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Sumário

Idade Moderna/História Moderna ............................................................................................ 3

As Grandes Navegações....................................................................................................... 5

Pioneirismo Português .................................................................................................. 7

Mercantilismo ......................................................................................................................... 11

O Estado Absolutista ............................................................................................................... 13

Teóricos Do Absolutismo ........................................................................................................ 14

Colonização Da América .................................................................................................... 16

Renascença – Séculos Xiv Ao Xvi ......................................................................................... 19

Renascimento Científico ..................................................................................................... 26

Iluminismo – Século Xviii ......................................................................................................... 33

Fisiocratas E Liberalismo ................................................................................................... 35

Independência Dos Eua...................................................................................................... 38

Revolução Industrial ................................................................................................................. 41

Socialismo Utópico ............................................................................................................... 47

Socialismo Cristão ................................................................................................................ 48

Socialismo Científico Ou Dialético ..................................................................................... 49

Anarquismo ........................................................................................................................... 49

Guerra Da Secessão ............................................................................................................ 50

Unificação Italiana ................................................................................................................ 54

Unificação Alemã .................................................................................................................. 56

Independência Na América Espanhola ................................................................................. 58

Cronologia Das Independências: ....................................................................................... 59

História Do Brasil .................................................................................................................. 61

Brasil Pré – Colonial ............................................................................................................. 61

Capitanias Hereditárias ....................................................................................................... 63

Governos Gerais ................................................................................................................... 64

Invasões Holandesas No Brasil ......................................................................................... 66

Entradas E Bandeiras .......................................................................................................... 68

A Ocupação Do Sul .................................................................................................................. 70

Administração Pombalina .................................................................................................. 71

O Brasil Colônia E A Mão-De-Obra Escrava. .............................................................. 76

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Rebeliões Nativistas ............................................................................................................. 77

Transferência Da Corte Portuguesa Para O Brasil ............................................................. 83

Primeiro Reinado ...................................................................................................................... 89

Reconhecimento Da Independência ................................................................................. 89

Constituição Da Mandioca .................................................................................................. 90

Constituição De 1824 ........................................................................................................... 91

Abdicação De Pedro I .......................................................................................................... 94

Regências .................................................................................................................................. 95

Rebeliões Regenciais ........................................................................................................... 98

Retorno Dos Liberais Ao Poder ...................................................................................... 105

Política De Conciliação ...................................................................................................... 106

A Era Mauá ............................................................................................................................ 107

Imigração ................................................................................................................................. 108

Colonos No Rio Grande Do Sul ........................................................................................... 109

A Queda Do Segundo Império ............................................................................................. 112

Material De Apoio ............................................................................................................... 117

Exercícios De História ....................................................................................................... 118

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ETAPA 2

Fonte: http://cinemahistoriaeducacao.files.wordpress.com/2011/04/davinci.jpg

IDADE MODERNA/HISTÓRIA MODERNA

O termo Idade Moderna, apesar de identificar algo novo ou atual, não se

refere aos nossos tempos, ao século XXI. Ele se refere, historicamente, ao

período compreendido entre os séculos XV e XVIII e foram os europeus desse

tempo que se autodenominaram modernos.

Para alguns historiadores, a Idade Moderna foi um grande período de

transição do mundo medieval feudal para o mundo capitalista e burguês, o qual

se inaugurou entre o fim do século XVIII e início do século XIX.

Assim, na chamada Idade Moderna, coexistiram permanências do mundo

medieval e elementos que formaram as bases do sistema capitalista. A

economia agrária, a persistência das relações de servidão, os privilégios da

nobreza, os valores sociais baseados na tradição, no sangue, e a apropriação

privada do Estado eram aspectos do mundo medieval. Mas, paralelamente,

profundas transformações sociais e culturais ocorriam nesse período de

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transição: mudaram as relações entre os diferentes grupos sociais, as visões

do mundo e as crenças, outras formas de trabalho, de poder.

A Idade Moderna não era essencialmente capitalista e já não era mais

medieval. Mas nada disso aconteceu de repente; os elementos típicos do

feudalismo ainda persistiram, com maior ou menor intensidade e durabilidade,

nas diferentes regiões da Europa, mas as mudanças foram atingindo todos os

campos e trazendo a modernidade.

Mas o que significava ser moderno naquela época?

Ser moderno, segundo os intelectuais dos séculos XV e XVI, era estar em

sintonia com os avanços das ciências e das novas mentalidades.

Era, portanto, não mais acreditar apenas na transcendência, ou seja, na

divindade, mas também na materialidade e individualidade do ser humano;

concebê-lo, enfim, como um ser que possui sonhos, desejos e paixões.

Havia um lugar para Deus naquele mundo, mas o homem agora exigia

também o seu espaço de liberdade para aprender, crescer, enriquecer,

descobrir novas verdades.

A cidade foi o cenário ideal de todas essas transformações. Ali, as

pessoas sentiam-se fortes e livres para alterar o rumo das próprias vidas, longe

da servidão do campo. Ali era possível acompanhar, a cada dia, o ritmo das

mudanças que iam se acelerando, ganhando um novo dinamismo.

Para o homem moderno, sentindo-se no centro de todas as coisas, até o

tempo parecia correr mais depressa, ao contrário daquela visão quase estática

do Período Medieval. Tudo agora parecia possível e realizável.

Constituem aspectos fundamentais desse mundo moderno os processos

de formação dos Estados Nacionais e do absolutismo real: o Renascimento

Cultural e as reformas religiosas; a expansão do comércio e das manufaturas e

a formação de impérios coloniais europeus com a expansão marítima.

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Fonte:

http://antigo.rainhadapaz.com.br/projetos/historia/linha_tempo/moderna/renascimento/textos/esquema/esquema.gif

AS GRANDES NAVEGAÇÕES

Fonte: http://historiacem01.weebly.com/4-bim1.html

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No final da Idade Média, o mundo que os europeus conheciam resumia-

se ao Oriente Médio ao norte da África e às Índias, nome genérico pelo qual

designavam o Extremo Oriente, isto é, leste da Ásia.

Grande parte dos europeus conhecia apenas o Extremo Oriente por meio

de relatos, como o do viajante veneziano Marco Polo, que partiu de sua cidade

em 1271, acompanhando seu pai e seu tio em uma viagem àquela região.

A América e a Oceania eram totalmente desconhecidas pelos europeus.

Mesmo as informações de que os europeus dispunham sobre muitas das

regiões conhecidas eram imprecisas e estavam repletas de elementos

fantasiosos.

Durante os séculos XV e XVI, exploradores europeus, mas principalmente

portugueses e espanhóis, começaram a aventurar-se pelo “mar desconhecido”,

isto é, pelo Oceano Atlântico e também pelo Pacífico e Índico dando início à

chamada Era das Navegações e Descobrimentos Marítimos.

Fonte: http://historiacem01.weebly.com/4-bim1.html

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Os objetivos

No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias

(pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer

aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes

produtos. Com acesso aos mercados orientais - Índia era o principal - os

burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente.

O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o

Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para

as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha

desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também

lucrar com este interessante comércio.

Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era

a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso

para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não

encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste

empreendimento, pois significaria novos fiéis.

Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande

parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio,

poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos.

Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época.

Pioneirismo português

Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a

uma série de condições encontradas neste país ibérico. A grande experiência

em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal.

As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período,

eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal

contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da

burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio

poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos

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náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo um centro de

estudos: a Escola de Sagres.

O processo da expansão marítimo português conjugava os interesses dos

nobres (que buscavam conquistar terras) e da burguesia (ávida por ampliar

seus ganhos).

Cronologia das Conquistas Portuguesas

Em1415 conquistaram Ceuta no Marrocos

Em 1425 conquistaram Ilha da Madeira

Em 1427 conquistaram Açores

Em 1434 conquistaram Guiné e Cabo Bojador.

No reinado de D.João II (1481 – 1495), Bartolomeu Dias dobrou o cabo

da Boa Esperança (1488) e Vasco da Gama chegava finalmente em Calicute

na Índia (1498).

Expansão Marítima Portuguesa

Centralização do poder político nas

mãos do Rei

Nobres ociosos em Portugal, buscam

terras e honra

Monopólio comercial com o Oriente em mãos

dos italianos.

Burguesia forte, aliada do rei –

Revolução de Avís – l385

Portugal banhado por dois mares,

Oceano Atlântico e Mar Mediterrâneo.

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Os portugueses ambicionavam chegar à Índia, terra das especiarias, fonte

de riquezas dos comerciantes italianos de Gênova, Milão e outros centros

comerciais, até então nas mãos de italianos que detinham o controle da

navegação pelo Mar Mediterrâneo.

Os portugueses se valendo do Oceano Atlântico chegavam à mesma

região das especiarias, esse feito dos portugueses foi resultante da

combinação de forças entre o rei e a burguesia, apoiados pela igreja e pela

nobreza.

Em 1492 Cristovão Colombo chegava à América a serviço dos reis de

Espanha, marcando o início do processo de colonização do continente

americano pelos europeus, no Haiti.

A chegada dos espanhóis na América gerou atritos diplomáticos entre a

Espanha e Portugal, a cerca da posse das novas terras, o primeiro tratado a

respeito dos domínios americanos foi a Bula Intercoetera determinada pelo

Papa Alexandre IV (1493), porém Portugal não aceitou a determinação devido

ao fato do Papa ser espanhol e haver prejudicado Portugal.

Em 1494, foi assinado o Tratado de Tordesilhas que estabelecia:

“As terras que estiverem a 370 léguas da Ilha da Madeira, serão

propriedade de Portugal, as demais serão da Espanha”. Assim chegava-se a

um acordo entre as duas metrópoles europeias a cerca das colônias na

América

Em 1500 Pedro Álvares Cabral chegava ao Brasil e estabelecia a

posse da terra em nome de Portugal, isso ficou conhecido como

“achamento”. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta",

Cabral continuou o percurso em direção às Índias.

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Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal

potência econômica da época.

Fonte:http://mariliacoltri.blogspot.com.br/2012/08/grandes-navegacoes-e-expansao-maritima.html

Navegações Espanholas

A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste

período, tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência.

Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a

África, os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês

Cristovão Colombo, financiado pela Espanha, pretendia chegar às

Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas

partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo

tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém

desconhecia a existência do continente americano. Chegou em 12 de

outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber que tinha

atingido um novo continente. Foi somente anos mais tarde que o

navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo um

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continente ainda não conhecido dos europeus. Em contato com os

índios da América ( maias, incas e astecas ), os espanhóis começaram

um processo de exploração destes povos, interessados na grande

quantidade de ouro. Além de retirarem as riquezas dos indígenas

americanos, os espanhóis destruíram suas culturas.

MERCANTILISMO

Podemos definir o mercantilismo como sendo a política econômica

adotada na Europa durante o Antigo Regime. O governo absolutista

interferia muito na economia dos países. O objetivo principal destes

governos era alcançar o máximo possível de desenvolvimento

econômico, através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade

de riquezas dentro de um reino, maior seria seu prestígio, poder e

respeito internacional.

Podemos citar como principais características do sistema

econômico mercantilista :

Metalismo: o ouro e a prata eram metais que deixavam uma

nação muito rica e poderosa, portanto os governantes faziam de tudo

para os acumular. Além do comércio externo, que trazia moedas para a

economia interna do país, a exploração de territórios conquistados era

incentivada neste período. Foi dentro deste contexto histórico que a

Espanha explorou toneladas de ouro das sociedades indígenas da

América como, por exemplo, os maias, incas e astecas.

Industrialização: o governo estimulava o desenvolvimento de

indústrias em seus territórios. Como o produto industrializado era mais

caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, exportar

manufaturados era certeza de bons lucros.

Protecionismo Alfandegário: os reis criavam impostos e taxas

para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era

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uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de

moedas para outros países.

Pacto Colonial: as colônias europeias deveriam fazer comércio

apenas com suas metrópoles. Era uma garantia de vender caro e

comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa.

Dentro deste contexto histórico ocorreu o ciclo econômico do açúcar no

Brasil Colonial.

Balança Comercial Favorável: o esforço era para exportar mais

do que importar, desta forma entrariam mais moedas do que sairiam,

deixando o país em boa situação financeira.

Fonte: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4399/1/ABSOLUTISMO-E-

MERCANTILISMO/Paacutegina1.html

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O ESTADO ABSOLUTISTA

Transformações ocorridas no final da Idade Média:

- Peste Negra;

- Guerra dos cem 100 anos;

- Cruzadas e a abertura do Mar Mediterrâneo ao comércio Ocidental pelos

europeus;

- Crescimento da burguesia e das cidades;

- Enfraquecimento da nobreza;

- Renascença resgatando o homem e a vida terrena;

- Reformas religiosas, enfraquecimento do poder católico sobre a Europa;

- Grandes Navegações, contato com outras culturas;

- Centralização do poder político nas mãos do rei, Portugal, França,

Inglaterra.

Diante destas transformações, que marcaram o início da Idade Moderna,

era necessário o poder político centralizado, para garantir a continuidade das

mudanças em curso, assim surgiram os teóricos do poder absoluto dos reis,

intelectuais, que defendiam o completo controle e poder do rei sobre seus

súditos.

A nobreza havia perdido força e prestígio ao longo dos anos finais da

Idade Média, assim como seus soldados, que passaram a compor o exército

nacional submetido à autoridade do rei. Na França, a igreja católica foi

submetida à autoridade do rei, baseado no princípio de Nação submetida a

uma única autoridade: o rei.

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TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO

- Nicolau Maquiavel (1469- 1527) – Escreveu obras em que critica as

divisões e lutas que dilaceraram a Itália: Mandrágora, Discursos sobre a

Década de Tito Lívio e O Príncipe.

Maquiavel defende a centralização

do poder nas mãos dos reis “todos

os fins justificam os meios, os

interesses do Estado devem

sobrepor-se a tudo e a todos”. “Na

política não há ética moral ou

religiosa, há uma ética própria, onde

tudo é válido para garantir o poder”.

Fonte:

http://digitalblue.blogs.sapo.pt/602036.html

- Thomas Hobbes (1588 – 1619) - Em sua obra Leviatã, defende o

princípio de que o Estado deve ser o detentor da autoridade absoluta sobre a

sociedade civil, pois segundo Hobbes, “o homem é o lobo do próprio homem”,

assim - para evitar o caos - é necessário que o Estado detenha todos os

poderes em suas mãos.

- Jacques Bossuet (1627 – 1704) - Autor de Política Resultante da

Sagrada Escritura, apresenta o direito divino dos reis, isto é: “o poder dos reis

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emana de Deus”, assim rebelar-se contra o rei é o mesmo que se rebelar

contra Deus.

- Jean Bodin (1530 – 1596) - Autor de A República, onde segundo esse

teórico, a autoridade do rei não pode ser partilhada, o rei não deve sofrer

restrições de nenhuma outra instituição política, social ou eclesiástica, pois sua

autoridade emana das leis de Deus.

- Hugo Grotius (1583 – 1645) - Escreveu o Direito da Paz e da Guerra,

onde defende o poder ilimitado do rei sobre a sociedade, sem o qual não

haveria paz, mas sim turbulência política e lutas intermináveis pelo poder.

A consolidação do poder absoluto dos reis contou com o apoio

incondicional da burguesia, que tinha a necessidade de uma autoridade forte e

centralizada capaz de submeter os nobres e a igreja, e assim criar as

condições para o desenvolvimento comercial livre das restrições feudais.

Os nobres falidos vão

formar o grupo palaciano (a

corte), dependendo dos

favores do rei, que os

recebe e doa cargos

administrativos a esses

nobres, agora dóceis e

obedientes à autoridade

legítima do rei.

Fonte: http://professor-romeu.zip.net/

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COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA

As grandes navegações pelo Atlântico iniciadas pelos portugueses e

seguidas pelos espanhóis, e posteriormente pelos franceses, holandeses e

ingleses, foram inicialmente voltadas para o Oriente, terra das especiarias.

Posteriormente foram direcionadas para a América, devido a descoberta de

ouro no México e depois prata na Bolívia, o que atiçou a corrida colonial dos

europeus para a América.

Colonização Espanhola

Os espanhóis ocuparam toda a América de sul, à norte. Com a

descoberta de ouro no México e prata no Peru, esses pontos passaram a ser o

centro de dominação espanhola durante os séculos XVI e XVII.

A produção colonial foi organizada com mão de obra indígena,

explorando-a de duas formas distintas:

A mão de obra escrava africana na América espanhola ocorreu no Caribe,

onde foi introduzida a escravidão negra para produzir tabaco, algodão e

açúcar.

Organização social da América Espanhola

Chapetones – eram os espanhóis, nascidos na Espanha, ocupavam os

principais cargos administrativos e clericais da colônia;

Criollos – filhos de espanhóis, nascidos na América, grandes

fazendeiros, comerciantes, mineradores, elite intelectual da colônia;

Mestiços – ocupavam cargos intermediários entre os criollos e os índios,

como capataz de uma fazenda de criollo;

1)Mita – índios sorteados na tribo para trabalhar 4 meses nas minas em troca de um salário miserável.

2)Encomienda – índios caçados em tribos distantes, que eram entregues ao colonizador com a função de educá-los, mas os índios passavam a trabalhar como servo nas fazendas e minas.

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Índios – maioria da população, eram explorados e massacrados pelos

colonizadores, os índios eram vistos como animais pelos espanhóis;

Negros – usados nas Antilhas e Caribe, eram a mão de obra em regiões

onde o índio já havia sido dizimado (Cuba, Haiti e São Domingos).

Organização Política e Administrativa da Colônia

Adelantados – Concessões de grandes áreas de terra aos nobres

espanhóis com a missão de colonizar e tornar produtivas suas terras.

Casa de Contratação – Órgão oficial da coroa, com a função de

centralizar a administração e submeter os Capitães Adelantados ao poder do

rei, estabelecidas em Sevilha (1503) e Cádiz (1777), exerciam o controle sobre

o porto único, porto por onde deveriam entrar todas mercadorias trazidas da

América.

Vice-Reino – órgão administrativo com a função de controlar o

contrabando, estava submetido ao Conselho das Índias na Espanha. A

América espanhola foi dividida em 4 Vice–Reinos e 4 Capitanias Gerais, todos

ligados ao governo da Metrópole.

Cabildos e Ayuntamientos – eram Câmaras Municipais, formadas pelos

Criollos, encarregados da administração de vilas e cidades.

Todo o processo de colonização da América ocorreu dentro do sistema

Mercantilista, onde as áreas coloniais produziram artigos tropicais

complementares à economia da Metrópole. Ex: cacau, açúcar, tabaco, ouro

etc.

Colonização Inglesa da América do Norte

O processo de ocupação colonial inglês na América foi retardado devido

as guerras internas, assim como as lutas religiosas, que trouxeram os

Puritanos, expulsos da Inglaterra a se instalarem no norte, onde fundaram a

colônia Nova Inglaterra, no atual estado de Massachusetts, em 1620.

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O processo colonial inglês na América ocorreu de forma distinta em

relação aos sistemas português e espanhol, os ingleses adotaram dois

sistemas muito específicos:

Colônias do Norte ou Colônias de Ocupação:

Formadas por puritanos e outras religiões protestantes, exilados da

Europa, se constituíram de pequenos grupos, produzindo para o autossustento,

que logo passaram a produzir artigos manufaturados. Essas colônias tinham

autonomia administrativa e escolhiam seus administradores entre os colonos. A

coroa inglesa não tinha interesse comercial neste local.

Colônias do Sul ou Colônias de Exploração:

Desenvolveram-se dentro do sistema de Plantation, com mão de obra

escrava negra, produzindo produtos complementares à economia da Inglaterra,

como: algodão, tabaco, açúcar e anil. No sul, a produção se enquadrava dentro

do Sistema Mercantilista.

Colonização Francesa na América

Os franceses iniciaram o processo colonial da América só depois de

resolvidos os conflitos religiosos entre católicos e huguenotes (calvinistas

franceses), assim em 1605 fundaram Port Royal e em 1608 fundaram Quebec

no Canadá.

Todo o processo colonial francês foi coordenado pelos ministros Colbert e

o Cardeal Richelieu (1° ministro). Em 1648 foram enviados 4.000 colonos

católicos para o Canadá. Os protestantes foram proibidos de vir para a

América, com essa medida político–religiosa o governo afastou os colonos com

mais capital e condições de desenvolver a colonização.

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O Canadá não oferecia boas condições climáticas, os colonos desceram

para o sul na busca de terras mais quentes, ocupando terras pertencentes à

coroa inglesa, onde fundaram a Luisiana, gerando choques com os ingleses,

que resultaram nas guerras inter–coloniais:

RENASCENÇA – Séculos XIV ao XVI

Renascimento Cultural

O renascimento cultural surgiu dentro das universidades, com o estudo da

cultura greco-romana, o que desenvolveu uma mentalidade de crítica à cultura

feudal de caráter teocêntrico.

Foi um movimento que caracterizou a transição do feudalismo para a

idade moderna no campo intelectual e artístico, assim observamos que a

cultura renascentista por mais que tenha buscado valorizar o homem

(antropocentrismo) nunca foi um movimento pagão ou ateu, isso fica claro nas

obras, que embora apresentem um caráter dessacralizado, tem como temas

motivos religiosos.

Origens da Renascença

Decadência do sistema feudal - peste negra, rebeliões camponesas,

centralização do poder político, sujeição da igreja ao Estado (França), falência

da nobreza

Cruzadas - crescimento das cidades e da burguesia, economia monetarizada

Escolas Laicas - fora do controle da igreja

Êxodos de Intelectuais Bizantinos - contato com outras culturas; árabe e

bizantina

Desenvolvimento Científico

Invenção da Imprensa – tipógrafo de Gutenberg

A Renascença foi um movimento urbano, onde o desenvolvimento de

uma nova cultura se opunha aos valores feudais ultrapassados.

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A Itália foi o centro e o iniciador desse movimento que ganhou força com

a burguesia como maior agente criador e difusor da nova cultura.

Nas ricas cidades italianas de Gênova, Pisa, Florença, Milão, Veneza e

Roma, onde haviam grandes mercadores ligados ao comércio com o Oriente

pelo Mar Mediterrâneo, se desenvolveu a renascença italiana.

Assim a burguesia rica passa a patrocinar o trabalho dos artistas

renascentistas como forma de impor seus valores estéticos e culturais, esses

patrocinadores ficaram conhecidos como Mecenas.

Renascença Feudalismo

Antropocentrismo Teocentrismo

Individualismo Coletivismo

Razão Fé

Humanismo Espiritualismo

Apego à Vida Fatalismo

Urbano Rural (feudo)

Artistas da Renascença

Giotto – São Francisco Pregando aos Pássaros, Lamento ante Cristo

Morto.

Petrarca – De África, Odes à Laura.

Giovanni Boccaccio – Fiametta, Filiastro e Decameron.

Massaccio - Expulsão de Adão e Eva do Paraíso, Tributo, Distribuição de

Esmolas por São Pedro e Histórias de Ananias.

Sandro Botticelli - Nascimento da Vênus, Alegoria da Primavera, Fallade

e o Centauro.

Leonardo da Vinci - Gioconda (Monalisa), Santa Ceia e Virgem das

Rochas.

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Nicolau Maquiavel - O Príncipe, História de Florença, Discurso sobre a

primeira década de Tito Lívio, Arte da Guerra e Mandrágora.

Rafael Sanzio - Escola de Atenas, Madona Sistina, Retrato de Leão X e

Os Cardeais.

Michelangelo – Capela Sistina, Juízo Final (pintura), Moisés, David,

Escravo acorrentado e Pietá (escultura) e Cúpula da Igreja de São Pedro

(arquitetura).

Donatello – (escultura) Condottiere Gattamelata e David Sobre Golias

Morto.

Renascença Fora da Itália

Com o desenvolvimento das grandes navegações pelo Oceano Atlântico,

a Itália perde sua hegemonia de comércio com a Índia e o Oriente, passando a

sofrer a concorrência de outros países europeus, com isso os mecenas

italianos abandonam a proteção e o financiamento dos artistas. Por outro lado

a Renascença ganha expressão nos demais países burgueses, pois a

renascença só se desenvolveu em países burgueses.

Holanda

Brueguel – O Alquimista, Banquete Nupcial e Os Cegos.

Jeronimus Bosh – As Tentações de Santo Antão, Carroça de Feno,

Jardim das Delícias e A Nave dos Loucos.

Jann e Hubert Der Weyden – O Casal Arnolfi.

Rogier Van Der Eyck – A Descida da Cruz.

Rembrandt - Bom Samaritano e Lição de Anatomia.

Erasmo de Rotherdan – Elogio da Loucura, Adágios e Colóquios.

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Espanha

El Greco - O Enterro do Conde de Orgas, Pentecostes.

Tirso de Molina - Don Juan (teatro).

Miguel de Cervantes – Don Quixote de La Mancha.

Velásquez – As Fiandeiras, As Meninas, Rendição de Breda e Os

Bêbados.

Portugal

Gil Vicente – Auto da Visitação, Auto dos Reis Magos (teatro).

Luis Vaz de Camões – Os Lusíadas.

França

François Rabelais – Gargântua e Pantagruel.

Michel de Montaigne – Ensaios.

Inglaterra

Thomas Morus – Utopia.

Francis Bacon – Nova Atlântida, Novum Organum.

William Shakespeare – Romeu e Julieta, Macbeth, Hamlet, Júlio César,

Sonhos de uma Noite de Verão, Rei Lear, Otelo e Henrique VI (teatro).

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A Arte Renascentista

Na medida em que o Renascimento resgata a cultura clássica, greco-

romana, as construções foram influenciadas por características antigas,

adaptadas à nova realidade moderna, ou seja, a construção de igrejas cristãs

adotando os padrões clássicos e a construção de palácios e mosteiros

seguindo as mesmas bases.

Arquitetura

Os arquitetos renascentistas

perceberam que a origem de construção

clássica estava na geometria euclidiana,

que usava como base de suas obras o

quadrado, aplicando-se a perspectiva,

com o intuito de se obter uma

construção harmônica. Apesar de

racional e antropocêntrica, a arte

renascentista continuou cristã, porém as

novas igrejas adotaram um novo estilo, caracterizado pela funcionalidade e -

portanto - pela racionalidade, representada pelo plano centralizado, ou a cruz

grega. Os palácios também foram construídos de forma plana tendo como base

o quadrado, um corpo sólido e normalmente com um pátio central,

quadrangular, que tem a função de fazer chegar a luz às janelas internas

Escultura

Pode-se dizer que a escultura é a forma de

expressão artística que melhor representa o

renascimento, no sentido humanista. Utilizando-se

da perspectiva e da proporção geométrica,

destacam-se as figuras humanas, que até então

estavam relegadas a segundo plano, acopladas às

paredes ou capitéis. No Renascimento a escultura

"Praça do castelo de

Vigiano" Bramante --

Lombardia, Itália

"Estátua Equestre"

Donatello -- Piazza

do Santo, Pádua

“Busto de Lourenço de

Médicis" Michelangelo

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ganha independência e a obra, colocada acima de uma base, pode ser

apreciada de todos os ângulos.

Dois elementos se destacam: a expressão corporal que garante o equilíbrio,

revelando uma figura humana de músculos levemente torneados e de

proporções perfeitas; e as expressões das figuras, refletindo seus sentimentos.

Mesmo contrariando a moral cristã da época, o nu volta a ser utilizado

refletindo o naturalismo.

Encontramos várias obras retratando elementos mitológicos, como o

Baco, de Michelangelo, assim como o busto ou as tumbas de mecenas, reis e

papas.

Pintura

Duas grandes novidades

marcam a pintura renascentista: a

utilização da perspectiva, através

da qual os artistas conseguem

reproduzir em suas obras,

espaços reais sobre uma

superfície plana, dando a noção

de profundidade e de volume,

ajudados pelo jogo de cores que

permitem destacar na obra os

elementos mais importantes e

obscurecer os elementos

secundários, a variação de cores

frias e quentes e o manejo da luz permitem criar distâncias e volumes que

parecem ser copiados da realidade; e a utilização da tinta à óleo, que

possibilitará a pintura sobre tela com uma qualidade maior, dando maior ênfase

à realidade e maior durabilidade às obras.

Em um período de ascensão da burguesia e de valorização do homem no

sentido individualista, surgem os retratos ou mesmo cenas de família, fato que

não elimina a produção de caráter religioso, particularmente na Itália. Nos

"Adão de Albrecht

Dürer, Museu do

Prado -- Madri

MONALISA "Monalisa"

de Leonardo da Vinci,

Museu do Louvre - Paris

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Países Baixos destacou-se a reprodução do natural de rostos, paisagens,

fauna e flora, com um cuidado e uma exatidão assombrosos, o que acabou

resultando naquilo a que se deu o nome de Janela para a Realidade.

As obras abaixo são de Antonio Allegri (Corregio) e refletem bem o

espírito do renascimento, caracterizadas por elementos que remontam ao

passado clássico, elementos religiosos e por grande sensualidade, destacando

a perfeição das formas e a beleza do corpo, junto a presença de anjos.

"Danae" Galeria Borghese

"Júpiter e Io"

Kunsthistoric

hes Museum

-- Viena

"Nossa Senhora da

Cesta" national Gallery --

Londres

"Noli me Tangere" Museu

do Prado -- Madri

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RENASCIMENTO CIENTÍFICO

Com o desenvolvimento da arte, da literatura, um grupo de humanistas

partiu para a pesquisa científica, utilizando a experimentação, a observação,

enfim todas os meios disponíveis de sua época para alargar os conhecimentos

a cerca da natureza, do homem e da astronomia.

A ciência avançou com a Renascença, a religião e as crenças medievais

não conseguiam mais apresentar explicações satisfatórias sobre o universo e

as transformações de seu tempo.

Galileu Galilei - lei da queda dos corpos, princípio da inércia, inventou a

luneta.

Nicolau Copérnico - Sistema heliocêntrico

Johann Kepler – movimento dos planetas

Isaac Newton – leis a cerca da difusão da luz e sobre a gravitação

Giordano Bruno – precursor do materialismo e da liberdade de idéias

André Vesálio – escreveu o primeiro livro de anatomia “Sobre a estrutura

do Corpo Humano”

Miguel Servet e William Harvey – circulação pulmonar, pelas artérias,

retorno do sangue ao coração pelas veias.

O Renascimento científico consagrou o método experimental como

caminho para o conhecimento da realidade. O avanço da pesquisa científica

levou o homem de ciência ao empirismo, ao racionalismo nos séculos XVII e

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XVIII, promovendo o avanço tecnológico em diversas áreas, onde não era mais

possível explicar a realidade por meio do misticismo medieval.

REFORMA RELIGIOSA

A reforma religiosa representou a primeira ruptura na hegemonia da

igreja católica europeia, abrindo espaço para o surgimento de novas religiões

cristãs.

Fatores da Reforma:

A centralização política, os reis não aceitam a supremacia católica

dentro de seus estados nacionais (França).

Desenvolvimento da burguesia, que passa a rejeitar o princípio de “justo

preço”, estabelecido pelo Tomismo (São Tomás de Aquino), que condenava o

lucro dos banqueiros e dos comerciantes.

A cultura renascentista de valorização do homem e do individualismo

desenvolvido pela burguesia entra em choque com os fundamentos católicos.

A ambição dos nobres feudais sobre terras da igreja, a maior detentora

de terras na Europa.

Religiosos germânicos ressentiam-se do autoritarismo praticado pelos

abades italianos.

Comportamento imoral da igreja.

Venda de indulgências e relíquias sagradas, prática considerada

mundana por algumas ordens religiosas.

A reforma religiosa representou uma resposta teológica às

transformações políticas, sociais e econômicas de seu tempo.

Reforma Luterana - Alemanha

A Alemanha era uma região feudal e atrasada em relação à Itália e à

Espanha no século XVI, uma reunião de 27 estados governados pelo Sacro

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Império Romano – Germânico, cujo rei Carlos V era espanhol, os nobres

germânicos tinham interesse em afastar o poder político estrangeiro da

Alemanha.

Em l515 o Papa Leão X autorizou a venda de indulgências na Alemanha,

pelo monge Tetzel, com a intenção de arrecadar fundos para construir a

Basílica de São Pedro em Roma.

Martinho Lutero, monge da ordem de Santo Agostinho, iniciou o

movimento de reforma na Alemanha, quando fixou suas 95 teses na catedral

de Wittenberg, repudiando as práticas consideradas

mundanas por Lutero.

Lutero defendia a autoridade dos príncipes e o

direito deles se apoderarem das terras da igreja, isso fez com que um grande

número de cavaleiros e camponeses aderisse a causa defendida por Lutero, os

nobres viam nessa pregação uma forma de se opor ao poder externo (Sacro

Império Romano – Germânico).

Quando surgiram grupos radicais, que defendiam a divisão das terras da

igreja com os camponeses pobres, o caso dos Anabatistas de Thomas Münzer,

Lutero ficou ao lado dos príncipes e incentivou-os a combater os camponeses,

o que resultou em 100 mil camponeses e artesãos mortos, além de Thomas

Münzer, que foi decapitado.

Teses de Wittenberg

Salvação da alma pela fé Negava a autoridade do Papa Negava o culto aos santos Negava a venda de indulgências pela igreja Condenava o celibato clerical Defendia o culto em idioma nacional Defendia a tradução bíblia Defendia o livre arbítrio do homem sobre as escrituras Abolia a confissão com padre Defendia a autoridade dos príncipes

MARTINHO LUTERO

Fonte:

http://educarparacrescer.abril.com.

br/pensadores-da-

educacao/martinho-lutero.shtml

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O Papa condenou Lutero à excomunhão como herege, o imperador

Carlos V do Sacro Império, convocou a Dieta de Worms, exigindo que Lutero

viesse a se retratar, porém Lutero não cedeu, reafirmou as teses de Wittenberg

perante o rei, contando com o apoio dos príncipes e de grande parte da

população do norte da Alemanha, sendo obrigado pelo rei a se fixar na

Saxônia, onde traduziu a bíblia para o alemão.

O rei do Sacro Império proibiu a expansão do luteranismo na Alemanha

na Dieta de Spira (1529), o que levou os príncipes germânicos a organizar a

Liga Smalkalde de caráter militar, passando a lutar contra o rei, sendo por isso

chamados de protestantes.

Para por fim aos conflitos que mergulharam a Alemanha num banho de

sangue, em 1555 foi assinada a Paz dos Augsburgo, onde o novo rei do Sacro

Império, Fernando VII permitiu a liberdade de credo (religião) na Alemanha.

Consequências da Reforma Luterana

Reforçou a autoridade feudal na Alemanha, onde os príncipes haviam

anexado terras da igreja católica, aumentando seus domínios e poder pessoal.

Fortaleceu a burguesia, que suspendeu o envio de dinheiro para Roma.

Favoreceu o desenvolvimento do luteranismo na Escandinávia.

Incentivou a ação de outros reformadores na Europa.

A Reforma na Suíça

A Suíça havia conquistado sua independência em 1499 em relação ao

Sacro Império Romano-Germânico, foi quando o seguidor de Lutero conhecido

como Ulrich Zwinglio radicalizou sua luta, quando passou a defender a

participação popular no governo, o que resultou em guerra entre católicos e

protestantes encerrada em 1531 com a paz de Kappel, que garantia liberdade

de religião no país.

João Calvino, padre francês, perseguido por defender as ideias luteranas

em seu país de maioria católica, refugiou-se na Suíça onde iniciou sua

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pregação e lançou as bases de suas ideias no livro “Instituições da Religião

Cristã”.

O calvinismo, como ficou conhecida a pregação do padre João Calvino,

tem como base as teses luteranas, porém o princípio de predestinação passou

a ser apresentado como uma característica da burguesia, onde Calvino

defende: o lucro, o trabalho, a riqueza, a prosperidade como sinais de Deus

para serem seguidas pelos fiéis.

A burguesia de Genebra, onde iniciou a pregação calvinista, rapidamente

aderiu à nova religião, que se identificava com suas práticas econômicas, pois

Calvino era o único reformador, que justificava a acumulação de capitais como

sinal de predestinação ao reino de Deus.

O calvinismo logo encontrou seguidores fora da Suíça como;

Holanda – Calvinismo

Escócia – Presbiterianos

França – Huguenotes

Inglaterra – Puritanos e Quakers

Na Holanda, o calvinismo foi utilizado para justificar as

lutas de independência em relação á Espanha (1581) de

Felipe II, rei católico e seus Tribunais da Inquisição.

O calvinismo foi a primeira religião capitalista, na

medida em que defendia a riqueza, foi a responsável pela

base teológica que incentivou o desenvolvimento econômico

da burguesia que aderiu essa religião.

Reforma Anglicana – Inglaterra

Na Inglaterra do século XVI, o rei Henrique VIII era um rei Absolutista,

porém o Parlamento era o grande árbitro nacional de questões importantes,

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esse Parlamento era constituído de um grande número de prósperos

burgueses, que se sentiam contrariados em mandar grandes somas em

dinheiro ao Papa em Roma.

Causas da Reforma Anglicana.

A burguesia queria autonomia em relação aos limites impostos pela

igreja católica (censura, justo preço, etc).

Nobres ambicionavam as terras e riquezas da igreja católica na

Inglaterra

O rei Henrique VIII, casado com Catarina de Aragão (espanhola), queria

o divórcio para casar com Ana Bolena.

Nobres e burgueses temiam que a Inglaterra viesse a ser governada

pela Espanha.

Henrique VIII encaminhou seu pedido de divórcio ao Papa Clemente VII,

que o negou, para não perder os benefícios que obtinha da Espanha. Diante da

negação do Papa, o rei da Inglaterra submeteu a votação do Parlamento, os

Atos de Supremacia da Inglaterra, que foram aprovados da seguinte forma:

1) A igreja na Inglaterra seria administrada pelo rei, não cabendo mais se

submeter a autoridade do Papa.

2) Todos os bens materiais como, terras, tributos foram confiscados da

igreja católica, pela coroa da Inglaterra (rei).

3) A nova igreja inglesa, submetida à autoridade única do rei, passa se

chamar Anglicana.

Com a morte de Henrique VIII, subiu ao trono seu filho Eduardo (1547-

1553), que aproximou a igreja Anglicana aos Calvinistas.

Maria Tudor, filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão, tentou

restabelecer o catolicismo no país, período marcado por massacres religiosos

(1553-1558).

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Elizabeth I, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, consolidou a igreja

Anglicana, resultado de elementos católicos e calvinistas (1558-1603).

A reforma anglicana na Inglaterra não seguiu os preceitos teológicos de

outros reformadores, atendeu aos interesses do rei Henrique VIII, à burguesia e

à nobreza que buscavam autonomia em relação as restrições do Papa.

Contra Reforma Católica

A contra reforma católica ganhou forma no Concílio de Trento (1545-l563),

representou a reação da igreja católica diante do crescimento de inúmeras

religiões protestantes por toda a Europa. Os Papas que se destacaram no

processo da contra reforma foram; Paulo II, Paulo IV e Pio V, que passaram a

defender a igreja católica como a única igreja verdadeira de cristo.

Consequências da Contra Reforma Católica

1)Divisão da igreja

2)Fortalecimento dos príncipes protestantes na Alemanha

3)Desenvolvimento da burguesia e do Mercantilismo

4)Guerras religiosas na Europa (1618- 1648)

A contra reforma católica, na medida em que reafirma seus princípios e

negava qualquer verdade nas críticas protestantes, abriu um abismo entre as

igrejas que não aceitam seus dogmas, resultando em guerras e massacres

com justificativa religiosa de ambas as partes.

Assim o Concílio de Trento definiu os dogmas católicos a serem seguidos por

seus fiéis:

Supremacia do Papa Mantém todos os sacramentos condenados pelos protestantes Mantém o celibato clerical Mantém a hierarquia do clero Mantém o culto aos santos, uso de imagens (ícones), venda de indulgências e

obras para a salvação da alma. Criou o Index Prohibitorum Criou os seminários

Cria a Cia. de Jesus – catequese

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ILUMINISMO – Século XVIII

O Iluminismo foi um movimento intelectual desenvolvido ao longo do

século XVIII pela burguesia na Europa, resultante das transformações em

marcha durante esse período.

A burguesia era a classe social rica e culta da Europa, mas permanecia

marginalizada da participação política devido ao sistema Absolutista de

governo, que garantia todos os direitos e privilégios políticos e sociais aos

nobres e à igreja católica.

Outro aspecto que levou a burguesia a buscar mais participação nas

decisões era a permanência do sistema Mercantilista e a intervenção do

Estado na economia, onde os reis determinavam os preços das mercadorias,

os salários a serem pagos, a qualidade dos produtos e os métodos de

produção.

Segundo a burguesia essa intervenção do Estado na economia só evitava

o avanço e o desenvolvimento da própria sociedade.

O que defendiam os pensadores Iluministas?

1)Restrições do poder real sobre a sociedade.

2)Defendiam um governo regido pelos 3 poderes: Executivo, Legislativo e

Judiciário.

3)Liberdade econômica, sem qualquer intervenção do Estado (governo).

4)Igualdade de direitos jurídicos para todos os homens.

5)Restrições aos privilégios da Igreja.

Os iluministas tinham uma crença: a Razão, como única forma do homem

entender a realidade e assim poder transformá-la.

Com o Iluminismo nasceu o Deísmo, isso é: A crença em Deus, mas por

outro lado o ódio à religião e à igreja, que segundo os iluministas era um

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instrumento de controle sobre a sociedade para manter o sistema Absolutista e

a resignação do povo.

Foi na Inglaterra que o Iluminismo ganhou forma e seus primeiros

difusores, o mais conhecido foi o filósofo John Locke.

John Locke – escreveu a obra – Segundo Tratado de

Governo Civil, nesta obra o autor defende os direitos

naturais do homem: a vida, a liberdade e a propriedade.

Quanto ao Estado (governo), este só tem uma função,

garantir o funcionamento da sociedade sem ir contra ela,

portanto para Locke o direito de rebelião do povo contra um

governo tirânico é legítimo, é um direito natural.

Embora o Iluminismo tenha nascido na Inglaterra, foi na França, país

Absolutista, que essa filosofia se desenvolveu e ganhou o maior número de

pensadores.

Montesquieu – escreveu Cartas Persas e Espírito das

Leis, onde sistematizou os limites e atribuições dos 3 poderes:

Executivo, Legislativo e Judiciário. Defendia a ideia segundo o

princípio de equilíbrio entre os três poderes e um governo que

respeitasse esse equilíbrio, teríamos assim uma sociedade

onde haveria liberdade e igualdade para todos.

Voltaire – poeta, dramaturgo e crítico, escreveu muitas obras, mas foi

em Cartas Inglesas, onde critica a igreja, chamada por ele de “a infame”, além

das desigualdades sociais reinantes na França dos reis Bourbon.

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Jean Jacques Rousseau – ao contrário dos demais

iluministas, é um defensor da pequena propriedade e um

crítico da alta burguesia e dos ricos em geral. Rousseau será

o modelo adotado pelos Jacobinos durante a Revolução

Francesa, no período mais radical, conhecido como Terror.

Em sua obra “Do Contrato Social” defende a ideia que o

governante deverá representar a vontade geral da sociedade, segundo o autor

o governante deveria ser escolhido (eleito), assim estaria garantida a liberdade

de escolha.

Essas ideias ganharão seguidores nas camadas populares de Paris, por

serem democráticas.

Jean D´Lambert e Denis Diderot – foram os organizadores da

Enciclopédia, um resumo do pensamento iluminista em todas as áreas do

conhecimento, com 35 volumes, criticava a sociedade e o governo de seu

tempo, foi proibida pelo rei da França, mas continuou sendo editada

clandestinamente.

FISIOCRATAS E LIBERALISMO

As teorias econômicas que surgiram dentro da filosofia Iluminista refletem

os anseios da burguesia do século XVIII e se divide em duas correntes

distintas:

1)Fisiocratas – movimento surgido na França, criticavam o

Mercantilismo e a intervenção do estado no livre jogo da

economia. Os fisiocratas defendiam os agricultores como a única

classe produtiva e a terra como a única fonte de renda permanente.

Os Fisiocratas mais conhecidos foram; Quesnay, Turgot e Gournay, esses

economistas defendiam o seguinte lema; “Deixai fazer, Deixai passar, que o

mundo anda por si”.

2)Liberalismo – desenvolvido por Adam Smith na Inglaterra, considerado

o fundador da economia moderna, era contrário ao Mercantilismo e a qualquer

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forma de controle do Estado sobre a economia. Considerava o trabalho e não a

terra como a verdadeira fonte de riqueza, em sua obra – Riqueza das Nações,

desenvolveu os fundamentos do capitalismo liberal.

Despotismo Esclarecido

Alguns reis absolutistas de países atrasados da Europa na segunda

metade do século XVIII adotaram alguns aspectos do pensamento iluminista,

promoveram algumas reformas em seus países, mas nunca abriram mão de

seus direitos e privilégios, por outro lado essas reformas tinham a intenção de

garantir a gratidão de seus súditos e evitar revoltas contra seus governos

autoritários.

Prússia – Frederico I promoveu reformas como:

Liberdade de cultos

Ensino de primeiro grau obrigatório

Atraiu os jesuítas, que haviam sido expulsos do reino português, para

acelerar o sistema educacional.

Criou o código jurídico padronizado para toda a Prússia

Proibiu a tortura em todo o país

Promoveu reformas para o desenvolvimento industrial

Rússia – Catarina II, quase nada fez além de muito

prometer, a única liberdade aprovada em seu reinado foi a

religiosa.

Áustria – José II

Aboliu a servidão

Garantiu a igualdade de todos perante a lei

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Uniformizou a administração

Liberdade de cultos, controle do Estado sobre as religiões

Direito de empregos aos não católicos

Criou universidades

Os déspotas esclarecidos também ficaram conhecidos como Reis

Filósofos, devido as medidas adotadas por eles em seus governos ou pelos

laços de amizade que mantinham com alguns filósofos iluministas.

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INDEPENDÊNCIA DOS EUA

As 13 colônias, atual EUA, não eram área de interesse da política inglesa

em termos econômicos até século XVIII, foi colonizada no norte por

protestantes radicais, expulsos da Inglaterra e aí passaram a produzir para o

autossustento.

Com o tempo essas colônias tornaram-se concorrentes em relação ao

comércio inglês, aí o início dos choques que resultaram no processo de

independência.

Com o final da Guerra dos 7 anos ( 1756 – 1763) entre Inglaterra e

França, os ingleses saíram vitoriosos e passaram a controlar o Canadá e a

Índia, antigos domínios franceses, mas os cofres ingleses estavam vazios

devido ao esforço de guerra.

Para se recuperar da crise econômica a Inglaterra passou a criar uma

série de impostos e medidas restritivas em relação as suas colônias

americanas.

Decretos ingleses;

Proibição das colônias de produzirem ferro

Proibição das colônias de produzirem tecidos

Taxação de impostos sobre as colônias como; selo, vidro, papel, chá etc.

Limitava a navegação aos limites colônias, para acabar com o comércio

triangular desenvolvido pelas colônias

Proibição da ocupação colonial do Oeste

Sujeição total das colônias ao Pacto Colonial

Centralização da política nas colônias, interventores ingleses como

administradores.

Diante desse clima opressivo os colonos se reuniram em 1774 no

Primeiro Congresso Continental de Filadélfia onde decidiram: “Nenhum imposto

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sem representação”. Os colonos exigiam o direito de ter um representante no

Parlamento inglês.

O rei George III não aceitou o pedido dos colonos alegando que eles

tinham obrigações como colônia em relação à Metrópole (Mercantilismo).

As tensões aumentaram e alguns incidentes levaram ao início da guerra,

como:

- Massacre de Boston, colonos foram mortos por tropas inglesas.

- Colonos jogaram a carga de chá dos ingleses ao mar, como protesto

pela cobrança do imposto do chá.

- O porto de Boston foi fechado pela marinha inglesa.

Diante da intolerância inglesa e a total falta de diplomacia do governo

britânico, em 1775 ocorreu o Segundo Congresso Continental de Filadélfia,

onde foi decidida a guerra pela independência como única solução aos

problemas, George Washington foi destacado para comandar as tropas

americanas contra a Inglaterra.

Em 04 de Julho de 1776, Thomas Jefferson declarou a independência das

13 colônias americanas, que teria de ser conquistada com a guerra.

Benjamin Franklin foi a Paris pedir auxílio à França, os franceses

entraram na guerra em 1780, quando as tropas do Marquês de Lafayete se

encontraram com George Washington no rio Delavare e redefiniram o rumo do

conflito a favor dos colonos.

Em 1781 na batalha de Yorktown os ingleses foram vencidos e afastados

do território americano.

Em 1783, no Tratado de Paris, a Inglaterra reconhecia

formalmente a independência de sua antiga colônia americana,

que passou a chamar-se Estados Unidos da América, além

disso os ingleses entregaram o Senegal para a França e a

Flórida aos espanhóis, que haviam lutado ao lado dos colonos

contra o domínio inglês.

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O novo país surgiu com uma concepção política completamente diversa

da antiga metrópole inglesa, assim os americanos adotaram o seguinte sistema

político administrativo:

República

Presidencialismo

Estabelecimento dos 3 poderes; executivo, legislativo e judiciário

Garantia de Federalismo, autonomia dos estados

Porém as decisões ficavam restritas aos ricos, pois a maioria da

população não teve direitos assegurados, colonos, mulheres, índios e escravos

não foram incluídos na cidadania.

Diante das pressões da sociedade foi criada a

Constituição de 1787, que estabeleceu o direito de

participação política para todo homem branco e livre.

A escravidão continuou, assim como os índios, as

mulheres também não garantiram direitos políticos e os

índios passaram a ser massacrados ou confinados em

reservas sem nenhum tipo de direito.

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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução Industrial, que surgiu na Inglaterra, representou o triunfo da

burguesia, a classe social, que havia chegado ao poder em 1689 com a

Revolução Gloriosa e estabeleceu o sistema de Monarquia Constitucional,

onde o poder do rei passou a ser meramente formal.

Ao longo do século XVIII essa burguesia desenvolveu as condições

necessárias à expansão do sistema produtivo e industrial, consolidando assim

uma nova ideologia de caráter liberal, onde o estado passou a incentivar a

ciência, a pesquisa e o progresso de forma constante.

Origens da Revolução Industrial

O acúmulo de capitais, resultantes do mercantilismo inglês desenvolvido

ao longo do século XVII, quando os ingleses passaram a dominar os mares e o

comércio mundial.

A burguesia forte que controlava o Parlamento e passou a desenvolver

suas ideias econômicas tendo como base o liberalismo, ao contrário da Europa

que permanecia mercantilista.

A condição geográfica da Inglaterra, alheia aos conflitos do continente

europeu.

O acesso às matérias primas ao desenvolvimento do processo industrial,

como: carvão, ferro e algodão.

A mão de obra disponível, resultante dos cercamentos dos campos, que

liberou grande número de camponeses, provocando o êxodo rural.

O aumento populacional em virtude de novas vacinas e de maior

produção de alimentos, melhorias que resultaram na redução de epidemias.

Um mercado consumidor, resultante de:

Abertura de rotas comerciais ligando continentes

Abolição da escravidão ampliando o trabalho assalariado

As independências na América Latina, gerando o contato direto entre

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o fornecedor (Inglaterra) e os consumidores (Repúblicas Latinas).

Incentivo do Estado à pesquisa e a novos inventos para acelerar o

sistema produtivo

Ética protestante que enaltece o trabalho e condena o ócio, incentiva

o processo produtivo como forma de representar um agente transformador na

sociedade, assim estaria cumprindo uma função ditada por Deus (Puritanos).

As primeiras invenções surgidas dentro da Revolução Industrial em sua

fase inicial (1733 – 1860) estavam relacionadas à produção de tecidos,

mineração e transportes.

A Inglaterra conheceu um surpreendente surto de máquinas e

equipamentos que garantiram a passagem de um estágio artesanal para a

indústria e a produção em série de artigos e bens capazes de atender tanto o

mercado interno, quanto o mundo, com produtos “made in England”.

Principais Invenções da Revolução Industrial

Data Invenção Características Inventor

1733 Lançadeira

Volante

Tear manual: produção de tecidos mais

largos.

John Kay

1767 Spinning -

Jenny

Fiandeira mecânica: produção de vários

fios simultâneos

James

Hargreaves

1768 Máquina a

Vapor

Aperfeiçoamento da máquina de T.

Newcomen para bombear água nas minas

de carvão.

James Watt

1769 Water Frame Máquina movida à água, que produzia fios

grossos.

Richard

ArkWrihgt

1779 Mule Combinação da Spinning Jenny com a

Water Frame resultando na produção de

fios finos e resistentes.

Samuel

Crompton

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O desenvolvimento industrial permitiu um avanço nos transportes, na

siderurgia e na indústria de tecidos; aspectos que marcaram a Primeira

Revolução Industrial (1760 – 1860) na cidade de Manchester que passou a ser

conhecida como “a oficina do mundo”.

Todo esse progresso apresentou como resultado uma maior integração

entre o mundo urbano e rural, devido ao desenvolvimento de tecnologia que foi

modernizando também a produção agrícola paralelo ao desenvolvimento

industrial das cidades, desta forma tivemos a consolidação do sistema

capitalista.

A Inglaterra passou a produzir artigos

para todas as classes sociais do mundo,

assim os nobres e burgueses consumiam

têxteis de qualidade e preços altos, assim

como os pobres e escravos da América

vestiam roupas baratas feitas na Inglaterra

ou Escócia.

1785 Tear Mecânico Máquina a vapor adaptada à

produção de tecidos

Edmund

Cartwrigth

1792 Descaroçador

mecânico

Separava o caroço da fibra do

algodão

Eli Whitney

1807 Navio a vapor Mais velocidade nos

transportes marítimos

Robert Fulton

1814 Locomotiva a Vapor Grande impulso nos

transportes terrestres

George

Stephenson

1860 Transformação do

ferro em aço

Acelerou os processos

siderúrgicos

Henry

Bessemer

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Questão Social

O progresso industrial gerou a euforia

dos industriais, banqueiros e burgueses

envolvidos no processo de produção e

circulação das riquezas, geradas ao longo do

século XIX, mas por outro lado haviam os

enjeitados, os deserdados do sistema, o

trabalhador.

A condição do operário dentro da Revolução Industrial era de miséria e

exploração, onde toda riqueza gerada se deu graças a mais cruel degradação

humana em condições terríveis como:

jornadas diárias de trabalho – 16 a 18 horas

Não havia nenhum tipo de benefícios sociais como férias, aposentadoria

etc.

Baixos salários

Exploração do trabalho infantil e feminino pagando salários inferiores

aos dos homens

greves eram reprimidas pela polícia

Locais de trabalho insalubres

faltas e atrasos eram punidas com multas para os adultos e castigos

físicos para as crianças

bairros operários que surgiram junto às fábricas eram imundos, sem

saneamento básico.

doenças, miséria, acidentes e mortalidade faziam parte do cotidiano da

classe operária.

Diante da brutal exploração a que eram submetidos, além dos baixos

salários, os operários conviviam com o avanço tecnológico, onde muitas vezes

eram substituídos por máquinas. Isso resultou no movimento desesperado dos

operários de Manchester, conhecido como Ludismo, em 1813.

Ned Ludman, operário da indústria têxtil de Manchester, percebeu que as

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máquinas (teares) iriam substituir os homens na indústria têxtil, assim

organizou o movimento dos quebradores de máquinas, como forma de garantir

o trabalho aos homens (Ludismo).

O governo inglês fixou leis que puniam com a morte ou exílio aos

quebradores de máquinas, como forma de proteger os empresários e a

burguesia contra a reação dos trabalhadores.

Fases da Revolução Industrial

1)1760 – 1860: Indústria Têxtil, uso de carvão, ferro, algodão e

desenvolvimento da siderurgia.

2)1860 – 1950: Indústria de Diversidades – eletricidade, petróleo, motores

à combustão interna.

3)1950 - até hoje: Indústria microeletrônica, robótica, informatização de

serviços, biotecnologia.

Com a segunda fase da revolução industrial também se desenvolveram

novas formas de acumulação de capitais, quando ocorreram as associações

entre indústria e bancos de investimentos, que resultaram em:

Holdings _ empresas financeiras que passam a controlar as indústrias

pelo controle de suas ações na bolsa de valores.

Trustes _ Grandes empresas que monopolizam a produção de

determinados artigos e assim dominam o mercado.

Cartéis _ Grandes empresas que se associam para evitar concorrência,

definindo preço e áreas de atuação para cada empresa pertencente ao cartel.

A revolução industrial promoveu o desenvolvimento tecnológico, garantiu

a supremacia da burguesia na ordem econômica, consolidou o meio urbano

como o habitat dos trabalhadores e a arena das lutas de classe entre operários

e patrões.

Por outro lado, o crescimento constante do sistema capitalista resultou no

colonialismo afro-asiático e nas bases do mundo contemporâneo com suas

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ideologias político-sociais como o socialismo e o anarquismo no século XIX,

além de promover o surgimento de novas formas de arte como o cinema, tv,

vídeo etc.

A Revolução Industrial que surgiu na Inglaterra no século XVII e se

consolidou ao longo do século XIX, levou ao seu desenvolvimento em outros

países como: Bélgica, França, Alemanha, Japão, EUA e Rússia. Gerando

concorrência econômica, que resultaram na Primeira Guerra Mundial no início

do século XX.

AS TEORIAS SOCIAIS DO SÉCULO XIX

Com o desenvolvimento do capitalismo e da Revolução Industrial, além

dos movimentos políticos e rebeliões que marcaram o século XIX, surgiram as

teorias sociais, que se caracterizaram como críticas a condição dos

trabalhadores.

Essas teorias sociais criticavam a miséria, a exploração a que estavam

submetidos os operários, por outro lado esta condição resultou na riqueza dos

banqueiros e burgueses.

Foi dentro deste panorama de grandes transformações tecnológicas que

surgiram as primeiras obras teóricas e tentativas concretas para encontrar uma

alternativa ao mundo do trabalho e suas desigualdades.

Condições dos trabalhadores:

Jornadas de trabalho de 16 a 18 horas diárias

Baixos salários

Não havia férias

Não havia aposentadoria

Mulheres e crianças ganhavam menos que os homens

Greves e organizações operárias eram reprimidas pela polícia

Bairros operários sem nenhum saneamento, eram imundos e insalubres.

Alcoolismo, prostituição e degradação humana.

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Socialismo Utópico

Corrente de pensadores que identificavam o capitalismo como a origem

de todos os males dos trabalhadores, porém não apresentavam uma solução

eficiente para superar a exploração a que estavam sujeitos os operários, seus

principais representantes foram:

1.Robert Owen – foi o pioneiro entre os socialistas, dono de uma fábrica

de confecções na Escócia, estabeleceu uma colônia entre seus operários com

as seguintes normas:

Jornadas de trabalho de 10 horas

Criou escolas e creches paras as crianças, que não

trabalhavam em suas fábricas

Pagava salários muito maiores que os concorrentes

Criou um sistema de créditos para os funcionários com

juros baixos

Owen foi combatido pelos empresários ingleses, que não pretendiam

favorecer os trabalhadores, acabou emigrando para os EUA, onde tentou

reproduzir o mesmo sistema em Indiana onde fundou a colônia Harmonia, mas

foi impedido pela burguesia americana que também não tinha interesse neste

tipo de concessão aos trabalhadores.

2.Saint Simon – defendia o assistencialismo do Estado, ou seja, o

governo deveria prestar assistência aos operários, a partir dos impostos

cobrados da comunidade.

3.Charles Fourier – defendia a criação dos Falanstérios, comunidades de

até dois mil homens onde haveria um fundo comum, resultante do trabalho de

todos, onde o dinheiro seria distribuído de forma igual entre todos.

4.Joseph Proudhon – defendia uma república de pequenos produtores

independentes e livres de um patrão.

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5.Louis Blanc – Idealizador das Oficinas Nacionais, que segundo Blanc

deveriam ser financiadas pelo Estado, o lucro deveria ser dividido em três

partes:

Uma parte seria para pagar o Estado;

Uma parte seria dividida entre os associados;

Uma parte seria destinada para o amparo aos operários, velhos e

doentes.

Essas ideias e tentativas de superar a miséria dos trabalhadores nunca

conseguiram se impor ou mesmo vigorar por muito tempo, foram impedidas

pela burguesia, interessada em aumentar seus lucros explorando os

trabalhadores de forma brutal.

A exploração da classe operária na Europa do século XIX sempre contou

com o apoio dos governos e das igrejas, que defendiam a conciliação e a

resignação dos operários diante das desigualdades sociais.

Socialismo Cristão

A igreja católica também desenvolveu uma teoria e uma postura diante

das crises geradas no mundo do trabalho, onde cresciam as tensões entre

operários e patrões.

A solução segundo a igreja seria encontrada dentro da conciliação entre

operários e patrões, sem o uso violência.

A doutrina social da igreja ou socialismo cristão ganhou sua forma

definitiva na encíclica Rerum Novarum do Papa Leão XII, que pregava a

conciliação e o fim dos enfrentamentos como greves operárias, ou o uso da

polícia para reprimir as ações dos trabalhadores.

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Socialismo Científico ou Dialético

Teorias desenvolvidas por teóricos como Karl

Marx e Friederich Engels, em obras como “O

Manifesto Comunista”, “O Capital”, segundo esses

teóricos a única saída dos operários para superar a

miséria e a exploração a que estavam submetidos,

seria a luta de classes e o estabelecimento da

ditadura do proletariado, ou seja: a organização

dos trabalhadores em sindicatos, partidos políticos

e toda forma de união de sua classe com a

finalidade de substituir a sociedade capitalista por outra forma, que ele chamou

de sociedade socialista, mais justa, mais humana, assim os trabalhadores

construiriam uma sociedade igualitária.

Max defendia o fim da desigualdade social, mas dizia que isso só seria

possível quando os operários se unissem e lutassem por seus direitos.

As teorias marxistas vão influenciar os movimentos e revoluções mais

radicais do século XX como; Revolução Russa de 1917; Revolução Chinesa de

1949 e Revolução Cubana de 1959.

As teorias marxistas serviram de base para o desenvolvimento dos

partidos socialistas e comunistas no mundo todo.

Anarquismo

Corrente do pensamento político e social, que assim como as diversas

formas de socialismo, também surgiu como teoria durante o século XIX, o

anarquismo foi a mais radical de todas pois pregava o fim de qualquer forma de

poder como: Estado, exército, polícia, religiões e partidos políticos.

Segundo o anarquismo, a sociedade deveria funcionar pela associação

dos indivíduos produzindo para o bem comum.

A teorias sociais surgidas ao longo do século XIX refletem a

efervescência e as tensões que se multiplicavam na Europa, onde as

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transformações tecnológicas e econômicas promoviam mudanças no cotidiano

das pessoas, onde o urbano se sobrepôs ao mundo rural, onde surgiram os

defensores do tecnicismo, da ciência elevada ao status de ícone máximo para

alguns.

Por outro lado haviam os excluídos, que eram os verdadeiros geradores

da riqueza e do avanço tecnológico, os operários.

As várias correntes de anarquismo e de socialismo tinham como fim

apresentar soluções diante das desigualdades sociais criadas pelo capitalismo.

GUERRA DA SECESSÃO (1861 – 1865)

A guerra civil americana, conhecida como guerra da secessão, que levou

ao conflito armado os estados do sul e do norte, resultou do escravismo

defendido pelo sul em oposição ao trabalho livre (assalariado) do norte.

Com a independência consolidada em 1783 no Tratado de Versalhes,

onde a Inglaterra reconhecia oficialmente que sua antiga colônia na América

(os EUA) tornava-se independente, a jovem nação passou a desenvolver uma

política que se caracterizava por:

Isolacionismo em relação aos problemas europeus;

Expansão interna, comprando territórios como a Flórida da Espanha,

Oregon da Inglaterra, ou por meio de guerras, Texas, Califórnia, Utah, Arizona,

conquistados do México.

Na mesma medida em que o país crescia, as regiões do norte, sudeste e

noroeste se desenvolviam dentro do sistema de mão de obra assalariada com

grande expansão industrial, por outro lado os estados do sul permaneciam

agrários, escravistas e atrasados.

O movimento abolicionista cresceu incentivado pelos estados do norte

que buscavam ampliar seu mercado de consumo, onde a escravidão se

apresentava como um entrave a esse projeto. Em 1860 foi criado o Partido

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Republicano no norte do país, que defendia o fim da escravidão, assim como a

criação de barreiras alfandegária aos produtos fabricados nos EUA, essas

ideias ganharam adesão dos estados do sudeste e noroeste, regiões onde a

escravidão não existia.

Assim pode-se dizer que as causas da guerra foram:

Alto desenvolvimento industrial do norte, leste e Noroeste do país;

Estados do sul permaneciam agrários e atrasados;

Norte formado por uma população culta e moderna;

Estados do sul defendiam a permanência do livre comércio, sem taxas

alfandegárias para produtos importados;

Norte defendia as taxas alfandegárias como forma de proteger a

indústria nacional contra a concorrência estrangeira;

Norte defendia a expansão para o oeste com a construção de portos e

estradas de ferro como forma de integrar o país;

Sul defendia a modernização dos portos do sul para garantir o

escoamento de sua produção de algodão e tabaco;

Norte era abolicionista;

Sul era escravista.

Essas divergências eram canalizadas para o

Congresso, que se tornou o palco dessas

desavenças e oposições de interesses políticos das

regiões do país, representados pelos seus

senadores.

Nas eleições de 1860, Abraham Lincoln do Partido Republicano ganhou

as eleições presidenciais e passou a pôr em prática sua política, o que levou o

sul a reagir.

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Em dezembro de 1860 a Carolina do Sul declarou-se desligada da união,

seguida de mais dez estados, que formaram os estados confederados da

América, com capital em Richmond na Virgínia.

A guerra iniciou em 1861 quando as tropas do sul atacaram o forte federal

de Sunter, as operações de guerra se desenvolveram no sul e mantiveram-se

relativamente equilibradas até 1863, quando o Presidente Lincoln aboliu a

escravidão no sul.

Como resultado da abolição, um grande número de negros se alistou

como voluntários nas tropas do norte, fato que mudou os rumos da guerra.

A marinha do norte bloqueou todos portos que poderiam receber armas

no sul, vindas da Europa, o que aniquilou a capacidade de resistência do sul.

Em 09 de abril de 1865 as tropas do norte invadiram Richmond,

obrigando o alto comando do sul a render-se, estava terminada a guerra.

Consequências da Guerra:

Destruição do modelo escravista do sul;

Poder político dos capitalistas do norte se estendeu ao sul;

Desenvolvimento industrial em todo o país;

Construção da maior malha ferroviária do mundo;

Grande marcha para o oeste;

No sul surgiram organizações racistas como a Ku-Klux-Klan, que

passaram a perseguir e matar negros.

A guerra civil desmontou o modelo

escravista do sul, por outro lado não foi

desenvolvido nenhum programa de integração

do ex-escravo a sociedade.

Um grande número de ex-escravos

migrou para outras áreas do país, quer seja

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por fugir da perseguição dos grupos racistas, ou para buscar melhores

condições de vida em regiões mais desenvolvidas.

Os negros americanos só conquistaram direitos civis e igualdade social

em 1964, como resultado das grandes marchas pacifistas do pastor Martin

Luther King.

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UNIFICAÇÃO ITALIANA

Durante o período de dominação napoleônica a Itália havia sido unificada

e entregue ao irmão de Napoleão, José Bonaparte, que governou a Espanha

também dominada pelas tropas francesas.

Com o Congresso de Viena, após a derrota de Napoleão em 1815, o

território italiano foi dividido em sete regiões:

Reino do Piemonte e Sardenha sob o controle da dinastia de Savoia;

Reino das duas Sicílias entregue à dinastia Bourbon;

Reino Lombardo – Veneziano, anexado aos domínios do império

austríaco;

Estados pontifícias entregues ao Papa;

Além de três ducados semi – autônomos.

Nesses reinos e ducados foram restabelecidos os princípios do

Absolutismo como previa o Congresso de Viena, todas liberdades individuais e

qualquer forma de oposição foram reprimidas.

As primeiras tentativas nacionalistas de unificação política ocorreram na

década de 1830, liderados por Giuseppe Mazzini e os carbonários, grupo que

defendia a unificação e a instauração de uma república, porém Mazzini foi

preso e exilado.

A onda revolucionária da década de 1840, iniciada na França, trouxe

novas esperanças de unificação política dentre de princípios nacionalistas.

Mazzini de volta à Itália fundou o grupo paramilitar Jovem Itália e passou

a luta armada contra os austríacos, mas devido ao aspecto violento de suas

ações, não ganhou apoio popular e foi derrotado em 1853, quando fugiu. Essa

revolta foi sufocada pelas tropas da Áustria e França.

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O único reino que mantinha uma constituição liberal era o Piemonte e

Sardenha no norte do país, onde o rei Vitor Emanuel era considerado um

governante moderado, que convivia com ideias contrárias ao Absolutismo.

Com o fim das lutas revolucionárias, o rei Vitor Emanuel nomeou Camilo

Cavour como primeiro ministro do Piemonte e Sardenha, representante do

Partido Moderado, Cavour empreendeu algumas reformas como:

Desenvolvimento industrial do norte;

Construção de ferrovias modernas;

Re-aparelhou o exército do Piemonte;

Ampliação de áreas comerciais do norte;

Buscou apoio militar externo por meio de diplomacia com a França;

Participação na Guerra da Criméia ao lado da França contra a Rússia;

Guerra contra a Áustria, a França apoiou o Piemonte.

Os austríacos foram derrotados em 1859 e assinaram o Tratado de

Zurique que estabelecia os seguintes pontos:

Veneza ficava sob o controle da Áustria;

A Lombardia ficava sob o controle da França;

Toscana, Parma e Módena voltavam a ter reis absolutistas.

Em 1860 Giuseppe Garibaldi comandando um exército dominou o reino

das Duas Sicílias e entregou-os ao Piemonte, o passo seguinte dos

guerrilheiros de Garibaldi foi tentar dominar Roma, mas foram rechaçados

pelas tropas leais ao Papa e aos austríacos.

Em 1866 a Áustria foi derrotada pela Prússia e foi obrigada a entregar

Veneza ao Piemonte, que se fortalecia a cada dia contando com o apoio de

outras regiões fora de seu controle.

A França colocou tropas em Roma para impedir um novo ataque das

forças de Garibaldi, isso atendia aos apelos do Vaticano e dos católicos

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franceses, que não queriam ver a cidade sagrada nas mãos de

Garibaldi, visto como ateu e ligado à monarquia do Piemonte.

A França entrou em guerra contra a Prússia, Guerra

Franco-Prussiana de 1870 – 1871, que obrigou os franceses a

se retirarem de Roma para enfrentar os prussianos, assim

Garibaldi invadiu Roma e garantiu que em 1870 o rei Vitor Emanuel fosse

coroado rei de toda a Itália unificada.

As únicas áreas que permaneceram sob o controle austríaco foram

Trentino, Trieste e Istria, conhecidos como Territórios Irredentos, que só

passaram ao controle italiano em 1919 com os tratados do final da Primeira

Guerra Mundial.

UNIFICAÇÃO ALEMÃ

Pelo Congresso de Viena, a Alemanha ou Confederação dos Estados

Germânicos ficava sob o domínio da Áustria, tendo a Prússia como principal

representante da Confederação perante o governo austríaco.

Em 1834 a Prússia conseguiu da Áustria o direito de Zollverein, assim os

prussianos passavam a determinar o destino da arrecadação dos impostos,

além de unificar todas as taxas e tributos em toda a Confederação Germânica.

A Prússia iniciou assim a revolução Industrial na Germânia acelerando o

processo de modernização tecnológica e militar da região.

Em 1862, o rei da Prússia nomeou Otto Von Bismarck como primeiro

ministro, este passou a modernizar ainda mais a economia, dotando a Prússia

de vias férreas, telégrafos e um exército moderno, além de fábricas de armas.

Em 1864 a Prússia lutou ao lado da Áustria contra a Dinamarca na

Guerra dos Ducados, foi quando a Prússia anexou Höllstein e Slevig aos

territórios germânicos.

Diante do crescimento da Prússia, os austríacos criaram uma série de

atritos, o que resultou em guerra aberta em 1866, vencida pela Prússia em

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Sadowa, os austríacos foram obrigados a entregar Hanover e Frankfurt ao

controle prussiano.

O passo seguinte de Bismarck foi a criação da Confederação Germânica

do Norte onde vários principados livres e cidades ficavam sob o controle da

Prússia, agora era preciso criar uma política para anexar o sul.

A França, temendo o crescimento da Prússia passou a apoiar os

estados do sul da Germânia, contrários a anexação sob o domínio da Prússia.

A corte espanhola convidou o príncipe prussiano Leopoldo Hohenzallen,

para ocupar o trono vago, a França se opôs e o governo francês passou a

criticar Bismarck e as pretensões da Prússia no contexto europeu. Os estados

do sul passaram a apoiar Bismarck movidos pelo princípio de nacionalismo.

A França declarou guerra à Prússia, depois de várias acusações entre

Bismarck e Napoleão III da França, isso atendia às estratégias dos prussianos,

que apareciam como agredidos pelos franceses.

O exército prussiano avançou rápido sobre o território francês, em

Sedan os franceses foram derrotados, o que resultou na prisão de Napoleão III

pelos prussianos.

Em 1871 o Kaiser (Imperador) da Prússia foi coroado como Kaiser de

toda a Alemanha unificada e Bismarck foi nomeado primeiro ministro de toda a

Alemanha.

A Alemanha que surgiu unificada em 1871 nasceu como um país

industrializado e moderno, com um exército bem treinado e concorrendo com a

Inglaterra no campo comercial e na busca de colônias africanas, o que vai

resultar em atritos que desaguaram na Primeira Guerra Mundial em 1914

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INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA ESPANHOLA

Causas:

1)O modelo colonial espanhol não permitia mobilidade social ou política

aos criollos;

2) A Inglaterra buscava novos consumidores para seus produtos diante do

Bloqueio Continental imposto por Napoleão Bonaparte, imposto aos ingleses;

3) A França domina a Espanha, obrigando o rei espanhol Fernando VII a

refugiar-se em Cadiz. Juntas, de Cadiz, permitem o comércio intercolonial e

com os EUA, país neutro;

4) Os EUA incentivam as independências na América Latina, buscam

parceiros comerciais e aliados políticos diante das pretensões europeias;

5) As transformações que vinham ocorrendo no mundo como;

Independência dos EUA, filosofia Iluminista, Revolução Francesa,

desenvolvimento industrial inglês e o liberalismo acabaram por influenciar os

criollos a buscar autonomia diante da Espanha.

As lutas de independência na América espanhola foram conduzidas pelos

Criollos, elite agrária e intelectual, constituída por descendentes de espanhóis,

limitados a administrar os Cabildos e Ayuntamientos, espécies de Câmaras

municipais secundárias.

Os primeiros movimentos pela independência ocorreram no México e no

Peru, mas por se constituírem em movimentos populares, não contaram com o

apoio dos Criollos, que se aliaram aos espanhóis para sufocar o movimento

dos índios no México comandados pelo Padre Morellos.

No Peru também ocorreu um movimento liderado por Tupac Amaru,

chefiando os índios contra o domínio colonial, mas foram sufocados pela

aliança de espanhóis e criollos.

No século XIX as lutas pela autonomia em relação a Espanha foram

comandadas pelos criollos chefiando os mestiços e índios com a promessa de

uma vida melhor após o afastamento das forças espanholas do continente

americano.

As lutas de autonomia política na América foram bem sucedidas graças

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às desordens geradas com as guerras napoleônicas, que depuseram a

autoridade do rei Fernando VII, obrigado a refugiar-se em Cadiz.

Cronologia das Independências:

1811 – Paraguai – José Gaspar Francia

1816 – Argentina – San Martin

1818 – Chile – Bernardo O’Higgins

1821 – Equador – Simon Bolívar

1821 – Peru – Simon Bolívar

1821 – Venezuela – Sucre

1822 – Brasil – Dom Pedro I

1824 – México – Sant’Anna

1825 – Bolívia – Simon Bolívar

Logo depois de consumadas as independências na América, Simon

Bolívar passou a defender o princípio de Pan-americanismo, ou seja; “América

deverá continuar unida, formando um grande país rico e diversificado, capaz de

fazer frente aos interesses da Europa.”

Porém a Inglaterra e os EUA passaram a convencer os criollos dentro do

princípio do “localismo”, a fragmentação da América em várias repúblicas

crioulas independentes, essa foi a ideia que acabou vencendo e o continente

foi dividido em várias repúblicas sob o governo de seus libertadores,

fazendeiros criollos.

A América mergulhou no século XIX na instabilidade de lutas internas nas

recém criadas repúblicas, onde se colocavam em campos opostos criollos e

mestiços, que não foram atendidos na promessa de terras.

Dentro dessas repúblicas não ocorreram transformações econômicas

permaneceram exportadores de produtos primários e importadores de

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industrializados da Europa, aprofundando sua dependência em relação ao

capital externo vindo da Inglaterra e dos EUA.

A grande exceção foi o Paraguai, onde ocorreram reformas profundas no

campo social e econômico fazendo do país um concorrente da Inglaterra, esse

desenvolvimento foi liquidado pelo Brasil na Guerra do Paraguai (1865 – 1870),

quando o território paraguaio foi destruído pelo exército brasileiro a serviço da

Inglaterra.

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HISTÓRIA DO BRASIL

Fonte: http://lonkpedia.blogspot.com.br/2008/01/pr-histria-idade-antiga-idade-mdia-etc.html

Brasil Pré – Colonial (l500 – l532)

O Brasil ficou 30 anos abandonado, para Portugal era importante

continuar o comércio com o Oriente, que garantia lucro de 600% ao rei

Português.

As primeiras expedições de reconhecimento da costa brasileira foram

realizadas em 1501 e 1502, contaram com a presença de Américo Vespúcio, o

maior cartógrafo europeu da época. O único produto importante encontrado foi

o pau-brasil, que foi colocado no regime de Estanco Real (propriedade do rei).

Em 1503 foram fundadas feitorias na costa brasileira para extração do

pau-brasil, no sistema de Escambo (trocas) com os índios.

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Fonte: http://historiacem01.weebly.com/4-bim1.html

Colonização do Brasil (1532)

Fatores:

Pirataria francesa na costa do Brasil – pau-brasil

Espanhóis haviam encontrado ouro no México

Perda do monopólio português sobre o comércio oriental devido á

concorrência espanhola e francesa.

O rei da França não reconhece o Tratado de Tordesilhas assinado entre

Portugal e Espanha.

Igreja incentiva a colonização para conversão dos índios ao catolicismo.

Solo do nordeste brasileiro próprio ao cultivo da cana de açúcar.

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Açúcar, produto de alto valor comercial na Europa.

Portugal adotou como sistema colonizador no Brasil, o Plantation

Açucareiro, que já havia sido implantado com sucesso nas colônias

portuguesas da África.

Inicialmente os portugueses tentaram utilizar o índio como mão de obra

escrava para trabalhar nos canaviais, mas não funcionou, esse tipo de trabalho

era totalmente incompatível com a cultura indígena nativa, por outro lado o

índio passou a contar com a proteção da igreja, que era contrária a

escravização do indígena.

Assim o governo português adotou o modelo já estabelecido em suas

colônias na África, o da mão de obra escrava negra, o que representava um

grande “negócio” para os diversos seguimentos como;- igreja, Estado e

traficantes envolvidos no comércio de escravos.

Capitanias Hereditárias

O a colonização do Brasil por meio de Capitanias Hereditárias também foi

uma experiência transplantada das colônias africanas para a América

portuguesa.

O Brasil foi dividido em 14 Capitanias Hereditárias entregues a 12

Donatários (proprietários), por meio de documentos emitidos pelo rei de

Portugal.

Carta de Doação – estabelecia a extensão da Capitania e os direitos do

Donatário

Carta de Foral- determinava os tributos e impostos que os colonos

deveriam pagar ao Donatário e ao rei, ( obrigações para com o rei).

O sistema de capitanias hereditárias não funcionou como esperava o rei

de Portugal, os fatores do fracasso foram vários:

Distância da colônia em relação á metrópole (Portugal)

Insegurança dos colonos frente aos ataques dos índios.

Falta de recursos de alguns donatários.

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Falta de interesse de outros donatários, pois o Brasil era desconhecido e

incerto para um investimento e capitais.

Das 14 Capitanias, apenas duas prosperaram e atingiram os objetivos da

coroa portuguesa, foram elas: São Vicente no litoral de São Paulo e a de

Pernambuco.

Essas áreas prosperaram devido ao fato de seus donatários conseguirem

capitais junto aos banqueiros holandeses e italianos, nessas duas áreas

iniciou-se o cultivo da cana e açúcar e a produção de açúcar, produto de alto

valor no mercado europeu da época.

Governos Gerais - 1548

As capitanias hereditárias não atingiram o resultado esperado pela coroa

portuguesa, diante das reclamações dos donatários, o rei estabeleceu no Brasil

o sistema de Governos Gerais, já implantado nas colônias portuguesas da

África com sucesso.

O governador geral tinha a função de coordenar a colonização,

fortalecer as capitanias e resolver disputas entre donatários, alem de limitar

seus poderes

O governador geral chegou trazendo algumas instituições que tinham a

finalidade de auxiliá-lo nas funções administrativas como.

Ouvidor Mor – encarregado da justiça

Provedor Mor – encarregado da cobrança de tributos e impostos

Capitão Mor – encarregado da defesa militar da colônia

Tome de Souza – 1549 – 1553

Elevação de Salvador como primeira capital da colônia

Chegada dos primeiros jesuítas liderados pelo padre Manuel da Nóbrega

com a função de catequizar os índios.

Instalação das primeiras fazendas de gado

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Chegada de 5.000 colonos além de plantas como laranja, arroz, etc...

Inicio do cultivo de cana de açúcar no Recôncavo Bahiano

Primeiras Entradas para o interior com a função de encontrar ouro.

Duarte da Costa – 1553 – 1557

Primeira invasão francesa no Rio de Janeiro (França Antártica)

Padre Anchieta e a pacificação dos índios Tamoyos na Bahia.

Conflitos entre o governador geral e a igreja – Bispo Sardinha.

Conflitos entre colonos e a igreja (jesuítas) a cerca da escravização de

índios.

Mem de Sá – 1557 – 1572

Expandiu a agricultura na colônia, trazendo novas culturas agrícolas.

Promoveu a fundação de novos engenhos

Comandou a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, auxiliado por

seu sobrinho Estácio de Sá

Fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro

Fim da Confederação dos Tamoyos, graças á intervenção dos jesuítas.

Conseqüências:

Portugal acompanhou a Espanha em várias guerras, o que foi nocivo aos

Portugueses.

Perderam colônias africanas e asiáticas aos inimigos da Espanha.

Perderam o controle do comércio de especiarias do Oriente aos

concorrentes.

Perderam o controle do comércio de escravos africanos aos holandeses.

Autonomia das províncias do Maranhão e Grão – Pará.

Invasões holandesas no nordeste brasileiro.

Anulação do Tratado de Tordesilhas

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Invasões predatórias no Brasil de ingleses e franceses, inimigos da

Espanha.

Em 1640 Portugal libertou-se do domínio espanhol, mas os portugueses

haviam perdido quase todas as suas colônias africanas aos inimigos da

Espanha.

Fonte: http://historiacem01.weebly.com/4-bim1.html

Invasões Holandesas no Brasil

Em 1581 a Holanda havia se libertado do domínio político da Espanha,

Felipe II, rei da Espanha, proibiu o comércio com os holandeses em todos os

seus domínios, como Portugal e suas colônias faziam comércio com os

mercadores de Amsterdã e grande parte do sistema açucareiro havia sido

financiado por bancos holandeses, diante da proibição de comércio decretada

pelo rei espanhol, que agora detinha o domínio sobre Portugal e o Brasil (União

das Coroas Ibéricas), não restou outra alternativa aos holandeses alem da

guerra de conquista (invadir) o nordeste brasileiro para recuperar os

investimentos feitos junto aos donos de engenho no Brasil.

A primeira tentativa holandesa de invadir o nordeste ocorreu em Salvador

em 1624 e 1625, mas foram derrotados pela superioridade militar dos

portugueses aquartelados na Bahia.

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Os holandeses voltaram a atacar o nordeste, porem desta vez o alvo foi

Recife no Estado de Pernambuco, a vitória holandesa contou com o apoio de

brasileiros, que foram vitais nesta campanha de ocupação de Pernambuco. Os

holandeses permaneceram de 1630 até 1654 no nordeste brasileiros onde

chegaram a controlar vários pontos produtores de açúcar. Os holandeses

criaram a Cia. Das Índias Ocidentais, uma companhia de comércio para

controlar a produção e comercialização do açúcar extraído do Brasil.

Em 1637 chegou a Recife o novo administrador da região, Maurício de

Nassau, que ficou até 1644, promovendo grandes transformações na região

como:

Saneamento da cidade de Recife

Urbanização de Recife com obras públicas e construção de pontes.

Tolerância religiosa

Manutenção da Câmara Municipal do Recife

Incentivo a modernização, ciência e pesquisa.

Vinda de delegações de cientistas e artistas da Holanda para estudar a

fauna e flora do Brasil.

Desenvolveu uma política econômica junto aos produtores de açúcar

muito mais tolerante que os portugueses, isso explica em parte o fato da

permanência holandesa na região durante o período da administração de

Nassau

Em 1644 Maurício de Nassau entrou em desacordo com a Cia, das Índias

Ocidentais e voltou para a Europa, e o substituto mandado para administrar as

colônias holandesas do nordeste não manteve a mesma política de tolerância

com os colonos, passou a cobrar as contas atrasadas, confiscar engenhos e

canaviais dos devedores, isso gerou a revolta, conhecida como Insurreição

Pernambucana, evoluindo para guerra aberta, que durou até 1654 com a vitória

final das tropas portuguesas e a assinatura de rendição holandesa, no Tratado

de Taborda, onde os holandeses se comprometiam a abandonar o nordeste

brasileiro.

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Consequências das Invasões Holandesas

Concorrência holandesa na produção de açúcar, engenhos nas Antilhas.

Aumento do número de Quilombos e escravos fugidos como resultado

das guerras entre holandeses e portugueses.

Controle holandês do fluxo de escravos africanos para o Brasil, o Brasil

ficou privado do fluxo de africanos após a expulsão dos holandeses.

Entradas e Bandeiras

Expedições que partiam de São Vicente (SP), em direção ao sul, oeste e

interior da colônia com a função de encontrar ouro e conhecer a região, além

de ocupar a área fundando vilas e povoados no interior.

Entradas:

Expedições oficiais, organizadas pelas autoridades portuguesas, com a

função específica de procurar riquezas (ouro e prata) a exemplo dos espanhóis

que haviam encontrado ouro no México, além disso, as entradas tinham a

função de fundar vilas e povoar o interior da colônia.

Bandeiras:

Eram expedições particulares desenvolvidas em São Vicente devido a

estagnação econômica da região, os bandeirantes além de buscar riquezas e

fundarem vilas no interior também se dedicavam a caça de índios para vende-

los nos engenhos do nordeste como escravos, devido ao controle holandês

sobre as rotas de africanos.

Outra atividade dos bandeirantes ficou conhecida como bandeirantismo

de Contrato ou Sertanismo: á serviço de particulares os bandeirantes passam a

lutar contra quilombos e índios rebeldes.

Monções:

Eram expedições destinadas a abastecer as vilas do interior.

O bandeirantismo conheceu seu apogeu em 1694 com a descoberta de

ouro na região de Minas Gerais.

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Consequências do Bandeirantismo

Alargamento das fronteiras portuguesas na América

Fundação de vilas e povoados no interior do Brasil

Descoberta de ouro em MG, GO e MT.

Desenvolvimento da pecuária no sul a partir de Laguna (1684).

Com a expulsão dos holandeses do nordeste e o fim da União das Coroas

Ibéricas, o tráfico de escravos africano foi restabelecido com o Brasil, aí o

apresamento de índios pelos bandeirantes perdeu o sentido.

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A OCUPAÇÃO DO SUL

Fonte:http://santarosadeviterbo.wordpress.com/2013/03/

A coroa portuguesa queria o controle do Rio da Prata, devido ao comércio

de couro e carne, a Inglaterra queria o controle do contrabando de prata, que

vinha da minas de Potosi na Bolívia.

Em l680 os portugueses fundaram a Colônia de Sacramento em terras

espanholas da América, (atual Uruguai), os espanhóis reagiram, o que resultou

na assinatura de vários tratados de limites territoriais.

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Tratado de Madrid – l750 – (Uti Possidetis):

Neste tratado Portugal devolvia a região de Colônia de Sacramento aos

espanhóis e recebia os 7 Povos das Missões e a bacia do Amazonas.

Esse tratado resultou nas Guerras Guaraníticas, onde jesuítas e índios

armados lutaram contra os portugueses e espanhóis, essa guerra durou 17

anos e resultou na morte de 30 mil índios, além de grande número que acabou

escravo dos bandeirantes (bandeirantismo de preação de índios).

Outro fato que marcou esse período, foi a Guerra dos 7 anos na Europa,

onde a Inglaterra apoiava Portugal e a França apoiava a Espanha, que acabou

invadindo a Colônia de Sacramento e Santa Catarina.

Tratado de Santo Idelfonso –1777

A assinatura de um novo tratado estabelecia que, os espanhóis ficavam

com a colônia de Sacramento e os Sete Povos das Missões e os portugueses

ficariam com Santa Catarina e o resto do RS.

Tratado de Badajós – 1801

Foi o último tratado assinado entre Portugal e Espanha e definiu os limites

finais dos domínios destes países a cerca de suas colônias na América.

Reafirmava os limites estabelecidos em Madrid (1850), ou seja: Os Sete

Povos das Missões ficavam com Portugal e a Colônia de Sacramento com a

Espanha, encerrando assim em longo período de conflitos entre esses dois

países.

Administração Pombalina – 1750 – 1777

1755 – Criação das Cias. Privilegiadas de Comércio, que tinham a

finalidade de controlar o contrabando nas regiões de Maranhão e Grão-Pará.

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Aumento de impostos sobre o Brasil para reconstrução de Lisboa, que

havia sido destruída por um terremoto em 1755 (100 arrobas de ouro) pagas

aos cofres portugueses anualmente.

1757- Extinguia a escravização de índios no Brasil, a intenção era

integrar os nativos a sociedade do reino português, cabendo aos jesuítas

catequiza-los. Elevação de aldeias a condição de vilas e povoados.

1758- Expulsão dos jesuítas de todo reino português, motivos:

1)Autonomia e riqueza dos jesuítas em relação ao estado português

2)Monopólio do comércio das drogas do sertão na região do Maranhão e

Amazonas em mãos dos jesuítas.

3)Controle e desenvolvimento das Missões e Reduções indígenas em

mãos dos Jesuítas, que estavam desenvolvendo um Estado dentro do Estado

português.

4)Guerras guaraníticas, por 17 anos os índios lutaram no sul do Brasil

contra o domínio espanhol e português com o apoio dos jesuítas.

5)Atentado contra o Rei Don José I de Portugal foi atribuído aos jesuítas,

o que resultou na sua expulsão de todos os domínios portugueses.

1759- Extinção das Capitanias Hereditárias, que passariam a ser

administradas por funcionários da coroa portuguesas, com isso o Marquês de

Pombal queria submeter a colônia ao controle da Metrópole, diminuindo o

contrabando e a sonegação na colônia.

1763- Transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de

Janeiro, isso tinha a finalidade de aumentar o controle da coroa sobre a colônia

e estabelecer uma fiscalização rígida sobre a circulação do ouro vindo de

Minas Gerais. A educação passava para o controle do Estado, saindo assim

das mãos dos Jesuítas.

Com a morte do rei Don José I em 1777, os inimigos de Pombal aliados

a herdeira, dona Maria (a louca), passaram a conspirar conta o Marquês de

Pombal, que foi afastado no mesmo ano.

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Mineração

Com a concorrência holandesa na produção de açúcar, o Brasil

empobrecia rapidamente e com ele Portugal, com isso o rei de Portugal

incentivava as entradas e bandeiras na esperança de encontrar uma alternativa

a decadência econômica da Metrópole e da colônia.

Organização da Mineração

Com a descoberta de ouro no Brasil a coroa portuguesa tratou de criar um

sistema de controle e administração da área de produção de ouro.

1702 – Intendência das Minas, contava com a presença de um

representante da coroa portuguesa com a função de organizar e garantir a

cobrança de tributos.

1718 – Foi estabelecida a cobrança das Fintas (30 arrobas anuais de

ouro)

1720 – Foram criadas as Casas de Fundição, que proibia a circulação de

ouro em pó, todo ouro deveria ser fundido e aí o governo cobrava o Quinto

(20%) do ouro.

1735- Criado o Imposto de Capitação, todo minerador deveria pagar 17g

de ouro por cabeça de escravo que estivesse trabalhando na mineração.

1755 – Foi decretada a cobrança de 100 arrobas anuais de ouro, a serem

pagas por todas pessoas residentes na área de mineração (Marquês de

Pombal).

1760 – Estabelecida a cobrança da Derrama, cobrança de todos impostos

atrasados a serem pagos por todos os residentes dentro da área de

mineração.

Direito de Entrada – imposto cobrado sobre qualquer mercadoria que

entrava na área de mineração.

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Formas de Mineração

Faiscação – era o trabalho do garimpeiro solitário nas margens dos rios,

essa forma garimpo é também conhecida como garimpo de lavagem.

Lavra ou Data – Eram veios de garimpo onde existia grande quantidade

de ouro, se caracterizavam por áreas vendidas pela coroa e o garimpeiro aí

instalado deveria ter 40 escravos no mínimo, renda e condições de explorar a

Lavra.

Distrito Diamantino

Em 1729 foi criada a intendência dos diamantes, que estabelecia o

“despejo” de todos os habitantes da área dos diamantes, um rígido controle

militar e o arrendamento para novos mineradores, que deveriam pagar uma

fortuna para a coroa portuguesa e assim garantir o direito de explorar a

mineração de diamantes.

Em 1739 a cora firmou o primeiro contrato de exploração de diamantes

com João Fernandes de Oliveira, o primeiro contratador do distrito diamantino.

O contratador podia admitir associados, formando Cias, de exploração

dos diamantes, que chegaram a ter mais de 600 escravos.

O contratador era a autoridade máxima dentro de seus domínios ou área

de exploração, esses contratadores eram também os maiores traficantes de

escravos.

Uma das obrigações do contratador era vender os diamantes para

Portugal com exclusividade, porém eles contrabandeavam os diamantes para

vendê-los aos ingleses, franceses ou holandeses, que pagavam mais que a

coroa portuguesa.

Em l772 o Marquês de Pombal criou o sistema de Real Extração,

acabando com os contratadores, assim o distrito diamantino passou a ser

administrado pelo Intendente Diamantino, a exemplo da mineração.

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Com o estabelecimento da Intendência Diamantina, aumentou a miséria e

os abusos das autoridades sobre a população local, a mineração de diamantes

durou 100 anos.

Consequências da Mineração

1)Aumento da população de 300 mil no início da mineração séc. XVII para

3.300.000 no século XVIII.

2)O povoamento da região desenvolveu-se com caráter urbano ao

contrário do nordeste onde a ocupação populacional seguiu um modelo rural.

3)Deslocamento do centro econômico do nordeste para a região centro-

sul.

4)Transferência da capital de Salvador para o Rio de janeiro (1763).

5)Mudança na estrutura social da colônia: artesãos, comerciantes,

pequenos proprietários, intelectuais, padres, funcionários públicos.

6)Desenvolvimento da arte barroca mineira (Aleijadinho).

7)Integração de Minas Gerais com o resto da colônia (RS, Bahia, RJ, PE):

mercadorias para a área mineradora e a formação de um mercado interno

articulado ás minas.

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O BRASIL COLÔNIA E A MÃO-DE-OBRA ESCRAVA.

Força motriz da economia

colonial do Brasil a mão de

obra escrava se espalhou por

todos os cantos da colônia

resultando em uma grande

presença de homens e

mulheres negras no território

brasileiro. Trabalhando

principalmente na mineração,

nas plantações de café e cana-

de-açúcar e nos engenhos os

escravos eram mantidos sob

torturas e condições precárias

em todos os aspectos,

aprisionados nas senzalas de onde saíam apenas para trabalhar e apanhar.

Nas fazendas, principalmente, o escravo trabalhava de 12 a 16 horas por dia e

dormiam em

acomodações coletivas

chamadas senzalas ou

mesmo em palhoças. Sua

alimentação consistia

basicamente de farinha

de mandioca, aipim,

feijão e banana. O tempo

de vida média útil de um

escravo era de 10 a 15

anos, segundo muitos

estudiosos.

Fonte: http://historiacem01.weebly.com/4-bim1.html

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Apesar das fugas e

da formação dos

quilombos, dos quais se

destacou Palmares no

século 17, os escravos

africanos ou afro-brasileiros

como um todo não tiveram

condições de abolir por

conta própria o sistema

escravocrata. Com a

Independência, embora a

questão da abolição tenha

sido levantada, a escravidão continuou a vigorar no país até a promulgação da

Lei Áurea, em 13 de maio de 1888 - como coroação de uma ampla campanha

abolicionista.

Contudo, a abolição não significou o fim da exploração do negro no Brasil, nem

a sua integração - em pé de igualdade - na sociedade brasileira, que ainda tem

uma enorme dívida para com os descendentes dos escravos.

REBELIÕES NATIVISTAS

Aclamação de Amador Bueno – 1641 – SP.

Com a restauração, fim da União das Coroas Ibéricas (1640), os

comerciantes de São Vicente temiam perder as vantagens econômicas

conquistadas no período anterior, quando esses comerciantes tinham o direito

de fazer comércio em território espanhol.

Aclamaram Amador Bueno como rei de São Paulo, na esperança de com

isso garantir vantagens, porém Amador Bueno não aceitou o cargo, assim o

movimento se acabou.

Fonte: http://historiacem01.weebly.com/4-

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Revolta dos Irmãos Beckman – Maranhão – (1684).

O Maranhão estava submetido as Cias. Privilegiadas de Comércio, que

deveriam.

1)Fornecer 500 escravos africanos por ano à região.

2) Fornecer gêneros importados a preço justo para a região.

3)Comprar toda produção agrícola da região a preço justo.

As Cias. De Comércio não cumpriam suas funções, além de:

Fraudar pesos e medidas

Entregar mercadorias da pior qualidade com preços exorbitantes

Jamais entregar a quantidade de escravos estabelecidos pelos contratos

com a coroa portuguesa.

Em 1684 os fazendeiros Manuel Beckman e Jorge Sampaio passaram a

liderar um movimento que contou com o apoio dos demais fazendeiros da

região, que tinha por finalidade.

Acabar com o monopólio comercial da Cia. De Comércio do Maranhão,

seus dirigentes foram expulsos da região e seus armazéns foram saqueados

pelos fazendeiros.

Expulsaram os jesuítas do Maranhão, pois estes se opunham a

escravização de índios.

Tomás Beckman foi enviado a Lisboa com missão de mostrar ao rei a

realidade do Maranhão.

O rei extinguiu as Cias, de Comércio do Maranhão, mas assim que o

movimento perdeu força, os líderes – Manuel Beckman e Jorge Sampaio foram

executados sob a alegação de crime contra a coroa portuguesa.

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Guerra dos Emboabas – MG – (1707 – 1709)

Os bandeirantes paulistas haviam encontrado ouro na região das MG,

logo a notícia atraiu milhares de forasteiros, chamados pelos paulistas de

Emboabas.

Os portugueses se dedicavam ao comércio e a agricultura, os

mineradores foram se endividando com os portugueses e perdendo suas

propriedades.

Em 1707 iniciaram os conflitos entre mineradores paulistas e

comerciantes portugueses, os paulistas foram massacrados no Capão da

Traição pelos portugueses comandados pelo fazendeiro Nunes Viana em 1709.

O governo colonial criou a Capitania Real de São Paulo e Minas do Ouro,

os paulistas envolvidos nos confrontos foram expulsos para MT e Goiás, onde

também encontraram ouro.

Guerra dos Mascates (PE – 1710)

Olinda era a capital da província do Pernambuco, era também a

residência dos senhores de engenho e dos canaviais, estavam decadentes e

falidos devido á concorrência holandesa na produção de açúcar com centro

nas Antilhas.

Recife era a cidade dos comerciantes portugueses, que pagavam

impostos à Olinda e emprestavam dinheiro aos senhores de engenho falidos.

Em 1709 os recifenses conquistaram sua autonomia, quando Recife foi

elevada a condição de Vila, com isso ficavam livres de pagar impostos à

Olinda.

Os olindenses invadiram o Recife com a intenção de anular a autonomia

dos recifenses, dando início a Guerra dos Mascates em 1710.

O governo colonial enviou tropas para Recife, garantindo assim á

autonomia da vila, que logo a seguir foi elevada a condição de capital da

Província. O termo Mascate tem um sentido pejorativo e refere-se aos

comerciantes portugueses.

Revolta de Felipe dos Santos –(1720)

Em 1720 foi estabelecido na área de mineração (MG) a instalação de

casas de fundição pelo Conde de Assumar, com a finalidade de acabar com o

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contrabando de ouro e essa medida proibia a circulação de ouro em pó, com

isso o governo colonial procurava garantir a cobrança do “quinto”, 20% do valor

de todo ouro encontrado.

Todo contrabandista encontrando com ouro em pó seria exilado para a

África e perderia todos os seus bens, o denunciante do contrabando, teria

direito a metade dos bens do denunciado.

Felipe dos Santos era minerador e fazendeiro, que se levantou liderando

2.000 mineradores contra a instalação das casas de fundição, o conde

Assumar não tinha condições de submeter os mineradores em superioridade

numérica, prometeu revogar a lei das casas de fundição.

Tão logo o movimento dos mineiros terminou, Felipe dos Santos foi preso

e executado por ordem da coroa portuguesa por crime contra a coroa.

As rebeliões nativistas não foram movimentos que pretendiam a

independência do Brasil em relação a Portugal, foram movimentos regionais

que buscavam resolver conflitos localizados entre portugueses e brasileiros.

Inconfidência Mineira – 1789

Causas:

Dependência de Portugal em relação a Inglaterra, resultando no

aumento de impostos sobre o Brasil para pagar as dívidas portuguesas.

Em 1750 o Marquês de Pombal instituiu a cobrança de 100 arrobas

(l500kg) de ouro por ano a serem pagas por todos os habitantes da área de

mineração.

Em 1765 foi instaurada a cobrança da Derrama,

que obrigava a população a pagar o que faltava para

completar 100 arrobas de ouro, sob pena de

expropriação de seus bens.

Em 1785 a rainha de Portugal Dona Maria (a

louca) decretou o alvará de proibição a cerca de

manufaturas na colônia, assim todos os produtos

deveriam ser importados encarecendo ainda mais a

vida dos mineradores.

Dívidas dos mineradores com a coroa portuguesa

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Influência dos ideais Iluministas

Influência da Independência dos EUA

Esgotamento dos principais veios de ouro

A grande quantidade de impostos cobrados sobre os mineradores

Em 1788 – chegada do Visconde de Barbacena, temido por sua

crueldade, encarregado de cobrar a Derrama.

Os Inconfidentes

Cláudio Manuel da Costa – poeta e rico minerador

Luiz Vieira da Silva – padre e rico minerador

Alvarenga Peixoto – ouvidor (juiz) e minerador

Tomás Antonio Gonzaga –ouvidor (juiz) e

minerador

Carlos Torres de Melo – padre e minerador

Francisco de Paula Freire – tenente coronel, comandante militar e

minerador.

José da Silva Xavier - alferes e Tiradentes (dentista)

Programa dos Inconfidentes.

Defendiam a independência do Brasil em relação a Portugal

A instalação de um sistema republicano de governo aos moldes dos EUA

Defendiam a instalação de indústrias no Brasil

A construção de universidades

O programa dos inconfidentes não previa a abolição da escravidão, todos

os inconfidentes eram donos de escravos, esse movimento ficou restrito as

reuniões realizadas nas casas dos inconfidentes, nunca procuraram atrair a

população a sua causa.

Joaquim Silvério dos Reis, um militar, que participou de algumas reuniões

dos inconfidentes, traiu o movimento, quando fez um acordo com o Visconde

de Barbacena, entregando o nome dos conspiradores em troca do perdão de

suas dívidas com a coroa.

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O Visconde de Barbacena suspendeu a cobrança da Derrama e prendeu

os acusados, logo a seguir foi instaurada a Devassa, processo para apurar a

culpa dos acusados.

Todos os envolvidos foram condenados ao desterro (exílio), por tratar-se

de homens ilustres, a grande exceção foi Tiradentes, que foi enforcado e

esquartejado para servir de exemplo a sociedade colonial.

Conjuração Carioca – 1794 – 1795- RJ

No Rio de Janeiro surgiu a Sociedade Literária, ponto de encontro de

intelectuais, que se reuniam para discutir teorias políticas, essas discussões

evoluíram para a possibilidade de uma rebelião antiportuguesa, mas tudo

ficava restrito ao plano teórico.

Os intelectuais foram presos e libertos em 1795, por falta de provas.

Inconfidência Baiana – 1798

Origens:

1)Aumento da exploração – renascimento do açúcar, devido ás lutas no

Haiti, mas os beneficiados com essa reativação do comércio foram os senhores

de engenho.

2)Aumento da área dos canaviais, diminuição da área destinada ao

plantio de gêneros de subsistência, resultando o aumento dos preços.

3)Idéias da Revolução Francesa chegaram á Bahia, motivando o

desenvolvimento de organizações como os Cavaleiros da Luz e as idéias de

independência.

Programa dos Conspiradores.

Abolição da escravidão – liberdade e igualdade de todos

Aumento de salários dos soldados

Liberdade de comércio aos brasileiros

Instalação de uma República igualitária

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Os conspiradores colocaram cartazes por toda a cidade de Salvador,

conclamando o povo a lutar pela independência, ganhando a adesão de muitos

brancos pobres e mulatos.

O comando do movimento estava nas mãos dos alfaiates João de Deus

Nascimento e Manuel Faustino dos Santos, devido ao aspecto radical do

movimento, a elite branca, temendo uma insurreição escrava se afastou do

movimento, que acabou sendo traído.

Os principais líderes (4) foram executados, os demais implicados (38)

foram exilados.

A conjuração baiana ou dos alfaiates como ficou conhecido este

movimento, tinha um ideário democrático, igualitário, abolicionista e

republicano, que ia muito além do programa dos inconfidentes de Minas

Gerais, que não questionavam questões sociais por isso a repressão da coroa

portuguesa foi mais intensa sobre os alfaiates.

TRANSFERÊNCIA DA CORTE PORTUGUESA PARA O BRASIL

1806

França decreta o Bloqueio Continental à Inglaterra, era o bloqueio

econômico imposto por Napoleão Bonaparte, imperador francês contra o

comércio com os ingleses pelos países europeus, após a derrota francesa na

batalha de Trafalkar, frente amarinha inglesa.

1807

França e Espanha assinam o tratado de Fontainebleau, que estabelecia a

divisão dos domínios coloniais portugueses, caso Portugal não aderisse ao

Bloqueio Continental.

Portugal era um país dependente da Inglaterra, pois havia assinado uma

série de tratados com os ingleses, que resultaram prejudiciais a Portugal

(Tratado de Methuen - l703), assim o governo português estava numa situação

difícil, pois os ingleses ameaçavam dominar as colônias portuguesas caso o

governo seguisse as imposições de Napoleão.

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A corte portuguesa na eminência de uma invasão francesa e por outro

lado ameaçada pela Inglaterra de perder suas colônias, incluindo o Brasil, que

passaria ao domínio inglês, acabou por aceitar a proposta do governo inglês de

transferir a corte (governo) portuguesa para o Brasil até os conflitos europeus

terminarem.

Assim todo o governo português foi transferido para o Brasil sob a escolta

e navios ingleses, Don João VI e 15 mil funcionários chegaram em duas

cidades diferentes, Salvador e Rio de Janeiro, devido a uma tempestade

durante a viagem que dividiu a escolta.

Don João chegou a Salvador, que passou a ser a sede do governo

português no Brasil por pouco tempo, pois o governo se transferiu para o Rio

de Janeiro,capital do Brasil.

1808

Abertura dos portos do Brasil (comércio) com as nações amigas Inglaterra

e EUA.

Alvará de 1 de Abril de l808 – revogava o alvará de 1785, que proibia a

produção de manufaturas no Brasil.

1810

Tratado de Aliança e Amizade com a Inglaterra:

Direito de extraterritorialidade aos ingleses

Proibia o funcionamento dos Tribunais da Inquisição no Brasil

Direito dos ingleses no corte de madeira brasileira para fabricação de

navios

1810

Tratado de Comércio e Amizade com a Inglaterra:

Os produtos ingleses pagariam 15% nas alfândegas do Brasil

Os produtos portugueses pagariam 16% nas alfândegas brasileiras

Os produtos de outros países pagariam 24% nas alfândegas brasileiras

A gradual extinção do tráfico de escravos para o Brasil

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Esses tratados tiravam o Brasil da órbita mercantilista portuguesa (pacto

colonial) e assim passamos a dependência do capitalismo liberal inglês, esse

foi o primeiro passo para a independência do Brasil em relação a Portugal.

Período Joanino – 1808- 1821

A política de D.João VI buscou conciliar os

interesses da elite rural brasileira e dos comerciantes

portugueses aqui instalados.

Distribuição de títulos de nobreza a elite

brasileira, o que não representava vantagens especiais

a quem recebia esses títulos.

Criada a casa da moeda, emissão de dinheiro.

Criado o Banco do Brasil (1808) com a finalidade de arrecadar fundos

para sustentar a corte portuguesa instalada no RJ

Criado o Jardim Botânico

Criadas as escolas de medicina do RJ e Bahia

Criado o Teatro Real, Imprensa real, Biblioteca Nacional e a academia

militar do RJ.

Criadas as primeiras siderúrgicas MG (1809) e em SP (1818)

Vinda da missão artística de Jean Batiste Debret.

Domínio da Guiana Francesa (Caiena) 1809 – 1815

Domínio da Cisplatina –1816 – 1828

Brasil elevado a Reino Unido de Portugal e Algarves, para garantir a

presença de Portugal no Congresso de Viena em 1815.

Revolução Pernambucana de 1817

Origens

1)Nordeste perdia importância política com a transferência da capital para

o RJ

2)Grande seca de 1816 agravou as crises agrárias da região.

3)Queda dos preços do açúcar e algodão devido á concorrência

internacional

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4)Aumento de impostos sobre áreas de exportação, decretados por

D.João.

5)Monopólio de comércio em Recife nas mãos dos portugueses

6)Proprietários rurais (brasileiros) endividados com os portugueses

7)Influência das independências dos EUA e na América espanhola

8)Influência da Revolução Francesa (República) e da filosofia Iluminista

9)Desenvolvimento das sociedades secretas como Areópago de Itambé,

Seminário de Olinda.

A revolta iniciou em 6 de março de 1817 quando o capitão José de Barros

Lima matou o brigadeiro Barbosa de Castro e o tenente Mariano Albuquerque,

encarregados de prender o Capitão José.

No dia 7 de março os revoltosos declararam o governo, de caráter

provisório, que seria regido pela Lei Orgânica, até que se elaborasse uma

constituição.

Lei Orgânica.

Liberdade de comércio

Liberdade de imprensa

Tolerância religiosa

Elaboração de uma constituição

Fim de impostos sobre Artigos de primeira necessidade

Mantinha a escravidão

O movimento se propagou por outras províncias do nordeste como

Paraíba, Rio Grande do Norte. No Rio de Janeiro, D.João comandou os

preparativos militares para reprimir a rebelião de Pernambuco.

A repressão do governo colonial sobre os rebeldes foi implacável, os

principais líderes foram executados, em 1818 D.João anistiou 117 presos sem

culpa formada.

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Revolução do Porto – 1820

Com a fuga da família real para o Brasil, Portugal ficou sob domínio das

tropas francesas, em 1809, os ingleses expulsaram os franceses e instalaram a

ditadura de Lord Beresford.

Em 1820 na cidade portuguesa do Porto iniciou o movimento

nacionalista com a finalidade de afastar os ingleses de Portugal, essa revolta

foi coordenada pelo Sidério, formado por 13 líderes, que conseguiram a

liberação do território português e promoveram profundas mudanças como:

O fim da Monarquia Absolutista e adoção de um sistema de Monarquia

Representativa onde o país seria governado pelas Cortes (parlamento).

Decidiram recolonizar o Brasil, que seria reintegrado dentro do sistema

mercantilista.

Reorganizar a economia com a finalidade de recuperar o país falido.

Exigia a volta de D.João para Portugal, agora como um rei sem poderes.

Essas medidas adotadas

pelas Cortes de Portugal

estabeleciam na prática que o

Brasil voltaria a ser uma colônia

e como tal deveria se submeter

ao Pacto Colonial mercantilista, sem nenhum tipo de direitos, portanto todas as

medidas adotadas por D.João no Brasil, foram anuladas.

Dentro da política de recolonizar o Brasil D.João deveria voltar para

Portugal com toda a sua corte, em seu lugar deveria assumir a administração

do Brasil um novo Governador Geral com a função de manter a colônia dentro

do sistema Mercantilista.

D.João voltou para Portugal em 26.04.1821, mas antes de partir nomeou

seu filho D.Pedro como príncipe regente do Brasil.

D.João sabia que Portugal queria retomar o controle sobre o Brasil e

anular todos os acordos firmados com a Inglaterra, por outro lado havia o

perigo de lutas pela independência a exemplo de outros países da América

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Latina, que haviam conquistado suas independências como o Paraguai (1811),

Argentina (1816).

Com a partida de D.João para Portugal, cresceu no Brasil as

divergências entre brasileiros e portugueses partidários da re-colonização do

Brasil, nesse panorama de divergências surgiram três partidos políticos.

Partido Português – formado por comerciantes portugueses e militares,

eram favoráveis a re-colonização do Brasil por Portugal.

Partido Brasileiro – formado pela elite agrária brasileira, eram favoráveis

a Independência do Brasil com D.Pedro como imperador.

Partido Liberal Radical – formado pela classe média urbana, defendia a

Independência, uma república, o fim da escravidão.

Em dezembro de 1821 começaram a chegar os decretos vindos de

Portugal, com a finalidade de recolonizar a antiga colônia e limitar e até anular

os poderes de D.Pedro.

1)Abolia a regência de D.Pedro e exigia seu retorno para Portugal

2)Estabelecia que as províncias deveriam se submeter as ordens de

Lisboa e não as ordens de D. Pedro no RJ.

3)Decretavam a extinção de tribunais e órgãos públicos em

funcionamento no RJ.

Esses decretos levaram o Partido Brasileiro a se mobilizar diante do

perigo da re-colonização do Brasil por Portugal, no RJ organizaram o Clube da

Resistência e passaram a colher assinaturas pedindo ao príncipe D.Pedro que

ficasse no Brasil.

Em 9 de Janeiro de 1822 D.Pedro recebeu o documento com 8 mil

assinaturas e se decidiu a ficar no Brasil (Dia do Fico), o que representou um

passo importante no processo de independência do Brasil, uma vez que D.

Pedro sendo português, optava em ficar ao lado dos Brasileiros.

Em maio de 1822 as relações entre D.Pedro e Portugal se desfaziam

rapidamente, o príncipe decretou.

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“A partir de hoje, qual quer decreto de Portugal, só poderá ter valor

quando eu assinar o cumprasse”.

Novas ordens vindas de Portugal desqualificavam a autoridade de

D.Pedro, assim em 07 de setembro de 1822, quando voltava de São Paulo,

D.Pedro proclamou a independência do Brasil em relação a Portugal, apoiado

pelo Partido Brasileiro, principal grupo de apoio no processo de emancipação

do Brasil em relação a Portugal.

PRIMEIRO REINADO – 1822 - 1831

Com a proclamação da independência do Brasil em

relação ao domínio colonial português tivemos a vitória do

Partido Brasileiro, dos grandes proprietários rurais. Esse

partido comandou o processo de emancipação por estar

muito próximo de Don Pedro, onde os irmãos Andrade de

São Paulo, ricos fazendeiros foram os grandes

articuladores do Dia do Fico.

A maioria das províncias aceitou o novo governo do Rio de Janeiro,

porém as Províncias do Pará e da Bahia continuaram leais as ordens de

Portugal, isso levou Don Pedro a contratar mercenários ingleses com a

finalidade de submeter ás regiões rebeldes ao poder do governo de D.Pedro I,

isso ficou conhecido como “Pacificação das Províncias”.

Reconhecimento Da Independência

O Brasil precisava de reconhecimento internacional como país

independente, esse processo se efetivou mediante negociações com governos

estrangeiros.

O primeiro país a reconhecer nossa independência forma os EUA –

Doutrina Monroe

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O segundo país foi Portugal, mediante o pagamento pelo Brasil aos

portugueses de dois milhões de libras esterlinas, além do reconhecimento de

D.João VI como imperador perpétuo do Brasil, um título simbólico.

O terceiro país foi a Inglaterra, mediante a manutenção das taxas

comerciais estabelecidas por D.João em 1810 (15%) nas alfândegas do Brasil

para produtos importados da Inglaterra.

Constituição da Mandioca

O Brasil carecia de uma constituição para regulamentar a vida da jovem

nação, assim em 1823 foi estabelecida a Assembléia Constituinte com essa

finalidade, ocorre que o critério de participação política adotado foi altamente

elitista, foi adotado o seguinte critério:

O eleitor para ter o direito de votar em um deputado, deveria comprovar

ser dono de 150 alqueires de mandioca.

O eleitor apto a votar em um senador deveria comprovar ser dono de

500 alqueires de mandioca.

Para ser candidato ao cargo de deputado o candidato deveria comprovar

ser dono de 500 alqueires de mandioca.

Para ser candidato ao senado, o candidato deveria comprovar ser dono

de 1000 alqueires de mandioca.

Esse critério afastava os candidatos do Partido Liberal Radical, que

queriam reformas políticas que contrariavam os planos das elites agrárias e

escravistas, que não tinham intenções de mudar a estrutura vigente do período

colonial, essa elite queria garantir a sua presença junto ao poder e manter tudo

como estava, assim esse critério de renda afastava qualquer possibilidade de

gente da classe média participar da Constituição.

Os constituintes do Partido Brasileiro queriam D.Pedro como imperador

do Brasil, mas submetido à autoridade do Congresso e das instituições que

caracterizaria uma Monarquia Representativa a exemplo da Inglaterra ou de

Portugal, mas D.Pedro não aceitou a idéia de limitar seus poderes, que ele

queria Absolutos.

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Diante dos choques entre o imperador e os constituintes, em 12 de

novembro de 1823, D.Pedro dissolveu a Assembléia Constituinte, episódio

conhecido como “Noite da Agonia”.

O passo seguinte foi a convocação de 10 homens de confiança de

D.Pedro, com a finalidade de elaborar uma nova constituição, que foi

coordenada pelo próprio imperador, como ele mesmo alegou;

“ A constituição deve ser digna da minha pessoa e depois do Brasil”

Assim em 1824 foi apresentada à nação a primeira constituição do Brasil,

que não foi votada pela sociedade, mas foi Outorgada pelo imperador.

Constituição de 1824

Criava o Poder Moderador, de uso exclusivo do imperador

caracterizando uma Monarquia Absolutista.

Criação o Senado Vitalício

Voto censitário – somente para quem tivesse renda suficiente

Regalismo – submetia a igreja ao controle do imperador, ficando a igreja

católica como oficial, o Regalismo se caracterizava da seguinte forma:

Padroado – o imperador nomeava os bispos e cardeais, assim como se

responsabilizava pelo pagamento dos salários dos religiosos em todo o país.

Beneplácito – O imperador tinha o direito de anular decretos e normas

do Vaticano no Brasil.

Voto descoberto (não secreto)

Presidentes de Províncias (estados) – seriam nomeados pelo imperador

Poder

Moderador

Poder Executivo Poder Judiciário Poder Legislativo

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A constituição garantia os direito e privilégios das elites existentes antes

da independência, os homens do Partido Brasileiro, que buscavam garantir

autonomia em suas províncias foram frustrados pelo texto constitucional, que

concentrava todos os poderes nas mãos do imperador limitava a sociedade a

meros súditos, sujeitos a suas ordens.

Por meio do poder moderador, D. Pedro tornava-se um imperador com

características Absolutistas, a exemplo das monarquias européias do século

XVIII.

Confederação do Equador 1824

Causas:

Constituição de 1824, outorgada, marginaliza a

sociedade – Poder Moderador x Federalismo.

Crises econômicas no Nordeste – O açúcar devido á

concorrência.

Impostos crescentes nas áreas de exportação

Influência das Independências na América

Espanhola (Repúblicas)

Privilégios aos portugueses no comércio (monopólio)

A nomeação de um novo presidente para a província de Pernambuco e

sua política agressiva contra os interesses locais desencadeou a luta pela

independência da província

Lideres

Manuel Paes de Andrade

Frei Caneca – editor do jornal Tífis Pernambucano

Cipriano Barata – editor do jornal Sentinela da Liberdade

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O movimento rebelde ganhou a adesão de outros estados (províncias) do

nordeste como, RN, PB, CE e Maranhão.

O programa dos rebeldes era avançado para seu tempo e assustou a elite

agrária do nordeste, pois apresentava a possibilidade de mudanças profundas

como:

Independência em relação ao Brasil

Instauração de uma República.

A garantia de Federalismo, cada província poderia eleger seu próprio

governante.

Abolicionismo, o fim do tráfico de escravos para o porto de Recife.

A Constituição provisória seria a da Colômbia.

Don Pedro contratou mercenários ingleses e franceses para reprimir os

rebeldes da Confederação, uma vez que o Brasil não dispunha exército até

então, a repressão aos rebeldes foi violenta, foram quase todos executados.

Guerra da Cisplatina – 1825 - 1828

Região da Cisplatina havia sido incorporada ao Brasil em 1816, no

período de D.João, mas a população não aceitava o fato de ser governada por

uma autoridade brasileira, assim em 1825 o general argentino Lavajeda

desembarcou na região da Cisplatina comandando uma tropa militar para

garantir a autonomia da região em relação ao Brasil.

D.Pedro mandou tropas para a região com a finalidade de expulsar os

argentinos, o conflito evoluiu até 1828.

Para o Brasil era vital garantir a liberdade de navegação do Rio da Prata,

se a região ficasse em mãos dos argentinos essa via de acesso ao Mato Groso

ficaria fechada ao Brasil, assim em 1828 a Inglaterra entrou como mediadora

no conflito.

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Assim ficou estabelecida a autonomia da região, a Cisplatina não ficaria

com o Brasil e nem com a Argentina, dando origem a um novo país, o Uruguai,

garantindo assim que o Rio da Prata continuaria um rio internacional.

Abdicação de Pedro I – 1831

Causas

A manutenção do sistema Absolutista, que inviabilizava a possibilidade

do Federalismo para as províncias.

A repressão aos rebeldes da Confederação do Equador, havia sido

violenta.

As diversas crises econômicas do Brasil, concorrência internacional.

Guerra da Cisplatina, que havia consumido grandes somas e vidas e

resultou na perda daquele território.

Envolvimento de D.Pedro na sucessão do trono português e as revoltas

resultantes.

O assassinato do jornalista Líbero Badaró, editor do jornal Observador

Constitucional, o maior crítico da política de D.Pedro.

Noite das Garrafadas – portugueses x brasileiros.

Nomeação do ministério dos marqueses (portugueses)

Militares na oposição devido aos benefícios dispensados aos militares

estrangeiros, mercenários contratados pelo imperador.

D.Pedro caiu no vazio de poder, pois não podia mais contar com as forças

que o haviam levado ao poder, sem apoio da classe dos grandes fazendeiros,

abdicou do poder em 7 de Abril de 1831 a favor de seu filho Pedro de Alcântara

que tinha 5 anos de idade e não poderia governar o Brasil, que seria

governado pelo sistema de Regentes até a maioridade do herdeiro.

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REGÊNCIAS – 1831 – 1840

O período regencial é considerado o momento em que finalmente o Brasil

passava a ser administrado por um governo brasileiro, constituído pela elite

agrária do país.

Partidos Políticos

Partido Liberal Moderado (Chimangos) defendiam a monarquia

representativa

Partido Liberal Exaltado (farroupilha) defendiam o federalismo das

províncias

Partido Restaurador (Caramuru) defendiam a volta de D. Pedro I

Regência Trina Provisória – 1831

1)Ministros brasileiros readmitidos

2)Anistia aos presos políticos

3)O poder político ficava nas mãos das Câmaras de deputados

4)Expulsão dos estrangeiros do exército

5)O Poder Moderador ficaria suspenso até a maioridade de D.Pedro II

6)O regente não poderia dissolver a câmara dos deputados, declarar

guerra ou criar impostos sem aprovação da câmara.

Regência Trina Permanente – 1831-1835

Padre Diogo Antonio Feijó - nomeado ministro da justiça

Criação da Guarda Nacional, marginalização do exército.

A Guarda Nacional foi criada para defender os interesses da elite agrária,

uma vez que o exército não era confiável, pois participou de rebeliões e

agitações ao lado do povo no Rio de Janeiro, que resultaram na abdicação de

D.Pedro I. A Guarda Nacional ficava subordinada ao ministro da Justiça e era

formada por fazendeiros e seus agregados.

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1832 – Código de Processo Criminal, estabelecia, que os juízes das

províncias seriam eleitos e não mais nomeados pelo poder central como antes.

1834 - Ato Adicional - Buscava conciliar as divergências entre exaltados e

moderados ligados ao governo;

Criava as Assembléias Legislativas provinciais com amplos poderes, o

presidente da província continuava sendo indicado pelo poder central (regente).

A cidade do Rio de Janeiro (capital) - elevada a município neutro

Substituía a regência Trina pela Regência Una, que seria eleita pelas

Assembléias das Províncias.

Mandato do regente – 4 anos

Padre Feijó foi eleito o primeiro regente.

Regência Una de Feijó – 1835 – 1837

Durante a regência do padre Feijó ocorreram várias

rebeliões em todo o país, que buscavam reformas mais

profundas na ordem social e econômica, tais como;

Cabanagem no Pará, Farroupilha no RS, Sabinada na

Bahia, Balaiada no Maranhão.

Os partidos políticos deste período se caracterizaram

por dois grupos constituídos da mesma classe social, os

grandes proprietários rurais.

Liberais ou Progressistas

Conservadores ou Regressistas.

A Regência do padre Feijó foi marcada por conflitos internos, relacionados

aos grupos no poder, como por exemplo:

Os conservadores negavam verbas ao regente para combater as

rebeliões regenciais e o acusavam de ser fraco diante dos rebeldes.

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O regente envolveu-se em conflitos com a igreja ao defender: o fim do

celibato clerical e das ordens religiosas de padres e freiras no Brasil.

Outro problema do regente foi: os atritos com o exército devido á fuga de

Bento Gonçalves (líder farroupilha), de uma prisão na Bahia.

Em 1837, o padre Feijó isolado e sem apoio, renunciou a favor de Araújo

Lima, encerrando o período dos liberais dentro do governo regencial.

Regência de Araújo Lima – 1837 – 1840

A regência de Araújo Lima é também conhecida como o período do

retrocesso conservador, que se caracterizou pelo afastamento dos liberais do

poder.

“Temos que acabar com a descentralização, para garantir os privilégios

do latifúndio escravista”

Esse período foi marcado pelo centralismo político nas mãos do regente,

que entendia como essa a única forma de acabar com as rebeliões regenciais.

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REBELIÕES REGENCIAIS

Cabanagem – Pará – 1834 –1840

O Pará era controlado pelos portugueses, o imperador D.Pedro I para

garantir a união ao Brasil enviou o mercenário inglês Grenfell para a região em

1823, a reação dos paraenses contra os mercenários foi comandada pelo

padre Batista de Campos ao lado dos cabanos (população pobre, que vivia nas

regiões ribeirinhas), o resultado foi um massacre, (Navio Palhaço – 300

mortos).

A independência não melhorou a vida da população paraense, sujeitos ao

controle comercial dos portugueses e discriminados pelas autoridades

imperiais.

Em 1833 o governo regencial nomeou Bernardo Lobo de Souza como o

novo presidente da província do Pará, o novo governante, logo que chegou do

Rio de Janeiro, iniciou uma política repressiva, que se caracterizou por;

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Perseguição aos inimigos políticos

Recrutamento forçado de inimigos, que eram enviados ao RS, para lutar

contra os Farrapos ao lado das tropas regenciais.

Exílio de inimigos políticos

Benefícios aos portugueses, que detinham o monopólio de comércio na

região.

As perseguições e humilhações que a população sofria foi gerando um

sentimento de ódio e rancor contra o governo provincial, assim os cabanos do

interior passaram a se organizar para a luta.

Em 07 de Janeiro de 1834, os cabanos dominaram Belém do Pará e

fuzilaram Lobo de Souza, o líder dos cabanos Clemente Melcher ao invés de

desenvolver uma política autônoma, como muitos esperavam, ao contrário,

declarou-se aliado do governo regencial do RJ, em 19 de Fevereiro de 1834

acabou sendo fuzilado pelos cabanos, acusado de traição.

O novo líder do movimento, Francisco Vinagre seguiu a mesma política de

aliança com o governo regencial, foi afastado pelos cabanos.

Em 1836 Eduardo Angelim passou a comandar os cabanos e tomou

medidas autonomistas como;

Proclamou a República do Pará – separado do Brasil

Extinguiu o tráfico de escravos para o Pará, os fazendeiros que

apoiavam o movimento se afastaram e passaram a trair os cabanos.

Dividiu as terras dos portugueses com os cabanos (reforma agrária)

O governo regencial do Rio de Janeiro organizou a repressão aos

rebeldes mandando tropas sob o comando do Barão de Caxias com a ordem

de não fazer prisioneiros, o resultado desse conflito que terminou em 1840,

registrou a morte de 30.000 cabanos e a reintegração do Pará ao Brasil.

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Revolução Farroupilha – RS – 1835 – 1845

O Rio Grande do Sul era uma província sem grande importância

econômica aos olhos do governo regencial, produzia charque com mão de obra

escrava, que se destinava a alimentar os escravos envolvidos na produção de

açúcar, mineração e café e outros produtos importantes à economia do país.

O RS se enquadrava dentro de uma economia complementar em relação

aos produtos de exportação. O charque gaúcho era caro, pois era produzido

com mão de obra escrava. Outros fatores tornavam o charque gaúcho um

produto caro, como por exemplo, impostos sobre o sal.

O governo regencial passou a comprar charque argentino, mais barato,

era produzido pelos “saladeros”, que possuíam mão de obra assalariada, isso

possibilitava garantir preços mais baixos para o café brasileiro no mercado

internacional.

Em 1834 ocorre a primeira

eleição para a Assembléia Legislativa

no RS e crescem as divergências

entre os estancieiros, charqueadores

em relação ao presidente da

província Antonio Rodrigues Borges

nomeado pelo governo regencial, os

conflitos políticos tiveram início

quando o presidente da província

acusou o fazendeiro Bento

Gonçalves de contrabandista por levar gado do RS para o Uruguai.

Em 1835 Bento Gonçalves comandou um grupo de estancieiros e

invadiram Porto Alegre, depuseram o presidente da província, que fugiu para

Rio Grande e a seguir para o RJ. Em 1836 foi proclamada a República do

Piratini ou Rio-grandense (separatista).

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Entre 1836 e 1837 Bento Gonçalves ficou preso numa prisão da Bahia,

de onde fugiu apoiado pelos rebeldes da Sabinada, outro movimento de

oposição ao governo central, que surgiu em Salvador.

Em 1839 – David Canabarro e Giuseppe Garibaldi dominaram Santa

Catarina, fundando a República Juliana.

No ano de 1839 o comando das operações militares do governo

regencial foi entregue a Caxias, que vinha pra o RS com a função de dominar

os rebeldes gaúchos, usando de vários informantes contrários aos farroupilhas,

Caxias fechou o fornecimento de artigos que garantiam a resistência dos

farroupilhas, provenientes do Uruguai.

As tropas regenciais foram ganhando terreno e somando vitórias, em

1840 o governo do RJ ofereceu anistia aos farroupilhas, que não aceitaram e

continuaram lutando até a derrota final em 1845, quando foi assinado o tratado

de paz conhecido como Tratado do Ponche Verde, entre David Canabarro e o

representante do governo central, esse tratado garantiu imensas vantagens

aos estancieiros e charqueadores gaúchos, tais como:

Anistia total aos farrapos, que não seriam julgados ou punidos.

Indenização aos fazendeiros envolvidos no conflito

Incorporação dos farrapos no exército imperial, nos mesmos postos que

exerciam no exército farroupilha, exceto o de general.

Garantia de Federalismo ao RS, isso é – o RS poderia eleger seu próprio

presidente de província, que não seria mais nomeado pelo governo central.

Taxação do charque argentino, garantindo assim a venda do charque

gaúcho no Brasil.

Liberdade aos negros gaúchos que haviam lutado ao lado dos

farroupilhas.

Todas essas vantagens garantidas á elite agrária do RS, tinha como

objetivo evitar que o RS viesse a se separar do Brasil e ligar-se ao Uruguai ou

a Argentina, onde os estancieiros gaúchos tinham negócios e muitas vezes até

fazendas.

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Assim por meio de um tratado altamente vantajoso aos estancieiros

gaúchos (Ponche Verde) o governo central afastava o fantasma da

fragmentação territorial (separatismo).

Os negros que lutaram ao lado dos farrapos, não foram libertados

como previam os acordos e promessas, foram traídos pelos farrapos, depois de

desarmados foram massacrados pelas tropas do exército imperial, os

sobreviventes foram vendidos como escravos no Rio de Janeiro, esse episódio

ficou conhecido como “Traição de Porongos”.

Sabinada – Bahia – 1837 –1838

A Província da Bahia vivia em crises permanentes como o monopólio do

comércio em mãos dos portugueses, que só empregavam filhos de

portugueses marginalizando os brasileiros em relação ao comércio, a isso se

soma.

Carestia dos gêneros de primeira necessidade

Altos impostos pagos pela população por tratar-se de região de produção

exportadora (açúcar, algodão).

Perseguições políticas aos adversários do governo central.

Recrutamento forçado da população para lutar no sul contra os

farroupilhas.

Em 1837 o doutor Sabino, médico de Salvador comandou um movimento

que levou o seu nome (Sabinada), contra o governo provincial, que foi deposto.

Proclamaram a República da Bahia até a maioridade de D. Pedro prevista

para 1843 e prometeram libertar todos os escravos nascidos no Brasil, que

apoiassem o movimento.

Os fazendeiros escravistas percebendo que não seriam indenizados

quando da libertação de seus escravos, passaram a trair o movimento em favor

do governo Regencial, assim em 1838 as tropas regenciais contando com o

apoio dos senhores de engenho da Bahia liquidaram com o movimento, que

resultou em 2.000 mortos e 3.000 prisioneiros, que foram anistiados em 1840

pelo imperador D. Pedro.

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Balaiada – Maranhão – 1838 – 1841

O Maranhão era outra província pobre e atrasada do Brasil, onde também

havia o monopólio de comércio nas mãos dos portugueses e a mesma

discriminação em relação à maioria da população pobre.

A Balaiada não se constituiu num movimento organizado como foram a

Cabanagem no Pará ou os Farrapos no RS, surgiu de forma espontânea,

resultado do rancor e ódio de alguns homens de realidades diferentes como:

Raimundo Gomes – Vaqueiro, que atacou uma delegacia e libertou seu

irmão.

Manuel Francisco dos Anjos – fabricante de balaios

Cosme Bento – líder dos negros fugido, que tinha idéia de formar uma

sociedade constituída somente por negros e afro – descendentes.

Esse grupo sem um programa político ou social definido, chegou a

dominar uma cidade (Caxias) no interior do Maranhão, mas por falta de

unidade e de apoio popular acabaram sendo derrotados pelas tropas do Barão

de Caxias, foram anistiados em 1841 pelo Imperador.

Golpe da Maioridade de D.Pedro

Os liberais afastados do poder durante a Regência de

Araújo Lima, fundaram o Clube da Maioridade de D. Pedro com

a intenção de;

Garantir a volta dos liberais ao poder, afastando os

conservadores.

1) A presença do imperador no trono acabaria com as rebeliões.

2) Afastaria o fantasma da fragmentação territorial defendida pelos

separatistas.

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A campanha da maioridade de D Pedro correu o

país e ganhou adeptos, a maioria cansados com a

centralização do poder nas mãos dos conservadores,

os liberais esperavam com isso garantir mais

autonomia as províncias.

Essa campanha acabou vitoriosa, assim em 23

de setembro de 1840. D. Pedro de Alcântara com

apenas 14 anos de idade foi coroado como D. Pedro II,

dando início ao segundo reinado, que durou até l889.

Segundo Reinado –1840 - 1889

Com o golpe da maioridade de D. Pedro, os liberais chegavam ao poder

novamente encerrando o período conservador da Regência de Araújo Lima,

formou-se o ministério dos irmãos liberais Andradas e Cavalcanti que estiveram

no poder em 1840 e 1841, esse período é marcado por fraudes eleitorais,

violência política dos liberais para garantir o poder e a eleições de

correligionários, esse processo ficou conhecido como eleições do Cacete.

Em 1842 D. Pedro II afastou os liberais e nomeou um ministério formado

por conservadores de confiança do imperador, essa troca foi chamada de

retrocesso Conservador.

Revolta dos Liberais (1842)

Afastados do poder os liberais, não aceitavam o fato de serem

substituídos pelos conservadores, partiram para a luta armada contra o

governo, inicialmente o movimento ganhou forma em São Paulo com o apoio

do Padre Feijó, foram vencidos pelas tropas de Caxias, a seguir o movimento

se desenvolveu em Minas Gerais com o exaltado Teófilo Otoni, mas acabaram

vencidos também, todos os rebeldes foram anistiados em 1844 por ordem do

Imperador.

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Medidas adotadas pelos conservadores;

Restauração do conselho de estado, para assessorar o imperador

(portugueses).

Reforma do Código de Processo Penal – acabava com a eleição dos

juízes nas províncias, seriam nomeados pelo imperador.

Defendiam o restabelecimento do poder Moderador, de uso exclusivo do

imperador.

Retorno dos Liberais ao Poder – 1844

Tarifa Alves Branco – 1844 – as medidas adotadas pelo ministro da

economia Alves Branco aumentavam as taxas de produtos importados para

20% e todo o produto que já tivesse similares sendo produzidos no Brasil

sofreriam aumentos de 20% até 60%, essa medida tinha por finalidade

promover o desenvolvimento da indústria brasileira.

Lei Bill Aberdeen – 1845 - A Inglaterra reagiu a essas medidas

protecionistas adotadas pelo Brasil, a lei Bill Aberdeen, que dava direitos aos

navios ingleses cassar navios negreiros nos 7 mares, o Brasil nunca cumpriu

acordos anteriores com os ingleses no sentido de diminuir o tráfico de

escravos, por outro lado os ingleses queriam acabar com a escravidão no

mundo, buscando com isso aumentar o mercado consumidor a base de

salários. A lei Bill Aberdeen tinha por finalidade garantir o desenvolvimento do

capitalismo inglês e a Revolução Industrial em marcha na Europa, portanto a

escravidão tornava-se um entrave a esses planos.

Revolução Praieira – 1847 – 1850 – Pernambuco

Origens

Controle político de Pernambuco nas mãos de Conservadores e Liberais.

Comércio controlado por portugueses, que não empregavam brasileiros.

Corrupção e benefícios aos mesmos grupos no poder (liberais e

Conservadores)

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Em 1842 foi fundado o Partido da Praia e seu jornal Diário Novo na rua da

praia em Recife, que apresentava um programa moderno, prometendo acabar

com os benefícios e os vícios da administração pública.

No ano de 1844 os praieiros conseguiram que o governo no Rio de

Janeiro nomeasse um presidente para a província de Pernambuco, aliado dos

praieiros, Chichorro da Gama.

Uma vez no poder, os praieiros passaram a fazer a mesma política de

seus adversários, a mesma corrupção, os mesmos benefícios conseguidos

com verbas públicas, enfim a mesma receita dos conservadores e liberais.

Em 1848 os conservadores voltam ao poder, os praieiros não aceitaram o

resultado das eleições e partiram para a luta armada, usando seus engenhos

como bases militares juntamente com seus agregados.

Parlamentarismo as Avessas - 1847

Para evitar os constantes choques e disputas entre liberais e

conservadores, foi criado em 1847 o Parlamentarismo no Brasil, porém esse

sistema foi completamente alterado em relação ao seu original inglês.

Aqui o poder Legislativo ficava submetido ao controle do Imperador, que

se valia da prerrogativa do Poder Moderador, assim o próprio imperador

nomeava o primeiro ministro, que não passava de um subordinado do próprio

imperador.

Política de Conciliação – 1848 – 1853

Foi á medida de conciliação adotada pelo imperador, garantindo um

governo partilhado com políticos liberais e conservadores atuando no governo,

essa medida tinha por finalidade garantir a paz e promover o desenvolvimento

do país.

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Lei de Terras de 1850

Essa lei proibia a doação de terras públicas (devolutas) a particulares,

essas terras somente poderiam ser vendidas, essa medida favoreceu aos

latifundiários ligados a exportação, que mesmo pagando caro pela terra logo

teriam o retorno do capital garantido pela exportação, com isso se evitava que

pobres livres e estrangeiros tivessem a cesso a terra.

A ERA MAUÁ – 1850 – 1873 - INDUSTRIALIZAÇÃO

Fatores

Tarifa Alves Branco de 1844 – reduziu as

importações

Abolicionismo – mercado de consumo

Investimentos de capitais ingleses

Cafeicultores do Oeste paulista favoráveis a

modernização

Desenvolvimento urbano e diversidade de

consumo

O Barão de Mauá desenvolveu vários projetos modernizantes como:

1)Sistema de iluminação a gás no Rio de Janeiro

2)Primeiro sistema de barcos a vapor pelo rio Amazonas

3)Estaleiros no Rio de Janeiro

4)Fundou bancos no Brasil e Uruguai

5)Financiou a instalação de novas indústrias no Brasil

Mesmo com todo o seu dinamismo o Barão de Mauá acabou falido devido

á oposição dos conservadores aliados a certos setores da indústria inglesa que

não queria o desenvolvimento industrial do Brasil.

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Imigração

Em 1847 chegaram os primeiros colonos alemães para trabalhar na

fazenda de café do senador Vergueiros em São Paulo, essa imigração atendia

a vários interesses como;

Colonos sem terra na Europa buscavam um país sem guerras para

recomeçar a vida.

Governo brasileiro queria evitar que o Brasil tivesse um número

exagerado de negros no território, medo do Haitianismo.

Governo defendia abertamente a teoria racista de “branqueamento do

Brasil”.

O que ocorreu aí foi uma tentativa de explorar esses colonos como

escravos o que resultou em revoltas, outro aspecto das revoltas foi o

estabelecimento de uma forma de exploração conhecida como Colonato ou

parceria, ou seja;

O colono (ou parceiro) era obrigado a comprar tudo o que necessitava na

fazenda do cafeicultor com preços aumentados, dessa forma os colonos

estavam sempre endividados com o dono das terras e não poderiam

abandonar a fazenda sem antes quitar suas dívidas.

O colonato nada mais é que uma forma de escravidão disfarçada, em

1857 ocorreram as grandes revoltas de colonos, o que resultou na proibição

dos governos europeus de mandarem novos colonos ao Brasil.

O Brasil criou um novo sistema de imigração em 1870 devido á

dificuldade de mão de obra escrava, (Lei Euzébio de Queirós 1850) esse novo

sistema ficou conhecido como Imigração Subvencionada, que se caracterizava

pelo pagamento do estado com os custos de transportes dos colonos da

Europa para o Brasil e proibia a prática do Colonato.

O transporte de escravos africanos para o Brasil foi dificultado pela

marinha inglesa que cumpria as determinações a Lei Bill Aberdeen, caçar

navios negreiros nos sete mares e proibir o uso de escravos na América.

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Colonos no Rio Grande do Sul

A vinda de imigrantes alemães e italianos para o RS atendia a uma

realidade diferente do sistema cafeicultor de São Paulo, aqui era necessário

ocupar áreas sem povoamento ou produção, assim em 1824 chegaram os

primeiros colonos alemães na região de São Leopoldo, que ganharam do

estado 25 hectares de terra por família, ficando proibido comprar escravos e

participar da vida política.

Em 1875 chegaram ás famílias de colonos italianos, que foram instalados

em Farroupilha e ganharam 25 hectares de terra por família.

A grande diferença dos sistemas de imigrante trazidos para SP onde

deveriam trabalhar para os cafeicultores, no RS esses colonos vieram para

trabalhar numa terra que era sua, tratava-se de um modelo diferente de

colonização, similar ao ocorrido no norte dos EUA, (ocupação da terra por

famílias).

Política Externa do segundo Reinado

Questão Christie

As relações diplomáticas entre o Brasil e a Inglaterra vinham se

deteriorando ao longo dos tempos, o Brasil não cumpria os acordos que

assinava com o governo inglês quanto á questão de diminuir ou acabar com o

tráfico de escravos (1810, 1845, 1850)

A aprovação da tarifa Alves Branco resultou na diminuição das

exportações inglesas para o Brasil. Em 1861 o navio inglês Príncipe de Gales

naufragou na costa do RS e foi saqueado, o embaixador inglês no Brasil,

William Christie exigiu a imediata indenização da carga perdida, o governo

brasileiro atendeu a exigência.

O segundo incidente ocorreu quando dois marinheiros ingleses

completamente bêbados foram detidos no RJ por estarem promovendo

desordem, logo a seguir foram liberados.

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O embaixador inglês exigiu, que os policiais brasileiros fossem punidos,

como o governo brasileiro se negou a cumpri tal exigência, a marinha inglesa

aprisionou cinco navios brasileiros ancorados no RJ.

O caso foi levado a um tribunal internacional, julgado pelo rei Leopoldo da

Bélgica, que foi favorável ao Brasil, como a Inglaterra não apresentou

desculpas diplomáticas, em 1863 o Brasil rompeu relações com o governo

inglês, que só foram reatadas em 1865, quando a Inglaterra apresentou as

desculpas formais

Guerra contra Oribe no Uruguai e Rosas da Argentina

Em 1850 chegava ao poder na Argentina o general Rosas

depois de violenta guerra pela unificação do país. Rosas queria

restabelecer o antigo Vice Reino do Prata, que uniriam

Argentina, Uruguai e Paraguai, para isso Rosas estabeleceu

uma aliança com o presidente Oribe do Uruguai, o Brasil não

aceitou o acordo dos dois presidentes, pois temia:

A criação de um poderoso estado no sul, unindo Argentina e Uruguai.

O fechamento da navegação pelo Rio da Prata

O levante de caudilhos gaúchos aliados de uruguaios contra o império

O renascimento do separatismo no RS

O Brasil uniu-se ao Partido Colorado no Uruguai contra os Blancos, que

eram aliados da Argentina, e passou a apoiar o general Urquiza inimigo de

Rosas.

Usando essa política de alianças em 1852 o Brasil colocou Frutuoso

Rivera no poder do Uruguai enquanto na Argentina garantiu a vitória de

Urquiza, que derrubou Rosas, assim o governo brasileiro garantia a livre

navegação pelo Rio da Prata e evitava a fragmentação territorial do país.

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Guerra contra Aguirre – 1864 – 1865 – Uruguai

Aguirre do partido Blanco uruguaio havia chegado ao poder e fez uma

aliança com o Paraguai, o que passou a preocupar o Brasil devido a atitude do

governo uruguaio diante de vários atritos surgidos na fronteira com o RS.

Razões do conflito:

Perseguição aos brasileiros estabelecidos no Uruguai.

Invasão de fazendas brasileiras por uruguaios.

Indiferença do governo uruguaio diante dos protestos brasileiros.

Em 1850 o Almirante Tamandaré colocou a esquadra brasileira diante do

porto de Montevidéu no Uruguai, levando Aguirre a renunciar, assim o Brasil

garantiu a ascensão de Venâncio Flores do partido colorado, aliado do Brasil

ao poder.

Guerra do Paraguai – 1865 – 1870

O Paraguai havia conquistado sua independência em 1811 e desenvolveu

um modelo político – econômico diferente dos demais países latino-

americanos.

Erradicou o analfabetismo

Desenvolveu fábricas de armas

Indústria siderúrgica

Estradas de ferro

Telégrafos

Estâncias da Pátria – reforma agrária e o fim do latifúndio.

Pequenas propriedades controladas pelo estado

Controle do estado sobre a economia

Exportador de erva mate

Desenvolveu o maior exército da América do Sul

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Quando o Brasil derrubou o presidente Aguirre do Uruguai, aliado do

Paraguai, o governo paraguaio protestou temendo perder o acesso ao mar pelo

Rio da Prata. As tropas paraguaias invadiram Dourados no MT e prenderam o

navio Marquês de Olinda com o governador do MT.

A Inglaterra não queria o desenvolvimento

do Paraguai e levou o Brasil, Uruguai e

Argentina a assinarem a Tríplice Aliança (1865),

contra o Paraguai.

Em 1868 o Brasil obteve importantes

vitórias contra ass tropas paraguaias nas

batalhas de; Itaboraí, Avaí, Angosturas e Lomas

Valentinas, nessa altura da guerra, o Paraguai já

não dispunha de armas e combatentes para

conseguir a vitória. Em 1870 o presidente

paraguaio Francisco Solano Lopez morreu e a

guerra chegou ao fim.

O exército brasileiro promoveu o maior genocídio da história da América

do Sul, matando 75% da população, 600 mil pessoas em sua maioria adultos, o

país ficou reduzido a uma população de velhos e crianças.

No Paraguai foram restabelecidos o latifúndio, as desigualdades sociais e

a completa destruição da indústria. O Brasil saiu da guerra completamente

endividado com a Inglaterra.

A QUEDA DO SEGUNDO IMPÉRIO

Origens:

Abolicionismo:

1)Tarifa Alves Branco de 1844 – taxas alfandegárias de 20% a 60%

2)Lei Bill Aberdeen – 1845 – reação inglesa, caçar navios negreiros nos 7

mares

3)Lei Euzébio de Queirós – 1850 – fim do tráfico negreiro para o Brasil

resultou no tráfico interno.

4)Colonos de parceria – 1847 – 1857 – vale do Paraíba

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5)Lei do Ventre Livre – 1871 – Lei Visconde do Rio Branco

6)Greve dos Jangadeiros no Ceará – 1881 – negavam-se a transportar

escravos

7)Organização dos Caifazes – SP – 1881 – abolicionistas (Antonio Bento)

8)Lei dos Sexagenários – 1885 – Saraiva Cotegipe

9)Ceará e Amazonas aboliram a escravidão em 1884 e 1885

10)Exército se negava a caçar escravos fugidos –1887

11)Lei Áurea – 1888 – abolia a escravidão em todo o Brasil, sem

indenizações aos antigos donos e escravos.

Além dos movimentos abolicionistas brasileiros, havia as pressões da

Inglaterra e de todo o mundo pelo fim da escravidão no Brasil.

Os grandes fazendeiros donos de escravos não foram indenizados

quando da abolição da escravidão (Lei Áurea 1888), assim esses senhores de

escravos, que eram a base de sustentação do segundo reinado, sentiram-se

traídos e passaram a fazer oposição ao imperador e ao regime monárquico,

muitos deles passaram a apoiar o movimento republicano que estava surgindo

no país.

Questão Religiosa

A Constituição de 1824 estabelecia a sujeição da igreja ao Estado, pelo

Padroado e o Beneplácito, medidas incluídas na cláusula Regalismo, onde o

imperador tinha o direito de veto em decisões do Vaticano a serem aplicadas

no Brasil, que só seriam aplicadas após aprovação do Imperador.

Em 1864 o Papa Pio IX havia lançado a Bula Sylabus, onde proibia a

aproximação da igreja católica com os maçons, D. Pedro II ignorou a Bula,

afirmando que no Brasil essa medida não seria seguida pelo clero, porém o

Bispo de Olinda Don Vidal e Don Macedo, bispo do Pará seguiram as ordens

do Papa e passaram a punir padres ligados a maçonaria assim como se

negava de realizar casamento de maçons.

D. Pedro decretou a prisão por 4 anos dos dois bispos, que foram

submetidos a trabalhos forçados, humilhando os religiosos, esse episódio ficou

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conhecido como questão religiosa, a igreja passou a apoiar o movimento

republicano assim como aos abolicionistas, afastando-se do Imperador.

Questão Militar

1) 1883 – Tenente Coronel Sena Madureira critica o governo na imprensa,

pelo não pagamento de indenizações e aposentadorias de combatentes da

Guerra do Paraguai, o imperador proibiu os militares de se manifestarem na

imprensa.

2) 1884 – Militares se recusam a caçar escravos fugidos, o jangadeiro

Francisco do Nascimento foi condecorado pelos militares por se negar a

transportar escravos para os navios, que os trariam para o sul, ministros civis

convencem o imperador a demitir Sena Madureira, o alto comando do exército

intercedeu junto ao imperador para revogar a demissão.

3) O coronel Cunha Matos foi detido (1885) ao constatar irregularidades

no Piauí, onde os infratores eram aliados de políticos corruptos.

Esses incidentes levaram grande parte do alto escalão do exército á

oposição em relação ao imperador, aproximando-os do nascente movimento

republicano, por outro lado a Guerra do Paraguai havia aproximado

combatentes brancos e negros, além do contato entre oficiais do exército

brasileiro e do Uruguai e da Argentina, que eram republicanos e anti-

escravistas.

O exército brasileiro que voltou da Guerra do Paraguai, está diferente

daquele de antes do conflito, os militares voltaram com consciência de que a

monarquia não tinha mais condições de garantir progresso ou modernidade ao

Brasil como vinha ocorrendo em outros países América.

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Movimento Republicano

Em 1870 surgiu o “Manifesto Republicano” no Rio de Janeiro, em 1873 foi

fundado o Partido Republicano Paulista, pelos cafeicultores de São Paulo, que

buscavam reformas políticas e o direito de Federalismo, já conquistado pelos

gaúchos em 1845 (Tratado o Ponche Verde).

O movimento republicano se dividia em dois grupos distintos:

1) Republicanos Históricos ou evolucionistas, que defendiam a transição

da monarquia para a república de forma pacífica, sem violência.

2) Republicanos Revolucionários – pregavam o uso da força para

derrubar a monarquia e assim implantar a república no Brasil.

3) Positivistas – era um grupo ligado a filosofia de Augusto Comte, que

ganhou muitos seguidores dentro das forças armadas, onde Benjamim

Constant era o maior defensor desta filosofia.

Com as diversas crises geradas durante o segundo reinado, (Questão

Religiosa, Abolicionismo – Lei Áurea, Questão Militar) somado ao

conservadorismo de D. Pedro II, os descontentes vão buscar abrigo no Partido

Republicano, contra a decadente monarquia, a proclamação da república foi o

resultado da união entre a elite civil e os militares, representando a insatisfação

dos:

Latifundiários não indenizados pela abolição (Lei Áurea)

Militares, descontentes com os políticos (casacas), corruptos e

conservadores.

Classe Média urbana - não via futuro para suas aspirações com a

monarquia

Igreja – havia sido humilhada na questão religiosa

Empresários – buscavam ampliar seus negócios, porém a monarquia era

arcaica e não possibilitava nenhum avanço tecnológico.

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MATERIAL DE APOIO

FILMES SOBRE A IDADE MODERNA

1- Elizabeth - A Era de Ouro

2- The Tudors

3- A Outra

4- Maria Antonieta

5- Lutero

6- O Patriota

7- Elizabeth

8- Elizabeth I

9- 1492 - A Conquista do Paraíso

10- O Homem da Máscara de Ferro

11- The Tudors - 3ª Temporada

12- The Tudors - 4ª Temporada

13- Homem Que Não Vendeu Sua Alma

14- The Tudors - 2ª Temporada

15- A Rainha Margot

16- Henrique IV

17- Danton - O Processo da Revolução

18- O Enigma do Colar

19- Morte ao Rei

20- Vatel - Um Banquete para o Rei

21- Casanova e a Revolução

22- Revolução

23- Cristóvão Colombo - A Aventura do Descobrimento

24- Giordano Bruno

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ETAPA 2

EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA MÓDULO 1 HISTÓRIA GERAL

01. No início dos tempos modernos, assistimos a uma série de grandes

transformações que atuaram na desestruturação do mundo feudal e também se

refletiam na diminuição do poder da Igreja, na expansão comercial e marítima,

no desenvolvimento da burguesia, no Renascimento e na reforma religiosa.

Também está ligada a este período histórico:

a) a descentralização política e administrativa do Estado;

b) a formação das repúblicas federativas;

c) a ascensão das ditaduras pelas elites militares;

d) a ascensão das ditaduras lideradas pelas classes trabalhadoras;

e) a formação das monarquias nacionais absolutistas.

02. Leia as seguintes afirmações sobre as transformações ocorridas entre a

Alta e a Baixa Idade Média:

1. A descentralização e a fragmentação política deram lugar à unificação

territorial e às monarquias nacionais.

2. A produção rural autossuficiente foi substituída pela agricultura comercial.

3. O surgimento e o desenvolvimento da camada burguesa reforçaram os laços

da suserania e vassalagem.

4. Os valores medievais e a cultura teocêntrica foram substituídos pelas idéias

iluministas e liberais.

Assinale:

a) se todas as afirmações forem corretas;

b) se todas as afirmações forem incorretas;

c) se apenas as afirmações 1, 2 e 3 forem corretas;

d) se apenas as afirmações 1, 2 e 4 forem corretas;

e) se apenas as afirmações 1 e 2 forem corretas.

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03. A aliança entre Rei e Burguesia no final da Idade Média e início da Idade

Moderna não teve como objetivo:

a) o fortalecimento da centralização política contra o particularismo feudal

vigente até então;

b) a unificação de moedas, pesos e medidas, a fim de facilitar as transações

comerciais;

c) a definição de fronteiras e, ao mesmo tempo, de mercados internos e

externos;

d) a valorização das autoridades religiosas e a submissão do Estado à Igreja;

e) a imposição de código único de leis para o país em lugar do direito

consuetudinário feudal.

04. Um dos fenômenos marcantes da Renascença foi o surgimento de novas

teorias políticas e conômicas baseadas em fundamentação secular e não mais

teológica. Nesse passo:

a) foi rompida a tradição das explicações religiosas, morais e filosóficas ditadas

pela Igreja Católica;

b) ganha espaço o conceito de que economia, política e sociedade devem se

subordinar à religião;

c) cresceu a importância do clero secular, um dos principais pilares da Igreja;

d) foi negada a secularização do Estado, que até então mostrava-se

fortalecido;

e) os pensadores renascentistas passaram a atacar a acumulação capitalista.

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05. Ao final da Idade Média, a necessidade de novas rotas de comércio gerou a

expansão mercantil e marítima desenvolvida pelos países atlânticos. Até então,

a principal via comercial européia era o Mediterrâneo, cujo monopólio estava

concentrado nas mãos dos comerciantes:

a) venezianos e franceses

b) espanhóis e muçulmanos

c) venezianos e mouros

d) italianos e árabes

e) italianos e ibéricos

06. Apresentam-se como características da transição do feudo-capitalista,

exceto:

a) a formação das monarquias nacionais;

b) o surgimento da burguesia;

c) o aumento do poder da Igreja Católica;

d) o Renascimento Comercial;

e) o desenvolvimento da vida cultural.

07. A crise europeia dos séculos XIV e XV constituiu um bloqueio ao

desenvolvimento da economia de mercado. A superação desse processo foi

realizada por meio:

a) da isenção de tributos para as cidades;

b) do fortalecimento das corporações de ofício;

c) da Expansão Marítima;

d) de incentivo à lavoura feudal;

e) das Cruzadas.

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08. As rotas marítimas do Mediterrâneo, do Norte e do Báltico revitalizaram o

comércio europeu a partir do século XI. No continente europeu, essa

revitalização deu-se com:

a) as rotas terrestres que ligavam as cidades francesas e Constantinopla;

b) a expansão mercantil dos muçulmanos a partir da Espanha;

c) a participação dos mercadores vikings;

d) com as feiras medievais que surgiram ao longo das rotas de comércio;

e) a fundação das feitorias árabes na Península Ibérica.

09. A Expansão Marítima e Comercial é produto de um conjunto de fatores que

marcam a época de transição por que passava a Europa. Essa transição

caracteriza a passagem de um modo de produção em crise para outro, isto é:

a) do escravista para o feudal;

b) do capitalista para o escravista;

c) do feudal para o capitalista;

d) do feudal para o escravista;

e) do escravista para o capitalista.

10. (FUVEST) À época da expansão Marítima e Comercial, a Europa passava

por profundas transformações. Entre elas, podemos destacar, exceto:

a) o advento das monarquias nacionais;

b) a desintegração do escravismo;

c) o processo de formação do capitalismo;

d) a ascensão da burguesia mercantil;

e) o Renascimento Comercial.

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11. Ao contrário dos portugueses, que buscavam atingir as Índias contornando

a costa africana, Colombo:

a) concentrou suas navegações na parte Norte da América, em busca de uma

passagem ao Noroeste para o continente asiático;

b) dirigiu-se para o Oeste em busca da passagem Sudeste para o continente

asiático;

c) planejou atingir o Leste, onde se encontravam as Índias, viajando no sentido

Oeste;

d) Navegou pelo Oceano Atlântico em direção ao Canal da Mancha e Mar do

Norte, seguindo as instruções do Rei de Portugal;

e) concentrou suas navegações na parte Leste, em busca de uma passagem

Noroeste para as Índias.

12. (UNIP)

"... Diziam os mareantes, que depois desse cabo não há nem gente nem

povoado algum; a terra não é menos arenosa que os desertos da Líbia, onde

não há água, nem árvores, nem erva verde; e o mar é tão baixo, que a uma

légua da terra não há fundo mais que uma braça."

O texto faz referência à época:

a) das Grandes Navegações no início da Idade Média;

b) da Revolução Industrial na Idade Contemporânea;

c) do expansionismo marítimo lusitano;

d) das navegações fenícias;

e) do neocolonialismo.

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13. A esquadra enviada por D. Manuel, rei de Portugal, às Índias, sob o

comando de Pedro Álvares Cabral, tinha como objetivo:

a) estabelecer uma sólida relação comercial e política com os povos do

Oriente;

b) procurar outro caminho que conduzisse ao Oriente sem utilizar o

Mediterrâneo;

c) combater a pirataria nas Colônias portuguesas na costa oeste da África;

d) confirmar a existência de minas de metais preciosos no sul da Ásia;

e) verificar as possibilidades de exploração de mão-de-obra escrava.

14. Associe corretamente:

(A) Caboto I. Dinastia que iniciou as navegações francesas.

(B) Valois II. A serviço da Inglaterra, atingiu a região do Labrador.

(C) Francis Drake III. Fundador da Nova França.

(D) Walter Raleig IV. Realizou a segunda viagem de circunavegação.

(E) Jacques Cartier V. Criador da colônia da Virgínia.

a) A - I; B - III; C - IV; D - V; E – II

b) A - IV; B - II; C - III; D - V; E – I

c) A - II; B - I; C - IV; D - V; E – III

d) A - V; B - IV; C - II; D - III; E - I;

e) A - IV; B - V; C - II; D - I; E – III

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15. (UNIFENAS) Destaca-se como resultado das descobertas e da expansão

luso-espanhola nos tempos modernos a:

a) diminuição do comércio entre Europa e Novo Mundo, com a hegemonia do

mar Mediterrâneo;

b) formação de novos impérios na África e na Ásia, com a ampliação do

comércio entre os dois continentes;

c) defesa das culturas nativas das Américas pelo Clero e pelo Estado;

d) abertura de uma nova era de navegação e comércio, não mais concentrada

no Mediterrâneo e sim no Oceano Atlântico;

e) preservação da autonomia política das nações conquistadas, a exemplo do

México e do Peru.

16. "O apoio financeiro da classe mercantil foi decisivo para o sucesso do

movimento revolucionário, que faz surgir um novo Estado Nacional, mais forte

e mais centralizado, e eminentemente mercantilista."

O movimento revolucionário mencionado no texto e referente à História de

Portugal está ligado:

a) à Reconquista cristã do território português aos árabes;

b) à atuação de Afonso Henrique de Borgonha, fundador do Reino de Portugal;

c) à ascensão do Mestre de Avis ao trono português;

d) à dominação dos Felipes sobre Portugal;

e) à Restauração Portuguesa, que marca o fim da dominação espanhola.

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17. Sobre as Navegações e os Descobrimentos, assinale a alternativa falsa:

a) Com os Descobrimentos, o eixo-econômico transferiu-se do Mediterrâneo

para o Atlântico.

b) O Canadá foi explorado principalmente pelos franceses.

c) O que melhor explica o pioneirismo luso nas navegações é a posição

geográfica de Portugal.

d) A Espanha retardou a sua participação na Expansão Marítima porque estava

ainda em luta com os mouros e em processo de unificação política.

e) A primeira viagem de circunavegação foi realizada pelo português Fernão de

Magalhães.

18. Entre as principais consequências da Expansão Marítima, encontramos,

exceto:

a) o descobrimento de metais preciosos no Novo Mundo e a aceleração da

acumulação capitalista;

b) a descoberta de novos mercados, fornecedores de matérias-primas e

consumidores de produtos industrializados;

c) a mudança do eixo econômico europeu, do mar Mediterrâneo para os

oceanos Atlântico e Índico;

d) a formação dos impérios coloniais, vinculados ao Sistema Colonial

Tradicional e ao processo de europeização do mundo;

e) o renascimento da escravidão em bases capitalistas e o desenvolvimento do

mercantilismo.

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19. (FGV) Com relação aos indígenas brasileiros, pode-se afirmar que:

a) os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleolítica do

desenvolvimento humano;

b) os índios brasileiros não aceitaram trabalhar para os colonizadores

portugueses na agricultura não por preguiça, e sim porque não conheciam a

agricultura;

c) os índios brasileiros falavam todos a mesma "língua geral" tupi-guarani;

d) os tupis do litoral não precisavam conhecer a agricultura porque tinham

pesca abundante e muitos frutos do mar de conchas, que formavam os

"sambaquis";

e) os índios brasileiros, como um todo, não tinham homogeneidade nas suas

variadas culturas e nações.

20. Os povos pré-colombianos, maias, astecas e incas, já apresentavam uma

notável organização. O estágio de desenvolvimento em que se encontravam

era:

a) a selvageria

b) a barbárie

c) a transição de selvagem para barbárie

d) a civilização

e) o Paleolítico

Resolução:

01 – E

02 – E

03 – D

04 – D

05 – D

06 – C

07 – C

08 – C

09 – C

10 – B

11 – C

12 – C

13 – A

14 – C

15 – D

16 – C

17 – C

18 – B

19 – A

20 – D

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ETAPA 02

EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA MÓDULO II HISTÓRIA DO BRASIL

01. (FATEC) A única forma de ocupação do Brasil por Portugal era através da

colonização. Era necessário colonizar simultaneamente todo o extenso litoral.

Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:

a) criação do sistema de governo geral;

b) criação e distribuição de sesmarias;

c) criação das capitanias hereditárias;

d) doação de terras a colonos;

e) sistema de parceria.

02. (UFAL) A implantação em 1548, no Brasil, do sistema de Governo-Geral

tinha objetivo:

a) legislar e executar as decisões das Câmaras Municipais;

b) iniciar o processo de colonização da costa brasileira;

c) promover e desenvolver atividades no mercado de consumo;

d) expandir a ocupação do interior do território nacional;

e) coordenar e centralizar a administração das Capitanias.

03. (UFAL) O reconhecimento da terra e a garantia de sua posse, foram

objetivos principais das:

a) feitorias instaladas no Brasil na fronteira entre o sertão e o litoral;

b) entradas e bandeiras paulistas financiadas por Portugal após 1530;

c) encomendas organizadas pelos navegadores portugueses instalados no

Brasil;

d) expedições enviadas por Portugal ao Brasil nos primeiros trinta anos;

e) missões jesuíticas incentivadas por Portugal no Período Colonial.

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04. (MACKENZIE) O sistema de capitanias, criado no Brasil em 1534, refletia a

transição do feudalismo para o capitalismo, na medida em que apresentava

como característica:

a) a ausência do comércio internacional, aliada ao trabalho escravo e economia

voltada para o mercado interno;

b) uma economia de subsistência, trabalho livre, convivendo com forte poder

local descentralizado;

c) ao lado do trabalho servil, uma administração rigidamente centralizada;

d) embora com traços feudais na estrutura política e jurídica, desenvolveu uma

economia escravista, exportadora, muito distante do modelo de subsistência

medieval;

e) uma reprodução total do sistema feudal, transportada para os tópicos.

05. (UCSAL) Ao estabelecer o Sistema de Capitanias Hereditárias, D. João III

objetivava:

a) demonstrar que as sugestões feitas por Cristóvão Jacques, alguns anos

antes, eram extraordinárias;

b) repetir em territórios brasileiros uma experiência bem-sucedida nas ilhas do

Oceano Atlântico e no litoral oriental da África;

c) povoar o litoral brasileiro em toda sua extensão concomitantemente,

impedindo assim novas incursões estrangeiras;

d) incentivar o cultivo da cana-de-açúcar por meio de doação de terras a

estrangeiros, modernizando assim a produção;

e) fortalecer o poder da nobreza portuguesa que se encontrava em declínio,

oferecendo-lhe vastas áreas de terras no Brasil.

06. (USP) O pelourinho, a Igreja, o Forte e a Cadeia são elementos que

caracterizam a função de uma vila colonial. A primeira vila assim fundada no

Brasil foi a de:

a) São Vicente

b) Salvador

c) Olinda

d) Porto Seguro

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e) n.d.a.

07. Das alternativas abaixo, uma delas apresenta as bases jurídicas do regime

de capitanias hereditárias. Assinale:

a) Regimento e Lei das Sesmarias

b) Carta de Doação e Regimento

c) Lei das Sesmarias e Carta de Doação

d) Carta de Doação e Carta Foral

e) Carta Foral e Regimento.

08. (FUVEST) Na administração do Brasil colonial, a Igreja desempenhava

papel de grande importância, igualando-se muitas vezes à administração civil.

Isto se devia ao seguinte:

a) pelas decisões do Concílio de Trento, acatadas por Portugal, o poder

eclesiástico tinha voz ativa nos assuntos temporais;

b) a excomunhão religiosa afastava o indivíduo de todas as atividades da vida

colonial;

c) a identidade de interesses e propósitos da Igreja e Estado tornava a

colaboração indispensável à Administração;

d) a autonomia gozada pela Igreja em Portugal transferiu-se para o Brasil por

decisão Papal;

e) os negócios eclesiásticos no Brasil estavam sempre dissociados dos

problemas econômicos dos colonos.

09. Complete as lacunas:

"Oficializada pelo Papa Paulo III, a ______________ teve um papel destacado

no Concílio de Trento, responsável pela reforma da Igreja Católica. Como arma

da _____________, os jesuítas viriam para a América, onde atuariam na

_____________ do gentio."

a) Inquisição - Companhia de Jesus – Reforma

b) Contra-Reforma - Companhia de Jesus – Catequese

c) Catequese - Contra-Reforma – reforma

d) Companhia de Jesus - Contra-Reforma – Catequese

e) reforma - Inquisição – Catequese

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10. (UnB) Pelos dados do mapa abaixo, entendemos tratar-se:

a) do roteiro de Martin Afonso de Sousa;

b) da viagem de Cabral;

c) da expedição exploradora de Gaspar de Lemos;

d) de uma das expedições guarda-costas de Cristóvão Jacques;

e) n.d.a.

11. (GV) Quais as características dominantes da economia colonial brasileira?

a) propriedade latifundiária, trabalho indígena e produção monocultura;

b) propriedades diversificadas, exportação de matérias-primas e trabalho servil;

c) monopólio comercial, latifúndio e trabalho escravo de índios e negros;

d) pequenas vilas mercantis, monocultura de exportação e trabalho servil;

e) propriedade minifundiária, colônias agrícolas e trabalho escravo.

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2. (FUVEST) No Brasil colonial, a escravidão caracterizou-se essencialmente:

a) por sua vinculação exclusiva ao sistema agrário exportador;

b) pelo incentivo da Igreja e da Coroa à escravidão de índios e negros;

c) por estar amplamente distribuída entre a população livre, constituindo a base

econômica da sociedade;

d) por destinar os trabalhos mais penosos aos negros e mais leves aos índios;

e) por impedir a emigração em massa de trabalhadores livres para o Brasil.

13. (FUVEST) No século XVII, contribuíram para a penetração do interior

brasileiro:

a) o desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar e a cultura de algodão;

b) o apresamento de indígenas e a procura de riquezas minerais;

c) a necessidade de defesa e o controle aos franceses;

d) o fim do domínio espanhol e a restauração da monarquia portuguesa;

e) a Guerra dos Emboabas e a transferência da capital da colônia para o Rio

de Janeiro.

14. (FATEC) Bandeiras eram:

a) expedições de portugueses que atraíam as tribos indígenas para serem

catequizadas pelos jesuítas;

b) expedições organizadas pela Coroa com o objetivo de conquistar as áreas

litorâneas e ribeirinhas do país;

c) expedições particulares que aprisionavam índios e buscavam metais e

pedras preciosas;

d) movimentos catequistas liderados pelos jesuítas e que pretendiam formar

uma nação indígena cristã;

e) expedições financiadas pela Coroa cujo objetivo era exclusivamente

descobrir metais e pedras preciosas.

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15. (UNIP) Após a restauração Portuguesa, ocorrida em 1640:

a) as relações entre Portugal e o Brasil tornaram-se mais liberais;

b) a autonomia administrativa do Brasil foi ampliada;

c) o Pacto Colonial luso enrijeceu-se;

d) os capitães-donatários forma substituídos pelos vice-reis;

e) a justiça colonial passou a ser exercida pelos "homens novos".

GABARITO

01 - C

02 - E

03 - D

04 - D

05 - C

06 - A

07 - D

08 - C

09 - D

10 - A

11 - C

12 - C

13 - B

14 - C

15 - C