tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

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ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E PROCESSOS DE GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA TOMAZ DOS SANTOS DUTRA A VALORIZAÇÃO DA VIDA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO SÃO LEOPOLDO 2010

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Page 1: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E

PROCESSOS DE GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA

TOMAZ DOS SANTOS DUTRA

A VALORIZAÇÃO DA VIDA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

SÃO LEOPOLDO

2010

Page 2: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

TOMAZ DOS SANTOS DUTRA

A VALORIZAÇÃO DA VIDA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Direitos Humanos, Cidadania e Processos de Gestão em Segurança Pública. Para obtenção do certificado de Especialista em Direitos Humanos, Cidadania e Processos de Gestão em Segurança Pública. Escola Superior de Teologia. Programa de Pós-Graduação em Teologia.

Orientador: Prof. Dr. Rudolf Von Sinner

SÃO LEOPOLDO

2010

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A VALORIZAÇÃO DA VIDA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Direitos Humanos, Cidadania e Processos de Gestão em Segurança Pública. Para obtenção do certificado de Especialista em Direitos Humanos, Cidadania e Processos de Gestão em Segurança Pública. Escola Superior de Teologia. Programa de Pós-Graduação em Teologia. Data: 01 de Março de 2011.

____________________________________________

Prof. Dr. Rudolf Von Sinner: Doutor em Teologia – EST

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Dedico a minha esposa, Sandra Maria Martim Dutra

Aos meus filhos, Maicon Martim Dutra e

Manuela Martin Dutra.

Page 5: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao pai maior, por me abençoar com saúde e

perseverança, sem as quais não teria conseguido continuar; à minha família, por

sempre acreditar e incentivar os meus projetos, sem eles nada seria possível; ao

meu orientador, Professor Dr. Rudolf Von Sinner, que sempre esteve presente

quando precisei de apoio e orientação no trabalho desenvolvido.

Aos professores, pela excelente condução do Curso de Direitos Humanos e

Processos de Gestão em Segurança Pública.

Aos alunos e colegas de aulas, que com debates contribuíram para a

formação do conhecimento no curso, proporcionando-nos chegar ao término deste

projeto.

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Os três grandes fundamentos para se

conseguir qualquer coisa são: primeiro,

trabalho árduo; segundo, perseverança;

terceiro, senso comum.

Thomas A. Edison

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7

1 BASES LEGAIS DA EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO ............................................... 10

2 A EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO ..................................................................... 12

3 OS VALORES ........................................................................................................ 15

3.1 A IMPORTÂNCIA DO SER HUMANO NA SOCIEDADE ..................................... 15

3.2 A BASE ............................................................................................................... 18

4 ATIVIDADES NAS ESCOLAS ............................................................................... 21

5 O TEMA DO TRÂNSITO NO CURRÍCULO ESCOLAR ......................................... 25

5.1 INSERINDO O TEMA TRÂNSITO NO CURRÍCULO ESCOLAR: SUGESTÕES

DIDÁTICAS ............................................................................................................... 25

5.1.1 Disciplina de Português ................................................................................. 25

5.1.2 Disciplina de Matemática ............................................................................... 26

5.1.3 Disciplina de Ciências .................................................................................... 26

5.1.4 Disciplina de História ..................................................................................... 27

5.1.5 Disciplina de Geografia .................................................................................. 28

5.1.6 Disciplina de Estudos Sociais ....................................................................... 28

6 FORMAS DE TRABALHAR NAS AULAS ............................................................. 30

6.1 TRABALHANDO O TRÂNSITO POR MEIO DA ARTE ....................................... 30

6.1.1 Teatro .............................................................................................................. 30

6.1.2 Jogos na sala de aula .................................................................................... 31

6.1.3 Música (som) .................................................................................................. 32

6.1.4 Artes Plásticas ................................................................................................ 33

6.1.5 Outros exemplos de atividades que enriquecerão o desenvolvimento do

tema trânsito ............................................................................................................ 33

6.2 MATERIAL DE APOIO SUGERIDO .................................................................... 34

6.3 TEMAS ABORDADOS ........................................................................................ 35

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 40

Page 8: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

7

INTRODUÇÃO

A Educação no trânsito é um dos maiores desafios que está sendo

enfrentado pelos governos nacional, estadual e municipal, que trabalham para

garantir as mínimas condições aos usuários das vias. Aqui, no município de Estância

Velha, desenvolvemos um trabalho juntamente com a Secretaria de Educação e

Cultura com alunos das escolas municipal.

Trabalho este que tem a participação direta do agente de trânsito na sala de

aula, levando os ensinamentos e as experiências vividos no dia-a-dia e, com isto,

fazer com que estes alunos compreendam que a prioridade da sociedade, em

qualquer circunstância, é sempre proteger a vida para viver com qualidade.

Este problema está sendo comum tanto nos países ricos como nos pobres,

não há exceção, e está pondo em alerta todas as autoridades públicas responsáveis

pela educação do trânsito e também os da saúde, local onde acabam chegando os

cidadãos quando lesionados em acidente de trânsito.

O objetivo do projeto de Educação no Trânsito é tocar no sentimento dos

alunos e, através destas crianças, chegar aos pais, ou seja, que com estas

informações os alunos possam passar a seus pais a importância de ter

conscientização maior a respeito da educação no trânsito ao acender uma luz de

alerta, poder explorar o potencial que as crianças têm ao assimilar o que está sendo

passado em sala de aula e, na hora de passarem estas informações aos pais,

transmitir o que realmente precisa para ter paz no trânsito, o respeito e a cidadania.

Este trabalho de Educação no Trânsito é técnico social e irá colaborar na

orientação correta para a população, orientando como devem ser os cuidados a

serem tomados ao utilizar as vias públicas, quanto à questão e à maneira correta,

colaborando, assim, com a preservação da vida dos que utilizam as vias diariamente

ou eventualmente.

Buscamos mobilizar a sociedade e seus representantes nas ações e nas

campanhas pertinentes à educação no trânsito, para que venham atuar junto com o

Page 9: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

8

órgão público, pois para podermos vencer esta luta somente envolvendo a

sociedade ainda teremos um longo caminho a percorrer e, por esta razão, devemos

apostar na juventude.

Todos os dias quando abrimos o jornal, grandes manchetes estampadas,

„mais uma morte‟, seres humanos morrendo atropelados nas ruas e rodovias. Não

podemos achar que isto acontece apenas com os outros, já que estes outros, muitas

vezes, poderiam ser nossos familiares. Acreditamos que somente com educação

poderemos diminuir estes índices.

Com este trabalho de educação para o trânsito, o qual está sendo

desenvolvido nas salas de aula, temos como objetivo principal procurar estimular no

aluno os hábitos e comportamentos de segurança na locomoção no trânsito e, com

isto, transformando o conhecimento em ação, por meio de vivências e situações

encontradas no seu cotidiano, passando para o aluno exemplos simples, como, ao

atravessar a rua, olhar para ambos os lados, verificar se está vindo veiculo e, se

estiver, aguardar sua oportunidade, buscando sempre a faixa de segurança, o sinal

ou a autorização de um guarda para efetuar a travessia.

Neste projeto realizar-se-ão palestras com a comunidade escolar e nas

associações de bairro, encontros estes com a finalidade de sensibilizar os

moradores sobre a importância da educação e da forma correta de utilizar as vias

públicas existentes no município.

Os objetivos deste trabalho são os de orientar os estudantes com a

finalidade de transformar novos conhecimentos teóricos em prática e formar novas

atitudes e ações concretas para que, ao despertar a consciência crítica, cada aluno

possa ser um multiplicador da Educação para o Trânsito dentro de suas famílias e

na comunidade. Fazê-los reconhecer, através de debates em grupos, que o ser

humano, seja ele pedestre ou condutor, é o elemento mais importante no trânsito e

esclarecer bem a sua importância e suas obrigações dentro do trânsito.

Explicar aos alunos qual a importância da faixa de segurança, os cuidados

que devem ser tomados ao atravessar semáforos, o que significam as cores

Page 10: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

9

existentes e para que servem as placas de sinalização, trazer profissionais com

formação, agentes de trânsito ou pessoas que tenham capacitação, a fim de aplicar

os conhecimentos no cotidiano e divulgar as ações a serem desenvolvidas em

associações de bairro, escolas e empresas.

O problema Acidente de Trânsito1 vem fazendo parte do cotidiano da vida

das pessoas, silenciosa e assustadoramente. Conhecer melhor esta realidade,

criando subsídios para a tomada de decisões e complementando as ações, é o

primeiro passo para uma mudança nessa cruel realidade.

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a segurança e a prevenção

de acidentes de trânsito em rodovias federais, estaduais e municipais, são obrigação

das autoridades gestoras e operadoras do trânsito e transporte.

O custo anual dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras alcançou a cifra de R$ 22 bilhões, a preços de dezembro de 2005 – 1,2% do PIB brasileiro. A maior parte refere-se à perda de produção, associada à morte das pessoas ou interrupção de suas atividades, seguido dos custos de

cuidados em saúde e os associados aos veículos.2

1 Pesquisa de impactos sociais e econômicos dos acidentes de trânsito nas rodovias

brasileiras. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/publicacoes/show_public.asp?cod=1/>. Acesso em: 9 Dez. 2010. 2

Idem.

Page 11: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

10

1 BASES LEGAIS DA EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO

Conforme estabelece o Código de Trânsito Brasileiro, no capitulo I, art. 1º, §

2º: 3

O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotarem as medidas destinadas a assegurar esse direito.

A Constituição Federal de 1988 é bem clara, no Art. 37 § 6º 4, ao definir

quais os órgãos respondem, objetivamente, por danos causados ao cidadão em

virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos

e serviços que garantem o exercício do direito no trânsito seguro.

Neste sentido, é importante ressaltar que promover o trânsito seguro é dever

de todos os componentes do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, assim como a

educação para o trânsito constitui direito de todos e dever prioritário destes órgãos.

A princípio não existe tempo pré-determinado para a educação das pessoas, pois

estamos sempre evoluindo e procurando buscar conhecimento, não somente com

referência ao trânsito como também sobre saúde, pois ao termos um

comportamento seguro nas vias estamos colaborando na prevenção e diminuindo

gastos desnecessários nos hospitais.

No que se refere à educação para o trânsito, ainda no Art. 24 do CTB,

estabelece como competência municipal, em seu inciso XV, “[...] promover e

participar de projetos e programas de educação e segurança no trânsito de acordo

com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN”.

Todas as regras e normas no trânsito deveriam ser assimiladas por todos. A

escola como ambiente educador, deveria contribuir neste processo, por que é na

3

BRASIL. Ministério das Cidades, CNT, Denatran. Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em:

<http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>>. Aceso em: 9 Dez. 2010. A seguir, os artigos do CTB são citados diretamente no texto, com indicação do artigo e inciso correspondentes. 4

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos

responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Page 12: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

11

infância e na adolescência que se têm maior aceitação do ensinamento e

melhoramento da conduta do ser humano.

Para facilitar o entendimento da legislação pertinente à educação para o

trânsito, o Código de Trânsito Brasileiro destaca e orienta como proceder nesta área

de acordo com a Política Nacional de Trânsito, através das Resoluções e Portarias

do DENATRAN.

Page 13: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

12

2 A EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

Podemos verificar que no CTB, compreendido entre os artigos 74 e 79,

juntamente com seus incisos, está determinando o que e como deve ser aplicada a

educação no trânsito para os alunos nas escolas, onde cada município pode definir

a melhor forma de aplicação deste conteúdo, devendo, com isto, atingir todos os

objetivos, cujo principal é a preservação da vida.

Os órgãos entidades executivos de trânsito têm autonomia para firmar

convênio com os órgãos de educação da União, dos Estados, do Distrito Federal e

dos Municípios5, objetivando o cumprimento das obrigações estabelecidas na

legislação vigente.

Ao conhecer a legislação de trânsito do Brasil e tentar compreendê-la,

respeitando os princípios fundamentais que garante a todos os cidadãos, o direito de

ir e vir e ao transitar com segurança pelas vias.

A legislação é ampla, rica, com leis, portarias, decretos e resoluções,

permitindo com isto a compreensão dos legisladores que têm a necessidade de ser

atualizadas com permanência para que seja feito cumprir da forma correta, não só

pelos condutores como também pelos pedestres6.

Em 1910 foi criado um decreto7 aprovando e regulamentando o transporte

de passageiros e mercadorias através de automóveis, fazendo ligação entre todos

os estados, tendo grandes transformações políticas, sociais e tecnológicas,

aumentando a economia brasileira. A partir de setembro de 1997 se faz presente a

Lei federal 9.503, que institui o novo Código de Trânsito Brasileiro, CTB, o qual

5 BRASIL. Ministério das Cidades. Código de Transito Brasileiro. Lei 9.503, Art. 79. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>. Acesso em: 9 Dez. 2010. 6

BRASIL Ministério das Cidades. Código de Transito Brasileiro. Legislação complementar, 2008 - Lei 9.503 de 27 de Setembro de 1997 - Capítulo IV - Dos pedestres e condutores de veículos não motorizados. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>. Acesso em: 9 Dez. 2010. 7

BRASIL. Decreto n° 8.324, de 27 de outubro de 1910. Disponível em: Ministério das Cidades,

CNT, Denatran, Código de Trânsito Brasileiro, Brasília. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/ transporte-coletivo-pdf-a9229.html>. Acesso em: 9 Dez. 2010.

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trouxe regras atualizadas, como valores a pagar por infrações cometidas.

Como devem ser observados os termos usados na legislação, apresenta

grandes mudanças nas bases da sociedade, como a regulamentação do uso do

“cinto de segurança” (Art. 65, CTB), que estava sendo considerado como algo que

atrapalhava ao ser utilizado, traduzindo qual a função social das leis brasileiras

sobre o tema trânsito e a forma como teve que ser conduzida a redação a fim de

sensibilizar os cidadãos condutores.

A complementação das leis vem com a convenção de Viena sobre o trânsito

viário, de 1968, aprovado no Brasil em 19808, decretos e resoluções do CONTRAN,

e as portarias do Denatran, através dos manuais de sinalização de Trânsito, e vários

títulos, como o condutor defensivo9, e a responsabilidade civil em acidentes de

trânsito10.

Toda a sociedade deveria ter conhecimento de toda a legislação sobre

trânsito, principalmente do CTB e suas regulamentações, onde consta o que mudou

nas sinalizações vertical (são placas colocadas em colunas de ferro ao longo das

laterais das vias) e horizontal (faixas feitas com tintas no solo das vias para ser

identificado o que deverá ser feito no deslocamento, indicando se é via dupla ou

não). Nas novas regras para a habilitação (Capítulo XIV, CTB), adquirir

conhecimentos mais concretos sobre o tema trânsito, entender que somente a partir

do conhecimento é que se ativa a luta pela transformação da realidade do dia-a-dia.

A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) prevê que a

educação deverá abranger todos os processos formativos, para que, com isto, possa

desenvolver a vida familiar. A humanidade deve ter uma melhor convivência, tanto

no trabalho como nas instituições de ensino e pesquisa, e através dos movimentos

sociais, manterem a sociedade civil organizada para que possam manifestar-se

através da criação de uma cultura de paz.

8

BRASIL. Decreto n° 86.714, de 10 de dezembro de 1981. Disponível em:

<http://www2.mre.gov.br/ dai/transit.htm>. Acesso em: 4 mar. 2010. 9 DOTTA, Ático. O condutor defensivo: teoria e pratica. 2.ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000. 10 MATIELO, Fabrício Zamprogna. Responsabilidade civil em acidente de trânsito. 2.ed. Porto

Alegre: Sagra Luzzatto, 2001.

Page 15: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

14

Esta educação que é dever da nossa família e do estado deverá ser

inspirada nos princípios da igualdade, da liberdade, da solidariedade, do respeito, da

gratuidade e da valorização, para que todo o cidadão possa ter a sua qualificação

para o trabalho e as condições para seu bem-estar.

A Carta Magna, Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 6º, nos

assegura uma educação de qualidade, a qual estamos buscando manter, através da

formação adequada para os profissionais que desempenham a função de educador,

no que diz respeito ao trânsito, para que possam levar este conhecimento aos

alunos das escolas do município.

Page 16: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

15

3 OS VALORES

3.1 A IMPORTÂNCIA DO SER HUMANO NA SOCIEDADE

Já paramos para pensar que todos são pedestres? E que poucos são

motoristas ou ciclistas? Por isto deveríamos tratar o trânsito como um espaço em

que deve ser priorizado mais o ser humano e menos o veículo.

É fundamental que haja respeito ao ser humano, é necessário oferecer

maior espaço para as pessoas em locais públicos, pois em determinadas situações

e lugares, as pessoas dividem o espaço com os veículos.

Esta situação pode e deve ser resolvida entre a engenharia de tráfego e

especialistas de todas as áreas. O trânsito deve ser percebido como aspecto

público, onde o respeito à vida é vital.

Todos devem vivenciá-lo com uma visão mais humanizada, não devemos ter

falta de confiança11 nas pessoas que utilizam as escolas, como alunos, pais e mães,

devemos acreditar na capacidade que têm de transformar esta sociedade para

melhor, não podemos ter apenas um olhar técnico, certamente este é um dos

primeiros passos que precisamos dar para tornar o trânsito mais humano e menos

máquina. Com esta atitude muitos de nós deixaremos a paixão pelo automóvel e

passaremos a olhar o ser humano com mais atenção, pois precisamos pensar em

pessoas e não somente em meios de transportes.

Infelizmente a visão de respeito às pessoas fica em segundo plano, aliada à

falta de planejamento, ao crescimento populacional exagerado e desordenado, ainda

temos os hábitos e costumes baseados na tese de que, primeiro vêm os veículos,

depois as pessoas, em função da enorme quantidade de veículos em circulação e

da tradicional priorização destes nas construções das ruas e rodovias (fazendo com

que acreditemos ser verdade esta tese).

11

SINNER, Rudolf Von. Confiança e convivência: reflexões éticas e ecumênicas. São Leopoldo:

Sinodal, 2007, p.11.

Page 17: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

16

É com tristeza que chego à conclusão de que os veículos acabaram se

tornando, para as pessoas, a representação e a expressão de status, poder e da

cultura do ser através do ter, um bem com maior potência, algo que possa chamar a

atenção das outras pessoas.

As emoções, como raiva e felicidade, são reações e acontecimentos do

nosso dia-a-dia, surgem repentinamente, despertam em situações novas, insólitas e

inesperadas. Têm a função comunicativa e estão ligadas a situações presentes ou

futuras.

O sentimento é algo com que se anda, andamos tristes ou alegres. Não é

possível observar um sentimento nas outras pessoas, a não ser pelos sinais que

indicam os sentimentos de alguém, estes sinais muitas vezes estão sendo expresso

no trânsito, com xingamentos e gestos feitos pelos condutores. Ao contrário, as

emoções12 são facilmente identificáveis e elas devem estar sempre sob o nosso

controle, somente assim podemos agir com harmonia e equilíbrio.

A falta de respeito à individualidade e ao direito do outro parece ser a tônica

no ambiente do tráfego. Nestes atos impensados semeamos a tragédia para os que

nos acompanham ou para os que estão nas ruas no momento em que damos vazão

à loucura no volante, até o contexto em que vivemos não favorece o autocontrole,

estimulando comportamentos desvairados.

Neste sentido, a mídia responde em parte pelo estímulo a essa insanidade,

parecendo sem sentido às campanhas de educação no trânsito, quando as

propagandas de automóveis, muito mais apelativo e com maior qualidade, reforçam

comportamentos que ferem o Código de Trânsito Brasileiro nas regras de circulação.

Devemos questionar e refletir sobre a mensagem transmitida, pois muitas vezes não

nos damos conta do quanto nós mesmos nos deixamos influenciar pelas

propagandas. Esta mensagem muitas vezes trata de carros velozes, pois os

veículos saem das montadoras com a capacidade de mais de cem quilômetros por

hora, mas, ao mesmo tempo, poucas vias brasileiras suportam esta velocidade,

12

CESAR, Bel. O livro das emoções: reflexões inspiradas na psicologia do budismo Tibetano. São

Paulo: Gaia, 2004. A autora nos convida a acolher irrestritamente todas as nossas emoções sem as rotular em boas ou ruins.

Page 18: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

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gerando conflitos entre a realidade e a emoção.

Percebemos claramente que, em alguns casos, o fato de dirigir não é

percebido nem levado a sério, é quase desconsiderado como algo que requer todo o

cuidado e atenção, mas, na verdade, é uma atividade que requer segurança,

conscientização, autocontrole emocional, calma e sensatez.

Às vezes a mídia incentiva o comportamento de algumas pessoas com

propagandas que levam as mesmas a pensar e agir como se estivessem em algum

filme de ação ou aventura e que isto não lhes traz conseqüência alguma, mudam

seu comportamento e se direcionam somente àquilo que os interessa.

O que devemos fazer é filtrar as informações que nos são ofertadas e,

principalmente, refletir sobre a origem de nossas emoções antes que elas surjam no

trânsito, a fim de mantermos o equilíbrio para agir de forma correta no momento do

imprevisto, onde em geral de fato não há tempo.

Nós, seres humanos, somos movidos pelas emoções e devemos saber a

diferença entre o virtual e a realidade, para podermos, então, controlar as emoções

e lembrar os valores da vida. Somente agindo desta forma e com responsabilidade

será diminuído o número de acidentes, cuja quantidade de mortes é superior, às

vezes, às de guerras terroristas.

Estudos comprovam que a estrutura complexa de um acidente é

emergencialmente emocional, principalmente a raiva, porque ela é como um ser vivo

que nasce, cresce e se reproduz quando atinge outros condutores.

Temos certeza, através de estudos mais específicos, que esta falta de

controle emocional vai muito além e são diversos os fatores que induzem a pessoa,

muitas vezes pacata, a agir de forma descontrolada no trânsito, ultrapassando,

assim, a influência da mídia.

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3.2 A BASE

O educador e a família são parceiros na construção de valores e de uma

sociedade humanizada, assim, quando o educando não possui o apoio familiar na

escola, ele acaba perdendo a grande oportunidade de se alfabetizar, ser orientado e

formar-se um cidadão decente e, principalmente, um cidadão consciente de seus

deveres para com a sociedade.

O sucesso na aprendizagem só é realizado com a colaboração da família, da

escola e da comunidade, garantindo o sucesso na formação do educando. Também

com a ajuda constante, aumentam as expectativas quanto ao percurso escolar e

tornando-os autoconfiantes, melhorando a auto-estima.

O envolvimento constante dos pais na vida escolar de seus filhos torna-os

mais participantes na vida pública quando adultos. Entrelaçar a relação escola/

família torna possível a reflexão sobre o tipo de sociedade que queremos

futuramente, democrática, mas passível a criticas.

Por estas e outras razões, todas de extrema importância, é que a família

deve participar integralmente na vida de seus filhos e, principalmente, em sua

formação escolar, observando cada passo de seu desenvolvimento, criando

possibilidades, indicando os caminhos, enfim, auxiliando da melhor forma possível.

A educação não precisa de tecnologias inexplicáveis, nem de milhões de

reais para formação e desenvolvimento do caráter do aluno, mas sim de um

currículo transformador da realidade, onde o professor, o aluno e os familiares se

compreendam, socializando objetivos equivalentes, enfim todos juntos e com o

mesmo ideal.

Todos têm educação, e é através dela que se forma o cidadão responsável,

para que possamos viver em sociedade, ou o que podemos chamar de sociedade

hoje, já que este conceito está muito diversificado, sendo que uns acreditam que

sociedade é agir de forma errônea e tratando as outras pessoas mal,

desrespeitando, mas na verdade, para ter uma vida melhor, devemos respeitar os

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19

outros e sermos educados. Esta educação deve ser um processo permanente de

aquisição e construção de conhecimento, e não ficar simplesmente na transmissão

de informação, pois é a partir deste pensamento que chegaremos a uma educação

de melhor qualidade.

Estamos acostumados a ver apenas números. Quando tratamos sobre

acidentes de trânsito há necessidade de começar a compreender que não são

apenas números, mas sim seres humanos que estão sendo dizimados nas vias

públicas. Já existem estudos catalogando esta violência como uma guerra, guerra

esta no trânsito que estamos começando a perder13.

Somente através de uma boa educação poderemos chegar a um conceito

melhor de vida, devemos entender que os veículos foram feitos para andar em vias

e locais diferentes, que o mesmo veiculo que circula na auto-estrada, passa também

dentro das cidades, localidade em que é exigida velocidade diferente, mesmo o

condutor sendo o mesmo.

Para entender o que isto significa, só através da educação, e devemos

começar com a família; ensinar os conceitos do que é uma família, o respeito mútuo

entre pai, mãe, irmão e irmã, entender que não é possível passarmos ao mesmo

tempo em uma porta e, por que, quando estamos nas vias, queremos ser os

primeiros? Onde ficam os direitos do próximo? A cordialidade, o amor, a dignidade?

Isto é essencial, é o mínimo que devemos entender como cidadãos vivendo em

sociedade, a menos que pensemos que sociedade é tratar os seres humanos com

desrespeito, como citado anteriormente.

Um exemplo desta descordialidade, ou egoísmo é: queremos, como

moradores, ter uma via com pavimentação, então precisamos que nesta via passe

transporte coletivo, mas não aceitamos que o Órgão Público coloque um “abrigo”

(ponto de embarque e desembarque de passageiros) na frente da nossa casa, mas

se este ponto for na calçada do vizinho, pode ser colocado sem problema. Quando

somos beneficiados, tudo pode estar próximo, quando não somos beneficiados não

13

ALBUQUERQUE, Beto. Trânsito seguro. Disponível em: <http://www.betoalbuquerque.com.br/

causas/transito-seguro>. Acesso em: 18 Jan. 2011.

Page 21: Tcc a valorização da vida através da educação para o trânsito 2011

20

queremos. Esta atitude é algo que pode atrapalhar o convívio com a sociedade.

Muitas vezes ao deixarmos de dar a preferência a outro condutor, este ato

poderá causar grandes complicações podendo gerar um acidente, causando gastos

reais, em parte humanos, e de tempo, levando-se em conta que geralmente um

acidente com danos apenas materiais envolve em torno de quatro a oito pessoas, e,

quando atinge danos físicos, chega a ser necessário o dobro de pessoas para este

atendimento.

Não precisamos de muito para perder a calma no trânsito. Um carro que

fecha a nossa passagem, outro que não dá seta antes de virar, alguém que pára em

fila dupla e nos faz esperar, outro que dirige devagar...

Em maior ou menor grau, com maior ou menor freqüência, todo mundo é

atacado por uma espécie de fúria quando está no trânsito e se depara com uma

situação que o desagrada. Até o condutor mais cordial acaba se irritando e adotando

um comportamento agressivo.

Tanto é que o chamado “assassino motorizado” 14 é objeto de estudos de

psicólogos especialistas em trânsito. Uma das explicações é que, isolado no carro, o

motorista enfrenta o dilema de estar em um ambiente público (rua) e privado (carro)

ao mesmo tempo.

Inserido em seu ambiente privado, o motorista se sente protegido, além de

ser um sujeito anônimo, o que lhe confere certa sensação de impunidade,

reforçando assim sua agressividade. Outra explicação é que o stress e a correria a

que as pessoas estão sujeitas no dia-a-dia contribuem para a impaciência e a

irritabilidade do motorista.

O que estamos desenvolvendo para a educação no trânsito, procurando

manter o respeito entre os alunos e professores, buscando os conceitos do respeito

que devem ser passados dos pais para os filhos.

14

BIAVATI, Eduardo; MARTINS, Heloisa. São Paulo - Rota de Colisão: a cidade, o trânsito e você.

São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2007, p.40.

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4 ATIVIDADES NAS ESCOLAS

Neste projeto de educação para o trânsito serão desenvolvidas atividades

para todos os anos do ensino fundamental, sendo que em cada ano será trabalhado

um tema em sala de aula, aplicado pela professora e com a participação do

profissional com o conhecimento técnico. As atividades serão realizadas durante

todo o ano letivo com formação ao final do mesmo.

1ª aula

Observar o trânsito na frente das escolas e criar uma estratégia de

implantação. Começar na primeira aula com jogos de quebra-cabeça, onde constam

as regras e dicas de segurança e sanando todas as curiosidades dos alunos.

Os alunos serão divididos em grupos pequenos para montar os jogos um a

um, cada um dos grupos montará três ou quatro jogos, logo será discutido com os

outros colegas sobre o que se aprendeu e quais as atitudes corretas referente ao

conteúdo abordado.

O desenvolvimento da aula: Os dez passos para andar com mais segurança

nas vias urbanas.

Atravessar a rua sempre na faixa de segurança;

Respeitar os sinais de trânsito;

Olhar bem para os dois lados e evitar atravessar a rua correndo;

Só atravessar a rua quando sinal do semáforo estiver vermelho para os

veículos;

Andar sempre no banco de trás do veiculo utilizando o cinto de segurança;

Andar sempre na calçada;

Nunca jogar lixo pela janela do veículo na calçada ou na via;

Andar de bicicleta em lugares seguros, como ciclo-vias e parques;

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Nunca correr atrás da bola que cai na rua, peça ajuda para um adulto;

Não andar de skate no meio da rua.

2ª Aula

Começam, nesta segunda aula, com um jogo da memória sobre as

sinalizações de advertência, proibições e ordens.

Dividir os alunos em três grupos, debater sobre o conteúdo e o que

aprenderam, quais as placas e para que servem, qual o uso mais comum, sua

importância e onde é utilizada. Logo após, distribuir uma folha com as atividades a

serem desenvolvidas, atividades estas que poderão ser levadas para a residência do

aluno após o término das questões, retornando-a na próxima aula para discussão

das dúvidas.

Trabalhar na confecção de um jogo de memória juntamente com os alunos,

após a organização começar a desenvolver as brincadeiras, este jogo deverá ter os

símbolos das placas de sinalização.

Segunda montagem de material, um jogo de passatempo tendo duas

colunas, nas quais fica exposto o conteúdo relacionado com o tema trânsito, onde

deverá ter ligação entre as colunas determinando o uso destes materiais.

3ª Aula

Jogo onde o aluno irá decifrar o Código de Trânsito Brasileiro; montar os

grupos que deverão formular frases, trocando os símbolos pelas letras e, com isto,

formando um cartaz.

Debater sobre o que se aprendeu e qual o significado das frases que foram

montadas, verificar se estas regras estão sendo cumpridas, se o que se observa nas

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ruas é o correto ou não e, na escola, efetuar um levantamento sobre quais os alunos

que cumprem estas normas.

4ª Aula

Começar esta aula com jogo de trilhas, onde os alunos, em duplas, montam

os dados e os carrinhos. Em seguida, colocar nesta trilha os principais pontos da

cidade, depois da trilha montada começar a debater sobre quais as placas que

constam na trilha, quais delas são de advertência e de proibição, sanar as

curiosidades dos alunos e as dúvidas sobre o que se discutiu, caso não sejam

cumpridas as regras, o que acarretará como penalidade e quais as fatalidades que

poderiam ocorrer.

5ª Aula

Montar um jogo de caça-palavras gigante, dividir os alunos em grupos para

jogar no chão, onde deverão ser respondidas as perguntas contidas neste banner

que foi montado, estas letras poderão ser confeccionadas em EVA, para serem

utilizadas mais vezes.

6ª Aula

Na penúltima aula passar para os alunos, em retro-projetor, desenhos das

placas de sinalização que foram utilizadas em todas as aulas, citar exemplos dos

lugares onde podemos brincar com segurança, como praças, parques, e como se

comportar na escola, no ônibus, etc.

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7ª Aula

Passar duas atividades para os alunos desempenharem individualmente, um

jogo dos sete erros e um de caça-palavras, para com isto poder avaliar como foi o

aproveitamento do aluno nos sete encontros.

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5 O TEMA DO TRÂNSITO NO CURRÍCULO ESCOLAR

5.1 INSERINDO O TEMA TRÂNSITO NO CURRÍCULO ESCOLAR: SUGESTÕES

DIDÁTICAS

Cada disciplina desenvolve, sob sua ótica e especialidade, o tema proposto.

5.1.1 Disciplina de Português

Podem-se trabalhar textos de jornais sobre a legislação de trânsito e as

regras de circulação. Produzir e interpretar textos que satisfaçam necessidades

pessoais e coletivas a respeito do trânsito de sua cidade.

Solicitar pesquisa de campo sobre as atitudes corretas no trânsito

(pedestre, motorista, ciclista, carroceiro, condutor do veículo de mão que

coleta material reciclado ou o vendedor ambulante, motociclista, etc.),

utilizando uma ficha de observação, para posteriormente solicitar relatório,

que poderá ser analisado em diversas disciplinas, dependendo do conteúdo

que se está estudando;

Exibir filmes e vídeos educativos ou notícias sobre trânsito e realizar

debates;

Imprimir mensagens sobre segurança no trânsito nas circulares e

endereçá-las aos pais;

Criar concurso para alunos do ensino médio, solicitando a criação de

projeto sobre educação para o trânsito que mude comportamentos

inadequados dos jovens no trânsito. Este concurso pode e deve extrapolar

as salas do colégio e concorrer com os demais colégios;

Pesquisar sobre os problemas de trânsito na cidade, com apresentação

de soluções.

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5.1.2 Disciplina de Matemática

Com a matemática o professor estimula os alunos para que organizem

estruturas do pensamento, que favoreçam o raciocínio lógico, realizem diferentes

soluções de problemas da realidade, inclusive no trânsito.

Apresentar então a inter-relação desta disciplina com velocidade, peso,

limites, distância e quantidade.

Confeccionado placas de sinalização para serem utilizadas dentro da

escola nos horários de entrada e saída dos alunos, utilizando formas

geométricas e medidas;

Criar situações problemas, utilizando os elementos do trânsito;

Introduzir noção de distância, velocidade, localizar no mapa rodoviário,

através das estatísticas de trânsito, os pontos onde ocorre o maior número

de acidentes, analisando distância entre os pontos ou entre as cidades

próximas;

Compor gráficos com os índices de acidentes nos últimos anos, com

percentuais de crianças envolvidas em acidentes e horários de

acontecimento destes acidentes, entre outros dados estatísticos.

5.1.3 Disciplina de Ciências

O professor precisa pensar e agir de forma a transmitir aos seus alunos que

o trânsito é parte integrante do meio ambiente, fazendo com que eles interajam de

forma crítica com a realidade, analisando o cotidiano, trocando idéias, buscando

soluções.

Fazer análise de todos os elementos que compõem o trânsito, incluindo os

elementos da natureza, leis da física, atmosfera, fenômenos da natureza,

solo, água, vegetais, animais, inclusive o ser humano e sua tecnologia;

Comportamento seguro das crianças e idosos e a fragilidade do corpo

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humano frente à velocidade, força, peso, impacto, tamanho, distância;

Analisar a importância do uso dos equipamentos de segurança e os

efeitos dos impactos no corpo humano, incluindo órgãos;

Reações que as drogas causam no corpo humano e a interferência na

condução de veículos;

A visão: Importância de ver e ser visto no trânsito para evitar acidentes, o

que é e quais são os pontos cegos de visão, a poluição visual, reconhecer

as cores dos sinais de trânsito e do semáforo;

A audição: Estar atento aos vários sons, explorar e treinar a audição para

os diferentes sons e o que significam, buzina, ambulância, apito, barulho do

rodado, barulho do motor, barulho do escapamento, poluição sonora;

O olfato: Fazer referência à emissão de gases tóxicos e demais poluentes

lançados por veículos automotores e o prejuízo à atmosfera, ao solo, às

águas oceânicas e potáveis, discutindo a questão dos veículos em mau

estado de conservação e que permanecem rodando ou dos retirados de

circulação e descartados sem responsabilidade ambiental;

Gincanas nas escolas que incluam a limpeza das ruas vizinhas, focando o

problema que o lixo doméstico jogado nas vias trás para o trânsito;

Tratar a interdependência entre os seres humanos e sua tecnologia, os

animais, a vegetação, os recursos naturais, as leis da física, os fenômenos

da natureza, as águas oceânicas, as águas potáveis, o solo;

Confecção de maquetes do bairro onde se localiza a escola.

5.1.4 Disciplina de História

Os alunos já trazem um saber decorrente de sua observação e vivência, e a

escola pode fazer com que eles reflitam sobre o que já conhecem, para que não

encarem a realidade como se fosse algo pronto e imutável, mas sim, fruto das

opções das pessoas.

Analisar das regras de circulação nas vias públicas, qual a sua

importância e porque a sociedade as produziu;

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Estudar a evolução dos meios de transporte – benefícios e prejuízos para

a sociedade;

Analisar o planejamento viário da cidade desde a sua criação;

Meios de locomoção – evolução dos meios de locomoção até os dias

atuais.

5.1.5 Disciplina de Geografia

Estudar a configuração do espaço geográfico das vias públicas rurais e

urbanas e por que ser prudente ao andar a pé, conduzir veículos, inclusive

os não automotores, e ser cavalheiro nos diferentes tipos de configuração

geográfica;

Estudar os espaços rural, urbano, o trajeto escola-casa, meios de

locomoção;

Planejamento dos espaços da cidade;

Estudar os aspectos da vida cotidiana de cada região;

Fazer pesquisa sobre a correta utilização da bicicleta, skate, patins, etc.;

Orientar o trânsito de pedestres na frente da escola.

5.1.6 Disciplina de Estudos Sociais

Auxiliar as crianças para que elas compreendam que o trânsito em si não é

perigoso, somos nós quem estamos fazendo as coisas erradas que podem resultar

em acidentes.

Analisar os fatores que prejudicam a segurança no trânsito: alta

velocidade, pedestres imprudentes, desrespeito ao próximo e às leis de

trânsito, etc.;

Policiais de trânsito, quem são e a importância do trabalho deles;

Analisar a importância das regras de circulação;

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Levantar as diversas profissões que são executadas no trânsito;

Realizar atividades de expressão plástica e musical para desenvolvimento

da criatividade, do senso crítico e exploração da vivência da criança no

trânsito, por meio de desenhos, pinturas, recortes, colagens, modelagens,

dobraduras, construção com sucatas, dramatização, mímica e fantoches;

Dramatizar diferentes situações de acidentes no trânsito, ele é um

sentimento, uma ação e uma construção.

O cidadão ou a cidadã exerce a cidadania quando se preocupa com o meio

ambiente, com o respeito e a valorização da família, da escola, da comunidade, e

com o trânsito, ele é vida.

Acreditar que a escola possui um papel fundamental na educação normal,

como ensino fundamental, ensino médio e principalmente para o trânsito,

construindo esse conhecimento com as crianças, transformando-as em pessoas

preventivas e multiplicadoras desses saberes.

É com atividades relativas ao conteúdo que poderemos construir mais um

espaço de aprendizagem e reflexão sobre o tema trânsito.

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6 FORMAS DE TRABALHAR NAS AULAS

Ao oferecer subsídios para que os professores desenvolvam as atividades

sobre trânsito, insiste-se na importância da observação e das experiências de vida

dos alunos, acreditando que as suas produções, também na simulação do dia-a-dia

do trânsito trabalhado por meio da arte, seja um dos recursos mais significativos

nesta aprendizagem.

6.1 TRABALHANDO O TRÂNSITO POR MEIO DA ARTE

6.1.1 Teatro

O teatro pode ser utilizado tanto como representação quanto como jogos

teatrais, como por exemplo, os jogos de expressividade e concentração.

Outra característica importante do teatro é que, sozinho, ele consegue reunir

várias manifestações artísticas, a própria música na sonoplastia, as artes plásticas

nos cenários, figurinos e adereços, usando a literatura na criação dos textos, ou

seja, ao criar um espetáculo pode-se preencher um ou mais bimestres de trabalho

conjunto de várias matérias do currículo escolar, tornando o ensino cada vez mais

prazeroso, dinâmico e produtivo.

Sugestão de Montagem de um espetáculo, passo a passo, tendo um roteiro

para o espetáculo

Dividir a turma em grupos. Em cada grupo estimule a conversa sobre o

tema trânsito, para que os alunos contem situações vividas no trânsito,

cenas certas e erradas que eles presenciaram ou fizeram. Em cada grupo

uma pessoa anota estas situações e, juntos, decidem sobre quais vão falar.

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Após selecionar as sugestões o professor vai ajudá-los a criar o roteiro do

teatro;

A definição do papel que cada um vai representar (diretor, ator, etc.) deve

ser feita após o término do roteiro, assim, todos já sabem o que vai

acontecer e podem decidir de acordo com as suas afinidades;

Com as idéias listadas, os alunos devem organizar as cenas em formato

de tópicos, assim, uma a uma, as cenas vão desenhando uma peça de

teatro. Cerca de 5 a 7 cenas, com 5 minutos cada, formam um espetáculo

com um bom tempo de duração;

É importante lembrar que as cenas são independentes, mas não

recortadas dentro de um contexto, a não ser que isso faça parte de uma

proposta pré-concebida pelo grupo, caso contrário, deve-se pensar em uma

forma de ligar as cenas;

Um espetáculo é dividido em 4 momentos: introdução, desenvolvimento,

clímax e desfecho.

Definidos o roteiro e os papéis que cada um vai desempenhar é só

ensaiar e por em prática.

A improvisação obriga o ator a tomar decisões rápidas, por isso estimula a

sua criatividade.

6.1.2 Jogos na sala de aula

Jogos Teatrais

Os jogos teatrais são atividades feitas como preparação no teatro e servem

para o aquecimento e para exercitar a concentração e a expressividade, fatores

importantes durante a representação e no dia-a-dia.

Por isso, tão ou mais importante que o jogo é a avaliação da atividade, onde

o professor vai estimular o aluno a verbalizar as sensações e conclusões obtidas

durante o jogo.

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Jogo dos olhos vendados

Dividir os alunos da turma em duplas;

Distribuir uma venda para cada dupla. Uma das crianças fica vendada e a

outra anda de mãos dadas com ela, levando-a para explorar a escola com

as mãos;

Depois de um período as crianças trocam, quem guiava é guiado e vice-

versa.

A avaliação:

Procurar saber: o que os alunos sentiram quando guiavam? E quando eram

guiados? Confiaram? Passaram confiança? (Estimular o cuidado com as outras

pessoas, principalmente as que têm dificuldade, como por exemplo, as crianças

menores, as pessoas com dificuldades especiais ou os idosos).

6.1.3 Música (som)

Educação infantil e ensino fundamental

Ouvir músicas que falem sobre trânsito e analisar a sua letra, representando,

por meio de gestos e sons produzidos pelas crianças, o seu conteúdo.

Ensino fundamental e médio

Deitar os alunos em um espaço aberto com os olhos fechados e pedir para

que elas ouçam todos os sons do ambiente e, aos poucos, que se concentrem nos

sons apenas relacionados ao trânsito (obs.: ótima atividade para trabalhar a

concentração, atenção, utilizando só o sentido da audição).

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Fazer concurso de paródias de músicas famosas e apresentar para a turma

e o colégio.

6.1.4 Artes Plásticas

Educação infantil

Desenhos, pinturas de cenas com comportamentos corretos no trânsito.

Ensino Fundamental

Criação de histórias a partir de recortes, modelagens e dobraduras.

Criação e confecção de jogos educativos.

Ensino Fundamental e no Médio

Criação de maquetes usando materiais reciclados.

6.1.5 Outros exemplos de atividades que enriquecerão o desenvolvimento do

tema trânsito

Questionamentos sobre aspectos positivos e negativos da cidade a partir

do tema trânsito;

História da cidade: imigração, formação populacional, cultura, atividades

comerciais, industriais e financeiras;

Estudo da planta da cidade: malha urbana, vias rápidas, rotatórias,

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viadutos, vias paralelas, vias preferenciais, vias de tráfego lento e tráfego

rápido, via arterial, via coletora, via local, pontos referenciais e endereços.

Confecção de murais sobre os problemas do trânsito;

Confecção de faixas, textos em grupo para serem apresentados em

murais da escola e nas reuniões de pais;

Gincanas internas nas escolas;

Exposição dos trabalhos realizados;

Palestras com Autoridades de trânsito, para os alunos e seus pais;

Passeios de ônibus organizados pelas professoras, para que as crianças

aprendam a se portar adequadamente dentro e fora dele;

Como portar-se em diferentes situações de acidentes com carros,

bicicletas, motocicletas, condutores de carroça, do carro de mão utilizado por

coletor de material reciclável ou vendedor ambulante, pedestre, animais,

etc., fazendo com que a criança represente diversos papéis, desenvolva

empatia e verifique que cada um deseja fluidez, acessibilidade e segurança;

Desenvolver jogos educativos sobre o trânsito para que possa ser

utilizado no horário do recreio, como, por exemplo, tabuleiro com casas para

serem percorridas, onde algumas situações de trânsito serão colocadas,

jogo da memória com as placas de sinalização;

Os alunos terão oportunidade de pensar e reformular suas atitudes no

trânsito, participando de atividades que fazem parte do universo de

interesses da sua faixa etária, como vídeo ou gincana sendo trabalhados os

conceitos de cidadania, o respeito e a responsabilidade na divisão de

espaços públicos;

Quanto ao destino do lixo e reciclagem, trabalhando comportamentos

adequados no trânsito por meio da vivência de regras e conceitos de

segurança de circulação e travessia.

6.2 MATERIAL DE APOIO SUGERIDO

Filmes: material este que possa demonstrar para a criança como deverá

proceder ao transitar pela rua;

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Livros de histórias: que contem histórias e relacione o comportamento ao

fazer travessia nas escolas nas faixas de pedestres, para alunos do ensino

fundamental;

Recortes de jornais e revistas: estes recortes constando alguns acidentes

para que com isto possamos demonstrar que com descuido poderemos ser

atingidos, causando sérios danos à vida;

CDS: com músicas sobre o comportamento no trânsito;

Jogos: interativos, como caça-palavras, palavras cruzadas, jogo naval;

história da evolução do transporte;

Conteúdo que demonstre o que foi e o que é hoje o trânsito no Brasil e no

mundo atual. Ex: lançamento da publicação em homenagem aos 100 anos

de Legislação de Trânsito no Brasil;

Gravuras com símbolos de trânsito (que demonstrem o que são placas de

sinalização, mesmo não tratando estes alunos como condutores, mas que

demonstrem como deveria ser o comportamento de alguns);

Cartilhas sem cores (onde os alunos possam expressar através da pintura

o que compreendem e entende sobre trânsito).

6.3 TEMAS ABORDADOS

Cinto de segurança

Crianças com menos de 10 anos não podem sentar no banco da frente.

Sente sempre no banco de trás utilizando o cinto de segurança.

Faixa de segurança

Use sempre a faixa de pedestres e, onde houver sinaleira, fique atento aos

sinais antes de atravessar.

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Celular não combina com direção

Na Europa o negócio é diferente, as campanhas são agressivas para deixar

os condutores cientes do que podem causar com uma irresponsabilidade.

Evolução no transporte

A legislação de trânsito brasileira é vasta e rica em leis, decretos,

resoluções, portarias que, publicados no decorrer dos últimos cem anos, nos

permitem compreender o dinamismo do tema e sua necessidade de revisão e de

atualização permanentes. Isso porque, com o passar do tempo, os costumes, as

pessoas e as sociedades mudam e novas demandas devem ser atendidas.

Dicas de trânsito para pedestre

Garotada! Preste muita atenção: nunca brinque ou ande no meio da rua.

Não corra para atravessar a rua.

Dicas de trânsito para ciclistas

É muito bom para a fluidez do trânsito e muito melhor para a saúde do

planeta, porém, como em todas as outras condições, deve-se ter muito cuidado e

respeito com as leis de trânsito.

Dicas de trânsito para condutor

Para a criança é o carro que faz tudo mais depressa, então deve parar mais

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depressa também.

Dicas de trânsito para crianças

Visibilidade em função da baixa estatura da criança e o tamanho dos

veículos.

Dicas de trânsito para condução escolar e ônibus

Esse é um tema que deve ser muito discutido, por que, especificamente

nesse caso, as questões materiais, como preço da cadeirinha, não devem estar

acima da segurança da criança.

Semáforo para pedestre

Dispositivos para controle do tráfego de pedestres e prevenção de acidentes

de trânsito.

Os cuidados com o meio ambiente

Cartão para semana do trânsito, semana do meio ambiente, São João,

semana Farroupilha, Semana da Pátria, dia da criança, todas alusivas ao tema com

dicas de trânsito, Sacolas para o carro (semana do meio ambiente).

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Boas maneiras, respeito, paciência, amor e responsabilidade

Na Alemanha, o emprego dos sinais horizontais indicando ciclo faixa sobre a

calçada é muito comum, pois o trânsito de bicicletas, que é intenso, é feito sobre a

calçada, já que tem largura suficiente.

Os ciclistas exigem que os pedestres respeitem o espaço a eles destinado.

Se um pedestre transita sobre o ciclo faixa, eles buzinam mesmo. E olham para os

pedestres com cara de poucos amigos.

Adivinhem quem mais desrespeitava o território do ciclista? Nós, os

brasileiros, que não estávamos acostumados a isso.

Temas para não esquecer

Em uma colisão de automóvel a 50 km/h, uma pessoa que estiver no banco

de trás do veiculo e sem cinto de segurança, será projetada para frente com seu

peso multiplicado 35 vezes. No impacto, uma criança com 30 kg passa a pesar

1.050 kg. Praticamente o peso de um filhote de elefante.

Ao pedalar

O ciclismo é um ótimo esporte e praticado por muitas pessoas, quem não

gosta de sair pedalando por aí? Só que para andar de bicicleta existem regras que

devem ser seguidas para evitar acidentes, respeitar as leis de trânsito, não fazer

acrobacias nas vias, andar sempre pelas ciclovias, cuidar bem dos freios antes de

sair de casa.

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CONCLUSÃO

Este projeto de Educação para o Trânsito foi elaborado para tentar mudar as

estatísticas. Sabe-se que existe um alto número de mortes por acidentes com

veículos em todo o País e, trabalhando neste contexto relevante, cheguei à

conclusão da necessidade de começar, na infância, a formação de um melhor

motorista e um cauteloso pedestre.

As ações e projetos de educação para o trânsito desenvolvido aqui no

município seguem as Diretrizes Curriculares Nacionais, que apontam para a

necessidade de desenvolver em paralelo programa que atinja as disciplinas do

ensino fundamental, médio e no ensino superior, sendo temas apenas transversais.

Este projeto será desenvolvido em todos os níveis de ensino, mas com

ênfase principalmente no ensino fundamental, terceiros e quartos anos, visando à

formação integral destes alunos, para que tenham consciência dos diversos papéis

por eles exercidos no trânsito, resgatando os valores éticos. Na educação infantil

buscará estimular o comprometimento da família; no ensino fundamental

contemplado com conteúdo específico, desenvolver autonomia no convívio social e

atingir a mobilidade segura e; no ensino médio, fazer com que o aluno desenvolva

sua capacidade crítica e, com isto, chegue a uma maior integração da realidade,

objetivando sempre um trânsito mais seguro.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SINNER, Rudolf Von. Confiança e convivência: reflexões éticas e ecumênicas. São Leopoldo: Sinodal, 2007, p. 11.