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Sumário

CITOLOGIA.................................................................................................................................................. 2

EMBRIOLOGIA ......................................................................................................................................... 12

ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO HUMANO ..................................................... 16

HISTOLOGIA ANIMAL ............................................................................................................................. 22

LISTA DE EXERCÍCIOS .......................................................................................................................... 26

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CITOLOGIA

Citologia é o ramo da Biologia que estuda as células, unidades microscópicas que constituem o corpo de

todos os seres vivos. Robert Hooke utilizou um microscópio dotado de lentes compostas, iluminado à luz de velas,

que permitia a visualização de estruturas muito pequenas. Em 1665, ele observou fatias finíssimas de cortiça

(casca de árvore) e descobriu inúmeras caixinhas que formavam este material. Hooke denominou cada caixinha

de cell, termo que significa cela ou cavidade; daí o nome célula, utilizado até hoje.

Algumas células, como a gema do ovo e os pequenos alvéolos de um gomo de laranja, são macroscópicas,

isto é, visíveis a olho nu. Mas a maioria delas só é observada ao microscópio.

A Teoria Celular afirma que todos os seres vivos são constituídos por células (exceto os vírus) e ainda que

a célula seja a unidade morfofisiológica formadora de todos os organismos; ou seja, é o bloco básico estrutural e

funcional de qualquer ser vivo capaz de auto-duplicação. *Morfofisiológica: dependendo da forma que a célula

possui, exercerá uma função específica.

Exemplos Morfologia (forma) Fisiológica (função)

Hemácias (glóbulos vermelhos) Esféricas, não possuem núcleo Transportar oxigênio mais facilmente

Células musculares Fibras alongadas Contração muscular

Neurônio (célula nervosa) Parecida com uma estrela Conduzir o impulso nervoso

As células podem ser classificadas de acordo com seu ciclo de vida:

Lábeis (ciclo de vida curto), estas

células estão continuamente

duplicando-se. Exemplos:

hemácias (120 dias), células da

pele, espermatozoides e óvulos.

Estáveis são aquelas que só são

repostas em casos de

necessidade, como as células

ósseas (quando o osso deve

crescer).

Permanentes dividem-se apenas na

formação do embrião, cessando a

duplicação após o nascimento.

Exemplos: células do coração,

neurônios.

Os organismos são considerados unicelulares quando são formados por apenas uma única célula, como as

bactérias e os protozoários. Quando são compostos por inúmeras células, denominam-se pluricelulares, como é o

caso dos fungos, vegetais e animais.

Célula animal e suas principais estruturas:

Célula vegetal e suas principais estruturas:

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As células possuem três partes fundamentais: membrana plasmática, citoplasma e núcleo.

Membrana Plasmática

A membrana plasmática é um fino envoltório protetor que delimita a célula e permite a realização de trocas

com o meio externo, pois possui poros. A membrana plasmática é permeável e seleciona as substâncias

(proteínas, sais, gorduras...) que entrarão na célula. Os principais componentes da membrana são os lipídeos e as

proteínas (constituição lipoproteica). O modelo mosaico fluido proposto por Singer e Nicholson (1972) explica que

a membrana é uma dupla camada (bicamada) de lipídeos onde estão encaixadas, em movimento, as proteínas.

Transporte através da membrana

A célula deve permitir a entrada de substâncias úteis e a saída de resíduos nocivos para viver. Esses

mecanismos podem ocorrer sem que a célula gaste energia – transporte passivo (difusão e osmose) ou com gasto

de energia – transporte ativo (fagocitose, pinocitose e exocitose).

Difusão: é a passagem de moléculas como oxigênio, gás carbônico, ureia do meio em que há maior

concentração destas moléculas em direção ao meio em que elas estão em menor concentração.

Por exemplo: a quebra de proteínas pela célula produz ureia; como a concentração no interior da

célula é maior que no exterior, a ureia difunde-se para o sangue (meio extracelular) para ser

excretada pelos rins.

Osmose: o solvente (água) atravessa uma membrana semipermeável na direção do meio menos

concentrado para o meio mais concentrado em solutos. Numa solução hipotônica (água destilada) a

célula tende a inchar, pois recebe água por osmose, enquanto que numa solução hipertônica (água

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com sal) a célula tende a murchar, pois perde água por osmose. Dizemos que a solução é isotônica

quando a célula e o meio possuem concentrações iguais.

Fagocitose: a célula envolve e engloba uma partícula sólida e conduzem ao interior do citoplasma,

para que ela seja digerida. O esquema abaixo identifica os momentos da fagocitose (A uma célula

aproxima-se da partícula de interesse; B e C ocorre o englobamento da partícula pela membrana

plasmática; D a partícula está no interior do citoplasma dentro de uma bolsa denominada

fagossomo, aguardando digestão.). Por exemplo: os glóbulos brancos do corpo humano fagocitam

os microorganismos causadores de doenças; os unicelulares realizam este processo com a

finalidade de alimentação. Quando a partícula englobada é líquida, o processo denomina-se

pinocitose. A exocitose é um movimento de expulsão de resíduos nocivos, também conhecido como

defecação celular.

Especializações da membrana plasmática

A membrana celular pode apresentar modificações de acordo com a função que ela realiza. São exemplos

de especializações: microvilosidades, desmossomos, plasmodesmos e parede celular

Microvilosidades: modificação da membrana que se assemelham a uma escova de dente, pois aumentam

a superfície de absorção celular. A células do intestino delgado possuem células com microvilosidades, já

que necessitam realizar a absorção dos nutrientes dos alimentos ingeridos (esquematizado abaixo).

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Desmossomos: as membranas com esta especialização apresentam grande aderência entre si, que

mantém as células unidas firmemente umas às outras.

Parede celular: a membrana das células vegetais e dos seres procariontes secreta a celulose que formará

a parede celular. A parede celular promove a sustentação e define a forma da célula.

Plasmodesmos: poros que permitem a comunicação entre células vegetais vizinhas.

Citoplasma

É uma suspensão coloidal que envolve o espaço entre a membrana e o núcleo, preenchendo o interior da

célula. Sua função primordial é servir de base para que ocorram diversas reações químicas necessárias para o

funcionamento celular. Por exemplo: síntese de proteínas, armazenamento, respiração celular, fotossíntese, são

reações complexas que devem ser realizadas por organelas especializadas nessas funções.

Organelas citoplasmáticas e principais funções

Retículo Endoplasmático Rugoso: é responsável pela produção e transporte de proteínas. Os ribossomos

(grânulos de RNA e proteínas) que ele possui aderidos à sua superfície atuam na síntese de proteínas.

Retículo Endoplasmático Liso: não possui ribossomos; realiza a produção de lipídeos, acúmulo de

substâncias e desintoxicação. As células do fígado possuem o retículo liso bastante desenvolvido, já que

atuam na desintoxicação. As células hepáticas absorvem substâncias tóxicas, como álcool e

medicamentos, modificando-os e destruindo-os.

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Complexo de Golgi: é um local onde as substâncias são transformadas, empacotadas e finalmente

remetidas para outras regiões da célula. O Golgi também é responsável pela secreção celular e

pela formação de bolsas (vesículas) cheias de enzimas digestivas responsáveis pela digestão

intracelular, denominadas de lisossomos.

Lisossomos: bolsas com enzimas hidrolíticas, responsáveis pela digestão intracelular.

Centríolos: encontrados aos pares, são formados por microtúbulos. Sua função está relacionada à

cinética (movimentação) celular e polarização do fuso acromático durante a divisão celular. Os

centríolos dão origem aos cílios e flagelos. Cílios e flagelos têm funções de locomoção nos

organismos unicelulares, limpeza das vias respiratórias dos pluricelulares, etc.

Vacúolos: são estruturas responsáveis pelo acúmulo de água, sais minerais, pigmentos e íons.

Existem vacúolos contráteis em organismos unicelulares, responsáveis pela eliminação de água em

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excesso (equilíbrio osmótico). Vacúolos digestivos em células animais se formam pela união do

fagossomo com os lisossomos, na digestão intracelular.

Plastos: organelas exclusivas de células vegetais. Os leucoplastos são responsáveis pelo acúmulo

de substâncias de reserva e os cloroplastos (verdes) realizam a fotossíntese. A fotossíntese é a

síntese de açúcares a partir de água e gás carbônico, utilizando como fonte de energia a luz solar,

que é absorvida pela clorofila (pigmento presente nos cloroplastos). Além de esta reação produzir

glicose, ocorre liberação de oxigênio.

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O núcleo é um corpo celular que se encontra mergulhado no citoplasma, responsável pelo comando central

de todas as atividades celulares. Possui dois tipos de ácidos nucleicos, o DNA e o RNA. Tanto o DNA quanto o

DNA são moléculas longas, formadas pela combinação de inúmeras unidades menores denominadas

nucleotídeos.

O DNA (ácido desoxirribonucléico) pode ser comparado a uma escada de cordas enrolada, ou seja, uma

dupla hélice enrolada sobre si mesma, composta por quatro nucleotídeos (bases nitrogenadas): adenina (A),

citosina (C), guanina (G) e timina (T). A Adenina sempre se liga com a timina e a guanina com a citosina através

de pontes de hidrogênio, o que mantém a molécula estável

A capacidade de autoduplicação do DNA confere aos seres vivos a capacidade de reprodução celular. A

duplicação é considerada semiconservativa, pois cada nova molécula de DNA possui uma das fitas antigas.

Todas as instruções para o funcionamento da célula estão codificadas na molécula de DNA, sendo ela

responsável pela transmissão das características hereditárias; (aquelas passadas de pais para filhos ao longo de

várias gerações).

O RNA (ácido ribonucleico) também é considerado um ácido nucleico, mas é composto por apenas uma fita.

Essa molécula origina-se do DNA por um processo chamado de transcrição, isto é, a informação contida na

molécula de DNA é transcrita para a molécula de RNA que será destinada ao citoplasma para a síntese de

proteínas. Assim, a função do RNA é traduzir a mensagem genética do DNA para a formação de proteínas que a

célula necessita.

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A espécie humana possui seu material genético organizado em forma de cromossomos. Os cromossomos

são o próprio DNA altamente compactado e organizado, representados na forma de ―X‖. Os humanos possuem 23

pares de cromossomos (ou 46 cromossomos) no núcleo de cada uma de suas células. O último par define as

características sexuais: XX identifica mulheres e XY, homens.

Divisão celular: Mitose e Meiose

A mitose e a meiose são processos de divisão celular. Os seres vivos multiplicam suas células com a

finalidade de reproduzir-se, crescer e repor células perdidas. Os seres mais simples, como os procariontes,

duplicam seu DNA e partem-se em dois, semelhantes à célula-mãe, enquanto que os eucariontes passam por

diversas etapas até chegar às células-filhas desejadas.

Mitose: ocorre nos processos de crescimento e regeneração de tecidos dos pluricelulares

(formação do embrião, cicatrização, regeneração de fígado transplantado...). Neste processo, uma

célula diploide (com dois conjuntos de cromossomos - 2n) se divide dando origem a duas células-

filhas geneticamente idênticas.

Meiose: ocorre na formação de gametas (óvulos e espermatozoides), é um processo que visa a

reprodução do indivíduo. Assim, uma célula diploide (2n) divide-se em quatro células haploides

(com um conjunto de cromossomos - n). Durante a fecundação, em que os dois gametas se

encontram, há reconstituição do genoma do indivíduo, e este volta a ter dois conjuntos de

cromossomos (2n).

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LEITURA COMPLEMENTAR

Clonagem humana

Drauzio Varella

Seria um crime permitir sob qualquer pretexto a clonagem de seres humanos. Da mesma forma, é um

crime o que está para acontecer: impedir por lei o uso de células-tronco embrionárias no tratamento de doenças

graves. Para justificar ambas as afirmativas, é preciso voltar a nossas origens.

Quando um espermatozoide fecunda o óvulo na trompa, a célula resultante faz duas, quatro, oito… cópias

idênticas de si mesma. Após 72 horas, já surgiram cerca de cem células agrupadas (o blastocisto) que vão se

implantar no útero.

Na fase em que o embrião tem de 32 a 64 células, elas se organizam segundo dois destinos: as que estão

situadas mais externamente darão origem à placenta e à bolsa amniótica; as da parte interna, muito mais

versáteis, irão formar todos os tecidos do futuro organismo. Essas células pluripotentes, capazes de se diferenciar

em mais de 200 tipos celulares para constituir tecidos como fígado, coração, pulmão, recebem o nome de células-

tronco. À medida que as células-tronco do blastocisto continuam a multiplicar-se, essa capacidade de formar

qualquer tecido é perdida.

Uma das descobertas mais fantásticas do século XX foi a que resultou na clonagem da ovelha Dolly.

Nesse experimento, pesquisadores escoceses retiraram o núcleo contendo material genético (DNA) de um óvulo e

nele introduziram o DNA retirado de uma célula mamária adulta, já diferenciada. Para surpresa do mundo, depois

de quase 300 tentativas, a célula resultante gerou Dolly.

A importância dessa descoberta – que certamente dará a Ian Wilmut e seus companheiros do Instituto

Roslin um futuro Prêmio Nobel de Medicina — foi demonstrar que células adultas podem ser reprogramadas e

voltarem a formar células-tronco.

Dada essa explicação inicial, é possível entender a diferença entre clonagem reprodutiva e clonagem

terapêutica:

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1) Na clonagem reprodutiva, o núcleo de uma célula adulta é introduzido no óvulo ―vazio‖ e transferido para um

útero de aluguel, com a finalidade de gerar um feto geneticamente idêntico ao doador do material genético;

2) Na clonagem terapêutica, as células-tronco jamais serão introduzidas em algum útero. O DNA retirado de uma

célula adulta do doador também é introduzido num óvulo ―vazio‖, mas, depois de algumas divisões, as células-

tronco são direcionadas no laboratório para fabricar tecidos idênticos aos do doador, tecidos que nunca serão

rejeitados por ele.

Independentemente de julgamentos morais, a clonagem reprodutiva deve ser proibida por lei, porque não

existe a menor segurança de que bebês gerados por meio dela serão bem formados.

Na clonagem terapêutica, no entanto, os tecidos são obtidos em tubos de ensaio. Imagine, que seu filho

fique paraplégico ou seja afetado por uma doença genética incapacitante, como a distrofia muscular. A clonagem

permitirá retirar o DNA de uma célula da pele do menino (ou sua, se ele tiver um doença genética), introduzi-lo

num óvulo ―vazio‖ e produzir no laboratório células-tronco, que poderão ser enxertadas na medula espinal, para

repor os neurônios perdidos, ou na musculatura, para recompor músculos enfraquecidos pela distrofia.

A clonagem terapêutica oferece a possibilidade de repor tecidos perdidos por acidente ou pelo passar dos

anos e de tratar doenças neuromusculares, infartos, derrames cerebrais, Alzheimer e outras demências, cegueira,

câncer e muitas outras.

Até que essa tecnologia encontre seu lugar na clínica, há problemas técnicos difíceis de resolver, mas o

Brasil é um dos poucos países que têm o privilégio de contar com pesquisadores preparados para enfrentar tal

desafio, desde que nossos legisladores não cometam o crime que estão prestes a cometer.

Em fevereiro deste ano, a Câmara dos Deputados, pressionada pelas bancadas religiosas, votou a Lei de

Biossegurança, banindo do universo científico qualquer tipo de clonagem. As justificativas para essa decisão

ditatorial, imposta mesmo aos que não pensam como eles, são as seguintes:

1) Nos tecidos dos adultos, também existem células-tronco capazes de substituir aquelas obtidas através da

manipulação de células embrionárias;

2) Os fins terapêuticos não justificam ‖a eliminação de vidas humanas, mesmo que estas, como é o caso dos

embriões, se encontrem no estágio inicial do desenvolvimento‖;

3) O homem quer ―brincar de Deus‖ ao propor a clonagem, reprodutiva ou terapêutica.

Comecemos pelo primeiro argumento, o único que pode ser discutido com racionalidade. De fato, foram

identificadas células pluripotentes em tecidos adultos como medula óssea, sistema nervoso e epitélio.

Entretanto, todas as evidências sugerem que sua capacidade de diferenciação seja limitada e que a

maioria dos tecidos humanos não pode ser obtida a partir delas.

Quanto ao segundo, francamente. Em nome de princípios religiosos, pessoas que se dizem piedosas

julgam mais importante a vida em potencial existente num agrupamento microscópico de células obtidas em tubo

de ensaio do que a vida de uma mãe de família

que sofreu um infarto ou a de um adolescente numa cadeira de rodas?

Estivessem elas ou tivessem um filho nessa situação, recusariam realmente esse tipo de tratamento?

Finalmente, o terceiro argumento. Dizer que o homem assumiria a função de Deus, só porque é capaz de

introduzir o DNA de uma célula adulta no interior de um óvulo, convenhamos, é amesquinhar o papel do criador do

céu e da Terra.

A aprovação da lei contra a clonagem obrigará as pessoas que tiverem dinheiro a buscar fora do Brasil os

tratamentos baseados nessa tecnologia. Aos mais pobres, restará o recurso de sempre: pedir a Deus que tenha

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piedade de nós. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/drauzio/clonagem-humana/> Acessado em outubro

de 2013

EMBRIOLOGIA

A embriologia é a ciência que estuda a formação dos órgãos e sistemas de um animal, a partir de uma

célula . Da fecundação de um gameta feminino (ou óvulo) por outro masculino (ou espermatozoide) forma-se o

ovo (ou zigoto).

O zigoto, em seguida, sofre sucessivas divisões mitóticas para originar o embrião, que passa por uma

série de modificações até que se forma um indivíduo completamente constituído.

Tipos de ovos

Os ovos dos animais possuem um material denominado vitelo, cuja concentração e distribuição difere

conforme a espécie. Podemos classificá-los em quatro tipos fundamentais:

Isolécito ou oligolécito ou alécito: possui pouco vitelo, homogeneamente distribuído pelo citoplasma.

Ocorre em equinodermos, em cefalocordados (anfioxo) e nos mamíferos.

Heterolécito: possui vitelo mais concentrado em um dos polos da célula. Ocorre em alguns peixes,

nos anelídeos, nos anfíbios e nos moluscos.

Telolécito: óvulos grandes devido ao acúmulo de vitelo no polo vegetativo. Há nítida separação

entre o citoplasma e o vitelo do polo animal. ocorre nos répteis, nas aves e em alguns peixes.

Centrolécito: vitelo ocupando praticamente toda a célula. O citoplasma está restrito a uma pequena

região ao redor do núcleo e à periferia da célula. Ocorre nos artrópodes.

Segmentação ou clivagem

Segmentação ou clivagem consiste em sucessivas divisões do zigoto num determinado número de células

chamadas blastômeros. O término da segmentação ocorre com a formação da blástula.

A quantidade de vitelo que o ovo apresenta determina o tipo de segmentação. Como o vitelo é uma

substância inerte, quando este apresenta-se em excesso pode dificultar e até mesmo impedir a segmentação do

ovo.

Dependendo do tipo de ovo, teremos, diferentes tipos de segmentação:

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Segmentação holoblástica igual é quando todo o ovo participa do processo de segmentação, dividindo-se

em células iguais. Segmentação característica de ovos oligolécitos.

Segmentação holoblástica desigual é quando todo o ovo participa do processo de segmentação, mas as

células resultantes são divididas em dois grupos, os micro e os macroblastômeros. Tipo de segmentação

característica dos ovos heterolécitos.

Segmentação meroblástica discoidal é quando a segmentação ocorre apenas na região do polo

germinativo. Característica dos ovos telolécitos.

Segmentação meroblástica superficial é quando a segmentação ocorre nos ovos centrolécitos. As células

se dispõem na superfície do ovo.

Blastulação

As primeiras células que se originam das divisões mitóticas do ovo denominam-se blastômeros. As

divisões prosseguem até formar um aglomerado maciço de células denominado mórula.

Em seguida, as células da mórula vão se posicionando na porção periférica enquanto secretam um

líquido que se instala no centro, ocupando uma cavidade. O estágio embrionário, nessa fase, denomina-se

blástula. a camada de células limitantes denomina-se blastoderme, e a cavidade central, blastocele.

Nos mamíferos, a blástula é chamada de blastocisto. È nesse estágio que ocorre a implantação no

endométrio (nidação)

Gastrulação

Na gastrulação, além do aumento do volume, face à continuidade das divisões celulares, outras

características importantes destacam-se nessa etapa da embriogênese:

Formação dos folhetos embrionários, do tubo neural e da notocorda;

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Início da efetiva especialização celular;

Formação do arquêntero ou intestino primitivo;

Formação do blastóporo: orifício que pode originar a boca ou ânus.

Após, as células de um ponto qualquer da periferia da blástula migram em sentido contrário, fazendo

desaparecer a blastocele e constituindo uma estrutura com duas camadas de célula - a gástrula. As células que

migram limitam uma nova cavidade - o arquêntero, que fica em contato com o meio através de um orifício o

blastóporo.

Organogenese

Por ser considerado semelhante a um possível ancestral dos vertebrados o desenvolvimento do anfioxo é

usado como modelo de estudo.

O anfioxo é um animal encontrado em certas praias, semienterrado, ficando para fora da areia somente a

sua parte anterior. É um animal de pequeno porte (cerca de 6 cm de comprimento), semitransparente e bastante

primitivo quanto à organização. Observe sua estrutura:

Apesar de ser isolécito, o ovo do anfioxo apresenta uma pequena diferença na distribuição do

vitelo, isto é, existe um pouco mais de vitelo num dos polos (o vegetativo).

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Durante a segmentação, o ovo forma alguns blastômeros ligeiramente menores que outros.

Após a formação da mórula, origina-se a blástula, que contém uma cavidade - a blastocele- limitada por

uma camada de células, a blastoderme.

A velocidade das divisões mitóticas é maior nos micrômeros, pois eles têm menos vitelo do que as células

do polo vegetativo. Isso provoca uma invaginação progressiva dos macrômeros, que vão sendo empurrados pelos

micrômeros.

Com isso origina-se uma cavidade - o arquêntero - limitada por duas camadas de células, uma interna - a

mesoderma - e outra externa - a ectoderma.

O arquêntero comunica-se com o exterior por uma abertura - o blastóporo.

À medida que esse processo vai progredindo, a blastocele vai diminuindo até desaparecer. Nessa fase de

desenvolvimento o embrião passa a chamar-se gástrula.

Formada a gástrula, segue-se a organogênese do animal.

A primeira fase do progresso é a neurulação, seguida da diferenciação dos folhetos embrionários em

tecidos.

Num estágio mais avançado do desenvolvimento da gástrula, o embrião sofre um achatamento ao longo

do dorso, constituindo a placa neural que, aos poucos, vai-se dobrando para formar a goteira neural e,

posteriormente, o tubo neural. Enquanto isso acontece,a ectoderma vai crescendo e, por fim, cobre o tubo neural.

Forma-se, assim, a nêurula.

Á medida que a goteira neural vai-se fechando para formar o tubo neural, a mesentoderme se diferencia,

por evaginação, em duas porções laterais, que vão constituir a mesoderma.

No teto superior do arquêntero, a mesentoderme se diferencia em notocorda (ou corda dorsal). Na porção

inferior origina-se a endoderme.

A mesoderme delimita uma cavidade denominada celoma, e a endoderme vai limitar o intestino.

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ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO HUMANO

Primeira semana do desenvolvimento humano

O desenvolvimento humano tem início com a fertilização, mas uma série de eventos deve ocorrer antes

que esse processo possa se iniciar.

Os ovócitos são produzidos pelo ovário (ovogênese), e são dali expelidos durante a ovulação. O ovócito é

varrido para a tuba uterina, onde pode ser fertilizado. Os espermatozoides são produzidos nos túbulos seminíferos

dos testículos (espermatogênese), e armazenados no epidídimo. A ejaculação durante o ato sexual resulta no

depósito de milhões de espermatozoides na vagina. Muitos atravessam o útero e penetram nas tubas uterinas.

Quando um ovócito secundário entra em contato com um espermatozoide, ele completa a segunda divisão

meiótica. Em consequência, são formados um óvulo maduro e um segundo corpo polar. O núcleo do óvulo

maduro constitui o pronúcleo feminino.

Após a penetração do espermatozoide no citoplasma do óvulo, sua cabeça se separa da cauda, aumenta

de tamanho e torna-se o pronúcleo masculino. A fertilização completa-se quando os cromossomos paternos e

maternos se misturam durante a metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto, a célula que dá origem ao ser

humano.

Enquanto percorre a tuba uterina, o zigoto sofre várias clivagens (uma série de divisões mitóticas), para

formar um certo número de células pequenas chamadas blastômeros. Cerca de três dias depois da fertilização,

uma esfera de 12 a 16 blastômeros, chamada mórula, penetra no útero

Logo se forma uma cavidade na mórula chamada blastocele, convertendo-a em um blastocisto que

consiste em uma massa celular interna, ou embrioblasto, que vai originar o embrião, uma cavidade blastocística

e uma camada externa de células, o trofoblasto, que envolve a massa celular interna e a cavidade blastocística, e

forma depois a parte embrionária da placenta.

De quatro a cinco dias após a fertilização, a zona pelúcida desaparece, e o blastocisto prende-se ao

epitélio endometrial. As células do sinciciotrofoblasto invadem, então, o epitélio endometrial e o seu estroma

subjacente. Simultaneamente, o hipoblasto começa a formar-se na superfície profunda da massa celular interna.

Ao final da primeira semana, o blastocisto está

superficialmente implantado no endométrio.

Segunda semana do desenvolvimento humano

A rápida proliferação e diferenciação do trofoblasto são características importantes da segunda semana do

desenvolvimento. Estes processos ocorrem durante a implantação do blastocisto.

As várias alterações endometriais resultantes da adaptação dos tecidos endometriais à implantação do

blastocisto são conhecidas coletivamente como reação decidual.

Ao mesmo tempo, forma-se o saco vitelino primário, e o mesoderma extra-embrionário cresce a partir do

citotrofoblasto. O celoma extraembrionário se forma a partir dos espaços que se desenvolvem no mesoderma

extra-embrionário. Esse celoma torna-se a cavidade coriônica. O saco vitelino primário vai diminuindo

gradativamente, enquanto o saco vitelino secundário cresce.

Enquanto essas mudanças extraembrionárias ocorrem, os seguintes desenvolvimentos são reconhecíveis:

aparece a cavidade amniótica como um espaço entre o citotrofoblasto e a massa celular interna; a massa celular

interna diferencia-se num disco embrionário bilaminar, consistindo no epiblasto, relacionado com a cavidade

amniótica, e no hipoblasto, adjacente à cavidade blastocística; e a placa pré-cordial desenvolve-se como um

espessamento localizado do hipoblasto, indicando a futura região cranial do embrião e o futuro sítio da boca.

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Terceira semana do desenvolvimento humano

Grandes mudanças ocorrem no embrião com a sua passagem do disco embrionário bilaminar para um

disco embrionário trilaminar, composto de três camadas germinativas. Este processo de formação de camadas

germinativas é denominado gastrulação.

A linha primitiva

A linha primitiva aparece no início da terceira semana como um espessamento na linha média do epiblasto

embrionário na extremidade caudal do disco embrionário. Ela dá origem a células mesenquimais que migram

ventralmente, lateralmente e cranialmente entre o epiblasto e o hipoblasto.

Tão logo a linha primitiva começa a produzir células mesenquimais, a camada epiblástica passa a chamar-

se ectoderma embrionário, e o hipoblasto, endoderma embrionário. As células mesenquimais produzidas pela

linha primitiva logo se organizam numa terceira camada germinativa, o mesoderma intraembrionário.

As células migram da linha primitiva para as bordas do disco embrionário, onde se juntam ao mesoderma

extraembrionário que recobre o âmnio e o saco vitelino. Ao final da terceira semana, existe mesoderma entre o

ectoderma e o endoderma em toda a extensão, exceto na membrana orofaríngea, na linha média ocupada pela

notocorda (derivada do processo notocordal) e da membrana cloacal.

Formação da notocorda

Ainda no começo da terceira semana, o nó primitivo produz células mesenquimais que formam o processo

notocordal. Este se estende cefalicamente, a partir do nó-primitivo, como um bastão de células entre o ectoderma

e o endoderma. A fosseta primitiva penetra no processo notocordal para formar o canal notocordal. Quando

totalmente formado, o processo notocordal vai do nó primitivo à placa procordal. A placa notocordal dobra-se para

formar a notocorda. A notocorda forma o eixo primitivo do embrião em torno do qual se constituirá o esqueleto

axial.

Formação do tubo neural

A placa neural aparece como um espessamento na linha média do ectoderma embrionário, em posição

cefálica ao nó primitivo. A placa neural é induzida a formar-se pelo desenvolvimento da notocorda e do

mesênquima que lhe é adjacente. Um sulco neural, longitudinal forma-se na placa neural; o sulco neural é

flanqueado pelas pregas neurais, que se juntam e se fundem para originarem o tubo neural. O desenvolvimento

da placa neural e o seu dobramento para formar o tubo neural é chamado neurulação.

Formação da crista neural

Com a fusão das pregas neurais para formar o tubo neural, células neuroectodérmicas migram ventrolateralmente

para constituírem a crista neural, entre o ectoderma superficial e o tubo neural. A crista neural logo se divide em

duas massas que dão origem aos gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhais. As células da crista

neural dão origem a várias outras estruturas.

Formação dos somitos

O mesoderma de cada lado da notocorda se espessa para formar as colunas longitudinais do mesoderma

paraxial. A divisão dessas colunas mesodérmicas paraxiais em pares de somitos começa cefalicamente, no final

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da terceira semana. Os somitos são agregados compactos de células mesenquimais, de onde migram células que

darão origem às vértebras, costelas e musculatura axial.

Formação do celoma

O celoma intraembrionário surge como espaços isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico.

Estes espaços celômicos coalescem juntam-se em seguida para formarem uma cavidade única em forma de

ferradura, que, no final, dará origem às cavidades corporais.

Formação do sangue e vasos sanguíneos

Os vasos sanguíneos aparecem primeiro no saco vitelino em torno da alantoide e no cório. Desenvolvem-

se no embrião pouco depois. Aparecem espaços no interior de agregados do mesênquima (ilhotas sanguíneas),

que logo ficam forradas por endotélio derivado das células mesenquimais. Estes vasos primitivos unem-se a

outros para constituírem um sistema cardiovascular primitivo.

Ao final da terceira semana, o coração está representado por um par de tubos endocárdicos ligados aos

vasos sanguíneos do embrião e das membranas extraembrionárias (saco vitelino, cordão umbilical e saco

coriônico).

As células do sangue primitivas derivam sobretudo das células endoteliais dos vasos sanguíneos das

paredes do saco vitelino e da alantoide.

Quarta a oitava semanas do desenvolvimento humano

Estas cinco semanas são chamadas com freqüência de período embrionário, porque é um tempo de

desenvolvimento rápido do embrião. Todos os principais órgãos e sistemas do corpo são formados durante este

período.

No começo da quarta semana, as dobras nos planos mediano e horizontal convertem o disco embrionário

achatado em um embrião cilíndrico em forma de "C". A formação da cabeça, da cauda e as dobras laterais é uma

sequência contínua de eventos que resulta numa constrição entre o embrião e o saco vitelino. Durante a flexão, a

parte dorsal do saco vitelino é incorporada ao embrião, e dá origem ao intestino primitivo.

Com a flexão ventral da região cefálica, a cabeça embrionária em desenvolvimento incorpora parte do

saco vitelino como intestino anterior. A flexão da região cefálica também resulta na membrana orofaríngea e no

posicionamento ventral do coração, além de colocar o encéfalo em formação na parte mais cefálica do embrião.

Enquanto a região caudal dobra-se ventralmente, uma parte do saco vitelino é incorporada à extremidade

caudal do embrião, formando o intestino posterior. A porção terminal do intestino posterior expande-se para

constituir a cloaca. O dobramento da região caudal também resulta na membrana cloacal, na alantoide e na

mudança do pedínculo do embrião para a superfície ventral deste.

O dobramento do embrião no plano horizontal incorpora parte do saco vitelino como intestino médio. O

saco vitelino permanece ligado ao intestino médio por um estreito ducto vitelino. Durante o dobramento no plano

horizontal, são formadas as paredes laterais e ventral do corpo.

Ao se expandir, o âmnio envolve o pedúnculo do embrião, o saco vitelino e a alantoide, formando então

um revestimento epitelial para a nova estrutura chamada cordão umbilical.

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As três camadas germinativas, derivadas da massa celular interna durante à terceira semana, diferenciam-

se nos vários tecidos e órgãos, de modo que, ao final do período embrionário, os primórdios de todos os principais

sistemas de órgãos já foram estabelecidos. O aspecto externo do embrião é muito afetado pela formação do

encéfalo, coração, fígado, somitos, membros, ouvidos, nariz e olhos. Com o desenvolvimento das estruturas, a

aparência do embrião vai se alterando, e estas peculiaridades caracterizam o embrião como humano.

Como os primórdios de todas as estruturas internas e externas essenciais são formados durante o período

embrionário, a fase compreendida entre a quarta e a oitava semanas constitui o período mais crítico do

desenvolvimento. Distúrbios do desenvolvimento neste período podem originar grandes malformações congênitas

do embrião.

Estimativas razoáveis da idade dos embriões podem ser feitas a partir do dia que marcou o início do

último período menstrual, da data estimada da fertilização, de medições de comprimento, e das características

externas do embrião.

Período fetal do desenvolvimento humano

O período fetal começa nove semanas após a fertilização e termina com o nascimento. Ele caracteriza-se

por um rápido crescimento corporal e pela diferenciação dos sistemas de órgão. Uma mudança óbvia é a

diminuição relativa do ritmo de crescimento da cabeça em comparação com o resto do corpo.

Aparecem lanugem e o cabelo, e a pele é recoberta pela vérnix caseosa parece queijo no início da

vigésima semana. As pálpebras estão fechadas durante a maior parte do período fetal, mas começam a reabrir-se

por volta das 26 semanas. Até então, usualmente, o feto é incapaz de sobreviver extrauterinamente, sobretudo

pela imaturidade do seu sistema respiratório.

Até cerca de 30 semanas, o feto tem uma aparência avermelhada e enrugada devido à delgadez de sua

pele e à ausência relativa de gordura subcutânea. Em geral, a gordura desenvolve-se rapidamente durante as

últimas seis a oito semanas, dando ao feto uma aparência lisa. Esta fase terminal destina-se especialmente à

formação dos tecidos e à preparação dos sistemas envolvidos na transição do meio intrauterino para o extra-

uterino, particularmente o sistema respiratório.

Fetos prematuros nascidos entre 26ª e a 36º semana costumam sobreviver, mas fetos a termo têm

maiores chances de sobrevivência.

As alterações que ocorrem no período fetal não são tão dramáticas quanto as que se dão na fase

embrionária, mas são muito importantes. O feto é menos vulnerável aos efeitos teratogênicos de drogas, vírus e

radiação, mas estes fatores podem interferir com o desenvolvimento funcional normal, sobretudo do cérebro e dos

olhos.

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Glossário de embriologia

Blastômero: célula não diferenciada originada pela segmentação do ovo.

Blástula: esfera oca onde a camada de células denominada blastoderma envolve a blastocele (cavidade).

Clivagem: divisão mitótica do zigoto, que ocorre logo após a fertilização.

Diploide: célula ou organismo que possui o dobro do número haploide de cromossomos.

Embrião: organismo que se encontra nas primeiras fases do desenvolvimento.

Embriologia: estudo do desenvolvimento dos seres vivos desde a fecundação até o nascimento.

Espermatozoide: gameta masculino, produzido nos testículos.

Fecundação: união do gameta masculino (espermatozoide) com o gameta feminino (óvulo).

Gametas: células sexuadas, masculinas ou femininas, haploides, responsáveis pela reprodução dos seres vivos.

Gástrula: terceiro estágio no desenvolvimento do ovo dos metazoários, composto pelos folhetos denominados

ectoderma, endoderma e mesoderma

Haploide: célula ou organismo que possui apenas a metade do par dos cromossomos homólogos.

Mórula: grupo de células germinativas agregadas.

Nêurula: estágio embrionário dos vertebrados que sucede à gástrula e durante o qual se forma o tubo neural.

Organogênese: formação dos órgãos.

Óvulo: gameta feminino destinado a ser fecundado.

Segmentação: conjunto das divisões sucessivas do óvulo fecundado (ovo) que leva ao estado de blástula.

Zigoto: célula diploide resultante da fecundação que ainda não sofreu divisão celular.

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LEITURA COMPLEMENTAR

O uso de células-tronco para fins medicinais é aceitável se o embrião estiver nas fases mais iniciais de

seu desenvolvimento?

A cura das doenças tem sido uma busca constante da humanidade. A descoberta de células-tronco

indiferenciadas, que possuem a capacidade de se transformar em outras células quando adicionadas as tecidos

lesionados, tem gerado esperanças para pessoas portadoras de doenças degenerativas como o Mal de Alzeimer,

por exemplo. Por outro lado, a retirada de células-tronco de embriões, tem gerado muita polêmica, já que

embriões precisam ser mortos, para que suas células sejam utilizadas nos experimentos.

Pesquisadores americanos descobriram que as células-tronco podem ser retiradas nas fases iniciais do

seu desenvolvimento, na fase de mórula, tentando dessa forma, diminuir a polêmica sobre a morte de embriões,

que muitos consideram com um aborto.

Você acha que existe uma fase limite para retirada das células-tronco no embrião? A retirada na fase de

mórula seria mais aceitável se comparada à remoção na fase de blástula? Ou você é contra o uso em qualquer

situação, já que essa técnica pode ser considerada abortiva?

Conheça melhor a polêmica

Após a fecundação e a formação de uma célula ovo ou zigoto, inicia-se o desenvolvimento embrionário,

onde se seguem as fases de mórula, blástula, gástrula e nêurula. Na fase de mórula o embrião tem

aproximadamente 16 células, já na fase de blástula 100 células. Na fase de nêurula, os tecidos embrionários

começam a se diferenciar, formando, por exemplo, a notocorda, que mais tarde, irá originar a coluna vertebral.

Pesquisadores americanos retiravam habitualmente para experimentos, células na fase de blástula do

embrião. Descobriram, no entanto, que essas células também podem ser retiradas na fase de mórula, uma fase

anterior no desenvolvimento embrionário humano.

Os pesquisadores objetivam dessa forma, diminuir a polêmica da retirada de células-tronco em embriões

mais desenvolvidos. No entanto, a discussão continua, pois em fase de mórula ou blástula, os embriões

necessariamente precisam ser mortos.

No Brasil, experimentos com células-tronco, foram liberados pelo Senado em outubro de 2004, mas só

podem ser utilizados embriões descartados de técnicas de fertilização in vitro, que estejam congelados a mais de

3 anos, e que seriam descartados. No entanto, essa lei de biossegurança está sendo modificada e deve ser

aprovada até abril deste ano. Em países como Estados Unidos e Canadá, por exemplo, esses experimentos já

estão liberados.

No Brasil, vários grupos se colocam contra a pesquisa com embriões. A Igreja Católica, por exemplo,

trabalha para reunir um milhão de assinaturas no país todo, e enviar para o Congresso nacional para solicitar a

suspensão da pesquisa de embriões.

Pesquisadores acreditam ainda que é possível retirar 2 ou 3 células na forma de biópsia e manter o

embrião vivo, para possível implante no útero materno, no caso da fecundação in vitro. Mas por enquanto, ainda é

impossível manter o embrião vivo após a retirada de suas células. Disponível em: <

http://www.aprendebrasil.com.br/foruns/proposta.asp?id=93846> Acessado em outubro de 2013

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HISTOLOGIA ANIMAL

Histologia é o ramo da biologia que estuda os tecidos. Um tecido é um agrupamento de células

morfologicamente semelhantes que trabalham para uma mesma finalidade. Os tecidos são constituídos por

células e por substâncias intercelulares. Os tecidos animais dividem-se em: epitelial, conjuntivo, muscular e

nervoso.

Os folhetos embrionários e a formação dos tecidos

Todos os tecidos presentes nos vertebrados adultos são formados a partir de três tipos de folhetos

germinativos: endoderma, ectoderma e mesoderma. Cada um desses, durante o desenvolvimento embrionário, é

responsável por uma genealogia de células especializadas quanto à forma e função.

A organogênese desses folhetos germinativos, na formação dos tecidos e órgão humanos, são:

Ectoderma: epiderme e anexos cutâneos (pelos e glândulas mucosas); todas as estruturas do sistema

nervoso (encéfalo, nervos, gânglios nervosos e medula espinhal);epitélio de revestimento das cavidades

nasais, bucal e anal.

Mesoderma:forma a camada interna da pele (derme); músculos lisos e esqueléticos; sistema circulatório

(coração, vasos sanguíneos, tecido linfático, tecido conjuntivo); sistema esquelético (ossos e cartilagem);

sistema excretor e reprodutor (órgãos genitais, rins, uretra, bexiga e gônadas).

Endoderma: epitélio de revestimento e glândulas do trato digestivo, com exceção da cavidade oral e

anal;sistema respiratório (pulmão); fígado e pâncreas.

Tecido Epitelial

Também denominado epitélio, os tecidos epiteliais são compostos por células justapostas de maneira que

não há espaços entre elas. Este tecido confere proteção ao corpo, absorção e secreção de substâncias,

percepção de sensações, dependendo do órgão onde está localizado. Pode ser de dois tipos: revestimento e

glandular. O tecido epitelial de revestimento forma a epiderme, reveste internamente órgãos como bexiga,

intestinos, brônquios, esôfago e vasos sanguíneos e cavidades como as fossas nasais. O tecido epitelial glandular

é constituído pelas glândulas, conforme o quadro abaixo:

Glândulas são estruturas capazes de produzir e eliminar suas secreções. Podem ser:

Endócrinas

Eliminam suas secreções (hormônios)

diretamente no sangue. O hormônio é o

mensageiro químico que atua longe da

glândula que o produziu.

Ex: hipófise (hormônios que coordenam outras

glândulas), tireoide (tiroxina), suprarenais

(adrenalina)...

Exócrinas Eliminam suas secreções para dentro

das cavidades do corpo (boca,

Ex. sudorípara (suor), mamária (leite),

sebácea (gordura), lacrimal (lágrima).

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estômago, intestino...) ou fora dele.

Anfícrinas Funciona ao mesmo tempo como

endócrina e exócrina.

Ex. pâncreas (insulina e suco pancreático),

ovários (óvulos e hormônio progesterona),

testículos (espermatozoides e testosterona).

Tecidos Conjuntivos

Nos tecidos conjuntivos as células são relativamente poucas, separadas uma das outras e mergulhadas

em uma substância intersticial (localizada entre as células) produzida por elas próprias. Esta substância

intercelular, característica principal dos tecidos conjuntivos, é composta por substância fundamental amorfa

(mistura homogênea, gelatinosa e transparente de água, sais e glicoproteínas e fibras).

As principais fibras são as colágenas (compostas por colágeno, a proteína mais abundante do corpo

humano, resistente quando tracionada), elásticas (compostas por elastina, proteína de grande elasticidade) e

reticulares (fibras dispostas em forma de rede).

Os tecidos conjuntivos, de acordo com suas funções, podem ser:

Propriamente

dito

Preenche os espaços entre os demais tecidos e promove nutrição por meio de seus vasos

sanguíneos. Quando frouxo envolve vasos sanguíneos, nervos e órgãos do corpo; quando

denso têm função de estruturação dos tendões e os ligamentos, possui muitas fibras

colágenas.

Sustentação

Tecido cartilaginoso: os condroblastos produzem a substância amorfa composta de colágeno e

mucopolissacarídeos. Animais como tubarão, cação e arraia têm esqueleto cartilaginoso por

toda a vida. Nos seres humanos, a maior parte da cartilagem é substituída pelos ossos.

Algumas se mantêm, p. ex. orelha externa, nariz, traqueia, entre ossos da coluna vertebral... A

função do tecido cartilaginoso é evitar o atrito e diminuir o impacto entre os ossos.

Tecido ósseo:os osteoblastos produzem cristais de fosfato de cálcio e fibras colágenas. O

tecido ósseo confere sustentação; a medula óssea vermelha é responsável pela produção de

células sanguíneas; a amarela é rica em gordura (tutano).

Transporte

Tecido sanguíneo: formado pelo plasma, glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. O plasma

realiza o transporte de nutrientes e produtos de excreção, os glóbulos vermelhos ou hemácias

realizam o transporte de gases (oxigênio e gás carbônico) enquanto que os glóbulos brancos

protegem o corpo contra possíveis infecções. As plaquetas realizam a coagulação sanguínea.

Tecido linfático tem a função de absorver líquidos dos espaços intercelulares e produzir

anticorpos. Durante uma infecção, o linfonodo (aglomerados de tecido linfático) aumenta sua

atividade, produzindo mais linfócitos e filtrando bactérias e substâncias estranhas. Por isso,

aumenta de volume e é chamado popularmente de íngua.

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Propriedades

especiais

Tecido hematopoiético produz hemácias e linfócitos; está presente no baço, timo, gânglios

linfáticos e na medula óssea vermelha.

Tecido adiposo: os adipócitos possuem no seu citoplasma um vacúolo preenchido por gotículas

de gordura. O tecido adiposo é uma reserva energética, realiza isolamento térmico (não

permite a perda de calor) e é considerado um amortecedor de impactos.

Tecido Muscular

Permite os movimentos do esqueleto e dos órgãos internos como coração, estômago, pulmões, útero,

bexiga, entre outros. As células musculares são alongadas e possuem grande capacidade de contração devido a

duas proteínas: actina e miosina. Os filamentos de actina e miosina deslizam-se uns sobre os outros encurtando a

fibra muscular, promovendo a contração. O tecido muscular divide-se em:

Estriado esquelético: Com estrias transversais, muitos núcleos, contração voluntária (vontade

própria). É encontrado ligado aos ossos por meio de tendões.

Estriado cardíaco: Com estrias transversais, discos intercalares, apenas um núcleo; a contração é

involuntária (não depende da vontade própria). É encontrado somente no coração.

Liso: Sem estrias, um único núcleo, contração involuntária lenta. Está presente nos vasos

sanguíneos, órgãos do sistema digestório, diafragma (pulmões), útero...

As cólicas intestinais e menstruais assim como o trabalho de parto e a respiração são contrações da

musculatura lisa, portanto involuntárias (não dependem de nossa vontade)

A contração muscular ocorre quando os filamentos de actina deslizam sobre os de miosina, encurtando a

fibra muscular e, conseqüentemente, todo o músculo. Para que isso ocorra, é preciso uma ordem do cérebro que,

por um impulso nervoso para a fibra faz com que seja liberado cálcio para o interior do citoplasma. Quando o

estímulo nervoso para, o cálcio é bombeado de volta ao retículo sarcoplasmático (especializado em armazenar

cálcio) por transporte ativo (bomba de cálcio) e o músculo relaxa. Como a contração muscular consome energia,

as células musculares são ricas em mitocôndrias.

Tecido Nervoso

O tecido nervoso possui células que recebem estímulos e os transmitem na forma de impulsos nervosos.

As células que formam o tecido nervoso são os neurônios, que captam estímulos, os recebem e os transmitem

como impulsos nervosos; as células de Schwann, que formam a bainha de mielina responsável pelo aumento da

velocidade de condução dos impulsos nervosos e as células da glia, que dão suporte mecânico e fornecem

alimento, auxiliam o funcionamento do tecido nervoso.

Os neurônios são compostos por três partes: dendritos, corpo celular e axônio. Esta célula nervosa é

responsável por captar estímulos físicos (luz, temperatura, pressão...), químicos (doce, azedo, amargo, salgado,

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cheiros...) e elétricos provenientes do meio. Os estímulos são captados pelos dendritos localizados em todo o

corpo, transmitido ao corpo celular, localizado nos gânglios nervosos e na medula espinal e finalmente chegam ao

axônio, que os conduzirá ao cérebro para processamento da informação.

Os nervos são grupos de milhares de dendritos e axônios envoltos por tecido conjuntivo encontrados no

cérebro e medula espinal. O cérebro e a medula espinal compõem o sistema nervoso central. Entretanto, há

corpos celulares de neurônios fora do cérebro e da medula espinal que estão localizados nos gânglios nervosos.

LEITURA COMPLEMENTAR Mito: Neurônios perdidos jamais são repostos

Você não precisa mais entrar em pânico quando encher a cara. Seu cérebro tem uma surpreendente

capacidade de gerar novas células

Este não é um caso de ciência errada, mas de ciência velha. Até os anos 90, a comunidade científica realmente

acreditava que o cérebro de um homem adulto era incapaz de produzir novos neurônios. Segundo essa tese, cada

pessoa seria portadora de um número "fixo" de células nervosas. Aquelas que fossem perdidas durante a vida -

por causa do envelhecimento, do consumo de drogas e álcool ou de algum trauma neurológico, por exemplo -

jamais seriam repostas.

Pesquisas mais recentes, contudo, demonstram o contrário. Existem pelo menos duas áreas do cérebro

humano em que a neurogênese (produção de novos neurônios) continua acontecendo ao longo de toda a vida.

Uma delas é a zona subventricular, onde as células surgem e iniciam sua migração rumo ao bulbo olfativo -

pedaço do sistema nervoso que coordena a detecção e a interpretação de cheiros. A outra é o hipocampo, que

desempenha papel importante nos processos de memória e aprendizado. Pensando bem, faz sentido que seja

assim. Afinal, precisamos continuar memorizando e aprendendo coisas novas, mesmo depois de acumular certa

idade.

Os pesquisadores ainda não sabem muito bem como essa fabricação contínua de neurônios influi na

dinâmica cerebral. Mas sua descoberta abre caminho para que as células-tronco neurais, responsáveis pela

neurogênese, possam ser usadas, um dia, no tratamento de várias doenças do cérebro.

Exterminadores de neurônios:certas substâncias são um veneno para nossas células nervosas

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ÁLCOOL

A droga mais popular do mundo "deprime" o sistema nervoso - ou seja, faz com que certas áreas dele funcionem

menos. O cérebro de alcoólatras pode até diminuir de tamanho.

MACONHA

Tem a capacidade de matar neurônios em desenvolvimento (o que pode explicar, por exemplo, os prejuízos na

aprendizagem notados em crianças filhas de mulheres que fumaram a erva durante a gravidez).

COCAÍNA

Seu uso contínuo danifica os circuitos cerebrais que ajudam a produzir a sensação de prazer. Isso pode explicar

as altas taxas de depressão verificadas entre os dependentes dessa droga.

ANFETAMINAS

Frequentemente usadas para aumentar o desempenho físico e mental, elas podem danificar os neurônios que

produzem dopamina, um dos mensageiros químicos do cérebro.

ANTIDEPRESSIVOS

Ao afetar os minúsculos canais que os neurônios usam para receber mensagens de outras células, esses

remédios também podem levar à morte neuronal.

SUBSTÂNCIAS TÓXICAS

Pesticidas, solventes industriais e metais pesados (como chumbo e mercúrio, por exemplo), também matam

células nervosas dependendo do quanto forem expostas a eles.

RADIO E QUIMIOTERAPIAS

A radioterapia em tumores localizados no cérebro, bem como a quimioterapia, pode resultar na destruição de

grande quantidade de neurônios como efeito colateral.

Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/neuronios-perdidos-jamais-sao-repostos-620200.shtml>

acessado em outubro de 2013

LISTA DE EXERCÍCIOS - CITOLOGIA

1) Sobre as funções dos tipos de retículo endoplasmático, pode–se afirmar que:

a) o rugoso está relacionado com o processo de síntese de esteroides;

b) o liso tem como função a síntese de proteínas;

c) o liso é responsável pela formação do acrossomo dos espermatozoides;

d) o rugoso está ligado à síntese de proteína;

e) o liso é responsável pela síntese de poliolosídios.

2) O aspecto comum do Complexo de Golgi, em células animais, deduzindo através de observações ao

microscópio eletrônico, é de:

a) vesículas formadas por dupla membrana, sendo a interna sem granulações e com dobras voltadas para o

interior;

b) membranas granulosas delimitando vesículas e sacos achatados, que dispõem paralelamente;

c) um complexo de membranas formando tubos anastomosados, com dilatações em forma de disco;

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d) sacos e vesículas achatadas, formadas por membrana dupla em que a interna, cheia de grânulos, emite para o

interior prolongamentos em forma de dobras;

e) membranas lisas delimitando vesículas e sacos achatados, que se dispõem paralelamente.

3) Numa célula eucariótica, a síntese de proteínas, a síntese de esteroides e a respiração celular estão

relacionadas, respectivamente:

a) ao Complexo de Golgi, às mitocôndrias, aos ribossomos;

b) ao retículo endoplasmático liso, ao retículo endoplasmático granular, ao Complexo de Golgi;

c) aos ribossomos, ao retículo endoplasmático liso, às mitocôndrias;

d) ao retículo endoplasmático granular, às mitocôndrias, ao Complexo de Golgi;

e) ao retículo endoplasmático liso, ao Complexo de Golgi, às mitocôndrias.

4) Todas as alternativas abaixo expressam uma relação correta entre uma estrutura celular e sua função ou

origem, exceto:

a) Aparelho de Golgi - relacionado com a síntese de polissacarídeos e com a adição de açúcares às moléculas de

proteínas.

b) Retículo endoplasmático rugoso - relacionado com a sínteses de proteínas reduzidas das células.

c) Peroxissomos - relacionados com os processos de fagocitose e pinocitose, sendo responsáveis pela digestão

intracelular.

d) Lisossomos - ricos em hidrolases ácidas, têm sua origem relacionada com os sacos do aparelho de Golgi.

e) Retículo endoplasmático liso - relacionado com a secreção de esteroides e com o processo de desintoxicação

celular.

5) Qual das estruturas abaixo está associada corretamente à principal função que exerce na célula?

a) centro celular ................................... divisão celular

b) lisossomo ........................................ respiração celular

c) mitocôndria ..................................... síntese de proteína

d) ribossomo ....................................... digestão celular

e) Complexo de Golgi ......................... ciclos de Krebs

6) Descreva o modelo de mosaico fluído proposto por Singer e Nicholson para a estrutura da membrana

plasmática.

7) Em relação às especialidades da membrana, conhecidas como microvilosidades, responda:

a) No que consistem?

b) Para que servem?

c) Onde aparecem?

8) Em relação às células animais, denominam-se glicocálix:

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a) os microvilos das células que revestem o intestino delgado;

b) todas as células acinosas de glândulas secretoras;

c) o colo do espermatozoide;

d) a estrutura lipoprotéica das membranas celulares;

e) uma camada com proteínas e carboidratos que recobre a membrana plasmática.

9) A membrana plasmática apresenta uma propriedade típica: a permeabilidade seletiva. No que consiste essa

propriedade?

10) A membrana plasmática que delimita a célula permite a passagem seletiva de substâncias do meio externo

para o meio interno da célula e vice-versa. O que se entende por transporte ativo e difusão facilitada?

11) Todas as células possuem uma membrana plasmática, ou plasmalema, que separa o conteúdo

protoplasmático, ou meio intracelular, do meio ambiente. A existência e integridade dessa estrutura são

importantes, porque a membrana:

a) regula as trocas entre a célula e o meio, só permitindo a passagem de moléculas de fora para dentro da célula

e impedindo a passagem em sentido inverso;

b) possibilita à célula manter a composição intracelular diversa do meio ambiente;

c) impede a penetração de substâncias existentes em excesso no meio ambiente;

d) torna desnecessário o consumo energético para captação de metabólitos do meio externo;

e) impede a saída de água do citoplasma.

12) Sobre o mecanismo de transporte ativo, através da membrana celular, são feitas as seguintes afirmações:

I - Para que moléculas sejam transportadas a partir de uma solução mais concentrada para uma menos

concentrada, através da membrana celular, a célula deve despender energia, e isto é denominado transporte

ativo.

II- Dentre as diferentes substâncias que são, com frequência, transportadas ativamente através da membrana

celular estão:aminoácidos, íons sódio, íons potássio, íons hidrogênio e vários monossacarídeos.

III -O mecanismo básico envolvido no transporte ativo depende de transportadores específicos, que reagem de

maneira reversível com as substâncias transportadas, sob a ação de enzimas e com consumo de energia.

Escreveu-se corretamente em:

a) I e II apenas

b) I e III apenas

c) II e III apenas

d) I, II e III

e) nenhuma delas

13) Assinale a alternativa correta sobre os ácidos nucleicos

a) O DNA e o RNA são idênticos em constituição e diferentes em forma molecular.

b) O RNA é constituído pelas bases púricas adenina e guanina, e pirimídicas uracila e timina.

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c) O DNA é constituído pelas bases púricas adenina e timina, e pirimídicas citosina e guanina.

d) O DNA é constituído pelas bases púricas adenina e guanina, e pirimídicas citosina e timina.

e) O RNA é constituído pelas bases púricas adenina e timina, e pirimídicas citosina e uracila.

14) No citoplasma das células encontram-se diversas organelas, desempenhando funções diversas. Em relação à

função desempenhada pelas mitocôndrias podemos afirmar que:

a) é responsável pela produção de energia a partir do gás carbônico e da glicose.

b) é a organela envolvida na síntese de proteínas.

c) é a estrutura que participa da síntese de lipídeos.

d) é responsável pela respiração celular.

e) Não participa das atividades metabólicas celulares.

15) O citoplasma das células procariotas é composto do citosol e do conjunto de milhares de substâncias,

destacando o material genético circular, que se concentra em uma região conhecida como:

a) núcleo

b) nucléolo

c) carioteca

d) nucleoide

e) RNA.

16) Assinale a alternativa incorreta:

a) O nome ácido nucleico indica que as moléculas de DNA e RNA são ácidas e foram identificadas, a princípio, no

núcleo das células.

b) O DNA é encontrado no núcleo, formando os cromossomos e parte dos nucléolos, e também em pequena

quantidade na mitocôndria e no cloroplasto.

c) O ácido ribonucleico é encontrado no nucléolo, nos ribossomos, no citosol, nas mitocôndrias e nos cloroplastos.

d) Tanto DNA como o RNA são formados pelo encadeamento de grande número de moléculas menores, os

nucleotídeos.

e) As bases existentes na molécula de DNA são a adenina, guanina, citosina e uracila.

17) As bases nitrogenadas podem ser divididas em bases púricas e pirimídicas. Assinale a alternativa que contém

os nomes das bases pirimídicas.

a) Adenina, citosina e timina;

b) Adenina, timina e uracila;

c) Guanina, timina e uracila;

d) Citosina, timina e uracila;

e) Citosina, timina e guanina.

18) Assinale a alternativa que contém as palavras que completam a frase abaixo:

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Existem cinco tipos principais de bases nitrogenadas: adenina, ______________,citosina, __________ e uracila.

As duas primeiras possuem um duplo anel de átomos de carbono e derivam de uma substância chamada

____________, sendo, por isso, denominadas bases ______________.

a) Guanina, timina, purina, púricas.

b)Timina, guanina, pirimidina, púricas.

c) Timina, guanina, pirimidina, púricas.

d) Timina, guanina, púricas, pirimídicas.

e) Guanina, timina, purina, pirimidina.

19) As imagens abaixo representam o comportamento das hemácias em soluções de diferentes concentrações.

-No esquema I, a solução é hipotônica, ou seja: tem menor concentração de solutos.

- No esquema II, a solução é isotônica, ou seja: as concentrações do meio interno e externo são similares.

- No esquema III, a solução é hipertônica, ou seja: tem maior concentração de solutos.

1) Estão corretas:

a) Todas as alternativas.

b) Somente a primeira alternativa.

c) Somente a segunda alternativa.

d) Somente a terceira alternativa.

e) Todas as alternativas estão

incorretas.

2) O caso exposto representa:

a) transporte passivo.

b) osmose.

c) difusão facilitada.

d) transporte ativo.

20) Uma célula que apresenta grande quantidade de síntese protéica tende a apresentar, em geral, um grande

nucléolo. Explique esta relação.

GABARITO - CITOLOGIA

1) D

2) E

3) C

4) C

5) A

6) DUPLA CAMADA LIPÍDICA, NA QUAL SE MOVMENTAM MOLÉCULAS PROTEICAS.

7)

A) EVAGINAÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA.

B) AUMENTAR A SUPERFÍCIE DE ABSORÇÃO

C) CÉLULAS DO EPITÉLIO INTESTINAL

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8)E

9) CONSISTE EM REGULAR A ENTRADA E SAÍDA DE SUBSTÂNCIAS NA CÉLULA, MANTENDO UMA

COMPOSIÇÃO QUÍMICA ESPECÍFICA.

10) O TRANSPORTE ATIVO É FEITO CONTRA GRADIENTE DE CONSTRUÇÃO E CONSUMO DE ATP

(ENERGIA). A DIFUSÃO FACILITADA É FEITA SEM ATP, COM O AUXÍLIO DE PERMEASES, MOLÉCULAS

PROTEICAS.

11) B

12) D

13) D

14) D

15) D

16) E

17) D

18) A

19)

1) C

2) B

20) O NUCLÉOLO ORIGINA OS RIBOSSOMOS, ESTRUTURAS RESPONSÁVEIS PELA SÍNTESE PROTEICA.

Exercícios - Histologia

1) O organismo animal é constituído por um conjunto de tecidos que formam diferentes órgãos. Em relação a

esses tecidos, é incorreto afirmar que o tecido:

a) conjuntivo possui riqueza de material (matriz) extracelular, com numerosas fibras de colágeno, reticular e

elastina, que oferecem preenchimento e sustentação dos órgãos.

b) ósseo apresenta riqueza de cálcio e fosfato e oferece proteção a alguns órgãos importantes, como o pulmão e

o cérebro.

c) muscular é constituído por fibras proteicas, muitos vasos sanguíneos e ausência de nervos.

d) capaz de realizar as funções de revestimento e secreção é o tecido epitelial.

e) adiposo possui células que podem estar agrupadas ou isoladas no organismo, e está relacionado ao

armazenamento de energia e proteção térmica.

2) Marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso:

a) ( ) O tecido epitelial é bem vascularizado, ou seja: é rico em vasos sanguíneos.

b) ( ) O tecido muscular liso se contrai involuntariamente.

c) ( ) O tecido sanguíneo é composto por plasma, eritrócitos (glóbulos brancos), leucócitos (glóbulos vermelhos) e

plaquetas.

d) ( ) O tecido conjuntivo é dividido em tecido conjuntivo propriamente dito, adiposo, cartilaginoso, ósseo e

hematopoiético.

e) ( ) Quanto aos neurônios, o axônio é ramificado, sendo responsável pela recepção de estímulos nervosos.

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3) O corpo humano é constituído por aproximadamente 240 diferentes tipos de células, organizadas em quatro

principais tecidos: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. Sobre esses tecidos, assinale a alternativa errada:

a) O tecido epitelial tem origem ectodérmica e é formado por células fortemente aderidas umas às outras, o que

lhes permite conferir proteção contra o atrito e contra a entrada de micro-organismos no corpo.

b) O tecido conjuntivo tem origem ectodérmica e mesodérmica e compreende uma grande variedade de tipos

celulares, como os fibroblastos, osteoclastos e plaquetas, envolvidos por uma matriz extracelular abundante e

diversificada.

c) O tecido muscular tem origem mesodérmica e é formado por três tipos diferentes de fibras musculares, que em

comum têm o fato de conterem grande quantidade de proteínas do tipo actina e miosina em seus citoplasmas.

d) O tecido nervoso tem origem ectodérmica e sua principal célula é o neurônio. Estes neurônios frequentemente

apresentam bainha de mielina produzida por dois outros tipos celulares, os oligodendrócitos e as células de

Schwann.

e) B e D estão corretas.

4) Suponha que um médico, analisando um hemograma, tenha detectado que certo indivíduo apresentava

anemia, tendência à hemorragia e infecção. Considerando seu conhecimento sobre os elementos figurados do

sangue, assinale a alternativa referente ao número (maior ou menor) desses elementos que permitiu ao médico a

conclusão sobre os problemas do paciente em questão.

5) Classifique cada um dos tecidos epiteliais apresentados abaixo:

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6) Associe as duas colunas:

a) Tecido epitelial ( ) Células alongadas, ricas em actina e miosina.

b) Tecido conjuntivo ( ) Suas células estão justapostas e não apresentam vasos sanguíneos.

c) Tecido sanguíneo ( ) Basicamente sem substância intercelular.

d) Tecido muscular ( ) As células se encontram imersas na substância intercelular, que se apresenta em estado

líquido.

e) Tecido nervoso ( ) Diversos tipos de células imersas em material intercelular (matriz), de consistência variável

7) Os tendões são estruturas formadas, principalmente, por tecido:

a) Ósseo

b) Muscular

c) Adiposo

d) Conjuntivo

e) Cartilaginoso

8) É constituído por células uninucleadas que possuem núcleos centrais. Em seu citoplasma encontramos

miofibrilas, formando discos claros e escuros. Para formar o tecido, essas células se colocam em continuidade

umas com as outras, sendo que a adesão entre elas, feita pelos discos intercalares, apresenta contrações rápidas

e involuntárias. Essa é a descrição do tecido:

a) epitelial

b) conjuntivo

c) muscular estriado cardíaco

d) muscular não estriado

e) muscular estriado esquelético

9) Assinale a alternativa incorreta:

a) A resistência e a rigidez do tecido ósseo ocorrem devido à associação entre fibras colágenas e fosfato de

cálcio.

b) O epitélio glandular pode ser responsável por secreções denominadas endócrinas.

c) O tecido conjuntivo tem a função de preencher os espaços entre os órgãos.

d) O tecido adiposo é um tipo de tecido epitelial, podendo ser encontrado nos contornos do corpo, para

amortecimento de choques.

e ) O epitélio de revestimento recobre a superfície do corpo, a superfície dos órgãos internos e as cavidades do

corpo.

10) O processo elétrico que ocorre na transmissão do impulso nervoso:

a) depende da despolarização da membrana plasmática e termina com a liberação do neurotransmissor na

corrente sanguínea.

b) depende do disparo de potenciais de ação e termina com a liberação de neurotransmissores pelos dendritos.

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c) ocorre sempre no sentido dendrito para o terminal axônico e depende do transporte de íons através da

membrana plasmática.

d) envolve a participação de diferentes tipos de permeases e depende principalmente da interação entre

moléculas de actina e miosina.

e) é lento e termina com a liberação do neurotransmissor no citoplasma da célula adjacente

GABARITO - HISTOLOGIA

1) C

2)

a) F

b) V

c) F

d) V

e) F

3) A

4) B

5)

a) Epitélio pseudoestratificado cilíndrico (prismático, ou colunar).

b) Epitélio simples cilíndrico (prismático, ou colunar).

c) Epitélio cúbico simples.

d) Epitélio de transição.

e) Epitélio pavimentoso (ou escamoso) estratificado

6)

a) D

b) A

c) E

d) C

e) B

7) D

8) C

9) D

10) C

Exercícios – Embriologia

1) No zigoto de um anfioxo, após a primeira divisão mitótica, tem início o desenvolvimento embrionário, que pode

ser dividido em três etapas principais: segmentação, gastrulação e organogênese. Acerca dessas etapas do

desenvolvimento, identifique as afirmativas corretas:

a) A segmentação é o estádio de desenvolvimento no qual ocorre a diferenciação dos tecidos e dos órgãos a

partir dos três folhetos germinativos.

b) A gastrulação é o estádio de desenvolvimento no qual ocorre o surgimento dos três folhetos germinativos.

c) A segmentação é o estádio de desenvolvimento no qual ocorre o surgimento da blástula.

d) A organogênese é o estádio de desenvolvimento no qual ocorre a formação dos tecidos e órgãos.

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e) A organogênese é o estádio de desenvolvimento no qual ocorre a formação do ectoderma, do mesoderma e do

endoderma.

2) O desenvolvimento de órgãos e sistemas integrados, bem como o aparecimento de cavidades corporais que

permitem a circulação de fluidos contendo nutrientes e gases respiratórios entre as células constituem etapas da

evolução animal que podem ser atribuídas

a) à presença de ectoderme e endoderme.

b) à formação da cavidade celomática entre a mesoderme e a endoderme.

c) ao aparecimento da mesoderme e à formação do celoma.

d) apenas ao aparecimento da mesoderme.

e) ao crescimento da mesoderme entre a ectoderme e a endoderme.

3) São megalécitos os ovos de:

a) peixes e anfíbios

b) anfíbios e aves

c) aves e répteis

d) répteis e ouriços

e) ouriços e anfioxos

4) Um óvulo com quantidade média de vitelo distribuída irregularmente, ficando o núcleo deslocado para um dos

polos da célula, pode ser de:

a) anfíbios e sofreria clivagem meroblástica;

b) anfíbios e sofreria clivagem holoblástica desigual;

c) ave e sofreria clivagem, holoblástica desigual;

d) anfioxo e sofreria clivagem holoblástica igual;

e) equinoderma e sofreria clivagem holoblástica igual.

5) Entre a formação do zigoto e a dos dois primeiros blastômeros, houve:

a) união do óvulo ao espermatozoide;

b) uma divisão mitótica;

c) diferenciação celular;

d) diferenciação do celoma.

6) Assinale a correlação correta:

a) ovos heterolécitos razoavelmente providos de vitelo, ocorrem no ouriço-do-mar;

b) ovos heterolécitos razoavelmente providos de vitelo, ocorrem nos insetos;

c) ovos oligolécitos, pobres em vitelo, ocorrem no ouriço-do-mar;

d) ovos oligolécitos, pobres em vitelo, ocorrem em anfíbios;

e) ovos telolécitos, muito ricos em vitelo, ocorrem em insetos.

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7) Assinale a alternativa que indica a sequência correta no desenvolvimento de um embrião humano.

a) blastômeros-blástula-mórula.

b) gástrula-mórula-blástula.

c) blastômero-mórula-blástula.

d) blástula-gástrula-mórula

e) mórula-blástula-blastômero

8) Após a fecundação, um zigoto começa a sofrer divisões celulares num processo denominado:

a) segmentação.

b) meiose.

c) recombinação.

d) gastrulação

e) celomação

9) No Brasil, travaram-se, recentemente, intensos debates a respeito das pesquisas que envolvem o uso de

células-tronco para fins terapêuticos e da legislação que regulamenta esse uso. Assinale, entre os seguintes

argumentos mais frequentemente apresentados nesses debates, aquele que, do ponto de vista biológico, é

INCORRETO.

a) O blastocisto a ser utilizado em tais pesquisas é um emaranhado de inúmeras células sem chance de

desenvolvimento.

b) O comércio de embriões assemelha-se muito àquele que põe à venda órgãos de crianças.

c) O embrião, apesar do pequeno tamanho, contém toda a informação

genética necessária ao desenvolvimento do organismo.

d) O início da vida ocorre quando, a partir da fusão do óvulo com o espermatozoide, se forma o zigoto.

10) Durante o desenvolvimento embrionário, a formação do blastóporo ocorre na fase de:

a) segmentação

b) mórula

c) blástula

d) gástrula

e) nêurula

Gabarito - Embriologia

1) b,c,d

2) c

3) c

4) b

5) b

6) c

7) c

8) d

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9) b

10) d

Sugestão de sites para consulta

Com Ciência - Revista Eletrônica de Jornalismo Científico da SBPC . <http://www.comciencia.br/comciencia/>

SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. < http://www.sbpcnet.org.br>

Ciência Hoje . <http://cienciahoje.uol.com.br/>

Só Biologia - Portal de Biologia e Ciências. < http://www.sobiologia.com.br/

Portal do Jornalismo Científico. <www.jornalismocientifico.com.br/>

Bio Mania. < http://www.biomania.com.br/bio/>

Planeta Bio. < http://www.planetabio.com/>

Toda Biologia. < http://www.todabiologia.com/>

Referências Bibliográficas

CAMPBELL,N. et al. Biologia.8.ed.Porto Alegre: Artmed,2010.

JUNQUEIRA,L.C.U.; CARNEIRO,J. Histologia Básica. 11 ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,2008.

LOPES,S. Biologia Essencial. Editora Saraiva, 2005.

PAULINO, W.R.Biologia Série novo ensino médio. Editora Ática 2004.

http://www.sobiologia.com.br/ acesso outubro de 2013

http://www.infoescola.com/biologia/acesso outubro de 2013