realismo introdutório

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MONITORA: Sara S. Almeida Gurupi, setembro de 2011 LITERATURA

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MONITORA: Sara S. AlmeidaGurupi, setembro de 2011

LITERATURARealismo/NaturalismoPerodo: 2 metade do sec. XIX Foram tendncias que ocorreram na poca das grandes mudanas cientficas. Desenvolvem-se novas correntes filosficas e cientficas e disseminaram-se as idias liberais, socialistas e anarquistas.

Realismo/Naturalismo A literatura, como expresso do homem em seu tempo, torna-se analista: a pena, transformada em bisturi, corta e recorta o comportamento humano em busca de uma explicao metdica.

Realismo/NaturalismoFoi a era das grandes revolues no pensamento cientfico, dentre os quais vale destacar:

August Comte

EvolucionismoCharles Darwin

SocialismoKarl Marx

PositivismoPsicanliseSigmund FreudS admite as verdades positivas, ou seja, as cientficas, aquelas que emanam do experimentalismo, da observao e da constatao.A teoria da seleo natural, defendendo que a concorrncia entre as espcies eliminaria os organismos mais fracos, permitindo espcie evoluir.Destinado, sobretudo, classe operria, pretendendo despertar a conscincia de classes.O impulso sexual o centro das tendncias afetivas.O sonhos viriam disfarados para atravessarem a censura e serem aceitos pela conscincia.Realismo/Naturalismo No Brasil o momento de crise social, quando a civilizao burguesa e a urbana tomavam lugar da sociedade agrria, latifundiria e escravocrata.

Realismo/Naturalismo

Cabe lembrar que o Naturalismo uma ramificao cientificista do Realismo. Distinguem-se em vrios pontos, uma vez que tinham objetivos diferentes.Realismo/NaturalismoVerossimilhana;Psicologismo;Objetivismo;Interpretao da vida;Retrato da vida contempornea;Narrativa move-se lentamente;Linguagem simples; O Romance de revoluo

Caractersticas do Realismo:Realismo/Naturalismo

Caractersticas do Realismo:Os escritores realistas propem-se a reformar a sociedade por meio da literatura crtica. Preferem trabalhar com um pequeno elenco de personagens e analis-los psicologicamente.

Realismo/Naturalismo Principal autor:

Joaquim Maria Machado de Assis (1839 - 1908 )Cronista, contista e dramaturgo, considerado por muitos como o maior escritor brasileiro e um marco na literatura mundial. Dentre suas principais obras esto: Dom Casmurro,Memrias pstumas de Brs Cubas e Quincas Borba.

(...) Assim so as pginas da vida,como dizia meu filho quando fazia versos,e acrescentava que as pginas vopassando umas sobre as outras,esquecidas apenas lidas.Realismo/NaturalismoPersonagens degeneradas, portadoras de alguma patologia; Determinismo;Amoralismo;O Homem encarado segundo sua fisiologia;Ambientes e personagens das classes sociais mais baixas;romance de tese.

Caractersticas do Naturalismo:O homem um ser escravo da hereditariedade, do meio social. Tudo pode e deve figurar na literatura.Realismo/Naturalismo

Caractersticas do Naturalismo:

Os aspectos desagradveis e repulsivos da condio humana so valorizados, como uma forma de reao ao idealismo romntico. Os naturalistas retratam preferencialmente o coletivo, envolvendo as personagens em espaos corrompidos social e/ou moralmente.

Realismo/Naturalismo Principal autor:

Alusio de Azevedo (1857-1913) Considerado o pioneiro do naturalismo no Brasil, foi um romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro. Escreveu obras famosas como O Cortio, Casa de Penso e Demnios.O desejo de ser armado prova que se tem muito amor prprio; o desejo de amar prova que se tem muita sensibilidade.

Realismo/Naturalismo

Por dentro da obra

Realismo/Naturalismo

Por dentro da obra Ano de publicao: 1870;Gnero: Narrativo (Conto)Temas relacionados ao Rio de Janeiro do perodo imperial;A maioria das narrativas, pela sua extenso, trama e estrutura, podem ser consideradas como novelas.Rene sete contos:Miss Dollar-Lus Soares-A Mulher de preto-O segredo de Augusta-Confisses de uma viva moa-Linha reta e linha curva-Frei Simo

Realismo/Naturalismo

Por dentro da obraANLISERealismo/Naturalismo

Por dentro da obra - CaractersticasA obra faz parte da primeira fase de Machado de Assis que ainda encontrava-se preso aos moldes estticos do Romantismo. Os acontecimentos so narrados sem precipitao, entremeados de explicaes aos leitores por parte do narrador, cheios de consideraes sobre os comportamentos.

Liberdade de criao e de expresso Nacionalismo Historicismo Medievalismo Tradies populares Individualismo, egocentrismo Pessimismo Escapismo Crtica socialRealismo/Naturalismo

Por dentro da obra - PersonagensSuas personagens no so to lineares como as dos maiores romnticos: elas tm comportamentos imprevistos, fazem maquinaes, no transparentes, so interesseiras. A em sua maioria as personagens buscam status quer pela aquisio de patrimnio, quer pela consecuo de um matrimnio com parceiro mais abonado. Realismo/Naturalismo

Por dentro da obra Miss Dollar o conto mais famoso do livro, conta a histria de uma viva ctica quanto ao amor de seus pretendentes por causa da convivncia com o falecido marido, interessado apenas em seu dinheiro.

Realismo/Naturalismo

Por dentro da obra Miss Dollar Miss Dollar, personagem que d ttulo ao conto, a cachorra de estimao de Margarida, a viva em questo. Aps fugir de casa encontrada por Mendoa, um mdico colecionador de cachorros, que decide devolve-la. Conhece assim Margarida, por quem se apaixona.

Realismo/Naturalismo

Por dentro da obra Miss DollarSeus sentimentos, contudo, parecem no serem correspondidos. Ele chega a pensar em desistir da moa. Mas a tia dela, D. Antnia o procura e conta que apesar de am-lo, sua sobrinha teme que ele seja um golpista. Ela pede que ele v v-la e o inevitvel, segundo Margarida, acontece. Casam-se. No incio h desconfiana, porm com o passar do tempo, Margarida percebe que Mendona sincero. Ao fim, Miss Dollar, responsvel pela unio atropelada e morre.Realismo/Naturalismo

Por dentro da obra Demais contosEm "O segredo de Augusta", Vasconcelos resolve casar sua filha de apenas 15 anos ao descobrir ter perdido grande parte de sua fortuna. Juntamente com "Miss Dollar", antecipa a temtica de "A mo e a luva": o dinheiro como mvel do casamento.

Realismo/Naturalismo

Por dentro da obra Demais contosO tema da traio, suposta ou real, antes de aparecer em D. Casmurro, j estava nos contos "A mulher de preto" e "Confisses de uma viva moa".

Realismo/Naturalismo

Por dentro da obra Demais contosNo conto Lus Soares, Machado traz a histria de Lus, um tpico bomio do sculo XIX que tem por lema trocar o dia pela noite. Possuidor de uma grande fortuna deixada pelo falecido pai, este rapaz, Luis Soares viveu a vida da maneira mais regalada e prspera possvel, esbanjava suas riquezas nas noites cariocas, e vivia cercado de amigos gastadores.

Realismo/Naturalismo

Por dentro da obra Demais contosO ltimo conto da obra Frei Simo, que relata a histria de um frade da ordem dos beneditinos. Era frei Simo de carter taciturno e desconfiado. Passava dias inteiros na sua cela, donde apenas saa na hora do refeitrio e dos ofcios divinos. No contava amizade alguma no convento, porque no era possvel entreter com ele os preliminares que fundam e consolidam as afeies. Ao morrer, aos 38 anos aparentava ter 50. Deixou a vida com uma frase clssica do conto:

Morro odiando a humanidadeRealismo/Naturalismo

QUESTIONRIORealismo/Naturalismo

01. O realismo foi um movimento de:a) volta ao passado;b) exacerbao ultra-romntica;c) maior preocupao com a objetividade;d) irracionalismo;e) moralismo.

Realismo/Naturalismo

02. Considera-se iniciado o movimento realista no Brasil quando:a) Alusio de Azevedo publica O Homem.b) Jos de Alencar publica Lucola.c) Machado de Assis publica Memria Pstumas de Brs Cubas.d) As alternativas a e c so vlidas.e) As alternativas a e b so vlidas.

Realismo/Naturalismo

03. Das citaes apresentadas abaixo, qual no apresenta, evidentemente, um enfoque naturalista?a) s esquinas, nas quitandas vazias, fermentava um cheiro acre de sabo da terra e aguardente.b) ... as peixeiras, quase todas negras, muito gordas, o tabuleiro na cabea, rebolando os grossos quadris trmulos e as tetas opulentas.c) Os ces, estendidos pelas caladas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos.d) ... batiam-lhe com a biqueira do chapu nos ombros e nas coxas, experimentando-lhes o vigor da musculatura, como se estivesse a comprar cavalos.e) porta dos leiles aglomeravam-se os que queriam comprar e os simples curiosos.