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DAIANE HEIL COLEÇÃO DE VESTIDOS INFANTIS BALNEÁRIO CAMBORIÚ 2006-1

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DAIANE HEIL

COLEÇÃO DE VESTIDOS INFANTIS

BALNEÁRIO CAMBORIÚ

2006-1

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DAIANE HEIL

COLEÇÃO DE VESTIDOS INFANTIS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Design de Moda da Universidade do Vale do Itajaí para a obtenção do Título de Bacharel em Design de Moda, sob a orientaçãoda Profa. Esp. Graziela Morelli.

BALNEÁRIO CAMBORIÚ

2006-1

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Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Design de Moda da

Universidade do Vale do Itajaí, apresentado e aprovado em Banca Avaliadora

composta pelos seguintes membros:

______________________________________________________ Prof. Nome de Tal, Titulação Professor Orientador ______________________________________________________ Prof. Nome de Tal, Titulação Professor Convidado ______________________________________________________ Prof. Nome de Tal, Titulação Convidado Externo ______________________________________________________ Profa. Bianka Cappucci Frisoni, M.Sc Coordenadora do Curso de Design de Moda ______________________________________________________ Profa. Egeria Hoeller Borges, Esp. Responsável pelas atividades de Conclusão do Curso de Design de Moda

Balneário Camboriú Julho de 2006

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por poder estar aqui e partilhar destas experiências de crescimento pessoal e profissional. Agradeço à minha mãe que sempre me apoiou nos momentos difíceis e aos meus amigos que foram parceiros nesta minha jornada. Obrigada!

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RESUMO

Foi-se o tempo que as crianças vestiam-se com qualquer roupa. Hoje,

logo cedo, elas determinam o que gostam e querem usar, seja para ficar em casa, ir

à escola ou passear e ir a festas. São elas que decidem na hora da compra pois os

pais, para suprir a ausência criada pela necessidade de trabalhar fora, acabam

fazendo a vontade dos filhos. Por conta disso, o mercado de moda infantil investe

cada vez mais em roupas e acessórios para agradar esse público bastante exigente.

Foi pensando neste mercado que foi criada esta coleção para meninas de 2 a 6

anos. Inspirada na temática das Cantigas de Roda, remete a inocência e a

imaginação na infância. O artesanato também está presente nesta coleção, trazendo

muitos bordados e aplicações manuais nas peças. Uma coleção moderna, baseada

nas tendências atuais, que busca mesclar o antigo com o novo, fazendo reviver

assim os maravilhosos tempos de infância.

Palavras-chave: Artesanato; Vestuário Infantil; Cantigas de Roda.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Margaridas em relevo.....................................................................................................24 Figura 2 - Motivo Caseado ou Festonê ..........................................................................................24 Figura 3 - Motivo de arcos ..............................................................................................................24 Figura 4 - Motivo de Serpentina......................................................................................................25 Figura 5 - Motivo de anéis ..............................................................................................................25 Figura 6 - Motivo de trevos .............................................................................................................25 Figura 7 - Bainha aberta – ponto ajour simples..............................................................................26 Figura 8 - Bainha simples em zigue zague.....................................................................................26 Figura 9 - Bainhas duplas ligadas e descontraídas........................................................................26 Figura 10 - Losangos caseados........................................................................................................26 Figura 11 - Nó turco simples.............................................................................................................26 Figura 12 - União em espiral.............................................................................................................26 Figura 13 - Pompons de lã................................................................................................................27 Figura 14 - Motivos em Ponto Cruz ..................................................................................................27 Figura 15 - Ponto de arco simples....................................................................................................28 Figura 16 - Arcos Fantasia................................................................................................................28 Figura 17 - Arcos Caseados .............................................................................................................29 Figura 18 - Arcos de Picôs................................................................................................................29 Figura 19 - Arcos de Nozinhos .........................................................................................................29 Figura 20 - Crochê Perfeição............................................................................................................29 Figura 21 - Crochê Irlandês ..............................................................................................................29 Figura 22 - Tricô Perfeição 1 ............................................................................................................29 Figura 23 - Tricô Perfeição 2 ............................................................................................................30 Figura 24 - Rosinhas de crochê........................................................................................................30 Figura 25 - Ponto Inglês....................................................................................................................30 Figura 26 - Estrela oito pontas de crochê.........................................................................................30 Figura 27 - Bordado Ponto Sombra..................................................................................................31 Figura 28 - Bordado Delicado ...........................................................................................................31 Figura 29 - Trajes 1900.....................................................................................................................33 Figura 30 - Redingote – Trajes 1900 ................................................................................................33 Figura 31 - Estilo marinheiro – 1900.................................................................................................34 Figura 32 - Trajes anos 20................................................................................................................35 Figura 33 - Skeleton suit - anos 20...................................................................................................35 Figura 34 - Shirley Temple e “sua moda” – anos 30 ........................................................................36 Figura 35 - Traje anos 40..................................................................................................................37 Figura 36 - Trajes anos 50................................................................................................................38 Figura 37 - Traje anos 60..................................................................................................................39 Figura 38 - Traje anos 70..................................................................................................................40 Figura 39 - Traje anos 80..................................................................................................................41 Figura 40 - Traje anos 90..................................................................................................................42 Figura 41 - Produto de mercado.......................................................................................................45 Figura 42 - Produto de mercado.......................................................................................................45 Figura 43 - Produto de mercado.......................................................................................................45 Figura 44 - Produto de mercado.......................................................................................................45 Figura 45 - Vestido infantil ................................................................................................................46 Figura 46 - Vestido infantil ............................................................................................................46 Figura 47 - Vestido infantil ............................................................................................................47 Figura 48 - Vestido infantil ............................................................................................................47 Figura 49 - Tendências .....................................................................................................................48 Figura 50 - Tendências .....................................................................................................................48 Figura 51 - Concorrente:Lilica Ripilica..........................................................................................49 Figura 52 - Concorrente:Lilica Ripilica..............................................................................................49

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Figura 53 - Concorrente:Lilica Ripilica..............................................................................................49 Figura 54 - Concorrente: Fruto da Fruta...........................................................................................50 Figura 55 - Concorrente: Fruto da Fruta...........................................................................................50 Figura 56 - Concorrente: Fruto da Fruta...........................................................................................50 Figura 57 - Concorrente: Oilily ..........................................................................................................51 Figura 58 - Concorrente: Oilily ..........................................................................................................51 Figura 59 - Público............................................................................................................................59 Figura 60 - Tendência 2007..............................................................................................................70 Figura 61 - Tendência 2007..............................................................................................................70 Figura 62 - Tendência 2006..............................................................................................................71 Figura 63 - Tendência 2006..............................................................................................................71 Figura 64 - Croqui Pequenininha......................................................................................................82 Figura 65 - Croqui O Cravo e a Rosa ...............................................................................................85 Figura 66 - Croqui Nesta rua ............................................................................................................88 Figura 67 - Croqui O sapo não lava o pé..........................................................................................91 Figura 68 - Croqui A barata diz que tem...........................................................................................93 Figura 69 - Croqui Peixe vivo............................................................................................................95 Figura 70 - Croqui O trem de ferro ...................................................................................................97 Figura 71 - Croqui Ciranda cirandinha..............................................................................................99 Figura 72 - Croqui Atirei o pau no gato...........................................................................................101 Figura 73 - Croqui Pirulito que bate-bate........................................................................................103 Figura 74 - Croqui Se esta rua fosse minha ...................................................................................105 Figura 75 - Croqui Alecrim ..............................................................................................................107 Figura 76 - Croqui Cai-cai balão .....................................................................................................109 Figura 77 - Croqui Terezinha de Jesus ..........................................................................................111 Figura 78 - Croqui Pézinho .............................................................................................................113 Figura 79 - Bordado O sapo não lava o pé.....................................................................................115 Figura 80 - Bordado 5: A barata diz que tem..................................................................................115 Figura 81 - Bordado 6: Peixe vivo ..................................................................................................115 Figura 82 - Bordado 7: O trem de ferro ..........................................................................................116 Figura 83 - Bordado 8: Ciranda- cirandinha ...................................................................................116 Figura 84 - Bordado 9: Atirei o pau no gato....................................................................................116 Figura 85 - Bordado 10: Pirulito que bate- bate..............................................................................117 Figura 86 - Bordado 11: Se esta rua fosse minha ..........................................................................117 Figura 87 - Bordado 12: Alecrim ....................................................................................................117 Figura 88 - Bordado 13: Cai- cai balão...........................................................................................117 Figura 89 - Bordado 14: Terezinha de Jesus .................................................................................118 Figura 90 - Bordado 15: Pezinho....................................................................................................118 Figura 91 - Modelagem Pequenininha............................................................................................120 Figura 92 - Modelagem 2:...............................................................................................................121 Figura 93 - Modelagem O Cravo e a Rosa.....................................................................................121 Figura 94 - Modelagem Nesta rua ..................................................................................................122 Figura 95 - Moldes 1 .......................................................................................................................123 Figura 96 - Moldes 2...................................................................................................................123 Figura 97 - Corte da peça ...............................................................................................................123 Figura 98 - Corte da peça...........................................................................................................123 Figura 99 - Confecção da peça.......................................................................................................124 Figura 100 - Peça confeccionada.................................................................................................124 Figura 101 - O Cravo e a Rosa.........................................................................................................125 Figura 102 - Nesta rua..................................................................................................................125 Figura 103 - Pequenininha................................................................................................................125 Figura 104 - Logo-marca ..................................................................................................................127 Figura 105 - Tag e etiqueta...............................................................................................................128

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................10 1.1 PROBLEMA ..........................................................................................................................13 1.2 OBJETIVO GERAL ...............................................................................................................14 1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................................14

2 METODOLOGIA........................................ ....................................................................................15 2.1 METODOLOGIA DE PESQUISA..........................................................................................15 2.2 METODOLOGIA DE PROJETO ...........................................................................................16

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................. ......................................................................18 3.1 CONCEITOS DE DESIGN....................................................................................................18 3.2 CONCEITOS DE MODA.......................................................................................................18 3.3 CONCEITOS DE ARTESANATO .........................................................................................20 3.4 HISTÓRICO/ EVOLUÇÃO DO VESTUÁRIO INFANTIL.......................................................31

3.4.1 Roupas para meninos meninas até 1900.........................................................................33 3.4.2 Roupas para meninos e meninas anos 20.......................................................................34 3.4.3 Roupas de passeio anos 30 .............................................................................................35 3.4.4 Roupas para meninos e meninas anos 40.......................................................................36 3.4.5 Roupas para meninos e meninas anos 50.......................................................................37 3.4.6 Roupas para meninos e meninas anos 60.......................................................................38 3.4.7 Roupas para meninos e meninas anos 70.......................................................................39 3.4.8 Roupas para meninos e meninas anos 80.......................................................................40 3.4.9 Roupas para meninos e meninas anos 90.......................................................................41

4 PESQUISA ....................................................................................................................................44 4.1 PESQUISA DE MERCADO ..................................................................................................44

4.1.1 Produto .............................................................................................................................44 4.1.2 Estado do design ..............................................................................................................46 4.1.3 Tendências .......................................................................................................................47 4.1.4 Concorrentes ....................................................................................................................48 4.1.5 Entrevistas ........................................................................................................................51

4.1.5.1 Loja Catalata ........................................................................................................................ 51 4.1.5.2 Confecções Day Dé.............................................................................................................. 54

4.1.6 Mercado............................................................................................................................55 4.1.7 Materiais ...........................................................................................................................56 4.1.8 Análise da pesquisa de mercado .....................................................................................56

4.2 PESQUISA DE PÚBLICO.....................................................................................................58 4.2.1 Público ..............................................................................................................................58

4.3 TEMÁTICA............................................................................................................................60 4.3.1 Definição da temática a ser desenvolvida........................................................................60 4.3.2 Justificativa .......................................................................................................................68

4.4 TENDÊNCIAS.......................................................................................................................69 4.4.1 Tendências de moda em geral .........................................................................................69 4.4.2 Tendência de moda relacionado ao público e segmento.................................................70

5 CONCEITUAÇÃO ....................................... ..................................................................................72 5.1 ANÁLISE DA PROBLEMÁTICA............................................................................................72 5.2 BRIEFING (DESCRITIVO)....................................................................................................73 5.3 BRIEFING VISUAL ...............................................................................................................75 5.4 PAINÉIS SEMÂNTICOS .......................................................................................................76

5.4.1 Conceito............................................................................................................................76 5.4.2 Temática ...........................................................................................................................77 5.4.3 Público ..............................................................................................................................78

5.5 CARTELA DE CORES..........................................................................................................79 5.6 CARTELA DE MATERIAIS ...................................................................................................80

6 CROQUIS DA COLEÇÃO................................. ............................................................................81

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6.1 BORDADOS E APLICAÇÕES ............................................................................................115 6.2 MODELAGEM.....................................................................................................................118 6.3 CONFECÇÃO DOS PROTÓTIPOS....................................................................................123 6.4 FATORES INFORMACIONAIS...........................................................................................124 6.5 MODELOS FINAIS .............................................................................................................125

7 MARKETING/DIVULGAÇÃO............................... .......................................................................126 7.1 IDENTIDADE DA MARCA ..................................................................................................126 7.2 TAGS E ETIQUETAS .........................................................................................................127 7.3 RELEASE DA COLEÇÃO...................................................................................................128

8 CONCLUSÃO.......................................... ....................................................................................130 9 REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................131 10 OBRAS CONSULTADAS .................................. .........................................................................134

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1 INTRODUÇÃO

Para todo lado que se olhe, vêem-se vitrines de todos os estilos. O que

mais cresce entretanto são aquelas dedicadas ao público infantil. Os produtos

para esse segmento estão se tornando um importante nicho de mercado para a

indústria têxtil e do vestuário. Desenvolver produtos que atraiam os pequenos

consumidores tornou-se um grande negócio, que cada dia assumem um papel

mais importante na formação de opinião, influenciando inclusive as compras da

família.

Entretanto, não é fácil agradar a esse grupo tão exigente de

consumidores. Os gostos variam muito conforme a idade. Para acertar no gosto

deles, algumas empresas criam uma equipe especial que faz pesquisas de

mercado, especialmente para tentar acertar nos gostos e desejos das crianças.

Nas classes mais bem remuneradas, os pais têm pagado cada vez

mais caro pela roupa dos filhos, aumentando o faturamento das empresas no

setor. Hoje em dia, os pais vem optando por comprar para seus filhos as marcas

que eles mesmos usam. Além da necessidade, o que engorda o mercado é o

desejo dos pais de verem seus filhos bem-vestidos e, atentos a isto, estilistas

como o mineiro Ronaldo Fraga e os paulistas Walter Rodrigues e Alexandre

Herchcovitch foram os primeiros a investir neste segmento, lançando coleções

especialmente feitas para as crianças, por intermédio de outras marcas. Ronaldo

Fraga criou uma linha infantil inspirados pelos seus filhos enquanto Walter

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Rodrigues, a convite da loja infantil Paola da Vinci – de São Paulo, que acumula

25 anos de experiência no setor – desenvolveu uma linha especial de vestidos

infantis inspirados em princesas e bailarinas. Já Alexandre Herchcovitch entrou no

mundo das crianças por meio de um convite de Susana Jeha, proprietária da loja

Banca das Camisetas, em São Paulo. Ele criou uma linha de camisetas infantis,

resgatando do início da sua carreira os motivos de caveiras, mas com o toque

delicado de estrelinhas ou letras. Em seguida, grifes adultas sofisticadas como a

VR e a TNG entraram na disputa pelo gosto infantil, fazendo roupas também para

crianças, levando em consideração que, a partir de certa idade, a criança já é

capaz de mostrar suas preferências, não aceitando a imposição ou mesmo opinião

dos pais.

Ao mesmo tempo, a procura por produtos diferenciados, está cada vez

maior. É por causa dessa grande procura, que hoje em dia, o termo

“customização” aparece nos meios de moda. Essa paixão da moda por peças

únicas, exclusivas, com muito mais do que um toque pessoal, vem ficando mais

forte. Customizar significa tornar uma peça de roupa antiga ou ultrapassada em

algo novo, com recortes, apliques e costuras que dão uma cara nova e pessoal.

É claro que peças únicas, trabalhadas, possuem seu público-alvo

específico e disposto a pagar pela diferenciação de uma roupa que consumiu uma

boa dose de criatividade e tempo para ficar pronta. Devido a isso, o artesanato

voltou a ficar em alta. Os trabalhos manuais em estilo barroco estiveram em alta

na última coleção de inverno 2004 de Renato Loureiro, no São Paulo Fashion

Week. Walter Rodrigues, Lino Villaventura e principalmente Carlos Miele, da M.

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Officer também usam freqüentemente artesanato realizando parcerias com

comunidades carentes.

A tendência atual, baseada na individualização em contraponto à

excessiva massificação das roupas, ocorrida nos últimos anos, é apontada pelos

designers e estilistas como excelente geradora de oportunidades para a inserção

de técnicas manuais em peças de vestuário e acessórios. Portanto, bordados,

crochê, aplicações, entre outras técnicas, estão em alta no mercado de moda. “O

artesanato e as artes manuais nas peças de vestuário fazem a diferença”, afirma

Kátia Ferreira (2005), consultora do Projeto de Empreendedorismo Social do

Sebrae no Distrito Federal. O artesanato vem sendo valorizado no mercado de

moda e é um importante meio de inserção social, pois possibilita a inclusão de

comunidades carentes no mundo da moda, através da mão de obra qualificada.

Em relação ao mercado de moda infantil, os dados mostram o

crescimento desse segmento. Em 1994, quando o Brasil abriu suas fronteiras aos

mercados estrangeiros os 990 fabricantes de roupas infantis no Brasil

comercializaram pouco mais de um milhão de peças. Nos últimos anos, o número

de fabricantes especializados nesse segmento deu um salto. A participação do

segmento infantil no faturamento de todo o setor do vestuário subiu de 23% para

27%. Dados levantados por institutos de pesquisas demonstraram que o

segmento de roupas infantis (de zero a 12 anos de idade) é um dos mais

competitivos da indústria têxtil brasileira e também um dos que mais crescem.

O promissor segmento de moda infantil representa 20% do mercado

brasileiro de vestuário. Este mercado soma uma produção de 900 milhões de

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peças/ ano. Em 2003, apresentou um crescimento de 11%, em relação ao ano

anterior, acumulando um faturamento de US$ 1,9 bilhão. (ABIT, 2005).

Segundo dados da Associação Brasileira do Vestuário (ABRAVEST,

2005), o segmento de confecção infantil fabrica por ano 2300 toneladas de malha

e 1509 toneladas de tecido plano que são transformados em 244 milhões de

peças para crianças de todo o país, sem contar as outras áreas do segmento.

Diferentemente dos adultos, as crianças precisam renovar o guarda-

roupa a toda hora. Dados da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest)

mostram que o segmento produz 3% mais roupas do que o masculino adulto no

Brasil (algo em torno de 1,26 bilhão de peças/ ano) e crescem 5% ao ano.

1.1 PROBLEMA

Os dados das pesquisas mostram que o segmento de vestuário infantil

tem se tornado um grande nicho de mercado devido ao número elevado de

crianças e também aos pais que querem ver seus filhos sempre bem arrumados,

não se importando muitas vezes com o custo das peças. A busca por peças

diferenciadas é um dos diferenciais da evolução do mercado atual. E o

desenvolvimento de produtos utilizando como diferencial a mão-de-obra manual,

concebe produtos únicos, chamando a atenção dos pais que estão em busca de

produtos exclusivos para seus filhos.

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Dessa forma, como pode-se desenvolver uma coleção de peças de

vestuário infantil utilizando bordados e aplicações que tornem os produtos

diferenciados e exclusivos com mão-de-obra artesanal?

1.2 OBJETIVO GERAL

Desenvolver uma coleção de peças de vestuário para o público infantil

utilizando como diferencial o artesanato, através de bordados, aplicações, crochês

e tricôs.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Desenvolver uma coleção de vestidos infantis;

- Utilizar o artesanato como forma de agregar valor ao produto;

- Fazer um produto moderno com toque artesanal;

- Resgatar a inocência da infância através do tema;

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2 METODOLOGIA

2.1 METODOLOGIA DE PESQUISA

Segundo Marconi e Lakatos (1990), a metodologia é um conjunto de

preceitos ou processos de que serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar

esses preceitos ou normas, a parte prática. Toda ciência utiliza inúmeras técnicas

na obtenção de seus propósitos”.

Como instrumentos para coleta de dados utilizou-se a entrevista que,

segundo Gil (1991, p.90) consiste em um tipo de instrumento que pode ser

entendida como a técnica que envolve duas pessoas numa situação ‘face a face’ e

em que uma delas formula questões e a outra responde. É uma técnica que

permite o relacionamento entre entrevistado e entrevistador. Não é simples

conversa. Trata-se de um diálogo orientado que busca, através de interrogatório,

informações e dados para a pesquisa. (MARTINS, 2000, p. 44-45).

Através da entrevista, obtém-se informações do entrevistado sobre um

determinado assunto. Neste projeto foi aplicada uma entrevista de tipo

padronizada ou estruturada que se caracteriza por ter um roteiro pré-determinado,

formulário elaborado de acordo com um plano. O pesquisador é livre para adaptar

a pergunta ou alterar a ordem dos tópicos. A entrevista foi realizada com

proprietárias de lojas de roupas infantis em Brusque.

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Além disso, como instrumento de coleta de dados, utilizou-se a

pesquisa de observação como instrumento da pesquisa de mercado e público e

também a pesquisa bibliográfica que serviu de fonte para a elaboração de toda a

fundamentação teórica.

2.2 METODOLOGIA DE PROJETO

Optou-se por trabalhar baseando-se na metodologia de projeto de

Munari (1998) no livro Das Coisas Nascem Coisas, o qual mostra que o método de

projeto não é mais do que uma série de operações necessárias, dispostas em

ordem lógica, ditada pela experiência.

Segundo Munari (1998), o objetivo é o de atingir o melhor resultado

com o menor esforço. Projetar exige a utilização de um método que ajude a

resolver o problema.

As etapas de projeto a seguir, são a maneira como foram realizadas

todas as pesquisas e desenvolvimento do trabalho.

Na metodologia, encontram-se as pesquisas realizadas para conhecer

as técnicas de artesanato e a evolução do vestuário infantil etc. Pesquisa de

campo e bibliográfica em busca de dados sobre tendências em diversos aspectos

como de mercado, temática e público. Após, fazer uma análise desses dados,

definiu-se um conceito e foram feitos painéis visuais para definir um briefing.

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A partir disso, definiu-se cartela de cores e de materiais, seguidas pela

geração de alternativas, onde quinze modelos compõe a coleção. Desses quinze

modelos, foram escolhidos três para execução, das quais foram realizadas a

modelagem e a confecção.

Após essa etapa, encontra-se o detalhamento técnico da coleção com

as fichas técnicas das peças confeccionadas e o desenho técnico das peças

restantes. Em seguida encontra-se a parte de marketing, onde foi definida uma

marca, tag e etiqueta

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 CONCEITOS DE DESIGN

Design é uma atividade criativa cujo objetivo é determinar as propriedades formais dos objetos produzidos. Por propriedades formais não se devem entender apenas as características exteriores, mas, sobretudo, as relações estruturais e funcionais que fazem de um objeto, uma unidade coerente, tanto do ponto de vista do produtor como do consumidor. (BETTIOL, 2005).

O design não se restringe apenas em fazer o produto pensando na

estética, mas sim, fazer o produto pensando em todos os processos, em todas as

funções, enfim em todos os valores agregados ao produto.

O design não reside nos produtos acabados, mas no ato de fazê-los.

Não no resultado, mas no processo. O design compreende o projeto, a execução

e o produto. O participante não tem que somente representar o produto no papel e

sim executá-lo de forma satisfatória.

É uma atividade especializada de caráter técnico-científico, criativo e artístico, com vistas à concepção e desenvolvimento de projetos de objetos e mensagens visuais que equacionam sistematicamente dados ergonômicos, tecnológicos, econômicos, sociais, culturais e estéticos que atendam concretamente às necessidades humanas. (MÜSSNICH, 2005).

3.2 CONCEITOS DE MODA

Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa Melhoramentos ([200-], p.

338), moda é: “1.uso corrente; hábito, costume. 2. Forma atual do vestuário. 3.

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Maneira como cada um faz as coisas. 4. Modinha. 5. Uso efêmero que dita a

maneira de vestir, calçar, pentear, etc.”

“A moda é um sistema que acompanha o vestuário e o tempo, que

integra o simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto maior, político, social,

sociológico.” (PALOMINO, 2003, p. 14).

A moda, hoje, é o que a indústria e os estilistas propõem para uma

estação ou um período de tempo. É um sistema de renovação permanente das

maneiras de se vestir e de se comportar. A moda se tornou um sistema em que as

mudanças passaram a ser aceitas e criadas como uma necessidade contínua de

novas expressões mudando suas propostas, no mínimo, duas vezes ao ano.

Segundo Moutinho (2003), a moda se democratizou definitivamente a

partir do século XX devido a difusão dos meios de comunicação como jornais,

televisão e cinema e a produção das roupas em grande escala. Antes disso,

apenas as camadas mais altas da população tinham acesso à moda. A partir do

século XX, com o surgimento do prêt-à-porter, as camadas mais simples da

população passaram a conhecer melhor a moda e a poder usar, pois as roupas

passaram a ser produzidas em escala e com estilo. Assim, a moda deixou, aos

poucos, de ser considerada algo frívolo, visto que ela reflete as mudanças

ocorridas na sociedade em diversos aspectos e, industrialmente possibilita

emprego de milhares de pessoas.

A moda deixa de ser encarada como uma atividade frívola, e as pessoas se convencem de que ela está ligada às modificações que atingem a sociedade em seus vários aspectos. (MOUTINHO, 2003)

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3.3 CONCEITOS DE ARTESANATO

A palavra arte pode assumir várias significações, mas é basicamente a

transformação da matéria bruta pelo homem. Não se deve confundir padrão com

uniformidade. Embora padronizada, cada peça feita à mão é única, não se

confundindo com nenhuma outra, nem da mesma espécie, ainda que tenha sido

elaborada no mesmo dia e pela mesma pessoa. O estilo do artesão empresta

originalidade a seus objetos, como uma marca pessoal, enquanto o padrão é a

marca do grupo. Cada artesão escolhe um estilo, mas não deixa de ser

influenciado pelo ambiente em que vive e pelos modos de vida própria da área

cultural que pertence. Por exemplo, no artesanato indígena o material é

normalmente extraído do local. Porém não deixa de ser artesanato a produção de

objetos com o aproveitamento de retalhos de papel, panos, fios de arame, de

linha, entre outros materiais.

A atividade artesanal está ligada aos recursos naturais do estilo de vida

e do grau de comércio com comunidades vizinhas, sendo o artesanato uma

manifestação da vida comunitária, o trabalho se orienta no sentido de produzir

objetos de uso mais comuns no lugar, seja em função utilitária, decorativa ou

religiosa. Não se pode falar em artesanato somente com o objetivo comercial, pois

ele pode ser produzido para consumo próprio ou mesmo doação sem perder sua

característica artesanal. Esse grande interesse pelos trabalhos manuais se

explica, provavelmente, com o receio às conseqüências do avanço tecnológico.

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Segundo Andrade et al. (2005), o artesanato se apresenta sobre diversos pontos

de vista, entre eles:

- social : possibilitando ao artesão melhores condições de vida e

atuando contra o desemprego, o artesanato pode ser considerado elemento de

equilíbrio no país e fator de coesão, de paz social. Conforme se sabe, este

sistema de trabalho conta com a participação ativa da família. O lar, então, além

de centro de vida é também núcleo de aprendizagem profissional. Outrossim, o

mestre-artesão desempenha um papel relevante na comunidade e sua arte é fator

de prestígio;

- artístico: O artesanato desperta as aptidões do artesão e aprimora-

lhe o intelecto. Suas mãos, obedientes a impulsos mentais e inteligentes,

deslocam a matéria-bruta, grosseira e passiva, e convertem-na conforme sua

imaginação. Se o artesão, além de habilidade manual, possuir talento e

sensibilidade, aí então ele vira artista. Desse modo, sua experiência artesanal

seria apenas uma fase de formação artística;

- pedagógico : isto quer dizer que os trabalhos manuais são de grande

valor para a criança em idade escolar, principalmente os de carpintaria,

modelagem e papel recortado. Considera-se o artesanato como excelente meio

para a educação de certos que, se bem orientados nesse plano, podem adquirir

habilidade prodigiosa e se realizarem na vida, plenamente;

- moral : o artesanato pode dar causa ao aperfeiçoamento espiritual e

moral do artesão, sendo certo que o trabalho afasta a pessoa dos vícios e da

delinqüência. Daí o provérbio “em mãos ociosas, oficina do demônio”, cuja

sabedoria não se põe em dúvida;

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- terapêutico : o artesanato abranda o temperamento hostil ou agitado

de pessoas que sofrem desvios de personalidade, as quais poderão corrigir suas

aberrações através da ocupação manual. Se, por exemplo, um tipo psicológico

agressivo deseja fazer mal a alguém, ele o realiza – digamos no barro, e então se

satisfaz, por transferência, assim se liberta do incômodo, livra-se de seu estado de

tensão e obtém o equilíbrio intrapsíquico ou paz interior;

- cultural : O artesão imprime traços de sua cultura nos objetos que

produz, consciente ou inconscientemente. Muitas de suas tradições, como

símbolos mágicos e crenças, ficam marcadas em suas peças;

- psicológico : o artesão se sente valorizado com sua arte porque faz

objetos que têm serventia e isto lhe dá a certeza íntima de ser útil à comunidade.

Apesar do caráter regional do artesanato, o objeto produzido não deixa de ser o

resultado de ato do artesão, que nele imprime a marca de sua personalidade.

Meu objetivo, no início, que hoje se tornou verdadeira ambição, é o de dar valor, prestígio e futuro ao mundo do artesanato. Um mundo que devemos cuidar para que ele continue a existir; um mundo que é preciso usar e estimular para que ele prolongue suas experiências. (LUCCHI, 2002, p.30).

Com o progresso tecnológico, o artesanato foi perdendo espaço no

mercado consumidor, gerando ainda outro fator negativo, o da falta de incentivos

aos artesãos, que não conseguiam competir com a produção feita em série das

indústrias, deixando apagar um importante meio de expressão cultural.

Atualmente, esse meio de expressão cultural vem sendo resgatado não

apenas em peças de decoração, mas também no vestuário, como forma de

agregar valor ao produto buscando representar, através do artesanato, as origens

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e os valores humanos, trabalhando cada peça de maneira única. É a

personalização, ou seja, estilo próprio.

A interação entre artesanato e design tem sido tema recorrente em

eventos culturais de todo o país, discutindo-se o papel do designer no resgate e

modernização da produção tradicional de comunidades artesãs.

Há de se reconhecer os esforços feitos por instituições, empresas e organizações não governamentais em ações que visam promover a inclusão social, nos últimos anos aqui no Brasil. É possível observar que muitas dessas ações investem nos valores culturais como forma de recuperar a auto-estima e reforçar as questões identitárias quando atuam em comunidades rurais e centros urbanos. (ANDRADE et. al., 2005).

O artesanato está cada vez mais ligado a moda, trazendo para as

coleções peças adornadas em crochês, tricôs, aplicações entre muitas outras

técnicas artesanais.

Veremos a seguir, algumas técnicas (tipos) de pontos em crochê e tricô,

bordados, aplicações, retiradas da Coleção Mãos de Ouro da Editora Civita

(1970).

- Margaridas em relevo

Este ponto não é comum, trata-se de um trabalho especial que consiste

em se aplicar pequenas margaridas de lã ou fio num tecido de fundo. Este tecido

pode ser de lã, trabalhado a mão ou qualquer outro tecido comprado a metros.

Pode-se usar em xales, cobertas para berço, roupas etc.

Obtêm-se melhor efeito usando-se cores diferentes para o fundo e para

as margaridas, ou até mesmo usando-se tons diferentes da mesma cor.

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Figura 1 - Margaridas em relevo Fonte: Civita, 1970

- Biquinhos com passa-fitas

É uma série de pontos próprios que servirão como remates para peças

de roupas de cama e mesa, e roupas em geral. Estes biquinhos podem ser

enfeitados com uma fitinha, transformando-se assim em passa-fitas.

Tipos de biquinhos:

-Motivo Caseado ou Festonê

-Motivo de Arcos

-Motivo de Serpentina

-Motivo de Anéis

-Motivo de Trevos

Figura 2 - Motivo Caseado ou Festonê Figura 3 - Motivo de arcos Fonte: Civita, 1970 Fonte: Civita, 1970

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Figura 4 - Motivo de Serpentina Figura 5 - Motivo de anéis

Fonte: Civita, 1970 Fonte: Civita, 1970

Figura 6 - Motivo de trevos Fonte: Civita, 1970

- Bainhas Abertas

Sob o título genérico de bainhas abertas, designam-se todos os pontos

de bordado que, por meio de várias técnicas, agrupam fios de tecido, previamente

desfiados.

O ponto Ajour Simples pode ser feito em qualquer tecido, desde que as

linhas sejam usadas nas cores e espessuras mais adequadas.

São vários os sistemas pelos quais se prendem entre si os grupos de

fios formados pela bainha ajour simples, feita de ambos os lados. Com alguns

pontos simples, pode-se obter grande variedade de motivos, entre eles:

- Bainhas simples em zigue-zague

- Bainhas duplas ligadas e desencontradas

- Losangos caseados

- Nó turco simples

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- União em espiral

Figura 7 - Bainha aberta – ponto ajour simples Figura 8 - Bainha simples em zigue zague Fonte: Civita, 1970 Fonte: Civita, 1970

Figura 9 - Bainhas duplas ligadas e descontraídas

Figura 10 - Losangos caseados

Fonte: Civita, 1970 Fonte: Civita, 1970

Figura 11 - Nó turco simples Figura 12 - União em espiral

Fonte: Civita, 1970 Fonte: Civita, 1970

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- Pompons de lã

O uso de pompons valoriza o trabalho de tricô ou crochê, por mais

simples que seja. Podem ser utilizados nas roupas infantis, gorros entre outras

peças.

Figura 13 - Pompons de lã

Fonte: Civita, 1970

- Motivos em Ponto Cruz

Os motivos em ponto cruz, tão fáceis quanto decorativos, aparecem

tanto em peças de cama, mesa e banho, quanto em peças do vestuário.

Figura 14 - Motivos em Ponto Cruz

Fonte: Civita, 1970

- Crochê e Tricôs

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Os crochês e os tricôs vem ganhando cada vez mais utilidade na moda,

pois há uma infinidade de tipos e modelos de pontos, os quais podem ser

utilizados de diversas formas. Vejamos alguns tipos de pontos:

- Ponto de arco simples

- Arcos Fantasia

- Arcos Caseados

- Arcos com Picôs

- Arcos de Nozinhos

- Crochê Perfeição

- Crochê Irlandês

- Tricô Perfeição 1

- Tricô Perfeição 2

- Ponto Inglês

- Estrela oito pontas de crochê

- Rosinhas de crochê

Figura 15 - Ponto de arco simples Figura 16 - Arcos Fantasia Fonte: Civita, 1970 Fonte: Civita, 1970

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Figura 17 - Arcos Caseados Figura 18 - Arcos de Picôs Fonte: Civita, 1970 Fonte: Civita, 1970

Figura 19 - Arcos de Nozinhos Figura 20 - Crochê Perfeição Fonte: Civita, 1970 Fonte: Civita, 1970

Figura 21 - Crochê Irlandês Figura 22 - Tricô Perfeição 1 Fonte: Civita, 1970 Fonte: Civita, 1970

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Figura 23 - Tricô Perfeição 2 Figura 24 - Rosinhas de crochê Fonte: Civita, 1970 Fonte: Civita, 1970

Figura 25 - Ponto Inglês Figura 26 - Estrela oito pontas de crochê Fonte: Civita, 1970 Fonte: Civita, 1970

- Bordado Ponto Sombra

O ponto sombra pode ser utilizado para uma infinidade da trabalhos.

Depois de pequeno treino, sua execução torna-se bem fácil, permitindo realizar

várias peças em pouco tempo.

- Bordado Delicado

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Figura 27 - Bordado Ponto Sombra Figura 28 - Bordado Delicado Fonte: Civita, 1970 Fonte: Civita, 1970

3.4 HISTÓRICO/ EVOLUÇÃO DO VESTUÁRIO INFANTIL

O vestuário e os costumes existem desde o tempo das cavernas. Com

a civilização, homens e mulheres passaram a decidir sobre o que lhes era mais

adequado vestir; de acordo com sua condição social, fosse ela requintada ou

simplória. Embora as mudanças nas roupas do final do século XIX sugerissem um

abrandamento da postura da sociedade em relação aos trajes infantis, foi a

Primeira Guerra Mundial que testemunhou as primeiras reviravoltas significativas.

As crianças foram liberadas dos trajes pesados e formais – versões em escala

reduzida das roupas dos pais – e vestidas com trajes mais leves, simples e menos

restritivos. Com o surgimento, na década de 50, de várias novas fibras artificiais,

de tecidos que não amarrotavam e de fechos mais simples para as roupas, a

indústria passou por outra reviravolta.

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A revolução se completou com o advento da produção em massa,

quando as roupas tradicionais, feitas à mão, foram universalmente substituídas

pelos trajes de confecção industrial.

Para entender um pouco da moda para crianças do início do século XX,

é necessário voltar no tempo e saber que na Antiguidade as roupas eram soltas e

se adaptavam às exigências naturais do corpo, sendo assim, vestimentas

especiais para as crianças não se faziam necessárias. Durante a Idade Média, e

por vários séculos, as crianças pequenas usavam botas e vestidos compridos e

havia poucas diferenças entre os trajes masculinos e femininos. Mas, à medida

que a moda foi ganhando complexidade, a imitação das roupas dos adultos virou

uma regra geral. Já entre três e seis anos o menino se tornava um homenzinho, e

a menina, uma mulherzinha.

Em grandes obras de arte da Idade Média e do Renascimento, vemos

crianças pequenas vestindo roupas desconfortáveis, com golas franzidas,

anquinhas, calções bufantes, mangas cheias de ornamentos, saias compridas e

até espartilhos. Também se exigia que os pequeninos nobres usassem

complementos como sapatos de salto alto e chapéus enfeitados com penas e

flores.

Foi no final do século XVIII, através das idéias revolucionárias do

filósofo, sociólogo e pedagogo Jean-Jacques Rousseau, que começou a liberação

dos trajes infantis. Para ele, a infância era um estado natural e com características

próprias, por isso, as crianças não deveriam ser encaradas como adultos

imperfeitos e em tamanho reduzido. (MOUTINHO; VALENÇA, 2003)

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3.4.1 Roupas para meninos meninas até 1900

Embora os trajes de marinheiro existissem havia décadas, eles

ganharam destaque na virada do século, quando as mudanças na educação

implicavam a adequação das roupas à ginástica e aos esportes, que haviam

acabado de ser incluídos no currículo escolar por meio de uma reforma. Roupas

mais folgadas para as meninas, como o redingote (semelhante a um casaco de

montaria) de linho, começaram a ganhar popularidade. Apesar disso, ainda era

costume usar botas pesadas, de cordão, e meias de cashmere pretas. (TAMBINI,

1999).

Figura 29 - Trajes 1900 Figura 30 - Redingote – Trajes 1900 Fonte: Tambini, 1999 Fonte: Fashion, 2005

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Figura 31 - Estilo marinheiro – 1900

Fonte: Fashion, 2005

3.4.2 Roupas para meninos e meninas anos 20

Depois da Primeira Guerra Mundial, as roupas infantis mudaram

drástica e universalmente. Essa transformação refletiu as mudanças radicais

ocorridas na moda dos adultos. Trajes mais leves, menos elaborados, incluindo

golas macias, jérseis e meias soquetes, foram adotados, em contraste com os

estilos formais das primeiras décadas do século. As meninas usavam vestidos

simples com cintura caída, e os meninos trajavam versões atualizadas do skeleton

suit – shorts curtos, abotoados na barra da camisa. (TAMBINI, 1999)

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35

Figura 32 - Trajes anos 20 Figura 33 - Skeleton suit - anos 20 Fonte: Tambini, 1999 Fonte: Fashion, 2005

3.4.3 Roupas de passeio anos 30

Os conjuntos de casaco e perneiras, o traje de passeio mais popular

nas décadas de 30 e 40, eram extremamente práticos: as túnicas eram enfiadas

para dentro das folgadas perneiras que, por sua vez, podiam ser presas aos

sapatos com zíper ou botão, proporcionando mais calor. (TAMBINI, 1999)

Na década de 30, o cinema exercia grande influência na moda.

Ninguém exerceu tanto impacto sobre as roupas infantis quanto Shirley Temple.

Depois de sua estréia, aos três anos, foi nos dez anos seguintes uma das maiores

estrelas dos EUA. Atuou em filmes como “Princesinha das Ruas” e “A Pequena

órfã”. Seus vestidos nesses filmes – de mangas em balão e golas Peter Pan – se

tornaram muito populares. (TAMBINI, 1999)

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Figura 34 - Shirley Temple e “sua moda” – anos 30 Fonte: Balmat, 2005

3.4.4 Roupas para meninos e meninas anos 40

Com o irromper da Segunda Guerra Mundial, as roupas infantis

assumiram um aspecto mais prático do que anteriormente. Passaram a ser

projetadas com vistas ao conforto e à durabilidade. Eram comuns trajes como o

conjunto trespassado, usado com suéter de tricô. Estilos norte-americanos –

incluindo jaquetas de inverno com capuz e zíper, calções e camisas xadrez – , que

viraram moda no pós-guerra, começaram a se infiltrar na Europa com os pacotes

de roupas enviados pelos EUA em ajuda aos países atingidos pela guerra.

(TAMBINI, 1999)

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Figura 35 - Traje anos 40

Fonte: Tambini, 1999.

3.4.5 Roupas para meninos e meninas anos 50

O baby-boom1 do pós-guerra colocou em destaque o mercado potencial

para roupas infantis. Os trajes para crianças muito novas eram influenciados pelo

estilo adulto. Entretanto, mudanças sutis começaram a ocorrer e, aos poucos, os

trajes infantis passaram a seguir a moda adolescente, em vez da adulta. Os

adolescentes se tornaram uma importante força no mercado na década de 50.

Usavam seus primeiros salários para mostrar independência, adquirir roupas,

discos e acessórios associados à nova cultura pop. (TAMBINI, 1999)

1 Baby boom refere-se ao período de nove meses após um período de guerras ou desastres

climáticos, onde há falta de abastecimento em farmácias, ou mesmo a dificuldade de sair de casa, havendo dificuldade de meios anticoncepcionais, ocasionando uma grande ocorrência de nascimentos.

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Figura 36 - Trajes anos 50

Fonte: Tambini, 1999

Na década de 50, o comerciante vienense Walter Artz projetou e

patenteou um traje de peça única para bebês, feito com um tecido elástico

inventado por ele. O macacão foi projetado com o duplo objetivo de conforto e

praticidade, com presilhas ou botões na parte de dentro das pernas, o que

permitia a troca das fraldas sem a necessidade de despir o bebê completamente.

Foi aperfeiçoado ao longo das décadas, sendo agora conhecido e comercializado

internacionalmente. Aqui no Brasil é mais conhecido como Tip-top. (TAMBINI,

1999)

3.4.6 Roupas para meninos e meninas anos 60

Foi só em 1965 que as barras subiram acima do joelho e que o estilo

característico de vestuário – artigos ousados e provocantes em novos materiais

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sintéticos, associados à década de 60 – floresceu. De 1965 a 1968, trajes simples

e sumários foram produzidos em massa, em estilos vivos e baratos, adequados ao

mercado infantil. No final dos anos 60, o movimento hippie emergiu, levando

adiante a natureza experimental da década, na medida em que encorajou a

adoção de trajes étnicos, túnicas longas em materiais naturais, colares exóticos e

cabelos longos. (TAMBINI, 1999)

Figura 37 - Traje anos 60

Fonte: Tambini, 1999

3.4.7 Roupas para meninos e meninas anos 70

O estilo de vestuário que se desenvolveu ao final da década de 60

atingiu seu ápice nos anos 70. O corte das calças se alterou, alargando do joelho

à barra até chegar à abertura máxima nas chamadas “bocas-de-sino” (uma volta

ao estilo dos trajes de marinheiro). Desde cedo, os meninos passaram a usar

calças compridas ou jeans, em vez de shorts. Houve uma volta do interesse pelo

artesanato, como o patchwork, que levou à produção de tecidos com estampado

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nesse estilo. Seguindo a moda dos adultos, as saias das meninas ficaram mais

longas, às vezes acompanhadas de blusas com babados, inspiradas em trajes

históricos ou étnicos. (TAMBINI, 1999)

Figura 38 - Traje anos 70

Fonte: Tambini, 1999

3.4.8 Roupas para meninos e meninas anos 80

A influência da televisão e do vídeo sobre a roupa infantil se intensificou

na década de 80. Um efeito disso foi a disseminação dos estilos norte-americanos

pela Europa. Bonés de beisebol e tênis ganharam imensa popularidade. Os jeans

de brim, padrão de roupa informal para os jovens desde os anos 60, voltaram à

forma reta, com o fim da boca-de-sino. (TAMBINI, 1999)

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Figura 39 - Traje anos 80

Fonte: Tambini, 1999

3.4.9 Roupas para meninos e meninas anos 90

Nos anos 90, a face do mundo se altera muito à medida que o século

XXI se aproxima, trazendo consigo a era da modernização. Na televisão, o mundo

assiste pela primeira vez a uma guerra. A AIDS alastra-se pelo mundo. A

economia americana se fortalece. O mercado asiático cresce rapidamente. No

Brasil, lança-se o Plano Real para tentar estabilizar a economia, devido a alta

inflação. E a “aldeia global” ganha ainda mais força com a informática avançando

espantosamente.

Na moda, chega-se à era da indústria têxtil high-tech (de alta

tecnologia). A indumentária ocidental caracteriza-se pelo uso de uma

multiplicidade de tendências que fazem conviver os últimos lançamentos com a

moda retrô, que resgata modelos das décadas passadas. A simplicidade das

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roupas se acentuam e o prêt-à-porter se afirma cada vez mais. (MOUTINHO et.

al.,2003)

Figura 40 - Traje anos 90

Fonte: Tambini, 1999

Não há um estilo único que caracterize definitivamente a década de 90.

O número de fabricantes que passaram a se dedicar apenas às crianças

multiplicou-se e o de estilos disponíveis é vasto. Muitos estilos ou materiais

permaneceram ou foram redescobertos, com revivals freqüentes dos anos 50, 60,

e até mesmo 70. Um artigo da moda infantil que exerceu forte impacto foi o tênis,

que se tornou uma indústria bilionária, com empresas como a Nike e a Adidas

competindo para persuadir os jovens de que o seu produto é que está em alta no

momento. (TAMBINI, 1999)

“No século 20, a dinâmica muda, e é possível delimitar essas alterações

em décadas, com razoável clareza. Não é difícil lembrar o que se vestia nos anos

20, nos 50, nos 70, e assim por diante. Ou seja: cada ‘moda’ dura dez anos.”

(PALOMINO, 2003, p. 53.)

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Os anos 90 resumem-se em modernização, a qual atinge todos os

setores da indústria mundial, seja ela automobilística ou da moda.

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4 PESQUISA

4.1 PESQUISA DE MERCADO

O estudo de mercado é muito importante pois revela-nos qual é a

posição do produto proposto em relação aos produtos que já existem no mercado,

seja ela estético ou formal.

A pesquisa de mercado revela novas e interessantes possibilidades quanto à estipulação e às políticas de preços. A estipulação de preços pode não só afetar os lucros atuais, mas também os lucros futuros. A pesquisa de mercado também é responsável pelo estudo do mercado-alvo, da concorrência e de qualquer outro aspecto que possa afetar as vendas de uma empresa. (FEGHALI; DWYER, 2001, p. 130)

4.1.1 Produto

Nas coleções infantis femininas as cores estão sempre presentes e

aparecem acompanhadas por bordados, aplicações e brilhos. Muito usados

também são as malhas soft’s que criam um clima aconchegante e aquecedor, nas

peças de inverno.

A malha de algodão vem sendo muito utilizada neste segmento pois

proporciona movimento e conforto. Acabamentos e aviamentos são utilizados

como forma de agregar valor ao produto tornando-os mais competitivos e

diferenciados.

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Os temas são variados partindo de personagens de desenhos atuais

aos personagens clássicos (Disney). Nas últimas coleções, as saias e os vestidos

(nos mais diversos comprimentos e estilos) aparecem com bastante freqüência.

As roupas estão mais versáteis sendo utilizadas em vários ambientes,

escola, passeio, brincadeiras. As formas também variam bastante, de modelos

tradicionais aos mais modernos, buscando assim, agradar a esse público cada vez

mais exigente.

Figura 41 - Produto de mercado Figura 42 - Produto de mercado Fonte: acervo pessoal Fonte: acervo pessoal

Figura 43 - Produto de mercado Figura 44 - Produto de mercado Fonte: acervo pessoal Fonte: acervo pessoal

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4.1.2 Estado do design

O mercado vem oferecendo ao consumidor coleções cada vez mais

diversificadas com inspirações em temas atuais. O que começa a aparecer são

estampas e motivos de desenhos antigos (clássicos).

As roupas infantis estão mais modernas, parecidas com a dos adultos,

mas não deixando de ter “cara” de criança.

As cores também estão nesta linha, cores alegres, mas que de certa

forma, buscam referências na moda adulta. As combinações de cores e de

materiais são bastante utilizadas.

O artesanato também está presente no vestuário infantil através de

aplicações e bordados, isto na sua maioria dentro da linha industrial e não

artesanal.

A proposta deste projeto é trabalhar o artesanato manual utilizando

como diferencial no produto a aplicação de diversas técnicas de tricô, crochê e

bordado.

Figura 45 - Vestido infantil Figura 46 - Vestido infantil Fonte: Oilily, 2005 Fonte: Oilily, 2005

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Figura 47 - Vestido infantil Figura 48 - Vestido infantil Fonte: Oilily, 2005 Fonte: Oilily, 2005

4.1.3 Tendências

A moda brasileira já é valorizada no mundo todo por suas

peculiaridades, o que fortalece a indústria nacional. Mas não é apenas a produção

para adultos que garante o faturamento do segmento, pois o vestuário infantil,

apenas em 2003, foi responsável por US$ 1,9 bilhão do total gerado, segundo a

Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Este segmento

representa 20% do mercado brasileiro de vestuário e soma uma produção de

aproximadamente 1,26 bilhão de peças/ ano, com crescimento médio de cerca de

5% ao ano.

O mercado de moda infantil está aquecido e abastece a economia

brasileira. De acordo com a ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de

Confecção – o faturamento do segmento em 2004 foi de US$ 2,1 bilhões, ou seja,

10% superior ao de 2003 (US$ 1,9 bilhão). A produção nacional se voltou para

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abastecer o mercado interno e de outros países, já que a moda nacional ganha

cada vez mais espaço pelo mundo.

Figura 49 - Tendências Figura 50 - Tendências Fonte: Empresasglobo, 2005 Fonte: Empresasglobo, 2005

4.1.4 Concorrentes

Através de análises no atual contexto do mercado, foram destacados os

seguintes concorrentes:

Lilica Ripilica : Uma marca com roupas modernas e que resgatam a

feminilidade. Bordados e peças artesanais cada vez mais presente em suas

coleções.

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Figura 51 - Concorrente:Lilica Ripilica Figura 52 - Concorrente:Lilica Ripilica Fonte: Lilica Ripilica, 2005 Fonte: Lilica Ripilica, 2005

Figura 53 - Concorrente:Lilica Ripilica Fonte: Lilica Ripilica, 2005

Fruto da Fruta : Marca para quem gosta de estar na moda, com

produtos diferenciados, com ainda pouca utilização de artesanato nas coleções.

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Figura 54 - Concorrente: Fruto da Fruta Figura 55 - Concorrente: Fruto da Fruta Fonte: Fruto da Fruta, 2005 Fonte: Fruto da Fruta, 2005

Figura 56 - Concorrente: Fruto da Fruta Fonte: Fruto da Fruta, 2005

Oilily: A Oilily é uma marca bastante conceituada quando se fala em

qualidade e diversidade de modelos e detalhes, tornando ainda mais bonitas as

suas coleções.

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Figura 57 - Concorrente: Oilily Figura 58 - Concorrente: Oilily Fonte: Oilily, 2005 Fonte: Oilily, 2005

4.1.5 Entrevistas

As entrevistas foram realizadas com empresárias de Brusque, as quais

dedicam-se ao ramo do comércio de vestuário infantil.

Uma delas é proprietária de loja multimarcas e a outra de confecção

própria.

4.1.5.1 Loja Catalata

Entrevista realizada com a proprietária da loja infantil Catalata, Margaret

Stoltenberg Localizada na cidade de Brusque, centro.

Com que público-alvo você trabalha?

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Nós trabalhamos com o público de classe A e B, nos tamanhos de 01 a

20. Esse tamanho 20 refere-se mais ou menos ao tamanho 40 adulto. É uma

tendência muito forte as roupas aumentarem de tamanhos, já que as crianças

estão maiores, mais obesas. A gente trabalha com diversas marcas conhecidas,

por isso são vários segmentos. Algumas marcas que nós temos na loja são Vide

Bula Jr., Lei Básica Teen,...

Quais as peças que são mais vendidas?

Bem, até o tamanho 08, vendem-se mais conjuntos. Já nos tamanhos

maiores as peças mais procuradas são as peças avulsas, como calças, saias,

blusas.Não existe a procura por apenas um tipo de produto (peça).

O que eles procuram no produto: qualidade ou marca (status)?

Em primeiro lugar, a compra é influenciada pela marca, pois as crianças

querem a roupa da mesma marca de seus pais (sendo da Vide Bula é mais legal)!

Mas, se o produto comprado não satisfazer as qualidades esperadas pela mãe,

esta não volta a comprar o produto. Por isso, procuro marcas que deixem segura,

ou seja, de qualidade, afinal trabalhar com classe A e B exige um pouco mais de

atenção (não posso perder clientes).

Quem escolhe as roupas: os pais ou as crianças?

Até os quatro anos de idade, os pais é que decidem. A partir dos quatro

anos, as crianças influenciam seus pais a comprarem, mas a palavra final ainda é

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dos pais. Já a partir dos dez anos, as crianças escolhem o que querem, sem

permitir qualquer interferência dos pais.

Com que freqüência uma criança troca seu guarda-rou pas?

De coleção para coleção as mães estão aqui comprando. As crianças

crescem muito rápido e as peças de um ano para o outro dificilmente servem.

Além disso, as novidades ajudam bastante, pois todos querem ver seus filhos

bem-vestidos.

Você trabalha com peças feitas artesanalmente?

Em todas as coleções têm peças artesanais, nada muito focado nisso,

mas com bordados, aplicações e detalhes feitos à mão.

Minha proposta é fazer uma coleção infantil de dois a seis anos de

idade, que tem como objetivo diferenciar o produto através da utilização do

artesanato (aplicações e bordados feitos a mão). O que você acha?

Acho muito interessante trabalhar o segmento de moda infantil com

artesanato, já que este vêm crescendo rapidamente. Além disso, deixa o produto

mais bonito e atraente.

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4.1.5.2 Confecções Day Dé

Entrevista realizada com a proprietária da confecção infantil Day Dé,

Lindaura Hodecker, localizada na cidade de Brusque.

Com que público-alvo você trabalha?

Nós trabalhamos com o público de classe B e C. Fabricamos peças em

jeans e sarjas para crianças de 4 a 16 anos.

Quais as peças que são mais vendidas?

As peças que tem maior venda aqui na loja, são as calças e jaquetas

em jeans, sarja e cotelê.

O que eles procuram no produto: qualidade ou marca (status)?

Acho que hoje em dia o consumidor está mais consciente, levando em

conta não apenas a marca, mas também a qualidade do produto. Acima de tudo,

eles procuram um produto bonito e diferente.

Quem escolhe as roupas: os pais ou as crianças?

Na sua maioria, são os pais quem escolhem as roupas, mas a criança

está sempre opinando e muito dificilmente leva pra casa o que não aprova, não

quer.

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Com que freqüência uma criança troca seu guarda-rou pas?

Mudou a estação, mudou o guarda-roupas. Criança cresce muito rápido

e de ano pra ano as roupas não servem mais. Além disso, todo mundo quer estar

na moda, não somente as crianças, seus pais também os querem ver bonitos.

Você trabalha com peças feitas artesanalmente?

Em todas as coleções aparecem peças com detalhes artesanais, não

muita coisa, pois artesanato custa caro e nossos clientes pagam até uma faixa da

preço. Bordados manuais e aplicações coloridas enfeitam nossas roupas.

Minha proposta é fazer uma coleção infantil de dois a seis anos de

idade, que tem como objetivo diferenciar o produto através da utilização do

artesanato (aplicações e bordados feitos a mão). O que você acha?

Acho que é uma boa opção de mercado, já que a procura por produtos

dessa espécie cresce cada vez mais.

4.1.6 Mercado

O mercado de moda infantil está crescendo assustadoramente. Cada

vez mais empresários estão apostando neste ramo. O consumidor está se

tornando exigente com a qualidade dos produtos, fazendo com que os

confeccionistas melhorem e adaptem seu estilo e suas criações.

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Os concorrentes destacados anteriormente possuem uma vasta

experiência no ramo, e seus produtos são reconhecidos no mercado. Dentre eles

o que mais se destaca é a marca Oilily, podendo ser considerada como uma das

marcas líderes de venda no mercado. Seus preços não são baixos, uma média de

R$ 250,00 variando de produto para produto. Isso confirma que os consumidores

estão mais preocupados com a qualidade do que com o preço.

4.1.7 Materiais

Os materiais são os mais diversos possíveis desde a malharia até os

tecidos planos, dos mais leves aos mais pesados. Uma grande variedade de cores

e estampas animam o mundo da moda infantil.

Nesta coleção, as peças serão confeccionadas com tecido plano, por

se tratar de vestidos de festa. Procura-se cada vez mais peças e tecidos

diferenciados, por essa razão, a coleção conta com tecidos leves e pesados como

por exemplo a organza, chiffon, brim, cotelê.

4.1.8 Análise da pesquisa de mercado

Através das pesquisas, pôde-se perceber que o mercado de moda

infantil está cada vez maior e , mais preparado para satisfazê-lo.

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Os produtos estão cada vez mais elaborados e dentro das tendências

mundiais, pois não é fácil agradar a este público tão exigente. As crianças cada

vez mais cedo decidem e escolhem suas próprias roupas.

Junto com o crescimento do mercado aumentou a concorrência, e com

isto a oferta de produtos. Este se tornou um ótimo setor de investimentos.

Observou-se que os bordados e aplicações das peças, em sua maioria

são industriais.

Os materiais utilizados são os mais diversos, desde a malha de algodão

até aos tecidos planos.

As entrevistas mostram que o mercado está mudando e se adaptando

ao que o consumidor pede. Observa-se que apesar de serem dois casos

diferentes, a tendência é a mesma, fazer e vender produtos que atraiam a atenção

do cliente, ou seja peças elaboradas com bordados e aplicações modernas e

atuais.

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4.2 PESQUISA DE PÚBLICO

4.2.1 Público

Esta é uma coleção voltada para as classes A e B, na faixa etária de 2

a 6 anos. Para meninas que gostam de princesas e brincadeiras, peças

diferenciadas, bonitas e confortáveis. Meninas que gostem de se produzir, sem

perder o encanto da infância, da inocência e da imaginação.

Pais modernos que procuram algo diferente, algo que preserve a

beleza da infância.

A atual oferta do mercado apresenta inúmeros concorrentes quando se

trata de competir no segmento infantil, porém a idéia de se trabalhar artesanato

em peças de vestuário infantil ainda não é totalmente explorada. Pôde-se

perceber que, o mais próximo que se chega da proposta apresentada neste

projeto é a combinação de peças artesanais comuns no segmento de moda

adulto, peças com bordados e aplicações industriais e uma crescente procura por

peças dessa natureza, fazendo com que haja uma presença cada vez mais forte

do artesanato em peças do vestuário.

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Figura 59 - Público Fonte: Belduarte, 2006

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4.3 TEMÁTICA

Vários temas foram abordados com o intuito de preservar a inocência

da infância. Dentre eles destacaram-se as Princesas, Contos de Fadas e um tema

muito interessante que são as Cantigas de Roda.

4.3.1 Definição da temática a ser desenvolvida

As cantigas de roda são basicamente folclóricas, tanto as brasileiras

como as estrangeiras. As letras, melodias e ritmos são bastante lúdicos,

envolvendo de maneira coletiva várias brincadeiras, danças e trava-línguas. Tudo

como criança gosta.

Cantigas de roda são músicas usadas em brincadeiras infantis, onde as

crianças formam uma roda de mãos dadas enquanto cantam, podendo executar

ou não coreografias acerca da letra da música. É uma grande expressão folclórica.

Nisso tudo as crianças aprendem e se desenvolvem. As cantigas de

roda são ótimas para a socialização e desinibição da criança, ao olhar frente com

o outro, o toque corporal e a exposição consentida, pois em muitas das cantigas

deve-se ir ao centro da roda individualmente e ser visto por todos. Além disso,

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desenvolvem também o senso de organização coletiva através da roda e o senso

rítmico pela música e pelo movimento corporal que ela cria.

Existe um momento na vida da criança em que ela acredita nas ilusões

e mergulha no mundo da fantasia, mesmo conhecendo e aceitado a realidade da

qual participa.

Neste transitar entre aceitar o real e viver no sonho, as cantigas de roda

representam para a criança a confiança e a certeza de que necessita para investir

na conquista de si mesma e do mundo. O brincar de roda é uma atividade em que

a criança desenvolve a criatividade e na qual resgatamos o folclore infantil

brasileiro, uma vez que cada cantiga é aprendida e passada, ou melhor dizendo,

cantada, de geração em geração.

Hoje em dia, as crianças quase não cantam mais cantigas de roda,

ficou “fora de moda”. Que pena! Agora as crianças só estão ligadas no som dos

trios elétricos e nas músicas que ouvem nas rádios e televisões, ficando as

cantigas de roda em desvantagem tanto na falta de um arranjo musical eletrizante,

quanto na inexistência de ibope na mídia.

É por esse motivo que optou-se por usar a temática das cantigas de

roda, pois além de serem importantes memórias da infância, elas ajudam na

socialização das crianças entre si e com o mundo.

- Ciranda, cirandinha

Ciranda, cirandinha

Vamos todos cirandar

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Vamos dar a meia volta

Meia volta vamos dar

Vamos dar a volta inteira

Cavalheiro troca o par

O anel que tu me deste

Era vidro e se quebrou

O amor que tu me t inhas

Era pouco e se acabou

- O Cravo e a Rosa

O cravo brigou com a rosa

De baixo de uma sacada

O cravo saiu ferido

E a rosa despedaçada

O cravo f icou doente

A rosa foi visitar

O cravo teve um desmaio

E a rosa pôs-se a chorar

- Terezinha de Jesus

Terezinha de Jesus

Deu uma queda e foi ao chão

Acudiram três cavalheiros

Todos três chapéu na mão

O primeiro foi seu pai

O segundo seu irmão

O terceiro foi aquele

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Que a Tereza deu a mão

Tanta laranja madura

Tanto limão pelo chão

Tanto sangue derramado

Dentro do meu coração

Da laranja quero um gomo

Do l imão quero um pedaço

Da menina mais bonita

Quero um beijo e um abraço

- Atirei o pau no gato

Atirei o pau no gato-to

Mas o gato-to não morreu-reu-reu

Dona Chica-ca Admirou-se-se

Do berro, do berro que o gato deu:

Miau!

- Nesta Rua

Nesta rua, nesta rua

Tem um bosque

Que se chama, que se chama

Solidão;

Dentro dele, dentro dele

Mora um anjo

Que roubou, que roubou

Meu coração

Se eu roubei, se eu roubei

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Teu coração

Tu roubaste, tu roubaste

O meu também

Se eu roubei, se eu roubei

Teu coração

É porque, é porque

Te quero bem!

- Trem de ferro

O trem de ferro

Quando sai de Pernambuco

Vai fazendo fuço-fuco

Até chegar no Ceará

Rebola, bola

Você diz que dá, que dá

Você diz que dá na bola

Na bola você não dá

- Pirulito que bate-bate

Pirulito que bate-bate

Pirulito que já bateu

Quem gosta de mim é ela

Quem gosta dela sou eu

- Peixe vivo

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Como pode o peixe vivo

Viver fora d’água fr ia?

Como pode o peixe vivo

Viver fora d’água fr ia?

Como poderei viver

Como poderei viver

Sem a tua, sem a tua,

Sem a tua companhia?

- A Barata diz que tem

A barata diz que tem sete saias de f i ló

É mentira da barata ela tem é uma só

Ah ra ra ia ro ro, ela tem é uma só!

A barata diz que tem um sapato de veludo

É mentira da barata, o pé dela é peludo

Ah ra ra i uru ru, o pé dela é peludo!

A barata diz que tem uma cama de marf im

É mentira da barata, ela tem é de capim

Ah ra ra, r im, r im, r im, ela tem é de capim!

A barata diz que tem um anel de formatura

É mentira da barata, ela tem é casca dura

Ah ra ra, iu ru ru, e la tem é casca dura!

A barata diz que tem o cabelo cacheado

É mentira da barata,ela tem coco raspado

Ah ra ra, ia ro ro, e la tem coco raspado!

- Se esta rua fosse minha

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Se esta rua, se esta rua fosse minha

Eu mandava, eu mandava ladri lhar

Com pedrinhas, com pedrinhas de bri lhantes

Para o meu, para o meu amor passar

- O sapo não lava o pé

O sapo não lava o pé

Não lava porque não quer

Ele mora lá na lagoa

Não lava o pé porque não quer

Mas que chulé.. .

A sapa não lava a pá

Não lava parqua na quar

Ala Mara lá na lagá

Ná lava a pá parqua na quar

Mas qua chalá.. ..

E sepe ne leve e pé

Ne leve perque ne quer

Ele mere le ne legue

Ne leve e pé perque ne quer

Mes que chelé.. .

I sip i ni l ivi p i

Ni l ivi pirqui ni quir

I l i l i r i l i ni l igui

Ni l ivi pi pirqui ni quir

Mis qui chi li. . .

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O sopo no lovo o pó

No lovo porquo no quor

Olo moro lo no loguó

No lovo o pó porquo no quor

Mos quo choló.. .

U supu nu luvu u pú

Nu luvu purquu nu quur

Ulu muru lunu luguu

Nu luvu u pú purquu nu quur

Mus quu chulú.. .

- Cai cai balão

Cai cai balão, cai cai balão

Na rua do sabão!

Não cai não, não cai não, não cai não

Cai aqui na minha mão!

- Pézinho

Ai bota aqui, ai bota aqui

O seu pezinho

Seu pezinho bem juntinho com o meu (bis)

E depois não vá dizer

Que você se arrependeu!

- Pequenininha

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Sou pequenininha

Do tamanho de um botão

Levo papai no bolso

E a mamãe no coração

- Alecrim

Alecrim, alecrim dourado

Que nasceu no campo

Sem ser semeado

Foi meu amor

Quem me disse assim

Que a f lor do campo

Era o alecrim

4.3.2 Justificativa

Optou-se por trabalhar com a temática das Cantigas de Roda, pois

trata-se de um resgate cultural, que aos poucos vêm sendo esquecido não

somente pelos adultos, mas também pelas crianças. Além de resgatar o folclore

infantil, as cantigas de roda ajudam na socialização das crianças entre si e com o

mundo e trazem diversas referências visuais relacionadas com as cantigas. A

inspiração do tema se traduz nas peças através dos elementos infantis trazidos

pelas cantigas como o sapo, a botão etc, além de revelar as formas e cores da

infância.

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4.4 TENDÊNCIAS

4.4.1 Tendências de moda em geral

A primavera-verão brasileira chegará repleta de novidades e conceitos,

com o lançamento do caderno Inspirações para Design de Moda primavera-verão

2006/ 2007, editado pelo Senai. Com enfoque no Holístico, a tendência ressalta a

integração dos elementos – homem e natureza.

As cores, volumes, formas, tecidos e estampas propostas para a

próxima estação valorizam e conciliam o natural e o tecnológico. As idéias para

essas novas tendências foram criadas a partir de quatro temas: Alma, Razão,

Corpo e Fantasia.

Nesse contexto, o tema Alma manifesta o “repensar o passado”,

utilizando elementos, como plissados, enriquecidos com antigas passamanarias.

No tema Corpo, são usados códigos étnicos e multiculturais, como o artesanato,

as formas desestruturadas e as estampas exóticas, temperada por uma paleta de

cores quentes.

O tema Razão representa os seres urbanos, divididos entre trabalho,

tecnologia, conforto e consciência ecológica. As formas são estruturadas, com

toques racionais de alfaiataria e coloridas por tons sólidos. Finalmente, no tema

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Fantasia, percebe-se um clima festivo, de liberdade, ousadia e invenção,traduzido

nas formas exageradas e multicoloridas.

4.4.2 Tendência de moda relacionado ao público e se gmento

Nos desfiles infantis, vê-se uma profusão de cores na passarela. A

moda primavera é colorida e solta. Para as meninas, volumes nas saias,

shortinhos curtos e amarrações de faixas na cabeça foram as idéias mais

trabalhadas. Branco é sempre lindo, cai bem e dá um ar de leveza.

As coleções estão cada vez mais diversificadas trazendo como

inspirações temas antigos, fazendo uma releitura dos personagens que faziam

parte da infância dos pais, como os dos desenhos animados e das histórias de

princesas, clássicos da Disney.

As estampas florais e de listras continuam sempre bem vindas,

trazendo uma infinidade de tipos e modelos.

Figura 60 - Tendência 2007 Fonte: Oilily, 2006

Figura 61 - Tendência 2007 Fonte: Oilily, 2006

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Figura 62 - Tendência 2006 Fonte: Oilily, 2006

Figura 63 - Tendência 2006 Fonte: Oilily, 2006

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5 CONCEITUAÇÃO

5.1 ANÁLISE DA PROBLEMÁTICA

Veremos a seguir os pontos fortes e fracos, as oportunidades e as

ameaças do produto em relação aos produtos que existem atualmente no

mercado da moda.

PFFOA (Pontos Fortes e Fracos, Oportunidades e Ameaças)

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS Resgate cultural através do artesanato Resgate do folclore infantil através da temática

Falta de conhecimento da temática por parte das crianças

OPORTUNIDADES AMEAÇAS Crescimento do mercado consumidor infantil Crescimento da procura por produtos com artesanato

Grande número de concorrentes no mesmo segmento Custo elevado do produto

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5.2 BRIEFING (DESCRITIVO)

Nome: Coleção de Vestidos

Linha/ segmento: Vestuário Infantil, de 2 a 6 anos

Temática: Cantigas de Roda

Local de uso: Passeios, festas...

Estação: Primavera/ Verão 2007

Diferencial: Artesanato

Total de peças na coleção: 15 peças

Pontos positivos : A utilização do artesanato como forma de agregar

valor ao produto e o resgate cultural através das cantigas de roda.

Pontos negativos : Por se tratar de um produto com mão de obra

artesanal, o preço torna-se elevado quando comparado aos demais produtos

deste segmento.

Diferencial : Modelos de contos de fada e temática que envolve a

infância na sua forma mais bela, trazendo o artesanato como forma de

diferenciação dos produtos.

Público

Classe: A e B

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Renda: R$ 5.600,00

Sexo: Feminino

Estilo de vida: Meninas modernas, que gostam de princesas, jogos e

brincadeiras

Mercado

Concorrentes: Lilica Ripilica, Fruto da Fruta e Oilily

Preço médio: R$ 250,00

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5.3 BRIEFING VISUAL

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5.4 PAINÉIS SEMÂNTICOS

5.4.1 Conceito

Os conceitos da coleção, do produto, são:

Artesanal: bordados e aplicações manuais nas peças.

Moderno: modelos baseados nas tendências da moda.

Divertido : Detalhes e aplicações variados.

Conceito

Artesanato

Divertido

Moderno

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5.4.2 Temática

A temática da coleção, do produto, envolve muita música e imaginação,

através das Cantigas de Roda, entrando num fantástico mundo de danças e

diversão.

Temática

Cantigas de Roda

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7

8

5.4.3 P

úblico

Meninas de 2 a 6 anos de idade, classe A

e B, que gostam

de estar na

moda, de brincar e se divertir.

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍCENTRO DE EDUCAÇÃO BALNEÁRIO CAMBORIÚCurso de Design - Hab. Design IndustrialProfessor(a) Orientador(a): ....................... ..........

Acadêmico(a): ..................................... ...Título do Projeto: ................................ ................Descrição da Prancha: ............................. ..........Ano: 2005-2 Semestre: 8º

TG

I -

TR

AB

AL

HO

DE

G

RA

DU

ÃO

INT

ER

DIS

CIP

LINA

RP

úblico

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5.5 CARTELA DE CORES

Cor de rosaPantone 674cPantone 652c

Roxo azulado

Pantone 665cLilás

Pantone 304cAzul claro

Pantone 311cAzul médio

Verde luaPantone 366c

Pantone 3125cAzul escuro

Pantone 8100c

Pantone 688c

Pantone 670cRosa claroUva

Rosa antigo

BrancoPantone 3935c

Amarelo

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5.6 CARTELA DE MATERIAIS

Os tecidos utilizados na confecção dos vestidos da coleção foram os

mais variados partindo dos tecidos leves, como a organza, aos mais pesados,

como o cotelê.

Abaixo, relação de materiais utilizados:

Crepe chifon 100% poliéster

Cetim 100% poliéster

Veludo cotelê 97% algodão 3% elastano

Filó 100% poliamida

Crepe georgete 100% poliéster

Tafetá 100% poliéster

Gabardine 100% poliéster

Mousseline 100% poliéster

Organdi 100% algodão

Organza 71% poliamida 28% poliéster

Escocês 100% algodão

Linha Corrente 100% poliéster

Linha Corrente (baloom) 97% poliamida 3% elastano

Linhas Circulo (Cléa 125) 100% algodão

Linhas Circulo ( Anne Ne4/2) 100% algodão

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6 CROQUIS DA COLEÇÃO

Os croquis estão dispostos da seguinte forma:

Os três primeiros, seguidos de suas respectivas fichas técnicas, foram

os modelos escolhidos para a confecção, sendo seguidos pelo restante da

coleção, cada qual com seu desenho técnico.

• Pequenininha, seguida de sua ficha técnica;

• O Cravo e a Rosa, seguida de sua ficha técnica;

• Nesta rua, seguida de sua ficha técnica;

• O sapo não lava o pé;

• A barata diz que tem;

• Peixe vivo;

• O trem de ferro;

• Ciranda cirandinha;

• Atirei o pau no gato;

• Pirulito que bate-bate;

• Se esta rua fosse minha;

• Alecrim;

• Cai-cai balão;

• Terezinha de Jesus;

• Pézinho.

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Figura 64 - Croqui Pequenininha

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FICHA TÉCNICAReferência:Coleção:Descrição:Tamanho:

001 Cantigas de Roda

Vestido evasê04

Desenho Técnico

Bordados e aplicações:

Detalhe de bonequinho de pano no bolso frente.Bordados pontilhados de coração na peça.Aplicação de botões no bolso frente.

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Descrição:

Vestido com viés no decote a nas cavas.Recorte abaixo do busto com detalhe de cinto com laço nas costas.ZíperSaias dupla, sendo a de cima, menor que a de baixo com recorte nas barras.Bolso na saia frente com detalhe de babadinho.

Matéria- prima:

Aviamentos:

Cores:Variante1 Variante2

Veludo cotelê

Zíper 35cm, linha para bordado, botões.

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Figura 65 - Croqui O Cravo e a Rosa

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FICHA TÉCNICAReferência:Coleção: Descrição: Tamanho:

002Cantigas de Roda

Vestido Longo 04

Desenho Técnico

Bordados e aplicações:

Detalhe de aplicação de rosinhas de tecidonas barras da saia

CostasFrente

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Descrição:

Vestido com gola bebê e mangas princesa.Recorte abaixo do busto com detalhe de cinto e laço nas costas.Abertura nas costas com 6 botões.Saia longa, franzida com detalhe de recortes na barra.

Matéria- prima:

Aviamentos:

Cores:Variante1 Variante2

Organza

Botão de massa

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Figura 66 - Croqui Nesta rua

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FICHA TÉCNICAReferência:Coleção: Descrição:Tamanho:

003Cantigas de Roda Vestido franzido 04

Desenho Técnico

Bordados e aplicações:

Bordados pontilhados na saia de cima, emforma de coração.Pespontos manuais no recorte da barra e busto.

FrenteCostas

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Descrição:

Vestido franzido com recorte abaixo do busto. Peito reto com detalhes de alças para amarração nos ombros.Zíper nas costas.Detalhe de saia aberta frente por cima.Saia com recorte na barra e detalhes de pespontos manuais.

Matéria- prima:

Aviamentos:

Cores:Variante1 Variante2

CetimOrganza

Zíper 30 cm, linha para bordado

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Figura 67 - Croqui O sapo não lava o pé

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Frente

Costas

Amarração ombros

Recorte busto

Recorte barra com franzido

Aplicação em tecido e flores de crochê

Pompons de lã

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Figura 68 - Croqui A barata diz que tem

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Frente

Costas

Amarração ombros

Aplicação em tecido ebordados pontilhados

Crochê barras

Recorte busto

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Figura 69 - Croqui Peixe vivo

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Frente

Costas

Aplicação em tecidoe pespontos manuais

Barra em tecido listrado

Manga princesa

Cinto com laço costas

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Figura 70 - Croqui O trem de ferro

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98

Cinto com laço costas

Recorte barra com crochê

Aplicação em tecido combordados e crochê

Pesponto manual gola

Mangas princesa

Frente

Costas

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99

Figura 71 - Croqui Ciranda cirandinha

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100

Manga princesa emtecido xadrez

Cinto com laço nas costasem tecido xadrez

Aplicação de bonecas de pano

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101

Figura 72 - Croqui Atirei o pau no gato

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102

Manga princesa

Cinto com laço costas

Fru-frus corpo frente

Aplicação em tecido com pespontosmanuais e detalhes em bordado e crochê

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103

Figura 73 - Croqui Pirulito que bate-bate

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104

Manga princesa

Cinto com laço costas

Aplicação em tecido com bordadose pespontos manuais

Recorte barra

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105

Figura 74 - Croqui Se esta rua fosse minha

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106

Recorte busto ecinto com laço costas

Aplicação de bordado manual saia

Viés decote e cavas

Recorte barra

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107

Figura 75 - Croqui Alecrim

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108

Costas

Frente

Recorte barra em tecido listras

Recorte busto e cintocom laço costas

Bordados busto frente

Viés no decote e cavas

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109

Figura 76 - Croqui Cai-cai balão

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110

Costas

Frente

Barra dupla (estreita)

Barra dupla (larga)

Viés decote e cavas

Recorte busto e cintocom laço costas

Aplicação em tecido compespontos manuais

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111

Figura 77 - Croqui Terezinha de Jesus

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112

Frente

Costas

Amarração ombros

Recorte busto

Viés decote

Aplicação em tecido combordados

Recorte barra com crochê

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113

Figura 78 - Croqui Pézinho

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114

Frente

Costas

Recorte busto com faixa amarração frente

Bordado pontilhado busto

Aplicação em tecido com pespontos manuais

Barra dupla

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6.1 BORDADOS E APLICAÇÕES

Figura 79 - Bordado O sapo não lava o pé

Figura 80 - Bordado 5: A barata diz que tem

Figura 81 - Bordado 6: Peixe vivo

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Figura 82 - Bordado 7: O trem de ferro

Figura 83 - Bordado 8: Ciranda- cirandinha

Figura 84 - Bordado 9: Atirei o pau no gato

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117

Figura 85 - Bordado 10: Pirulito que bate- bate

Figura 86 - Bordado 11: Se esta rua fosse minha

Figura 87 - Bordado 12: Alecrim

Figura 88 - Bordado 13: Cai- cai balão

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118

Figura 89 - Bordado 14: Terezinha de Jesus

Figura 90 - Bordado 15: Pezinho

6.2 MODELAGEM

A modelagem das peças foi feita com base numa tabela de medidas

infantil pré-determinada. A partir dessa tabela foram obtidas as medidas para a

construção da modelagem. A grade de tamanhos definida para essa coleção vão

do 2 ao 6.

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Tamanho/idade 2 4 6 Busto ou tórax 58 62 66 Cintura 54 58 60 Quadril 58 64 68 Costas 24 26 28 Comp. Corpo 26 30 32 Comp. Saia 31 34 38 Comp. Manga longa

35 38 40

Com.Manga curta

10 11 12

Contorno braço 22 23 26 Punho 17 18,5 19 Comp. Calça 55 65 70 Altura gancho 18 19 19 Boca 17 19 20

Em seguida, modelagens das peças confeccionadas:

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120

16cm32cm

27cm Frente

10cm 10cm

24cm

24cm

3cm 16cm

16cm

16cm

13cm

13cm

Costas

37cm

38cm

38cm

Frente

16cm3cm

27cm

36cm

28cm

Costas

16cm3cm

38cm

38cm

38cm

Bolso

12cm

13cm

Babado bolso 2,5cm

60cm

14cm

88cm

7cm2x

Figura 91 - Modelagem Pequenininha

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121

Figura 92 - Modelagem 2:

10cm

13cm

16cm 3cm

24cm

10cm

13cm

25cm

16cm

Frente

1x

Costas

1x

18cm 6cmGola

4x

Manga2x

17cm

17cm

20cm

15cm

Laço2x

34cm

39cm

1x

Saia frente

34cm

39cm

Saia costas1x

Acabamento laço2x

78cm

6cm

39cm

10cm

2xBarra

39cm

4cm Barra 4x

64cm

3cm

Cinto 2x

Figura 93 - Modelagem O Cravo e a Rosa

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122

27cm

27cm

Frente

22cm 22cm

Saia frente

3cm

Saia costas

1x1x

32cm

32cm

19cm

18cm

3cm

3cm

18cm

19cm

Saia frente Saia costas

22cm 22cm

27cm

27cm

9cm

2x

88cm

Barra

1,5cm

Alça 4x55cm

Figura 94 - Modelagem Nesta rua

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123

6.3 CONFECÇÃO DOS PROTÓTIPOS

Nas imagens que seguem abaixo, observa-se a confecção de um

protótipo executado, desde a modelagem até a confecção.

Figura 95 - Moldes 1 Figura 96 - Moldes 2

Figura 97 - Corte da peça Figura 98 - Corte da peça

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124

Figura 99 - Confecção da peça Figura 100 - Peça confeccionada

6.4 FATORES INFORMACIONAIS

Os fatores informacionais são encontrados em uma etiqueta

interna, a qual contém dados obrigatórios da empresa e expl icações

sobre os cuidados de manuseio e lavagem do produto, tais como:

- Logo- marca;

- CNPJ da empresa;

- Composição do tecido;

- Tamanho da peça;

- Local de produção;

- Cuidados com a peça:

. Lavar a mão

. Usar sabão neutro;

. Secar à sombra;

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6.5 MODELOS FINAIS

Figura 101 - O Cravo e a Rosa Figura 102 - Nesta rua

Figura 103 - Pequenininha

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7 MARKETING/DIVULGAÇÃO

A confecção Little Angel está situada na cidade de Brusque, no bairro

Dom Joaquim. PossuI lojas de fábrica, situadas no bairro Dom Joaquim e no

Shopping Gracher – centro, Brusque e no Shopping Neumarkt, Blumenau.

Além das lojas de fábrica, seus produtos são comercializados em outras

lojas do segmento.

O marketing dos produtos, da marca, é feito através de out-doors e

revistas como Manequim, Claudia e Criativa. Outras ações são realizadas

diretamente com o consumidor através de embalagens especiais, por exemplo.

7.1 IDENTIDADE DA MARCA

A marca desenvolvida para este projeto chama-se Little Angel. Está

ligada ao conceito do produto e ao segmento infantil. A idéia é a relação com algo

angelical, delicado, feminino, buscando resgatar um pouco da inocência e

delicadeza da infância, trazendo um mundo cheio de amor e harmonia, onde a

maior preocupação é a satisfação e a identificação com o produto.

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Figura 104 - Logo-marca

7.2 TAGS E ETIQUETAS

Esta coleção terá um tag contendo explicações sobre o produto, dando

ênfase ao diferencial do produto ligado ao artesanato. O tag fica anexado à peça

externamente parabenizando o consumidor pela aquisicão do produto e a etiqueta

interna identificado com o logo da marca identifica o tamanho da peça.

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Figura 105 - Tag e etiqueta

7.3 RELEASE DA COLEÇÃO

A Little Angel apresenta neste verão,

a mais bela e encantadora coleção!

trazendo as “Cantigas de Roda” para animar seu coração!

Muita música você vai encontrar

Junto com brincadeiras para alegrar!

Vestido rodado não vai faltar

Para você que quer como princesa ficar!

Muitos bordados também estarão

Mostrando a riqueza do trabalho feito-a-mão!

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Venha com a gente, vamos brincar

Entre na festa, você vai gostar!

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8 CONCLUSÃO

Ao término deste projeto, conclui-se que o mercado de vestuário infantil

está em constante crescimento, tornando-se um ótimo setor para investimentos,

logo que o poder aquisitivo dos brasileiros vem aumentando juntamente com o

poder de compra dos brasileirinhos.

Os pais, para suprirem a falta que fazem para os filhos, acabam

fazendo todas as suas vontades, com isso, as crianças estão dando sua opinião e

tendo papel decisivo nas compras, elas decidem e escolhem suas próprias

roupas. Por isso, a importância de fazer produtos que agradem e façam parte dos

seus gostos.

Viu-se também que o artesanato está com tudo na moda. Além de

bonito, está sendo muito utilizado em peças de vestuário, como diferencial no

produto.

As temáticas que vêm sendo apresentadas nas últimas coleções,

mostram que cada vez mais procura-se diferenciar o produto dos demais,

trazendo temas diferentes e divertidos.

O que se buscou foi juntar esses pontos e desenvolver uma coleção

infantil diferente. Ao final desse projeto, pôde-se concluir que se chega a um

resultado satisfatório. Criou-se uma coleção de vestidos infantis com uma temática

surpreendente, que relembra a infância na sua forma mais bela, conseguindo com

o artesanato agregar valor ao produto.

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KALIL, Gloria. Chic : um guia básico de moda e estilo. 20. ed. São Paulo: Senac, 2000. p. 12-3.

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