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Superintendência de Planejamento e Gestão Territorial Diretoria de Infraestrutura e Assessoramento ao Desenvolvimento Urbano

TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS – EMENDAS PARLAMENTARES

GUIA DE PROJETOS

1

Governo do Estado da Bahia

Rui Costa (Governador)

SEDUR - Secretaria de Desenvolvimento Urbano

Jusmari Oliveira

SEDUR – Chefe de gabinete

Lázaro Miguel de Jesus Pinha

Superintendência de Planejamento e Gestão Territorial

Armindo Gonzalez Miranda

Diretoria de Infraestrutura e Desenvolvimento Institucional da Gestão Urbana

Antônio Carlos de Souza Brito

EQUIPE TÉCNICA

Helena de Albuquerque Melo Lima (Coordenadora I – Engenheira Civil)

Tiana Cristina Palma Nascimento Belinelli (Técnica - Arquiteta e Urbanista)

Michelle Leal Tavares (Técnica – Engenheira)

Wilson Andrade Silva (Técnico - Edificação)

Karine de Sousa Lima (Estagiária)

Patrízia Even Mirelle Araújo dos Santos (Coordenadora II - Urbanista)

Frederico Azevedo da Cunha (Coordenador I – Arquiteto e Urbanista)

Yara Barreto Rocha Neta (Técnica – Arquiteta e Urbanista)

Brenda Pacheco Conceição de Oliveira (Estagiária)

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GUIA DE PROJETOS

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GUIA PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM DE VIAS

URBANAS

VOLUME I – GUIA PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO

SUMÁRIO

Apresentação 3

1. Projetos para Captação de Recursos através de Contratos de Repasse 3

1.1 Definição do Projeto 4

1.2 Fluxograma do Projeto: Elaboração, Análise e Aprovação 4

1.3 Cronograma do Projeto 6

2. Elementos que Compõem o Projeto 7

2.1 Declarações, Anuências, Viabilidades e Licenciamentos 7

2.2 Relatório Fotográfico 7

2.3 Projeto de Engenharia 8

2.3.1 Diretrizes Gerais 9

2.3.2 Memorial Descritivo, Especificações Técnicas e Memória de Cálculo 9

2.3.3 Peças Gráficas 11

3. Orçamento 17

3.1 Referências Normativas 17

3.2 Elementos que Compõem o Orçamento 17

3.2.1 Planilha Orçamentária 18

3.2.2 Composições de Preços Unitários 19

3.2.3 Memória de Cálculo das Quantidades 22

3.2.4 Cotação de Preço 22

3.2.5 Cronograma Físico- Financeiro 22

3.2.6 Composição do BDI 23

4. Anexos

24

ANEXO I – LISTA DE VERIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DE PROJETO ANEXO II – CRONOGRAMA DO PROJETO ANEXO III – MODELO DE DECLARAÇÕES E ANUÊNCIAS

ANEXO IV - MODELO DE RELATÓRIO FOTOGRÁFICO ANEXO V – MODELO DE MEMORIAL DESCRITIVO

ANEXO VI – MODELO DE ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ANEXO VII– LISTA DE VERIFICAÇÃO DE PEÇAS GRÁFICAS

ANEXO VIII - FORMULÁRIOS DE ORÇAMENTO

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Apresentação

Este guia tem por objetivo ser base para o apoio técnico aos municípios no desenvolvimento e

apresentação de projetos de pavimentação e drenagem de vias urbanas, oferecendo um roteiro

prático das informações e padrões a serem seguidos. Estas orientações englobam os itens,

identificados pela SEDUR com maior demanda nos contratos de repasse, na área de infraestrutura

urbana.

Os exemplos aqui apresentados são meramente ilustrativos, visto que cada projeto tem a sua

especificidade em função da localização, conformação do terreno, tipo de ocupação, volume de

tráfego, tipo de pavimentação, condições de drenagem, tamanho de caixa de via, entorno

existente bem como técnicas construtivas e elementos estruturais tais como contenções, cortes e

aterros a serem empregadas para viabilizar a pavimentação.

Este guia é composto por dois volumes, ordenados de forma a facilitar o entendimento do

mesmo:

VOLUME I – GUIA DE PROJETO

VOLUME II – PEÇAS GRÁFICAS (MODELOS)

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1. Projeto para Captação de Recursos através de

Contratos de Repasse

1.1 Definição do Projeto

O PROJETO é um conjunto de elementos com nível de precisão adequada para a caracterização do

objeto do contrato. O escopo do projeto para captação de recursos através de contratos de

repasse é composto dos seguintes elementos:

Declarações, Anuências e Viabilidades;

Relatório Fotográfico para Caracterização da Área onde será Implantado o Projeto;

Projeto de Engenharia (peças gráficas, memoriais descritivos e especificações técnicas);

Elementos Orçamentários.

O detalhamento de cada um destes componentes será apresentado ao longo deste guia. Utilizar o

ANEXO I - LISTA DE VERIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DE PROJETO, para ordenamento e

conferência dos documentos do projeto a serem apresentados.

1.2 Fluxograma do Projeto: Elaboração – Análise - Aprovação

O Fluxograma apresentado na FIGURA 2 abrange apenas as etapas de elaboração, análise e

aprovação do projeto. Os agentes envolvidos com as respectivas ações nesta etapa do processo

estão descritos na FIGURA 1 – MATRIZ DE RESPONSABILIDADES a seguir:

FIGURA 1 - MATRIZ DE RESPONSABILIDADES

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FIGURA 2 - FLUXOGRAMA DO PROJETO

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1.3 Cronograma do Projeto

De acordo com os indicadores da SEDUR o tempo médio demandado entre a primeira reunião de

Assistência Técnica e a aprovação do projeto no agente financeiro tem sido em torno de 10

meses.

Os principais fatores determinantes deste prazo são:

Deficiências do projeto:

o Levantamento planialtimétrico incompleto;

o Falta de adequação do projeto com a área da intervenção;

o Falta de detalhamento de contenções e drenagem profunda;

o Apresentação dos documentos do projeto em desacordo com os padrões

estabelecidos pelo Programa do Ministério;

Demora do município para entrega do projeto;

Alterações dos critérios de análise do Agente Financeiro.

Com base na experiência adquirida nos últimos anos a CAT elaborou um cronograma apresentado

na FIGURA 2 _ CRONOGRAMA DE PROJETO apresentada a seguir, buscando otimizar o tempo

para aprovação dos projetos.

FIGURA 2 – CRONOGRAMA DO PROJETO

O modelo do Cronograma consta do ANEXO II – CRONOGRAMA DO PROJETO.

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270

1SEMINÁRIO DE ASSISTENCIA TÉCNICA

SEDUR

MUNICÍPIO

2INDICAÇÃO DOS LOCAIS DE INTERVENÇÃO MUNICÍPIO

3

VISTORIA / PARECER TÉCNICO COM PARÂMETROS

DE ORÇAMENTOSEDUR

4LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO MUNICÍPIO

5

REUNIÃO ASSISTENCIA TÉCNICA: ANÁLISE DO

PLANIALTIMÉTRICO / DIRETRIZES PROJETOSEDUR

6 ENTREGA DO PROJETO MUNICÍPIO

7 PARECER No. 1 - ANÁLISE DO PROJETO SEDUR

8ENTREGA DO PROJETO - REVISÃO 01 MUNICÍPIO

9PARECER No. 2 - ANÁLISE DO PROJETO SEDUR

10IMPLANTAÇÃO DO ORÇAMENTO NO SISTEMA ESTADO - BASEDUR

11ENVIO DO PROJETO A CONDER SEDUR

12ENVIO DO PROJETO AO AGENTE FINANCEIRO SEDUR

13

REUNIÃO ASSISTENCIA TÉCNICA: ATENDIMENTO

AGENTE FINANCEIRO / CONDER

SEDUR

MUNICÍPIO

14

ENTREGA DO PROJETO REVISADO NO AGENTE

FINANCEIRO

SEDUR

MUNICÍPIO

15 PROJETO APROVADO

OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM URBANA

SEDUR

MUNICÍPIO

LEGENDA

CRONOGRAMA DO PROCESSO PARA APROVAÇÃO DO PROJETO JUNTO AO AGENTE FINANCEIRO

DIAS CORRIDOS

ATIVIDADE CONJUNTA

ITEM ATIVIDADES RESPONSÁVEIS

SEMINÁRIO ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ENVIO DO PROJETO A CEF(200 DIAS APÓS INÍCIO

DO PROCESSO)

APROVAÇÃO DO PROJETO (270DIAS APÓS INICÍO DO

PROCESSO

ENTREGA DO PROJETO PELO MUNICÍPIO (150 DIAS APÓS INÍCIO DO

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2. Elementos que Compõem o Projeto

2.1 Declarações, Anuências, Viabilidades e Licenciamentos.

A documentação institucional do projeto têm por objetivo assegurar ao agente financeiro a viabilidade do projeto em relação às questões fundiárias, ambientais, de licenciamentos e tributários, assim como, sua funcionalidade e manutenção. No ANEXO III – MODELOS DE DECLARAÇÕES constam os modelos das declarações e anuências a serem apresentadas e relacionadas a seguir:

Regularização Fundiária/Domínio Público;

Licenciamento Ambiental (dispensa ou licença ambiental);

Declaração de aprovação do Projeto pelo Prefeito (no caso de municípios que possuam órgãos competentes para análise de projeto, devem apresentar declaração de aprovação destes);

Declaração de Manutenção das Vias assinada pelo Prefeito;

Declaração de Conformidade do Projeto de Sinalização de acordo com as normas do CONTRAN/DENATRAM (no caso de municípios que possuem órgãos competentes para análise de projeto apresentar declaração destes);

Declaração de Manutenção dos Dispositivos de Sinalização;

Declaração das Concessionárias responsáveis pelos serviços públicos de abastecimento de água, energia elétrica, esgotamento sanitário, outras;

Declaração de Responsabilidade pelas demolições necessárias, remanejamento de interferências tais como postes, adequação de gabaritos de caixas de passagem ou visita e árvores que inviabilizam a execução do projeto ou lhe tire a funcionalidade;

Declaração de alíquota e base de cálculo do ISS;

Declaração informando a existência de jazidas licenciadas e suas respectivas distâncias do local da obra;

Declarações de população beneficiada e de população existente;

Aprovação e autorização do SIT/SEINFRA ou do DNIT para projetos que contemplem intervenções em sua área de atuação, faixa de domínio das rodovias federais ou estaduais respectivamente.

Relatório Fotográfico

O relatório fotográfico tem a função de caracterizar da área da onde será implantado o projeto e

deverá atender aos seguintes requisitos:

Apresentar uma foto por estaca conforme o estaqueamento projeto para a via;

Seguir a numeração crescente das estacas para ordenar as fotos;

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Na primeira estaca da via devem ser apresentadas duas fotografias possibilitando a visão nos dois sentidos da via;

As fotos deverão ser apresentadas em tamanho adequado, nítidas e caracterizando bem os elementos nela demonstrados. Sugere-se o número máximo de 02 (duas) fotos por página de relatório impresso em tamanho A4.

A FIGURA 3 apresenta a indicação esquemática da localização das fotos para composição do relatório fotográfico. Ver o ANEXO IV– MODELO DE RELATÓRIO FOTOGRAFICO.

FIGURA 3 - INDICAÇÃO ESQUEMÁTICA DOS LOCAIS DAS FOTOS

2.2 Projeto de Engenharia

O Projeto de Engenharia é o guia de execução de uma obra. Seus elementos devem dimensionar e caracterizar de forma precisa e clara todos os serviços garantindo a sua estabilidade e funcionalidade, possibilitando a estimativa de seu custo e prazo de execução. O conteúdo mínimo e a forma de apresentação do Projeto de Engenharia estão e descritos nos itens a seguir.

Todos os elementos que compõem o Projeto de Engenharia devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado, sendo indispensável o registro do mesmo no conselho de classe competente, CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia ou CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo com a devida emissão da ART ou RRT, respectivamente, onde devem constar as informações do projeto, do seu autor com atribuições, além das assinaturas do contratante do projeto e do profissional contratado.

Todos os documentos que compõem o Projeto de Engenharia (elementos textuais e peças gráficas) devem ser assinados pelo seu responsável técnico. A ART e/ou RRT devem ser apresentadas junto com os documentos do projeto.

LEGENDA:

SENTIDO DA VISADA

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2.3.1 Diretrizes Gerais

Os projetos de infraestrutura urbana desenvolvidos para atendimento a Sistemática 2013 - Manual para Apresentação de Propostas - Programa – 2054, Planejamento Urbano, do Ministério das Cidades devem atender aos seguintes requisitos:

a) Ser compatível com o plano Diretor Urbano ou Setorial do município, com os

Instrumentos do Estatuto da Cidade e com a legislação local, estadual e federal;

b) Ser compatível com as características regionais, locais, climáticas e culturais da

área;

c) Contemplar os requisitos estabelecidos nas normas da ABNT;

d) Atender aos requisitos de acessibilidade previstos na NBR 9050 de 11/09/2015;

e) Ter compatibilidade com as soluções de abastecimento de água, esgoto e

drenagem pluvial quando existentes;

f) Dar prioridade a soluções alternativas à utilização de asfalto tais como piso

intertravado ou pedras;

g) Assegurar a funcionalidade do objeto do projeto;

h) As vias projetadas devem preferencialmente dar prosseguimento a outras vias ou

trechos já pavimentados;

i) Todos os projetos deverão ser registrados no Conselho de Classe (CREA ou CAU),

sendo a respectiva ART/RRT anexada ao projeto.

2.3.2 Memoriais Descritivos, Especificações e Memorias de Cálculo

a) - Memorial Descritivo

O Memorial Descritivo tem por objetivo caracterizar sucintamente o projeto e a área de intervenção, ver ANEXO V – MODELO DE MEMORIAL DESCRITIVO. O Memorial Descritivo deverá conter pelo menos as seguintes informações:

Descrição e caracterização da área de intervenção (sede, vila, povoado, distrito);

Extensão da área a ser pavimentada;

População beneficiada;

Interferência com o sistema viário local;

Justificativa para realização da intervenção.

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b) Especificações Técnicas

As Especificações Técnicas tem a finalidade de complementar a parte gráfica dos projetos e

orientar a correta execução dos serviços. Devem caracterizar os materiais e serviços que

compõem a obra, contemplando todas as disciplinas (pavimentação, sinalização e drenagem).

O ANEXO VI- MODELO DE ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS apresenta uma sugestão de texto para

este documento.

c) Memória de Cálculo

Para algumas disciplinas (drenagem e projeto geométrico) será necessário apresentar, além das especificações técnicas, a memória de cálculo conforme descrito abaixo:

c.1) Memória de Cálculo de Volumes de Corte e Aterro

Baseado nas seções e perfis elaborados no Projeto Geométrico deverá ser apresentado

o demonstrativo do cálculo dos volumes de corte e aterro sempre que as alturas de corte

ou de aterro ultrapassar 20 cm (Quadro de Cubação).

Quando o leito natural da via necessitar de apenas uma raspagem para implantação do

pavimento é dispensável a apresentação do referido Quadro de Cubação.

c.2) Projeto de Drenagem – Capacidade Drenante

A solução adotada para o projeto de drenagem precisa ser justificada através da memória

de cálculo. Quando for utilizada a própria via como meio de escoamento das águas pluviais

deverá ser apresentada a verificação da capacidade drenante da via.

Poderá ser utilizado o Software Pluvio 2.1(Chuvas intensas para o Brasil - Grupo de

Pesquisa em Recursos Hídricos / DEA-UFV), de uso livre, para obtenção dos parâmetros de

chuva para o município.

A definição da bacia de contribuição deve ser indicada na planta de drenagem.

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2.3.3 Peças Gráficas

É fundamental que os desenhos possuam as informações e as medidas necessárias à caracterização e dimensionamento do objeto do projeto. O VOLUME II – PEÇAS GRÁFICAS (MODELOS) deste guia apresenta um conjunto de modelos de plantas que poderão ser utilizados como referência para a apresentação do Projeto de Engenharia, guardado as especificidades locais.

a) Recomendações Gerais:

Utilizar escalas usuais compatíveis com o objeto do projeto, preferencialmente 1/1000, 1/500, 1/100, e 1/50, 1/20, 1/25 para detalhes e sessões. Caso a prancha não tenha todos os seus desenhos em uma mesma escala, cada elemento deverá ter sua escala especifica indicada logo abaixo do mesmo ou a indicação que a representação está sem escala;

Deverão ser desenvolvidos em sistemas CAD e salvos em formato da versão 2010 do Autocad ou similar com extensão: “*.DWG”;

Os projetos deverão ser entregues em pranchas padronizadas, seguindo os formatos da ABNT: A4 (210x297mm), A3 (297x420mm), A2 (420x594mm), A1 (594x841mm) e A0 (841x1189mm). Sempre que possível, sugerimos utilizar preferencialmente os tamanhos A-2 e A-1 visando facilitar o manuseio do projeto mesmo durante a execução da obra;

Todas as pranchas de projeto deverão conter carimbo de identificação no canto inferior direito das folhas de desenho, contendo no mínimo os seguintes dados: identificação da empresa e/ou do profissional responsável pelo projeto, contatos da empresa e/ou do profissional responsável pelo projeto; identificação do Município; nome do projeto; título do desenho; indicação sequencial do projeto; escalas; data; indicação de revisão e as respectivas assinaturas. Ver modelo no VOLUME II – PEÇAS GRÁFICAS (MODELO);

Todas as pranchas deverão apresentar indicação do Norte e legenda identificando corretamente as hachuras dos diferentes tipos de serviços ou soluções demonstradas no projeto. As mesmas deverão ser colocadas no canto superior direito da folha;

As pranchas que possuírem notas técnicas deverão ter as mesmas apresentadas em quadro específico e numeradas.

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b) Recomendações Específicas

b.1) Levantamento Planialtimétrico:

O Levantamento planialtimétrico deverá apresentar os elementos necessários à confecção do projeto, caracterizando fielmente a área da intervenção, com indicação dos pontos de interferências existentes e que sejam relevantes ao projeto ou à execução da obra, apresentando pelo menos as seguintes informações:

Indicar o norte;

Indicação das curvas de nível de metro em metro;

Indicar o eixo da via, com as estacas e suas respectivas cotas do terreno natural;

Indicar o nome dos logradouros existentes na área da intervenção;

Indicar a testada e a descrição do uso (terreno baldio, residência, ponto comercial, hospital, etc.) de todas as edificações existentes;

Indicar os elementos fixos existentes, tais como: muros, cercas, bocas de lobo, poços de visita (PV’s), postes, árvores, bancos, telefones públicos, etc;

Levantamento das medidas dos logradouros, com os seus respectivos comprimentos (estaqueamento usual) e larguras (registrar a distancia entre os limites dos imóveis e das calçadas existentes pelo menos a cada 10 m sempre que houver desalinhamento no limite dos imóveis);

Levantamento de dados para elaboração da seção transversal (níveis das soleiras dos imóveis, desníveis laterais que indiquem a necessidade de contenções);

Cadastrar os pontos críticos como desníveis entre o leito natural da via e a implantação dos imóveis ou a áreas limítrofes;

Levantar ocorrências de acúmulo de água, passagens de redes de esgoto ou lançamentos de efluentes ao longo da via;

Indicar a faixa de domínio, com a área “non aedificandi”, quando a área em estudo fizer limite com rodovia estadual ou federal.

b.2) Planta de Localização

Indicar o norte;

Inserir a imagem aérea destacando área de intervenção com indicação das coordenadas georeferenciadas.

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Indicar os nomes das vias existentes próximas à área de intervenção e os nomes das ruas a serem pavimentadas;

Indicar os pontos de referência próximos à área de intervenção (hospitais - escolas - mercados)

b.3) Projeto Geométrico e de Pavimentação

O projeto geométrico e de pavimentação deverá ser elaborado conforme as orientações e recomendações descritas a seguir:

Indicar o norte;

Desenhar as ruas a serem pavimentadas ou recapeadas, com a extensão, largura e legenda, diferenciando os trechos a serem executados dos existentes;

Indicação das curvas de nível de metro em metro;

Indicar os eixos de locação, com estacas a cada 20,00m (vinte metros) e suas respectivas cotas de nível do projeto;

Elaborar o perfil longitudinal da via (greide da via) indicando o perfil natural do terreno (linha tracejada) e da via projetada (linha contínua);

A escala horizontal deve ser a mesma da planta de pavimentação e a vertical 10 vezes maior que a horizontal;

Apresentar as seções transversais das vias indicando o terreno natural (linha tracejada) e a via projetada (linha contínua);

Inserir corte esquemático da seção transversal típica, identificando todas as camadas da via projetadas, meio-fio, sarjetas com as respectivas cotas. Indicar inclinação para escoamento das águas pluviais;

Verificar se a largura da via projetada com as calçadas está compatível com as larguras levantadas no Planialtimétrico;

Prever solução de acessibilidade para os imóveis com cotas de implantação incompatíveis com a cota e implantação da via;

Prever a drenagem por meio de sarjetas e/ou tubulações, em todas as intervenções (ver item do Projeto de Drenagem).

Indicar em planta as embocaduras das ruas transversais;

Indicar as cotas das larguras da pista de rolamento de veículos e das calçadas;

Identificar o tipo de pavimentação da pista de rolamento de veículos e dos pisos das calçadas;

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Indicar a localização das cintas de confinamento, quando necessário;

Indicar a localização das rampas de acessibilidade, destacando-se que estas devem estar paralelas e alinhadas, para dar continuidade ao percurso do P.N.E.(Portadores de necessidades Especiais);

Apresentar quadro de vias, indicando: extensão, largura, área da pista de rolamento e da calçada e quantidade de rampas. Ver o modelo apresentado no VOLUME II – PEÇAS GRÁFICAS (MODELOS);

Atentar para as diretrizes específicas da Sistemática 2013/Programa 2054 do MCidades:

o Sempre que possível utilizar pedras ou pisos articulados para pavimentação das vias;

o Prevê a execução de calçadas para circulação de pedestres atendendo os requisitos da NBR 9050 / 2015

o As pistas de mão dupla devem ter largura mínima de 6,00 m, e as de sentido único 3,00m;

As calçadas devem ter largura mínima de 1,50m. Excepcionalmente admite-se reduzir a largura da calçada para 1,20m. Neste caso será necessária nota técnica no projeto justificando a adoção de 1,20m de largura para a calçada;

Quando não houver disponibilidade de espaço para a execução de calçadas a solução a ser adotada deverá ser objeto de consulta à SEDUR e a área técnica do agente financeiro. Neste caso deverá constar do projeto a justificativa técnica resultante destas consultas;

Quando necessário deverá ser elaborada uma Planta Executiva indicando todas as demolições e obstáculos a serem relocados;

Caso seja necessária a execução de contenções, as mesmas devem estar indicadas no projeto de pavimentação. Neste caso deverá ser apresentado também o projeto das contenções;

Apresentar planta de detalhes construtivos contendo pelo menos os detalhes das rampas de acessibilidade, piso podo tátil, paginação do piso conforme projeto de sinalização, escadas e demais elementos necessários ao bom entendimento do projeto.

b.4) Projeto de Drenagem

O projeto de drenagem, superficial (com guias, sarjetas e sarjetões) ou profunda, por meio de galerias (tubos, poços de visita, aduelas, bocas-de-lobo), deve considerar a área de intervenção e toda a bacia de contribuição. Deverá ser elaborado conforme as orientações e recomendações descritas a seguir.

Indicar o norte;

Indicação das curvas de nível de metro em metro;

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Indicar o eixo da via, com as estacas e as cotas de projeto;

Indicar a bacia contribuinte e apresentar sua área em hectare;

Indicar o sentido do fluxo das águas pluviais e declividades;

No caso de drenagem através de redes e dispositivos:

o Indicar na planta, com o traçado e a descrição da rede, o início e o fim do trajeto, o diâmetro das tubulações, o sentido do escoamento, o local de descarte e demais elementos;

o Garantir, no assentamento da linha de tubos, no mínimo, 0,70m de recobrimento de terra acima dos mesmos;

o Desenhar e indicar a localização de bocas-de-lobo e PV’s; o Apresentar os detalhes de bocas-de-lobo e PV’s; o Apresentar os detalhes dos dispositivos complementares (dissipadores de

energia, blocos de ancoragem, etc).

A memória de cálculo, relacionada no item 2.3.1, pode ser apresentada na própria planta.

b.5) Projeto de Sinalização Viária

O projeto de sinalização viária deverá ser elaborado de acordo com os manuais do CONTRAN/DENATRAM e atender as recomendações descritas a seguir:

Indicar o norte;

Localizar as pacas de sinalização adotadas;

Indicar o sentido do tráfego da pista de rolamento;

Indicar local das faixas de pedestre, caso necessário;

No caso de pavimentação em paralelepípedos, utilizar a paginação para definir o eixo da via;

Apresentar quadro de placas de sinalização contendo quantidade e código de referência das placas;

Prever placa para identificação do nome da via;

Atentar para a localização das placas de sinalização não interferirem com os dispositivos de acessibilidade (piso podo tátil e remapas). Observar um raio mínimo de 0,60m entre as placas e estes dispositivos;

O projeto não deverá conter sinalização semafórica ou dispositivos controladores de velocidade;

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b.6) Projetos Complementares

b.6.1) Planta de Localização de Jazidas

Em complemento a declaração informando a existência de jazidas licenciadas e suas

respectivas distâncias do local da obra (ver modelo no ANEXO III – MODELO DE DECLARAÇÕES E ANUÊNCIAS) deverá ser elaborada uma Planta de Localização de Jazidas e Bota-Fora com as seguintes informações:

Indicar o norte;

Apresentar imagens aéreas destacando o local da obra, o percurso, com a distância até cada uma das jazidas e local de bota-fora licenciados;

Devem constar as jazidas de areia, pedra, brita e local de bota-fora;

Indicar as coordenadas georeferenciadas de cada uma das jazidas e do local de bota-fora;

Atentar para a compatibilização das distâncias informadas na declaração e na planta;

Na planta, a exemplo da citada declaração, deverá constar o quadro resumo das distâncias conforme modelo apresentado a seguir:

b.6.2) Projeto de Contenções

Quando necessário deverão ser apresentados os projetos das contenções. O projeto deverá conter a planta baixa com a locação das contenções, seções e demais detalhes construtivos.

No caso de muros de arrimo em alvenaria de pedra, quando houver variação de altura deverá ser apresentada a seção correspondente a cada trecho, detalhando também a fundação e os dispositivos de drenagem da mesma.

b.6.3) Interseção de Vias com Rodovias Estadual ou Federal

Em situações que a via do objeto do projeto acesse diretamente um rodovia, estadual ou federal, é necessário apresentar um projeto específico para a interseção. Neste caso deverão ser consultadas as normativas específicas da SIT/SEINFRA ou DINIT para rodovias estaduais ou federais, respectivamente. É necessária também a aprovação/anuência dos citados órgãos.

DISRIMINAÇÃOJazida de Areia

(km)

Jazida de Pedra

(km)

Jazida de Brita

(km)

Bota-fora

(km)

Distância

Localização

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b.6.4) Planta Cadastral de Interferências

Sempre que for necessária a execução de demolições, remoção de postes, adequação de

dispositivos de redes existentes e supressão de árvores para implantação do projeto

deverá ser elaborada uma planta com o cadastro de todas as interferências a serem

removidas antes do início das obras.

Estes serviços são responsabilidade do Município beneficiado e deverão ser executados

antes do início da obra objeto do contrato de repasse. Ver modelo no VOLUME II – PEÇAS

GRÁFICAS (MODELOS).

c) Verificação das Peças Gráficas

Este guia apresenta no ANEXO VII – LISTA DE VERIFICAÇÃO DE PROJETOS uma listagem dos principais pontos de atenção a serem observados pelos projetistas na elaboração das peças gráficas do Projeto de Engenharia. Sugerimos que os responsáveis pelos projetos façam uma verificação prévia quanto ao atendimento dos itens de forma a agilizar a análise e aprovação do projeto junto ao agente financeiro.

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3. Orçamento

Este item resume as principais disposições legais, os entendimentos da Caixa Econômica Federal e a jurisprudência do TCU para elaboração de orçamentos para obras custeadas com recursos da União. Apresenta também algumas orientações sobre a correta utilização do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) e a opção pelo Regime de Contribuição Previdenciária.

3.1 - Referências Normativas:

Decreto No. 7.983, de 8 de abril de 2013;

Sistemática 2013 – Manual para Apresentação de Propostas - Programa 2054 –

Planejamento Urbano;

Acórdão No. 2622/2013 – TCU – Plenário;

SINAPI - Metodologias e Conceitos - Fevereiro /2017;

TCU - ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PLANILHAS ORÇAMENTÁRIAS DE OBRAS PÚBLICAS- 2014;

LEI Nº 13.161, DE 31 DE AGOSTO DE 2015;

3.2 – Elementos que Compõem Orçamento

Os elementos orçamentários que deverão ser entregues junto com o projeto estão relacionados a seguir. No ANEXO VIII – FORMULÁRIOS DE ORÇAMENTO apresenta o modelo para cada um destes documentos.

Planilha Orçamentária;

Composições de Preços Unitários para os serviços que não constam na TABELA SINAPI ou SICRO;

Memória de Cálculo das Quantidades;

Cotação de preço para insumos que não constam na TABELA SINAP ou SICRO;

Cotação de valor de aluguel de imóvel;

Cronograma Físico- Financeiro;

Composição do BDI.

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3.2.1 - Planilha Orçamentária

A Planilha Orçamentária deverá conter a relação completa dos serviços necessários à obra. O modelo apresentado no ANEXO VIII – FORMULÁRIOS DE ORÇAMENTO relaciona os serviços mais comuns nas obras e pavimentação e drenagem superficial no contexto do programa 2054. Para cada serviço foi associado um código de composição de custo unitário constante da Tabela SINAPI. Caberá ao responsável pelo orçamento avaliar a viabilidade de utilização destas composições de custo unitário sugeridas considerando as características particulares de cada obra. Deverá ser elaborada a planilha global, discriminando cada uma das ruas, além dos itens Instalação de Canteiros e Administração para toda a obra. Os orçamentos devem incluir os percentuais de BDI, destacando no cabeçalho o BDI adotado. A planilha orçamentária deve conter subtotais para cada grupo de serviços que compõem uma etapa ou parcela da obra, bem como apresentar as seguintes informações nos títulos da planilha:

Descrição da obra;

Local da obra;

Data-base do orçamento (Mês da Tabela SINAPI de referência);

Localidade da Tabela SINAPI de referência;

Data do Orçamento;

Regime de Contribuição Previdenciária;

Taxa de BDI utilizada. Para elaboração das planilhas de orçamento seguir ainda as seguintes diretrizes:

Ordenar e estruturar a planilha orçamentária segundo algum critério, utilizando preferencialmente, a sequencia prevista para a execução dos serviços;

Serviços de demolição, remoção/relocação de obstáculos, postes, poços de visitas, muros e demais elementos que necessitem remoção, ver Planta Construtiva – VOLUME II – PEÇAS GRÁFICAS (MODELOS), para a execução do objeto do projeto são de responsabilidade do município, portanto não podem constar da planilha orçamentária;

Os custos de Administração Local, Canteiro de Obras deverão constar explicitamente na planilha orçamentária, não podendo compor o BDI;

O item Administração Local não deve ultrapassar 5% do valor total da obra;

O item Instalação do Canteiro não deve ultrapassar 4% do valor total da obra;

Em função das características e durabilidade das obras, poderá ser considerado no orçamento o custo de locação de containers ou de imóvel, em substituição a construção

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de barracão de obra. No caso de aluguel de imóvel deverá ser apresentado cotação de preço de pelo menos três imóveis, de preferência emitida por alguma imobiliária ou corretor de imóvel local. Podendo ser substituída por declaração da prefeitura conforme modelo apresentado no ANEXO VIII – FORMULÁRIOS DE ORÇAMENTO;

Quando utilizar a locação de contêiner atentar para a viabilidade de fazer a ligação de energia e de água/esgoto. Por exemplo, os municípios sem rede de esgoto não é viável colocar na planilha “ligação de esgoto”;

Não utilizar como unidade de medida “verbas” ou outras unidades genéricas, assim como utilizar descrições de serviço imprecisas ou genéricas, tais como diversos, despesas gerais ou eventuais;

3.2.2 – Composições de Preços Unitários

A composição de preço unitário define o valor financeiro a ser despendido na execução de uma unidade do respectivo serviço e é elaborada com base em coeficientes de produtividade, de consumo e de aproveitamento de insumos, cujos preços são coletados no mercado. Para as obras custeadas com recursos da União o sistema de referência de custos oficial é o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) ou SICRO.

Quando um serviço a ser orçado não está contemplado na tabela de custos SINAPI o Decreto 7.983/2013 prevê que poderão ser utilizados dados contidos em outra tabela de referência formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal, em publicações técnicas especializadas, em sistema específico instituído para o setor ou em pesquisa de mercado. Ao utilizar composições de preço unitário de outras tabelas de referencia, sempre que possível, aplicar aos coeficientes de mão de obra e insumos desta composição e o custo unitário dos insumos da tabela SINAPI. Utilizar as Tabelas SINAPI locais e na ausência destas, aquelas de maior abrangência. A CEF disponibiliza Tabelas para o Estado da Bahia no site: http://www.caixa.gov.br. A CEF atualiza as cotações em torno do dia 15 de cada mês, sempre com um mês de defasagem. Utilizar, preferencialmente, a tabela com data de publicação mais recente em relação à data de elaboração do orçamento;

a) Mão de Obra

As Leis 12.844/2013 e 13.043/2014 estabelecem a desoneração da folha de pagamento para determinados segmentos da construção civil. Com a medida, o construtor é isentado da contribuição patronal do INSS de 20% sobre a folha de pagamento. Por outro lado, deverá contribuir com uma alíquota de 4,50% sobre a receita bruta, denominada Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB).

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Na elaboração do orçamento deverá ser verificada a opção mais vantajosa para a administração pública considerando o regime de contribuição previdenciária. As tabelas SINAPI e SICRO fornecem os custos unitários considerando os dois regimes de contribuição previdenciária (DESONERADO e NÃO DESONERADO). O comparativo deve ser feito pelo valor global da obra, após a aplicação do BDI. Em função do regime de contribuição previdenciária (DESONERADO e NÃO DESONERADO) e da inclusão ou não dos encargos complementares no custo unitário da mão de obra, as Tabelas SINAPI apresentam quatro opções de valores para a mão de obra. A FIGURA-2 ALTERNATIVAS DE

COMPOSIÇÃO DO CUSTO DA MÃO DE OBRA resume estas opções:

FIGURA - 2 – ALTERNATIVAS DE COMPOSIÇÃO DO CUSTO DA MÃO DE OBRA

b) Encargos Sociais

Os Encargos Sociais são os custos incidentes sobre a folha de pagamentos de salários (insumos de mão de obra assalariada) e têm sua origem na CLT, na Constituição Federal de 1988, em leis específicas e nas convenções coletivas de trabalho. Os valores para mão de obra apresentados na Tabela SINAPI sempre incluem o valor dos Encargos Sociais.

Os percentuais para os Encargos Sociais utilizados nas Tabelas SINAPI são disponibilizados pela CEF no site www.caixa.gov.br/sinapi. Este site apresenta também o detalhamento para a definição desses percentuais tanto para mão de obra horista quanto para a mensalista.

c) Encargos Complementares

Os Encargos Complementares são compostos pelos custos de Alimentação, Transporte, EPI, Ferramentas, Exames Médicos, Seguros e Cursos de Capacitação. O SINAPI disponibiliza em sua base de dados às composições de preço para calculo do valor da mão de obra incluindo os encargos complementares como apresentado na composição a seguir:

REGIME DE CONTRIBUIÇÃO TRIBUTÁRIA

NÃO DESONERADODESONERADO

COM ENCARGOS

COMPLEMENTARES

SEM ENCARGOS

COMPLEMENTARES

COM ENCARGOS

COMPLEMENTARES

SEM ENCARGOS

COMPLEMENTARES

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d) Demais Insumos

Para os demais insumos, materiais, custo horário de equipamentos e locações, também deverão ser utilizados os valores apresentados nas Tabelas SINAPI locais e na ausência destas, aquelas de maior abrangência. A CEF disponibiliza as Tabelas para o Estado da Bahia no site: http://www.caixa.gov.br.

e) Transporte dos Agregados

Em função da variação das distâncias das jazidas em cada localidade, os preços dos agregados apresentados nas Tabelas SINAPI, não contemplam o custo para o transporte destes materiais até o local das obras. Os custos do transporte devem ser incluídos diretamente na planilha de orçamento. Ao selecionar composição de transporte deve ser verificado se a via que será utilizada pelos caminhões é pavimenta, em revestimento primário ou em leito natural, pois as composições de preço unitário constantes da Tabela SINAPI faz esta distinção, a exemplo das composições destacadas da listagem do SINAPI apresentada a seguir:

C L A S S E / T I P O C Ó D I G O S D E S C R I Ç Ã O U N I D A D E C O E F I C I E N T E

SEDI 88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H

INSUMO 6111 SERVENTE H 1,0000

INSUMO 37370ALIMENTACAO - HORISTA (ENCARGOS COMPLEMENTARES)

(COLETADO CAIXA)H 1,0000

INSUMO 37371TRANSPORTE - HORISTA (ENCARGOS COMPLEMENTARES)

(COLETADO CAIXA)H 1,0000

INSUMO 37372EXAMES - HORISTA (ENCARGOS COMPLEMENTARES)

(COLETADO CAIXA)H 1,0000

INSUMO 37373SEGURO - HORISTA (ENCARGOS COMPLEMENTARES)

(COLETADO CAIXA)H 1,0000

COMPOSICAO 88236 FERRAMENTAS (ENCARGOS COMPLEMENTARES) - HORISTA H 1,0000

COMPOSICAO 88237 EPI (ENCARGOS COMPLEMENTARES) - HORISTA H 1,0000

COMPOSICAO 95378CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA SERVENTE (ENCARGOS

COMPLEMENTARES) - HORISTAH 1,0000

CLASSE/TIPO CÓDIGOS DESCRIÇÃO UNIDADE COEFICIENTE

MOVT 72885TRANSPORTE COMERCIAL COM CAMINHAO BASCULANTE 6 M3, RODOVIA EM

LEITO NATURALM3XKM

COMPOSICAO 5811

CAMINHÃO BASCULANTE 6 M3, PESO BRUTO TOTAL 16.000 KG, CARGA ÚTIL

MÁXIMA 13.071 KG, DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 4,80 M, POTÊNCIA 230 CV

INCLUSIVE CAÇAMBA METÁLICA - CHP DIURNO. AF_06/2014

CHP 0,0100

MOVT 72886TRANSPORTE COMERCIAL COM CAMINHAO BASCULANTE 6 M3, RODOVIA

COM REVESTIMENTO PRIMARIOM3XKM

COMPOSICAO 5811

CAMINHÃO BASCULANTE 6 M3, PESO BRUTO TOTAL 16.000 KG, CARGA ÚTIL

MÁXIMA 13.071 KG, DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 4,80 M, POTÊNCIA 230 CV

INCLUSIVE CAÇAMBA METÁLICA - CHP DIURNO. AF_06/2014

CHP 0,0080

MOVT 72887TRANSPORTE COMERCIAL COM CAMINHAO BASCULANTE 6 M3, RODOVIA

PAVIMENTADAM3XKM

COMPOSICAO 5811

CAMINHÃO BASCULANTE 6 M3, PESO BRUTO TOTAL 16.000 KG, CARGA ÚTIL

MÁXIMA 13.071 KG, DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 4,80 M, POTÊNCIA 230 CV

INCLUSIVE CAÇAMBA METÁLICA - CHP DIURNO. AF_06/2014

CHP 0,0067

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3.2.3 - Memória de Cálculo das Quantidades

Os quantitativos apresentados na planilha orçamentária podem variar consideravelmente em função dos critérios adotados para suas medições. O ANEXO VIII – FORMULÁRIOS DE ORÇAMENTO apresenta um roteiro para quantificar os serviços mais comuns nas obras de pavimentação e drenagem de vias urbanas. Deverão ser apresentas as memórias de cálculo das quantidades dos serviços que compõem o orçamento da obra. É importante observar no levantamento de quantitativos se a escolha da unidade de medida para o serviço é coerente com as práticas de mercado e compatível com a Composição de Custo Unitário que será utilizada.

3.2.4 - Cotação de preço

Quando um insumo ou serviço necessário à execução da obra não constar nas tabelas de referência deverá ser realizada a pesquisa de mercado, conforme previsto do Decreto 7983/2013. Na cotação direta com os fornecedores não utilizar os preços cujas datas se diferenciem em mais de 180 dias quando comparadas às demais. A pesquisa de mercado deve conter o mínimo de três cotações de fornecedores distintos. Caso não seja possível obter esse número de cotações, deve ser elaborada justificativa. (Acórdãos 1.266/2011-Plenário, 837/2008-Plenário e 3.219/2010-Plenário). Tal fato pode acontecer, dentre outros motivos, em decorrência de condições e características inerentes ao objeto, ou mesmo dificuldades quanto ao modo de fornecimento do bem ou prestação do serviço. A partir das cotações obtidas, deve-se realizar algum tratamento estatístico sobre os valores coletados para se obter um custo referencial. Entre outros critérios, pode ser utilizada a média, mediana, moda, primeiro quartil ou valor mínimo dos dados pesquisados. Nesse aspecto, a Instrução Normativa SLTI/MPOG nº 7/2014 dispõe que o resultado da pesquisa de preços será a média ou o menor dos preços obtidos. A cotação de preços dos insumos que não constam da Tabela SINAPI, assim como a cotação de aluguel de imóvel deverão seguir os modelos apresentados neste guia. Ver ANEXO VIII – FORMULÁRIOS DE ORÇAMENTO.

3.2.5- Cronograma Físico- Financeiro

O cronograma físico financeiro deve ser apresentado seguindo o modelo apresentado no ANEXO VIII-FORMULÁRIOS DE ORÇAMENTO.

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3.2.6 - Composição do BDI

O conceito de BDI – Bonificações e Despesas Indiretas foi definido pelo TCU como “um percentual aplicado sobre o custo para chegar ao preço de venda”. O Acórdão 2.622/2013 - Plenário estabelece as faixas referenciais para a os percentuais de BDI a serem utilizadas nos orçamentos elaborados para obras custeadas com recursos do OGU. Na TABELA 1 – VALORES REFERENCIAIS DE BDI constam os percentuais estabelecidos pelo TCU para obras de infraestrutura e que deverão ser observados para os orçamentos para as obras objeto de contratos de repasse.

TABELA 1 – VALORES REFERENCIAIS DE BDI

Os tributos federais seguem a legislação em vigor, COFINS, 3,00% e PIS, 0,65%. O ISS varia de acordo com o código tributário de cada município. O valor a ser considerado no orçamento deve ser compatível com o informado na Declaração de Alíquota e Base de contribuição de cada município. O modelo da declaração de Alíquota e Base de Cálculo do ISS consta do ANEXO III – Modelo de Declarações e Anuências.

1º Quartil Médio 3º Quartil

Administração Central (AC) 3,80% 4,01% 4,67%

Seguro e Garantia (S+G) 0,32% 0,40% 0,74%

Risco (R) 0,50% 0,56% 0,97%

Despesas Financeiras (DF) 1,02% 1,11% 1,21%

Lucro (L) 6,64% 7,30% 8,69%

Impostos** (soma dos itens abaixo)

COFINS

PIS

ISS*** (Calculado acima)

CPRB 4,50% 4,50% 4,50%

Conforme Legislação específica.

Sub-total (%)

DESCRIÇÃOVALORES DE REFERÊNCIA - %