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  • 7/22/2019 TCC - O Gestor Escolar e a Educao Musical - Lei 11769-08

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    UNIVERSIDADE GAMA FILHO

    SARAH COELHO MENDES

    O GESTOR ESCOLAR E A EDUCAO MUSICAL: LEI 11.769/08

    Trabalho de Concluso de Curso submetido Faculdade de Educao da UniversidadeGama Filho como requisito do Curso de Ps-graduao lato sensu Gesto Escolar eCoordenao Pedaggica.

    Orientadores: Professora Coordenadora MariaLuisa Sprovieri Ribeiro e Professor DoutorRonilson de Sousa Luiz.

    SO PAULO

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    RESUMO

    A pesquisa que segue nesse estudo, teve como objetivo apresentar qual deve

    ser o papel do gestor escolar na aplicao da Lei n 11.769/08, que altera o

    contedo da Lei no 9.394/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao osParmetros Curriculares Nacionais. Assim, a partir de sua publicao, a msica

    dever ser contedo obrigatrio, mas no exclusivo, do componente curricular.

    A Lei N 11.769/08 tem como limite temporal para adaptao das escolas, o

    ms de agosto de 2011. Para tanto ser abordada como deveria ser

    implantada a disciplina msica e qual o papel do gestor escolar nesse contexto.

    Para alcanar o objetivo apresentado foi realizada uma pesquisa bibliogrfica

    em que se buscou esclarecer, a partir de autores nacionais, qual a necessidadeda msica no contexto escolar, como se insere a Lei 11.769/08 e qual o papel

    do gestor na aplicao do mandamento legislativo. As principais referncias

    utilizadas para a pesquisa foram fontes de autores como Caricol, Cy, Loureiro e

    Tres. A partir dessa questo, compreendemos que, desde a interpretao da

    Lei, surgem dvidas quanto elaborao do currculo para reagir com sucesso

    frente aos alunos e todos envolvidos no trabalho escolar. O gestor deve

    esclarecer em qual direo apontar para organizar essa disciplina na escola,

    pois a lei no descreveu com mincias o que se quer de fato com a mesma.

    Apesar das dificuldades encontradas nesse percurso com a disciplina msica,

    aperfeioam-se esses momentos por SENTIR que mesmo a msica

    aparecendo de forma tmida na escola, com a ajuda do gestor e toda

    comunidade, ela contribui de forma especial na formao de um aluno cidado.

    PALAVRAS CHAVES: Lei n 11.769/08. Msica na Escola. Gestor Escolar.

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    ABSTRACT

    The research that follows in this study aimed to present what should be the role

    of school manager in the application of Lei n. 11.769/08, which alters the

    contents of Law n. 9.394/96, called Lei de Diretrizes e Bases da Educao os

    Parmetros Curriculares Nacionais. Thus, from its publication, Music shall be a

    mandatory content of curricular component, but not exclusive. The Lei n.

    11.769/08 has the month of August 2011 as a limit for schools adaptations.

    Therefore, this study will analyze how the discipline Music should be deployed

    and what is the role of school manager in this context. To achieve the presented

    objective, a bibliographic research was performed, which sought to clarify, from

    national authors, what is the need of the discipline Music in school context, howLei 11.769/08 is inserted and what is the role of the manager in the application

    of the legislative commandment. The main references used for the research

    were sources of authors like Caricol, Cy, Loureiro and Tres.From this issue, it is

    understood that, from the law interpretation, occurs some doubtfulness about

    the curriculum elaboration to respond successfully to students and all the

    people involved in school work. The manager must enlighten the direction to

    organize this discipline in school, because the Lei did not thoroughly describewhat is pursued indeed. Despite the difficulties found with the discipline Music,

    moments are refined by FEELING that, even emerging timidly, with the help of

    the school manager and the entire community, it contributes in a special way in

    the formation of a citizen student.

    KEYWORDS: Lei n. 11.769/08. Music at school. School manager.

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    Sumrio

    1 Introduo.................................................................................................. 1

    1.1 Objetivos ................................................................................................... 2

    1.2 Procedimentos Utilizados para Esclarecimento do Problema ............ 3

    2 A Educao Musical no Brasil Breve Histrico ................................. 4

    2.1 A Educao Musical no Brasil - 1500 a 1971 ......................................... 4

    2.2 A Educao Musical no Brasil - 1971 at 2008 ...................................... 8

    3 A Lei Nr 11.769/08 .................................................................................... 10

    3.1 Quadro da Lei Nr 11.769/08 ..................................................................... 11

    4 O Gestor Escolar ...................................................................................... 14

    4.1 O Gestor Escolar e a disciplina Msica ................................................. 16

    5 Consideraes Finais .............................................................................. 19

    6 Referncias Bibliogrficas ...................................................................... 21

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    1. Introduo

    Desde os primrdios da humanidade, a msica uma das formas de

    arte que mais tem a capacidade de nos sensibilizar. So inmeros os estudos

    comprovando os benefcios que a msica traz para nossa sade tanto mental

    quanto fsica.

    A partir disso, diversos tm sido os esforos para que a msica fosse

    ensinada desde a infncia, j no ensino fundamental, como forma de estimular

    os alunos e aspectos como a criatividade, sensibilidade e bom-gosto.

    O tema relevante para o meio pedaggico e para rea de educaomusical. O principal motivo que estimulou a autora a seguir os estudos no

    curso de Gesto Escolar e Coordenao Pedaggica foi pela busca de

    investigar as relaes entre o papel do gestor escolar junto ao papel da

    educao musical. Dentro desse contexto se insere a Lei Nr 11.769/08, a qual

    foi sancionada em agosto de 2008, obrigando todas as escolas do pas a incluir

    a disciplina msica em sala de aula. Foi buscado compreender se o papel do

    gestor facilita o encadeamento da disciplina msica nas escolas, e se esta temseu espao em sala de aula, visto que no ano de 2013 se completaram dois

    anos do prazo final para a incluso da msica como componente curricular

    obrigatrio. Este estudo revela qual o papel do gestor escolar nesse contexto.

    Foram utilizados para as pesquisas, fontes de diversos autores como

    Caricol, Cy, Loureiro e Tres referentes a publicaes de artigos, monografias,

    dissertaes e teses relacionados ao contedo trabalhado na monografia.

    Caricol, aponta o trajeto que Heitor Villa Lobos percorreu durante a

    implementao do canto orfenico no pas, as dificuldades enfrentadas por ele

    e as contribuies da msica para todos envolvidos. Fazendo um panorama

    musical desde os povos indgenas at a obrigatoriedade da Lei Nr.11.769/08.

    Cy discursa sobre a realidade da disciplina Msica no Estado do Paran

    (se vem sendo trabalha em sala de aula) a partir da Lei Nr 11.769/08. Relata

    em seu trabalho ter encontrado algumas dificuldades como, por exemplo,

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    professores de artes sem formao especfica para lecionarem a disciplina

    Msica.

    Loureiro busca compreender a atual situao do ensino da msica na

    escola brasileira.

    Tres discute a importncia do gestor escolar na busca por inovaes

    organizacionais dentro da escola em busca da melhoria do nvel dos alunos e

    do ensino.

    O foco da pesquisa foi delimitado no papel do gestor escolar na

    contribuio do ensino da disciplina msica nas escolas. Desde o Brasil

    Colnia a educao musical existe no Brasil, alternando em momentos degrande nfase e de pouca relevncia. No ano de 2008, o ento Presidente Lula

    sancionou e mandou publicar a Lei Nr 11.769 que altera o contedo da Lei de

    Diretrizes e Bases da Educao obrigando a Msica a ser um componente

    obrigatrio no ensino de artes nas escolas. Desde a publicao da Lei n

    11.769/08, diversos trabalhos acadmicos vm discutindo como deve ser

    encarada a participao efetiva da Msica como um componente relevante do

    currculo escolar fundamental. A partir da, este trabalho aborda como o gestor

    escolar contribui para que se consiga tornar o ensino musical possvel dentro

    de cada escola.

    1.1 Objetivos

    Este trabalho tem por objetivo geral pesquisar, apresentar e mostrar a

    questo do ensino musical a partir da contribuio do gestor escolar para a

    efetivao da disciplina msica em sala de aula.

    Os objetivos especficos a serem atingidos so:

    Compreender como alguns autores abordam a funo do gestor, diretor,

    coordenador e supervisor dentro do contexto escolar.

    Esclarecer qual o papel do gestor escolar na aplicao da Lei 11.769/08.

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    1.2. Procedimentos utilizados para esclarecimento do problema

    Nosso tema de pesquisa se insere na linha de pesquisa Educao

    Musical. Adotaremos com foco o papel do gestor escolar na aplicao da Lei

    N 11.769/08 em que a Msica dever ser contedo obrigatrio, mas no

    exclusivo, do ensino da Arte.

    Para solucionar o problema apresentado e atingir os objetivos geral e

    especficos, foi procedida uma pesquisa bibliogrfica em que foram reunidas

    discusses acadmicas acerca do tema.

    Foi utilizada a tcnica de pesquisa exploratria que forneceu dados

    quantitativos e qualitativos pra embasar as concluses.

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    2. A Educao Musical no BrasilBreve Histrico

    2.1 A Educao Musical no Brasil - 1500 a 1971

    Na histria da educao brasileira, h fatos que revelam que em meados

    do sculo XVI, os jesutas utilizavam a msica para evangelizar, catequizar e

    educar o povo. A msica era vista como uma ferramenta bastante influencivel

    e poderosa contribuindo assim nas propostas desejadas. De acordo com Holler

    (2005, p. 1133):

    Logo aps a chegada no Brasil, os padres jesutas perceberam nouso do canto e de instrumentos uma ferramenta eficiente naconverso de indgenas. A atrao que estes exerciam sobre os

    ndios era notria, e expressa em diversos documentos dos cronistasda Companhia de Jesus, desde o incio da sua atuao at o sc.XVIII.

    De incio, e como forma de contato, a msica aproximava os jesutas dos

    ndios facilitando o dilogo, pois notava - se que os indgenas tinham forte

    ligao com manifestaes artsticas. Segundo Cordeiro e Teixeira (2008, p.4):

    O primeiro recurso metodolgico utilizado para auxiliar a educaonos aldeamentos foi a msica; atravs dela conseguiam despertar aateno e a simpatia dos nativos, utilizando seus prprios

    instrumentos e elaborando um repertrio no estilo indgena, cujasletras falavam do Deus cristo.

    Pode-se notar que o ensino musical brasileiro sempre sofreu com idas e

    vindas, ou seja, momentos de nfase e crescimento e momentos de declnio.

    No final do perodo do Brasil Colnia destaca-se, como em Loureiro (2001,

    p.48):

    "Apesar de seu carter eminentemente religioso, ainda no perodocolonial, a msica brasileira comea a apresentar sinais de

    secularizao. Isto se deve descoberta do ouro e das pedraspreciosas nas Capitanias das Minas Gerais, no sculo XVII, o queimprime um novo carter nossa cultura.

    Ainda em Loureiro (2001,p. 48), frisa-se:

    O esgotamento da produo do ouro em Minas Gerais e os problemaspolticos do incio decadncia e ao fim do profissionalismo musical.Esses fatos coincidem com a chegada da famlia real ao Brasil, a 22 dejaneiro de 1808, trazendo com ela aproximadamente quinze milpessoas, dentre elas msicos, intelectuais e artistas."

    Avanando na histria do ensino musical brasileiro, na dcada de 30 do

    sculo XX, um grande msico compositor, com destaque internacional,

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    preocupou-se com a questo de inserir uma nova proposta pedaggica musical

    nas escolas brasileiras. Heitor Villa Lobos considerado um expoente msico

    compositor do modernismo do Brasil. Em suas composies, abordava

    melodias e ritmos com esprito nacionalista e com elementos das canes

    folclricas do Brasil. O prprio Villa Lobos fala, em Paz (2004, p. 22):

    Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha msica eu deixocantar os rios e os mares deste grande Brasil. Eu no ponho brequesnem freios, nem mordaa na exuberncia tropical das nossasflorestas e dos nossos cus, que eu transporto instintivamente paratudo o que escrevo.

    A importncia de Villa Lobos para o cenrio musical do Brasil descrito

    por Paz como: O artista, alm de um talento incomum, tinha uma espantosa

    tenacidade. E, at o fim da vida, comps um grande nmero de peas de alta

    qualidade. (2004, p. 17).

    Villa Lobos era atento s questes polticas do governo de Getlio

    Vargas e mostrava-se alinhado com a busca de uma identidade nacional que

    era inexistente at o incio do sculo XX. Ao encaminhar uma carta ao

    presidente da repblica, Villa Lobos mostrou-se solidrio precariedade do

    cenrio artstico brasileiro do momento. Nessa realidade, Villa Lobos raciocinou

    diante do que deveria ser a abordagem da disciplina msica nas escolas. Logo,

    em 1932, surge a oportunidade de Villa Lobos ingressar em um cargo de poder

    pblico na Superintendncia Educacional e Artstica (SEMA). Atravs dessa

    oportunidade, Villa Lobos implantou o canto orfenico no currculo das escolas

    brasileiras visando, entre outros objetivos, contribuir na formao moral do

    povo brasileiro.Segundo Loureiro (2001, p.56):

    Desejoso de educar as massas urbanas atravs da msica, ogoverno leva frente o projeto traado por Villa-Lobos para o ensinodo Canto Orfenico nas escolas primrias e normais, inspirado nomodelo alemo, implementando-o, lentamente, durante os anos 30.Esse projeto, cujos objetivos eram desenvolver, em ordem deimportncia: 1 - a disciplina; 2- o civismo e 3 - a educao artsticaprevia, alm da criao de um curso para a formao de professoresespecializados nessa disciplina, a criao de um orfeo artstico e deum orfeo para cada escola, bem como a realizao de grandesespetculos orfenicos, com a participao de milhares de crianas e

    jovens.

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    Entende-se por canto orfenico a prtica do canto coletivo. Villa Lobos

    criou o Manual do Guia Prtico do Canto Orfenico para ser introduzido nas

    escolas do pas. Segundo Caricol (2012, p. 20):

    O canto orfenico tem suas origens na Frana no incio do sculoXIX, quando era uma atividade obrigatria nas escolas municipais deParis. um canto coletivo, de caractersticas prprias, no qual seorganizam conjuntos heterogneos de vozes. A prtica do cantoorfenico no exige conhecimento musical ou treinamento vocalprvio.

    Villa Lobos utilizou a oportunidade concedida em assumir um cargo

    pblico vista por suas necessidades financeiras ao seu interesse de promover

    a msica com atividade intelectual e moral nas escolas.

    Os objetivos de Villa Lobos com o ensino de msica estavam ligados a

    trs principais aspectos: o cvico, o higienista e o social. No primeiro, visava-se

    a criao do sentimento cvico ainda precrio na poca. Em Amato (2007,

    p.217):

    Esse guia, fruto da concepo de Villa-Lobos de canto em conjunto,tambm abrangia uma vertente nacionalista, baseando-se naincorporao de elementos muito fortes na cultura brasileira de suapoca e concebendo a msica como meio de renovao e formaomoral, cvica e intelectual.

    Nas diversas datas histricas, de carter "imprescindvel", como dia da

    Bandeira, Independncia e Tiradentes, existiam canes e hinos reverenciando

    a histria e a cultura do povo Brasileiro. No segundo objetivo o que se queria

    era dar o carter da msica como elemento desenvolvedor da sade ao

    ensinar melhor forma de cuidado com o corpo e esprito. O terceiro e ltimo

    objetivo diz respeito a como a msica capaz de promover uma convivncia

    interclasses pacfica. Sua principal ferramenta para atingir seus objetivos era o

    canto orfenico. Segundo Schaffrad e Paglia (2007, p.5): Villa-Lobos imprimiu

    carter socializante ao ensino da msica, atribua atividade musical nas

    escolas o carter formador para a disciplina, o civismo e a educao artstica..

    A presena e a contribuio da msica como disciplina dentro das

    escolas causou tamanho efeito que os alunos se envolviam com determinadas

    datas do calendrio escolar, conscientizava-os da responsabilidade como

    cidados e com a importncia dos fatos histricos. As crianas vivenciavam asdatas importantes como Tiradentes, por exemplo, pelas nossas apresentaes.

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    Quando acabou a msica na escola, acabou tambm o civismo no Brasil,

    enfatiza Hilderudes.(Caricol, 2012, p.22)

    Importante salientar que Villa Lobos no possua formao pedaggica,

    portanto no era educador. Sua especialidade era a composio, o que refleteem como o msico observava somente a forma de agir e executar suas obras e

    seus projetos musicais. A partir dessa observao, Villa Lobos no desenvolvia

    um olhar com carter pedaggico, mas sim musical diante sua disciplina

    dentro da instituio escolar. Inevitavelmente ele esbarrava em certas

    dificuldades que caberiam mais a um educador formado desenvolver e resolver

    do que um compositor musical. Em Caricol (2012, p.21) confirmam-se as

    afirmaes acima:

    "Para Paulo Tarso msico professor do Departamento de Msica daEscola de Comunicao e Artes da Universidade de So Paulo, VillaLobos no era algum, originalmente preocupado com a educaomusical. Essa foi uma oportunidade profissional que ele agarrou comunhas e dentes. Ele convergiu parte da sua fora criativa no sentidode construir uma ideia de educao musical por meio do cantocoletivo tendo a msica popular com eixo central."

    Pode-se observar, ainda em Caricol (2012, p.21):

    Teca Alencar de Brito, fundadora e diretora da Teca Oficina deMsica e professora do Departamento de Msica da Escola deComunicao e Artes da Universidade de So Paulo, que acreditaque Villa-Lobos esbarrou em problemas com os quais convivemos atos dias atuais. A falta de capacitao de professores um deles. Sepensarmos bem, ele prprio no era professor. Ele acabou criandouma proposta, mas ele era mais um compositor que tinha umpensamento criativo muito marcante do que uma pessoa voltada paraa educao.

    Uma das dificuldades enfrentadas por Villa Lobos foi em encontrar

    professores com formao suficiente para ministrar as aulas de msica

    segundo aquilo que considerava o mais apropriado, ou seja, a forma que Lobos

    acreditava e defendia. Para avanar o processo da formao de professores,

    Villa desenvolveu um projeto junto ao SEMA. Observa-se em Caricol (2012,

    p.21):

    A partir de 1936, a SEMA passou a se chamar Servio de EducaoMusical e Artstica do Departamento de Educao Complementar doDistrito Federal. Por meio dele, Villa-Lobos criou o Curso deOrientao e Aperfeioamento do Ensino de Msica e Canto

    Orfenico. Tal iniciativa tinha como objetivo principal formareducadores para que fossem multiplicadores de suas prticas eoferecia curso, aos professores das escolas primrias, de

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    Declamao Rtmica e de Preparao ao ensino do Canto Orfenico,e de Especializado de Msica e Canto Orfenico e de Prtica deCanto Orfenico, aos professores especializados.

    Com a aprovao do projeto de Heitor Villa Lobos para o ensino pblico

    em todo territrio nacional, durante as dcadas de 1930, 1940, 1950 o projetode Villa Lobos alcanou relativo sucesso. A partir de 1936, a SEMA mudou seu

    nome para Servio de Educao Musical e Artstica em prol das necessidades

    que Villa Lobos tinha em aprimorar, capacitar e formar professores de msica

    para executar o seu projeto, pois o sucesso de seu trabalho estava atrelado a

    essa formao dos professores para que esses pudessem realizar e atingir os

    objetivos da proposta de Villa Lobos. Em Amato (2007, P. 216):

    Todas essas iniciativas constituram o primeiro passo para a criao,em 1942, do Conservatrio Nacional de Canto Orfenico, filiado aoMinistrio de Educao e Sade. A regulamentao do curso decanto orfenico se deu em 1946, com a finalidade de formarprofessores capacitados para o ensino de tal disciplina, idealizada porVilla-Lobos.

    2.2 A Educao Musical no Brasil - 1971 at 2008

    O desafio de Villa Lobos foi o de criar condies para estudar os

    professores, preparando-os assim para enfrentar desafios e trabalhar juntos na

    construo do seu projeto. Porm, com o passar do tempo, muitas escolas e de

    diversas regies ainda no possuam uma forma sistmica no ensino da

    msica e adaptavam-na a suas condies. Apenas em 1964 o curso superior

    de educao musical foi criado por exigncia do Conselho Federal de

    Educao pela portaria nmero 63 do Ministrio da Educao. Mais tarde, em

    1969, passou a ser chamado de Licenciatura em Msica. Segundo Fucci

    Amato (2004) apud Fucci Amato (2007 p.216)

    A regulamentao do curso de canto orfenico se deu em 1946,com a finalidade de formar professores capacitados para o ensino detal disciplina, idealizada por Villa-Lobos. Vale destacar que, alm deser includo na grade escolar, possibilitando uma maiordemocratizao dos conhecimentos musicais, o canto orfenicotambm difundiu-se em cursos oferecidos por estabelecimentos deensino especializados, como conservatrios musicais, destacando-seao lado da oferta de formao pianstica, que era a base de taisinstituies.

    Segundo Loureiro (p.476):

    Um dos problemas para a implantao do novo modelo era aausncia de professores capazes de atender ao novo perfil da

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    disciplina. Para suprir o mais rpido possvel o mercado com oprofissional de Educao Artstica, exige-se das instituiessuperiores a formao e a capacitao deste profissional, habilitando-o a exercer e assumir a nova tarefa.

    Enfrentando essas dificuldades e mais as mudanas constantes nas

    polticas pblicas, era inevitvel o enfraquecimento da disciplina msica no

    meio do ensino. Apesar do incio da formao superiora de Licenciatura em

    Msica, em 1971 a disciplina educao musical foi banida dos currculos

    escolares do pas, passando para atividade de Educao Artstica. Com essa

    mudana, a msica deixa de ser uma disciplina isolada e passa a dividir o

    espao com outras reas de conhecimento como, por exemplo, Artes Cnicas,

    Artes Plsticas e Desenho. Segundo Caricol (2012, p.24): "Mas o que

    predominou em sala de aula foi o ensino das artes plsticas, enquanto as

    demais foram desaparecendo gradativamente do dia a dia escolar.

    Importante destacar que, com o enfraquecimento da disciplina msica

    nas escolas na dcada de 70, e com a mudana para Educao Artstica,

    ocorreu uma valorizao de outras formas artsticas para serem trabalhadas

    em sala de aula. Portanto, a msica passou a ser uma das reas que formou o

    que se chamou de Polivalncia da Educao Artstica. A proposta da

    polivalncia foi o grande precipcio para o ensino de msica. Lutamos contra

    esta prtica at hoje, diz Magali Klber, Presidente da Associao Brasileira

    de Educao Musical (ABEM), em entrevista concedida a Caricol (2012, p. 24).

    Pode-se notar um declnio na importncia da disciplina msica na

    dcada de 1970. Notamos a contribuio da mesma de acordo com o que foi

    proposto por Villa Lobos dentro do seu projeto apesar de esbarrar por diversas

    dificuldades no trajeto. As crianas vivenciam as datas importantes comoTiradentes, por exemplo, pelas nossas apresentaes. Quando acabou a

    msica nas escolas, acabou tambm o civismo no Brasil enfatiza Hilderudes

    Ferrari, com 75 anos de idade e 34 de magistrio, que vivenciou o ensino do

    canto Orfenico nas escolas (Caricol, 2012, p. 22).

    Destaca-se que em 1996, o Presidente Fernando Henrique Cardoso com

    a Lei n 9.394/96, a disciplina de artes retorna para a grade curricular sendo

    obrigatria.

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    3. A Lei Nr 11.769/08

    Quais foram os motivos que fizeram com que os polticos, junto s

    instituies e artistas do pas, se envolverem para criar a Lei N 11.769,

    obrigando a msica a ser componente obrigatrio curricular nas escolas do

    pas a partir de 2011, sendo que est j contemplava nos currculos da

    disciplina Educao Artstica?

    A partir da observao feita da disciplina Educao Artstica ser

    polivalente em relao a quatro reas do conhecimento, sendo elas, (Artes

    Cnicas, Msica, Artes e Dana), sabe-se que a msica est presente, mascom pouco destaque em sala de aula. Com a obrigatoriedade da Lei n 11.769

    essa viso deveria mudar, pois cabe s instituies abrirem as portas e se

    adequarem nova legislao. Segundo Pereira e Amaral (2010,p.6):

    O reconhecimento do valor da msica pelo grupo social coloca-a ouno no currculo escolar. Esta a questo crucial do Brasil hoje:resgate do valor da msica perante a sociedade. Somente com a Lei11.769 tal resgate parece criar possibilidades e se tornar possvel.

    Em 08 de agosto de 2008, entrou em vigor a Lei 11.769 que obriga amsica como disciplina curricular das escolas em todo o pas, alterando a LDB

    (Lei n 9.394/96). Vrias instituies como, por exemplo, Associao Brasileira

    de Educao Musical (ABEM), Associao Brasileira da Msica (ABM), Instituto

    Villa Lobos juntamente com alguns artistas e com o Deputado Frank Aguiar, no

    governo do presidente Lula, foram os responsveis pela implantao da Lei n

    11.769/08. As associaes elaboraram um documento que foi entregue

    senadora Roseana Sarney. Em Caricol (2012, p.27):Baseada nesse documento, a senadora Roseana Sarney elaborou eencaminhou o Projeto de Lei n 330, em que classifica como ambguoo texto da LDB n 5.692 que, segundo ela, tem acarretado amanuteno de prticas polivalentes de educao artstica e aausncia do ensino de msica nas escolas.

    Nota-se que estamos h cinco anos que a Lei n 11.769/08 foi

    sancionada e percebemos algumas dificuldades em comum nos dias de hoje

    com o perodo do projeto de Heitor Villa Lobos. Muitas escolas ainda no

    possuem uma sala adequada para o trabalho da disciplina msica, faltam

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    instrumentos musicais, estrutura fsica inadequada (falta de isolamento

    acstico), planejamento deficiente de currculo escolar envolvendo as

    atividades a serem desenvolvidas em aula com os alunos, entre outros.

    Segundo Cy (2008, p.11):

    O ambiente fsico-arquitetnico escolar com relao ao isolamentoacstico em geral no adequado para as aulas de msica.Conforme existir a disponibilidade, h que se providenciar algumasala de aula especfica para a Educao Musical nas escolas erealizar o isolamento acstico. E agora, uma questo mais crucialainda se coloca: esto os professores preparados para ministrar asaulas de msica? Qual seria a abordagem deste ensino musical?

    Nota-se que a Lei n 11.769/08 descreve apenas a obrigatoriedade da

    msica nas escolas pblicas. Abaixo redigimos o contedo da Lei em questo:

    3.1. Quadro da Lei Nr 11.769/08.

    A maneira com que o texto da Lei n 11.769/08 foi redigido deveria

    facilitar o papel do professor e do gestor dentro da realidade do dia a dia com

    os alunos em sala de aula. Fica muito livre e aberta a proposta da insero

    dessa Lei, liberando aos professores de msica a lidar com os contedos e

    forma de agir que melhor lhes convier, trabalhando dentro das suas condies

    e dentro da sua realidade. Cabe ressaltar a importncia de um currculo

    sistematizado neste contexto. Segundo Silva (p.1):

    Art. 1o O art. 26 da Lei n

    o9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar

    acrescido do seguinte 6o:

    Art. 26. ...................................................................................................................

    6o A msica dever ser contedo obrigatrio, mas no exclusivo, do componente

    curricular de que trata o 2odeste artigo. (NR)

    Art. 2o (VETADO)

    Art. 3o Os sistemas de ensino tero 3 (trs) anos letivos para se adaptarem s

    exigncias estabelecidas nos arts. 1oe 2

    odesta Lei.

    Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Figura 1: Texto da Lei 11.769/08 (Fonte: www.planalto.gov.br, 2013)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art26%C2%A76http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art26%C2%A76http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art26%C2%A76http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Msg/VEP-622-08.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Msg/VEP-622-08.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art26%C2%A76
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    Muito mais do que um conjunto de saberes dividido em reas deconhecimento, disciplinas, atividades, projetos e outras formas derecorte, por sua vez hierarquizados em sries anuais ou semestrais,ciclos, mdulos de ensino, eixos e outras formas de escalonar otempo, o currculo o corao da escola.

    No existe uma ementa curricular da disciplina msica indicando aosprofissionais quais contedos devem ser trabalhados em sala de aula, o que

    daria uma grande liberdade no planejamento das aulas por parte dos

    professores. Essa liberdade em excesso, por outro lado, pode comprometer o

    trabalho, pois, se no existe um planejamento da disciplina dentro da

    instituio, esse pode caminhar sem rumo e sem direo, se perdendo durante

    o processo e sem a garantia de um projeto musical de sucesso, qualidade e

    consistente. Corroborando este pensamento, segundo Beamont e Fonseca(p.4):

    Finalizamos estas reflexes apontando algumas duplicidades noresolvidas nos textos legais: a denominao e concepo de ciclos esries; a denominao e concepo de reas e disciplinas; asabordagens disciplinar e interdisciplinar; a Educao Artstica e aArte, a Msica e demais modalidades; as atuaes da professora edo professor especialista.

    Para Pereira e Amaral (2010, p.6) O educador musical deve conduzir a

    aula, trabalhando no s novos conhecimentos da rea musical, mas tambm,das reas interdisciplinares, proporcionado uma formao musical mais crtica.

    Ainda segundo Pereira e Amaral (2010, p.7):

    Devemos cuidar para queessa nova lei tenha um destino melhor doque as outras. As associaes de classe, os coordenadorespedaggicos e professores da rea devam trabalhar comresponsabilidade junto ao MEC e s delegacias de ensino para aimplantao de um ensino musical de qualidade.

    Para Klousouski e Reali (p.7):

    O planejamento de ensino esboa uma situao futura a partir dasituao atual e prev o que, como, onde, quando e o porqu se querrealizar tal objetivo, a fim de garantir a objetividade, a funcionalidade,a continuidade, a produtividade e a eficcia das aes planejadas,tornando o ensino produtivo e a aprendizagem garantida. Umplanejamento de ensino eficaz s funciona se h o comprometimentodo professor, a busca de sempre estar atualizado e de querer omelhor para suas aulas.

    Como diz Caricol (2012, p.24):

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    As aulas de msica deviam utilizar jogos, instrumentos de percusso

    e ate brincadeiras que proporcionassem o desenvolvimento corporal,auditivo, rtmico e tambm a socializao dos alunos que precisavamser estimados a improvisar e experimentar. O que se viu na prtica,porem, foi uma realidade diferente em cada regio, para no dizer emcada escola, que compunha seu currculo de acordo com aspossibilidades e os recursos materiais e humanos que possuam."

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    4. O Gestor Escolar

    Ao abordar o tema gesto, administrao, ou ainda gerenciamento,

    notamos em comum a participao essencial de algum capaz de indicar aos

    seus subordinados aquilo que deve ser feito com esprito de liderana, seguro

    e motivador. Dentro do contexto escolar, encontramos na figura dos

    supervisores, coordenadores, inspetores e orientadores, aqueles quem, em

    cada uma de suas atribuies, devem direcionar todo o debate acerca dos

    objetivos a serem alcanados pela educao. Segundo Carvalho (2005):

    No atual modelo de gesto, tende-se a atribuir uma maiorimportncia figura do gestor, visto como lideranaempreendedora. Este passa a ser valorizado por sua capacidade deinfluenciar, motivar, identificar e resolver problemas, partilharinformaes, desenvolver e manter um sentido de comunidade naescola, estimular o trabalho em equipe, compartilharresponsabilidades e poder, tomar decises conjuntas

    Corra (2009) apud Naura Syria Carapeto (2001) considera o

    supervisor educacional um agente articulador de prticas educativas visando a

    qualidade da formao humana para o pleno exerccio da cidadania. Ou seja,

    cada um desses profissionais existe para proporcionar efetivas transformaesno contexto escolar. Apesar de possurem diferenas em relao aos

    propsitos profissionais, todos esto em busca da melhoria do processo ensino

    aprendizagem, de forma que os educandos e a comunidade local consigam

    enxergar a escola como formadora do Ser-cidado.

    O supervisor o agente que est fora da escola. Sua participao

    acontece por visitas s instituies, em contato mais prximo com o diretor e o

    coordenador. Apesar de o seu envolvimento ser de fora pra dentro com a

    instituio, extremamente importante seu contato com o diretor/coordenador,

    pois ambos buscam suprir as necessidades e as dificuldades enfrentadas no

    dia a dia na escola. Cabe ao supervisor intervir na prtica e no plano poltico,

    sua ao est na orientao profissional para com o diretor/coordenador.

    Segundo Mary Rangel (2003) apud Correa (2009, p. 4) a superviso

    educacional tem um sentido mais amplo, ultrapassando as atividades da escola

    e refere-se aos aspectos estruturais e sistmicos da educao em nvelmacro.

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    Entende-se por coordenador pedaggico, o responsvel pela

    administrao escolar junto ao diretor e professor. Seu contato muito prximo

    rotina dos professores em sala de aula, aliando dessa forma nas tentativas

    da soluo dos problemas rotineiros. Sua relao com os pais dos alunos

    frequente, pois quaisquer assuntos que os pais desejarem tratar sobre seus

    filhos passam primeiro pelo coordenador. Cabe ao coordenador levar as

    propostas discutidas para os professores na busca de trocarem experincias e

    opinies, reduzindo assim os conflitos e solucionando os desafios que surgem

    na escola diariamente. Encontramos no coordenador escolar aquele que olha

    para dentro dos muros escolares e de sua equipe pedaggica.Para Azevedo,

    Nogueira e Rodrigues (2012, p.29) o coordenador deve:

    identificar a ao da coordenao pedaggica em uma atuaomotivadora, inovadora e interdisciplinar, caracterstica da prticadesse profissional que busca sempre inovar e transformar o processode ensino e aprendizagem por meio de uma prtica participativa queenvolva os agentes da educao.

    O orientador est sempre presente na escola. Este profissional tem

    contato direto com os alunos, orientando-os de forma direita, sendo o mediador

    entre professor-aluno, aluno-professor. Para Freitas (2009, p.2):

    O orientador um profissional de grande importncia na escola,

    pois, ele vai articular e clarificar as contradies e confrontos. Nessemeio, ele busca ajudar o aluno a compreender as redes de relaesque na sociedade se estabelecem.

    Seu desafio como orientador estar atento aos alunos de forma ampla,

    visto que essa pessoa vem de determinados costumes, valores, princpios e

    histrias diferentes. Unindo sua realidade ao projeto poltico-pedaggico da

    escola na busca de contribuir na formao de cidados mais justos e humanos.

    Conforme Moreira (2011, p. 23):

    Comeamos relatando que a Orientadora Educacional possui aresponsabilidade de identificar as dificuldades dos alunos, para tentarresolv-las. Na sua sala, tambm, se abrem os coraes, pois,muitas vezes, problemas psicolgicos e emocionais como o derelacionamento entre pais e alunos so tratados na sua presena.

    Em Aquino (2012, p. 20):

    o orientador educacional perdeu o antigo rtulo e tem como objetivo

    trabalhar para intermediar os conflitos escolares e ajudar osprofessores em suas funes, os alunos em suas dificuldades e afamlia em encontrar seu espao na escola e na vida de seus filhos.

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    O gestor encontra-se plenamente inserido ao desafio de guiar uma

    escola e seus aliados na busca de inserir a disciplina msica dentro do

    programa escolar junto a um currculo acessvel a realidade de cada escola.

    Exerce assim, a gesto democrtica. Cabe dirigir-se ao PPP (Projeto Poltico

    Pedaggico) buscando auxlio na formao desse perfil com o apoio de toda

    equipe escolar e contribuir para que a Msica, de forma sria e bem

    direcionada, se torne capaz de encantar e transformar vidas educando e

    musicalizando pessoas. Cita-se Tres (p.4).

    Algumas das importantes e atuais funes do gestor escolar soprever e se antecipar s mudanas, assim, o gestor deve saber iralm e intuir as mudanas, aprender a pesquisar, avaliar e enfrentaros novos desafios. Sendo assim, o gestor para liderar as mudanas e

    implant-las deve ter a conscincia da existncia de riscos para queassim possa evitar possveis erros, por meio de um planejamentobem elaborado e participativo.

    4.1. O Gestor escolar e a disciplina Msica

    Sabe-se que o papel do gestor junto ao professor de extrema

    necessidade para contribuir no processo de qualidade do ensino e para

    desencadear as propostas desejadas e planejadas por toda equipe escolar.

    Cabe ao gestor averiguar as condies fsicas de toda escola, pontuando suas

    maiores necessidades para melhor desenvolver as propostas pedaggicas,

    sejam elas voltadas para a disciplina Msica ou qualquer outra. Segundo Tres

    (p.2):

    "Assim, o papel da escola deve estar de acordo com os interesses dasociedade atual, ou seja, a escola precisa assumir as caractersticas

    de uma instituio que atenda s exigncias geradas por essesfatores. Sendo assim, a gesto da escola precisa se empenhar parareestruturar a escola, pois a aprendizagem agora ocupa toda a vidadas pessoas, alm da escola, adquirem-se conhecimentos emdiversos espaos, no familiar, no social e no virtual."

    Consciente do desafio do gestor na tentativa de implantar uma gesto

    participativa, nota-se que tambm a comunidade deve se empenhar em prol da

    melhoria da qualidade do ensino. De acordo com Azevedo, Nogueira,

    Rodrigues (2012, p.23):

    O coordenador precisa estar sempre atento ao cenrio que seapresenta a sua volta, valorizando os profissionais da sua equipe e

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    acompanhando os resultados. Cabe ao coordenador refletir sobre suaprpria prtica para superar os obstculos e aperfeioar o processode ensino-aprendizagem. O trabalho em equipe fonte inesgotvelde superao e valorizao do profissional.

    Em sintonia com o pensamento acima, o gestor tem como

    responsabilidade cumprir as demandas da Secretaria de Educao, e, com

    isso, cabe a ele averiguar se todos os termos contidos nas Leis e no Projeto

    Poltico Pedaggico vem sendo alcanados.

    Com a insero da Lei n 11.969/08, nota-se que a equipe pedaggica

    vem sofrendo muitas dificuldades, principalmente para o gestor escolar.

    Segundo Cy (2008, p.15):

    Ao debater com alguns professores sobre a implantao desta novalei, alguns questionavam se teriam que ensinar teoria musical ouensinar a leitura de notas musicais. A imagem da educao musicalficou paralisada no tempo e na imaginao de algumas pessoas!

    Nota-se ento, que a ao do currculo tem um papel fundamental

    dentro da instituio escolar. Este, se bem planejado, pensado e estruturado de

    acordo com o perfil da comunidade, e, levando em conta as reais condies

    com as quais ele vem a se concretizar, um dos pilares para a melhoria

    qualitativa de aprendizagem. Segundo Matos (2004, p.94):

    O currculo, enquanto instrumentao da cidadania democrticadeve contemplar contedos e estratgias de aprendizagem quecapacitem o ser humano para a realizao de atividades nos trsdomnios da ao humana, a vida em sociedade, atividade produtivae a experincia subjetiva, visando integrao de todas as pessoasno universo das relaes polticas, do trabalho e da simbolizaosubjetiva.

    Porm, a realidade mostra que o currculo passa a ser apenas um roteiro

    escolar utilizado pelos professores sem preocupao com a realidade social

    dos alunos. Este deve ser construdo pela escola, com a participao ativa de

    todos os interessados na atividade educacional. Para que os professores

    possam contribuir na formao de cidados conscientes, o currculo deve estar

    adequado para a realizao dessa parceria no decorrer do processo. Arnaldo

    Matos (2004, p.89) enfatiza que:

    As escolas, atravs de seus currculos, para exercerem a funo

    social que se faz necessria, precisam possibilitar o cultivo dos bensculturais e socais considerando as expectativas e as necessidades

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    dos alunos, dos pais da comunidade, dos professores, enfim, osenvolvidos diretamente no processo educativo. nesse universo queo aluno vivncia situaes diversificadas que favorecem oaprendizado, parta dialogar de maneira competente com acomunidade, aprender a respeitar e a ser respeitado, a ouvir e serouvido, a reivindicar direitos e a cumprir obrigaes, a participar

    ativamente da vida cientfica, cultural, social e poltica.

    Portanto, notria a falta de sistematizao de um currculo para a

    disciplina msica nas escolas. Os professores, com formao especfica ou

    no, ficam sem saber por onde comear a trabalhar os contedos em sala de

    aula, pois no existe um roteiro ou uma direo para seu trabalho.

    Muitas dvidas surgem nesse trajeto e com elas as inseguranas quanto

    a se esto trabalhando da melhor forma, se o trabalho est sendo absorvido

    pelos alunos, se os resultados a longe e mdio prazo sero eficazes e se

    contriburam de fato para os estudantes e toda equipe da escola. Nesse

    contexto surge a figura do gestor escolar como condutor do processo. Segundo

    Antunes (2008, p. 2):

    Nesse novo cenrio, especialmente quando se trata da gesto deescolas pblicas, inegvel a importncia da ao do gestor daescola para garantir a efetivao das conquistas legais e ademocratizao das relaes e do ensino.

    Sendo o gestor responsvel pela busca do trabalho coletivo em

    benefcio de uma melhor qualidade do ensino e elo entre professores,

    funcionrios, gestores e pais, ele deve prosseguir com seu papel de orientar os

    professores em suas prticas pedaggicas, concentrando nas discusses

    sobre um planejamento voltado para a disciplina msica. Dessa forma, o

    planejamento ser questionado em equipe, direcionando-se de acordocom o

    perfil de toda escola junto realidade dos alunos ali inseridos. SegundoAntunes (2008, p.9) a gesto passa a ser sinnimo de ambiente autnomo e

    participativo, o que implica trabalho coletivo e compartilhado por vrias pessoas

    para atingir objetivos comuns..

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    5. Consideraes Finais

    Os objetivos da pesquisa foram investigar a lei Nr 11.769/08, como vem

    sendo cumprida dentro das escolas do pas e compreender qual o papel do

    gestor escolar no contexto do ensino musical para efetuar a disciplina Msica

    com xito. Os objetivos propostos foram alcanados, pois compreendemos

    como alguns autores abordam a funo do gestor escolar e esclarecemos qual

    o papel do gestor junto a Lei da obrigatoriedade da disciplina Msica.

    Verificamos que o papel do gestor fundamental para um trabalho consistente

    e produtivo. Analisamos junto aos autores apresentados que cabe ao gestor

    direcionar os caminhos da disciplina Msica junto comunidade escolar na

    busca de melhor atend-los respeitando a realidade e a cultura do local. Sua

    presena na escola fundamental, pois atravs da parceria estabelecida entre

    pais alunos professores gestores contempla-se a igualdade e uma melhoria na

    qualidade do ensino da Msica para todos inseridos nessa proposta.

    Atravs da investigao realizada, notria a relevncia do gestor junto

    equipe escolar para efetuar as transformaes que ocorrem a cada

    efetivao de uma nova legislao dentro do pas. Percebe-se que, atravs da

    gesto democrtica, o gestor concilia a participao de toda comunidade

    escolar quanto utilizao do Projeto Poltico Pedaggico (PPP) moldando-o

    ao perfil de cada instituio. Como consequncia, realiza de maneira mais

    concreta e positiva a disciplina msica dentro da escola com o objetivo de

    atingir resultados brilhantes para todos envolvidos nessa questo.

    Villa Lobos enfrentou grandes dificuldades quando seu projeto foiaprovado, sendo estas, a falta de professores capacitados para atend-lo no

    trabalho proposto do Canto Orfenico e a falta de sistematizao do ensino.

    Percebemos que algumas das dificuldades que Villa Lobos sofreu ao implantar

    o canto orfenico em sua poca, voltaram tona nos dias de hoje.

    Consideramos que se a Lei obriga todas as escolas do Pas a estarem

    aptas incluso da disciplina msica em sala de aula, notria a fragilidade da

    mesma para conquistar seu espao como linguagem e pesquisa a serem

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    explorados com prestgio devido a muitos pensamentos equivocados e

    inculturais. No podemos fechar nossos olhos para esse novo desafio quanto

    incluso da Lei 11.769/08. Todos os envolvidos na educao devem prezar por

    uma educao digna e de qualidade no Pas. Percebemos durante a pesquisa

    que o processo longo e demorado, mas ao mesmo tempo positivo ao

    esbarramos com artigos, monografias, teses e dissertaes entre educadores e

    profissionais da rea com a ambio de contribuir com a concretizao da Lei e

    a melhorar a educao do pas. Esse novo tema da msica como disciplina

    nas escolas gera enormes dvidas e opinies, mas notrio que estamos

    vivenciando a tentativa dessa insero, mesmo que devagar e em meio aos

    obstculos. O ponto de partida foi dado, e isso nos conduz a um olhar com

    grande encanto para que se efetive de forma real, mgica e promissora por

    tudo que a Msica tem a oferecer contribuindo na vida de cada aluno.

    Tornando-os assim mais humanos, sensveis e crticos na busca por um pas

    mais justo, consciente e menos corrupto.

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    6. Referncias Bibliogrficas

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