técnicas de terapia comportamental

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Técnicas de Terapia Comportamental De acordo com Knapp (2004), todos os experimentos comportamentais têm um elemento cognitivo e a modificação das distorções cognitivas se dá também por meio das técnicas comportamentais. Sabe-se que o objetivo das técnicas ou intervenções comportamentais é aumentar o comportamento positivo enquanto diminui o negativo. Sendo assim subentende-se que o engajamento em um comportamento traz resultados positivos, aumenta a autoeficácia do indivíduo e estimula o empenho em novos comportamentos mais adaptativos. Diversas são as técnicas da terapia comportamental, entre elas, destaque para: Exposição in vivo Semelhante a dessensibilização, exceto pelo fato de que o cliente realmente experimenta cada situação. Exposição com prevenção de respostas. Confrontar uma situação ou estímulo temido. Ex.: o paciente obsessivo-compulsivo é instigado a refrear a lavagem de suas mãos após mergulhá-las em água suja. Flooding ou Inundação É uma modalidade de exposição in vivo em que um indivíduo fóbico é exposto ao objeto ou situação mais temido por um período prolongado sem oportunidade de fugir. Reforçamento seletivo Reforço de comportamento específico, muitas vezes mediante o uso de fichas que podem ser trocadas por recompensas. Modelagem Segundo Atkinson (2002), consiste em reforçar somente variações de respostas que se desviam na direção desejada pelo experimentador. Na técnica de modelagem “o terapeuta modela a resposta/comportamento que se deseja” (RANGÉ, 2004), ou seja, ele reforça apenas os comportamentos desejados. Modelação (imitação) É o processo pelo qual uma pessoa aprende comportamentos observando e imitindo os outros. É um método bastante eficaz de mudança de comportamento, pois uma vez que observar os outros é uma das principais formas humanas de aprender, assistir a pessoas que estão apresentando comportamento adaptativo ensina

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As principais técnicas de TCCResumo sobre técnicas cognitivas

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Page 1: Técnicas de Terapia Comportamental

Técnicas de Terapia Comportamental

De acordo com Knapp (2004), todos os experimentos comportamentais têm um elemento cognitivo e a modificação das distorções cognitivas se dá também por meio das técnicas comportamentais.Sabe-se que o objetivo das técnicas ou intervenções comportamentais é aumentar o comportamento positivo enquanto diminui o negativo. Sendo assim subentende-se que o engajamento em um comportamento traz resultados positivos, aumenta a autoeficácia do indivíduo e estimula o empenho em novos comportamentos mais adaptativos.Diversas são as técnicas da terapia comportamental, entre elas, destaque para:

Exposição in vivoSemelhante a dessensibilização, exceto pelo fato de que o cliente realmente experimenta cada situação.

Exposição com prevenção de respostas.Confrontar uma situação ou estímulo temido. Ex.: o paciente obsessivo-compulsivo é instigado a refrear a lavagem de suas mãos após mergulhá-las em água suja.

Flooding ou InundaçãoÉ uma modalidade de exposição in vivo em que um indivíduo fóbico é exposto ao objeto ou situação mais temido por um período prolongado sem oportunidade de fugir.

Reforçamento seletivoReforço de comportamento específico, muitas vezes mediante o uso de fichas que podem ser trocadas por recompensas.

ModelagemSegundo Atkinson (2002), consiste em reforçar somente variações de respostas que se desviam na direção desejada pelo experimentador. Na técnica de modelagem “o terapeuta modela a resposta/comportamento que se deseja” (RANGÉ, 2004), ou seja, ele reforça apenas os comportamentos desejados.

Modelação (imitação)É o processo pelo qual uma pessoa aprende comportamentos observando e imitindo os outros. É um método bastante eficaz de mudança de comportamento, pois uma vez que observar os outros é uma das principais formas humanas de aprender, assistir a pessoas que estão apresentando comportamento adaptativo ensina melhores estratégias de enfrentamento as pessoas com respostas inadaptativas. A modelação é eficaz na superação de medos e ansiedades porque oferece uma oportunidade para observar outra pessoa passar pela situação geradora de ansiedade sem se ferir. 

Ex.: O terapeuta emite comportamentos assertivos durante a sessão que podem ser copiados pelo cliente e reproduzidos.

Ensaio comportamentalNessa técnica o paciente dramatiza o comportamento que planeja conduzir fora da terapia. Ex.: O paciente pode demonstrar como ser assertivo mediante um diálogo com seu chefe.

Hierarquia de respostas/estímulosNessa técnica tem-se uma lista de situações ou respostas, das mais temidas até as menos temidas, para serem usadas em exposição.

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Ex.: O paciente e o terapeuta fazem uma lista de situações ou comportamentos que o primeiro teme, com hierarquia de temor. O paciente fóbico de elevador coloca – pensar em elevador- como a menos temida e – subir de elevador o edifício mais alto da cidade-como a mais temida.

AutorrecompensaDe acordo com Knapp (2004), usar autoelogio, gratificações e reforços concretos para incrementar comportamentos desejáveis. Ex.: o paciente pode se recompensar com consequências positivas tangíveis (uma comida, um filme, um presente ou um comportamento prazeroso) ou com autoafirmações positivas (“estou orgulhoso de mim mesmo por tentar”).

Treinamento de RelaxamentoRelaxar diferentes grupos musculares em sequência, imaginar imagens relaxantes, praticar exercícios de respiração.

ReforçoPara Skinner, segundo Myers (1999), recompensa é representado pela palavra “reforço”, que pode ser conceituada como qualquer evento que aumente a frequência de uma reação precedente. Assim o reforço pode abranger uma série de ações, como um elogio ou uma salva de palmas. Existem dois tipos básicos de reforço, o positivo e o negativo. Reforço positivoO reforço positivo é capaz de fortalecer uma reação quando oferece um estímulo logo após esta reação. Ele aumenta a probabilidade de um comportamento pela presença (positividade) de uma recompensa (estímulo).

Reforço negativoO reforço negativo é capaz de fortalecer uma reação quando remove algum tipo de estímulo aversivo. Ele aumenta a probabilidade de um comportamento pela ausência (retirada) de um estímulo aversivo (que cause desprazer) após o organismo apresentar o comportamento pretendido.Segundo alguns autores, o que difere um reforço positivo de um reforço negativo é que o primeiro consiste em inserir um estímulo reforçador no ambiente e o segundo consiste em retirar um estímulo aversivo. 

Ex. 1: comportamento de estudar bastante é reforçado pelo estímulo reforçador de se receber uma boa nota, de modo que a boa nota é um reforço positivo. Ex. 2: desligar o telefone durante uma conversa desagradável retirará do ambiente um estímulo aversivo, que é a conversa, de modo que desligar o telefone é um reforço negativo.

PuniçãoA punição é um estímulo aversivo que reduz a probabilidade do comportamento.  A punição pode ser positiva e negativa:

- Punição Positiva.Inseri-se no ambiente um estímulo aversivo: Ex.: um puxão de orelha.

- Punição Negativa.Retirada de um estímulo reforçador do ambiente: Ex.: proibição que uma criança receba de assistir televisão.