jornal novo varejo 202

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Movimento já verificado em outros setores tem cada vez mais bons exemplos no comércio de autopeças. Um deles é a rede MercadoCar, que acaba de inaugurar a quarta unidade. Conheça nesta edição os vencedores do Prêmio Inova 2011 Expansão das grandes lojas fortalece fenômeno de concentração no varejo Caso DF: TJ paulista considera inconstitucional retaliação aos distribuidores Seminário da Reposição Automotiva debate perspectivas do mercado para 2012 pág. 48 pág. 38 pág. 20 ano 18 setembro 2011 # 202 202 jornal novo varejo, líder em comunicação para o varejo de autopeças Jurista Fábio Ulhoa Coelho defende criação de novo Código Comercial Nova filial da MercadoCar leva a rede para zona sul da capital paulista Macroeconomia e qualidade estiveram entre os temas do encontro pág. 32 pág. 12 Capa NV202.indd 1 22/9/2011 16:07:33

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Novo Varejo é uma publicação mensal da Editora Novo Meio Ltda, de circulação dirigida aos varejistas de autopeças.

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Page 1: Jornal Novo Varejo 202

Movimento já verificado em outros setores tem cada vez mais bons exemplos no comércio de autopeças. Um deles é a rede MercadoCar, que acaba de inaugurar a quarta unidade.

Conheça nesta edição os vencedores do Prêmio Inova 2011

Expansão das grandes lojas fortalece fenômeno de concentração no varejo

Caso DF:TJ paulista considera inconstitucional retaliação aos distribuidores

Seminário da Reposição Automotiva debate perspectivasdo mercadopara 2012

pág. 48

pág. 38pág. 20

ano 18 setembro 2011

#202202

jornal novo varejo, líder em comunicação para o varejo de autopeças

Jurista Fábio Ulhoa Coelho defende criação de novo Código Comercial

Nova fi lial da MercadoCar leva a rede para zona sul da capital paulista

Macroeconomia e qualidade estiveram entre os temas do encontro

pág. 32 pág. 12

Fábio Ulhoa Coelhodefende criação de novo Código

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Ano 18 - # 202 - setembro de 2011

Distribuição nacional

Tiragem de 25.000 exemplares

Novo Varejo é uma publicação mensal da

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O risco da desindustrialização foi o principal destaque da última edi-ção do Novo Varejo. Mostramos as graves consequências para nossa economia da substituição dos pro-dutos nacionais pelos importados. E não se trata de defender ações protecionistas ou retrógradas, mas sim preservar o valioso parque in-dustrial aqui construído, assim como a mão de obra por ele empregada. Não podemos direcionar nossa economia para o setor de serviços, a agropecuária ou as matérias pri-mas. Nenhum país que pretende ser grande pode abrir mão dos pro-dutos de alto valor agregado.Neste Novo Varejo que você come-ça a ler agora, acabamos obrigados a retomar o tema a partir de uma polêmica medida anunciada no fi nal de setembro pelo governo federal.Até o fi nal do ano, as alíquotas de IPI para automóveis terão aumen-to de 30 pontos percentuais. Na largada, a alteração vale para todo e qualquer carro ou caminhão co-mercializado no Brasil. Mas, claro, o governo criou meios para que as montadoras possam evitar esse au-mento. E é aí que está a notícia de interesse do setor de autopeças. Os detalhes da medida você vai conhecer na página 28 No entan-to, de for-

ma simplifi cada, podemos resu-mir que fi carão livres do reajuste os veículos que tiverem conteúdo nacional de pelo menos 65%. Em tese, essa medida pode estimular o consumo de peças e sistemas automotivos fabricados no Brasil – e no Mercosul, cujos produtos são considerados nacionais.Há que se lamentar, no entanto, que a maioria das soluções apresenta-das pelo governo para resolver as grandes questões nacionais esteja vinculada ao aumento da carga tri-butária. Haja criatividade. Basta citar a atual movimentação ampla, geral e irrestrita – ainda que às vezes dis-farçada – em favor do renascimen-to da fatídica e inócua CPMF, séria ameaça que paira sobre nossas cabeças indefesas. Enquanto isso, incontáveis recursos continuam descendo pelo ralo da corrupção – para esta, já não há sequer preo-cupação em disfarçar – ou tapando os rombos de uma máquina pública inchada e que gasta sem controle, critério nem bom senso.De qualquer forma, uma vez que seria ingenuidade esperar por atitu-des que resultassem em sobrieda-de administrativa e redução efetiva do chamado Custo Brasil, assim como levantamos o problema da

desindustrialização na edi-ção passada, vamos

continuar acom-panhando a

questão

e, especialmente, os desdobramen-tos e as repercussões da medida apresentada pelo governo. O cres-cente défi cit da balança comercial do setor de autopeças – veja os números no Novo Varejo Importa-dos – revela que, de um jeito ou de outro, é preciso pôr ordem na casa e evitar a concorrência desleal com itens vindos de países que não são obrigados a viver diariamente sob o peso pesado desse vergonhoso Custo Brasil, um desafi o permanen-te à paciência de nossos talentosos e empreendedores empresários. Felizmente, muitos vencem es-ses desafi os e suas conquistas se tornam referência para todo um mercado. No caso do varejo, nossa principal reportagem desta edição traz exemplos de grandes empresas que cada vez mais se consolidam no segmento. E aqui vale uma menção especial, e mui-to justa, à MercadoCar, que aca-ba de inaugurar mais uma grande loja em São Paulo e ainda prepa-ra mais investimentos para breve. Uma prova visível da viabilidade do varejo brasileiro de componen-tes automotivos. E há outros belos exemplos em nossas páginas.Por trás dessas grandes empresas, há o fenômeno de concentração do varejo. Um movimento já verifi cado em outros segmentos e que vem se consolidando também no comércio de componentes automotivos – basta ver a força com que as duas maiores redes do mercado vêm se expandindo nos últimos dois anos.Para conhecer melhor as estratégias vitoriosas desses grandes empresá-rios do segmento e entender um pouco mais os caminhos da con-centração do mercado, não deixe de ler nossa reportagem principal. Além de contar com sua atenção, para nós é motivo de satisfação re-dobrada contar histórias de sucesso daqueles que acreditaram e cons-truíram, de fato, um novo varejo.

editorial Por Claudio Milan

Histórias de quem faz bem feito

É preciso pôrordem na casa e evitar a concorrência desleal com itens vindos de países que não são obrigados a viver diariamente sob o peso pesado desse vergonhoso Custo Brasil

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setembro de 2011

20Inauguração de mais uma loja da rede MercadoCar em São Paulo traz refl exão sobre a concentração no varejo.

Fábio Ulhoa Coelho defende a criação de um novo Código Comercial para o desenvolvimento da economia brasileira.

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Seminário do mercado de reposição avalia os desafi os e caminhos para a evolução do aftermarket.

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48Novas decisões da Justiça trazem importantes novidades para toda a cadeia do setor.

30Conheça os vencedores da segunda edição da Pesquisa Inova, que entrevistou 500 varejistas em todo o Brasil.

HÁ 100 EDIÇÕES Problemas iguais aos seusDestaques do mercado de autopeças 100 meses atrás, uma história que só o Novo Varejo pode contar

Os contrastes brasileiros são um desafi o para o pensamento integrado na cadeia de reposi-ção. Talvez por isso seja consen-so no mercado que as soluções propostas para os problemas do setor devem respeitar as caracte-rísticas regionais. Apesar dessas diferenças, existem também pro-blemas que são comuns a quase todos os integrantes de um mes-mo elo da cadeia. No caso do varejo, as principais difi culdades

enfrentadas por uma pequena loja na região norte são seme-lhantes aos desafi os impostos a um empresário do sul do país.Na edição 102, o Novo Varejo ouviu 25 empresários do comér-cio de autopeças em todo o país para levantar os principais proble-mas que enfrentavam em seus negócios. E os dois principais, apontados pela maioria, foram a inadimplência e a concorrência com os distribuidores.

DESAFIOS No total, foram 28 os entraves citados pelos vare-jistas entrevistados. Além dos dois anteriormente relaciona-dos, apareceram os seguintes problemas: alta carga tributária por conta de uma política ina-dequada; falta de mão de obra qualifi cada;falta de treinamento e capacitação para a evolução do varejo; grande oscilação de pre-ços; falta ou demora no acesso a informações; burocracia na

troca de peças em garantia; concorrência com as concessio-nárias; concorrência desleal no varejo; grande oscilação preços; falta de fi nanciamento no merca-do; falta de segurança; distância do fornecedor; falta de política de descontos diferenciada dos distribuidores para o varejo; ne-cessidade de grandes estoques para cobrir a variedade de itens; margem de lucro achatada; falta de preparo técnico ou empresa-

rial do aplicador; má qualidade das peças; distribuidor despre-parado para suprir as reais ne-cessidades dos varejos; custo do frete; falta de divulgação do mercado; manipulação da indús-tria sobre o mercado; difi culdade na organização de estoques; sonegação fi scal/informalidade; falta de incentivo do governo; representantes sem autonomia para resolver problemas; e falta de planejamento estratégico.

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sumário

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indicadores setembro de 2011

Itens que mais subiram

Filtro de óleo 2,24%

Kit de embreagem 2,14%

Pastilhas de freio 2,08%

Itens que mais caíram

Mão de obra / Revisões 1,53%

Pneus -0,38%

Filtro de combustível -0,74%

Inflação do Carro sobe 0,19%em agosto A infl ação do Carro medida pela Agência AutoInforme subiu 0,19% em agosto. Contribuiu para o índice a estabilização dos preços dos combustíveis – este grupo é o mais caro de toda a cesta de itens do indicador e re-presenta praticamente um terço

de toda a despesa com o veí-culo. No acumulado do ano, o custo para manter o carro está em 6,4%. Entre as autopeças, o item que mais subiu de pre-ço foi o fi ltro de óleo, seguido pelo sistema de embreagem e as pastilhas de freio.

Fonte: Agência AutoInforme

Setor automobilístico infl uencia bom desempenho do varejo

Confi ança dos brasileiros cai em agosto

O Indicador Serasa Expe-rian de Atividade do Co-mércio revela que o movi-mento no varejo brasileiro cresceu 0,7% em agosto. Julho havia fechado com uma pequena alta de 0,2%, resultado que na época já indicava tendência de recu-peração frente à queda de 0,1% registrada em junho. Segundo o levantamento mensal da empresa, o au-mento é resultado, principal-mente, da maior procura por carros, motos e autopeças. O setor automobilístico como um todo expandiu suas ven-das em 5,6%. No acumulado de 2011 até agosto, o fatura-mento do varejo foi 9,5% su-

perior ao registrado nos oito primeiros meses de 2010. Também apresentaram cres-cimento os setores de mate-rial de construção (3%), que lidera as vendas no período de janeiro a agosto (alta de 11,8%); o comércio de te-cidos, vestuário, calçados e acessórios ( 2%); móveis, eletrodomésticos e informáti-ca (1%); e de combustíveis e lubrificantes (1,3%). O único grupo que teve queda foi o de supermercados alimen-tos e bebidas, com redução de -1,6% no faturamento em agosto. Para a realização da pesquisa, foram consultados 6 mil estabelecimentos em todo o país.

O Índice Nacional de Ex-pectativa do Consumidor (INEC), divulgado pela Confe-deração Nacional da Indústria (CNI), mostrou que o otimis-mo do brasileiro caiu 1,1% em agosto na comparação com julho e 6,1% em relação a agos-to de 2010. A pesquisa revelou ainda que o otimismo do con-sumidor está cada vez mais dis-tante dos índices registrados no ano passado. Em julho, o INEC havia caído 3% em relação ao mesmo mês de 2010. “Alguns meses do ano passado, como agosto, registraram forte alta nas expectativas por conta da recuperação da economia bra-sileira dos efeitos da crise inter-nacional. Por isso, o recuo no INEC agora é natural”, avaliou

Marcelo Azevedo, economista da CNI. Em agosto, a queda na confi ança dos brasileiros em re-lação ao mesmo mês de 2010 ocorreu nos seis componentes do INEC: expectativas em rela-ção à infl ação, ao desemprego, à situação fi nanceira, ao endivi-damento, à renda pessoal e às compras de bens de maior valor. As reduções mais acentuadas foram nos índices de infl ação, que caiu 21%, e de desempre-go, que diminuiu 10%.Outra constatação importante do estudo é que os brasileiros estão mais pessimistas com o aumento dos preços e do de-semprego. A preocupação dos consumidores com a infl ação nos próximos seis meses foi a principal razão para a queda na

confi ança: 69% dos entrevista-dos disseram acreditar que a infl ação vai aumentar. Em julho esse percentual era de 61%. Quanto ao desemprego, apesar da queda na comparação com agosto de 2010, o índice ain-da está muito acima da média histórica, o que confi rma manu-tenção do otimismo em relação à abertura de vagas. “No ano passado, o indicador fi cou ele-vado porque a tendência era de melhora. Hoje as pessoas ainda acreditam que haverá cresci-mento nas vagas, mas não es-peram o crescimento elevado”, explicou Azevedo. Já o otimismo em relação à situação fi nanceira diminuiu 3,8% e sobre o endivi-damento caiu 5,7% em agosto na comparação com 2010.

Produção Licenciamento

Agosto 11 325,3 mil Agosto 11 327,4 mil

Julho 11 307,2 mil Julho 11 306,4 mil

Ago 11 / Jul 11 +5,9% Ago 11 / Jul 11 +6,9%

Agosto 10 308,3 mil Agosto 10 32,8 mil

Ago 11 / Ago 10 +5,5% Ago 11 / Ago 10 +4,7%

Jan – Ago 11 2,34 milhões Jan – Ago 11 2,37 milhões

Jan – Ago 10 2,24 milhões Jan – Ago 10 2,19 milhões

Jan – Ago 11 / Jan – Ago 10 +4,4% Jan – Ago 11 / Jan – Ago 10 +8,0%

Últimos 12 meses Últimos 12 meses

Set 10 – Ago 11 (A) 3,48 milhões Set 10 – Ago 11 (A) 3,69 milhões

Set 09 – Ago 10 (B) 3,34 milhões Set 09 – Ago 10 (B) 3,34 milhões

Variação % (A/B) +4,4% Variação % (A/B) +10,4%

Montadoras produzem 5,9% a maisAs montadoras instaladas no Brasil produziram 325.326 veículos em agosto, número que representa crescimento de 5,9% na comparação com ju-lho e 5,5% ante o mesmo mês do ano passado. As vendas no

mercado interno também tive-ram expansão, atingindo a mar-ca de 327.355 unidades, 6,9% a mais que o número registra-do em julho e 4,7% acima do total de agosto do ano passa-do. O setor fechou o mês com

144.699 empregados, um cres-cimento de 0,6% sobre julho. Na comparação com agosto de 2010, houve alta de 8,8%. Os dados são da Anfavea – Asso-ciação Nacional dos Fabrican-tes de Veículos Automotores.

Font

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entrevista setembro de 2011Por Patrícia Malta de Alencar [email protected] Fotos Divulgação

Advogado formado pela Pontifícia Universidade Cató-lica de São Paulo (PUC-SP), instituição pela qual obteve os títulos de mestre, doutor e livre-docente, o professor-doutor Fábio Ulhoa Coelho defende a criação de um novo Código Comercial para o de-senvolvimento da economia brasileira. O antigo, de 1850, havia sido em parte absorvi-do e em parte revogado pelo novo Código Civil, que entrou em vigor em 2002. Com isso, o mercado fi cou sem uma fer-ramenta específi ca do legisla-dor, dando margem a genera-lizações que não fazem jus à sua importância na sociedade e na economia.Segundo Ulhoa, na obra O Fu-turo do Direito Comercial (Sa-raiva, 2010), uma legislação específi ca permitiria eliminar entraves burocráticos desne-cessários, daria maior seguran-ça jurídica às empresas e ainda traria a necessária atualização à realidade do mercado hoje. Ulhoa é professor titular da PUC-SP, onde leciona desde 1982, nas disciplinas de fi loso-fi a do direito, direito comercial e empresarial. Atualmente, de-dica-se apenas aos programas e cursos de pós-graduação, sendo o coordenador de Di-reito Comercial nos programas de Mestrado e Doutorado e do Curso de Especialização em Direito Empresarial da PUC-SP; e professor honorário da Facul-dade de Direito da Universida-de Presbiteriana Mackenzie.

Novo Varejo – Por que exis-te a necessidade de um novo Código Comercial?Fábio Ulhoa Coelho – A eco-nomia brasileira está inega-velmente passando por um momento de visível desenvol-vimento e reposicionamento na economia global. Estas mudanças forçam e reclamam alterações no ordenamento jurídico, para disciplina da nova realidade econômica.

NV – Quais são as princi-pais lacunas na legislação comercial hoje?FUC – Cito duas: a falta de regulação da documentação empresarial eletrônica, elimi-nando a enorme papelada que as empresas são obriga-das a manter; e a inexistên-cia de regras próprias para os contratos entre as empresas. NV – E quais são os prin-cipais obstáculos para o crescimento do mercado?FUC – A lei não é sufi ciente para produzir desenvolvimento eco-nômico, mas, quando ela está defasada, atua negativamente, impedindo o desenvolvimento. Entre os principais obstáculos estão, sem dúvida, a burocra-cia excessiva da sociedade li-mitada e as incertezas relativas aos títulos de crédito.

NV – Por que o Código Co-mercial de 1850 foi descar-tado pelos legisladores? O mercado saiu perdendo com essa decisão?

FUC – Apenas uma parte do Código Comercial de 1850 foi revogada. Ele continua vi-gorando para disciplinar, por exemplo, os negócios empre-sariais marítimos. O mercado saiu perdendo porque, com as mudanças na economia dos últimos anos, o Código Civil (que fi cou no lugar do Códi-go Comercial), que já não era inteiramente adequado, enve-lheceu precocemente.

NV – Por que seria melhor atualizar essa legislação

fora dos Códigos Civil e Processual Civil? Quais as principais diferen-ças entre os fundamentos do Direito Civil e do Direito Comercial que justifi cam essa separação?

FUC – Como o Có-digo Civil deve tratar de uma gama imensa de rela-ções jurídicas, ele acaba não contemplando as especifi-cidades das relações entre empresários. Por exemplo,

entrevista setembro de 2011

Para o jurista da área comercial Fábio Ulhoa Coelho, nova realidade econômica exige regras específi cas para o setor

Menos burocracia no comércio

Por Patrícia Malta de Alencar [email protected] Fotos Divulgação

O NovoCódigo Comercial vai prestigiar o empresário competitivo. Quem sairá prejudicado é o empresário cartorário, que se vale da burocracia legal e da ausência de normas específi cas

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entrevista setembro de 2011

Capacitação gera economia e efi ciência

ARTIGO

Antônio Carlos Bento é coordenador do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva) – Programa Carro 100% - www.carro100.com.br(Grupo de Manutenção Automotiva) – Programa

Assistimos a uma grande revo-lução na indústria automobilística nos últimos tempos. Com a chega-da de novas marcas e o aquecimen-to das vendas de veículos, facilitado pelos fi nanciamentos, houve um crescente aumento da frota circu-lante, em média, 7% a cada ano. O levantamento do Sindipeças indica que a frota tem 32,5 milhões de veículos, entre automóveis, comer-ciais leves, caminhões e ônibus. Esse bom momento do mercado tem refl exos positivos no setor de repa-

ração de veículos. Mais carros nas ruas indicam novas possibilidades, pois, em um prazo de três anos, são as ofi cinas de confi ança que cuidam da manutenção desses veículos.O desafi o é estar preparado para atender às necessidades desse novo mercado, repleto de marcas e modelos diferentes e que requerem conhecimento técnico. Como acom-panhar essa evolução tecnológica? A resposta está em estudo, dedicação e gestão empresarial. Sim, o repara-dor precisa estar atento a todos os detalhes do seu negócio e preparar a sua equipe para torná-la apta para fazer os reparos nos veículos. Em um mercado altamente competitivo, é importante garantir a satisfação do cliente e, para isso, a qualidade do serviço é fundamental.

O dono do carro quer que o reparo seja feito no menor tempo possível e que o problema seja solucionado. Ele não quer ter preocupação, por isso, procura uma ofi cina de confi ança, onde sabe que pode contar com ser-viço de qualidade.Sendo assim, o reparador precisa avaliar e criar métodos que garan-tam aumento de produção, com efi ciência. Para isso, o treinamento da equipe é fundamental. O conhe-cimento técnico evita a má aplica-ção da peça e que o trabalho seja

refeito. O Programa Carro 100% / Caminhão 100% deve iniciar a se-gunda etapa de treinamento, em parceria com o Senai, para promo-ver o aperfeiçoamento profi ssional por entender que a capacitação da mão de obra é uma necessidade al-tamente importante. A qualidade do serviço é a garantia da satisfação do consumidor. É o dono do carro que move todo o setor da reposição automotiva, por isso, merece aten-ção especial do reparador.

Mais carros nas ruas indicam novas possibilidades, pois, em um prazo de três anos, são as ofi cinas de confi ança que cuidam da manutenção desses veículos

o Direito Civil considera que nenhum contrato pode ser desequilibrado entre as par-tes. Ninguém pode perder dinheiro por conta de um contrato. Mas, no direito co-mercial, há contratos dese-quilibrados, que não podem ser invalidados porque aten-diam, quando fechados, aos interesses dos contratantes. O empresário pode fazer um determinado contrato para conscientemente “perder di-nheiro”, se ele está pensan-do, por exemplo, em melho-rar seu portfólio de clientes como forma de aumentar os negócios. É um investimen-to que este empresário faz, quando contrata sabendo que vai perder dinheiro.

NV – De que forma a nova legislação proposta im-pactaria o mercado? FUC – O novo Código Co-mercial vai prestigiar o em-presário competitivo. Quem

sairá prejudicado é o empresário não competitivo, o car-torário, que se vale da burocracia le-gal e da ausência de normas espe-cíficas para pos-tergar o cum-primento de obrigações ou mesmo livrar-se delas.

NV – Quais iniciativas concretas estão em andamen-to para via-bilizar a proposta de criação do novo Código? FUC – A Câmara dos Depu-tados já está discutindo um projeto de lei, apresentado pelo deputado Vicente Cân-dido (PT-SP). O presidente da Câmara, deputado Mar-co Maia (PT-RS) já anunciou que irá constituir, em breve, a comissão especial para apre-ciação da matéria.

NV – O seu livro, O Futuro do Direito Comercial, traz um norte para o novo código? FUC – O projeto de lei em tra-mitação teve por base a minuta que elaborei. Ela, no entanto,

A lei nãoé sufi ciente para produzir desenvolvimento econômico, mas, quando ela está defasada, atua negativamente, impedindo o desenvolvimento

Livro de Ulhoa, publicado em

2010, já traz uma minuta para o

novo código

foi bastante aperfeiçoada antes de se converter em projeto.

NV – De que forma devem ser geridas as relações comer-ciais em um meio totalmente novo como é a internet?FUC – O comércio eletrônico, via internet, é uma realidade. Será regulado no novo Código Co-mercial, defi nindo quais são as obrigações do empresário que deseja se utilizar deste canal de vendas. Ao defi nir as obrigações, a lei, por via de consequência, também defi ne o que o empre-sário não está obrigado a fazer,

quando realiza vendas via internet.

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mercado setembro de 2011

Palestra técnica informa sobre manutenção do sistema de refrigeraçãoA Royce Connect e a Delphi realizaram em 28 de agosto, em Santo André (SP), uma pa-lestra técnica sobre compres-sores dedicados à linha de cli-matização automotiva. A Delphi disponibilizou sua equipe das áreas comercial, produtos e en-genharia de desenvolvimento para apresentar em detalhes o funcionamento e a manutenção de compressores para ar con-

dicionado automotivo. “O intui-to foi treinar e capacitar quem comercializa este tipo de produ-to. Unir a experiência da Royce Connect com produtos de qua-lidade como os da Delphi é uma parceria fundamental. O fator preponderante para nós é ins-truir a equipe de vendas e fazer com que a aplicação do produ-to seja a mais precisa possível”, explicou o diretor comercial da

Delphi no Brasil, Georgie Gar-cia. “Existe uma carência de da-dos técnicos para o aplicador. Saber o que ocasiona a quebra do componente poderá poupar mão de obra no momento em que será feito a montagem do sistema de ar-condicionado au-tomotivo”, acrescentou Bruno Marcon Jacomassi, encarrega-do do departamento técnico da Royce Connect.

Grupo Schaeffler é novamente reconhecido pela FiatO Grupo Schaeffl er con-quistou o certifi cado SuPER – Programa de Otimização do Valor do Produto da Fiat Group Purchasing. O reco-nhecimento foi resultado das boas ideias manifes-tadas pela Schaeffl er para atender às expectativas da montadora. “Este certifi ca-do é a prova de que nosso empenho no desenvolvi-mento de soluções efi cazes aos nossos clientes está va-lendo a pena e nos motiva a cada vez mais nos dedicar-mos para oferecer o que há de melhor ao mercado”, diz Sergio Pin, vice-presidente

de Vendas Automotivas e Desenvolvimento de Pro-duto INA e FAG América do Sul. O fabricante fornece à Fiat gaiolas de agulhas, rola-mentos de rolos cilíndricos, anéis internos de rolamen-tos, rolamentos de embre-agem, anéis sincronizado-res, pinos posicionadores de marcha, rolamentos de suspensão, polias tensoras, rolamentos de rolos côni-cos, sistema de acionamen-to por corrente, variador de fase do eixo de comando e válvula solenóide, conjuntos de embreagens e sistemas de acionamento.

Pelo terceiro ano conse-cutivo a SKF foi reconheci-da como uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil, de acordo com o levantamento realizado pela FIA-USP (Fundação Instituto de Administração da Univer-sidade de São Paulo) e publi-cado no Guia Você SA/Exame

– As 150 Melhores Empresas Para Você Trabalhar, da edito-ra Abril. As empresas listadas no ranking são avaliadas por meio de três índices: a per-cepção do funcionário, que resulta no Índice de Qualida-de do Ambiente de Trabalho (IQAT); as práticas da empre-sa, representadas pelo Índice

de Qualidade na Gestão de Pessoas (IQGP); e a nota dada pelo jornalista após a visita. A primeira vale 70%; a segunda, 20% (sendo 10% referente ao questionário respondido pela empresa e os outros 10% à avaliação das evidências en-viadas pelas organizações); e a terceira, 10%.

Decar qualifica peças segundo o InmetroO Inmetro publicou a portaria 448, que lista, por enquanto, nove famílias de produtos que terão como obrigatoriedade a certifi-cação pelo instituto para venda no mercado de repo-sição. A Decar já segue as determinações da portaria. Marco Antonio Moreno, da Dinâmica Consultoria em Sistemas de Gestão, expli-ca que a avaliação das em-presas é realizada por um OCP (Organismo Certifica-dor de Produto), homologa-do pelo Inmetro, conforme as seguintes etapas: audi-toria do sistema de gestão da qualidade, que é a apre-sentação de um certificado do SGQ do fornecedor; co-

leta de amostras de todas as famílias e/ou modelo de cada componente automo-tivo após a realização da auditoria inicial; e avalia-ção de manutenção após a concessão do Atestado de Conformidade. Especia-lizada nas linhas de motor, câmbio, suspensão e freios para veículos leves, a De-car oferece mais de 25.000 itens para veículos nacio-nais e importados.Para a atualização constan-te de suas linhas, a empre-sa lança anualmente cerca de 2.000 itens. Com sede em São Paulo, em espaço de 8.000 m2, atua com 120 representantes comerciais em todo Brasil.

Palestra técnica promovida pela Royce

Connect e Delphi em Santo André

SKF entre as melhores empresas para se trabalhar

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mercado setembro de 2011

Tecnologia de navegação Delphi é premiada na ChinaO dispositivo de navega-ção 3-D MyFi proporcionou à Delphi o Prêmio AutoInfo na categoria “Melhor For-necedor de Sistema de Navegação Digital 2011”. Pertencente à China Infor-mation Association, uma associação de indústrias filiada ao China State Infor-mation Center, o AutoInfo é o único prêmio de grande importância a reconhecer o desenvolvimento e avan-ço da tecnologia da infor-mação no mercado chinês.

Desenvolvido e lançado pelo Centro Tecnológico da Delphi na China, o 3-D MyFi foi apresentado este ano ao mercado local pela GM de Xangai. A tecnologia pro-porciona imagens realistas em 3-D e oferece múltiplas opções de escolha para tra-jetos – incluindo caminhos mais curtos ou convenien-tes – e reconhecimento de passagens elevadas, como viadutos e pontes, evitando que o motorista pegue o caminho errado.

Alíquota do ICMS pode ser unifi cada em 4% nas operações interestaduais

Perfect inaugura novas instalações

O Conselho Nacional de Política Fazendária de-cidiu unifi car em 4% a alí-quota do ICMS que incide sobre as operações inte-restaduais. A alteração foi proposta pelos 27 secretá-rios de Fazenda dos esta-dos brasileiros e do Distrito Federal. O processo de pa-dronização será gradativo para não causar desequilí-brio nas fi nanças estaduais. Em sendo a proposta apro-vada pelo Senado, a ideia é costurar um acordo para

que a redução tenha início a partir de janeiro de 2012. Atualmente, a alíquota nas operações interestaduais é 7% para os estados do norte e nordeste e 12% para os demais. Segundo simulação do Ministério da Fazenda, apenas oito unidades da Federação te-rão suas receitas afetadas com a medida: Amazo-nas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Ca-tarina e São Paulo.

Com 17 anos de mercado, a Perfect Peças Automoti-vas conquistou defi nitiva-mente seu espaço. Inaugu-rou sede própria com 17 mil metros quadrados de área, 10 mil de área de galpão e escritório e mais 7 mil me-tros de área livre em Mogi das Cruzes (SP) e ampliou sua atividade de importa-dora. “O projeto é a fabrica-ção de autopeças”, avisa o diretor Gerson Coronado. A partir de fevereiro de 2012,

a Perfect vai produzir itens de suspensão como pivôs, terminais e axiais para todos os modelos de veículos.A mudança para o distrito in-dustrial do Taboão, em Mogi das Cruzes, tem suas razões: “O nosso grande diferencial é a entrega rápida. Nessas instalações temos oito docas para carretas, facilitando toda a logística de entrada e saída de mercadorias”, afi rma Co-ronado. Hoje, a Perfect con-ta com 150 colaboradores.

“Com a fábrica serão 250 pessoas”, garante o diretor.

PRESTÍGIO A Perfect atua com dois mil itens de suspen-são, está relançando a linha de amortecedores de marca própria, e ainda bombas-d’água, tuchos, tensionado-res e sapatas de freio para veículos de passeio e comer-ciais leves. Hoje, 95% dos clientes são distribuidores.A inauguração da sede foi prestigiada pelo prefeito de

Mogi das Cruzes, Marco Auré-lio Bertaiolli. “A Perfect instala-se no maior distrito industrial da região metropolitana de São Paulo em desenvolvimen-to, com forte vocação para a indústria automobilística. São 49 indústrias em processo de instalação e mais de 30 já em funcionamento. Temos aqui um grande polo industrial a 30 minutos de São Paulo e a 10 minutos do aeroporto de Guarulhos. É um grande cen-tro gerador de empregos”.

Luiz Marins é antropólogo e consultor. Autor de 23 livros sobre gestão empresarial. Tem programas de TV na Rede Vida e Rede Bandeirantes.

ARTIGO

gestão empresarial. Tem programas de TV na Rede Vida e Rede Bandeirantes.

Quando perguntamos a qualquer empre-sário, presidente, diretor, gerente, supervisor, chefe, o que ele mais deseja de seus colabo-radores, a resposta é imediata: “Gostaria que eles fossem mais comprometidos”. Quando perguntamos a amigos, professores, pais, fi lhos, membros de clubes e associações, o que eles mais sentem falta nas pessoas de seu relacionamento, a resposta é a mesma. “Gostaria que as pessoas fossem mais com-prometidas”. Mas, afi nal, o que é, de fato, “ser uma pessoa comprometida”? Veja dez coisas que nos disseram:

1. Uma pessoa comprometida procura sempre colocar-se no lugar das outras; sentir o que as outras sentem.2. Faz tudo com atenção aos detalhes. Ela presta atenção em tudo o que faz no detalhe do detalhe.3. Termina o que começa, não deixa as coisas pela metade.4. Vem com soluções e não com mais pro-blemas quando tem uma tarefa a cumprir.5. Pergunta o que não sabe e demonstra vontade de aprender. Vai fundo até domi-nar o que não sabe e deveria saber.6. Cumpre prazos e horários.7. Não vive dando desculpas por seus atos, nem procura culpados pelos er-ros cometidos.8. Não vive reclamando da vida e fa-lando mal das pessoas. Ela age para modificar a realidade.9. Não desiste facilmente. Ela não des-cansa enquanto não resolver um pro-blema. Ela vai atrás da solução.10. Está sempre pronta a colaborar com as outras. Ela participa. Dá ideias. Você pode contar com ela.

Pense se as pessoas avaliam você como uma pessoa verdadeiramente compro-metida. Comprometa-se!

O que fazem as pessoas comprometidas?

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varejo setembro de 2011Por Larissa Andrade [email protected] Foto Divulgação

Fundada em 1984, a Vicentão Au-topeças, localizada em São Vicente (SP), tem uma história que remete a um passado mais distante. O pro-prietário, Vicente Spataro, é fi lho e sobrinho de donos de varejos de au-topeças e, por isso, trabalha no seg-mento desde os 12 anos. “Comecei cedo, acabei gostando da área e me dediquei”, conta ele.O início foi igual ao de muitas outras lojas: estrutura pequena, histórico familiar e muita vontade de crescer. Trabalhavam na empresa apenas Spataro, sua então namorada, o sogro e mais um colaborador. O es-

tabelecimento tinha área de 150 m2. Mas a expansão foi tão signifi cativa que todos os terrenos do entorno foram adquiridos. “A loja foi crescen-do e hoje temos 2.500 m2 e 40 fun-cionários. Fui comprando os imóveis em volta, temos dez lotes aqui. Nos-sa fachada é bem ampla”, conta.A tradição familiar deve ter continui-dade, já que um dos fi lhos de Spata-ro também atua na loja, assim como a esposa e cunhadas. Na Vicentão, o cliente encontra de tudo: autopeças mecânicas, lataria e acessórios. A mecânica é respon-sável pela maior parcela do fatura-

mento, mas Spataro diz que não pretende focar o negócio apenas nesse segmento. “Hoje, em lataria e para-choque estamos praticamente sozinhos no mercado porque esses produtos ocupam muito espaço e as seguradoras oferecem peça di-reto. Mas como fi camos sozinhos, acabamos vendendo, porque sem-pre tem alguém que compra”.E a localização faz bem para os ne-gócios. “Em São Vicente o poder aquisitivo é um pouco menor do que em Santos. A frota é mais antiga, o que nos favorece, porque carro novo o pessoal leva na concessionária”.

Atuando em autopeças desde muito jovem, empresário Vicente Spataro é referência no mercado de São Vicente

Vicentão é destaque no litoral paulista

Qualidade das peças e atendimento são bases para bons resultadosSe Vicente Spataro contou com a experiência familiar ao fundar a Vi-centão, ele também logo soube que a modernização seria fundamental para o sucesso. Assim, se manteve atento aos movimentos do mercado e procurou atender às novas deman-das do consumidor. “O meu cliente é mais o consumidor fi nal, porque a maioria das autopeças da região está voltada para o mecânico”.Com isso, a Vicentão Autopeças tem uma “cara” diferente da que es-tamos acostumados a ver no varejo. Quem vê de fora acha que se trata de um supermercado. E foi essa a

intenção de Spataro quando plane-jou a fachada. “O cliente está muito exigente. Ele quer preço, qualidade, melhor atendimento, então você tem que ir se adequando. Para se manter no mercado, você tem que informar e buscar evolução permanente”.O empresário ensina que a qualida-de deve ter duas bases. Uma delas está nas peças comercializadas, que ele procura conhecer com profundi-dade. Atualmente, a loja tem estoque de cerca de 50 mil itens, inclusive peças importadas. Os fornecedores de autopeças são os distribuidores, mas a compra de peças de lataria é

feita diretamente na indústria. A outra base da qualidade está no atendimento. “Peço para os distri-buidores orientação sobre vendas. Tentamos fazer o máximo possível, mas acho que ainda temos que me-lhorar nessa parte porque o cliente está muito exigente e os balconistas nem sempre acompanham essa necessidade. Como hoje essa mão de obra está escassa, o balconista se torna um profi ssional disputado. Como ele sabe que arruma empre-go facilmente, acaba se acomodan-do. O que estamos tentando fazer é pegar jovens para ensinar”.

A Vicentãocomeçou com150 m² e hoje possui 2.500 m²,no mesmo local onde foi inaugurado

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Grandes varejos se multiplicam em

fi liais e mostram força nas regiões

em que se instalam

varejo

Não dá mais para fi car sozinho

Por Patrícia Malta de Alencar [email protected] Fotos Divulgação

O movimento de concentra-ção do varejo, já verifi cado em outros setores, vem se conso-lidando e apresentando bons exemplos também no after-market automotivo. A paulis-tana MercadoCar, que acaba de inaugurar mais uma loja, é exemplo disso. Com a abertu-ra da quarta unidade da rede, a empresa vem se destacando frente aos concorrentes, espe-cialmente aqueles localizados no entorno de suas unidades. É crescente o número de em-presas que deixam para trás a gestão puramente familiar. É verdade que ainda existem muitas lojas com esse perfi l, mas não é o que se vê nas em-presas de maior sucesso hoje.Acontece com o varejo o mesmo que vimos suceder com os reparadores inde-pendentes: para fi car no mercado, é preciso investir na gestão profi ssional do

negócio e na qualifi cação da mão de obra. Uma empresa que possui mais de uma loja e ainda oferece uma série de diferenciais aos clientes é algo que os concorrentes conservadores e pouco em-preendedores têm a temer.

ESTRATÉGIAS

Há duas maneiras efi cientes para conquistar a sua fatia de clientes neste segmento: agre-gando valor ao negócio, com um atendimento diferenciado, profi ssional e cortês, pela pro-ximidade do público-alvo, faci-lidade de pagamento, serviços inclusos, etc.; ou, pelo velho método do menor preço.Mas há quem consiga oferecer os dois atrativos. Estes aca-bam saindo na frente e se po-sicionam com vantagem. Já mostramos anteriormen-te que entidades como o

Sincopeças-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo), o IQA (Instituto da Qualidade Auto-motiva) e o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo) vêm investindo nos micro e pe-quenos empresários do setor para aprimorar sua gestão. O mercado também vem traba-lhando o associativismo como forma de conseguir melhores condições de compra e, con-sequentemente, melhor preço. Desta vez, vamos mostrar aos leitores a experiência de alguns varejistas que estão construindo a sua própria rede, de quatro, cinco, dez lojas, e com elas, abraçando o mercado; seja porque já não conseguiam mais aten-der seus clientes no espaço em que possuíam ou porque queriam aumentar a cartela de clientes na região em que atuam; e ouvimos também a opinião dos especialistas da área sobre os passos mais assertivos nessa empreitada.Nas reportagens a seguir, acompanhe a movimenta-ção consistente e bem su-cedida de empresários que souberam aproveitar todos os benefícios do fenômeno da concentração do varejo e hoje têm resultados de sobra para comemorar.

Segundo os especialistas ou-vidos pelo Novo Varejo, fi car so-zinho, hoje, é suicídio. Para Nel-son Bruxellas Beltrame, diretor da Felisone Consultores Asso-ciados e professor do Provar, da FIA, para concorrer com a con-cessionária, só unindo forças. “A operação de revenda de auto-peças, o aftermarket, é formada por dois diferentes vetores de operação. O primeiro está ligado às montadoras, que conseguiu impor um modelo no merca-do brasileiro em que toda con-cessionária é também uma loja de autopeças, e muitas peças somente são comercializadas nelas. O varejo independente tem continuar criando, portanto, vantagens competitivas”.É na formação de redes pró-prias, da mesma forma que no associativismo, que o lojista ga-nha maior volume de compra para negociar melhores condi-ções com seus fornecedores.Mas o especialista do Provar tam-bém dá um recado: “Você pode ter sucesso com uma ou muitas lojas, da mesma forma que pode fracassar com elas, depende do padrão de organização”.

O impacto da concentração que observamos, com empre-sas mais sólidas e bem geri-das, é a profi ssionalização do mercado, conforme explica Ito Siqueira, da HM Consul-toria. “O refl exo da formação de redes é a difi culdade de in-gresso de novos varejistas no mercado. A concorrência fi ca mais fragilizada e, às vezes, não consegue permanecer no mercado. Mas você sempre terá a presença do pequeno varejista, que vai continuar atuando, mesmo com uma unidade só, porque esse mer-cado é muito dinâmico”.“Quando uma AutoZone ou ou-tra concorrente grande estiver chegando ao Brasil, vamos ter que nos defender e os peque-nos terão que buscar parcerias, entrar em redes. A gente não vai ter o mesmo poder de com-pra que essas grandes redes daqui a cinco anos. Com esse movimento, o mercado ganha em seriedade, ética, em forma-lidade – porque você não con-segue fugir da formalidade com o crescimento”, afi rma Ricardo Carnevale, da Josecar.

Varejistas empreendedores transformam seus negócios em redes de lojas para enfrentar mercado cada vez mais competitivo

Concentração é fenômeno que cresce no varejo

A MercadoCar investiu em lojas muito grandes, com um portfólio bastante extenso, para conquistar a clientela

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Para decidir quando é hora de abrir uma segunda loja, sem correr o risco de contabilizar grandes prejuízos, Ito Siqueira, da HM Consultoria, explica qual o melhor timing para a formação da rede: “É o volume de vendas que vai equilibrar essa questão; se o crescimento no mercado for constante, é o momento de pensar em crescimento, em mul-tiplicação. Mas há casos em que uma ampliação seria melhor do que mais lojas. É preciso analisar a curva de crescimento de ven-das e os custos”.Para o varejista paulistano Ricar-do Carnevale, da Josecar, que possui, nas suas quatro unida-des, 160 funcionários diretos e 90 terceirizados, um dos prin-cipais problemas para o cresci-mento é a mão de obra. “Está cada vez mais difícil achar mão de obra pronta nesse segmento. Quando surge uma oportunida-de de trazer alguém do mercado, nós trazemos. Caso contrário, treinamos dentro da empresa”, afi rma o empresário. Waldir Hagi, da Autopeças Alvo-rada, de Curitiba (PR), aponta a

mesma difi culdade: preencher os cargos em todas as lojas. “Para cada uma você precisa de gerente, um zelador, caixas”, enumera. Do seu ponto de vista, porém, o problema maior é de ordem fi nanceira. “Imagine ter dois caixas por loja, com 12 lojas são 24 profi ssionais trabalhando só nesse departamento”.Rui Girardelli, proprietário da Auto Peças Motoristas, possui sete lojas, distribuídas entre Limeira, Iracemápolis, Cordeirópolis, Ar-tur Nogueira e Araras, todas no estado de São Paulo. Entre a primeira, aberta por seu pai, Be-nedicto Girardelli, em 1966, e a segunda, foram 22 anos. “A pri-meira necessidade que tivemos de expandir surgiu por causa do espaço físico, no local em que estávamos não dava mais para

crescer”, explica o proprie-tário. Mesmo já sendo proprietário de uma rede constituída, o empresário pretende continuar crescen-do. “Para ser mais competitivo no futu-ro, pensamos tam-bém no associati-vismo ou em fazer

parte de redes maiores”.Sua principal difi culdade no desenvolvimento da rede tam-bém foi logístico, como é para a maioria. Mas cada empre-endedor aponta um obstácu-lo que lhe incomoda mais. No caso Girardelli, é a distribuição do estoque entre as lojas – uma delas cumpre o papel de esto-que central. Mas a questão não chega a ser um problema. “Em rede, eu consigo abranger uma região maior, uma quantidade maior de clientes e, consequen-temente, um volume maior de pedidos, que posso negociar diretamente com os fabricantes e conseguir um preço melhor. Eu não diria que sou um distri-buidor dentro dos parâmetros considerados normais, mas nossa estrutura é praticamen-te a de um distribuidor. Hoje existem duas tendências, os varejistas virarem redes e com-prarem direto do fabricante; e os distribuidores também con-correrem com o próprio vare-jista. Quem tiver a maior proxi-midade com o aplicador e com o fabricante vai conseguir fazer essa ponte e ter mais sucesso na comercialização”.

É preciso planejamento para seguir crescendo

nedicto Girardelli, em 1966, e a segunda, foram 22 anos. “A pri-meira necessidade que tivemos de expandir surgiu por causa do espaço físico, no local em que estávamos não dava mais para

crescer”, explica o proprie-tário. Mesmo já sendo proprietário de uma

Carnevale diz que um dos desafi os para abrir fi liais é a escassez de mão de obra

O fenômeno da concentração ganhou mais um case em 1º de setembro, data da inauguração da quarta unidade da Merca-doCar, na capital paulista. A festa contou com a presença de executivos de praticamente todas as grandes indústrias de autopeças do país.Localizada no bairro paulistano de Santo Amaro, a nova loja, apesar de surpreender pelo tamanho, não será a maior da empresa. Até o fi m do ano, a unidade da Barra Funda, que funciona 24 horas por dia, será reinaugurada em um imóvel vi-zinho ao atual, com 13 mil m².Roberto Gandra, que está à frente da MercadoCar, con-ta que a localização das lo-jas visa abranger todas as regiões da cidade, e a expan-são não vai parar por aí. Além dos varejos, a Mercado-Car também conta com um centro de distribuição, na Lapa, zona oeste da cidade, com 57 mil itens no portfólio. Mas para consolidar sua marca no mer-cado, só a variedade e quali-dade dos produtos não seria sufi ciente. Gandra investiu em qualifi cação da mão de obra. Os 1.120 funcionários, con-tando os 108 da nova loja, re-cebem treinamento específi co

do RH para todos os cargos assumidos. “A maioria chega crua, começa no estoque e nós montamos um plano de carrei-ra”, descreve Gandra.Além do varejo, a MercadoCar oferece serviços como troca de óleo e instalação de aces-sórios. Segundo o empresário, isso não é um diferencial, mas apenas aquilo que ele chama de “um estilo próprio”. “A Mer-cadoCar não se diferencia tan-to das outras lojas, mas temos pequenos detalhes que, no to-tal, fazem a diferença”.Para ele, o mercado está com as portas abertas para crescer. “Não saberia dizer se a concen-tração de varejos é uma tendên-cia, mas vejo isso como uma possibilidade de crescimento. Precisamos cuidar da nossa casa porque tem grandes em-presas de fora vindo para cá. Só que em nosso mercado também há empresas fortes e crescendo, isso é salutar”.Inspirado no varejo de autos-serviço, a MercadoCar dis-pôe os produtos em pratelei-ras, como um supermercado, para o cliente manusear. O que hoje parece simples, foi inovador no segmento quan-do a empresa abriu, no início da década de 70.

MercadoCar não para de crescer e abre quarta unidade em São Paulo

Falta de espaço físico levou

Motoristas à expansão

MercadoCar acaba de inaugurar sua quarta loja em São Paulo. E

vem mais por aí

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Para especialistas, concentração pode afetar estrutura da cadeia de distribuiçãoEm um mercado que vem, ao longo dos anos, sofrendo profundas transformações na estrutura da sua cadeia co-mercial, a concentração do varejo pode acrescentar mais um ingrediente a esta polêmi-ca e interminável discussão.Para Nelson Bruxellas Beltra-

me, da Feli-sone Con-

sultores Associa-

dos, o

fenômeno provoca um repo-sicionamento dos canais dire-tos e indiretos. “Muda, princi-palmente, o perfi l do atacado, porque numa rede formada por lojas independentes que se uniram, elas acabam indo comprar da indústria”.Mas isso não é regra, redes ba-seadas no associativismo têm preservado o relacionamento com o distribuidor. O próprio Beltrame tem ressalvas a fazer. “A indústria tem limitações logís-ticas para vender para o varejo. Se uma indústria instalada em

Porto Alegre (RS) quiser ven-der para São Paulo, se tiver

que atender loja por loja, terá que disponibilizar uma frota de caminhões e depósitos que po-dem acabar com a margem da operação. Então, comumente o varejo independente é alimenta-do pelo distribuidor”.Ito Siqueira, da HM Consul-toria, recorre ao mercado farmacêutico para estabele-cer uma analogia. “No varejo de autopeças isso acontece de forma similar ao que ve-mos nas farmácias. Quando o varejista cresce, chega um momento em que não tem mais como recuar, ele precisa comprar muito para justifi car

me, da Feli-sone Con-

sultores Associa-

Beltrame, do Provar/USP, diz que concentração pode alterar estrutura da cadeia

aquele ganho. Então, muitas vezes ele próprio torna-se um distribuidor para obter escala. Isso acontece principalmente nos mercados em que o valor agregado é baixo, porque é preciso ter volume de compra em cada fornecedor”.De uma forma ou de outra, a cadeia de comercialização de autopeças vem se adap-tando às transformações, e cada elo tem buscado cami-nhos para evoluir e continuar importante na estrutura. “Não vejo o distribuidor fora do mercado porque existem lo-jas pequenas no Brasil intei-

ro”, opina Ricardo Carnevale, da Josecar, exemplo de loja que se tornou também distri-buidora. Para Waldir Hagi, da Alvorada, em sua região não há com o que se preocupar. “A concentração não muda nada porque Curitiba tem mais de 60 distribuidores, a concorrência é muito acir-rada e todo mundo precisa sobreviver. E a gente vê que o atacado também virou um ‘atacarejo’. Assim, ninguém pode proibir ninguém de fa-zer aquilo que é licito. Eu tenho que olhar para o meu próprio negócio e investir”.

Josecar levou 28 anos para abrir a segunda unidade

Expansão não é estratégia para todosNelson Bruxellas Beltrame, diretor da Felisoni Consultores Associados e professor do Pro-grama de Administração de Va-rejo (Provar) da FIA (Fundação Instituto de Administração, da FEA/USP), recorre ao exemplo das redes para citar os benefícios da concentração no varejo. “Em rede, o empresário consegue mais volume, mas isso exige que ele tenha mais clientes também. Como eu conquisto mercado? Não é só ter um ponto aberto, existe um trabalho de marca, po-sicionamento, espaço, que deve ser estudado antes”.Ricardo Carnevale, sócio da Jo-secar, de São Paulo (SP), lembra que a expansão exige um lastro fi nanceiro. “Levamos tempo para formar uma rede de lojas porque isso exige muito investimento. Às vezes, para o pequeno varejo,

não sei o quanto é importante crescer. Pode ser que, permane-cendo pequeno, ele consiga ter a mesma lucratividade do que se montar uma segunda loja”.A Josecar possui hoje quatro lo-jas na cidade de São Paulo (SP), mas foram necessários 28 anos para que essa confi guração fos-se atingida. “É uma rede peque-na”, diz o proprietário.Tecnicamente, uma segunda loja já confi gura uma rede. Mas, para Beltrame, com apenas duas lojas o empresário pode não conse-guir volume sufi ciente para que a indústria o atenda de forma di-ferenciada. Com 20 mil itens no estoque, a Josecar conquistou benefícios comerciais. “Melhora-mos a condição de pagamento e fi camos mais perto dos clientes”, diz Carnevale. “Há dez anos, foi uma ousadia que deu certo, mas

tivemos problemas a cada loja aberta. E o crescimento tem que ser contínuo, mesmo que lento”.Antes de partir para a formação de sua rede, o empresário deve tomar alguns cuidados. Beltrame lista pelo menos dois: “Os cus-tos fi xos, que vão aumentar, e a margem que ele vai buscar ten-do mais efi ciência em compras versus o volume de compras. É preciso um planejamento ‘pé no chão’. Outro ponto a ser avaliado é o momento do crescimento: quando não se consegue atender mais a demanda com qualidade, analisando até geografi camente de onde vêm os clientes”.Para o consultor Ito Siqueira, da HM Consultoria – Varejo e Fran-chising, a concentração é uma tendência por uma questão de competitividade. “A concorrência exigiu a concentração para per-

mitir condições de barganha, de economia de escala”. Para ele, o setor de autopeças segue os passos trilhados pelo farmacêu-tico. “Você vê tanto o crescimen-to dentro de um grupo quanto à formação de associações co-

operativas”, diz Siqueira. Para ele, as duas alternativas podem ser, inclusive, cumulativas: “Você pode se associar e ter a rede de lojas. O empresário vai ter dois ganhos. Não são alternativas ex-cludentes, com certeza”.

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A expansão do varejo por meio de filiais deve ser cal-culada na ponta do lápis. É preciso ter eficiência no equi-líbrio entre o crescimento da receita e dos custos. “O em-presário consegue negociar melhor. Há também a valori-zação da marca no mercado. Mas o custo operacional será maior”, explica o especialista

Varejistas que investem em � liais ganham em logística

O consultor Ito Siqueira destaca o fortalecimento da

marca do varejo que se multiplica

de expansão para inaugurar mais três filiais em Curitiba até o final de 2012. Um benefício incontestável que Waldir Hagi enxerga na concentração é o marketing. “Hoje o consumidor confia numa empresa que tenha marca. Uma rede de 12 lojas fixa a marca porque o próprio estabelecimento funciona como mídia em vários pontos na cidade”. Sempre sintonizado com a tendência, a preocupação do varejista agora é com a vinda da AutoZone para São Pau-lo, e que, acredita ele, será inevitável seguir para Curiti-ba. “Eu acho que as coisas acontecem muito rápido e a metodologia dos americanos

Ito Siqueira, da HM Consul-toria – Varejo e Franchising. Exemplo do que Siqueira diz é a Autopeças Alvorada, de Curitiba (PR). Com 12 lojas na região, o proprietário Wal-dir Hagi explica que decidiu abrir uma segunda unidade por causa da logística. “O be-nefício de trabalhar em rede foi a diluição dos processos de controladoria: contas a pagar, contas a receber, tec-nologia da informação, con-tabilidade, compras. O custo de controladoria para dez ou 20 lojas não aumenta muito. A moça que faz o financeiro é uma só”. Foram seis anos, desde 1982, para abrir a se-gunda loja. Hoje, a Alvora-da está com um programa

para a implantação de lojas é do imediatismo, não leva anos, eles fazem várias ao mesmo tempo. Se são ne-

setembro de 2011

RESUMO S.Y.L

Em 1º de setembro, a MercadoCar inaugurou mais uma loja em São Paulo. Por trás do crescimento da rede, que agora conta com quatro unidades, está o fenômeno da concentração no varejo, que já se verificou em segmentos mais amadurecidos do comércio. Além de se concretizar a partir do fortalecimento das redes baseadas no associativismo, a concentração também ocorre por conta da expansão por meio de filiais de lojas tradicionais e fortes.

cessários quatro meses para levantar uma loja, eles levan-tam 200 simultaneamente. E já vêm capitalizados”, alerta.

varejo

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indústrias setembro de 2011Por Claudio Milan [email protected] Fotos Divulgaçãoindústrias

Alíquota para veículos de 1,0 a 2,0 litros de cilindrada sobe

de 11% para 41%

Carros com menor conteúdo

nacional pagarão mais IPI

O governo federal anunciou que os automóveis e cami-nhões vendidos no Brasil que não tiverem um conteúdo na-cional de pelo menos 65% pagarão mais Imposto Sobre Produtos Industrializados. Com isso, os carros e cami-nhões importados de fora do Mercosul terão elevação de 30 pontos percentuais no IPI até dezembro de 2012. As peças fabricadas nos países do Mercosul também serão consideradas nacionais para efeitos de enquadramento das montadoras aqui instala-das nas novas regras.As medidas foram anuncia-das em Brasília (DF) pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimen-to, Fernando Pimentel, e de

Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e publicadas no Diário Ofi cial da União em 16 de setembro. Segundo justifi -cou Mercadante, o objetivo da medida é aumentar a compe-titividade da indústria brasileira frente a crise internacional, a concorrência dos importados e a valorização cambial.Além de possivelmente fre-ar o avanço dos automóveis chineses, quem vêm ga-nhando rapidamente espaço no mercado oferecendo veí-culos completos por preços bastante atraentes, a nova regra vai impactar fortemente também as marcas que estão produzindo aqui há menos tempo e que ainda recorrem a fornecedores do exterior.Na edição de agosto, o Novo

Varejo mostrou os graves riscos de desnacionalização que as indústrias brasileiras vêm enfrentando por conta das importações desordena-das. Em entrevista exclusiva à nossa reportagem, o presi-dente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que o déficit na balança comercial de produtos manu-faturados pode chegar a US$ 100 bilhões no final do ano.Por conta das novas alíquotas, os automóveis importados produzidos fora do Mercosul poderão sofrer aumentos de até 28% nos preços ao con-sumidor. A alíquota de impor-tação para os veículos impor-tados pode chegar a até 55% (veja tabela a seguir).O ministro Guido Mantega ex-plicou que, para obter o bene-

1. Montagem, revisão fi nal e ensaios compatíveis.

Fabi

o Ro

drig

ues

Pozz

ebom

/ABr

fício de redução do IPI, as em-presas terão que preencher no mínimo seis de onze requisitos de investimento em pesquisa e desenvolvimento e conteú-do nacional, que deverão ser comprovados junto ao MDIC. “As empresas que adquirirem a certifi cação do MDIC não

terão majoração e, portanto, terão desconto de 30 pontos percentuais e não mudam de patamar na cobrança do IPI”, explicou Mantega durante o anúncio das medidas. O mi-nistro da Fazenda estima que de 12 a 15 montadoras con-seguirão a habilitação.

Empresashabilitadas

Empresasnão habilitadas

Automóveis

Até 1000 cc Flex 7% 37%

Até 1000 cc Gasolina 7% 37%

De 1000 cc até 2000 cc Flex 11% 41%

De 1000 cc até 2000 cc Gasolina 13% 43%

Maior que 2000 cc Flex 18% 48%

Maior que 2000 cc Gasolina 25% 55%

Caminhões N/A 30%

Caminhonetes e comerciais leves N/A 4% 34%

Font

e: M

inist

ério

da

Faze

nda

Font

e: M

inist

ério

da

Faze

nda

Requisitos para redução da alíquota

As novasalíquotas de IPI

2. Estampagem.

3. Soldagem.

4. Tratamento anticorrosivo e pintura.

5. Injeção de plástico.

6. Fabricação de motores.

7. Fabricação de transmissões.

8. Montagem de sistemas de direção, de suspensão, elétrico e de freio, de eixos, de motor, de caixa de câmbio e de transmissão.

9. Montagem de chassis e de carrocerias.

10. Montagem fi nal de cabines ou de carrocerias, com insta-lação de itens, inclusive acústicos e térmicos, de forração e

de acabamento.

11. Produção de carrocerias preponderantemente através de peças avulsas estampadas ou formatadas regionalmente.

Medidas foram anunciadas pelos

ministros Fernando Pimentel, Guido

Mantega e Aloizio Mercadante

Por Claudio Milan [email protected] Fotos Divulgação

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J3 é o campeão entre as marcas chinesas, com 6.885 unidades vendidas de janeiro a julho

Antes do anúncio das novas medidas pelo governo federal, as marcas fi liadas à Abeiva (As-sociação Brasileira das Empre-sas Importadoras de Veículos) estimavam vender 185 mil uni-dades no país em 2011. Agora, a previsão deve mu-dar. “Na prática, os 30 pontos

percentuais signifi cam um au-mento médio efetivo de 230% no IPI. Além disso, esse au-mento é o equivalente a um aumento drástico dos atuais 35% para 85%, caso tivesse sido imputado à alíquota de importação”, protesta José Luiz Gandini, presidente da Abeiva. “Além de ferir as re-gras da Organização Mundial do Comércio, as medidas res-tritivas aos carros importados vão propiciar à indústria local praticar os preços que quise-rem”, argumenta.Em julho, dado mais recen-te disponível, os associados emplacaram 18.346 carros, o que significou uma partici-pação de 6,67% no mercado total de veículos no país. No total dos sete primeiros me-ses de 2011, foram 108.861 unidades, 5,65% do merca-

do interno. “E se considerar-mos somente os produtos de nossas associadas que concorrem diretamente com a indústria local, ou seja até a faixa de R$ 60 mil, a par-ticipação dos importados cai para 3,3%”.

MONTADORAS O maior vo-lume de veículos importados, no entanto, não vêm das marcas independentes. Ele é trazido pelas próprias monta-doras instaladas no país. Em agosto, foram 73.611 uni-dades emplacadas. No acu-mulado dos oito primeiros meses de 2011, as monta-doras trouxeram para o Bra-sil 530.998. Porém, aí tam-bém estão incluídos aqueles fabricados no Mercosul, que, para efeito de reajuste do IPI, são considerados nacionais. Fo

nte:

Abe

iva

2011 2010

AGO JUL JAN-AGO AGO JAN-AGO

CARROS 73.185 67.060 528.509 57.105 392.502

CAMINHÕES 417 322 2.423 148 1.588

Licenciamento de veículos novos importados

Font

e: A

beiva

Marca Unidades

CHANA 1.649

CHERY 9.493

EFFA CHANGHE 545

EFFA HAFEI 5.415

HAFEI MOTOR 4.332

JAC MOTORS 11.267

JINBEI AUTOMOBILE 400

LIFAN 1.814

TOTAL 34.915

Vendas das principais marcas chinesas no Brasil em 2011(janeiro a julho)

Importações de veículos já passam de meio milhão em 2011

setembro de 2011

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pesquisa setembro de 2011

Pela segunda vez, o varejo de au-topeças foi convidado a avaliar os produtos e serviços oferecidos pe-las indústrias que atuam no país. O “Prêmio Inova 2011 – Indústrias do Novo Varejo” ouviu 500 varejistas predominantemente de componen-tes para veículos leves. Foram entre-vistados os proprietários das lojas ou os responsáveis por compras. A eles foram feitas 25 perguntas para que indicassem, segundo percepção e critérios próprios – que compõem a chamada árvore dos valores perce-bidos pelos entrevistados –, a melhor indústria de autopeças do Brasil em

cada um dos quesitos pesquisados. Na edição de agosto, você conhe-ceu os três fi nalistas em cada um desses quesitos, em ordem alfa-bética. Agora, chegou a hora de conhecer os resultados fi nais da segunda edição da Pesquisa Ino-va. Nos quadros a seguir, além dos três primeiros colocados na soma de votos em todo o Brasil, apresen-tamos também os vencedores nas cinco regiões do país e relembra-mos cada um dos vencedores do estudo realizado em 2009. Os ven-cedores de cada um dos quesitos receberão o Prêmio Inova 2011.

Segunda edição do Prêmio Inova ouviu 500 varejistas em todo o país,

que avaliaram os produtos e serviços oferecidos pelos fabricantes de autopeças

Varejistas elegem as melhores

indústrias do Brasil

O Prêmio Inova 2011 teve como principal objetivo detectar as indústrias de autopeças que mais se destacaram no mercado por meio dos seus serviços e produtos na opinião de varejistas de autopeças de todo o país. Os vencedores foram apurados após a realização de uma pesquisa por telefone junto a 500 va-rejistas de autopeças (diretores da empresa e/ou responsáveis por compra) de todo o Brasil, predominantemente para veículos leves, que responderam a um questionário padrão com 25 quesitos de análise.A pesquisa teve abrangência nacional e a dis-tribuição da amostra foi proporcional à partici-pação dos estados no PIB brasileiro e, dentro dos estados, a população dos municípios. Os 500 varejistas entrevistados foram selecio-nados a partir de um sorteio realizado entre as empresas integrantes do mailing do jornal

Novo Varejo, composto por aproximadamente 30 mil lojas.

O questionário aplicado aos varejistas entre-vistados foi o seguinte:

“Em sua opinião, entre as indústriasde autopeças:

1. Qual é a melhor em fi ltros?2. Qual é a melhor em correias?3. Qual é a melhor em componentespara motor?4. Qual é a melhor em óleo lubrifi cante?5. Qual é a melhor em pastilha de freio?6. Qual é a melhor em disco de freio?7. Qual é a melhor em componentes parao sistema de freio?8. Qual é a melhor em embreagem?

9. Qual é a melhor em rolamento?10. Qual é a melhor em amortecedor?11. Qual é a melhor em componentespara suspensão? 12. Qual é a melhor em injeção eletrônica?13. Qual é a melhor em vela de ignição?14. Qual é a melhor em borrachas?15. Qual é a melhor em componentes elétricos?16. Qual é a melhor em câmbio e diferencial?17. Qual é a melhor em acessórios?18. Qual realiza mais ações promocionais?19. Qual oferece o melhor material técnico?20. Qual realiza mais treinamentos?21. Qual oferece o melhor serviço de 0800?22. Qual apresenta o menor índice de defeitos?23. Qual agiliza mais a garantia?24. Qual tem a melhor rede de distribuidores? 25. Qual é a indústria que você mais admira?”

Metodologia do Prêmio Inova 2011

1° – FRAM38,22%

2° – TECFIL35,84%

3° – MANN7,52%

FILTROS

VENCEDOR EM 2009 – FRAM

1° – TRW VARGA43,76%

2° – HIPPER FREIOS22,77%

3° – FREMAX15,25%

DISCOS DE FREIO

VENCEDOR EM 2009 – TRW VARGA

1° – EATON19,01%

2° – ZF SACHS5,54%

3° – AFFINIA3,96%

CÂMBIO E DIFERENCIAL

QUESITO NÃO PESQUISADO EM 2009

1° – BOSCH23,17%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP6,93%

3° – LUK6,73%

SERVIÇO 0800

VENCEDOR EM 2009 – LUK

1° – MONROE AXIOS29,70%

2° – NAKATA25,15%

3° – COFAP15,84%

COMPONENTES PARA SUSPENSÃO

VENCEDOR EM 2009 – MONROE AXIOS

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pesquisa setembro de 2011setembro de 2011

1° – PETROBRAS/LUBRAX37,43%

2° – CASTROL15,25%

3° – TEXACO/HAVOLINE14,65%

ÓLEO LUBRIFICANTE

VENCEDOR EM 2009 – PETROBRAS/LUBRAX

1° – FRAS-LE47,52%

2° – COBREQ23,76%

3° – SYL9,70%

PASTILHA DE FREIO

VENCEDOR EM 2009 – FRAS-LE

1° – LUK63,76%

2° – SACHS28,12%

3° – VALEO2,77%

EMBREAGEM

VENCEDOR EM 2009 – LUK

1° – SKF49,70%

2° – INA21,78%

3° – FAG15,84%

ROLAMENTOS

VENCEDOR EM 2009 – SKF

1° – COFAP70,50%

2° – NAKATA14,46%

3° – MONROE8,71%

AMORTECEDOR

VENCEDOR EM 2009 – COFAP

1° – TRW VARGA67,13%

2° – BOSCH8,91%

3° – CONTROIL5,74%

SISTEMA DE FREIO

VENCEDOR EM 2009 – TRW VARGA

1° – MAGNETI MARELLI41,78%

2° – BOSCH29,11%

3° – MTE THOMSON3,96%

INJEÇÃO ELETRÔNICA

VENCEDOR EM 2009 – MAGNETI MARELLI

1°– MONROE AXIOS51,49%

2° – SAMPEL9,11%

3° – BORFLEX6,73%

BORRACHAS

VENCEDOR EM 2009 – MONROE AXIOS

1° – BOSCH54,46%

2° – MTE THOMSON4,75%

3° – MARILIA4,55%

COMPONENTES ELÉTRICOS

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

1° – NGK79,21%

2° – BOSCH15,25%

VELAS DE IGNIÇÃO

VENCEDOR EM 2009 – NGK

1° – TG POLI17,03%

2° – BEPO4,55%

3° – KARINA2,18%

ACESSÓRIOS

VENCEDOR EM 2009 – TG POLI

1° – BOSCH28,66%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP8,50%

3° – LUK6,92%

MATERIAL TÉCNICO

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

1° – BOSCH25,35%

2° – NGK6,34%

3° – MAGNETI MARELLI COFAP4,75%

TREINAMENTOS

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

1° – BOSCH26,53%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP8,71%

3° – AFFINIA3,56%

AÇÕES PROMOCIONAIS

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

1° – BOSCH27,33%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP11,09%

3° – NGK10,89%

MENOR ÍNDICE DE DEFEITOS

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

1° – BOSCH37,03%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP9,70%

3° – TRW VARGA7,52%

REDE DE DISTRIBUIDORES

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

1° – BOSCH30,30%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP9,31%

3° – NGK6,93%

INDÚSTRIA MAIS ADMIRADA

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

1° – BOSCH22,57%

2° – MAGNETI MARELLI COFAP10,30%

3° – LUK7,33%

GARANTIA

VENCEDOR EM 2009 – BOSCH

1° – MAHLE METAL LEVE73,27%

2° – COFAP5,35%

3° – BOSCH3,56%

COMPONENTES PARA MOTOR

VENCEDOR EM 2009 – MAHLE METAL LEVE

1° – GOODYEAR34,26%

2° – GATES22,77%

3° – DAYCO22,57%

CORREIAS

VENCEDOR EM 2009 – GATES

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pesquisa setembro de 2011

SUL SUDESTE CENTRO-OESTE NORDESTE NORTEFILTROS FRAM FRAM FRAM TECFIL TECFIL

CORREIAS DAYCO GOODYEAR GOODYEAR GOODYEAR GOODYEAR

COMPONENTES PARA MOTOR

MAHLE METAL LEVE MAHLE METAL LEVE MAHLE METAL LEVE MAHLE METAL LEVE MAHLE METAL LEVE

ÓLEO LUBRIFICANTE PETROBRAS/LUBRAX PETROBRAS/LUBRAX PETROBRAS/LUBRAX PETROBRAS/LUBRAX TEXACO/HAVOLINE

PASTILHA DE FREIO FRAS-LE FRAS-LE FRAS-LE FRAS-LE FRAS-LE

DISCOS DE FREIO TRW VARGA TRW VARGA TRW VARGA TRW VARGA TRW VARGA

SISTEMA DE FREIO TRW VARGA TRW VARGA TRW VARGA TRW VARGA TRW VARGA

EMBREAGEM LUK LUK LUK LUK LUK

ROLAMENTOS SKF SKF FAG E SKF SKF FAG E SKF

AMORTECEDOR COFAP COFAP COFAP COFAP COFAP

COMPONENTES PARA SUSPENSÃO

MONROE AXIOS NAKATA MONROE AXIOS MONROE AXIOS MONROE AXIOS

INJEÇÃO ELETRÔNICA MAGNETI MARELLI MAGNETI MARELLI MAGNETI MARELLI BOSCH MAGNETI MARELLI

VELAS DE IGNIÇÃO NGK NGK NGK NGK NGK

BORRACHAS MONROE AXIOS MONROE AXIOS MONROE AXIOS MONROE AXIOS MONROE AXIOS

COMPONENTES ELÉTRICOS

BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH

CÂMBIO E DIFERENCIAL EATON EATON EATON ZF SACHS EATON

ACESSÓRIOS TG POLI TG POLI CIBIÉ BEPO BEPO

AÇÕES PROMOCIONAIS BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH

MATERIAL TÉCNICO BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH

TREINAMENTOS BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH

SERVIÇO 0800 BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH

MENOR ÍNDICE DE DEFEITOS

BOSCH BOSCH MAHLE METAL LEVE BOSCHBOSCH E

MAHLE METAL LEVE

GARANTIA BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH

REDE DE DISTRIBUIDORES BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH

INDÚSTRIA MAIS ADMIRADA

BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH BOSCH

Os vencedores nas cinco regiões do Brasil

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Estar sempre à frente é perceber a importância de não deixar seus princípios para trás.É conceder soberania aos interesses do leitor na produção de conteúdos e serviços.É seguir premissas éticas e legais em qualquer negociação.É humanizar e socializar todas as relações que envolvem nosso negócio.É buscar sempre o novo sem deixar de preservar nosso bem mais antigo, o planeta.

Informações e conhecimento que atendem

diferentes públicos

diversodiversodiversodiversodiversodiversoculturalmente

Relação íntegra com colaboradores, clientes

e fornecedores

ustojusto socialmente

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Novo Varejo. Sempre novo.

Nova fronha oxibiodegradável, muito menos prejudicial

ao meio ambiente

corretocorretocorretocorretocorretocorretoecologicamente

Relação íntegra com colaboradores, clientes

e fornecedores

justo socialmente

Negociações baseadas em princípios éticos e compromissos legais

viávelviáveleconomicamente

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mercado setembro de 2011Por Adriana Chaves [email protected] Fotos Divulgação

Varejo, indústria e distribuição debatem desafi os e comemoram

bom momento do setor automotivo e da manutenção veicular

Seminário da reposição

reúne mercado e discute

perspectivas para 2012

O eventopromoveu um amplo debate sobre os cenários possíveis de crescimento para as empresas envolvidas com a manutenção veicular

Os desafi os e as expecta-tivas do mercado automotivo para 2012 nortearam, no úl-timo dia 13 de setembro, em São Paulo (SP), o Seminário da Reposição Automotiva 2011. O evento reuniu empre-sários, executivos e profi ssio-nais de toda a cadeia do setor e promoveu um amplo debate

sobre os cenários possíveis de crescimento para as em-presas envolvidas com a ma-nutenção veicular. Organizado pelo Grupo Photon, foi uma realização do GMA – Grupo de Manutenção Automoti-va, que reúne as principais entidades de representação do mercado: Sindipeças-SP,

Andap, Sicap, Sincopeças e Sindirepa-SP.Com temas amplos como macroeconomia, e mais es-pecíficos como a certificação de autopeças pelo Inmetro, o seminário permitiu que o se-tor visse não apenas seu pa-pel e sua importância na atual conjuntura da economia bra-sileira, mas também discutis-se questões atualizadas que interferem diretamente nos negócios de reposição.Para o primeiro painel, o se-minário trouxe Raul Velloso, consultor econômico e co-lunista dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo, que falou sobre o aquecimento da economia brasileira e o papel atual do país no cenário inter-nacional. Para tratar de inspe-ção veicular, Olimpio de Melo Alvares Jr., da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Ce-tesb) tratou dos trâmites que cercam a resolução número

418 do Conse-lho Na-cional de Meio Am-biente (Co-nama), que leva a exigência de inspeção de veículos para todo o terri-tório nacional.Para tratar do tema qualida-de, o seminário trouxe duas discussões diferentes. A pri-meira, apresentada pelo dire-tor de qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, abordou espe-cificamente a exigência da certificação de peças de re-posição automotiva mostran-do como as novas exigências afetam o setor. A segunda, apresentada por Paulo Rech, gerente executivo de educa-ção profissional do Senai Na-cional, tratou da constante necessidade de atualização profissional no setor auto-motivo, para acompanhar as exigências do mercado.

O pres i -

dente do Sindirepa-SP, An-

tonio Fiola, em sua palestra falou sobre a necessidade de investimentos das oficinas mecânicas para se manterem competitivas e atenderem a legislação ambiental. Ao fi-nal, uma mesa de discussão mediada por Antonio Carlos Bento, coordenador do MGA, e formada por Edson Brasil, da Delphi; Alberto Rufini da TRW; Douglas Lara, da ZF Sachs; José Carlos Di Ses-sa, da Car Central; Rodrigo Carneiro, da Sama Autope-ças; Ana Paula Mallusardi, da Pacaembu, e Antonio Carlos De Paula, da Pellegrino, trou-xe ao debate temas como a concorrência vinda de outros setores, preço e gestão.

Evento recebeu representantes de todos os elosdo mercado

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Mufarej diz que certifi cação é

justa

Antonio Fiola apresentou alternativas para que os

empresários da reparação obtenham mais resultados

em seus negócio

mercado setembro de 2011

Font

e: Si

ndire

pa-S

P

Caminhos para a evolução da reparação automotiva

• Capacitação, capacitação e + capacitação

• Atenção nas frotas por país de origem (franceses,coreanos, alemães, chineses, americanos, etc.)

• Adequação da “OS” / Código de defesa do consumidor + peças certifi cadas Inmetro + responsabilidade das marcas no abastecimento

• Analisar com muito cuidado os contratos de qualquer tipo de abandeiramento / gestores de frota, seguradoras, grupos de compra, etc.

• Trabalhar na direção do mercado livre

• Movimento imobiliário qpode empurrar as ofi cinas para zonas periféricas

Selo do Inmetro busca garantir produtos de qualidade no mercado

Investimentos no negócio e gestão de qualidade são respostas para ofi cinasDeslocar os excessos de gastos com o ponto comercial para uma área ou serviço da ofi cina que pode trazer mais retorno é uma das sugestões apresentadas pelo presidente do Sindirepa-SP, Antônio Fio-la, para que as ofi cinas mecâ-nicas consigam enfrentar os desafi os impostos pelo con-corrido mercado automotivo.De acordo com Fiola, o mer-cado imobiliário tem encareci-do o metro quadrado em São Paulo e muitos empresários, donos de ofi cina, dispensam altos valores para se manter em pontos comerciais cada vez mais caros. “Muitos traba-lham, numa insistência terrível, para fi car num ótimo ponto e investem nisso grande soma de dinheiro, deixando de in-vestir em outras coisas que talvez pudessem dar um retor-no maior, como a capacitação de seu parque para oferecer ao cliente serviços de emprés-timo de carro, por exemplo”.A recolocação dos investimen-tos, no entanto, é apenas uma das medidas que o empresá-rio de ofi cina mecânica pode tomar para se manter forte

no negócio e enfrentar a con-corrência que, segundo Fiola, nasce de outros setores, como seguradoras, por exemplo.O presidente do Sindirepa-SP sugere também que a necessidade de capacitação da mão de obra não pode ser desprezada pelos empre-sários. “A gente tem que ca-pacitar, capacitar e capacitar sempre. Não apenas o repa-rador, o mecânico, o técnico, mas também nós mesmos que estamos na administra-ção”, aconselhou. O terceiro ponto que Fiola apontou como sendo pri-mordial para o fortalecimen-to das ofi cinas no mercado é justamente a atenção às questões administrativas, não permitindo mais espaço para o amadorismo. “A parte téc-nica respondeu como a res-ponsável pela oficina há um tempo, hoje a administração e o empreendedorismo da empresa ganharam muito em importância. A vulnerabi-lidade que se vê por aí nos negócios da oficina, no dia a dia, é incrível”. Fiola defendeu ainda que a ca-

tegoria dos varejistas de auto-peças se una em torno de cau-sas que vão ao encontro dos interesses da categoria, como, por exemplo, o acesso irrestri-to à tecnologia hoje usada nos veículos. “Se essa é uma tecno-logia voltada para o consumi-dor fi nal, por que não podemos ter acesso a ela? Ninguém vai me tirar o direito de dizer para o cliente ‘olha seu carro vai demorar algumas horas para consertar’. Nós criamos essas verdades. A verdade quem diz somos nós e essa verdade é bem diferente daquela dos co-merciais de televisão”.

O assunto principal da pa-lestra do diretor de qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, foi a portaria 301, que estabeleceu novas obrigatoriedades de cer-tifi cação de autopeças. Lobo explicou que a obrigatoriedade do selo do Inmetro é para as peças de reposição. As usadas nos veículos novos não terão a exigência porque as peças apli-cadas nas linhas de montagem já passam por um processo de qualifi cação dos fornecedores.Entre as principais razões para o rigor do Instituto está a possi-bilidade real dos riscos de aci-dentes com veículos, devido a peças com falhas nos requisi-tos de segurança. A expectati-va é que a presença do Inmetro coíba o comércio de peças e acessórios falsifi cados.Em entrevista ao Novo Varejo, o coordenador do Seminário, Elias Mufarej, lembrou que a certifi cação é uma questão jus-ta, inclusive sob pontos de vis-

tas diferentes. Segundo ele, é o selo do Inmetro que pode evi-tar a presença no mercado de autopeças de baixa qualidade. “Além disso, existe a questão ambiental aí envolvida, uma pre-ocupação que veio para fi car”.Seguindo ainda o mesmo prin-cípio de evitar os excessos e custos, Lobo lembrou que os componentes que tiverem cer-tifi cação DOT (Departamento de Transporte dos EUA) ou CE (Comunidade Europeia) não precisarão do selo do Inmetro, pois as normas de padroniza-ção são as mesmas. De acordo com a nova norma, todos os fabricantes e impor-tadores de peças e acessórios têm até janeiro de 2013 para se adequar aos requisitos mí-nimos de segurança exigidos pelo Inmetro. O comércio tem até julho de 2014 para disponi-bilizar os itens no varejo.Os componentes automotivos que passam pela certifi cação

compulsória são: amortece-dores da suspensão, bombas elétricas de combustível para motores do ciclo Otto, buzinas ou equipamentos similares uti-lizados em veículos rodoviários automotores, pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pis-tão, bronzinas e lâmpadas para veículos automotivos. Veículos fabricados até 31 de dezembro de 1999 não precisam ter as peças certifi cadas, apenas os posteriores a esse período se enquadram na resolução.

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mercado setembro de 2011

RESUMO S.Y.LMais uma vez representantes de todo o

aftermarket compareceram ao Seminário

da Reposição Automotiva para debater

as tendências e perspectivas para o setor. Nesta edição, os temas

escolhidos foram o aquecimento da economia brasileira e o papel atual

do país no cenário internacional, a inspeção veicular e a resolução

número 418 do Conama e duas diferentes discussões sobre qualidade.

Paulo Rech, gerente executi-vo de educação profi ssional do Senai, defendeu a certifi cação de mecânicos para garantir a qualidade da mão de obra das ofi cinas, em termos similares às

certifi cações técnicas com as ISO. “Com base numa norma é possível aferir se aquela pessoa tem as competências previstas”.Nesse caso, Rech explica que a certifi cação profi ssional emiti-da pelo Senai – diferentemente daquela emitida pela educação tradicional – tem data de valida-de, justamente para garantir que o mecânico possua os conheci-mentos atualizados. O mecânico precisa se atualizar constante-mente para se recertifi car. Além disso, o gerente afi rmou que a aplicação de provas para esse tipo de certifi cação oferecida pelo Senai também é diferencia-

da. “Não é uma prova como as escolares. Ele é testado de forma a comprovar que adquiriu o co-nhecimento. Não é uma questão de passar ou não passar, mas de ter competência ou não”. Rech lembrou que, apesar de hoje os mecânicos precisarem saber usar computadores para análise e diagnósticos dos veícu-los, o trabalho agora é bem mais amplo. Ele ressaltou, no entanto, que a parte técnica exige habili-dade, mas que a atuação do me-cânico vai além. “Agora, ele tem que ter conhecimento de gestão e tem que saber falar com o clien-te, entende o que ele quer”.

Para Paulo Rech, norma é importante para aferir as competências dos profi ssionais

Senai defende certifi cado profi ssional com prazo de validade

Consultor descarta nova crise mundial e aposta em crescimento do PIBO mundo não deve passar no-vamente por uma crise do mes-mo patamar que a vivenciada em 2008 e 2009. Essa é a opinião do consultor econômico e colunista dos jornais O Estado de S. Pau-lo e O Globo, Raul Velloso, que abriu o Seminário da Reposição Automotiva e tratou sobre eco-nomia brasileira e mundial.A double dip – teoria que sugere a possibilidade de uma nova reces-são durante um período de re-cuperação – tem sido citada por renomados economistas, que consideram real a possibilidade de ela acontecer nos próximos 12 meses. Para Velloso, é impro-vável que isso se concretize. O consultor afi rma que se uma nova crise vier, será de alcance mais limitado e de efeitos menos catastrófi cos do que a de três anos atrás. Sem o fantasma de uma crise internacional, Velloso acredita que a economia brasileira tem espaço para manter o cres-cimento. O consultor, no entanto,

Segurança e criminalidadeResolvi dedicar este artigo a um assunto de suma importância: a se-gurança de nossas lojas. O assunto não é recente, mas nos últimos anos percebe-se um grande aumento da insegurança no país. Para se ter uma ideia do tamanho do mercado de segurança patrimonial e vigilân-cia eletrônica, de acordo com uma recente pesquisa da ABINEE, Asso-ciação Brasileira da Indústria Elétri-

ca e Eletrônica, o mercado brasileiro de equipamentos de segurança ele-trônica totalizou cerca de R$ 613,7 milhões em 2010, com previsão de crescimento médio anual de 36% até 2016, atingindo R$ 1,88 bi-lhão. Ainda sobre a crescente onda de criminalidade, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o número de ocorrências policiais contra o patrimônio foi de 105.290 na Grande São Paulo durante o pri-meiro trimestre de 2011, por volta de 10,5% maior que no mesmo pe-ríodo do ano passado.Um outro assunto relacionado à criminalidade que vem ganhando

força dia após dia é o combate à falsificação de peças auto-motivas. Nos últimos meses foi noticiada uma série de reporta-gens dando conta do aumento da apreensão de peças falsificadas das mais diversas aplicações. Além do problema pontual da não arrecadação de impostos, situação que causa uma enorme disparidade em relação ao co-

mércio formal varejista, a peça falsificada não respeita nenhuma norma de segurança ou qualquer preocupação com a preservação do meio ambiente, situação que compromete não só a economia e o mercado de reposição, mas, sobretudo, a segurança e a vida de nossas famílias.Esses dois temas, correlatos em sua periculosidade, precisam ser tratados de maneira prioritária pelo poder público.Entretanto, entendemos que para superar esses desafios devemos agir com energia, sobretudo na cobrança de nossos direitos junto aos que nos representam.

ARTIGO

Francisco De La Torre é presidente do Sincopeças-SP.

A peça falsifi cada não respeita nenhuma norma de segurança ou qualquer preocupação com a preservação do meio ambiente

Francisco De La Torre é presidente do Sincopeças-SP.

lembra que a necessidade do país de evitar a infl ação, bem como a presença dos importados, pro-vocada pela queda do dólar, não deve permitir um crescimento de 4,5%, que seria, neste momento, o ideal para o país. “Devemos fi -car perto dos 3,5%, em média”.Para o presidente do seminário, Elias Mufarej, as notícias para o setor automotivo são mais posi-tivas se comparadas à economia brasileira. Ao Novo Varejo, ele disse acreditar que a chegada

de novos modelos de veículos, além dos carros importados ,proporcionará um aquecimento do setor, especialmente, no que se refere à reposição automoti-va. “Nosso bom desempenho é certo, dentro de uma visão de Brasil crescendo também porque há vários investimentos que nos ajudarão manter esse mercado à tona. Eu acredito que o setor alcançará um crescimento ainda superior do que os 4,5% que se-riam ideais para a economia”.

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inspeção setembro de 2011

Inspeção ambiental atingirá 124 municípios paulistasÉ o que estabelece PCPV do estado, apresentado pela Cetesb. Mas ainda falta regulamentar o programa

Por Claudio Milan [email protected] Foto Divulgação

A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamen-to Ambiental) apresentou em 14 de setembro, ao Con-selho Estadual do Meio Am-biente, o Plano de Controle da Poluição Veicular de São Paulo. O documento prevê a realização da inspeção am-biental em 124 municípios do estado, aqueles que con-centram as maiores frotas. Nestas cidades, as vistorias devem abranger todos os veículos da frota: carros de passeio, picapes e utilitários, caminhões, ônibus e motos.Embora o PCPV determine a realização da inspeção nes-sas localidades, ainda não há detalhes sobre as fases de implantação do programa quanto, por exemplo, à ida-de da frota. Isso será defi nido após a realização de estudos detalhados. Outra questão

pendente é um projeto de lei em trâmite desde 2010 na As-sembleia Legislativa de São Paulo que trata exatamente da implantação da inspeção veicular no estado. Somente após a aprovação da lei pelos deputados será possível regu-lamentar o programa. A esti-mativa inicial é de que o pro-prietário do veículo terá que desembolsar R$ 49,30 para passar pelas verifi cações.

DIESEL Além de determinar a inspeção em 124 cidades, o PCPV apresentado pela Ce-tesb também estabelece que o programa será aplicado nos demais municípios paulista para a verifi cação de emis-sões dos veículos movidos a diesel. A justifi cativa é que mesmo em localidades onde a frota é menor, o impacto ambiental e na saúde da po-

pulação promovido por esses veículos é signifi cativo.O Novo Varejo tem acompa-nhado de perto a apresentação dos Planos de Controle da Po-luição Veicular em todos os es-tados brasileiros. A divulgação dos PCPVs é uma exigência do Conselho Nacional do Meio Am-biente (Conama). É a partir deste documento que cada estado irá ou não optar pela inspeção am-biental para conter as emissões da frota em seus territórios.O Conama estabelece ainda um prazo de 18 meses após sua apresentação para que os planos entrem em vigor. No entanto, também determina que as inspeções veiculares sejam implementadas, quan-do for essa a opção, em 2012. Apesar disso, nos municípios paulistas, provavelmente, as inspeções serão iniciadas em março de 2013.

Qualidade sem aumento de custoAs empresas do aftermarket auto-motivo estão em constante evolução, acompanhando as tendências de mer-cado, principalmente quando o assunto envolve legislações ambientais. A exem-plo da cidade de São Paulo, que desde 2008 tem um programa ativo de inspe-ção ambiental veicular, outras regiões do estado de São de Paulo e também outros estados brasileiros começam a desenhar os projetos de verifi cação de emissões de gases poluentes emitidos por veículos automotores.

Esta é uma situação que vai mexer com o mercado como um todo, da ofi cina ao fabricante de autopeças e também fer-ramentas e equipamentos automotivos, e o melhor caminho é se preparar para esta nova demanda de serviços. E nada melhor do que a Certifi cação IQA para saber se o negócio está rentável ou não, oferecendo serviços de qualidade para que o cliente saia satisfeito, sem necessidade de retorno de garantia.Recentemente estive em uma ofi cina que entrou em contato conosco pois quer começar o trabalho de pré-inspe-ção veicular. Em algumas localidades, as empresas de reparação e comércio de autopeças estão formando grupos para se fortalecer e oferecer aos clien-tes um diferencial de mercado. Muitos estão entendendo que agir em grupo é mais fácil do que indi-vidualmente, pois conseguem rate-ar custos, trocar informações e, às vezes, até partilhar o uso de alguns equipamentos de custo elevado. Existem formas de buscar qualidade total sem aumentar os custos do ne-gócio, pois algumas entidades ofere-cem subsídios para as empresas que

querem evoluir. Mas, para isso é pre-ciso estar preparado e ter em mente que mudanças devem ser feitas.Ao formar um grupo, os líderes buscam consultores que avaliam o quanto as empresas participantes precisam in-vestir para conquistarem os mesmos níveis organizacional e técnico, a par-tir de um padrão, um nível básico que deve ser o ponto de partida. Uma dica é utilizar a Certifi cação IQA, pois esta é a proposta da certifi cação de serviços: um padrão básico de atendimento,

para oferecer ao cliente um serviço de qualidade assegurada.Uma prática do IQA – Instituto da Qua-lidade Automotiva é a não indicação de consultores, e nem a realização de con-sultorias, para que isso não prejudique o processo de auditoria e certifi cação. Porém, realizamos o treinamento de consultores, a partir das exigências da certifi cação, que passa a ser um espe-cialista no assunto e, assim, pode orien-tar os participantes dos grupos sobre as práticas que ditam a certifi cação.Dessa forma, se você já participa de al-gum grupo de ofi cinas ou lojas varejista e atacado, e busca um diferencial no mercado, saiba que pode contar com o know how do IQA, bastando para isso fazer contato e solicitar mais informa-ções a respeito. Tal atitude fará você surpreender seus clientes cada vez que eles forem ao seu estabelecimento, pois nos dias de hoje, atender bem e com qualidade já não é mais um diferencial e sim uma obrigação, ultrapassando suas expectativas.

ARTIGO

José Palacio é auditor técnico do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva.

Muitos estão entendendo que agir em grupo é mais fácil do que individualmente

Inspeção é realizada com sucesso na capital paulista desde 2008

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A Pellegrino se renova com uma energia admirável. Ao completar 70 anos, a distribui-dora já está pensando cinco anos à frente – e desde o ano passado, quando estabeleceu como meta dobrar sua recei-ta de vendas até 2015. “Essa é a nossa diferença no mer-cado. Somos uma empresa totalmente profi ssionalizada, com uniformidade em nossos processos”, afi rma o diretor e gerente geral, Antonio Carlos De Paula. “A grande virtude da Pellegrino é sua capacidade de se reinventar à medida que os problemas aparecem”.O diretor explica que a em-presa foi a primeira do mer-cado a implementar uma me-todologia de planejamento estratégico, quase 20 anos atrás. “A longevidade e po-sição de destaque da Pelle-grino no mercado devem-se também ao fato de sermos uma empresa visionária, mo-derna, que dita tendências, tanto que nossa primeira fi lial, em Goiânia, já tem 45 anos”.Essa gestão de qualidade permitiu à Pellegrino desen-volver uma equipe de cola-boradores coesa, motivada e satisfeita. “A Pellegrino sem-pre se posicionou como uma empresa de prestação de serviços, que vende atendi-mento”, diz De Paula.O diretor comercial da empre-sa, Nilton Rocha de Oliveira, destaca que o grande diferen-cial da Pellegrino é escutar o cliente, de um lado, e se po-sicionar como empresa pres-tadora de serviços, de outro. “Atamos as pontas. Somos a

extensão da fábrica, entende-mos as estratégias do nosso fornecedor e valorizamos suas marcas, e nos antecipamos às necessidades dos clientes”.

SATISFAÇÃO Como resul-tado, nos últimos dez anos a Pellegrino fi gura entre as 150 melhores empresas para se trabalhar, segundo ranking da revista Exame. Neste ano, a nota dos funcionários no quesito Índice de Qualidade no Ambiente de Trabalho co-locou a distribuidora em alto grau de aceitação: 88,7% se identifi cam com a empre-sa; 81,3% estão satisfeitos e motivados; 80,2% acreditam ter desenvolvimento; e 81,3% aprovam seus líderes. “Nos-sa média foi 82,2%, muito próximo da média da melhor empresa do ano, segundo os

critérios da Editora Abril, que recebeu 87,5%. Além disso, levantamentos de opinião com varejistas de autopeças apontam a Pellegrino como uma das empresas mais admiradas do setor, com a melhor equipe de vendas, que presta o melhor aten-dimento, que tem a melhor política comercial, que tem mais agilidade nas garantias e que oferece mais apoio e treinamentos”, diz De Paula. “Outro ponto primordial são os nossos 38 fornecedores. Dez deles representam 85% do nosso negócio. Eu não sou cliente do meu fornece-dor, sou parceiro, sou o de-partamento de vendas dele, com 300 vendedores na rua, mais 200 internos, quase 600 pessoas envolvidas no Brasil inteiro”, comenta o diretor.

aniversário setembro de 2011

Em sua longa trajetória, empresa conquistou posição de destaque no mercado e reconhecimento por parte de fornecedores, clientes e funcionários

Pellegrino, 70 anos superando desa� os

Capacitação do setor é compromisso

Política comercial ética é reconhecida pelo mercado

Por Robson Breviglieri [email protected] Fotos Divulgação

Antonio Carlos De Paula, diretor e

gerente geral

Nilton Rocha de Oliveira, diretor

comercial da empresa

A Pellegrino ocupa lugar rele-vante entre os maiores distribui-dores do país, sendo reconheci-da pela excelência dos serviços prestados e como empresa parceira, comprometida com o sucesso do negócio de seus clientes. Integrante do grupo americano Affi nia, a empresa está estruturada em 19 unidades de negócios, que formam uma rede de atendimento abrangen-te, garantindo proximidade es-tratégica com os clientes. Ofe-rece um portfólio completo de produtos, com cerca de 22.500 itens, para as linhas leve, pesa-da, motopeças e acessórios.Segundo Antonio Carlos De Pau-la, o sucesso da Pellegrino tam-bém se deve à política comercial pautada pela ética, pelo cumpri-mento da legislação e pelo res-peito à cadeia de distribuição, focando as vendas em varejistas e revendedores, evitando, assim, concorrer com os próprios clien-tes da empresa. “Isso tem sido constantemente reconhecido

por nossos clientes”.Na visão do diretor comercial, a longevidade da Pellegrino fi rma-se em sua permanente evolu-ção por atuar juntamente com o fornecedor. “A Pellegrino não é estática. Temos fornecedores de ponta, com marcas competitivas, que têm de se adaptar constan-temente aos novos tempos e isso nos impõe mais agilidade. Esta-mos em mais de cinco mil muni-cípios do país e atendemos mais de 20 mil clientes, respeitando às características regionais”.

A Pellegrino sempre de-monstrou compromisso com a profi ssionalização e capaci-tação da cadeia de reposição, particularmente do varejista de autopeças e do aplicador. Seus pilares são três grandes programas: o PPTA (Programa Pellegrino de Tecnologia Auto-motiva), Painéis de Debates e a Revista Pellegrino, voltada ao varejo de autopeças.O PPTA consiste na realização, por todo o Brasil, de treina-mentos e cursos a varejistas e aplicadores, levando conheci-mentos técnicos e de gestão de negócios. Desde 1998, já

passaram por este treinamento cerca de 25.000 pessoas.Já os Painéis de Debates são fo-cados nos proprietários de varejos e têm como objetivo discussões em conjunto sobre as tendências da cadeia automotiva. A empresa também investe continuamente em programas de atualização e capacitação de seus profi ssionais. “No fi m das contas, o que procuramos fazer é estabelecer uma sólida relação de confi ança e cresci-mento sustentável dos negócios da empresa e dos negócios de nossos clientes”, conclui Anto-nio Carlos De Paula.

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legislação setembro de 2011Por Perla Rossetti [email protected] Fotos Divulgação

Retaliação da Sefaz paulista a distribuidor que usou benefício fiscal de ICMS do DF é inconstitucional

Leandro Martinho Leite destaca que decisão do STF/SP poderá infl uenciar outros processos

Em agosto, o Tribunal de Jus-tiça do Estado de São Paulo julgou inconstitucional um auto de infração contra um distribui-dor de autopeças por credita-mento de R$ 18 milhões em ICMS com base em documen-tos fi scais emitidos por sua fi lial no Distrito Federal, que des-frutava na época de incentivos fi scais, hoje revogados. O TJ paulista aceitou uma liminar

obtida após uma prova pericial atestar que o fi sco estadual não apurou nenhuma ‘vanta-gem econômica’ na origem da mercadoria. Assim, não pode-ria aplicar a multa.A manobra de alegar vantagens econômicas para as empresas que operam em estados com benefícios fi scais de ICMS é comum nas secretarias da Fa-zenda de São Paulo, Minas Ge-rais, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. Como forma de retaliação às empresas que gozam dos créditos, as Sefaz exigem dos contribuintes que receberam as mercadorias, através de autos de infração, o estorno do imposto que corres-ponda à vantagem econômica concedida pelo estado de ori-gem da empresa que vendeu

seus produtos.Porém, a medida

recente do TJ-SP abrirá um novo

precedente que pode infl uen-ciar vários processos em an-damento, segundo o advoga-do Leandro Martinho Leite, do escritório que atende a Asso-ciação Nacional de Distribuido-res de Autopeças (Andap). “É a primeira vez que o Tribunal de Justiça de São Paulo, analisan-do a produção de uma prova pericial, confi rma que a siste-mática de exigência que vem sendo praticada pelo estado de São Paulo está completa-mente equivocada”.Ele conta que, nos quase cem processos acompanhados pelo escritório tanto de distribuido-ras de autopeças e de medica-mentos, entre outras, através da nomeação de peritos judi-ciais no estado de São Paulo, têm confi rmado que os autos de infração não correspondem com a vantagem econômica decorrente dos incentivos e be-nefícios contestados.

Tribunal de Justiça-SP anula auto de infração por erro em cálculos

Benefícios devem ser submetidos ao ConfazO advogado Leandro Mar-tinho Leite explica que, pela Constituição Federal, a con-cessão de incentivos ou be-nefícios fi scais pelos estados deveria ser previamente sub-metida ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Con-faz). Assim, normas dos es-tados que concedam crédito e sejam editadas sem a ob-servância dos dispositivos do Confaz podem ser questiona-das no STF. Com a demora na análise das queixas, os es-tados contrários aos créditos passaram a aplicar autos de infração. “Há distribuidor cujo valor do auto é maior que seu patrimônio. Na maioria das ve-zes as empresas nem têm garantias para discutir o paga-mento. Alguns precisaram pe-

gar penhora para a garantia”, comenta o advogado. Leite explica que, após julgamento, o STF entende que os autos de infração impedem a con-cessão e fruição dos incenti-vos considerados inconstitu-cionais; e que, por outro lado, isso possibilitaria ao estado de origem exigir de volta do con-tribuinte que usufruiu do incen-tivo a devolução dos valores correspondentes ao imposto que foi desonerado. “Como os estados que concedem os benefícios não têm interesse em prejudicar os contribuintes, normalmente eles concedem anistias, remissões ou, sim-plesmente, deixam de cobrar os valores com base nos prin-cípios da boa-fé e prazos de decadência e prescrição”.

O desrespeito a legislações como a de São Paulo é outro ponto importante a se consi-derar na análise de como têm sido lavrados os autos de in-fração dos estados, mesmo se fossem constitucionais. Segun-do o advogado Leandro Marti-nho Leite, o parágrafo terceiro do artigo 36 da Lei 6.374/89

afi rma que não se considera cobrado, ainda que destacado em documento fi scal, o mon-tante do imposto que corres-ponder à vantagem econômica decorrente da concessão de qualquer subsídio, redução da base de cálculo, crédito pre-sumido ou outro incentivo ou benefício fi scal em desacordo

com o disposto no artigo 155, § 2º, inciso XII, alínea “g”, da Constituição Federal.“Contudo, verifi ca-se que na grande maioria dos casos, se-não em sua totalidade, o esta-do que lavra o auto de infração não apura a efetiva “vantagem econômica” decorrente do be-nefício concedido”.

Leite diz que o cálculo da “vantagem econômica” deve-ria levar em consideração não apenas os créditos concedi-dos pelos estados, mas tam-bém os ônus assumidos pelos contribuintes para usufruírem das formas de tributação dife-renciadas. “Seja em razão da ausência de pessoal, ou da di-

fi culdade em obter documen-tos que possibilitem apurar os valores, na maior parte dos au-tos de infração lavrados, ao in-vés da apuração da ‘vantagem econômica’, têm sido utilizadas presunções de quanto o reme-tente tenha efetivamente aufe-rido com a sistemática especial de tributação”.

Há distribuidor cujo valor do auto é maior que seu patrimônio. Na maioria das vezes as empresas nem têm garantias para discutir o pagamento. Alguns precisaram pegarpenhora para a garantia

Autos desrespeitam legislações estaduais

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legislação setembro de 2011

Fazenda paulista prorroga efeitos da portaria que trata da base de cálculo para ICMS-ST

Nova determinação também altera o Índice de Valor Adicionado Setorial, usado

para calcular a retenção e o pagamento do imposto a partir de março de 2012

Mercado irá apresentar pesquisa à Sefaz-SP

Alteração eleva IVA do setor para 79,61%

Por Claudio Milan [email protected] Foto Stock.xchng

O governo de São Paulo, através da Secretaria de Fa-zenda do Estado, estendeu até 29 de fevereiro de 2012 os efeitos da Portaria CAT nº 32/2008, que estabelece a base para o cálculo da Subs-tituição Tributária na saída de autopeças. O prazo anterior da validade era 30 de junho. As alterações foram publica-das na nova Portaria CAT nº 92/2011.A Portaria CAT nº 32/2008 determina que a base de cál-culo para fi ns de retenção e pagamento do imposto rela-tivo às saídas subsequentes das autopeças, com destino

a estabelecimento localizado em território paulista, será o preço praticado pelo sujeito passivo, incluídos os valores correspondentes a frete, car-reto, seguro, impostos e ou-tros encargos transferíveis ao adquirente, acrescido do valor adicionado calculado median-te a multiplicação do preço praticado pelo Índice de Valor Adicionado Setorial (IVA-ST). No caso da reposição inde-pendente, o IVA-ST foi fi xado em 40% – o índice é obtido a partir de pesquisas de merca-do que estimam o acréscimo de valor que o produto terá até a venda ao consumidor fi nal.

Conforme determina a Por-taria CAT nº 92/2011 da Se-faz-SP, a partir de 1º de março de 2012, o ICMS-ST relativo às autopeças comercializadas pelo mercado independen-te deverá ser calculado com base na aplicação do Índice de Valor Adicionado Setorial (IVA-ST) de 79,61%. Para as concessionárias, o IVA-ST es-tabelecido será de 62,29%.A portaria, no entanto, abre a possibilidade da revisão desses índices, “desde que a entidade representativa do

setor apresente à Secretaria da Fazenda levantamento de preços com base em pesqui-sas realizadas por instituto de pesquisa de mercado de re-putação idônea, nos termos dos artigos 43 e 44 do Regu-lamento do ICMS”, destaca o texto da portaria.Para isso, era preciso ter com-provado até 31 de agosto de 2011 a contratação da pes-quisa de levantamento de pre-ços, que deverá ser entregue à autoridade fazendária até 31 de dezembro de 2011.

A reportagem do Novo Varejo procurou as entida-des de representação do mercado para repercutir a Portaria CAT nº 92/2011 e saber quais encaminhamen-tos o setor dará em relação à novidade.Fomos informados que o mercado ainda está avalian-do o assunto e, portanto, não seria possível atender à nossa solicitação. No en-tanto, em conversas com lideranças do setor, apura-mos que o novo IVA-ST de

79,61% foi considerado ele-vado e não agradou.Assim, o mercado irá mesmo partir para a pesquisa de le-vantamento de preços na ten-tativa de reverter essa eleva-ção da alíquota. Em seu site, a Andap – Associação Nacio-nal dos Distribuidores de Au-topeças, por meio de nota de esclarecimento aos associa-dos, confi rma a estratégia da pesquisa. O texto diz que “o Sindipeças, e as entidades re-presentativas dos segmentos produtor/distribuidor, está co-

ordenando o assunto referen-te à pesquisa a ser apresen-tada à Sefaz-SP, como já feito anteriormente. Será explora-da também a possibilidade de demonstrar à Sefaz a efi cácia de uma pesquisa simplifi cada, por amostragem, para confi r-mar a atualidade da pesquisa anterior sem necessidade de que seja refeita na mesma extensão e complexidade, e para tanto, foi requerida au-diência junto ao coordenador da Administração Tributária, para as tratativas a respeito”.

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sindipeças setembro de 2011

Sindipeças divulga projeções para 2012A Assessoria Econômica do Sindipeças e Abipeças divul-gou as estimativas para o de-sempenho do setor neste ano e as projeções para 2012. No ano

que vem, as vendas das indús-trias de autopeças, em dólares, devem permanecer praticamen-te estáveis, com leve crescimen-to de 0,3%. Em reais, o cresci-

mento pode chegar a 4,7%. Nas tabelas a seguir, veja, além das previsões, também indica-dores de exportações, importa-ção e nível de emprego.

Entidade acredita em estabilidade nas vendas para o ano que vem, com

pequena variação positiva

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lançamentos

Produto é aplicável em sistemas de lâmpadas convencionais e de LED

A Iguaçu traz ao mercado sua nova família de produtos para injeção eletrônica: os bicos injetores. Inicialmente, são 19 modelos, atendendo a mais de cem aplicações. Os novos produtos seguem

os padrões originais e são totalmente fabricados pela Iguaçu. Para conhecer mais detalhes sobre a linha, basta solicitar o catálogo pelo SATI (11-4223-6360) ou via e-mail ([email protected]).

A Eco Cera é a novidade da Proauto, marca especializa-da na fabricação de produtos car care. Além de proporcio-

nar brilho, conservação e proteção à pintura do veículo, o produto possui embalagem reciclável e uma fórmula que contém tensoativo biodegra-dável e D-limoneno, um óleo essencial extraído da casca da laranja, que proporciona um agradável odor de limão, bem diferente das ceras con-vencionais. Outro diferencial da Eco Cera é o sistema abre fácil da embalagem. O pro-duto não agride as mãos e é indicado para todos os tipos de pintura.

Inicialmente, 19 modelos atenderão a cem aplicações

Eco Cera tem embalagem reciclável e formulação biodegradável

8ª edição traz 3.700 itens ilustrados

Fabricante tem capacidade para produzir até 15 mil conjuntos mensais para o novo Gol

Iguaçu apresenta nova família de bicos injetores

Reposição ganha mecanismo DHB de direção manual para Gol G5

Royce Connect tem novo catálogo de produtose aplicaçõesJá está disponível o novo catálogo de produtos e aplica-ções de peças da Royce Con-nect, distribuidora de compo-nentes e equipamentos para ar condicionado automotivo. Em sua oitava edição, a publi-cação apresenta novo forma-

to, proporcionando uma busca mais ágil e dinâmi-ca pelas seções do ca-tálogo. Conta com mais de 500 páginas e 3.700 itens ilustrados com a respectiva aplicação de cada componente.

DNI traz relé de pisca hibrido ao mercado

A partir da estratégia de desen-volver produtos que funcionem tanto para lâmpadas comuns quanto para uso com LEDs – a atual tendência em todo o mun-do – a DNI Dani Condutores Elétricos apresenta ao mercado sua linha de relês de pisca híbri-dos. O DNI 1112 tem as seguin-tes características: potência de

180W+2W (K1- Lâmpada piloto), 12 volts, quatro terminais, sem suporte. Atende a reposição de relês de piscas de quatro saídas (com K1) e também os modelos de três saídas (sem utilizar K1-lâmpada piloto). O DNI 1113 tem as mesmas configurações, po-rém funciona em 24 volts, sendo próprio para a linha pesada.

A DHB lançou em setembro no mercado de reposição o mecanismo de direção manual para o Gol Geração 5. “Iden-tificamos uma necessidade desse produto no mercado independente de reposição”, explica Marcos Damásio, ge-rente comercial da DHB.A capacidade de produção do mecanismo manual do Gol G5 será de até 15 mil peças por mês. A empresa comercializa-rá o produto na sua rede de distribuidores e postos de ser-viço autorizados.

Cera automotiva ecológica chega às lojas

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ano 7 setembro 2011

#73Pesquisa do IBGE mostra que 51,6% das

empresas empreendedoras são pequenas

Maioria das empresas de alto crescimento é de pequeno porte

Brasília - Em 2008, entre os 1,9 milhão de empresas brasileiras ativas com pelo menos uma pessoa ocupada, 30.954 (1,7%) eram classifi cadas como de alto crescimento (EAC), uma das caracterís-ticas internacionalmente relacionadas às empresas empreendedoras. Essas em-presas, que tinham dez ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial de observação e apresentaram crescimento médio do pessoal ocupado assalariado de 20% ou mais ao ano por um período de três anos, foram responsáveis pela absor-ção de 16,7% das 27 milhões de pessoas ocupadas assalariadas naquele ano e pelo

pagamento de 16% dos salários e outras remunerações. Os índices fazem parte dos resultados apurados pela pesquisa “Es-tatísticas de Empreendedorismo 2008”, divulgada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatísticas. Segundo re-vela o estudo, mais da metade das EAC (51,6%) eram empresas de pequeno por-te (com de dez a 49 pessoas ocupadas), 39% eram médias (de 50 a 249 pessoas) e 9,3% eram grandes (250 ou mais pesso-as). No caso das “gazelas”, a participação das pequenas era maior, 55,2%, enquanto a das médias e das grandes se reduz para 38,4% e 6,4%, respectivamente.

O salário médio do universo de to-das as empresas, no ano de 2008, foi de R$ 16.102,00. Já o salário médio das empresas de alto crescimento foi de R$ 15.540,00. Isso é explicado porque as empresas menores pagam salários mais baixos e, no caso das EAC, a maioria se encontra em faixas de dez a 249 pessoas ocupadas as-salariadas. O salário médio das EAC para essa faixa foi de R$ 12.804,17, enquanto, para o universo com POA de dez a 249, foi de R$ 11.796,39.Apesar da pouca representatividade

em termos de número de empresas, as empreendedoras se destacam pelo impacto na geração de empre-gos: foram responsáveis pela geração de 2,9 milhões de novas ocupações entre 2005 e 2008, 57,4% do total de ocupações criadas no período. Além disso, são muito importantes para o emprego em algumas regiões do país. No norte, por exemplo, 19,9% (ou 1 em cada 5) dos empregados assala-riados em empresas estavam nas em-preendedoras; no nordeste, o percen-tual é bem próximo (18,4%).

Comércio está em minoria entre as EAC

Empreendedores se destacam pelo impacto na geração de empregos

Agência Sebrae de Notícias com assessoria do IBGE

Na análise intrassetorial (que compara as EAC com o total de em-presas por cada setor), a construção aparece como a principal atividade, com 2,9% de empresas de alto cres-cimento, seguida da indústria (2,1%), serviços (0,7%) e comércio (0,4%).O sudeste tinha a maior participação (53,6%) no total de empresas de caráter empreendedor do país em 2008, segui-do da região sul (19,6%) e do nordeste (14,8%). Já em termos de taxas de EAC por estado, observou-se uma predomi-nância de estados do norte e nordeste nas primeiras posições, com destaque para o Maranhão, onde 25,3% das pes-soas ocupadas assalariadas estavam

em empresas empreendedoras.O sudeste tem a maior participação (53,6%) na distribuição das empresas de alto crescimento, seguido pela região sul (19,6%) e pelo nordeste (14,8%).O sudeste lidera também na proporção de pessoal ocupado assalariado (POA) nas empresas de alto crescimento do país (56,1%). Já em termos de pesso-as ocupadas assalariadas por região, o norte se destaca, com 19,9% dos em-pregados assalariados em empresas de alto crescimento, seguido pelo nordes-te, com 18,4%. Por outro lado, a região sul apresenta uma proporção de assa-lariados bem abaixo das demais regiões do país, com 14,4% nas EAC.

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A balança comercial brasi-leira de autopeças registrou défi cit de US$ 2,66 bilhões nos primeiros sete meses do ano. No mesmo período do ano passado, o resulta-do negativo estava em US$ 2,15 bilhões. De acordo com boletim divul-gado pelo Sindipeças, em ju-lho as exportações somaram US$ 986,16 milhões e as im-portações, US$ 1,43 bilhão.Os quadros a seguir detalham a movimentação da balança comercial de componentes automotivos no período de janeiro a julho de 2011.

ano 7 setembro 2011

#73

informações e peças para veículos importados

Desempenho negativo cresceu 23,3% em 2011, segundo último levantamento divulgado pelo Sindipeças

Dé� cit na balança comercial do

setor continua crescendo

Balança comercial de autopeças mensal

MêsExportação Var. (%)

2011/10Importação Var. (%)

2011/10Resultado* Var(%)

2011/102011 2010 2011 2010 2011 2010

Janeiro 702.517.858 506.707.922 38,64 1.081.362.511 910.777.747 18,73 -378.844.653 -404.069.825 -6,24

Fevereiro 761.863.951 584.639.473 30,31 1.098.393.762 881.607.909 24,59 -336.529.811 -296.968.436 13,32

Março 940.877.423 823.340.786 14,28 1.365.435.611 1.156.135.952 18,10 -424.558.188 -332.795.166 27,57

Abril 860.619.463 749.525.184 14,82 1.228.134.353 1.053.709.400 16,55 -367.514.890 -304.184.216 20,82

Maio 1.016.686.156 801.961.934 26,77 1.329.560.231 1.050.293.412 26,59 -312.874,075 -248.331.478 25,99

Junho 956.944.982 818.204.696 16,96 1.348.759.688 1.075.382.014 25,42 -391.814.706 -257.177.318 52,35

Julho 986.158.121 863.727.471 14,17 1.431.380.844 1.174.837.059 21,84 -445.222.723 -311.109.588 43,11Fonte: MDIC/Secex/Depla. Elaboração do Sindipeças*(-) indica défi cit, (+) signifi ca superávitVar.

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Elaboração do Sindipeças

Balança comercial de autopeçasEm bilhões de US$ FOB – acum. em 12 meses

Fonte: MDIC/Secex/Depla. Elaboração do Sindipeças

Resultado da balança comercial de autopeçasEm bilhões de US$ FOB – mensal

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importados setembro de 2011

Exportação de autopeças por país

Ordem País2011

Jan – Jul2010

Jan – Jul

Var. (%) 2011/10Jan – Jul

Part. (%) 2011

Jan – Jul

1 Argentina 2.449.304.341 1.921.800.867 27,45 39,34

2 Estados Unidos 863.063.512 686.642.665 25,69 13,86

3 México 559.971.158 455.126.430 23,04 8,99

4 Alemanha 493.177.555 348.018.714 41,71 7,92

5 Venezuela 219.537.838 225.642.403 -2,71 3,53

Exportação de autopeças

Ordem Mercadoria2011

Jan – Jul2010

Jan – JulVar. (%)

Part. (%) 2011

Jan – Jul

1Outras partes e acessórios

para veículos automóveis das posições 8701 a 8705

450.477.031 414.190.472 8,76 7,24

2Blocos de cilindro e cárteres, para motores das posições

8407 ou 8408405.032.481 243.516.175 66,33 6,51

3

Outras partes e acessórios de carroçarias dos veículos automóveis das posições

8701 a 8705

367.359.055 286.105.947 28,40 5,90

4Outras caixas de marchas

(velocidades)358.597.761 238.253.745 50,51 5,76

5

Outros motores de pistão alternativo dos tipos utilizados

para propulsão de veículos do capítulo 87 de cilindrada

superior a 1.000cm3

335.314.810 243.900.304 37,48 5,39

Importação de autopeças

Ordem Mercadoria2011

Jan – Jul2010

Jan – JulVar. (%)

Part. (%) 2011

Jan – Jul

1Outras caixas de marchas

(velocidades)867.538.067 753085.284 15,20 9,77

2

Outras partes e acessó-rios de carroçarias dos

veículos automóveis das posições 8701 a 8705

693.001.150 512.420.504 35,24 7,80

3

Outras partes e aces-sórios para veículos

automóveis das posições 8701 a 8705

671.069.366 619.039.138 8,40 7,55

4

Caixas de transmissão, re-dutores, multiplicadores e variadores de velocidade, incluídos os conversores

de torques (binários)

202,452,059 160.162.476 26,40 2,28

5Outros eixos e partes, para

veículos automóveis191.905.739 110.471.142 73,72 2,16

Importação de autopeças por país

Ordem País 2011 Jan – Jul 2010 Jan – JulVar. (%) 2011/10Jan – Jul

Part. (%) 2011

Jan – Jul

1 Estados Unidos 1.127.492.304 907.742.810 24,21 12,69

2 Alemanha 1.089.187.470 1.013.348.756 7,48 12,26

3 Japão 1.049.601.467 1.067.294.154 -1,66 11,82

4 Argentina 782.208.144 778.771.677 0,44 8,81

5 França 646.446.100 536.577.393 20,47 7,28

As exportações para a América do Sul apresentaram participação de 51,0% no acumulado dos sete pri-meiros meses de 2011. Ao compa-

rar com o mesmo período de 2010, o aumento foi de 23,5%, abaixo do crescimento da América do Norte, de 25,6%.

As importações avançaram 21,6% no acumulado de janeiro a julho de 2011, quando comparado com o mesmo pe-ríodo de 2010. A Europa continua com

a maior participação no total das impor-tações, mas, em relação à taxa de cres-cimento, Ásia e Oceania apresentam a maior alta, de 29,6%.

Font

e: M

DIC/

Sece

x/De

pla.

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Exportação por macrorregiãoPart. (%)

Font

e: M

DIC/

Sece

x/De

pla.

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bora

ção

do S

indi

peça

sFo

nte:

MDI

C/Se

cex/

Depl

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Importação por macrorregiãoPart. (%)

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ano 7 setembro 2011

72

uma nova publicação para um novo profi ssional

#

Em busca da saúde fi nanceira

Você está preparado para o futuro? O colega aí do seu lado está? No Brasil dos anos 60, o brasileiro vivia, em média, 54 anos. Hoje a expectativa de vida da população é de 73 anos. São pelo menos 19 anos a mais para se manter ativo e saudável. O Brasil tem experimentado nos últimos anos um fortalecimento da economia e uma estabilidade que tem proporcionado a muitos a possibilidade de conquistar bens. Ainda assim, essas mu-danças têm pego a população desprevenida. Acostumado a gastar antes de o dinheiro des-valorizar – algo comum e até necessário nos tempos da in-fl ação, controlada na segunda metade da década passada – o

brasileiro manteve esse hábito, mesmo com a moeda forte. E agora, mais do que em qualquer outro período, sofre com a falta de planejamento fi nanceiro. Planejar-se fi nanceiramente está muito longe de simplesmente ter-minar o mês sem dívida. É claro que isso já é um começo e um diferencial se levarmos em con-ta que nos oito primeiros meses de 2011 a inadimplência cresceu 23,4% em relação ao mesmo pe-ríodo do ano passado, segundo o Serasa. Além disso, o valor médio das dívidas protestadas (de janeiro a agosto deste ano) subiu 14,8% em comparação com o mesmo período de 2010. Gastar e não poupar é um dos problemas do brasileiro atual-

mente, e que vai refl etir num futu-ro de curto, médio e longo prazo. O educador fi nanceiro Reinaldo Domingos, presidente do Institu-to DSOP de Educação Financei-ra, diz que as pessoas sofrem de analfabetismo quando se trata de suas fi nanças. “É preciso traba-lhar e ganhar dinheiro para alicer-çar os sonhos e não para pagar dívidas”, defendeu. Com base nessa teoria, o edu-cador criou uma metodologia de quatro passos: diagnos-ticar, sonhar, orçar e poupar. “Num planejamento fi nanceiro a pessoa sabe onde vai gastar seu dinheiro, determina quais são seus sonhos, escolhe suas estratégias de redução de des-pesas e economiza”.

Passo 1 Coloque os gastos num papel. Ao fi nal de pelo menos 30 dias some e descubra quanto foi cada despesa. Seja detalhista. Na lista entra tudo. Do cafezinho a gastos com o supermercado, INSS, etc. Registre também qual foi a forma de pagamento.

Passo 2 Enquanto faz o passo 1, anote seus sonhos. Descubra e registre também quanto eles custam e quanto você pode guardar por mês para realizá-los. Faça uma lista de sonhos de curto, médio e longo prazo. Num simples cálculo de divisão descubra quanto tempo (em meses) você vai levar para realizar seus desejos.

Passo 3 Depois de concluído o passo 1, está na hora de fazer o orçamento. Detalhe suas receitas. Separe, antes de computar suas despesas, o valor estipulado no passo 2 para a realização de seus sonhos. Ao fi nal, discrimine suas despesas.

Passo 4 Poupar/investir - Fique atento para as possibilidades dos melhores investimentos e acompanhe os resultados do valor aplicado. Isso está diretamente ligado aos sonhos. Se, por exemplo, você quer se aposentar com um valor X (seja realista) descubra quanto você tem que pagar à previdência. Considere a possibilidade de ter mais de um plano de previdência privada.

Saúde� nanceira

é a solução para realizar sonhosPlanejamento fi nanceiro não signifi ca fechar o mês sem dívidas, mas sim ter respaldo para traçar e realizar objetivos

Por Adriana Chaves [email protected]

Capa Novo Balconista NB 72 -2.indd 63 22/9/2011 15:01:52

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1 - O endividado: o clássico analfabeto fi nanceiro que nun-ca foi ensinado a poupar. Che-ga o fi nal do mês, e sempre falta dinheiro. Começa a ali-mentar o pensamento de que precisa ganhar mais.

2 - O que gasta tudo que ga-nha: vive em situação de risco. Diante de qualquer imprevisto não tem uma poupança, nada guardado e precisa recorrer a empréstimos. É um ótimo can-didato para virar “o endividado”. Mesmo que ganhe aumento, gasta tudo o que ganha.

3 - O poupador: raríssimo. Ele é a pessoa que tem conquistas imediatas e de médio e longo prazo. Não se importa de fazer uma privação momentânea vi-sando um sonho maior.

Você já fez a lição de casa e está conseguin-do reservar uma parte do que ganha. E agora? Nes-te curso online você rece-berá dicas sobre como aplicar o seu dinheiro fa-zendo ele trabalhar a seu favor. Você conhecerá o segredo de como aplicar os recursos fi nanceiros.Instrutor:Reinaldo DomingosOnde:http://loja.dsop.com.br/Valor: R$ 18,90

setembro de 2011capa

PERFIL - QUEM É VOCÊ?

Aprendendo com a internet

Dica de leitura para você organizarsuas fi nanças

O livro ensina como realizar um orçamento doméstico. Ele mostra como a administração conjunta e consciente, por to-dos os membros da família, melhora as relações familiares, gerando maior união e com-prometimento, contribui para a educação das futuras gera-ções, além de propiciar menos estresse, melhor desempenho

no trabalho, e maior autoestima, gerando, portanto maior quali-dade de vida.

Autores: Patricia So-ares e Caio LeboutteEditora: All PrintAno: 2007Valor: R$ 25

Joel Ortiz é agente autônomo de investimentos da Geração Futuro Corretora de Valores S/A

Sobre ações e atitudesVocê que todo mês recebe seu sa-lário contadinho, paga um monte de contas, vive no limite da grana e não se permite o menor descuido... é, até mesmo você pode garantir uma ve-lhice digna investindo a partir de 100 reais todo mês. Creia, você pode! Isso é o que se chama investir sem precisar cortar gastos do mês.Saiba que uma aplicação de 100 reais por mês em um bom fundo de ações poderá render a você, daqui a dez ou 15 anos, uma previdência me-lhor do que uma poupança ou fundos de previdência privada. Entenda que previdência privada são fundos cons-tituídos de títulos do tesouro nacional

que poderão render até 1% ao mês desde que você deixe por no mínimo cinco anos em carteira.Esses mesmos 100 reais também podem ser aplicados em títulos de emissão de companhias abertas, letras hipotecárias e outros títulos de renda fi xa como Certifi cados de Depóstio Bancário, os conhecidos CDBs.Uma excelente alternativa são os fundos ou clubes de ações que, a partir de 100 reais, poderão garantir um futuro melhor para você. Lem-bre-se que as empresas brasileiras como Petrobras, Vale do Rio Doce, Cia. Siderúrgica Nacional, Banco do Brasil, Banco Itaú, Gerdau, Usimi-nas, Randon, enfi m, empresas bem administradas vêm apresentando crescimento extraordinário nos últi-mos anos e garantindo um bom lucro para seus investidores.

São essas empresas que compõem um fundo de renda variável. Fun-dos de renda variável são fundos compostos de ações de empresas, analisadas por profi ssionais expe-rientes que sabem o que a empresa faz, como administra e se dá lucro ou não no período de um a três anos aos seus acionistas.Se você investir ao longo do tempo poderá perceber que investir em boas empresas sempre deu lucro. Basta ter paciência. Em dez anos, quem investiu em Usiminas, Vale do Rio Doce, Petro-bras ganhou mais de 800% , enquan-to que a poupança não rendeu mais do que 85% no mesmo período.

Você e seus amigos de trabalho podem também abrir um clube de investimen-to somente da sua empresa.Um clube se forma com um mínimo de três pessoas e um máximo de 150 pessoas e a corretora de valores cobra uma taxa de administração de 2% ao ano sobre o patrimônio ad-ministrado. A corretora faz a gestão de compra e venda de ações e você e seus representantes participam da administração, recebem informativos mensais, extratos em seu e-mail e podem participar das reuniões men-sais para gestão desses recursos.Mas tenha sempre em mente que pru-dência e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Existem outras alter-nativas igualmente efi cientes, sem dú-vida, mas esteja certo que investir em ações é sempre uma atitude segura e rentável. É um bom negócio.

Investir ao longodo tempo em boas empresassempre deu lucro

ARTIGO

Educação Financeira para a família

é agente autônomo de investimentos da Geração Futuro Corretora de Valores S/A

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Por Claudio Milan [email protected] Fotos Divulgação

Cruze inaugura renovação da linha GMTotalmente novo por dentro e por

fora, sedã médio substitui o Vectra e mostra as garras para os japoneses

Nos oito primeiros meses de 2011, a General Motors perdeu 1,46 ponto percentual de parti-cipação no mercado em com-paração com o mesmo período do ano passado. Atualmente, a GM tem 18,4% das vendas, contra os 19,8% que tinha em 2010. Isso representa cerca de 1,5 mil carros a menos nas vendas, apesar da expansão do mercado este ano. Entre as quatro maiores montadoras que atuam no país, a marca norte-americana foi a que mais apresentou queda.Parte destes resultados pode ser explicada pelo cansaço da linha, que é repleta de mode-los considerados superados: Astra, Corsa, Celta e o Vectra. Este último, embora sucesso de vendas na segunda metade dos anos 90, jamais reeditou

carro

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a performance do Monza, que na década de 80 chegou a ser líder de vendas no país.A linha Chevrolet clama por uma renovação no Brasil, e um passo importante está sendo dado agora com a chegada do moderno e atraente sedã mé-dio Cruze, que assume o lugar

do Vectra no mercado nacional e o desafio de desbancar os ri-vais Corolla e Civic.

EVOLUÇÃO O Cruze já che-ga ao Brasil com uma vito-riosa carreira internacional. Comercializado atualmente em 70 países, é o carro de passeio da GM mais vendido no mundo. Para o mercado brasileiro, o modelo será ofe-recido em duas versões, LT e LTZ e de cara já apresenta

duas evoluções consistentes em relação ao falecido Vec-tra: design e motores moder-nos, carências destacadas no sedã anterior.Na parte mecânica, o Cruze traz o novo motor 1.8 Eco-tec6 e transmissões de 6 marchas tanto na versão ma-nual como na automática. Já em relação ao design, basta olhar as fotos que ilustram estas páginas. Não há dúvida que o carro é bonito, apesar

do polêmico padrão adotado pela GM para a dianteira de seus veículos, que até que cai bem neste novo sedã, ao contrário do que aconteceu com o Ágile, que ficou com cara de caminhão.O preço de lançamento não é lá muito convidativo e parte dos 67,9 mil reais. Fazendo as contas, atributos para conquis-tar clientes não faltam ao Cru-ze. Mas a briga com os japone-ses não vai ser fácil.

Carro NB 72.indd 66 21/9/2011 16:22:18

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setembro de 2011

Ecotec6 tem coletor de

admissão variável e Dual CVVT

Painel se destaca pela belezaO interior do Chevrolet Cruze demonstra grande evolução quando comparado ao espa-ço conservador que existia no Vectra. O painel, na confi gura-ção dual cockpit, retoma em duas cores o conceito criado para o Corvette, ainda na dé-cada de 50. O elemento cen-tral desta simetria que nasce nas portas é o console, que abriga os comandos dos sis-temas de informação, entrete-nimento e climatização.Os mostradores analógicos do

velocímetro e do conta-giros, com indicadores auxiliares do nível de combustível e da tem-peratura do motor, são ilumi-nados por diodos de tipo LED, que emitem uma luz clara e ní-tida em tom branco e azul.O destaque do conjunto é a central de entretenimento, for-mado por uma tela de 7 po-legadas e que traz um avan-çado e detalhado sistema de navegação, com mais de 4 mi-lhões de pontos de interesse no Brasil e na Argentina.

Interior moderno e cockpit que remete

aos primeiros Corvettes

Modelo traz tecnologia e sofi sticaçãoO Chevrolet Cruze oferece uma série de refi namentos, tanto em tecnologia, quanto na qualidade do acabamento, co-locando o veículo em posição de destaque no disputado mer-cado dos sedãs médios.

• Motor com coletor de ad-missão e válvulas continua-mente variável (Dual CVVT).• Transmissão automática de seis marchas, com trocas no modo sequencial e sensores

de inclinação que identifi cam subidas e descidas e que auxiliam na condução.• Rodas 17” em alumíniode série.• Air bags frontais, lateraise de cortina (LTZ) de série.• Tela de sete polegadas com navegador, sistema de entretenimento, e controle de climatização embutida no console central (LTZ).• Sistema de entretenimen-to e controle de climatiza-

ção integrados no console central, com iluminação ice blue (LT).• Programa Eletrônico de Estabilidade (ESP).• Controle de tração.• Freios ABS com EBD de última geração e PBA – Assis-tência de frenagem de pânico.• Sistema Isofix para a fixa-ção de cadeirinha infantil.• Interior: nova referência de qualidade e acabamento no segmento.

Novo motor 1.8 rende 144 cavalos

A família de motores Ecotec é caracterizada pelo cabeçote com duplo comando de válvulas continuamente variável (Dual CVVT), com variação do tempo de abertura das válvulas de admissão e de escape. O coletor de admissão também é variável, o que torna as respostas do motor mais rápidas em

qualquer rotação. O motor 1.8 do Ecotec 6 Cruze tem bielas forjadas, cabeçote e cárter em alu-mínio. A bomba-d’água é montada no bloco e não é acionada pela correia den-tada. Ela é movida pela correia secundária (ou de acessórios), o que facilita o acesso ao componente.

O resultado é um propul-sor que rende 144 cavalos quando abastecido com etanol e 140 com gasolina.Segundo números da mon-tadora, o Cruze, na versão manual, acelera de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 204 km/h, quando abas-tecido com etanol.

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julho de 2011

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Boa diversão!

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Valter N S N N S N N N

Segunda-feira N S N N

Terça-feira S N N N

Quarta-feira N N S N

Quinta-feira N N N S

Américo José da Silva Filho é diretor da Atco Treinamento e Consultoria www.atcotc.com.br

setembro de 2011

Ajude a construir a marca de sua loja

Antes de falamos sobre como tornar mais conhecida a mar-ca de sua loja, e assim atrair clientes e vender mais, vamos ver a resposta do Enigrama que deixamos na última edição.

Para tornar sua loja mais co-nhecida, ser a preferida pelos consumidores e, consequen-temente, vender mais, é preci-so encantar os clientes. Não basta satisfazê-los, é preciso ir muito além disso. Satisfazer o cliente é fazer aquele básico que ele espera (educação, rapidez, etc.). Já encantá-lo é antecipar-se a ele, é ir além do que ele es-pera. Isso é fácil?Sabemos que não. Mas tam-bém não é tão difícil. Basta ter como objetivo atender às pes-soas como nós gostaríamos de ser atendidos.Para isso é necessário que

todos da loja estejam empe-nhados nesse encantamen-to, do gerente ao vendedor, passando pelo caixa e por qualquer outro funcionário que trabalhe lá.Somente existindo essa corrente de atos perfeitos é possível que tudo dê certo. O cliente passa por esta ca-deia, que é integrada e tem só um objetivo. Encantá-lo é fazer com que ele sinta-se em casa, e tenha vontade de voltar. O que pode atrapa-lhar esse processo? Até coisas óbvias, mas nas quais quase ninguém pensa e observa. Por exemplo:

atendimento

Pistas

1. Agilidade 2. Agradecer 3. Atenção 4. Atualizar 5. Comunicação 6. Conhecimentos 7. Cordialidade 8. Criatividade 9. Cumprimentar 10. Equipe 11. Escutar 12. Exemplo 13. Humor 14. Iniciativa 15. Interesse 16. Metas 17. Oferecer 18. Perguntar 19. Responsabilidade 20. Vontade

1. Malu veio à loja na terça-feira, mas não para comprar fi ltro de ar.

2. Leonor não comprou bateria e nem fi ltro de ar. E veio à loja um dia depois do Nicolau.

3. Foi um homem que comprou um jogo de palhetas, no início da semana.

Cliente O que comprou Em qual dia da semana

Malu Bateria Terça-feira

Leonor Correia em V Quinta-feira

Nicolau Filtro de ar Quarta-feira

Valter Jogo de palhetas Segunda-feira

Muitos de nós fi camos preo-cupados em encontrar novas formas de atendimento ou de técnicas de vendas e nos es-quecemos que o encantamento começa pelo simples, ou como se diz popularmente “é preciso fazer o feijão com arroz”.

Na próxima edição falaremos mais sobre as características necessárias ao bom aten-dimento. Encontre algumas dessas no Caça Palavras ao lado. As palavras estão na vertical ou na horizontal.

• Brincadeiras envolvendo os clientes ou na presença deles• Demora no atendimento• Demora em atender o telefone• Falta de troco• Funcionários desatentose mal humorados• Funcionários que não conhe-cem os produtos• Menosprezar alguém devido à sua aparência• Não cumprir com o que foi acertado, por exemplo, os prazos das entregas• Não orientar sobreos produtos• Venda de produtos desneces-sários ou sem qualidade

A T U A L I Z A R Q W E D H L C A

C O S B Y A P E R G U N T A R P C

O R F G A G H A T E N C A O C A E

M C O R D I A L I D A D E W I A B

U A S G H L S F H J I L E Q A B C

N C V C R I A T I V I D A D E U I

I A C V E D Z A B E I U C A X B Q

C T A R B A Z A F E J A M C E V A

A A G R A D E C E R A I A B M E I

C Z U O F E R E C E R N O E P M A

A C O N H E C I M E N T O S L V Q

O U E A U C X N M E R E V C O O I

A M H E M E W O R U P R C U E C Q

V P U R O Q N M E I W E I T S I A

X R N C R U G E S O Y S N A B N I

N I N I C I A T I V A S T R N T V

M M L C V P A A O Q A E P E M P O

E E N T A E P S B U S O A R Q A N

T N N N B W E T V I B P Q S W Q T

O T O M A Y R A E P I C U O O U A

P A P O O Z N J R A T D A P P A D

C R E S P O N S A B I L I D A D E

Atendimento NB 72.indd 68 21/9/2011 16:24:22

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