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Curso de Direito TEORIA GERAL DO ESTADO 2009.2 (Proibida a Reprodução) 1

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Curso de Direito

TEORIA GERAL DO ESTADO

2009.2

(Proibida a Reprodução)

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ExpedienteCurso de Direito — Coletânea de Exercícios

Coordenação Nacional do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá

Profa. Solange Ferreira de MouraCoordenação do ProjetoNúcleo de Apoio Didático-PedagógicoPresidência Prof. Sérgio Cavalieri Filho

Coordenação PedagógicaProfa. Tereza Moura

Coordenação da disciplinaProf. Francisco de A. M. Tavares

Organização da ColetâneaProf. Francisco de A. M. Tavares

Professores Colaboradores:Prof. Francisco de A. M. TavaresProf. Luiz Gustavo Viana AraújoProfa. Lílian Saboya PottiProfa. Magna Corrêa de Andrade

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 APRESENTAÇÃO

Caro Aluno

 A Metodologia do Caso Concreto aplicada em nosso Curso de Direito, écentrada na articulação entre teoria e prática, com vistas a desenvolver oraciocínio jurídico. Ela abarca o estudo interdisciplinar dos vários ramos do Direito,permitindo o exercício constante da pesquisa, a análise de conceitos, bem como adiscussão de suas aplicações.

O objetivo é preparar os alunos para a busca de resoluções criativas a partir do conhecimento acumulado, com a sustentação por meio de argumentoscoerentes e consistentes. Desta forma, acreditamos ser possível tornar as aulasmais interativas e, consequentemente, melhorar a qualidade do ensino oferecido.

Na formação dos futuros profissionais, entendemos que não é papel doCurso de Direito da Universidade Estácio de Sá tão somente oferecer conteúdos

de bom nível. A excelência do curso será atingida no momento em que possamosformar profissionais autônomos, críticos e reflexivos.Para alcançarmos esse propósito, apresentamos a Coletânea de

Exercícios, instrumento fundamental da Metodologia do Caso Concreto. Elacontempla a solução de uma série de casos práticos a serem desenvolvidos peloaluno, com auxílio do professor.

Como regra primeira, é necessário que o aluno adquira o costume deestudar previamente o conteúdo que será ministrado pelo professor em sala deaula. Desta forma, terá subsídios para enfrentar e solucionar cada caso proposto.O mais importante não é encontrar a solução correta, mas pesquisar de maneiradisciplinada, de forma a adquirir conhecimento sobre o tema.

 A tentativa de solucionar os casos em momento anterior à aula expositiva,aumenta consideravelmente a capacidade de compreensão do discente.Este, a partir de um pré-entendimento acerca do tema abordado, terá melhorescondições de, não só consolidar seus conhecimentos, mas também dialogar deforma coerente e madura com o professor, criando um ambiente acadêmico maisrico e exitoso.

  Além desse, há outros motivos para a adoção desta Coletânea. Umsegundo a ser ressaltado, é o de que o método estimula o desenvolvimento dacapacidade investigativa do aluno, incentivando-o à pesquisa e,consequentemente, proporcionando-lhe maior grau de independência intelectual.

Há, ainda, um terceiro motivo a ser mencionado. As constantes mudançasno mundo do conhecimento – e, por conseqüência, no universo jurídico – exigemdo profissional do Direito, no exercício de suas atividades, enfrentar situações nasquais os seus conhecimentos teóricos acumulados não serão,  per si, suficientespara a resolução das questões práticas a ele confiadas.Neste sentido, e tendo como referência o seu futuro profissional, consideramosimprescindível que, desde cedo, desenvolva hábitos que aumentem suapotencialidade intelectual e emocional para se relacionar com essa realidade.E isto é proporcionado pela Metodologia do Estudo de Casos.

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No que se refere à concepção formal do presente material, esclarecemosque o conteúdo programático da disciplina a ser ministrada durante o período foisubdividido em 15 partes, sendo que a cada uma delas chamaremos “Semana”.Na primeira semana de aula, por exemplo, o professor ministrará o conteúdocondizente a Semana nº1. Na segunda, a Semana nº2, e, assim, sucessivamente.

O período letivo semestral do nosso curso possui 22 semanas. O fato determos dividido o programa da disciplina em 15 partes não foi por acaso. Levou-seem consideração não somente as aulas que são destinadas à aplicação dasavaliações ou os eventuais feriados, mas, principalmente, as necessidadespedagógicas de cada professor.

Isto porque, o nosso projeto pedagógico reconhece a importância dedestinar um tempo extra a ser utilizado pelo professor – e a seu critério – nassituações na qual este perceba a necessidade de enfatizar de forma mais intensauma determinada parte do programa, seja por sua complexidade, seja por ter observado na turma um nível insuficiente de compreensão.

Hoje, após a implantação da metodologia em todo o curso no Estado do Rio

de Janeiro, por intermédio das Coletâneas de Exercícios, é possível observar oresultado positivo deste trabalho, que agora chega a outras localidades do Brasil.Recente convênio firmado entre as Instituições que figuram nas páginas iniciaisdeste caderno, permitiu a colaboração dos respectivos docentes na feitura destematerial disponibilizado aos alunos.

 A certeza que nos acompanha é a de que não apenas tornamos as aulas maisinterativas e dialógicas, como se mostra mais nítida a interseção entre os camposda teoria e da prática, no Direito.

Por todas essas razões, o desempenho e os resultados obtidos pelo alunonesta disciplina estão intimamente relacionados ao esforço despendido por ele narealização das tarefas solicitadas, em conformidade com as orientações do

professor. A aquisição do hábito do estudo perene e perseverante, não apenas olevará a obter alta  performance no decorrer do seu curso, como tambémpotencializará suas habilidades e competências para um aprendizado mais densoe profundo pelo resto de sua vida.

Lembre-se: na vida acadêmica, não há milagres, há estudo comperseverança e determinação. Bom trabalho.

Coordenação Geral do Curso de Direito

 

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PROCEDIMENTOS PARA UTILIZAÇÃO DAS COLETÂNEAS DE EXERCÍCIOS

1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temasobjeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudênciae apresentar soluções, por meio da resolução dos casos, preparando-se para debates emsala de aula.

2- Antes do início de cada aula, o aluno depositará sobre a mesa do professor o materialrelativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente rubrique e devolvano início da própria aula.3- Após a discussão e solução dos casos em sala de aula, com o professor, o alunodeverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou

 jurisprudência pertinentes aos casos.4- A entrega tempestiva dos trabalhos será obrigatória, para efeito de lançamento dosgraus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno àsprovas.4.1- Caso o aluno falte à AV1 ou à Av2, o professor deverá receber os casos até umasemana depois da prova, atribuir grau e lançar na pauta no espaço específico.5- Até o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno deverá entregar o conteúdo do

trabalho relativo às aulas já ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor,bem como o aperfeiçoamento dos mesmos, organizado de forma cronológica, em pastaou envelope, devidamente identificados, para atribuição de pontuação (zero a um), queserá somada à que for atribuída à AV1 e AV2 (zero a nove).5.1- A pontuação relativa à coletânea de exercícios na AV3 (zero a um) será a médiaaritmética entre os graus atribuídos aos exercícios apresentados até a AV1 e a AV2 (zeroa um).6- As provas (AV1, AV2 e AV3) valerão até 9 pontos e serão compostas de questõesobjetivas, com respostas justificadas em até cinco linhas, e de casos concretos, baseadosnos casos constantes das Coletâneas de Exercícios, salvo as exceções constantes doregulamento próprio.

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SUMÁRIO

SEMANA 1 – Introdução ao estudo da TGE e da Ciência Política e dasSociedades Primitivas.

SEMANA 2 - Introdução ao estudo da TGE e da Ciência Política e dasSociedades Primitivas (continuação).

SEMANA 3 – Sociedade e Estado.

SEMANA 4 – O Estado.

SEMANA 5 – O Estado (continuação).

SEMANA 6 – Poder Político e Soberania.

SEMANA 7 – Estado, Poder e Direito.

SEMANA 8 – Formas de Estado.

SEMANA 9 – Formas de Governo.

SEMANA 10 – Sistemas de Governo.

SEMANA 11 – Regimes de Governo.

SEMANA 12 – Exercício do Poder Democrático.

SEMANA 13 – As Autocracias.

SEMANA 14 – Obediência à Lei: resistência aos atos do poder público.

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Aula 1: Introdução ao Estudo da TGE e Ciência Política e das SociedadePrimárias

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

compreender o objeto de estudo da Teoria Geral do Estado e CiênciaPolítica.

analisar a importância da Teoria Geral do Estado e da Ciência Política,como estrutura teórica indispensável à compreensão do Estado, bem como

ao estudo do Direito Constitucional.

compreender o processo evolutivo da sociedade.

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,2008

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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.

BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.

COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009

WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.

CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula, faça, inicialmente,a leitura dos capítulos I e II da obra de DALLARI, Dalmo. Elementos de teoriageral do estado. 25. Ed. São Paulo: Saraiva, 2005; capítulo I da obra de

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do estado. São Paulo: Globo, 1997; capítulo I daobra de MALUF, Sahid. Teoria geral  do estado. Rio de Janeiro: Saraiva, 1991

Exercício 1 - Tema: Importância da disciplina na formação do operador de justiça

Observe este artigo publicado na edição de O Globo em 06/05/07, docolunista João Ubaldo Ribeiro:

“Talvez hoje em dia, quando me dizem, que as faculdades de Direito formam técnicos advocacia e não juristas, nem mais nelas se estude a disciplina de Teoria Geral do Esta

que, no meu tempo, a gente pegava logo no primeiro ano. Mas quem não saiu da escanalfabeto lembra-se de pelo menos alguns modelitos de Estado. Há (“há”, não; quero ena moda e falar como todo mundo já fala: “você tem”), ou seja, você tem, por exemploEstado do bem-estar social, dos quais o caso logo recordado é a Suécia. Nele o cidapaga quase tudo o que ganha de impostos, mas o Estado também lhe dá quase tudtodos vivem bem. E você tem do outro lado o Estado gendarme, o liberal clássico, qexerce funções básicas, como a segurança e outros serviços essenciais, e deixa o restcargo do jogo natural de interesses do indivíduo ou de grupos de indivíduos associados,

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nossos dias o popular e nervosíssimo mercado. Você tem, enfim (agora o necesságerúndio, para ficar logo de vez na moda), de estar fazendo um pequeno esforço para elembrando os tipos de Estado, como o totalitário com xilocaína que muitos americadesejam acabar de instituir por lá, ou o totalitário tipo você-é-para-mim-e-eu-não-sou-pvocê, como o nazi-fascismo...”

 Agora responda:

a) Como se justifica a importância da disciplina Teoria Geral do Estado para a formação jurista?

b) Por que se reconhece na Teoria Geral do Estado uma natureza dual, sesimultaneamente reconhecida como uma disciplina especulativa e de síntese?

Exercício 2 - tema: Formação da sociedade

Leia com atenção o texto a seguir: 

“Ora, o que não consegue viver em sociedade, ou que não necessita denada porque se basta a si mesmo, não participa do Estado; é um bruto ou umadivindade. A natureza faz assim com que todos os homens se associem. Ao queprimeiro estabeleceu essa fórmula se deve o bem maior; pois se o homem,chegado à sua perfeição, é o mais excelente dos animais, também é o pior quando vive isolado, sem leis e sem preconceitos. Tremenda calamidade constitui-se a injustiça com armas na mão. As armas que a natureza fornece ao homemsão a prudência e a virtude. Não possuindo a virtude, torna-se o mais ímpio e o

mais feroz de todos os entes vivos; não sabe, para sua vergonha, mais do queamar e comer. A justiça constitui a base da sociedade. Dá-se o nome de julgamento à aplicação do que é justo. (Política, Aristóteles, Título I, Cap1, § 9º)

Sobre Aristóteles, é correto afirmar que:

(a) A concepção aristotélica reconhece na pólis a aspiração humana natural; ésomente na cidade que o homem pode realizar a virtude inscrita em sua essência.(b) Aristóteles considera que a sociabilidade é produzida pela natureza e, portanto,que não se trata de fundá-la, mas de ordená-la.(c) Para Aristóteles, a cidade é a expressão da forma política que permite aexplicitação da virtude do homem. Somente ela permite a coletividade instaurar uma sociedade justa sob o império das leis.(d) As respostas “a” e “c” estão corretas.(e) As respostas “a”, “b”, e “c” estão corretas.

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Exercício 3 – Tema: Origem da sociedade

Leia as assertivas acerca da origem da sociedade e marque a alternativa correta:

I. As teorias que explicam a vida em sociedade são: contratual e natural. A natural

defende a idéia que a vida em sociedade é fruto de um impulso associativonatural.II. A teoria contratual sustenta que a sociedade é produto de um acordo devontades.III. Dentre os adeptos da teoria contratualista podemos destacar Rousseau,

 Aristóteles, Hobbes e Locke.IV. Platão, Cícero e Montesquieu foram os precursores do naturalismo.

a) Todas as alternativas são corretas;b) Todas as alternativas se completam;c) Somente a alternativa I está correta;

d) Nas alternativas I e II, as teorias estão invertidas;e) Somente as alternativas I e II estão corretas.

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Aula 2: As Sociedade Primárias (continuação)

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

distinguir as teorias que justificam a origem da sociedade

analisar o sentido de bem comum 

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,

2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006

FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.

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CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula, faça, inicialmente,a leitura dos capítulos I e II da obra de DALLARI, Dalmo. Elementos de teoriageral do estado. 25. Ed. São Paulo: Saraiva, 2005; capítulo I da obra de

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do estado. São Paulo: Globo, 1997; capítulo I daobra de MALUF, Sahid. Teoria geral  do estado. Rio de Janeiro: Saraiva, 1991

Exercício 1 - Tema: Formação da sociedade e bem comum

Leia o texto a seguir :

“É certo que existem algumas criaturas vivas, como as abelhas e as formigas,que vivem socialmente umas com as outras (...), sem outra direção senão seus

  juízos e apetites particulares, nem linguagem através da qual possam indicar umas às outras o que consideram adequado para o Benefício Comum. Assim,

talvez haja alguém interessado em saber por que a humanidade não pode fazer omesmo. Ao que tenho a responder o seguinte :

Primeiro, que os homens estão constantemente envolvidos numacompetição pela honra e pela dignidade, o que não ocorre no caso dessascriaturas. E é devido a isso que surgem entre os homens a inveja e o ódio, efinalmente a guerra, ao passo que entre aquelas criaturas tal não acontece.

Segundo, que entre essas criaturas não há diferença entre o Bem Comume o bem individual e, dado que por natureza, acabam por promover o BemComum. Mas o homem só encontra felicidade na comparação com os outroshomens e só pode tirar prazer do que é eminente.

Terceiro, que, como essas criaturas não possuem (ao contrário do homem )

o uso da razão, elas não vêem nem julgam qualquer erro na administração de suaexistência comum (...).

Por último, o acordo vigente entre essas criaturas é natural, ao passo que odos homens é artificial. Portanto não é de admirar que seja necessária algumacoisa mais, (...) para tornar constante e duradouro seu acordo: ou seja, um poder comum que os mantenha em respeito, e que dirija suas ações no sentido do BemComum.”

a) O texto indica alguma teoria favorável à origem da sociedade? Qual? Justifique.

b) O texto indica, para os humanos, algo mais, ou seja, um poder comum ou o

Estado. Pergunta-se: a sociedade humana pode permanecer existindo sem omesmo ou, ao contrário, o Estado é a condição para a existência e a permanênciada sociedade? Justifique.

c) Existe diferença entre os homens e as outras criaturas vivas quanto àrealização do Benefício Comum? Qual? O que a explica?

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Exercício 2 - Tema: Formação da sociedade – naturalismo e contratual ismo

Leia com atenção o texto a seguir :

Segundo modelo aristotélico – O Estado é o prosseguimento natural da

sociedade familiar, de sociedade doméstica ou família. No modelo hobbesiano, oEstado é a antítese do estado de natureza, da societas naturalis constituída deindivíduos hipoteticamente livres e iguais. *In BOBBIO, Norberto. Estado, Governoe Sociedade. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997, p. 45 

 Aponte a(s) diferença(s) entre o pensamento de Hobbes e Aristóteles noque diz respeito à origem da sociedade.

Exercício 3 - Tema: Bem comum – Teorias finalista e determinista

Leia com atenção o seguinte texto: “É celebrado hoje, à direita e à esquerda, o triunfo do capitalismo. Tenho

certeza de que, quando a poeira dos acontecimentos baixar, veremos que osproblemas estarão ainda aí, e que a sociedade capitalista mergulha nadecadência. E, com esta sociedade, é toda a humanidade que corre o risco desofrer uma catástrofe irreversível.

Só poderá haver saída, se os homens e as mulheres se acordarem edecidirem tomar os seus destinos em suas mãos. E é isto mesmo que é o projetoda autonomia. Nada garante que eles o farão. Mas nada garante, tampouco, quenão o farão. E não podemos fazer outra coisa senão trabalhar para que se

acordem da apatia e do embrutecimento do supermercado, do shopping e datelevisão. E se eles acordarem, acredito que podemos estar certos de que irãodestronar a economia e a produção do lugar soberano no qual foram colocadaspelo capitalismo e pelo marxismo, e fazê-las voltar para o seu justo lugar, no quala economia e a produção sejam simples meios e não fins da vida humana. Pois,desde que a humanidade existe, de todas as finalidades que as sociedades sepropuseram, a expansão da produção e do consumo é, sem dúvida, a maisderrisória e ignóbil. O que devemos, então, nos propor como fim? Qual será estesentido? Ninguém poderá dizer no lugar destas pessoas. “ (Castoriadis)

a) O texto sugere uma posição determinista ou finalista? Justifique.

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Aula 3: Sociedade e Estado

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

compreender o sentido de sociedades de fins políticos.

analisar as diferenças entre as teorias justificadoras da surgimento doestado.

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006

MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.

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CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula,faça, inicialmente,a leitura do capítulo II da obra de DALLARI, Dalmo. Elementos de teoria geral doestado. São Paulo: Saraiva, 2005; capítulo IX da obra de AZAMBUJA, Darcy.Teoria geral do estado. São Paulo: Globo, 1997; capítulos VIII e X da obra deMALUF, Sahid. Teoria geral   do estado. Rio de Janeiro: 26. Ed. Saraiva, 1991.HOBSBAWM, Eric, Era dos Extremos: o breve século XX – 1914-1991, São Paulo:Companhia das Letras, 1995, p. 113 / 144.

Exercício 1 - Tema: Formação do estado – fatores determinantes

  A Bósnia-Herzegóvina é incorporada, em 1917, ao Reino dos Sérvios,Croatas e Eslovenos, que em 1929 passa a se chamar Iugoslávia. No começo dadécada de 1990 sua independência é aprovada e reconhecida pela União

Européia e pelos Estados Unidos.No que diz respeito à formação do Estado da Bósnia-Herzegóvina, a alternativacorreta é :

(a) derivada por fracionamento(b) formação atípica(c) originária com base em atos de força e de violência(d) derivada por união(e) originária com base em causas econômicas ou patrimoniais

Exercício 2 - Tema: Formação do estado - pacto de submissão

Analise o texto abaixo.

“A única maneira de instituir um tal poder comum, capaz de defendê-los dasinvasões dos estrangeiros e das injúrias uns dos outros, garantido-lhes assim umasegurança suficiente para que, mediante seu próprio labor e graças aos frutos daterra, possam alimentar-se e viver satisfeitos, é conferir toda sua força e poder aum homem, ou a uma assembléia de homens, que possa reduzir suas diversasvontades, por pluralidade de votos, a uma só vontade. O que equivale a dizer:designar um homem ou uma assembléia de homens como representante de suas

pessoas, considerando-se e reconhecendo-se cada um como autor de todos osatos que aquele que representa sua pessoa praticar ou levar a praticar, em tudo oque disser respeito à paz e segurança comuns; todos submetendo assim suasvontades à vontade do representante, e suas decisões a sua decisão. Isto é maisdo que consentimento, ou concórdia, é uma verdadeira unidade de todos eles,numa só e mesma pessoa, realizada por um pacto de cada homem com todos oshomens, de um modo que é como se cada homem dissesse a cada homem: Cedoe transfiro meu direito de governar-me a mim mesmo a este homem, ou a esta

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assembléia de homens, com a condição de transferires a ele teu direito,autorizando de maneira semelhante todas as suas ações. Feito isso, à multidãoassim unida numa só pessoa se chama Estado, em latim civitas. É esta a geraçãodaquele grande Leviatã, (ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal, nossa paz edefesa. Pois graças a esta autoridade que lhe é dado por cada indivíduo no

Estado, é-lhe conferido o uso de tamanho poder e força que o terror assiminspirado o torna capaz de conformar as vontades de todos eles, no sentido dapaz em seu próprio país, e da ajuda mútua contra os inimigos estrangeiros. É neleque consiste a essência do Estado, a qual pode ser assim definida: Uma pessoade cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com osoutros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usar a força eos recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar apaz e a defesa comum.

Aquele que é portador dessa pessoa se chama soberano, e dele se diz quepossui poder soberano. “Todos os restantes são súditos”. (Leviatã, ThomasHobbes, Cap. XVII)

Qual é o modelo de pacto social presente na teoria contratualista deHobbes sobre a origem do Estado? Justifique.

Exercício 3 - Tema: Formação do estado - pacto de submissão

 Após a análise dos textos abaixo, informe justificadamente se podemosassociá-los a alguma teoria que justifica a origem do Estado?

a) “ os semitas, no início da história hebraica, distribuíram-se entre a Síria Oriental

e a Mesopotâmia, empreendendo inúmeras guerras pela conquista territorial epara a obtenção de escravos e mulheres.Quando um desses grupos semitas, oshebreus,chegou à Palestina, teve início a disputa pelo domínio da região,originando prolongados conflitos contra os cananeus e os filisteus, dos quais oshebreus saíram vitoriosos.

Os hebreus, estabelecidos então na palestina, organizaram-se em grupospatriarcais (clãs) e iniciaram o desenvolvimento das atividades agrícolas epastoris, deixando o nomadismo e tornando-se sedentários.

O primeiro grande líder hebreu, segundo o antigo testamento, foi Abraão.Depois deste, foram liderados pelos patriarcas Isaac e Jacó ( ou Israel), sendoque este último deixou doze descendentes que deram origem à doze tribos que seuniram e constituíram Israel.

b) “(...) O processo de independência foi acelerado por um fato externo, que tevesérios desdobramentos no Brasil. Em 1820 ocorreu em Portugal a revoluçãoLiberal do Porto, que convocou eleições para a Assembléia das Cortes (umaespécie de Poder legislativo com poderes constituintes), exigindo a volta de D.João VI a Portugal e a adoção de uma constituição liberal.

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D. João VI voltou a Portugal, deixando como regente, no Brasil, seu filhoD. Pedro de Alcântara. Em Lisboa, as Cortes contavam com a participação( minoritária) de representantes brasileiros. Entretanto, suas decisões tinham por objetivo recolonizar o Brasil, isto é, submetê-lo novamente à antiga condição decolônia, deixando de ser reino Unido à Portugal, além de exigir o retorno do

príncipe regente. (...)As elites brasileiras dividiram-se em duas correntes de opinião. Umadelas, mais conservadora, defendia a “União” em igualdade de condições entrePortugal e o Brasil. A outra, de tendência mais liberal, pregava a separação epropunha a convocação imediata de uma Assembléia Constituinte.

A 9 de janeiro de 1822, D. Pedro afirmou solenemente sua disposição depermanecer no Brasil, episódio conhecido como fico, expulsou do Rio de Janeiroas tropas portuguesas fiéis a Lisboa e formou um novo ministério chefiado por José Bonifácio de Andrade e Silva.

Em junho foram convocadas eleições para a Assembléia NacionalConstituinte. A 7 de setembro de 1822, D. Pedro proclamou a independência, às

margens do riacho Ipiranga, em São Paulo. De volta ao Rio de Janeiro, o príncipefoi coroado Imperador com o título de D.Pedro I.Como era de se esperar, Portugal não aceitou passivamente a ruptura.

Mas, em 1825, o Brasil teve a sua independência reconhecida pela antigametrópole, mediante pagamento a Portugal de uma indenização de 2 milhões delibras esterlinas, o montante foi obtido por empréstimo em Londres, constituindo-se na primeira dívida externa assumida pelo país.(...) “

c) “(...) em 1776, as treze colônias inglesas da América rejeitaram a colonizaçãoda metrópole, iniciando a guerra pela independência. Para sustentar este difícilconflito armado, ante a forte reação inglesa, resolveram se integrar em prol do

esforço de defesa comum e em uma forma inicial de Confederação de Estados,unindo os treze Estados independentes e Soberanos.Logo após a guerra de independência, contudo, verificaram mais

nitidamente a fragilidade da união confederada. Convocaram uma convenção emFiladélfia no ano de 1787, para que revisasse os artigos da Confederação.Durante noventa dias, os delegados dos Estados Soberanos discutiram todos osproblemas de interesse comum, sob a liderança de homens notáveis comoBenjamin Franklin, James Madison e James Wilson.

Após longos debates, enfrentadas as divergências internas, resolveramatravés de uma Constituição escrita criar um único Estado – EUA – através dainvenção do federalismo. (...)“

 

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Aula 4: O Estado

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

construir um conceito para Estado.

analisar as finalidades e funções do Estado.

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,

2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.

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CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula,faça, inicialmente,a leitura do capítulo II da obra de DALLARI,Dalmo. Elementos de teoria geral doestado. São Paulo: Saraiva, 2005; capítulos IV e V da obra de AZAMBUJA, Darcy.Teoria geral do estado. São Paulo: Globo, 1997; capítulos VIII e X da obra deMALUF, Sahid. Teoria geral   do estado. Rio de Janeiro: 26. Ed. Saraiva, 1991.HOBSBAWM, Eric, Era dos Extremos: o breve século XX – 1914 - 1991, SãoPaulo: Companhia das Letras, 1995, p. 113 / 144; MAQUIAVEL, Nicolau. OPríncipe. São Paulo : Cultrix, 2002

Exercício 1 - Tema: Finalidades e funções do Estado - bem comum comofinalidade do Estado

 Analise com atenção o texto abaixo:

¨ Saiba-se que existem dois modos de combater: um com as leis,outro com aforça.O primeiro é próprio do homem,o segundo dos animais.Nãosendo,porém,muitas vezes suficiente o primeiro, convém recorrer ao segundo.Por conseguinte,a um príncipe é mister saber comportar-se como homem e comoanimal...Tendo, portanto,a necessidade de proceder como animal,deve umpríncipe adotar a índole ao mesmo tempo do leão e da raposa;porque o leão nãosabe fugir das armadilhas e a raposa não sabe defender-se dos lobos. Assim,cumpre ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para amedrontar os lobos.Um príncipe sábio não pode, pois, nem deve manter-se fiel às suas promessasquando,extinta a causa que o levou a fazê-las, o cumprimento delas lhe trazprejuízo...Não é necessário a um príncipe ter todas as qualidades mencionadas,

mas é indispensável que pareça tê-las, direi até que, se as possuir, o usoconstante delas resultará em detrimento seu,e que,ao contrário,se não aspossuir,mas afetar possuí-las,colherá benefícios.Daí a conveniência de parecer clemente,leal,humano,religioso,íntegro e,ainda de ser tudo isso,contanto que,emcaso de necessidade, saiba tornar-se o inverso...Outras obrigações de umpríncipe são a de distrair o povo com festas durante certas épocas do ano,a de ter na devida conta os grêmios ou as corporações em que se divide a cidade,comparecendo não raro às suas reuniões, e a de dar exemplos de bondade emunificência, embora mantendo sempre , por ser ela imprescindível, a majestadedo seu cargo...¨ (O Príncipe ,Maquiavel,cap. XIX e XXI) 

Sobre Maquiavel, é correto afirmar:

(a) Em termos filosóficos modernos, entende-se que Maquiavel teria sido odescobridor da política como categoria independente, distinta da moral e dareligião.(b) Maquiavel nos ensinou a julgar as ações do príncipe segundo o seu valor moral, afastando, assim, a idéia de que os fins justificam os meios.

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(c) O maquiavelismo faz parte da Teoria da Razão de Estado, que acompanhou aconsolidação do Estado Absoluto.(d) Com a expressão “razão de Estado “ entende-se que o Estado tem as suaspróprias razões que o indivíduo desconhece. Em nome de tais razões, o Estadopode agir de maneira diferente daquela pela qual o indivíduo deveria comportar-

se nas mesmas circunstâncias. Em outras palavras, a moral do Estado, ou seja,daqueles que detém o poder supremo de um homem sobre os outros homens, édiferente da moral dos indivíduos.

Exercício 2 - Tema: Unidade política e soberania

Leia o seguinte texto:

“As ilhas Malvinas no Atlântico Sul, sobre imensos lençóis de petróleo, aalgumas centenas de quilômetros da Costa Argentina, chamadas de Falklandspelos ingleses, foram ocupadas pela Grã-Bretanha em 1883. A Argentina nunca

aceitou esta ocupação.Em abril de 1982, para atrair o apoio da população, o governomilitar ordenou a invasão das ilhas, desencadeando uma guerra localizada contraa Grã-Bretanha. Em junho do mesmo ano, reconhecendo a derrota, os soldadosargentinos renderam-se e a Inglaterra voltou a controlar a região.”

Pergunta-se: é correto afirmar que as Ilhas Malvinas indicam a necessidade decontinuidade geográfica do território do Estado a fim de possibilitar o exercício daSoberania?

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Aula 5: O Estado - Elementos

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

analisar os elementos constitutivos do Estado.

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

incentivo à utilização pelo acadêmico das salas de aulas interativas;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2

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CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula,faça, inicialmente,a leitura do capítulo II da obra de DALLARI,Dalmo. Elementos de teoria geral doestado. São Paulo: Saraiva, 2005; capítulos IV e V da obra de AZAMBUJA, Darcy.Teoria geral do estado. São Paulo: Globo, 1997; capítulos VIII e X da obra deMALUF, Sahid. Teoria geral   do estado. Rio de Janeiro: 26. Ed. Saraiva, 1991.HOBSBAWM, Eric, Era dos Extremos: o breve século XX – 1914-1991, SãoPaulo: Companhia das Letras, 1995, p. 113 / 144;

Exercício 1 - Tema: Elementos constitutivos – diferença entre povo e nação

Um brasileiro de 34 anos que reside na França, com dois filhos franceses edivorciado há dois anos, uma vez por ano vem ao Brasil visitar seus parentes. Por exigência das leis francesas ele suspendeu seu título de eleitor no Brasil. Emrelação ao Brasil, este indivíduo faz parte: do povo, da nação ou da população?

Exercício 2 - Tema: Elementos constitutivos

Com a independência do Brasil, em 1822, A Cisplatina seria a última dasprovíncias da América Portuguesa a aderir ao governo de D. Pedro I, e, em 1826,chegou a ter representantes na Câmara dos Deputados e no Senado do Império.Todavia, desde 1825, era o principal pretexto para uma guerra extenuante e semvencedores entre o Império do Brasil e o governo de Buenos Aires. Questãoresolvida em 1828, quando os governos brasileiro e argentino, sob mediaçãobritânica, concordaram na transformação da província Cisplatina em República.

Ocorreu alguma mudança importante na condição política da Cisplatinaquando foi transformada em República? Analise a questão à luz dos elementosconstitutivos do Estado.

Exercício 3 - Tema: Elementos constitutivos

No que diz respeito aos elementos constitutivos do Estado, a opção errada é a

(a) O povo deve ser entendido como uma “comunidade de pessoas”, e éconstituído por aqueles “homens que o seu Direito reveste da qualidade de

cidadãos ou de súditos e que permanecem unidos na obediência às mesmas leis”.(b) População é um conceito jurídico “e representa somente o conjunto denacionais ou súditos residentes no território no território nacional.(c) Os estrangeiros e os apátridas gozam, em termos gerais, de um estatuto

 jurídico distinto do dos cidadãos do Estado e, em princípio, não gozam de direitospolíticos.(d) O território do Estado é fundamental para delimitar qual o espaço em que oEstado pode exercer o seu poder soberano.

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Aula 6: O Poder Político e Soberania

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

analisar a origem do Poder Político.

compreender a evolução da soberania estatal.

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

incentivo à utilização pelo acadêmico das salas de aulas interativas;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.

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WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.

CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula, faça,inicialmente, a leitura do capítulo II da obra de DALLARI,Dalmo. Elementos deteoria geral do estado. São Paulo: Saraiva, 2005; capítulos IV e V da obra de

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do estado. São Paulo: Globo, 1997; capítulos VIIIe X da obra de MALUF, Sahid. Teoria geral   do estado. Rio de Janeiro: 26. Ed.Saraiva, 1991.

Exercício 1 - Tema: Poder soberano - fundamento

O Tibete existe como uma região unificada desde o século VII. Asfronteiras da região foram firmadas em um acordo formal de paz com a Chinaentre os anos 821 e 823.

No século 13, quando o líder mongol Genghis Khan estendeu seudomínio da China até a Europa, os líderes tibetanos tiveram que firmar um acordopara manterem uma certa autonomia: eles prometeram lealdade em troca deproteção. O órgão do governo no exílio informa ainda que, mesmo com asconquistas tanto de Genghis Khan como de seu filho, Kublai Khan --queestabeleceu a dinastia Yuan (1279-1368) após conquistar a China--, o territóriotibetano nunca foi anexado à China.

O laço político com o governo Yuan foi rompido em 1350, antes da Chinarecuperar sua independência, e não manteve laços com o governo da dinastiaMing (1386-1644).O Dalai-Lama estabeleceu então uma ligação religiosa com os imperadores dadinastia Qing (1644-1911), tornando-se guia espiritual do imperador chinês,aceitando proteção em troca --mas, segundo o órgão, sem que isso afetasse aindependência do Tibete.

 A ligação com os imperadores dessa dinastia já era inoperante à época da breveincursão britânica em Lhasa --após o que foi assinada a Convenção de Lhasa em1904.

Mesmo já sem influência, o governo chinês continuou a afirmar sua

autoridade sobre o Tibete: em 1910 o Exército imperial chinês ocupou a capitaltibetana, mas, após a revolução em 1911 e a derrubada do império, o exércitochinês se rendeu às forças tibetanas e foram repatriados. O dalai-lama entãoreafirmou a independência do país e seu poder com base na religião budista.

Entre 1911 e 1950, o Tibete conseguiu manter o status de paísindependente --durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) o Tibetepermaneceu neutro, apesar das pressões de EUA, Reino Unido e China parapermitir a passagem de matérias-primas pela região.

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Em 1949, começou a ocupação chinesa no Tibet. Dez anos depois, umlevante tibetano não teve sucesso e o governo comunista consolidou sua invasão.

 Aproximadamente 1,2 milhão de tibetanos morreram e mais de 6.200 monastériosforam destruídos, restando apenas 13. Cerca 100.000 tibetanos, como o DalaiLama e vários outros mestres, foram obrigados a se exilar.

Com a invasão chinesa do Tibet, foi como se uma represa houvessearrebentado: de repente a sabedoria tibetana começou a fluir livremente do teto domundo em direção ao Ocidente. Monges e monjas, lamas e mestres que nuncahaviam deixado seus mosteiros de clausura e suas ermidas isoladas tiveram queenfrentar um novo mundo — cheio de homens e mulheres ansiosos para aprender sobre o Dharma. Os mestres tibetanos dizem que se houve um bem emanado dainvasão chinesa, este bem foi a disseminação dos ensinamentos para tantosalunos novos. (Lama Surya Das, O Despertar do Buda Interior )

Questão: Na hipótese do Tibete ser reconhecido como um Estado independentee o Dalai Lama ser o representante do poder soberano, aponte, justificadamente,

dentre as teorias teocráticas e democráticas do exercício do poder, aquela que seajusta a situação descrita no texto.

Exercício 1 - Tema: Soberania - fundamento

Em 1923, Saud decretou a criação do Reino da Arábia Saudita, noqual se unificavam Najd e Hedjaz, além dos emirados de Asir, Hasa e Nairan.

 A Arábia Saudita interveio nas guerras árabe-israelenses de 1967 e1973 e liderou o boicote dos países produtores de petróleo aos estados queapoiaram Israel. Em 1975, Faiçal foi assassinado e seus sucessores, Khaled ibn

 Abdul Aziz e Fahd, este coroado em 1982, adotaram uma política conservadorapró-Ocidente. A lei islâmica é não só um sistema legal, mas um código completo de

comportamento, que engloba atividades públicas e privadas. O rei nomeia oconselho de ministros, que ele mesmo preside, exercendo assim a função deprimeiro-ministro.

 A ordem do Estado se baseia na lei religiosa do Islã (Char’ ia), basedo direito civil e penal. O rei concentra os poderes executivo, legislativo e judiciárioe sua autoridade se estende ao campo religioso, pois o monarca é também o imã(chefe religioso). Um conselho consultivo, formado pelo conselho de ministros epela família real, mais os ulemás (sábios religiosos) assessoram o rei em suasdecisões políticas. (GILISSEN, John. Introdução História ao Direito. Lisboa :Fundação Calouste Gulbenkian, 2a edição, 1995, p. 119.)

No que diz respeito à justificação e a titularidade da soberania, o textoacima se refere à soberania nacional, onde o titular do exercício do poder soberano é a Nação?

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Exercício 3 - Tema: Soberania - concepções

Identifique o autor, quando possível, e a concepção de poder político ou deSoberania:

a) “É nele que consiste a essência do Estado, a qual pode ser assim definida: umapessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns comos outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usar aforça e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, paraassegurar a paz e a defesa comum.

Aquele que é portador dessa pessoa se chama Soberano, e dele se diz quepossui poder Soberano. Todos os restantes são súditos. “

b) “(...) os que estão unidos em um corpo, tendo lei comum estabelecida e judicatura para qual apelar, com autoridade para decidir controvérsias e punir os

ofensores, estão em sociedade civil uns com os outros (...)(...) em um Estado constituído somente pode existir um poder supremo, que éo legislativo, ao qual tudo mais deve ficar subordinado, contudo sendo o legislativosomente um poder fiduciário destinado a entrar em ação para certos fins, cabeainda ao povo um poder supremo para afastar ou alterar o legislativo quando élevado a verificar que age contrariamente ao encargo que lhe confiaram. Porque,sendo limitado qualquer poder concedido como encargo para conseguir-se certoobjetivo, por esse mesmo objetivo, sempre que se despreza ou contrariamanifestamente esse objetivo, a ele se perde o direito necessariamente, e o poder retorna às mãos dos que concederam, que poderão colocá-lo onde o julguemmelhor para garantia e segurança próprias.(...)

(...) sempre que os legisladores tentam tirar e destruir a propriedade do povo,ou reduzi-la à escravidão sob um poder arbitrário, entra em estado de guerra comele, que fica assim absolvido de qualquer obediência (..) “.

c) “Cada um de nós coloca em comum a sua pessoa e todo o seu poder sob asuprema direção da vontade geral, e nós recebemos em corpo cada membrocomo parte indivisíveldo todo.“

“(...) cada contratante está obrigado sem, no entanto, estar “sujeito” a pessoaalguma, ao fato de que cada um, unindo-se a todos, só obedece, no entanto a simesmo, permanecendo tão livre quanto antes” (...)

(...) a vontade não se representa: é a mesma ou é outra, não existe meiotermo. Os deputados do povo não são, pois, nem podem ser,os seusrepresentante; são apenas co-missários; nada podem concluir definitivamente.Toda lei, não ratificada pelo povo em pessoa, é nula; não é lei (...)

(...) o Soberano quer. Ele é a vontade geral que determina o ato (geral). Ogoverno age. Executa, por atos particulares, o ato geral (...).Os depositários dopoder executivo não são, em absoluto, os senhores do povo, mas os seus oficiais.E o povo pode estabelecê-los e destituí-los quando lhe apraz(...)

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(...) afirmo, pois, que a Soberania, não sendo senão o exercício da vontadegeral, jamais pode alienar-se, e que o Soberano, que nada é senão um ser coletivo, só pode ser representado por si mesmo.”

d) “Luiz XI, cognominado Rei Sol, dizia-se a personificação do Estado - L’ État

c’est moi.(O Estado sou eu). E Luiz XV, que o sucedeu, declarou textualmente:nós não temos a nossa coroa senão de Deus e o direito de fazer as leis nospertence sem co-participação ou dependência.

Idêntica afirmação fizera Carlos I quando levado ao patíbulo pelas forçasvitoriosas da Revolução de Cromwell: “a liberdade do povo consiste nas leis quelhe assegurem a vida e bens próprios, nunca no direito de se governar por simesmo. Este direito é do Soberano. “

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Aula 7: Estado, Poder e Direito

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

 Analisar noção jurídica de Estado.

Compreender as relações do Estado com o Direito e o Poder 

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006

MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.FERRAJOLI, Luigi, A Soberania no Mundo Moderno, Ed. Martins Fontes, 2002

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CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula,faça, inicialmente,a leitura do capítulo III da obra de DALLARI,Dalmo. Elementos de teoria geral doestado. São Paulo: Saraiva, 2005;

Exercício 1 – Tema: A Soberania nos dias atuais

Com relação a globalização econômica, o autor Luigi Ferrajoli declara: “Elatem exigido reformas estruturais que, de um lado, parecem enfraquecer o Estado:descentralização, agências regulatórias, poderes privados .... Tudo isso sugerindoser o Estado grande demais para a maioria de suas atuais funçõesadministrativas.Porém, paradoxalmente, também exige Estados cada vez maiores

 – os atuais talvez sejam pequenos – para fazer frente aos desafios de adequaçãoà economia mundial”. FERRAJOLI, Luigi, A Soberania no Mundo Moderno, Ed.Martins Fontes, 2002.

a) A partir do pensamento deste autor, devemos aceitar o pensamento clássico desoberania de Jean Bodin? b) O Estado Soberano continua a possuir capacidade jurídica internacional? c) A globalização tem influenciado as políticas de governo adotadas no Brasil? 

Exercício 2 – Tema: Transformação do Estado

“Um dos problemas fundamentais do Estado contemporâneo é conciliar a idéiade ordem, no sentido de situação estabelecida, com o intenso dinamismo social,que ele deve assegurar e promover e que implica a ocorrência de uma constantemutação”. DALLARI, Dalmo de Abreu, Elementos de Teoria Geral do Estado, Ed.Saraiva, 2003, 24 ed. P.139.

Diante do exposto, pergunta-se:a) A adequação estatal é utópica?b) Quais os processos de transformação do Estado capazes de mantê-loadequado?

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Aula 8: Formas de Estado

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

distinguir as Formas de Estado

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

incentivo à utilização pelo acadêmico das salas de aulas interativas;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. São

Paulo: Saraiva, 2006MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.

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WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.

FERRAJOLI, Luigi, A Soberania no Mundo Moderno, Ed. Martins Fontes, 2002

CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula,faça, inicialmente,a leitura do capítulo IV da obra de DALLARI,Dalmo. Elementos de teoria geral doestado. São Paulo: Saraiva, 2005; capítulo XV da obra MORAES, Guilherme Penade, Teoria do Estado, Ed. Lumen Juris, 2006; capítulo XIII da obra deBONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10.ed.7ª tiragem. São Paulo: Malheiros,

1999;MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. 26.ed. São Paulo : Saraiva, 2006.

Exercício 1 – Tema: Formas de Estado

Num Estado unitário, em que a totalidade das competências do Estado e doGoverno se concentra em princípio no Poder Central, ao qual cabe delegar algumasdelas às regiões, em razão do equilíbrio entre necessidade e possibilidade decumpri-las, as políticas sociais se executam forçosamente a partir de decisõesdesse poder politicamente unificado e administrativamente delegado. Numafederação, essas decisões cabem, tanto no âmbito político como na esferaadministrativa, às suas diferentes unidades, autônomas em ambos os sentidos.

Esse paradigma é possível nos Estados de pequena expressão territorial, de poucadensidade étnica e cultural, equilibrados economicamente, ou seja, federaçõessimétricas. Nas federações assimétricas, como o Brasil, os Estados Unidos, a Índiae a Rússia, são necessárias políticas compensatórias, como forma maisdemocráticas de reduzir as desigualdades, as assimetrias...

1 – Como podemos estabelecer a distinção entre Estado Unitário e Estado Federal?2 – Qual é o modelo de federação adotado na CRFB/88?

Exercício 2 – Tema: Formas de Estado – Estado Federal

 A forma Federal de Estado pode surgir da transformação de um EstadoUnitário, ou de uma Confederação de Estados, ou por meio de TratadoInternacional, ou através de uma guerra, ou revolução popular que agregue oEstado vencido ao vencedor.

Diante do texto acima, informe como surgiu o federalismo brasileiro?

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Exercício 3 – Tema: Distinções entre o Estado Federal e Estado Unitário

No que diz respeito as característica da federação como forma de estado,podemos correlacionar os seguintes intens.

Federação (__) (__) (__)1 - O pacto é dissolúvel.2 - O Estado é politicamente centralizado.3 - Os Estados são autônomos.4 - Os Estados são soberanos.5 - O pacto federativo é indissolúvel.6 - Há apenas uma Constituição.7 - Os estados-membros são dotados de Constituição.

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Aula 9: Formas de Governo

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

distinguir as Formas de Governo

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,

2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.FERRAJOLI, Luigi, A Soberania no Mundo Moderno, Ed. Martins Fontes, 2002

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CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula,faça, inicialmente,a leitura do capítulo IV da obra de DALLARI,Dalmo. Elementos de teoria geral doestado. São Paulo: Saraiva, 2005; BODIN, Jean. Os Seis Livros da República;

CHEVALIER Jean-Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossosdias. Rio de Janeiro, Livraria Agir Editora, 1966.

Exercício 1 – Tema: República

Heródoto, na sua História (Livro III, §§ 80-82), narra uma célebre discussão queteria ocorrido entre três persas – Otanes, Megabises e Dario – sobre a melhor forma de governo a adotar depois da morte de Cambises. O episódio teriaocorrido na segunda metade do século VI antes de Cristo. Esta passagem nosmostra o grau de desenvolvimento do pensamento dos gregos sobre a política um

século antes da grande sistematização teórica de Platão e Aristóteles (no séculoIV) sobre as tipologias “clássicas” das formas de governo.

Como observamos, o tema é de extrema importância para o estudo da TeoriaGeral do Estado.

Pergunta-se: Como o tema foi analisado pelo filósofo Aristóteles? O pensamentoaristotélico influenciou outros pensadores, como Montesquieu?

Exercício 2 – Tema: O pensamento de Maquiavel sobre as Formas de

Governo

O pensamento de Maquiavel teve grande importância para o estudo doEstado, mormente no que diz respeito aos pressupostos sobre os quais funda associedades políticas, a saber, a teoria da divisão constitutiva do corpo político. Asíntese destes pontos é encontrada no Discurso sobre as formas de governo deFlorença, escrito entre 1520 e 1521. Nele, o Secretário florentino elabora umprojeto de reforma constitucional para sua cidade, incorporando vários doselementos presentes nas suas obras. Maquiavel buscou compreender as razõesque motivavam a estabilidade político-institucional nos vários principados. Na suainvestigação, o autor passa em revista alguns momentos essenciais na história

Fiorentina.

 Ao delimitar as razões da instabilidade, é capaz de formular então umdiagnóstico em função do qual poderia decidir qual deveria ser a forma de governomais apropriada para os florentinos.

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Ele aponta como momento de origem da instabilidade político-institucional oano de 1393, que coincide justamente com a data de surgimento e implantaçãodas assim chamadas formas intermediárias de governo, que designam os estadosque não são verdadeiramente nem principados nem repúblicas.

Deste modo, a referida instabilidade é apresentada como umaconseqüência da forma de governo adotada por sua cidade.

Como constatamos no texto, também em Maquiavel encontramos adiscussão sobre a melhor Forma de Governo a ser adotada pelo Estado.

Quais os pontos que você considera de maior importância, no discurso deMaquiavel sobre o tema?

Exercício 3 – Tema: Formas de Governo - características

O governo republicano presidencialista tem como traços que o distinguem :

(a) o acesso do povo ao poder;(b) a divisão de competências entre as entidades federativas;(c) a eletividade dos mandatários e a transitoriedade dos mandatos eletivos eresponsabilidade política;(d) a. eletividade dos mandatários e a transitoriedade dos mandatos eletivos e airresponsabilidade política.

Exercício 4 – Tema: Formas de Governo - características Assinale a alternativa incorreta:

(a) são características da República: temporalidade, eletividade eresponsabilidade.(b) as Monarquias limitadas por estamentos são aquelas onde há uma pequenadescentralização, com delegação de funções a membros da nobreza.(c) são características da Monarquia: vitaliciedade, eletividade e responsabilidade.(d) nos dias atuais a maioria dos governos monárquicos são constitucionais.

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Aula 10: Sistemas de Governo

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

distinguir os Sistemas de Governo.

compreender as características do sistema parlamentarista epresidencialista.

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.

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WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.FERRAJOLI, Luigi, A Soberania no Mundo Moderno, Ed. Martins Fontes, 2002

CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula,faça, inicialmente,a leitura do capítulo IV da obra de DALLARI,Dalmo. Elementos de teoria geral doestado. São Paulo: Saraiva, 2005; capítulos XLIII e XLIV da obra de MALUF,Sahid. Teoria geral  do estado. Rio de Janeiro: 26. Ed. Saraiva, 2006.

Exercício 1 – Tema: Sistema Parlamentarista

 A Inglaterra pode ser considerada o berço do governo representativo. Já noséculo XIII, o mesmo que assistiu à elaboração da Carta Magna, numa rebeliãodos barões e do clero contra o monarca, irá ganhar forma de parlamento. No anode 1265 um nobre francês, Simom de Montefort, neto de inglesa e grande amigode barões e eclesiásticos ingleses, chefiou uma revolta contra o rei da Inglaterra,Henrique III, promovendo uma reunião que muitos apontam como a verdadeiracriação do parlamento. (DALLARI, 1995, p.195)Para alguns estudiosos dos sistemas de governo, o parlamentarismo tem suasraízes fincadas no ano de 1213, onde, o “João sem Terra convocará “quatrocavaleiros discretos” de cada condado, para com eles discutir os assuntos doreino. (DALLARI, 1995, p.195).

O parlamento Inglês na “segunda metade do século XIV, já se compunha daCâmara dos Lordes e da Câmara dos Comuns.Parlamentarismo é um sistema de governo em que o poder legislativo(parlamento) oferece a sustentação política (apoio direito ou indireto) para o poder executivo. Logo, o poder executivo necessita do poder do parlamento para ser formado e também para governar. No parlamentarismo, o poder executivo é,geralmente, exercido por um primeiro-ministro (chanceler).

 A vantagem do sistema parlamentarista sobre o presidencialista é que o primeiro émais flexível. Em caso de crise política, por exemplo, o primeiro-ministro pode ser trocado com rapidez e o parlamento pode ser destituído. No caso dopresidencialismo, o presidente cumpre seu mandato até o fim, mesmo havendo

crises políticas.O parlamentarismo pode se apresentar de duas formas. Na RepúblicaParlamentarista, o chefe de estado, com poder de governar, é um presidenteeleito pelo povo e nomeado pelo parlamento, por tempo determinado. Nasmonarquias parlamentaristas, o chefe de governo é o monarca, que assume deforma hereditária. Neste último caso, o chefe de estado, que governa de fato, éum primeiro-ministro, também chamado de chanceler.

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O Brasil, na sua história, já adotou o parlamentarismo como sistema degoverno? Em caso positivo, desenvolva breve análise sobre essa experiência.

Exercício 2 – Tema: Sistema Presidencialista

O Presidencialismo é o “sistema de governo no qual o Poder Executivo seconcentra nas mãos de uma única pessoa, que representará externamente anação e o governo”.

O presidencialismo tem sua criação associada à experiência estadunidensedo séc. XVIII, tendo resultado da aplicação das idéias democráticas, concentradasna liberdade e na igualdade dos indivíduos e na soberania popular, conjugadascom o espírito pragmático dos criadores do Estado norte-americano. A péssimalembrança que tinham da atuação do monarca, enquanto estiveram submetidos àcoroa inglesa, acrescida à influência dos autores que se opunham ao absolutismo,especialmente de Montesquieu, determinou a criação de um sistema que,

consagrando a soberania da vontade popular, adotava ao mesmo tempo ummecanismo de governo que impedia a concentração do poder. O sistemapresidencial norte-americano aplicou, com o máximo rigor possível, o princípio dosfreios e contrapesos, contido na doutrina da separação dos poderes.

Quais as características do sistema presidencialista que o distingue dosistema parlamentarista.

Exercício 3 – Tema: Plebiscito - Sistema Presidencialista – art. 2 do ADCT daCRFB/88

O art. 2º da ADCT/88 estipula que: Art. 2.º No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá,através de plebiscito, a forma (república ou monarquiaconstitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo oupresidencialismo) que devem vigorar no País.

Quis o destino dos homens que, no plebiscito realizado em 21 de abril de1993, o povo brasileiro tivesse escolhido a manutenção do sistemapresidencialista de governo.

Contudo, suponhamos que tivesse saído vencedor o sistema parlamentar de governo, o que obrigatoriamente deveria ser modificado na Constituição daRepública Federativa do Brasil de 1988, para ajustá-la ao novo sistema degoverno?

No seu ponto de vista, qual a principal vantagem, caso exista, doparlamentarismo sobre o presidencialismo?

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Aula 11: Regimes de Governo

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

distinguir os Regimes de Governo.

compreender o sentido de Democracia.

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

incentivo à utilização pelo acadêmico das salas de aulas interativas;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.

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COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009

WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.FERRAJOLI, Luigi, A Soberania no Mundo Moderno, Ed. Martins Fontes, 2002

CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula,faça, inicialmente,a leitura do Informativo n. 346 do STF ; LENZA, Pedro. Direito constitucionalesquematizado. 12. Ed. São Paulo : Saraiva, 2008; leitura do capítulo IV da obrade DALLARI,Dalmo. Elementos de teoria geral do estado. São Paulo: Saraiva,

2005

Exercício 1 – Tema: Democracia dos Antigos e dos Modernos

Esparta, ou Lacedemônia, localizava-se na península do Peloponeso, naplanície da Lacônia. Foi fundada no século IX a.C., as margens do rio Eurotas,após a união de três tribos dóricas. Esparta tem sido considerada muito

 justamente o protótipo da cidade aristocrática.Politicamente, Esparta organizava-se sob uma diarquia, ou seja, uma

monarquia composta por dois reis, que tinham funções religiosas e guerreiras. Asfunções executivas eram exercidas pelo Elforato, composto por cinco membros

eleitos anualmente. Havia também a Gerúsia, composta por 28 membros daaristocracia, com a idade superior a 60 anos, que tinham funções legislativas econtrolavam as atividades dos diarcas. Na base das estruturas políticas,encontravam-se a Ápela ou assembléia popular, formada por todos os cidadãosmaiores de 30 anos, que tinham a função de votar leis e escolher os gerontes.

Já Atenas, situava-se na Ática, apresenta uma paisagem movimentada,onde colinas e montanhas parcelam pequenas planícies. A ocupação inicial da

 Ática se fez com os arqueus, seguidos posteriormente por jônios e eólios.Em termos políticos, Atenas conservou a monarquia por muito tempo, até

que foi substituída pelo arcontado. O arcontado era composto por nove arcontescujos mandados eram anuais. Foi criado também um conselho - o aerópago -

composto por eupátridas, com a função de regular a ação dos arcontes.Estabeleceu-se assim o pleno domínio oligárquico.

Veremos como no século V, período de seu maior desenvolvimento,funcionava essa admirável democracia ateniense que representa a maior realização política da Antigüidade, e quais as suas instituições fundamentais.

O regime político de Atenas, pela primeira vez, o conceito puro dedemocracia se estabelece, assenta sobre a igualdade dos cidadãos em face da

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lei. Aos poucos, os últimos vestígios de privilégio vão desaparecendo, e ficam defora as mulheres, os estrangeiros e os escravos, isto é, muitas pessoas ficavamde fora dessa democracia.

 Além de se encarnar nos usos e costumes que o exercício das liberdades e

o sentimento de igualdade tornam mais compassivos e humanos, ela se encontragarantida na lei que lhe proíbe que lhes seja dada à morte pelo seu senhor,punindo, severamente, as sevícias e os maus tratos.

Sem ser perfeito, o funcionamento da democracia em Atenas estáassegurado pela adequada formação dos seus órgãos políticos. De fato, tantoquanto é possível, a vontade popular, isto é, a soberania do povo, encontrou nasinstituições democráticas de Atenas a forma se exprimir e exercer.

Diante do texto, podemos verificar que Atenas tinha uma “democraciaexcludente”. Tal argumento se sustenta no fato das mulheres, estrangeiros emenores de 18 anos não terem direito à participação política. Esses grupossociais, mesmo compondo a grande maioria da população, não votavam ou

participavam das instituições representativas.Indaga-se: Qual a diferença entre a democracia dos antigos, e a dos

modernos?

Exercício 2 – Tema: Regime de Governo - Democracia

 Antes da aparente estabilidade que atualmente goza o governo Chaves,poucos dias antes do movimento que o afastou temporariamente do poder, umprestigiado militar daquele país declarou o seguinte:

''Nós sabemos o que significa um sistema democrático econhecemos as conseqüências se esta legitimidade sequebra com qualquer ação armada. O povo venezuelano émaduro, mas é claro que toda a paciência tem limites. “Echega um dia que ela não resiste mais’’, declarou ontem ogeneral Néstor González, o sexto militar a rebelar-se contrao governo de Hugo Chávez nos últimos três meses”. (Fonte:JB, de 12 de abril de 2002).

 Agora, esclareça o seguinte:

a) Como podemos definir o regime democrático de governo?

b) A democracia está relacionada, intrinsecamente, com qual doscritérios de legitimidade indicados por Max Weber?

c)  A revolução, ao destruir uma ordem então estabelecida e substituí-lapor outra, poderia ser justificada por qual critério de Weber?

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Exercício 3 – Tema: Regime de Governo – Supressão de Direitos

Durante o governo de Arthur da Costa e Silva - 15 de março de 1967 à 31de agosto de 1969 - o país conheceu o mais cruel de seus Atos Institucionais. O

 Ato Institucional Nº 5, ou simplesmente AI 5, que entrou em vigor em 13 dedezembro de 1968, era o mais abrangente e autoritário de todos os outros atosinstitucionais, e, na prática, revogou os dispositivos constitucionais de 67, além dereforçar os poderes discricionários do regime militar. O Ato vigorou até 31 dedezembro de 1978.

 Art. 5º - A suspensão dos direitos políticos, com baseneste Ato, importa, simultaneamente, em:I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa defunção;II - suspensão do direito de votar e de ser votado nas

eleições sindicais;III - proibição de atividades ou manifestação sobreassunto de natureza política;IV - aplicação, quando necessária, das seguintesmedidas de segurança:a) liberdade vigiada;b) proibição de freqüentar determinados lugares;c) domicílio determinado,§ 1º - o ato que decretar a suspensão dos direitospolíticos poderá fixar restrições ou proibiçõesrelativamente ao exercício de quaisquer outros

direitos públicos ou privados.§ 2º - As medidas de segurança de que trata o item IVdeste artigo serão aplicadas pelo Ministro de Estadoda Justiça, defesa a apreciação de seu ato peloPoder Judiciário.

 Analise a norma acima e responda quais os princípios democráticos que foramviolados.

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Aula 12: Exercício do Poder Democrático

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

distinguir os modos de exercício do poder democrático.

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006

MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.FERRAJOLI, Luigi, A Soberania no Mundo Moderno, Ed. Martins Fontes, 2002

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CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula,faça, inicialmente,a leitura dos capítulo IV da obra de DALLARI,Dalmo. Elementos de teoria geral doestado. São Paulo: Saraiva, 2005; BOBBIO, Norberto. Estado, governo,

sociedade; por uma teoria geral da política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987

Exercício 1 – Tema: Democracia - Exercício

O art. 35 da lei nº 10.826/2003 determinou, in verbis, o seguinte:

 Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo emunição em todo o território nacional, salvo para asentidades previstas no art. 6o desta Lei.

§ 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de

aprovação mediante referendo popular, a ser realizado emoutubro de 2005.

§ 2o Em caso de aprovação do referendo popular, odisposto neste artigo entrará em vigor na data de publicaçãode seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Note-se que o parágrafo primeiro do citado artigo determinou um período devacatio legis para a proibição estabelecida no caput do artigo.

Com base nas informações acima, informes se o mecanismo de

participação popular direta permitido pelo inciso II do art. 14 da CRFB/88 foitecnicamente bem utilizado pelo legislador ou se, na verdade, tratava-se de umplebiscito, previsto no inciso I, do art. 14, da CRFB/88, fazendo a distinção entreum e outro instituto.

Exercício 1 – Tema: Democracia - Exercício – Plebiscito

 A criação de município depende:

(a) de lei estadual, exclusivamente.

(b) de prévia consulta plebiscitária às populações dos municípios limítrofes.(c) de estudos de sua viabilidade.(d) de permissão temporal prevista em lei complementar estadual.

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Aula 13: As Autocracias

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

compreender o sentido de governos autocráticos.

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,

2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.FERRAJOLI, Luigi, A Soberania no Mundo Moderno, Ed. Martins Fontes, 2002

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CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula, faça, inicialmente,a leitura da obra de AMARAL, Diogo de Freitas. História das Idéias Políticas(apontamentos). Portugal: Lisboa. Vol II. 1998. p 317-320; capítulos XXIX e XXX

da obra de MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado .26.ed. São Paulo : Saraiva,2006.

Exercício 1 – Tema: Totalitarismo – Fascismo

Leia os textos a seguir:

a) “O Estado, segundo o Mein Kampf, não é evidentemente o Estadoliberal,vazio de conteúdo moral,desprovido de todo imperativo,de todoabsoluto,entregue aos apetites de múltiplos partidos,que por sua vez encobreminteresses particulares.É um Estado que possui uma missão um Estado ético, que

depende de um Absoluto. É um Estado antiliberal, antiparlamentar, antipartidos,um Estado fundado sobre o princípio e a mística do Chefe, do Condutor ( Fuhrer )e cujo motor é um Partido único,intermediário entre as massas e o Chefe. É umEstado radicalmente antimarxista (embora afirmando-se antiburguês),antiigualitário, hierárquico e corporatiivo, obstinado, enfim, em nacionalizar, emtornar não grosseiramente nacionais,mas agressivamente ¨nacionalistas¨ asmassas que o marxismo judeu queria desnacionalizar,internacionalizar. (̈Asgrandes obras políticas de Maquiavel aos nossos dias, Jean-Jacques Chevallier )

b) “A doutrina fascista recusa a concepção do Estado agnóstico, privado desubstância própria, com objetivos particulares e alheio à vida dos cidadãos. Ao

contrário do Estado democrático, o Estado fascista não pode permitir que asforças sociais sejam abandonadas a si mesmas. O fascismo compreendeu que asmassas que, por tão prolongado tempo, permaneceram estranhas e hostis aoEstado deviam ser unidas e enquadradas no Estado...É por essa razão que oEstado fascista é não somente um Estado de autoridade, mas, além disso, umEstado popular, como nenhum outro jamais o foi. Não é um Estado democrático,no sentido antigo dessa expressão, porque não dá a soberania ao povo, mas é umEstado eminentemente democrático, no sentido de que adere estreitamente aopovo, de que está em constante contato com ele, de que penetra a massa por milcaminhos, guia-a espiritualmente, sente-lhe as necessidades, vive-lhe a vida,coordena-lhe a atividade... Segundo a concepção totalitária do fascismo, o Estado

deve presidir e dirigir a atividade nacional em todos os seus setores. Nenhumaorganização, quer política, quer moral, quer econômica, pode subsistir fora doEstado...” ( ROCCO. A transformação do Estado In BURON, Thirry&GAUCHON,Paschoal. Os fascismos ) .

Este texto foi escrito por um adepto do fascismo italiano em 1931 e expressaa concepção fascista do Estado, que incorpora em si todas as instituições e sufocaos indivíduos e as entidades sociais autônomas. Como afirmava o líder do Partido

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Fascista Italiano, Benito Mussolini: “para o fascista, tudo está no Estado, e nadade humano nem de espiritual... existe fora do Estado”. 

  A leitura dos textos acima sugere alguns fundamentos essenciais dofascismo em suas manifestações na Alemanha e na Itália. Identifique-os.

Exercício 2 – Tema: Totalitarismo – Nazismo

“Ora, há uma espécie superior da humanidade, a raça ariana. Hitler não adefine, nem sequer leva em conta as discussões sobre a sua existência. Elaexiste. Sua existência é o indemonstrado e indemonstrável postulado em que sebaseia toda a construção nazista. Sua superioridade está incluída em seu próprioser. Ela é a “depositária do desenvolvimento da civilização humana”, a portadorado fogo dessa civilização. Escutemos o elogio,, verdadeiras litanias, do ariano. Oariano, “Prometeu da humanidade”, cuja fronte luminosa reflete a centelha do

gênio, o fogo do conhecimento que ilumina a noite, mostrando ao homem ocaminho a vencer para tornar-se senhor dos outros seres. O ariano, povo desenhores que, pela conquista dos homens de raça inferior, deles fez “o primeiroinstrumento técnico” a serviço da civilização nascente. O ariano, que forneceu “aspoderosas pedras de corte e o plano de todos os edifícios do progresso humano”.O ariano, cuja grandeza não se acha tanto na riqueza de seus dons intelectuaisquanto em seu idealismo, isto é, em sua faculdade altamente desenvolvida “desacrificar-se pela comunidade, pelos semelhantes”. E eis justamente o ponto emque o judeu oferece, em relação ao ariano, o mais notável contraste. O judeu “nãopossui idealismo”; ora, civilização alguma pode ser criada sem idealismo. Ainteligência do judeu nunca lhe servirá “para edificar, mas para destruir”...

O totalitarismo teve maior expressão no período entre guerras através donazismo na Alemanha e do fascismo italiano. Ainda que possuíssem práticassemelhantes, o que diferenciou o nazifascismo alemão de Hitler do regime fascistaitaliano sob a égide de Mussolini?

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Aula 14: Obediência à lei: Resistência aos atos do Poder Público

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá

analisar o sentido e alcance do direito de Resistência.

RECURSOS

utilização de material VHS, retroprojetor, datashow;

Material disponibilizados pelo professor (textos de periódicos,decisões judiciais, pareceres, etc).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 25. ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26. ed. atual. 28.ed. São Paulo: Saraiva,2008

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000.BOBBIO, Norberto; PASQUINO, Gianfranco e MATTEUCCI, Nicola. Dicionário dePolítica. Brasília: Ed. Unb, 2007.BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000.BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros,2004.COSTA, Nelson Nery. Ciência Política. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense,2006FLEINER-GERSTER, Thomas. Teoria Geral do Estado. São Paulo: MartinsFontes, 2006.WAGNER, Adolfo e outros. Curso de ciência política: grandes autores dopensamento político e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009WEFFORT, Francisco C. (Org.). Clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. 2v.FERRAJOLI, Luigi, A Soberania no Mundo Moderno, Ed. Martins Fontes, 2002

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CASOS

Observação importante: para a resolução dos casos desta aula, faça, inicialmente,a leitura da obra de AMARAL, Diogo de Freitas. História das Idéias Políticas(apontamentos). Portugal: Lisboa. Vol II. 1998. p 317-320; capítulos XXIX e XXX

da obra de MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado .26.ed. São Paulo : Saraiva,2006.

Exercício 1 – Tema: Direito de Resistência

Leia com atenção as considerações abaixo:

“A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (França, 1789)prevê, no seu art. 2º , entre “os direitos naturais e imprescritível do homem”, aresistência à opressão.

Machado Paupério refere o direito de resistência como resultante natural dainsuficiência das sanções jurídicas organizadas, apontando o tríplice aspecto darecusa da obediência dos governos, a oposição às leis injustas, a resistência àopressão e a revolução.

Desde o mundo antigo e nos primeiros séculos do Cristianismo, comodoutrina da Igreja e como prática política medieval, na doutrina tomista e nareforma protestante, o direito de resistência vem tratado sob múltiplos aspectos,culminando com Locke, pelo qual cabe ao povo julgar o príncipe ou o legislativoquando agem de modo contrário à confiança que neles depositou: o poder de quecada indivíduo abdica em favor da sociedade, ao nela entrar e permanecer para

sempre com a comunidade.

As teorias de Locke exerceram irresistível influência desde então, vindo ainspirar a Declaração dos Direitos de 1789 e, a partir daí, a “idéia de direito” nomundo, sendo consagrada como direito, expressamente, em alguns ordenamentos

  jurídicos (Constituição alemã, Constituição portuguesa). Canotilho comenta odireito de resistência como “a última ratio do cidadão que se vê ofendido nos seusdireitos, liberdades e garantias por atos do Poder Público ou por ações deentidades privadas”. 

 À luz das observações acima indique os fundamentos essenciais do direito

de resistência.

Exercício 2 – Tema: Direito de Resistência

 Analise com atenção este texto de Mahatma Ghandi: “Amigos meus que me conhecem têm verificado que eu tenho tanto de um

homem moderado quanto de um extremista, que eu sou tão conservador como

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revolucionário. Assim se explica, talvez, a minha boa sorte de ter amigos entreesse tipos extremos de homens. Essa mescla, creio, corre por conta da minhaprópria ahimsa”.

Recuso-me a ser escravo de precedentes – afirma – ou a praticar algo que não

compreenda nem possa defender com base moral. “Não sacrifiquei princípioalgum a fim de obter alguma vantagem política”.

“O que pensais – passais a ser”.

“Tudo o que vive é o teu próximo”.

“O teu inimigo se renderá, não quando sua força esgotar, mas quando o teucoração se negar ao combate”.

“Substituir uma vida egoísta, nervosa, violenta e irracional por uma vida de

amor, de fraternidade, de liberdade e de raciocínio” – é a sua palavra de ação.“A não-violência não pode ser definida como um método passivo ou inativo. É

um movimento bem mais ativo que outros que exigem o uso de armas. A verdadee a não-violência são, talvez, as forças mais ativas que o mundo dispõe. A não-violência é o primeiro artigo da minha fé; e é também o último artigo do meucredo”.

Indaga-se:

a) Como se manifestou concretamente o “Movimento de Não Cooperação Não

Violenta” liderado por Gandhi no processo de descolonização da Índia?b) Este movimento pode ser reconhecido como uma forma de expressão do

direito de resistência?

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