texto introdutório

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Professor Nelson Pascarelli Filho | GPEC Educação a Distância MÓDULO 1 TEXTO INTRODUTÓRIO

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Autor: Nelson Pascarelli Filho - Edição e Layout do Texto: Janaína Corrêa Martino Bernaola - Curso As Contribuições das Neurociências para a Pedagogia - GPEC EDUCAÇÃO EAD

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Page 1: Texto Introdutório

Professor Nelson Pascarelli Filho | GPEC – Educação a Distância

MÓDULO 1 TEXTO INTRODUTÓRIO

Page 2: Texto Introdutório

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Prof. Nelson Pascarelli Filho

Os gregos foram pioneiros a observar o cérebro humano. Eles

reconheceram o cérebro como o centro das sensações. Seguiram-se séculos de

observações anatômicas e fisiológicas e diversas hipóteses foram feitas sobre as

funções desse tão vital órgão.

O conhecimento sobre o cérebro era obtido através das dissecções feitas

em cadáveres de animais e seres humanos.

A localização de uma função no cérebro podia ser imaginada a partir da

constatação de que existiam muitas estruturas anatômicas diferentes, de modo que

talvez elas pudessem ser responsáveis por diferentes faculdades mentais.

No século XIX, as conclusões do médico austríaco Franz Joseph

Gall (1758-1828) publicadas em seu livro "A anatomia e Fisiologia do Sistema

Nervoso em Geral e do Cérebro em Particular", postulou os princípios no qual ele

baseava a sua doutrina de frenologia, sobre primeira teoria completa de

localizacionismo cerebral.

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Os estudos de Broca e Wernicke sobre as funções mais elaboradas do

cérebro, também legaram a Humanidade conhecimentos que estabeleceram a

conexão entre esse órgão e a aprendizagem, fundamentando as bases da

Neuropsicologia.

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Entre 1824 e 1880, viveu o cientista, médico, anatomista e antropólogo

francês Paul Broca.

WERNICKE, Karl (1848-1904)

As Neurociências tiveram um expressivo avanço nos últimos vinte anos

cujas descobertas evidenciaram quais são as bases biológicas do comportamento

e do aprendizado no ser humano, respondendo a inquietante pergunta: - como o

cérebro aprende? Como se dá a nutrição cerebral? Como funciona a memória?

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Pesquisas científicas identificaram com precisão as áreas cerebrais

responsáveis pela aprendizagem da matemática, geometria, linguagem e outras

disciplinas.

Ao responder a pergunta como o cérebro aprende, também foi possível

compreender com rigor científico os porquês das dificuldades de aprendizagem,

memorização e atenção dos educandos. Surgia assim, uma nova área de

conhecimento, a Neuropedagogia, que se articula com a Psicopedagogia,

Psicologia, Psicanálise, Psicobiologia, Fonoaudiologia, Neurologia, Terapia

Educacional, Biologia, Biomedicina, Medicina e Nutrição.

As descobertas em Neurociências evidenciaram a importância do fator

orgânico no processo de aprendizagem, permitindo realizar com precisão

diagnósticos e práticas que revertem os distúrbios de aprendizagem e

principalmente atuar na prevenção de doenças degenerativas que afetam o

cérebro.

Imprecisões, abordagens preconceituosas e eugenistas, que tentavam

explicar porque um aluno não aprende, ficaram definitivamente no passado!

Memória, atenção, linguagem, emoção, motivação, consciência,

plasticidade cerebral, cognição, são áreas estudadas de forma interdisciplinar e

transdisciplinar através da concatenação entre a Neurociência Cognitiva e a

Neuropedagogia.

A Neuropedagogia trouxe a necessidade imperiosa de uma revisão nos

parâmetros do ensino formal, dando um “xeque-mate” no enfoque mecanicista,

agora é preciso “ensinar o indivíduo a aprender a aprender, a aprender a pensar, a

aprender a estudar, a aprender a se comunicar, e não apenas reproduzir e

memorizar informações, mas, sim, desenvolver competências de resolução de

problemas”. (Fonseca, Copgnição, Neuropsicologia e Aprendizagem. Vozes, 2008).

Veja:

http://www.youtube.com/watch?v=XwUn64d5Ddk&feature=player_embedded