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Sociologia da Saúde - 2º Semestre de Farmácia Águas Claras - Matutino Alunos: Durval, Ednard, Gerrard, Ismar, Lucas e Walison Endereço do Blog: http://sociologiadasaudesus.blog spot.com

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Page 1: Apresentação sus

Sociologia da Saúde - 2º Semestre de Farmácia Águas Claras - Matutino

Alunos: Durval, Ednard, Gerrard, Ismar, Lucas e Walison

Endereço do Blog:

http://sociologiadasaudesus.blogspot.com

Page 2: Apresentação sus

Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde (MS), com o apoio dos estados e municípios, desenvolvia quase que exclusivamente ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com destaque para as campanhas de vacinação e controle de epidemias.

Antecedentes do SUS

A grande atuação do poder público nessa área se dava através do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) que depois passou a ser denominado Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia do Ministério da Previdência e Assistência Social.

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Aumentam o número de IAP´s, mas a população não aceita a unificação dos IAP´s, pela diferença de poder entre eles. Os mais ricos construíam seus próprios hospitais, mas algumas empresas não estavam satisfeitas com o atendimento médico que os IAP´s podiam oferecer.

Foi aí que surgiu a medicina de grupo, onde empresas prestam serviços médicos particulares aos empregados de outras empresas que as contratam (é a previdência privada). Consequentemente surge a ABRAMGE (Associação Brasileira de Medicina de Grupo)

Em 1978 – acontece o 1º Encontro Nacional de Secretários Municipais de Saúde e começa-se a pensar em Planos Municipais de Saúde.

Em 1975 na 5ª Conferência Nacional de Saúde, é criado o Sistema Nacional de Saúde através da Lei 6.229, que é a primeira tentativa de organizar o Sistema Nacional de Saúde.

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Na década de 80 surge o PREV-SAÚDE, projeto que pretendia estender a cobertura dos serviços para toda a população com ênfase nos serviços básicos de saúde. Depois surgiu o CONASP (Conselho Nacional de Administração Previdenciária), que elaborou um plano retomando as idéias do PREV-SAÚDE, com a descentralização e a utilização prioritária dos serviços públicos, para atender a clientela.

A partir desse plano surgiu o programa de Ações Integradas de Saúde (AIS), que pretendia integrar os serviços que atendiam a população de uma região, visando ações mais eficientes e eficazes. Havia a idéia de integração da saúde publica com a assistência médica individual, e por isso foram combatidas pelos grupos médicos privados e pela burocracia do próprio INAMPS. Na visão das empresas de medicina de grupo, a saúde e a doença são ótimas fontes de lucro.

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Em 1986 – Depois da 8ª. Conferência Nacional de Saúde, junto com os movimentos de saúde da população, foi aprovada a “Reforma Sanitária”.

As conferências Nacionais de Saúde existem desde 1941, mas só a partir de 1986 é que os trabalhadores de saúde e os representantes dos movimentos populares puderam participar.

Em 1987, o movimento pela reforma sanitária conseguiu intervir nas resoluções da Assembléia Nacional Constituinte, inscrevendo um capítulo exclusivo referente à saúde na Constituição 1988,

para o reordenamento dos serviços e ações de saúde.

instituindo o Sistema Único de Saúde (SUS), definido como uma nova formulação política e organizacional

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Conceito

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Funcionamento

O SUS “é o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas Federais, Estaduais e Municipais, da Administração direta ou indireta e das Fundações, mantidas pelo poder público e complementarmente pela iniciativa privada.” (Lei Federal 8.080/ 90)

Sistema universal, regionalizado e hierarquizado, que integra o conjunto de ações de saúde da União, estados, Distrito Federal e municípios; cada esfera de gestão (federal, estadual, municipal) possui funções e competências específicas e articuladas entre si.

Page 8: Apresentação sus

Regionalização/ Hierarquização;

Descentralização político-administrativa e comando único em cada esfera;

Participação popular.

Princípios Organizativos

A rede de serviços do SUS deve ser organizada de forma regionalizada e hierarquizada, permitindo um conhecimento maior dos problemas de saúde da população de uma área delimitada.

Regionalização/ Hierarquização

Page 9: Apresentação sus

Descentralização político-administrativa ecomando único em cada esfera

Participação popular.

É um direito e um dever da sociedade participar das gestões públicas em geral e da saúde pública, em particular; é dever do poder público garantir as condições para essa participação, assegurando a gestão comunitária do SUS.

Redistribuição das responsabilidades das ações e serviços de saúde entre as esferas de governo-municipal, estadual e federal; a partir da idéia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto.

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Princípios do SUS

O primeiro princípio: assegura ao cidadão o acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde, visando a um atendimento mais justo e eficaz.

Ex.: Todos os cidadãos têm direito ao acesso às ações e aos serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde promovidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O segundo princípio: assegura ao cidadão o tratamento adequado e efetivo para seu problema, visando à melhoria da qualidade dos serviços prestados.

Ex.: É direito dos cidadãos terem atendimento resolutivo com qualidade, em função da natureza do agravo, com garantia de continuidade da atenção, sempre que necessário,

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Terceiro princípio: assegura ao cidadão o atendimento acolhedor e livre de discriminação, visando à igualdade de tratamento e a uma relação mais pessoal e saudável.

Ex.: É direito dos cidadãos atendimento acolhedor na rede de serviços de saúde de forma humanizada, livre de qualquer discriminação, restrição ou negação em função de raça, cor, etnia, orientação sexual, condições econômicas ou sociais, entre outras

Quarto princípio: assegura ao cidadão o atendimento que respeite os valores e direitos do paciente, visando a preservar sua cidadania durante o tratamento.

Ex.: O sigilo e a confidencialidade de todas as informações pessoais, mesmo após a morte, salvo quando houver expressa autorização do usuário ou em caso de imposição legal, como situações de risco à saúde pública.

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Quinto princípio: assegura as responsabilidades que o cidadão também deve ter para que seu tratamento aconteça de forma adequada.

Ex.: Todo cidadão deve se comprometer a seguir o plano de tratamento recomendado pelo profissional e pela equipe de saúde responsável pelo seu cuidado, se compreendido e aceito, participando ativamente do projeto terapêutico.

Sexto princípio: assegura o comprometimento dos gestores para que os princípios anteriores sejam cumpridos.

Ex.: Os gestores do SUS, das três esferas de governo, para observância desses princípios, se comprometem a:Promover o respeito e o cumprimento desses direitos e deveres com a adoção de medidas progressivas para sua efetivação.

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Passados 22 anos, usuários enfrentam filas e esperam meses e até anos para conseguir realizar uma cirurgia eletiva – os procedimentos não emergenciais. Seria ainda pior se parte da população – 26,3% – não tivesse abandonado o SUS, pagando um valor extra por planos privados de saúde.

Desvantagens do SUS

Muita gente não consegue ter acesso ao SUS. Em algumas cidades, principalmente nos grandes centros, é longa a fila de espera para consultas, exames e cirurgias.

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De acordo com pesquisas realizadas pelo Idec, em 2002, apenas 54% de 61 medicamentos básicos estavam disponibilizados em centros de saúde de 11 cidades. Outra pesquisa do Idec demonstrou que em alguns municípios os usuários precisam chegar de madrugada ou retornar várias vezes para marcar um exame preventivo.

O atendimento às emergências está longe de ser o adequado, principalmente às vítimas da violência e dos acidentes de trânsito. São precários os serviços de reabilitação, o atendimento aos idosos, a assistência em saúde mental e os serviços odontológicos.

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Dependendo do local, é comum não haver vagas para internação, faltam médicos, pessoal, medicamentos e até insumos básicos. Também é grande a demora nos encaminhamentos e na marcação para serviços mais especializados.

Muitas vezes os profissionais não estão preparados para atender bem a população, sem contar que as condições de trabalho e de remuneração são geralmente muito ruins

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Não são poucas as dificuldades do SUS. As dificuldades do SUS são conhecidas, mas não podem ser generalizadas. Parte do dinheiro da saúde, que já é pouco, está sendo desviada para pagamento de salários de aposentados, pagamento de dívidas, obras de outros setores e até pagamento de planos privados de saúde para funcionários públicos.

A saúde da população não depende somente do SUS, mas também de investimento de recursos, de políticas econômicas e sociais. A garantia de emprego, salário, casa, comida, educação, lazer e transporte interfere nas condições de saúde e de vida. Saúde não é só atendimento médico, mas também prevenção, educação, recuperação e reabilitação.

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90 % da população brasileira é, de algum modo, usuária do SUS;

28,6 % da população é usuária exclusiva do SUS;

61,5 % usa o SUS e algum outro sistema de atenção;

8,7 % da população não usa o SUS Pesquisa SUS

Você já deve ter ouvido falar muito mal do SUS. Freqüentemente, jornais, rádios e TVs apresentam o seu lado ruim: filas de espera, hospitais lotados e sucateados, situações de mau atendimento, falta de remédios e outros problemas.

O lado bom do SUS é mesmo muito pouco conhecido, pois há preconceito, desinformação e até má fé de alguns setores que lucram com a exposição negativa dos serviços públicos de saúde.

Fonte: Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, 2002.

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Conheça alguns dos avanços e das conquistas do SUS:

Dá assistência integral e totalmente gratuita para a população de portadores do HIV e doentes de AIDS, renais crônicos e pacientes com câncer.

Realiza 85% de todos os procedimentos de alta complexidade do país. Em 2000, fez 72 mil cirurgias cardíacas, 420 mil internações psiquiátricas, 90 mil atendimentos de politraumatizados no sistema de urgência emergência, 7.234 transplantes de órgãos.

O orçamento do SUS conta com menos de R$ 20,00 reais mensais por pessoa. Isso é dez vezes menos do que é destinado pelos sistemas de saúde dos países desenvolvidos e bem abaixo do valor de qualquer mensalidade de um plano de saúde.

Fonte: Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, 2002.

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Por outro lado, os planos privados de saúde, que atendem 35 milhões de brasileiros, estão longe de representar a solução para a saúde no Brasil. É ilusão achar que os planos prestam serviços de qualidade. Além de custarem caro, muitas vezes negam o atendimento quando o cidadão mais precisa: deixam de fora medicamentos, exames, cirurgias e muitas vezes dificultam o atendimento dos cidadãos idosos, dos pacientes crônicos, dos portadores de patologias e deficiências.

Alguns donos de planos de saúde já compararam os doentes e idosos a “carros batidos”. Como só visam o lucro, eles preferem ter como “clientes” apenas os jovens e os sadios.

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PLANOS DE SAÚDE SUSSó tem direito quem adere ao plano Todos têm direito, desde o nascimento

Só tem direito quem pode pagar Os serviços são gratuitos

A finalidade é o lucro A finalidade é a promoção e a recuperação da saúde

Quem paga mais, recebe mais e melhores serviços Não há discriminação. Todos têm direito a todos os serviços

Idosos pagam mais caro Não há discriminação

Doentes sofrem restrições e precisam pagar mais caro para ter atendimento

Não há discriminação

Há carências de até 2 anos Não existem carências

Só realiza atendimento médico-hospitalar Dá atendimento integral

Há planos que não cobrem internação e parto Dá atendimento integral

Há planos que não cobrem exames e procedimentos complexos

Dá atendimento integral

Em geral, os planos não cobrem Doenças profissionais e acidentes de trabalho

Não há restrições, apesar das deficiências

Não têm compromisso com a prevenção de doenças Realiza prevenção de doenças e campanhas educativas em saúde

Aposentados, ex-funcionários, ex-sindicalizados e ex-associados perdem direitos do plano coletivo com o tempo

Pode ser utilizado independentemente de qualquer situação ou vínculo empregatício

Compare a diferença entre os dois sistemas

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Mais dinheiro, o Brasil precisaria ao menos dobrar os recursos destinados ao setor. Mas não é fácil, uma vez que boa parte do Orçamento federal é comprometida com outras despesas. E não é tudo. Além de mais dinheiro, o SUS precisa de mais gestão. “É necessário um re-ordenamento do destino dos atuais gastos, priorizando o investimento em setores que dinamizem o setor”, diz Lígia Bahia, professora de Saúde Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Especialistas são unânimes quanto ao remédio que poderia curar o SUS:

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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao_sus_v.1.pd

http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/11/biblioteca.html

http://www.faepesul.org.br/arquivos/Historia_da_Saude_Publica_no_Brasil.pdf

Referências:

Obrigado!