tese-aguiarlg-edrevisada

Upload: ernesto-bravo

Post on 21-Feb-2018

232 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    1/236

    LEANDRO GONALVES DE AGUIAR

    SNTESE DE COPOLMEROS DE ESTIRENO-DIVINILBENZENO PORPOLIMERIZAO RADICALAR CONVENCIONAL E MEDIADA POR

    NITRXIDO: EXPERIMENTOS E MODELAGEM MATEMTICA

    So Paulo2013

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    2/236

    LEANDRO GONALVES DE AGUIAR

    SNTESE DE COPOLMEROS DE ESTIRENO-DIVINILBENZENO PORPOLIMERIZAO RADICALAR CONVENCIONAL E MEDIADA POR

    NITRXIDO: EXPERIMENTOS E MODELAGEM MATEMTICA

    Tese apresentada EscolaPolitcnica da Universidade de SoPaulo para a obteno do ttulo deDoutor em Engenharia.

    So Paulo2013

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    3/236

    LEANDRO GONALVES DE AGUIAR

    SNTESE DE COPOLMEROS DE ESTIRENO-DIVINILBENZENO PORPOLIMERIZAO RADICALAR CONVENCIONAL E MEDIADA POR

    NITRXIDO: EXPERIMENTOS E MODELAGEM MATEMTICA

    Tese apresentada EscolaPolitcnica da Universidade de SoPaulo para a obteno do ttulo deDoutor em Engenharia.

    rea de concentrao:Engenharia Qumica

    Orientador: Prof.TitularReinaldo GiudiciCo-Orientador: Prof. Doutor MrioRui P. F. N. Costa

    So Paulo2013

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    4/236

    Autorizo a reproduo e divulgao total ou parcial deste trabalho, por

    qualquer meio convencional ou eletrnico, para fins de estudo e

    pesquisa, desde que citada a fonte.

    Este exemplar foi revisado e alterado em relao verso original, sobresponsabilidade nica do autor e com a anuncia de seu orientador.

    So Paulo, de fevereiro de 2013.

    Assinatura do autor ____________________________

    Assinatura do orientador _______________________

    FICHA CATALOGRFICA

    Aguiar, Leandro Gonalves deSntese de copolmeros de estireno-divinilbenzeno por poli-

    merizao radicalar convencional e mediada por nitrxido: expe-rimentos e modelagem matemtica / L.G. de Aguiar. -- ed.rev. --So Paulo, 2013.

    171 p.

    Tese (Doutorado) - Escola Politcnica da Universidade deSo Paulo. Departamento de Engenharia Qumica.

    1. Polimerizao 2. Reaes qumicas 3. Modelos matemti-

    cos I. Universidade de So Paulo. Escola Politcnica. Departa-mento de Engenharia Qumica II. t.

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    5/236

    AGUIAR, L. G. Sntese de copolmeros de estireno-divinilbenzeno por

    polimerizao convencional e mediada por nitrxido: experimentos e

    modelagem matemtica. Tese apresentada escola politcnica da Universidade

    de So Paulo para obteno do ttulo de Doutor em Engenharia.

    Aprovado em:

    Banca Examinadora

    Prof. Dr. _______________________ Instituio: _____________________

    Julgamento: ____________________ Assinatura: _____________________

    Prof. Dr. _______________________ Instituio: _____________________

    Julgamento: ____________________ Assinatura: _____________________

    Prof. Dr. _______________________ Instituio: _____________________

    Julgamento: ____________________ Assinatura: _____________________

    Prof. Dr. _______________________ Instituio: _____________________

    Julgamento: ____________________ Assinatura: _____________________

    Prof. Dr. _______________________ Instituio: _____________________

    Julgamento: ____________________ Assinatura: _____________________

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    6/236

    DEDICATRIA

    Aos meus pais Nanci e Pauloe minha av Rosria.

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    7/236

    AGRADECIMENTOS

    Ao professor Dr. Reinaldo Giudici pela pacincia, pela excelente orientao epela enorme contribuio dada minha formao.

    Ao professor Dr. Mario Rui P. F. N. Costa por confiar no meu trabalho etransmitir sabedoria.

    Ao professor Dr. Rolando C. S. Dias pela constante motivao e por criar umambiente de trabalho descontrado.

    Aos colegas Miguel e Virgnia por me receberem bem e me introduziremharmoniosamente na equipe.

    Aos colegas Dennis, Vernica, Celyna, Magda, Wilson, Paula e Carol pela

    companhia e auxlio prestado no decorrer do curso.

    CAPES e CNPq pelo auxlio financeiro.

    e a todos que colaboraram direta ou indiretamente na execuo deste trabalho.

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    8/236

    EPGRAFE

    "Toda a nossa cincia, comparada com a realidade, primitiva e infantile, no entanto, a coisa mais preciosa que temos."

    (Albert Einstein).

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    9/236

    RESUMO

    AGUIAR, L. G. Sntese de copolmeros de estireno-divinilbenzeno por

    polimerizao radicalar convencional e mediada por nitrxido: experimentos emodelagem matemtica. 171 f. Tese (Doutorado) Escola Politcnica(Departamento de Engenharia Qumica), Universidade de So Paulo, So Paulo,2013.

    Foram realizados experimentos de homopolimerizao de estireno e

    copolimerizao de estireno-divinilbenzeno em soluo e suspenso aquosa pelos

    mtodos convencional (FRP) e mediado por nitrxido (NMRP). Objetivou-se atingir

    um maior grau de entendimento sobre estes sistemas em relao ao que se tem naliteratura. Para isto, trs modelos matemticos foram avaliados atravs de validao

    com os dados obtidos nos experimentos. Os experimentos foram conduzidos em

    reator de batelada isotrmico. As principais variveis exploradas neste trabalho

    foram: temperatura de reao, concentrao inicial de divinilbenzeno, diluio inicial

    da mistura de monmeros e tcnicas de polimerizao (FRP e NMRP). Os modelos

    matemticos foram intitulados: Modelo A, Modelo B e Modelo C. O Modelo A

    consiste de um balano de espcies no polimricas e grupos polimricos. Adeterminao das massas moleculares mdias e da frao de gel foi feita atravs de

    balanos populacionais em termos de funo geradora em conjunto com o mtodo

    das caractersticas. Os modelos B e C consistiram de balanos de massa para

    espcies no polimricas e mtodo dos momentos para radicais ativos, radicais

    dormentes e polmero morto. A obteno das massas moleculares mdias e da

    frao de gel foi feita atravs do mtodo do fracionamento numrico. Nestes dois

    modelos, foram consideradas as reaes de ciclizao atravs do mtodo dos

    caminhos. Este mtodo consiste num balano de segmentos de cadeia que

    conectam grupos polimricos. O nmero mximo de unidades monomricas,

    considerado para estes segmentos foi 100 e o valor da constante cintica de

    ciclizao do menor segmento ciclizvel (3 unidades monomricas) foi 450 s-1para a

    temperatura de 90C. O Modelo C leva em conta a reduo da reatividade das

    ligaes cruzadas em funo do tamanho mdio das cadeias em cada gerao. Os

    resultados mostraram que, quando comparado com a FRP, a polimerizao NMRP

    permite somente um controle limitado sobre o processo de reticulao, produzindo

    distribuies largas de tamanhos de cadeia. Micro e nanoestruturas foram

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    10/236

    identificadas em produtos obtidos por FRP e NMRP lineares e no lineares. Estas

    estruturas parecem ser consequncia do processo de sntese (ex.: operao em

    temperatura de reao acima da temperatura de transio vtrea) e do tratamento

    dos produtos. Massa molecular mdia mssica e frao de gel foram afetadas

    consideravelmente pelas reaes de ciclizao em copolimerizaes FRP, porm

    apresentaram pouca sensibilidade a estas reaes em copolimerizaes NMRP. A

    incluso do mecanismo de ciclizao, por si s (no Modelo B), no foi suficiente para

    produzir bons ajustes modelo/experimentos em termos de massa molecular mdia

    mssica (Mw) e frao de gel (Wg). No entanto, o Modelo C capaz de fornecer

    boas previses de Mw e Wg simultaneamente para os experimentos realizados a

    90C. O presente estudo mostrou uma anlise na qual os modelos podem secomplementar e fornecer subsdios para o desenvolvimento de um modelo unificado.

    Palavras-chave: copolimerizao, estireno, divinilbenzeno, modelagem matemtica,ciclizao.

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    11/236

    ABSTRACT

    AGUIAR, L. G. Synthesis of copolymers of styrene-divinylbenzene by

    conventional and nitroxide-mediated free radical polymerization: experimentsand mathematical modeling. 171 p. Thesis (PhD) Escola Politcnica(Departamento de Engenharia Qumica), Universidade de So Paulo, So Paulo,2013.

    Homopolymerizations of styrene and copolymerizations of styrene-divinylbenzene

    were carried out in solution and aqueous suspension through conventional (FRP)

    and nitroxide-mediated (NMRP) techniques. The aim of the work was to reach a

    higher level of understanding in comparison to what is found in literature. In order toreach this goal, three mathematical models were assessed through validation using

    experimental data. The experiments were conducted in isothermal batch reactor. The

    main variables explored in this work were: reaction temperature, divinylbenzene

    initial concentration, initial dilution of monomers and polymerization techniques (FRP

    and NMRP). The mathematical models were named: Model A, Model B and Model C.

    The Model A consists of a balance of non-polymeric species and polymer groups.

    The average molecular weights and gel fraction were calculated through populationbalances in terms of generation function together with the method of characteristics.

    The models B and C were built using mass balance for non-polymeric species and

    the method of moments for active radicals, dormant radicals and dead polymer. The

    average molecular weights and gel fraction were calculated through the numerical

    fractionation technique. In these two models, cyclization reactions were considered

    through the method of paths. This method consists of a balance of chain segments

    which connect polymer groups. The maximum number of monomeric units

    considered for these segments was 100 and the value of the kinetic constant of

    cyclization for the smaller cyclizable path (3 monomeric units) was 450 s -1at 90C.

    The Model C takes into account the reduction of reactivity of the crosslink reactions

    in function of the average size of the chains in each generation. The results showed

    that, when compared with FRP, NMRP allows only a limited control over the

    crosslinking process, producing broad chain length distributions. Micro and

    nanostructures were identified in products obtained by linear and non-linear FRP and

    NMRP. These structures seem to be consequence of the synthesis process (e.g.:

    operation in reaction temperatures above the glass transition temperature) and of the

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    12/236

    products treatment. Weight average molecular weight and gel fraction were affected

    considerably by the cyclization reactions in FRP, however they presented few

    sensibility to these reactions in NMRP. The inclusion of the mechanism of cyclization,

    itself (in Model B), was not enough to obtain good model/experiments fittings in terms

    of weight average molecular weight (Mw) and weight fraction of gel (Wg). Although,

    the Model C is capable of providing good predictions of Mw and Wg simultaneously

    for the experiments carried out at 90C. The present study showed an analysis in

    which the models can complement each other, providing subsidies for the

    development of a unified model.

    Keywords: copolymerization, styrene, divinylbenzene, mathematical modeling,cyclization.

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    13/236

    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1 Mecanismo de desativao reversvel de radicais no processo

    ATRP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

    Figura 2 - Mecanismo de desativao reversvel de radicais no processo

    RAFT. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

    Figura 3 Mecanismo de desativao reversvel em uma polimerizao

    mediada por nitrxido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

    Figura 4 Diferenciao entre cadeias de polmero lineares e redes

    polimricas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

    Figura 5Reaes de crosslink intermolecular e intramolecular. . . . . . . . . . . . 12

    Figura 6 - Esquerda: Crnea artificial AlphacorTM. Direita: aplicao de

    estrutura intermediria (Hicks et al., 2003). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

    Figura 7 - Implante de canino artificial. Teste em aparato de laboratrio (Reis

    et al., 2008). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

    Figura 8 - Ilustrao de um polmero superabsorvente de base acrlica: (a)

    Comparao visual de uma partcula no estado seco (direita) e no estado

    intumescido (esquerda). A amostra uma esfera preparada pela tcnica de

    polimerizao por suspenso inversa. (b) Representao esquemtica do

    inchamento de um polmero superabsorvente (Mehr e Kabiri, 2008).. . . . . . . . 14

    Figura 9Estratgias fsica (a) e qumica (b) para armazenar o medicamento

    de forma a libera-lo lentamente (Hoare e Kohane, 2007). . . . . . .15

    Figura 10 - Estrutura da partcula de polmero reticulado e sua funo na

    anlise cromatogrfica por excluso de tamanhos (Collins et al., 2006). . . . . . .16

    Figura 11 Mecanismo de desativao reversvel numa copolimerizaoNMRP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    18

    Figura 12 Resultados experimentais de Tanaka et al. (2007). Testes

    realizados com partculas preparadas em microssuspenso aquosa. Pontos

    vazios: processo convencional. Pontos cheios: processo NMRP. . . . . . . . . . . . 18

    Figura 13Representao esquemtica do raio de girao. . . . . . . . . . . . . . . . 19

    Figura 14Classificao das reaes de ciclizao. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    Figura 15 - Reatividade das duplas ligaes pendentes em funo daconverso (Ward e Peppas, 2000).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    21

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    14/236

    Figura 16 - Comparaes de previses do modelo com dados experimentais

    de (a) Converso x tempo, (b) Mn, Mw x converso, (c) Disperso de massas

    moleculares x converso e (d) Frao de gel x converso para o processo

    NMRP de estireno/divinilbenzeno. f20 refere-se razo molar

    divinilbenzeno/estireno na alimentao (Ortiz, 2009).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

    Figura 17 - (a) Predies e observaes experimentais para converso de

    monmero nos sistemas convencional e NMRP. (b) Predies e observaes

    experimentais para Mn e Mw nos sistemas convencional e NMRP. (c) e (d)

    Valores medidos e simulados de Mw em funo do tempo nos sistemas

    convencional e NMRP (runs 3-8: variao progressiva da quantidade de

    agente de crosslink (Gonalves et al., 2010). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

    Figura 18Representao esquemtica de um sistema de cromatografia por

    excluso de tamanhos (Teraoka, 2002). . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .25

    Figura 19Transporte de molculas de polmero em colunas de excluso de

    tamanhos e cromatograma tpico (Teraoka, 2002). . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . .26

    Figura 20 Intumescimento e encolhimento reversveis da rede polimrica

    atravs do contato com solvente. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. .28

    Figura 21-Representao pictrica de espcies envolvidas nas reaes. . . . . 32Figura 22Mtodo do fracionamento numrico - transio entre geraes. . . . 52

    Figura 23 - Representao esquemtica da reao de ciclizao. . . . . . .. . . . . 59

    Figura 24Tipos de caminhos considerados no Modelo B. . . . . . . . . . . . . . . . 60

    Figura 25 - Diferentes caminhos compartilhando o mesmo centro radicalar.. . . 60

    Figura 26 - Reaes de ciclizao em caminhos com 3 unidades. . . . . . . . . . . 62

    Figura 27Imobilizao de PDBs em funo do tamanho da molcula. . . . . . . 66

    Figura 28 Avaliao qualitativa da reduo da reatividade das ligaescruzadas em funo do tamanho da molcula de polmero. . . . . . . . . . . . . . . . .

    67

    Figura 29Volume de uma cadeia polimrica intumescida no meio reacional. 68

    Figura 30Variao de kppi,solem funo da gerao. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

    Figura 31Aparato experimental utilizado nos experimentos. . . . . . ... . . . . . . 74

    Figura 32 - Caracterizao dos copolmeros obtidos durante a reao. . . . . . .. 77

    Figura 33 Tcnica da gravimetria utilizada na obteno do grau de avano

    da reao. . . . . . ... . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . ... . . . . .78

    Figura 34Determinao da frao de gel. . . . . . ... . . . . . . . . . . . ... . . . . . . 79

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    15/236

    Figura 35Procedimento experimental para determinao de PDBs.. . . . . . . 81

    Figura 36 - Resultados de converso de monmeros dos experimentos B1, B2

    e B3.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .84

    Figura 37 - Resultados de converso de monmeros dos experimentos B4, B5

    e B6. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85

    Figura 38 - Resultados de frao de gel dos experimentos B1, B2 e B3. . . . . . . 86

    Figura 39 - Resultados de frao de gel dos experimentos B4, B5 e B6. . . . . . . 87

    Figura 40 - Resultado de concentrao de PDBs para os experimentos B3, B4

    e B5. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .88

    Figura 41Evoluo da converso experimental com o tempo para NMRP de

    estireno em suspenso a 130C (Experimento P12). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90Figura 42 [-ln(1-X)] em funo do tempo, para os mesmos dados de

    converso da Figura 43, mostrando o comportamento linear de polimerizaes

    controladas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90

    Figura 43 Dependncia das massas moleculares mdias numrica (Mn) e

    mssica (Mw) com a converso de monmero para o experimento P12. A

    dependncia linear observada confirma o carter vivo da polimerizao.. . . . 90

    Figura 44Evoluo da disperso de massas moleculares com o tempo parao experimento P12. A baixa disperso de massa molecular confirma a

    eficincia do processo NMRP para sintetizar materiais mais homogneos. . . . . 91

    Figura 45 Sinal de espalhamento de luz observado para amostras do

    experimento P10. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .92

    Figura 46 Sinal de espalhamento de luz observado para amostras do

    experimento P12. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .93

    Figura 47 - Perfil de Mw em funo da converso de monmero para umapolimerizao de divinilbenzeno (experimento P3). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    93

    Figura 48 Efeito do contedo inicial de DVB sobre os sinais de MALLS

    obtidos para amostras coletadas em t= 180 minutos de reao. . . . . . . . . . . . .93

    Figura 49 Efeito da diluio inicial de monmeros sobre a evoluo da

    converso com o tempo de reao para polimerizaes NMRP a 130C. . . . . .94

    Figura 50 Evoluo da converso de monmero (X) com o tempo e frao

    de gel em massa (Wg) para FRP de estireno-divinilbenzeno em suspenso

    aquosa a 90C (experimento P7). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    16/236

    Figura 51 Evoluo da frao de gel com o tempo. Medies obtidas no

    experimento P9. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .96

    Figura 52 Micrografias SEM de amostras de estireno-divinilbenzeno de

    copolimerizaes com diferentes quantidades de DVB. Imagens com

    ampliao de 50000 vezes. Experimentos: (a) P1; (b) P2; (c): P3 e (d): P7. . . . 97

    Figura 53 Micrografias SEM de amostras de NMRPs conduzidas com 0 e

    100% de DVB. Imagens com ampliao de 50000 vezes. (a): Experimento P6

    (0% de DVB). (b): Experimento P4 (100% de DVB). Ambas polimerizaes a

    90C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .98

    Figura 54 Micrografias SEM de amostras de poliestireno (0% de DVB)

    sintetizadas por FRP e NMRP. (a): P13 (FRP) com ampliao de 50000vezes. (b): P14 (NMRP) com ampliao de 5000 vezes. Ambas as

    polimerizaes foram realizadas a 90C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .98

    Figura 55 Micrografias SEM de copolmeros de estireno-divinilbenzeno

    sintetizados por NMRP. (a): Experimento P8 com ampliao de 150 vezes. (b):

    Experimento P8 com ampliao de 1000 vezes. (c): Experimento P9 com

    ampliao de 150 vezes. (d): Experimento P9 com ampliao de 854 vezes.

    Ambos os experimentos foram realizados a 130C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99Figura 56 Micrografias SEM de amostras de estireno-divinilbenzeno

    sintetizadas por NMRP. (a): Experimento P1 com ampliao de 10000 vezes.

    (b): Experimento P3 com ampliao de 1000 vezes. Ambos os experimentos

    foram realizados a 130C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100

    Figura 57 Micrografias SEM de amostras de estireno-divinilbenzeno

    sintetizadas por FRP a 60C. (a): Experimento com M= 50%, YDVB = 10%,

    YIDB= 1,25% (neste experimento uma mistura 50/50 v/v de tolueno/n-heptanofoi usada como solvente). (b): Experimento com M= 50%, YDVB= 20%, YIDB=

    1,25% (neste experimento uma mistura 25/75 v/v de tolueno/n-heptano foi

    usada como solvente). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .101

    Figura 58 - Simulaes realizadas com os dados experimentais de Gonalves

    et al.(2011)Run 5. Cp= 0,10. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105Figura 59 - Simulaes realizadas com os dados experimentais de Gonalves

    et al.(2011)Run 5. Cp= 0,05. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .105

    Figura 60 - Simulaes realizadas com o experimento P2. Cp= 0,20. . . . . . . . . 106

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    17/236

    Figura 61 - Simulaes realizadas com o experimento P2. Cp= 0,025. . . . . . . . 106

    Figura 62 - Perfis de massa molecular mdia em funo de rmx. Dados do

    experimento P7. kcic= 450 s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .109

    Figura 63 - Perfis de concentrao de PDBs em funo de rmx. Dados do

    experimento P7. kcic= 450 s-1. pol. = polmero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .109

    Figura 64 - Perfis de massa molecular mdia em funo de rmx. Dados do

    experimento P3. kcic= 450 s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .110

    Figura 65 - Perfis de concentrao de PDBs em funo de rmx. Dados do

    experimento P3. kcic= 450 s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111

    Figura 66 - Perfis de massa molecular mdia em funo de rmx. Dados do

    experimento P3. kcic= 1700 s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112Figura 67 - Perfis de concentrao de PDBs em funo de rmx. Dados do

    experimento P3. kcic= 1700 s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .112

    Figura 68 - Comparao entre previses de converso com os dados

    experimentais de Gonalves et al.(2011)Run 5. kcic em s-1. . . . . . . . . . . . . .113

    Figura 69 - Comparao entre previses de massa molecular mdia com os

    dados experimentais de Gonalves et al.(2011)Run 5. kcic em s-1. . . . . . . .114

    Figura 70 - Comparao entre previses de frao de gel com os dadosexperimentais de Gonalves et al.(2011)Run 5. kcic em s-1. . . . . . . . . . . . . .

    115

    Figura 71 - Comparao entre previses de converso com os dados do

    experimento P2. kcic em s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .115

    Figura 72 - Comparao entre previses de massa molecular mdia com os

    dados do experimento P2. kcic em s -1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .116

    Figura 73 - Comparao entre previses de frao de gel com os dados do

    experimento P2. kcic em s

    -1

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    116

    Figura 74 - Comparao entre previses de concentrao de PDBs. kcic= 0

    s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .118

    Figura 75 - Comparao entre previses de concentrao de PDBs. kcic= 450

    s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .118

    Figura 76 - Comparao entre previses de concentrao de PDBs. kcic=

    1700 s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .119

    Figura 77 - Resultados de converso. Comparao dos modelos A e B com os

    dados do experimento B4. kcic em s -1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    18/236

    Figura 78 - Resultados de frao de gel. Comparao dos modelos A e B com

    os dados do experimento B4. kcic em s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .123

    Figura 79 - Resultados de concentrao de PDBs. Comparao dos modelos

    A e B com os dados do experimento B4. kcic em s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123

    Figura 80 - Previso da concentrao de PDBs atravs do Modelo A. . . . . . . . 125

    Figura 81 - Previso da concentrao de PDBs atravs do Modelo B com

    kcic= 450 s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .125

    Figura 82 - Resultados de converso. Comparao entre experimentos e o

    Modelo B com kcic= 450 s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .126

    Figura 83 - Resultados de frao de gel. Comparao entre dados

    experimentais e o Modelo B com kcic= 450 s-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127Figura 84 - Comparao de previses dos modelos A e B com os resultados

    experimentais de Mw para o experimento P7. kcic em s-1. . . . . . . . . . . . . . . . .128

    Figura 85 - Comparao de previses dos modelos A e B com os resultados

    experimentais de Wg para o experimento P7. kcic em s-1. . . . . . . . . . . . . . . . .129

    Figura 86 - Comparao de previses dos modelos A e C com os resultados

    experimentais de Mw para o experimento P7. kcic em s-1. . . . . . . . . . . . . . . . .130

    Figura 87 - Comparao de previses dos modelos A e C com os resultadosexperimentais de Wg para o experimento P7. kcic em s-1. . . . . . . . . . . . . . . . .

    130

    Figura 88 - Efeito da concentrao de TEMPO sobre a converso de

    monmero. Simulaes realizadas com os dados do experimento P4. . . . . . . .133

    Figura 89 - Simulao da concentrao de PDBs com o Modelo A para

    diferentes experimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .134

    Figura 90 - Simulao da concentrao de PDBs com o Modelo C para

    diferentes experimentos. kcic = 450s

    -1

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    134

    Figura 91 Resultados de converso. Comparao entre experimentos e

    simulaes com os modelos A e C. Experimentos P6 e P14 (90C). . . . . . . . . .135

    Figura 92 Resultados de converso. Comparao entre experimentos e

    simulaes com os modelos A e C. Experimentos P1, P2 e P15 (90C). . . . . . .136

    Figura 93 Resultados de converso. Comparao entre experimentos e

    simulaes com os modelos A e C. Experimentos P3, P4 e P5 (90C). . . . . . .136

    Figura 94 Resultados de converso. Comparao entre experimentos e

    simulaes com os modelos A e C. Experimentos P9, P10 e P11 (130C). . . . . 136

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    19/236

    Figura 95 Comparao entre os modelos A e C em previses de Mw para

    experimentos a 130C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .137

    Figura 96 Comparao entre os modelos A e C em previses de Wg para

    experimentos a 130C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138

    Figura 97Resultados de Mw para o experimento P8. Comparao entre os

    modelos A, B e C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .139

    Figura 98Resultados de Mw para o experimento P9. Comparao entre os

    modelos A, B e C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .139

    Figura 99Comparao entre dados experimentais e previses de Mw e Wg

    com os modelos A e C para o experimento P2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .140

    Figura 100Comparao entre dados experimentais e previses de Mw e Wgcom os modelos A e C para o experimento P3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    141

    Figura 101Comparao entre dados experimentais e previses de Mw e Wg

    com os modelos A e C para o experimento P15. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .141

    Figura 102 - Estrutura das molculas de polmero formadas pelos diferentes

    processos de copolimerizao, que explicaria as diferenas de aprisionamento

    de PDBs em funo do tipo de processo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143

    Figura 103 - Modelo C: Variao do parmetro VG. Simulaes com oexperimento P3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    159

    Figura 104 - Modelo C: Variao do parmetro frg. Simulaes com o

    experimento P3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .160

    Figura 105 - Perfil de temperaturas para as reaes 130C. . . . . . . . . . . . . . . 170

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    20/236

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1Reaes envolvidas no processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

    Tabela 2 - Esquema reacional.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

    Tabela 3 - Reaes qumicas consideradas no Modelo B. . . . . . . . . . . . . . . . . 41

    Tabela 4 - Reaes envolvendo caminhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

    Tabela 5 - Propriedades dos compostos utilizados nos experimentos.. . . . . . . 74

    Tabela 6Condies dos experimentos realizados em soluo (Brasil). . . . . 82

    Tabela 7Condies dos experimentos realizados em suspenso (Portugal). 82

    Tabela 8Parmetros cinticos utilizados na anlise preliminar (Modelo B).. 103

    Tabela 9 Parmetros cinticos utilizados na avaliao do efeito das

    ciclizaes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .107

    Tabela 10 Parmetros cinticos utilizados nas simulaes de

    copolimerizaes FRP com o Modelo A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .120

    Tabela 11 Parmetros cinticos utilizados nas simulaes de

    copolimerizaes FRP com os modelos B e C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .121

    Tabela 12 Parmetros cinticos utilizados nas simulaes de processosNMRP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    131

    Tabela 13Resultados experimentais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161

    Tabela 14Perfil de temperaturas para as reaes 130C. . . . . . . . . . . . . . 170

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    21/236

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    AIBN Azobisisobutyronitrile (azo-bis isobutironitrila)

    BPO Benzoyl peroxide (perxido de benzola)

    Decomp Decompe-se

    DVB Divinilbenzeno

    Exp Dados experimentais

    ModA Resultados de simulao com o Modelo A

    ModB Resultados de simulao com o Modelo B

    ModC Resultados de simulao com o Modelo C

    PDB Pendant double Bond (dupla ligao pendente)

    Pol Polmero

    THF Tetrahydrofuran (tetraidrofurano)

    TEMPO 2,2,6,6-Tetramethyl piperidinyl-1-oxy (2,2,6,6-Tetrametil-piperidinil-1-

    oxy)

    http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=web&cd=1&ved=0CC0QFjAA&url=http%3A%2F%2Fen.wikipedia.org%2Fwiki%2FAzobisisobutyronitrile&ei=KtinUIfHHo_c8ASZtYCwCA&usg=AFQjCNE5qVQiNIYxF7L6TWUmyyDbfB9p8Ahttp://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=web&cd=1&ved=0CC0QFjAA&url=http%3A%2F%2Fen.wikipedia.org%2Fwiki%2FAzobisisobutyronitrile&ei=KtinUIfHHo_c8ASZtYCwCA&usg=AFQjCNE5qVQiNIYxF7L6TWUmyyDbfB9p8A
  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    22/236

    LISTA DE SMBOLOS

    Agm Reagente que participa de reao unimolecular

    Agm- Reagente que participa de reao bimolecularAgm+ Reagente que participa de reao bimolecular

    [Aj] Concentrao de entidades Ai

    Ai Entidade genrica (monmero, grupo polimrico ou outra espcie)

    A[m] Reagente que participa de reao unimolecular

    A[m-] Reagente que participa de reao bimolecular

    A[m+] Reagente que participa de reao bimolecular

    CD Concentrao de duplas ligaes pendentes (mmol/g de polmero)

    Cj Concentrao de entidades Ai(mol/L)

    CP Parmetro de correlao entre reatividades

    Ctit Concentrao do titulante (mol/L)

    D Dmero

    DLr Caminho dormente contendo r unidades monomricas

    DR0 Radical primrio dormente

    DRr Radical polimrico dormente contendo 'r' unidades monomricas

    DRr,j Radical polimrico dormente contendo dupla ligao pendente do tipo 'j'

    (j=4: mPDB, j=5: pPDB) e 'r' unidades monomricas

    F Segmento de cadeia

    fi Frao molar do monmero ou PDB do tipo i em relao soma

    monmeros+PDBs

    fMi Frao molar do monmero i dentre todos os monmeros

    fmPDB Frao molar de mPDB dentre todas as PDBs

    fpPDB Frao molar de pPDB dentre todas as PDBs

    fRi Frao molar do radical do tipo i dentre todos os radicais

    frg Fator de reduo da reatividade referente reao com o gel

    frr Fator de reduo da reatividade

    G(s) Funo geradora da distribuio de tamanhos de cadeia em termos de

    concentrao molar com relao contagem de grupos

    HONX Composto inerte proveniente do consumo de radicais nitrxido

    I Iniciador

    ka Constante cintica da reao de ativao de radicais (s-1)

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    23/236

    kd Constante cintica da reao de decomposio do iniciador (s-1)

    kda Constante cintica da reao de desativao de radicais (L.mol-1s-1)

    kddij Constante cintica da reao de decomposio do dmero composto

    pelos monmeros Mie Mj(s-1)

    kdec Constante cintica da reao de decomposio de radicais dormentes

    (s-1)

    kdimij Constante cintica da reao de dimerizao entre os monmeros Mie

    Mj(L.mol-1s-1)

    kfmij Constante cintica da reao de transferncia de cadeia de um radical

    do tipo 'i' para o monmero Mj(L.mol-1s-1)

    kh Constante cintica da reao de abstrao de prton pelo radicalnitrxido (L.mol-1s-1)

    kI Constante pseudo-cintica de iniciao de monmeros (L.mol-1s-1)

    kIj Constante cintica da reao de iniciao de monmero ou PDB do

    tipo 'j' (L.mol-1s-1)

    kIP Constante pseudo-cintica de iniciao de PDBs (L.mol-1s-1)

    kp Constante pseudo-cintica de propagao de monmeros (L.mol-1s-1)

    Constante cintica da reao de ciclizao de um segmento polimrico(caminho) contendo 's' unidades e, em seus extremos, um radical do

    tipo 'i' e uma dupla ligao pendente do tipo 'j' (s-1)

    kPij Constante cintica da reao de propagao envolvendo radical do tipo

    'i' e o monmero ou PDB do tipo 'j' (L.mol-1s-1)

    kI-Sty Constante cintica de iniciao de estireno

    kI-DVB Constante cintica de iniciao de divinilbenzeno

    kI-PDB Constante cintica de iniciao de dupla ligao pendentekPP Constante pseudo-cintica de propagao de PDBs (L.mol

    -1s-1)

    kpp,i Constante cintica mdia de reao de ligao cruzada entre uma

    molcula da gerao i com qualquer molcula de polmero solvel ou

    gel (L.mol-1s-1)

    kppi,j Constante de velocidade da reao de ligao cruzada entre uma

    molcula da gerao i e uma molcula da gerao j (L.mol-1s-1)

    kppi,sol Constante cintica da reao entre uma molcula da gerao i comuma molcula solvel de qualquer gerao (L.mol-1s-1)

    kpR-Sty Constante cintica de propagao entre radical polimrico e estireno

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    24/236

    kpR-DVB Constante cintica de propagao entre radical polimrico e

    divinilbenzeno

    kpR-PDB Constante cintica de propagao entre radical polimrico e dupla

    ligao pendente

    kt Constante cintica da reao de terminao de radicais polimricos Mj

    (L.mol-1s-1)

    ktc Constante cintica da reao de terminao por combinao de

    radicais polimricos Mj(L.mol-1s-1)

    kthij Constante cintica da reao de iniciao trmica envolvendo dmero e

    o monmero Mj(L.mol-1s-1)

    Lr Caminho ativo contendo r unidades monomricasM Concentrao de monmeros (mol/L)

    mi Massa obtida na etapa i da gravimetria

    Mi,0 Concentrao inicial do monmero do tipo i

    Mj Monmero do tipo j (j=1: estireno, j=2: mDVB, j=3: pDVB)

    Mn Massa molecular mdia numrica de cadeias de polmero (g/mol)

    mS Massa da amostra (g)

    Mw Massa molecular mdia mssica de cadeias de polmero (g/mol)Mwi Massa molecular mdia mssica das cadeias de polmero pertencentes

    gerao i (g/mol)

    Mz Massa molecular mdia 'z' de cadeias de polmero (g/mol)

    n Nmero de geraes (fracionamento numrico)

    NA Nmero total de entidades

    NAG Nmero de tipos de grupos em molculas de polmero que so grupos

    principais de alguma reao qumicaNCo Nmero de reaes de combinao entre grupos pertencentes a

    diferentes molculas de polmero

    NCR Nmero de reaes de criao entre espcies

    NER Nmero de reaes de permuta entre um grupo polimrico e uma

    espcie no polimrica

    NG Nmero de grupos polimricos

    NM Nmero de monmeros

    NPR Nmero de reaes de propagao

    NRB Nmero de reaes bimoleculares

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    25/236

    NRC Nmero de categorias de reaes entre espcies e/ou grupos

    polimricos

    NRi Nmero de reaes compreendidas na categoria i

    NUR Nmero de reaes unimoleculares de grupos polimricos

    ONx Radical nitrxido (TEMPO)

    [P(a)] Concentrao de molculas de polmero contendo grupos polimricos

    representados pelo vetor a

    Pr,j Polmero morto contendo dupla ligao pendente do tipo 'j' (j=4: mPDB,

    j=5: pPDB) e 'r' unidades monomricas

    Qi Momento global de ordem i para polmeros mortos

    Qji Momento de ordem i para polmeros mortos pertencentes gerao jr Nmero de unidades monomricas

    R Concentrao de radicais (mol/L)

    R0 Radical primrio

    RCim,r Taxa de ciclizao envolvendo caminhos ativos contendo radical do

    tipo i e mPDB conectados por r unidades monomricas (mol.L-1s-1)

    RCip,r Taxa de ciclizao envolvendo caminhos ativos contendo radical do

    tipo i e pPDB conectados por r unidades monomricas (mol.L-1

    s-1

    )RCm Taxa de ciclizao envolvendo caminhos ativos contendo mPDB

    (mol.L-1s-1)

    RCp Taxa de ciclizao envolvendo caminhos ativos contendo pPDB

    (mol.L-1s-1)

    RCR1 Taxa de consumo de radicais do tipo 1 por terminao (mol.L-1s-1)

    Raio de girao mdio entre as molculas de polmero intumescidas da

    gerao i (nm)RGR1 Taxa de gerao de novos radicais do tipo 1 por iniciao

    Rm Taxa da reao m

    RR=1 Radical polimrico contendo uma unidade monomrica

    Rr,i Radical polimrico do tipo 'i' (i= 1: estireno, i=2: mDVB, i=3: pDVB, i=4:

    mPDB, i=5: pPDB) contendo 'r' unidades monomricas

    Rr,i,j,s Radical polimrico contendo 'r' unidades monomricas e contendo um

    segmento de cadeia (caminho) com s unidades monomricas,

    conectando um centro radicalar do tipo i (i= 1: estireno, i=2: mDVB,

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    26/236

    i=3: pDVB, i=4: mPDB, i=5: pPDB) uma PDB do tipo j (j=4: mPDB,

    j=5: pPDB)

    Si Momento global de ordem i para radicais dormentes

    Sji Momento de ordem i para radicais dormentes pertencentes gerao

    j

    Ui Unidade monomrica do tipo i

    Vi Volume mdio das molculas constituintes da gerao i (nm)

    Vsol Volume mdio das molculas solveis de polmero

    VtitB Volume de titulante gasto na titulao do branco (mL)

    VtitA Volume de titulante gasto na titulao da amostra (mL)

    Wg Frao mssica de gel em relao a todo o contedo de polmeroWgEXP Frao mssica de gel experimental

    X Converso de monmero

    XEXP Converso de monmero experimental

    YDVB Frao molar inicial de DVB na mistura de monmeros (%)

    Yi Momento global de ordem i para radicais polimricos

    YIDB Relao molar inicial entre o iniciador e as duplas ligaes carbono-

    carbono (%)Yji Momento de ordem i para radicais polimricos pertencentes gerao

    j

    ym0 Frao mssica de monmero no meio reacional, no incio da reao

    YTEMPO Razo molar inicial entre TEMPO e iniciador

    M Frao volumtrica de monmero na fase orgnica (%)

    Variao de mols da espcie Aicausada pela reao 'm'

    Variao de mols da espcie Aicausada pela reao 'm', em cadamolcula de polmero envolvida

    Funes estequiomtricas (funes geradoras dos coeficientes

    estequiomtricos) associadas reao 'm'

    Mi Momento referente massa molecular

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    27/236

    SUMRIO

    1. INTRODUO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

    1.1. Justificativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

    1.2. Objetivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

    1.3. Estrutura do trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

    2. REVISO BIBLIOGRFICA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

    2.1. Polimerizao radicalar convencional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

    2.2. Polimerizao radicalar controlada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

    2.2.1. Tcnica ATRP (Atom Transfer Radical Polymerization) . . . . . . . . . . . . . 7

    2.2.2. Tcnica RAFT (Reversible Addition-Fragmentation Transfer

    Polymerization) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

    2.2.3. Tcnica NMRP (Nitroxide-Mediated Radical Polymerization) . . . . . . . . . 9

    2.3. Redes polimricas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

    2.4. Comparao entre as copolimerizaes convencional e mediada

    por nitrxido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    2.5. Conceito de raio de girao. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

    2.6. Reaes de ciclizao. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

    2.7. Modelagem matemtica de processos de copolimerizao radicalar

    mediada por nitrxido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    2.8. Caracterizao dos copolmeros sintetizados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

    2.8.1. Cromatografia por excluso de tamanhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

    2.8.2. Caracterizao do gel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    3. METODOLOGIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

    3.1. Modelagem matemtica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

    3.1.1. Modelo A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

    3.1.1.1. Sistema qumico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

    3.1.1.2. Taxa de formao de espcies polimricas por reao qumica. . . . . 36

    3.1.2. Modelo B. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

    3.1.2.1. Determinao das constantes pseudo-cinticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

    3.1.2.2. Balano de massa para espcies no polimricas. . . . . . . . . . . . . . . . 46

    3.1.2.3. Balano de massa para espcies polimricas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    28/236

    3.1.2.4. Mtodo dos momentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

    3.1.2.5. Fracionamento numrico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

    3.1.2.6. Mtodo dos caminhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

    3.1.3. Modelo C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

    3.2. Parte experimental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

    3.2.1. Procedimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

    3.2.1.1. Reaes em soluo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

    3.2.1.2 Reaes em suspenso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

    3.2.1.3. Anlises. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

    4. RESULTADOS E DISCUSSES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

    4.1. Resultados experimentais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

    4.1.1. Resultados experimentais das reaes em soluo. . . . . . . . . . . . . . . . 83

    4.1.2. Resultados experimentais das reaes em suspenso. . . . . . . . . . . . . . 89

    4.2. Resultados das simulaes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

    4.2.1. Anlise preliminar referente modelagem de copolimerizaes de

    estireno-divinilbenzeno. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

    4.2.2. Avaliao do efeito das reaes de ciclizao. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

    4.2.3. Resultados de simulao de copolimerizaes convencionais. . . . . . . . 1194.2.4. Resultados de simulao de homo e copolimerizaes mediadas por

    nitrxido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131

    4.3. Consideraes finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143

    5. CONCLUSES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147

    6. RECOMENDAES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151

    APNDICE A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159

    APNDICE B. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161

    ANEXOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    29/236

    1

    1. INTRODUO

    1.1. Justificativa

    A sntese e a caracterizao de copolmeros ramificados e/ou reticulados tm

    recebido uma ateno especial em laboratrios de pesquisa nos ltimos anos.

    Monmeros divinlicos como divinilbenzeno, diacrilatos e dimetacrilatos so

    responsveis pela formao de redes polimricas, as quais possuem propriedades

    que as destacam em relao aos polmeros lineares. Gamas de solubilidade e

    viscosidade apropriadas podem ser obtidas em polmeros hiper-ramificados

    produzidos por reaes de copolimerizao. As propriedades especiais deste tipo de

    polmero possibilitam a sua aplicao em diversos campos como nanotecnologia,

    biomateriais, medicina, agricultura, dentre outras, podendo-se destacar a produo

    de tintas e recobrimentos, lentes, borrachas, resinas trocadoras de ons, matrizes

    para a liberao controlada de medicamentos, cabos e dispositivos eletrnicos,

    embalagens de alimentos, sensores, rgos artificiais, implantes e materiaissuperabsorventes (Gao e Yan, 2004). Em determinadas aplicaes, necessria a

    utilizao de um polmero com cadeias altamente organizadas. Estas cadeias so

    denominadas dendrmeros e se aplicam, por exemplo, na fabricao de cpsulas

    para liberao de medicamento. Entretanto, os monmeros utilizados na sntese

    deste material so funcionalizados conforme a necessidade, exigindo-se mais de

    uma etapa para sua obteno. Desta forma, a sntese de dendrmeros consome um

    tempo relativamente longo, tornando invivel sua produo em larga escala. Emdeterminados casos, pode-se usar polmeros hiper-ramificados, os quais, de uma

    forma menos refinada, so estruturalmente anlogos aos dendrmeros (Gretton-

    Watson et al., 2006). Esta alternativa consome menos tempo, pois requer somente

    uma etapa de sntese, sendo economicamente vivel.

    A sntese de polmeros hiper-ramificados atravs de reaes de

    policondensao um assunto relativamente bem estudado. Porm, determinados

    materiais so produzidos atravs da polimerizao por radicais livres. Trabalhosmais recentes envolvem a sntese de polmeros hiper-ramificados atravs deste

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    30/236

    2

    processo, utilizando-se monmeros vinlicos multifuncionais (Bannister et al., 2006).

    Uma caracterstica deste mtodo a formao de gel (polmero insolvel) em baixas

    converses de monmero, o que pode prejudicar as propriedades do produto final,

    conforme a aplicao desejada. Deste modo, para manter o polmero solvel em

    altas converses, necessrio implementar estratgias de sntese como o uso de

    agentes de transferncia de cadeia e operao em reator semi-fechado.

    importante ressaltar que, em determinadas aplicaes, necessita-se que o produto

    final seja uma rede de polmero insolvel (partculas de gel). O gel formado

    prematuramente denominado microgel. Ele possui um alto grau de reticulao em

    relao ao produto que se forma ao final do processo, o que resulta em um polmero

    heterogneo. Quando se pretende produzir polmero solvel, esta heterogeneidadecausa impacto negativo sobre as propriedades fsicas do material.

    Nas ltimas dcadas, grande parte dos polmeros sintticos tem sido

    produzida pelo processo de polimerizao por radicais livres. Dentre as tcnicas

    utilizadas na sntese, destacam-se a polimerizao em massa, soluo, suspenso e

    emulso. Atualmente, novas tecnologias tm sido empregadas, como as

    polimerizaes em miniemulso, em dixido de carbono supercrtico e a chamada

    polimerizao viva ou controlada. Esta ltima foi descoberta na dcada de 50 e veioreceber maior ateno partir da dcada de 90, sendo capaz de produzir polmeros

    com menor disperso de massas moleculares em relao polimerizao radicalar

    convencional. Dentre os diferentes tipos de polimerizao viva destacam-se a ATRP

    (Atom Transfer Radical Polymerization), a RAFT (Reversible Addition-Fragmentation

    Transfer Polymerization) e a NMRP (Nitroxide-Mediated Radical Polymerization). As

    tcnicas ATRP e RAFT so de uso verstil para diferentes sistemas qumicos, mas

    envolvem complicaes como dificuldade em se obter os agentes de transferncia(no caso RAFT) e o inconveniente de gerar produtos com quantidades inaceitveis

    de metais (no caso ATRP). A tcnica NMRP baseia-se na estabilidade de radicais

    nitrxido, os quais apresentam facilidade de manuseio e so comercialmente

    disponveis, embora apresentem uma eficincia mais elevada com monmeros

    estirnicos. Tendo em vista o problema de formao prematura de gel durante a

    produo de polmeros hiper-ramificados e a capacidade da tcnica NMRP de

    controlar o crescimento das cadeias polimricas, torna-se interessante aliar estas

    duas tcnicas para se obter materiais com menor disperso de massas moleculares.

    Com essa juno, obtm-se o processo de copolimerizao radicalar mediada por

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    31/236

    3

    nitrxido, o qual tem apresentado bons resultados em termos de propriedades do

    material produzido conforme se encontra na literatura (Ide e Fukuda, 1997, 1999;

    Ward, 2000; Hernndez-Ortiz, 2009).

    No aspecto industrial, os avanos na produo de polmeros ocorrem de

    maneira acelerada. Um fator que auxilia nestes avanos o fato de que este

    material possui versatilidade em termos de propriedades finais (ex.: temperatura de

    transio vtrea e mdulo de elasticidade), as quais podem ser modificadas em

    funo das variveis de processo (ex.: concentrao de reagentes, aditivos e

    temperatura). Isto gera uma grande flexibilidade para a realizao de testes

    experimentais. Muitos polmeros so comercializados sem um claro entendimento

    sobre o polmero em si ou sobre as reaes envolvidas em sua sntese. No mbitodo processo de copolimerizao radicalar controlada, encontra-se a necessidade de

    esclarecer questes em aberto. Dentre elas observa-se a necessidade de definio

    do mecanismo envolvido no processo de copolimerizao controlada, o qual tem

    constatado a presena de reaes secundrias; os efeitos causados pela adio do

    agente controlador sobre o ponto de gel e sobre as propriedades do polmero

    produzido; a formao de ciclizaes e seus efeitos sobre o produto final. O

    presente trabalho se inclui nos esforos destinados resoluo das questessupracitadas e de suas possveis vertentes. Os resultados experimentais e de

    modelagem deste estudo contribuem para a representao do processo a nvel

    molecular, podendo posteriormente esclarecer resultados obtidos em escala

    industrial. Alm disso, as melhorias obtidas neste trabalho, podem ser utilizadas na

    realizao de modificaes permanentes no processo de produo e na criao de

    ferramentas teis no projeto de polmeros hiper-ramificados com propriedades por

    medida.

    1.2. Objetivos

    O presente trabalho tem por objetivo a realizao de estudos cinticos que

    permitam obter uma descrio mecanicista detalhada dos processos de

    copolimerizao radicalar convencional e mediada por nitrxido. Dentre os

    mecanismos, prope-se a incluso de possveis reaes secundrias como, por

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    32/236

    4

    exemplo, as ciclizaes. Outro ponto a ser abordado a possibilidade de controlar a

    velocidade de polimerizao dos sistemas NMRP e a disperso de massas

    moleculares das cadeias atravs da variao de temperatura. Prope-se tambm,

    discutir questes relativas ao verdadeiro impacto da aplicao da tcnica de

    copolimerizao controlada, isto , se comprovada a obteno de estruturas mais

    homogneas ou se ocorre apenas atraso da gelificao. No entanto, entende-se que

    o aspecto mais importante a ser investigado neste campo est relacionado ao

    impacto das reaes intramoleculares (ciclizaes) sobre as propriedades dos

    produtos obtidos por NMRP em comparao com aqueles produzidos por

    polimerizao radicalar convencional.

    Dentro das investigaes propostas, utilizam-se ferramentas matemticaspara modelar o processo de copolimerizao mediada por nitrxido. Objetiva-se

    desenvolver e aperfeioar modelos matemticos capazes de lidar com as

    complexidades associadas a estes sistemas: elevado nmero de espcies qumicas

    com diferentes reatividades (ex.: diferentes tipos de ligaes duplas e radicais

    polimricos); possibilidade de formao de gel e a presena de reaes de

    ciclizao. Em laboratrio, proposto o estudo da influncia das condies de

    operao, em especial, da diluio inicial e dosagem de DVB, sobre as propriedadesdos materiais obtidos.

    1.3. Estrutura do trabalho

    Esta tese est estruturada conforme descrito a seguir.

    No captulo 2 feita uma reviso bibliogrfica sobre o assunto em questo,enfatizando alguns trabalhos recentes da rea. So descritos tambm alguns

    conceitos que foram utilizados ao longo do trabalho.

    No captulo 3 est descrita a metodologia utilizada no trabalho: as tcnicas de

    modelagem desenvolvidas no presente estudo, bem como mtodos retirados da

    literatura e os procedimentos experimentais.

    O captulo 4 apresenta os resultados obtidos tanto no estudo experimental

    quanto no estudo de modelagem e as discusses pertinentes.

    Os captulos 5 e 6 descrevem as concluses e recomendaes do presente

    trabalho respectivamente.

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    33/236

    5

    2. REVISO BIBLIOGRFICA

    2.1. Polimerizao radicalar convencional

    No campo da engenharia de reaes de polimerizao, o processo realizado

    por radicais livres um dos mais importantes do ponto de vista econmico. Plsticos

    encontrados no dia-a-dia, como polietilenos de baixa densidade, poliestireno, dentre

    outros, so fabricados atravs da polimerizao por radicais livres. As principais

    razes para o uso extensivo dos processos radicalares, residem em sua efetividade

    em polimerizar a maioria dos monmeros vinlicos em condies de reao

    moderadas, podendo-se operar em um amplo intervalo de temperaturas e obter

    cadeias polimricas de alto peso molecular em um tempo de reao

    consideravelmente baixo. Este processo de polimerizao tolerante presena de

    gua, o que permite executar a polimerizao no s em massa como tambm em

    soluo, suspenso e emulso. Por outro lado, este processo pode ser empregado

    na elaborao de uma ampla variedade de copolmeros a partir da maioria dosmonmeros vinlicos (Hernndez-Ortiz, 2008).

    A polimerizao por radicais livres tem como principais reaes a iniciao, a

    propagao e a formao de cadeias de polmero morto, que pode ocorrer atravs

    da terminao entre dois radicais ou atravs das reaes de transferncia. O

    mecanismo se desdobra atravs da decomposio do iniciador, a qual gera radicais

    primrios. Estes iniciam a propagao (adio de molculas de monmero),

    formando radicais de cadeia extensa, os quais sofrem terminao. A desvantagemdo processo de polimerizao radicalar convencional o pobre controle que se tem

    sobre os elementos que compem a estrutura do polmero (composio, massa

    molecular mdia, disperso de massas moleculares, dentre outros). As propriedades

    do material so diretamente afetadas pela disperso de massas moleculares, que

    funo da distribuio de tamanhos de cadeia que se desenvolve durante o

    processo.

    Em determinados casos, necessitam-se massas moleculares pr-definidas,porm, o processo de polimerizao radicalar convencional apresenta limitaes em

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    34/236

    6

    relao ao controle da distribuio de tamanhos de cadeia, dificultando sua

    aplicao para esses casos especficos.

    2.2. Polimerizao radicalar controlada

    Antes do surgimento das tcnicas de polimerizao radicalar controlada, era

    possvel administrar a velocidade da polimerizao mediante variao de

    temperatura, concentrao de reagentes e ao emprego de retardantes ou inibidores

    (Bamford, 1989). Com o uso de agentes de transferncia, tornou-se possvelcontrolar o peso molecular. Por outro lado, mediavam-se os grupos do extremo das

    cadeias atravs de iniciadores ou agentes de transferncia funcionais. No entanto,

    nunca havia sido possvel controlar estes trs parmetros ao mesmo tempo. Um dos

    primeiros esforos em adaptar a polimerizao por radicais livres a um processo

    controlado foi desenvolvido por Otsu (1982) e foi denominado INIFERTER (initiator -

    transfer agent - terminator). Este consiste em utilizar ditiocarbamatos como agentes

    de iniciao, transferncia e terminao, levando gerao reversvel de radicais apartir de espcies dormentes, junto propagao por radicais livres. No entanto,

    este mtodo no se mostrou eficiente no controle da estrutura do polmero. Solomon

    et al. (1986) mencionam o uso de radicais nitrxido no processo de polimerizao

    radicalar, o que leva a uma terminao reversvel de cadeias polimricas, podendo-

    se produzir um polmero de baixo peso molecular. Posteriormente, Georges et al.

    (1993) retomam o conceito de Solomon sobre nitrxidos e terminao reversvel,

    reportando a polimerizao controlada de estireno, a qual gerou polidispersidadesmuito baixas. Atualmente, o conceito de polimerizao viva faz referncia a um

    grupo de tcnicas de polimerizao por radicais livres que permitem sintetizar

    polmeros com estrutura controlada e com baixa disperso de massas moleculares

    (Hernndez-Ortiz, 2008).

    A tcnica NMRP se utiliza de radicais estveis como o 2,2,6,6-

    Tetrametilpiperidinil-1-oxy (TEMPO), os quais desativam temporariamente os

    radicais polimricos. Essa desativao interrompe o crescimento das cadeias

    polimricas, impedindo que este ocorra de forma descontrolada no incio da reao,

    permitindo que as molculas de monmero sejam adicionadas s cadeias de forma

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    35/236

    7

    menos desigual. Como a desativao reversvel, as cadeias de polmero dormente

    (desativadas pelo radical nitrxido) podem se reativar e propagar.

    Muito trabalhos tm sido publicados acerca da tcnica NMRP e sua aplicao,

    principalmente, em homopolimerizaes de estireno (Belincanta-Ximenes et al,

    2007; Roa-Luna et al, 2007, 2008; Murari et al, 2011; Montezuma, 2012). Esta

    tcnica permite a obteno de menor disperso de massas moleculares em relao

    ao mtodo convencional, ou seja, uma distribuio de tamanhos de cadeia mais

    estreita. Os mecanismos envolvidos no processo NMRP e nas demais tcnicas de

    polimerizao controlada esto descritos nos itens a seguir.

    2.2.1. Tcnica ATRP (Atom Transfer Radical Polymerization)

    No processo ATRP, um complexo (em geral, de cobre) ligado a um halognio,

    utilizado para efetuar a terminao reversvel dos radicais. A tcnica tem sido

    aplicada em polimerizaes em massa, utilizando-se dimetacrilatos. O ligante

    1,1,4,7,10,10-hexametiltrietilenotetramina (HMTETA) comumente utilizado como

    integrante do complexo. A Figura 1 mostra a ao deste aditivo dentro do processoATRP.

    Figura 1Mecanismo de desativao reversvel de radicais no processo ATRP.

    Nesta tcnica, o rpido equilbrio entre radicais polimricos e espcies

    dormentes resulta em uma baixa e constante concentrao destes radicais, a qual

    faz com que a polimerizao proceda de maneira viva. Estas caractersticas podem

    reduzir ou at mesmo eliminar o efeito da autoacelerao (efeito Trommsdorf-

    Norrish) e assim produzir um polmero com menor disperso de massas moleculares

    (Yu et al., 2001). Alm do rpido equilbrio das reaes de ativao e desativao, o

    processo ATRP possui a vantagem de no originar reaes paralelas que afetemsignificativamente a taxa de gerao de calor, o que permite monitorar a converso

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    36/236

    8

    atravs da quantificao da energia liberada. Alm disso, ele se aplica a quase

    todos os monmeros vinlicos, permite operao em amplo intervalo de

    temperaturas (-30 150C) e suporta a presena de gua e pequenas quantidade

    de oxignio e inibidores com metais em estado de oxidao zero (Hernndez-Ortiz,

    2008). O processo tem como desvantagem a gerao de quantidades considerveis

    de metais de transio, sendo necessria a sua remoo e a precipitao do cobre.

    2.2.2. Tcnica RAFT (Reversible Addition-Fragmentation Transfer Polymerization)

    O mtodo RAFT caracteriza-se pela presena de ditiobenzoatos, que so

    usados como agentes de transferncia nos processos de polimerizao radicalar. O

    mecanismo que caracteriza o mtodo RAFT consiste em um equilbrio qumico entre

    as reaes de adio e fragmentao. Um radical polimrico reage com espcies

    dormentes para formar um radical intermedirio. Em seguida, este radical

    intermedirio se fragmenta gerando um novo radical crescente. A rpida troca de um

    pequeno nmero de radicais em meio a um grande nmero de cadeias dormentesfornece a mesma probabilidade para todas as cadeias crescerem, gerando um bom

    controle sobre o desenvolvimento da microestrutura da cadeia, como peso molecular

    e composio (Yu et al., 2008). A Figura 2 apresenta o mecanismo reacional do

    processo RAFT.

    Esta uma tcnica robusta e verstil devido sua aplicabilidade a vrios

    tipos de monmero. As condies de operao so similares ao processo

    convencional, com elevadas temperaturas para monmeros pouco reativos. Suportaa presena de gua, mas sensvel a oxignio (Hernndez-Ortiz, 2008). Como

    desvantagem, destaca-se a dificuldade em se obter os agentes de transferncia.

    Alternativamente, pode-se realizar a reao em soluo e utilizar nitrobenzeno como

    agente de transferncia.

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    37/236

    9

    Figura 2 -

    Mecanismo de desativao reversvel de radicais no processo RAFT.

    2.2.3. Tcnica NMRP (Nitroxide-Mediated Radical Polymerization)

    O sistema NMRP tem sido estudado trabalhando-se com polimerizaes em

    massa, soluo, miniemulso e microssuspenso. O processo comumenteaplicado a polimerizaes e copolimerizaes, nas quais o monmero principal o

    estireno. A Figura 3 mostra o mecanismo de desativao reversvel usando como

    exemplo o radical estvel 2,2,6,6-Tetrametilpiperidinil-1-oxy (TEMPO).

    Figura 3Mecanismo de desativao reversvel em uma polimerizao mediada por nitrxido.

    Na presena de monmeros, o radical polimrico propaga (cresce) at ser

    desativado pelo radical TEMPO, formando um polmero dormente. O nmero de

    ciclos ativao/desativao permite que todas as cadeias cresam lentamente na

    mesma velocidade mdia, produzindo polmeros com uma disperso de massas

    moleculares limitada. Detalhes cinticos de polimerizaes e copolimerizaes

    mediadas por TEMPO mostraram que este processo pode ser considerado, emdeterminadas condies, um sistema controlado com um nmero de cadeias

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    38/236

    10

    polimricas aproximadamente constante ao longo da polimerizao (Ide e Fukuda,

    1997).

    O mtodo NMRP possui maior eficincia quando se trabalha com monmeros

    estirnicos em conjunto com o radical TEMPO, mas pode tambm ser aplicado a

    acrilatos e acrilamidas utilizando-se novos nitrxidos. Esta tecnologia permite a

    operao em altas temperaturas (maiores que 120C para TEMPO), suporta a

    presena de gua, porm sensvel ao oxignio (Hernndez-Ortiz, 2008).

    2.3. Redes polimricas

    Os conceitos at aqui descritos tm como base o processo de

    homopolimerizao, ou seja, a polimerizao que envolve um nico monmero. O

    poliestireno um polmero linear produzido atravs da homopolimerizao do

    estireno. Sua caracterstica linear se deve ausncia de reaes que geram

    ramificaes ou ligaes cruzadas (Ex.: transferncia de cadeia polmero). As

    redes polimricas so estruturas resultantes de ligaes entre as cadeias depolmero de forma tridimensional. Materiais com esta estrutura so sintetizados

    atravs de reaes de homopolimerizao, utilizando-se um monmero

    multifuncional ou atravs de copolimerizao, utilizando-se mais de um monmero,

    sendo que, pelo menos um deles multifuncional (agente de crosslink). A Figura 4

    mostra a estrutura a nvel molecular do poliestireno e do copolmero

    estireno/divinilbenzeno.

    Durante a sntese de materiais polimricos reticulados, caracterstico queem algum ponto da reao se obtenha uma frao polimrica insolvel, tambm

    conhecida como gel. O gel insolvel em todos os solventes, mesmo em

    temperaturas elevadas. Ele corresponde formao de uma rede polimrica grande,

    na qual as cadeias esto conectadas umas s outras, formando-se molculas

    macroscpicas. Na verdade, o gel considerado uma nica molcula. A poro de

    polmero que permanece solvel nos solventes conhecida como frao sol.

    medida que a polimerizao procede alm do ponto de gelificao, ocorre uma

    mudana fsica dramtica na mistura reacional, formando-se um polmero de

    viscosidade infinita. A copolimerizao por radicais livres de monmeros vinlicos

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    39/236

    11

    com uma pequena quantidade de monmeros divinlicos, apresenta-se como uma

    das rotas mais simples para a sntese de redes polimricas e gis.

    Figura 4Diferenciao entre cadeias de polmero lineares e redes polimricas.

    Nestes sistemas, as ligaes cruzadas se formam quando se adiciona um

    radical polimrico a alguma dupla ligao no reagida, a qual est presente graas

    aos monmeros divinlicos que foram incorporados s cadeias. A reao de

    crosslink (ligao cruzada) pode ser intermolecular, caso o radical polimrico e a

    dupla ligao pendente pertenam cadeias distintas; ou intramolecular, caso

    pertenam mesma cadeia, levando uma ciclizao. Mrkvickov et al. (1981)

    estudaram a copolimerizao do metacrilato de metila com dimetacrilatos eobservaram que a maioria das duplas ligaes pendentes consumida por reaes

    intramoleculares. Soper et al. (1972) mostraram que para converses muito baixas,

    cerca de 10% das duplas ligaes pendentes nas cadeias polimricas reagiram

    formando ciclos. Portanto, as redes obtidas por polimerizao radicalar convencional

    so de estrutura pouco homognea, ou seja, a distribuio espacial dos pontos de

    crosslinkao longo do material bastante irregular (Hernndez-Ortiz, 2008).

    A Figura 5 ilustra a ocorrncia de ligaes cruzadas intermoleculares e

    intramoleculares (ciclizaes).

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    40/236

    12

    Figura 5Reaes de crosslinkintermolecular e intramolecular.

    Hicks et al. (2003) destacaram a presena de redes polimricas na

    composio de crneas artificiais. Trata-se de um polmero (polimetacrilato de 2-

    hidroxietila) que apresenta diferentes tamanhos de poros em funo da regio

    ocular. A regio perifrica possui poros maiores em relao regio tica (central).

    A unio dessas duas estruturas de polmero feita atravs de uma rede polimrica.

    A Figura 6 mostra a estrutura da crnea artificial.

    Reis et al. (2008) apresentaram o uso de redes polimricas em implantesdentrios a partir de polimetacrilato de metila (PMMA). Nesta aplicao, necessita-se

    de um alto grau de ligaes cruzadas a fim de melhorar a resistncia do dente

    artificial. Esta rea se utiliza de modificaes de polmeros reticulados, como a

    criao de resinas com diferentes redes polimricas interconectadas. Nesta

    publicao, Reis e colaboradores reportam simulaes em laboratrio, do uso de

    PMMA altamente reticulado no implante dentrio (Figura 7).

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    41/236

    13

    Gis hidroflicos, comumente chamados de hidrogis, so redes polimricas

    que podem ser encontradas na forma coloidal onde se tem gua como meio

    dispersante.

    Figura 6 - Esquerda: Crnea artificial AlphacorTM. Direita: aplicao de estrutura intermediria (Hicks

    et al., 2003).

    Figura 7 - Implante de canino artificial. Teste em aparato de laboratrio (Reis et al., 2008).

    Em outras palavras, eles so polmeros sintticos ou naturais, podendo conter

    acima de 99% de gua. Hidrogis tm sido definidos como materiais polimricos que

    possuem a facilidade de intumescer em gua e reter uma frao significante desta

    em sua estrutura sem se dissociar. Hidrogis especiais, como materiais

    superabsorventes, so amplamente aplicados na rea de higiene, como por

    exemplo, fraudas e absorventes femininos. Uma variedade de monmeros, em sua

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    42/236

    14

    maioria, acrlicos, so empregados na preparao de polmeros superabsorventes.

    Acido acrlico e seus sais de sdio e potssio e acrilamida so os monmeros mais

    usados na produo industrial (Mehr e Kabiri, 2008). A Figura 8 ilustra a ao de um

    material superabsorvente de base acrlica.

    Figura 8 - Ilustrao de um polmero superabsorvente de base acrlica: (a) Comparao visual de

    uma partcula no estado seco (direita) e no estado intumescido (esquerda). A amostra uma esfera

    preparada pela tcnica de polimerizao por suspenso inversa. (b) Representao esquemtica do

    inchamento de um polmero superabsorvente (Mehr e Kabiri, 2008).

    Hidrogis podem ser formulados em uma variedade de formas fsicas: blocos,

    micropartculas, nanopartculas, recobrimentos e filmes. Desta forma, hidrogis so

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    43/236

    15

    frequentemente utilizados em prticas clinicas e medicina experimental em uma

    ampla faixa de aplicaes. As propriedades nicas dos hidrogis tm despertado

    interesse particular em aplicaes de liberao controlada de medicamentos.

    Sua estrutura altamente porosa pode ser ajustada atravs do controle da

    densidade de crosslinks na matriz do gel e da afinidade pelo meio aquoso no qual

    ele est intumescido. Sua porosidade permite o abastecimento de medicamento

    dentro da matriz e a subsequente liberao da droga numa taxa que depende do

    coeficiente de difuso das molculas atravs do gel. A biocompatibilidade do

    hidrogel promovida pela elevada quantidade de gua e a similaridade fsico-

    qumica em relao matriz natural extracelular (Hoare e Kohane, 2007). A Figura 9

    mostra um esquema da liberao controlada de medicamentos atravs de hidrogis.

    Figura 9 Estratgias fsica (a) e qumica (b) para armazenar o medicamento de forma a libera-lo

    lentamente (Hoare e Kohane, 2007).

    Em colunas de cromatografia, resinas constitudas de redes polmericas tm

    sido utilizadas. Copolmeros de estireno-divinilbenzeno com substituintes inicos,

    so muito aplicados em bioqumica e seu uso teve incio com as experincias de

    separao de aminocidos originados de protenas. Na tcnica da cromatografia por

    excluso de tamanhos tambm se utilizam polmeros reticulados no processo de

    anlise. Neste caso, as molculas da amostra a ser analisada, so separadas de

    forma seletiva de acordo com seu tamanho. A distribuio destas molculas entre os

    lquidos dentro e fora do gel (copolmero reticulado) depende de efeitos estreos; a

    partcula (estacionria), com suas ligaes cruzadas, ocupa um espao grande e

    intrincado ao qual s tm acesso molculas pequenas, fazendo que haja uma

    distribuio homognea entre os lquidos. Para molculas maiores, esse acesso muito mais difcil e a distribuio favorecida em relao ao lquido fora do gel. Isso

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    44/236

    16

    induz as molculas grandes a emergir da coluna mais cedo do que as pequenas

    (Collins et al., 2006). A Figura 10 detalha a estrutura da partcula de polmero

    reticulado e o mecanismo envolvido em uma anlise cromatogrfica por excluso de

    tamanhos. Ainda com relao a processos de separao, pode-se destacar o uso de

    poliestireno reticulado com divinilbenzeno como sendo uma alternativa econmica,

    prontamente disponvel em diferentes tamanhos de partcula e com uma alta rigidez

    mecnica.

    Figura 10 - Estrutura da partcula de polmero reticulado e sua funo na anlise cromatogrfica por

    excluso de tamanhos (Collins et al., 2006).

    A grande vantagem dos materiais estirnicos em relao aos inorgnicos

    como a slica, consiste em sua estabilidade dentro de uma larga faixa de pHs.

    Estirnicos tambm fornecem boa proteo contra umidade e so capazes de

    manter sua forma por longos perodos de tempo. Particulas porosas de poliestireno

    reticuladas atravs de divinilbenzeno e contendo grupos amina podem ser usadas

    como suporte para separar protenas via interao por troca de ons. Vrios tipos de

    absorventes estirnicos porosos e no-porosos tm sido sintetizados e empregados

    em cromatografia de protenas por fase reversa, troca de nion e afinidade

    (Bayramoglu, 2007).

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    45/236

    17

    2.4. Comparao entre as copolimerizaes convencional e mediada por

    nitrxido

    Polimerizaes radicalares controladas em geral fornecem uma rota para

    sintetizar polmeros com uma distribuio de massa molecular estreita, um peso

    molecular mdio pr-determinado assim como inmeras arquiteturas complexas.

    Tem-se observado que a tcnica NMRP, para sistemas envolvendo estirnicos e o

    agente controlador TEMPO, procedeu com baixas reatividades para as duplas

    ligaes pendentes em relao ao processo convencional. A reatividade

    aparentemente mais alta no sistema convencional uma consequncia da maiorconcentrao localizada das duplas ligaes pendentes ao redor dos radicais ativos.

    Isto se deve ao longo comprimento das cadeias primrias (os pesos moleculares no

    sistema NMRP so muito menores do que no convencional), o qual resulta em altos

    nveis de crosslink intramolecular em baixas converses. A Figura 11 mostra o

    mecanismo de ativao/desativao num processo de copolimerizao por NMRP.

    Zetterlund (2005) constatou que em uma copolimerizao NMRP de estireno

    e divinilbenzeno, a reatividade aparente das duplas ligaes pendentes, a densidadede crosslinks e a taxa de polimerizao foram significativamente mais baixas no

    sistema em miniemulso aquosa do que no processo em massa. Este efeito pode ter

    uma aplicao na produo de polmeros com massa molecular controlada e com

    presena de duplas ligaes pendentes. Estes polmeros podem ser posteriormente

    reagidos para formar ligaes cruzadas, por exemplo, em aplicaes de

    recobrimento.

    No estudo de Tanaka et al. (2007), foi observado que no processo decopolimerizao convencional, parmetros como deformao de ruptura e energia

    de ruptura do material polimrico, se mostraram constantes ao longo do processo.

    Entretanto, estes parmetros apresentaram um aumento, com tendncia prxima da

    linear, com a converso no caso NMRP. O principal fator que pode estar

    acarretando as diferenas a formao de microgel logo no incio da reao para o

    caso do sistema convencional. Ao fim da reao, os parmetros citados

    apresentaram valores semelhantes, porm, os resultados indicam que a formao

    da rede mais homognea no sistema NMRP do que no convencional. A Figura 12

    apresenta resultados do trabalho de Tanaka et al. (2007)

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    46/236

    18

    Figura 11Mecanismo de desativao reversvel numa copolimerizao NMRP.

    Figura 12 Resultados experimentais de Tanaka et al. (2007). Testes realizados com partculas

    preparadas em microssuspenso aquosa. Pontos vazios: processo convencional. Pontos cheios:

    processo NMRP.

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    47/236

    19

    Gonalves (2008) estudou a copolimerizao NMRP de estireno com

    divinilbenzeno em soluo. Em seu trabalho, foi observado que a estrutura dos

    copolmeros sintetizados por NMRP se mostrou mais compacta do que aquela

    produzida pelo processo convencional. Neste estudo tambm foi constatada a

    presena da autoiniciao do estireno em temperaturas elevadas. Foi observado

    que, para a mesma massa molecular, copolmeros controlados apresentaram um

    tamanho molecular (raio de girao) inferior aos correspondentes convencionais.

    2.5. Conceito de raio de girao

    Raio de girao um parmetro que auxilia na quantificao do volume mdio

    ocupado por uma cadeia de polmero. Ele calculado fazendo-se uma mdia das

    distncias entre o centro de massa e os segmentos da molcula de polmero (Figura

    13a). Em geral, trabalha-se com a mdia do quadrado destas distncias para

    assegurar que todos os valores sejam positivos (Figura 13b).

    Figura 13Representao esquemtica do raio de girao.

    2.6. Reaes de Ciclizao

    A reao de ciclizao ocorre entre um centro radicalar e uma dupla ligao

    pendente, situados na mesma molcula de polmero. Podem-se classificar as

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    48/236

    20

    reaes de ciclizao em dois tipos: ciclizao primria, que ocorre em molculas

    primrias de polmero (isentas de ramificao ou ligao cruzada) e ciclizao

    secundria, que ocorre em molculas compostas por duas ou mais cadeias

    primrias. A Figura 14 ilustra os tipos de reaes de ciclizao.

    Desde os primeiros estudos sobre copolimerizao envolvendo ligaes

    cruzadas e formao de gel, j se discutia a respeito de reaes de ciclizao. Flory

    (1941, 1942) apresenta evidencias experimentais de que uma frao pequena,

    porm considervel das ligaes em polmeros tridimensionais, so

    intramoleculares. Estima-se que essa frao se encontra na faixa de 2 a 6% das

    ligaes entre unidades.

    Figura 14Classificao das reaes de ciclizao.

    De acordo com os resultados apresentados por Bradley (1938) e Kienle et al.

    (1939), esta estimativa se mostra razovel. Stockmayer (1943, 1944) inclui um

    parmetro na descrio matemtica do processo, que define a probabilidade relativa

    de ocorrncia de reaes inter e intramoleculares. Porm ele conclui que: descartar

    a ocorrncia de ciclizaes introduz somente um erro moderado na descrio do

    perodo pr-gel em sistemas no diludos. Flory (1947) observa que quanto maior a

    quantidade de ligaes cruzadas na regio sol (molculas solveis), maior o nmerode ciclizaes. Neste estudo ele conclui que o maior erro em desprezar as reaes

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    49/236

    21

    de ciclizao esperado que acontea no ponto de gel e que este erro diminui

    medida que a reao se distancia do ponto de gel para qualquer sentido (antes ou

    depois).

    Soper et al. (1972) relatam que a competio entre as reaes de ciclizao e

    crosslink intermolecular pode ser controlada variando a diluio da base de

    polmeros. Dusek e Spevacek (1980) observaram que no comeo da reao, as

    cadeias individuais (dissolvidas no monmero) so virtualmente isoladas umas das

    outras, gerando um alto grau de ciclizao. Tobita e Hamielec (1989) relatam que

    uma das caractersticas importantes da ciclizao que ela controlada no pela lei

    de taxa convencional usando concentraes mdias de grupos funcionais, mas

    atravs de estatstica conformacional de seqncias de ligaes. Zhu e Hamielec(1989) afirmam que as ciclizaes secundrias contribuem para a elasticidade da

    rede polimrica enquanto que as primrias unicamente consomem duplas ligaes.

    A Figura 15 mostra como so consumidas as duplas ligaes pendentes ao longo de

    uma copolimerizao convencional com uma alimentao de 50% de monmero

    vinlico e 50% de monmero divinlico.

    Figura 15 - Reatividade das duplas ligaes pendentes em funo da converso (Ward e Peppas,

    2000).

    Tobita (1993) relata que mesmo sem considerar as reaes de ciclizao,

    pode-se investigar redes de polmero sob determinadas condies. Ele enfatiza que

    vrios modelos para reaes de ciclizao tm sido propostos, porm, os resultados

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    50/236

    22

    obtidos ainda eram muito prematuros para elucidar ciclizaes reais. Vivaldo-Lima et

    al. (1998) definem uma constante de ciclizao primria e estimam seu valor

    utilizando um modelo matemtico. Foi concludo que esse valor aumenta

    proporcionalmente com a concentrao de solvente em copolimerizaes de

    estireno-divinilbenzeno. No trabalho de Ortega et al. (2005), foi assumido que a

    frao de duplas pendentes perdidas por ciclizao proporcional a frao de

    unidades divinlicas incorporadas as cadeias de polmero. Sua constante de

    proporcionalidade (kcp) se mantm constante em copolimerizaes em massa, mas

    pode variar quando se usa solvente. Devido ciclizao secundria envolver pelo

    menos duas ligaes cruzadas para formar ciclos entre duas molculas diferentes, a

    frao de unidades que participam de crosslink secundrio assumida serproporcional densidade mdia de crosslink.

    Gonalves et al. (2007) reporta que a causa mais importante do atraso na

    gelificao a ocorrncia de reaes de ciclizao. O efeito combinado das reaes

    de ciclizao com o tipo de solvente usado no meio reacional foi levado em conta

    atravs de ajuste de valores aparentes de reatividade das duplas ligaes

    pendentes, a qual o principal parmetro controlador da taxa de reao de

    crosslink.

    2.7. Modelagem matemtica de processos de copolimerizao radicalar

    mediada por nitrxido

    A modelagem matemtica do processo de copolimerizao deestireno/divinilbenzeno mediada por nitrxido um estudo recente. Neste campo,

    pode-se destacar a modelagem das copolimerizaes em massa (Hernndez-Ortiz

    et al., 2009) e em soluo (Gonalves et al., 2010).

    No trabalho de Hernndez-Ortiz et al. (2009) foi estudado um sistema de

    copolimerizao em massa de estireno/divinilbenzeno 125C. Neste modelo foram

    considerados dois conjuntos de equaes: o primeiro relativo ao perodo pr-gel

    onde se considera o balano de massa e de momentos para as espcies envolvidas

    e o segundo relativo ao perodo ps-gel onde se utiliza expresses estatsticas para

    calcular o peso molecular mdio e a frao de gel. Neste modelo foram

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    51/236

    23

    consideradas as seguintes hipteses: existe apenas um centro radicalar por cadeia

    (monorradical) e a reao considerada uma pseudo-homopolimerizao (mtodo

    pseudo-cintico). A Figura 16 mostra alguns resultados do modelo de Hernndez-

    Ortiz et al. (2009).

    Figura 16 - Comparaes de previses do modelo com dados experimentais de (a) Converso x

    tempo, (b) Mn, Mw x converso, (c) Disperso de massas moleculares x converso e (d) Frao de

    gel x converso para o processo NMRP de estireno/divinilbenzeno. f20 refere-se razo molar

    divinilbenzeno/estireno na alimentao (Hernndez-Ortiz, 2009).

    No trabalho de Gonalves et al. (2010), o sistema NMRP de

    estireno/divinilbenzeno 130C foi modelado atravs de um conjunto de mtodos os

    quais envolvem o mtodo das caractersticas e balanos populacionais baseados

    em funes geradoras (Costa e Dias, 1994, 2003, 2005). Neste modelo, elimina-se a

    hiptese de regime pseudo-estacionrio e tambm as hipteses consideradas no

    modelo de Hernndez-Ortiz (2009), ou seja, um modelo mais rigoroso. A Figura 17

    mostra alguns resultados do trabalho em questo.

  • 7/24/2019 Tese-AguiarLG-EdRevisada

    52/236

    24

    Figura 17 - (a) Predies e observaes experimentais para converso de monmero nos sistemas

    convencional e NMRP. (b) Predies e observaes experimentais para Mn e Mw nos sistemas

    convencional e NMRP. (c) e (d) Valores medidos e