levantamento fitossociologico faculdade guarapuava

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CLEVERSON DJUBANOSKI DARIO CEBULSKI JOELMIR A. MAZON LUCAS TROMBINI RICARDO STEMER LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO – CAMPUS DAS FACULDADES GURAPUAVA/PR

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Page 1: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

CLEVERSON DJUBANOSKI

DARIO CEBULSKI

JOELMIR A. MAZON

LUCAS TROMBINI

RICARDO STEMER

LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO – CAMPUS DAS FACULDADES GURAPUAVA/PR

GUARAPUAVA

2010

Page 2: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

Introdução

Para MARTINS (1989), a Fitossociologia envolve o estudo das inter-

relações de espécies vegetais dentro da comunidade vegetal no espaço e no

tempo. Refere-se ao estudo quantitativo da composição, estrutura,

funcionamento, dinâmica, história, distribuição e relações ambientais da

comunidade vegetal. Apoia-se muito sobre a Taxonomia Vegetal e tem

estreitas relações com a Fitogeografia e as Ciências Florestais. Uma forma de

descrever uma comunidade vegetal é pelas relações de grandeza entres as

espécies de uma mesma forma de vida ou de uma guilda. Pode-se , por

exemplo, ordenar as espécies de árvores em uma dada floresta em função de

sua maior ou menor contribuição para a estruturação da comunidade. Para

descrever essas características da comunidade vegetal é usual utilizar

parâmetros fitossociológicos que, em última análise hierarquizam as espécies

segundo sua importância na estruturação da comunidade.

Este trabalho visa expor resultados de levantamento fitossociológico em

uma parcela de mata pertencente á formação de Floresta Ombrófila Mista

Montana, no Campus das Faculdades Guarapuava/PR, realizado entre os

meses de Outubro e Novembro de 2010, por acadêmicos do curso de Ciências

Ambientais das Faculdades Guarapuava e compará-lo com um estudo

semelhante, realizado em 2008, em Irati-PR.

Page 3: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

Materiais e Métodos

O município de Guarapuava está localizado à 252,70 km de Curitiba, a 25°23'36" latitude sul e 51°27'19" longitude oeste, região denominada centro-sul do estado do Paraná, no terceiro planalto, também chamado de Planalto de Guarapuava (FIGURA 1). Limita-se ao norte com os municípios de Campina do Simão e Turvo, ao sul com Pinhão, a leste com Inácio Martins e Prudentópolis e a oeste com Cantagalo, Candói e Goioxim.

Figura 1 - Localização do Município de Guarapuava/PR

]

Quanto aos aspectos litoestratigráficos o Município de Guarapuava,

situa-se sobre as rochas ígneas da Formação Serra Geral e, estritamente em

sua área leste, na Formação Botucatu, ambas do Grupo São Bento, formadas

durante a era mesozoica. Tal vulcanismo (fissural) gerou essencialmente

diferentes tipos de rochas ígneas, no qual, as rochas de natureza básica

(basaltos e andesitos toleíticos) predominam em aproximadamente 97,5% do

volume total, enquanto as rochas de natureza ácidas (riolitos e riodacitos

Page 4: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

principalmente) correspondem a 2,5% do volume. Os solos são provenientes

de rochas basálticas com os seguintes tipos: Latossolo Bruno, Terra Bruna

estruturada, solos hidromórficos, Cabissolos e Litólicos. Esses dois últimos são

os mais frágeis por serem solos rasos e ocuparem posição em vertentes de

fortes declives, geralmente acima de 20%. (MELFI, et al. 1988; NARDY, et

al.2002)

O clima do município é representado por Köeppen como Clima

Subtropical Úmido Mesotérmico (Cfb), (IAPAR, 1978), com verões frescos

(temperatura média inferior a 22°C), invernos com ocorrências de geadas

severas e frequentes (temperatura média superior a 3°C e inferior a 18°C), não

apresentando estação seca.

A precipitação média é de aproximadamente 1960 mm. Contudo, há

anos com pluviosidade superior a 2100 mm, ou até mais, como foi o caso

extremo no ano de 1983, com 3168,4 mm. A chuva se distribui ao longo do ano

com todos os meses apresentando precipitação pluviométrica média entre 140

a 200 mm, à exceção do mês de agosto com média de 96,7 mm.Pode ocorrer,

porém, meses com alta pluviosidade como julho de 1983 (471,8 mm), maio de

1992 (512,8 mm), abril de 1998 (518 mm) (IAPAR, 1998). Assim, são comuns

os eventos torrenciais (aguaceiros), que causam sérios prejuízos. Outra

característica climática são as temperaturas negativas, com média superior a

10 geadas por ano. (IAPAR, 1994). Em relação às chuvas intensas, pode-se

destacar alguns eventos significativos ocorridos em Guarapuava, entre 1976 e

1998: setembro de 1983 (110,8 mm), julho de 1983 (140,3 mm), maio de 1992

(165,2 mm) e abril de 1998 (206 mm em 12 horas).(IAPAR, 1998).

A cidade de Guarapuava está situada na faixa de Floresta Ombrofila

Mista Montana e Submontana. Floresta com Araucária (HUECK, 1953),

Pinheiral (RIZZINI et al., 1988) e Floresta Ombrófila Mista (VELOSO et al.,

1991) são algumas denominações utilizadas na literatura para se referir às

formações florestais caracterizadas pela presença de Araucaria angustifolia

(Bertol.) Kuntze – Araucariaceae, espécie arbórea também conhecida como

pinheiro-do-paraná ou pinheiro-brasileiro.

Page 5: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

Com copas corimbiformes e folhagem verde-escuro, essa espécie

encontra-se na floresta geralmente representada por indivíduos emergentes, os

quais imprimem um aspecto fitofisionômico próprio e muito característico à

Floresta Ombrófila Mista (FOM). Abaixo dos indivíduos emergentes podem

ainda ser observados outros três estratos, o arbóreo superior, o arbóreo inferior

e o arbustivo-herbáceo (KLEIN, 1979).

A FOM compreende as formações florestais típicas dos planaltos da

região Sul do Brasil, com disjunções na região Sudeste e em países vizinhos

(Argentina e Paraguai). Encontra-se predominantemente entre 800 e 1200 m

s.n.m., podendo eventualmente ocorrer acima desses limites (RODERJAN et

al., 2002). As áreas ocupadas pela floresta apresentam valores de precipitação

média situados entre 1500 e 1750 mm anuais e temperatura variável, sendo

que no verão as médias estão entre 20º e 21º C e no inverno entre 10º e 11º C

(KLEIN, 1960). De acordo com IBGE (1992), a FOM pode ser subdividida e

classificada em formação Aluvial, Submontana, Montana e Altomontana, em

função da latitude e altitude de ocorrência da vegetação.

Na última década do século XX, as áreas ocupadas pela FOM no sul do

Brasil foram bastante reduzidas. A exploração madeireira de Araucaria

angustifolia e de espécies consorciadas a ela, como por exemplo, a imbuia

(Ocotea porosa (Nees) L. Barr.), e a expansão de áreas agrícolas representam

alguns dos fatores responsáveis pela expressiva redução da área ocupada por

esse tipo vegetacional (BACKES, 1983).

Guarapuava faz parte de três bacias hidrográficas do Rio Paraná. A do

Rio Piquiri, a do Rio Iguaçu, e a do Rio Ivaí. Os principais rios da cidade são o

Rio Jordão, e os rios Cascavelzinho, Girassol, Coutinho, Banana, Pinhão,

Cavernoso e São João (Nascente principal do Ivaí, junto com o Rio dos Patos).

A composição da flora do local caracteriza-se como uma Floresta

Ombrófila Mista Montana, com extensão de aproximadamente 27 hectares

(FIGURA 2), existindo a presença de vegetação em estágio de

desenvolvimento regenerativo secundário.

Page 6: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

Figura 2 - Área de mata pertencente ao local de estudo e localização aproximada da parcela estudada

O local de implantação da parcela é de grande grau de declividade e é

composto de solo orgânico, com presença de serapilheira e afloramento de

rochas.

Vale ressaltar que este trabalho faz parte apenas de uma prática de

campo, na disciplina de Gerenciamento de Recursos Florestais, do Curso de

Ciências Ambientais, ministrada pelo Me. Eduardo Adenesky Filho e para tanto,

não foi georreferenciada, constando que a imagem da FIGURA 2 é apenas

uma aproximação da área, meramente ilustrativa. Um trabalho de iniciação

científica usará os dados obtidos e os revisará, adequando a normas técnicas,

georeferenciando as parcelas, tombando exsicatas, etc. A área de mata é

Page 7: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

adjacente ao campus das Faculdades Guarapuava, sendo propriedade privada.

O local é área de estudos do Curso de Ciências Ambientais, da mesma

Instituição. Foram formadas 3 equipes, de pelo menos 6 acadêmicos, para a

demarcação de 3 parcelas de 15x30m e 450m² em formato retangular

(FIGURA 3), cada distanciada cerca de 5 a 10 m uma da outra. O formato

retangular foi escolhido por que é mais eficiente, pois as parcelas alongadas

possuem grande probabilidade de incluir maior quantidade de agrupamentos.

Dentro destas parcelas, foram feitas medições cartesianas para

localização das espécies (em eixo x e y) (ANEXOS) determinação de altura das

espécies e Circunferência na altura do peito (CAP), a 1,30 m do chão. A

identificação das espécies foi feita através de literatura e auxilio de

identificadores.

Figura 3 - Medidas adotadas para a demarcação da parcela

Quanto às ferramentas, foram necessárias 2 trenas: uma de 5 m e outra

de 30 m, que auxiliaram na demarcação do eixo das abscissas do estudo, além

da demarcação da circunferência do tronco. Também se utilizou um rolo de fita

“crepe” para demarcação do numero dos indivíduos e espécies encontradas.

Noventa metros de fita “blackout” para a demarcação visual da parcela e 4

piquetes de madeira, fixados nos quatro pontos da parcela. Os dados foram

anotados em fichas (ANEXOS) pelo anotador de dados com o auxilio de uma

prancheta.

Resultados e discussões

Page 8: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

Como este estudo não objetiva comparar os resultados com as demais

equipes, não é possível representar o nível de frequência de espécies na

região (este levantamento será feito a posteriori, no trabalho de iniciação

científica).

Na parcela deste estudo foram encontrados 145 indivíduos. Utilizando

deste número de indivíduos em 450m², calculando-se o numero de indivíduos

por hectare, chegou-se ao resultado de 3.222 indivíduos/ha.

A área da parcela apresentou um estrato arbóreo de 20 espécies,

pertencentes a 20 gêneros, distribuídos em 13 famílias botânicas (TABELA 1).

Três espécies foram identificadas somente até o nível de gênero, enquanto

que uma apenas pela família. Vinte não obtiveram identificação, duas

encontraram-se secas.

Tabela 1 - Relação das espécies da vegetação arbórea da parcela levantada na mata próxima ao Campus da FG.

Nº Nome popular Nome científico Familia Número de indivíduos1 Ariticum-cagão Annona cacans Annonaceae 32 Congonha, pau-de-corvo Citronella paniculata Cardiopteridaceae 13 Leiteiro Sapium glandulosum Euphorbiaceae 54 Branquilho Sebastiania commersoniana Euphorbiaceae 35 Rabo-de-bugio Lonchocarpus sp Fabaceae 126 Ingá Inga sp Fabaceae 47 Farinha-seca, sapuva Machaerium stipitatum Fabaceae 58 Canela-preta Nectandra megapotamica Lauraceae 179 Açoita-cavalo Luehea divaricata Malvaceae 12

10 Pixirica-branca, pixirica Miconia hyemalis Melastomataceae 111 Pau-de-ervilha Trichilia elegans Meliaceae 212 Guabiju Myrcianthes pungens Myrtaceae 113 Guabiroba Campomanesia xanthocarpa Myrtaceae 314 Sete-capotes Campomanesia guazumifolia Myrtaceae 315 Guaçatunga Casearia sylvestris Salicaceae 216 Sucará Xylosma sp Salicaceae 117 Cuvatã Cupania vernalis Sapindaceae 1918 Miguel-pintado Matayba elaeagnoides Sapindaceae 1319 Vacum Allophylus edulis Sapindaceae 620 S/N X Solanaceae 121 Carne-de-vaca Styrax leprosus Styracaceae 122 Sem identificação X X 30

Comparando com o levantamento feito por WATZLAWICK [et.al] (2008),

numa composição florística do componente arbóreo do Parque Ambiental

Rubens Dalle Grave, um fragmento de Floresta Ombrófila Mista, localizado na

Page 9: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

zona urbana do município de Irati, PR, foram encontrados os seguintes dados:

um estrato arbóreo superior a 39 espécies, pertencentes a 35 gêneros,

distribuídos em 23 famílias botânicas.

Quanto a CAP, foram encontradas 5 espécies, de 3 famílias com CAP ≤

10 cm. Dezesseis espécies, de 9 famílias, com CAP ≤ 20cm. Oito espécies, de

5 famílias de CAP ≤30 cm, 14 espécies de 8 famílias com CAP ≤ 40cm e Oito

espécies de 6 famílias com CAP > 40 cm.

A (Tabela 2) demonstram uma tabela e o gráfico (GRÁFICO 1) com números

de indivíduos conforme a CAP.

Tabela 2 - Número de indivíduos arbóreos amostrados por classe diamétrica.

Nº Indivíduos CAP (cm)6 ≤10

53 ≤ 2033 ≤ 3030 ≤ 4023 > 50

Page 10: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

Gráfico 1 - Número de indivíduos arbóreos amostrados por classe diamétrica na parcela

próxima ao Campus da FG.

No GRAFICO 2, observamos o número de espécies por família

levantados, sendo as que mais se destacaram foram: Sapindaceae (38

indivíduos), Fabaceae (21), Lauraceae (17) e Myrtaceae (7).

1

-2 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40

3

1

5

21

17

1

2

7

3

38

1

1

StyracaceaeSolanaceaeSapindaceaeSalicaceaeMyrtaceaeMeliaceaeMelastomataceaeLauraceaeFabaceaeEuphorbiaceaeCardiopteridaceaeAnnonaceae

GRAFICO 2 - Famílias mais representativas e números de espécies

No trabalho de WATZLAWICK [et.al] (2008), obteve-se os seguintes

dados As famílias com maior número de indivíduos foram: Fabaceae (5),

Sapindaceae, Mimosaceae e Aquifoliaceae (3). As demais famílias

apresentaram apenas uma ou duas espécies (GRÁFICO 3).

Page 11: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

GRÁFICO 3 – Número de indivíduos por hectare no Parque Ambiental Rubens Dalle Grave =

Irati/PR. WATZLAWICK [et.al] (2008)

A densidade relativa encontrada foi a seguinte:

Nome popular Nome científico Familia DensidadeAriticum-cagão Annona cacans Annonaceae 2,07%Congonha, pau-de-corvo Citronella paniculata Cardiopteridaceae 0,69%

Page 12: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

Leiteiro Sapium glandulosum Euphorbiaceae 3,45%Branquilho Sebastiania commersoniana Euphorbiaceae 2,07%Rabo-de-bugio Lonchocarpus sp Fabaceae 8,28%Ingá Inga sp Fabaceae 2,76%Farinha-seca, sapuva Machaerium stipitatum Fabaceae 3,45%Canela-preta Nectandra megapotamica Lauraceae 11,72%Açoita-cavalo Luehea divaricata Malvaceae 8,28%Pixirica-branca, pixirica Miconia hyemalis Melastomataceae 0,69%Pau-de-ervilha Trichilia elegans Meliaceae 1,38%Guabiju Myrcianthes pungens Myrtaceae 0,69%Guabiroba Campomanesia xanthocarpa Myrtaceae 2,07%Sete-capotes Campomanesia guazumifolia Myrtaceae 2,07%Guaçatunga Casearia sylvestris Salicaceae 1,38%Sucará Xylosma sp Salicaceae 0,69%Cuvatã Cupania vernalis Sapindaceae 13,10%Miguel-pintado Matayba elaeagnoides Sapindaceae 8,97%Vacum Allophylus edulis Sapindaceae 4,14%S/N X Solanaceae 0,69%Carne-de-vaca Styrax leprosus Styracaceae 0,69%Sem identificação x x 20,69%

As cinco espécies com maior densidade relativa foram: Cupania vernalis

(13,10%), Nectandra megapotamica (11,72%), Matayba elaeagnoides (8,97%)

Luehea divaricata (8,28%) e Lonchocarpus sp (8,28%).

‘ No estudo de WATZLAWICK [et.al] (2008), obteve-se: as cinco espécies

com maior densidade relativa foram: Ocotea puberula (Rich.) Nees (14,91%),

Luehea divaricata Mart (13,39%), Cupania vernalis Cambess (12,11%),

Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez (11,3%) e Hovenia dulcis Thunb

(8,3%)

Quanto à altura dos indivíduos, foram estimadas medidas próximas, pois

a falta de instrumentos não permitiu uma leitura precisa das mesmas.

Conforme o GRÁFICO 4, notou-se a presença de árvores de pequeno porte

(2,5 m) e de médio-grande porte (15 m). A altura média da vegetação presente

na parcela foi de 7,5 m.

Page 13: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

0102030405060708090

43

79

23

Número de indivíduos por faixa de altura

1 a 5 m 5,1 a 10 m 10,1 a 15 m

Gráfico 4 - Número de indivíduos por faixa de altura: 43 indivíduos com altura entre 1 a 5

m, 79 indivíduos com altura entre 5,1 e 10 m e 23 indivíduos com altura entre 10,1 a

15m.

Conclusões

Page 14: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

Na parcela de 450m² analisada foi encontrada uma formação vegetal de

regeneração em estágio secundário. Nesta parcela foram encontradas 145

indivíduos (3,222 indivíduos/ha), com CAP total de 4515,5 cm (média de 31,6

cm² por indivíduo), altura média de 7,5 m. Apresentou um estrato arbóreo de 20

espécies, pertencentes a 20 gêneros, distribuídos em 13 famílias botânicas. O

CAP médio da formação estudada é de 31 cm e as 5 espécies com maior

número de indivíduos foram Cupania vernalis (422 indivíduos/h),, Nectandra

megapotamica (377 indivíduos/ha), Matayba elaeagnoides (288 indivíduos/ha)

e Lonchocarpus sp e Luehea divaricata (266 indivíduos/ha).

Com os dados de altura, CAP, densidade e espécies obtidos, percebe-

se indicativos de exploração da floresta no passado, pois é caracterizada por

vegetação pioneira e secundárias iniciais, sem a identificação de espécies

clímax como Araucaria angustifolia (Pinheiro-do-Paraná), Ocotea porosa

(Imbuia), dentre outras.

Referências Bibliográficas

Page 15: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

BACKES, A. Dinâmica do pinheiro-brasileiro. Iheringia, série Botânica, Porto Alegre, n.30, p.49-84, 1983.

HUECK, K. Problemas e importância prática da fitossociologia no Estado de São Paulo. São Paulo: Instituto de Botânica, 1953. (Contribuição para a pesquisa fitossociológica paulista, 1).

IAPAR. 1978. Cartas climáticas do Estado do Paraná. Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, Brasil, 38pp.

IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro, 1992.

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12, p. 17-44, 1960.

MARTINS, F. R. Fitossociologia de florestas no Brasil: um histórico

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MELFI, A. J. ; PICCIRILLO, E. M. ; NARDY, A. J. R. Geological and magmatic aspects of the Parana Basin: an introduction. In: PICCIRILLO E. M. & MELFI, A. J. (Eds.). The Mesozoic Flood Volcanism of the Parana Basin: petrogenetic and geophysical aspects. São Paulo: USP, 1988. p. 1-14.

RIZZINI, C. T.; COIMBRA FILHO, A. F.; HOUAISS, A. Ecossistemas brasileiros. Rio de Janeiro, Editora Index, 1988.

RODERJAN, C. V.; GALVÃO, F.; KUNIYOSHI, Y. S.; HATSCHBACK, G. As unidades fitogeográficas do Estado do Paraná. Ciência e Ambiente, Santa Maria, v. 24, p. 75-92, jan./jun, 2002.

VELOSO, H. P.; RANGEL-FILHO, A. L. R.; LIMA, I. C. A. Classificação da

vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro:

IBGE, 1991.

WATZLAWICK, LUCIANO FARINHA et al. Análise Da Composição Florística

E Da Estrutura Horizontal De Uma Floresta Ombrófila Mista Montana,

Município De Irati, Pr – Brasil. Rev. Acad., Ciênc. Agrár. Ambient., Curitiba, v.

6, n. 2, p. 137-147, abr./jun. 2008.

ANEXOS

Page 16: Levantamento Fitossociologico Faculdade Guarapuava

(A Tabela de levantamento completa está no arquivo Excel, enviado em anexo)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 300

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

Dispersão

Eixo X (30m)

Eixo

Y (1

5 m

)

Gráfico simplista da dispersão das espécies levantadas na área da parcela