ment o em t er r as é f e i t o c om

a - ut i l i z aç ão de s ubs í di os o f i c i a i s ,

f i c ando i ne xpr e s s i v a a p ar t i c i pa ça o

do p r o p r i e t á r i o o u da e mpr e s a na

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237

a qu i s i ç ã o e na i n s t a l a ç ão de g r a n de s

• •  2 3 1

l a t i f undi os .

231 . ANDRA DE, Manuel Correia de. Agricultur a & capi-

talismo. São Paulo , Ed. Ciênc ias Human as, 1 979. p. 42.

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238

5,2.- Cooperativismo e sindicalização

No domínio da coopei-ação rural em Guarapuava, o passo

decisivo foi dado pela Cooperativa Central Agrária Ltda,, de

Entre Rios.

Cria da em 6 de mai o de 1 951 para. dar iní ci o ã es tru -

turação da Colônia, inclui em seu programa a experiência al-

cançada pelos agric ultor es suábios em uma cooper ativa que

haviam fundado na Iugoslávia, no período de entre Guerras ee

se tornou a base do dese nvolv iment o que alcança ram os 5 nú-

cleos coloniais de Entre Rios pois

s ua i mpo r t a nc i a u l t r a pa s s o u, em mu i -

t o , as. me t a s pur a me nt e ec o nô m c a s do

c ooper a t i v i s mo em ge r a l .

2 3 2

Anter iorme nte, outras tenta tivas já haviam surgido

sem, no ent anto , lograr gran des êxi tos como é o caso da

cooperat iva dos Criad ores de Gado de Guara puava, fundada em

1 932.

 2 3 3

0 progres so da Coope rativ a Centr al Agrária ê devida a

vários fatores, dos quais dest acam -se:

• a form ação social' coo per ati vis ta dos colo nos, cu-

ja unidad e.bási ca é a "família"; a f amília

( . . . ) c ont r o l a as at i v i da de s de s eus

me mbr o s e e xe r c e pr e s s ã o s o b r e e l e s .

0 r egi me pat r i a r c a l t em s i do ma nt i -

do ( . . . ) .

A r e nda dos e s f o r ç o s da t o t a l i d ad e

do s me mb r o s p a s s a a i n t e gr a r o pa t r i -

môni o c omum. Compet e ao che f e da f a-

.232. ELF ES , op . cit ., p. 100 .

233. RIBAS, Manoe l, Inter vento r. Corre spon dênci a a

Fred eric o Gui lhe rme Vlrmo nd em 17 de feverei ro de 1912'. Ar-

quivo de Benjamin C. Teixeira.

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239

"" • 2

 3 M

m l i a adm ni s t r ar os bens .

— — a tenacidade dos colonos aliada ä ajuda bancari a,

os auxí lios da Repú blic a Federal Alem a e a Aju da Suiç a para

a. Eu ro pa

 ;

a mode rniz ação .da infra-es trutura com o asfalta-

mento das estradas da região;

- — a políti ca agraria do governo mant endo a cotação

do trigo, a baixa dos preços das máqu inas, a facilida de de

créditos;

as ativid ades volta das para a valo riza ção de uma

política de grupo e a racio naliz ação dos méto dos de traba-

lho, utilizando melhor os recursos e com menos gastos.

Apesar desta Cooperativa constituir-se desde cedo co-

mo uma potência de renovação econômica por contar com muitos

fatores favorávei s ao seu dese nvol vime nto, mesm o assim, nos

primei ros 4 anos teve que superar obstác ulos e c onflit os.

Seus dirig entes foram respo nsabi lizad os pelos resul-

tados pouco compe nsado res das colhei tas e julgados como in-

competentes por permitir

er r os t éc ni c os r e f er e nt es ao pl ant i o

t ar di o de c er t o s p r o dut o s c omo m l h o,

ar r oz e do uso de sement es de mã qua-

.  . j , 2 3 5

1i dade. '

como também pela falta de entrosamento entre os colo-

nos e a Cooperativa.

Este fato levou a Aju da Suiça a cor tar -lh e todos os

créditos, os quais só se restab elece ram em 1 955, quand o a

234. HELM, Cecília Maria Vieira. Os suãbics do Danúbio

no Paraná . Boletim do Instituto Históric o, Geogr áfico e Et-

nográfi co Paranae nse. Curit iba, Re quiao, 1 967. V.IX . p. 46.

235. Ibidem, p. 46.

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240

Cooperativ a já estava sob outra admin istra ção.

A partir desse ano foram tomadas muit as medida s sa-

neadoras e os resulta dos obtido s com as colhei tas consol ida-

r am  o progresso da Cooperativa.

De  1 959 a 1 975 o.número de associados decre sceu, o

que  poderá ser explicado:

pelo reerguimen to econ ômico da Alem anha que levou

muitos imigrantes a regressar;

pelo enriq uecim ento de muit os que se estabe lece-

ram em locais distantes;

pelo afasta mento de outros para os núcleos urba-

nos mais adiantados;

pela fundação de outras Cooperativas.

Incentivando a dança folclórica, os corais, a música,

as letras e as artes, a Cooperativa tem sido a grande defen-

sora da herança cultural de sua origem, religião e filosofia

de vida.

Desde os prime iros tempos foi a orie ntado ra da econo-

mia e da tecnologi a; a interm ediári a para a aquisi ção dos

financia mentos, da comer ciali zação dos produ tos, através de

contatos com os grandes centros consum idore s, como o Banco

do Brasil e outras unida des financei ras, como os órgãos go-

vernamentais e com representações dipl omáticas.

Na fase inicial, em que as lavouras eram pratic adas

coletiv amente, a Coope rativ a encar regav a-se de todas as ope-

rações comerciais da Colônia.

 2 3 6

Inicialment e foi a Cooper ativa C entra l que compro u ¿e

repartiu os lotes, os animais, etc.

236. HELM, op. cit., p. 38.

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241

Também os mei os de pro duç ão como míãquinas agr ícol as,

tratores, veícu los, 1 serra ria e 1 marc ena ria perte nciam ã

Cooperativa.

As indústr ias que iam surgind o, poste riorm ente eram

vendidas aos operários especializados e, para cobrir os gas-

tos com a constru ção de mor adia s, escol as, igreja s, terre-

nos

 ,

 estrad as, ca da colono

a s s um u d í v i d as no v al o r d e, em me di a

Cr $ 62 065, 00 . Co nc e d i a - s e 1 a no de

car ênc i a e 6 pa r a o pagament o das

p r e s t a ç õ es p e r i ó d i c a s . A s o ma a c i ma

c o r r e s p on di a , na é po ca a um v al o r de

17 730 Kg d e t r i go . Es s a d í v i d a f oi

c o n s i d e r a v e l me n t e a me ni z a d a p el a c r e s -

c e nt e d es v a l o r i z a ç ã o da mo ed a b r a s i -

l e i r a .

237

O crescimento da agricultura provocou a capitalização

dos colonos e estes passar am a adquiri r máqu inas própri as e

poste riorm ente terras , fora do núcleo colonia l, pass ando a

Coope rativ a a prest ar assis tênci a apenas ao méd io e pequen o

produtor, havendo inclusive muitos colonos que se desligaram

da mesma.

Com a muda nça da estru tura sõcio -econ ômica regiona l

que trans formo u os pecu arist as em agri cult ores , estes têm

procu rado filiarem -se â Coope rativ as pela s f acilidad es de ob-

tenção de créditos, assistência técnica e comercialização de

produtos com melhores preços de venda.

A entidade de cúpula que congrega elementos de diver-

sas camadas rurais é a Coop erati va Ag rope cuár ia M ista de Gua-

rapuava Ltda - COAMIG, fundada em 14 de julho de 1 969 com a

finalidade de:

receber, classificar e armazenar produtos animais

237. ELF ES, op. cit., p. 54.

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242

e vegetais;

tran spor tar a prod uçã o da lavoura até o local de

armazenagem;

benefic iar, industr ializar e comerciali zar os pro-

dutos ;

fornecer instrume ntos ao preparo do solo, plan-

tio e colheita (venta de adubos, herbic idas, inseti cidas) .

0 montante de financiamentos operados pela COAMIG, em

1 975, foi de Cr$ 5 000 000,00 , com c réd ito .di ret o aos coop e-

rados, repasse de custeio de lavoura e financiamentos à pro-

dução.

Seu departam ento técnico vem realiz ando análise de so-

lo, fiscaliz ando a produçã o de sementes , bem como dando as-

sistência técnica à lavoura.

Sua nov a sede pos sui gra ne le ir os com secard&rèi e uma

usina de paste uriza ção de leite e fabricaçã o de laticínios

em geral.

A evolu ção de seu qua dro social assim se comporto u até

o ano de 1 975:

Ano

1969

1970

1971 1972

1973

1974

1975

Cooperados

30

48

146 166 343

532

No entanto , o coope rativ ismo entre os peque nos pro-

prietários não se faz presente.

Outro órgão cooper ativi sta que vem atuando na re-

gião é a Coope rativa A gríco la de Cotia, cuja entidade finan-

ceira é a Cooperativa Regional de Crédito Rural.

Começou suas atividades em Guarapuava, no an od e 1967 ,

com 20 associados e, em 1 975, eram em número de 90.

Inicia lmente, o produ to cultiva do por seus associa dos

era. apen as a bat ata inglesa-, dep ois pas sara m a plan tar também

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243

trigo, söja e arroz.

Uma estatística de 1 974 reflete a importancia econô-

mica dessa organização dentro do Município.

Anos

Produtos

Produção em

sacas

Ãrea de

cultivo

Ha

Custo de pro-

Índice de pro

dutividade

por ha.

1974 Batat a 237 880

770

Cr$ 14.899,19

415 sacas

Soja

43 120 2 400

-

de 60 Kg.

Arr oz 25 655

520

-

Trigo

17 390 200

0 montante dos financiamentos foi:

1 970 - Cr$ 1 283 419,79

1 971 - Cr$ 2 027 337,00

1 972 - Cr$ 4 196 432,00.

Entret anto, o maior incentiv o ao coope rativi smo e à

sindicali zação foi a políti ca previ denci al ao homem do cam-

po, adotada pelo governo brasil eiro que, em 1 963 criou o

Estatud o do Trabalh ador Rural e entre outras medi das, esta-

beleceu o Fundo de Assis tênci a e Previd ência ao Trabalha dor

Rural - FUNRUR AL, medi ante contribu ição de empr egad os e em-

pregadores .

Em 1 971, instituiu o programa de Assistência ao Tra-

balhador Rural - PRORU RAL, execut ado pelo FUNR URAL e cuja

finalidade ë conceder pensão alime ntíci a, auxílio funeral,

aposenta doria aos 65 anos de idade e por invalide z, serviços

sociais e de s aúde .

No Sindicat o dos Trabal hadore s Rurais de Guarapua va

estão filiados aprox imadam ente 18 000 indiv íduos. São pe-

quenos proprietários, trabalhadores sem terra, administrado-

res sem terra, enxad eiros , a mbul ante s, colo nos parceiro s, pe-

quenos arrendatários e assalariados que representam 18,4% da

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245

5.3 - Evoluçã o das vias de comun icaçã o.

A moder nizaç ão tecnológic a da agricu ltura regional

esteve por muito s anos na depen dênci a da interaçã o: - comu-

nicações - progre sso comerc ial.

A dific uldade nos transpor tes represe ntava pois uma

das princip ais barreira s para a econom ia agrícola, orientada

para as forças do mercado.

Somente quand o a evoluçã o da infra-es trutura viária

do país atingiu Guarapuav a é que o Muni cípio consegui u sair

da situação inicial de isolamen to que sempre carac terizo u o

seu mei o rural .

A constru ção do ramal férreo Riozin ho-Gua rapuav a, da

Rede Ferroviá ria Federa l comprova a afirmaçã o acima.

Pela Lei n9 1 209, de 19 de abril de 1 912 foi conce-

dido ao Engen heiro Manoe l Franci sco Ferre ira Corre ia ou à

empresa que organizass e, o privilé gio para uso e gozo da es-

trada de ferro que construísse,

p ar t i n do de Gu a r a p ua v a , a t r a v e s s a n do

os r i os Ca s c av el , Co ut i n ho , L a j e ado

Gr a nde, Ca mpo Re al s e d i r i j a as c a be-

c ei r as do r i o Ca ve r n os o , f r a l de ando

d ' a hi em d i a n t e a s e r r a do me s mo no-

me , a t r a ve s s a ndo os pon t o s c o nve ni e n -

t es os r i os Xagu e Un i ão a t é chegar ao

l o ga r d e no m n a do Ca t a nd uv a s e d ah i a t é

a f o z do r i o I g ua s s u p e l o s p on t o s ma i s

¿38

c o nv eni e nt e s .

O conce ssion ário teria o direit o de desap ropri ar os

terrenos de domíni o partic ular, prédios e benf eito rias que

238. PAR ANÃ , Est ado . Leis de 1 912. Cur iti ba, Tip. do

Diári o Ofic ial , 1 913. p. 120.

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246

fossem necessários, de acordo com as leis em vigor e isenção

de todos os impostos estaduais sobre os materiais destinados

a estrada de ferro e obriga r-se-i a, depois de iniciados os

trabalhos, a terminá-los dentro do prazo de cinco anos.

Os tr abalh os não for am inic iado s e, em 1 919, pela Lei

Esta dual n9 1 847, de 22 de març o de 1 919, a Com pan hia de

Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande já estava com o privi-

légio de construção, uso e gozo de uma estrada de ferro que,

passando por Guarapua va, seguiria o vale do Rio Jordão para

2

 3

 9

terminar no ramal Foz do Iguaçu.

Porém, as obras do ramal Riozi nho-G uarap uava foram

inicia das so mente em 27 de julho de 1 928 e a pri meir a com-

posição ferroviária chegou a Guara puava no dia 27 de dezem-

bro de 1 954, ãs 22:30 horas.

Embora os acessos â ferrovia ainda sejam bastante li-

mitados e deter minad os pela ponta de linha que termina nesta

cidade, esta via de comunicação tem servido para o escoamen-

to de grandes cargas (especialmente madei ra) para grandes

distâncias, por ser o transporte mais barato.

Ë evidente que este sistema viário não acompa nhou o

desenv olvim ento econômico do Muni cípi o (cujo fluxo foi des-

viado para as rodovi as) o que indica a neces sidad e de medi-

das urgent es para a mode rniza ção de nossas estrada s de fer-

ro .

O asfalta mento da RB 277 ligando Curi tiba a Foz do

Iguaçu também repercutiu beneficamente.

O traçado pione iro foi tecnic amente corrig ido e teve

toda a sua rede básica pavim entad a; foram con struí dos os via-

239 . TEIXEIRA , Benjam in. Pasta n9 1. Arqui vo Particular.

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CONCLUSÃO

Sem a pre ten são de esgot ar o assu nto sobre a posse e

o uso da terra no Município de Guarapuava, esta análise pro-

curou conhecer os pontos julgados fundamentais para alcançar

os objeti vos propos tos pelo trabalho e chegou ãs seguintes

conclusões :

Que a economia gu arapua vana, em relação ã agrope-

cuária pode ser dividida em duas fases:

Ia. - agricul tura de subsistência e pecuá ria extens i-

va (1 810 - 1 950);

,2a. - agricul tura comerc ial e pecuári a raciona l. (A

part ir de 1 950) .

A la. fase abr ange o per íod o de 1 810 a 1 950 e ca-

racteri za-se pelo mesmo tipo de vida adotado pela sociedade

tradicional campei ra de Curitib a e Campos Gerais, que tinha

na pecuária extensiva seu princip al fator econô mico. Assim,

como em Curitib a e Campo s Gerais, os fazendeiros guara puava-

nos não dispunham de capitais mobilizáveis para se dedicarem

ao comércio da erva mate e madeira.

Esta fase, mesmo com a desa grega ção do sistema, per-

durou até meados deste século, quando , com uma conjuntu ra

nacional favorável, a entrada de novos conting entes popula-

cionais (gauchos, catarinenses, descendentes de alemães e i-

talianos e imigrantes estrangeiros) trouxe elementos renova-

dores e propiciou a transição que daria início ä 2a. fase.

Est anqu e se inici ou na déca da de 1 950, marc a o de-

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249

senvolvimsnto da agricultura comercial e posteriormente o de-

senvolvimento de pecuária.

Os financia mentos bancá rios começa ram a aparecer des -

de 1 940 pore m, estes eram pouc os e todos abs orv ido s pela

pecuária.

Soment e com a chega da dos imigra ntes é que começou o

capitalism o financeir o na agricu ltura, compr ovand o-se esta

afirmativa pelas TABELAS e GRÁFICOS relativos ás Cédulas Ru-

rais Pig norati cias e. Hipot ecár ias.

A presenç a de novos element os no quadro da sociedade

guarapuavana, a facilidade de obtenção de créditos, a mudan-

ça das relações de trabalho, a graduação de filhos de fazen-

deiros tradicionais em agronomi a e veter inári a e outras va-

riáveis, ocasiona ram a mudan ça de ment alida de na sociedade

tradicion al campei ra, da qual alguns memb ros que ainda con-

servavam suas terras, passaram a ser agric ultor es adotando

também as modern as técnicas de plant io e aplica ção de insu-

mos.

Outros, mesmo convencidos de que a agricultura é mais

rendosa que a pecu ária nos campos da região, ã ela não se

dedicam, preferindo arrendar suas terras e explor ar a cria-

ção de gado em lugares de climas mais quentes.

Assim , persist em certos valore s tradic ionai s, alguns

assimil ados pelas novas camadas da popul ação, sendo que a

tradição pecuária constitui-se um dos mais arraigados.

A tendênc ia de apli cação de recur sos na pecuári a é uma

constante nos desce ndent es da socie dade tradicio nal campei -

ra, o que se explica pelos fatores:

1)- tradição ou vocação;

2)- pela segurança qu e a pecuá ria ofere ce, pois, ape-

sar dos lucros serem menores existem menores riscos;

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250

3)- graças aos recurso s gerados pela agric ultura há

maiores possibilidades para uma pecuária mais tecnificadá.

Com a dimi nuiç ão das áreas de campo para sua utiliz a-

ção, a pecu ária torno u-se mais racional com técnicas avança-

das como a insemi nação artific ial e o conf iname nto dos ani-

mais, poss ibili tando a formaçã o de rebanh os de alto valor

genêtico.

Esta re alida de, somada ao Crédito Rural orien tado vem,

anualm ente, ressa ltand o a impor tânc ia da Expo sição Feira de

Animais e produtos Derivados, bem como da Feira de Bezerros,

onde são leiloados repro duto res das melh ores qual idad es e

comercializados grande número de bezerros.

0 eleme nto pr imordial dessas transações é o juro subsi-

diado que possibili ta ao compra dor um maio r volume de come r-

cialização .

Por outro lado a Feira do Bezerro propicia ao criador

um giro de capital mais rápido, um preço compensador e a li-

beraç ão das matri zes que se recuper am mais rapid ament e para

futuras crias.

Outro a specto funda mental que mar cou a décad a de 1 9 50

refere-se às relações de trabalho que fizeram aumentar o nú-

mero de assal ariad os e comp rova ram a exis tênci a de uma eco-

nomia capit alist a que se eleva através do aumen to da produ-

tividade .

 medi da que a agric ultu ra e a pecu ária vão se capi-

talizando, realiza-se a absorção das propriedades menores

pelas mai ore s, cujos peque nos prop riet ário s, ou se fixam no

meio rural em terras mai s baratas ou vão para o mei o urbano ,

engrossar as fileiras de desempregados.

Ê o próprio desenvolvim ento agropecuário que vem ex-

pulsando o pequeno proprie tário das tarefas agrícolas, por

dar prefe rência a traba lhad ores assala riados com maio res

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251

qualificações.

Paralel amente , a terra que antes fora objeto de doa-

ção ou simples posse, alcança preços elevado s, o que induz

muitos dos médios e pequen os propr ietár ios a vendê- las para

comprar terrenos rurais mais barato s, ou-para também fixa-

rem-se no núcleo urbano.

Muito s destes fazendei ros, que preferir am continuar

com a pecuár ia, vem se trans ferind o para regiões de climas

mais propício s â criaçã o de gado, como o norte do Paraná,

Mato Grosso e outros.

Com base nos dados fo-rnecidos pelo Cadastro do INCRA,

pode-se afirmar que, não são muit os os desce ndent es da so-

ciedade tradicional "campeira" que ainda conservam suas ter-

ras .

E, das consi deraç ões aprese ntada s, pode- se deduzir

que a expan são da lavoura meca niza da no Muni cíp io de Guara-

puava, vem provocando dois tipos de êxodo rural: 1)- dos pe-

quenos proprietários, que realizam uma migração â curta dis-

tancia e 2)- dos médio s e grandes prop rietá rios que se des-

locam para expandir a pecuári a em outras regiõe s, especi al-

mente o centro-norte e norte do Paraná.

Neste quadr o, tem lugar privilegiado,' a contin uação

do proces so de transf erênci a da posse e uso da terra para

outros segmentos da sociedade.

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A N E X O S

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A N E X O I

EVOLUÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA

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254

TABELA ÍÚCUI

EVOLUÇÃO DA CULTURA DE ARROZ EM GUARAPUAVA E KO PARANÄ - PERÍODO I 944-78

Ãroa cultivada

Produção (r)

Proiiu t. i vi d.idc (K /hn )

Guarapuava

l'.ir.inñ

;

Cuarnnunv.-i

Paraná

Guarapuava

Paraná

194A

52 28

816

0.18

105 46

337 0,22

2

019

1 608

1945 ...

36

342

-

• « •

45

264 - 1 245

1946

47 39 368

0.11 85

71 286

0,11

1 819

1 810

1947

42

41

113 0,10

49

77

412 0,06

1

167 1 883

1948 556

70

305 0,79

647

116 339

0,55 1

164

1 655

1949 557 77

733 0,71

583 69 757

0,83 1

047 897

1950 644

82

651 0,77

798

95

880

0,83 l

239 1 160

1951

479

89 821

0,53 708

133 009

0,53

1 478

1 480

1952

1 136

110

955

1,02

1

428

145 677 0,98

l

257 1 312

1953 716 106 611

0,67

996

137 796

0,72 1 391

1 292

1954 2 420 134

185

M

3

180 184

287 1,72 1

314

1 373

1955 508

133 106 0,38

630

151 750

0,41

l

240 1 140

1956

847

199

172

0,42

1

092

182

697 0,59

1 289

917

1957

4

356 199 946

2,17

5 400 241

265

2,23 1

239 1 206

1958

4

598 188

867

2,43 5 700

210 110

2.71

1

239

1 112

1959 5 082

207 501 2,44

8 820 278

426 3,16.

1 735 1 341

1960 8

828 2Ò6 694

4,27 14

754

268

370

3,51 1 068 1 298

1961

27 830 227

875

12,21

48 300

308 728

15,64

1

735 1 354

1962

28

435

258 882

10,98

56

160

335

272

16,75 1

975

1 295

1963

30

976 242 427

12,77

61 440

453 369

13,55 1 983 1 870

1964

27 260 291

981

9,33

54

072

464

169

11,64

1

984

1 590

1965

23

510

337

451 6,96

47

251

535 311

8,82

2 009 1 586

1966 19

900

348

114

5,71

39 795

505

5.13

7,87

2

000

1 452

1967 18 800

402

591.

4,66 22

500

490

764

4,58

l

197 1 219

1968 17 500

365 553

4,78

13

125 334

419

3,92 750 914

1969 17 800

398 061

4,47

25

020

432

057 5,79

1 405 1 085

1970 12

SOO 462

191 2,70

17 488

590 737

2,97 1

399 l 278

1971 14

000 460

911

3,03 25

200 599

445

4,20

1

800

1 300

1972 12 000

453

471 2,64

18 000

673

899

2,67 1 500 l 486

1973 13

500

472 399 2,85

25 920

661 184

3,92

1

920

1 400

1974

16

200

500 000

3,24

25

920

672

000

3,85

1

600

l 344

1975

17 000

492 800 3,44

27 200

850

573

3,19

1

600 1 726

1976 20 UOO

621

860

3.21

36 000

1 088 822

3,30

1

800

1 750

1977

12

000

564

060

2,12 20

400 904

865

2,25

1

700 1 604

1978

' 12 00

383

316

3,20

8

364

210 180

3.97

680

548

FONTE DOS DADOS BRUTOS: D.E E. - I.B.G.E.

... DADOS INEXISTENTES.

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255

AGRICULTURA - EVOL UÇÃO DA CULTURA DE ARROZ EM

GUARAPUAVA E NO PARANA'

P E R Í OD O : 1 9 4 4 - 7 8

AREA CULT IVADA

GUARAPUAVA

A N O S

  1

 P A R A N A

T —

4 0 S O

—i —

g o

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1 9 4 4

45

4 6

4 7

4 0

4 9

1 9 5 0

51

3 2

5 3

5 4

5 5

5 6

5 7

5 6

5 9

I 9 6 0

6 I

6 2

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6 5

6 6

6 7

6 ®

6 9

1 9 7 0

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7 2

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74

7 5

7 0

7 7

I 9 78

3

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3

10

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1

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100 200 300 400 300 600 700

ftH LH Aftg S O E H E C T A R E S I j l W I L H A R E S D E H E C T A R E S

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256

AGRICULTURA - EVOLUÇÃO DA CULTURA DE ARROZ EM

GUARAPUAVA E NO PARANA

PERÍODO: 1944-78

m a i W M W M t p a B w a s ^ ,

QUANTIDADE PRODUZIDA

f l i t AP APUAVA ANO®

[.PARANA

4 5

46

4 7

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1944  D

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52

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5 7

58

5 9

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61

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6 6

6 7

6 0

6 9

1 9 7 0

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7 2

7 3

7 4

7 5

7 6

7 7

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6 0 30 4 0 3 0 2 0 1 0

MILHARES DE TQHELAPASf

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  1

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I M LHARES DE TONFL ADAS

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257

AGRICULTURA — EVOLUÇÃO DA CULTURA  DE  ARROZ EM GUARAPUAVA

PERCENTUAL" DE GUARAPUAVA SOBRE O PARANA

PERIODO: 1944-78

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258

TABELA XXr V

EVOLUÇÃO DA CULTURA DE AVEIA EM GUARAPUAVA E NO PARANà- PERIODO 1 944-78

Area

cultivada

(ha)

Produção

 (t)

Produtividade(Kf>/ha)

Guarapuava

Parana % Guarapuava

Paraná %

Guarapuava

Paraná

1952 123

744

16,53

80 413 19,37

650 556

1953 520 1 204 43,18 344 703 48,93 661 584

1954

378 948

39,87

218

491

44,39

577

518

1955

303

893

33,93 187 545 34,31 617

610

1956

968

1 603 60,38 600

953 62,95

620 595

1957

920

1

576

58,37

570

909

62,70

619

577

1958 919

2 108

43,59

570 814

70,02

620

386

1959 847 2

121

39,93 525

1

062

49,43

620 500

1960

828 1

995

41,50

513 997

51,46

620

500

1961 811 1

701

47,67 603 1 126 53,55

744

662

1962 744 1

726 44,84

608

1

224

49,67

786 709

1963 762

1 860

40,96

598

1

218

49,09 785

655

1964 750 1 787 41,96 589 1 409 41,80 785 788

1965 650 1

698

38,28 520

1

365

38,09 800

803

1966 660 1 640 40,24

495

1

291

38,34 750

787

1967

3 000 4 020

74,62

3

000

3

761

79,76

1

000

935

1968 2

000 3

586

55,77 2 000

3

210

62,30 1 000 895

1969 1 650

2

134

77,31 1 650 1

970

83,75

1

000 923

1970 1 300

2 686 48,39 1 560 2 728 57,18

1

200

1 015

1971

2

000

3

319

60;25 2 400

3

310 72,50

1 200 997

1972 1 800

3

062

58,7«

2 160 3 066 70,45 1 200 1 001

1973

8 300 10 939 75,87

13

210

17

208

76,76

1 591 1 573

1974

5

500

8 020 68,57

9 350

13

186

70,90 1 700 1 644

1975 6 000 9 142 65,63 9 600 14 152 67,83 1 600 1 548

1976

6

500 10 200 63,72

9

750 15 300 63,72

1

500

1 500

1977

4

999

7 055

70,85

7

499

10

286

72,90

1

500 1 457

1978 '

2 000

3

197

62,55 4 000 6 245

64,05 2 000 1 953

FONTE DOS DADOS BRUTOS: D.E.E. - I.B.G.E.

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2 5 9

AGRICULTURA- EVOLUÇÃO DA   C U L T U R A  DE AVEIA EM

GUARAPUAVA E NO PARANA.

PERÍODO: 1952-78

ÁREA CULTIVADA

GUARAPUAVA   A N O S I  PARANA

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1 0

8

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5 7

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19 60

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6 5

66

67

6 8

69

1 9 7 0

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75

7 6

77

1 9 7 8

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Z3

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260

A G R I C U L T U R A -

  EVOLUÇÃO DA

  C U L T U R A

  DE AVEIA EM

GUARAPUAVA E NO PARANÁ.

P E R Í O D O : 1 9 5 2 - 7 8

QUANTIDADE

PRODUZ IDA

G U A R A P U A V A I

 ANOS PARANA

1 3

- i —

1 0

3

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2

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6 7

6 8

6 9

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7 2

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7 4

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7 6

7 7

1 9 7 8

13

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 H AR E S 0 £ TONEL AOASj

¡M I LHARES

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  TONELADAS

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261

AGRICULTURA - EVOLUÇÃO DA CULTUR A DE AVEIA

P ER CEN TU A L DE GUARAPUAVA SOBRE O PARANA'

PERÍODO;  1 9 5 2 - 7 8

CO NVENÇO ES

A' REA CULTI VAOA

QUANTI DADE PRODUZI DA

[00°/<

9 0

8 0

7 0

6 0

5 0

3 0

2 0

10

O

19 52

I 960

1970

1978

ANOS

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262

TABELA -XXV

EVOLUÇÃO DA CULTURA DE BATATA INGLESA EM GUARAPUAVA E NO PARANÄ - PERÍODO 1 944-78

Ãrea cultivada

(ha) Produção <t)

Produtividade(Kg/ha)

Guarapuava

Parana Guarapuava Paraná

X • Guarapuava

Paraná

1944

62 13

109 0,47

372 121

662

0,30

6 000 9 509

1945

44

14

418 0,30 356

115

769 0,30 8 090

8 029

1946 70 13 785

0,50

483 93

618 0,51

6

900

6 791

1947

70

13

081

0,53 483

80 948 0,59 6 900 6 188

1948

279 16 353 1,70 1

671

91 938

1,81

5

984

5 622

1949

280

29 681

0,94

2

016 162 973

1,23

7

200

5 491

1950

240

24 202

0,99

2

016 109 576 1,83

8 400

4 528

1951 598

23

797 2,51 2 177

104

779 2,07 3 640

4 403

1952

1

346

23

879 5,63 5 592 107 210

5.21

4 154

4 490

1953

356

30 179

1.17

2 706 128

908 2,09 7 601 4 271

1954

1

108

29

408 3,76 4

200

125 787

3,33

3 790

4 277

1955

932

28 474 3,27 2

316 126

07á

1,83

2

485

4 428

1956

992

31

761 3,12

3 600 168

629

2,13 3

629

5 309

1957 1

186

35

821

3,31 3 516 167 456 2,09 2 965

4 675

1958 1 161 34 758 3,33 4

032 167 505

2.40

3 473

4 815

1959

1

174

35 365

3,31

2 874

176

968 1,62

2 448 5 001

1960

1 162

36 389

3,19 4

032 187 719 0,32 3

469

5 158

1961

1 137

36 179

3,14

3 948 189 876 2,07 3 472 5 248

1962

1 089 33 515

3,24

2 811 194

766 2,96

2

581

5 .811

1963

818 37 228 2,19 2

880 234

716 1,22

3

520

6 304

1964

830

41

344

2,00

3 000

290 437 1,03 3

614

7 024

1965 802 38

060

2,10 4

332

274 936 1,57 5 401 7 224

1966 1 115 36 785 3,03 14

718

290 675 5,06 13 200 7 902

1967

2

312

40 551 5,70 50 850 339 087 14,88

21 993

8 361

1968

3

000

45

416

6,60 46

290

428 077

10,8

15 430

9 426

1969 1

850

49

582 3,73 25

650

462 831

5,5

13 865 9 335

1970 1

641 43

367 3,78 27

242

350 085

7,78

16

600 8 073

1971

1 042 41 980

2,48

9 450 378 270.

2,49

9 069 9 011

1972

980

38 631 2,53

18

960

324

067 5,85 19 346 8 388

1973 Ö61

44

355

1,94

6

509 326 744

1,99

7 560 7 366

1974 988

40

500

2,43 13

318 420 000

3,17 13

479

10 370

1975 1

670

42 150

3,96 28

390 426

277 6,66

17

000 10 112

1976 2 240

51

540

4 34 38 080

645

394

5,90

17

000

12 522

1977 2

530

59

604 4,24

53

130

709 688 7,48 21

000

11 907

1978 2 060

63 626

3,26

49 068 700 668 7,00 23

819

11 012

FONTE DOS DADOS BRUTOS: D.E.E. - I.B.G.E.

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263

AGRICULTURA

EVOLUÇÃO DA

  CUL TURA DE B A TA TA

  INGLESA

EM

  G U A R A P U A V A

  E NO

  P A R A N A

PERÍODO '<1944 «-78

AREA CULTIVADA

G U A R A PU AVA

  L

M

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  ARANÁ

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MILHARES  D E H E C T A R E ^ { MILHARES DE HECTARES

{

I

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264

AGRICULTURA

EVOLUÇÃO DA CULTUR A DE BATATA INGLESA

  EM

GUARAPUAVA  E   NO  PARANÁ

PERÍODO: 1944

  - 7 8

Q U A N T I D A D E  PRODUZIDA

GUARAPUAVA

  U

NOS

 

PARANA

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1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 3 0 0 S O O T OO

MILHARES

  DETONELADAß {

M I L H A R E S DE TONELADAS

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265

A G R I C U L T U R A  - EVOL UÇ Ã O OA CULTUR A DE BATATA IN GLESA  EM

GUARAPUAVA

PERCEN TUA L DE GUARAPUAVA SOBRE O PARANÁ

P ER ÍOD O: ¡ 9 4 4 - 7 8

A N OS

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266

TABELA XXVI

EVOLUÇÃO DA CULTURA DE CENTEIO EM GUARAPUAVA E NO PARANÄ - PERÍODO I 944 - 78

Xr&a cultivada (ha)

Produção (t)

Produtividade(Kg/ha)

Ano Guarapuava

Paraná

t Guarapuava

Paraná

Guarapuava ParanS

1944

30

8 624 0,34 24

6 548

0,38 800

759

1945

25 8 457 0,29

20

6 073

0,32

800 718

1946 28

5 847

0,47 20 4 430

0,45

714

757

1947 100 6 940 1,44 80 5 297 1,51 800 763

1948 560

10 698

5,23

671 7 929 8,46

1 198 741

1949

554

16 260 5,52

720

13 312 5,40

1 299

818

1950 941

17 017 5,52

780

12 019 6,48

828 706

1951

1 372

17 466 7,85

954 11 102

8,59

695

636

1952

1 856

18 399

10,0

1 331

10 564

9,81 717 576

1953 1 938

20 352 9 52

1 201 11 517

10,42 619 566

1954

1 28U 18 874

6,78 400

11 827 3 38

313

627

1955 990

17 125

5,78

654

12 160

5,42 660 710

1956

871

16- 690 5,21

576 12 146

4,76

661

728

. 1957 Ö47 16 781 5,04

560 11 732

4,77

661

699

1958 847 16 938 5,00 560 12 086 4,63 661 714

1959

883

1.5 737

5,61 584

11 818 4,94 661 751

1960

876 16 675 5,25

597 11 829 5,04 681

709

1961 871

14 320

6,08 576

11 260

5,U

661 786

1962

690 16 686 4 13

513 12 614 4 06 743

756

1963 678

15 304

4,43

504

11 247

4 48

743 735

1964

b85 13 647

5,01 510

12 047

4,23 745

883

1965 650

12 976

5,00 600

10 369

5,52

923

838

1966

640

15 520

4,12 640

10 552 660 1 000

680

1967 620

13 213

4,69

589 1.1 528

5 10

950

ÍJ73

1968

650 13 295

4,88

650 11 828

5,49

1 000

890

iy&9 630 13 032 4,83 630 11 523 5,46 1 000 884

1970

600

13 521

4,43 720

11 702

6,15 l 200

865

1971 605

13 448

4,49

605

11 741 5,15

1 000 873

1972

600 10 991 4,43

780

8 227

6,66 1 300 865

1973 1 250

11 206

11,15

1 775 9 937 17,86 1 420 886

1974

1 100

11 05S

9,94

1 650 10 224

16,13 1 500

. 924

1975

1 000

9 192

10,87 900

8 108 11,10 900

832

1976 4 440

- 4 440

-

-

1 000

1977

1 985

-

...

1 836

- -

925

1978

1 757 1 708

-

-

972

FONTE DOS DADOS BRUTOS: D.E.E. - I.B.G.E.

. . . DA D OS I N E X I S T E N T E S .

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267

AGRICULTURA - EVOLUÇÃO DA CULTURA DE CENTEIO

EM GUARAPUAVA E MO PARAMA

PERÍODO: 1 9 4 4 - 78

AREA CULTIVADA

GUARAPUAVAjwos [PARANA

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1

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AGRICULTURA - EVOLUÇÃO DA CULTURA DE CEN TEIO

EU GUARAPUAVA E NO PARANÁ

PERÍODO: 1944-78

QUANTIDADE PRODUZIDA

GUARAPUAVA Uo sl PAR AN A

( f i ®44

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M ILHARES DE TONELADAS

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270

TABELA XXVII

EVOLUÇÃO DA CULTURA DE CEVADA EM GUARAPUAVA E KO PARARÁ - PERÍODO X 944-78

Ãrea cultivada (ha)

Produção (t)

Produ tividade(Kg/ba)

Guarapuava

Parana

X

Guarapuava Paraná Z

Guarapuava Paraná

1944

...

5ft0

-

a . .

473

-

...

816

1945

... .

565 -

322

570

1946 433 -

205

-

...

475

1947

....

337

-

283

-

839

1948

...

119 -

. ••

92 -

776

1949

...

194

-

...

117 -

605

1950

184

-

. - .

89

- ...

487

1951

421

-

. . .

122 -

...

290

1952

303 689

43,97

163 428

38,08

541 622

1953 363

815

44,53

225 449 50,11

622

550

1954

186

667 27,88

100 385

25,97

538

578

1955 121

638

16,96 80

452

17,69

661

709

1956

121

632 19,14 90

658

13,67

744 728

1957

126 681 18,50 94

604

15,42

743

886

1958 121 692

17,48

94

509 18,30

743

735

1959 126 . 904 13,93

94

667 14,00

743 739

1960 128

1 070

11,96 95 703 13,51

742 657

1961

123 1 271

9,68

91

993

9,17

746

781

1962 116

1 ye6

5,84 86 1 487 5,78

741

748

1963

121 1 526 7 ,-92 90 1 332 6,75

743

872

1964

128 1 070 11,96 95

703

13,51 745

658

1965

107 1 603

6,67 80 1 386 5,77 747

864

1966 110 1 460 7; 53 83 1 270 6,45

750

870

1967

100

i 083 9,23 75

895 8,37 750

826

1968 110 yoo 12,22

82 826

9,92

750

918

1969

105 914

11,48

79

843 9,30

750

921

1970 95

740

12,83

71

678

10,47

740 816

1971

90 866

10,99

68

755 8,9

750

871

1972

92

761

12,08

73

654

11,16 793

859

1973

392

1 161 33,76

437

1 097

39,56 1 107

945

1974

1 000 1 952

. 51,22

1 200

2 038 58,88

1 200

1 044

1975

4 000 7 996

50,02 5 600 10 '375

53,97 1 400

1 297

1976 6 000 15 000

40,00 7  080 18 000 39,33 1 180

1 200

1977 12 500 28 870 43,29 25 020 54 273 46,10 2 001

1 879

1978

U 400

28 600

39,86 22 800 49 764

45,81

2 000 . 1 740

FONTE DOS DADOS BRUTOS: D.E.G. - I.B.G.E.

.., DADOS INEXISTENTES.

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271

AGRICULTURA - EVOLUÇÃO DA CULTURA

GUARAPUAVA Ê NO

P ER I OD O: 1 9 4 4 * 7 8

DE CEVAD A EM

Ä R E A C UL T I V A DA

G U Ã R A P U A V A ^o s i P A R A N À

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27 4

TABELA XXVIII

EVOLUÇÃO DA CULTORA DE FEIJÃO EM GUARAPUAVA E NO PASANÃ - PERÍODO 1 944-78

Ãrea cultivada

(ha)

Produção (t) . Produtividade(Kg/ha)

Guarapuava Parana

Z

Guarapuava

Paraná % Guarapuava

Paraná

1944

1

430

150

714 0,94

129

171

341

0,07 902

1 136

1945 1 400 132 417 1,05 1 356 107 141 1,26 96« 809

1946 210 143 431

0,14

85 133

801

0,06

404 933

1947

1 000

136

548

0,73

900 126 511 0,71

900

926

1948 1 746

207 104 0,84

1 937

175

353 1,10

1 109 847

1949 811

287 959

0,28

915 227

246

0,40 l 128

789

1950

813 2»

408

0,27 1

209 237 865

0,50 1 487

809

1951

4

610 283 407 1.62 5

844

250

557

2,33

1 267

736

1952

6

186

279 662

2,21

5 628

233

026 2,"41

2 415

833 .

1953

8

944 309

436 2 89

8 484

295

296

2,87

948

954

1954

10 132

362 477

2,79

7 536 336

964

2,23

743

930

1955

8

851

334 335 2,64

3

300 274

264

1,20 373

820

1956 6 837 331 602 2,06 2 550 227 050 1,12 373 685

1957

7

018

330

191 2,12

2 310 238 345 0,06

329 722

1958 6 945 369

924

1,87

2

583

304 197 0,84 372

822

1959

6 897

384

957

1.79

2

565 307 000 0,83

372

797

1960

7 139 382

488

2,71

2

655 298 780 2,38

428 488

1961 7

103

382 743

1,85 2 662 322 789 0,82 375

843

1962 7

139 385 291

1,85

2 401 370

332

0,64 336 961

1963

7 054

449 894

1,56 2

650

46a 430 0,56 375

1 041

1964 5 050 513 583

0,98

4

560 504 692 0,90 903

983

1965

7 635

571 303

1,33

5 520

567

415 0,97

923 993

1966

6 520

617

280

1,05

4

740 519 400 0,91 827

841

1967 5 220 651 257 0,80 5 010 558 555 0 89 960 899

1968

4

200

628 100

0,66 3 428

503

994

0,68

816 812

1969

4

250

675

771 0,62 5

100

469

501

1,08

1 200

695

1970

5 950

790 139

0,75

4 284

729

694

0,58

720

924

1971

6 550

826

313 0,79

2

751

757

274

0,36

420

916

1972

6 600

845

933

1,06

4

752

817

672 0,78

720 . 968

1973

5 896

719

279

0,81

4

245 472

079 0,89

720

656

1974 7 500

835 000 0,89 5 400 562 085 0,96

720

673

1975

8

000

768

200 1,04 5

760

607 947

0,94 720 791

1976

8 500

822 320

1,03

6 120

587

805

1,04

720 715

1977

9 000

809 640

1,11

6 750

576 885

1,17

750 713

4978 9 800 744 003 1.11 6 075 507 017 1,20 750 713

FONTE DOS DADOS BRUTOS: C.E.E. - I. B. G. E.

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AGRICULTURA - EVOLUÇÃO OA CULTURA DE FEIJÃO EM

GUAR AP UAVA E MO PARANÁ

PERI O DO : 1 9 4 4 - 7 8

275

wagwasauMoagahK

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276

AGRICULTURA - EVOLUÇÃO DA CULTUR A DE FEIJÃO EM

GUARAPUAVA E NO PARANA'

PERÍODO: 19 44 -7 8

QUANTIDADE PRODUZIDA

GUARAPUAVA

  | ANOS 

PARANÁ

fj I

 9 44Í

L

c =

— "Jf-

12 2

45

46

4 7

4 S

1 9 5 0

52

5 $

5 4

5 5

5 6

5 7

59.

I 9 6 0

61

62

6 3

6 4

6 5

66

6 7

63

6 9

1 9 7 0

71

7 2

7 5

7 4

7 I

7 6

7 7

1 9 7 8

1

'J

: i

i

— 1 T—

IO O 200 S O O

—1 1 f— 1

4 0 0 SOO 6 0 0 T OO

DE TONEL ADASl

 

MILHARES DE TONELADAS

f iMGKsaS

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277

AGRICULTURA   - EVOLUÇÃO DA CULTURA DE FEIJÃ O EM GUARA PUAVA

PERCENTUAL DE GUARAPUAVA SOBRE O PARANA'

PERIODO : 1944 -78

CONVENf OES

100%i

5

8 -

lín EA cultivada

OUANTI DAOE PRODUZIDA

: — —r

»60

AMOS

S*4

»50

— —

 

taro

•— ~

Î8TS

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27 4

TABELA XXIX

EVOLUÇÃO DA CULTURA DO MILHO EM. GUARAPUAVA E NO PARANÄ - PERÍODO I 944-78

Jírea cultivada

Cha) Produção

CO

Produtividadtr(K.g/'ha)

Guarapuava

Paraná

X

Guarapuava Parana

%

Guarapuava

P a r a n a

1944

1945 5 410 439 702 1,2.3 7 080 619

O

 

1,14 1 308 1 4.08

1.946

11 000 476

811

2,30

21

600 800

572 2,69 1

963

6 7 9

1947 10 000

433 994

2,30 23 100

727

319

3,17

2 310

1 6 7 5

1948 5

880

472

997 1,24 11 959

730 854

1,63

2

033

i 540

1949

6

888

539

402

1,09

16

869

598

457 2,81

2

804 1 100

1950

5

735 522

604

1,09

17 9 2 3

936

705

1,91

3 125 1 7

 SO

1951

13

233

671 128

1,97

17

3 9 2

998 241

1,74

1 314

í . 480

1952

14

319 667 402

2,14

14

9 3 4

905 430

1,64 1

042

1 3 5 0

1953 29

735

694

058

4,28 29 7.30 906

.328 3,28 999

í. 300

1954

31

4 79 818 522-

3,84 21 666

1

123

602

1,92

688

i. 300

1955

34

055

836

051

4,07 19 206

972 348 1,97

663 1.  160

1956 34 546 954 965 3,61

2 3

856 1 301 704 1,83 690

1 3 6 5

1957

35 816 870 173

4,11 19

940 1

193

245 1,67 556 i. 371

1958

36 058

833

579

4,32 19

620

1

153

222

1,70

544

1 3 8 3

1959 36

397

834 798

4,35

19 824

1

220

779 1,62

544

1 4 6 2

1960

36 494 1

083 698

3,30

19 8 8 4 1 474

493

1,34 544

i 360

1961

36 663

874

894

4,19

19 980

1

i.

339 958 1 4 9 544

1 5 3 1

1962

34

195 813

957

4,20

18

654 1

397 946

1,33

545

7 1 7

1963

33 081

923 515 3,58

19

9 1 4

1

607 750

1 , 2 3

601

7 4 0

1964 25 500

1

059 010 2,40

21 780

1 798

0.58 1,21

8 5 4

(> - > '

1 9 6 5 27 440 1 318

750

2,08

36.

600

2

182

543 1,67

1

333 i

1966

27 300 1 216

315 2,24

39 060

2

018

674

1,93 1

4.30 í 65 9

1967

2 8

580 i 208 090 2,36 51 450

2

270 707 2,26 1 800

y 7 0

1968

30 000 1

341

560

2,23

4 3

200

2 3 7 5

860 1,81 1 440

7 7 0

1969

31

460 1

552

341

2,02

5 6

6 2 8 2

711

973. 2,08 1

800 I 747

1970 3 3

000

1 8 8 3

309 1,75

5 9 4 0 0

3

5 5 9

364

1,66

1

800

i 8 8 9

1971 36 300

2 005

064

1,81

6 5

3 4 0 3 6 5 5 0 8 6

1,78

1 800

; 8 2 2

1972

37

000

1 9 9 4 620

1,85

6 6 6 0 0

3

8 2 9 5 4 1

1,73

1.

800

i . 919

1973'

29

994

1 637

231

1,83

53

315

3

082

524

1,72 1

778

1 8 8 2

1974

47 971 2

110

000

2,27

75

600

3 5 5 3 000 2,12

1 575 6B3

1975

45

000

1 923

000 2,34

81

000

3 813 309 2,12

1 800

9 K 3

1976

54

000 2

185

000

2,47 97

2 0 0

4

82.2

900 2,01 1

8 0 0

1977 65

000 2

153 872 3,01

116

4 0 0

•4

630

825 2,51

1 791

. 2 15 0

1978

6 6

640 1

8 9 8

525 3,51 í>6

0 0 0

2 437 123 2.71

99 0 i 2:53

FONTE DOS DADOS BRUTOS: D.E.E. - I.B.G.E. - SEAGRI

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279

AGRICULTURA - EVOLUÇÃO DÂ CUL TUR A DE MILHO EM

GUARAPUAVA E NO PARANÁ

PERÍODO  :  1 9 4 5 - 7 8

AREA CULTIVADA.

C

  1943

C

c

c

C.«

I

60

4 0

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20

45

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4 8

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33

3 4

55

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3 8

39

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6 4

6 7

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7

7 2

75

7

75

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1 1 ~ t 1 1 1 r 1 r ~ — r

2 0 0 4 0 0 S OO S OO I O » 1 2 0 0 M OO 1 6 0 0 1 6 0 0 2 0 0 0

MILHARES DE HECTARES (M ILHARES DE HECTAR ES

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280

AGRICULTURA- EVOLUÇÃO DE MILHO EM

EM GUARAPUAVA E NO PARANA

P E R Í O D O : 1 9 4 5 - 7 8

QUANTIDADE PRODUZIDA

GUARAPUA VA i&wosf PARA NA

120

—I —

too

— —

00

6 0

— —

4 0

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20

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32

3 3

3 4

33

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37

3 6

3 9

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62

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66

6 7

68

6 9

1 9 7 0

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7 2

7 3

7 4

7 3

7 6

7 7

I 9 7 8

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2

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4

M ILH ARES DE TONELADAS I

  1

  MILHÕES DE TONELADAS

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281

AGRICULTURA - EVOLUÇÃ O DA CUL TUR A DE MILHO EM

GUARAPUAVA

PERCENTUAL EM GUARAPUAVA SOBRE O PARANA'

PERÍODO: 1945-78

AMOS

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TABELA XXX

EVOLUÇÃO DA CULTURA DE SOJ A EM GUARAPUAVA E NO PARANÁ - PERI ODO 1 944- 78

Área

cult i vada Cha)

Produção ( t )

Produt i v i dade (Kg/ ha)

GUARAPUAVA

PARANÁ

% GUARAPUAVA

PARANÁ

GUARAPUAVA PARANÁ

1967

205

78

530 0, 26

246 112 835

0, 21

1

200

1 436

1968

805

113 135 0, 71

816

155

135

0, 52

1

014 1 371

1969

3 500 172

401

2, 03 5 260

213 584

2,46

1

503 1 238

1970

4 486

304 211

1, 47 5

147 368

006

1, 15

1 147

1 209

1971 8 500 357 701 2, 37 13 260 461 746 2,87 1 560 1 290

1972

16

250 452 692

3, 58 35 085

687

558

5, 10

2

159 1 518

1973 22

000 817

815

2,69

40

000 1

327

418

3,01

1

818

1 623

1974 45 000 1 340

000 3, 35

94

500

2

588

880

3,65

2

100 1 932

1975

48 000

1 600 000

3, 00

100 800 3

420

000

2,94

2 100

2 137

1976

63

424 2

083 300

3, 04 124 095 4 500 000

2,75

1 957 2 160

1977

63 840

2

200 000

2, 9 140

249 4 700 000

2, 98

2 197 2 136

1978 60

100

2

348 541

2, 5 87

145 3

150

103 2, 77

1

450 1 341

FONTE DOS DADOS BRUTOS: D. E. E. - I . B.G. E.

to

CD

tv)

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283

A GR I CUL TUR A - EV OL UÇÃ O DA CULTUR A DE SOJA EM GUARAPUAVA

E NO PARANÁ

P E R Í O D O ; 1 9 6 7 - 7 8

AREA CULTIVADA

GUARAPUAVA Imps

 |

 PAR ANÁ

st

T

—T-

21

i t e T n

60

t t ? 0

71

7 2

7 3

7 4

7 3

7 6

7 7

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M IL HARES DE HECTARES [ {M ILH AR ES DE HECTARES

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284

A GR I CUL TURA EVOL UÇÃ O DA CULTURA DE SOJA EM GUARAPUAVA

E NO PARANÁ

PERÍODO: 1967-78

QUANTIDADE PRODUZIDA

GUARAPUAVA  UNOSI PARANA

hm?n

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[

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ISO  (4 0 ( 2 0  1 0 0

—r —

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7 2

7 5

7 4

7 5

7 7

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M I LH A RES DE TONELADAS I

  1

  MILHARES

  DE

  TOMELADAS

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285

AGRICULTURA - EVOLUÇÃ O DA CULTURA DE SOJA EM GUARAPUAVA

PERCENTUAL DE GUARAPUAVA SOBRE O PARANÁ

PERÍODO:

  I 9 6 7 - 7 8

1 00 i

6 "

ÁREA CULTIVADA

QUANTIDADE PROD-

5 -

4 -

3 -

2 -

0

1 ~ r  1 1 ~ 1 - 1—

1

96 7

  6 8 69 70  71  72 73 74 75 76 77  ¡978

ANOS

i

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286

T A B E L A X X X I

EVOLUÇÃO DA CULT URA DE TRI GO EM GUARAPUAVA E SO PARANÁ - PERÍ ODO 1 944 - 78

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287

AGRICULTURA - EVOL UÇÃ O OA CUL TUR A DE TRIGO EM

GUARAPUAVA E NO PA RANA '

PER ÍODO : 1 945 - 78

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288

AGRICULTURA -  EVOL UÇ ÃO DA CU LT UR A DE TR IGO EM

GUARAPUAVA E NO PARANA'

•PER ÍODO: 1945 -78

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289

AGR ICULTU RA - EV OLU ÇÃ O DA CULT URA DE TR IGO EM

GUARAPUAVA

P E R C E N T U A L D E G U A R A P U A V A S O BR E O P A R A N A

PER ÍODO. : 1945 -78

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1 7 6

8 0 0

F O S K i D . E . E . - I . 1 3 . G . E .

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291

T A B E L A T O I i r

E V O L U Ç Ã O D A PR O DU ÇÃ O ( T ) D O S P R I N C I P A I S P R OD U T O S

. C U L T I V A D O S EM G U A RA P U A V A - 3. 9 4 4 - 7 5

A R O

A R R O Z

A V E I A

B A T A T A

I N G L E S A

C E N T E I O C E V A D A F E I J Ã O

M I M O S O J A T R I G O T OT A L

1 9 4 4

1 0 5

-

3 7 2 2 4

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1 2 9

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1

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1

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1

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-

3.60

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- 8 0 0

2 5

43.2

1

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6 7 1 6 7 1 -

1

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1 9 4 9

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1

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1 9 5 5 6 3 0 1 8 7 2 3 1 6 6 5 4 8 0 3 3 0 0 1 9 2 0 6

-

4 4 5 8 30 8 3 1

3.

9 5 6

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3

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5 7 6

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1

9 5 9 8

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1 9 9 1 4

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1

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3 0 0 0 5 0

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1 4 4

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3.

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1 2 5

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3

4 2 8 4 3

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2 7 0 0 0

1 3 6 5 9 3

1 9 6 9 2 5 0 2 0 1 6 5 0 2 5 6 5 0 6 3 0 7 9 5 1 0 0 5 6 6 2 8 5 2 6 0 3 9 1 5 0 1 5 9 1 6 7

1

9 7 0

1 7 4 8 8

1

5 6 0 2 7 2 4 2 7 2 0 7 3.

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1 6 5 5 1 5

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9 7 2 1 8

0 0 0 2 1 6 0

1 8

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1 3

2 0 0 1 5 9

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9 7 3

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1 7 2 8 0 1 6 2

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3.

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3 9 0

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6 0 0

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7 6 0

8 1

G 0 0 1 0 0 8 0 0

2 7

8 1 4

2 8 7

0 6 4

3.

9 7 6

3 6

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3 8 0 8 0 7

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6 1 2 0

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2 0 0 3 .2 4 0 9 5 2 7

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73.0

3.

9 7 7

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7

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1 3 0

2 5 0 2 0

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1 1 6

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3 4 0 2 4 9

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3 8 4

4 4 8

I

9 7 8

8 3 6 4

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0 0 0 4 9

0 6 8

2 2

8 0 0 6

0 7 5 6 6

0 0 0 8 7 3 .4 5

2 2 5 0 0 2 6 5 9 5 2

F O N T E : D , E . E . - I . B . G * E .

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292

THBKLH YJCUV

PARANÁ   -   &REA CULTIVADA   I f f f t )

ARROZ

AVEIA

BATATA

INGLESA

CENTEIO

CEVADA

F E I J Ã O  - MILHO

SOJA TRIGO

TOTAL

; 4 - i

2 8

8 3 6

-

1 3

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-

-

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2 0 1

6 4 3

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3 6

3 4 2

- 34 43  6

8

4 5 7

5 6 5

.1.22

4 1 7 4 3 9 7 0 2 -

3.3

8 0 7

6 4 5 7 0 6

3 9

3 6 8

-

. i 2

7 8 5

5

8 4 7 4 3 3

1 4 3

4 3 1

4 7 6 8 1 1

- 1 2

8 5 2 6 9 2

5 2 7

j.

0 4 ? 4 i

1 1 3

-

1 3

0 8 1

6

9 4 0 3 3 7

2  3 6 5 4 8 4 3 3 9 9 4

- 2 5 7 6 4 6 5 4

7 7 7

1

9 4 8

70

3 0 5

-

1 6

3 5 3 • 1 0

6 9 8 1 1 9

2 0 7

1 0 4 4 7 2

9 9 7 -

3 5 1 1 8

8 1 2

6 9 4

1

9 4 9

7 7

7 3 3

-

2 9 6 8 1

1 6

2 6 0

1 9 4

2 8 7

9 5 9

5 3 9

4 0 2

- 5 1

9 6 9 1 0 0 3 1 9 B

1 9 5 0

8 2 6 5 1

-

2 4

2 0 2

5.7

0 1 7

1 8 4 2 9 9 4 0 8

5 2 2

6 0 4

- 5 4 6 2 4 1 0 0 0

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1.

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2 3

7 9 7 1 7

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4 0 7

6 7 1

1 2 8 - 5 8 3 7 5

1

1 4 4

i

952 3.1,0

9 5 5

7 4 4

2 3

8 7 9

1 8 3 9 9

6 8 9 2 7 9

6 6 2

6 6 7 4 0 2

5 8 6 2

6 7 6

1 1 6 4

4 6 4

1 9 5 3

1 0 6 6 6 1

I

2 0 4

3 0

1 7 9

20

3 5 2 8 1 5 3 0 9 4 3 6 6 9 4 0 5 8

1 8 7 2 1 1 7

1

2 3 4

S i t :

I

9 5 4 1 3 4

1 8 5 9 4 6

2 9

4 0 8

1 8

8 7 4

6 6 7 3 6 2

4 7 7 8 1 8

5 2 2

2 4

7 5 7 5 5

1

4 4 0

660-

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1 0 6

8 9 3

2 8 4 7 4

1 7 1 2 5

6 3 8

3 3 4

3 3 5 8 3 6 0 5 1 7 0 3 8 1

1

423.

0 0 3

.1.

9 5 6

1.99

1 7 2

1

6 0 3

3 1

7 6 1

3 6

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6 0 7

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1

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1 9 9

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1

5 7 6

35

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1 6

7 3 1 6 8 1

3 3 0

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8 5

3 2 5

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2

1 0 8

3 4

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1

5 4 1

3

1 8

3 . 959

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2

1 2 1

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3 6 5 1 5

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8 5 6 9 9

1 5 6 9

1 9 6 0 2 0 6 6 9 4 3. 9 9 5 . 3 6 3 8 9 1 6 6 7 5 1 0 7 0 3 8 2 4 8 8 1 0 8 3 6 9 8 5 0 5 9 8 2 4 2 5 1 8 1 6 - i s :•

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96 3 .

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7 0 1

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6

4 0 0

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- 1

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5 1 5

1 6

6 8 6 3 .

9 8 6

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1 1 0 9 0

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1

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2

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1 3 9 1 8 3 3 3 0 9

3 0 4

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2 8 7

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4 1 9 8 0

1 3

4 4 8

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8 2 6

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2

0 0 5

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4

0 5 2

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3. 5 7 2 4 5 3

4 7 1

3

0 6 2

3 8

6 3 1

3.0

9 9 1 7 6 1 8 4 5

9 3 3 1

9 9 4 6 2 0

4 5 2

6 9 2 3 9 7

3 3 2

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3 3 9

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3 55 3 , 1

2 0 6

3

3.61

7 1 9

2 7 9 1

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8 1 5 3 4 1

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4

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À.

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1

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1

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3 4 8 5 4 1 1

3 4 5

0 9 3

6

8 1 6

6 5 B

_

FONTE

D . n E . - I . B .   G . E .

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8/10/2019 ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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27 4

T A B E L A

  XXX

PARAM?.  -   PRODUÇÃO

  <T

A N O

ARROZ

A V E I A

BA TA TA

I NGL E S A

CE NTE I O

CEVADA

F E I J Ã O R I L H O S O J A

TRI GO

TOTA L

i

9 4 4 4 6 3 3 7

-

1 2 1

6 6 2

6

5 « e

< 7 3

1 7 1

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- -

3 4 6

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9

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8 1 7 6

1

1 X 2

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1

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-

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5

2 9 7

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3 1 9

-

2 2 5 4 1

1

0 4 0 S l i

1

9 4 8

1 1 6

3 3 9

-

9 1 9 3 8 7

9 2 9

& 2

1 7 5

3 5 3

7 3 0

8 5 4 3 2

7 0 3

1

1 5 5

2 0 g

1

9 4 9 6 9

7 5 7

-

1 6 2 9 7 3

1 3

3 1 2

1 1 7

2 2 7 2 4 6 5 9 8

4 5 7 -

4 8

9 7 6

1

1 2 0

8 3 8

1

9 5 0

9 5

8 8 0

-

1 0 9

5 7 6

1 2

0 1 9 8 9

2 3 7 8 6 5 ' 9 3 6

7 0 5 -

4 3 9 2 1

1

4 3 6 0 5 5

1

9 5 1

1 3 3 0 0 9

-

J . 0 4

7 7 9

1 1

1 0 2

1 2 2

2 5 0

5 5 7

9 9 8 2 4 1 -

3 8 1 0 2

1 5 3 5

9 1 2

1

9 5 2

1 4 5

6 7 7

4 1 3

1 0 ? 2 1 0 1 0

5 6 4

4 2 8 2 3 3

0 2 6

9 0 5

4 3 0 4 3

5 1 3 1 2

1

4 5 4

1 Û 3

1 9 5 3

1 3 7

7 9 6

7 0 3

1 2 8

9 0 8

1 1

5 1 7

4 4 9

2 9 5

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1 3

5 0 4 1 6

1

5 3 1 4 2 6

1

9 5 4

1 8 4

2 8 7

4 9 1 1 Î . 5

7 6 7

1 1

8 2 7

3 8 5

3 3 6 9 6 4

I - 1 2 3 6 0 2 1 9

5 7

9 0 6

1

8 4 1 2 6 8

I 9 5 5 -

. 1 5 1

7 5 0

5 4 5

1 2 6

0 7 8

1 2

1 6 0 4 5 2 . ' - 2 7 4

2 6 4

9 7 2

3 4 8

5 4

6 8 7

1

5 9 2

284

1 9 5 6

1 8 2

6 9 7

9 5 3 1 6 8

6 2 9

1 2

1 4 6

6 5 8

2 2 7

0 5 0

1 3 0 1 7 0 4 7 5 4 2 6

1

9 6 9 2 6 3

X

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2 6 5

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1 1

7 3 2

6 0 3 2 3 8

3 4 5

1

1 9 3 2 4 5 4 4 9 2 6 7 0 1 7

1

9 2 5

0 6 4

1 9 5 8

2 1 0

1 1 0

6 1 4

1 6 7 5 0 5

1 2

0 8 6 5 0 9

3 0 4

1 9 7

l 1 5 3

2 2 2 3

5 4 3

7 7

5 2 8

1

9 2 9

5 1 4

1 9 5 9 2 7 8 4 2 6 1

0 6 2

1 7 6

9 6 8

1 1

8 1 8 6 6 7 3 0 7 0 0 0

l

2 2 0 7 7 9

4

9 3 1

7 6 6 6 3

2

0 7 8 3 1 4

£

5 6 0

2 6 8

3 7 0

9 9 6

1 8 7

7 1 9

• 1 1

8 2 9

7 0 3 2 9 8

7 8 0

1

4 7 4

4 9 3

7 3 6 4 6 7 3 1 0

2

3 1 7

5 6 4

.1

9 6 1 3 0 8

7 2 8

1

1 2 6

1 8 9 8 7 6

1 1

2 6 0

9 9 3 3 2 2 7 8 9

1

3 3 9

9 5 8

8

9 6 3

6 0 8 4 1

2

2 4 4 5 3 4

1 9 6 2 3 3 5 2 7 2 1 1 2 4 1 9 « 7 6 6 1 2 6 1 4

1

4 8 7 •70 3 3 2 1 3 9 7 9 4 6 1 5 7 8 7 7 1 6 1 5 2 4 0 0 9 4 3

1

9 6 3 4 5 3 3 6 9

1

2 1 8

2 3 4

7 1 6

1 1

2 4 7

1

3 3 2

4 6 8

4 3 0

1

6 0 7

7 5 0 1 9

8 4 9 6 3

1 1 3

2

8 6 1

0 2 4

J.

9 6 4 4 6 4

1 6 9 1

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2 9 0

4 3 7 1 2

0 4 7

7 0 3 5 0 4

6 9 2

1 7 9 8 0 5 8

2 6

5 7 8

7 6

4 9 8

3

1 7 4 5 9 1

1 9 6 5 5 3 5

3 1 1

1

3 6 5

2 7 4

9 3 6

1 0

8 6 9

1

3 8 6 5 6 7

4 1 5

2

1 8 2 5 4 3

4 4

1 1 1

6 6 2 9 8

3

6 2 4

2 3 4

1 9 6 6

5 0 5

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1

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2 9 0

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5 0 9

1

9 6 7

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1 1

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0 7 8

3

8 6 6

2 1 0

1

9 6 8 3 3 4

4 1 9

3

2 1 0

4 2 8

0 7 7

1 1

8 2 8 8 2 6 5 0 3

9 9 4 2

3 7 5

8 6 0

1 5 5

1 3 5 1 1 6 1 9 1

3

9 2 9 5 4 0

1

9 6 9

4 3 2

0 5 7 1

9 7 0

4 6 2 8 3 1

1 1

5 2 3 8 4 2

4 6 9

5 0 1

2 7 1 1 9 7 1

2 1 3

5 8 4

5 2 7

4 3 . 5

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8 3 1 7 1 4

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7 2 8

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6 7 8

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6 9 4

3 5 5 9

3 6 4 3 6 8

0 0 6 2 8 3

3 0 8

5

8 9 6 3 0 2

1

9 7 1

5 9 9 4 4 5

3

3 1 0

3 7 8

2 7 0

1 1

7 4 1

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7 5 7 2 7 4

3 6 5 5

0 8 6 4 6 1

7 4 6

3 3 4

8 5 7

6

2 0 2

4 8 4

I 9 7 2

6 7 3

8 9 9

2

0 6 6

3 2 4

0 6 7

S

2 2 7

6 5 4 8 1 7 6 7 2

3

8 2 9

5 4 1 6 3 8

1 5 8

2 5 6 5 6 7

6

5 5 1 8 5 1

1 9 7 3

6 6 1

1 6 4

1 7 2 0 8

3 2 6 7 4 4

A

9 3 7

1

0 9 7 4 7 2

0 7 9

3

0 8 2 5 2 4

1

3 2 7

4 1 8 3 8 4 7 1 3

6

2 8 2

9 0 4

1

9 7 4 6 7 2

0 0 0

1 3

1 8 6

4 2 0 0 0 0

1 0

2 2 4 2

0 3 8

5 6 2

0 8 5

3 5 5 3

0 0 0 2 5 8 8

8 8 0

9 1 4

7 6 0

8

7 3 6 1 7 3

1

9 7 5

8 5 0

5 7 3

1 4

1 5 2 4 2 6

221

8

1 0 8 1 0 3 7 5 6 0 7 9 4 7

3

8 1 3

3 0 9

3

4 2 0

0 0 0

4 4 3 6 0 0

9

5 9 4

2 9 1

1

9 7 6 1 0 8 8 8 2 2 1 5 3 0 0 6 4 5 3 9 4 4 4 4 0 1 8 0 0 0 5 8 7 8 0 5 4 8 2 2 9 0 0 4 5 0 0 0 0 0 1 6 6 0 6 4 0 1 3 3 4 3 3 0 1

' 1

9 7 7 9 0 4 8 6 5

1 0

2 8 6

7 0 9

6 8 8

1

8 3 6

5 4 2 7 3

5 7 6

8 8 5

4

6 3 0

8 2 5 4

7 0 0

0 0 0

1

2 5 7

0 0 0

1 2 6 4 5 6 5 6

1 9 7 8 3 8 3 3 1 6

6 2 4 5 7 0 0

6 6 8

1

7 0 « 4 9 7 6 4 5 0 7 0 1 7

í

4 3 7 1 2 3

3

1 5 0

1 0 3

i

0 5 0

0 0 0

S

2 8 5

9 4 4

F ONTE D . E . E . - I . B . G . E .

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TABELA XXXyi

EFETI VO DE ASI NI NOS EM GUARAPUAVA E NO PARANÄ

E PERCENTUAL DE GUARAPUAVA SOBRE O. PARANÃ

PERÍ ODO 1956 - 78

ANO

Especi e

As i ni nos

Guar apuava

Parana

%

1956 1 400

18

140

7, 71

1957

1 100 28

000

3, 92

1958 1 400 31 000 4, 51

1959 1 300 32 000

4, 06

1960

1

350

30 920 4, 36

1961 1 360 21 523 6, 31

1962

1

250 20

521

6, 09

1963

1

200

21

000

5, 71

1964 1

220

21

000

5, 80

1965 1

000 20 000

5, 00

1966 1 000 17 000 5, 88

1967

1

020 17

000 6, 00

1968

1

050

15

000 7, 00

1969 1 040

14 000

7, 42

1970

I

020

13

011

7, 83

1971

-

1972

-

1973

844

10 591

7 , 96

1974

342

13 443

2, 54

1975

364

13

009 2, 79

1976

226

7 392

3, 06

1977

50

1 447

3, 45

1978

32

i

.

385 2, 31

FONTE DOS DADOS BRUTOS. D. E. E. - I BGE.

. . . DADOS I NEXI STENTES

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3 0 9

P E C UÄ R I A - P O P U L A Ç Ã O D O G A D O A S I N I N O E M G U A R A P U A V A

E M O P A R A N A '

P E R I O D O r 1 9 5 6 - 7 8

G U A R A P U A V A 1**0*1 P A R A N A '

C

C

CL™

37

o s o

§1

62

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71

7 2

TS

74

TS

7 6

77

K «900 MOO 4Ö0 390

ss

i

22

t

32

—r -

41

MILHARES DE

  C A B E Ç A S 1 [ MI L H AR E S DE C A B E Ç A S

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PECÜÄRIA

- POPULAÇÃO OO GADO ASNINO EM GUARAPUAVA

PERCENTUAL DE GUARAPUAVA SOBRE O PARANA'

PER {'ODO : Í9 5 6 -7 8

1© 3® I t t O 1 9 7 0

  t»ê

A WÔS

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TABELA

  XXXVI I

EFE TIV O "DE BOVI NOS EM GU AR AP UA VA E NO PA.RANÄ E

PERCENTUAL DE  GUARAPUAVA  SOBRE O  PARANÃ

PERÍODO' 1956 - 78

ANO

Especies

Bovinos

Guarapuava

Parana.

1956

205

200

1

507

810

13,60

1957 208 000 X

668 000

12,47

1S58 205

000 1

825

000

11,23

1959 200 000 1 904

000

10,50

1960

198

000

1 954

850

10,12

1961

203 000 1

957

380 10,30

1962 192

000

2 108 00 0 9 »10

1963

195 000

•>

JL

331

000

8,36

1964

2.00 000

2

754

000

7,26

1965 155 000 3 216 000 4,81

1966 154 220

3

464 000

4,45

1967

156 275

3

815

000

4,09

1968

157

000 4

133 212 3,79

1969

153

800

4

353

615 3,53

1970

152

750 4 687

863

3,25

1971

.

.

-

1972

» • t

1973 86 979

5 086

501

1,70

1974

104

000

5

540

628 1,87

1975

106

176

6 598

151 1,60

1976

111

623 6 966 555

1,60

1977

112

739 6 699

554

1,68

1978

113

381

6 455 816

1,76

FONTE DOS DADOS BRUTOS : D.E.E. - I.B.G.E.

... DADOS INEXI STENTE S

SEAGRI

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P E C U Á R I A » P O P U L A Ç Ã O

P A R A N Á

298

DE BOVINOS EM   G U A R A P U A V A E NO

RERÍOOO: 1

956-78

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299

PECUÁRIA-POPULAÇAO 0€ BOVINOS EM GUARAPUAVA

' P E R C E N T U A L  SOBRE O Pâft âNÃ

PERím: i sm~m

MNOS

I

• n mummrem » w

«ÉMttfW

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300

TABELA XXXVIIJ

EFETI VOS DE EQ UINOS EM. GUA RAP UAV A E NO PA RAN Á

E PERCENTUAL DE GUARA PUAV A SOBRE O PARANA

PERÍODO 1956 - 78

m o

Especie

m o

Equinos

o

Guarapuava Parana

%

1956

33

100 .

467

530

7,07

1957

33

600 . 495 000

6,78

1958

32

400

509 000

6,36

1959 32

000

525 000

6,09

1960

32

500

536 390 6,05

1961

33

600

568

Oil

5,91

1962 32

100 599

000

5,35

1963

33

500

644

000

5,20

1964

34 500

662 000 5,21

1965

28 000

674

000

4,15

1966 29 000 663 000 4,37

1967 .

29

800

674

000

4

f

4 2

1968

31

000 650

069

4,76

1969 32 000

664

649

4 81

1970

31

700

664

851 4,76

1971

.. -

-

1972

-

1973 33

466

571

546

5,85

1974 17 501 539 255 3,24

1975

17

977

555

713 3,23

1976 16

267

486

703 3,34

1977 14 067

434

347

3 23

1978 15

614

393

347 3,96

FONTE DOS DADOS BRUTOS: D.E.E. - I.B.G.E.

... DADO S INEXIS TENTES

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301

PECUARIA - POPULAÇÃO DO- GADO EQUINO EM GUARAPUAVA

E NO PARAMA"

PERÍODO: 1956-78

C

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MILHARES DE CABEÇAS t [MILHARES DE CABEÇAS

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su

 2

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PO PUt A CAO DO GADO EQUINO

PERCENTUAL DE GUARAl

PERÍODO ; Í956-78

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304

P £ ÇUÁR i-A- POWLÁÇ Ã O   ^ DO GADO MUA R EM GUARA PUAVA

PERÍODO-: i9 5 6 - 7 8

c u r

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306

TABELA -XL;

EFETIVO DE OVINOS EM GUARAPUAVA E NO PARANÁ

E PERCENTUAL DE GUARAPUAVA SOBRE O PARANÁ -

PERÍ ODO 1956 - 78

ANO

Especie

ANO

Ovinos

NO

Guarapuava

Paraná

%

1956 9 500

192 710

4,92

1957 9 600

208 000 4,61

1958 10 000

218 000

4,58

1959

12

003

220

000

5,45

1960 11 500

193 432

5,94

1961 12 000 250

762

4,78

1962

13

000

271 000

4,79

1963 13

800

292. 00 0 4, 72

1964

15 000 291 000

5,15

1965 12 000 301

000

3,98

1966

12 500 304

000 4,11

1967 12

000

323 000 3,71

1968

11 000

333

000 3,30

1969 10 000

342 836 2,91

1970

9 500 339 559

2,79

1971

• •

-

1972

• •

-

1973 5

972 282

560

2,11

1974 14 403 216 059 6,66

1975

8 790

159

203

5,52

1976

8

380

158

762

5,27

1977 8

464

154

976

5,46

1978

9 200

155 380

5,92

FONTE DOS DADOS BRUTOS: D.E .E. - I.B.G.E.

... DADOS INEXI STENT ES

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PECUARIA-

  POPULAÇÃ O DO GADO

  OVINO

  EM

  G U A R A P U A V A

E

  NO PARANÁ.

PERIODO

  M 9 5 8

- T S

GUAf tAPUAVA  ÍÃHOSÍ  P A R A N A

f

¡

li

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30' 8

P E C U A R I A '

ÇRO DO GADO

PERCENTUAL QE

  QUA

PERÍODO.'1956-76

EM GUARAPUAVA

S O B R E O

 f

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TABELA .'XET

EFETIVO DE SUÍNOS EM GUARAP UAVA E NO PARAN Ã

E PERCENTUAL DE GUARAPUAVA SOBRE O PARANÃ -

PERÍODO 1956 - 78

ASO

Espécie.

ASO

Suínos

SO

Guarapuava

Parana

1956 270 000

3 671

640 7,35

1.957 275 000 4 000 000 6,87

:mh

27 0 00 0 4 3.85

000 6,15

1 3 5 9 260 000

4 670 000 5,56

I % 0 25 5

000 5 060 050

5,03-

1961 275

000

5 335

335-

5,15

1962

265 000 6 192

1:42

4,27

1963

275

000

6 799 000

4,04

i .'"V à*

 f

280

000

7 247,

000

3,86

1965

2.24

000

7

874 000

2,84

1966

230 000

7 915

000

2,90

196.7' 248

900 8

058

ODO 3,08

1,968 259

000

8

641'

980 2,99

1.969

265 00 0 8 62 4 83:2 3,0 7

1970 268 500

9 026 498

2,97

1971

* » «

• .

-

1972

...

-

1973 165

674

6

990 449

2,37

1974 170 644 6 728

363 2,53

1975

162 336

6

067 880 2,67

1976

170

453

6 131 623

2,77

1977

172

158

5 769 536 2,98

1978

189

374

5

312 465

3,57

FONTE DOS DADOS. BRUTO S: D.E.E . - I.B.G.E;

... DADOS INEXISTENTES:-.

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310

POPULAÇÃO  DO GA DO

  SV WO EM GUARAPUAVA

E NO P A R A M A - P E R ÍO DO  » 19=56  - 7 8

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PECUÁ RIA - POPULAÇÃO DE GADO SUÍNO EM GUARAPUAVA

PER CEN TUA L DE GUARAPUAVA SOBRE O PARANÁ

P E R I O D O : 1 9 5 6 - 7 8

1 9 5 6 I 9 6 0

1970

A N O S

1978

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A N E X O II

FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS REGISTRADOS NOS

CARTÓRIOS DE REGISTRO DE IMÓVEIS DE

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313

TABELA XI I I

TOTAI S DOS FI NANCI AMENTOS BANCÄRI OS CONCEDI DOS PARA Or ERAÇÕES  DE CUSTEIO   DE PRODUÇÃO DE BOVI NOS

PERÍ ODO 1 940 - 73.

ANO

B r a s i l e i r o s

( s o c i e d a d e t r a d i -

c i o n a l )

B r a s i l e i r o s d e s c e n -

de n te s de a l e m ãe s ,

i t a l i a n o s e e s l a v o s

B r a s i l e i r o s

n a t u r a l i z a d o s

E s t r a n g e i r o s T O T A L

Pe rce n tu a l da s o-

c i e d a d e t r a d i c i o -

n a l em re l a ção a o

t o t a l

N9 de

f i n .

V a l o r

N9 de

f i n .

V a l o r

N9 de

f i n .

V a l o r

NP de

f i n .

V a l o r

N9 de

f i n .

V a l o r

N9 de

f i n .

 (7.)

X

V a l u r

MIL REIS

1 9Í.0

7 2 8 9 :4 2 0 ) 0 0 0

1 4 2 : 0 0 0 ) 0 0 0

- - - -

8 3 3 1 : 4 2 0 )0 0 0 8 7 , 5 8 7 , 3 2

1 9 4 1 9

. 4 7 0 : 5 0 0 ) 0 0 0

- - - - 3

1 7 7 : 0 0 0 ) 0 0 0 1 2

6 4 7 : 5 0 0 ) 0 0 0

75

72

66

1 9 4 2 7 63 3 :0 0 0 ) 0 0 0

- - - - - -

7 63 3 :0 0 0 ) 0 0 0 10 0 100

C r )

I

1143

3

3 10 0 0 0 ,0 0

- - -

-

- - 3 3 10

0 0 0 ,0 0 10 0 10 0

1

9 4 4

2 8 9 0

0 0 0 , 0 0 -

-

- - - - 2 8 9 0 0 0 0 , 0 0

100

100

1 9 4 5

7 1

9 1 5

0 0 0 , 0 0

- - - - - -

7

1 9 1 5

0 0 0 ,0 0 10 0 10 0

1 9 4 6 5

4 3 0 0 0 0 ,0 0

- - - - - - 5 4 3 0 0 0 0 ,0 0 10 0

100

1 9 4 7

- - - - - - - - - - -

1

9 4 8

- - - - - - - - - - -

1

9 4 9

3 6 5 5 0 0 0 , 0 0

- - - - - - 3 65 5 0 0 0 ,0 0 10 0 100

1

9 5 0

3

430

o o o . o o

- - - - - 3 4 3 0 0 0 0 ,0 0 10 0 10 0

1 9 5 1

3

1

10 0 0 0 0 ,0 0

- - - - - - 3 1 10 0 0 0 0 ,0 0 10 0 10 0

1 9 5 2 8

2

18 3

0 0 0 ,0 0 2

7 7 6 8 9 , 0 0

- - - -

10

2 2 60

6 8 9 , 0 0

80

96

5

1 9 5 3 7 2 4 3 8 70 0 ,0 0

- - - -

1 2 30 0 0 0 , 0 0

' 8

2 6 6 8

70 0 ,0 0 8 7,5 0

9 1 , 3 8

1

9 5 4 4

1 4 74 0 0 0 ,0 0

4

2 0 77 3 0 0 ,0 0

- - - 8

3 5 5 1 3 0 0 ,0 0 50 « 1 ,5 0

l 9 5 5 . 7 2 3 9 2 3 0 0 ,0 0 2 7 0 6 0 0 , 0 0

- - - -

9

2 4 62

3 0 0 ,0 0 7 7 . 8 9 7

15

1 9 5 6

6 3 0 8 2

2 0 0 ,0 0

2 4 3 2 5 0 0 ,0 0

- -

1 8 1 6 0 0 , 0 0 9

3 5 9 6 3 0 0 ,0 0

6 6 , 7

8 5 , 7 0

1

9 5 7 9 2

310

0 0 0 ,0 0 2

9 3 8 5 0 , 0 0

- -

1

5 0 0 0 0 ,0 0 12

2 4 5 3

8 5 0 , 0 0

75

5 0 78

1 9 5 8 7

3 9 9 6 8 10 ,0 0

3

5 3 8 0 0 0 , 0 0

- 1

1 4 0 0 0 , 0 0

1 1 4 5 4 8 8 1 0 , 0 0 6 3 , 6 3

87

86

1 9 5 9

24

9

117

2 5 0 ,0 0 10 779 5 0 0 ,0 0

- - - -

34

9 8 9 6

75 0 ,0 0 70 ,5 8 9 2

12

1 9 60 3 6 16

214

5 0 0 ,0 0

15

1 7 7 4 0 0 0 , 0 0

1

4 4 0 0 0 0 0 0 1 2 5 0 0 0 0 ,0 0 5 3 18 678 5 0 0 ,0 0 67 ,9 2

8 6 , 8 0

1 9 6 1 8 2 7 6 3 0 0 0 , 0 0

6

3 0 6 8 0 0 0 , 0 0

- - - - 14

5 8 3 1

0 0 0 , 0 0 5 7 , 1 4

47

38

1

9 62

4

6

5 4 0 0 0 0 ,0 0

- - - - - -

4 6 5 4 0 0 0 0 ,0 0 10 0 . 100

1

9 6 3 5 5 1 8 8 0 0 0 , 0 0

-

1

2 0 0 0 0 0 0 0 0 - - 6

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9 8 3 5 0 0 , 0 0 7 7 , 7 7

88

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1

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41

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1

12 0 0 0 ,0 0 62

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6 4 9 0 0 0 , 0 0

- -

1 4 9 1 2 0 , 0 0

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19

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1 4 4 3 0 3 7 , 5 0

3

4 14 0 78

0 0 1 6 0 0 0 0 , 0 0

131

6 4 9 0

2 65 ,0 0

8 3 , 9 6

70

47

F O N T E  D O S DA D OS BR U T O S : C Ë D U L AS Kl I R AI S P I G N O RA T I C I A S E H I P O T E C Á R I A S - C A R T Ó R I O S DE RE G I S T R O D E 1 M Ö VE I S - I V , 2 9 e 3 9 O K Ï C I O - C U A KA P U A V À .

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FINANCIAMENTO - PARA CUSTEIO DO GADO BOVINO EM GUARAPUAVA

PER CENTUA L DE BRASILEIROS (SOC. TRADI CIONAL ) EM RELAÇÃO AO TOTAL AP LI CADO

PERIODO : 19 4 0-7 5

C O N V E N Ç Õ E S

P E RCE NT UA L

0 0   ••

V A L O R

N Ú M E R O D E

F INA N CIA M E NT O o- - «

ANOS

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8/10/2019 ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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TABEU XUU

M O K E Ï O E V A L O S Û O S f I t i U I C I A M S K T O S B t ó r t ü t O S C O Ü C E D I O O S P U t A O P E R A Ç Õ E S ÙE C U S T E I O

O R P a o o y ç A O D E s u í n o s - P E R Í O D O - 1 9 4 0 - 7 5 .

S r a s í l e i r o s

( s o c i e d a d « t r a d i -

c i o n a l )

B r a s i l e i r o s d e s c e n d e n t e s d o

B r a e . l e i r o a

E s c r a n g e i r o a

T O T A L

P e r c e n t u a l d e s o -

c i e d a d e t r a d i c i o -

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S r a s í l e i r o s

( s o c i e d a d « t r a d i -

c i o n a l )

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T O T A L

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E s c r a n g e i r o a

T O T A L

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1 9 5 1

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- - - - - - - - - - - - - -

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2

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1

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1 6 8 0 0 0 , 0 0

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1 9 6 0

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1

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1 1 5 0 0 0 9 , 0 9 1 7 6 0 0 0 , 0 0

-

1 8 8 0 0 0 , 0 0

4

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1

1 2 0 0 0 0 , 0 0

10

2 0 0 8 5 0 0 , 0 0

2 0 . 3 7 , 1 9

1 9 6 2

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1

2 9 1 0 0 0 , 0 0

- - •

I

2 9 1 0 0 0 , 0 0

- - - - I I I 7 2 6 5 0 0 , 0 0 5 6 , 5 0

69

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- - - - - - - - - - - 1

2 9 1 0 0 0 , 0 0

- -

1 9 6 4

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- -

-

-

- - - - ' - - -

1

9 4 2 8 5 2 , 0 0 1 0 0

1 0 0

I 9 6 5 J S 7 9 0 0 0 0 , 0 0

- - - - - - - - - - - -

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1 0 0

1 9 6 6

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1 1 0 9 2 , 0 0

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- - - -

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1

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- - -

-

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1 5 0 0 0 , 0 0

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1 9 7 0

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1

1 0 0 0 0 , 0 0 2

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€ 2 6 5 0 0 , 0 0 9

4 3 9 0 0 , 0 0 - - - -

1 3 1 1 6 6 0 0 , 0 0

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8 5 0 0 , 0 0

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4 3 2 0 0 , 0 0 - - - 1 ) 9 0 0 , 0 0

12

1 0 3 0 0 0 , 0 0 5 0 « 2 , 7 0

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3 7 9 6 4 6 , 0 0

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1 9 5 2 0 , 0 0 9 1 0 0 0 0 0 , 0 0 1 2 1 3 0 3 2 0 , 0 0

- - -

3 4 0 0 , 0 0 5 3 5 1 3 3 6 6 , 0 0 7 5 , 4 0 7 3 , 9 5

1 9 7 3

30

» 4 9 6 7 , 0 0

9

1 2 8 8 4 0 , 0 0

9 9 8 9 6 0 , 0 9

2

3 7 « 8 0 , 0 0

1 9 2 6 5 3 0 0 , 0 0

- - - -

49

9 9 7 2 6 7 , 0 0

6 1 , 1 0

3 9 , 6 0

1 9 7 4

S 2 t 2 8 7 6 6 5 , 0 0

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2 3 9 0 0 0 , 0 0 1 9

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43 8

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2

4 6 0 4 0 , 0 0 - -

1 0 2

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5 0 , 9 0

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  9 7 5

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1 4 9 « 7 8 2 , 0 0

9

344

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1 3 2 0 8 1 5 , 0 0 1 3 3 4 5 5 , 0 0

2

7 6

  0 3 0 , 0 0

2 9 2 5 8 8 2 , 0 0

, 5 7 , 4 0

5 1 , 0 0

rowis

  P C S D AD OS S S I T O S : C E C D U S r o j R AM P 1 C K 0 S UT Î C I A 3 S H I P O T E C ÃR t A 3 , C Af l i ö R I OS B E Í C C I S T a O S E I d O VF . i S D O ¡ 9 , 2 ? a i V OF Í C I O . C U AS A T O At * .

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TABELA XLI V

FI NANCI AMENTOS BANCÁRIOS REG STRADOS, CONCED DOS PARA CUSTEIO DA

LAVOURA CE ARROZ - PERÍ ODO 1 952- 75 - GUARAPUAVA

B r a s i l e i r o s

( s o c i e d a d e t r a d i c i o n a l )

b r a s i l e i r o s d e s c e n d e n t e s d e

a l e m ã e s , i t a l i a n o s e e s l a v o s

B r a s i l e i r o s n a t u r a l i z a d o s

E s t r a n g e i r o s

TOTAL

B r a s i l e i r o s ( s o -

c i e d a d e t r a d i c i o

nal /TOTAL

S9 DE

f i n .

V a l o r A r e a

N9 d e

f i n .

V a l o r

Area

N9 d e

f i n .

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f i n .

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f i n .

Valor A r e a

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2

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10

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3

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18

3

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2

11

15

6

4

ia

31

45

59

3 4 1 80 , 0 0

6 } 4 0 0 , 5 0

1 6 9 3 4 7 2 , 5 0

4 2 9

1 7 1 1

3 50 7

4 4 6 8

3 1 7 0

2 82b

32 067

66 736

U 90 2

7 3 80

97 0 , 0 0

160,00

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50 0 , 0 0

0 0 0 , 0 0

3 7 6 , 0 0

M«,O0

7 52 , 0 0

000 00

000,00

8 7 0 0 , 0 0

1 2 3 1 3 2 , 0 2

2 2 4 2 88, 0 0

99 84 0 , 0 0

1 4 3 0 95, 0 0

83 9 84 7 , 0 0

1 3 2 2 6 89, 7 5

4 0 0 0 7 4 6 , 0 0

5 957 2 4 8, 0 0

3 3 , 4 6

3 7 , 1 6

l 4 1 7 , 1 7

5 7 , 5 0

3 0 8 . 7 9

6 3 7 , 2 5

8 6 6 , 0 0

3 0 5, 0 0

3 0 1 , 6 4

1 5 6 2 , 3 4

2 2 4 3 , 0 0

23 7

t

50

1 4 6 . 80

60,00

l 2 97 , 3 0

l 97 4 , 50

7 0 7 , 4 2

680,00

9 6 2 , 1 2

3 2 7 4 , 1 0

4 52 5, 50

1

l

10

1

2

4

8

4

3

6

2

1

1

5

9

5

10

17

18

32

49

4 80 0 , 0 0

8 6 0 0 , 0 0

4 96 4 2 0 , 0 0

1 5 5 0 0 , 0 0

2 2 6 2 8 1 , 0 0

4 81 4 6 5, 0 0

94 2 3 95, 0 0

2 0 1 5 0 0 0 , 0 0

56 7 50 0 , 0 0

3 50 7 3 0 0 , 0 0

1 8 7 2 0 50 0 , 0 0

6 9 1 2 0 0 0 , 0 0

1 3 50 0 0 0 , 0 0

2 7 0 0 , 0 0

5 1 1 8 2 , 2 5

1 3 1 6 1 2 , 0 0

1 1 5 2 7 5, 0 0

3 1 4 2 4 8, 0 0

6 90 52 3 , 0 0

7 98 1 94 , 3 1

2 4 0 6 0 98, 0 0

7 0 0 4 7 88, 6 4

7 , 2 6

3 8 9 . 1 7

3 1 , 4 5

1 7 6 , 0 0

1 2 8 , 0 0

2 3 0 , 5 ?

2 9 9 , 6 0

6 6 , 6 2

3 0 8 , 5 0

6 7 4 , 0 0

1 8 0 , 0 0

3 0 , 0 0

7 2 , 6 0

54 0 , 0 0

8 9 8 , 6 2

3 0 6 , 0 0

1 3 0 4 , 0 0

2 4 9 5 , 0 0

1 9 7 3 , 2 0

2 1 9 6 , 0 0

5 8 8 5 , 8 8

4

6

10

6

8

23

34

3 87 0 0 0 0 , 0 0

2 5 4 95 56 2 , 0 0

N CR$

6 6 83 0 , 0 0

9 2 9 9 8 , 5 0

CRI

2 4 7 2 96 , 0 0

52 8 2 0 0 , 0 0

6 4 1 4 8 5 , 0 0

4 9 8 1 4 6 0 , 0 0

1 7 8 , 5 0

2 0 6 , 8 5

5 0 5 , 0 0

4 1 5 , 0 0

1 4 6 7 , 0 0

1 6 9 2 , 0 0

1 9 7 2 , 0 0

4 3 5 6 , 0 0

6   4 7 7 , 0 0

3

10

1 1 4

83

17

24

55

42

3

21

86

96

1 0 0

8

97

118

43

39

48

6 1 3

3 3 4 5

1 6 2 4 6

4 0 92 0

1 2 2 3 1

3 2 7 93

1 0 0 0 3 2

2 2 4 2 5

1 0 3 2 0

1 2 8 6 7 5

0 0 0 , 0 0

6 4 5 , 0 0

0 0 8 , 0 0

4 4 8 , 0 0

0 0 0 , 0 0

8 1 0 , 0 0

2 3 5 , 0 0

8 1 2 , 5 0

0 0 0 , 0 0

7 7 4 , 0 0

2 592 2 3 2 , 4 6

1 1 1 2 3 9 8 , 7 7

2 1 6 9 0 9 3 , 5 0

1 3 3 8 4 0 0 , 8 8

3 1 2 3 2 2 5, 6 9

6 2 5 1 0 7 9 , 2 8

4 0 3 0 0 4 2 , 0 0

8 1 7 5 8 4 1 , 0 0

6 5 7 2 2 4 8 , 9 0

1 8 1 , 2 5

2 2 5 , 5 7

1 3 2 0 , 1 0

6 8 1 3 , 2 5

1 6 8 3 , 5 0

2 7 8 7 , 4 8

7 2 8 3 , 3 7

2 1 4 1 , 5 0

3 3 8, 0 0

1 0 4 8 9 , 1 5

3 8 6 9 , 5 0

7 9 8 2 , 9 0

1 2 4 1 9. 6 0

6 3 3 1 , 6 7

1 1 7 9 1 , 4 0

1 6 80 0 , 4 7

8 0 7 9 , 0 0

8 0 7 1 , 0 0

5 1 1 6 . 6 1

l

6

5

41

1

8

18

128

98

27

30

66

59

8

26

89

1 1 6

1 3 0

89

1 1 7

161

92

1 3 9

1 90

4

42

63

2 1 94

15

1 2 6 9

5 5 3 8

2 0 6 96

4 7 3 83

1 5 96 8

3 9 1 2 7

1 3 2 0 99

1 1 3 7 53

2 9 1 3 4

1 6 2 90 1

800 00

7 8 0 , 0 0

4 0 0 , 5 0

8 9 2 , 5 0

5 0 0 , 0 0

2 5 1 , 0 0

2 9 0 , 0 0

0 0 3 , 0 0

9 4 8 . 0 0

5 0 0 , 0 0

4 8 6 , 0 0

621 , 00

0 6 4 , 0 0

0 0 0 , 0 0

3 3 6 . 0 0

2 6 0 3 6 4 2 , 4 6

1 3 53 54 3 , 0 4

2 6 1 7 9 9 2 , 0 0

1 8 0 0 8 1 1 , 0 0

4 1 0 8 , 7 6 8 , 6 9

8 4 2 2 9 3 4 , 2 8

6 1 5 0 9 2 6 , 0 6

1 9 56 4 1 4 5, 0 0

2 7 7 6 7 3 7 3 , 54

7 , 2 6

3 3 , 4 6

1 8 1 5 , 3 4

3 1 , 4 5

4 1 4 , 7 5

6 6 2 , 3 6

2 1 87 , 88

7 9 7 8 , 8 5

2 0 5 5 , 1 2

3 0 9 7 , 6 2

8 8 4 5 , 7 1

5 2 4 2 , 0 0

7 5 5 , 5 0

1 0 8 7 2 , 8 0

4 0 0 2 , 1 0

1 0 3 2 5, 2 0

1 5 7 0 7 , 7 2

8 8 1 2 , 0 9

1 5 4 6 7 , 4 0

2 2 2 2 9 , 5 9

1 3 3 2 6 , 3 0

1 9 1 4 8 , 5 0

2 0 0 8 1 , 5 9

83

100

7 5 . 6

23

3 3 . 3

7 , 8

7 , 5

2 2 , 2

10,0

1 6 , 6

3 0 , 5

3 7 , 5

7 . 7

2 2

9 , 5

II.5

6,7

3,4

U.2

3 3 . 7

3 2 . 4

3 1 , 1

FOSTEI C£DCUS amis (...).

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318

FINANCIAM ENTOS - PARA CUSTEI O DA LAVOURA DE ARROZ EM

GUARAPUAVA.

PER CENTUAL : BRASILEIROS (SOC. TRADI CIONAL)

EM RELAÇÃO AO TOTAL FINANCIADO.

P E R I O D O "  1 9 5 ? - 7 5

CONVENCOES

PERCENTUAL .EM RELAÇÃO AO TOTAL^

BRASILEIROS ( SOCIEOAOE TRADICIONAL)

NÚMERO OE FINANCIAMENTO -

VALOR OO FINANCIAMENTO

(952

I960

I9TO

1975

ANOS

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T AB EL A X L V

TOTAI S DOS FI NANCI AMENTOS REG STRADOS, CONDED DOS PARA CUSTEI O DE LAVOURA DE AVEI A. GUARAPUAVA L 972 - 75

ASO

B r a s i l e i r o s ( s o c i e d a -

d e t r a d i c i o n a l )

B r a s i l e i r o s d e s c e n -

de n t e s de a l e m ãe s ,

i t a l i a n o s e e s l a v o s

B r a s i l e i r o s

n a t u r a l i z a d o s

E s t r a n g e i r o s

TOTAL

B r a s i l e i r o s ( s o c i e -

d a d e t r a d i c i o n a l )

T o t a l  X

íiÇ de

f i n .

V a l o r A r e a

N9 de

f i n .

V a l o r A r e a

N 9 de

f i n .

V a l o r

A r e a

N9 de

f i n .

V a l o r A r e a

N 9 de

f i n .

V a l o r

A r e a

N 9 de

f i o .

V a l o r

l 9 7 2 - - -

2 2 9 4 0 4 , 0 0 9 0 , 0 0 1

5 3 2 0 5 , 0 0 3 0 0 , 0 0

3

4 1 7 3 1 , 0 0

3 2 0 , 0 0

« 1 24 340, 00

7 1 0 , 0 0

- • -

l 9 7 3 1 2

229 1 8 5 , 00

4 6 5 , 0 0

7

2 2 0 2 2 9 , 0 0 3 9 1 , 0 0 2 5 4 9 8 8 0 0 , 0 0

1 1 8 6 , 0 0 5 9

1 0 57 1 8 4 , 0 0 1 9 7 8 , 0 0

1 03

2 0 0 5 3 9 8 , 0 0

4 0 2 0 . 0 0

1 1 , 6 5

1 1 , 4 2

1 9 7 4

l

1 Õ7 9 20, 00

2 0 0 , 0 0

4

1 6 7 1 2 0 , 0 0 1 9 0 ,0 0 9 5 1 4 0 4 7 , 0 0

7 0 7 , 0 0

4 9 4 1 2 0 , 0 0

1 3 0 , 0 0

18

8 8 3 2 0 7 , 0 0 1 2 2 7 , 0 0

5 , 5 5 "

1 2 , 2 1

1 9 7 5

4

1 9 0 5 8 0 , 0 0

2 0 9 , 0 0 3 3 1 8 8 0 0 , 0 0

3 4 0 , 0 0 8

7 8 3 9 0 0 , 0 0

8 1 0 , 0 0

9

4 5 0 6 3 3 . 0 0

6 1 5 , 0 0

26

1 7 4 3 9 1 3 , 0 0 t 9 7 4 , 0 0

1 6 , 6 6 1 0 , 9 2

P ON T E: C i X U i R U RA I S ( . . . )

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320

PAm

  CUSTEI O DA LAVOURA DE AVEIA EM

GUARAPUAVA

PER CEN TUAL i BRASILEIROS (SOCIEDADE TRADICIONAL)

EM REL AÇÃ O AO TOTAL FINANCIADO

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7A3SIA  X I T

FINANCIAMENTOS CONCEDIDOS À BRA SILEIROS PARA O CUST EIO DÉ LAVOURA

E E F E IJÃ O - G UA RA PU AV A - 1 952 - 75

ASO

1 9 5 2

t 953

1 9 5 4

l 955

l 956

l 957

1 9 5 8

l 959

1 96 0

1 9 6 1

I 96 2

1 96 3

1 96 4

1 9 6 5

1 96 6

1 96 7

1 9 6 8

l 96 9

1 9 7 0

I 97 1

I 97 2

1 97 3

1 974

1 9 7 5

B r a s i l e i r o s

( s o c i e d a d e t r a d i c i o n a l )

K9 d e

f i n .

V a l o r

6 180,00

2 7 951 , 0 0

4 6 9 8 5 , 7 0

1 9 9 1 0 , 0 0

2 100,00

3 3 0 0 0 , 0 0

2 8 2 2 , 0 0

7 96 0 , 0 0

1 7 2 0 0 0 , 0 0

A r e a

4 , 8 4

4 3 , 3 5

4 3 , 3 8

2 5 , 2 3

5 , 0 0

6 , 0 0

1 9 , 3 6

3 8, 7 2

B r a s i l e i r o s d e s c e n d e n t e s d e

A l em ã es

Íi9 de

f i n .

V a l o r

3 7 0 0 , 0 0

9 5 5 4 , 0 0

4 1 6 , 0 0

4 4 0 0 0 , 0 0

7 8 1 2 0 , 0 0

Á rea

7 , 2 6

4 3 , 5 6

4 8 , 0 0

50 , 0 0

I t a l i a n o s

( ¡ 9 d e

f i n .

V a l o r

5 6 6 8 , 0 0

4 0 5 0 , 0 0

4 1 7 , 0 0

18 000,00

A rea

. 7 , 2 6

2 , 4 2

8 4 , 7 0

E s l a v o s

N9 d e

f i a

V a l o r

9 2 0 0 , 0 0

4 2 50 , 0 0

1 0 3 4 5 , 0 0

10 280,00

6 8 5 , 0 0

2 0 4 5 0 , 0 0

2 7 0 0 0 , 0 0

Area

4 8 , 4 0

2 4 , 2 0

1,21

9 , 6 8

2 , 4 0

4 0 , 8 4

2 5, 0 0

TOTAL

N9 d e

f i n .

V a l o r

1 2 9 0 0 , 0 0

9 9 1 8 , 0 0

2 3 9 4 9 , 0 0

10 280,00

1 5 1 5 , 0 0

6 4 4 50 , 0 0

4 5 0 0 0 , 0 0

7 8 1 2 0 , 0 0

Area

5 5 , 6 6

3 1 , 4 6

4 7 , 1 9

9 , 6 8

8 8 , 8 4

1 0 9 , 7 0

5 0 , 0 0

TOTAL

N9 d e

f i n .

13

13

6

1

V a l o r

1 9 0 8 0 , 0 0

3 7 8 6 9 , 0 0

7 0 9 3 4 , 7 0

3 0 1 90 , 0 0

2 1 0 0 , 0 0

3 3 0 0 0 , 0 0

4 3 3 7 , 0 0

7 2 4 1 0 , 0 0

2 1 7 0 0 0 , 0 0

7 8 1 2 0 , 0 0

A r e a

6 0 , 5 0

7 4 , 8 1

9 0 , 5 7

3 4 , 9 1

5 , 0 0

6,00

108,20

1 4 8 , 4 2

5 0 , 0 0

S o c i e d a d e t r a -

d i c i on a l /TOTA L

Z

KV d e

f i n .

50

6 9 , 2

6 1 , 5 3

8 3 , 3

1 0 0

1 0 0

75

20

50

POSTE: CÉDULAS RURAIS PIGNORATICIAS E HIPOTECÁRIAS - CARTÕRIOS DE REGISTRO DE IMÖVEIS - 1» , 29 e 39 O FICIO - CUARAPUAVA

1 ) S o œe e t® u a e s t r a n g e i r o f i n a n c i o u l a v o u r a d e f e i j ã o - c h i n ê s - C r $ 5 3 0 0 , 0 0 pa r a 1 0 , 0 0 h a , e u 1 9 7 3 .

V a l o r

3 2 , 3 8

7 3 , 8 0

6 6 , 2 ]

6 5 , 9 4

ÍOO

1 0 0

6 5 , 0 6

11

7 9 , 2 6

U

\J

l-

J

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322

FINANCIAMENTOS

PARA CUSTEI O DA LAVOURA DE FEI JÃ O

EM GUARAPUAVA

PERCENTUAL BRASILEIROS (SOCIEDADE TRADICIONAL)

EM REL AÇÃ O AO TOTAL FINANCIADO

P E R I O D O 1 9 6 2 - 7 5

CONVENÇO ES

PERCENTUAL EM RELAÇAO AO TOTAL

M M õ n a i g w m j u u g i iu im « i i f t n w r w f f i B m y a m i g f í m i i íT r i

1

  ii  -i  m w r w m m œ u m

ÏM ER OD E FINANCIAMENTO. 0

VALOR OO FINANCIAMENTO «

100 %

1975

A N O S

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FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS REGISTRADOS, CONCEDIDOS PARA   O  CUSTEIO

OA   LAVOURA   DE  MILHO. CUARAPUAVA.  1  952-75

B r a s i l e i r o s

(s oci ed ad e trad i ci onal)

Bras i le i ros d es cend entes   de

aleraães , i tal i anos   e   es lavos

B r a s i l e i r o s

naturali zad os

ASO

N 9 de

f i n .

V alor

ãrea

N9 de

f i n .

V alor ãrea

N 9 de

f i n .

V alor área

N 9 de

f i n .

V alor

área

N 9 de

f i n .

V alor Ãrea

N 9 áe

f i n .

V alor

l 9 5 2 6

232 582,00

246,74

5

1 5 7

1 8 0

00

343,64 -

- - -

-

- 1 1 38 9 762,00 5 9 0 3 8

5 4 , 5 9 , 6

l 9 5 3

8

26 8 932,00 256,80

1 0 28 1

0 0 8 0 0 9 1 , 9 6

- - - - - -

18

5 49 940, 00

348

76

4 4 , 4

4 8 , 9

l 9 5 «

1 6 1 0 1 7

271,00

821,92

9

31 7 1 7 7

00

327,28

- - - - - -

2 5 1 3 3 4

448, 00 1 1 49

2 0 6 4 7 6 , 2

1 9 5 5

21

1 4 9 9

705,00

1

281,82

7

431

220 00 360,92

- ' - - - - -

2 8 1

9 30

925, 00 1 6 4 2

7 4 7 5

7 7 , 6

1 9 5 6

10

6 38 400,00 442,28

4 1 28

5 5 0 00

85, 43

- - - - - -

14

8 1 6 950, 00 5 2 7 7 1 7 5 8 4 , 2

l 9 5 7

21

1

348

520,00

1

000, 52 2

9 4 2 0 0 0 0 6 5 , 1 4

- - - - - -

2 3 1 4 4 2

720,00

l 0 6 5

6 6 7 1

9 3 , 4

1 9 5 8

2i

1

6 7 2 620, 00

1 042, 93 1

25

200

00

1 1 , 5 3 - - ' - - - -

2 2 1

6 9 7 820, 00

1

0 5 4 4 6 9 1 9 8 , 8

1 9 5 9

9 4 5

1 21

980, 00 2 615,79

13

l

307

9 00

00 501,20

-

-

- - - -

1 07

6

429 880, 00 3 1 1 6 9 9 9 5 , 4

7 2 , 6

1 9 6 0

93

12

7 08 135,00 4 160,97

35

3

6 21

3 0 0 0 0 1

164,34

-

- - - - - 1 28

16

329

435, 00

5

325

31

8 7 , 4

7*7,8

1 9 6 1

21 4

1 27 200,00 1 061 , 96

11

2

1 30 000 00

592,99

-

-

- - - -

33

6

25 7 200, 00

1 6 5 4

95

6 3 , 6

6 5 , 9

1 9 6 2 1 5

6

45 7 750,00

969,00 3 1

1 1 2

000

00

133,10

- - -

-

- -

18

7 5 6 9

750,00

1

1 02 1 0

8 3 . 3

8 5 , 3

1 9 6 3

1 0 5

8 34

000,00

889,00

- - -

-

- - - -

1 0 5

8 34 000, 00 8 8 9

00

1 00 1 00

l 9 6 4

14

21

7 39 280,00 1 580,10

2

1

1 00

0 0 0 0 0

96, 80

- - - - -

1 6 2 2

8 39 280,00 1 6 7 6 9 0 8 7 , 5 9 5 . 1

1 9 6 5 2 5

44

8 36 500, 00 1 763,0*7

7 1 5 49 1

7 5 0 00

571,30

- - * - - 32

60

328

250, 00

2 3 3 4

37

7 8 , 1

7 3 , 3

1 9 6 6 6 7 1 35 6 35

000, 00

3

238,62

26 5 6 35 8 5 00 00

1

187,22

- - - - - -

9 3 1 9 1

9 9 3

500, 00

4 425, 84

7 2 7 0 , 6

N CR$

1 9 6 7 24 9 2

060, 00

1 377,14

8 2 0

5 1 0 00 288,78

-

-

- - - • -

32

1 1 2

570, 00 1 6 6 5

9 2 7 2

8 1 , 7

1 9 6 8

22

93

587,00

1

215,72

8

27 975,00

326,70

- - - - - -

30

1 21

562, 00

l

5 42 42

7 3 , 3

7 6 , 9

l 9 6 9 29

1 39 900, 00

l 61 3, 56 1 9 8 8

6 32

00 928, 98

-

-

- -

-

-

48

228

532,00

2 5 42 5 4

6 0 , 4

6 0 , 9

1 9 7 0

6 0 308 756,00

2

  695,54

25 1 6 5   817,50

1 076, 98

_

-

- -

-

85

47 4 573.50

3

7 7 2

52

7 0 , 5

65

I  9 7 1 5 6

49 9

150.00

3 449,10 30

21 2

4 9 5 0 0 1 '583,56

- - - - - -

86

7 1 1

645, 00

5 0 3 2

66

6 5 , 1 7 0 , 1

l 9 7 2

52

6 1 0 558,00

3

237,58

46

5 34 240 00 2   539,24

- - - - 9 8 1 1 4 4

798, 00

5

7 7 6 8 2

5 3 5 3 , 3

1 9 7 3

1 21

2 3 3 3

315,40

6   759,10 90

8 48

46 9 5 0

4

438, 33 1

7   020, 00

1 4 , 5 2

4

26   880, 00 7 0 , 1 8 2 1 2

3

21 5

684, 90

a

28 2

13

57

7 2 , 5

l 9 7 4

1 6 9

4 93

793,50

9

861,20

1 42 3

36 1

849,41

7

297,65

1 3   600,00

7 , 2 6

1

5   500,00

1 2 , 0 0

3 1 3

7 6 6 4 742,91 1 7 1 7 8 1 1

5 3 . 9 5 6

l 9 7 5 207

7

342

368,00

12

210,18

1 3 7 5 0 4 0 5 3 6 0 0

8

201,90

3

21   360,00 38,62

- - -

347

12

404

264, 00

2 0 4 5 0 7 0 5 9 , 6 5 9 . 1

E s trangei ros

TOTAL

S oci ed ad e trad i -

c i o n a l  /  TOTAL

FONTE: CEDULAS RURAIS PIGNORATICIAS   E   HIPOTECÁRIAS. CARTÖRIOS  DE  RECISTRO   DE   IMÓVEIS,  I Î , 2 9 , 3 9   OPÏ CIO. GUARAPUAVA

Page 338: ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

8/10/2019 ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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324

FINANCIAMENTO

PARA CUS TEI O DA LAVOURA DE MILHO

EM GUARAPUAVA

PERCENTUAL : BRASI LEIROS (SOCIEDADE TRADICIONAL)

EM REL AÇÃO AO TOTAL FINANCIADO

ft^WCteaaoBBW

PERIODO 1 9 5 2 - 75

B R AS I L E I R O S ( S O C . T R A^C i O WAL )

ftSÜMERO DE FINANCIAMENTO

VALOR DO FíNANC f iãéEWTO

I 9 6 0

yiMiTTj-nifw^-nnryiOTnjiri

19 7 0 1975

A NOS

Page 339: ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

8/10/2019 ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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T A B EL A X L V I I I

FINANCIAMENTOS RE GISTRA DOS, CONCEDIDOS PARA CUSTEIO DE LAVOURA ASSOCIADA

D E MI L HO E F EI J Ã O I N T ER C AL AD O S . G UARAP UAVA 1 9 5 3 - 7 5 .

AÎÏO

B r a s i l e i r o s ( s o c i e d a d e

t r a d i c i o n a l )

B r a s i l e i r o s d e s

d e n t e s d e a l e r a

i t a l i a n o s e e s l

c cul-

a c s ,

a v ó s

E s t r a n g e i r o s

a p a t r i d a s

T O T AL

B r a s i l e i r o s ( s o -

c i e d a d e t r a d i c i o

n a l - T O T A L -

N 9 de

f i n .

V a l o r X r e a

-N9 de

f i n .

V a l o r

í r e a

N 9 de

f i n .

V a l o r

à r e a

N 9 de

f i n .

V a l o r X r e a

N 9 de

f i n .

V a l o r

1 9 5 3 4

5 7 4 0 0 , 0 0

4 2 , 3 4

- - - - - - 4 5 7 4 0 0 , 0 0

4 2 , 3 4

1 0 0

1 0 0

1 9 5 4 2

5 2 8 3 0 , 0 0

6 5 , 0 2

- - • - - -

2

5 2 8 3 0 , 0 0

6 5 , 0 2 1 0 0

1 0 0

I 9 5 5

- - - - - - - - - - - - - -

l 9 5 6

- -

4 1 3 8 7 1 0 , 0 0 7 2 , 6 0

- - - 4 1 3 8 7 1 0 , 0 0 7 2 , 6 0 - -

1 9 5 7

4

1 7 9 3 5 4 , 0 0

1 0 0 , 1 8 4

2 1 8 3 0 0 , 0 0

1 4 2 , 0 8

- - -

a 3 9 7 6 5 4 , 0 0

2 4 2 , 2 6

50

4 5 , 1 0

l 9 5 8

- - - - - ' - - - - - - - - -

1 9 5 9 2 1 5 0 0 0 0 , 0 0

3 5 , 6 0 3 1 7 2 1 6 0 , 0 0

3 9 , 0 0

- - - 5

3 2 2 1 6 0 , 0 0

7 4 , 6 0 4 0

4 6 , 5 6

1 9 6 0 2 7

1 8 9 7 3 0 0 , 0 0

6 2 0 , 8 2

13

1 3 4 0 1 0 0 , 0 0 2 6 1 , 2 0

1 8 0 0 0 0 , 0 0

8 , 0 0 4 1

3

3 1 7 4 0 0 , 0 0

9 1 0 , 0 2

6 5 , 8 5

5 7 , 1 9

1 9 6 1

- - -

- - - -

- - -

- - -

-

1 9 6 2

- - -

» —

- - - - - - - - - -

1 9 6 3 1 3 8 0 0 0 0 , 0 0

2 4 , 2 0 2 1 9 7 1 0 0 0 , 0 0

1 2 3 , 0 0

- - - 3 2

3 5 1 0 0 0 , 0 0 1 4 7 , 2 0

3 3 , 3 3

1 6 , 1 6

l 9 6 4

- - - - - - - - - - - - - -

1 9 6 5

-

-

- - - - - - - - - - - -

1 9 6 6

- - -

1 2 1 6 0 0 0 0 , 0 0

1 5 , 0 0 1 0 2 1 6 0 5 6 7 8 , 0 0 4 9 *5 , 9 3

1 1 2

1 8 1 6 7 8 , 0 0 5 1 0 , 9 3 - -

1 9 6 7

3

2 2 7 0 5 , 0 0

1 3 6 , 3 0

- - - - -

3

2 2 7 0 5 , 0 0 1 3 6 , 3 0

1 0 0

1 00

l 9 6 8

- - - - - - - - - - - - -

1 9 5 9 1 7 0 0 0 , 0 0

-

-

-

-

-

- -

1

7 0 0 0 . 0 0

-

1 0 0 1 0 0

1 9 7 0

- - - ' - - - - - - - - - - -

1 9 7 1

-

- - - - - - - - - - - -

1 9 7 2

- -

-

- -

-

1 2 3 5 5 , 0 0

5 5 , 0 0 1 2 3 9 5 , 0 0

5 5 . 0 0

-

-

1 9 7 3

- - -

- - - - - - - - - - -

1 9 74

- - - - - - - - - - - - - -

I 9 7 5

-

-

- - -

-

-

- -

-

- -

- -

FONTE: CÉDULAS «li  SÁ t S ( . . . )

Page 340: ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

8/10/2019 ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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326

FINANCIAMENTOS - FftRA CUS TEI O DA LAVOURA ASSOCIADA DE MILHO

E FEIJÃO EM GUARAPUAVA

PERCENTUAL: BRASILEIROS (SOCEDADE TRADICIONAL}

EM RELAÇÃO AO TOTAL FINANCIADO.

PERIODO- 1953 - 7 5

P E R C E N T U A L E M R E L A Ç A O AO T OT AL

B R AS I L E IR O S ( S O C . T R A D I C I O N A L )

NÚMER O D£ F INANCIAMENTO -

VALOR OO FINANCIAMENTO - •

ANOS

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T A B E L A X L f S

FINANCIAMENTOS BA NCSSIOS REGIST RADOS, CONCEtUUÒS PAHA CUSTEIO DZ LAVOURA DE SOJA

GUARAPUAVA. I 96? - 75.

ASO

B r a s i l e i r a «

( s o c i e d a d e t r a d i c i o n a l )

B r a s i l e i r o s d e s c e n d e u -

. t e s d e a l e a ã e s , i t a -

l i a n o s e e s l a v o s .

' B r a s i l e i r õ s

n a t u r a l i z a d o s

E s t r a n g e i r o s

TOTAL

S o c i e d a d e t r a -

d i c i o n a l

T o t a l I

K 9 de

f i o .

V a l o r A r e a

8 9 d e

f i n .

V a l o r A r e a

N ? de

f i n .

V a l o r

A r c a

N 9 de

f i n .

V a l o r

A r e «

H 9 de

f i n .

V a l o r A r e a

9 de

f i n

V a l o r

1

9 6 7

-

-   - -

'<• 4

14

0 5 9 , 0 0

1 44

, 00

4

14

0 5 9 , 0 0

1 4 4 , 0 0

- - -

1

9 6 a

. 3

21

0 7 4 , 0 0 1 8 3 , 0 0

2 26

0 3 7 , 0 0

241

0 0 5

47

1 1 1 , 8 0

4 2 4 , 0 0

-

1

5 6 9

-  

5 1 03

1 8 0 , 0 0 4 5 0 , 0 0 8 6 l 0 4 9 5 9 5 , 0 0 3 0 0 9 0 0

9 1 l 1 5 2 7 7 5 , 0 0

3

4 5 9 , 0 0

-

1

9 7 0

4

99

6 0 0 , 0 0

3 3 4 , 0 0

2

87

7 2 5 , 0 0

2 9 0 , 0 0

3

31 7

3 1 7 , 0 0 5 0 0 , 0 0 3 8 1 8 7 5

4 2 6 , 0 0

4

9 2 9 0 0 4 7

2 3 8 0 0 6 8 , 0 0

6

0 5 3 , 0 0

8 , 5

4 1 , 1

1

71

51

1

2 4 2 6 7 5 , 6 0

2 0 5 4 , 8 0

19

1 0 2 4

7 3 5 , 4 0

3 0 9 1 , 4 0 8

1 0 4 7

2 0 0 , 0 0 l 9 2 0 , 0 0

94

4 5 46 1 5 7 ,0 0 1 3

6 8 5 7 2

1 7 2

7 8 6 0 7 6 8 , 0 0

20

7 4 1 , 9 2

2 9 , 6 1 5 , 3

9 7 2

14

48 3

2 5 2 , 2 0

1 0 1 1 , 2 2 2 6 1 2 6 5 5 2 4 4 , 2 0 4 3 9 7 , 0 0

8

1 3 5 4 1 6 5 , 0 0 2 5 8 0 , 0 0 2 1 8

U 8 6 6

8 2 9 , 5 7

24 201

50

26 6 26 35 9

4 9 0 , 9 7 3 2

1 8 ? , 7 2

5 . 2

1 8 , 3

1 9 7 3

4 2 3

0 0 3 8 8 8 , 1 1

4 3 9 4 , 0 0

47

5 3 0 3 6 3 2 , 0 0 9 7 5 9 , 3 0 7 7 1 7

8 5 8 , 8 4 8 6 5 , 0 0 9 7

1 4 6 23 1 6 9 , 00 21 38 1

70

1 9 3

2 3 6 4 8 5 4 7 , 9 5

3 6 4 0 0 , 0 0

2 1 , 7

1 2 , 7

1

9 7 4

5 9 5 4 7 1 7 1 1 , 6 0

8 6 1 7 , 0 0

66

7 7 5 2

8 4 6 , 0 0

9 0 7 8 , 0 0

54

1 1 5 8 7

3 5 8 , 0 0

14  5 1 8 , 9 0 7 0 1 9 244

3 8 9 . 0 0

20

36 4

00

249

4 4 0 5 6

» 4 , 6 0

52

5 7 7 , 0 0 2 3 . 6

1 2 . 4

1 9 7 5

36

6

3 2 5 0 4 7 , 0 8

5 1 8 4 , 7 0

65

9 0 6 6

1 2 1 , 7 5 12 6 8 7 , 0 0

87

3 3 6 3 0 0 9 3 , 5 0 $ 5 5 5 , 8 6

64

1 8 0 3 9 2 0 0 , 2 0

20

1 5 4 28 25 2

6 7 0 6 0 4 6 2 , 5 3

6 4 5 8 1 . 8 4 1 4 , 2

9 . 4

POSTS; CÊDUUS SURAI S ( . . . )

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328

FINANCIAMENTOS - PARA CUSTEIO DA LAVOURA DE SOJA EM

GUARAPUAVA

PERCENTUAL  : BRASILEIROS (SOCIEDADE TRADICIONAL)

EM RELAÇÃO AO TOTAL FINANCIADO

ANOS

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8/10/2019 ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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TABELA   í

FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS REGISTRADOS, CONCEDIDOS PARA   O  CUSTEIO

DE   LAVOURA

 DE

  TRIGO -   GUARAPUAVA

ANO

B r a s i l e i r o s

(s oci ed ad e trad i ci onal)

Bras i le i ros d es cend entes   de

alemães , i tal i anos   e   es lavos

B r a s i l e i r o s n a t u r a l i z a d o s

E s trangei ros -

TOTAL

Sociedade Tradi-

c i o n a l  /  TOTAL

I

NVde

f i n .

V alor

Ãrea

N ? de

f i n .

V alor

Ãrea

N Í de

f i n .

V alor

Ãrea

N 9 de

f i n .

V alor Ãrea

K 9 d e

f i t .

V alor

Ãrea

S 9 d e

f inane.

V alor

I 9 5 2 1

1 6 0 150,00 75,00

-

 

- - -

1

3

279, 00

2

42

2

1 6 3

429

00 77, 42 50

9 7 , 8

1

9 5 3 5

1 44

830,50 110,25 2

7

320,00

3

62

-   1

61

599,80

36

30 8 21 3 7 5 0

30

150.17

6 2 , 5

6 7 . 7

1

9 5 4

4

77 734,00

54,45

-

 

- - -

2 1 4 0 260, 80

64

3 0 6

21 7 9 9 4

80

1 1 8, 75

6 6 , 6

3 5 , 6

1 9 5 5

2

1 39 287, 50 94, 36 1

19

920,00 1 4 5 2

1 1 25

400, 00 3 8 0 0

4 28 4 6 07

50

146,88 S O 4 8 , 9

l

9 5 6

2

21 0 365,00

82,26 1 800,00

-

 

-

1

9 000, 00

3

33

4

220

1 6 5 00

85, 59 50

9 5 , 5

1 9 5 7

3

4 7 0 500,00 154,88

• -

-

 

4 9 5 5 285,00 345 7 5 7 l

4 2 5 7 8 5 0 0

500,63

4 2 , 8

3 . 2

1

9 5 8

- -   - - - 4 3 0 6 8

000, 00

4 5 1

6 6 4

3

0 6 8 0 0 0

00

451 , 66

- -

1 9 5 9

2

27 0 000, 00 57, 26

2 3 8

000 00

11

82

-   -

58

2

9 2 0 700,00

6 9 7 , 3 0 6 2

3

228 7 00 00

766,38

3 , 2

8 , 3

1

9 6 0

5

1 0 2 8

300,00

140,00 3

160 000 00

38

40

-   98

8

7 25 174,00

l

7 6 7 20 1 06

9

9 1 3

47 4

00

l

945, 60

1 0 . 3

1 961 5'

1

8 1 0 280,00 214,00 4

3

8 1 2

000 00

21 9

48

• 17

1 3 3 2 3 693. 00 1

7 6 6

00

26

18

9 4 5

9 7 3

00 í

99,48

1 9 , 2

9 , 5

1 9 6 2

- - -   - ' -   2 1

41 7

400, 00

95, 04

2

I ' 41 7

400 00

95. 04

-  

1 963

3

3 1 45 720.00 162,30 2

3

1 8 0

000 00 1 27

90

- - - 12

1 3 7 7 3 000, 00

7 07 00 1 7 20 098 720 00 997, 20

1 7 . 6

1 5 , 6

l

9 6 4

- -

3

14

831

000 00 26 0

00

-   -

3

14

8 31 ooo.oo

260, 00

- -

1 9 6 5

- 2 25 8 00 000, 00

330

00 - - -

T

- 2 25 8 00   000, 00 330, 00 -  

I

9 6 6

- -

2 *

28

5 1 6

200 00

224

00

- - -

-

2

28

5 1 6 200

00

224, 00

- -

l

9 6 7

5

43 247,53 288 00

4

71 859, 44

336

16

3

17   967, 00

220

00

51

702

41 2, 49 5 7 1 3

00

63 835

48 6

46

6

557, 1 6

7 . 9

5 , t

l 9 6 8 5 9 1

791,12

508,00 1

6

400 00

41

30

6

105   691 , 00

5 00

00

7 8 1

5 0 3

649, 80

7

25 4 8 0

90

1

707

531

9 2 8

304, 1 0

5 , 5

5 , 3

1 9 6 9 1 5 39 7 830, 00

1

969, 84

5

1 2 6

834,40 5 24 00 6

93   273, 00

6 7 0 0 0 2 1 3

4

6 8 9

797, 22

8

1 7 5

8 4 2 3 9 5

307

7 34

62

11 339. 68

M

7 , 4

1 9 7 0

1 2 26 7

732,00

1 077, 60

8

304 212 00 1 5 49 7 2

31

98 6

  036, 40

3

039

70

2 5 6

1 4 9 45

01 3, 40

33

7 1 0 6 0 307 16 502

9 9 3

8 0 39

377, 62 3 , 9

l »

6

1

9 7 1 1 2 6 20 990,45

1 859,00

14

858

560,00

5

36 2

80

8

l OOÎ,  974, 00

2

5 . '

96

1 5 4

9 8 5 1 577, 76

23

0 8 4

46

188

12 339

1 02

31 32

903, 22

6 , 3

5

I 9 7 2

14

7 06 747,02 2 282,00

23 1

514

284 00

6

440

00 6

480   01 9, 78

1

0 2 4

06

1 43 8

2 8 5

486.24

13

5 7 4

10

166-

10

986

5 37

.04 23

320 16

7 , 5 6 . 4

I 9 7 3

6

5 07

91 8, 00

715,00 22

1

1 1 8

112,00

1

6 9 8

00 - - -

98

4

5 7 1

687.39

7

5 3 6 0 0

1 26 6 1 9 7 7 1 7

39

9

949, 00 4 , 7

8 , 1

1

9 7 4

19

1 0 5 0 928, 00 965, 00 26

2

5 22

521 , 00

2

387 00 -

 

4 4 6 3 1 0

271,97

7 5 9 4 9 0

89

9

8 8 3

7 20

9 7 1 0

946, 90

2 1 , 3 1 0 , 6

1

9 7 5

2 6 2 0 1 5

324, 28

1

404, 40 46

6

01 4

821,26

4

5 37 9 0

1

52   1 04, 00 4 0 0 0

16

2 3 9 6 357, 00

1

9 7 8

00

91

10

478

606

5 4 7

960, 30

3 0 , 7

1 9 , 2

FOSTE: CgPELAS RURAIS (. . , ) .

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iNANCIAMENTOS - PARA CUSTEIO DA LAVOURA DE TRIGO

330

: BRASILEIROS (SOCIEDADE TRADICIONAL)

M3 AO TOTAL FINANCIADO

_ PE R C E N T U AL E

^agjggratwa—

BRASILEIROS j SOÇtEPÃPE,

DE F INANC IAMENTO

VALO R DO F INANCIAMENTO

ANOS

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332

FINANCIA LENTOS - CONCEDIDOS PARA INVESTIMENTOS EM MÄQUtMAS E

IMPLEMENTOS

PERCENTUAL DE BRASILEIROS

C

 SOCIEDADE TRADICIONAL)

EM RELAÇÃO AO TOTAL FINANCIADO

PERÍODO

 ; 1957"

 75

ftgLfeglo &0 Tgmt

<^&3tUEtãC& ( SOCtepAQ g TftAOtCiONfiU

f í ÚM ã K O 0 £ F t N A N C t A t f lg N T O

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ANOS

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ANO

1 956

1 957

1 958

1 959

1 960

I 961

1 962

I 963

i 964

L 965

1 966

1 967

I 968

1 969

1 970

1 971

I 972

1 9 73

i 974

1 975

TABELA III

TOTAIS DOS FINANCIAMENTOS CONCEDIDOS PARA APLICAÇÃO EM CERCAS,

BENFEITORIAS, ELETRIFICAÇÃO RURAL E INSTALAÇÃO DE ÃGUA

PERÍODO 1 956 - 75

Brasileiros

(sociedade tra-

dicional)

N9de

fin.

1

7

8

22

26

23

12

26

53

99

109

Valor

110,410,00

351,250,00

70,500,00

1 0 1 , 0 0 0 , 0 0

50,000,00

30697,450,00

20 18-5, 74

120 815,10

185 618,40

249 873,67

69 590,00

191 672,00

557 907,00

1 903 286,00

1 953 176,32

Brasileiros descejs

dentes de ale maes,

italianos e eslavos

N9 de

fin.

4

5

18

1 8

11

1.8

48

64

65

Valor

43,850,00

130,650,00

174,000,00

305,000,00

2 321,300,00

14 848,50

22 792,QO

67 304,25

60 305,00

91 263,00

134 912,00

467 109,00

1 778 183,83

2 3 7 8 4 2 8 , 0 9

Brasileiros

naturalizados

N« de

Ein

Valor

NCr$

16 560,00

14 000,00

Cr$

5 683,00

39 728,50

16 690,00

135 012,00

988 894,00

Estrangeiros

N9 de

f i n .

1

6

7

11

it

5

12

3

Valor

10 632,00

327 548,00

65 398,00

82 674,00

66 858,00

548 676,00

127 493,00

760 280,00

TOTAL

Ny de

fin.

1

10

12

30

51

49

39

49'

106

177

204

Valor

110,410,00

43,850,00

351,250,00

201,150,00

174,000,00

406,000,00

50,000,00

33518,750,00

35,034,24

170 799,10

594 470,65

381 259,67

283 255,50

410 133,00

1 753 692,00

3 943 974,83

6 0-80 778,41

Percentual da socie^

dade tradicional

aa relação ao total

N9 de

financ.

1 0 0

1 0 0

80

67

100

70

67

73,3

50,9

46,93

30,76

53,06

50

55,93

53,43

Valor

100

1 0 0

35,04

24,87

1 0 0

92,04

57,61

70,35

3 1 , 2 2

65,53

24,56

46,73

31,52

48,25

32,12

F O S T E

 BOS

 DADOS   B R U T OS î C E D U L A S R U R AI S P I G N OR A T I C I A S E H I P O T E C Á R I A S - C A R T Ö RI 0 S D E R E G I S T R O S D E I MÓ VE I S . -   1 9 2 9 < T

OFÎCÎ0 - C-ÜASAPiiAVA.

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3. 34

IN ANC AM ENTO

PARA BENFEITORIAS (CERCAS, ELETRIFICAÇÃO

E INSTALAÇÃO DE A<3UA) EM GUARAPUAVA

PERCENTUAL DE BRASILEIROS (SOC. TRADfO

RELAÇÃO AO TOTAL APLICADO.

)m

PERIODO: 195 6* 75

G O H V E M 5 g S

P E R C E M T U A L Ö O :

V A L O R

»ft>SO

ANOS

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TABELA UI5

Í5JA,  sSfreso s »ATTA  sos PIHASC-AKESTOS BAHCÍMOS CCBCEMBDS' TASA ROSKIÇJO S

CDSSERÏAÇJO BS PASTACEES ARTIFICIAIS

ï f f a a U a l i r o o

B r a s i l e i r o s d o s c s n d e n t e s d e

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6 0 , 5 0

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2 3 3 8 0 , 0 0

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10

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30

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3 2 0 . 4 0

- -

-

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17

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S 2 . S S

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9

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5 , 6 0

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3 2 3 5 0 , 0 5

-

3 9 7 ' J ^ j W L , n S j W S 3 5 8 5 7 4 , 0 0

-

1 S H 0 7 5 ^ 0 0

- - - -

23

2 2 1 6 4 5 4 , 5 0

2 1 5 8 . 7 2 6 0 , S & 5 3 , 4 1

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30' 8

FINANCIAMENTO- PARA FORMACAO E CONSERVACÃO

  DE PASTAGENS

A R T I F I C I A I S

  EM GUARAPUAVA.

PERCENTUAL

  D E

  BRASILEIROS

  { SOC. TR AD ICIONA I )

EM R E t A C AO DO

  TOTAL

  A P L I C A D O .

PERÍODO : í 955   ~ 7 5

CONVENÇÕES

fOOl-

9 0 -

8 0

70

60

5 0

4 0 -1

30

2 0

10

O

PERCENTUAL  DO."

V A L O R

NÚMERO DE FINA6ÍC*

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1955 (960

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1

 « « • "» »"" ' í

/ 9 7 0

» « B

975

ANOS

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TABELA 1.1»

»CKE80. VALOS T

 TAA

 OS FTKA.NCIAKEKTOS BM.'C?ÎIOS HECISTRADOS COSTTOIOCS PARA INVESTIKEKTO KOS HE MOILAHEWTOS

SAS EXPLORAÇÕES ÍGJO-FECL'JBLAS - DESTOCA - PESLODO 1 Í?2 - 75.

ïrasilairo*

Brasileiros descerniente« ti«

Brasileiros

Eptran&eiroa

TOTAL

- ¿a

 sociedade

tradicional K*

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fin.

Valor irea

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Valor

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fin.

Valor Ãrea

SI

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fin.

Valor área

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fin.

Valor

ürea

»? da

fio.

Valor

Area

S9

valor

1 972

S

i «   asa oo

32S,*0 3

18 000,«} 4.S0

- - -

2 31 OC.0,00

6,80

9 183   eao.oo 367,00

- - - - - -

133 880,00

56?,Oil

55,5

57,

1 S 1

Mí 600,00 839,06 2

s?   «00 00

149 00

J

53 000,00 63.52

9

478

 230,00

S7.16

34 1 28 230,00 427,72.

- . - -

- -

3*

1 128 230,00 427,72

7 *5

l 574

35

J »51 270,00

571,66

0

282 135,40 51,10

16 556 110,00 92,04

9

128

 060,00

98,4*

70

2

97 795.00

416,2*

- - - -

- -

70

2 597 795,00

416,2*

0

63,56

l 975 (1

1 918   117 00 l 396,53

7

355 020,00

32.46

11 639 196,00 44,6«

17 57*  331 00 536 6« 76

3

486   664 00

2  610 27 1

31   250 00

50 00

1

40   000 00

96 80 78

3 557   914 00

2 757,07

2 56

5 3 , 9 1

FOSN JOS 0AW3 ÍSCTOS

e ocu

 SBRAIS ÎÎCXOÎÎATCUS E HIPÓTE ÍS AS. CASTO»  S BE RECISRR.O DE IK

O

VEIS -

 i ?, 29 • 3« ortc o

 - COAXATOATA.

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338

N Ú M E R O

  E VALOR

  D OS

  FINANCIAMENTOS— DESTOCA

SOC.

  TRADICIONAL EM RELACAO AO TOTAL-

GUARA PU AVA-PERÍODO

  : í 9 7 2 - 7 5

JOOS-

9 0 -

8 0

?o-

6 0 -

50-

40

30-

20*

10

O

CONVENÇÕES

SOC.

 TRADICIONAL EM

R E L A Ç Ã O A O T O T A L

V A L O R

N° DE FINANCIA MENTOS.

-r-—

972

- T ™

1973

975

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A N E X O III

EVOLUÇÃO DA DIVISÃO MUNICIPAL DO ESTADO DO PARANÃ

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D I V I S Ã O E f l U B J I

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ARIO - 1950

Co

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A N E X O IV

FICHAS UTILIZADAS NA PESQUISA

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DIV ERS IDA DE FEDERAL DO PARANÁ - SETOR DE CIÊNCIAS -HUMANAS -

M E S T R A D O  EM HISTÓRIA DO BRASIL - ÁREA ECONÔMI CA.

ALUNAî - ALCIOLY THERE ZINHA GRU BER DE ABREU.

345

FICHA PARA ARROLAMENTO DE ARQUIVO - N9

 1

 - MODELO

01. DOCUMENTO.

Tipo» .o .......... ,

N9 de ordem .............

Data ./ /. . ,

Assinatura do declarante,

FICHA N9

02. PROPRIEDADE (S)

Proprietário(s)

£ * « « »

ondomino (s ).-... ,

Rural Q Area (s )

Situação

Urbano • Denominaçã o

03. LOCALIZAÇÃO (ÕES)

Distância da Vila/Cidade,

)4-, LIMITES

05. ORIGEM.

Data da posse Valor,

06. CARACTERÍSTICAS DO(S) IMÖVEL (EIS)-

í: 7

OBSERVAÇÕES

Paróquia/Cartório

Vila/Cidade

Província/Estado

08 .

REGISTRO N9

Livro

 n<?. .

  Fis..........

Däts. **•««* / -a « • « o » / t * • » * í

Resp. pelo Registros .............

09. ARROLAMENTO

Data

Resp. p/ Ficha:

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346

FICHA PARA ARROLAMENTO DE; AR QU IVO - N9 1-EXEMPIJFICAT

:.¡1 .  D O C U M E N T O .

Tipo, Aeçlara

S

ao

N*9 de ordem A ,

Data / A

Assinatura do declarante.

 . P**.

0

?}

0

. .

c

,

a

?}?

s

. A

e

.L*cerda

FICHA N9 4

0 2 „ P R O P R I E D A D E Í S) -

P r o p r i e t á r i o ( s ) , . .

C o n d ô m i n o ( s ) . . . . . . . . .

R u r a l

  r

'

Situacao

1

 U r b a n o

Area (S) í- . de. legua de. e x t e n s . p o r . p u

 .me-

no s

  .o ut ro ,tap.f9 .d.e,

~ j D e n o m i n a ç ã o  .

s

,

e

.

m

. d e no m jn a ^a o . . . . . . . . . . .

0 3

L O C A L I Z A Ç Ã O (Õ FS) Situada entre os rios Guavirova e das Pedras

Distância da Vila/Cidade....

1

..

1

*^*

0 4 . L I M I T E S

Áo aor te - com o rio das Pedr as e por ele aci ma ate salto_ e^d est e ao leste _

po r u ma carihãda' at e um 'br e'jô 'quV   sé

 'acha

 "uni do 'ao* pa io l de Ant ôni o^ Àíves_ uin

dos confi nantes e daí des cen do a rumo do sul por um arroio que des agu a no rio

Guavirova confinando com o pai-Antonio Joaquim de Morais Lacerda e para o

oeste com os terreno s do senhor Franc isco Man oel de Assis França pel o_me s-

roo Guav irov a a baixo ate a bar ra.

5. O R I G E M . . . cultura e posse

D at a da p o s s e . .®ais de,

 11

  anos , , , V a l o r .

0 6 . C A R A C T E R I S T I C A S D O (S)., I M Ó V E L ( E I S ) -

terrenos com pedaç os de cat andu vas

0 7

 •  .Paroquia de .N,. S.. de, B el ém j O B S E R V A Ç Õ E S

P a r ó q u i a / ' C a r t ó r i o j

i

Vila^de Guarapuava,  _ _ , j

V i l a / C i d a d e ¡

Província do Parana

P r o v í n c i a / E s t a d o

08

 ,

 REGISTRO N9

  .

 *

L i v r o n 9 . . . 1.  F i s . ? 7 :

Data .31 . . ,/. .07 . , / l 8.55 ^

. R e s p .  d e 1 o R e c i s í:. r o :  Vi gario, Anto nio

_ Braga, *d 'Araújo

09. AR ROLA MENTO _

A r a u i v o Paro quia de. N. S. de Beiern

Data ..

'Resp. p / F i c h a ; .Alcioly^ íherezin ha. Grixbey.de .-Abreu

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FICHA N9 2 - MODELO

DECLARAÇÕES DE POSSE - "REGISTRO DO VIGÃRIO" - 1 855/56

PARÓQUIAï

M9 do

registro

Nome do proprietário

ou posseiro

PROPRIEDADES RURAIS

9 do

registro

Nome do proprietário

ou posseiro

Ãrea declarada

Ãrea em ha

Características

das terras

Distância

da vila

Origem Localizaçao

Grau de alfab.

do declarante

M9 do

registro

Nome do proprietário

ou posseiro

Ãrea declarada

Ãrea em ha

Características

das terras

Distância

da vila

Herança

Doação

Posse e

cultura

Localizaçao

Grau de alfab.

do declarante

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FI CH A N9 2 - E XEMP LI FICATI VA

DECLARAÇÕES DE POSSE - "REGISTRO DO VIGÁRIO" - 1 855/56

PAROQUIA:

N9 do

Nome do proprietário

PROPRIEDADES RURAIS

registro ou posseir o

Ãrea declarada |

Xrea em ha

Características j Distância i Origem

Localizaçao

Grau de alfab.

das terras da vila

Herança

Doação

Posse e

cultura

do declarante

262 Goes, Ignacio de

1) 2 alqueires

2) ignorada

3) ignorada

4,84

catanduvas

catanduvas

capoeiras

I i légua

n/consta

n/consta

Herança

do pai

n/çonsta

n/consta

-

Rocio

Rocio

Rocio

Analfabeto

279 Gonçalves, Francisco

Luís

1) 11 alqueires

de planta de

milho

1) casa com

quintal

26,72

terras lavradias

2 léguas

Foro da

Câmara

Municipal

Posse e

cultura

Além do Rio

das Mortes

Rocio

Assinatura a

rogo

222

Gonçalves, José 1) 10 alqueires

24,20

capoeiras para

3/4 de lé- concessão

Jordão

oaquim

plantio de mi-

lho

gua

do gover

no

Jordão

Alfabetizado

2) 10 alqueires

I em quadra

¡

i

24,20 capoeiras n/consta

Posse

i

Jordão

í

i

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FICHA

  N9

ROL DE

 PAROQUIANOS

  - ANO DE

FICHA  N9 3 - MODELO

-

  LIVRO

QUARTEIRAO

QUART,

FOGO

  - N9 E

  CHEFE

FILHOS

ESCRAVOS

AGREGADOS

COR

ESTADO

CIVIL

IDADE

PROFISSÃO

OBSERVAÇÕES

u>

»Í»

u>

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FICHA N9 2 - E EMP I ICATI A

FICHA N9 ROL DE PAROQ UIANO S - ANO DE JL_863_ - LIVRO - QUAR TEIR ÃO if„Vila

QUART. FOGO -   H9 E  CHEFE

FILHOS

ESCRAVOS AGREGADOS COR

ESTADO

CIVIL

XDÀDE j

PROFISSÃO

OBSERVAÇÕES

1- Antonio Vicente de Siqueira

,

L

  '

Pereira Leitão

B C

53

19

e

Maria Angelica

B

C

34

-

Emilia

B : s

1

-

Marcos

Preto

s

30

Maria

Preto s

32

19

2- Antonio de Sa Camargo

e

Zeferina Marcondes de Sa

Salvador

Cândido

Campolino

Pedro

Napoleão

Moncorva

ilegível

ti

H

H

c

C

C

s

s

s

s

s

s

s

s

s

5 5

4 1

4 9

34

23

22

20

08

1 3

08

05

0 3

-

livre-liberto

u>

en

o

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FICHA N? 4" - MODE LO

Projeto; O uso da terra - Modernizaç ão da agricultu ra e pecuaria em Guarapuava Fonte:

de Alcioly Therezinha Grube'r de Abreu

N9 de

ordem

Data Circuns-

crição

Demonimaçao ou

rua , e n9 do

imóvel

Nome, domicilio

e profissão do

credor ou fiador

Nome, domicílio

e profissão do

devedor ou emi-

tente

Titulo,

data e

lugar da

emissão

Valor do

credito

Da tac: e

praça de

pagamen-

to

Juros

Bem vinculado, cara cte-

rística e confrontações

condições - averbaçoes

w

M

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FICHA N9 2 - E EMP I ICATI A

Projeto; 0 uso da terra - Moder nizaç ão da agricult ura e pecuaria em Guar apuav a

de Alcioly There zinha Gruber de Abreu

Fonte: Cédulas Rurais Pignoraticias e Hipo-

tecarias.

Cartório do 39 Ofício - Guara puava .

Past a ñ-9 19 ÕG1 a 150.

N9 de

ordem

Data

Circuns-

erição

Betaonimaçao ou

  I

 Notae, domi cil io

-Füä. e n? do e profi ssão do

imóvel

credor ou flador

Ñoroe, domicilio

e profissão do

devedor ou emi-

tente

Titulo,

data e

lugar da

emissão

Valor do

crédito

Data e

praça'de

pagamen-

to

Juros Bem vinculado» caracte-

rística e confrontaçoes

condições - averbaçoes

1 1 / 6

1970

Guara-

puava

Entre Rios

Col. Samambaia

B R D E

Curitiba

Hans Fasbinder

(apatrida)

C R P

275/70

Cr$

28 183,00

Curitiba

26/02/71

12%

Crédito para custe io de

lavoura de trigo.

Bem vincu lado: t erreno

suburban o com área de

0,25 ha.

1 1 / 6

70

Guara-

puava

Gleba Cachoeir a B R D E

Curitiba

Anton Gottel

(apatrida)

C R P

261/80

Cr$

11 989,00

Curitiba

26/02/71

26/02/72

26/02/73

26/02/74

26/02/75

5% Credito para máqui nas e

implementos.

Bem vinculado: lotes ur-

banos na Gleba Ca xoeira,

com benfeitorias

3/7/ Guara-

70 puava

Colonia JordSo-

zinho ,

Banco do Brasil

Franz Gerber

(apatrida)

C R P H

70/199

Cr$

29 100,00

Guarapuava

31/1/1971

12%

Credito para custeio de

lavoura de trigo em 100

ha.

Bens vincu lados : imóvel

com ãrea de 72,9893 ha.

com benfeitorias e co-

lheita de trigo.

OJ

ui

IV

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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354

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apresentado ã Assembléia Legislativa da Província do"

Parana, em 15 de fevereiro de 1 874. Curitiba, Tip.

da Viüva Lopes, 1 874.

02. . Relatório apresentado à Assemb léia Legislativa

da Província do Parana, em 15 de fevereiro de í 875.

Curitiba, Tip. da Viüva Lopes, 1 875.

03. ANDRADE, Manuel Correia de. Agricultura & Capitalismo.

São Paulo, Ciências Humanas, 1 979.

04.. ARAÚ JO, Braz José de, coord. Reflexões sobre a agricul-

tura brasile ira. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1 979.

180 p..

05. ARAÜJO, José Feliciano Horta de. Relatório apresentado

ã Assemblé ia Legislativa da Província do Parana, em

15 de fevereiro de 1 86"§~ Curitiba, Tip. Candido

Martins Lopes, 1 868.

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em 1 920. Boletim do Instituto Histórico, Geográfi-

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08. BOLETIM DO INSTITUTO HISTÓRICO, GEOGRÁFICO E ETNOGRAFI-

CO PARANAENS E. Lista geral dos habitantes da Fregue-

sia de Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, ano de

1 840. Curitiba, 1 977. v. XXXII.

09. BOLETIM DA SOCIEDADE DE AGRICULT URA DO PARA NÃ. Curiti-

ba, ano I, n. 8, set. 1 918.

10. . Curitiba, ano II, n. 3, mar . 1 919.

11. BOLETIM DA UNIVERSID ADE FEDERAL DO PARA NÃ. Paraná-1822.

Boletim Comemorativo do Sesquicentenário da Indepen-

dência do Brasil. Curitiba, Departamento de Histó-

ria, n. 19, 1 972.

12. . Estudos de história quantita tiva I. Curitiba,

Departamento de Historia, n. 15, 1 972.

13. . Contribuição ao estudo da históri a agrária no

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14. BRITO,_José Mari a. Descoberta de Foz do Iguaçu e fun-

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tórico, Geográfico e Etnográfico Paranae nse. Curi-

tiba, V. XXXII, 1 977.

15. CARDOSO, Ciro Flamarion S. Agricul tura, escravidão e

capitalismo. Petrõpolis, Ed. Vozes, 1 979. 210 p.

Page 369: ABREU A Therezinha - Guarapuava Posse & uso da terra.pdf

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355

16. CARDOSO, José Francisco. Relatório apresentado ã As-

sembléia Provincial, em 19 de março de 1 860. Curi-

tiba, Tip. Candido M. Lopes, 1 860.

17. CARVALH AES, José Antonio Vaz de. Relatório apresentado

â Assemblé ia Legislativa Provincial em 7 de janeiro

de 1 85~7~] Curitiba, Tip. Paranaense de C. M. Lopes,

1 857 .

18.. CIRNE LIMA , Ruy. Pequena história territorial do Bra-

sil - sesmarias e terras devolutas" Jl ed. ,  Porto

Alegre, Sulina, 1 9 54.

19. COLLOQUES INTERNATIONAUX DU CE NTRE DE LA RECHERCHE

SCIENTIFIQUE. L'histoire quantita tive du Brésil de

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che Scientifique, 1 973.

20. CORREIA, Leocadio & OLIVERO, Mario, org. Guarapuava.

2. ed., Curitiba, Emp. Ed. Olivero, 1 928.

21. DEELEN, Padre G. J. Diocese de Ponta Grossa — Paraná.

Parte I - Estudo soci o-económico. Rio de" Janeiro,

Centro de Estatística Religiosa e Investigações So-

ciais, 1 965.

22. DEPARTA MENTO ESTADUA L DE ESTATÍSTICA . Sistema de In-

formações Municipais. Estatísticas munic ipais- 1 979.

Guarapuava. Curitiba, 1 980.

23. DIRETORIA GERAL DE ESTATÍSTICA . Relatórios e trabalhos

estatísticos apresentados ao Conselheiro João Alfre-

do Correa de Oliveira pelo Diretor Geral Conselheiro

Manoel Francisco Correia. Rio de Janeiro, Franco-

-Americana, 1 8'74.

24. . Relatórios e trabalhos estatísticos apresenta-

dos ao Conselheiro Pr. José Bento da Cunha Figueire-

do pelo Diretor Geral Conselheiro Manoel Francisco

Correia, em 31 de deze mbro de 1 876. Rio

 dfe

 Janeiro,

Tip. Hyppolito José Pinto, 1 877.

25. . Relatório do Diretor Geral Conselheiro Manoel

Francisco Corre ia. Rio de Janeiro, Tip. Hipólito Jo-

sé Pinto, 1 875.

26". ELFES, Albert. Suábios do Paraná . Curitiba, 19.71, 115

P-

27. ESTATUTOS DA COOPER ATIVA DOS CRIADORES DO PARA NÃ. Cu-

ritiba, Gráf. Paranaense, 1 936.

28. ESTUDO DOS FATORES de produção dos muni cípi os bra silei-

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29. FARIA SOBRINHO, Joaquim de Almeid a. Relatório apresen-

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30. FONSECA, Antonio Augusto da. Relatório apresentado â

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1 869.

31. FRANCO, Arthur Martins. Diogo Pinto e a conquista de

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32. FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILE IRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTI-

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33. . Censos econômicos; agrícola, industrial, co-

mercial e de serviços. Rio de Janeiro, IBGE, 1 9 50.

34. . Recenseamento geral do Brasil. Rio de Janei-

ro, IBGE, 1 960.

35. . Censo agrícola de 1 960 - Paraná e Santa Cata-

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gional. la. e 2a. part e. Rio de Janeiro, . Serviço

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36. . Sinopse estatística do Estado do P a r a n á - n . 4.

Com acréscimos. Separata do Anuario Estatístico do

Brasil. 1 939/1 940." Ano V. Rio de Janeiro, IBGE,

1 942.

37. . Sinopse estatística do Estado, n. 3. Com

acréscimos. Separata do Anuario Estatístico do Bra-

sil, 1 938 - Ano IV. Curitiba, Tip. Max Roesner,

1 939.

38. GUIMARÃES, Alberto Passos. A crise agrária. Rio de

Janeiro, Paz e Terra, 1 979.

39. GURV ITCH, Georges. Traité de sociologie. Paris, Uni-

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41. LACERDA, M. Linhares de. Tratad o das terras do Brasil;

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4

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42. LIMA, Francisco das Chagas, padre. Memoria sobre o des-

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tral de Historia e Geografia. 2. ed. Rio de Janei-

ro, Tip. de Joao Ignacio da Silva, 1 86 3.  Tomo IV.

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44. . Paraná vivo. Rio de Janeiro, José Olympio Ed. ,

1 953.

45. LINS, Adolpho Lamenha. Relatório apresentado a Assem-

bléia Legislativa Provincial, em 15 de fevereiro de

1 876. Curitiba, Tip. da Viúva Lopes, 1 876.

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46. LISBOA,  Venanc i o , Tcso ae. Ol i vei r a„ Re l a t c r i o  aprèsen-

t ado à Asseí t i bi éi a Legi s l a t i va cí a P r ovi nc i a do Para-

r ¿ , em 15 de f ever ei r o de_ 1J § 71. Cur i t i ba, Ti p.

Par anaense de C. K. Lopes» 1 8*71.

47

 .

  . Rel at ór i o apr es ent aoo â As s e mbl éi a L egi s l at i -

va  da Pr oví nc i a do Pa r ana

 r

_  _ern 15 de  f -avereiro de

1 872. Cur i t i ba, T i p d a Vi uva L opes , 1 872.

48.  LOPES, J ua r ez  Rubens  Br andão. Empr esas e. pequenos pr o-

dut o r es no desenvol v i ment o do capi t a l i smo agr á r i o

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49. MACEDO, F . R. Azevedo . Conl u i o t a pac í f i ca de Guara -puava .   Cur  i  t i b a,   G3 RPA ..-  1  9 S1.

50. MART I NS , Romár i o . Hi s t o r i a do Par ana . 3.  ed.  Cur i -

tiba,

  E d. Gua i r a ,

  s72..

51.  . A c r uzada de t r i go no Par aná . Revi s t a Expan-

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52. MATOS, Fr anc i sco L i be r a t o . P/ al at ôr i o apr esent ado ã As-

sembl é i a P r ovi nc i a l , am 7__de j ane i r o de 1 859. Cu-

r i t i ba, Ti p. Par anaens e

, 1   8 5 9 ,

53.

  MEMORI AL Pf t ö- CONSTRUÇÃO ua es t r ada de

 ferro

  de

  Guara-

puav a. Cur i t i ba , E mp. Gr af . P ar a na ens e , 1 931.

54.  MELLO, Mar i a Co nc e i ç ã o D' I nc ao e, O " bói a- f r i a" : ac u-

mul aç ão e m s ér i a. 2. ed. Pet r ópol i s , Ed. Voz es ,

1 975.

55. MI NI STÉRI O DA AGRICULTURA.,  I NDOSTRI A E COMÉRCI O. Ques -

t i oná r i o sobr e as condi çoes da agr i cu l t ur a dos mu-

ni c í pi os d o Es t ado do Par anaT" Ri o de J a nei r o , Ser -

v i ç o de Es t at í s t i c a, 1 913,

56. MI NI STÉRI O DA AGRI CULTURA. SUPLAN. Escr i t ór i o de Es-

t at í s t i c a. Pr oduç ão agr í c ol a. Pr oduç ão dos muni -

c í pi os di s c r i m nada s egundo os pr odut os c ul t i v ados .

Cu l t u ras t empor a r i a s e per manent es . Ri o de J anei -

r o, 1 969.

57. . Levant ament o da pr odução agr í co l a do Es t ado

do Par ana . 1 944- 78.

58. . Ser v i ç o de Es t a t í s t i c a de P r o duç ão. P r o duç ão

a gr í c ol a d o Es t a do do P ar aná , d i s c r i m na da po r mu-

ni c í pi o. Cul t ur as t empor ar i as e per ma ne nt e s . Ri o

de J anei r o, 1 949.

59. . P r oduç ão agr í c ol a - Br as i l 1 953. Ri o de J a-

nei r o, 1 953,

60. . Sec r et ar i a de Es t at í s t i c a de Pr oduç ão. Pr odu-

ç ão agr í c ol a d o P ar anã. Cul t ur as t e mpor ár i as e p er -

manent es  .   1  9 45.   Ri o de J anei r o, 1  9 45.

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358

61. . Diretoria Geral da Estatística . Sinopse do

recenseamento realizado em 19 de setembro de 1 9 20.

População pecuária: número de animais das várias es-

pecies de gado. Rio de Janeiro, Tip. da Estatisti-

ca, 1 922.

. Comissão Central de Levantamento e .Fiscaliza-

çao das Safras Tritícolas. Anuãrio estatístico do

trigo - safra 67/68. Paraná. Rio de Janeiro, 1968.

63. . Comissão Central de Levantamento e Fiscaliza-

çao das Safras Tritícolas. Anuãrio estatístico do

trigo - safra 68/69. Paraná" Rio de Janeiro, 1 969.

64. . Animais existentes 1 956-78.

65. Estatística de gado existente - 1 9 59 .  Rio de

Janeiro^ 1 959.

66 .  • . Animais existentes segundo as zonas fisiográ-

ficas e os muni cípios - 1 968. Rio de Janeiro, 1968.

67; MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA, VIAÇÃO E OBRAS PÜBLICAS. Di-

retoria Geral de Estat ística. Sinopse*'do recensea-

mento de 1 900. Rio de Janeiro, Tip. da Estatísti-

ca, 1 905.

68. NOGUEIRA, Antonio Barbosa Gomes. Relatório apresentado

ã Assemb léia Provincial, em 15 de fevereiiro de 1 862.

Curitiba, Tip. do Correio Oficial, 1 862.

69. . Relatório apresentado ã Assembl éia Provincial

em 15 de fevereiro de 1 863. Curiti ba, Tip. de Can-

dido M. Lopes, 1 863.

70. OLIVEIRA, Bazilio Augusto Machado d'. Relatório apre-

sentado ã Assembléia Provincial em 15 de setembro de

1 884. Curitiba, Tip. Perseveranç a, 1 884.

71. OLIVEIRA, Francisco Tarcizio Goes de & BRAND T, Sérgio

Alberto. O novo modelo brasile iro de desenvolvimen -

to agrícola. Rio de Janeiro, APEC, 1 975.

72. PAIVA, Ruy Miller et alii. Setor agrícola do Brasil.

Rio de Janeiro, Ed. Forense Universitaria, 1 976.

442 p..

73. PARANÃ , Província. Coleção de leis, decretos etc. Cu-

ritiba, Tip. Paranaense, 1 855.

74. . Coleção de leis e regul amentos da Província do

Paraná" Curitiba, Tip. Paranaense, 1 860. Tomo VII.

75. . . Curitiba, Tip. do Correio Oficial, 1861,

Tomo VIII.

76. . . Curitiba, Tip. Paranaense, 1 866, Tomo

X I I I .

77. . Coleção de leis e decretos . Curitiba, Tip.

Paranaense, 1 868. Tomo XV.

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78. . índice alphabético das leis, atos e regulamen-

tos da Provincia do Parana ate o anno de 1 874. Rio

de Janeiro, Tip. Americana, 1 875.

79. P ARANÄ, Estado. Relatório da Secretaria de Obras Pú-

blicas e Colonização. Curitiba, Tip. Modelo, 1 896.

80¿ PASTORE, Affonso Celso. A resposta da produção agríco-

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81. PASTORE, José, coord. Agricultur a e desenvolvi mento.

Rio de Janeiro, APEC , 1 973. 250 p..

82. PEDROSA, João José. Relatório apresentado à Assembléia

Provincial em 16 de fevereiro de 1 881. Curitiba,

Tip. Perseverança, 1 881.

83. PINHEIRO MACHA DO, Brasil. Sinopse da história regional

do Paraná. Separata do Boletim do Instituto Histó-

rico, Geográfico e Etnográfico do Paraná. Curitiba,

Requiao, 1 9 51.

84. PRADO JÚNIOR, Caio. A questão agrária. 2. ed. Sao

Paulo, Brasiliense" 1 979

 .

  188 p. .

85,

QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. O campesinato brasi-

leiro. 2. ed. Petrópoli s, Ed. Vozes, 1 976. 242p.

86. REVISTA PARAN Ã MERCAN TIL, Curitiba, V. XII, 7 set. 1 940.

37. RIBEIRO, Arlindo Martins. Município de Guarapuava - Re-

latório ao Interventor Manoel Ribas. Sao Paulo,

1 934.

88. . . 1 936.

89. RIBEIRO, Eurico Branco. Esboço da história de Guara-

puava. Almanack dos munic ípios. Curitiba, 1 922,

Edição Especial.

90. RITTER, Marina Lourdes. As sesmarias do Paraná no sé-

culo XVIII. Curitiba, Instituto Histórico, Geográ-

fico e Etnográfico Paranaense, 1 980.

91. ROHAN, Henrique de Beaurepair e. Relatório apresentado

ã Assemblé ia Legislativa da Província do Parana, em

19 de março de 1 856. Curitiba, Tip. Paranaense,

1 856 .

92. SÃO PAULO, Província. Leis da Assembl éia Legislativa.

São Paulo, Tip. do Governo, 1 852.

93. SCHUH, G. Edward. O desenvolvim ento da agricultura no

Brasil. Rio de Janeiro, APEC, 1 971.

94. SECRETARIA DE ESTADO DA AGRIC ULTURA . SEAG. Departamento

de Economia Rural. DERAL. Comissão Estadual de Pla-

nejamento Agrícola. CEPA.PR. Diagnóstico da agro-

-indús tria do setor de suínos no Parana. Curitiba,

1 976.

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95. . Plano do desenvolv imento da suinocultura dó Es-

tado do Paraná. Curitiba, 1 976.

96.

Batata doce, cana de açúcar, mandioca

do

Esta-

do do Paraná. Curitiba, 1 976.

97.

Evolução da cultura da soja no Estado

do Para-

ná. Curitiba, 1 976.

98. . ACARPA. Levantamento da estrutura fundiária.

Guarapuava, jun. 1 975.

99. SECRETARIA DE ESTADO DO PLANE JAMEN TO. Anuãrio estatís-

tico do Paraná - 1 978. Curitiba, Departamento Es-

tadual de Estatística, 1 979. v. 2.

100. SECRETARIA D'ESTADO DOS NEGÓCIOS DE OBRAS PÜBLICAS EC O-

LONIZAÇÃO. Relatório apresentado ao Governador Fran-

cisco Xavier da Silva. Curitiba, Atelier Novo Mun-

do, 1 901.

101. SILVA, Graziano J. P., coord. Estrut ura agrária e pro-

dução de subsistência na agricultura brasileira. Sao

Paulo, Ed. Hucitec, 1

 9

 78.

102. SILVA, Sebastião Gonçalves. Relatório apresentado a As-

sembléia Provincial em 21 de fevereiro de 1 864. Cu-

ritiba, Tip. de C. Ml Lopes, 1 864.

103. SIMON SEN, Roberto. História econômica do Brasil (1 500/

1 820 J.  6. ed. Sao Paulo, Ed. Nacional, 1 969 .

104. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL . Ação originária da reivindi-

cação sobre Limites territoriais entre os Estados do

Paraná e Santa Catarina. Memorial por parte do Pa-

raná. Curitiba, Imp. Paranaense, 1 902.

105. SZMRECSÃNY I, Tomás & QUEDA, Oriovaldo, org. Vida rural

e mudanç a social. 2. ed. São Paulo, Ed. Nacional,

1 976.

106. TEIXEIRA, Benjamin. Naturali zação de estrangeiros .. Jor-

nal Folha d'Oes te,  Guarapuava, 5 out. 1 941.

107. TOPALOV, Christian. Estruturas agrárias brasilei ras.

Rio de Janeiro, F. Alves, 1 978.

108.' VARGAS , Túlio. O indomável republicano. Curit iba, O

Formigueiro, 1 970.

109. VASCONCEL OS, Zacarias de Góes e. Relatório apresentado

ã Assemblé ia Provincial. Curitiba, Tip. Paranaense,

1 855.

110. WÄND ERLE Y, Maria de Nazareth Baudel et alii. Reflexões

sobre a agricultura brasil eira. Rio de Janeiro, Paz

e Terra, 1 979. 180 p..

111. WESTPHAL EN, Cecília Maria, PINHEIRO MACHADO, Brasil &

BALHANA , Altiva Pilati. Nota prévia ao estudo da

ocupação do Paraná modern o. Boletim da U.F.P., De-

partamento de História. Curitiba, n. 25, 1 978.

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361

2. FONTES DATILOGRAFAD AS OU MIMEOGR AFADAS.

112. BAND EIRA, Joaquim José Pinto. Notícia da descoberta dos

campos de Palmas. 1 851. Pastal Esboço da História

de Guarapuava. Arquivo Público Municipa l.

113. COSTA, Odah. Regina Guimarães. A reforma agrária no Pa-

raná .  Curitiba, U.F.P., 1 978. (Mecanografado).

114. GONÇALVES, Maria Apareci da Cesar. Estudo demográfico da

Paróquia de Nossa Senhora Sant'Ana de Ponta Grossa.

Curitiba, U.F.P., 1 979, Dissertaçao de Mestrado.

(Mecanografado).

115. LUZ, Cirlei Francisca C. A madeira na economia de Pon-

ta Grossa e Guarapuava. 1 915 - 1 974. Curitiba,

U.F.P., 1 980. Dissertaçao de Mestrado. (Mecanogra-

fado).

116. NASCIMENTO, Newton. Município de Guarapuava. 1 9 54.

Relatório. Arquivo Benjamin C. Teixeira. (Datilo-

grafado) .

117. TEIXEIRA, Benjamin C. Anotações. Arquivo Benjamin C.

Teixeira. (Datilografado).

3. FONTES MANUSC RITAS

118. ALMEIDA, Francisco Antonio. Correspond ência a . Rafael

Tobias de Aguiar, 2 mar. 1 827. Departamento de Ar-

qúivo do Estado de Sao Paulo. Ordem 1 025. Lata 230.

119. ANTONIO, Francisco. Ofício a Rafael Tobias de Aguiar,

10 mar. 1 832. Departament o de Arquivo do Estado de

Sao Paulo. Ordem 1 025. Lata 230.

120. ARAÚ JO, Antonio Braga d', Padre. Rol dos chefes, com

suas esposas, filhos, agregados e escravos - 1 853.

Arquivo de Benjamin Teixeira. Guarapuava.

121. . Ofício ao Presidente da Província do Paraná,

4 abr. 1 857. DAMI . Coleção de Documentos Históri-

cos. Ofícios. 1 857. v. 1. AP 0038.

122. . . 1 857. v. 4. AP 0041.

123. . Registro de terras 1 855 - 7. Arquiv o da Pa-

roquia de N. S. de Beiern de Guarapuava.

124. . Lista de paroquianos 1 8 6 2 - 3 . Arquivo da Pa-

roquia de N. S. de Beiern de Guarapuava.

125. ARAÜJO, Elias de, Cabo. Ofício ao Presidente da Pro-

víncia de São Paulo, 15 out. 1 827, Departamento de

Arqui vo do Estado de São Paulo. Ordem 9 87 . Lata 19 2.

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362

126. ATAS. Livro n. 1. Arquivo da Câmara Municipa l de Gua-

rapuava

 .

1,27. . Atas da Câmara - 1 872. Arquivo da Câmara Mu-

nicipal de Guarapuava.

128. . Atas de 1 889 - 1 910. Arquivo da Câmara Mu-

nicipal de Guarapuava.

129. __ __ __ • Atas de 1 917 - 24. Arquivo da Câmara Munici-

pal de Guarapuava.

130. . Livro n. 5. Arqui vo do Guaira Country Clube.

131. BALANCETE da Prefeitura Municip al. 1 931. Arquivo Pú-

blico Municipal.

132. BARROS, Lucas Antonio Monteiro de. Correspondência ao

Tenente Anton io da Rocha Loures, 3 ago. 1 825. De-

partamento de Arquivo do Estado de Sao Paulo. Ordem

1 025. Lata 230.

133. CÂMA RA Municipal de Guarapuava. Representação ao Pre-

sidente da Província de São Paulo, 13 abr. 1 853.

Departamento de Arquivo do Estado de Sao Paulo. Or-

dem 1 025. Lata 230.

134. . Ofício (...), 10 fev. 1 854. DAMI . Coleção de

Documentos Históricos - Ofícios. 1 854. V. 2. AP

0003.

135. . Ofício ao Presidente da Província do Paraná.

DAMI. Coleção de Documentos Históricos Ofícios.

V. 3. AP. 0014.

136. . Ofício ao Presidente da Província do Paraná,

24 out. 1 857. DAMI. Coleção de Documentos Histo-

ricos - Ofíc ios. 1 857. V. 10. AP. 0047.

137. . Ofício ao Presi dente da Província do Paraná.

DAMI. Coleção de Documentos Históricos

  1

  Ofícios.

1 872. V. 14. AP. 0386.

138. __ . Ofício ao Presidente da Província do Paraná,

2 dez. 1 858. DAMI. Coleção de Documentos Histori-

cos - Ofícios. 1 858. V. 2. AP. 0054.

139. . Oficio ao Presi dente da Província do Paraná,

22 abr. 1 870 DAMI. Coleção de Documentos Histó-

ricos - Ofícios. V. 9. AP. 0332.

140. . Ofício ao Presidente da Província do Paraná,

Manoel de Souza Dantas, 4 fev. 1 880. DAMI. Coleção

de Documentos Historicos - Ofícios. 1 880. V. 4.

AP. 0592.

141. CAMAR GO, Antonio de Sã et. alii. Ofício ao Presidente

da Província, 10 mar . 1 855. DAMI. Coleção de Do-

cumentos Histórico s-Ofícios. 1 855. V. 3. AP.0014.

14 2.

  _ _ _ _ _ • Ofício^ao Presidente da Província, 15 set.1872.

DAMI. Coleção de Documentos Históricos Ofícios.

1 872. V. 14. AP. 0386.

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30' 8

143. CORRESPONDÊNCI AS de 1 8 5 8 - 1 87G. Of í c i o ao J u i zado da

Comar ca, 17 out . 1

  66 8,

  Ar qui vo da Gamar a Muni c i pal

de Guar apuava.

144. COSTA, Fr anci sc o. Mapa, dos habi t ant es de Guar apuava -

1 835. Depar t ament o de Ar qui vo do Est ado de Sao

Paul o. Or dem 1

  0 25.

  Lat a " 230,

145. EXPEDI ENTE da Câmar a. 1 853 - 1 871. Rel at ór i o de 1862.

i

Ar qui vo da Cai r tara Muni c i pal de Guar apuava.

146.   FAIVRE,  J o ão Ma ur í c i o. Cor r es p ondê nc i a ao P r e s i dent e

da P rov í nc i a , 22 j un. " 1 856 .   DAMI . Col eção de Do-

c ument os Hi s t or í eos - Of i c i os . 1 856. V. 6. AP . 0030.

147. L I MA, F r a nc i s c o das Chaga s , P adr e . L i s t a de habi t ant es

da Fr egues i a de Be l ém - 1 825. Depar t ament o de Ar -

qui vo do Es t ado de Sao Pau l o . Or dem 1 025. Lata. 230.

148. . Co r r espondênc i a ao P r es i dent e da P r oví nc i a de

Sao Pau l o , 1 ma i o 1  8 25.   Depar t ament o de Ar qui vo do

Es t ado de Sao Paul o . Or dem 1 025. La t a 230.

149. . Co r r espondênc i a ao P r es i dent e da P r oví nc i a de

Sáo Paul o ,   Lucas Mont . eí r o" di ~Bi r r os, 2Ï Ï ~mai ô~~~T 825.

Depar t ament o de Ar qui vo do Est ado de Sao Paul o". Or -

dem 1 025. La t a 230.

150. . Of í c i o ao P r e s i de nt e da. Pr oví nc i a, de São P aul o,

8 abr . 1 826" Depar t ament o c i e

-

Ar qui vo- do Est ado de

Sao P aul o . Or dem 1  0 2 5 ,  La t a 230.

. 151, _____ __  •  Of í c i o ao P r e s i de n t e da P r ov í nc i a de São P aul o ,

15 j a n . l 826. Depar t ament o de Ar qui vo do Es t ado de

Sao P aul o. Or dem 1  0  2 5 .  L a t a  230 .

152. . Mapa da popul ação i ndí gena - 1

  8 2 7 .

  Depar t a-

ment o de Ar qui vo do Est ado de Sao Paul o. Or dem1

  0

 2 5 .

La t a 230.

153- . L I VRO de or çament os e mai s bal ancet es. 1 858. L i vr o

n. 245. Ar qui vo da Câmar a Muni c i pa l de Guar apuava.

154. L I VRO de r egi s t r o de hi po t e c as . Ca r t o r i o do Regi s t r o

de I móvei s . 19 Of í c i o . Guar apuava,

155. LOURES, Ant oni o da Rocha, Tenent e. Mapa da popul ação

i ndí gena - 1

  8 30

  - 31. Depar t ament o de Ar qui vo do

Est ado de Sao Pau l o . Or dem 1 025. La t a 230.

156. , Capi t ão. Re l ação de habi t ant es de Guar apuava -

"   T" "833.   Depar t ament o de Ar qui vo do Est ado de Sao Pau-

l o. Or dem 1 025. L at a

  2 3 0 .

157. LOURES , F r anc i sco da Rocha . Of í c i o ao P r es i dent e da

P r o v í nc i a de São P aul o , P r . Vi c ent e P i r es da xHot a,

12 out. ' . 1 849.   Depar: tarnen t o  de Ar qui vo do Est ado de

Sao Paul o. Or der n

  0 2 5 .

  La t a 230.