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Concurso Prefeitura Municipal de Salvador - Sade Edital 01/2011

Proibida a reproduo total ou parcial desde material sem autorizao prvia dos seus autores, de acordo com a LEI FEDERAL 9.610/98.

INFORMAES IMPORTANTESGostaramos de agradecer a confiana em ns depositada e informar que este material foi elaborado baseado no EDITAL 01/2011, da SEPLAG Prefeitura Municipal de Salvador. O seu contedo no apenas a ntegra das LEIS, PORTARIAS e DECRETOS e sim o resultado de leitura minuciosa e de conhecimentos jurdicos e da rea da sade e tem com objetivo maior, facilitar o entendimento da LEGISLAO DO SUS para o alcance de bons resultados nas questes das provas referentes a este tema. Ao adquirir este material o candidato ter acesso tambm a meios complementares para o seu processo de estudo. So ferramentas que, juntamente com o MDULO: LEGISLAO SUS, favorecero o contato com outros materiais, atualizaes pertinentes, novas questes de concursos e fruns de discusso com os autores, sobre dvidas esclarecimentos inerentes a este concurso! Ressaltamos que estes instrumentos, s sero ACESSVEIS queles que adquiriram o produto de forma lcita, pois para o acesso ser necessrio o cadastro prvio dos clientes (e-mail) pelos autores. As ferramentas so: 1. E-mail exclusivo: [email protected] Senha: concursossa 2. BLOG: profnatale.spaceblog.com.br ( frum de discusso) Esperamos que se sinta satisfeito com nosso Mdulo e que este o ajude no alcance do seu objetivo: APROVAO!!!!!! E lembre-se que a CONCORRNCIA PRIVILEGIADAS! Gratos,Prof Sanitarista Natale Souza (Enfermeira) Dr. Mrio Ernesto Alves de Carvalho (Advogado)

EXISTE

e

algumas

informaes

so

COMO ENTENDER O MDULO!O objetivo deste material facilitar o estudo para aqueles que tm interesse em participar do Concurso da Prefeitura Municipal de Salvador Sade, previsto no Edital 01/2011. Tento expor de forma simples o que precisamos estar atentos na legislao do SUS, nas portarias e decretos que constam no edital. As dicas e lembretes esto sinalizados com smbolos e so detalhes que podemos entender sem precisar ter medo do SUS e da legislao a ele inerente. No final do mdulo constar um pequeno glossrio, com linguajar simples, com os termos da Sade Pblica, mais utilizados nas provas. Os itens que so sublinhados e/ou sinalizados com algum smbolo so aqueles que geralmente constam nas questes de provas, os que precisamos entender para facilitar o entendimento da questo e os que so pegadinhas! Elaborei uma legenda para que fiquem atentos aos smbolos e o que eles significam no corpo do texto:

SMBOLO

SIGNIFICADO Precisamos entender para facilitar o entendimento da questo - contextualizao!

Geralmente constam nas questes de provas! Constar no pequeno glossrio! (Como outro arquivo) Nem pensar em esquecer!

Para refletir!

CONTEDO1. Constituio da Repblica Federativa do Brasil - Ttulo VIII - Da ordem social Captulo I e II - Seo I e II. 2. Lei Federal n. 8.080/1990 - Dispe sobre as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos servios correspondentes e d outras providncias 3. Lei Federal n. 8142/1990 - Dispe sobre a participao da comunidade na gesto do Sistema nico de Sade (SUS) e sobre as transferncias intergovernamentais de recursos financeiros na rea da sade e d outras providncias. 4. Decreto Federal n. 1232/1994 - Dispe sobre as condies e a forma de repasse regular e automtico de recursos do Fundo Nacional de Sade para os fundos de sade estaduais, municipais e do Distrito Federal, e d outras providncias. 5. Portaria GM/MS 399/2006 Divulga o Pacto pela Sade - Consolidao do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. 6. Portaria GM/MS n. 698/2006 - Define que o custeio das aes de sade de responsabilidade das trs esferas de gesto do SUS, observado o disposto na Constituio Federal e na Lei Orgnica do SUS. 7. Portaria GM/MS n. 699/2006 - Regulamenta as Diretrizes Operacionais dos Pactos Pela Vida e de Gesto. 8. Portaria GM/MS n. 372/2007 - Altera a Portaria 699/GM, que Regulamenta as Diretrizes dos Pactos pela Vida e de Gesto. 9. Portaria GM/MS n. 3085/2006 - Regulamenta o Sistema de Planejamento do SUS. 10. Portaria GM/MS n. 1101/2002 - Estabelece os parmetros de cobertura assistencial no mbito do Sistema nico de Sade SUS. 11. Portaria GM/MS n. 3916/1998 - Aprova a Poltica Nacional de Medicamentos. 12. Portaria GM/MS n. 648/2006 - Aprova a Poltica Nacional de Ateno Bsica, estabelecendo a reviso de diretrizes e normas para a organizao da Ateno Bsica para o Programa Sade da Famlia (PSF) e o Programa de Agentes Comunitrios de Sade (PACS). 13. Portaria GM/MS n. 992/2009 - Institui a Poltica Nacional de Sade Integral da Populao Negra 14. Portaria GM/MS n. 1820/2009 - Dispe sobre os direitos e deveres dos usurios da sade 15. Portaria GM/MS n. 1.863/2003 - Institui a Poltica Nacional de Ateno s Urgncias, a ser implantada em todas as unidades federadas, respeitadas as competncias das trs esferas de gesto. 16. Lei Municipal n. 5504/1999 - Cdigo Municipal de Sade de Salvador. 17. Lei Complementar n. 01/1991 - Regime Jurdico nico dos Servidores Pblicos do Municpio do Salvador. Disponvel em outro arquivo: Plano Municipal de Sade do Municpio do Salvador 2010-2013

1. CONSTITUIO FEDERAL DE 1988

1.1 - TTULO VIII Da Ordem Social CAPTULO IDisposio Geral Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justia sociais. CAPTULO II Da Seguridade Social SEO I Disposies Gerais Art. 194. (*) A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos poderes pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social. Art. 195. (*) A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das seguintes contribuies sociais: I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salrios, o faturamento e o lucro; II - dos trabalhadores; III - sobre a receita de concursos de prognsticos. (*) Emenda Constitucional N 20, de 1998 SEO II Da Sade Art. 196. A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao. Art. 197. So de relevncia pblica as aes e servios de sade, cabendo ao poder pblico dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentao, fiscalizao e controle, devendo sua execuo ser feita diretamente ou atravs de terceiros e, tambm, por pessoa fsica ou jurdica de direito privado. Art. 198. (*) As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais;

III - participao da comunidade. Pargrafo nico. O sistema nico de sade ser financiado, nos termos do art. 195, com recursos do oramento da seguridade social, da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, alm de outras fontes. (*) Emenda Constitucional N 29, de 2000 Art. 199. A assistncia sade livre iniciativa privada. 1. As instituies privadas podero participar de forma complementar do sistema nico de sade, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito pblico ou convnio, tendo preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos. 2. vedada a destinao de recursos pblicos para auxlios ou subvenes s instituies privadas com fins lucrativos. 3. vedada a participao direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistncia sade no Pas, salvo nos casos previstos em lei. 4. A lei dispor sobre as condies e os requisitos que facilitem a remoo de rgos, tecidos e substncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfuso de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercializao. Art. 200. Ao sistema nico de sade compete, alm de outras atribuies, nos termos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substncias de interesse para a sade e participar da produo de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos, hemoderivados e outros insumos; II - executar as aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica, bem como as de sade do trabalhador; III - ordenar a formao de recursos humanos na rea de sade; IV - participar da formulao da poltica e da execuo das aes de saneamento bsico; V - incrementar em sua rea de atuao o desenvolvimento cientfico e tecnolgico; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e guas para consumo humano; VII - participar do controle e fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos; VIII - colaborar na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

DICAS E LEMBRETES:CONSTITUIO FEDERAL - 19881. 2. Todos os itens SUBLINHADOS so constantes em provas; O art. 195, Captulo I, Seo I, da Seguridade Social explicita a forma de financiamento do SUS. No esquecer que o DF deve constar em qualquer alternativa de prova que esteja relacionado a este item; Atentar para o art. n 198 que contem as diretrizes do SUS previstas na CF e no confundir com princpios que constam na LOS 8.080/90! A primeira CF a constar o Setor Sade foi a de 1988, conhecida como Cidad devido ao Movimento Sanitrio que teve como marco a VIII Conferncia Nacional de Sade; O art. n 200 da CF o nico desta que consta a obrigao do Estado frente sade do LEIS ORGANICAS DA SADE - LOS trabalhador e descreve as aes da Vigilncia sanitria!

3.

4.

5.

2 - LOS 8.080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990: Dispe sobre as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos servios correspondentes e d outras providncias.Art. 1 - Esta Lei regula, em todo o territrio nacional, as aes e servios de sade, executados, isolada ou conjuntamente, em carter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurdicas de direito pblico ou privado. TTULO I Das Disposies Gerais Art. 2 - A sade um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condies indispensveis ao seu pleno exerccio. 1 - O dever do Estado de garantir a sade consiste na reformulao e execuo de polticas econmicas e sociais que visem reduo de riscos de doenas e de outros agravos no estabelecimento de condies que assegurem acesso universal e igualitrio s aes e aos servios para a sua promoo, proteo e recuperao. 2 - O dever do Estado no exclui o das pessoas, da famlia, das empresas e da sociedade. Art. 3 - A sade tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentao, a moradia, o saneamento bsico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educao, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e servios essenciais; os nveis de sade da populao expressam a organizao social e econmica do Pas. TTULO II Do Sistema nico de Sade Disposio Preliminar Art. 4 - O conjunto de aes e servios de sade, prestados por rgos e instituies pblicas federais, estaduais e municipais, da administrao direta e indireta e das fundaes mantidas pelo Poder Pblico, constitui o Sistema nico de Sade - SUS.

1 - Esto includas no disposto neste artigo as instituies pblicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produo de insumos, medicamentos inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para a sade. 2 - A iniciativa privada poder participar do Sistema nico de Sade - SUS, em carter complementar. CAPTULO I Dos Objetivos e Atribuies Art. 5 - Dos objetivos do Sistema nico de Sade - SUS: I - a identificao e divulgao dos fatores condicionantes e determinantes da sade; II - a formulao de poltica de sade destinada a promover, nos campos econmicos e sociais, a observncia do disposto no 1 do artigo 2 desta Lei; III - a assistncia s pessoas por intermdio de aes de promoo, proteo e recuperao da sade, com a realizao integrada das aes assistenciais e das atividades preventivas. Art. 6 Esto includas ainda no campo de atuao do Sistema nico de Sade-SUS (Atentar que so aes comuns aos trs nveis de gesto) I - a execuo de aes: a) de vigilncia sanitria; b) de vigilncia epidemiolgica; c) de sade do trabalhador; e d) de assistncia teraputica integral, inclusive farmacutica. II - a participao na formulao da poltica e na execuo de aes de saneamento bsico; III - a ordenao da formao de recursos humanos na rea de sade; IV - a vigilncia nutricional e orientao alimentar; V - a colaborao na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; VI - a formulao da poltica de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos e outros insumos de interesse para a sade e a participao na sua produo; VII - o controle e a fiscalizao de servios, produtos e substncias de interesse para a sade; VIII - a fiscalizao e a inspeo de alimentos, gua e bebidas, para consumo humano; IX - participao no controle e na fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos; X - o incremento, em sua rea de atuao, do desenvolvimento cientfico e tecnolgico; XI - a formulao e execuo da poltica de sangue e seus derivados CAPTULO II Dos Princpios e Diretrizes Art. 7 As aes e servios pblicos de sade e os servios privados contratados ou conveniados que integram o Sistema nico de Sade - SUS so desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituio Federal, obedecendo ainda aos seguintes princpios:Aqueles com grifo so DIRETRIZES e PRINCPIOS CONCOMITANTEMENTE! I - universalidade de acesso aos servios de sade em todos os nveis de assistncia;

II - integralidade de assistncia, entendida como um conjunto articulado e contnuo das aes e servios preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os nveis de complexidade do sistema; III - preservao da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade fsica e moral; IV - igualdade da assistncia sade, sem preconceitos ou privilgios de qualquer espcie; V - direito informao, s pessoas assistidas, sobre sua sade; VI - divulgao de informaes quanto ao potencial dos servios de sade e sua utilizao pelo usurio; VII - utilizao da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocao de recursos e a orientao programtica; VIII - participao da comunidade; IX - descentralizao poltico-administrativa, com direo nica em cada esfera de governo: a) nfase na descentralizao dos servios para os municpios; b) regionalizao e hierarquizao da rede de servios de sade; X - integrao, em nvel executivo, das aes de sade, meio ambiente e saneamento bsico; XI - conjugao dos recursos financeiros, tecnolgicos, materiais e humanos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, na prestao de servios de assistncia sade da populao; XII - capacidade de resoluo dos servios em todos os nveis de assistncia; e XIII - organizao dos servios pblicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idnticos. CAPTULO III Da Organizao, da Direo e da Gesto Art. 8 - As aes e servios de sade, executados pelo Sistema nico de Sade- SUS, seja diretamente ou mediante participao complementar da iniciativa privada, sero organizados de forma regionalizada e hierarquizada em nveis de complexidade crescente. Art. 9 - A direo do Sistema nico de Sade - SUS nica, de acordo com o inciso I do artigo 198 da Constituio Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes rgos: I - no mbito da Unio, pelo Ministrio da Sade; II - no mbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva secretaria de sade ou rgo equivalente; e III - no mbito dos Municpios, pela respectiva secretaria de sade ou rgo equivalente. Art. 10 - Os Municpios podero constituir consrcios para desenvolver, em conjunto, as aes e os servios de sade que lhes correspondam. 1 - Aplica-se aos consrcios administrativos intermunicipais o princpio da direo nica e os respectivos atos constitutivos disporo sobre sua observncia. 2 - No nvel municipal, o Sistema nico de Sade - SUS poder organizar-se em distritos de forma a integrar e articular recursos, tcnicas e prticas voltadas para a cobertura total das aes de sade. Art. 11 (VETADO) Art. 12 - Sero criadas comisses intersetoriais de mbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Sade, integradas pelos ministrios e rgos competentes e por entidades representativas da sociedade civil.

Pargrafo nico - As comisses intersetoriais tero a finalidade de articular polticas e programas de interesse para a sade, cuja execuo envolva reas no compreendidas no mbito do Sistema nico de Sade-SUS. Art. 13 - A articulao das polticas e programas, a cargo das comisses intersetoriais, abranger, em especial, as seguintes atividades: I - alimentao e nutrio; II - saneamento e meio ambiente; III - Vigilncia Sanitria e farmacoepidemiologia; IV - recursos humanos; V - cincia e tecnologia; e VI - sade do trabalhador. Art. 14. Devero ser criadas comisses permanentes de integrao entre os servios de sade e as instituies de ensino profissional e superior. Pargrafo nico - Cada uma dessas comisses ter por finalidade propor prioridades, mtodos e estratgias para a formao e educao continuada dos recursos humanos do Sistema nico de Sade - SUS, na esfera correspondente, assim como em relao pesquisa e cooperao tcnica entre essas instituies. CAPTULO IV Da Competncia e das Atribuies (Comuns a TODOS, no importando o mbito) Art. 15 A Unio, os estados, o Distrito Federal e os municpios exercero, em seu mbito administrativo, as seguintes atribuies: I - definio das instncias e mecanismos de controle, avaliao e fiscalizao das aes e servios de sade; II - administrao dos recursos oramentrios e financeiros destinados, em cada ano, sade; III - acompanhamento, avaliao e divulgao do nvel de sade da populao e das condies ambientais; IV - organizao e coordenao do sistema de informao em sade; V - elaborao de normas tcnicas e estabelecimento de padres de qualidade e parmetros de custos que caracterizam a assistncia sade; VI - elaborao de normas tcnicas e estabelecimento de padres de qualidade para promoo da sade do trabalhador; VII - participao de formulao da poltica e da execuo das aes de saneamento bsico e colaborao na proteo e recuperao do meio ambiente; VIII - elaborao e atualizao peridica do plano de sade; IX - participao na formulao e na execuo da poltica de formao e desenvolvimento de recursos humanos para a sade; X - elaborao da proposta oramentria do Sistema nico de Sade - SUS, de conformidade com o plano de sade; XI - elaborao de normas para regular as atividades de servios privados de sade, tendo em vista a sua relevncia pblica; XII - realizao de operaes externas de natureza financeira de interesse da sade autorizada pelo Senado Federal; XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitrias, decorrentes de situaes de perigo iminente, de calamidade pblica ou de irrupo de epidemias, a autoridade

competente da esfera administrativa correspondente poder requisitar bens e servios, tanto de pessoas naturais como jurdicas, sendo-lhes assegurada justa indenizao; XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; XV - propor a celebrao de convnios, acordos e protocolos internacionais relativos sade, saneamento e o meio ambiente; XVI - elaborar normas tcnico-cientficas de promoo, proteo e recuperao da sade; XVII - promover articulao com os rgos de fiscalizao do exerccio profissional, e outras entidades representativas da sociedade civil, para a definio e controle dos padres ticos para a pesquisa, aes e servios de sade; XVIII - promover a articulao da poltica e dos planos de sade; XIX - realizar pesquisas e estudos na rea de sade; XX - definir as instncias e mecanismos de controle e fiscalizao inerentes ao poder da poltica sanitria; XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratgicos e de atendimento emergencial. SEO II Da Competncia Art. 16. direo nacional do Sistema nico de Sade - SUS compete: Formular, avaliar e apoiar polticas; Definir e coordenar os sistemas; Participar da definio de normas e mecanismos de controle; Estabelecer critrios, parmetros e mtodos; Promover a articulao; Prestar cooperao tcnica e financeira; Elaborar o planejamento estratgico nacional no mbito do SUS;

Pargrafo nico. A Unio poder executar aes de vigilncia epidemiolgica e sanitria em circunstncias especiais, como na ocorrncia de agravos inusitados sade, que possam escapar do controle da direo estadual do Sistema nico de Sade - SUS ou que representam risco de disseminao nacional. Art. 17. - direo estadual do Sistema nico de Sade - SUS compete: Promover a descentralizao; Acompanhar, controlar e avaliar; Prestar apoio tcnico e financeiro aos Municpios e executar supletivamente aes e servios de sade; Coordenar e, em carter complementar, executar aes e servios:

a) de vigilncia epidemiolgica; b) de vigilncia sanitria; c) de alimentao e nutrio; e d) de sade do trabalhador; Identificar estabelecimentos hospitalares de referncia e gerir sistemas pblicos de alta complexidade, de referncia estadual e regional; Coordenar a rede estadual de laboratrios de sade pblica e hemocentros e gerir as unidades que permaneam em sua organizao administrativa; Colaborar com a Unio;

-

Acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores de morbidade e mortalidade no mbito da unidade federada.

Art. 18. direo municipal do Sistema nico de Sade-SUS, compete: I - planejar, organizar, controlar e avaliar as aes e os servios de sade e gerir e executar os servios pblicos de sade; II - participar do planejamento, programao e organizao da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema nico de Sade - SUS, em articulao com sua direo estadual; III - participar da execuo, controle e avaliao das aes referentes s condies e aos ambientes de trabalho; IV - executar servios: a) de vigilncia epidemiolgica; b) de vigilncia sanitria; c) de alimentao e nutrio; d) de saneamento bsico; e e) de sade do trabalhador; Art.19. Ao Distrito Federal competem as atribuies reservadas aos Estados e aos Municpios. TTULO III Dos Servios Privados de Assistncia Sade CAPTULO I Do Funcionamento Art. 20. Os servios privados de assistncia sade caracterizam-se pela atuao, por iniciativa prpria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurdicas e de direito privado na promoo, proteo e recuperao da sade. Art. 21. A assistncia sade livre iniciativa privada. Art. 22. Na prestao de servios privados de assistncia sade, sero observados os princpios ticos e as normas expedidas pelo rgo de direo do Sistema nico de Sade SUS quanto s condies para seu funcionamento. Art. 23. vedada a participao direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assistncia sade, salvo atravs de doaes de organismos internacionais vinculados Organizao das Naes Unidas, de entidades de cooperao tcnica e de financiamento e emprstimos. 1 Em qualquer caso obrigatria a autorizao do rgo de direo nacional do Sistema nico de Sade- SUS, submetendo-se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas e os instrumentos que forem firmados. 2 Excetuam-se do disposto neste artigo os servios de sade mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer nus para a Seguridade Social. CAPTULO II Da Participao Complementar

Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial populao de uma determinada rea, o Sistema nico de Sade - SUS poder recorrer aos servios ofertados pela iniciativa privada. Pargrafo nico. A participao complementar dos servios privados ser formalizada mediante contrato ou convnio, observadas, a respeito, as normas de direito pblico. Art. 25. Na hiptese do artigo anterior, as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos tero preferncia para participar do Sistema nico de Sade - SUS. Art. 26. Os critrios e valores para a remunerao de servios e os parmetros de cobertura assistencial sero estabelecida pela direo nacional do Sistema nico de Sade - SUS, aprovados no Conselho Nacional de Sade. 1 Na fixao dos critrios, valores, formas de reajuste e de pagamento da remunerao, aludida neste artigo, a direo nacional do Sistema nico de Sade - SUS dever fundamentar seu ato em demonstrativo econmico-financeiro que garanta a efetiva qualidade dos servios contratados. 2 Os servios contratados submeter-se-o s normas tcnicas e administrativas e aos princpios e diretrizes do Sistema nico de Sade - SUS, mantido o equilbrio econmico e financeiro do contrato. 3 (VETADO) 4 Aos proprietrios, administradores e dirigentes de entidades ou servios contratados vedado exercer cargo de chefia ou funo de confiana no Sistema nico de Sade-SUS. TTULO IV Dos Recursos Humanos Art. 27. A poltica de recursos humanos na rea de sade ser formalizada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em cumprimento dos seguintes objetivos: I - organizao de um sistema de formao de recursos humanos em todos os nveis de ensino, inclusive de ps-graduao, alm da elaborao de programas de permanente aperfeioamento de pessoal; II - (VETADO) III - (VETADO) IV - valorizao da dedicao exclusiva aos servios do Sistema nico de Sade - SUS. Pargrafo nico. Os servios pblicos que integram o Sistema nico de Sade - SUS constituem campo de prtica para ensino e pesquisa, mediante normas especficas, elaboradas conjuntamente com o sistema educacional. Art. 28. Os cargos e funes de chefia, direo e assessoramento, no mbito do Sistema nico de Sade - SUS, s podero ser exercidos em regime de tempo integral. 1 Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos podero exercer suas atividades em mais de um estabelecimento do Sistema nico de Sade-SUS. 2 O disposto no pargrafo anterior aplica-se tambm aos servidores em regime de tempo integral, com exceo dos ocupantes de cargos ou funo de chefia, direo ou assessoramento.

Art. 29. (VETADO) Art. 30. As especializaes na forma de treinamento em servio sob superviso ser o regulamentadas por comisso nacional, instituda de acordo com o artigo 12 desta lei, garantida a participao das entidades profissionais correspondentes. TTULO V Do Financiamento CAPTULO I Dos Recursos Art. 31. O oramento da Seguridade Social destinar ao Sistema nico de Sade-SUS, de acordo com a receita estimada, os recursos necessrios realizao de suas finalidades, previstos em propostas elaboradas pela sua direo nacional, com a participao dos rgos de previdncia social e da assistncia social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Oramentrias. Art. 32. So considerados de outras fontes os recursos provenientes de I - (VETADO) II - servios que possam ser prestados sem prejuzo da assistncia sade; III - ajuda contribuies, doaes e donativos; IV - alienaes patrimoniais e rendimentos de capital; V - taxas, multas, emolumentos e preos pblicos arrecadados no mbito do Sistema nico de Sade-SUS; e VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais;

CAPTULO II Da Gesto Financeira Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema nico de Sade-SUS sero depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuao, e movimentados sob fiscalizao dos respectivos conselhos de sade. Art. 34. As autoridades responsveis pela distribuio da receita efetivamente arrecadada transferiro automaticamente ao Fundo Nacionais de Sade - FNS, observado o critrio do pargrafo nico deste artigo, os recursos financeiros correspondentes s dotaes consignadas no oramento da Seguridade Social, a projetos e atividades a serem executados no mbito do Sistema nico de Sade-SUS. Pargrafo nico. Na distribuio dos recursos financeiros da Seguridade Social ser observada a mesma proporo da despesa prevista de cada rea, do oramento da Seguridade social. Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municpios, ser utilizada a combinao dos seguintes critrios, segundo anlise tcnica de programas e projetos: I - perfil demogrfico da regio; II - perfil epidemiolgico da populao a ser coberta; III - caractersticas quantitativas e qualitativas da rede de sade na rea;

IV - desempenho tcnico, econmico e financeiro no perodo anterior; V - nveis de participao do setor sade nos oramentos estaduais e municipais; VI - previso do plano qinqenal de investimentos da rede; VII - ressarcimento do atendimento a servios prestados para outras esferas de governo; 1 Metade dos recursos destinados a Estados e Municpios ser distribuda segundo o quociente de sua diviso pelo nmero de habitantes, independentemente de qualquer procedimento prvio. 2 Nos casos de Estados e Municpios sujeitos a notrio processo de migrao, os critrios demogrficos mencionados nesta lei sero ponderados por outros indicadores de crescimento populacional, em especial o nmero de eleitores registrados. 3 VETADO 4 VETADO 5 VETADO 6 O disposto no pargrafo anterior no prejudica a atuao dos rgos de controle interno e externo e nem a aplicao de penalidades previstas em lei em caso de irregularidades verificadas na gesto dos recursos transferidos. CAPTULO III Do Planejamento e do Oramento Art. 36. O processo de planejamento e oramento do Sistema nico de Sade-SUS ser ascendente, do nvel local at o federal, ouvidos seus rgos deliberativos, compatibilizandose as necessidades da poltica de sade com a disponibilidade de recursos em planos de sade dos Municpios, dos Estados, do Distrito Federal e da Unio. 1 Os planos de sade sero a base das atividades e programaes de cada nvel de direo do Sistema nico de Sade-SUS e seu financiamento ser previsto na respectiva proposta oramentria. 2 vedada a transferncia de recursos para o financiamento de aes no previstas nos planos de sade, exceto em situaes emergenciais ou de calamidade pblica, na rea de sade. Art. 37. O Conselho Nacional de Sade estabelecer as diretrizes a serem observadas na elaborao dos planos de sade, em funo das caractersticas epidemiolgicas e da organizao dos servios em cada jurisdio administrativa. Art. 38. No ser permitida a destinao de subvenes e auxlios a instituies prestadoras de servios de sade com finalidade lucrativa. DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS Art. 39. (VETADO) 5 A cesso de uso dos imveis de propriedade do INAMPS para rgos integrantes do Sistema nico de Sade-SUS ser feita de modo a preserv-los como patrimnio da Seguridade Social. 6 Os imveis de que trata o pargrafo anterior sero inventariados com todos os acessrios, equipamentos e outros bens imveis e ficaro disponveis para utilizao pelo rgo de direo

municipal do Sistema nico de Sade-SUS, ou eventualmente, pelo estadual, em cuja circunscrio administrativa se encontre, mediante simples termo de recebimento. 7 (VETADO) 8 O acesso aos servios de informtica e base de dados, mantidos pelo Ministrio da Sade e pelo Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, ser assegurado s Secretarias Estaduais e Municipais de Sade ou rgos congneres, como suporte ao processo de gesto, de forma a permitir a gerncia informatizada das contas e a disseminao de estatsticas sanitrias e epidemiolgicas mdico-hospitalares. Art. 40. (VETADO) Art. 41. As aes desenvolvidas pela Fundao das Pioneiras Sociais e pelo Instituto Nacional do Cncer, supervisionadas pela direo nacional do Sistema nico de Sade - SUS permanecero como referencial de prestao de servios, formao de recursos humanos e para transferncia de tecnologia. Art. 42. (VETADO). Art. 43. A gratuidade das aes e servios de sade fica preservada nos servios pblicos e privados contratados, ressalvando-se as clusulas dos contratos ou convnios estabelecidos com as entidades privadas. Art. 44. E seus pargrafos (VETADOS). Art. 45. Os servios de sade dos hospitais universitrios e de ensino integram-se ao Sistema nico de Sade-SUS, mediante convnio, preservada a sua autonomia administrativa, em relao ao patrimnio, aos recursos humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extenso, dos limites conferidos pelas instituies a que estejam vinculados. 1 Os servios de sade de sistemas estaduais e municipais de previdncia social devero integrar-se direo correspondente do Sistema nico de Sade-SUS, conforme seu mbito de atuao, bem como quaisquer outros rgos e servios de sade. 2 Em tempo de paz e havendo interesse recproco, os servios de sade das Foras Armadas podero integrar-se ao Sistema nico de Sade-SUS, conforme se dispuser em convnio que, para esse fim, for firmado. Art. 46. O Sistema nico de Sade-SUS estabelecer mecanismos de incentivo participao do setor privado no investimento em cincia e tecnologia e estimular a transferncia de tecnologia das Universidades e institutos de pesquisa aos servios de sade nos Estados, Distrito Federal e Municpios, e s empresas nacionais. Art. 47. O Ministrio da Sade, em articulao com os nveis estaduais e municipais do Sistema nico de Sade-SUS organizar, no prazo de 2(dois) anos, um sistema nacional de informaes em sade, integrado em todo o territrio nacional, abrangendo questes epidemiolgicas e de prestao de servios. Art. 48. (VETADO) Art. 49. (VETADO) Art. 50. Os convnios entre a Unio, os Estados e os Municpios, celebrados para a implantao dos sistemas unificados e descentralizados de sade, ficaro rescindidos proporo que seu objeto for sendo absorvido pelo Sistema nico de Sade-SUS. Art. 51. (VETADO)

Art. 52. Sem prejuzo de outras sanes cabveis, constitui crime de emprego irregular de verbas ou rendas pblicas (Cdigo Penal, artigo 315) a utilizao de recursos financeiros do Sistema nico de Sade-SUS em finalidades diversas das previstas nesta lei. Art. 53. (VETADO) Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 55. So revogadas a Lei n 2.312, de 3 de setembro de 1954; a Lei n 6.229, de 17 de julho de 1975, e demais disposies em contrrio.

DICAS E LEMBRETES:LEI N. 8.080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 1. 2. 3. 4. Todos os itens SUBLINHADOS so constantes em provas; Lembrar que as LOS complementam a CF, portanto, exercem sua vigncia em todo territrio nacional! O Art. 4 - CONCEITUALIZA O SUS! A iniciativa privada pode participar em carter COMPLEMENTAR no SUS quando da insuficincia dos servios no setor pblico, no confundir com carter SUPLEMENTAR (planos de sade); No esquecer que as atividades preventivas devero ser PRIORIZADAS no havendo DETRIMENTO das aes curativas e assistncias! Atentar para algumas aes que o SUS somente participa e/ou colabora, pois no pertencem s suas atribuies em nenhuma esfera de governo! O Art. 7 - Descreve os PRINCPIOS DO SUS! No confundir com as DIRETRIZES que esto no o Art. 198 (Descentralizao, Integralidade e Participao da comunidade);

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8. As comisses intersetoriais citadas no Art. 12 so a CIB (Comisso Intergestores Bipartite e a CIT (Comisso Intergestores Tripartite) constar no glossrio!9. Os nveis de complexidade do Sistema de Sade citados no Art. 8 so: Ateno primria, secundria e terciria! Autores recentes j incluem a ateno quaternria, composta por oncologia, rede de transplantes e hemodilise!

10. Na SEO II, das competncias, atentar para o mbito no qual a questo se refere (Unio, Estado, DF e municpios) pois as aes so diferentes de acordo com a instncia que se refere! LEMBRAR que os verbos FOMENTAR, ELABORAR geralmente so no mbito Unio; os verbos Fiscalizar, Apoiar, Participar geralmente so no mbito Estadual e aqueles como EXECUTAR, PROMOVER esto ligados aos municpios. 11. No Art. 33, a conta especial o FUNDO DE SADE ( conta especfica para o depsito e movimentao dos recursos da sade nos 3 nveis de governo). 12. Observar o Art. 35. que DEFINE os CRITRIOS para recebimento dos RECURSOS nos respectivos FUNDOS DE SADE! 13. Art. 36. : o processo de planejamento e oramento do Sistema nico de Sade-SUS ser ascendente, do nvel local at o federal ratifica a municipalizao na medida que o gestor local planeja e organiza as aes e servios de sade de acordo com a necessidade local!

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Os PLANOS DE SADE so um instrumento do planejamento em todos os nveis devendo ser

3 - LOS 8.142 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990: Dispe sobre a participao da comunidade na gesto do Sistema nico de Sade SUS e sobre as transferncias intergovernamentais de recursos financeiros na rea da sade e d outras providncias.

Art. 1 - O Sistema nico de Sade - SUS de que trata a Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, contar, em cada esfera de governo, sem prejuzo das funes do Poder Legislativo, com as seguintes instncias colegiadas: I - a Conferncia de Sade, e II - o Conselho de Sade. 1 - A Conferncia de Sade reunir-se- cada 4 anos com a representao dos vrios segmentos sociais, para avaliar a situao de sade e propor as diretrizes para a formulao da poltica de sade nos nveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Sade. 2 - O Conselho de Sade, em carter permanente e deliberativo, rgo colegiado composto por representantes do governo, prestadores de servio, profissionais de sade e usurios, atua na formulao de estratgias e no controle da execuo da poltica de sade na instncia correspondente, inclusive nos aspectos econmicos e financeiros, cujas decises sero homologadas pelo chefe do poder legalmente constitudo em cada esfera do governo. 3- O Conselho Nacional de Secretrios de Sade - CONASS e o Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade CONASEMS tero representao no Conselho Nacional de Sade. 4 - A representao dos usurios nos Conselhos de Sade e Conferncias de Sade ser paritria em relao ao conjunto dos demais segmentos . 5 - As Conferncias de Sade e os Conselhos de Sade tero sua organizao e normas de funcionamento definidas em regimento prprio aprovados pelo respectivo Conselho. Art. 2- Os recursos do Fundo Nacional de Sade - FNS sero alocados como: I - despesas de custeio e de capital do Ministrio da Sade, seus rgos e entidades, da administrao direta e indireta; II - investimentos previstos em Lei oramentria, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional; III - investimentos previstos no Plano Qinqenal do Ministrio da Sade; IV - cobertura das aes e servios de sade a serem implementados pelos Municpios, Estados e Distrito Federal. Pargrafo nico. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-o a investimentos na rede de servios, cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e s demais aes de sade. Art. 3- Os recursos referidos no inciso IV do art. 2 desta Lei sero repassados de forma regular e automtica para os Municpios, Estados e Distrito Federal de acordo com os critrios previstos no art. 35 da Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990. 1 - Enquanto no for regulamentada a aplicao dos critrios previstos no art. 35 da Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, ser utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o critrio estabelecido no 1 do mesmo artigo,. 2 - Os recursos referidos neste artigo sero destinados, pelo menos setenta por cento, aos Municpios, afetando-se o restante aos Estados. 3 - Os municpios podero estabelecer consrcio para execuo de aes e servios de sade, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do artigo 2 desta Lei. Art. 4 - Para receberem os recursos, de que trata o art. 3 desta lei, os Municpios, os Estados e o Distrito Federal devero contar com: I - Fundo de Sade;

II - Conselho de Sade, com composio paritria de acordo com o Decreto n 99.438, de 7 de agosto de 1990; III - plano de sade; IV - relatrios de gesto que permitam o controle de que trata o 4 do art. 33 da Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990. V - contrapartida de recursos para a sade no respectivo oramento; VI - Comisso de elaborao do Plano de Carreira, Cargos e Salrios (PCCS), previsto o prazo de (dois) anos para a sua implantao. Pargrafo nico - O no atendimento pelos Municpios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicar em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela Unio. Art. 5 - o Ministrio da Sade, mediante Portaria do Ministro de Estado, autorizado a estabelecer condies para a aplicao desta Lei. Art. 6 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 7 - Revogam-se as disposies em contrrio.

DICAS E LEMBRETES:Lei n. 8.142 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 1. Todos os itens SUBLINHADOS so constantes em provas;

2. A Lei 8.142/90 Dispe sobre a participao da comunidade na gesto do Sistema nico de Sade - SUS e sobre as transferncias intergovernamentais de recursos financeiros na rea da sade (no esquecer que a LEI 8.080/90 apenas dispe sobre a gesto dos recursos financeiros e forma de repasse s foi definida pela lei supracitada!); 3. A Lei 8.142/90 Dispe sobre a participao da comunidade na gesto do Sistema nico de Sade SUS ( a marca desta LEI!). No esquecer que a participao comunitria conhecida como controle social e existem duas formas previstas na lei: as CONFERNCIAS ( que acontecem a cada 4 anos em cada esfera de governo) e os CONSELHOS ( que so instncias colegiadas e deliberativas que devem se reunir mensalmente ou em carter extraordinrio em cada esfera de governo); 4. No esquecer que o carter deliberativo o poder de VOTO E APROVAO das aes de sade! 5. IMPORTANTE: as duas formas de controle social previstas em lei so de formao PARITRIA (onde metade dos componentes deve ser REPRESENTANTE DOS USURIOS)! 6. Os CONSELHOS DE SADE sero formados por eleio e seus conselheiros nomeados (Publicao em Dirio Oficial). A cada dois anos haver nova votao para formao de novo conselho! 7. O repasse automtico de recursos ser FUNDO NACIONAL DE SADE para o FUNDO MUNICIPAL DE SADE! 8. AS ESFERAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS DEVERO DEPOSITAR NESTA MESMA CONTA (FUNDO DE SADE) UMA CONTRAPARTIDA DE RECURSOS ORIUNDOS DOS SEUS ORAMENTOS. 9. A EMENDA CONSTITUCIONAL N 29 (13 de setembro de 2000) EST EM PROCESSO DE APROVAO, MAS DEFINE PERCENTUAIS FIXOS A SEREM REPASSADOS POR CADA ESFERA de governo e deve corresponder a um percentual da receita de impostos e transferncias constitucionais e legais: - Unio: 5% - Estados e DF: 12% - Municpios: 15%

4. DECRETO N 1.232, DE 30 DE AGOSTO DE 1994 Dispe sobre as condies e a forma de repasse regular e automtico de recursos do Fundo Nacional de Sade para os fundos de sade estaduais, municipais e do Distrito Federal, e d outras providncias.O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, e na Lei n 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Art. 1 Os recursos do Oramento da Seguridade Social alocados ao Fundo Nacional de Sade e destinados cobertura dos servios e aes de sade a serem implementados pelos Estados, Distrito Federal e Municpios sero a estes transferidos, obedecida a programao financeira do Tesouro Nacional, independentemente de convnio ou instrumento congnere e segundo critrios, valores e parmetros de cobertura assistencial, de acordo com a Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, e exigncias contidas neste Decreto. 1 Enquanto no forem estabelecidas, com base nas caractersticas epidemiolgicas e de organizao dos servios assistenciais previstas no art. 35 da Lei n 8.080, de 1990, as diretrizes a serem observadas na elaborao dos planos de sade, a distribuio dos recursos ser feita exclusivamente segundo o quociente de sua diviso pelo nmero de habitantes exclusivamente segundo o quociente de sua diviso pelo nmero de habitantes, segundo estimativas populacionais fornecidas pelo IBGE, obedecidas as exigncias deste decreto. 2 Fica estabelecido o prazo de 180 dias, a partir da data de publicao deste Decreto, para que o Ministrio da Sade defina as caractersticas epidemiolgicas e de organizao dos servios assistenciais referidas no pargrafo anterior. Art. 2 A transferncia de que trata o art. 1 fica condicionada existncia de fundo de sade e apresentao de plano de sade, aprovado pelo respectivo Conselho de Sade, do qual conste a contrapartida de recursos no Oramento do Estado, do Distrito Federal ou do Municpio. 1 Os planos municipais de sade sero consolidados na esfera regional e estadual e a transferncia de recursos pelo Fundo Nacional de Sade dos Municpios fica condicionada indicao, pelas Comisses Bipartites da relao de Municpios que, alm de cumprirem as exigncias legais, participam dos projetos de regionalizao e hierarquizao aprovados naquelas comisses, assim como compatibilizao das necessidades da poltica de sade com a disponibilidade de recursos. 2 O plano de sade discriminar o percentual destinado pelo Estado e pelo Municpio, nos respectivos oramentos, para financiamento de suas atividades e programas. 3 O Ministrio da Sade definir os critrios e as condies mnimas exigidas para aprovao dos planos de sade do municpio. Art. 3 Os recursos transferidos pelo Fundo Nacional de Sade sero movimentados, em cada esfera de governo, sob a fiscalizao do respectivo Conselho de Sade, sem prejuzo da fiscalizao exercida pelos rgos do sistema de Controle Interno do Poder Executivo e do Tribunal de Contas da Unio. Art. 4 vedada a transferncia de recursos para o financiamento de aes no previstas nos planos de sade, exceto em situaes emergenciais ou de calamidade pblica, na rea da sade. Art. 5 O Ministrio da Sade, por intermdio dos rgos do Sistema Nacional de Auditoria e com base nos relatrios de gesto encaminhados pelos Estados, Distritos Federal e Municpios, acompanhar a conformidade da aplicao dos recursos transferidos programao dos servios e aes constantes dos planos de sade.

Art. 6 A descentralizao dos servios de sade para os Municpios e a regionalizao da rede de servios assistenciais sero promovidas e concretizadas com a cooperao tcnica da Unio, tendo em vista o direito de acesso da populao aos servios de sade, a integralidade da assistncia e igualdade do atendimento. Art. 7 A cooperao tcnica da Unio com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, previstas no art. 16, inciso XIII, da Lei Orgnica da Sade, e no art. 30, inciso VII, da Constituio Federal, ser exercida com base na funo coordenadora da direo nacional do Sistema nico de Sade, tendo em vista a realizao das metas do Sistema e a reduo das desigualdades sociais e regionais. Art. 8 A Unio, por intermdio da direo nacional do SUS, incentivar os Estados, o Distrito Federal e os Municpios a adotarem poltica de recursos humanos caracterizada pelos elementos essenciais de motivao do pessoal da rea da sade, de sua valorizao profissional e de remunerao adequada. Art. 9 A Unio, por intermdio da direo nacional do SUS, sem prejuzo da atuao do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, exercer o controle finalstico global do Sistema nico de Sade, utilizando-se, nesse sentido, dos instrumentos de coordenao de atividades e de avaliao de resultados, em mbito nacional, previstos na Lei Orgnica da Sade e explicitados neste Decreto. Art. 10 O atendimento de qualquer natureza na rea do Sistema nico de Sade, quando prestado a paciente que seja beneficirio de plano de sade, dever ser ressarcido pela entidade mantenedora do respectivo plano. Art. 11 O Ministrio da Sade, por intermdio de seus rgos competentes, adotar as medidas administrativas destinadas operacionalizao do disposto neste Decreto.

DICAS E LEMBRETES:DECRETO N 1.232, DE 30 DE AGOSTO DE 1994 1. 2. Art. 1, 1: Esta forma de distribuio conhecida como per capta! No esquecer que este DECRETO devine que a EPIDEMIOLOGIA ser a cincia que servir como base para o planejamento e organizao das aes: perfil epidemiolgico traduz a real NECESSIDADE! Os FUNDOS DE SADE sero sempre da geridos pelo rgo responsvel em cada INSTNCIA ( Unio, Estados, DF e Municpios), sendo que sus FISCALIZAO caber ao respectivo CONSELHO DE SADE : um avano para o CONTROLE SOCIAL! O Art. 10 traz uma questo importante e que um n nas questes de concurso! O ressarcimento ao qual ele se refere quando um indivduo possui um contrato de prestao de servios com um PLANO DE SADE e o mesmo, em determinada situao no oferece cobertura para algum procedimento ( geralmente de alta complexidade) e o usurio ser atendido pelo SUS ( que universal , igualitrio O PLANO DE SADE DE TODOS OS BRASILEIROS). Nesta situao, pela falta de cumprimento das clusulas do contrato do Plano de Sade com o seu cliente ( papel do SUS esta fiscalizao atravs da Agencia Nacional de sade Suplementar) poder requerer o ressarcimento de todos os gastos do sistema pblico com o usurio. Esta tarefa n to fcil pois depende de fiscalizao e auditoria dentro do SUS e muitos planos de sade no oferecem em sua rede conveniada todos os procedimentos necessrios para garantir a INTEGRALIDADE da assistncia.

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5. PORTARIA GM/MS 399 (DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006). Divulga o Pacto pela Sade 2006 Consolidao do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do referido Pacto.O MINISTRO DE ESTADO DA SADE, INTERINO, no uso de suas atribuies, e Considerando o disposto no art. 198 da Constituio Federal de 1988, que estabelece as aes e servios pblicos que integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem o Sistema nico de Sade - SUS; Considerando o art. 7 da Lei n 8080/90 dos princpios e diretrizes do SUS de universalidade do acesso, integralidade da ateno e descentralizao poltico-administrativa com direo nica em cada esfera de governo; Considerando a necessidade de qualificar e implementar o processo de descentralizao, organizao e gesto do SUS luz da evoluo do processo de pactuao intergestores; Considerando a necessidade do aprimoramento do processo de pactuao intergestores objetivando a qualificao, o aperfeioamento e a definio das responsabilidades sanitrias e de gesto entre os entes federados no mbito do SUS; Considerando a necessidade de definio de compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentem impacto sobre a situao de sade da populao brasileira; Considerando o compromisso com a consolidao e o avano do processo de Reforma Sanitria Brasileira, explicitada na defesa dos princpios do SUS; Considerando a aprovao das Diretrizes Operacionais do Pacto pela Sade em 2006 Consolidao do SUS na reunio da Comisso Intergestores Tripartite realizada no dia 26 de janeiro de 2006; e Considerando a aprovao das Diretrizes Operacionais do Pacto pela Sade em 2006 Consolidaes do SUS, na reunio do Conselho Nacional de Sade realizada no dia 9 de fevereiro de 2006, R E S O L V E: Art. 1 Dar divulgao ao Pacto pela Sade 2006 Consolidao do SUS, na forma do Anexo I a esta portaria. Art 2 Aprovar as Diretrizes Operacionais do Pacto pela Sade em 2006 Consolidao do SUS com seus trs componentes: Pactos Pela Vida, em Defesa do SUS e de Gesto, na forma do Anexo II a esta Portaria. Art. 3 Ficam mantidas, at a assinatura do Termo de Compromisso de Gesto constante nas Diretrizes Operacionais do Pacto pela Sade 2006, as mesmas prerrogativas e responsabilidades dos municpios e estados que esto habilitados em Gesto Plena do Sistema, conforme estabelecido na Norma Operacional Bsica - NOB SUS 01/96 e na Norma Operacional da Assistncia Sade - NOAS SUS 2002. Art. 4 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao. JOS AGENOR LVARES DA SILVA Anexo I PACTO PELA SADE 2006 Consolidao do SUS O Sistema nico de Sade - SUS uma poltica pblica que acaba de completar uma dcada e meia de existncia. Nesses poucos anos, foi construdo no Brasil, um slido sistema de sade que presta bons servios populao brasileira. O SUS tem uma rede de mais de 63 mil unidades ambulatoriais e de cerca de 6 mil unidades hospitalares, com mais de 440 mil leitos. Sua produo anual aproximadamente de 12 milhes de internaes hospitalares; 1 bilho de procedimentos de ateno primria sade; 150 milhes de consultas mdicas; 2 milhes de partos; 300 milhes de exames laboratoriais; 132 milhes de atendimentos de alta complexidade e 14 mil transplantes de rgos. Alm de

ser o segundo pas do mundo em nmero de transplantes, reconhecido internacionalmente pelo seu progresso no atendimento universal s Doenas Sexualmente Transmissveis/AIDS, na implementao do Programa Nacional de Imunizao e no atendimento relativo Ateno Bsica. avaliado positivamente pelos que o utilizam rotineiramente e est presente em todo territrio nacional. Ao longo de sua histria houve muitos avanos e tambm desafios permanentes a superar. Isso tem exigido, dos gestores do SUS, um movimento constante de mudanas, pela via das reformas incrementais. Contudo, esse modelo parece ter se esgotado, de um lado, pela dificuldade de imporem-se normas gerais a um pas to grande e desigual; de outro, pela sua fixao em contedos normativos de carter tcnico-processual, tratados, em geral, com detalhamento excessivo e enorme complexidade. Na perspectiva de superar as dificuldades apontadas, os gestores do SUS assumem o compromisso pblico da construo do PACTO PELA SADE 2006, que ser anualmente revisado, com base nos princpios constitucionais do SUS, nfase nas necessidades de sade da populao e que implicar o exerccio simultneo de definio de prioridades articuladas e integradas nos trs componentes: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gesto do SUS. Estas prioridades so expressas em objetivos e metas no Termo de Compromisso de Gesto e esto detalhadas no documento Diretrizes Operacionais do Pacto pela Sade 2006 I O PACTO PELA VIDA: O Pacto pela Vida est constitudo por um conjunto de compromissos sanitrios, expressos em objetivos de processos e resultados e derivados da anlise da situao de sade do Pas e das prioridades definidas pelos governos federal, estaduais e municipais. Significa uma ao prioritria no campo da sade que dever ser executada com foco em resultados e com a explicitao inequvoca dos compromissos oramentrios e financeiros para o alcance desses resultados. As prioridades do PACTO PELA VIDA e seus objetivos para 2006 so: SADE DO IDOSO:

Implantar a Poltica Nacional de Sade da Pessoa Idosa, buscando a ateno integral. CNCER DE COLO DE TERO E DE MAMA: Contribuir para a reduo da mortalidade por cncer de colo do tero e de mama. MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA:

Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doena diarrica e por pneumonias. DOENAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM NFASE HANSENASE, TUBERCULOSE, MALRIA E INFLUENZA: NA DENGUE,

Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de sade s doenas emergentes e endemias. PROMOO DA SADE:

Elaborar e implantar a Poltica Nacional de Promoo da Sade, com nfase na adoo de hbitos saudveis por parte da populao brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da prtica de atividade fsica regula,r alimentao saudvel e combate ao tabagismo. ATENO BSICA SADE

Consolidar e qualificar a estratgia da Sade da Famlia como modelo de ateno bsica sade e como centro ordenador das redes de ateno sade do SUS. II O PACTO EM DEFESA DO SUS: O Pacto em Defesa do SUS envolve aes concretas e articuladas pelas trs instncias federativas no sentido de reforar o SUS como poltica de Estado mais do que poltica de governos; e de defender, vigorosamente, os princpios basilares dessa poltica pblica, inscritos na Constituio Federal.

A concretizao desse Pacto passa por um movimento de repolitizao da sade, com uma clara estratgia de mobilizao social envolvendo o conjunto da sociedade brasileira, extrapolando os limites do setor e vinculada ao processo de instituio da sade como direito de cidadania, tendo o financiamento pblico da sade como um dos pontos centrais. As prioridades do Pacto em Defesa do SUS so: IMPLEMENTAR UM PROJETO PERMANENTE DE MOBILIZAO SOCIAL COM A FINALIDADE DE: Mostrar a sade como direito de cidadania e o SUS como sistema pblico universal garantidor desses direitos; Alcanar, no curto prazo, a regulamentao da Emenda Constitucional n 29, pelo Congresso Nacional; Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos oramentrios e financeiros para a sade. Aprovar o oramento do SUS, composto pelos oramentos das trs esferas de gesto, explicitando o compromisso de cada uma delas. ELABORAR E DIVULGAR A CARTA DOS DIREITOS DOS USURIOS DO SUS

III O PACTO DE GESTO DO SUS O Pacto de Gesto estabelece as responsabilidades claras de cada ente federado de forma a diminuir as competncias concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o qu, contribuindo, assim, para o fortalecimento da gesto compartilhada e solidria do SUS. Esse Pacto parte de uma constatao indiscutvel: o Brasil um pas continental e com muitas diferenas e iniqidades regionais. Mais do que definir diretrizes nacionais necessrio avanar na regionalizao e descentralizao do SUS, a partir de uma unidade de princpios e uma diversidade operativa que respeite as singularidades regionais. Esse Pacto radicaliza a descentralizao de atribuies do Ministrio da Sade para os estados, e para os municpios, promovendo um choque de descentralizao, acompanhado da desburocratizao dos processos normativos. Refora a territorializao da sade como base para organizao dos sistemas, estruturando as regies sanitrias e instituindo colegiados de gesto regional. Reitera a importncia da participao e do controle social com o compromisso de apoio sua qualificao. Explicita as diretrizes para o sistema de financiamento pblico tripartite: busca critrios de alocao eqitativa dos recursos; refora os mecanismos de transferncia fundo a fundo entre gestores; integra em grandes blocos o financiamento federal e estabelece relaes contratuais entre os entes federativos. As prioridades do Pacto de Gesto so: DEFINIR DE FORMA INEQUVOCA A RESPONSABILIDADE SANITRIA DE CADA INSTNCIA GESTORA DO SUS: federal, estadual e municipal, superando o atual processo de habilitao. ESTABELECER AS DIRETRIZES PARA A GESTO DO SUS, com nfase na Descentralizao; Regionalizao; Financiamento; Programao Pactuada e Integrada; Regulao; Participao e Controle Social; Planejamento; Gesto do Trabalho e Educao na Sade.

Este PACTO PELA SADE 2006 aprovado pelos gestores do SUS na reunio da Comisso Intergestores Tripartite do dia 26 de janeiro de 2006, abaixo assinado pelo Ministro da Sade, o Presidente do Conselho Nacional de Secretrios de Sade - CONASS e o Presidente do Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade - CONASEMS e ser operacionalizado por meio do documento de Diretrizes Operacionais do Pacto pela Sade 2006.

Anexo II DIRETRIZES OPERACIONAIS DO PACTO PELA SADE EM 2006 CONSOLIDAO DO SUS Transcorridas quase duas dcadas do processo de institucionalizao do Sistema nico de Sade, a sua implantao e implementao evoluram muito, especialmente em relao aos processos de descentralizao e municipalizao das aes e servios de sade. O processo de descentralizao ampliou o contato do Sistema com a realidade social, poltica e administrativa do pas e com suas especificidades regionais, tornando-se mais complexo e colocando os gestores a frente de desafios que busquem superar a fragmentao das polticas e programas de sade atravs da organizao de uma rede regionalizada e hierarquizada de aes e servios e da qualificao da gesto. Frente a esta necessidade, o Ministrio da Sade, o Conselho Nacional de Secretrios de Sade - CONASS e o Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade - CONASEMS, pactuaram responsabilidades entre os trs gestores do SUS, no campo da gesto do Sistema e da ateno sade. O documento a seguir contempla o pacto firmado entre os trs gestores do SUS a partir de uma unidade de princpios que, guardando coerncia com a diversidade operativa, respeita as diferenas locorregionais, agrega os pactos anteriormente existentes, refora a organizao das regies sanitrias instituindo mecanismos de co-gesto e planejamento regional, fortalece os espaos e mecanismos de controle social, qualifica o acesso da populao a ateno integral sade, redefine os instrumentos de regulao, programao e avaliao, valoriza a macro funo de cooperao tcnica entre os gestores e prope um financiamento tripartite que estimula critrios de equidade nas transferncias fundo a fundo. A implantao desse Pacto, nas suas trs dimenses - Pacto pela Vida, Pacto de Gesto e Pacto em Defesa do SUS - possibilita a efetivao de acordos entre as trs esferas de gesto do SUS para a reforma de aspectos institucionais vigentes, promovendo inovaes nos processos e instrumentos de gesto que visam alcanar maior efetividade, eficincia e qualidade de suas respostas e ao mesmo tempo, redefine responsabilidades coletivas por resultados sanitrios em funo das necessidades de sade da populao e na busca da equidade social. I PACTO PELA VIDA O Pacto pela Vida o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a situao de sade da populao brasileira. A definio de prioridades deve ser estabelecida atravs de metas nacionais, estaduais, regionais ou municipais. Prioridades estaduais ou regionais podem ser agregadas s prioridades nacionais, conforme pactuao local. Os estados/regio/municpio devem pactuar as aes necessrias para o alcance das metas e dos objetivos propostos. So seis as prioridades pactuadas: 1. Sade do idoso; 2. Controle do cncer de colo de tero e de mama; 3. Reduo da mortalidade infantil e materna; 4. Fortalecimento da capacidade de respostas s doenas emergentes e endemias, com nfase na dengue, hansenase, tuberculose, malria e influenza; 5. Promoo da Sade; 6. Fortalecimento da Ateno Bsica. A SADE DO IDOSO Para efeitos desse Pacto ser considerada idosa a pessoa com 60 anos ou mais. 1 - O trabalho nesta rea deve seguir as seguintes diretrizes:

Promoo do envelhecimento ativo e saudvel; Ateno integral e integrada sade da pessoa idosa; Estmulo s aes intersetoriais, visando integralidade da ateno; A implantao de servios de ateno domiciliar; O acolhimento preferencial em unidades de sade, respeitado o critrio de risco; Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da ateno sade da pessoa idosa; Fortalecimento da participao social; Formao e educao permanente dos profissionais de sade do SUS na rea de sade da pessoa idosa; Divulgao e informao sobre a Poltica Nacional de Sade da Pessoa Idosa para profissionais de sade, gestores e usurios do SUS; Promoo de cooperao nacional e internacional das experincias na ateno sade da pessoa idosa; Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.

2 - Aes estratgicas:

Caderneta de Sade da Pessoa Idosa - Instrumento de cidadania com informaes relevantes sobre a sade da pessoa idosa, possibilitando um melhor acompanhamento por parte dos profissionais de sade. Manual de Ateno Bsica e Sade para a Pessoa Idosa - Para induo de aes de sade, tendo por referncia as diretrizes contidas na Poltica Nacional de Sade da Pessoa Idosa. Programa de Educao Permanente Distncia - Implementar programa de educao permanente na rea do envelhecimento e sade do idoso, voltado para profissionais que trabalham na rede de ateno bsica em sade, contemplando os contedos especficos das repercusses do processo de envelhecimento populacional para a sade individual e para a gesto dos servios de sade. Acolhimento - Reorganizar o processo de acolhimento pessoa idosa nas unidades de sade, como uma das estratgias de enfrentamento das dificuldades atuais de acesso. Assistncia Farmacutica - Desenvolver aes que visem qualificar a dispensao e o acesso da populao idosa. Ateno Diferenciada na Internao - Instituir avaliao geritrica global realizada por equipe multidisciplinar, a toda pessoa idosa internada em hospital que tenha aderido ao Programa de Ateno Domiciliar. Ateno domiciliar Instituir esta modalidade de prestao de servios ao idoso, valorizando o efeito favorvel do ambiente familiar no processo de recuperao de pacientes e os benefcios adicionais para o cidado e o sistema de sade.

B CONTROLE DO CNCER DE COLO DE TERO E DE MAMA: 1 - Objetivos e metas para o Controle do Cncer de Colo de tero: Cobertura de 80% para o exame preventivo do cncer do colo de tero, conforme protocolo, em 2006. Incentivo da realizao da cirurgia de alta freqncia tcnica que utiliza um instrumental especial para a retirada de leses ou parte do colo uterino comprometido (com leses intra-epiteliais de alto grau) com menor dano possvel, que pode ser realizada em ambulatrio, com pagamento diferenciado, em 2006.

2 Metas para o Controle do Cncer de mama: Ampliar para 60% a cobertura de mamografia, conforme protocolo. Realizar a puno em 100% dos casos necessrios, conforme protocolo.

C REDUO DA MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL: 1 - Objetivos e metas para a reduo da mortalidade infantil Reduzir a mortalidade neonatal em 5%, em 2006. Reduzir em 50% os bitos por doena diarrica e 20% por pneumonia, em 2006. Apoiar a elaborao de propostas de interveno para a qualificao da ateno as doenas prevalentes. Criao de comits de vigilncia do bito em 80% dos municpios com populao acima de 80.000 habitantes, em 2006.

2 - Objetivos e metas para a reduo da mortalidade materna Reduzir em 5% a razo de mortalidade materna, em 2006. Garantir insumos e medicamentos para tratamento das sndromes hipertensivas no parto. Qualificar os pontos de distribuio de sangue para que atendam as necessidades das maternidades e outros locais de parto.

D FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE RESPOSTAS S DOENAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM NFASE NA DENGUE, HANSENIASE, TUBERCULOSE, MALARIA E INFLUENZA. 1 - Objetivos e metas para o Controle da Dengue Plano de Contingncia para ateno aos pacientes, elaborado e implantado nos municpios prioritrios, em 2006; Reduzir a menos de 1% a infestao predial por Aedes aegypti em 30% dos municpios prioritrios ate 2006; 2 - Meta para a Eliminao da Hansenase: Atingir o patamar de eliminao enquanto problema de sade pblica, ou seja, menos de 1 caso por 10.000 habitantes em todos os municpios prioritrios, em 2006. 3 - Metas para o Controle da Tuberculose: Atingir pelo menos 85% de cura de casos novos de tuberculose bacilfera diagnosticados a cada ano; 4- Meta para o Controle da Malria Reduzir em 15% a Incidncia Parasitria Anual, na regio da Amaznia Legal, em 2006; 5 Objetivos para o controle da Influenza Implantar plano de contingncia, unidades sentinelas e o sistema de informao - SIVEPGRIPE, em 2006. E PROMOO DA SADE 1 - Objetivos: Elaborar e implementar uma Poltica de Promoo da Sade, de responsabilidade dos trs gestores; Enfatizar a mudana de comportamento da populao brasileira de forma a internalizar a responsabilidade individual da prtica de atividade fsica regular, alimentao adequada e saudvel e combate ao tabagismo;

Articular e promover os diversos programas de promoo de atividade fsica j existente e apoiar a criao de outros; Promover medidas concretas pelo hbito da alimentao saudvel; Elaborar e pactuar a Poltica Nacional de Promoo da Sade que contemple as especificidades prprias dos estados e municpios devendo iniciar sua implementao em 2006;

F FORTALECIMENTO DA ATENO BSICA 1 - Objetivos Assumir a estratgia de sade da famlia como estratgia prioritria para o fortalecimento da ateno bsica, devendo seu desenvolvimento considerar as diferenas loco - regionais. Desenvolver aes de qualificao dos profissionais da ateno bsica por meio de estratgias de educao permanente e de oferta de cursos de especializao e residncia multiprofissional e em medicina da famlia. Consolidar e qualificar a estratgia de sade da famlia nos pequenos e mdios municpios. Ampliar e qualificar a estratgia de sade da famlia nos grandes centros urbanos. Garantir a infra-estrutura necessria ao funcionamento das Unidades Bsicas de Sade, dotando-as de recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes para o conjunto de aes propostas para esses servios. Garantir o financiamento da Ateno Bsica como responsabilidade das trs esferas de gesto do SUS. Aprimorar a insero dos profissionais da Ateno Bsica nas redes locais de sade, por meio de vnculos de trabalho que favoream o provimento e fixao dos profissionais. Implantar o processo de monitoramento e avaliao da Ateno Bsica nas trs esferas de governo, com vistas qualificao da gesto descentralizada. Apoiar diferentes modos de organizao e fortalecimento da Ateno Bsica que considere os princpios da estratgia de Sade da Famlia, respeitando as especificidades loco regionais. . II - PACTO EM DEFESA DO SUS 1 - Diretrizes O trabalho dos gestores das trs esferas de governo e dos outros atores envolvidos dentro deste Pacto deve considerar as seguintes diretrizes: Expressar os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidao da Reforma Sanitria Brasileira, explicitada na defesa dos princpios do Sistema nico de Sade, estabelecidos na Constituio Federal. Desenvolver e articular aes, no seu mbito de competncia e em conjunto com os demais gestores, que visem qualificar e assegurar o Sistema nico de Sade como poltica pblica. 2 - O Pacto em Defesa do SUS deve se firmar atravs de iniciativas que busquem: A repolitizao da sade, como um movimento que retoma a Reforma Sanitria Brasileira aproximando-a dos desafios atuais do SUS; A Promoo da Cidadania como estratgia de mobilizao social tendo a questo da sade como um direito;

A garantia de financiamento de acordo com as necessidades do Sistema;

3 Aes do Pacto em Defesa do SUS: As aes do Pacto em Defesa do SUS devem contemplar: Articulao e apoio mobilizao social pela promoo e desenvolvimento da cidadania, tendo a questo da sade como um direito; Estabelecimento de dilogo com a sociedade, alm dos limites institucionais do SUS; Ampliao e fortalecimento das relaes com os movimentos sociais, em especial os que lutam pelos direitos da sade e cidadania; Elaborao e publicao da Carta dos Direitos dos Usurios do SUS; Regulamentao da EC n 29 pelo Congresso Nacional, com aprovao do PL n 01/03, j aprovado e aprimorado em trs comisses da Cmara dos Deputados; Aprovao do oramento do SUS, composto pelos oramentos das trs esferas de gesto, explicitando o compromisso de cada uma delas em aes e servios de sade de acordo com a Constituio Federal.

III - PACTO DE GESTO Estabelece Diretrizes para a gesto do sistema nos aspectos da 1 - Descentralizao; 2 Regionalizao; 3 - Financiamento; 4 - Planejamento; 5 - Programao Pactuada e Integrada PPI; 6 - Regulao; 7 - Participao Social; 8 - Gesto do Trabalho; 9 Educao na Sade. A - DIRETRIZES PARA A GESTO DO SUS 1 - Descentralizao Buscando aprofundar o processo de descentralizao, com nfase numa descentralizao compartilhada, so fixadas as seguintes premissas, que devem orientar este processo: Cabe ao Ministrio da Sade a proposio de polticas, participao no co-financiamento, cooperao tcnica, avaliao, regulao, controle e fiscalizao, alm da mediao de conflitos; Descentralizao dos processos administrativos relativos gesto para as Comisses Intergestores Bipartite; As Comisses Intergestores Bipartite so instncias de pactuao e deliberao para a realizao dos pactos intraestaduais e a definio de modelos organizacionais, a partir de diretrizes e normas pactuadas na Comisso Intergestores Tripartite; As deliberaes das Comisses Intergestores Bipartite e Tripartite devem ser por consenso; A Comisso Intergestores Tripartite e o Ministrio da Sade promovero e apoiaro processo de qualificao permanente para as Comisses Intergestores Bipartite; O detalhamento deste processo, no que se refere descentralizao de aes realizadas hoje pelo Ministrio da Sade, ser objeto de portaria especfica. 2 - Regionalizao A Regionalizao uma diretriz do Sistema nico de Sade e um eixo estruturante do Pacto de Gesto e deve orientar a descentralizao das aes e servios de sade e os processos de negociao e pactuao entre os gestores. Os principais instrumentos de planejamento da Regionalizao so o Plano Diretor de Regionalizao PDR, o Plano Diretor de Investimento PDI e a Programao Pactuada e Integrada da Ateno em Sade PPI, detalhados no corpo deste documento.

O PDR dever expressar o desenho final do processo de identificao e reconhecimento das regies de sade, em suas diferentes formas, em cada estado e no Distrito Federal, objetivando a garantia do acesso, a promoo da equidade, a garantia da integralidade da ateno, a qualificao do processo de descentralizao e a racionalizao de gastos e otimizao de recursos. Para auxiliar na funo de coordenao do processo de regionalizao, o PDR dever conter os desenhos das redes regionalizadas de ateno sade, organizadas dentro dos territrios das regies e macrorregies de sade, em articulao com o processo da Programao Pactuada Integrada. O PDI deve expressar os recursos de investimentos para atender as necessidades pactuadas no processo de planejamento regional e estadual. No mbito regional deve refletir as necessidades para se alcanar a suficincia na ateno bsica e parte da mdia complexidade da assistncia, conforme desenho regional e na macrorregio no que se refere alta complexidade. Deve contemplar tambm as necessidades da rea da vigilncia em sade e ser desenvolvido de forma articulada com o processo da PPI e do PDR. 2.1- Objetivos da Regionalizao: Garantir acesso, resolutividade e qualidade s aes e servios de sade cuja complexidade e contingente populacional transcendam a escala local/municipal; Garantir o direito sade, reduzir desigualdades sociais e territoriais e promover a eqidade, ampliando a viso nacional dos problemas, associada capacidade de diagnstico e deciso loco - regional, que possibilite os meios adequados para a reduo das desigualdades no acesso s aes e servios de sade existentes no pas; Garantir integralidade na ateno a sade, ampliando o conceito de cuidado sade no processo de reordenamento das aes de promoo, preveno, tratamento e reabilitao com garantia de acesso a todos os nveis de complexidade do sistema; Potencializar o processo de descentralizao, fortalecendo estados e municpios para exercerem papel de gestores e para que a demanda dos diferentes interesses locorregionais possam ser organizadas e expressadas na regio; Racionalizar os gastos e otimizar os recursos, possibilitando ganho em escala nas aes e servios de sade de abrangncia regional.

- Regies de Sade As Regies de Sade so recortes territoriais inseridos em um espao geogrfico contnuo, identificadas pelos gestores municipais e estaduais a partir de identidades culturais, econmicas e sociais, de redes de comunicao e infra-estrutura de transportes compartilhados do territrio; A Regio de Sade deve organizar a rede de aes e servios de sade a fim de assegurar o cumprimento dos princpios constitucionais de universalidade do acesso, eqidade e integralidade do cuidado; A organizao da Regio de Sade deve favorecer a ao cooperativa e solidria entre os gestores e o fortalecimento do controle social; Para a constituio de uma rede de ateno sade regionalizada em uma determinada regio, necessrio a pactuao entre todos os gestores envolvidos, do conjunto de responsabilidades no compartilhadas e das aes complementares; O conjunto de responsabilidades no compartilhadas se refere ateno bsica e s aes bsicas de vigilncia em sade, que devero ser assumidas por cada municpio; As aes complementares e os meios necessrios para viabiliz-las devero ser compartilhados e integrados a fim de garantir a resolutividade e a integralidade de acesso; Os estados e a unio devem apoiar os municpios para que estes assumam o conjunto de responsabilidades; O corte no nvel assistencial para delimitao de uma Regio de Sade deve estabelecer critrios que propiciem certo grau de resolutividade quele territrio, como suficincia em ateno bsica e parte da mdia complexidade;

Quando a suficincia em ateno bsica e parte da mdia complexidade no forem alcanadas dever ser considerada no planejamento regional a estratgia para o seu estabelecimento, junto com a definio dos investimentos, quando necessrio; O planejamento regional deve considerar os parmetros de incorporao tecnolgica que compatibilizem economia de escala com eqidade no acesso; Para garantir a ateno na alta complexidade e em parte da mdia, as Regies devem pactuar entre si arranjos inter-regionais, com agregao de mais de uma Regio em uma macrorregio; O ponto de corte da mdia complexidade que deve estar na Regio ou na macrorregio deve ser pactuado na CIB, a partir da realidade de cada estado. Em alguns estados com mais adensamento tecnolgico, a alta complexidade pode estar contemplada dentro de uma Regio. As regies podem ter os seguintes formatos: 1. Regies intraestaduais, compostas por mais de um municpio, dentro de um mesmo estado; 2. Regies Intramunicipais, organizadas dentro de um mesmo municpio de grande extenso territorial e densidade populacional; 3. Regies Interestaduais, conformadas a partir de municpios limtrofes em diferentes estados; 4. Regies Fronteirias, conformadas a partir de municpios limtrofes com pases vizinhos. Nos casos de regies fronteirias o Ministrio da Sade deve envidar esforos no sentido de promover articulao entre os pases e rgos envolvidos, na perspectiva de implementao do sistema de sade e conseqente organizao da ateno nos municpios fronteirios, coordenando e fomentando a constituio dessas Regies e participando do colegiado de gesto regional. - Mecanismos de Gesto Regional Para qualificar o processo de regionalizao, buscando a garantia e o aprimoramento dos princpios do SUS, os gestores de sade da Regio devero constituir um espao permanente de pactuao e co-gesto solidria e cooperativa atravs de um Colegiado de Gesto Regional. A denominao e o funcionamento do Colegiado devem ser acordados na CIB; O Colegiado de Gesto Regional se constitui num espao de deciso atravs da identificao, definio de prioridades e de pactuao de solues para a organizao de uma rede regional de aes e servios de ateno sade, integrada e resolutiva; O Colegiado deve ser formado pelos gestores municipais de sade do conjunto de municpios e por representantes do(s) gestor (es) estadual(ais), sendo as suas decises sempre por consenso, pressupondo o envolvimento e comprometimento do conjunto de gestores com os compromissos pactuados. Nos casos onde as CIB regionais esto constitudas por representao e no for possvel a imediata incorporao de todos os municpios da Regio de Sade deve ser pactuado um cronograma de adequao, no menor prazo possvel, para a incluso de todos os municpios nos respectivos colegiados regionais. O Colegiado deve instituir processo de planejamento regional, que defina as prioridades, as responsabilidades de cada ente, as bases para a programao pactuada integrada da ateno a sade, o desenho do processo regulatrio, as estratgias de qualificao do controle social, as linhas de investimento e o apoio para o processo de planejamento local. O planejamento regional, mais que uma exigncia formal, dever expressar as responsabilidades dos gestores com a sade da populao do territrio e o conjunto de objetivos e aes que contribuiro para a garantia do acesso e da integralidade da ateno, devendo as prioridades e responsabilidades definidas regionalmente estar refletidas no plano de sade de cada municpio e do estado; Os colegiados de gesto regional devero ser apoiados atravs de cmaras tcnicas permanentes que subsidiaro com informaes e anlises relevantes.

- Etapas do Processo de Construo da Regionalizao - Critrios para a composio da Regio de Sade, expressa no PDR: Contigidade entre os municpios; Respeito identidade expressa no cotidiano social, econmico e cultural; Existncia de infra-estrutura de transportes e de redes de comunicao, que permita o trnsito das pessoas entre os municpios; Existncia de fluxos assistenciais que devem ser alterados, se necessrio, para a organizao da rede de ateno sade; Considerar a rede de aes e servios de sade, onde: Todos os municpios se responsabilizam pela ateno bsica e pelas aes bsicas de vigilncia em sade; O desenho da regio propicia relativo grau de resolutividade quele territrio, como a suficincia em Ateno Bsica e parte da Mdia Complexidade. A suficincia est estabelecida ou a estratgia para alcan-la est explicitada no planejamento regional, contendo, se necessrio, a definio dos investimentos. O desenho considera os parmetros de incorporao tecnolgica que compatibilizem economia de escala com eqidade no acesso. O desenho garante a integralidade da ateno e para isso as Regies devem pactuar entre si arranjos inter-regionais, se necessrio com agregao de mais de uma regio em uma macrorregio; o ponto de corte de mdia e alta-complexidade na regio ou na macrorregio deve ser pactuado na CIB, a partir da realidade de cada estado.

- Constituio, Organizao e Funcionamento do Colegiado de Gesto Regional: A constituio do colegiado de gesto regional deve assegurar a presena de todos os gestores de sade dos municpios que compem a Regio e da representao estadual. Nas CIB regionais constitudas por representao, quando no for possvel a imediata incorporao de todos os gestores de sade dos municpios da Regio de sade, deve ser pactuado um cronograma de adequao, com o menor prazo possvel, para a incluso de todos os gestores nos respectivos colegiados de gesto regionais; Constituir uma estrutura de apoio ao colegiado, atravs de cmara tcnica e eventualmente, grupos de trabalho formados com tcnicos dos municpios e do estado; Estabelecer uma agenda regular de reunies; - O funcionamento do Colegiado deve ser organizado de modo a exercer as funes de: Instituir um processo dinmico de planejamento regional Atualizar e acompanhar a programao pactuada integrada de ateno em sade Desenhar o processo regulatrio, com definio de fluxos e protocolos Priorizar linhas de investimento Estimular estratgias de qualificao do controle social Apoiar o processo de planejamento local Constituir um processo dinmico de avaliao e monitoramento regional

- Reconhecimento das Regies As Regies Intramunicipais devero ser reconhecidas como tal, no precisando ser homologadas pelas Comisses Intergestores. As Regies Intraestaduais devero ser reconhecidas nas Comisses Intergestores Bipartite e encaminhadas para conhecimento e acompanhamento do MS. As Regies Interestaduais devero ser reconhecidas nas respectivas Comisses Intergestores Bipartite e encaminhadas para homologao da Comisso Intergestores Tripartite.

As Regies Fronteirias devero ser reconhecidas nas respectivas Comisses Intergestores Bipartite e encaminhadas para homologao na Comisso Intergestores Tripartite. O desenho das Regies intra e interestaduais deve ser submetida aprovao pelos respectivos Conselhos Estaduais de Sade.

3 - Financiamentos do Sistema nico de Sade - So princpios gerais do financiamento para o Sistema nico de Sade: Responsabilidade das trs esferas de gesto Unio, Estados e Municpios pelo financiamento do Sistema nico de Sade; Reduo das iniqidades macrorregionais, estaduais e regionais, a ser contemplada na metodologia de alocao de recursos, considerando tambm as dimenses tnico-racial e social; Repasse fundo a fundo, definido como modalidade preferencial de transferncia de recursos entre os gestores; Financiamento de custeio com recursos federais constitudo, organizados e transferidos em blocos de recursos; O uso dos recursos federais para o custeio fica restrito a cada bloco, atendendo as especificidades previstas nos mesmos, conforme regulamentao especfica; As bases de clculo que formam cada Bloco e os montantes financeiros destinados para os Estados, Municpios e Distrito Federal devem compor memrias de clculo, para fins de histrico e monitoramento.

- Os blocos de financiamento para o custeio so: a) Ateno bsica b) Ateno de mdia e alta complexidade c) Vigilncia em Sade d) Assistncia Farmacutica e) Gesto do SUS a) Bloco de financiamento para a Ateno Bsica O financiamento da Ateno Bsica de responsabilidade das trs esferas de gesto do SUS, sendo que os recursos federais comporo o Bloco Financeiro da Ateno Bsica dividido em dois componentes: Piso da Ateno Bsica e Piso da Ateno Bsica Varivel e seus valores sero estabelecidos em Portaria especfica, com memrias de clculo anexas. O Piso de Ateno Bsica - PAB consiste em um montante de recursos financeiros, que agregam as estratgias destinadas ao custeio de aes de ateno bsica sade; Os recursos financeiros do PAB sero transferidos mensalmente, de forma regular e automtica, do Fundo Nacional de Sade aos Fundos de Sade dos Municpios e do Distrito Federal. O Piso da Ateno Bsica Varivel - PAB Varivel consiste em um montante financeiro destinado ao custeio de estratgias especficas desenvolvidas no mbito da Ateno Bsica em Sade. O PAB Varivel passa a ser composto pelo financiamento das seguintes estratgias: Sade da Famlia; Agentes Comunitrios de Sade; Sade Bucal; Compensao de especificidades regionais Fator de incentivo da Ateno Bsica aos Povos Indgenas

Incentivo Sade no Sistema Penitencirio

Os recursos do PAB Varivel sero transferidos ao Municpio que aderir e implementar as estratgias especficas a que se destina e a utilizao desses recursos deve estar definida no Plano Municipal de Sade; O PAB Varivel da Assistncia Farmacutica e da Vigilncia em Sade passam a compor os seus Blocos de Financiamento respectivos. Compensao de Especificidades Regionais um montante financeiro igual a 5% do valor mnimo do PAB fixo multiplicado pela populao do Estado, para que as CIBs definam a utilizao do recurso de acordo com as especificidades estaduais, podendo incluir sazonalidade, migraes, dificuldade de fixao de profissionais, IDH, indicadores de resultados. Os critrios definidos devem ser informados ao plenrio da CIT. b) Bloco de financiamento para a Ateno de Mdia e Alta Complexidade Os recursos correspondentes ao financiamento dos procedimentos relativos mdia e alta complexidade em sade compem o Limite Financeiro da Mdia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar do Distrito Federal, dos Estados e dos Municpios. Os recursos destinados ao custeio dos procedimentos pagos atualmente atravs do Fundo de Aes Estratgicas e Compensao FAEC sero incorporados ao Limite Financeiro de cada Estado, Municpio e do Distrito Federal, conforme pactuao entre os gestores. O Fundo de Aes Estratgicas e Compensao FAEC se destina, assim, ao custeio de procedimentos, conforme detalhado a seguir: Procedimentos regulados pela CNRAC Central Nacional de Regulao da Alta Complexidade; Transplantes; Aes Estratgicas Emergenciais, de carter temporrio, implementadas com prazo pr-definido; Novos procedimentos: cobertura financeira de aproximadamente seis meses, quando da incluso de novos procedimentos, sem correlao tabela vigente, at a formao de srie histrica para a devida agregao ao MAC.

c) Bloco de financiamento para a Vigilncia em Sade Os recursos financeiros correspondentes s aes de Vigilncia em Sade comporo o Limite Financeiro de Vigilncia em Sade dos Estados, Municpios e do Distrito Federal e representam o agrupamento das aes da Vigilncia Epidemiolgica, Ambiental e Sanitria; O Limite Financeiro da Vigilncia em Sade composto por dois componentes: da Vigilncia Epidemiolgica e Ambiental em Sade e o componente da Vigilncia Sanitria em Sade; O financiamento para as aes de vigilncia sanitria deve consolidar a reverso do modelo de pagamento por procedimento, oferecendo cobertura para o custeio de aes coletivas visando garantir o controle de riscos sanitrios inerentes ao objeto de ao, avanando em aes de regulao, controle e avaliao de produtos e servios associados ao conjunto das atividades. O Limite Financeiro de Vigilncia em Sade ser transferido em parcelas mensais e o valor da transferncia mensal para cada um dos Estados, Municpios e Distrito Federal, bem como o Limite Financeiro respectivo ser estabelecido em Portaria especfica e detalhar os diferentes componentes que o formam, com memrias de clculo anexas. Comporo ainda, o bloco do financiamento da Vigilncia em Sade Sub-bloco Vigilncia Epidemiolgica, os recursos que se destinam s seguintes finalidades, com repasses especficos: Fortalecimento da Gesto da Vigilncia em Sade em Estados e Municpios (VIGISUS II)

Campanhas de Vacinao Incentivo do Programa DST/AIDS Os recursos alocados tratados pela Portaria MS/GM n 1349/2002, devero ser incorporados ao Limite Financeiro de Vigilncia em Sade do Municpio quando o mesmo comprovar a efetiva contratao dos agentes de campo.

No Componente da Vigilncia Sanitria, os recursos do Termo de Ajuste e Metas TAM, destinados e no transferidos aos estados e municpios, nos casos de existncia de saldo superior a 40% dos recursos repassados no perodo de um semestre, constituem um Fundo de Compensao em VISA, administrado pela ANVISA e destinado ao financiamento de gesto e descentralizao da Vigilncia Sanitria. Em Estados onde o valor per capta que compe o TAM no atinge o teto oramentrio mnimo daquele Estado, a Unio assegurar recurso financeiro para compor o Piso Estadual de Vigilncia Sanitria PEVISA. d) Bloco de financiamento para a Assistncia Farmacutica A Assistncia Farmacutica ser financiada pelos trs gestores do SUS devendo agregar a aquisio de medicamentos e insumos e a organizao das aes de assistncia farmacutica necessrias, de acordo com a organizao de servios de sade. O Bloco de financiamento da Assistncia Farmacutica se organiza em trs componentes: Bsico, Estratgico e Medicamentos de Dispensao Excepcional. O Componente Bsico da Assistncia Farmacutica consiste em financiamento para aes de assistncia farmacutica na ateno bsica em sade e para agravos e programas de sade especficos, inseridos na rede de cuidados da ateno bsica, sendo de responsabilidade dos trs gestores do SUS. O Componente Bsico composto de uma Parte Fixa e de uma Parte Varivel, sendo:

Parte Fixa: valor com base per capita para aes de assistncia farmacutica para a Ateno Bsica, transferido Municpios, Distrito Federal e Estados, conforme pactuao nas CIB e com contrapartida financeira dos estados e dos municpios. Parte Varivel: val