territorialidades no campo

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Territorialidad es no campo

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Page 1: Territorialidades no campo

Territorialidades no campo

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O Estado participa das territorialidades rurais uma vez que estimula, em momentos diferentes, os modelos de produção existentes. É o caso dos projetos de irrigação incentivados pelo governo brasileiro a partir da 2ª metade dos anos 80, a fim de promover o desenvolvimento regional e fixar os camponeses no campo.

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Em Minas Gerais, os projetos de irrigação Jaíba, Gorutuba e Pirapora, localizados na região Norte são exemplos dessa política de irrigação. Em outras palavras, trata-se de utilizar-se do modelo produtivista, tecnificado, para difundir inovações no pequeno produtor, denominado colono, selecionado pelo Estado para trabalhar e adquirir a posse da terra.

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Assim o espaço rural é visto como um mundo rural diferente e novo, e como um espaço de produção e consumo da sociedade urbano-industrial, onde o campo pode tornar-se referência de um bom lugar para se viver.

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Modelos de produção no campo

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A propriedade patronal é predominada por trabalhadores contratados sem vínculos com o  proprietário  da terra. É mais utilizada em áreas desenvolvidas, como na  Europa  e nos  Estados Unidos.

Patronal

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A produtividade é alta, pois são utilizados recursos biotecnológicos (para selecionar as sementes), tecnológicos e fertilizantes. Nas áreas mais ricas e mais desenvolvidas os produtores rurais chegam a ter de usar, computadores para poder gerenciar a produção.

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Agricultura familiar é o cultivo da terra realizado por pequenos proprietários rurais, tendo como mão de obra essencialmente o núcleo familiar, em contraste com a agricultura patronal – que utiliza trabalhadores contratados, fixos ou temporários, em propriedades médias ou grandes.

Agricultura familiar

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De acordo com o economista Ricardo Abramovay, da FEA-USP, o modelo adotado pelo Brasil, o patronal, não foi o que prevaleceu em países como os Estados Unidos onde, historicamente, a ocupação do território baseou-se na unidade entre gestão e trabalho, e a agricultura baseou-se inteiramente na estrutura familiar.

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Fixação do homem no campo

A migração do homem do meio rural para o perímetro urbano das cidades, tem sido motivos de preocupação das autoridades constituídas, mesmo porque essas migrações favoreceram a formação de favelas, prostituição, desemprego, problemas de ordem social e outros advindos da impossibilidade de atendimento por parte dessas autoridades. 

 

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Muitas foram às tentativas de fazer com que houvesse o retorno dessa população concentrada nas grandes cidades para a área rural: incentivos governamentais foram destinados para motivar a produção nas áreas rurais, como financiamentos subsidiados, prêmios de produtividade agrícola, implantação de escolas rurais, melhoria no sistema de armazenamento da produção agrícola, abertura e manutenção de estradas rurais etc. 

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Apesar desses esforços, os resultados obtidos não traduzem mudanças significativas no quadro atual.

Assim, o Desenvolvimento Local, apesar de não ser novidade na Europa e nos países da América Latina, é uma estratégia de desenvolvimento que está tomando impulso nos últimos tempos no Brasil.

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A área sócio-cooperada é dividida em cinco setores:

1. A produção agropecuária: é o local do assentamento onde as famílias possuem uma área de terra contínua, tendo espaço suficiente para a produção de alimentos vegetais e animais em larga escala, através de métodos modernos e emprego de mecanização, visando também os grandes mercados.

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2. As reservas ambientais: são as reservas ecológicas. Essas áreas são orientadas para explorar a flora e a fauna nativas, de forma planejada, para não prejudicar o meio ambiente.

3. O agroindustrial: parte importante do assentamento para agregar valor a produção primária. Com a instalação das agroindústrias, os produtos saem prontos para o consumo, encurtando o caminho entre o produtor e consumidor, evitando gastos com beneficiamento e atravessadores.

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4. Núcleo Social: abriga escola, igreja, quadra de esporte, campo de futebol, clube de recreação, espaço para convívio social e serviços de saúde. Nessa área as famílias desfrutam de lazer, transformando-a em um centro de convivência e troca de experiências

5. Centro comercial: lugar de realização de negócios, onde ficam a sede administrativa da associação e os estabelecimentos comerciais próprios ou terceirizados.

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Irrigação no Brasil

A irrigação privada predomina nas regiões povoadas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde ocorre a maior parte do desenvolvimento industrial e agrícola do país.

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Na região Nordeste, os investimentos feitos pelo setor público buscam estimular o desenvolvimento regional em uma área propensa a secas e com graves problemas sociais. Dos 120 milhões de hectares (ha) potencialmente disponíveis para a agricultura, somente cerca de 3,5 milhões de hectares estão atualmente irrigados, embora as estimativas mostrem que 29 milhões desses hectares sejam adequados para essa prática.

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Infraestrutura de irrigação e vínculos com recursos hídricos

Embora os métodos de irrigação no Brasil são considerados modernos, comparados aos outros países na região, a irrigação por gravidade é responsável por 48% do total da área agrícola irrigada (3,5 milhões de hectares), 42% utilizam irrigação por enchentes (arroz) e 6% utilizam irrigação por regos ou outros métodos de gravidade. Dos 52% restantes, cerca de 22% utilizam sistemas móveis de aspersão, 23% utilizam aspersão mecanizada (pivô central), 1% utiliza tubos controlados ou perfurados, e 6% utilizam irrigação localizada, ou seja, sistemas gota a gota e/ou de microaspersão.

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Projeto Jaíba

Descrição:

A implantação do Projeto Jaíba, com a área total de 107,6 mil ha e área irrigável estimada em 65,8 mil ha, compreende estudos e projetos, aquisição de terras, infraestrutura básica de uso comum e medidas de proteção ambiental. Inclui também administração fundiária, organização de produtores, apoio em administração, operação, manutenção, assistência técnica e capacitação de técnicos e agricultores na fase de operação inicial.

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Objetivo:

Proporcionar aos produtores condições administrativas-técnicas e econômicas para contribuir com o desenvolvimento da agricultura irrigada e do agronegócio, visando a fixação do homem ao campo e a sua inclusão no processo produtivo, a geração de emprego e renda e a redução de custos operacionais; promover o desenvolvimento socioeconômico regional, com o consequente resgate da cidadania, consolidando o empreendimento para a transferência da gestão aos produtores.