tdtonline magazine março/abril 2009
DESCRIPTION
Edição de Março/Abril de 2009 da TDTOnline Magazine cujo tema de destaque é a mudança no site do TDTOnline.TRANSCRIPT
1
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
2
Março /Abril
TDTOnline Magazine
Fundador: Fernando Leite
Administração: Marlene Brandão e Carolina Gasiba
Responsável de Conteúdo: Susana Monteiro
Colaboração por área profissional: Anatomia Patológica: Marta Ribeiro, Nuno Silva
Dietética: Cecília Santos
Farmácia: Nuno Marques, David Estêvão
Higiene Oral: Ricardo Pingo
Design e Redacção: Henrique Pimenta, Joel Graça
Colaboração Geral: Sílvia Silva e Vítor Paiva
Neurofisiologia: Daniel F. Borges, Joana Ribeiro
Ortoprotesia: Ana Vinagre, Cátia Frade
Ortóptica: Luís Martins, Andreia Guerreiro
Terapia Ocupacional: Juliana, Diana
Todos os artigos publicados na TDTOnline Magazine são da total e exclusiva responsabilidade dos seus autores.
É interdita a reprodução total ou parcial do conteúdo da TDTOnline Magazine.
Contacto Tecnologias da Saúde Online: [email protected]
Contacto TDTOnline Magazine: [email protected]
Sumário Editorial | 3
A Fisioterapia e o Serviço Nacional de Saúde: a
realidade incontornável – Artigo de Opinião 4 |
Os que estão em crise e os que se
aproveitam da crise – Artigo de Opinião
| 6
As novidades no site do TDTOnline 7|
Caracterização e comparação do percurso
académico e profissional da profissão de técnico
de Anatomia Patológica em Portugal e Reino Unido
| 9
Carcinoma do Endométrio 15|
Sabia que… - Datas a recordar em
Saúde e Ciência… | 21
Casos Clínicos do Radiology Picture of
the Day
25|
3
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
Editorial
Caros leitores e utilizadores do TDT Online,
Nesta edição o destaque vai sem dúvida para a fantástica
reformulação que o portal e o fórum receberam. Pois é, o
nosso webmaster surpreendeu-nos, mais uma vez, com
esta fantástica ideia. E com este novo look, o TDT Online, de
facto, não poderia ter celebrado de melhor forma a entrada
da Primavera. Lanço desde já o convite para espreitarem o
artigo do nosso webmaster, aqui nesta edição do TDT
Online magazine, onde ele desvenda todas as mudanças e
aplicações deste novo formato.
E porque para muitos de vocês pode ter passado
despercebido, vou aqui fazer uma chamada de atenção
especial para a nossa mais recente “aquisição” da equipa
TDT Online. O nosso Joel (TDT Online webdesigner)
substituiu o Henrique nesta edição março/abril da
magazine, e fez um excelente trabalho como decerto
muitos de vocês concordarão comigo. Sê benvindo, Joel
Graça!
E porque o TDT Online não pára de surpreender, e também
porque desejamos que a inovação e a criatividade sejam
sempre a nossa imagem de marca, desta vez a próxima
surpresa será no layout da TDT Online magazine. O TDT
Online já tem alguns melhoramentos planeados e ideias
delineadas, no entanto, porque queremos oferecer sempre
o nosso melhor, uma pausa na publicação da magazine será
fundamental para solidificar ideias e criar um bom projecto.
Assim sendo, a próxima edição da TDT Online magazine
será a de Julho/Agosto, com lançamento previsto para os
primeiros dias de Julho de 2009. Lamentamos que a pausa,
apesar de curta, seja mesmo necessária e pedimos a
compreensão de todos os leitores da TDT Online magazine.
Agora que já deixamos todos os recados, foquemo-nos em
tudo que esta edição tem para vos oferecer.
Para abrir, contamos com os habituais artigos de opinião,
desta vez com uma opinião acerca da fisioterapia e o
serviço nacional de saúde e outra opinião que nos fala da
tão badalada crise.
Numa altura em que tanto se fala da emigração como
resposta à falta de emprego, decidimos incluir uma
monografia que faz a comparação da carreira de técnico de
anatomia patológica em Portugal e no Reino Unido. Depois,
seguimos com um artigo que nos descreve um dos mais
comuns tipos de neoplasia na mulher, o carcinoma do
endométrio e terminamos com três casos clínicos de
radiologia.
Em nome da toda a equipa do TDT Online resta-me desejar
a todos os leitores uma óptima leitura e... até Julho!
Susana Monteiro
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
4
Março /Abril
Artigo de Opinião Luís Coelho, 2009
A Fisioterapia e o
Serviço Nacional de
Saúde: a realidade
incontornável
O nosso país possui o hábito
insuportável de manter certas
atitudes comportamentais do foro educativo e
administrativo por um tempo incomensuravelmente longo
mesmo quando se provou estarem magistralmente erradas.
Por exemplo, é certo que o emprego nas profissões de
saúde não é mais o oásis que constituiu no passado, mas
ainda assim o Sistema vai permitindo a abertura de novos
cursos, com novas vagas, em escolas e universidades
particulares, muitas delas de qualidade muito questionável.
E tal hábito tornou-se apanágio irreversível da Fisioterapia,
com o surgimento de quase quinze novas escolas nos
últimos dez anos.
Acontece que o aumento exponencial do número de
fisioterapeutas criou dificuldades de emprego numa
profissão que não as possuía ainda há cinco ou seis anos
atrás. Agora, com tantos terapeutas espalhados pelo
mercado, e perante a crise de criatividade do mesmo no
concernante à criação de projectos e novas actividades de
inclusão do terapeuta, o desemprego entre os
fisioterapeutas torna-se uma realidade gritante e cada vez
menos contornável.
Ninguém questiona a utilidade destes profissionais, assim
como não é obrigatoriamente criticável a entrada dos
mesmos em novos modelos de trabalho como o Fitness e o
Wellness. Mas o que é certamente questionável é o tipo de
fisioterapia que se realiza nas tantas e tantas clínicas que
por aí abundam, com os fisioterapeutas, por serem
demasiados, a ganharem progressivamente menos. Mas a
qualidade da Fisioterapia praticada nas clínicas e outro tipo
de serviços não é reflexo somente dos ganhos dos
terapeutas. É reflexo de todo um conjunto de expectativas
relativamente às possibilidades da Fisioterapia – cada vez
mais débeis entre os próprios doentes – assim como
depende irrefutavelmente do tipo de investimento que as
clínicas realizam em termos da qualidade dos serviços. E se
essa qualidade é cada vez menor, com fisioterapeutas a
tratarem muitas vezes cinco a dez doentes por hora, é
porque, a curto termo o terapeuta não possui
possibilidades de aplicar as técnicas mais “luxuosas” que
aprendeu na sua formação e pós-graduações, a médio
termo os médicos fisiatras que regulam os serviços não
entendem as possibilidades da Fisioterapia (e aqui muito
pode ser dito...), e a longo termo é o próprio Estado que
não quer investir num tipo de cuidados de saúde
destinados aos idosos, população já não activa e, portanto,
não contributiva.
Se é importante o próprio terapeuta e a sua Associação
agirem junto do Estado no sentido de divulgar a qualidade
dos seus serviços e funções, assim como a importância da
manutenção de uma “quarta idade” activa (nem que seja
por um determinado compromisso ético), mais importante
é ainda que o próprio sistema hierárquico, inerente ao
funcionamento das clínicas, sofra uma mudança de
paradigma. Decerto muitos dos futuros fisioterapeutas que
agora tiram os seus cursos não se apercebem que, na sua
maioria, irão ficar sob o jugo intrépido da coordenação
científica de um médico fisiatra. E, se todos nós
(profissionais de saúde) sabemos que já vão longe os
tempos em que o médico era visto como uma figura sábia,
munida por uma atitude de deificação (por parte dele
mesmo e dos doentes), ainda vem longe o tempo em que o
fisioterapeuta virá a ser adequadamente respeitado tanto
por “colegas” como pelos próprios doentes. Na atitude de
médicos e até de certos terapeutas, para além de doentes e
outros trabalhadores que lidam directamente com os
fisioterapeutas, os terapeutas ainda são vistos como uma
força de trabalho manual, uma força sem inteligência,
como se o trabalho com o doente, munido de um poderoso
processo fenomenológico, e portanto, único, singular e
irrepetível, fosse possível de se realizar por uma mera “mão
de obra”. Mas se os argumentos de uma “fenomenologia
crítica” são insuficientes, pensemos ao menos no esforço
de constituição de um crescente “corpus” científico entre
os fisioterapeutas, crescentemente formados (em termos
de formação pós-graduada), mestres e doutores. Tudo isto
e muito mais deveria ajudar no necessário processo de
5
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
desalienação desta nossa sociedade portuguesa tão dada
aos “dr.s”, como é próprio das sociedades perigosa e
estultamente neo-liberais. Eu, que sou partidário de uma
visão pós-marxista da sociedade (como aquela que é
partilhada entre os filósofos da escola de Frankfurt), vejo
nas profissões de saúde como a Fisioterapia uma
necessidade crescente de introjecção de uma forçosa
consciência sociológica, adequada aos novos modelos de
visão da Saúde Global e holística, num modelo que,
oficialmente, é crescentemente bio-psico-social.
Este modelo não é praticável no domínio de uma
Fisioterapia gerida por códigos de Medicina Física e de
Reabilitação, prescrições médicas como se a saúde fosse
positivamente estática (efectuadas por médicos que
comummente sabem menos sobre Fisioterapia que os
próprios fisioterapeutas), credenciais que consubstanciam
o parco pagamento desses códicos prescritivos (ainda por
cima como uma necessária limitação numérica), como se a
Fisioterapia não passasse de um processo limitante,
associado ao tratamento do doente por partes do corpo ou
secções (como se um doente não fosse um Todo...),
segundo um paradigma totalmente perdulário porque
aberto à fractura sistémica.
A Fisioterapia é uma ciência, mas é sobretudo uma Arte,
segundo a qual o doente deve ser respeitado na sua
Globalidade morfo-psico-analítica, e tal visão não é
consubstanciável sob o jugo de prescritores médicos ou
governamentais. Quando vivemos num Sistema em que o
fisioterapeuta é substituído nas suas tarefas por auxilares
de parca formação, restringindo-se a tarefas, que devido ao
grande número de doentes, são cada vez mais de gestão e
de “exercício activo”, num tipo de Fisioterapia
transformada em “número de sessões” e “limite de partes
do corpo a tratar” (restringido pelos códigos das
credenciais) perdemos, no fundo, o contacto e o respeito
pelos doentes, assim como perdemos o contacto e o
respeito pela nossa própria dignidade profissional e
intelectual.
É bom que os estudantes de Fisioterapia sejam alertados
desta realidade ainda durante a formação base, pois a sua
grande formação científica esbarrará com a incontornável
realidade pragmática do Sistema, o que, não obstante
todas as batotas e “fugas” que possam ser realizadas pelo
profissional, criará uma necessária (mas não obrigatória)
frustração.
Não há, contudo, razão para o total desânimo. Cabe ao
terapeuta, ao novo profissional, valorizar-se, formando-se,
estimando-se intelectualmente, e negando-se a contextos
pouco dignos de trabalho, contribuindo, dentro dos
possíveis, para a construção de uma Fisioterapia
crescentemente especializada, cientificada e autónoma. É o
desafio eutópico para o futuro! ■
Veja toda a informação sobre as V Jornadas Técnicas de
Imagiologia da ESSUA. Clique aqui.
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
6
Março /Abril
Artigo de Opinião Liliana Silva, 2009
Os que estão em
crise e os que se
aproveitam da crise
Todos nós sabemos do
momento crítico que o
mundo está a atravessar ao
nível económico, o que se reflecte em muitos outros
campos da nossa vida, nomeadamente na nossa
estabilidade emocional e na nossa saúde. Acho que posso
dizer que, segundo a definição de saúde da OMS, neste
momento estamos todos meio adoentados, para não
utilizar um termo mais drástico. Diz o povo, de forma sábia,
que “em casa onde não há pão todos ralham e ninguém
tem razão”. É o caso do casal que quer formar família, mas
não consegue contrair um empréstimo para a casa. É o caso
da família já formada que precisa de mais espaço, de um
carro maior, e de outros bens porque têm um novo
membro a caminho, e não consegue fazer esticar o pouco
que recebe. É o caso dos pais que querem dar uma
educação superior aos filhos, mas que estão
desempregados ou cujos patrões não lhes pagam os
ordenados, e como tal não há como pagar as proprinas. É o
caso do jovem recém-licenciado que quer criar a sua
independência, direccionar a sua vida e vê as suas asas
cortadas mal começa a tentar voar. Isto, só para falar de
casos de pessoas que, à partida, não têm problemas graves
de saúde, mas que estão a ficar gravemente doentes pela
falta que lhes faz a sua saúde social. Estamos numa altura
de crise financeira, mas mais do que isso, estamos cada vez
mais num clima de crise social.
O pior de tudo isto é que há quem esteja
realmente em crise e há aqueles que se aproveitam da
crise. E hoje, em particular, refiro-me a empresários que,
não digo sem esforços, mas que conseguirão superar a crise
sem grandes perdas. Quantas das empresas que estão sem
pagar os salários dos seus funcionários necessitam mesmo
de ficar a dever? Quantas das empresas que provocam o
aumento do número de desempregados todos os dias,
estão mesmo em tão má situação que os obriga a dispensar
os serviços destas pessoas? Quantas das empresas que vão
pedir apoios à segurança social e ao governo precisam de
facto deles? Quantas das empresas que deixam de recrutar
pessoal, sobrecarregando os funcionários que têm com
trabalho extra, precisarão mesmo de o fazer? Quantas das
empresas que recusam aumentos de salário aos seus
funcionários têm realmente necessidade de congelar estes
justos aumentos? Infelizmente, há muitas empresas que
estão a aumentar os seus lucros à custa dos funcionários
que foram despedidos/dispensados. Ainda hoje vi uma
notícia sobre uma dessas empresas, uma empresa de
renome a nível nacional, que deveria ser das primeiras a
dar o exemplo. Aumentou significativamente os seus lucros,
quando despediu cerca de 300 funcionários. “...é
moralmente errado.”, dizia um comentador. Pois é,
moralmente errado, mas neste mundo de interesses e
lobbys quem é que está interessado no que é moralmente
correcto? Isto leva-me a mais uma tecla fortemente batida.
A crise é, também, de valores. De valores monetários, de
valores sociais e de valores morais. Estamos todos num
mesmo barco que, se fosse conduzido por todos para o
mesmo lado, levaria um rumo certo e, talvez, seguro.
Assim, com cada um a remar para o seu lado e a usar a
máxima do “homem ao mar, desde que não seja eu está
tudo bem”, não vamos lá.
Esta é mais uma crise, como tantas outras pelas
quais a sociedade já passou ao longo da história e que,
espero, como estas também deverá passar. Só espero é
que, no final, as feridas não sejam demasiado profundas,
deixando incapacitados muitos de nós. Será que esta
tempestade trará a bonança? ■
7
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
TDTOnline
Henrique Pimenta, 2009
As novidades no site do TDTOnline
Afirmar que o Tecnologias da Saúde Online assume,
actualmente, um papel de destaque ao nível da divulgação
e comunicação de, para e entre muitos dos profissionais
das Tecnologias da Saúde, não será, certamente,
censurável. Não obstante, para que esse papel seja
cumprido cada vez melhor e em maior escala é necessário
que o site se vá ajustando às necessidades dos utilizadores
e à evolução da própria Internet.
Durante a sua não muito longa história, o TDTOnline sofreu
algumas alterações sobretudo ao nível dos softwares que
servem de base ao fórum e ao portal, porque estes tinham
graves incompatibilidades com browsers que se começam a
assumir actualmente (falo obviamente do Mozilla Firefox)
ou porque o próprio software, por si só, ficou obsoleto e
pouco funcional quando comparado com as alternativas
existentes ou mesmo com os seus upgrades. A última
destas mudanças conjugou uma evolução conjunta entre o
Portal e o Fórum culminando numa fusão entre estas duas
áreas que, até agora, sempre estiveram bastante afastadas
tanto ao nível visual como ao nível dos próprios conteúdos.
Esta foi, sem dúvida, a grande conquista (se é que se pode
usar este termo) desta última mudança no TDTOnline,
deixamos de ter um portal e um fórum para passar a ter um
site com um aspecto uniforme onde, obviamente, se
destacam a página inicial (portal) e a área de discussão
(fórum).
Vamos então explorar cada uma das áreas destacando os
seus pontos fortes.
O Portal (página inicial) está agora mais voltado para o
Fórum, isto é, mais voltado para a comunidade e as suas
conversas/discussões. Existe um bloco com títulos
noticiosos que vai “beber” o seu conteúdo à secção do
fórum com o mesmo nome, o que permite que qualquer
utilizador coloque uma notícia no site e esta possa receber
comentários de qualquer membro do TDTOnline. Foi
integrada uma funcionalidade do Google (Google calendar)
que permite organizar no formato de calendário os eventos
que vão sendo divulgados no TDTOnline para facilitar a
consulta. Instalou-se uma shoutbox para que os utilizadores
possam “enviar recados” de uma forma rápida e eficiente
para todos os membros e visitantes do TDTOnline. Passa,
ainda, a ser possível efectuar login logo no portal e assim
ter a possibilidade de aceder directamente às zonas
reservadas aos membros, a partir do Portal. Mantém-se o
acesso aos conteúdos mais estáticos (como são exemplo a
legislação o a lista de escolas das Tecnologias da Saúde)
através do Portal, tal como existia anteriormente.
Figura 1 – Bloco de Notícias existente no novo Portal
Figura 2 – Calendário de Eventos disponível no novo Portal
As mudanças que ocorreram no fórum, sendo menos
relevantes e em menor número, centraram-se sobretudo
ao nível da organização, para que a integração com o novo
portal seja a mais adequada. Foi criado um sub-fórum para
divulgação de notícias dentro da secção de Debate e
Opinião, sendo esta a fonte das notícias que surgem no
Portal.
A TDTOnline Magazine tem vindo a merecer, cada vez mais,
um lugar de destaque no Tecnologias da Saúde Online.
Neste sentido, foi-lhe dada particular atenção durante este
processo de remodelação. Para além da integração da
página dedicada à TDTOnline Magazine no template base
do site, foi introduzido também um sistema de visualização
em formato flash que a permite visualizar directamente no
site num modo de leitura que simula uma revista física;
permite um melhoramento na fluidez da leitura - na
medida em que deixa de ser necessário carregar todo o
documento antes de começar a ler, passando este a ser
carregado gradualmente de acordo com a vontade do
utilizador/leitor - e oferece uma série de outras funções, à
semelhança dos leitores de PDF, onde se destacam os
melhoramentos visuais associados sem um esforço
acrescido para o computador. Na secção da TDTOnline
Magazine está, ainda, disponível o documento PDF para
quem preferir fazer download e visualizar mais tarde,
porventura offline. Convém referir que a ferramenta de
visualização é uma integração disponibilizada pelo
issuu.com, uma espécie de biblioteca online
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
8
Março /Abril
completamente grátis onde qualquer pessoa pode publicar
e consultar documentos sempre com um ambiente de
fundo que faz lembrar uma verdadeira biblioteca.
Figura 3 – Novo sistema de Visualização da Magazine
A integração de ferramentas Google estendeu-se ainda ao
motor de busca do site com o objectivo de apresentar quer
os resultados de pesquisa do fórum, quer os do portal. No
entanto, continua a ser possível efectuar pesquisas apenas
nos tópicos, ficando a decisão à escolha do utilizador.
A merecer destaque está também a criação de dois Feeds
RSS, um deles que lista todos os novos tópicos do fórum e
outro que mostra as notícias mais recentes que são
colocadas na respectiva secção. Para quem desconhece o
conceito dos Feeds RSS talvez seja um pouco complicado
entender, à partida, a utilidade destas funções. No entanto,
basta dizer que permitem o acesso às respectivas
informações sem a necessidade de aceder ao site (usando a
barra lateral do Windows Vista, por exemplo) para se
compreender que se tratam de funcionalidades úteis e
interessantes.
Figura 4 – Feeds RSS
Por fim, destaque para mais uma ferramenta integrada do
Google – fica aqui o registo do agrado e agradecimento
pelas fantásticas ferramentas gratuitas desenvolvidas por
esta companhia – cuja conquista foi resumida pelo Google
na seguinte frase “Receba sugestões em vez de mensagens
de erro”. É isso mesmo, a partir de agora, sempre que se
enganar e introduzir um endereço do domínio tdtonline.org
inválido, receberá a respectiva mensagem de erro (erro 404
– página não encontrada) mas receberá também
informações úteis para encontrar aquilo que realmente
procura, para além de ter disponível um pequeno
formulário de pesquisa para procurar dentro do TDTOnline.
Esta ferramenta permite que, por exemplo, ao introduzir o
endereço: www.tdtonline.org/forumn (coloquei
propositadamente um “n” no final do endereço para
simular um erro) o sistema retribua a informação de que o
endereço correspondente mais próximo é:
www.tdtonline.org/forum. Por isso já sabe, a partir de
agora não há problema caso se engane no endereço, o
TDTOnline faz o trabalho de encontrar para si aquilo que
procura!
Figura 5 – Mensagem de Erro 404
Se relativamente às funções e funcionalidades estamos
“conversados”, resta agora abordar a mudança mais
notória ao primeiro contacto, o aspecto visual do site. Tal
como referi anteriormente, o objectivo base e primordial
foi o de conseguir um aspecto transversal a todas as áreas
do site, incluindo o portal. Para além disto foi uma questão
de tentar obter um resultado mais “fresco” e mais moderno
mas, ao mesmo tempo, simples e centrado no conteúdo.
Figura 6 – Aspecto do novo Portal do TDTOnline
De uma forma geral julgo que o objectivo foi atingido,
embora ainda haja algumas arestas que possam ser
limadas, o que é corroborado pela opinião dos utilizadores
que contribuíram com o seu voto no inquérito presente no
portal sobre o novo aspecto visual, dado que mais de 85%
dos opinantes afirmaram que, pelo menos, gostaram
bastante e consideraram que está melhor que o anterior.
Tenho que admitir, no entanto, que me preocupam os
votos na opção “Não gosto mesmo”, embora sejam poucos,
e espero que não sejam sinónimo de “Não volto mais ao
TDTOnline”.
9
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
Caracterização e comparação do percurso académico e
profissional da profissão de técnico de Anatomia Patológica em
Portugal e Reino Unido Ana Filipa dos Santos Pereira, 2009
Introdução:
Os técnicos de A.P.C.T. são “profissionais de saúde
cujas actividades principais consistem em avaliar, planear e
processar amostras de tecidos e de células isoladas,
colhidas em organismos vivos e mortos, para a sua
observação óptica ou electrónica, a nível macroscópico e
microscópico. O seu trabalho visa o diagnóstico e o
prognóstico de patologias na espécie humana, destacando-
se como suas principais áreas de intervenção a histologia e
a citologia.” (Tecnologias da Saúde Online; data de última
consulta em 10 de Novembro 2008) sendo assim um
profissional importante para qualquer sistema de Saúde
mundial.
Na página Web da Comissão Europeia (data de última
consulta a 13 de Novembro de 2008), a nível das
qualificações e regulações profissionais é possível constatar
que a profissão de Técnico de Anatomia Patológica,
Citológica e Tanatológica só se encontra regulamentada em
Portugal e Espanha. Supõe-se que nos restantes países da
União Europeia a profissão tenha outra designação não
regulamentada. Mas o técnico de Anatomia Patológica é
um pilar essencial no sistema de Saúde de qualquer país e
terá de existir, mesmo que com outra designação e
características, uma profissão semelhante em qualquer país
da Europa e do Mundo.
Assim, o presente trabalho tem como objectivo
descrever e comparar as realidades académicas e
profissionais da profissão de técnico de A.P.C.T. que
possam existir em Portugal e no Reino Unido, como a
estrutura académica, a designação profissional, formação,
competências e condições de trabalho; definindo assim os
parâmetros que regem a profissão de A.P.C.T. em Portugal
e esclarecendo se a profissão de técnico de A.P.C.T. é
reconhecida no Reino Unido, ou se não, qual a profissão
semelhante existente e quais os parâmetros que a regem.
1. O técnico de Anatomia Patológica,
Citológica e Tanatológica em Portugal:
Segundo as Tecnologias da Saúde Online (última
consulta a 10 de Novembro de 2008) “Os técnicos de
anatomia patológica, citológica e tanatológica são
profissionais de saúde cujas actividades principais
consistem em avaliar, planear e processar amostras de
tecidos e de células isoladas, colhidas em organismos
vivos e mortos, para a sua observação óptica ou
electrónica, a nível macroscópico e microscópico (...)”
Segundo o documento sobre a Formação em
Anatomia Patológica face à Implementação do processo de
Bolonha em Portugal de Novembro de 2004 as actividades
específicas do técnico de A.P.C.T. “dizem respeito à área de
diagnóstico, prevenção e promoção da saúde, e da
investigação.
Na área de diagnóstico podemos enumerar
diversas competências no que diz respeito ao planeamento
e realização da recolha e processamento de produtos
biológicos, tais como: planeamento e aplicação de técnicas
histológicas, imunocitoquímicas e moleculares em amostras
de tecidos; planeamento e realização de exames
extemporâneos e inter-operatórios; planeamento e
realização de técnicas citológicas, procedendo à
identificação e avaliação do material celular recolhido;
planeamento e controlo de diversas fases do processo
técnico, identificando e avaliando as inúmeras
características e especificidades químicas, físicas e
biológicas das técnicas utilizadas; colaboração na realização
de autópsias no âmbito da tanatologia clínica ou forense,
intervenções cirúrgicas, nomeadamente na colheita e
aplicação de técnicas em amostras de tecidos para análise;
planeamento e montagem de peças anatómicas para fins
de investigação, ensino e formação; efectua controlo de
qualidade em todas as fases do processo técnico e/ou dos
resultados obtidos; elabora relatórios técnicos das técnicas
aplicadas e dos exames efectuados.
2. As possíveis áreas de intervenção do
técnico de A.P.C.T no Reino Unido
Segundo o NHS (National Health Service) existe no Reino
Unido uma grande variedade de empregos e áreas no NHS
dentro do sector das Life Sciences. Existem os biomedical
scientists que levam a cabo várias técnicas laboratoriais
com a finalidade de proporcionar material que o médico
possa avaliar e diagnosticar; existe ainda os clinical
scientists que são especialistas numa área da ciência ou
engenharia em particular e que aplicam a sua especialidade
na medicina e ainda os clinical support workers que
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
10
Março /Abril
trabalham em conjunto com os biomedical scientists e com
os clinical scientists proporcionando-lhes apoio técnico. A
NHS divide as life science em três áreas: Patologia, Genética
e Embriologia. Em Patologia os técnicos de saúde
investigam a causa de determinadas patologias e o seu
progresso. Nesta área enquadram-se tanto os biomedical
scientists como os clinical scientists, entre outros
profissionais de saúde. Em Genética, os técnicos exploram o
comportamento genético das doenças. Aqui inserem-se os
Clinical Scientists da área da genética molecular e
Citogenética. E a área de Embriologia é a área dos clinical
scientists onde os técnicos “criam vida” e solucionam o
problema da infertilidade.
Assim segundo a NHS, última consulta a 03 de
Dezembro de 2008, as diferentes áreas das life sciences
onde se enquadram as qualificações e as competências do
técnico de Anatomia Patológica são:
- Biomedical Scientists: esta é a principal área
onde o técnico de A.P.C.T. encontra equivalências de
competências, como a Histopatologia e a Citopatologia.
- Clinical Scientists: esta área inclui a Citogenética
que é uma área que o técnico de A.P.C.T está qualificado
para trabalhar. Segundo a NHS, o clinical scientist deve
possuir um curso superior com bases de genética, biologia,
microbiologia ou bioquímica (normalmente é o curso de life
sciences, física ou engenharia), entre outras possibilidades
académicas. O clinical cytogeneticist é o profissional perito
no estudo dos cromossomas que são extraídos do sangue,
tecidos vários, medula óssea e outros fluidos orgânicos
para o diagnóstico de doenças hereditárias. As técnicas
utilizadas incluem a cultura de células, análise microscópica
da metáfase cromossomática, fluorescência in situ, técnicas
de hibridação e análises de imagem.
- Técnicos de Anatomia Patológica: estes são os
técnicos que no Reino Unido trabalham na mortuária.
Segundo a Association of Anatomical Pathology
Techonology, última consulta a 03 de Dezembro de 2008, o
técnico de Anatomia Patológica tem à sua responsabilidade
várias tarefas relacionadas com o trabalho efectuado nas
mortuárias. Este técnico assiste os médicos Patologistas
durante os exames post-mortem e trabalham nos serviços
mortuários dos hospitais do NHS ou em mortuárias públicas
locais.
- Técnico de citologia (cervical screening): esta é a
designação equivalente ao Citotécnico Português, com a
diferença de estar limitado ao screening ginecológico. Os
técnicos de citologia são supervisionados pelos biomedical
scientist mas são responsáveis pelos seus actos, havendo
por isso um grande nível de responsabilidade envolvida.
3. Resumo dos Principais pontos de comparação entre Portugal e Reino Unido no que
refere ao percurso académico e profissional do técnico de Anatomia Patológica (e profissões
semelhantes):
Tabela I - Características do Sistema de Ensino em Portugal e Reino Unido
Portugal Reino Unido
Quem regula o sistema de Ensino
- Ministro da Educação
- Ministro da Ciência, tecnologia e Ensino Superior
- A nível do Governo Central: The Department for Children, Schools and Families, entre outras
- A nível do Governo local: autoridades locais e órgãos dirigentes das instituições de educação e ensino.Todos da responsabilidade do Secretariado de Estado
Níveis de Educação Escolar
- Ensino Básico
- Ensino Secundário
- Cursos de formação e educação equivalentes ao ensino básico
- Cursos profissionais equivalentes ao ensino secundário
- Ensino Superior: Licenciatura, Mestrado, Doutoramento.
- Pós- graduações - variável
- Ensino primário
- Ensino secundário
- Mais 2 anos de ensino regular ou técnico profissional
- Ensino Superior:
- Bachelor degree, Graduate degree, Foundation degree, Higher national diploma e Higher national certificate, Higher Education diploma, Sandwich course, Taught courses, Research programmes.
11
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
Sistemas de Classificação no ensino superior
Escala numérica de 0 a 20 valores em que o 10 representa a nota positiva mínima.
Sistema de Honours com seis classes em que quatro representam a aprovação com diferentes honours degrees, uma representa a aprovação sem honous degrees, e uma representa a reprovação.
Requisitos mínimos para entrada no Ensino Superior
Aprovação num curso do ensino secundário ou equivalente, e realização das provas de ingresso exigidas para o curso a que se candidata com classificação igual ou superior à mínima afixada.
Aprovação nos exames: General Certificate of Education (GSE Advanced Level), ou exames Access na Escócia, com classificações mínimas exigidas para o curso a que se candidata o aluno.
Tabela II - Percurso académico do profissional
Portugal Reino Unido
Formação académica
necessária para exercer a profissão
Curso superior ministrado nas escolas superiores de tecnologia da saúde, ou na Escola Superior de Alcoitão, ou seu equivalente legal
Biomedical Scientists:
Curso superior (“BSc biomedical science degrees at honours level”) com qualificações de 3 GCE A-levels normalmente incluindo a Química e a Biologia ou 3 GCSEs que incluam preferencialmente Ciências, Inglês e Matemática.
Técnico de Anatomia Patológica:
Diploma do ensino secundário com pelo menos 5 GCSE nível A-C que incluam Inglês, Matemática e Biologia.
Técnico de Citologia Cervical:
Diploma do ensino secundário com boa classificação de GCSE.
Clinical Scientists:
Curso superior com bases de genética, biologia, microbiologia ou bioquímica (normalmente é o curso de life sciences, física ou engenharia).
Percurso académico
Disciplinas principais da licenciatura de A.P.
Anatomia e Fisiologia, Anatomia Patológica, Bioquímica, Histologia, Imunologia, Genética e biologia molecular, Citologia, Tanatologia, Técnicas histoquímicas, Técnicas citológicas, Técnicas laboratoriais, Metodologias de Investigação
Mestrados:
Biologia Molecular, Microbiologia, Química, Bioquímica aplicada às Ciências da Saúde, Bioinformática, Bioestatística, Medicina Legal e Ciências Forenses, Ciências Forenses, Técnicas de biologia Molecular e Citómica, Administração e gestão de Serviços de Saúde
Pós- graduações:
Gestão de unidades de Saúde, Macroscopia em Anatomia Patológica e Medinica Legal e Ciências Forenses.
Cursos de especialização vários.
Disciplinas base da Licenciatura de biomedical scientist:
- Patologia celular
- Bioquímica clínica
- Imunologia clínica
- Hematologia
- Imunohematologia e ciências de transfusão
- Microbiologia médica
- Estudos fisio-patológicos ou biologia de componentes patológicos
Pós- graduações:
- Química clínica
- Ciências da transfusão
- Hematologia
- Histopatologia
- Citologia
- Virologia
- Imunologia
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
12
Março /Abril
Tabela III - Designação, Formação e Competências Profissionais
Portugal Reino Unido
Título Profissional Técnico de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica
Biomedical Scientist
Clinical Scientist
Anatomy Patology Technician
Cytology Screener Technician
Área Profissional Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica Life Sciences
Autoridades regentes da profissão
Ministério da Saúde
Governo Português e seus Decretos-Lei:
- Decreto-lei nº 261/93 de 24 de Julho
-Decreto-lei nº 320/99 de 11 de Agosto
-Decreto-lei nº 564/99 de 21 de Dezembro
Departamento da Saúde
Council for Healthcare Regulatory Excellence
Health Professions Council (HPC)
Órgão Profissional Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde
IBMS – Institute of Biomedical Science
Association of Clinical Scientists
Association of Anatomical Pathology Techonology
National Association of Cytologists
Principais categorias do profissional
Técnico de 2ª Classe, técnico de 1ª classe, técnico principal, técnico especialista e técnico especialista de 1ª classe com crescente responsabilidade e funções.
Entry Level, team leader, specialist, advanced, team manager, principal, consultant.
Principais áreas de trabalho
- Histologia
- Citologia
- Imunohistoquímica
- Citogenética
- Citometria de Fluxo
- Anatomia Patológica
- Citogenética
- Citologia
- Histopatologia
- Imunohistoquímica
- Genética Molecular
Processo de ascensão na categoria Profissional
A progressão faz-se segundo módulos (escalões) de três anos na categoria, com avaliação de desempenho de Satisfaz
O progresso na carreira faz-se por escalões (pay bands) que por sua vez estão divididos em pay points. A progressão dentro de cada pay point dá-se de ano em ano e entre pay bands é efectuada quando o desempenho do funcionário é satisfatório e quando demonstra que os conhecimentos e competências são apropriados à progressão.
Avaliação do desempenho Profissional
Avaliação do grau de correcção, humanização e eficácia com que os técnicos exercem as suas funções, contribuindo para um melhor desempenho (…), detecção de necessidades de formação e identificação de factores que influenciam o rendimento profissional do técnico. Esta avaliação é obrigatória, exprime-se como Satisfaz ou não Satisfaz e ocorre de 3 em 3 anos.
O development review process faz parte da NHS Knowledge and Skills Framework e foi desenvolvido para avaliar o desenvolvimento continuo de todos os seus funcionários ao longo da sua carreira garantindo a eficácia do seu trabalho e um serviço de qualidade público através de uma boa gestão dos recursos humanos.
13
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
Tabela IV - Condições de trabalho
Portugal Reino Unido
Contratação de pessoal Por Concurso previsto na Lei anunciado no diário da República.
O recrutamento do pessoal para o NHS é controlado a nível local por cada unidade de saúde podendo o profissional contactar directamente a secretaria ou o chefe de secção.
As vagas são anunciadas no site “NHS jobs”e na impressa local.
As vagas existentes são normalmente preenchidas através de competição aberta.
Número de horas de trabalho
Em regime normal, 35 horas distribuídas por cinco dias da semana
Em regime full-time 37 horas e meia distribuídas por 7 dias da semana.
Remunerações Salariais (2008)
Depende do escalão e é baseado no índice 100:
- Salário do técnico de 2ª Classe no primeiro escalão: 991, 31 euros por mês.
- Salário do especialista superior de 2ª classe no primeiro escalão na área de Medicina Legal: 1590,34 euros por mês
- Salário do estagiário de investigação científica no primeiro escalão: 1590,70.
Depende do escalão (pay band)
- Entre 18, 8275 Euros e 22,5057 Euros para a band 3;
- Entre 21,9777 Euros e 26,4225 Euros para a band 4;
- Entre 25,6698 Euros e 33,1557 Euros para a band 5;
- Entre 30, 5919 Euros e 41,4436 Euros para a band 6;
- Entre 36,9227 Euros e 48, 6769 Euros para a band 7.
Locais de Trabalho
Sector público, sobretudo em hospitais, mas também em laboratórios de investigação criminal, institutos de patologia e investigação, maternidades, laboratórios de anatomia animal, estabelecimentos de ensino politécnico e universitário.
No sector privado, trabalham em laboratórios que realizam análises de anatomia-patológica,
Serviço Nacional de Saúde (o National Health Service- NHS), laboratórios de hospitais, como os laboratórios de patologia clínica e laboratórios especializados e clínicas e no sector particular.
Condições Físicas de Trabalho
Os laboratórios devem ser constituídos por aparelhos necessários para a realização dos diversos exames e com condições que permitem cumprir as normas mínimas de segurança, higiene e saúde, estipuladas legalmente.
Riscos Profissionais e Normas Laboratoriais
Riscos: tecidos infectados com bactérias e vírus contagiosos, materiais irritantes, inflamáveis tóxicos e cancerígenos.
Normas designadas pela WHO para nível 1 e 2 de segurança biológica.
Conclusão:
Segundo a designação que a EPBS faz dos biomedical scientists estes são a união de várias áreas profissionais das tecnologias da saúde portuguesas, incluindo os técnicos de A.P.C.T. e de A.C.S.P. como nós os conhecemos em Portugal.
Apesar da profissão de técnico de A.P.C.T não ser regulamentada como biomedical science, como acontece com os técnicos de A.C.S.P, segundo a definição da EPBS de biomedical scientist, os técnicos de Anatomia Patológica têm funções que fazem parte das especialidades dos
biomedical scientists, como se pode constatar na área de Histopatologia e de Citologia.
O técnico de Anatomia Patológica não é reconhecido pela associação EPBS mas isso não invalida do profissional dessa área não trabalhar em biomecidal sciences. É sabido que vários técnicos de A.P.C.T. trabalham no Reino Unido como biomedical scientists. Isto é possível devido à escala europeia de comparabilidade de classificações e ao sistema de créditos ECTS que permite o reconhecimento e equivalência académica do profissional.
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
14
Março /Abril
As características do percurso académico e profissional da profissão de técnico de A.P.C.T. em Portugal e no Reino Unido são muito diferentes, começando logo na base: o sistema de educação de cada país. A profissão de técnico de A.P.C.T. não é reconhecida no Reino Unido como tal, apesar da profissão existir dentro da área das biomedical sciences e da área de citogenética das clinical sciences. A profissão de técnico de A.P.C.T. devia ser reconhecida, pelo menos, como um curso da área Medical/ Biomedical Laboratory technician (que é a área em que a comissão europeia reconhece os biomedical sientists do Reino Unido), como são os técnicos de A.C.S.P.
No Reino Unido a organização estrutural académica é feita pelo aluno, que ao longo do curso tem várias opções que
permitem que dois profissionais com o mesmo curso tenham especializações muito diferentes. Também se pode dar o caso do aluno preferir ter apenas bases académicas de várias áreas sem aprofundar nenhuma em questão, o que pode não ser uma vantagem no mercado de trabalho. ■
Tem um trabalho, artigo ou
monografia que gostaria de
partilhar?
Envie-nos os seus artigos para [email protected]
Autores:
Ana Filipa dos Santos Pereira *
** Instituto Superior de Saúde Jean Piaget Algarve
15
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
Carcinoma do endométrio Filipe Alves, Soraia Carlos
Epidemiologia e Etiologia
O carcinoma do endométrio é o tumor maligno ginecológico de etiologia pouco clara mais frequente nos países industrializados, o quarto mais frequente na Mulher e as suas taxas de incidência e mortalidade estão a aumentar. Erro! A origem da referência não foi encontrada. Em Portugal, a incidência é de 13,2 por 100.000 mulheres e a mortalidade é de 2,4 por 100.000 mulheres (mortalidade mais elevada em mulheres de raça caucasiana do que negra). Erro! A origem da referência não foi encontrada. Erro! A origem da referência não foi encontrada. O carcinoma do endométrio pode ocorrer durante o período reprodutivo (20-25%) ou pós-menopausa (75-80%), sendo o pico de incidência entre os 50-65A.
Factores de risco associados (alguns
exemplos):
• Obesidade (Risco Relativo 2-3);
• Nuliparidade (RR 2-3);
• Mulheres portadoras da mutação genética Síndrome de Lynch tipo II; [12]
• Diabetes Mellitus;
• Hipertensão;
• O medicamento Tamoxifen;
- Infertilidade;
- Menstruações irregulares;
- Ausência de ovulações;
- História de tumores na família;
- Cancro da Mama (RR 2-3), recto e ovário. [16]
Diagnóstico
Sintomas e sinais
• Hemorragia vaginal anormal (97%);
- Menstruações prolongadas e excessivas hemorragias em mulheres pré-menopáusicas, especialmente se tiverem um historial de menstruações irregulares, diabetes mellitus, hipertensão, obesidade ou infertilidade;
- Hemorragias vaginais que duram à mais de um ano após a última menstruação;
• Células endometriais atípicas no exame Papanicolau em mulheres assintomáticas. Estas devem ser submetidas a uma recolha de amostra do endométrio;
• Tumores extensos palpáveis numa examinação pélvica;
• Doenças avançadas como ascites, obstruções intestinais, desconforto respiratório provocado por metástases
pulmonares podem ser uma manifestação inicial do tumor. [16]
Métodos de Diagnóstico
Não existe nenhum meio de rastreio eficaz disponível para o carcinoma do endométrio.
Biópsia Endometrial
O diagnóstico do Carcinoma do Endométrio é efectuado por Biópsia endometrial. Esta consiste em introduzir um cateter através da vagina até chegar ao útero. Aí é recolhido tecido da parede uterina para examinação. As células são cuidadosamente analisadas para determinar qualquer anormalidade ou cancro do tecido. A Biópsia endometrial pode ser obtida por dois métodos: Dilatação e Curetagem e Histeroscopia.
Dilatação e Curetagem
Quando não são recolhidas amostras de tecido suficientes na biopsia, ou quando o médico suspeita de um carcinoma do Endométrio, é usado um método chamado Dilatação e Curetagem. O colo do útero é dilatado e através da
raspagem, é recolhida uma amostra de células endometriais que revestem o útero, para excluir ou diagnosticar o carcinoma. Este método traz algumas desvantagens uma vez que como não se sabe
exactamente a localização da lesão, ao ser recolhida a amostra de células endometriais parte do tecido lesado pode não ser recolhido, comprometendo o diagnóstico. [15]
Histeroscopia
Através deste método, o médico visualiza o interior do útero recorrendo a um histeroscópio. Como o útero é uma cavidade virtual, é preenchido com líquido (soro fisiológico) para que as suas paredes se distendam; depois é introduzido um histeroscópio (que tem uma pequena câmara de vídeo) que passa pela vagina até chegar ao útero. Este exame permite ao médico identificar o local onde se
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
16
Março /Abril
encontra o Carcinoma do Endométrio. [3]
Este método tem uma grande vantagem: consegue-se recolher todo o tecido do endométrio lesado porque é identificado exactamente o local onde se encontra o Carcinoma.
Histologia
É um tumor primário maligno epitelial geralmente com diferenciação glandular com início no endométrio podendo invadir o miométrio e alastrar-se para locais distantes. Por vezes, o tumor pode obstruir o canal endometrial e causar hidrometra (secreção do tipo aquoso) ou hematometra (secreção de sangue). [8] Segundo a Organização Mundial de Saúde/International Society of Gynecological Pathology, os tipos histopatológicos são:
Adenocarcinoma endometrióide (95%), Adenocarcinoma mucinoso, Adenocarcinoma seroso, Adenocarcinoma de células claras; Adenocarcinoma misto; Carcinoma de células escamosas, Carcinoma de células de transição, Carcinoma de pequenas células, Carcinoma indiferenciado.
Graus de Histopatologia
Gx – Grau não pode ser avaliado;
G1 – Tumor bem diferenciado;
G2 – Tumor moderadamente diferenciado;
G3 – Tumor mal diferenciados ou indiferenciados. [6]
Ecografia
A ecografia destaca-se com exame de primeira linha no estudo do aparelho reprodutor feminino pois é uma técnica acessível que não usa radiação e apresenta uma elevada sensibilidade para avaliar a anatomia normal, podendo demonstrar alterações fisiológicas e patológicas do útero e anexos. Além disso, a ecografia permite a distinção entre tumores limitados ao útero e tumores com extensão extra-uterina. Existem dois tipos de ecografia:
1. Ecografia por via supra púbica;
2. Ecografia por via endovaginal – usa sondas endovaginais de alta frequência (7,5MHz), permitindo um elevado detalhe das estruturas, devido à proximidade com os órgãos a estudar. Esta técnica permite avaliar alterações endometriais. Se a Ecografia revelar um espessamento endometrial heterogéneo significa que
estamos na presença de um Carcinoma do Endométrio. [8]
Figura 11 - Metástases do Carcinoma do Endométrio na trompa de Falópio. A Ecografia mostra múltiplas lesões nodulares (asteriscos) na parede da trompa de Falópio (setas). [1]
Figura 10 - Carcinoma do Endométrio (D2), diferenciado do miométrio pela sua hiperecogenicidade. [14]
Figura 9 - Carcinoma do Endométrio. Ecografia Endovaginal (corte sagital) mostra o endométrio com uma espessura de 20mm
Figura 8 - Ecografia Endovaginal
Figura 7 - Carcinoma do endométrio visualizado através do histeroscópio. [2]
17
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
Tomografia Computorizada (TC)
A TC avalia com grande acuidade a extensão local e à distância das lesões tumorais (avaliação da infiltração tumoral nas regiões adjacentes); permite ainda dar uma localização precisa da lesão para a realização de biopsia e radioterapia. Se se conhecerem as dimensões exactas das lesões tumorais, a TC avalia a resposta ao tratamento por radioterapia e quimioterapia.
O estadiamento por TC é limitado nas fases precoces.
Após a ressecção cirúrgica da lesão tumoral, um novo estudo por TC permite detectar a existência de recidivas do tumor. [8]
Ressonância Magnética (RM)
A RM apresenta várias vantagens no estudo do aparelho reprodutor feminino, das quais se destacam:
• Uma boa capacidade multiplanar;
• Um elevado grau de contraste de tecidos moles;
• Ausência de radiação;
• Ausência de artefactos provenientes do osso e gás intestinal
No entanto, é contra-indicada no caso de pacientes claustrofóbicos, portadores de implantes e pacemaker.
Deve ser a técnica escolhida nos doentes onde a Ecografia foi inconclusiva.
A RM dá um excelente detalhe do Carcinoma do Endométrio, avaliando a sua invasão local (principalmente a profundidade da invasão no miométrio) e à distância.
O Carcinoma do Endométrio caracteriza-se por apresentar hipersinal em imagens ponderadas em T2 e imagens isointensas em T1. A administração de gadolíneo permite a detecção de pequenos tumores e uma melhor visualização da profundidade de invasão do miométrio. [8]
Radiografia ao Tórax
É obtida uma radiografia do tórax na maioria dos pacientes diagnosticados com o Carcinoma do Endométrio para detectar metástases no pulmão.
Estadiamento
O sistema de estadiamento da FIGO (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) para o carcinoma do corpo do útero é o seguinte:
1. G1: ≤ 5%
G2: 6-50%
G3: > 50%
2. Estádio 0 – Carcinoma in situ (carcinoma pré-invasivo)
3. Estádio I: tumor limitado ao corpo (75% dos casos; Taxa de sobrevivência de 87%)
• Estádio IA – Tumor limitado ao endométrio
• Estádio IB – tumor invade até à metade interna do miométrio
• Estádio IC - tumor invade para além da metade do miométrio
Figura 14 - Carcinoma do Endométrio. Imagem ponderada em T2, corte sagital, mostra uma neoplasia endometrial hiperintensa a infiltrar mais de 50% da espessura do miométrio (estádio IC). [1]
Figura 13 - Carcinoma do Endométrio. Estádio IIA. A imagem mostra o Carcinoma do Endométrio (T) com uma pequena invasão do miométrio e extensão do tumor para o canal cervical. Presença de um Leiomioma (L). [1]
Figura 12 - TC pélvica. Massa heterogénea (tumor).
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
18
Março /Abril
4. Estádio II: o tumor estende-se para o colo uterino mas não para além do útero (11% dos casos; Taxa de sobrevivência de 76%)
• Estádio IIA – tumor invade o epitélio glandular mas não invade o estroma
• Estádio IIB - tumor invade o estroma do colo
5. Estádio III: tumor ultrapassa o útero mas limita-se à pélvis (11% dos casos; Taxa de sobrevivência de 63%)
• Estádio IIIA - tumor invade a serosa e/ou os anexos e/ou citologia peritoneal positiva
• Estádio IIIB – Metástases vaginais
• Estádio IIIC – metástases ganglionares pélvicas e/ou lombo-aórticas
6. Estádio IV: tumor invade a bexiga e/ou o recto e/ou metástases à distância (3% dos casos; Taxa de sobrevivência de 37%)
• Estádio IVA – tumor invade a bexiga e/ou o recto
• Estádio IVB – metástases à distância (incluindo gânglios intra-abdominais e/ou inguinais)
Tratamento
A escolha do tratamento do carcinoma do endométrio depende de factores intrínsecos do paciente e pelo grau histológico/estadiamento do tumor. As várias opções de tratamento podem ser: cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Cirurgia
Segundo a Sociedade Portuguesa de Ginecologia, é consensual que o estadiamento deve ser cirúrgico, excepto quando se trata de infiltração dos paramétrios, metástases vaginais extensas, invasão da bexiga e/ou recto (com comprovação histológica) e contra-indicação médica.
Exame anátomo-patológico intra-operatório da peça:
• Tumores IA (G1,2), IB (G1,2) – Pode não prosseguir a cirurgia
• Tumores IAG3, IBG3, IC, II, III – Linfadenectomia pélvica e lombo-aórtica
• Estádio II clínico – histerectomia radical modificada (Piver II) com linfadenectomia pélvica e lombo-aórtica. (obtenção de gânglios das cadeias ganglionares obturadora, interilíaca, ilíaca externa, ilíaca comum (nº mínimo de 5
gânglios de cada lado) e para - aórtica abaixo da mesentérica) [12]
É aceitável a histerectomia vaginal assistida por laparoscopia desde que sejam cumpridos os restantes critérios cirúrgicos.
Após estadiamento cirúrgico completo
• IA (G1 e G2), IB (G1 e G2) e IIIA (G1 e G2: só por citologia positiva e sem outros factores de prognóstico uterinos) → Vigilância
• IB (G1 e G2) → Não houve consenso quanto à realização de braquiterapia vaginal.
• IAG3, IBG3, IC (G1 e G2), IIA (G1 e G2) → Braquiterapia vaginal
• ICG2 (com invasão linfo-vascular, tumor > 2 cm ou extensão ao istmo e > 60 anos), ICG3, IIA c/ invasão > 50% do miométrio G1, G2, IIAG3, IIB → Braquiterapia vaginal + radioterapia externa pélvica
• IIIA (só por citologia positiva) G3 → Braquiterapia + radioterapia externa pélvica
• IIIA, B e C → Braquiterapia vaginal + radioterapia externa pélvica +/- quimioterapia (com carboplatina/paclitaxel ou cisplatina/doxorubicina)
• IIIC com gânglios para-aórticos positivos → Braquiterapia vaginal + radioterapia externa pélvica e lombo-aórtica + quimioterapia (com carboplatina/paclitaxel ou cisplatina/doxorubicina)
• IV → Terapêutica individualizada. *12+
Hormonoterapia
É considerada apenas em contexto de doença metastática nos tumores G1. São aconselhados o acetato de megestrol (160 mg/d) e o acetato de medroxiprogesterona (150-200 mg/d). [12]
Doentes inoperáveis
Devem efectuar radioterapia externa pélvica com ou sem braquiterapia. Se não tiver condições, ponderar terapêutica sistémica ou de suporte. [12]
Protocolo de Seguimento
Doentes de baixo risco (IAG1, IAG2, IBG1, IBG2):
Exame clínico e ginecológico:
• 1º ano: 6 em 6 meses;
• 2º ano e seguintes: controlo anual.
Os exames complementares realizam-se consoante as queixas da doente. [12]
Restantes doentes:
Exame clínico e ginecológico:
• 1º ao 4º ano: 6 em 6 meses
• A partir do 5º ano: controlo anual
Figura 15 - Histerectomia: peça operatória. www.uptodate.com
19
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
Os exames complementares realizam-se consoante as queixas da doente e se CA 125 elevado no pré-tratamento. [12]
Prognóstico
Factores de Prognóstico
Grau do Tumor e Invasão do Miométrio: a invasão do miométrio e um grau do tumor crescente estão associados com um alto risco de aparecimento de metástases pélvicas e metástases à distância;
Histologia do Tumor: os tipos histológicos com melhor prognóstico são o Adenocantoma e o Adenocarcinoma; o tipo histológico com pior prognóstico é o Carcinoma de Células Pequenas;
Invasão do Espaço Vascular:
Tamanho do Tumor: quanto maior for o tumor, maior é o risco do aparecimento de metástases nos gânglios linfáticos e, consequentemente, pior é o prognóstico; [16]
Cerca de 75-80% são diagnosticados no Estádio I, uma vez que as mulheres pós-menopausicas, quando surge um sangramento vaginal, recorrem rapidamente a um ginecologista; Daí que o prognóstico seja mais favorável.
Tabela V - Relação entre o Estádio e a Taxa de Sobrevivência aos 5 anos. [16]
Estádio Sobrevivência
aos 5 anos (%)
I 87
II 76
III 63
IV 37
Referências Bibliográficas:
[1]. American Journal of Roentgenology - 2008.
[2]. Asociacion Internauta de Cirugia Ginecológica - Histeroscopia y cancer endometrio. 2008.
[3]. AVA Clinic - histeroscopia. 2008.
[4]. Baert A.L., Knauth M., Sartor K. - MRI and CT of the Female Pelvis. 2007.
[5]. Dilatação e curetagem. - 2008.
[6]. FIGO, Federation International of Gynecology and Obstetrics. - 2008.
[7]. IARC - International Agency for Research on Cancer. 2008.
[8]. Martins J., Sousa L.A - Noções Fundamentais de Imagiologia. Lidel Lisboa,
[9]. Moeller T.B. MD, Reif E. MD - MRI Parameters and Positionining. New York: 2003.
[10]. Radiographics - TC pélvica. 2008.
[11]. Seeley R.R., Stephens TD & Tate - Anatomia & Fisiologia. 6ª. Lusodiciência, 2003.
[12]. SPG - Sociedade Portuguesa de Ginecologia. 2007.
[13]. The Center for Menstrual Disorders & Reproductive Choice - Ecografia Endovaginal. 2007.
[14]. Thieme Clinical Companions ultrasound. - Thieme,
[15]. Uterine Cancer - Uterine Cancer Diagnosis and Prognosis. 2008.
[16]. William T Creasman MD., J Marion Sims Professor - Endometrial Carcinoma. E-Medicine, WebMD, 2007.
Autores:
Filipe Alves *
SSoorraaiiaa CCaarrllooss **
** AAlluunnooss ddaa EEssccoollaa SSuuppeerriioorr ddee SSaaúúddee ddaa UUnniivveerrssiiddaaddee ddee AAvveeiirroo
Veja toda a informação sobre as Jornadas de Radiologia da
Universidade Atlântica. Clique aqui.
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
20
Março /Abril
Esta página pode ser sua!
Anuncie na TDTOnline Magazine, garanta
que a sua publicidade atinge o seu público-
alvo!
Contacte-nos em:
21
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
William Clouser Boyd
Nasce a 4 Março de 1903;
Faleceu a 19 de Fevereiro de
1983. Foi um imunoquímico
Americano e em 1930,
juntamente com a sua mulher,
realizou um trabalho de
recolha de dados acerca da
distribuição a nível mundial dos
grupos sanguíneos. Ele
descobriu que os grupos sanguíneos eram
herdados e não influenciados pelo meio ambiente.
Ele dividiu a população mundial em 13 raças
distintas geográficamente com diferentes perfis
genéticos de grupo sanguíneo. Mais tarde, Boyd
discobriu as lectinas nas plantas, que são proteínas
do género anticorpo. Ele também estudou os grupos
sanguíneos em múmias.
Dia Mundial do Rim
Alertar para o grave problema de saúde pública que
a doença renal crónica constitui em todo o mundo.
Sabia que… - Datas a recordar em Saúde e Ciência…
4 Março 13 Março
www.tribunamedicapress.pt
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
22
Março /Abril
Albert Einstein
Nascido a 14 de Março de
1879; Faleceu a 18 Abril de
1955.
Físico Alemão-Americano que
desenvolveu as teorias especial
e geral da relatividade e foi
laureado com o Prémio Nobel
da Física em 1921 pela sua
explicação do efeito fotoeléctrico. Foi reconhecido
na sua época como um dos intelectos mais
criativos da história humana. Nos primeiros 15
anos do século 20, Einstein avançou com uma
série de teorias que propuseram completas novas
formas de pensar acerca do espaço, tempo e
gravidade. As suas teorias da relatividade e
gravidade eram um profundo avanço sobre a física
newtoniana velha e revolucionou a ciência.
Dia Mundial da Tuberculose
Em 1882 o cientista alemão Robert Koch anunciou
à Berlin Physiological Society que tinha descoberto
o bacilo responsável pela tuberculose. Três
semanas depois, a 10 de Abril, ele publica o artigo
“ A Etiologia da Tuberculose”. Em 1905 recebe o
prémio nobel da Medicina. Faleceu em 1910.
Gene da doença de Huntington
Em 1993 o Huntington’s
Disease Collaborative
Research Group formado por
6 laboratórios nos E.U.A,
Inglaterra e País de Gales,
anunciou a identificação do
gene que causa a doença de
Huntington, após de 10 anos
de esforço sem resultados. A doença provoca
sintomas debilitantes progressivos como demência,
mudanças de personalidade, perda de memória e
irritabilidade. A mutação encontrada no cromossoma
4, afecta um tripleto CAG, dos quais 11 a 34 tripletos
estão normalmente presentes em pessoas saudáveis,
enquanto que em pacientes com a doença de
Huntington existem 35 a 100 destes tripletos.
Max (Johann Sigismund) Schultze
Nasceu a 25 de Março de 1825.
Faleceu a 16 de Janeiro de
1874.
Zoólogo e citologista alemão,
conhecido especialmente pela
sua investigação em anatomia
microscópica. Ele alterou o
conceito de célula, enfatizando
não a membrana, mas a massa viva de protoplasma
com um núcleo (1861). Schultze também estudou
protozoários e demonstrou minúsculas terminações
nervosas na orelha (1858), nariz (1863), e retina
(1866). Ele foi um fenomenal histologista, introduzindo
diversas novas técnicas de histologia, incluíndo o uso
de ácido de ósmio para coloração de pequenos
detalhes celulares. Morreu subitamente devido a uma
úlcera perfurante.
14 Março 23 Março
24 Março 25 Março
www.topnews.in
www.fonoecia.com.br
23
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
Penso rápido medicinal
Em 1845 foi registada a primeira patente para o
penso rápido medicinal (No.3965), denominado de
“Band-aid”. Os medicos Dr. Horace Harrell e William
H. Shecut desenvolveram um processo em que
plástico é dissolvido num solvente que depois
espalha-se em tecido. Eles depois venderam a idea
a Dr. Thomas Allcock que mudou o nome para
Allcocks’s Porous Plaster.
James Dewey Watson
A 6 de Abril de 1928
nasce James Dewey
Watson, um biólogo
molecular americano,
mais conhecido por ser
um dos co-descobridores
da estrutura do ADN
conjuntamente com Francis Crick e Maurice Wilkins.
Em 1962 receberam o Prémio Nobel da Fisiologia
ou Medicina, pelas suas descobertas na estrutura
molecular dos ácidos nucleicos e a sua importância
na transferência de informação em material vivo.
Morte do Dr Arthur Martin Vineberg
Morre a 26 de Março de
1988 Dr Arthur Martin
Vineberg, um cirurgião
cardiologista canadiano,
notado pelo seu
desenvolvimento, em
1950, de um
procedimento cirúrgico
para a correcção do
defeito da circulação coronária. A primeira
intervenção cirúrgica foi efectuada no Royal
Victoria Hospital em Montreal em 1950.
Dia Mundial da Saúde
O Dia Mundial da Saúde evoca a criação da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e é o
esforço mais vísivel desta organização para
chamar a atenção para um aspecto-chave global
escolhido anualmente.
26 Março 26 Março
6 Abril 7 Abril
www.chem.ucsb.edu
www.worldofstock.com
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
24
Março /Abril
Dia Mundial da Doença de Parkinson
Em 1952 a doença de
Parkinson foi pela primeira
vez tratada com cirúrgia. O
grupo liderada por Irvin
Cooper em Islip, Nova Iorque
operaram o cérebro do
paciente Raymond Walker.
Anteriormente à disponibilidade de L-dopa em 1968, o
tratamento de Parkinson implicava cirurgia. Um dos
primeiros procedimentos foi a pedunculotomia, para
reduzir o tremor.
Dupla-hélice de ADN
É também em Abril, mas em 1953 que é publicado o
primeiro artigo científico acerca da dupla-hélice de
ADN na revista “Nature”.
Conheça o site Historical Anatomies on the Web, é um
projecto digital concebido com o objectivo de
disponibilizar aos cibernautas imagens de elevada
qualidade provenientes de atlas históricos de anatomia,
cujas obras mais antigas remotam ao século XV. Não será
possivel consultar a obra completa, no entanto enúmeras
páginas com uma digitalização de elevada qualidade estão
disponiveis para visualização.
Visitem Museam Of Healthcare, via web ou em Kingston.
Aqui está um Museu com uma temática diferente daquela
que conhecemos normalmente e uma visita que valerá
muito a pena!!! Este Museu, propriedade do Kingston
General Hospital, é uma instituição sem-lucros cujo
objectivo é preservar todo o material cultural e esclarecer
a história da saúde e dos cuidados de saúde no Canadá.
Conheça a colecção de obras, exibições entre outros
programas, promovidos pelo Museu e inclusivé uma
exibição online.
11 Abril 25 Abril
Adaptado de www.3DSCIENCE.com
25
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
Casos Clínicos do Radiology Picture of the Day
1. Lacerated Horseshoe Kidney
Horseshoe kidney is a common congenital renal anomaly,
with an incidence of 1:500 to 1:1000. It is characterised by
fusion of the kidneys at their poles (lower pole in 90%,
upper pole in 10%) which produces a horse-shoe shaped
structure continuous across the midline. The midline
isthmus may be functioning renal parenchyma or non-
functioning fibrous tissue. The isthmus cannot ascend past
the inferior mesenteric artery and thus the kidney is low in
position. The ureters arise anteriorly and there are
commonly multiple renal arteries. The complications of
horseshoe kidney are 1) urinary stasis with infection or
stone formation, due to abnormal ureteric orientation, and
2) predisposition to traumatic injury, due to abnormal
position. They are associated with other congenital
anomalies and Turner’s syndrome.
Reference:
Dahnert W. Radiology Review Manual, 5th edition.
Lippincott, Williams and Wilkins 2003
Credit: Dr Donna D'Souza
Nesta edição do nosso já conhecido artigo “Radiology Picture of the Day”
apresentamos dois casos de patologia renal e um de coluna lombar.
1- Laceração de rins “em ferradura”
2- Trombose tumoral da veia renal
3- Lipomatose epidural
Continuamos a convidar os colegas que tenham imagens como estas e que
queiram no mesmo formato publicar um caso na TDTOnline Magazine que o
façam enviando os seus artigos para: [email protected]
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
26
Março /Abril
2. Renal Vein Tumour Thrombus
This patient has a renal cell carcinoma (RCC) of the left
kidney invading the renal vein. RCC has a strong propensity
to venous invasion which is seen up to 20% of cases, with
extension into the IVC in 4 to 15% of cases. Renal vein
invasion classifies RCC as TNM stage T3 and Robson stage
3A. Tumour thrombus is distinguished from bland thrombus
by contrast enhancement on CT and MRI and colour flow
on ultrasound. Other tumours with a strong tendency to
venous invasion are hepatocellular carcinoma and adrenal
carcinoma.
References:
Kaufman J & Lee M. Vascular & Interventional
Radiology: The Requisites, Mosby 2004
Renal cell carcinoma staging, Radiopaedia.org
Credit: Dr Donna D'Souza
27
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
Epidural Lipomatosis
This patient presented with progressive weakness of the
legs and tingling sensation. This was attributed to his long-
standing diabetes.
On MRI, there is evidence of extensive epidural fat
infiltration which is hyperintense on both T1W and T2W.
There is also associated fatty atrophy of back muscles. The
cord and cauda equina are compressed anteriorly by the
epidural lipomatosis, with complete effacement of CSF.
There are mild posterior disc herniations at several levels
which may be contributing to the compressive myelopathy.
References:
Francis G. Greiner and Deepak Takhtani.
Neuroradiology Case of the Day. RadioGraphics 1999;
19: 1397.
Credit: Dr Abhijit Datir
TDTO
nlin
e
Mag
azin
e
28
Março /Abril
A TDTOnline Magazine vai de Férias!
(Próxima edição: Julho/Agosto)
29
tdtonline.org TD
TOn
line
Magazin
e
Normas para a publicação de artigos científicos na TDTOnline
Magazine
Com a finalidade de uniformizar os artigos
recebidos pela Equipa do Tecnologias da
Saúde Online e consequentemente
divulgados na TDTOnline Magazine, torna-se
necessária a definição de normas próprias
para a publicação de artigos científicos, de
forma a estimular o interesse e curiosidade
dos visitantes/leitores.
Selecção de Artigos
1. Serão aceites os temas que se enquadrem
no âmbito de cada publicação e da temática
do site “Tecnologias da Saúde Online”, após
avaliação pelos membros designados pela
administração do supracitado site.
2. O envio de um trabalho/artigo implica o
compromisso por parte dos autores em como
todas as declarações nele constantes são da
sua exclusiva responsabilidade.
3. Qualquer texto deve respeitar os princípios
éticos aceites, nomeadamente no que diz
respeito à confidencialidade.
4. Serão aceites para publicação monografias,
cujas regras de selecção, apresentação e
estruturação deverão obedecer ao que aqui é
pré-estabelecido, salvaguardando as
características inerentes ao tipo de
publicação a que nos referimos, com
excepção para o limite do número de páginas
que não se aplica.
Apresentação e Estruturação
de Artigos
1. Os artigos devem ser redigidos em português,
no formato .doc (Microsoft Office Word™), letra
tipo Arial, tamanho 12 com um espaçamento de
1,5 linhas.
2. A extensão máxima do artigo será de 10
páginas, incluindo espaços, figuras, tabelas,
quadros, gráficos, notas, bibliografia e
fotografias, todos devidamente legendados e
identificados.
3. Na primeira página e depois do título do artigo,
deverá constar a identificação de todos os
autores (máximo 6) de acordo com o formato
seguinte:
Título do trabalho
Autor 1 (Instituição); Autor 2 (Instituição)
4. Os artigos deverão respeitar a estrutura geral:
introdução, desenvolvimento, conclusão e
referências bibliográficas.
Envio de Artigos
1. Os artigos devem ser enviados por correio
electrónico (com aviso de leitura) para
[email protected], com os seguintes dados de
identificação:
- Nome completo
- Morada
- Nº Cédula Profissional
2. Todos os artigos apresentados na TDTOnline
Magazine serão devidamente certificados, sendo os
certificados enviados para a morada de um dos
autores referenciados, após lançamento da TDTOnline
Magazine em questão.