suplemento saúde 2008

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PÁGINA 9 DOMINGO, 6 de abril de 2008 Serviço de atendimento ao assinante: 4735-8015 e-mail desta editoria - [email protected] Publicidade: 4735-8020 Especial Saúde CUIDAR DA AUTO-ESTIMA É A CHAVE PARA ENFRENTAR ESTA NOVA FASE Com a população de idosos em franco crescimento - já temos quase 15 milhões de pessoas com 65 anos ou mais -, é natural que se fortaleça os conceitos de qualidade de vida e inclusão social, lembrando que esta é mais uma etapa de aprendizado e crescimento. Uma mudança cultural que dá as boas-vindas à longevidade e aos avanços médicos e tecnológicos VIDA PLENA NA TERCEIRA IDADE

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Suplemento Saúde 2008 Encartado no jornal Mogi News

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Page 1: Suplemento Saúde 2008

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DOMINGO, 6 de abril de 2008

Serviço de atendimento ao assinante: 4735-8015e-mail desta editoria - [email protected]

Publicidade: 4735-8020Especial Saúde CUIDAR DA AUTO-ESTIMA É A CHAVE PARA ENFRENTAR ESTA NOVA FASE

Com a população de idosos em franco crescimento - já temos

quase 15 milhões de pessoas com 65 anos ou mais -, é natural que se fortaleça os conceitos de qualidade de vida e inclusão social, lembrando

que esta é mais uma etapa de aprendizado e crescimento.

Uma mudança cultural que dá as boas-vindas à longevidade e aos avanços médicos e tecnológicos

Vida plena na terceira idade

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2 DOMINGO, 6 de abril de 2008

Uma das regras para manter a qualidade de vida após os 60 anos é a boa alimentação, garantem os especialistas. “Como as funções fisiológicas diminuem de forma natural com o envelhecimento, é necessário escolher muito bem os alimentos e preparações, fazendo um consumo adequado de calo-rias de acordo com a idade e as atividades desenvolvidas”, explica a professora de Nutrição Clínica da Universidade de Mogi das Cru-zes (UMC), Ruth Yamada.

Para envelhecer de forma sau-dável, de acordo com Ruth, é pre-ciso que homens e mulheres se preocupem desde a infância com a alimentação para que os bons

hábitos sejam mantidos ao longo da vida. O geriatra Luciano Ra-poso Soares Quintas concorda e conta que, embora comecemos a envelhecer após os 30 anos, no Japão, por exemplo, o pediatra já faz a geriatria preventiva.

“O cuidado com a alimentação, mesmo em uma doença de origem genética, pode amenizar ou re-tardar seu aparecimento”, ressalta Ruth. Mas não é preciso ser radi-cal, acrescenta a professora. Ela salienta que chocolates e pratos mais pesados, como churrasco e feijoada, podem ser consumidos com moderação.

Ruth diz que os idosos são resis-tentes à mudança de hábitos por

terem dificuldades em entender os benefícios que as alterações no cardápio podem trazer para saú-de deles. Segundo ela, eles pre-ferem, geralmente, alimentos de fácil preparo e mastigação, como os pratos prontos.

Os problemas de saúde bucal também podem ser impeditivos para uma vida saudável, segun-do Quintas: “A perda de dentes dificulta a mastigação e a saúde deve começar pela boca”. Outra orientação do médico é para que pacientes com mais de 60 anos, mesmo que não tenham pressão alta, evitem o consumo de sal, pois metade das pessoas nesta faixa etária é hipertensa.

Boa alimentaçãoé garantia de saúdeEspecialistas afirmam que bons hábitos devem começar na infância para propiciar um envelhecimento saudável

DesNutrIçãOOrigem: A má nutrição nos idosos pode ser causada por alterações fisiológicas do envelhecimento, con-dições socioeconômicas e interações entre nutrientes e medicamentos. A carência de nutrientes favorece o agravamento de doenças e dificulta a recuperação dos pacientes.Controle: O indivíduo deve ser orientado sobre os alimentos ad-equados para seu consumo, a partir da determinação das causas da doença.

OBesIDaDe Origem: A doença está relacionada ao aumento na ingestão de gorduras e açúcares, sendo considerada um sério fator de risco para problemas cardiovasculares. Controle: Diminuição no consumo de calorias e a prática de exercícios

são os caminhos indicados para emagrecer.

HIperteNsãO arterIal Origem: É a pressão arterial maior ou igual a 14 por nove, mas também há outros fatores de risco como o excesso de peso. Embora possa ser fatal, quando devidamente controlada, é possível reduzir as limitações funcionais e a incapaci-dade provocada pela doença. Controle: Uma alimentação base-ada em frutas, verduras, derivados de leite desnatado, quantidade reduzida de sal e gorduras satu-radas contribui para a redução da pressão arterial.

DIaBetes MellItus Origem: Caracterizada por hiper-glicemia associada a complicações, disfunções e insuficiência de vários

órgãos. Entre os fatores de risco, estão indivíduos acima dos 45 anos, sobrepeso, antecedentes familiares e colesterol alto (HDL). A doença pode causar aumento da sede, da micção e apetite, além de visão turva e infecções. Controle: Juntamente com a esta-bilização dos níveis de glicose, uma dieta balanceada é fundamental para o controle, evitando o sobrepeso e a desnutrição.

CarDIOvasCulares (infarto, angina e insuficiência cardíaca)Origem: Estas doenças são cau-sadas pelo sedentarismo, fumo, diabetes, alta taxa de colesterol e obesidade. Controle: Prática de atividade física regular, controle de peso, colesterol e diabetes.

Doenças relacionaDas aos hábitos alimentares Dicas Para uma Dieta sauDável em qualquer fase Da viDa

Prefira o consumo de alimentos in natura, como frutas e vege-tais frescos, em vez de enlatados e embutidos;

Consuma leite, queijo e ovos para manter o aporte de cálcio; Reduza a ingestão de açúcar refinado e carboidratos refinados de forma geral;

Evite alimentos prontos, como sopas, macarrão instantâneo e mingaus;

Escolha gorduras de origem vegetal, em vez de gorduras de origem animal;

Evite o consumo de bebidas alcoólicas e sal; Substitua os refrigerantes por água e sucos de frutas sem adi-ção de açúcar refinado;

Reduza o consumo de comidas mais pesadas como churrasco e feijoada;

Para quem não resiste ao chocolate, o ideal é consumi-lo uma vez por semana. Fonte: Ruth Yamada, professora de Nutrição Clínica da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)

Fontes: Ministério da Saúde e Portal Medicina Geriátrica (www.medicinageriatrica.com.br)

sIDNey aNtONIO De MOraes Diretor-presidente sONIa Massae De MOraes Diretora-vice-presidente / Circulação WIlsON BeGO Diretor-comercial salatIel De MOraes Diretor de Marketing MarCOs rOBertO Gerente-comercial vera MarCOlINO Edição KatIa BrItO Textos eDIMar velOsO Editoração laura aBrãO Revisão

O tablóide Especial Saúde é produzido pelo Grupo Mogi News - rua Carlos Lacerda, 21, Vila Nova Cintra, Mogi das Cruzes Cep: 08745-200 – Tel.: (11) 4735-8000 Site: www.moginews.com.br

eXpeDIeNte

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3DOMINGO, 6 de abril de 2008

Mulheres de meia-idade e da terceira idade têm recebido um tratamento diferenciado no Cen-tro Esportivo da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Combi-nando cuidados com alimenta-ção e a prática de uma atividade física regular, surgiu o projeto “Avaliação Nutricional de Mu-lheres de Meia-Idade e Tercei-ra Idade”, da aluna de Nutrição da universidade Sílvia Rejane de Moraes Lamim, já formada em Educação Física.

O projeto é o trabalho de con-clusão de curso de Sílvia, que se forma este ano, sob orientação da professora Maísa Vieira de Sou-za. Inicialmente com duração de três meses, o programa reú-ne mulheres entre 50 e 70 anos com problemas de sobrepeso e obesidade.

“Nosso objetivo é mostrar que

é possível a diminuição de peso e suas conseqüentes melhorias para a saúde com o controle da alimentação e a prática de ativi-dade física, em nosso caso, a hi-droginástica”, explica Sílvia, que pretende com os resultados do projeto procurar patrocinadores para torná-lo permanente.

As participantes passaram por uma pré-seleção e por avalia-ções físicas e nutricionais. Du-rante o projeto, elas receberão indicações para melhorar a ali-mentação, sem nenhuma dieta específica, mas com uma apos-tila que serve de orientação so-bre as porções consumidas no dia-a-dia. A estudante diz que a idéia é que as próprias alunas tenham consciência do que deve ser consumido: “Elas dizem que quando vão comer, lembram de mim”, brinca a estudante.

Controle alimentar e atividade física

Embora ainda seja incipiente, as alunas do projeto “Avaliação Nutricional de Mulheres de Meia-Idade e Terceira Idade” já sentem os efeitos benéficos do controle alimentar somado à prática de atividade física. A primeira pa-lestra foi realizada em fevereiro e as aulas de hidroginástica co-meçaram no mês passado.

“Não foi muito difícil seguir as recomendações da Sílvia por-que eu havia reduzido o consu-mo de sal e gordura devido à hi-

pertensão. Após cinco aulas, já me sinto mais disposta e mais ágil”, destaca a comerciante Ma-ria Berlofa, de 53 anos.

Para a dona de casa Terezi-nha de Souza Franco, 66 anos, a mudança da rotina aconteceu depois de um susto. Há cerca de três meses, ela recebeu quatro pontes de safena e o médico fez o alerta. “Foi difícil mudar, mas tem de ser feito. Consegui di-minuir o sal e cortei as frituras. Já sinto meu corpo mais leve”,

conta Terezinha. A manicure e cabeleireira Nei-

de Ferreira Alencar, de 63 anos, está caprichando na alimentação

com as orientações recebidas no projeto. “Já evitava o sal e a gor-dura. Agora estou me preparan-do para uma cirurgia de varizes,

que deve ocorrer nos próximos meses, e a participação no projeto vai facilitar minha recuperação”, diz a animada Neide.

programa apresenta primeiros resultados

MarIa: “Mais agilidade no dia-a-dia”

tereZINHa: “Recomendação médica”

NeIDe: “Capricho na alimentação”

O programa reúne mulheres entre 50 e 70 anos com problemas de sobrepeso e obesidade

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4 DOMINGO, 6 de abril de 2008

Fazer exercícios não é só uma recomendação do geriatra Lu-ciano Raposo Soares Quintas no estilo “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Desde os 30 anos, o médico passou por uma verdadeira transformação e, além de cuidar da alimentação, faz ca-minhada e freqüenta com regu-laridade uma academia.

Segundo Quintas, qualquer cidadão sedentário deve passar por uma avaliação clínica e car-diológica antes de começar a se exercitar, pois existem muitas do-enças silenciosas que acometem

os atletas de final de semana. O proprietário da academia

Qualivida, Paulo Henrique Mi-guel, reforça a necessidade de exames para que o professor, por meio da avaliação física, possa montar um programa de ativi-dades de acordo com o nível e a necessidade de cada aluno.

Segundo ele, às vezes, o aluno não pode fazer exercícios com cargas elevadas e deve dar pre-ferência às máquinas, descar-tando os pesos livres.

A atividade mais recomenda-da, segundo Quintas, é a cami-

nhada, com duração de 30 mi-nutos, cinco vezes por semana. Para que o exercício dê resultado, é preciso usar roupas leves, com cores claras e, de preferência, de algodão; tênis apropriado com amortecedores de impacto, e não exercitar-se entre 10 e 16 horas, quando há maior incidência de raios ultravioletas.

O proprietário da academia Slipper, Norberto Pereira da Sil-va, afirma que, se não houver nenhum impedimento, qual-quer atividade pode ser prati-cada por pessoas acima dos 60

anos. “Muitos procuram a hi-droginástica, achando que o impacto é menor, mas é comprovado que a muscu-lação é o exercício que mais minimiza a perda de massa ós-sea e muscular”, destaca Silva.

Para Quintas, quando se vive muito, se paga um preço. E, se por um lado, os mais velhos ganham experiência de vida, por outro têm perdas da auto-nomia e mobilidade, o que torna fundamental manter-se ativo e produtivo.

prática de exercícios e boa saúdeCaminhada e musculação são algumas das atividades que podem ser praticadas

“Fiz minha primeira aula de hidroginástica há cinco anos, após

uma cirurgia no braço, e não parei mais. Também gosto de natação. Os exercícios me ajudam no controle da diabetes e favorecem a circulação. Depois da aula, ainda cuido dos meus netos, de dois e sete anos”.elza ramos Martins, 63 anos, aposentada

Desde que me aposentei, há dez anos, iniciei a prática de atividades

físicas e melhorei a alimentação. Já fiz aulas de hidroginástica, aprendi a nadar e, nos últimos quatro anos, pratico diariamente musculação. As aulas se tornaram uma necessidade. Elas me deixam mais disposta”.Áurea da silva Braga, 68 anos, aposentada

Faço aulas de hidroginástica há cinco anos e comecei depois

de um problema de bursite por recomendação médica. Também melhorei a alimentação por conta da minha mãe, de 79 anos, que mora comigo. Hoje, freqüento as aulas todos os dias e é bom para tudo, até para o estresse”. Maria da Consolação assisCarvalho, 61 anos, comerciante

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5DOMINGO, 6 de abril de 2008

A prática regular da musculação na tercei-ra idade auxilia na prevenção e tratamento de doenças, como a osteoporose e a sarcopenia, ou seja, a perda de massa muscular. A afirma-ção é do proprietário e professor de Educação Física do Centro de Ciências em Educação e Reabilitação Física (Cecerfi), Pedro Luiz Gar-cia Braga.

O professor une o exercício e atividades ex-tras para melhorar a qualidade de vida dos alu-nos: “Vamos além do benefício físico, visamos também à integração social com a promoção de caminhadas, almoços e jantares, sempre li-gados ao exercício. Após uma caminhada, por exemplo, fazemos um café da manhã”.

No Cecerfi, que funciona como clínica e aca-demia, cerca de 70% dos alunos têm mais de 60 anos, sendo que a maioria é de mulheres. De acordo com o proprietário, isto ocorre porque elas se preocupam mais com a prevenção, en-quanto os homens acham que não precisam. A queda na taxa de testosterona, um hormônio “estimulante”, segundo Braga, também expli-ca a falta de disposição masculina.

O programa Ativaidade foi criado pela Secretaria Municipal de Saúde de Mogi em 2004 e movimenta entre 1.200 e 1.500 idosos de diversos bairros da cidade. Os interessados se inscrevem nas Unidades Básicas de Saúde e participam de ativida-des físicas com acompanhamento médico periódico. Os encontros acontecem duas vezes por semana. O programa é voltado principalmente a hipertensos e diabéticos. Quem quiser participar do programa, basta procurar o posto de saúde mais próximo de sua residência. Outra ação que deve contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos ido-sos será a inauguração do Pró-Hiper, um centro de convivência com oferta de ser-viços médicos, de lazer e esportes para a terceira idade. As obras foram iniciadas no mês passado no Centro Municipal In-tegrado “Deputado Maurício Najar”, no Mogilar, e a previsão é que tudo termine ainda este semestre.

Benefícios das atividades física e socialprOjetOs para MOvIMeNtar

Os IDOsOs MOGIaNOs

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6 DOMINGO, 6 de abril de 2008

O aposentado Osmir Batista, tesou-reiro da União dos Aposentados e Pen-sionistas de Mogi das Cruzes (Uapemc), aos 62 anos, é um exemplo de jovialida-de. Batista sempre se exercitou e atuou como pugilista por 12 anos. Animado, ele corre todos os dias e está sempre presente nos bailes da entidade.

Os efeitos positivos da integração social para quem passou dos 60 anos também são evidentes nas aulas de gi-nástica japonesa, conhecida como radio-taissô, realizadas pela instrutora Célia Setuko Hayashi em alguns pontos de Mogi, como no supermercado Shibata.

“Uma das alunas dizia que precisa-va de ajuda para pegar coisas no alto e, após freqüentar as aulas, consegue até jogar peteca. Outras tinham depressão, não conseguiam sair de casa, e hoje es-tão bem. Fico contente com estes rela-tos. O grupo é muito alegre e um acaba ajudando o outro”, relata Célia.

Todas essas melhorias, assim como uma alimentação balanceada e a prá-tica regular de exercícios físicos, são

consideradas positivas por especialis-tas, porém, eles fazem algumas ressal-vas. Para a professora e coordenadora da Pós-Graduação de Gerontologia na Faculdade de Ciências Médicas da Uni-camp, Anita Liberalessa Neri, o incen-tivo para envelhecer de forma saudável é uma tendência visível em um grande número de publicações e programas de televisão, mas a falta de políticas sociais desde a infância torna a questão uma preocupação individual.

A psicóloga, pedagoga e especialis-ta em terceira idade, Geraldina Porto Witter afirma que há muita mistificação em torno da questão do idoso, quan-do na verdade, muitos sustentam a fa-mília e continuam sendo produtivos. Ela salienta que há dificuldades, mas se o indivíduo se preparar desde os 30 anos de uma forma geral, aprendendo a cuidar da postura, treinar a memória e consumir horas de boa leitura, tudo isso estimulará o cérebro, o que retarda o aparecimento de doenças como mal de Alzheimer e de Parkinson.

Manter-se ativo estimula o cérebroPrevenção deve começar ainda na juventude com atividades que melhorem o desempenho do corpo e da mente

terceira idade no sesi de Mogi O projeto Arco-Íris do Sesi de Mogi das Cru-zes reúne 150 pessoas acima dos 55 anos para diversas atividades, como caminhada e hidroginástica, além de oficinas, palestras sobre doenças, cuidados odontológicos e orientações sobre alimentação e moradia segura. As atividades são semanais e acon-tecem todas as quartas-feiras, das 14 às 16 horas. Por enquanto não há vagas, mas exis-tem atividades abertas à comunidade.

Sesi de Mogi das Cruzes Rua Valmet, 171, Brás Cubas, em Mogi. Telefone: 4727-1777.

D’avó Hiper em FormaNos hipermercados D’avó em Mogi e Suzano, o projeto D’avó Hiper em Forma, reúne às quintas, sextas e sábados, pessoas a partir dos 18 anos para a prática de alongamento, ginástica localizada e caminhada. O núme-ro de participantes com mais de 60 anos é grande, de acordo com a professora de Educação Física, Patrícia dos Santos Costa. A única exigência é a entrega de um ates-tado médico a cada semestre. Os grupos, porém, estão cheios.

Hipermercado D’avó Unidade Mogi - Avenida Vereador Narciso Yague Guimarães, 1.000, Socorro. Telefone: 4798-9888. Unidade Suzano - Ave-nida Armando Sales de Oliveira, 1.200, Par-que Suzano. Telefone: 4746-7474

Ginástica japonesa no shibata Às terças e quintas, das 7h20 às 8 horas, acontecem as aulas de rádio-taissô, a gi-nástica japonesa, no estacionamento do Supermercado Shibata. A maioria dos

alunos já passou dos 60 anos e participa ativamente das aulas, que também são re-alizadas em igrejas e em outros pontos da cidade. O rádio-taissô, segundo a instrutora Célia Setuko Hayashi, é uma ginástica de movimentos leves que ativam a memória e exercitam a concentração. Célia diz que basta aparecer para participar.

Supermercado Shibata Avenida Conselheiro Nami Jafet, 343, Vila Industrial. Telefone: 4791-5000

atividades na uapemc A União dos Aposentados e Pensionistas de Mogi das Cruzes (Uapemc) promove diver-sas atividades para a terceira idade, como os cursos de dança e boxe. A entidade realiza, ainda, bailes às quartas-feiras, das 19 às 23 horas, onde comparecem até 180 pessoas, mas o mais badalado mesmo é o jantar dan-çante realizado um domingo por mês, com um público estimado de 450 pessoas.

Uapemc Rua dos Aposentados, 495, Alto do Ipiranga. Telefone: 4727-5157

Clube da Caminhada na uMCO Clube da Caminhada faz parte do projeto social Inclusão pelo Esporte, mantido pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e a Fundação de Amparo ao Ensino e Pesquisa (Faep). Cerca de metade dos participantes pertence à terceira idade e pratica caminha-das e alongamentos, entre outras atividades. No momento não há vagas, mas mais um grupo pode ser aberto.

Universidade de Mogi das CruzesDepartamento de MarketingTelefone: 4798-7039

ServiçoatIvIDaDes Que aGItaM a terCeIra IDaDe eM MOGI

Batista, aos 62 anos, esbanja jovialidade devido à prática de esportes desde a juventude

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7DOMINGO, 6 de abril de 2008

A tendência de crescimento da po-pulação idosa nos próximos anos for-talece a demanda por mais serviços. De acordo com o sociólogo Afonso Pola, os poderes públicos devem estar atentos a este processo e à necessidade de políti-cas específicas. Segundo o IBGE, a po-pulação de idosos no Brasil é de quase 15 milhões de pessoas, ou 8,6% da popu-lação. Nos próximos 20 anos, o número de habitantes com mais de 60 anos deve ultrapassar os 30 milhões, o que repre-sentará quase 13% do total.

Em Mogi, a atenção ao idoso está presente em vários projetos. Segundo o secretário municipal de Cidadania e Ação Social, José Luiz Freire de Almeida, este grupo, no município, corresponde a 29.430 pessoas, representando 7,9% da

população local. “Há um aumento da demanda por serviços, tendo em vista a tendência do crescimento da popula-ção idosa”, diz Almeida.

Para incentivar a socialização, a secre-taria desenvolve ações como o Centro de Convivência do Idoso de Mogi (Cecim), fruto de uma parceria com o Conselho Central da Casa São Vicente de Paulo, que mantém atividades como coral, au-las de dança, educação física, oficinas terapêutica e para geração de renda. Ou-tro projeto é o Centro de Referência do Idoso de Mogi (Cerim), em parceria com o Instituto Pró+Vida São Sebastião, que oferece atendimentos social e médico e assistência jurídica.

O secretário revela que o Cerim aten-deu 413 idosos no mês passado, seguin-

do a média de atendimentos dos últimos meses. Já no Cecim, são 180 idosos, que participam das atividades de segunda a sexta-feira, sendo 30 em cada núcleo, situados em bairros da cidade, como Jar-dim Aeroporto III, Jardim Camila, Vila da Prata, Jundiapeba, Conjunto Santo Ângelo e Mogi Moderno.

A psicóloga, pedagoga e especialista em terceira idade Geraldina Porto Witter pede mais atenção aos programas espe-cíficos para o público da terceira idade existentes na região. Segundo ela, falta uma avaliação técnico-científica exter-na e interna para verificar se eles estão realmente funcionando. Geraldina cita exemplos de outros países, em que é pre-ciso comprovar a eficácia do projeto para a obtenção de recursos.

O turismo é mais uma opção para quem procura manter-se ativo na Terceira Ida-de. O programa Viaja Mais Melhor Idade, uma iniciativa do Ministério do Turismo em parceria com diversas entidades, como bancos e agências de viagem, oferece a oportunidade para que idosos, aposenta-dos e pensionistas possam comprar pa-cotes de viagem com preços acessíveis em períodos de baixa temporada.

Para Daniel Siqueira, proprietário de uma agência de turismo local credenciada ao programa, a procura ainda é pequena, mas deve crescer com o aumento da di-

vulgação. A responsável pelo atendimento a passageiros de outra agência da cidade, Lícia Liberato, diz que as pessoas ficam curiosas para saber a diferença entre os pacotes normais e o programa, mas nem sempre a diferença é significativa.

Os interessados no programa devem se dirigir a uma agência de turismo cre-denciada e escolher o pacote e a forma de pagamento, que pode ser feito por crédito consignado nos bancos do Brasil e Caixa Econômica Federal. Veja a lista das agências cadastradas no site www.viajamais.com.br ou ligue para 0800-7707202.

Com o aumento da população de idosos, é preciso criar políticas públicas específicas

POLA: Governo deve

estar atento às necessidades

específicas deste grupo”

viagens a preços acessíveis

FREIRE: A demanda é crescente, uma vez que este público está aumentando”

Nas últimas décadas, o Termo Qualidade de Vida tem sido tema de investimento não só no âmbito pessoal quanto no meio de trabalho. Constatou-se que para se produzir com qualidade, além de inves-tir em tecnologia, é necessário satisfação pessoal e bem estar físico e psíquico. Surge na contramão da melhoria da saúde, doenças ocupacionais decorren-tes das exigências do tipo de trabalho que favorecem o aparecimento de lesões articulares (DORT), dores músculo-esqueléticas e estresse . A Correção Postu-ral em Grupo ou C.P.G. tem o objetivo de promover a melhoria da saúde e do bem estar do trabalhador através de um conjunto de medidas preventivas con-tra doenças ocupacionais. Devido ao sedentarismo e às atividades repetitivas, algumas vezes unilaterais, o corpo solicita atividades compensatórias que muitas vezes provocam danos ao organismo. Observando

QUALIDADE DE VIDA,CORREÇÃO POSTURAL EM GRUPO (C.P.G)

E DENTRO DAS EMPRESAS.

este quadro surgiu a C.P.G. para atender a neces-sidade no desenvolvimento da qualidade de vida em empresas que priorizam a melhora na condição geral da saúde. O programa consiste em exercícios de alongamento, fortalecimento e correção da pos-tura, respeitando particularidades e dificuldades de cada indivíduo. Realizados dentro das próprias em-presas, grupos são formados após uma avaliação fi-sioterápica que reúne indivíduos com determinadas características, em turmas de até 15 participantes. Este trabalho, além de proporcionar o bem estar e diminuir tensões do dia-a-dia, favorece o equilíbrio entre funcionários, o que ocasiona melhoria do con-vívio interpessoal refletindo esta condição ao clien-te. O programa de atividades inclui exercícios de compensação muscular, flexibilidade, relaxamento, alongamento e interação interpessoal. Para aqueles indivíduos que apresentam patologias mais severas, a atividade deve ser individualizada, realizada em macas portáteis dentro do local de trabalho afim de não interferir na produtividade do trabalhador. A doutora Alessandra Iague Molina, é mestre em Or-topedia pela USP, especialista em lesões do aparelho locomotor e alterações do pé pela Unifesp, RPGista e professora da faculdade de fisioterapia na UMC. A professora realizará um curso de 30 horas para estu-dantes de fisioterapia e fisioterapeutas que necessitam trabalhar nesta área nos dias 11, 12 e 13 de abril pela Liga de Fisioterapia em Traumato-Ortopedia da UMC. Curso – Correção Postural em Grupo (C.P.G.) dias 11, 12 e 13 de abril.

Professora de graduação da Fac. Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia da UMC

Informações sobre local e investimento pelo tele-fone 4798-2522 (Clínica São Paulo c/ Samira).

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8 DOMINGO, 6 de abril de 2008

Um grupo muito animado fre-qüenta as aulas da Universidade Aberta à Integração (Unai), fruto de uma parceria entre a Univer-sidade Braz Cubas e o Instituto Pró+Vida São Sebastião. Durante uma visita às aulas, que acon-tecem no campus da UBC, no centro de Mogi, é possível ver a dedicação, que cede lugar, no momento do intervalo, a um des-contraído bate-papo.

Uma das alunas mais empol-gadas é a empresária Delvair de Abreu Vassolar, de 61 anos, que, em 2006, foi eleita a Miss Univer-sitária. Ela está na universidade há quatro anos e é só elogios para o curso: “Convivemos com uma turma indescritível. Aqui apren-demos muita coisa e fazemos no-vas amizades. É uma experiência fantástica. Esta convivência fez toda a diferença quando estive doente e recebi todo o apoio na minha recuperação”.

A cabeleireira Ivete Sabino, de 63 anos, se emociona ao fa-

estudo promove a inclusãoEstar numa sala de aula estimula não somente o cérebro, mas também o convívio social e a integração

lar da volta aos bancos escola-res. “Vivi muitos anos para os filhos e não tive a oportunidade de fazer uma faculdade. Quan-do me falavam das aulas na Braz Cubas, eu achava que não era para mim, mas tomei coragem e entrei no ano passado”, reve-la Ivete. Ela também participa de projetos sociais e tem uma imensa vontade de prestar ves-tibular para Psicologia ou Assis-tência Social.

Integração Segundo a diretora da Unai,

Juraci Fernandes de Almeida, a universidade oferece ao aluno um convívio social importante e ele se sente inserido na socie-dade. Sua auto-estima cresce e ele percebe que ainda é capaz

de aprender: “É um mito que não se aprende mais na tercei-ra idade. Todos têm condições, tanto que temos cursos de idio-mas, informática, entre outros, em que as pessoas aprendem mesmo e, agora, estão em co-munidades virtuais e conver-sando pela Internet”.

Meire Guilherme, professora de dança, ginástica e vôlei adaptado da Unai, há oito anos na institui-ção, também destaca os benefí-cios da aprendizagem para este grupo. “É importante para eles estar de novo em uma escola, ter amigos, discutir os problemas, aprender e trocar idéias. Quem não se sente feliz em poder, de-pois de certa idade, aprender o que não teve oportunidade an-tes?”, indaga a professora.

JURACI: “Convívio social”

DELVAIR: “Experiência fantástica”

IVETE: “Convite para as amigas”

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9DOMINGO, 6 de abril de 2008

Quem nunca teve oportunida-de para aprender a ler e escrever também aproveita a chegada à terceira idade para realizar este sonho. No Serviço Social da In-dústria (Sesi), em Mogi, 30 alu-nos freqüentam diariamente as aulas de alfabetização, criadas para atender às necessidades desta faixa etária.

O curso, gratuito, é de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental, e as aulas acontecem de segunda a sexta-feira, das 8 às 10h30. Ao término, o aluno tem o direito a ingressar em um curso supletivo ou no Telecurso. Mais informações pelo telefone: 4727-1777 ou dire-

tamente no Sesi, na rua Valmet, 171, distrito de Brás Cubas.

A Secretaria Municipal de Edu-cação não tem um programa es-pecífico para esse segmento, mas mantém classes de Educação de Jovens e Adultos (EJA) para que mogianos a partir dos 14 anos possam completar até a 4ª sé-rie do ensino fundamental. As inscrições para matrículas são abertas semestralmente em to-das as escolas municipais.

A rede estadual de ensino também possui o curso suple-tivo (fundamental e médio) para jovens e adultos que passaram da fase escolar.

A retomada dos estudos ga-nha uma outra dimensão na ter-ceira idade. Segundo o soció-logo Afonso Pola, essa decisão faz parte de um projeto de rei-nício e, mesmo quem teve uma vida escolar na idade apropria-da, sente necessidade de voltar

aos bancos escolares. “Vemos pessoas de 80 anos

iniciando uma universidade ou aprendendo a ler e escrever, gra-ças a um espaço maior aberto pela sociedade, que está vendo estas pessoas de uma outra for-ma”, diz Pola. O sociólogo afir-

sesi oferece alfabetização para idosos

volta às aulas equivale a um recomeçoma, ainda, que no mercado de trabalho esta questão também é vista de outra forma e, hoje, profissionais com mais de 50 anos são valorizados.

Para a psicóloga, pedagoga e especialista em terceira idade Geraldina Porto Witter, a uni-

versidade aberta é muito positiva para os idosos, que aproveitam as atividades de cultura geral e lazer. Segundo ela, as mulheres são maioria, uma vez que os ho-mens têm resistência a partici-par, o que é verificado também em outros programas.

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10 DOMINGO, 6 de abril de 2008

Com aumento da população idosa, têm sido desenvolvidos inúmeros trata-mentos e medicamentos para combater as principais doenças que afligem esta faixa etária, mas o mais importante, de acordo com os especialistas, ainda é a prevenção. Os males mais comuns para quem passou dos 60 anos são o Mal de Alzheimer, a senilidade, os reumatismos e as lombalgias. “As pessoas acham que o geriatra só trata de idosos, mas o pacien-te deve fazer uma avaliação geriátrica a partir dos 30 anos. É muito comum que quem se consulta na terceira idade, che-gue ao consultório achando que iremos resolver todos os problemas”, afirma o ge-riatra João Jordão Gonçalves da Silva.

Silva diz, ainda, que os pacientes, atu-almente, aderem com mais facilidade aos tratamentos. O geriatra procura conhe-cer o paciente como um todo antes de adotar qualquer procedimento, o que faz com que ele confie facilmente no profis-

sional, favorecendo a conquista de bons resultados.

De acordo com o médico, a carência também é um grande problema, mesmo para aqueles que moram com familia-res: “A família não consegue dar a devi-da atenção. Aqueles que regiam a pró-pria vida e se tornam dependentes dos filhos, devido às restrições motoras ou pela falta de discernimento mental para resolver os problemas do cotidiano, po-dem ser levados a uma introspecção ou, até mesmo, à depressão”.

Para exemplificar a boa saúde na ter-ceira idade, Silva conta a história de uma paciente, hoje, com cem anos de idade, que vive sozinha e faz questão disso: “Ela tem uma funcionária que a acompanha, mas gosta de cozinhar e anda com faci-lidade”. De acordo com o médico, a pa-ciente, que prefere não ser identificada, caminha diariamente e segue um regi-me rigoroso.

prevenção é o melhor remédio para todas as idadesIda ao geriatra deve ser antecipada para garantir um tratamento eficaz e uma boa qualidade de vida

O Brasil cultiva fortemente a juventude, segundo a psicóloga, professora e coorde-nadora da Pós-Graduação de Gerontolo-gia na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, Ani-ta Liberalessa Neri. “As propagandas e o consumo são calcados na juventude, em pessoas individualistas e independentes, de onde se presume que as pessoas têm dificuldades para envelhecer e, por isso, é preciso continuar saudável”, diz.

Seguindo esta tendência, surgiu o termo terceira idade, usado em países em desen-volvimento, como o Brasil, para pessoas acima de 60 anos e, em países desenvol-vidos, para aqueles que estão acima dos 65. A professora explica que a expressão

tem o objetivo de criar uma denomina-ção aparentemente menos negativa, com uma carga menor de preconceito, para que as pessoas que estão envelhecendo se sintam motivadas a se manterem ati-vas e cuidarem da saúde.

O envelhecimento, para Anita, é visto com uma dose de romantismo, mas en-velhecer é uma verdade científica incon-testável: “O melhor seria que as pessoas tivessem bons cuidados com a saúde e a educação desde a infância, pois, em ter-mos sociais, o que garante uma boa ve-lhice é o investimento em qualidade de vida desde o nascimento, com uma boa educação, que possibilita a conquista de melhores empregos e habitações”.

Hábitos saudáveis, como praticar

esportes, e fazer exames periódicos

ajudam a envelhecer com saúde

preocupação deve começar na infância

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11DOMINGO, 6 de abril de 2008

Aos 69 anos, a aposentada Er-cília Siqueira Quintanilha não descuida da aparência e se or-gulha de ter poucas rugas. Há muitos anos, ela é paciente da fisioterapeuta e esteticista Katya Jordão Garcia e, freqüentemen-te, faz tratamentos faciais. “Pas-sei também por um programa de alimentação ortomolecular que foi maravilhoso”, diz a vai-dosa aposentada.

Segundo Katya, há 15 anos não havia muitos clientes com mais de 60 anos, porém, isto vem mudando: “São pessoas com a vida resolvida, sem os proble-mas que afetam os mais jovens, como a falta de tempo. É muito gostoso tratá-los porque tudo dá resultado. Eles têm tanta vontade que qualquer melhora é moti-vo para comemoração”. Os tra-tamentos mais procurados são voltados para o clareamento de manchas da mão e colo e para a melhora da flacidez no pes-coço e braço.

A proprietária da Clínica de Estética Linda e Natural, em Su-zano, a esteticista Fernanda Al-ves de Barros, concorda e diz que a procura é grande pelos trata-mentos de rejuvenescimento, principalmente os faciais.

“Todos estão mais vaidosos e querem se cuidar para ficar mais bonitos. Eles chegam re-clamando das marcas de expres-são e manchas e, com o resulta-do das primeiras sessões, já se animam para um próximo tra-tamento”, destaca Fernanda, que também sentiu o aumento no número de pacientes idosos nos últimos anos.

Katya alerta para que os cui-dados com a pele sejam toma-dos desde cedo. “A partir dos 25 anos, deve ser feita uma limpeza de pele regular, o uso de cremes noturnos e anti-rugas, além do filtro solar. É preciso não se exce-der em nada. A vida em harmonia é o que conduz à longevidade”, ensina a profissional.

Para quem não tem condições de comparecer às unidades de saúde, a Secretaria Municipal de Saúde oferece o atendimento do-miciliar há cerca de um ano e meio, em parceria com o Cen-tro de Referência do Idoso (Ce-rim). Atualmente, 290 idosos são atendidos, segundo o então se-

cretário Cláudio Miyake. A participação, segundo Miyake,

é definida por meio de uma avalia-ção, feita pelo Cerim, das pessoas acamadas por diversos motivos, como seqüelas de um Aciden-te Vascular Cerebral (AVC), de alguma fratura ou outros tipos de doenças limitantes. A família

selecionada é visitada com regu-laridade por uma equipe – com médico e enfermeiras – que ofe-rece orientação para a família e medicação para o paciente.

Outra parceria feita com a Se-cretaria Municipal de Educação possibilitou a criação do Curso de Cuidadores de Idosos, cujas

aulas acontecem no Centro de Iniciação Profissional (CIP). “Nes-te curso, pessoas das mais diver-sas áreas aprendem noções de nutrição, postura, higiene, pri-meiros socorros e qualidade de vida para idosos. Ao final, eles podem ser contratados por fa-mílias ou mesmo por casas de

repouso, hospitais e centros de saúde”, diz o secretário.

Sobre o futuro das iniciati-vas, Miyake diz que é preciso aperfeiçoar o que existe, sem-pre buscando melhorar as ações voltadas para a terceira idade, uma vez que a população idosa é crescente no Brasil.

auto-estima também é importante

Passei também por um programa de alimentação ortomolecular.”ERCILIA

Todos estão mais vaidosos e querem se cuidar para ficar mais bonitos.”FERNANDA

É preciso não se exceder. A vida em harmonia é o que conduz à longevidade.”KATYA

Cuidados especiais para a terceira idade

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12 DOMINGO, 6 de abril de 2008

A odontogeriatria foi criada recente-mente para atender o número crescente de idosos. Com cerca de cinco anos de existência, a especialidade se caracteriza pelo conhecimento das doenças típicas dessa fase da vida, como pressão alta, diabetes e problemas cardíacos. Justa-mente por exigir cuidados especiais, o cirurgião-dentista Carlos Alberto Rus-so alerta os idosos a ficarem atentos à prevenção, freqüentando com regulari-dade o dentista, o que favorece o diag-nóstico precoce e torna os tratamentos mais eficientes.

Ao fazer este controle, segundo Russo, o profissional deve pedir exames comple-mentares, quando houver necessidade, manter contato com o médico respon-sável pelo idoso e instruir o paciente a

realizar o auto-exame, verificando as al-terações na parte interna da boca, boche-chas e lábios. De acordo com o médico, pessoas acima de 65 anos podem fazer qualquer tipo de tratamento, desde que não haja restrições médicas.

Os problemas com próteses são fre-qüentes com o avanço da idade, de acordo com o presidente da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – Regional Mogi das Cruzes (APCD-RMC), Fernando Sei-ji Maekawa.

A indicação, revela Maekawa, é que as próteses sejam trocadas a cada cinco anos, porém, é comum que os pacien-tes utilizem-nas por mais de dez anos. O uso incorreto causa a proliferação de bactérias e fungos e a adaptação errada do tecido ao aparelho.

O problema ocular mais comum cau-sado pelo envelhecimento é a catarata. Os especialistas afirmam que a idade é fator predominante para o aparecimen-to da doença, que atinge quase todas as pessoas com mais de 70 anos. Segundo o oftalmologista Amaury Reis Junior, o mal surge em decorrência das alterações metabólicas, embora possa ser relacio-nado a questões congênitas.

Outro problema que afeta a visão é o glaucoma, caracterizado pela pressão ocular elevada, além de fatores como lesões no nervo óptico e a espessura da córnea. A degeneração da retina, que

afeta principalmente pessoas claras e pode levar à perda da visão central, tam-bém é fonte de preocupação.

A ida anual ao oftalmologista é reco-mendada pelo especialista para a pre-venção e o diagnóstico precoce de do-enças. “O mercado dispõe de um arsenal terapêutico vasto para o tratamento de males, como o glaucoma. A cirurgia para a cura da catarata também se tornou mais simples, já que não é mais neces-sário dar pontos. No procedimento, é feita a troca da lente que apresenta opa-cidade por uma lente artificial”, explica o médico.

Odontogeriatriaé nova especialidade

Incidência maior de catarata e glaucoma

A ida anual ao oftalmologista é indicada

para prevenção e diagnóstico de doenças