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Tema Alterações introduzidas pela Reforma Trabalhista na Lei 6019/74 (Trabalho Temporário) e a prestação de serviços a terceiros. Decisões após a Reforma. www.fatimazanetti.com.br [email protected] Fones: 11.99906.8964

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Tema

Alterações introduzidas pela Reforma Trabalhista na Lei 6019/74 (Trabalho

Temporário) e a prestação de serviços a terceiros. Decisões após a Reforma.

www.fatimazanetti.com.br [email protected]

Fones: 11.99906.8964

Lei 13.429/2017 e ART. 2º DA LEI 13.467/2017

Ambas alteraram a Lei 6.019/74

TERCEIRIZAÇÃO INTERMEDIAÇÃO DE MÃO DE OBRA

Trabalho temporário: - art. 2º (da Lei 6019/74)

Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. 

Obter um trabalhador, como se meu empregado fosse, desde que numa situação transitória, provisória --- não estou delegando uma parte da minha empresa para outra.

ANTES - Art. 2o  Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal regular permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços.    

§ 2º Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal.” (NR)

REFLEXO NO DIREITO DO TRABALHO?

ACABOU O DIREITO DO TRABALHO?

OLHAR OS CONCEITOS E ELEMENTOS ENVOLVIDOS.

FATORES PREVISÍVEIS:

tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal -

- Final de ano – aumento de produtividade - Um pedido maior em época do dia das mãe - Páscoa – fábrica de chocolate pedidos extras- Copa do Mundo – fabrica de camisetas- Empresas de eventos em geral (têm mais atividades em alguns

períodos) – SE FIZESSE DOIS CONTRATOS TEMPORÁRIOS PRÓXIMOS UM PARA ABRIL (DIAS DAS MÃES EM MAIO) E OUTRO EM JULHO (DIA DOS PAIS) – QUASE SEMPRE ERA DECLARADO NULO E CONSIDERADO CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO

FATORES IMPREVISÍVEIS

- trabalhador afastado por doença (substituir pessoal permanente - transitoriedade) – licença maternidade – uma vaga transitória ... Provisória....

PESSOA JURÍDICA CUJA FINALIDADE SOCIAL É EXATAMENTE:

Art. 4º. Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente.” (NR) 

QUEM CONTRATA?

Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário

QUEM REMUNERA? A empresa de trabalho temporário

QUEM RESPONDE? Diretamente – a contratante – empresa de trabalho temporárioSubsidiariamente – a tomadora dos serviços

§ 7o  A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.” (NR) (Lei 13.429/2017)

TERCEIRIZAÇÃO – PROPRIAMENTE DITA ( TRANSFERÊNCIA DE ATIVIDADE PARA TERCEIRO)

Art. 2o  A Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 4o-A, 4o-B, 5o-A, 5o-B, 19-A, 19-B e 19-C: 

Art. 4-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. 

§ 1o  A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. 

§ 2o  Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante.”

 Se o Legislador já disse no art. 3º da CLT o que é empregado, faz sentido ele dizer aqui o que não é? Isso muda alguma coisa?

Art. 2o  A Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 4o-A.  Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução............................................................................” (NR)

TERCEIRIZAÇÃO EM SENTIDO ESTRITO:

- Quero repassar uma parte da atividade para uma empresa especializada naquele serviço – o que otimiza suas atividades – se apresenta mais enxuta.

- SERVIÇOS DETERMINADOS E ESPECÍFICOS

- TERCEIRIZAÇÃO É PRECARIZANTE?

- POR QUE TEMOS PÉSSIMA IMPRESSÃO DA TERCEIRIZAÇÃO?

"Aqui todo dia chega um trabalhador reclamando que a empresa sumiu, fechou, faliu", resume a sindicalista Maria Isabel Caetano dos Reis, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação de Serviços e Serviços Terceirizáveis do Distrito Federal. Segundo ela, só em Brasília 20 mil terceirizados trabalham no setor público, a maioria nas áreas de limpeza e setor administrativo.

Maria Isabel diz que, somente no sindicato em que atua, há cerca de mil processos na Justiça do Trabalho pedindo a responsabilização da União ou do Governo do Distrito Federal no caso de terceirizados que deixaram de receber seus direitos, como salários, 13º, férias ou vale transporte.

Maria Isabel Caetano dos Reis, presidente dosindicato que reúne trabalhadores terceirizadosem Brasília (Foto: Divulgação / Sindicato)

Para o magistrado Germano Siqueira, diretor da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), é "corriqueira" a análise de processos em que prestadoras de serviços do poder público "somem" e deixam de pagar os trabalhadores.

"O que tem ocorrido no Brasil é que o ente público contrata mal um prestador de serviços, não fiscaliza a execução dos contratos, paga para essas empresas todos os valores mensais que foram ajustados e, no final, a empresa simplesmente some do local e não paga o que deve aos trabalhadores. Eles vão cobrar de quem?

Quando o juiz vai buscar informações da empresa ela simplesmente virou pó, não encontra sócios nem mais coisa alguma", afirma.

Pesquisa revela que só 55% das empresas buscam checar a idoneidade das empresas de terceirização.

REFLEXÃO SOBRE SOLIDARIEDADE OU SUBSIDIARIEDADENO CASO DA TERCEIRIZAÇÃO:

Quando uma empresa faz um contrato com outra para utilizar os serviços prestados por alguém --- as duas se beneficiam desse trabalho.

Parece razoável que: quem paga busque contratar alguém idôneo. Se não o faz, ainda que indiretamente está contribuindo para o prejuízo do trabalhador.

E O TST ? COMO VIA A TERCEIRIZAÇÃO?

(...) RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. 1. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. JULGAMENTO EXTRA PETITA. 2. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. 3. LITISCONSORTE NECESSÁRIO. 4. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. FRAUDE NA INTERMEDIAÇÃO DE MÃO DE OBRA. No caso concreto, o acórdão recorrido reconheceu, em síntese, a fraude cometida pela Reclamada em virtude de terceirização de sua atividade-fm. O fenômeno da terceirização traz graves desajustes em contraponto aos clássicos objetivos tutelares e redistributivos que sempre caracterizaram o Direito do Trabalho. Nesse sentido, cabe aos operadores do ramo justrabalhista submeter o processo sociojurídico da terceirização às direções essenciais do Direito do Trabalho, de modo a não propiciar que ele se transforme na antítese dos princípios, institutos e regras que sempre foram a marca civilizatória e distintiva desse ramo jurídico no contexto da cultura ocidental. Destaque-se que a Constituição Federal de 1988 traz limites claros ao processo de terceirização laborativa na economia e na sociedade, embora não faça, evidentemente - como não caberia -, regulação específca do fenômeno. Os limites da Carta Magna ao processo terceirizante situam-se no sentido de seu conjunto normativo, quer nos princípios, quer nas regras assecuratórios da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III),

da valorização do trabalho e especialmente do emprego (art. 1º, III, combinado com art. 170, caput), da busca da construção de uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, I), do objetivo de erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais (art. 3º, III), da busca da promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV). Note-se que, na audiência pública sobre o tema, realizada no TST na primeira semana de outubro de 2011, fcou claro que a terceirização, se realizada sem limitaçees, provoca inevitável rebaixamento nas condiçees de trabalho, quer economicamente, quer no tocante ao meio ambiente do trabalho, devendo ser acentuado o acerto da Súmula 331, I e III, do TST. Tais fundamentos (art. 1º, caput) e também objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil (art. 3º, caput), encouraçados em princípios e regras constitucionais, todos com inquestionável natureza e força normativa, contingenciam fórmulas surgidas na economia e na sociedade de exercício de poder sobre pessoas humanas e de utilização de sua potencialidade laborativa.

A partir desse decidido contexto principiológico e normativo é que a Constituição estabelece os princípios gerais da atividade econômica (Capítulo I do Título VII), fundando-a na valorização do trabalho e da livre iniciativa, tendo por fm assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social (caput do art. 170). Por essa razão é que, entre esses princípios, destacam-se a função social da propriedade (art. 170, III), a redução das desigualdades regionais e sociais (art. 170, VII), a busca do pleno emprego (art. 170, VIII). Na mesma linha de coerência, a Carta Máxima estabelece a disposição geral da ordem social (Capítulo I do Título VIII), enfatizando que esta tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais (art. 193). Nessa moldura lógica e sistemática da Constituição, não cabem fórmulas de utilização do trabalho que esgarcem o patamar civilizatório mínimo instituído pela ordem jurídica constitucional e legal do país, reduzindo a valorização do trabalho e do emprego, exacerbando a desigualdade social entre os trabalhadores e entre este e os detentores da livre iniciativa, instituindo formas novas e incontroláveis de discriminação, frustrando o objetivo cardeal de busca do bem-estar e justiça sociais. Para a Constituição, em consequência, a terceirização sem peias, sem limites, não é compatível com a ordem jurídica brasileira.

As fronteiras encontradas pela experiência jurisprudencial cuidadosa e equilibrada para a prática empresarial terceirizante, mantendo esse processo disruptivo dentro de situações manifestamente delimitadas, atende ao piso intransponível do comando normativo constitucional.

Nessa linha, posiciona-se a Súmula 331 do TST, não considerando válidas práticas terceirizantes fora de quatro hipóteses: trabalho temporário (Lei n. 6.010/1974); serviços de vigilância especializada (Lei n. 7.102/1983); serviços de conservação e limpeza (Súmula 331, III); serviços ligados à atividade-meio do tomador (Súmula 331, III).

Portanto, a utilização da terceirização ilícita implica afronta aos princípios e regras essenciais que regem a utilização da força do trabalho no País. Nesse sentido, o fenômeno extrapola o universo dos trabalhadores diretamente contratados de forma irregular para produzir impacto no universo social mais amplo, atingindo uma gama expressiva de pessoas e comunidades circundantes à vida e espaço laborativos. Recurso de revista não conhecido.(RR - 130300-89.2003.5.02.0058 , Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 04/06/2014, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 13/06/2014) (g.n

EXEMPLOS DE TERCEIRIZAÇÃO NA ATIVIDADE FIM:

CAMPANHA PARA AUMENTO DAS VENDAS DE UM DETERMINADO PRODUTO – NUM DETERMINADO PERÍODO.

POR EXEMPLO O LANÇAMENTO DE UM SEGURO DE VIDA ESPECÍFICO PARA MULHERES NO PERÍODO QUE ANTECEDE O DIA DAS MÃES.TRATA-SE DE UMA SEGURADORA.

PARA ESSES SERVIÇOS ELA CONTRATA UMA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS. É LÍCITA ESSA TERCEIRIZAÇÃO?

RESPOSTA É: sim é lícita.

E SE OS SERVIÇOS FOREM PRESTADOS DENTRO DAS DEPENDÊNCIAS DA SEGURADORA? AINDA É LÍCITA.

MAS SE OS TRABALHADORES ESTIVEREM SUBORDINADOS DIRETAMENTE AO GERENTE EMPREGADO DA SEGURADORA?

RESPOSTA É: Não. Aí vai incidir o art. 3º da CLT.

“Art. 4o-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: (condições específcas – não há equivalência entre os direitos) I - relativas a:

a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios;

b) direito de utilizar os serviços de transporte;

c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado;

d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir.

II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço.

§ 1o Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo.

DIREITOS - TÊM EQUIVALÊNCIA NA TERCEIRIZAÇÃO PROPRIAMENTE?

QUAL É A LÓGICA DA TERCEIRIZAÇÃO?

TERCEIRIZAÇÃO PRÓPRIA, ESTRITA É: A TOMADORA DOS SERVIÇOS DELEGA PARA A TERCEIRIZADA UMA ATIVIDADE DETERMINADA.

A LEI DIZ: Art. 4º A Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. 

A IDÉIA É QUE: A TOMADORA NÃO VAI CONCORRER COM A PRÓPRIA TERCEIRIZADA NA ATIVIDADE QUE TERCEIRIZA ....

SEGUNDO PROFº CALVET (Já há muito tempo) – NÃO PODE HAVER TERCEIRIZAÇÃO PARCIAL DE UMA ATIVIDADE...

POR QUE?

UMA ESCOLA EM QUE TENHA PROFESSORES TERCEIRIZADOS E PROFESSORES CONTRATADOS DIRETAMENTE. SERÁ QUE PODE?

DISCRIMINAÇÃO? SUB- CLASSE DE PROFESSORES?

PROFESSOR COM 44 HORAS – PROFESSOR ESPORÁDICO?PODE? SIM. Profº de PÓS GRADUAÇÃO, POR EXEMPLO. MINISTRA 06, 07 ou 10 AULAS DURANTE O ANO. PODE SER TERCEIRIZADO, PODE SER PJ, PORDE SER AUTÔNOMO ...

PRINCÍPIO DA ISONOMIA = TERCEIRIZAÇÃO PARCIAL FERE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

NESSE CASO PODE:

a) SER DECLARADA A NULIDADE DO CONTRATO DE TERCEIRIZAÇÃO. b) SER DECLARA A RESPONSABILIDADE DE AMBAS AS EMPRESAS E

REPARADO O PREJUÍZO DO TRABALHADOR.

TERCEIRIZAÇÃO PARCIAL = PRECARIZA E FERE A ISONOMIA = REJEITAR ESSA POSSIBILIDADE TRAZ UM FREIO NESSA POSSIBILIDADE.

CASO DE TERCEIRIZAÇÃO PARCIAL /ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

ISONOMIA ?

Trabalhador concursado é diferente daquele da terceirização ilícita. Contrato nulo – recebe uma indenização. Súmula 363 do TST.

Súmula nº 363 do TSTCONTRATO NULO. EFEITOS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.

 

POSSIBILIDADE DE QUARTEIRIZAÇÃO:

A PRESTADORA DE SERVIÇOS PODE SUBCONTRATAR.

TALVEZ AQUI A FRAUDE SEJA MAIS FÁCIL. PODE OCORRER AQUI UMA INTERMEDIAÇÃO INDEVIDA DE MÃO DE OBRA.

EXEMPLO DE SUBCONTRATAÇÃO LEGAL: quando a empresa é muito grande; tem várias atividades terceirizadas e precisa de uma empresa de administração e controle desses contratos.

APESAR DOS PESARES - PONTO POSITIVO:

lei 13429/2017 – alterou a Lei 6019/74

Art. 10º.

§ 7o  A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.” (NR) 

Art. 5º-A.

§ 5o  A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no

 8.212, de 24 de julho de 1991.                     (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)

UMA CRÍTICA:

INTERMEDIAÇÃO – aqueles que estão prestando serviços nas dependências da tomadora tem acesso a:

t. 4o-C.  São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições:

I - relativas a:a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios;b) direito de utilizar os serviços de transporte;c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado;d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir.II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço.

ISTO QUER DIZER QUE É DE GRAÇA?

QUE A TOMADORA DOS SERVIÇOS É OBRIGADA A OFERECER GRATUITAMENTE?

NÃO.

TRATA-SE DO ACESSO A ESTES BENEFÍCIOS.

VAI SURGIR UMA QUESTÃO:

UMA EMPRESA TERCEIRIZADA TEM PESSOAL QUE TRABALHA PARTE NAS DEPEND^NEICAS DA TOMADORA E OUTRA PARTE NÃO ... PODERÃO TER ACESSO A CONVÊNIO MÉDICO DIFERENTE, POR EXEMPLO...

E AÍ SERÁ DISCRIMINAÇÃO?

§ 1o  Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo.

Será?

§ 2o  Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.”

- Cogitando da possibilidade de não ter como atender todo o pessoal terceirizado (??).

JURISPRUDÊNCIA E REFLEXÕES

Antes e depois da reforma trabalhista

-- NOTÍCIAS DE QUE A CEF VAI CONTRATAR BANCÁRIOS TEMPORÁRIOS

https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2017/08/epoca-negocios-caixa-economica-abre-caminho-para-contratar-bancarios-terceirizados.html

ATIVIDADE BANCÁRIA – MUDOU A FORMA: HOJE A MAIOR PARTE DOS SERVIÇOS BANCÁRIOS É REALIZADA À DISTÂNCIA... POSSÍVEL A TERCEIRIZAÇÃO.

SE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS FOR NA AGÊNCIA – A FRAGILIDADE DOS CONTRATANTES SERÁ MAIOR – ESPECIALMENTE SE NÃO SE ENQUADRAR:

1. SERVIÇO DETERMINADO E ESPECÍFICO 2. SEM SUBORDINAÇÃO

O ESFACELAMENTO DA CATEGORIA PROFISSIONAL

- PODE ACONTECER? PODE.

- MAS UM SINDICALISMO VERDADEIRO PODE SE TORNAR EXTREMAMENTE MAIS FORTE.

- SE AS PREMISSAS FOREM: REPRESENTATIVIDADE EFETIVA, HONESTIDADE E DEFESA SIM DOS INTERESSES DOS TRABALHADORES.

- NO MOMENTO – A SITUAÇÃO É CRÍTICA – SINDICATOS QUANDO NÃO SÃO PELEGOS SÃO ACOMODADOS PORQUE A RENDA ERA CERTA – SEM NENHUM ESFORÇO.

- SITUAL ATUAL: AS PIORES NORMAS COLETIVAS SÃO AQUELAS DOS TRABALHADORES TERCEIRIZADOS.

- POR QUE RAZÃO .... PRESTADORA DE SERVIÇOS – NÃO Há uma classe reunida em torno dessa empresa...

- TRABALHO INFORMATIZADO À DISTÂNCIA – TAMBÉM ELIMINA O SENTIMENTO DE CLASSE