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SISTEMA ÚNICO DE SISTEMA ÚNICO DE SAÚDESAÚDE
PROFA. LAÍS ARAÚJO
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O que é o Sistema Único de O que é o Sistema Único de Saúde:Saúde:
É uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento
dos serviços e ações de saúde estabelecidas pela Constituição de 1988.
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu a saúde como direito de todos e dever do
Estado e determinou que a regulamentação, a fiscalização e o controle da saúde seriam feitos somente pelo poder público e que a execução das ações e serviços de saúde poderiam ser realizados tanto pelo poder público, quanto
pela iniciativa privada.
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SAÚDE = DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO
Na CF 1988:
“ Art. 196 – A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para suab promoção, proteção e recuperação”.
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Lei 8.080/90
SAÚDE = DIREITO
“Art.2° - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”
SAÚDE = DEVER DO ESTADO
“ Parágrafo 1° - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outos agravos no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação do Estado em relação à saúde”
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Por que Sistema Único?Por que Sistema Único?
Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo território nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo:
federal, estadual e municipal.
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Qual a doutrina do SUS?
Baseado nos preceitos constitucionais, a construção do SUS se norteia pelos seguintes PRINCÍPIOS PRINCÍPIOS
DOUTRINÁRIOSDOUTRINÁRIOS:
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UNIVERSALIDADEEQUIDADE
INTEGRALIDADE
UNIVERSALIDADE
É a garantia de atenção à saúde, por parte do sistema, a qualquer cidadão.
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EQUIDADE
É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira saúde, assim com aqueles
contratados pelo poder público. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades, até o limite do
que o Sistema pode oferecer.
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INTEGRALIDADE
•Cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade;
•As unidades prestadoras de serviço formam um todo indivisível e devem ser capazes de prestar assistência
integral;
•O homem é um ser integral, biopsicossocial, e será atendido com visão holística.
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Quais são os princípios que regem a organização dos SUS?
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•REGIONALIZAÇÃO•HIERARQUIZAÇÃO•RESOLUBILIDADE
•DESCENTRALIZAÇÃO•PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS
•COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO
REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO
Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada
e com a definição da população a ser atendida.
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RESOLUBILIDADE
É a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para
enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de sua competência.
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DESCENTRALIZAÇÃO
É entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da idéia de que quanto mais perto do fato for
tomada a decisão, mais chance haverá de acerto.
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DESCENTRALIZAÇÃODESCENTRALIZAÇÃO
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MUNICIPALIZAÇÃO DA SAÚDEMUNICIPALIZAÇÃO DA SAÚDE
Profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo, com nítido reforço do poder MUNICIPAL
sobre a saúde.
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PAPEL DOS MUNICÍPIOSPAPEL DOS MUNICÍPIOS
A maior responsabilidade na promoção das ações de saúde diretamente voltadas para os seus cidadãos.
PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS
É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, poderá participar do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução,
em todos os níveis, desde o federal até o local.
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CONSELHOS DE SAÚDECONSELHOS DE SAÚDE
CONSELHO NACIONAL DE CONSELHO NACIONAL DE SAÚDESAÚDE
CONSELHOS MUNICIPAIS DE CONSELHOS MUNICIPAIS DE SAÚDESAÚDE
CONSELHOS ESTADUAIS DE CONSELHOS ESTADUAIS DE SAÚDESAÚDE
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CONSELHOS DE SAÚDECONSELHOS DE SAÚDE
Representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço,
com poder deliberativo.
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PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA GESTÃO DO SUS
CONFERÊNCIAS DE SAÚDE CONSELHOS DE SAÚDE
Periódicas( Convocadas ordinariamente a cada 4 anos pelo poder executivo em cada esfera)** convocãção extraordinária: Poder executivo ou conselho de saúde
Permanentes( participam da direção do SUS em cada esfera)
Consultivas Deliberativos
Propõem diretrizes para a formulação de políticas de saúde
Atuam na formulação, na fiscalização e no controle das políticas de saúde em cada esfera de governo
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Composição Paritária ( comum para CONSELHOS E CONFERÊNCIAS)
50%
Usuários
50% Governo
Prest. De Serviço de Saúde
Trab. Saúde
“ O segmento dos usuários será paritário em relação ao conjunto dos demais segmentos”
COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADOA constituição definiu que quando, por insuficiência do setor público, for necessária a
contratação de serviços privados, isso deve se dar sob três condições:
1º - celebração de contrato conforme as normas de direito público, ou seja, o interesse público prevalecendo sobre o particular;
2º - a instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS. Prevalecem, assim, os princípios da universalidade, equidade, etc., como se o serviço
privado fosse público, uma vez que, quando contratado, atua em nome deste.
3º - a integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizada do SUS, em termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. Dessa forma, em cada região deverá estar claramente estabelecido, considerando-se os serviços públicos e
privados contratados, quem vai fazer o que, em que nível e em que lugar.
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• Preferência aos serviços não lucrativos, conforme a CF.
• Cada gestor deverá planejar primeiro o setor público e, na seqüência, complementar a rede assistencial com o setor
privado, com os mesmos conceitos de regionalização, hierarquização e universalização.
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Essas leis expressaram as conquistas contidas na Constituição
Leis que regulamentaram o SUSLeis que regulamentaram o SUS
Lei 8.080/90de 19 de setembro de 1990
Lei 8.142/1990de 28 de dezembro de 1990
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da
saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde(SUS)
e sobre as transferências intergovernamentais de recursos
financeiros na área da saúde e dá outras providências.
Art. 2° A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
Art. 3° A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens essenciais;
Parágrado único: Dizem respeito também à saúde as ações que [...] se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico mental e social.
Lei n° 8.080Lei n° 8.080
Lei n° 8.080Lei n° 8.080
Art. 5° Dos objetivos do SUS:
I.A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;II.A formulação de política de saúde;III.A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
Art.6° Estão incluídas ainda no campo de atuação do SUS:
I.A execução de ações:
a)De vigilância sanitária;
b)De vigilância epidemiológica;
c)De saúde do trabalhador; e
d)De assistência terapêutica integral, inclusive farmabêutica
Lei n° 8.080Lei n° 8.080
Entende-se:
VIGILÂNCIA SANITÁRIA:
Um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio
ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I – o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da
produção ao consumo;
II. O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
Lei n° 8.080Lei n° 8.080
Um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das ações e agravos.
Lei n° 8.080Lei n° 8.080
SAÚDE DO TRABALHADOR:
Um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa a recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
Cont. Art 6°:
I.{..}
II.A participação na formulação da política e na execução de ações de sanemanto básico;
III.A ordenação da formação de recursos humanos na área da saúde;
IV.A vigilância nutricional e orientação alimentar;
V.A colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
VI.A formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;
VII.O controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
VIII.A fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas, para consumo humano;
IX.Participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
X.O incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico;
XI.A formulação e execução da política de sangue e seus derivados.
Lei n° 8.080Lei n° 8.080
Art.1°
O SUS [...], contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:
I- a CONFERÊNCIA DE SAÚDECONFERÊNCIA DE SAÚDE, e
II- o CONSELHO DE SAÚDECONSELHO DE SAÚDE
Lei n° 8.142Lei n° 8.142
A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
O Conselho de Saúde, tem caráter permanente e deliberatico, órgão colegiado composto por representantes do Governo, Prestadores de serviço, Profissionais de saúde e Usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente.
Parágrafo 4°. A representação dos usuários nos Conslhos de Saúde e Conferências será PARITÁRIA em relação ao conjunto dos demais segmentos.
Lei n° 8.142Lei n° 8.142