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Os Têxteis – Técnicas

ENTRANÇAR

Consiste em fazer passar o grupo das fibras da esquerda sobre o do centro e depois o da direita novamente sobre o centro.

PREPARAR AS FIBRAS

Nesta técnica pode-se utilizar qualquer fibra têxtil. No entanto, as mais indicadas são a Ráfia e o Sisal

(corda), por serem materiais de fácil manuseamento e bastante resistentes.

INICIAR A TRANÇA

Seleccionam-se 3 fibras (ou três conjuntos de fibras) com espessura idêntica, dá-se-lhes um nó numa das

extremidades, fixam-se e começa-se a trancar do seguinte modo:

A fibra da direita é colocada no meio das outra duas, seguidamente é a fibra da esquerda que passa

para o meio e depois, alternadamente, as fibras da direita e da esquerda.

ENTRANÇAR

Para que uma trança se considere bem executada, é necessário que:

1. Tenha sempre a mesma espessura. Para isso, temos de manter as 3 pontas da trança com a mesma

espessura, acrescentando-as na altura devida.

2. Seja apertada uniformemente. Não se devem deixar espaços abertos entre os grupos de fibras. O

grupo de fibras que se coloca no meio dos outros dois tem de ser bem esticado, exactamente na

direcção da volta anterior do mesmo lado.

ACRESCENTAR

Se quisermos fazer uma trança maior, ou se verificarmos eu um dos grupos de fibras está a ficar com menor

espessura que os outros, temos então de fazer o seguinte:

Quando o grupo em questão está a passar pelo meio, acrescentamos a fibra ou conjunto de fibras

necessário para manter a espessura pretendida e continuamos a entrançar, normalmente, deixando as pontas

de fora, que posteriormente serão rematadas.

É conveniente deixar uma distância de pelo menos 2cm entre cada acrescentamento.

REMATAR

No final do entrançamento e sempre que possível, os conjuntos de fibras devem ser afilados; dessa forma a

trança ficará mais estreita e permitirá um acabamento mais delicado.

Por fim, a extremidade final da trança prende-se firmemente com umalaçada e cortam-se, rente, as pontas

dos acrescentos.

COSTURAR

Depois de termos a trança (ou tranças) completa e já rematada, costura-se de forma a obter o efeito

pretendido.

A trança pode ser disposta de perfil ou deitada. De uma ou de outra forma, o ponto deve ser sempre bem

apertado.


O ponto mais fácil e mais forte é a “Laçada”, que consiste em fazer passar a agulha, primeiramente, através

da volta de uma trança e depois através da volta correspondente da outra trança (ou do acrescento da parte da

trança que lhe passa junto).

ENTRELAÇAR

Consiste em cruzar e entrecruzar fibras segundo um determinado critério.

PREPARAR AS FIBRAS

As fibras têm que ser preparadas de acordo com o trabalho pretendido, que pode ser executado a partir de

uma base rígida (madeira, contraplacado ou prensado) ou por uma base formada pelas fibras do

entrelaçamento.

No primeiro caso, temos que executar um número ímpar de furos a toda a volta da base, de diâmetro

ligeiramente inferior à fibra a utilizar, de forma que esta fique bem apertada.

No segundo caso, preparamos dois conjuntos de fibras de igual tamanho que se irão cruzar.

INICIAR O ENTRELAÇADO

1- No caso da base rígida, as fibras são colocadas nos furos deixando-se:

para baixo, pontas de comprimento superior à distância entre 3 furos consecutivos,

para cima, o comprimento que desejarmos.

O entrelaçamento inicia-se fazendo passar uma fibra alternadamente por dentro e por fora das fibras que o

constituem.

2 - No caso da base de fibra, os dois conjuntos de fibras cruzam-se, prendendo-se a extremidade da fibra de

entrelaçamento no meio da cruz e fazendo-a passar alternadamente por cima e por baixo dos conjuntos de

fibras da base.

Os conjuntos de fibras da base serão depois separados e dispostos de forma irradiante, continuando-se o

entrelaçamento por entre os novos conjuntos de fibras, que podem curvar-se na direcção pretendida.

ACRESCENTAR FIBRAS

Para acrescentar a fibra do entrelaçamento, sobrepõe-se a nova fibra à anterior, ambas apoiadas entre as duas

novas fibras.

O entrelaçamento termina quando se obtém a altura desejada, introduzindo a extremidade da fibra

paralelamente ao ultimo entrelaçamento.

REMATAR

Existem várias formas de fazer o remate como indicado na figura.


ENROLAMENTO

Consiste em revestir, total ou parcialmente, uma corda ou um conjunto de fibras e fixá-las entre si.

PREPARAR AS FIBRAS

A escolha das fibras de revestimento e da corda (ou do conjunto de fibras) depende do trabalho que se

pretende executar. O mais comum é a utilização da corda de sisal e ráfia natural, por serem materiais

resistentes, flexíveis e de fácil manuseamento. É importante que seleccionemos as fibras quanto ao

comprimento, espessura e cor.

INICIAR O ENROLAMENTO

1. Enfia-se uma agulha com ráfia, enrolam-se 3 ou 4 voltas na ponta da corda e prende-se esta

ponta ao meio do enrolamento.

2. Nas duas primeiras voltas, o ponto é executado para o centro do trabalho.

3. A partir da terceira volta, o ponto lançado é feito sobre a volta imediatamente anterior.

EXECUTAR O ENROLAMENTO

O enrolamento pode ser realizado através do ponto lançado feito à volta imediatamente anterior, por

diversos processos:

Ponto alternado

Ponto nó

Ponto africano

Ponto em forma de oito

ACRESCENTAR AS FIBRAS

Acrescentar a ráfia:

Quando a ráfia com que estamos a trabalhar estiver a acabar, coloca-se uma nova fibra de ráfia ao longo da

corda e continuamos a trabalhar, sobre ela, com a fibra anterior (mais quatro ou cinco voltas), invertendo-se,

depois, as posições. Une-se a fibra anterior à corda e faz-se o enrolamento, sobre ela, com a fibra nova.

Acrescentar a corda:

O acrescentar da corda consiste em fazer um corte diagonal nas extremidades das cordas a unir, que dessa

forma se sobrepõem sem aumentar a espessura, continuando o enrolamento sobre a união.

COSTURAR

Se quisermos unir vários enrolamentos, estes deverão ser costurados, com a mesma fibra utilizada

no enrolamento, pelo ponto em forma de oito.

REMATAR

Para rematar, corta-se a extremidade da corda em diagonal, executando-se os últimos enrolamentos sobre a

volta anterior. Por fim a ponta da ráfia passa sob os últimos enrolamentos e aparam-se todas as pontas.


DA FIBRA AO FIO

Um fio é um conjunto de fibras torcidas, delgado em relação ao comprimento. A este processo chama-se

FIAÇÃO.

Aplicação dos produtos têxteis:

Todo o tipo de vestuário;

Artigos de higiene e limpeza (atoalhados, artigos para higiene cirúrgica, batas, aventais, etc.)

Artigos industriais (sacos, redes, cordas, etc.)

Artigos de decoração (cortinados, tapetes, carpetes, etc.)

Artigos de desporto (fatos de treino, malas, sacos e utensílios para treino, tendas de campismo, etc.)

Artigos de socorro (mangueiras para combate a incêndios, fatos à prova de fogo, etc.)

Artigos artesanais (verga – cestos, cadeiras, mesas, etc.)


TECELAGEM

Consiste no cruzamento de um fio móvel (TRAMA) entre um grupo de fios fixos (URDIDURA ou TEIA),

de modo que a trama passe alternadamente por cima e por baixo dos fios da teia, dando origem à tecelagem

ou tecido.

Existem 3 tipos fundamentais de estruturas para a execução de um tecido:

TAFETÁ (1x1)

É a técnica mais simples de execução de um tecido consiste em passar a trama alternadamente por cima e por

baixo de um fio de teia.

SARJA (2x2)

É um ponto idêntico ao do tafetá, mas em que se passa alternadamente a trama por cima e por baixo de 2 fios

consecutivos da teia, avançando um fio de teia a cada volta.

CETIM (4X1)

Este ponto consiste em passar o fio da trama alternadamente sobre 4 a 8 fios da teia.

Tafetá de riscas – Para obter um tecido às riscas, basta mudar na altura certa a cor do fio da trama com que se está a tecerTafetá aos quadrados (Xadrez) – Para obter este padrão, é necessário prestar atenção à montagem da teia, que será formada alternadamente por grupos de fios de duas cores.Quando se começa a tecer é necessário também mudar a cor no fio da trama.

TECERA tecelagem inicia-se do seguinte modo:Com uma agulha de lã, enfiada com a cor do fio pretendida, começa-se a tecer respeitando as regras anteriormente explicadas. No final de cada passagem de trama bate-se a carreira (linha) executada de forma que ela encoste totalmente à anterior, recorrendo para isso ao auxílio de um pente.É necessário ter o cuidado de deixar uma pequena folga ao dar a volta ao último fios da teia para não haver o chamado “efeito de cintura”.

MUDAR O FIO DA TRAMAQuando se acaba o fio com que se está a tecer ou se pretende mudar de cor, deve-se fazer o seguinte: Tecer a ponta inicial até acabar Iniciar a tecelagem com o novo enfiamento 3 ou 4 fios da teia ates de ter terminado a ponta anterior e pelo mesmo caminho.

REMATAR A TRAMAQuando o tecido estiver concluído, as pontas de fio da trama que existirem são rematadas ao longo dos fios da trama. TIRAR O TECIDO DO TEARDesenfiam-se as argolas formadas pelo fio da teia de cada uma das ranhuras ou dos pregos do tear.

REMATAR A TEIAOs fios da teia são rematados ao longo (paralelamente) dos fios da teia.


ACABAMENTOConforme a utilidade a dar ao trabalho, faz-se o acabamento. No caso das bolsas estas têm que ser costuradas lateralmente, e depois podemos aplicar um entrançado que servirá para colocar ao ombro, ou então várias franjas decorativas.


TRICÔConsiste em puxar ou fazer passar um ou vários fios através de malhas preexistentes com a ajuda de agulhas

apropriadas.

As agulhasMontagem das malhasPontos básicos (malha de liga, malha de meias torcidas)

CROCHÊConsiste em entrelaçar malhas provenientes de um só fio e executadas com uma agulha.

As agulhasPontos básicos (malha no ar ou de cordão, ponto baixo)


TAPEÇARIAÉ toda a peça bordada ou tecida destinada a ornamentar paredes, portas ou janelas.

ClassificaçãoDiferença entre tecelagem e tapeçariaTapeçaria tecidaTafetá interrompido


TIPOS DE TEARESPara a tecelagem é necessário um suporte que mantenha os fios da teia bem esticados, a fim de facilitar o trabalho.Foi com troncos de árvores que o homem improvisou o seu primeiro tear.

Nos trabalhos de tecelagem realizados na escola são utilizados: tear de cartão ou tear de pregos

TEAR DE CARTÃO Construído em cartão, não muito fino, podendo ter formas variadas (quadrado, rectangular, redondo)No caso dos teares quadrados ou rectangulares, divide-se o lado menor em intervalos iguais (0,5cm) e fazem-se cortes nas extremidades que deverão ter sensivelmente 0,5cm de extensão.Para o tear circular, o círculo é dividido num número ímpar de partes iguais, fazendo-se também os cortes com 0,5cm de profundidade.Para a montagem da teia deve-se usar fio de algodão e esticá-la muito bem.

TEAR DE PREGOS

É constituído por 4 ripas de madeira, com as medidas que pretendemos. Os pregos são pregados nas ripas horizontais, espaçados de 0,5cm.Para a montagem da teia pode-se utilizar diversos fios como: lã, algodão ou juta. No então o fio de algodão é o mais resistente para ficar bem esticado.

TEAR DE CINTONeste tipo de tear a teia é esticada entre duas réguas, ou varas, presas nas duas extremidades. Os cintos que se prendem a estas réguas podem ser fixos entre um prego e uma cadeira ou mesmo à cintura de quem tece.Podem tecer-se faixas de comprimento variável, mas om uma largura que não deve exceder os 25 cm.

TEAR DE ALTO-LIÇOTem este nome pela orientação vertical dos fios da teia

TEAR DE BAIXO-LIÇOTem este nome pela orientação horizontal dos fios da teia e pelo facto de se utilizarem duas séries de liços accionados por alavancas, manípulos ou pedais, que fazem subir ou baixar os fios da teia.

BASTIDORESUtilizam-se para fixar e esticar o tecido que se pretende bordar.

IMAGENS


CLASSIFICAÇÂO DAS TAPEÇARIAS

TAPEÇARIA TRADICIONALOs fios da teia desaparecem completamente debaixo dos fios da trama.

ALTO-LIÇO BAIXO-LIÇO

TAPEÇARIA NOVAÉ o resultado da experiencia com texturas de relevo bi e tridimensionais.

ALTO-LIÇO BAIXO-LIÇO PASSAMANARIA BORDADA MACRAMÉ


PONTOS E NÓS TAFETÁ PORTALEGRE RYA RUPTURAS INTERCEPÇÕES INTERRUPÇÕES TORÇÕES INCRUSTAÇÕES SUSPENSÕES ENROLADOS BORDADOS DE FIOS CONTADOS ARRAIOLOS P. CRUZ MEIO p. CRUZ MACRAMÉ


RENDAS E BORDADOS


CONFECÇÃO, CORTE E COSTURA Passar os moldes para o tecido Cortar o tecido Alinhavar Costurar Acabar

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