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1 PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA CADERNO DE DIAGNÓSTICO E DIRETRIZES PREFEITO MUNICIPAL DE GUARAPUAVA: LUIZ FERNANDO RIBAS CARLI SECRETÁRIA DE HABITAÇÃO E URBANISMO ARQ. ANA LÚCIA ODEBRECHT MASSARO– CREA – PR 71.062/D MONTAGEM TEXTOS/REVISÃO TEXTOS/ APRESENTAÇÃO GERAL ENG. CART. MÔNICA R. BRISOLLA RÚBIO– CREA – SP 520.158/D CONSULTORIA GESTÃO URBANA CONSULTORIA LTDA. ENG. CIVIL ROBERTO D. V. DEL SANTORO – CREA – SP 61.611/D EQUIPE TÉCNICA ARQ. ANA LÚCIA ODEBRECHT MASSARO – CREA – PR 71.062/D ENG. CIVIL CESAR RAMÃO SANCHEZ – CREA – PR 7.789/D ENG. CIVIL MARIA DE FÁTIMA WERNECK LANGE – CREA – PR 25.728/D ENG. CART. FLÁVIO ALEXANDRE – CREA – SP 177.818/D ARQ. LUIS MARCELO SANCHEZ – CREA – SC 45.712/D ENG. CART. MARCELO A. FURLANETTO RÚBIO – CREA –SP 520.042/D ENG. CART. MÔNICA R. BRISOLLA RÚBIO – CREA – SP 520.158/D ARQ. RICARDO BAVARESCO RODRIGUES CREA – RS 83.579/D ARQ. ROSSANA MIKI MATSUBARA – CREA – PR 34.778/D ARQ. TAILA FALLEIROS LEMOS SCHMITT – CREA – PR 25.059/D ENG. CIVIL VALÉRIA LUSTOSA DE SIQUEIRA – CREA – PR 65.339/D MEMBROS DO CONPLUG ANA LÚCIA ODEBRECHT MASSARO TAILA FALLEIROS LEMOS SCHMITT FLÁVIO ALEXANDRE RICARDO BAVARESCO RODRIGUES MÔNICA RODRIGUES BRISOLLA RÚBIO MARCELO ANTÔNIO FURLANETTO RÚBIO TAILA FALLEIROS LEMOS SCHMITT ROSSANA MIKI MATSUBARA ELEANE APARECIDA BISCHOF KECHE JOSÉ ELIAS SYDOR MIGUEL NICOLAU JÚNIOR LUCIANA RIBAS MARTINS ADEMIR PUPO JOÃO CÉSAR LOURES

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1

PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA

CADERNO DE DIAGNÓSTICO E DIRETRIZES

PREFEITO MUNICIPAL DE GUARAPUAVA:

LUIZ FERNANDO RIBAS CARLI

SECRETÁRIA DE HABITAÇÃO E URBANISMO

ARQ. ANA LÚCIA ODEBRECHT MASSARO– CREA – PR 71.062/D

MONTAGEM TEXTOS/REVISÃO TEXTOS/ APRESENTAÇÃO GERAL

ENG. CART. MÔNICA R. BRISOLLA RÚBIO– CREA – SP 520.158/D

CONSULTORIA

GESTÃO URBANA CONSULTORIA LTDA.

ENG. CIVIL ROBERTO D. V. DEL SANTORO – CREA – SP 61.611/D

EQUIPE TÉCNICA

ARQ. ANA LÚCIA ODEBRECHT MASSARO – CREA – PR 71.062/D

ENG. CIVIL CESAR RAMÃO SANCHEZ – CREA – PR 7.789/D

ENG. CIVIL MARIA DE FÁTIMA WERNECK LANGE – CREA – PR 25.728/D

ENG. CART. FLÁVIO ALEXANDRE – CREA – SP 177.818/D

ARQ. LUIS MARCELO SANCHEZ – CREA – SC 45.712/D

ENG. CART. MARCELO A. FURLANETTO RÚBIO – CREA –SP 520.042/D

ENG. CART. MÔNICA R. BRISOLLA RÚBIO – CREA – SP 520.158/D

ARQ. RICARDO BAVARESCO RODRIGUES CREA – RS 83.579/D

ARQ. ROSSANA MIKI MATSUBARA – CREA – PR 34.778/D

ARQ. TAILA FALLEIROS LEMOS SCHMITT – CREA – PR 25.059/D

ENG. CIVIL VALÉRIA LUSTOSA DE SIQUEIRA – CREA – PR 65.339/D

MEMBROS DO CONPLUG

ANA LÚCIA ODEBRECHT MASSARO

TAILA FALLEIROS LEMOS SCHMITT

FLÁVIO ALEXANDRE

RICARDO BAVARESCO RODRIGUES

MÔNICA RODRIGUES BRISOLLA RÚBIO

MARCELO ANTÔNIO FURLANETTO RÚBIO

TAILA FALLEIROS LEMOS SCHMITT

ROSSANA MIKI MATSUBARA

ELEANE APARECIDA BISCHOF KECHE

JOSÉ ELIAS SYDOR

MIGUEL NICOLAU JÚNIOR

LUCIANA RIBAS MARTINS

ADEMIR PUPO

JOÃO CÉSAR LOURES

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MILTON DE LACERDA ROSEIRA JUNIOR

ADRIANO LUIZ DOS SANTOS

PAULO CÉSAR RODRIGUES DOS SANTOS

CÍCERO MARTINS

LEONARDO DA SILVA ROCHA

VALÉRIA LUSTOSA DE SIQUEIRA

EDSON LUIZ BRAGA

SANDRO POHL DA SILVA

JAIRO MACEDO

GERMANO TOLEDO ALVES

SANDRA A. DE CARLI NARDI

MATILDE KESSLER

RAIMUNDO MARTINS DIAS

FRANCISCO FARIA NUNES

ARLISSON SANCHES SALES

JOEL AS SILVA LUIZ

PEDRO RENATO FOGAÇA

JOÃO DOMINGOS RAMBO

BENEVENUTO DEMARCO

ALCEU DO NASCIMENTO

EQUIPE APOIO

ADENILSON CAMARGO LUSTOSA

CLÁUDIO MARCELINO

DAYANE RIBEIRO FERREIRA

ELSA LUSTOSA

GELSON FELSKI

GILBERTO NOGUEIRA LOPES

ZULMÉIA CABRAL

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S U M Á R I O

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................................... 6

2. METODOLOGIA .................................................................................................................................. 7

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁREA DE ESTUDO ..................................................................... 8

3.1. HISTÓRICO...................................................................................................................................... 8

4. SITUAÇÃO GEOGRÁFICA E EXTENSÃO TERRITORIAL .............................................................. 10

5. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA ÁREA DE ESTUDO................................................................... 12

5.1. GEOLOGIA..................................................................................................................................... 12

5.2. LITOESTRATIGRAFIA ................................................................................................................... 12

5.3. CLIMA ............................................................................................................................................. 13

5.4. VEGETAÇÃO.................................................................................................................................. 14

6. ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS ................................................................................................ 14

6.1. SETOR PRIMÁRIO......................................................................................................................... 14

6.1.1. AGRICULTURA E PECUÁRIA............................................................................................. 14

6.1.2. EXTRATIVISMO MINERAL.................................................................................................. 21

6.2. SETOR SECUNDÁRIO .................................................................................................................. 23

6.3. SETOR TERCIÁRIO....................................................................................................................... 24

7. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E EXPANSÃO URBANA ................................................................ 25

7.1 DENSIDADE DEMOGRÁFICA ........................................................................................................ 26

7.2 DENSIDADE DEMOGRÁFICA GERAL........................................................................................... 26

7.3. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA DE GUARAPUAVA ...................................................... 30

7.4. DIAGNÓSTICO DA POLÍTICA HABITACIONAL............................................................................ 32

7.4.1. A POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO ......................................................................... 34

7.4.2. ANÁLISE DO DEFICIT HABITACIONAL ............................................................................. 35

7.4.3. DESENVOLVIMENTO DOS PROGRAMAS HABITACIONAIS ........................................... 37

7.5. MEIOS DE CONSUMO COLETIVO ............................................................................................... 39

8. INFRAESTRUTURA URBANA.......................................................................................................... 39

8.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO............................................................. 39

8.2. PAVIMENTAÇÃO E GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS................................................................ 40

8.3. ENERGIA ELÉTRICA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA.......................................................................... 41

9. EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS .......................................................................... 41

9.1. EDUCAÇÃO.................................................................................................................................... 41

9.2. SAÚDE............................................................................................................................................ 49

9.2.1- CRIAÇÃO E HABILITAÇÃO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE .......................... 50

9.2. 2 SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE..................................................................................... 51

9.2.3 DESCRIÇÃO DA REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE........................................................... 54

9.2.4 HOSPITAIS ........................................................................................................................... 57

9.2.5 TOTAL DE LEITOS EXISTENTES E SUS............................................................................ 57

9.3 AÇÕES PROGRAMÁTICAS............................................................................................................ 58

9.4 PROGRAMAS DESENVOLVIDOS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE....................... 58

9.5 PRINCIPAIS AÇÕES DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE NO ANO DE 2005 ............... 59

9.6 UNIDADES QUE COMPLEMENTAM O SISTEMA DE SAÚDE MUNICIPAL ................................ 60

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9.7. ANALISE DA SITUAÇÃO SAÚDE DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA SITUAÇÃO

EPIDEMIOLÓGICA E SANITÁRIA ........................................................................................................ 62

9.8 INDICADORES DE SAÚDE DO MUNICÍPIO REFERENTE AO ANO 2005................................... 63

9.9 CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICA DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA............................ 64

9.10 SERIE HISTÓRICA DE CASOS CONFIRMADOS DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO

COMPULSÓRIA .................................................................................................................................... 65

10. PROMOÇÃO SOCIAL ..................................................................................................................... 66

10.1 DADOS DA REALIDADE SOCIAL DE GUARAPUAVA ................................................................ 66

10.2 POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ......................................................................................... 66

11. SERVIÇOS URBANOS ................................................................................................................... 69

12. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E LIMPEZA PÚBLICA.............................................................. 69

13. SERVIÇOS FUNERÁRIOS.............................................................................................................. 70

14. TRANSPORTE COLETIVO............................................................................................................. 70

15. SISTEMA VIÁRIO............................................................................................................................ 71

16. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA.................................................................................................... 71

17. PARTICIPAÇÃO POPULAR NA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE

GUARAPUAVA...................................................................................................................................... 72

18. LEVANTAMENTO DE DADOS E ESTABELECIMENTO DE DIRETRIZES ................................... 74

19. FORMULAÇÃO DAS MEDIDAS NECESSÁRIAS E AÇÕES PRIORITÁRIAS ............................... 76

20. FORMULAÇÃO DA POLÍTICA LOCAL ........................................................................................... 78

20.1. OBJETIVOS................................................................................................................................. 78

20.1.1-OBJETIVOS DE ORDEM FÍSICO-TERRITORIAIS: ........................................................... 78

20.1.2. OBJETIVOS DE ORDEM AMBIENTAL ............................................................................. 79

20.1.3 OBJETIVOS DE ORDEM HABITAÇIONAL ....................................................................... 85

20.1.4 OBJETIVOS DE ORDEM EDUCACIONAL......................................................................... 85

20.1.5 OBJETIVOS DE ORDEM DE ÁREA DA SÚDE................................................................. 88

20.1.5.1 PRIORIDADES DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE.................................... 94

20.1.6. OBJETIVOS DE ORDEM SOCIAL:.................................................................................... 96

20.1.7 OJETIVOS DE ORDEM ECONÔMICA: .............................................................................. 97

20.1.8. OBJETIVOS DE ORDEM ADMINISTRATIVA: .................................................................. 98

21. MACROZONEAMENTO PROPOSTO PARA A CIDADE DE GUARAPUAVA ............................... 98

21.1 ÁREAS ESPECIAIS....................................................................................................................... 99

21.2 ÁREAS DE EXPANSÃO CONTROLADA E ÁREA DE PROTEÇÃO DA BACIA DO RIO

CASCAVEL.......................................................................................................................................... 100

21.2.1 ÁREAS DE DENSIFICAÇÃO ............................................................................................ 100

21.2.2 ÁREA PARA EXPANSÃO DO CENTRO .......................................................................... 100

21.2.3 CÉLULAS DE PLANEJAMENTO ...................................................................................... 101

21.2.4 ÁREAS INDUSTRIAIS....................................................................................................... 101

22. RESULTADOS ANTERIORES DO USO DO PLANO DIRETOR NO MUNICÍPIO DE

GUARAPUAVA.................................................................................................................................... 101

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Nota O presente Caderno Diagnóstico e demais produtos relativos ao Plano Diretor do

Município de Guarapuava é fruto de um trabalho iniciado em 1991, através dos técnicos do CEPLUG

(departamento da Secretaria de Planejamento Urbano de Guarapuava da época) e acompanhado

através de convênio estabelecido com a FAMEPAR (atualmente PARANACIDADE). A equipe técnica

atual encontra-se diminuída (com a saída de alguns técnicos) e acrescentada por outros que

ingressaram a partir de 1994. Desde esta época são desenvolvidos trabalhos de diagnóstico,

planejamento, atualizações de dados (alfanuméricos e gráficos) propostas de legislações e consultas

populares.

O texto básico e as pesquisas que deram origem ao trabalho em 1991, foi

desenvolvido então pelos técnicos da Secretaria na época, tendo como supervisor da Famepar o

Eng. Ari Talamini Jr. e alguns técnicos que assumiram maior parte do trabalho como a Geógrafa

Joseli Maria Silva, Eng. Flávio Alexandre, Eng. César Sanches, Arq. Eliane Álves Krüger, Arq. Isabel

M. Borba Yamamoto, Arq. Isuru Yamamoto, Des. Luciano Christo Galvão, Eng. Cart. Márcia R. J.

Ribeiro, Eng. Cart. Sílvio A. D. Andolfato, Historiadora Divanir Strugal e membros do já existente

Conplug (Conselho do Plano Diretor de Guarapuava).

Reanalizado pela equipe atual, também nominada, do CEPLUG, Surg, Conplug e

demais técnicos de ensino médio e superior e participantes da Comunidade de Guarapuava, entende-

se que boa parte do trabalho desenvolvido ainda é bastante válido e atual, devido o seu grau de

abragência, sua característica dinâmica, a boa metodologia adotada e a qualidade de trabalho em

função dos recursos que se tinham disponíveis na época e também a credibilidade da autoria do

trabalho.

Em detrimento da sequência dada ao trabalho, foram desenvolvidos outros produtos,

acompanhados de bases cartográficas atualizadas, sendo que o mesmo deve suprir as possíveis

necessidades de dados atualizados.

O Município de Guarapuava já conta desde 2001, com um Plano Diretor, através da

Lei 1101/01. Devido ao Estatuto da Cidade e devido à abrangência do mesmo atingir mais

especificamente a Cidade de Guarapuava, optou-se pela elaboração de um Novo Plano Diretor,

atualizado para as demais áreas urbanas e diretrizes para toda a extensão territorial do Município,

devendo estar acompanhado também de novas Legislações Complementares, como por exemplo

Zoneamento de Uso e Ocupação do solo, Parcelamento do Solo, Código de Obras, etc.

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1. INTRODUÇÃO

A problemática das áreas urbanas é hoje um desafio para todas as sociedades, pois tais

apresentam-se como habitat do homem moderno. Os espaços urbanos derivam de condicionantes

externos e internos, intimamente articulados, provenientes das relações internacionais, sistemas

econômicos, regimes políticos, conflitos entre grupos, movimentos, classes sociais, atuação de

governos, partidos políticos, instituições públicas e privadas. Na realidade, podemos dizer que todas

as relações sociais, são materializadas no espaço e, portanto, os problemas concretos que

visualizamos não são mais do que manifestações exteriores das relações entre os homens numa

sociedade capitalista.

Se por um lado, as cidades brasileiras têm aspectos comuns em sua estruturação, pois são

produtos da sociedade capitalista, por outro, apresentam características locais, pois a produção do

espaço urbano, é também fruto das especificidades da evolução histórica da sociedade que a criou.

Portanto, há necessidade de deixarmos de lado as explicações simplistas e generalizadoras que na

sua maioria nos levam à concepções ingênuas e equivocadas e passarmos a produzir nossas

próprias experiências no sentido de interferência do espaço urbano no âmbito municipal.

Apesar das inúmeras tentativas de solucionar os problemas urbanos, sabe-se que suas

raízes são profundas e que embora sejam resultantes de problemas de ordem muito mais ampla, e

que para se "pensar" o urbano, deve-se partir de uma ótica global, sabemos que as práticas devem

ser locais. Não podemos alterar o quadro das relações internacionais, nem tampouco, melhorar a

distribuição de renda no país, no entanto a fim de tentar resgatar a nossa dívida social para com o

povo de Guarapuava, podemos tentar diminuir as diferenças sociais. O essencial é buscar o

atendimento à maior parcela possível da população, estendendo a ela o maior número de benefícios

e distribuir, em favor de muitos, a valorização do espaço proporcionada a poucos, bem como

contribuir para facilitar o acesso a terra urbana a todos os cidadãos.

Para minimizar as mazelas do crescimento urbano acelerado, mais precisamente nas duas

últimas décadas, vêm-se buscando uma maneira de re-direcionar o desenvolvimento das cidades

atenuando as distorções sociais através do planejamento municipal.

Um instrumento básico de planejamento municipal é o Plano Diretor. Este é definido pala

Constituição Federal e Estatuto da Cidade como "instrumento básico da política de desenvolvimento

e de expansão urbana ". Tem caráter de lei e deve ser aprovado pelo Poder Legislativo (Câmara

Municipal, nos Municípios), atendendo às características particulares de cada Município. Anexo ao

Plano Diretor vêm as leis complementares que são parte integrante do Planejamento e gestão

municipal. Os objetivos da política urbana na escala municipal, deve refletir os objetivos constantes

na "Magna Carta": ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, realizar a função

social da propriedade e assegurar o bem estar dos seus habitantes.

Assim, com o Plano Diretor pretende-se garantir a todos os cidadãos:

- O uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado de seu território;

- O acesso a todos os cidadãos, às condições adequadas de moradia, transporte público,

saneamento básico, infraestrutura viária, saúde, educação, cultura, esporte, lazer e às oportunidades

econômicas existentes no município;

- A segurança e a proteção do patrimônio paisagístico, arquitetônico, cultural e histórico.

- A preservação, proteção e recuperação do meio ambiente;

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- A qualidade estética e referencial da paisagem natural e agregada pela ação humana.

Embora o trabalho tenha como perspectiva, buscar uma cidade mais justa e principalmente

reverter o padrão segregador que delineia nossa sociedade, sabemos que a utopia não deve

direcionar nossas ações, pois tem-se consciência de que o Plano Diretor não é a receita milagrosa

das transformações da sociedade e que embora seu conteúdo técnico-científico esteja bem

fundamentado, sua eficácia dependerá das ações políticas que levarão à sua implementação. Sua

validação acontecerá através das ações de uma sociedade que sentirá seu Município como sua

própria casa, pois será co-participante do processo de seu desenvolvimento. A administração tem

consciência de que o resgate da cidadania será um trabalho educativo de longo prazo, principalmente

nestes tempos, onde se generaliza a descrença nas soluções políticas e quando a realidade hostil

gera apatia e desesperança. No entanto, o Plano Diretor apresentou-se como uma das primeiras

tentativas de levar à comunidade a discussão dos problemas pertinentes ao seu futuro. Na essência,

este trabalho pretende não apenas buscar o desenvolvimento econômico, mas também desenvolver

o progresso em seu conteúdo humano.

2. METODOLOGIA

O Estudo do Plano Diretor de Guarapuava, tem seus trabalhos mais pormenorizados em

relação às áreas urbanas do Município de Guarapuava, embora também estabeleça diretrizes para o

Planejamento e Desenvolvimento da área rural, bastante extensa no Município.

Conforme pode ser observado nos dados apresentados neste caderno, o Município de

Guarapuava, conta com a Cidade de Guarapuava e mais algumas áreas urbanas consideráveis como

Palmeirina, Distrito de Entre Rios (Colonias Samambaia, Jordãozinho, Vitória, Cachoeira, Socorro),

Guará e Guairacá.

A elaboração do trabalho deu-se a partir da motivação existente na Secretaria Municipal de

Habitação e Urbanismo, que criou a consciência da elaboração, tanto por questões legais quanto pela

real necessidade da continuidade dos trabalhos de planejamento e Plano Diretor desenvolvidos até o

presente momento. A equipe Técnica Local, é composta pelos técnicos da Secretaria Municipal de

Habitação e Urbanismo e Surg), além dos técnicos de nível médio (cadastradores, desenhistas,

auxiliares administrativos) outros técnicos também da Surg e Secretaria de Obras e pelos Membros

do Conpluerg (Conselho do Plano Diretor do Distrito de Entre Rios) e Conplug (Conselho do Plano

Diretor de Guarapuava), compostos por outras secretarias municipais (Finanças, Meio Ambiente,

Industria e Comércio, Etc), outros órgãos externos (Iap, Corpo De Bombeiros, Sanepar, Cflo, Etc) e

outras representantes (Ugam, Acig, Aeag, Etc). Como apoio à equipe também foi contratada

consultoria de Profissonal experiente na área.

A proposta de trabalho se propõe a atualizar o caderno diagnóstico anterior, outros textos

produzidos e dados (gráficos e alfanuméricos) já existentes, frutos dos trabalhos desenvolvidos ao

longo dos anos, bem como a utilização de diretrizes e produtos produzidos anteriormente através da

Sistemática CDP .

Em todo processo de planejamento, independente do nível administrativo da entidade que o

realiza ou da abrangência espacial ou temporal do seu objeto, depende-se de informações

adequadas às tarefas em estudo. A característica essencial da informação para tornar-se útil para o

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planejamento é a sua disponibilidade de forma sistematizada dentro da perspectiva dos produtos ou

planos previstos.

Por outro lado, deve ser procurada uma forma de apresentação desta informação, que facilite

a identificação dos problemas e das potencialidades da área ou do objeto de estudo. A sua

apresentação deve ser feita de forma tal, que facilite o diálogo entre os níveis técnicos e políticos e

também a comunidade.

Para a introdução do critério da eficácia no processo de planejamento e decisão, considera-

se necessária a utilização de métodos que possam ser aplicados mesmo com recursos escassos e

reduzido dispêndio analítico e que considerem os diferentes níveis de qualificação e de acesso à

informação de que dispõem os municípios, sempre tendo em vista resultados imediatos, que possam

influir na definição das prioridades da ação do governo.

A Metodologia CDP, já utilizada, aliada a outros dados produzidos ao longo dos anos, a

experiência e o conhecimento do Município que foi sendo adquirido, a reunião de informações e

necessidades levantadas nas diversas discussões dos Conselhos, das Conferências e Audiências

realizadas, permitem um panorâma propício e seguro ao Planejamento e produção de diretrizes.

Desta forma e sucintamente fazem parte das etapas de trabalho:

- A COMPOSIÇÃO DE INSTRUMENTOS INFORMATIVOS – Reunião de Dados já existentes e sua

atualização, produção de Dados Alfanuméricos, Gráficos (Mapas Temáticos), Organização da

Informação.

- A REUNIÃO E APRESENTAÇÃO DESTAS INFORMAÇÕES

- A DIVULGAÇÃO DESTAS INFORMAÇÕES E SUA ANÁLISE - que permite a identificação de

ações, a determinação de prioridades, a formulação de propostas e diretrizes

- EFETIVAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO – através da produção dos instrumetos legais

(elaboração de legislação e estruturação)

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁREA DE ESTUDO

3.1. HISTÓRICO

Todas as características atuais de Guarapuava são frutos das relações sociais

estabelecidas no passado, que tornaram-se fundamentais para reprodução do modelo que vinha

desenvolvendo-se nesta região. Mesmo salvaguardando as características locais deste espaço de

estudo, Guarapuava acompanhou em linhas de análise mais geral, o processo de desenvolvimento

do modelo adotado pelo país.

Antes de 1850, as terras não eram de propriedade privada, eram terras devolutas e

doadas aos cuidados dos senhores de "sangue nobre" com o nome de sesmarias. Foi, então, a

partir da Lei de Terras, instituída em 1850, que a aquisição da terra não mais se daria, mediante a

sua ocupação, mas sim apenas através da compra em dinheiro.

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Os campos gerais, pela sua natureza de relevo suave e vestimenta rasteira,

interrompida de quando em vez por capões de mata onde se sobrepunham as araucárias, sempre

foram focos de povoamento. Nas investidas contra as missões jesuíticas do Rio Grande do Sul,

os paulistas tomaram conhecimento dos campos limpos do 2º planalto do Paraná.

Conhecida a predileção dos primeiros povoadores, em aproveitar os campos naturais pelo

horizonte amplo, pela facilidade de defesa contra os índios, era natural se prever que a fixação da

conquista se fizesse com a criação de cidades.

Na faixa desimpedida de campos que atravessava da Itararé ao Rio Negro, formaram-se os

primeiros núcleos, pousos naturais de tropas, como as cidades de Jaguariaíva, Piraí, Furnas, Castro,

Pouso do lapó, Ponta Grossa, Palmeira, Lapa, Vila do Príncipe, todas elas surgidas ao longo do

extenso caminho do sul.

As opções ficavam entre o Planalto dos Campos da Freguezia de Nossa Senhora do Belém,

os Campos do Pinhão, próximo ao Morro Chato e o Pontão das Estacadas, além do Campo Real.

A insistência do Padre determinou, por fim, como ideal, o local entre o Rio Coutinho e o

Jordão, na Freguezia de Nossa Senhora do Belém, por onde passava a pouca distancia o Rio

Cascavel. Os fundamentos da nova cidade se fizeram com a demarcação da povoação e da Igreja

em 19 de dezembro de 1819, Pretendeu-se na criação observar todas as prescrições contidas na

Carta Régia de 1° de abril de 1809 do Conde de Linh ares.

Em 1884 levantou-se o primeiro matadouro e no mesmo ano foi concluídos a reforma da

igreja de Nossa Senhora do Belém, com largos auxílios do Visconde de Guarapuava. A primeira

escola foi criada na residência de Dna. Bibiana, contando com 17 alunos, sendo dirigida pela

professora Bibiana Carriel Bitencourt, No ano de 1892 foram criados os distritos de Pinhão, Reserva e

Cavernoso.

A população na região de Guarapuava era ainda muito restrita e caracterizava-se mais pelo

desenvolvimento da pecuária e extração de erva-mate. No entanto com a facilidade de adquirir

posses, a população começa a incrementar-se e inicia-se o incentivo ao comércio.

Outro aspecto importante a ressaltar-se ao seu processo de ocupação é a fase

caracterizada como tropeirismo, pois foi fator determinante para ocupação de seus campos.

No entanto é na agricultura, mesmo calcada nesse processo de estruturação fundiária

concentradora, que Guarapuava inicia seu processo de maior crescimento econômico e

desdobrando-se posteriormente às atividades agro-industriais.

Seu núcleo urbano teve como personagem importante em sua fase inicial o Padre Francisco

das Chagas Lima, que procurou iniciar a aglomeração, baseado em alguns critérios de estética,

utilizando alguns parâmetros para organização do povoado. Assim, como ponto gerador do núcleo

citamos a Igreja Nossa Senhora de Belém, localizada no alto da Bacia do Rio Cascavel, que era um

ponto referencial importante para a sociedade da época.

Em 17 de julho de 1852, foi elevada à categoria de Vila. Em 02 de maio foi criada a Comarca

de Guarapuava, sendo o Dr. José Antônio Araújo de Vasconcellos o seu primeiro Juíz de DireitoVila

de Nossa Senhora de Belém recebeu foros de cidade em 12 de abril de 1871, pela Lei número 271. .

A grande extensão territorial do Município começou a ser desmembrada a partir de 1877, o território

do município de Guarapuava foi desmembrado de Castro em 1896.

A denominação Guarapuava, surgiu do Tupi-Guarani, que significa: guara-lobo e puava-

bravo.

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10

O município já sofreu vários desmembramentos e hoje está assim dividido: Distrito Sede de

Guarapuava, criado em 2 de fevereiro de 1910; Palmeirinha, criado em 7 de janeiro de 1915;

Guairacá, criado em 14 de novembro de 1951; Entre Rios, criado em 1962 e; Campina do Simão,

criado em 26 de maio de 1967.

Essa breve descrição sobre o início do processo de ocupação do território de Guarapuava,

não esgota, de maneira alguma, a riqueza das lutas que fundamentam a história da região.

4. SITUAÇÃO GEOGRÁFICA E EXTENSÃO TERRITORIAL

O Município de Guarapuava situa-se na região Sul do Brasil, Centro-Oeste do Paraná,

Terceiro Planalto do Paraná, na Zona Fisiográfica dos Campos Gerais.

Distâncias:

-Curitiba: 266,00 Km

-Brasília: 1.828,00 Km

Aspectos Físicos:

Coordenadas:

-Latitude: 25o 23' 36'' Sul

-Longitude: 51o 27'15''W Greenwich

-Área: 3.503,835 Km2

-Altitude: 1.120,00 m

Limites:

-Norte: Santa Maria do Oeste e Turvo

-Sul: Pinhão

-Leste: Inácio Martins e Prudentópolis

-Oeste: Candói e Cantagalo

Guarapuava faz parte da meso-região Centro-Sul e faz parte da AMOCENTRO que é

composta por 13 Municípios, quais sejam: Boa Ventura de São Roque, Campina do Simão, Iretama,

Laranjal, Manoel ribas, Mato Rico, Nova Tebas, Palmital, Pitanga, Roncador, Santa Maria do Oeste,

Turvo.

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As extensões territoriais correspondentes ao Município e seus Distritos são os

expressos na tabela abaixo:

Áreas (Km2)

Guarapuava (Município) 3.053,835

Distrito Sede 897,98

Distrito de Entre Rios 861,83

Distrito de Guairacá 440,79

Distrito do Guará 486,44

Distrito de Palmeirinha 243,19

Distrito de Atalaia 123,605

Fonte: IAP - Dados Oficiais Áreas

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5. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA ÁREA DE ESTUDO

5.1. GEOLOGIA

O Estado do Paraná foi modelado pelos "(...) sistemas hidrogáficos, movimentos

epirogenéticos e tectônicos, assim como, pela influência de alterações climáticas. Os sistemas

hidrográficos e as linhas orográficas principais limitam as paisagens (...)"1, dando-lhe, portanto,

configurações topográficas distintas, as quais podem ser divididas em: zona litorânea, serra do mar,

primeiro planalto (planalto de Curitiba), segundo planalto (planalto de Ponta Grossa), terceiro planalto

(planalto de Guarapuava).

No Terceiro planalto, encontram-se os vales dos rios Tibagi, Ivaí, Piquiri e Iguaçu que o

dividirá em 05 ambientes menores:

a- planalto de Araiporanga;

b- planalto de Apucarana;

c- planalto de Campo Mourão;

d- planalto de Guarapuava;

e- planalto de Palmas (parte sul - Planalto do rio Iguaçu);

O Município de Guarapuava está localizado no planalto homônimo, entre os rios Piquiri e

Iguaçu, com 1.250 metros na testa da Escarpa Mesozóica, "(...) declinando para 350 metros nas

serras Boi Preto e São Francisco, de onde cai um degrau estrutural de lençóis de 'trapp' até 350

metros, evidenciado na borda do 'canon' do rio Paraná 197 metros s.n.m."2. A escarpa Mesozóica

que separa o terceiro planalto do segundo planalto , está sustentada por bancos de arenitos eólicos

da Formação Botucatu e lavas da Formação Serra Geral. Este ambiente foi esculpido do nível geral

dos derrames basálticos, obedecendo controles litológicos e estruturais. As linhas de serra são

divisores de água, não ultrapassando o nível superior do planalto, o que acaba por conferir à área,

uma paisagem formada por morros e colinas.

Os cursos d'água de maior expressão do município são os rios Iguaçu, Piquiri, Cavernoso,

Pinhão e Jordão. As linhas de queda desses rios e seus afluentes, estão rejuvenescidas por

levantamentos epirogenéticos e também pelas bordas escalonadas dos derrames de basalto, o que

originou corredeiras e saltos, aspectos estes, característicos da maioria dos cursos d'água do terceiro

planalto. O fraturamento das rochas vulcânicas influenciou fortemente a direção dos rios e seus

afluentes, ocasionando mudanças bruscas de orientação em função das direções de fraturamento.

5.2. LITOESTRATIGRAFIA [

As rochas que ocorrem no município de Guarapuava pertencem à Formação Botucatu e

Serra Geral.

A formação Botucatu, situada logo abaixo dos primeiros derrames basálticos da Formação

Serra Geral "(...) é constituída predominantemente de arenitos com seleção de regular a boa, classe

modal dominante de areia fina, com pouca matriz, estratificação cruzada de porte médio a grande,

1MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná, 1968, p.384. 2MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná, 1968, p.419.

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com inclinação em torno de 30o, tangencial na base. Os grãos entre 0,25 e 0,50 mm têm, em geral,

arredondamento entre 0,25 e 0,40 e esfericidade superior a 0,80. Os grãos maiores que 0,50 mm,

contudo, têm esfericidade e arredondamento maiores e superfícies foscas e esburacadas.

Localmente ocorrem arenitos conglomeráticos, mais comuns na parte inferior."3.

As características litológicas e sedimentares da Formação Botucatu "(...)(arenito fino, com

boa seleção, elevado grau de arredondamento dos grãos menores que 0,1mm de diâmetro e dotados

de superfícies foscas e esburacadas) (...)", sugerem origem eólica, com depósitos por acreção de

areia na frente das dunas. A extensão dos depósitos eólicos permite a dedução de que o ambiente de

deposição era desértico. As dunas, em geral, eram do tipo barcana, as maiores atingido alturas de 10

a 15 metros e comprimento de 100 metros".4. A n'vel local podem ocorrer na base depósitos de

origem fluvial-lacustre. A idade desta formação está estabelecida entre 230 a 140 milhões de anos,

pertencente ao Triássico-Jurássico.

A formação Serra Geral que recobre a Formação Botucatu compreende uma sequência de

derrames de lavas basálticas, toleíticas, de textura geral afanítica, cinzas escuras e negras,

amigdaloidais no topo dos derrames, com desenvolvimento de juntas horizontais e verticais. Na parte

basal da Formação são comuns intercalações de camadas arenosas relacionadas a formação

Botucatu. Ocorrem também rochas porfiríticas, castanho-claras, de aspecto bandado e de

composição intermediária a ácida.

O derrame basal compõem-se de três partes principais; basal, central e superior.

A porção basal é constituída por uma zona de basaltos vítreos, pretos, brilho resinoso e

basaltos microcristalinos, com disjunção horizontal . A Central é composta por basaltos compactos,

grosseiros e com diaclasamento vertical. A porção superior congrega uma zona com fina disjunção

horizontal em basaltos microcristalinos e outra de desgaseificação, onde são comuns os basaltos

amigdaloidais, estando as amigdalas comumente preenchidas por quartzo, calcita, clorita e grande

número de zeolitas. É comum na porção superior dos derrames ocorrer geodos de ágata, ametistas e

quartzo.

A Formação Serra Geral é resultado de intenso magmatismo de fissura, iniciado quando

ainda perduravam as condições desérticas da sedimentação Botucatu. A idade da principal fase de

vulcanismo situa-se no Cretáceo inferior, 120 a 130 milhões de anos. Derrames precursores teriam

ocorrido já no Jurássico Superior, 140 milhões de anos.

5.3. CLIMA

O Município de Guarapuava encontra-se na zona de clima quente-temperado subtropical,

fresco até frio no inverno.

Segundo MAACK, 1968, p. 189, Guarapuava possui uma temperatura média anual = 16,8 oC,

o mês mais quente = 20,6oC, o mês mais frio = 12,9oC, máxima média = 24,4oC; o mês mais rico em

chuva é janeiro com 182 mm, o mês mais seco é agosto com 72 mm, precipitação anual 1.653,7 mm.

3PETRI, S. Geologia do Brasil (fanerozóico), 1922, pg.211. 4PETRI, S. Geologia do Brasil (fanerozóico), 1922, pg. 219.

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- Classificação segundo C. Troll = IV-7 : sempre úmido, quente no verão, clima subtropical quente

temperado.

- Classificação segundo H v. Wissmann = II-Fb: sempre úmido, fresco no verão < 23oC, clima de

savana úmida subtropical.

- Classificação segundo W. Koeppen = Cfb: sempre úmido, o mês mais quente < 22oC, onze meses >

10o C, até cinco geadas noturnas por ano.

5.4. VEGETAÇÃO

A vegetação original de Guarapuava era de campo limpo (estepe de gramíneas baixas) com

capões, matas de galeria e matas ciliares ao longo dos rios e arroios. Ilhas de Araucária distribuídas

nos campos e capões com Arecastrum romanzoffianum, Cocos eriospatha (Butiá) e Diplotheminium

campestre. Este tipo de vegetação é, na realidade, "relicto de um antigo clima semi-arido Pleistoceno"

(MAACK, pp.192-93), sendo portanto, a formação florística mais antiga ou primária do Estado do

Paraná. "... as matas somente conquistaram os primitivos campos a partir das matas de galeria,

capões de nascentes e matas de encostas das escarpas, durante um clima constantemente úmido e

rico em chuvas do Neo-Quaternário ou Holoceno."5

6. ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS

6.1. SETOR PRIMÁRIO

6.1.1. Agricultura e Pecuária

A estrutura fundiária do Município de Guarapuava é bastante concentrata, seguindo as

características nacionais. Embora esse assunto seja bastante polêmico, onde não é objetivo deste

trabalho, discutir, a concentração exacerbada de terras, tem sido um dos maiores entraves para o

desenvolvimento agrícola e da economia brasileira como um todo. No entanto destaca-se abaixo o

período em que a concentração fundiária intensificou-se de maneira sensível no estado e que gerou

profundas modificações tanto no espaço agrário como urbano.

No período de 1970 e 1980, o Estado do Paraná sofreu a chamada modernização agrícola na

qual ,apenas os grandes proprietários puderam beneficiar-se das novas tecnologias disponíveis no

mercado. O processo competitivo e o maior incentivo à agricultura de exportação formou uma massa

de pequenos proprietários, que possuíam apenas a função de produzir, a preços não

compensadores, os gêneros alimentícios da classe trabalhadora.

Esse período de intensificação da tecnologia agrícola, disponível apenas àqueles que

pudessem entrar na esfera financeira de benefícios gerados pelo Estado, provocou uma imensa

5MAACK,R. Geografia Física do Estado do Paraná, 1968, p.253.

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dispensa de mão de obra do campo. Estava-se diante do milagre da modernização; milagre este, que

custou as terras de inúmeros pequenos proprietários, que não tiveram acesso à esses benefícios, ou,

que não puderam entrar na onda de modernização reinante.

A expulsão de pequenos produtores e dos trabalhadores rurais que incham nossa periferia

urbana verificada nessas décadas ainda não terminou; é um processo que ainda persiste. Embora se

saiba que a venda da terra seja apenas um dos vetores a demonstrar o desaparecimento da pequena

propriedade e da pequena produção, os números são por demais significativos para serem ignorados.

Os dados da Secretaria de Agricultura demonstram a venda de 44.203 imóveis rurais no Paraná em

1984, que só pôde ser entendida dentro de um movimento geral do capital em busca de sua

valorização.

O total de 44.203 propriedades rurais que foram vendidas em 1984, no estado do Paraná,

encontram-se sssim distribuídos, conforme extratos de área: 11.368 propriedades com área entre 0

à menos de 5 ha; 8.893 de 5 ha à menos de 10 ha; 11.351 de 10 ha à menos de 20 ha; 5.407 de 20

ha à menos de 30 ha; 3.301 de 30 ha a menos de 50 ha; 2.260 de 50 ha à menos de 100 ha e 1.623

de 100 ha à mais. Guarapuava obteve nesse período, 3.684 transações destacando-se entre os dez

municípios do Paraná com maior número de transações. Observa-se que o maior número de

tansações foram feitas com as propriedades de menor tamanho. A explicação reside basicamente no

grande número destes imóveis em relação às propriedades de maior extensão e principalmente na

dificuldade de seus proprietários sem acesso às tecnologias, em conseguirem pelo menos reproduzir

o preço da força de trabalho, já que a apropriação da renda e a taxa média de lucro na agricultura é

impossível a esses agricultores. Os quadros 01 e 02, demonstram a estrutura fundiária do município.

QUADRO 01 - ESTRUTURA FUNDIÁRIA DO MUNICÍPIO

EXTRATOS

(em ha)

TOTAL DE PROPRIEDADES

Número - %

ÁREAS EXPLORADAS

Ha - %

0 à 10

10 à 25

25 à 50

50 à 100

100 à 500

500 à 1000

1000 à 10000

acima de 10000

1.865 - 27,85

1.871 - 27,94

1.163 - 17,36

727 - 10,85

865 - 12,91

117 - 1,74

87 - 1,29

1 - 0,01

9.032 - 1,50

32.074,6 - 5,32

42.050,5 - 6.98

50.907,0 - 8,45

182.145,0 - 30,22

81.212,1 - 13,47

183.747,2 - 30,48

21.600 - 3,58

TOTAL 6.696 - 100 602.768,4 - 100

Fonte: INCRA

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QUADRO 02 - CATEGORIA DO IMÓVEL RURAL

CATEGORIA DO

IMÓVEL

NÚMERO % Ha %

Minifúndio

Empresa Rural

Latifúndio/Explor.

Latifúndio/Dimen.

Não classificados

3.181

932

2.527

1

55

47,50

13,91

37,73

0,01

0,82

30.102,3

183.999,1

366.432,2

21.600,0

635,4

4,99

30,53

60,79

3,58

0,01

TOTAL 6.696 100 602.769,0 100

Fonte: INCRA

Os principais produtos da região:

Cereais : soja, milho, feijão, arroz, aveia, cevada.

Frutas : maçã, pêssego, nectarina, ameixa.

Olerículas : batata, tomate, repolho, cebola, alho.

QUADRO 03 - PRINCIPAIS PRODUTOS DO MUNICÍPIO

Especificações/Ano Área Plantio(Ha)

89/90 - 90/91 - 91/92

Produção Total (T)

89/90 - 90/91 - 91/92

Produtiv. (Kg/ha)

89/90 - 90/91 - 91/92

Milho

Feijão das águas

Soja

Arroz Lav. Com.

Trigo

Cevada

Aveia

Feijão Secas

Triticale

Centeio

Batata Águas

Batata Secas

Maçã

Pêssego

62.000-69.000-43.700

12.000-11.000- 6.050

70.000-57.500-35.900

3.500- 3.350- 2.400

12.150- 6.900- 6.400

12.220- 9.150- 7.400

4.100- 5.200- 4.420

200- 300- 250

750- 460- 10

300- 600- 450

570- 700- 420

1.880- 2.160- 1.790

972- 965- 977

15- 22- 23

161.220-184.230-169.535

4.440- 5.500- 3.730

136.500-108.675- 81.110

7.350- 3.685- 5.020

19.440- 12.040- 15.830

24.885- 11.990- 17.035

4.920- 11.180- 10.085

60- 300- 300

390- 1.056- 20

360- 690- 610

14.165- 16.450- 8.190

33.840- 34.560- 26.675

11.175- 11.465- 9.570

45- 55- 60

2.600 - 2.670 - 3.879

370 - 500 - 616

1.950 - 1.890- 2.259

2.100 - 1.100- 2.091

1.600 - 1.744 - 2.473

2.036 - 1.310 - 2.302

1.200 - 2.150 - 2.281

300 - 1.000 - 1.200

520 - 2.295 - 2.000

1.200 - 1.150 - 1.355

24.850-23.500-19.500

18.000-16.000-14.902

11.496-11.880- 9.795

3.000- 2.500- 2.608

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

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A pecuária tem suporte principal na bovinocultura de corte e de leite. Diversos programas

foram implantados visando o crescimento do rebanho, o aumento da comercialização e

aprimoramento das raças, como inseminação artificial, novilho precoce, feiras do bezerro, suínos,

pecuária leiteira.

Os principais rebanhos: bovinos, suínos, caprinos, aves, equinos, ovinos.

Em seguida são apresentados quadros informativos relativos à agricultura e pecuária:

Caqui - quantidade produzida 10 tonelada

Caqui - valor da produção 5 mil reais

Caqui - área plantada 15 hectare

Caqui - área colhida 15 hectare

Caqui – rendimento médio 666 kg/hectare

Erva-mate (folha verde) - quantidade produzida 2.900 tonelada

Erva-mate (folha verde) - valor da produção 1.015 mil reais

Erva-mate (folha verde) - área plantada 300 hectare

Erva-mate (folha verde) - área colhida 300 hectare

Erva-mate (folha verde) - rendimento médio 9.666 kg/hectare

Laranja - quantidade produzida 55 tonelada

Laranja - valor da produção 18 mil reais

Laranja - área plantada 5 hectare

Laranja - área colhida 55 tonelada

Laranja - rendimento médio 11.000 kg/hectare

Maçã - quantidade produzida 65 tonelada

Maçã - valor da produção 65 mil reais

Maçã - área plantada 13 hectare

Maçã - área colhida 13 hectare

Maçã - rendimento médio 5.000 kg/hectare

Pêssego - quantidade produzida 225 tonelada

Pêssego - valor da produção 293 mil reais

Pêssego - área plantada 75 hectare

Pêssego - área colhida 75 hectare

Pêssego - rendimento médio 3.000 kg/hectare

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Uva - quantidade produzida 45 tonelada

Uva - valor da produção 45 mil reais

Uva - área plantada 5 hectare

Uva - área colhida 5 hectare

Uva - rendimento médio 9.000 kg/hectare

Lavoura Permanente - 2003

Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2003.

Alho - quantidade produzida

32 tonelada

Alho - valor da produção 80 mil reais

Alho - área plantada 8 hectare

Alho - área colhida 8 hectare

Alho - rendimento médio 4.000 kg/hectare

Arroz (em casca) - quantidade produzida 1.750 tonelada

Arroz (em casca) - valor da produção 933 mil reais

Arroz (em casca) - área plantada 700 hectate

Arroz (em casca) - área colhida 700 hectare

Arroz (em casca) - rendimento médio 2.500 kg/hectare

Aveia (em grão) - quantidade produzida 18.200 tonelada

Aveia (em grão) - valor da produção 4.313 mil reais

Aveia (em grão) - área plantada 6.500 hectare

Aveia (em grão) - área colhida 6.500 hectare

Aveia (em grão) - rendimento médio 2.800 kg/hectare

Batata-doce - quantidade produzida 1.600 tonelada

Batata-doce - valor da produção 480 mil reais

Batata-doce - área plantada 80 hectare

Batata-doce - área colhida 80 hectare

Batata-doce - rendimento médio 20.000 kg/hectare

Batata-inglesa - quantidade produzida 56.300 tonelada

Batata-inglesa - valor da produção 36.032 mil reais

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Batata-inglesa - área plantada 2.000 hectare

Batata-inglesa - área colhida 2.000 hectare

Batata-inglesa - rendimento médio 28.150 kg/hectare

Cebola - quantidade produzida 180 tonelada

Cebola - valor da produção 47 mil reais

Cebola - área plantada 20 hectare

Cebola - área colhida 20 hectare

Cebola - rendimento médio 9.000 kg/hectare

Centeio (em grão) - quantidade produzida 259 tonelada

Centeio (em grão) - valor da produção 106 mil reais

Centeio (em grão) - área plantada 150 hectare

Centeio (em grão) - área colhida 120 hectare

Centeio (em grão) - rendimento médio 2.158 kg/hectare

Cevada (em grão) - quantidade produzida 40.750 tonelada

Cevada (em grão) - valor da produção 15.078 mil reais

Cevada (em grão) - área plantada 10.100 hectare

Cevada (em grão) - área colhida 10.100 hectare

Cevada (em grão) - rendimento médio 4.034 kg/hectare

Feijão (em grão) - quantidade produzida 2.880 tonelada

Feijão (em grão) - valor da produção 3.002 mil reais

Feijão (em grão) - área plantada 2.700 hectare

Feijão (em grão) - área colhida 2.700 hectare

Feijão (em grão) - rendimento médio 1.066 kg/hectare

Fumo (em folha) - quantidade produzida 18 tonelada

Fumo (em folha) - valor da produção 56 mil reais

Fumo (em folha) - área plantada 10 hectare

Fumo (em folha) - área colhida 10 hectare

Fumo (em folha) - rendimento médio 1.800 kg/hectare

Mandioca - quantidade produzida 2.600 tonelada

Mandioca - valor da produção 598 mil reais

Mandioca - área plantada 130 hectare

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Mandioca - área colhida 130 hectare

Mandioca - rendimento médio 20.000 kg/hectare

Melancia - quantidade produzida 80 tonelada

Melancia - valor da produção 12 mil reais

Melancia - área plantada 4 hectare

Melancia - área colhida 4 hectare

Melancia - rendimento médio 20.000 kg/hectare

Milho (em grão) - quantidade produzida 251.500 tonelada

Milho (em grão) - valor da produção 54.576 mil reais

Milho (em grão) - área plantada 33.000 hectare

Milho (em grão) - área colhida 33.000 hectare

Milho (em grão) - rendimento médio 7.621 kg/hectare

Soja (em grão) - quantidade produzida 130.500 tonelada

Soja (em grão) - valor da produção 76.082 mil reais

Soja (em grão) - área plantada 43.500 hectare

Soja (em grão) - área colhida 43.500 hectare

Soja (em grão) - rendimento médio 3.000 kg/hectare

Tomate - quantidade produzida 330 tonelada

Tomate - valor da produção 356 mil reais

Tomate - área plantada 6 hectare

Tomate - área colhida 6 hectare

Tomate - rendimento médio 55.000 kg/hectare

Trigo (em grão) - quantidade produzida 48.620 tonelada

Trigo (em grão) - valor da produção 17.382 mil reais

Trigo (em grão) - área plantada 19.000 hectare

Trigo (em grão) - área colhida 19.000 hectare

Trigo (em grão) - rendimento médio 2.558 kg/hectare

Lavoura Temporária – 2003

Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2003.

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21

Bovinos - efetivo dos rebanhos 67.800 cabeça

Suínos - efetivo dos rebanhos 74.400 cabeça

Eqüinos - efetivo dos rebanhos 5.100 cabeça

Asininos - efetivo dos rebanhos 18 cabeça

Muares - efetivo dos rebanhos 135 cabeça

Bubalinos - efetivo dos rebanhos 175 cabeça

Coelhos - efetivo dos rebanhos 585 cabeça

Ovinos - efetivo dos rebanhos 18.600 cabeça

Galinhas - efetivo dos rebanhos 45.690 cabeça

Galos, frangas, frangos e pintos - efetivo dos rebanhos 108.800 cabeça

Caprinos - efetivo dos rebanhos 6.500 cabeça

Vacas ordenhadas - quantidade (cabeças) 5.150 cabeça

Leite de vaca - produção - quantidade (mil litros) 7.220 mil litros

Ovinos tosquiados - quantidade (cabeças) 16.510 cabeça

Lã - produção - quantidade (kg) 49.450 Kg

Ovos de galinha - produção - quantidade (mil dúzias) 731 mil dúzias

Mel de Abelha - produção - quantidade (kg) 19.250 kg

Pecuária - 2003

Fonte: IBGE, Produção da Pecuária Municipal 2003.

6.1.2. Extrativismo Mineral

A exploração mineral em Guarapuava é ainda incipiente. No entanto, estudos realizados pela

MINEROPAR, demonstram algumas potencialidades para exploração e importantes em relação aos

mercados locais. Em se tratando de oportunidades imediatas de exploração, ou seja, aquelas que

não necessitam de maiores pesquisas, pois já se conhece sua aplicabilidade, é recomendada a

exploração dos seguintes bens minerais:

-água mineral: aproveitamento em balneários ou engarrafamento;

-argila: aproveitamento em cerâmica vermelha, sobretudo no fabrico de tijolos e telhas;

-areia da Formação Botucatu: utilização na construção civil;

Alguns bens minerais que necessitam de pesquisas complementares mais específicas, a fim

de comprovar sua real potencialidade são:

-ametista, quartzo e ágata: utilização para o fabrico de adornos, artesanato e lapidação no

fabrico de jóias;

-pó de basalto: utilização como corretivo de solos;

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22

-argila especiais: utilização em cerâmica;

-areia da Formação Botucatu: utilização em vidraria, cerâmica, indústria química e fundição;

Produtos Alimentícios - erva-mate cancheada - quantidade produzida 6.900 tonelada

Produtos Alimentícios - erva-mate cancheada - valor da produção 5.175 mil reais

Produtos Alimentícios - pinhão - quantidade produzida 55 tonelada

Produtos Alimentícios - pinhão - valor da produção 28 mil reais

Madeiras - carvão vegetal - quantidade produzida 1.004 tonelada

Madeiras - carvão vegetal - valor da produção 151 mil reais

Madeiras - lenha - quantidade produzida 254.200 metro cúbico

Madeiras - lenha - valor da produção 1.576 mil reais

Madeiras - madeira em tora - quantidade produzida 30.300 metro cúbico

Madeiras - madeira em tora - valor da produção 2.273 mil reais

Pinheiro Brasileiro Nativo - (nó-de-pinho) - quantidade produzida 3.500 metro cúbico

Pinheiro Brasileiro Nativo - (nó-de-pinho) - valor da produção 63 mil reais

Pinheiro Brasileiro Nativo - (árvores abatidas) - quantidade produzida 1 mil árvores

Pinheiro Brasileiro Nativo - (madeira em tora) - quantidade produzida 2.400 metro cúbico

Produtos da Silvicultura - carvão vegetal - quantidade produzida 821 tonelada

Produtos da Silvicultura - carvão vegetal - valor da produção 123 mil reais

Produtos da Silvicultura - lenha - quantidade produzida 155.800 metro cúbico

Produtos da Silvicultura - lenha - valor da produção 966 mil reais

Produtos da Silvicultura - madeira em tora - quantidade produzida 887.200 metro cúbico

Produtos da Silvicultura - madeira em tora - valor da produção 51.552 mil reais

Produtos da Silvicultura - madeira em tora para papel e celulose -

quantidade produzida

48.000 metro cúbico

Produtos da Silvicultura - madeira em tora para papel e celulose - valor da

produção

1.200 mil reais

Produtos da Silvicultura - madeira em tora para outras finalidades -

quantidade produzida

839.200 metro cúbico

Produtos da Silvicultura - madeira em tora para outras finalidades - valor

da produção

50.352 mil reais

Extração Vegetal e Silvicultura 2003

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23

Fonte: IBGE, Produção da Extração Vegetal e Silvicultura 2003.

6.2. SETOR SECUNDÁRIO

O setor industrial, passou a ter grande importância no que diz respeito à receita municipal e

principalmente como fonte geradora de empregos para população urbana crescente. Este, pelo

menos parece ser um dos principais papéis que o poder público espera que o setor desempenhe. No

entanto, o setor não tem conseguido desenvolver-se como se esperava, mesmo com os incentivos

dados pelo Poder Público Municipal. Esse processo deve-se a condicionantes externos ao município,

pois o país vem enfrentando situações desfavoráveis à investimentos no setor produtivo como a crise

econômica, instabilidade e descrédito político. Outra tendência que parece estar sendo uma das

saídas para geração de empregos, são as microindústrias, devido ao pouco investimento no capital

fixo e principalmente pelos benefícios e incentivos fiscais que vêm recebendo.

Por apresentar grande potencial no setor agrícola, implantou-se a agroindústria. Como

exemplo, está instalada no município, a maior malteria da América do Sul, a AGROMALTE S.A.,

através da associação da Cooperativa Agrária Mista Entre Rios Ltda. com a Cia. Antárctica Paulista -

Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos. Somam-se atualmente também a AGROGEN, IREKS DO

BRASIL, dentre outras.

Outro grande potencial, devido ao desenvolvimento da pecuária leiteira, poderá ser o

desenvolvimento da indústria de laticínios na região.

Assim, as características da produção agrícola poderão ser associadas ao setor industrial,

gerando em Guarapuava um pólo agroindustrial desenvolvido. A transformação dos produtos

agrícolas, poderá ser feita através de pequenas cooperativas e sua localização poderá ser próxima

aos centro produtores. Nesse sentido, poderá ser ótimo condicionante de geração de emprego e

retenção da população em áreas de produção.

Bairro 1

Residencial 2 Misto

3

Comércio

4

Prestação

de Serviço

5

Industrial

6

Público

8

Educacional 9 Saúde

ALTO

CASCAVEL

374 15 15 0 0 0 1 1

ALTO DA XV 875 48 48 12 2 3 4 2

BATEL 1072 56 56 7 12 3 5 0

BONSUCESSO 1568 109 109 17 2 2 4 2

BOQUEIRAO 3394 60 60 4 9 4 7 3

CASCAVEL 338 3 3 2 1 0 1 1

CENTRO 1451 1347 1347 108 0 8 18 20

CONRADINHO 1717 104 104 27 0 2 2 1

DOS ESTADOS 1160 75 75 19 11 1 4 0

IMOVEL

MORRO ALTO

486 5 5 0 11 2 1 0

INDUSTRIAL 1811 44 44 10 24 0 3 1

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24

Bairro 1

Residencial 2 Misto

3

Comércio

4

Prestação

de Serviço

5

Industrial

6

Público

8

Educacional 9 Saúde

JARDIM DAS

AMERICAS

704 25 25 7 1 1 1 1

MORRO ALTO 2077 46 46 4 5 3 3 1

PRIMAVERA 1341 75 75 33 12 1 3 1

SANTA CRUZ 1675 71 71 14 0 0 12 2

SANTANA 1842 73 73 6 2 5 5 3

SAO

CRISTOVAO 1674 62 62 10 5 4 3 1

TRIANON 1202 33 33 17 1 5 5 3

VILA BELA 2350 60 60 11 13 0 4 3

VILA CARLI 2021 79 79 13 3 0 3 2

Fonte: Cadastro Técnico Municipal – 2006

* Dados mais detalhados consulte-se Censo Econômico ACIG

6.3. SETOR TERCIÁRIO

Por suas características de Pólo Regional, Guarapuava possui grandes potencialidades para

se tornar centro comercial e de serviços. A chegada de novos cursos técnicos e de Ensino Superior

em muito veio a contribuir com o Município.

Desse processo, ocasionado também pela população flutuante, dependente dos serviços e

comércios, decorrem alguns desdobramentos que interferem na vida da cidade como a circulação, o

transporte, hospedagem, alimentação, comunicação, etc. Os principais serviços que caracterizam a

cidade são: o comércio de produtos alimentícios, manufaturados e bens duráveis; seviços bancários e

de créditos, serviços médico-hospitalares.

Um aspecto a ser desenvolvido pelo Poder Público em Guarapuava é a atividade turística.

Sua localização apresenta-se como rota turística do estado, pois é caminho de todo o fluxo de turistas

latinos que visitam o litoral durante o veraneio e do fluxo que visita Foz do Iguaçu. O município

oferece belezas naturais, pontos históricos de grande valor cultural e rico folclore. No entanto, essas

potencialidades não foram exploradas e necessitam de grandes investimentos na estrutura urbana e

serviços, a fim de tornar-se um grande Pólo Turístico.

Atualmente as atrações de maior destaque, embora necessitando de melhor manutenção

são: Museu Municipal Visconde de Guarapuava, Parque das Araucárias, Museu Entomológico

Hipólito Schnaider, Parques e Áreas Verdes da Cidade, destacando-se Lagoa das Lágrimas, Parque

Recreativo do Jordão, Praça da Fé, Parque do Lago, Parque das Crianças, Catedral Nossa Senhora

do Belém, Distrito de Entre Rios, , Salto Curucaca, Salto São Francisco, e outros Saltos e Cachoeiras

Catalogados.

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25

Dados mais detalhados de Caracter Sócio Econômico podem ser consultados no Site da

ACIG (Associação Comercial e Industrial de Guarapauava) através do Site www.acig.com.br, devido

ao trabalho realizado que gerou os produtos do Censo Econômico de Guarapuava, Aspectos

Econômico e os Índices de Qualidade de Vida.

Valor adicionado na agropecuária - 2001 115.630

Valor adicionado na Industria - 2001 371.076

Valor adicionado no Serviço- 2001 464.169

Dummy- 2001 38.333

Impostos- 2001 84.414

PIB a Preço de mercado corrente- 2001 996.956

Valor adicionado na agropecuária- 2001 151.451

Valor adicionado na Industria- 2001 361.605

Valor adicionado no Serviço - 2002 527.602

Dummy - 2002 46.529

Impostos - 2002 72.866

PIB a Preço de mercado corrente - 2002 1.066.995

Fonte: Produto Interno Bruto - IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais

7. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E EXPANSÃO URBANA

A concentração demográfica nas áreas urbanas e a rápida valorização das terras tem sido um

dos subprodutos das relações sociais atuais. Na essência, o espaço é o reflexo ou materialização das

relações entre as classes sociais. O acirramento das lutas de classe, tem se refletido espacialmente

nos processos de invasões.

As pressões sociais têm provocado o debate sobre a questão fundiária urbana; tanto

estudiosos, como o Estado têm procurado algumas soluções a fim de amenizar o caótico quadro

urbano criado pelo capital. Tal debate tende a tornar-se explosivo, já que tratar sobre a justiça social

na cidade, significa ter embate direto contra aqueles que usufruem e lucram com tal sistema.

A questão da terra urbana no Brasil tem sido exacerbada por uma alta taxa de urbanização.

Esta urbanização tem sido fortemente influenciada pela dinâmica que a economia rural tem se

desenvolvido. Porções extensas de áreas rurais foram ocupadas, notadamente na década de 70, por

modernas unidades de produção; alienando desta forma, crescente parcela de trabalhadores e

pequenos proprietários rurais, como já descrito em Aspectos Econômicos - Setor Primário.

Á questão da modernização no campo, foi evidenciada, porque os problemas que

manifestam-se como urbanos, na realidade são problemas embutidos no sistema estrutural da

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26

sociedade. Por outro lado, esse processo global, não tem configurado um sistema alternativo para

absorver produtivamente esses trabalhadores. Sua manifestação concreta está no processo de

intensa periferização urbana.

A modernização da economia brasileira, baseada nos objetivos de substituição de

exportações, muda a face de um país agrário, para introdução, à curto prazo, de uma sociedade

industrial. Ao analisarmos o intenso crescimento da população urbana em Guarapuava, através do

gráfico seguinte, pode-se, embora de maneira superficial, ilustrar a intensidade de como esse

processo global se reflete no município:

7.1 DENSIDADE DEMOGRÁFICA

Popul

ação

Total

Geral

Total

Urbana

Total

Rural

Ho-

mens

(Urban

o)

Home

ns

(rural

)

Mu-

lheres

(Urban

a)

Mu-

lheres

(Rural)

Municípi

o

154.958 141.587 13.371 69.054 7.079 72.533 6.292

Sede 136.480 131.748 4.732 64.151 2.515 67.597 2.217

Entre

Rios

8.962 5.779 3.183 2.866 1.658 2.913 1.525

Guai

racá

1.693 136 1.557 73 844 63 713

Guar

á

3.261 981 2.280 473 1.211 508 1.069

Palm

eirin

ha

4.118 2.943 1.175 1.491 607 1.452 568

Atala

ia

444 0 444 0 244 0 200

Censo IBGE - 2000

7.2 DENSIDADE DEMOGRÁFICA GERAL

População Urbana Rural Total

Município de Guarapuava – Censo IBGE

2000

141.694 13.467 155.1

61

Estimativa IBGE ano de 2005 –

Município de Guarapuava

166.8

97

IBGE - www.ibge.gov.br/cidadesat

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27

Segundo dados do IBGE 2000 tem-se os seguintes dados de população por Bairro, no

Distrito Sede – Cidade de Guarapuava

População

Bairro

População

IBGE-2000

HOMENS MULHERES Área dos

Bairros (Km2)

INDUSTRIAL 8655 4347 4308 3,26

PRIMAVERA 6746 3319 3427 2,07

IMÓVEL MORRO ALTO 520 331 189 6,98

CONRADINHO 7863 3853 4010 2,18

SÃO CRISTOVÃO 6859 3425 3434 1,78

MORRO ALTO 9872 4886 4986 3,19

VILA CARLI 9075 4438 4637 3,20

BONSUCESSO 6802 3308 3494 2,12

ALTO DA XV 2666 1282 1384 1,97

SANTANA 9382 4468 4914 2,43

CASCAVEL 2162 1026 1136 2,07

DOS ESTADOS 4667 2194 2473 1,69

CENTRO 6289 2893 3396 2,02

TRIANON 4353 2035 2318 1,13

JARDIM DAS AMÉRICAS 3707 1863 1844 2,70

ALTO CASCAVEL 1861 960 901 2,87

VILA BELA 11350 5628 5722 3,34

BATEL 4549 2115 2434 1,30

SANTA CRUZ 6701 3211 3490 1,77

BOQUEIRÃO 17669 8569 9100 6,02

TOTAL URBANA – Distrito

Sede

131.748 64.151 67.597

Fonte: IBGE 2000

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28

Bairro Total de Lotes Não

Edificados

Cadastrados

Total de Lotes

Edificados Cadastrados

Área Edificada

Cadastrada (m2)

Aldeia 650 0 0,00

Alto Cascavel 592 400 36.906,11

Alto da XV 461 984 172.843,82

Batel 181 1181 200.219,81

Bonsucesso 579 1758 297.620,07

Boqueirão 1262 3541 331.559,55

Cascavel 104 352 36.813,17

Centro 227 3506 860.695,91

Conradinho 601 1903 253.997,00

Dos Estados 298 1329 258.791,41

Im. Morro Alto 1303 498 47.635,67

Industrial 580 1863 209.211,85

Jardim das Américas 803 756 67.820,42

Morro Alto 1086 2080 168.910,01

Primavera 212 1497 186.427,23

Santa Cruz 305 1799 268.876,88

Santana 308 1970 277.175,29

São Cristóvão 480 1777 197.773,88

Trianon 122 1284 255.875,83

Vila Bela 1035 2489 257.455,53

Vila Carli 1127 2155 234.286,84

Total Geral 12.316 33.121 4.620.896,28

TABELA - dados do cadastro técnico - Valores em unidades e m2 (metro quadrado) Ano 2005

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29

Mapa – Número Generalizado de Lotes Não Edificados

Mapa – Número de Lotes Não Edificados de 1.000,00 a 10.0000 m2

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Mapa – Número de Lotes Não Edificados de 600,00 a 1 .0000 m2

7.3. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA DE GUARAPUAVA

GRÁFICO 01

Evolução da População Urbana

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

Pop. Urbana Pop. Rural

5489

61947

16632

80585

43262

67639

89951

68636

107022

52511

1950

1960

1970

1980

1991

Fonte: IBGE

Juntamente com o processo de concentração urbana, agravou-se a crise econômica, poucas

oportunidades de trabalho e poucos investimentos no setor produtivo, tem sido feitas. Uma pequisa

realizada nas ocupações irregulares da cidade demonstra os motivos da mudança da zona rural para

zona urbana e como chegaram a morar em áreas de invasão. Na realidade, a favela não é um local

temporário de moradia para os recém chegados do campo. Ao contrário, são locais definitivos para os

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31

trabalhadores urbanos não qualificados, que não recebem o suficiente para sobrevivência de sua

família. Em uma anterior pesquisa realizada 86% da população entrevistada tinha sua última

residência, antes da favela, localizada na própria zona urbana. Cerca de 48% da população favelada

tinha como procedência, a zona rural, e 52% já eram de outras zonas urbanas. Quanto aos motivos

de mudança para a favela, a maior alegação, cerca de 76%, foi a de que não ganhavam o suficiente e

não puderam mais arcar com a despesa do aluguel.

A crescente concentração de renda entre certos extratos da população, principalmente nas

duas últimas décadas, têm agravado a crise na estrutura urbana na cidade. Cerca de 83% dos

favelados foram morar em áreas de invasão.

Tal processo foi se intensificando, nos últimos seis anos, chegando à 33% do valor total

obtido da soma das últimas duas décadas.

Indubitavelmente a persistência da concentração de renda ao longo de um período de vinte

anos, associado a determinados programas de políticas públicas, têm instigado grande parte da

sociedade a repensar o crescimento urbano. Sabe-se que a concentração está conectada com o

modelo econômico existente em nosso país, que o Estado funciona como gerenciador na apropriação

do capital social e que tende a investir em produção de meios de consumo coletivo desigualmente

dispostos no espaço, conforme pode ser observado nos mapas de serviço e infraestrutura urbana.

O funcionamento do presente sistema, marcado pela alta concentração de renda, de riquezas

e por monopólios, estabelece as bases, a partir das quais, a política urbana deve ser reconstituída.

Nesse contexto a tentação de investir o excedente econômico em porções de terras urbanas,

torna-se quase que irresistível.

Nos últimos 10 anos, até por falta de políticas que incentivassem o uso de lotes disponíveis,

registra-se a ocorrência de vários loteamentos, como pode ser observado no Mapa Temático, tanto

por iniciativa pública, quanto por iniciativa privada.

Os loteamentos de iniciativa privada vieram de certa forma, suprir uma demanda que não

estava sendo atendida, pela indisponibilidade dos lotes já existentes não edificados e sub utilizados.

O processo de venda dos lotes, por carteira (lotes financiados), permitiu que muitos se transferissem

para o lote, se livrando do aluguel e investindo aos poucos nas suas unidades de moradia. O

problema é que os loteamentos (novamente pela indisponibilidade de áreas mais contiguas ao

sistema viário principal) foram sendo implantados cada vez mais distantes da área pertencente ao

sistema viário principal, dos serviços públicos e de infraestrutura disponíveis.

O Município em seu Plano Diretor em vigência, já se utilizou dos recursos de notificação e

obrigatoriedade de parcelamento e edificação. A medida criou uma certa movimentação e

disponibilização de algumas áreas, mas ainda insuficiente e não tão significante. Inicou-se também o

processo de aplicação do Imposto Progressivo, mas que terá uma caracterização mais efetiva e

incomodativa, quando da atualização da Planta Genérica de Valores. Desta forma faz se ainda

necessário, medidas mais incisivas que obriguem a utilização. Por outro lado, faz se também

necessário a medida de incentivos construtivos nas áreas passíveis de adensamento com

disponibilidade de infraestrutura.

Nos mapas temáticos elaborados, poderá ser observado os grandes vazios urbanos

instalados na malha urbana, especialmente do Distrito Sede. Estes vazios são formados tanto por

Áreas Grandes (Glebas não parceladas) quanto por lotes nao edificados já pertencentes a

loteamentos implantados.

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32

7.4. DIAGNÓSTICO DA POLÍTICA HABITACIONAL

A Constituição Federal atribui ao Município um papel fundamental na implementação da

política habitacional. A política habitacional deve ter como diretriz a realização do direito à cidade, da

função social da propriedade e do direito à moradia. Vejamos os principais dispositivos constitucionais

a respeito:

Ao Poder Municipal cabe a execução da política de desenvolvimento urbano, tendo por

objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de

seus habitantes (art. 182, da Constituição Federal).

O instrumento básico de política urbana é o Plano Diretor, necessariamente aprovado pela

Câmara Municipal (art. 182, § 1º, CF). É o Plano Diretor que deve definir a função social da

propriedade (art. 182, § 2º), visando garantir a realização do direito à cidade sustentável.

A função social da propriedade é a principal característica da propriedade urbana. O Estado

deve proteger o direito de propriedade urbana somente no caso da propriedade atender a sua função

social.

O direito a cidades sustentáveis é composto pelo direito à terra urbana, à moradia, ao

saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e

ao lazer para as presentes e futuras gerações (art. 2°, I, do Estatuto da Cidade).

A Constituição Federal por meio da Emenda Constitucional nº 26 de 14/02/2000 inseriu o

direito à moradia, como direito social fundamental, assim como a saúde e educação. O direito à

moradia dos habitantes da cidade é o elemento principal do direito a cidades sustentáveis.

Assim a moradia é componente fundamental do direito à cidade. Sendo necessária a

articulação entre a política habitacional e a política de desenvolvimento urbano, respeitando-se e

garantindo-se o direito a cidades sustentáveis, à função social da propriedade e o direito à moradia. É

fundamental o papel do Município como executor da política de desenvolvimento urbano, que definirá

a função social da propriedade através do Plano Diretor.

Em relação à competência sobre a política habitacional trata-se deles nos artigos 182; 21,

inciso XX; e 23 incisos IX e X da Constituição Federal. O artigo 182 estabelece que a política de

desenvolvimento urbano será executada pelo Poder Público Municipal, conforme diretrizes gerais

fixadas em Lei, tendo por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e

garantir o bem estar de seus habitantes. O artigo 21, inciso XX, declara a competência privativa da

União para instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico

e transportes urbanos.

Os Município detém competência para legislar sobre assuntos de interesse local,

suplementar a legislação federal e estadual no que couber, e de promover o adequado ordenamento

territorial, mediante o planejamento e controle do uso, parcelamento e da ocupação do solo urbano

(art. 30, incisos I, II, e VIII da CF).

O artigo 23 da Constituição Federal dispõe ser competência comum da União, Estados e

Municípios a promoção de programas de construção de moradias e a melhoria das condições

habitacionais e de saneamento básico (inciso IX); o combate às causas da pobreza e aos fatores de

marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos (inciso X), dentre outras.

Na Constituição do Estado do Paraná este problema é tratado nos artigos 212 e 213.

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33

Embora a questão habitacional seja de responsabilidade comum dos três entes federativos

acaba por merecer destaque na competência municipal por tratar-se de problema social de interesse

local, isto é, por causa da sua proximidade com o cidadão.

O Município, em razão de ser o principal ente federativo responsável pela execução da

política urbana, deve desenvolver uma política habitacional de âmbito local. Para atender às

necessidades e enfrentar o problema habitacional, o município pode constituir órgãos governamentais

e instituições municipais de habitação; instituir um sistema municipal de habitação que compreenda o

sistema de gestão da política habitacional com participação popular, como por exemplo, fundos

públicos e constituir programas de habitação de interesse social e instrumentos urbanísticos.

Para desenvolver a política de habitação local, o município deve instituir o Plano Diretor

como instrumento básico desta política, de modo que sejam estabelecidas as diretrizes e os

instrumentos sobre o uso e ocupação do solo urbano, formas de cooperação entre o poder público e

privado e deve também disciplinar os critérios para o uso social da propriedade urbana. O município

também pode adotar como instrumentos, leis específicas de habitação de interesse social e de planos

de urbanização para assentamentos em condições precárias de habitabilidade.

Diante da aprovação da Lei Federal nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade), passam a valer as

normas gerais de política urbana nela contidas, cabendo ao Município a obrigação de promover e

executar a política urbana, tornando-se o responsável em ordenar o pleno desenvolvimento das

funções sociais da cidade, de modo a garantir o bem estar de seus habitantes e que a propriedade

urbana cumpra sua função social, de acordo com os critérios e instrumentos estabelecidos no plano

diretor.

Portanto, a produção de habitação de interesse social e as questões relacionadas às

regularizações de assentamentos precários devem ser objeto da política de habitação no Município,

ou seja, as normas e instrumentos urbanísticos devem ser utilizados pelo Município com a finalidade

de recuperar e regularizar as situações de assentamentos precários.

O Estatuto da Cidade adota como diretrizes gerais da política urbana nos termos do artigo

2º, inciso VI, a ordenação do solo urbano de forma a evitar a utilização inadequada dos imóveis

urbanos, prevendo no inciso XIV a regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por

população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e

ocupação do solo e edificação, consideradas a situação sócio-econômica da população e as normas

ambientais.

O Estatuto da Cidade estabelece os instrumentos de política urbana, destacando o Plano

Diretor como principal instrumento de planejamento municipal. Ainda enumera os instrumentos

jurídicos e urbanísticos que devem ser utilizados no desenvolvimento urbano pelo município.

Baseando-se nas possibilidades legais previstas no Estatuto da Cidade e enfocando a situação

específica das habitações de interesse social, destacamos os seguintes instrumentos: concessão de

direito real de uso e o direito de superfície, transferência do direito de construir; outorga onerosa do

direito de construir e zona especial de interesse social, operação urbana consorciada; outorga

onerosa do direito de construir, consórcio imobiliário e edificação/parcelamento/utilização

compulsória, direito de preempção; desapropriação de interesse social e desapropriação para fins de

reforma urbana e consórcio imobiliário e usucapião urbano.

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7.4.1. A POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

A análise da Política Municipal de Habitação do Município de Guarapuava tem como

finalidade ser um processo de reflexão conjunta e de capacitação, capaz de apontar limites e

potencialidades da legislação e dos programas e ações em implementação, contribuindo para a

qualificação da ação pública e da tomada de decisão nas questões habitacionais. Constituindo-se

como instrumento para ser utilizado em leituras mais detalhadas que permitam melhor identificar

necessidades ou possibilidades de redefinição, qualificação ou redesenho dos programas e

instrumentos existentes ou novas frentes de ação.

A Lei Orgânica em seu artigo 11, atribui ao Município a competência de legislar na

promoção de programas de moradia, melhorando as condições habitacionais e de saneamento

básico, e em seu artigo 229 estabelece que promoverá, em consonância com sua política urbana e

respeitadas as disposições do Plano Diretor, programas de habitação popular destinados a melhorar

as condições de moradia da população carente do Município

Na estrutura do Município, a Secretaria de Habitação e Urbanismo é o órgão responsável

pelo planejamento e coordenação do desenvolvimento urbano e principal articulador da política

habitacional no Município.

A política habitacional é baseada nas Leis Municipais 043/81, alterada pela lei Municipal

153/90, que autorizam o Município a alienar terrenos às famílias de baixo rendimento econômico e

estabelece os critérios das famílias de baixa renda quanto aos documentos necessários, numero

máximo de parcelas, a contribuição ao Fundo Rotativo Habitacional, a perda em caso de abandono

ou atraso por seis meses nas prestações, as clausula restritivas de inalienabilidade e

impenhorabilidade, pagamento dos sucessores em caso de morte e transferências.

A Carta Régia que é o documento de origem de todos os terrenos situados no perímetro

urbano, também facilita os casos de regularização fundiária perante o registro de imóveis, pois

possibilita a abertura de matriculas de terrenos pertencentes ao Município sem a necessidade de

comprovação ou exibição da respectiva matricula.

Lei Municipal 045/87 que disciplina o Parcelamento do Solo no perímetro urbano, foi

alterada pela Lei Municipal 167/90 permitindo ao Município a diminuição quanto às exigências de

infra-estrutura e dimensões mínimas de lotes na implantação de loteamentos com fins sociais.

A Lei Municipal 1412/2004 permitiu a regularização dos assentamentos informais, tratados

como Áreas de Regularização Especifica dos loteamentos Municipais São Miguel, São José, São Luiz

e Guairá, que apesar de terem sido promovidos pelo Município tiveram ocupação diversa do

estabelecido no Parcelamento, tendo por isso de ser realizado levantamento planialtimétrico cadastral

para executar a reurbanização e após realizar a regularização fundiária aos ocupantes.

Lei Municipal 1413/2004, desafetou as Áreas Institucionais de diversos loteamentos,

permitindo a regularização fundiária a diversas famílias que ocuparam as mesmas, muitas

assentadas pelo próprio Município.

O Município tem utilizado para que as famílias que ocupam áreas invadidas em áreas

vulneráveis, de preservação permanente e sem infra-estrutura o recurso de fornecer a Numeração

Predial a titulo precário para que a família desses assentamentos informais possam ter acesso a água

e energia elétrica, enquanto aguardam a remoção para assentamento em local definitivo.

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A Medida Provisória 2220/2001 que estabelece o direito à concessão de uso especial para

fins de moradia teve sua primeira aplicação somente em 2004 e tem sido pouco utilizada como

instrumento de regularização fundiária.

O Plano Diretor aprovado através da Lei 1101/2201, acrescentou pouco ou nada contribuiu

para o enfrentamento do problema habitacional. Não delimitou em sua legislação as áreas para a

aplicação dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade, como Zonas Especiais de Interesse

Social, Instrumentos de Regularização Fundiária ou que incidirão Direito de Preempção.

7.4.2. ANÁLISE DO DEFICIT HABITACIONAL

Segundos dados do IBGE a população total do Município é de 155.161 habitantes, sendo

que 141.694 habitantes (91,32%) vivem na zona urbana e 13.467 habitantes (8,68%) vivem na zona

rural, com uma população estimada em 01.07.2005 de 166.897 habitantes, que também estimando

resulta numa população de 168.853 em 01.07.2006 (Censo 2000).

A população do Município é dividida nas seguintes faixas de renda:

Faixa de renda Habitantes % Total %

menores de 10 anos 33.345 21,49 21,49

sem rendimento 50.548 32,58 54,07

até 1 salário mínimo 19.763 12,74 66,81

mais de 1 a 2 salários mínimos 21.591 13,92 80,72

mais de 2 a 3 salários mínimos 9.902 6,38 87,10

mais de 3 a 5 salários mínimos 8.802 5,67 92,78

mais de 5 a 10 salários mínimos 6.833 4,40 97,18

mais de 10 a 20 salários mínimos 2.734 1,76 98,94

mais de 20 salários mínimos 1.642 1,06 100,00

Assim pela tabela acima verifica-se que possuímos 87,10% da população que recebe até 3

salários mínimos. De acordo com a taxa de crescimento temos anualmente um acréscimo de 1.956

habitantes no Município, ou aproximadamente 600 famílias, sendo que muitos destes necessitam de

habitações através de financiamentos públicos, o que gera uma necessidade anual de produção de

200 unidades habitacionais, sem contar com o déficit existente.

Os dados relativos ao déficit habitacional do Município não podem ser precisados, pois os

dados existentes são referentes somente às inscrições feitas no Departamento habitacional que

passaram a serem sistematizados somente a partir de 1997, sem que fossem baixados os casos já

atendidos, com os seguintes dados:

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36

Ano Inscritos

1997 6003

1998 514

1999 2676

2000 1946

2001 1060

2002 1138

2003 1216

2004 971

2005 2029

Observa-se que no inicio do cadastro e nos anos eleitorais as inscrições aumentam

consideravelmente. O cadastro não leva em consideração as famílias atendidas e a renda foi

declarada em reais, devendo ser modificada para salários mínimos para se adaptarem a sistemática

adotada.

Analisando o Déficit Habitacional no Brasil 2000, realizado pela Fundação João Pinheiro

para o Ministério das cidades, nos mostra um déficit de 3.174 famílias totalizando 7,58% dos

domicílios, sendo que possuímos 4.238 domicílios vagos.

No Paraná o déficit habitacional é de 196.520 domicílios ou 7,38 %.

Em Guarapuava do total de famílias, 2.231 ganham até 03 salários mínimos o que

representa 82,78% do déficit. E de três a cinco mais 274 famílias que representa 10,17 %, totalizando

92,95%.

Déficit habitacional, conforme faixa de renda em Salário Mínimo.

Faixa de Renda Mensal Paraná Guarapuava Quantidade

Até 3 salários 85,4% 82,78% 2.231

De 3 a 5 8,2% 10,17% 274

De 5 a 10 3,9% 4,30% 116

Mais de 10 1,2% 2,75% 74

Participação dos componentes do déficit habitacional

Componentes Quantidade Guarapuava

Coabitação familiar 2626 82,74%

Domicílios Rústicos 267 8,41%

Domicílios improvisados 153 4,82%

Cômodos 128 4,03%

De acordo com a pesquisa 2.612 famílias moram em coabitação familiar, isto é que

compreende a soma das famílias conviventes secundárias que vivem junto à outra família em um

mesmo domicílio. 267 famílias moram em domicílios rústicos, isto é que não apresentam paredes de

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alvenaria ou madeira aparelhada, o que resulta em desconforto para seus moradores e risco de

contaminação por doenças.153 famílias moram em domicílios improvisados, que engloba todos os

locais destinados a fins não-residenciais que sirvam de moradia. 128 famílias vivem em cômodos,

cedidos, alugados ou próprios.

Um dado da pesquisa que é interessante é que 4.009 domicílios ou seja 10,43% dos

domicilio pesquisados tem inadequação fundiária urbana, casos em que pelo menos um dos

moradores do domicílio declara a propriedade da moradia, mas afirma não possuir total ou

parcialmente, o terreno em que aquela se localiza.

Dados Habitacionais Guarapuava (2005):

• 1050 famílias vivendo em ocupações irregulares ou situações precárias de moradia;

• 215 famílias ocupando irregularmente terrenos privados;

• Aproximadamente 3000 famílias ocupando áreas pertencentes ao município e não

regularizadas;

Produção Habitacional

Ano Casas Lotes Total

1991 83 162 245

1992 152 219 371

1993 33 - 33

1994 201 478 679

1995 361 621 982

1996 139 211 350

1997 113 - 113

1998 250 698 948

1999 - 8 8

2000 405 1371 1776

2001 - - -

2002 - 18 18

2003 - - -

2004 - - -

2005 106 33 106

7.4.3. DESENVOLVIMENTO DOS PROGRAMAS HABITACIONAIS

Regularização de Assentamentos em Áreas Institucion ais de Loteamentos:

Diversas administrações assentaram irregularmente famílias em áreas institucionais de

Loteamentos que foram aprovados após a vigência da Lei 6.766/79 que veta o uso dessas áreas que

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não sejam equipamentos públicos ou comunitários. Com a desafetação dessas áreas pela Lei

1413/2004 de 11 de novembro de 2004, eram condições para a regularização fundiária.

Regularização de Assentamento Informais:

São Loteamentos executados pelo Município e não documentados ou por problemas da

documentação do domínio da propriedade ou pela descaracterização do parcelamento original,

passando por novo processo de regularização como o assentamento conforme a ocupação,

respeitando-se o mínimo do planejamento do Sistema Viário. Como exemplos de assentamentos já

regularizados temos Vila São José, São Luiz, São Miguel e Guaíra em frente a A.A.B.B, com a

Instituição do Programa de Regularização dessas áreas pela Lei 1412/2004 de 11 de novembro de

2004, e a entrega de títulos de concessão. Existem outros assentamentos como Vila Iraque (Jardim

Carvalho II), Jordão I e Jordão II

Regularização de Loteamentos Municipais:

São Loteamentos executados pelos Municípios e não registrados por diversos motivos

como Loteamento Vila Bela, Xarquinho, São Cristóvão, Alto Xarquinho I, Alto Xarquinho II, Guairá e

Anita Kaminski, onde após a regularização é levado ao Registro de Imóveis.

Áreas de invasões sem condições de regularização:

São invasões que ocorrem no perímetro urbano sem condições de urbanização,

especificamente por causa do aspecto ambiental como em áreas de preservação permanente,

sujeitas a inundações, ou que estejam em Leitos de Vias Públicas.

Um exemplo desse tipo de intervenção foi o ocorrido no Jardim das Américas, onde por

causa da área de alagamento foram deslocadas as famílias para o Loteamento Paz e Bem

(aproximadamente 300 famílias) e no Núcleo Rouxinol (94 casas) por se situarem na área da Bacia

de captação do Município.

Produção de Lotes Urbanizados:

São lotes que ou através de desapropriação ou aproveitamento de excesso de área, são

produzidos lotes para construção de unidades habitacionais pelo próprio cessionário, servido de infra-

estrutura mínima.

Construção de Unidades Habitacionais:

São construções com recursos próprios realizadas pelo Município em lotes isolados

pertencentes ao Município para atender famílias em situação de risco, encaminhadas através da

Secretaria de Promoção Social ou Justiça.

Melhorias em unidades habitacionais:

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São reformas com recursos próprios em unidades habitacionais precária onde a edificação

e as condições de salubridade oferecem riscos a família que moram no local.

Construção de casas de madeiras apreendidas:

Numa parceria entre o Município, IAP, Polícia Florestal e Ministério Público, através de

convênio para o aproveitamento de madeiras apreendidas no Município, na construção de casas

populares, que em conjunto com a construção dos módulos sanitários beneficiará varias famílias.

7.5. MEIOS DE CONSUMO COLETIVO

Os meios de consumo coletivos, ou seja, os serviços, a infraestrutura e os equipamentos

urbanos apresentam-se como necessidades geradas à partir da escolha de um modelo de

desenvolvimento industrial que fortalece o espaço urbano como gerador de riquezas, principal ponto

de aglomeração e cenário da modernização do setor produtivo brasileiro.

Esses espaços produzidos pelo capital, trazem consigo, a necessidade da reprodução do

elemento primordial à valorização do capital, ou seja, a força de trabalho.

Assim, as demandas sociais passam a ser providenciadas pelo serviço público, já que o

Estado é um dos alicerces da modernização do setor produtivo brasileiro e agente principal na

distribuição social e espacial dos equipamentos urbanos para as diferentes classes sociais. Portanto,

observando a distribuição da infraestrutura, serviços e equipamentos urbanos nos mapas anexos,

pode-se assegurar que muito mais do que figuras cristalizadas no espaço urbano e representadas

cartograficamente, elas refletem a lógica do modelo adotado, a ação estatal contraditória e as

disputas entre as diferentes frações da sociedade.

O trabalho técnico é desenvolvido pelas concessionárias do serviço público e tem

apresentado grandes deficiências no que diz respeito ao planejamento global, dificultando a

convergência dos interesses e racionalização das ações de cada órgão que intervém na estrutura

urbana .A qualidade e o alcance dos meios de consumo coletivos apresentam-se dentro dos

indicadores apenas no que diz respeito ao abastecimento de água e luz. Os demais meios

apresentam-se bastante deficientes como será demonstrado, a seguir, através de uma resumida

exposição que é devidamente completada pelas tabelas, onde os dados encontram-se

sistematizados, e também pelos mapas em anexo.

8. INFRAESTRUTURA URBANA

8.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA e ESGOTO

O abastecimento de água é feito pela Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR.

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A água é captada do Rio das Pedras. A partir da captação, a água é bombeada para a

Estação de Tratamento de Água (ETA), onde recebe tratamento do tipo convencional. Da ETA, a

água é distribuída para os reservatórios, cuja capacidade total é de 6.200 m3.

O serviço de abastecimento de água é de boa qualidade e atende à 99,77% da população

urbana. O serviço de rede de esgoto abrange 60,96% da população urbana.

Existem 02 estações de tratamento de esgoto, e uma terceira em processo de implantação.

Ligações

Cadastradas

Água

Cod.

Sist. Sistema

Res. Com. Ind. Ut.Pub. P.Pub. Total

489 Entre Rios 1.753 110 4 22 21 1.910

782 Guará 189 7 2 1 8 207

113 Guarapuava 33.662 1.821 200 248 233 36.164

506 Palmeirinha 663 18 5 5 8 699

860 Vila Operária 106 1 1 2 1 111

Total do URGA =>> 36.373 1.957 212 278 271 39.091

Economias Água Esgoto

Res. Com. Ind. Ut.Pub. P.Pub. Total Ligações Econ.

Res.

Entre Rios 2.010 121 4 22 21 2.178 730

765

Guará 205 7 2 1 8 223

Guarapuava 38.503 2.203 208 252 241 41.407 21.965

23.549

Palmeirinha 711 22 5 8 8 754

Vila Operária 107 1 1 2 1 112

Total 41.536 2.354 220 285 279 44.674 22.695

24.314

Fonte: Relatório Quantitativo Sanepar – 2006

* Para as demais áreas urbanas a infraestrutura deve ser observada nos mapeamentos temáticos.

8.2. PAVIMENTAÇÃO E GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS

A cidade de Guarapuava conta atualmente, com aproximadamente 52,2% das ruas existente

pavimentadas. A rede viária total é de 647.834,49 metros lineares, sendo 338.094,49 ml com

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pavimentação asfaltica + poliedrica e 309.740,00 ml de leito natural ou Cascalho. A regra que tem

obedecido ao processo de ampliação da área pavimentada da cidade é a continuação da malha

existente de trafego intenso como Área Central, Av. Manoel ribas, Rua Capitão Rocha e atendimento

à reinvidicações antigas de loteamentos e não necessariamente diretrizes como Vias do Transporte

Coletivo, Vias de Ligação, Diretrizes de Uso e Ocupação.

As últimas reinvidicações atendidas, inclusive algumas com sistema alternativo para viabilizar

o atendimento, foram a pavimentação do Loteamento São Crsitovão II, Vila Palermo, Vila São Miguel,

Loteamento chemim, Loteamento airton senna, Parque das Árvores, Jd. carvalho II, Vila Luiza, Vila

Carli, São João, São Vicente, Vila Werner, Vila lerner, Jd. juliane.

Após a revisão da Hierarquização das Vias, do Sistema de Transporte Coletivo e das

Diretrizes de Uso e Ocupação deverão ser estabelecidos um planejamento prioritário para

pavimentação inclusive com tipologia diferenciada para cada função de via.

A área central da cidade é bastante problemática no que diz respeito à rede de galerias de

águas pluviais, devido à deficiência de operação das antigas galerias de pedras. Também deverá ser

observado nas próximas execuções a implantação de galerias que atendam mais efetivamente a

Bacia do Rio Cascavel, de forma a se somar soluções para a área de proteção e inundacão.

* Para as demais áreas urbanas a infraestrutura deve ser observada nos mapeamentos

temáticos.

8.3. ENERGIA ELÉTRICA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA

A energia elétrica é fornecida pela Companhia de Energia Elétrica - COPEL e distribuída pela

Companhia Força e Luz do Oeste S.A. (C.F.L.O). As áreas servidas encontram-se representadas nos

mapas temáticos. O serviço abrange cerca de 97% da população urbana. A avaliação se demonstra

satisfatória e está cumprindo as exigências dos indicadores.

A iluminação pública abrange a mesma área da extensão da rede de baixa tensão, portanto

também cobre uma área satisfatória segundo os indicadores urbanos, no entanto, existem problemas

de qualidade da iluminação, vandalismo, e a falta de manutenção do equipamento instalado.

9. EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS

9.1. EDUCAÇÃO

Matrícula - Ensino fundamental - 2004 30.692

Matrícula - Ensino fundamental - escola pública estadual - 2004 12.263

Matrícula - Ensino fundamental - escola públia federal - 2004 0

Matrícula - Ensino fundamental - escola publica municipal - 2004 16.458

Matrícula - Ensino médio - 2004 1.971

Matrícula - Ensino médio - 2004 6.346

Matrícula - Ensino médio - escola pública estadual - 2004 5.649

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42

Matrícula - Ensino médio - escola pública federal - 2004 0

Matrícula - Ensino médio - escola pública municipal - 2004 0

Matrícula - Ensino médio - escola privada - 2004 697

Matrícula - Ensino pré-escolar - 2004 3.332

Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública estadual - 2004 0

Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública federal - 2004 0

Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública municipal - 2004 2.326

Matrícula - Ensino pré-escolar - escola privada - 2004 1.006

Docentes - Ensino fundamental - 2004 1.573

Docentes - Ensino fundamental - escola pública estadua - 2004 608

Docentes - Ensino fundamental - escola pública federal - 2004 0

Docentes - Ensino fundamental - escola pública municipal - 2004 758

Docentes - Ensino fundamental - escola privada - 2004 207

Docentes - Ensino médio - 2004 466

Docentes - Ensino médio - escola pública estadual - 2004 370

Docentes - Ensino médio - escola pública federal - 2004 0

Docentes - Ensino médio - escola pública federal e municipal- 2004 0

Docentes - Ensino médio - escola privada - 2004 96

Docentes - Ensino pré-escolar - 2004 191

Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública estadual - 2004 0

Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública municipal - 2004 97

Docentes - Ensino pré-escolar - escola privada - 2004 94

Escolas - Ensino fundamental - 2004 87

Escolas - Ensino fundamental - escola pública estadual - 2004 23

Escolas - Ensino fundamental - escola pública federal - 2004 0

Escolas - Ensino fundamental - escola pública municipal - 2004 48

Escolas - Ensino fundamental - escola privada - 2004 16

Escolas - Ensino médio - 2004 27

Escolas - Ensino médio - escola pública estadual - 2004 21

Escolas - Ensino médio - escola privada - 2004 6

Escolas - Ensino pré-escolar - 2004 59

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43

Escolas - Ensino pré-escolar - escola pública municipal - 2004 38

Escolas - Ensino pré-escolar - escola privada - 2004 21

Matrícula - Ensino superior - 2003 6.249

Matrícula - Ensino superior - escola pública estadual - 2003 4.281

Matrícula - Ensino superior - escola privada - 2003 1.968

Docentes - Ensino superior - 2003 709

Docentes - Ensino superior - escola pública estadual - 2003 527

Docentes - Ensino superior - escola privada - 2003 182

Escolas - Ensino superior - 2003 4

Escolas - Ensino superior - escola pública estadual - 2003 1

Escolas - Ensino superior - escola privada - 2003 3

Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2004

Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional d e Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP , (1)Cens o

Educacional 2004,(2)Censo da Educação Superior 2003

I. Dados relativos aos déficit em relação à deman da escolar de Educação Infantil (5-

6anos), Ensino Fundamental e Médio:

MATRÍCULAS

Educação Infantil Centros Municipais de Educação

ABR/06 SEMEC 1850

Procura (lista de espera)

ABR/06 SEMEC 1.526

Fonte: SEMEC

Educação Infantil Pré-Escolar - Municipal

2004 IBGE 2.326

ABR/06 SEMEC 2.420

Educação Infantil Pré-Escolar - Privada

2004 IBGE 1.006

Déficit

2004 IBGE 3.491

Fonte: IBGE

Ensino Fundamental 1ª a 4ª séries - Municipal

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44

2004 IBGE 16.458

ABR/06 SEMEC 15.916

Ensino Fundamental 5ª a 8ª séries Municipal

2004 IBGE ---

ABR/06 SEMEC 959

Ensino Fundamental - Privada

2004 IBGE 1971

Ensino Fundamental 5ª a 8ª séries - Estadual

2004 IBGE 12.263

ABR/06 NRE 13.154

TOTAL ENSINO FUNDAMENTAL

2004 IBGE 30.692

Fonte: IBGE

Déficit

População de 5 a 14 anos matriculada 30.692

População de 5 a 14 anos (IBGE/2004) 32.178

Déficit 1.496

Fonte: IBGE

Ensino Médio - Estadual

2004 IBGE 5.649

ABR/06 NRE 6.874

Ensino Médio - Privada

2004 IBGE 697

TOTAL ENSINO MEDIO (15 a 19 anos)

2004 IBGE 6.346

Fonte: IBGE

Déficit

População de 15 a 19 anos matriculada 6.346

População de 15 a 19 anos (IBGE/2004) 15.383

Déficit 9.037

Fonte: IBGE

II. População em idade escolar que não freqüente es cola

Nº de vagas oferecidas para alunos de Ensino Fundamental - 30.692

Nº de vagas oferecidas para alunos de Ensino Médio - 6.346

III. Disponibilidade de supletivos públicos

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45

Municipal: EJA - 30 salas de aula = 789 alunos (abr/2006 SEMEC)

Estadual: CEEBEJA - 19 salas de aula = 1932 alunos

IV. Disponibilidade de cursos técnicos

Rede Estadual :

Curso Técnico Estabelecimento

• Segurança do Trabalho

• Informática

Colégio Estadual Ana Vanda Bassara

• Agropecuária

• Agricultura

• Pecuária

Centro Educacional Prof. Arlindo Ribeiro

• Eletromecânica

• Informática

• Meio Ambiente

• Administração

• Secretariado

• Eletrônica

Centro Educacional Professor Francisco Carneiro

Martins

Rede Privada

Curso Técnico Estabelecimento

• Eletromecânica

• Papel e Celulose

SENAI

• Agente Comunitário e Saúde

• Estética e Cosmetologia

MARIA MONTESSOURI

• Produção de alimentos CEPEG

• Agropecuária

• Gestão Administrativa IMPERATRIZ DONA LEOPOLDINA

• Enfermagem

• Radiologia

PRÓ-ENSINO

• Higiene dental

• Enfermagem do Trabalho

• Análises Clínicas

• Enfermagem – saúde

SENAC

• Instrumentalização cirúrgica

• Contabilidade

• Farmácia

• Radiologia médica

• Estética

FUTURA

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46

• Secretariado

• Agronegócios

• Enfermagem

• Estilismo e coordenação de moda

• Transações imobiliárias

• Hemoterapia

• Marketing e Vendas

I- Previsão da localização de novas escolas

Escolas Totais (Em tempo integral)

Local Bairro/Vila Previsão

Jardim das Américas Alto Cascavel 2006

Adão Kaminski Morro Alto 2008

Xarquinho Xarquinho 2007

Jardim Araucária Jardim Araucária 2010

São João São João 2012

Escola de Ensino Regular

Local Bairro/Vila Previsão

Escola Municipal Dom Bosco Vila Jardim 2006

II- Listagem de escolas que necessitam de ampliação

Anexo 1

III- Escolas que têm número maior ou menor de aluno s do que a sua capacidade

Escolas com previsão de construção ou ampliação (Anexo 1)

IV- Modelo de distribuição de matrículas utilizado:

Contempla área de abrangência comprovada por talão de água e luz

V- Área de abrangência de cada escola

É prevista, mas não funciona, pois pessoas se servem dos comprovantes de parentes e amigos.

VI- Levantamento de necessidades na área (Incluir d ados sobre disponibilidade de

creches.

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47

Anexo II

ESCOLA Nº de salas p/ ampliação

01 Escola Municipal Abílio Fabriciano de Oliveira 02

02 Escola Municipal Alcindo de França Pacheco 02

03 Escola Municipal Antonio Lustosa de Oliveira 00

04 Escola Municipal Capitão Wagner 02

05 Escola Municipal Carolina G. Franco 00

06 Escola Municipal Dalila H. Teixeira

Previsão Escola Total nas proximidades

02

07 Escola Municipal Dom Bosco Escola Nova

08 Escola Municipal Domingos Sávio 02

09 Escola Municipal Enoch Tavares 01

10 Escola Municipal Francisco Peixoto Lacerda Werneck 01

11 Escola Municipal General Eurico Dutra 01

12 Escola Municipal Gabriel Hugo Rios 01

13 Escola Municipal Hildegard Burjan

Previsão Escola Total nas proximidades

Escola Nova

14 Escola Municipal Hipólyta Nunes de Oliveira 02

15 Escola Municipal Irene Guimarães Pupo 01

16 Escola Municipal Lídia S. Curi 01

17 Escola Municipal Luiza Pawlina do Amaral 01

18 Escola Municipal Manoel Moreira de Campos 01

19 Escola Municipal Maria de Jesus Taques 02

20 Escola Municipal Padre Estanislau Cebula 02

21 Escola Municipal Princesa Isabel 01

22 Escola Municipal Profª. Benedita dos Santos 00

23 Escola Municipal Profª. Carlita G. Pupo 02

24 Escola Municipal Profª. Carmen Teixeira Cordeiro 01

25 Escola Municipal Profº. Chester Kochanski 00

26 Escola Municipal Profº. Conrado G. de Oliveira 02

27 Escola Municipal Profª. Dirce Terezinha Jaeger 01

28 Escola Municipal Profº Dionísio Kloster Sampaio

Previsão Escola Total nas proximidades

Escola Total

29 Escola Municipal Profª. Elcidia de Santa Maria Pereira 01

30 Escola Municipal Profº. Francisco Contini 01

31 Escola Municipal Profª. Julieta Anciutti 00

32 Escola Rural Municipal Profº Maack 02

33 Escola Municipal Profª. Silvanira A. Lins Penha

Previsão Escola Total nas proximidades

01

34 Escola Municipal Profº. Pedro Itararé 01

35 Escola Municipal Profº Ruy Virmond Marques 02

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48

36 Escola Municipal Raul Henrique Lupattelli 02

37 Escola Municipal Roberto Cunha e Silva 01

38 Escola Municipal Santa Cruz 01

39 Escola Municipal São Pedro

Previsão Escola Total nas proximidades

Escola Total

40 Escola Municipal São José 00

41 Escola Municipal Sofia Horst 00

42 Escola Municipal Vila Palmira 02

Total de salas p/ ampliação contemplando o Ensino F undamental de 9 anos : 45

Escolas Totais – Curto prazo: 3 Unidades

Médio prazo : 2 Unidades

Escola de Ensino Regular: Curto prazo: 1 Escola

ANEXO II

LISTAGEM DE CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Ampliação e/ou construção

Centro Municipal de Educação Infantil Ampliação Pre visão

BONSUCESSO 5 salas 2007

BOQUEIRÃO 5 salas 2008

MORRO ALTO 4 salas 2007

PALMEIRINHA 1 sala 2009

SANTA CRUZ 4 salas 2008

SANTANA 4 salas 2008

VILA BELA 4 salas 2008

VILA CARLI 2 salas 2009

PRIMAVERA 4 salas 2009

VITÓRIA 3 salas 2008

Centro Municipal de Educação

Infantil/localidade

Construção Previsão

CAMPO VELHO (Boqueirão) X 2009

XARQUINHO X 2008

RESIDENCIAL 2000 X 2008

PARQUE DAS ÁRVORES X 2010

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49

9.2. SAÚDE

O Setor Saúde no Brasil tem passado por importantes mudanças com a implantação do

Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os princípios do SUS esta a descentralização das ações de

saúde, cujo o processo tem transferido responsabilidades, prerrogativas e recursos para os governos

municipais, possibilitando uma maior autonomia do nível local no uso dos recursos e na definição e

implementação das políticas, com maior acesso e controle pelos setores organizados da população.

A Constituição de 1988 incorpora conceitos,princípios e uma nova lógica da organização da

saúde da reforma sanitária, expressos nos artigos de 196 a 200:

� o conceito de saúde entendido numa perspectiva da articulação de políticas econômicas

e sociais;

� a saúde como direito social universal derivado do exercício da cidadania plena e não

mais como direito previdenciário;

� a caracterização dos serviços e ações de saúde como relevância pública;

� a criação de um Sistema Único de Saúde – descentralizado,com um comando único em

cada esfera de governo,atendimento integral e participação da comunidade;

� a integração da saúde a Seguridade Social.

Estes tópicos representam um avanço considerável, sendo reconhecido como uma

referencia em termos de política de saúde e base jurídico – constitucional.

Seguidamente, foram elaboradas as Leis 8.080 e 8.142 em 1990, a chamada Lei Orgânica

da Saúde, que dispõe sobre as condições para a promoção para a promoção, proteção e

recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços de saúde ,regulamentando o

capítulo da saúde na Constituição. Além disso foram criadas as Leis Orgânicas dos Municípios,

adaptando-se a legislação em âmbito municipal e repetindo-se o processo de envolvimento da

sociedade e a pactuação entre as diferentes forças políticas, e trazendo para os municípios um novo

papel frente o Sistema Único de Saúde.

Sendo o SUS,hoje em dia, a mais importante proposta de Reforma Sanitária do Estado

brasileiro, em curso, e a Prefeitura Municipal de Guarapuava, através da Secretaria Municipal de

Saúde, não se furta de garantir a saúde como um direito de todos e dever do Estado.

Desde o inicio do governo, o Poder Executivo Municipal assumiu a responsabilidade política

de provocar profundas transformações que se faziam necessárias no setor saúde, abrindo debates

com os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde para estabelecer uma nova proposta de levar

saúde para todos os cidadãos guarapuavanos, com o objetivo de tornar realidade a atenção primária,

que alie qualidade técnica a humanização da assistência a saúde e pressupondo qualificação

permanente de recursos humanos, capacitação de profissionais é que optou-se pela reestruturação

de serviços existentes, potencializando a capacidade instalada de recursos físicos e humanos para

que em prazos não muito distante a rede possa trabalhar de forma consolidada e fortalecida.

Um planejamento de saúde deve ser um processo vivo, uma representação das aspirações e

dos projetos consensuais que uma determinada sociedade é capaz de gerar, em seu especifico

contexto temporal e espacial, e com base nas suas acumulações históricas.

Assim é a proposta de direção da Secretaria Municipal de Saúde, com relação a sua

participação na revisão do Plano Diretor do Município de Guarapuava, apresenta a síntese da

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50

evolução complexa e avançada do sistema de saúde vigente, pactuada entre o poder público

municipal e a sociedade civil, representados pelo Conselho Municipal de Saúde.

Neste rumo,o documento registra os vários projetos, programas e serviços em andamento

na Secretaria Municipal de Saúde, servindo de base para o cotidiano da gestão municipal,

aprimorado por seus trabalhadores e usuários, nos espaços formais de controle social do sistema de

saúde.

A divulgação do trabalho municipal no Plano Diretor, tem o firme propósito de apoiar a

política de saúde no município, para os próximos anos, que viabiliza o acesso de todas as pessoas

que procuram a rede de assistência, oferecendo uma atenção oportuna, eficaz e segura, tendo as

unidades de saúde como porta de entrada e elemento integrador dos demais pontos de atenção,

sistemas de apoio e diagnostico terapêutico e assistência farmacêutica, e complementação da

assistência através de seus convênios e contratos com terceiros.

Guarapuava constitui-se hoje, num centro regional de saúde. O sistema municipal de saúde

encontra-se totalmente gerenciado pelo município, dentro das ações e serviços de sua competência,

fundamentando-se nas seguintes diretrizes básicas:

-Descentralizar as ações e serviços mais próximos ao local de moradia dos cidadãos;

-Garantir a todos os cidadãos, o acesso às ações e serviços de saúde;

-Hierarquizar os serviços existentes, para permitir ao usuário dentro do SUS, o nível de complexidade

necessária à resuloção de seus problemas de saúde;

-Promover a participação da comunidade, dando ao usuário um papel de destaque nos processos de

decisão;

-Atuar na área de vigilância à saúde, através da ação conjunta entre vigilâncias epidemiológica e

sanitária, visando o trabalho preventivo e estabelecendo um conceito assistencial baseado em

Distritos Sanitários;

Tal sistema, além da rede própria, é composto também por prestadores de serviços de

caráter privado credenciados e cadastrados no Sistema Municipal de Saúde e especialistas lotados

no CRE, com vínculo com o município e estado.

9.2.1- Criação e Habilitação da Secretaria Municipa l de Saúde

No artigo 9º da Lei Municipal Nº 222/91, define se a Secretaria Municipal de Saúde como

órgão responsável pela coordenação e execução das atividades referentes à assistência

medica,odontológica e hospitalar do Município. A Norma Operacional atualmente em vigor é a Norma

Operacional de Assistência a Saúde – NOAS/SUS 01/2002, instituída pela Portaria GM/MS nº 373 de

27 de fevereiro de 2002 e com base nesta norma o município se encontra habilitado na condição de

Gestão Plena de Atenção Básica Ampliada, designada pela Portaria nº 561,de 09 de maio de 2003

MS/GM.

- Missão

Promover as condições necessárias ao pleno exercício de ações individuais e coletivas

visando promover, prevenir, reduzir ou eliminar riscos e agravos à saúde da população

guarapuavana.

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51

- Objetivos

-Tornar realidade a atenção primária, aliando qualidade técnica à humanização da

assistência a saúde e pressupondo qualificação permanente de recursos humanos, capacitação de

profissionais, potencializando a capacidade instalada de recursos físicos e humanos, oferecendo

desta forma ações e serviços com qualidade de resolução ao munícipes.

-Colocar em pratica em prol da saúde da população guarapuavana os três alicerces do

Sistema Único de Saúde: Universalidade- traduzida como a garantia de que os serviços cheguem a

todos os cantos do município, Equidade- entendida como o principio que garante o direito de

atendimento segundo as necessidades e vulnerabilidade de cada grupo ou pessoa,Integralidade- que

garante ao munícipe o atendimento articulado com prevenção de doenças e promoção de sua saúde

física e mental.

-Criar ambientes favoráveis a saúde e a adoção de estilo de vida saudável, mediante a

efetiva articulação intersetorial que permitam a atuação sobre as causas básicas gerando o perfil

epidemiológico, sanitário adequado da população guarapuavana.

-Ordenar as atividades da Secretaria Municipal de Saúde com prioridades elencadas que

tem por meta intensificar ações que promovam a qualidade de vida dos cidadãos , tomando por eixo a

atenção básica e garantindo quando necessário o atendimento especializado,seja ambulatorial ou

hospitalar.

- Responsabilidade

A Secretaria Municipal de Saúde,gestora do SUS no município é responsável pela

formulação e implantação de políticas, programas e projetos que visem promover, proteger e

recuperar a saúde da população.

- Meta

As metas gerais da administração da Secretaria Municipal de Saúde são a melhoria de seus

indicadores em conjunto com o gerenciamento profissional para maior eficiência de decisões,

agilidade no atendimento ao cliente para a resolução de seus problemas, otimização de recursos

financeiros na gestão de convênios com o Ministério da Saúde, intensificando ações que promovam a

qualidade de vida da população guarapuavana.

9.2. 2 SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE

SITUAÇÃO DE GESTÃO

A norma Operacional atualmente em vigor é a Norma Operacional de Assistência a Saúde –

NOAS/ SUS 01 / 2002 instituída pela portaria GM/MS nº 373 de 27 de fevereiro de 2002. O Município

de Guarapuava encontra-se com base nessa Norma habilitado na condição de Gestão Plena de

Atenção Básica Ampliada .

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52

CAPACIDADE INSTALADA

Os recursos humanos da Secretaria Municipal de Saúde estão assim distribuídos:

FUNÇÃO Nº DE SERVIDORES

AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE 179

AGENTE SOCIAL 07

ASSISTENTE SOCIAL 04

ATENDENTE POSTO TELEFÔNICO 01

ATENDENTE SOCIAL 04

AUXILIAR ADMINISTRATIVO 03

AUXILIAR CONSULTÓRIO DENTÁRIO 54

AUXILIAR DE ENFERMAGEM 121

AUXILIAR DE LABORATÓRIO 02

AUXILIAR OPERACIONAL 01

BIOQUIMICO 08

CIRURGIÃO DENTISTA 65

ENFERMEIRO 46

ENGENHEIRA DE ALIMENTOS 01

ESTAGIARIOS (AGENTES AMBIENTAIS) 28

FISCAL VIGILÂNCIA SANITÁRIA 08

FISIOTERAPEUTA 08

FONOAUDIOLÓGO 03

MÉDICO 100

MÉDICO VETERINÁRIO 01

MOTORISTA 43

NUTRICIONISTA 01

OFICIAL ADMINISTRATIVO 15

OPERADOR DE COMPUTADOR 06

PSICÓLOGO 07

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE 01

SERVENTE DE LIMPEZA 71

SERVENTE DE OBRAS 01

TÉCNICO EM ENFERMAGEM 05

TÉCNICO EM HIGIENE DENTAL 06

TÉCNICO EM RADIOLOGIA 02

TÉCNICO MANUTENÇÃO SETOR ODONTO 01

TÉCNICO PRÓTESE DENTÁRIA 05

TELEFONISTA 02

TOTAL 810

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53

INFRA – ESTRUTURA

Distando da capital do estado 260 km, é sede da 5ª Regional de Saúde, serve de pólo de

referência de pacientes para os municípios vizinhos, atendendo a uma população total de pouco

menos de meio milhão de pessoas.Na rede própria, após a reestruturação conta com serviços de

atendimento médico odontológico nos níveis primário, secundário e terciário e recursos humanos

redistribuídos a fim de atender a demanda, distribuídos de forma estratégica no sentido de cobertura

de praticamente todo os quadro urbano.

No município existe atualmente 04 estabelecimentos hospitalares entre entidades privadas

e filantrópicas, conveniadas ao SUS.

PROCESSO DE TRABALHO:

Objetivando readequar os serviços da rede ambulatorial municipal de forma a otimizar os

recursos humanos e estrutura física existente é que a partir de 2005 houve uma reestruturação do

sistema de municipal de saúde, melhorando a qualidade da assistência e a resolutividade da rede

assistencial .

A rede passou a trabalhar com uma infra-estrutura com 10 (dez) distritos sanitários que são

sede de Centros Integrados de Atendimento e compostos pela vinculação de equipes de saúde da

família, servindo de referência para estas equipes e conta com os seguintes serviços:

- Coordenadores Administrativos – Diretamente subordinados ao Gabinete da Secretária,

serão responsáveis por todas as unidades da área de abrangência dos distritos. Além da otimização

de recursos humanos, permitirá uma visão unificadora do ponto de vista administrativo para a região.

- Transporte – Os veículos estarão baseados nas sedes dos distritos e serão direcionados

para as ESF adstritas mediante a utilização de uma escala previamente negociada entre as partes.

Haverá comunicação do veículo com a respectiva unidade mediante utilização de telefones

celulares ou rádio. Nos chamados de supostas urgências e emergências a comunicação permitirá

rápido deslocamento de veiculo e elemento da ESF para avaliar o caso e providências necessárias.

- Digitação de dados – Conforme anteriormente referido, há um potencial de informações

no perfil nosológico da área de atuação de cada ESF. A utilização destas informações depende de

uma sistemática de coleta, armazenamento e processamento de dados. Devido a impossibilidade

pela ausência de equipamentos e recursos humanos, o sistemático processamento de dados das

ESF adscritas é realizado na sede da Secretaria Municipal de Saúde, no Departamento de

Tecnologia da Informação.

- Coleta de exames laboratoriais – A coleta de exames laboratoriais processados pelo

laboratório municipal será realizada de forma descentralizada nos CIA’s e nas equipes de Saúde da

Família de forma a evitar deslocamentos de pacientes e criar a vinculação dos mesmos com o

respectivo território.

- Consultas de pediatria e ginecologia – Em cada distrito há a disponibilidade de

consultas de pediatria e gineco-obstetrícia encaminhadas das ESF adscritas. A referência e contra-

referência em pediatria gineco-obstetrícia permite uma maior resolutividade do PSF, com a

possibilidade de troca de informações de forma ágil entre o clinico e os referidos profissionais.

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54

- Rede especializada – Os pacientes referenciados para a especialidade são agendados via

CIA e USF junto a central de marcação de consultas municipal, a qual agenda as consultas

especializadas, tanto na rede própria como nos serviços do CISGAP – Consorcio Intermunicipal de

saúde Guarapuava-Pinhão.

No que se refere à odontologia, os pacientes atendidos pela ESBF e SB dos CIA’s que

necessitem de atendimento especializado serão encaminhados para o Centro Municipal de

Especialidade Odontológica (CEO), em funcionamento desde setembro de 2000, (atendimento nas

seguintes áreas: endodontia, radiologia, periodontia, prótese dentária e cirurgia e atendimento a

pacientes especiais).

9.2.3 DESCRIÇÃO DA REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE

A rede de assistência do Sistema Municipal de Saúde de Guarapuava, é composta por

diversas unidades de saúde de diferentes níveis de complexidade, distribuídas geograficamente de

forma estratégica a proporcionar cobertura assistencial e acessibilidade aos serviços, a toda a

população, tanto na zona urbana como na zona rural.

Atualmente esta rede de assistência está composta por:

10 Unidades de CIA – Centro Integrado de Atendiment o

20 Unidades de PSF – Programa Saúde da Família

02 Unidades de PS – Posto de Saúde

05 Unidades especiais – Centro de Saúde da Mulher

PROSAM- Programa de Saúde Mental

CÔAS – Centro de Orientação e Apoio Sorológico

AMPDS- Ambulatório Municipal de Pneumologia e

Dermatologia Sanitária

CEO + LPD – Centro de Especialidades Odontologicas e

Laboratório de Prótese Dentária.

01 – Laboratório Municipal

01 – Clinica de Reabilitação

01 – Farmácia Municipal

02 – Unidades Diferenciadas – Urgência Municipal – 24 Horas

SAMU- Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

Também possuem atendimento especializado de consultas médicas através do Consórcio

Intermunicipal – CISGAP (Consórcio Intermunicipal de Saúde Guarapuava/Pinhão).

Os Distritos Sanitários estão organizados da seguin te forma:

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55

DISTRITO SANITÁRIO SANTANA –

Composto por: Endereço Tipo de Unidade

CIA SANTANA

Rua Domingos Marcondes, 710,

Santana

NIS II

Sede própria

PSF SÃO MIGUEL

Rua Pedro Siqueira, 364

Santana

Unidade Básica de PSF

Imóvel alugado/adaptado

DISTRITO SANITÁRIO BONSUCESSO –

CIA BONSUCESSO

Av. Sebastião de Camargo Ribas,584

Bonsucesso

NIS II

Sede própria

PSF RECANTO FELIZ

Rua das Gaivotas,159

Recanto feliz

Unidade Básica de PSF

Sede própria

PSF SÃO CRISTOVÃO Rua Santa Rita s/nº Unidade Básica de PSF

Sede cedida pela

associação

PSF PARQUE DAS

ARVORES

Rua Sorocaba,273

Conradinho

Unidade Básica de PSF

Sede alugada

DISTRITO SANITÁRIO PRIMAVERA

CIA PRIMAVERA

Rua Alfredo Fabiane, s/nº

Primavera

NIS II

Sede própria

DISTRITO SANITÁRIO XARQUINHO

CIA XARQUINHO

Rua Francisco Beltrão, 89

Xarquinho

NIS II

Sede própria

PSF DOURADOS

Rua Dourados s/nº

Bairro Industrial

Unidade Básica de PSF

Imóvel alugado/adaptado

DISTRITO SANITÁRIO MORRO ALTO

CIA MORRO ALTO

Rua XV de Novembro, 3461

Morro Alto

NIS II

Sede própria

PSF MORRO ALTO I

Rua Júlio Lourenço da Rosa, 86

Alto da XV

Morro Alto

Unidade Básica de PSF

Imóvel alugado/adaptado

PSF ADÃO KAMINSKI

Av. Bento Camargo Ribas, 375

Adão Kaminski

Unidade Básica de PSF

Sede própria

PSF RESIDENCIAL 2000

Rua dos Policiais,s/nº

Núcleo Habitacional 2000

Unidade Básica de PSF

Sede própria

PS RIO DAS PEDRAS

Unidade PS

Sede própria

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56

PSF PINHEIROS

Rua dos Pinheiros, 181

Xarquinho

Unidade Básica de PSF

Imóvel alugado/adaptado

DISTRITO SANITÁRIO VILA CARLI

CIA VILA CARLI

Av. Prof. Pedro Carli,172

Vila Carli

NIS II

Sede própria

PSF PAZ E BEM

Rua Antônio Dorigon, s/nº

Vila Carli

Unidade Básica de PSF

Sede própria

DISTRITO SANITÁRIO VILA BELA

CIA VILA BELA

Av. Moacir Júlio Silvestri, 2680

Vila Bela

NIS II

Sede própria

PSF JARDIM DAS

AMÉRICAS

Rua Uberlândia, 46

Jardim das Américas

Unidade Básica de PSF

Sede cedida pela

associação

PSF COLIBRI

Rua Martin Afonso, 172

Vila Colibri

Unidade Básica de PSF

Sede própria

DISTRITO SANITÁRIO BOQUEIRÃO

CIA BOQUEIRÃO

Rua Cândido Xavier, 411

Boqueirão

NIS II

Sede própria

PSF TANCREDO NEVES Rua José Linhares, 117

Boqueirão

Unidade Básica de PSF

Imóvel alugado/adaptado

PSF PLANALTO

Rua Borges de Medeiros, 185

Vila Bela

Unidade Básica de PSF

Imóvel alugado/adaptado

PSF CAMPO VELHO

Rua Adão Joel Dala Rosa, 60

Campo Velho

Unidade Básica de PSF

Sede própria

DISTRITO SANITÁRIO SANTA CRUZ

CIA SANTA CRUZ

Av. Rubem Siqueira Ribas, 1226

Santa Cruz

NIS II

Sede própria

PSF CONCÓRDIA

Rua Xambré, 70

Boqueirão

Unidade Básica de PSF

Imóvel alugado/adaptado

PSF JORDÃO

Rua Principal s/nº

Vila Jordão

Unidade Básica de PSF

Sede própria

DISTRITO SANITÁRIO ENTRE RIOS

CIA ENTRE RIOS

Rua Paraná 400 – Col. Vitória NIS II

Sede própria

PSF ENTRE RIOS II

Rua Paraná 400 – Col. Vitória Unidade Básica de PSF

Sede própria

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57

Tipo de Unidade – Especificação / infra estrutura

Unidade tipo NIS II com capacidade para atendimentos a uma população de até 15.000 hab,

atendimento médico (clínica geral, obstetrícia, pediatria) Assistência de enfermagem, odontologia e

terapias de apoio ( nutrição, psicologia, fisioterapia)

Unidade PSF simplificada – Unidade de Saúde da família que presta atenção primária à saúde, clínica

geral, assistência de enfermagem, odontologia e atendimento domiciliar

Unidade PS – Unidade tipo Posto de Saúde, presta assistência básica e atendimento médico e

odontológico periódico, assistência de enfermagem nível médio.

9.2.4 HOSPITAIS

No município existem 4 Unidades hospitalares, sendo 2 de médio porte e 2 de pequeno

porte, 1 instituição filantrópica e 3 privadas conveniadas ao SUS

1. Hospital de Caridade São Vicente de Paulo

Rua Marechal Floriano Peixoto, 1059

Hospital Filantrópico de médio porte, com capacidade para atendimento em serviços de alta

complexidade

2. Hospital Santa Tereza de Guarapuava Ltda.

Rua Pedro Alves, 1283

Hospital privado conveniado, de médio porte, com capacidade para atendimento em serviços

de alta complexidade

3. Hospital Estrela de Belém Ltda

Rua Professora Leonídia, 1203

Hospital privado conveniado, de pequeno porte, com capacidade para

atendimento em serviços de baixa complexidade

4. Hospital Fundação Semmelweis

Av. Michael Moor, 1901

Colônia Vitória – Entre Rios

Hospital privado conveniado, de pequeno porte, com capacidade para atendimento em

serviços de baixa complexidade

9.2.5 TOTAL DE LEITOS EXISTENTES E SUS

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58

INSTITUIÇÃO Nº DE LEITOS SUS Nº LEITOS

PRIVADOS

TOTAL

LEITOS

Hospital São Vicente 114 40 154

Hospital Santa Tereza 164 70 234

Hospital Estrela de Belém 92 36 128

Hospital Semmelweis 13 22 35

TOTAL 383 168 551

O Tempo médio para realização de exames laboratoriais, é variável devido à diversidade de

exames e de locais de realização (Os exames são realizados alguns no laboratório municipal e outros

nos laboratórios privados / conveniados ao SUS).

Entre a solicitação médica e a realização em geral o tempo médio é de 3 a 4 dias,

considerando-se os exames da rede básica de menor complexidade.

9.3 AÇÕES PROGRAMÁTICAS

O objetivo da Secretaria Municipal de Saúde de Guarapuava está baseado nas seguintes

ações programáticas que envolvem atividades preventiva e/ou curativas:

• Assistência Integral à Saúde da Criança

• Assistência Integral à Saúde da Mulher

• Assistência Integral à Saúde do Adulto

• Assistência Integral ao Portador de Deficiência

• Assistência Integral à Família

• Vigilância a Saúde: Epidemiológica e Sanitária

9.4 PROGRAMAS DESENVOLVIDOS PELA SECRETARIA MUNICIP AL DE SAÚDE

� Programa de Prevenção do Câncer de Colo do Útero

� Programa de Planejamento Familiar

� Programa de Controle e Acompanhamento do Hipertenso e do Diabético

� Programa de Atendimento Domiciliar aos Portadores de Deficiências

� Programa Anjo da Guarda

� Programa de Puericultura

� Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional

� PCCN- Programa de Combate as Carências Nutricionais / Bolsa Família

� Programa de Atendimento à Criança Desnutrida – Centro de Nutrição Renascer

� Programa de Imunizações – PNI

� Programa Leite das Crianças

� Programa de Atendimento à Gestante – SISPRENATAL

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59

� Programa de Hanseníase

� Programa de Tuberculose

� Programa de Prevenção de DST/AIDS (COAS)

� Programa Saúde da Família – PSF

� Programa de Agentes Comunitários de Saúde – PACS

� Programa de Combate à Dengue

� Programa de Controle de Qualidade de Produtos de Origem Animal

� Programa SISÁGUA

� Programa Saúde do Trabalhador

� Programa de Controle de Zoonoses – Tuberculose e Brucelose Bovina

� Programa Clinica do Bebê

� Programa de Atendimento Especializado Odontológico – CEO

� Programa Odontologia Escolar

� Programa Dente de Leite

9.5 Principais Ações da Secretaria Municipal de S aúde no ano de 2005

- Reestruturação do atendimento nas unidades de saúde – implantação dos Distritos

Sanitários, reativação dos CIA’s e expansão do funcionamento destes até as 21:00 horas;

- Participação de reunião do Grupo Técnico Intergestores – GTI e Bipartite.

- Realização de reuniões mensais do Conselho de Municipal de Saúde;

- Implantação de coordenações sanitárias;

- Elaboração do Diagnóstico Municipal;

- Oficina – Construindo o Sistema Municipal de Saúde de Guarapuava;

- Elaborção do PLANVIGI / VIGISUS II;

- Campanha Cárie Tolerância Zero;

- Implantação do CISGAP;

- Reuniões e Fórum sobre o destino do resíduo de saúde.

- Elaboração da LDO – 2006;

- Organização do Reach Brasil no Guairacá e Banhados;

- Participação nas reuniões do Polo Regional de Educação Permanente, com protocolo dos

cursos de formação inicial de ACS e Urgência Pré-hospitalar;

- Elaboração do Plano Plurianual – PPA;

- Elaboração de Planilhas do PROESF Plus;

- Participação do Curso de Humanização no Atendimento à Saúde (PREPS);

- Participação na Conferência do Trabalhador;

- Coordenação das reuniões do Programa Vida;

- Elaboração e realização do Projeto de Coleta de Preventivo do Câncer de Colo de Útero;

- Reformulação da atenção materno-infantil;

- Realização de Teste Seletivo para contratação de médicos, dentistas e Agetes Comunitarios

de Saúde;

- Coordenação e realização da VII Conferência Municipal de Saúde;

- Acompanhamento de visitas técnicas do PROESF em Guarapuava;

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60

- Participação da Oficina de Avaliação do PROESF em Curitiba;

- Participação do Fórum Futuro 10 Paraná;

- Elaboração da Oficina de Prevenção de Incapacidades em Mal de Hansen;

- Visita ao municipio de Cambé para conhecimento do Sistema de Saúde;

- Reunião Técnica com Faculdades Campo Real para viabilização do Serviço de Verificação de

Óbito;

- Acompanhamento de visita do Técnico da Atenção Básica do Ministério da Saúde;

- Mudança da estrutura da Urgência Municipal;

- Reforma do CIA Entre Rios;

- Reuniões com médicos obstetras e neurologistas da rede;

- Reunião com diretores de hospitais para informação das mudanças na atenção materno-

infantil;

- Aquisição de 12 autoclaves para os CIA’s e Central de Material de Esterilização;

- Aquisição de móveis para estrutura fisica da Urgência Municipal e Laboratório;

- Estruturação do Almoxarifado Central;

- Participação do Evento junto com o Grupo Soroptimista de “Não Violência Contra a Mulher”;

- Reativação da Clinica Municipal de Reabilitação;

- Oficialização do SAMU Municipal com novas instalações e Central de Regulação.

9.6 UNIDADES QUE COMPLEMENTAM O SISTEMA DE SAÚDE MU NICIPAL

ATENDIMENTO URGÊNCIA E

EMERGÊNCIA

INTERNAMENTOS

-Hosp. São Vicente de Paula

-Hosp. Santa Tereza – Colonia

Vitoria e Distrito Sede

-Hosp. e Maternidade São Judas

Tadeu Ltda

-Hosp. Nossa Sra. do Belém

-Clínica de Fraturas Santa Maria.

-Hosp Santa Tereza

-Hosp. São Judas

-Hosp. Nossa Sra. do Belém

-Hosp. São Vicente

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde.

Estabelecimentos de Saúde - Total 77

Estabelecimentos de Saúde públicos 42

Estabelecimentos de Saúde privados 35

Estabelecimentos de Saúde com internação 8

Estabelecimentos de Saúde com internação públicos 0

Estabelecimentos de Saúde com internação privados 8

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61

Estabelecimentos de Saúde sem internação 54

Estabelecimentos de Saúde sem internação públicos 40

Estabelecimentos de Saúde sem internação privados 14

Estabelecimentos de Saúde de apoio à diagnose e terapia 15

Estabelecimentos de Saúde de apoio à diagnose e terapia públicos 2

Estabelecimentos de Saúde de apoio à diagnose e terapia privados 13

Estabelecimentos de Saúde com plano de saúde próprio 2

Estabelecimentos de Saúde que prestam serviços a plano de saúde de

terceiros

30

Estabelecimentos de Saúde com atendimento particular 32

Estabelecimentos de Saúde que prestam serviços ao SUS 59

Postos de trabalho de nível superior 463

Postos de trabalho de médicos 286

Postos de trabalho de enfermeiros 39

Postos de trabalho de odontólogos 57

Postos de trabalho de nível técnico/auxiliar 502

Postos de trabalho de auxiliar de enfermagem 410

Postos de trabalho de técnicos de enfermagem 9

Leitos 695

Leitos disponíveis ao SUS 496

Internações no ano de 2001 25.486

Equipamentos de diagnóstico através de imagem 47

Equipamentos de infra-estrutura 9

Equipamentos por métodos óticos 10

Equipamentos por métodos gráficos 21

Equipamentos para terapia por radiação 0

Equipamentos para manutenção da vida 174

Mamógrafos com comando simples 1

Mamógrafos com estereotaxia 1

Tomógrafos 4

Eletrocardiógrafos 17

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62

Ultra-som dopller colorido 3

Ultra-som ecógrafo 6

Eletroencefalógrafos 4

Equipamentos de hemodiálise 22

Raio X para densitometria óssea 1

Raio X até 100mA existentes 8

Raio X de 100 a 500mA 6

Raio X mais de 500mA 4

Equipo odontológicos 64

Grupo de geradores 5

Fonte: IBGE, Assistência Médica Sanitária 2002

9.7. ANALISE DA SITUAÇÃO SAÚDE DO MUNICÍPIO DE GUAR APUAVA

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E SANITÁRIA

A reorganização do sistema de saúde no Brasil pelo processo de municipalização

representou a possibilidade de tornar conjuntas, pelos princípios da resolutividade e integralidade, as

ações curativistas (procedimentos ambulatoriais, hospitalares e de diagnósticos) e as preventivas e

de promoção da saúde (programas e projetos de saúde pública,campanhas, ações educativas), e até

a Reforma Sanitária, assistência e prevenção eram vertentes separadas da atenção pública à saúde.

Quando se analisa os problemas de saúde que uma população apresenta, nota-se que a

maior parte, refere-se a processos e doenças que podem ser resolvidos no primeiro nível de atenção,

através de procedimentos eficazes e de baixo custo e complexidade.

Uma grande quantidade de problemas de menor complexidade pode ser prevenida, através

de ações e procedimentos específicos, como por exemplo, as imunizações, ou ainda, através da

melhoria geral das condições e as qualidade de vida, tanto a nível individual como coletivo. Trata-se

de uma visão mais ampliada do conceito de saúde, e que é muito mais que não ficar doente, e

envolve aspectos como educação, alimentação, condição de habitação, trabalho e meio ambiente,

entre outros. É nesta visão que o município de Guarapuava, desde o inicio da atual administração,

vem trabalhando e resgatando políticas que promovam a melhor da qualidade de vida da população,

com programas direcionados a melhoria dos indicadores de saúde.

Guarapuava, como outras cidades de grande porte, apresenta crescimento nos seus

índices de morbi – mortalidade por causas externas , como violência, acidentes em geral e de

transito; também devido ao estilo de vida de seus munícipes e toda a correria dos dias de hoje,

imposta pela necessidade humana.Por conseguinte serão necessárias mudanças no perfil dos

serviços e, principalmente,o incremento de ações inter-setoriais para desenvolvimento de processos

educativos e de co- responsabilidade social.

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63

Algumas especialidades precisam sofrer adequações entre a demanda e a oferta, como é o

caso da assistência ao Pré – Natal e ao Parto. As unidades de saúde quando encaminham seus

clientes para outros pontos de atenção, nem sempre conseguem acompanhar a evolução dos

procedimentos.

A Secretaria Municipal de Saúde, procurando sanar estas dificuldades, reestruturou apartir

do inicio do ano de 2005, os seus Centros Integrados de Atendimento e adequando toda a rede,

desta forma, buscando um melhor monitoramento do trajeto do usuário do sistema público

,avançando na proposta de consolidação do SUS.

Enfrentar as questões de saúde exige das autoridades, gestores e técnicos, conhecer a

realidade,focalizar as políticas publicas com planejamento e decisões racionais para priorizar esse ou

aquele tipo de ação, e que tenham a maior efetividade e eficiência no uso dos recursos para a

promoção, prevenção e recuperação da saúde, e através dos registros epidemiológicos, sanitários e

demográficos pode-se observar que existe no município grupos populacionais que estão mais

expostos a riscos na sua saúde, como por exemplo crianças menores de um ano, gestantes, idosos,

trabalhadores sob certas condições de trabalho, portadores de determinadas patologias, etc.

A vontade política da atual administração municipal e o atual momento de descentralização

do SUS, permitiram a implantação de uma nova programação nas praticas de saúde do

cidadão guarapuavano, como por exemplo; o programa Carie Tolerância Zero realizado em

vários finais de semanas para suprir a demanda populacional, a expansão do horário de atendimento

dos Centros Integrados até as 21:00 horas, entre outras ações programadas para uma pratica em

saúde moderna, racional e para todos.

9.8 INDICADORES DE SAÚDE DO MUNICÍPIO REFERENTE AO ANO 2005

INDICADOR REF.

Taxa de mortalidade infantil 22,24%

Proporção de nascidos vivos com baixo peso ao nascer 8,92%

Proporção de óbitos em menor de um ano por causas mal definidas 1,4%

Taxa de internações por IRA em menor de 5 anos de idade 1,48%

Homogenecidade da cobertura vacinal por tetra valente em menor de 0 anos 103,23%

Taxa de mortalidade neonatal 16,6%

Taxa de mortalidade materna 187,9%

Proporção de nascidos vivos de mães com 4 consultas ou mais de consulta de

Pré-natal

93%

Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil investigados 100%

Razão entre exames citopatológicos cérvico vaginais em mulher de 25 a 59 anos

população feminina nesta faixa etária

19%

Taxa de mortalidade de mulheres por Câncer de colo de útero 15,67%

Taxa de mortalidade de mulheres por Câncer de mama 8,95%

Proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de Pré-natal 48%

Taxa de internação por AVC 55,67%

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Taxa de mortalidade por doenças cérebrovasculares 168,1%

Taxa de internações por ICC 105,4%

Proporção de internações por cetoacidoses e com diabete mellites 0%

Proporção de internações por diabete mellites 3,9%

Proporção de abandono do tratamento da tuberculose 2,94%

Taxa de incidência de Tuberculose pulmonar positiva 8,98%

Taxa de mortalidade por tuberculose 0,6%

Proporção de abandono do tratamento de hanseníase 0

Taxa de detecção de casos novos de hanseniase 2,22

Proporção de cura dos casos novos de hanseníase diagnosticados 72,93%

Taxa de prevalência da hanseníase 4,13%

Proporção do grau de incapacidade 1 e 11 registrados no momento do diagnostico

51,35%

Cobertura de 1ª consulta odontológica 12,39%

Razão entre os procedimentos odontológicos coletivos e a população de 0 a 14

anos

3,8%

Proporção de exodontias em relação as ações básicas individuais 7,16

Proporção da população coberta pelo PSF 41,32%

Média anual de consultas médicas por habitante nas especialidades básicas 2

Média mensal de VD por família 1

Fonte: DIVE - 2006

9.9 Características Epidemiológica do Município de Guarapuava

Serie Histórica de Mortalidade – 1997 a 2005

ANO População Total de

Óbitos

Taxa Geral por

mil hab.

População de

Nascidos

Vivos

Total de

óbitos em

< 1 ano

Taxa de

Mortalidade

Infantil por

mil hab.

1997 154.446 994 6,43 3.826 129 33,71

1998 157.476 893 5,67 3.810 119 31,23

1999 160.510 1019 6,34 3.765 118 31,34

2000 163.555 962 5,88 3.620 95 26,24

2001 166.616 938 5,62 3.365 92 27,34

2002 159.103 900 5,65 3.123 85 27,21

2003 160.933 934 5,80 3.025 60 19,54

2004 162.754 932 5,72 3.051 59 19,35

2005 166.895 904 5,41 3.192 71 22,24

Fonte : DIVE- SMS - 2006

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65

As três principais causas de óbitos de residentes no Município de Guarapuava, em 2005,

segundo dados da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde foram as

doenças ligadas ao aparelho circulatório, as neoplasias e doenças do aparelho respiratório,

respectivamente.

Entre os menores de um ano, a principal causa esta ligada a prematuridade, seguindo-se

das maus- formações.

O perfil sanitário prevalente no Município é diversificado e reflete a presença de diferentes

perfis epidemiológicos, coexistem enfermidades infecciosas e parasitarias, características de cidades

em desenvolvimento, e as doenças ditas crônicas , como as cardiovasculares e neoplasias, típicas

dos paises desenvolvidos. Ainda nesse contexto, interagem e se refletem sobre o sistema de saúde

municipal, aspectos associados a condições de vida da população, como saneamento e habitação.

A seguir apresentamos a serie histórica de agravos de notificação compulsória, ocorridos

entre os anos de 2000 a 2005, e os números de doenças e agravos ocorridos no município em seus

bairros.

9.10 Serie Histórica de casos confirmados de agravo s de notificação

compulsória

DNC 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Relação Nº CI Nº CI Nº CI Nº CI Nº CI Nº CI

Ac.

Animais

Peçonhent

os

31

18,1

15

9,0

26

16,3

22

13,6

62

38,0

62

37,1

AIDS 53 32,4 27 16,2 42 26,3 33 20.5 48 29.4 44 26.3

Atend.

Anti-

Rabico

107

65,4

93

55,8

79

49,6

92

57,1

115

70,6

109

65,3

Coqueluch

e

- - - - - - - - 2 1,2 4 2,3

Dengue 2 1,2 - - 2 1,2 - - - - - -

DST 338 206,6 191 114,6 151 94,9 131 81,4 120 73,7 118 70,7

Hansenias

e

38 2,3 31 2,0 33 2,0 42 2,6 43 2,6 37 2,2

Hantaviros

e

- - - - - - - - - - 7 4,1

Hepatite A 98 59,9 58 34,8 25 15,7 7 4,3 47 28,8 131 80,8

Hepatite B 26 15,9 20 12,0 48 30,1 9 5,5 11 6,7 23 13,7

Hepatite C 1 0,61 1 0,6 17 10,6 2 1,2 - - 1 0,5

Leichmani

ose

4 2,4 - - 2 1.2 1 0,6 4 2,4 1 0,5

Leptospiro

se

1 0,6 1 0,6 2 1,2 - - - - 3 1,7

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66

Meningite 27 16,5 22 13,2 20 12,5 8 4,9 8 4,9 6 3,5

Tétano

Acidental

2

1,2

-

-

1

0,6

1

0,6

-

-

1

0,5

Tuberculos

e

39 23,8 54 32,0 43 27,0 58 36,0 50 30,7 34 20,3

Varicela - - - - - - - - 2 1,2 32 19,1

Intoxicaçõe

s

1 0,6 1 0,6 20 12,5 10 6,2 26 15,9 27 16,1

Fonte: DIVE – SMS – 2006

- Serie Histórica do Monitoramento da Doença Diarré ica Aguda

Ano referencia Número Total Coeficiente de Incidência

2001 2.345 1407,42

2002 4.147 2606,48

2003 4.420 2746,48

2004 3088 1897,34

2005 5.157 3089,96

Fonte: DIVE – SMS - 2006

10. PROMOÇÃO SOCIAL

10.1 Dados da Realidade Social de Guarapuava

População potencialmente usuária da Assistência Soc ial (Fonte: CENSO, 2000)

População total do município de Guarapuava: 155161

Faixa 0 a 6 anos: 16855 Faixa 7 a 14 anos: 30908

Faixa 15 a 24 anos: 27053 Faixa 25 a 59 anos: 35090

Faixa 60 a +: 10737 Nº de famílias: 41980

Segundo IPARDES6 (2003), Guarapuava possui, com base no censo de 2000, um total de

44.6767 famílias das quais, 11.104 são famílias com renda mensal per capta até ½ salário mínimo,

significando uma taxa de pobreza de 24,85%, que impõe a Política de Assistência Social a

responsabilidade de inclusão social dessas famílias. Requerendo do município um investimento na

área social via políticas públicas.

A particularidade do município de Guarapuava como pólo regional, atraindo a população

dos municípios vizinhos em busca de trabalho, serviços médicos e assistenciais, coloca desafios para

a gestão da Política de Assistência Social, pois, criar uma dinâmica de inclusão social implica a

articulação da Assistência Social com as demais políticas setoriais.

10.2 Política de Assistência Social

6 Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - IPARDES. Famílias pobres no Paraná, 2003.

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67

De acordo com o artigo primeiro da LOAS, “ a assistência social, direito do cidadão e

dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais,

realizada através de um conjunto integrado de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o

atendimento às necessidades básicas”.

A Constituição Federal de 1988 traz uma nova concepção para a Assistência Social

brasileira. Incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da

Assistência Social – LOAS – em dezembro de 1993, como política social pública, a assistência

social inicia seu trânsito para um campo novo: o campo dos direitos, da universalização dos

acessos e da responsabilidade estatal. A LOAS cria uma nova matriz para a política de

assistência social, inserindo-a no sistema do bem-estar social brasileiro concebido como campo

de Seguridade Social, configurando o triângulo juntamente com a saúde e a previdência social.

A inserção na Seguridade Social aponta, também, para seu caráter de política de

Proteção Social articulada a outras políticas do campo social voltadas à garantia de direitos e de

condições dignas de vida. Segundo DI GIOVANI (1998, p. 10), entende-se por Proteção Social as

formas “institucionalizadas que as sociedades constituem para proteger parte ou o conjunto de

seus membros. Tais sistemas decorrem de certas vicissitudes da vida natural ou social, tais como

a velhice, a doença, o infortúnio, as privações [...] Neste conceito, também, tanto as formas

seletivas de distribuição e redistribuição de bens materiais (como a comida e o dinheiro), quando

os bens culturais (como os saberes), que permitirão a sobrevivência e a integração, sob várias

formas na vida social. Ainda, os princípios reguladores e as normas que, com intuito de proteção,

fazem parte da vida das coletividades’’. Desse modo, a assistência social configura-se como

possibilidade de reconhecimento público da legitimidade das demandas de seus usuários e

espaço de ampliação de seu protagonismo.

A proteção social deve garantir as seguintes seguranças: segurança de sobrevivência

(de rendimento e de autonomia); de acolhida; e, convívio ou vivência familiar.

A segurança de rendimentos não é uma compensação do valor do salário-mínimo

inadequado, mas a garantia de que todos tenham uma forma monetária de garantir sua

sobrevivência, independentemente de suas limitações para o trabalho ou do desemprego. É o

caso de pessoas com deficiência, idosos, desempregados, famílias numerosas, famílias

desprovidas das condições básicas para sua reprodução social em padrão digno e cidadã.

Por segurança da acolhida, entende-se como uma das seguranças primordiais da

política de assistência social. Ela opera com a provisão de necessidades humanas que começa

com os direitos à alimentação, ao vestuário, e ao abrigo, próprios à vida humana em sociedade. A

conquista da autonomia na provisão dessas necessidades básicas é a orientação desta

segurança da assistência social. É possível, todavia, que alguns indivíduos não conquistem por

toda a sua vida, ou por um período dela, a autonomia destas provisões básicas, por exemplo, pela

idade – uma criança ou um idoso -, por alguma deficiência ou por uma restrição momentânea ou

contínua da saúde física ou mental.

Outra situação que pode demandar acolhida, nos tempos atuais, é a necessidade de

separação da família ou da parentela por múltiplas situações, como violência familiar ou social,

drogadição, alcoolismo, desemprego prolongado e criminalidade. Podem ocorrer também

7 Projeção realizada pelo IPARDES, com base no censo de 2000.

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situações de desastre ou acidentes naturais, além da profunda destituição e abandono que

demandam tal provisão.

A segurança da vivência familiar ou a segurança do convívio é uma das necessidades a

ser preenchida pela política de assistência social. Isto supõe a não aceitação de situações de

reclusão, de situações de perda das relações. É próprio da natureza humana o comportamento

gregário. É na relação que o ser cria sua identidade e reconhece a sua subjetividade. A dimensão

societária da vida desenvolve potencialidades, subjetividades coletivas, construções culturais,

políticas e, sobretudo, os processos civilizatórios. As barreiras relacionais criadas por questões

individuais, grupais, sociais por discriminação ou múltiplas inaceitações ou intolerâncias estão no

campo do convívio humano. A dimensão multicultural, intergeracional, interterritoriais,

intersubjetivas, entre outras, devem ser ressaltadas na perspectiva ao convívio.

Nesse sentido a Política Pública de Assistência Social marca sua especificidade no

campo das políticas sociais, pois configura responsabilidades de Estado próprias a serem

asseguradas aos cidadãos brasileiros.

Marcada pelo caráter civilizatório presente na consagração de direitos sociais, a LOAS

exige que as provisões assistenciais sejam prioritariamente pensadas no âmbito das garantias de

cidadania sob vigilância do Estado, cabendo a este a universalização da cobertura e a garantia de

direitos e acesso para serviços, programas e projetos sob sua responsabilidade.

Na IV Conferência Nacional apontou como uma das principais deliberações a

construção e implementação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, requisito essencial

da LOAS para dar efetividade à assistência social como política pública. Desta forma, o SUAS

materializa o conteúdo da LOAS para a realização dos objetivos e resultados que devem

consagrar direitos de cidadania e inclusão social.

O SUAS normatiza os padrões de serviços, da qualidade no atendimento, aponta

indicadores de avaliação e resultados, nomina e padroniza a rede e os serviços

socioassistenciais.

Os serviços socioassistenciais no SUAS são organizados segundo as seguintes

referências:

Vigilância Social: refere-se à produção, sistematização de informações, indicadores e

índices terretorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social que incidem

sobre famílias/pessoas nos diferentes ciclos da vida. Os a serem construídos devem mensurar no

território as situações de riscos sociais e violação de direitos.

Proteção Social: refere-se a segurança de sobrevivência ou de rendimento e de

autonomia, a segurança de convívio ou vivência familiar e segurança de acolhida.

Defesa Social e Institucional: a proteção social básica e especial devem ser organizadas

de forma a garantir aos usuários o acesso ao conhecimento dos direitos socioassistenciais e sua

defesa.

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11. SERVIÇOS URBANOS

12. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E LIMPEZA PÚBLICA

A problemática do lixo urbano é cada vez mais séria, pois, diariamente, grande volume

deste material é produzido. Além da responsabilidade do Poder Público em oferecer todas as

condições para eficiência no que diz respeito à coleta, destino e aproveitamento do lixo, seja de

qualquer tipo de procedência, existe também a falta de cuidado, educação e conscientização da

população em relação aos dejetos que produzem. Todo um processo de implantação de uma

alternativa eficiente para solucionar tais questões implica em altos custos que os Municípios não

estão em condições financeiras para arcar.

Com uma população próxima de 170.000 habitantes, a produção diária de lixo é de cerca

de 53,5 ton./dia (valor obtido, considerando a média da produção de lixo em países

subdesenvolvidos, ou seja, 0,5 Kg/hab/dia). Sabe-se que vários são os fatores que devem ser

considerados para uma projeção da produção e composição do lixo; as variações sazonais, a

expansão física da cidade e as variações econômicas. No entanto, atualmente obtivemos a seguinte

média na composição do lixo urbano de Guarapuava.

GRÁFICO 04 -

Demonstrativo da Composição do Lixo Urbano de Guara puava

0

10

20

30

40

50

60

Matéria Orgânica

Papel e Papelão

Plástico

Terra e Rocha

Metal Ferroso

Diversos

Vidro

Madeira

Outros

Fonte: CAMARGO, Maurício - Estudo para Implantação de Usina Recicladora do Lixo em Guarapuava.

Obs.: Os dados acima estão representados em percent uais.

O aproveitamento do lixo tem sido uma alternativa de sobrevivência para a população

carente. Os número de catadores tem se multiplicado na cidade, correndo grandes riscos de saúde

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por estarem em contato com todo tipo de resíduo, inclusive hospitalar pois não tem sido feito nenhum

tipo de separação na coleta e destino final.

O destino final do lixo urbano é hoje localizado em uma área próxima ao Aeroporto Municipal

localizado em fundo de vale, necessitando urgente de medidas efetivas para implantação de aterro

sanitário. A degradação do solo, água e ar encontra-se bastante acentuada, necessitando de

medidas urgentes.

A determinação da quantidade da produção de resíduos hospitalares foi obtida através de

bibliografia difundida* . Acredita-se que os valores que melhor exemplificam é a correlação entre o

número de leitos e a quantidade de resíduos hospitalares totais produzidos. O valor médio que foi

adotado como coeficiente de produção de resíduos sólidos hospitalares foi de 2 Kg./leito/dia.

Guarapuava possui atualmente 524 leitos, portanto produz cerca de 1.048 Kg. de resíduo hospitalar

por dia.

Os serviços de limpeza pública são realizados pela SURG e Secretaria de Obras. Sua área

de atuação restringe-se às centrais e núcleos habitacionais com ruas pavimentadas. È necessário

medidas mais impositivas com relação à limpeza de terrenos não edifcados, construção de calçadas,

muros de fechamento.

13. SERVIÇOS FUNERÁRIOS

O gerenciamento dos serviços funerários é feito através da Prefeitura Municipal. Os quatro

cemitérios existentes na cidade estão com sua capacidade esgotada. Existe a necessidade de

criação de novas áreas, bem como a implantação de novos cemitérios

14. TRANSPORTE COLETIVO

O transporte coletivo urbano é explorado pela empresa de Transportes Urbanos Pérola do

Oeste Ltda. Embora o serviço atenda à quase a totalidade da área urbana e apresentando-se

superficialmente satisfatório suas deficiências têm raízes mais profundas do que o simples raio de

atendimento. Guarapuava, face ao seu estágio de desenvolvimento e de acordo com as tendências

das diretrizes de uso e ocupação, necessitará de uma revisão no funcionamento do sistema, que

deverá fortalecer a proposta de descentralização da prestação de serviço e comércio.

Atualmente, a maior parte dos usuários do sistema tem desejo de viagem bairroxcentro,

justamente devido a centralidade e disponibilidade de comércio e serviços concentrados na área

central. A periodicidade e o tempo de espera, faz com que muitos não sejam usuários do sistema.

Neste ano de 2006, foi realizado Disgnóstico do sistema, através de Convênio entre o

Município e o Paranacidade, que permitirá o estabelecimento das diretrizes para novo funcionamento

*Le Richê prevê 2 a 4 Kg/paciente dia.

Hart indica 3 Kg/paciente/dia para hospitais normais e 8,2 Kg para hospitais de treinamento.

Zaltsman aponta uma média de 1,77 Kg./leito/dia em um estudo efetuado no Centro Médico da Universidade de

West Virginia

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do sistema. A frota da empresa que efetua o transporte coletivo urbano no Município é igual a 54

Veículos. São 47 Linhas Urbanas e um total de 679.565 passageiros/mês.

Um transporte alternativo que vem crescendo é o de “Vans”, bastante utilizado no transporte

de estudantes e funcionários de determinadas empresas.

Também há o transporte Distrital, uma vez que somam-se à área urbana do distrito Sede

(Cidade de Guarapuava), as demais áreas urbanas (Palmeirinha, Distrito de Entre Rios, Guará e

Guairacá).

O Quadro seguinte, demosntra a frota existente no Município, no ano de 2004.

Automóvel - Tipo de Veículo 26.700

Caminhão - Tipo de Veículo 3.492

Caminhão trator - Tipo de Veículo 762

Caninhonete - Tipo de Veículo 1.968

Micro-ônibus - Tipo de Veículo 148

Motocicleta - Tipo de Veículo 2.979

Motoneta - Tipo de Veículo 495

Ônibus - Tipo de Veículo 281

Trator de rodas - Tipo de Veículo 0

Fonte: Dados Frota - Ministério da Justiça, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN - 2004

15. SISTEMA VIÁRIO

Devido a um Sistema de planejamento que vem sendo implantado tem se alcançado uma

racionalização para maior eficiência do Sistema Viário para garantir a fluidez do tráfego e também

para dar direcionamento para a distribuição de uso e ocupação de acordo com as funçoes das vias.

A cidade possui, no centro, um traçado em xadrez. Algumas intervenções já foram adotadas a

fim de garantir a ligações entre Bairros e maior fluidez de tráfego, mas ainda há bastante a ser feito.

Uma característica da estruturação urbana que dificulta sobremaneira a melhoria do sistema viário,

notadamente às ligações entre os bairros, são as grandes áreas vazias inseridas na malha urbana

existente e a extensão territorial horizontal da Cidade, que onerou demasiadamente o Sistema Viário,

além da ferrovia e aspectos hidrográficos.

O Município possui Lei do Sistema Viário, que estabele a hierarquia das Vias, e os novos

loteamentos tem obedecido as diretrizes estabelecidas. Ainda assim, estão sendo procedidas

revisões, uma vez que as diretrizes para o novo Plano Diretor, dependerão muito da funcionalidade

do sistema.

16. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

A atual organização administrativa da Prefeitura de Guarapuava, compõe-se das seguintes

secretarias:

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1- Administração direta:

-Secretaria Executiva

-Secretaria de Planejamento

-Secretaria de Administração

-Secretaria de Finanças

-Secretaria de Educação

-Secretaria de Promoção Social

-Secretaria de Saúde

-Secretaria de Viação, Obras e Serviços Urbanos

-Secretaria de Indústria e Comércio

-Secretaria de Habitação e Urbanismo

-Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente

-Secretaria de Turismo

-Ouvidoria

2- Órgãos consultivos:

Conselho Municipal de Assitêcnia Social

Conselho Municpal dos Direitos da Criança

Conselho Municipal dos Direitos da pessoa Portadora de Deficiência

Conselho Municipal do Idoso

Conselho Municipal da Mulher

Conselho Municipal de saúde

Conselho Municipal de Trânsito

Conselho Municipal do Plano Diretor de Guarapuava

Conselho municipal do Plano Diretor de Entre Rios

17. PARTICIPAÇÃO POPULAR NA ELABORAÇÃO DO PLANO DIR ETOR DO

MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA

Um fato que vem se generalizando em nossa sociedade, é a importância dada à participação

popular processos políticos e de planejamento, especialmente naqueles vinculados às decisões que

afetam às condições de vida das classes populares. As Associações de Bairros tornam-se cada vez

mais importantes, em face ao processo espoliativo que caracteriza a dinâmica urbana da sociedade

atual. A população tem garantido e demonstrado desejo de exercer sua influência nas esferas do

poder que decidem o modo de governar a cidade.

A Constituição Federal e o Estatuto da Cidade é uma clara demonstração da conquista do

espaço para discussão e participação da política urbana. Forte exemplo neste sentido, é a

obrigatoriedade da participação popular na elaboração do Plano Diretor.

O processo participativo tem encontrado força nas regulamentações que tem sido

estabelecidas. Tal processo vem tomando corpo. De um lado com a luta cada vez maior da

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população em organizar-se a fim de lutar contra o processo segregador e espoliativo. E de outro,

perfis ideológicos que caracterizam um ou outro governo local.

A pauperização das classes populares e a real espoliação urbana, exercida pelo próprio

Estado e expressada pela extorsão que se opera através de inexistência ou precariedade de serviços

de consumo coletivo socialmente necessários, estimula e delineia a forte prática reivindicatória que

identifica as ações das Associações de Bairros, gerando resultados que restringem-se à soluções

paliativas e de alcance apenas localizado.

Medidas de discussões setoriais, com entidades de classe e formadores de opinião, também

tem contribuído para o processo de participação. As Conferêcnias das Cidades e os Planos Regionais

de Desenvolvimento desenvolvidos pelo Estado tem incentivado e convocado a participação.

Uma pesquisa realizada pela Prefeitura Municipal, sobre a participação da população em

alguma organização comunitária, demonstra a fragilidade do processo e do exercício participativo do

cidadão dentro de sua comunidade. Cerca de 76,15% da população não participa de nenhum tipo de

organização comunitária. Acredita-se que é dentro das organizações da comunidade que pode-se

obter o verdadeiro exercício e aprendizado da democracia direta, à de se alicerçar uma gestão

democrática e participativa. Embora a conquista de tal espaço dependa muito mais das lutas entre os

segmentos estratificados de nossa sociedade, acredita-se que é de responsabilidade do Poder

Público a abertura de canais competentes para viabilizar a participação popular na gestão urbana.

A fase de diretrizes tem-se caracterizado por maior maturidade do contexto político do

processo de planejamento. As diretrizes foram discutidas através da revalorização do Conplug e

Conpluerg (Conselho Municipais do Plano Diretor de Guarapuava e Entre Rios respectivamente) e a

participação da sociedade civil organizada (AGIG, CDL, UGAM, AEAG, ect).

O exercício da cidadania deve ser estimulado em todos os setores, deve ser diário e

principalmente não apenas reivindicatório, mas que tenham como finalidade a conquista de espaços

políticos mais amplos. O Poder Público deverá, portanto, mudar sua postura de relações

paternalistas, de mera troca de favores entre comunidade e governantes, para exercer papel de

veículo da conquista da sociedade organizada.

Documentos comprobatórios demonstram como tem sido realizada a participação popular ao

longo dos anos em que se tem trabalhado com Plano Diretor no Município de Guarapuava.

Além das experiências anteriores, nestes anos de 2005 e 2006, tem sido efeticada a

participação popular das seguintes formas:

Foram realizadas reuniões do Conpluerg com representantes do Distrito de Entre Rios.

Primeiramente com uma exposição Geral de dados e tendências. Posteriormente foram realizadas

audiências setoriais em cada uma das Colonias (Samambaia, Jordãozinho, Vitória, Cachoeira,

Socorro) e por último foi realizada uma audiência geral, com todas as Colonias, apresentando um

resultado geral com aprovação das propostas. A audiêcnia teve grande partcipação popular e foi

muito produtiva. Atas, filmes, fotos, questionários, mapeamentos e listas de presença são os

documentos destas reuniões.

No Distrito Sede, foram até o momento realizadas 04 audiências Setoriais. Material referente

às mesmas pode ser consultado no caderno de Participação Popular. Após foi realizada audiência

geral, no dia 14 de junho de 2006, no Clube Guaíra – Centro, onde foi convocada toda a população

através de rádio, jornais e encaminhado oficios para uma diversidade de segmentos como por

exemplo: Secretarias Municipais, Associações de Moradores, Associações Comerciais, Entidades

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Representativas, Concessionários dos Serviços Públicos, Sindicato Rural, dentre. Também desta se

tem documentos como Atas, filmes, fotos e listas de presença, questionários. Na audiência foi

disponibilizado prazo de 15 dias, para que fossem encaminhadas propostas, alterações,

considerações e/ou reinvidicações.

Após esta data, foi preparado compendio de todo o materail produzido e cadernos de

Legislações, como a Lei do Plano Diretor e Complementares e encaminhado ao Executivo e

Procuradoria Geral para encaminhamento à Câmara de Vereadores. Tão logo o Plano Diretor seja

encaminhado à Câmara, dverá ser realizada nova Audiência Pública na Casa Legislativa.

18. LEVANTAMENTO DE DADOS E ESTABELECIMENTO DE DIRE TRIZES

Os itens que se seguem até o final deste caderno ( do 17ao 24) são base para a elaboração

de Plano de Ação e Investimento, cuja formulação tem por objetico a consolidação das diretrizes

expressas. Também na sequência deverão ser base para a formulação de Planos Pluri-Anuais, Lei de

Diretrizes Orçamentárias e Leis Anuais de Orçamento.

No Distrito Sede as informações coletadas sobre a área ou objeto de estudo, tem análise sob

a ótica da Sistemática - CONDICIONANTES - DEFICIÊNCIAS - POTENCIALIDADES (CD P),

conforme Plano Diretor em Vigência e também levantamentos anteriores. Também se tem diretrizes e

dados novos representados em mapas temáticos, além dos que se repetem. Assim sendo, é feita

uma breve descrição da classificação das categorias citadas que se encontra na área de estudo de

Guarapuava, outras classificações e produtos podem ser analisados nos mapeamentos temáticos

produzidos, dentre outros.

Na área de estudo de Guarapuava pode-se classificar como condicionantes os seguintes

elementos:

-empreendimentos do poder público Federal, Estadual como é o caso da

FERROESTE,

-Constituições Federal, Estatuto da Cidade, Legislação Estadual e Municipal;

-rede hidrográfica e suas respectivas faixas de preservação permanente;

-área de inundação do Rio Cascavel;

-áreas de vegetação nativa existente;

-áreas de solos orgânicos;

-áreas com declividade superior à 20%;

-distribuição espacial do Sistema de Saúde;

-rede escolar existente;

-sistema viário principal;

-as áreas verdes de lazer;

-áreas institucionais;

-núcleos habitacionais;

-distritos industriais e indústrias já instaladas;

-prédios de valor histórico;

-áreas ocupadas por população de baixa renda;

-infraestrutura existente;

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Também foram identificados os seguintes elementos na área de estudo, como deficiências,

que se reportam a situações encontradas que devem ser melhoradas ou problemas que devem ser

eliminados:

-área de inundação do Rio Cascavel já ocupada;

-áreas de invasão com habitações subnormais;

-áreas em processo erosivo;

-área com carência de infraestrutura (água, luz, esgoto, pavimentação)

-descontinuidade do Sistema Viário Principal;

-deficiências no transporte coletivo;

-incompatibilidade da oferta de vagas na educação em relação a demanda;

-inexistência de projeto eficaz para o lixo urbano;

-distribuição de focos de poluição por toda a cidade, como matadouros clandestinos,

serrarias, cortumes, lançamento de esgoto "in natura"; lavadores de carro, etc;

-processo de degradação do patrimônio histórico, paisagístico e cultural;

-programas habitacionais insuficientes para a demanda.

-localização de usos incompatíveis com a vizinhança: terminal de combustível, indústrias

poluitivas, etc

-falta de disponibilidade de distrito industrial para localização de Indústrias de carater

incômodo e poluitivo

-demanda educacional não atendida

-carência de programas habitacionais

-carência de cemitérios

-Inexistência de Matas Ciliares ao Longo dos arroios e córregos

-Insuficiêcnia de Áreas Verdes de Lazer e sua má distribuição

-Localização da Biblioteca Municipal

-Localização inadequada do Parque de Exposições

-Inexistência de Centro de Eventos

-Itinerários do Transporte Coletivo e Frequencia

-Centralização do Comércio e Prestação de Serviços

-Descontinuidade do Sistema Viário

-Função de Corte da BR 277 e Pr 466 e PR 170

-Inexistência de Marginais e Continuidade da Perimetral

-Usos Conflitantes

-Áreas Isoladas e Carentes de Infraestrutura, Comércio e Serviços

-Loteamentos irregulares

-Falta de medidas para preservação e manutenção de prédios de valor histórico

-Deficit habitacional para as várias classes sociais, especialmente baixa e média

-Carência de áreas e recursos públicos para suprimento de demanda habitacional e de

serviços públicos

São elementos existentes, que podem ser classificados como potencialidades, que não

tiveram total aproveitamento, ou que poderiam obter melhores resultados se melhor explorados.

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Muitos são situações existentes que precisam apenas de melhor tratamento, como os listados a

seguir:

-área de inundação do Rio Cascavel;

-áreas verdes nativas e fundos de vale;

-áreas de afloramentos rochosos;

-prédios de valor histórico;

-áreas não parceladas inseridas na malha urbana;

-áreas de baixa densidade que possibilitam o adensamento;

-vazios urbanos (caracterizados por áreas não parceladas e por lotes não edificados)

-áreas existentes para implantação de projetos paisagísticos e de equipamentos urbanos

-Áreas de Fundos de Vale ainda não ocupadas ou degradadas

-Riquezas Naturais do Município ainda não disponibilizadas à população

-Possibilidade da Criação de Zona Central Extendida

-Possibilidade de melhor aproveitamento do sistema viário para o estabelecimento de uso e

ocupação, conforme função da via

-Possibilidade de descentralização das áreas comerciais e de serviço

-Possibilidade de adensamento nas áreas com disponibilidade de Infraestrutura

-Possibilidade de ocupação ao Longo das Marginais para usos indicados

- Áreas próprias para desenvolver atividades de esporte cultura e lazer:

-Áreas de fundo de vale, pedreiras, áreas inundáveis, prédios de valor histórico, paisagístico

e cultural

-Loteamentos e Ocupações Irregulares que tem possibilidade concreta de regularização,

-Grandes áreas e lotes não edificados no interior da malha urbana, servidas de

infraestrutura caracterizadas apenas como reserva de valor

-Instrumentos legais disponibilizados no Estatuto da Cidade

19. FORMULAÇÃO DAS MEDIDAS NECESSÁRIAS E AÇÕES PRIO RITÁRIAS

- Criação de estrutura administrativa e órgão fiscalizador para gerenciamento e

acompanhamento do Plano

- Execução das etapas de curto prazo previstas no Plano de Ação e Investimento, no que diz

repeito a investimentos muncipais nos eixos principais do sistema viário, da zona central estendida,

dos núcleos de células de planejamento, nos contornos de células a fim de dar identidade e iniciar o

processo de implantação do Plano Diretor

- Implantação de projeto para despoluição de áreas degradadas

- Implantação de projeto para recuperação de fundo de vale

- Canalização das áreas com faixa de domínio totalmente ocupadas

- Remoção das invasões

- Reformulação da Lei de Uso e Ocupação do Solo

- Reformulação da Lei de Parcelamento do Solo

- Reformulação do Código Tributário, nas matérias concernentes à instrumentalização do Plano

Diretor

- Reformulação do Código de Obras

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- Homogeneização da estrutura física da rede escolar e racionalização de distritbuição de

matrículas, conforme propostas levantadas

- Implantação de novas escolas e creches para atendimento de demanda

- Ampliação de escolas que funcionam com número superior à sua capacidade

- Elaboração e implantação de projeto para o verde viário

- Incremento da Rede de Esgoto e Implanatção de nova estação de tratamento

- Implantação de projetos paisagísticos

- Aprovação de medidas legais para reserva das áreas verdes nativas existentes

- Melhoria e conservação de equipamentos esportivos e de lazer existentes

- Criação de feiras livres

- Criação do mercado popular

- Criação de cooperativas para pequenos comerciantes

- Melhoria e ampliação dos equipamentos de especialidades e diagnoticoterapia

- Melhoria do acesso à medicamentos

- Adequação física de unidades de saúde

- Instauração de programas de assistência aos idosos

- Programa de assistência social à comunidade carente

- Ampliação dos programas alternativos para o menor de rua, infrator e viciados.

- Exigência do Relatórios de Impacto Ambiental e de Vizinhança

- Revisão na operacionalidade do transporte coletivo e seus equipamentos (pontos de parada,

terminais)

- Elaboração e implantação de projeto para a racionalização da coleta de lixo

- Implantação da infraestrutura para o destino final do lixo não aproveitável, reciclável,

saneamento da área atual de destino

- Extinção de matadouros clandestinos

- Criação de Leis específicas para lavadores de carro, instalação de antenas de telefonia

celular, dentre outras

- Criação de novos Cemitérios

- Elaboração de Projeto de Desenvolvimento Regional

- Utilização de áreas que servem como reserva de valor, inibição do processo especulativo

- Criação de cooperativa e fundo habitacional habitacional, bem como fundo urbanístico

- Remoção e regularização das ocupações irregulares

- Exigência de infraestrutura nos casos de uso conflitante

- Criação de projeto para solucionar os problemas com a enchente

- Desenvolver e Executar Planos e Projetos para provimento de áreas para programas

habitacionais

- Utilização dos instrumentos constitucionais cabíveis

- Execução de Planos Municipais de fortalecimento às propostas do Plano Diretor

- Capacitação funcional

- Execução de Plano Prioritário de Investimento Público

- Uso dos Instrumentos Previstos no estatuto da Cidade

- Implantação de novos distritos industriais

- Execução da perimetral sul

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- Execução de trincheiras e viadutos nas rodovias especialmente na BR 277

- Duplicação da BR 277 em toda a extensão em que intercepta o perímetro urbano

- Intervenção nos vazios urbanos especialemte nas áreas do exército

- Intervenção no “Lago do Irco” (Ilco Zacalusny).

20. FORMULAÇÃO DA POLÍTICA LOCAL

20.1. OBJETIVOS

20.1.1-Objetivos de Ordem Físico-Territoriais:

-Promover o equilíbrio da oferta de solo urbano, bem como sua função social;

-Promover a ocupação de lotes e glebas vagas ;

-Otimizar a infraestrutura já instalada;

-Garantir a continuidade da malha urbana;

-Proibir a ocupação urbana nas áreas de fundos de vale, e inundação;

-Restringir a ocupação das áreas de solos orgânicos turfosos, e áreas de riscos geológicos;

-Recuperar as áreas de inundação, solos turfosos e riscos geológicos, já ocupadas;

-Proibir novos loteamentos fora do perímetro urbano;

-Coibir o parcelamento nas áreas de expansão não prioritárias até a efetiva consolidação e

efetiva ocupação da malha urbana existente e só permitir no caso de execução de infraestrutura

básica e complementar ;

-Regularizar os loteamentos não aprovados pela Prefeitura Municipal ;

-Promover os parcelamentos para fins sociais nas áreas de expansão prioritárias;

-Suprir a demanda habitacional existente;

-Promover a regularização fundiária às áreas que possuem características que assim o

permitem e instalação de infraestrutura necessária;

-Garantir infraestrutura necessária à população carente;

-Desenvolver projetos específicos para destinação das famílias que encontram-se em áreas

irregulares e impróprias à ocupação;

-Ampliar o sistema de coleta e tratamento de esgoto;

-Ampliar as áreas verdes de lazer e cultura

-Preservar o patrimônio Histórico, Cultural e Paisagístico da cidade;

-Recuperar as áreas degradadas da Bacia do Rio Cascavel dentro do perímetro urbano;

-Implantar novos cemitérios;

-Instituir plano de hierarquização viária;

-Implementar as ligações de bairros;

-Promover a continuidade das marginais;

-Estabelecer rota para o desvio do tráfego pesado e Execução de Vias rápidas sem

intersecções em nível nas rodovias que cortam o perímetro urbano;

-Incentivar a implantação de ciclovias em áreas com declividade compatível

-Implantar pavimentação priorizando as ruas do sistema viário principal e do transporte

coletivo;

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-Instituir Plano de Transporte Coletivo adequado à demanda, bem como seus equipamentos

-Incentivar o adensamento comercial e serviços ao longo dos eixos que estruturam o sistema

viário principal;

-Incentivar a descentralização dos usos de comércio e serviços de caráter local estruturando

centros de bairro ao longo das vias coletoras;

-Indicar a localização das indústrias, de acordo com as tendências locais existentes,

preservando as condições de preservação ambiental;

-Implantar projeto de racionalização da coleta e destino final do lixo urbano;

-prover áres para instalação de indústrias poluitivas e remoção de usos incompatíveis com a

vizinhança

20.1.2. Objetivos de Ordem Ambiental

A política municipal do meio ambiente tem como fundamento a busca da qualidade do meio

ambiente assegurada as condições de desenvolvimento econômico e social , com os seguintes

objetivos:

I – A Operacionalização da Política Ambiental, que para tanto será necessário:

a. Implementar o Conselho Municipal de Meio Ambiente;

b. Criar Código Ambiental Municipal;

c. Criar o Fundo Municipal de Meio Ambiente;

d. Atualizar o Código de Postura;

e. Definir Política Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos;

f. Atualização e implementar a Política Municipal de Educação Ambiental;

g. implementar uma Política de Desenvolvimento Rural Sustentável;

h. Estabelecer dotação orçamentária municipal para implementação da Política

Ambiental;

i. Monitoramento das ações previstas na Política Ambiental

II – A implemantação do Plano de Manejo e o Uso da Bacia do Rio das Pedras, que para

tanto será necessário:

a. Diagnosticar, atualizar e revisar dados;

b. Complementar dados por meio de estudos específicos;

c. Avaliar legislações existentes para estabelecer zoneamento;

d. Realizar zoneamento com a participação de equipe multidisciplinar;

e. Aprovar zoneamento por meio de consulta pública;

f. Estabelecer e aprovar lei de uso e ocupação do solo da bacia do Rio das Pedras;

g. Estabelecer programa de monitoramento contínuo;

h. Promover programa de educação ambiental contínua;

i. Buscar linhas de financiamento para a implementação do Plano de Manejo;

j. Estabelecer legislação priorizando o SISLEG;

k. Implementar uma política e um programa de desenvolvimento rural, visando a

sustentabilidade das propriedades;

l. Promover programa de educação ambiental contínua;

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m. Implementar o Plano de Manejo e Uso da Bacia do Rio das Pedras com a

participação dos diversos segmentos da sociedade;

n. Promover programa de educação ambiental contínua;

III – A implemantação do Plano de Manejo da Bacia do Rio Bananas, potencial manancial

da cidade de Guarapuava, que para tanto será necessário:

a. Realizar diagnóstico;

b. Avaliar legislações existentes para estabelecer zoneamento;

c. Realizar zoneamento com a participação de equipe multidisciplinar;

d. Promover programa de educação ambiental contínuo;

e. Buscar linhas de financiamento para a implementação do Plano de Manejo

f. Aprovar zoneamento por meio de consulta pública;

g. Estabelecer programa de monitoramento contínuo;

h. Estabelecer legislação priorizando o SISLEG;

i. Promover programa de educação ambiental contínua;

j. Implementar uma política e um programa de desenvolvimento rural, visando a

sustentabilidade das propriedades;

k. Implementar o Plano de Manejo e o Uso da Bacia do Rio Bananas, com a

participação dos diversos segmentos da sociedade;

l. Promover programa de educação ambiental contínuo;

IV – A elaboração e implematação de programas visando a conservação dos recursos

hídricos, que para tanto será necessário:

a. Realizar diagnóstico das bacias hidrográficas urbanas e/ou rurais;

b. Desenvolver plano de controle do uso e ocupação das várzeas dos cursos d’água e

da área de preservação permanente;

c. Realizar parcerias com concessionárias de serviços públicos e entidades ambientais,

governamentais ou não, instituições de ensino, visando a conservação dos recursos hídricos;

d. Implementar o plano de manejo e uso dos cursos d’água e da área de preservação

permanente;

e. Promover programa de educação ambiental contínua;

f. Avaliar e implantar sistema de contenção de cheias em bacias urbanas, por meio do

estabelecimento de legislação específica;

g. Implantar programa de despoluição ambiental para regularização dos lançamentos

indevidos de esgoto nos corpos d'água, e em galerias pluviais, bem como, lançamento de águas

pluviais na rede coletora de esgoto;

h. Buscar linhas de financiamento para a implementação dos programas;

i. Criar e implantar sistema municipal de informações sobre recursos hídricos;

j. Atualizar o diagnóstico das bacias hidrográficas urbanas e/ou rurais;

k. Promover programa de educação ambiental contínuo;

l. Estabelecer um programa de monitoramento e remediação das bacias hidrográficas

urbanas e/ou rurais;

m. Manter o sistema municipal de informações sobre recursos hídricos;

n. Promover programa de educação ambiental contínuo;

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81

V – Efetivação de Programa da Arborização Urbana do Município de Guarapuava, que

para tanto será necessário:

a. Inventariar e diagnosticar a arborização urbana do município;

b. Definir os espaçamentos mínimos entre as árvores e os elementos urbanos (postes,

esquinas, acesso de veículos, telefonia, redes de água e esgoto, etc.), priorizando espécies

nativas e adequadas;

c. Rever a legislação municipal pertinente;

d. Estabelecer legislação municipal específica para arborização;

e. Elaborar e implantar Programa de Arborização Urbana;

f. Monitorar o Programa de Arborização Urbana;

g. Monitorar o Programa de Arborização Urbana;

h. Monitorar o Programa de Arborização Urbana;

VI - Incentivo ao fomento florestal no município, que para tanto será necessário:

a. Elaborar e implantar Programa de Fomento Florestal no município;

b. Monitorar Programa de Fomento Florestal no município;

c. Monitorar Programa de Fomento Florestal no município;

VII – Promover a organização e o Uso e ocupação das Unidades de Conservação

Municipal, que para tanto será necessário:

a. Realização e aprovação do Plano de Manejo

b. Implantação das ações previstas no Plano de Manejo;

c. Revisões do plano de manejo;

VIII - Elaboração e Implementação do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos

Sólidos para o Município, que para tanto será necessário:

a. Compor uma Equipe Multidisciplinar para elaborar diagnóstico dos resíduos sólidos

no município;

b. Elaborar o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PGIRS);

c. Implementar as ações previstas no PGIRS;

d. Implantar aterro sanitário no município;

e. Realizar ações de biorremediação da área do lixão;

f. Viabilizar investimentos para implementação do PGIRS;

g. Manter equipe técnica multidisciplinar para monitoramento e avaliação do PGIRS;

h. Realizar ações de biorremediação da área do lixão;

i. Realizar monitoramento do aterro sanitário;

j. Implementar ações a médio prazo previstas no PGIRS;

k. Fazer revisões necessárias no PGIRS;

l. Realizar fiscalização, monitoramento e avaliação das diretrizes estabelecidas pelo

PGIRS.

m. Realizar ações de biorremediação da área do lixão;

n. Realizar monitoramento do aterro sanitário;

o. Implementar ações a longo prazo previstas no PGIRS;

p. Fazer revisões necessárias no PGIRS;

q. Realizar fiscalização, monitoramento e avaliação das diretrizes estabelecidas pelo

PGIRS;

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IX – Implantação de Programa de Coleta Seletiva no município, que para tanto será

necessário:

a. Implantar e monitorar a coleta seletiva de resíduos sólidos recicláveis na cidade;

b. Elaborar estratégia para implantar a coleta seletiva na área rural do município;

c. Implantar projeto de educação ambiental com a comunidade de caráter contínuo;

d. Implantar projeto de capacitação periódica com os catadores de materiais recicláveis

do município;

e. Fomentar a implantação da coleta seletiva e reciclagem em associações de bairros,

condomínios, organizações governamentais e não-governamentais, empresas e instituições de

ensino públicas e privadas;

f. Realizar campanhas publicitárias de conscientização com alcance abrangente nos

meios de comunicação local;

g. Viabilizar políticas de geração de trabalho e renda para as famílias de catadores que

se encontram em situação de vulnerabilidade social;

h. Estabelecer convênio ou termos de parceria entre a Administração Municipal e grupos

organizados de catadores (cooperativas e/ou associações) para promover a inclusão destes ao

processo de implantação da coleta seletiva;

i. Monitorar o Programa de Coleta Seletiva no município por meio da capacitação dos

catadores de materiais recicláveis e projeto de educação ambiental de caráter contínuo para a

comunidade

j. Monitorar o Programa de Coleta Seletiva no município por meio da capacitação dos

catadores de materiais recicláveis e projeto de educação ambiental de caráter contínuo para a

comunidade;

X - Estabelecer um programa de monitoramento das bacias hidrográficas urbanas, no

que refere ao lançamento dos efluentes e resíduos industriais, que para tanto será necessário:

a. Elaborar um programa de monitoramento das bacias hidrográficas urbanas, no que

refere-se ao lançamento dos efluentes e resíduos industriais

b. Manter o programa de monitoramento das bacias hidrográficas urbanas, no que

refere-se ao lançamento dos efluentes e resíduos industriais;

c. Manter o programa de monitoramento das bacias hidrográficas urbanas, no que

refere-se ao lançamento dos efluentes e resíduos industriais;

XI - Saneamento com rede coletora de esgoto sanitário na zona urbana de Guarapuava,

nos índices estabelecidos conforme sejam:

a. Ampliação da capacidade de tratamento de esgoto, com anuência do Município,

elevando o nível de atendimento com coleta de esgoto sanitário para 70% até o ano 2008 e 80% até

o ano 2010.

b. Inclusão em zona industrial da área de abrangência da estação e tratamento de

esgoto - Rua Rosa Domenico, código de logradouro 1676-5, proibindo loteamento residencial num

raio de 500 metros.

c. Ampliação de rede coletora de esgoto e ligações domiciliares;

d. Proibir a ocupação urbana nas áreas de inundação e fundos de vale e restringir a

ocupação nas áreas de solos orgânicos, rochosos, de riscos geológicos e aqueles inadequados para

instalação de infra-estrutura;

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e. Priorizar as ações de execuções de rede coletora de esgoto, rede de distribuição de

água, galerias de águas pluviais, tubulações elétricas e telefônicas e etc. antecedendo a implantação

do recapeamento asfáltico ou poliédrica;

f. Criar programa para a correta destinação do esgoto doméstico em áreas rurais;

g. Exigir das indústrias já instaladas e a serem instaladas medidas para a redução da

poluição para a prevenção e combate a desequilíbrio ambiental e, quando for o caso, remoção das

instalações pra áreas adequadas;

h. Monitorar Programa Integrado de despoluição ambiental para regularização dos

lançamentos indevidos de esgoto nos corpos d'água, e em galerias pluviais, bem como, lançamentos

de águas pluviais na rede coletora de esgoto.

i. Implantar programa para a correta destinação do esgoto doméstico em áreas rurais;

j. Monitorar Programa Integrado de despoluição ambiental para regularização dos

lançamentos indevidos de esgoto nos corpos d'água, e em galerias pluviais, bem como, lançamentos

de águas pluviais na rede coletora de esgoto.

XII - Manter o programa para a correta destinação do esgoto doméstico em áreas rurais,

com Saneamento com abastecimento com água potável para população urbana da sede municipal de

Guarapuava, que para tanto será necessário:

a. Programa e controle de proteção de manancial, com recuperação e conservação do

meio ambiente, conjugadas com a política ambiental;

b. Manter o nível de abastecimento com água acima de 99% da população urbana da

sede municipal.

c. Criar um programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações;

d. Manter o nível de abastecimento com água acima de 99% da população urbana da

sede municipal.

e. Implementar o programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações;

f. Manter o nível de abastecimento com água acima de 99% da população urbana da

sede municipal.

g. Monitorar o programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações;

XIII - Estruturar órgão municipal de fiscalização ambiental, que para tanto será

necessário:

a. Integrar as ações entre os órgãos públicos nas esferas municipal e estadual;

b. Reavaliar as competências do órgão municipal responsável pela fiscalização

ambiental redimensionando seus objetivos;

c. Firmar convênio com órgão ambiental Estadual para estabelecer competências à

Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Florestal visando qualificar este órgão, bem como

agilizar o processo de fiscalização ambiental no município;

d. Desenvolver a política de recursos humanos visando promover a qualificação dos

agentes de fiscalização ambiental do município em um processo contínuo.

e. Estruturar o órgão ambiental para fiscalização ambiental;

f. Desenvolver a política de recursos humanos visando promover a qualificação dos

agentes de fiscalização ambiental do município em um processo contínuo.

g. Desenvolver a política de recursos humanos visando promover a qualificação dos

agentes de fiscalização ambiental do município em um processo contínuo.

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XIV- Promover ação municipal a respeito da instalação de Cemitérios, quais sejam:

a. Diagnosticar os impactos ambientais causados pelos cemitérios existentes no

município;

b. Realizar um plano de recuperação das áreas ocupadas por cemitérios;

c. Implantar o plano de recuperação das áreas ocupadas por cemitérios;

d. Identificar áreas para a implantação de novos cemitérios;

e. Estudar alternativas de cemitérios que causem um menor impacto.

f. Monitoramento dos cemitérios quanto à qualidade ambiental;

g. Monitoramento dos cemitérios quanto à qualidade ambiental;

XV – Promover o incremento na qualidade de vida, através da criação e manutenção de

áreas de lazer e esporte, especialmente no eixo mapeado de lazer, cultura e turismo, salientando-se

que a política municipal do esporte e lazer tem como fundamento a promoção de ações que

possibilitem a utilização do tempo livre, a prática esportiva, a melhoria e conservação da saúde por

meio da atividade física e socialização, que para tanto será necessário:

a. formular, planejar, implementar e fomentar práticas de esporte, lazer e atividades

físicas para o desenvolvimento das potencialidades do ser humano e de seu bem estar;

b. desenvolver cultura esportiva e de lazer junto à população, com práticas cotidianas

baseadas em valores de integração do homem com a natureza e da sua identificação com a cidade

de GUARAPUAVA.

-Implantar política ambiental municipal;

-Instituir programa de educação ambiental para toda a sociedade;

-Aumentar a área verde existente no perímetro urbano;

-Efetivar programas de preservação das áreas verdes existentes;

-Recuperar as áreas em processo de degradação;

-Restringir a ocupação dos solos turfosos;

-Elaborar e executar projetos para solucionar os problemas com as enchentes do Rio

Cascavel;

-Promover a fiscalização e extinção dos matadouros clandestinos;

-Exigir infraestrutura de todas as atividades que provoquem danos ao meio ambiente;

-Proibir o lançamento de qualquer tipo de efluentes nos corpos d'água;

-Assegurar o tratamento de qualquer tipo de efluente nos corpos d'água;

-Exigir RIMA (Relatório de Impacto Ambiental), às indústrias a serem instaladas no

município, cujas atividades impliquem em alterações químicas, físicas e biológicas do meio ambiente,

causadas por qualquer forma de energia ou substâncias sólidas, líquidas ou gasosas;

-Instituir plano para solucionar a questão dos resíduos sólidos urbanos;

-Proibir o uso indiscriminado de agrotóxicos, bem como promover a fiscalização e

destino final das embalagens;

-Gerir junto às outras instâncias de governo os impactos causados pela obra

FERROESTE, dentro do perímetro urbano, até sua retirada

-Gerir junto às outras instâncias de Governo, recursos para o cumprimento das

disposições e necessidades levantadas

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20.1.3 OBJETIVOS DE ORDEM HABITACIONAL

-Suprir a demanda habitacional existente;

-Compor uma cooperativa e fundo municipal de habitação;

-Fazer estoques de terras para compor os programas habitacionais;

-promover a regularição de áreas ocupadas passíveis da mesma

20.1.4 OBJETIVOS DE ORDEM EDUCACIONAL

Curto prazo – período: ano de 2006 a 2009

EDUCAÇÃO INFANTIL

1. Ampliar e adequar o espaço físico, dos CMEIs, até 2008, para atendimento à demanda retida,

por ordem de prioridade e necessidades.

2. Construir, a partir de 2007, três (03) CMEIS, para atendimento à demanda retida, nos bairros

Xarquinho e Residencial 2000, Campo Velho (Boqueirão).

3. Adaptar os espaços físicos das instituições de educação infantil para acolher alunos

portadores de necessidades especiais, até 2008.

4. Implantar, na Secretaria Municipal de Educação, sistema de coleta e atualização virtual de

dados sobre a educação infantil, referentes à demanda e oferta de vagas no Município, condições

físicas, materiais e pedagógicas das instituições, e caracterização dos profissionais que atuam nesta

etapa da educação básica.

ENSINO FUNDAMENTAL

1. Promover a ampliação, adequação e manutenção da rede de informatização das Instituições

de Ensino do Município;

2. Transformar as classes isoladas unidoscentes remanescentes em escolas que ofertem pelo

menos as quatro séries iniciais do Ensino Fundamental, até o final do ano letivo de 2007;

3. Ampliar progressivamente a rede municipal de ensino, construindo salas de aula para

atendimento à demanda do Ensino Fundamental de 9 anos previsto em Lei.

4. Efetuar sistematicamente a manutenção das escolas da rede municipal, realizando

ampliações, adaptações e reformas, conforme as necessidades detectadas.

5. Construir, a partir de 2006, três (03) Unidades de Escolas Totais, para atendimento à

demanda, nos bairros Jardim das Américas, Xarquinho e Adão Kaminski, funcionando em período

integral.

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6. Prover, em parceria com o Estado e a União, o transporte escolar, com prioridade à clientela

da zona rural e, quando necessário, à da zona urbana de forma a garantir o acesso e a escolarização

de todos os alunos.

7. Reduzir, no mínimo 50% das taxas de reprovação e evasão no ensino fundamental,

especialmente nas 5ª séries, por meio de um trabalho de conscientização e mobilização dos

professores de 4ª e 5ª séries e das famílias dos alunos, visando a amenizar a transição nessa etapa

escolar, com base em levantamento de dados e estudos sobre as principais causas do problema e

apresentação de alternativas de solução, adotando medidas que venham a reverter esse quadro.

8. Adaptar os prédios escolares existentes, segundo padrões de infra-estrutura para

atendimento dos alunos especiais.

9. Estabelecer, programas de alfabetização e de conclusão do ensino fundamental, com

ampliação da oferta de vagas na rede pública e privada, e com a participação de ONGs, num esforço

do Município em conjunto com o Estado e a União;

10. Firmar parcerias com instituições públicas ou privadas, para a oferta de cursos

profissionalizantes aos alunos do ensino fundamental, na modalidade jovens e adultos;

11. Assegurar, nesse período a oferta de educação de jovens e adultos equivalente às quatro

séries iniciais do ensino fundamental para 50% da população de 15 anos ou mais, que não tenham

atingido este nível de escolaridade, ampliando a oferta em mais de trinta turmas de EJA;

ENSINO MÉDIO

Na perspectiva do Município de Guarapuava, o Ensino Médio, como etapa final da

Educação Básica, deverá atender as seguintes demandas:

1. Adotar mecanismos para a oferta do Ensino Médio que possibilitem o ingresso e a

permanência do aluno no ensino noturno, garantindo assim o atendimento às necessidades dos

alunos trabalhadores.

2. Estabelecer critérios legais e específicos para o Ensino Médio regular noturno, incluindo a

revisão de sua organização didático-pedagógica e administrativa, de forma a adequá-lo às

necessidades do aluno que trabalha, sem com isso prejudicar a qualidade do ensino.

3. Garantir, em todos os turnos, o transporte escolar aos alunos do Ensino Médio que

necessitam desse meio para o acesso à escola.

4. Não autorizar a implantação do Ensino Médio em escolas que não apresentem os padrões

mínimos de infra-estrutura para o funcionamento desse nível de ensino.

5. Normatizar de forma definitiva, em um ano, o número máximo de alunos por sala de aula,

estabelecendo a média de 35 alunos por turma, para a melhoria da qualidade do ensino e das

condições de trabalho.

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Médio prazo – período: ano de 2010 a 2012

EDUCAÇÃO INFANTIL

1. Construir, um (01) CMEI, para atendimento à demanda retida, no bairro Bonsucesso.

2. Implantar, na Secretaria Municipal de Educação, sistema de coleta e atualização virtual de

dados sobre a educação infantil, referentes à demanda e oferta de vagas no Município, condições

físicas, materiais e pedagógicas das instituições, e caracterização dos profissionais que atuam nesta

etapa da educação básica.

3. Implantar nas instituições de educação infantil, de forma progressiva, o atendimento em

tempo integral para crianças de 0 a 5 anos, até 2010.

4. Reduzir, em pelo menos 20% ao ano, a partir da implantação desse Plano, a demanda retida

na Educação Infantil, assegurando até 2010, o atendimento a 75% da demanda de 0 a 4 anos e em

100 %, da demanda de 5 anos.

ENSINO FUNDAMENTAL

1. Adaptar, até em 2010 os espaços físicos das escolas públicas para acolher alunos

portadores de necessidades especiais.

2. Atender, neste período, padrões mínimos de infra-estrutura para o ensino fundamental,

compatíveis com o tamanho dos estabelecimentos, incluindo:

a. espaço, iluminações elétrica e natural, ventilação, água potável, rede elétrica,

segurança e temperatura ambiente;

b. Instalações sanitárias e para higiene;

c. espaços para esporte com cobertura adequada, recreação, biblioteca e serviço de

merenda escolar;

d. mobiliários, equipamentos e materiais pedagógicos, especialmente laboratórios de

informática.

3. Autorizar, a partir da implantação dos padrões mínimos, somente a construção/instalação e

funcionamento de escolas que atendam aos requisitos de infra-estrutura definidos nos itens“a” a “d” da meta

02.

4. Garantir até em 2012 a construção de 02 Unidades de Escolas Totais, conforme padrões,

para atender à demanda nos bairros Jardim Araucária e São João.

Longo prazo – período: ano de 2013 a 2016

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1. Adequar a construção de escolas e CMEI’s de acordo com a Zona de Densificação,

atendendo a demanda local.

2. Redistribuir a oferta do Ensino Médio, de forma a assegurar acesso a todos os egressos do

Ensino Fundamental, tendo em vista que a origem social e as necessidades especiais de

aprendizagem da clientela não podem ser elementos determinantes para o ingresso, ou não, a esse

nível de ensino.

3. Assegurar, a oferta de educação de jovens e adultos equivalente às quatro séries iniciais do

ensino fundamental para a população de 15 anos ou mais, que não tenham atingido este nível de

escolaridade, ampliando a oferta das turmas de EJA;

CULTURA, ESPORTE E LAZER:

-Instituir projetos para difusão da cultura e do saber;

-Desenvolver o acervo histórico, científico e cultural;

-Equipar a rede de bibliotecas existentes na cidade;

-Criar Centro Integrado de Cultura abrindo espaço para coral, teatro, cinema e oficinas de

arte;

-Recuperar os equipamentos esportivos, praças e áreas de lazer existentes;

-Dotar cada bairro da cidade de pelo menos uma área verde de lazer;

SAÚDE:

20.1.5 OBJETIVOS DE ORDEM DE ÁREA DA SÚDE

1ª – Diretriz :

Garantir e ampliar o acesso da população ás ações e serviços de saúde individuais e

coletivos, prestando atendimento compatível com as normas vigentes, visando controlar os problemas

prioritários de saúde.

Objetivos Estratégia de Ação Responsabilidade

Institucional

Oferecer procedimentos

básicos a população

guarapuavana

Ampliar a oferta de consultas e

procedimentos

médicos,odontológicos e de

enfermagem básico.

Atenção Básica

Reduzir as taxas de

mortalidade materno e infantil.

Reduzir o numero de gravidez

na adolescência

Melhorar a qualidade das

consultas de pré – natal para as

gestantes.

Garantir fluxos de pacientes

acompanhadas pelo

SISPRÈNATAL de baixo risco

para assistência obstétrica

Atenção Básica

Assistência Médica

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adequada.

Monitorar crianças menores de

um ano, otimizando o Programa

Anjo da Guarda.

Implementar ações de

planejamento familiar na rede

de serviços .

Reduzir agravos na infância Intensificar ações de atenção

integral a criança de 0 a 5 anos

de idade.

Atenção Básica

Manter níveis de cobertura

vacinal e vigilância de agravos

imunopreviniveis

Manter os níveis adequados de

cobertura vacinal.

Vigilância Epidemiológica

Detectar estágios de câncer de

colo de útero em mulheres em

idade de risco.

Aumentar a oferta de exames

de coleta de citopatologicos

Atenção Básica

Reduzir a incidência de carie

dentaria na população de 0 a

14 anos.

Implementar ações de saúde

bucal nas escolas públicas e

creches.

Assistência Odontologica

Detectar casos de câncer de

boca.

Realizar exames em todas

as consultas odontológicas

na população acima de 40

anos.

Assistência Odontológica

2ª - Diretriz:

- Estabelecer vinculo entre os profissionais de saúde e a população sob sua responsabilidade

sanitária nas áreas de abrangência das unidades de saúde – CIA’s e PSF’s.

Objetivos Estratégia de Ação Responsabilidade

Institucional

Expandir a cobertura de

PSF’s e a de PACS.

Ampliar o numero de

equipes de saúde da família

e contratação de agentes

comunitários

Atenção Básica

Monitorar as famílias das

áreas de abrangência das

equipes de PSF.

Geoprocessamento de

informações e mapeamento

inteligente.

Atenção Básica

DTI

Monitorar casos de

pacientes portadores de

doenças crônicas

(hipertensão e diabetes)

Cadastrar e acompanhar

portadores identificados

pela rede.

Atenção Básica

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Reduzir o coeficiente anual

de incidência de

tuberculose pulmonar em

baciliferos, reduzir a taxa de

abandono do tratamento.

Reduzir o coeficiente de

prevalência de hanseníase .

Realizar ações de vigilancia

epidemiológica para

controle da Tb e

erradicação do MH

DIVE- AMPDS

Aumentar o diagnostico de

casos de DST’s

Implementar ações do

COAS e descentralização

do diagnostico e tratamento

de DST na rede básica

DIVE - COAS

Atenção Básica

3ª Diretriz:

Garantir e ampliar o acesso da população as ações e serviços especializados,

compatível com as normas preconizadas e problemas prioritários

Objetivos Estratégia de Ação Responsabilidade

Institucional

Oferecer

consultas e

procedimentos

especializados a

população de

referencia

Manter protocolos de referencia e contra

referencia para o CISGAP e rede credenciada

Assistência Médica

Reduzir a

mortalidade

materno infantil.

Implantar o ambulatório de alto risco

Garantir assistência ao parto e ao recém

nascido das gestantes cadastradas pelo

SISPRENATAL e referenciadas na pactuação

na PPI.

Assistência Medica

Controle,Avaliação

e Auditoria

Reduzir a

mortalidade por

neoplasias mais

freqüentes.

Encaminhar,acompanhar e tratar portadores de

neoplasias.

Assistência Medica

TFD

Reduzir a

mortalidade por

doenças do

aparelho

circulatório e

internações por

AVC em

indivíduos de 30

Realizar exames de identificação de lesões de

órgãos – alvo para portadores de hipertensão

arterial e diabetes mellitus cadastrados na rede.

Acompanhar portadores de HAS e Diabetes

que necessitem de atenção especializada .

Assistência Medica

Atenção Básica

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91

a 59 anos.

Reorientar a

atenção em

saúde mental

segundo as

normas do MS.

Ampliar as ações de prevenção e

acompanhamento das dependências químicas..

Implementar serviços do PROSAM com a

política de CAPS.

Assistência Médica

PROSAM

Reduzir a

incidência da

infecção pelo

HIV e outras

DST.

Promover a adoção de praticas sexuais

seguras.

Aumentar a capacidade de oferta de

diagnostico,aconselhamento,acompanhamento

e tratamento.

Assistência Medica

Assistência

Laboratorial

DIVE

COAS

Oferecer e

garantir a

internação

hospitalar

própria .

Redimensionar a oferta de leitos hospitalares. Controle, Avaliação

e Auditoria

Reduzir

transmissão

materno infantil

do HIV e sifilis

Garantir a realização de testes rápidos de HIV e

sífilis e disponibilizar antirretrovirais para mãe e

recém nascido

Assistência a Saúde

DIVE - COAS

4ª Diretriz:

Promover ações intersetoriais para controle dos determinantes dos problemas

prioritários de saúde.

Objetivos Estratégia de Ação Responsabilidade

Institucional

Reduzir a incidência da

dengue e manter erradicada

a febre amarela

Reduzir o índice de

infestação predial por

Aedes aegypti.

VISA

PEA

Implementar ações de

vigilância à saúde do

trabalhador

Ampliar a capacidade de

detecção de óbitos e

amputações por acidentes

de trabalho.

Acompanhar e tratar os

portadores de LER/DORT

identificados na rede.

VISA

CMReabilitação

Orteses e Próteses

Reduzir o risco à saúde da

população vinculados à

utilização de serviços e

consumo de produtos e

medicamentos de interesse

sanitário.

Implementar ações de

vigilância sanitária de

serviços,alimentos,

medicamentos e

agrotóxicos.

VISA

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92

Reduzir a incidência de

acidentes por animais

peçonhentos.

Implementar ações

educativas e de combate

aos animais peçonhentos

nas areas de maior

ocorrência .

DIVE

VISA

5ª Diretriz:

Modernizar o sistema de informação em saúde para subsidiar o planejamento, a

avaliação das ações e serviços de saúde.

Objetivo Estratégia de Ação Responsabilidade

Institucional

Informatizar e modernizar

os serviços da SMS

Implementar o cartão

Nacional de Saúde

Informatizar a rede de

serviços.

Manter atualizado o

cadastro dos

estabelecimentos de saúde

e SIAB

DTI

Controle,Avaliação e

Auditoria

6ª Diretriz:

Controlar,avaliar e auditar os serviços públicos e privados cadastrados ao sistema.

Objetivo Estratégia de Ação Responsabilidade

Institucional

Assegurar o acesso dos

usuários e a regulação da

oferta, demanda e

qualidade dos serviços de

saúde.

Realizar verificações

periódicas da qualidade dos

serviços e averiguar as

denuncias registradas,

fazendo os

encaminhamentos

necessários

Controle, Avaliação e

Auditoria.

Ouvidoria

7ª Diretriz:

Fortalecer e ampliar o controle social sobre o planejamento,execução e a avaliação das

ações e serviços.

Objetivos Estratégia de Ação Responsabilidade

Institucional

Fortalecer e ampliar o Acompanhar a aplicação SMS

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controle social. de recursos em ações e

serviços de saúde conforme

a EC 29.

Incentivar a participação

dos conselheiros municipais

de saúde.

Ampliar os conselhos locais

de saúde.

Realizar a VIII Conferencia

Municipal de Saúde.

CMS

8ª Diretriz:

Desenvolver programas de educação permanente para todos os profissionais da área

da saúde da SMS, proporcionando a constante atualização profissional para a realização de

ações e serviços de saúde eficientes e eficazes e melhor acolhimento do usuário .

Objetivo Estratégia de Ação Responsabilidade

Institucional

Capacitar Recursos

Humanos

Educação Continuada

Treinamentos Específicos

Atenção Básica

Assistência Médica

SAMU

9ª Diretriz:

Garantir o acesso da população em todos os níveis de atenção do cuidado, respeitando

a hierarquização do sistema.

Objetivo Estratégia de Ação Responsabilidade

Institucional

Adequar e manter a rede

física da Secretaria

Municipal de Saúde.

Construção de 05 unidades

de saúde

Construção do Canil

Municipal

Aquisição de veículos –

carros passeio ,

ambulâncias, odontomovel.

Aquisição de aparelho de

radiodiagnóstico

Ampliar os CIA’s Primavera

e Boqueirão com serviço de

urgência e emergência –

24hrs

SMS

Administração

Planejamento e Projetos

10ª Diretriz:

Garantir a assistência farmacêutica.

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Objetivos Estratégia de Ação Responsabilidade

Institucional

Garantir o acesso dos

usuários do SUS aos

medicamentos básicos.

Implementar e informatizar

a dispensação e o

suprimento dos

medicamentos da lista

básica.

Monitorar a aquisição de

medicamentos da lista

básica

Assistência Farmacêutica

20.1.5.1 – PRIORIDADES DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

1. PROMOÇÃO DE SAÚDE

• Desenvolvimento de campanhas educativas

• Intersetorialidade com outras secretarias

• Elaboração de materiais educativos (áudio-visuais)

2. EXPANSÃO DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA E MELHORI A NA QUALIDADE DA

ATENÇÀO PRIMÁRIA

• Linhas de ação – 3 Componentes

– Apoio ä conversão do modelo de Atenção Básica de Saúde

– Desenvolvimento de Recursos Humanos

– Monitoramento e Avaliação

• Melhoria de Infra estrutura

• .Melhoria da qualidade da Atenção Primária

3. MELHORIA ATENDIMENTO / ACESSO URGÊNCIA EMERGÊNCI A

• Melhoria de Infra estrutura

• Reestruturação do Pronto atendimento / Urgência municipal

• Estabelecer fluxo de atendimento para Urgência / Emergência

4. MELHORIA DOS INDICADORES DE MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL

• Referência para Gestação de Alto Risco

• Ações de Prevenção à Violência contra a Mulher

• Reorganizar a assistência materno infantil

• Reorganizar e otimizar o SISPRENATAL

• Reestruturar o atendimento do Centro de Saúde da Mulher

• Implantar ações diferenciadas para gestantes (grupos,cursos)

• Priorizar ações para gestantes adolescentes

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5. AMPLIAÇÃO ACESSO SADT / CONSULTAS ESPECIALIZADAS / CONSULTAS

ELETIVAS / SAÚDE MENTAL

• Consórcio - CISGAP

• Implantação da central de agendamento de consultas

• Ampliação da Assistência a Saúde Mental - CAPS

6. AMPLIAÇÃO ACESSO SAÚDE BUCAL

• Câncer Bucal

• Mutirões

• Ampliação de Infra estrutura

• Reestruturação do CEO

7. AMPLIAR A INFRA ESTRUTURA UNIDADES BÁSICAS DE SA ÚDE

• Adequação de equipamentos técnicos de apoio,diagnóstico e terapia

• Construção de novas unidades de saúde

• Sistematização da Assistência

• Elaboração e operacionalização de Programas Especiais

• Elaboração, estruturação e desenvolvimento de Sistemas de saúde Preventiva

• Estruturação e implantação de Sistemas de Busca Ativa

• Instalação da Clínica Central de Reabilitação

• Instalação da Central de esterilização de material

• Implantação do CIA Centro

8. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

• Ampliar oferta e acesso

• Reestruturação da Farmácia Municipal.

• Estabelecimento de protocolos de assistência farmacêutica

• Adequação da oferta de medicamentos básicos

9. DESENVOLVIMENTO E CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANO S

• Treinamento e Capacitação para Agentes Comunitários de Saúde

• Treinamento e Capacitação para Equipes de PSF

• Treinamento e Capacitação para Equipe SAMU

• Qualificação em Humanização do Atendimento (Todo o quadro funcional)

10. MELHORIA NO GERENCIAMENTO E NA GESTÃO DA SECRET ARIA MUNICIPAL DE

SAÚDE

• Definição do Modelo de assistência

• Planejamento Estratégico

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• Plano Municipal de Saúde

• Diretrizes

• Reestruturação do Organograma

• Informatização / Informação

• Assumir Gestão Plena do Sistema Municipal

• Captação de recursos (Projetos/Convênios)

• Criar Protocolos de Atendimento

• Estabelecer Fluxos de Assistência

• Estruturação de Programas matriciados

11. CONTROLE SOCIAL

• Ouvidoria

• Necessidade de avaliação de satisfação do usuário

• Avaliação de desempenho das Unidades de Atendimento

• Avaliação dos Programas e projetos

12. VIGILÂNCIA SANITÁRIA

• Saúde Ambiental

• Saúde do Trabalhador

A apresentação do Sistema Municipal de Saúde de Guarapuava, visa consubstanciar a

priorização da atual administração, que elegeu como fundamental a questão saúde.

Questão esta, não obstante de seus méritos sócio – sanitários, e conquistas de políticas

públicas, amplamente reconhecidas, como o exemplo dos Centros Integrados de Atendimento,

que traz consigo também a virtude de nunca ter acabado, de sempre reconhecer novas fronteiras

a serem desbravadas, na busca de um encontro solidário e resolutivo com a cidadania

guarapuavana.

Em especial, nesta atual administração, adotou - se o lema “Saúde Pra Você”,

potencializando a capacidade instalada na Secretaria Municipal de Saúde, indo de encontro com

a futura política a ser instalada de gerenciamento pleno das ações e serviços de saúde

A consistência das estratégias de saúde, ora apresentadas,fundamenta-se em

propostas definidas a partir do diagnóstico feito pela Secretaria Municipal de Saúde, tendo

respaldo orçamentário compatível , de forma a tornar as ações exeqüíveis e realistas.

Desta forma acredita-se que o setor saúde de um município , é em sua essência , o

compromisso administrativo para a melhoria da qualidade de vida e saúde de seus cidadãos.

20.1.6. OBJETIVOS DE ORDEM SOCIAL:

Diretrizes

- A organização da Assistência Social tem as seguintes diretrizes, baseadas na Constituição

Federal de 1988 e na LOAS:

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- Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera

federal e a coordenação e execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem

como a entidades beneficentes e de assistência social, garantindo o comando único das ações em

cada esfera de governo, respeitando-se as diferenças e as características socioterritoriais locais;

- Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das

políticas e no controle das ações em todos os níveis;

- Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em

cada esfera de governo;

- Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços,

programas e projetos.

Objetivos

A Política Pública de Assistência Social deve ser realizada de forma integrada às políticas

setoriais, considerando as desigualdades socioterritoriais, visando seu enfrentamento, à garantia dos

mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à universalização

dos direitos sociais. Sob essa perspectiva, objetiva:

- Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial

para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem;

- Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando acesso

aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural;

- Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e

que garantam a convivência familiar e comunitária.

20.1.7 OJETIVOS DE ORDEM ECONÔMICA:

O desenvolvimento econômico integrado com programas práticos de industrialização rápida,

deve ser considerado como meta para elevar o nível médio.

Inicialmente se faz necessário o aumento de produtividade no setor agrícola, para

posteriormente transpor o setor primário – agricultura e extração – para o secundário – indústria de

transformação.

-Priorizar investimentos no setor produtivo, objetivando a criação de empregos;

-Apoiar a pequena e média empresa;

-Auxiliar os pequenos e médios produtores rurais;

-Incentivar a instalação de cooperativas de produção e transformação;

-Promover a diversificação da produção;

-Auxiliar as práticas associativistas ou cooperativistas;

-Auxiliar a comercialização da produção local;

-Tornar acessível aos pequenos e médios produtores, as técnicas e alternativas agrícolas;

-Incentivar o desenvolvimento da atividade turística;

-Priorizar atividades, obras e serviços que privilegiem a geração de empregos e promovam a

melhoria de qualidade de vida da população.

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20.1.8. OBJETIVOS DE ORDEM ADMINISTRATIVA:

-Reestruturar as Secretarias Municipais, dotando-as de condições materiais e recursos

humanos adequados para cumprir suas funções, notadamente os departamentos que imediatamente

à aprovação do Plano, conviveram com a prática de sua aplicação, ressaltando-se os Departamentos

da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo, quais sejam: Deapro, Ceplug, DTC, CTU e

Departamento Habitacional.

-Promover a disponibilidade de hardware, software, sistemas, mapeamentos notadamente

para as Secretarrias Municipais diretamente envolvidas no gerenciamento do Plano Diretor;

-Reestruturar adequadamente o Conselho de Plano Diretor e Secretarrias Municipais

diretamente envolvidas no gerenciamento do Plano Diretor, notadamente a secretaria de Habitação e

Urbanismo;

-Informatizar os setores da Prefeitura Municipal; notadamente os que dizem respeito à

arrecadação, cobrança, fiscalização, planejamento e controle;

-Capacitar e melhorar a qualidade do trabalho do corpo técnico, através de cursos de

formação e incentivo à pesquisa;

-Garantir a participação popular diretamente ou através das suas entidades organizadas no

processo de planejamento.

21. MACROZONEAMENTO PROPOSTO PARA A CIDADE DE GUARA PUAVA

Embora o presente estudo diagnóstico da cidade de Guarapuava seja bastante amplo e a

síntese do trabalho já esteja expressa nas diretrizes que resultará na Lei do Plano Diretor,

gostaríamos de dar ênfase à questão físico-territorial. A importância de tal destaque está presente no

fato de que o assunto de maior autonomia e de responsabilidade única do município é organização

do solo urbano. Tal autonomia no entanto, restringe-se quando tratamos dos demais assuntos como

saúde, educação, emprego, etc... que possuem maior dependência das outras esferas de governo.

Assim procuramos através da análise e síntese da realidade da organização físico territorial

da área urbana do Distrito Sede de Guarapuava, apresentar o que deve ser em linhas gerais uma

proposta para esboçar os objetivos que pretendemos alcançar quanto ao uso do solo, ou seja o

Macrozoneamento.

Desta forma os critérios de Uso e Ocupação do Solo devem atender às diretrizes,

observando-se:

I. A racionalização da distribuição de comércio e serviços de forma mais equilibrada e que

promova um melhor atendimento à população como um todo.

II. A utilização da Infraestrutura Urbana já instalada, disponível e subutilizada.

III. A compatibilização do Uso do Solo com as funções das vias do sistema viário e transporte

coletivo

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IV. Hierarquização do sistema viário, em função do Transito e Uso, de forma a garantir o efetivo

deslocamento de veículos e pedestres, atendendo às necessidades da população, do sistema de

transporte coletivo.

V. A Descentralziação das atividades comerciais e de prestação de serviços

21.1 ÁREAS ESPECIAIS

São áreas pertencentes à Zona Especial as áreas de proteção ambiental, as de fundos de

vale, de recursos hídricos, as matas nativas, as de solos orgânicos, as pedreiras, as lagoas, a área de

inundação do Rio Cascavel e Xarquinho, a área que abastece a área de inundação, as de controle de

gabarito, de interesse público, de interesse social, as de projetos específicos, etc.

A cidade apresenta uma conjugação rica de fatores favoráveis para utilização racional das

áreas necessárias à preservação. Desta forma deve ser planejado um eixo de cultura e lazer que se

utilize dessas áreas a fim de coibir as ocupações não desejáveis. Essas áreas constituem-se em rico

potencial para melhoria da qualidade do ambiente urbano, pois além de recuperar o aspecto

paisagístico dos fundos de vale existe necessidade de real processo de recuperação dessas áreas já

que a cidade sofre com as inundações periódicas do Rio Cascavel. Os Rios Cascavel e Xarquinho,

uma vez recuperados seriam componentes saudáveis e barreiras entre as áreas industriais e as

áreas residenciais existentes naquelas imediações.

Existem apenas pequenas manchas de floresta nativa espalhadas pela malha urbana de

Guarapuava. São remanescências de um processo desordenado de crescimento e são na sua

maioria de propriedade particular. Todas elas devem ser preservadas à fim de resgatar o mínimo do

patrimônio ecológico que ainda resta dentro do perímetro urbano.

Após projetos específicos, seriam destinadas apenas à conservação, ou dependendo dos

estudos efetuados e devido à carência de áreas verdes de lazer poderiam ser, consideradas Parque

Municipais.

A Área de solos turfosos também possui restrições de ocupação onde as condições

geológicas não aconselham a edificação. Para nortear as restrições de ocupação baseadas em

fatores do meio físico da área urbana, contamos com o diagnóstico e recomendações do Relatório

Técnico da MINEROPAR.

Também são áreas especiais as áreas adjacentes ou localizadas em lugares de observação

da paisagem e pelos terrenos situados na encostas destas elevações, onde os parâmetros de

ocupação do solo serão controlados de maneira a não causar interferências, especialmente às

situadas no Vale do Jordão. Somam-se a estas as áreas de Controle de Gabarito onde se faz

necessário a restrição de adensamento, ou o atendimento à uma necessidade específica, ou ainda a

proteção do valor paisagístico e ecológico de determinados locais da cidade compreendendo:

I-Entorno do Parque da Cidade

II-Área delimitada no Plano Diretor, como de proteção dos recursos hídricos

III-Área da pedreira – entorno do terminal rodoviário

IV-Encosta do Vale do Rio Jordão

V-Área seccionada pelo Feixe de Microondas da Telepar

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VI-Área de entorno do Aeroporto

VII-Áreas delimitadas pelo Conplug ao longo do período em que vigorar esta lei

As Áreas Especiais de Interesse Social destinam-se primordialmente à execução,

manutenção e recuperação das áreas de interesse social e compreendem:

I-terrenos públicos, particulares e/ou loteamentos irregulares, em relação aos quais haja

interesse ou possibilidade de se promover a urbanização e regularização jurídica;

II-Áreas de expansão prioritária, necessários à implantação de programas habitacionais;

As Áreas Especiais de Projetos Específicos são aquelas que necessitam de elaboração de

estudos mais detalhados para implementação das obras e usos e promoção das mudanças

necessárias. São exemplos de áreas de Projetos Específicos, a área de Inundação do Rio Cascavel,

dos Eixos de Lazer e Cultura, previsão do sistema viário, área do entorno do aeroporto, encosta da

Serra – Vale do Jordão - Avenida Serafim Ribas e demais áreas a serem delimitadas.

21.2 ÁREAS DE EXPANSÃO CONTROLADA E ÁREA DE PROTEÇÃ O DA BACIA

DO RIO CASCAVEL

São áreas que caracterizam-se por estarem loteadas, com precariedade de infraestrutura,

equipamentos, serviços urbanos e baixa densidade. Já que a diretriz básica para a racionalização da

ocupação urbana é a homogeneização do acesso à terra e à esses bens, o Poder Público deverá

prover esta infraestrutura à fim de direcionar a ocupação dessas áreas, ou incentivar sua ocupação

por loteamentos e condomínios totalmente providos de infraestrutura e que seriam ocupados por

população que não demandam tanto dos serviços públicos de educação, transporte coletivo, saúde e

outros.

21.2.1 ÁREAS DE DENSIFICAÇÃO

São áreas com disponibilidade de infraestrutura, e que encontram-se no raio de influência dos

equipamentos e serviços urbanos, possui condições de intensificação de uso e promoção de sua

diversificação. Caracterizam-se também por terem alta percentagem de lotes não edificados e

subutilizados que indisponibilizam os bens de consumo coletivos existentes.

Suportam a instalação de condomínios de pequeno porte seja com fins residenciais, mistos

ou comerciais, além da verticalização

Tal característica é resultado de processos já descritos no tópico sobre o processo de uso e

ocupação do solo urbano, que faz parte deste documento. Caberá ao poder público utilizar-se dos

instrumentos constitucionais existentes para dirigir tal processo de adensamento.

21.2.2 ÁREA PARA EXPANSÃO DO CENTRO

Suas características de uso e ocupação deverão concentrar atividades Administrativo-

Institucionais do Serviço Público, de Passeio, Lazer, Diversão e Cultura, admitindo-se o uso

habitacional e atividades comerciais e de prestação de serviços.

Atividades comerciais e de prestação de serviço que se caracterizam por serviço e comércio

de bairro e que por definição deveriam localizar-se disseminadamente e distribuidamente pelos

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bairros e células de planejamento, devem ser redirecionadas e não incentivadas para ocupação na

Zona Central Extendida.

21.2.3 CÉLULAS DE PLANEJAMENTO

São contornos de áreas que através de sua delimitação se destinariam a promover uma

melhor distribuição de uso, por todo o perímetro urbano da cidade. As vias principais de células

seriam as Vias de Contorno, as Vias de Comércio e Serviço de Bairro, internas às células, e as Vias

Principais do Sistema de Transporte Coletivo.

21.2.4 ÁREAS INDUSTRIAIS

São áreas com aspectos favoráveis de topografia e localização em função da facilidade de

escoamento de produção. Diferenciam-se em áreas para abrigar indústrias não poluitivas e áreas

para abrigar indústrias de carcter poluitivas ou incomodas.

22. RESULTADOS ANTERIORES DO USO DO PLANO DIRETOR N O MUNICÍPIO

DE GUARAPUAVA

Gostaríamos de destacar neste capítulo alguns resultados relevantes e interessantes do uso

dos Estudos e Diretrizes do Plano Diretor no Município de Guarapuava, sejam positivos ou negativos,

que deverão nortear as diretrizes de atualização e inclusão, no novo Plano Diretor.

• Execução de Recadastramento das Unidades Imobiliárias em 2001 e 2002 e

Geoprocessamento;

• Notificação da Zona de Densificação I e II para edificação e/ou parcelamento compulsório, e

posterior aplicação de imposto progressivo, nas notificações não atendidas

• Inclusão no Código Tributário do Imposto Progressivo

• Inclusão na Lei do Plano Diretor dos Instrumentos de Controle Urbanísticos do Estatuto da

Cidade

• Aplicação de Concessão Onerosa para construções acima do Coeficiente Básico

• Ligações Importantes – Sistema Viário: Bairro Jd. das Américas/Vila Carli – Rua Judite

Bastos, Rua Lauro Sodré Lopes com Rua Rosa Lustosa Siqueira, Rua Elias zacalusny, Av. Castelo

Branco, Rua Paraná, Rua Juarez Martins Lustosa, PRT 466 até Rua Mario Virmond, CDI com Vila

Karem, Rua Bahia/Rua Brigadeiro Rocha, Prolongamento Rua Pres. Zcarias até Av. Ver. Rubem

Siqueira Ribas, R. Luiz Cúnico com Av. Moacir J. Silvestri e Av. Aragão de Mattos Leão

• Fortalecimento e maior instrução dos Conselhos do Plano Diretor de Guarapuava e

Conpluerg, que possuem nomeações anuais e reuniões ordinárias mensais desde 1994

• Intervenções Várias no sistema Viário, como Revitalização Rua Saldanha Marinho,

• Criação do Distrito Industrial Atalaia

• Criação da Lei de Sistema Viário e Hierarquização das Vias

• Execução de Loteamentos e Utilização de algumas glebas não utilizadas inseridas na malha

urbana, como Loteamento Residencial Virmond, Morada do Sol, Área do Exército (Campus II da

Unicentro),

• Regularização Fundiária: Vila São Miguel, Vila São Luiz, Vila São José, Rua Guaíra

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• Levantamento das Estradas Rurais Municipais e Disgnóstico

• Levantamento Aerofotogramétrico da Bacia de Captação do rio das Pedras

• Levantamento Cadastral e Ambiental da Bacia do Rio das Pedras (Bacia de Captação)

Elaboração das leis de perímetros urbanos de todas as áreas urbanas do Município