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Sumário

1. Apresentação

2. Objetivo

3. Macro Fluxo – Processo de Gerenciamento das Tecnologias

4. Documentação

4.1.Hierarquia da Documentação

4.2.Conteúdo Mínimo dos Registros de Manutenção

5. Estrutura Organizacional

6. Modelos de Documentos e Registros

6.1. Inventário

6.2. Plano de Manutenção Preventiva

6.3. Plano de Calibração Periódica

6.4. Plano de Qualificação (instalação, operação e desempenho)

6.5. Registro Histórico de Equipamentos

6.6. Procedimento – Gerenciamento das Manutenções Corretivas

6.7. Procedimento – Tratamento de Eventos Adversos e Queixas Técnicas

6.8. Procedimento – Avaliação de Fornecedores

7. Anexos

7.1. Lista de Procedimentos – PGT

7.2. Lista de Registros – PGT

8. Referências Bibliográficas

9. Definições

1. Apresentação

O Guia para Implantação do PGT – Programa de Gerenciamento das

Tecnologias integra uma série de “conteúdos de valor” disponibilizados via

internet pelo Eng. Cesar Fonseca Lima, diretor da GMP – Consultoria em

Gestão.

Acreditamos que o conteúdo deste e-book seja capaz de estimular os

profissionais envolvidos com o gerenciamento de equipamentos médicos,

hospitalares e laboratoriais a desenvolver, implementar e melhorar

continuamente o gerenciamento das tecnologias em saúde, cujas instruções

são exigidas compulsoriamente pela Resolução RDC n° 2:2010 – ANVISA.

2. Objetivo

O Guia para Implantação do PGT visa auxiliar os serviços de saúde a

implementar os requisitos da Norma NBR ISO 15943:2011 – ABNT, Diretrizes

para um Programa de Gerenciamento de Equipamentos nos Serviços de Saúde,

de modo a garantir rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade,

segurança e desempenho dos equipamentos, desde a fase de especificação,

aquisição, recebimento, instalação até sua desativação e descarte final,

incluindo também requisitos como: planejamento dos recursos de

infraestrutura; capacitação dos recursos humanos; e também gerenciamento

dos riscos relacionados a uso, manutenção, qualificação e calibração desses

equipamentos.

O guia está estruturado de tal forma que permitirá aos profissionais envolvidos

no processo de gerenciamento dos equipamentos desenvolverem:

Inventário;

PMP – Plano de Manutenção Preventiva;

PCP – Plano de Calibração Periódica;

PQ – Plano de Qualificação (instalação, operação e desempenho);

RHE – Registro Histórico dos Equipamentos;

Procedimento de Gerenciamento das Manutenções Corretivas;

Procedimento de Tratamento de Eventos Adversos e Queixas Técnicas;

3. Macro Fluxo – Processo de Gerenciamento das Tecnologias

Normalmente, os documentos normativos, como resoluções, portarias e normas

técnicas, estabelecem “o que” deve ser feito. Neste capítulo do guia, detalharemos “como”

deve ser estruturado o PGT – Plano de Gerenciamento das Tecnologias – com base nos

requisitos estabelecidos na Norma NBR 15943:2011 – ABNT.

Essa norma foi adotada como referência técnica para estruturação do PGT – Plano de

Gerenciamento das Tecnologias – em função da sua origem, pois foi desenvolvida pelo CB-26

– Comitê Brasileiro Odonto-Médico-Hospitalar – ABNT – Associação Brasileira de Normas

Técnicas, para auxiliar os serviços de saúde no desenvolvimento de um Programa de

Gerenciamento de Equipamentos. Ela estabelece diretrizes, as quais foram utilizadas para o

desenvolvimento do “Macro Fluxo” – Processo de Gerenciamento dos Equipamentos para

Saúde.

O Macro Fluxo apresenta uma sequência lógica dos eventos, levando em consideração todos

os “requisitos” estabelecidos no item 4 da Norma NBR 15943:2011 – ABNT.

Observação: A sequência dos eventos adotada neste guia é orientativa, podendo a qualquer

tempo ser revisada para melhor atender a especificidade de cada caso.

Macro Fluxo – Processo de Gerenciamento das Tecnologias

(Referência – Requisitos Específicos – NBR 15943:2011 ABNT)

Ver Anexo 7.3.

4. Documentação

A Resolução RDC nº 2:2010 – ANVISA, seção III – Definições, item XI – Gerenciamento

das Tecnologias em Saúde, estabelece que:

“Gerenciamento das Tecnologias em Saúde: conjunto de procedimentos de gestão,

planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com

o objetivo de garantir rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade, segurança e, em

alguns casos, o desempenho das tecnologias de saúde utilizadas na prestação de serviços de

saúde. Abrange cada etapa do gerenciamento, desde o planejamento e a entrada no

estabelecimento de saúde até seu descarte, visando à proteção dos trabalhadores, a

preservação da saúde pública e do meio ambiente e a segurança do paciente.”

A Norma ABNT NBR 15943:2011 no seu item 3.4 – Documentação, estabelece que:

“todas as atividades descritas nesta norma (Diretrizes para o Gerenciamento de

Equipamentos para Saúde) devem ter procedimentos operacionais escritos, aprovados por

profissional designado e disponíveis aos envolvidos na realização destas atividades.”

O Guia para Implantação do PGT utilizou a Norma ISO/TR 10013 – Diretrizes

para a Documentação de Sistemas de Gestão, como referência para

estruturar a hierarquia da documentação que será utilizada no

desenvolvimento do PGT – Plano de Gerenciamento das Tecnologias.

Com relação aos “procedimentos de gestão” necessários à implementação

plena do PGT, este guia apresenta no anexo 7.1 – Lista de Procedimentos do

PGT – baseados nos requisitos da Norma NBR 15943:2011 – ANBT.

4.1. Hierarquia da Documentação

(1) Documentos de apoio: manuais de operação, manuais de instalação, desenhos, diagramas elétricos, circuitos

pneumáticos, listas de partes e peças, instruções de limpeza, plano de manutenção.

Estes documentos de 3º nível devem fazer parte do acervo técnico que compõe a documentação do PGT – Plano

de Gerenciamento das Tecnologias.

O PGT – Plano de Gerenciamento das Tecnologias – descreve como os equipamentos

serão gerenciados. Para tal, deve referenciar os POP’s – Procedimentos Operacionais – que

farão a gestão das diversas etapas do processo; estes, por sua vez, devem referenciar os

registros gerados como evidência, sendo que, em alguns casos, o PGT e os POP’s poderão

referenciar os documentos de 3º nível, tais como: manuais, instruções, desenhos...

A figura a seguir mostra como os documentos se relacionam e como normalmente

são referenciados.

4.2. Conteúdo Mínimo dos Registros de Manutenção

“NBR 15943:2011 - ABNT

3.4 Documentação

3.4 f) ter as atividades de gerenciamento descritas, registradas, analisadas, datadas e

assinadas pelo executor.

RDC nº 2:2010 – ANVISA

Capítulo II

Art. 9º O estabelecimento de saúde deve registrar de forma sistemática a execução

das atividades de cada etapa do gerenciamento de tecnologias em saúde. ”

O Guia para Implantação do PGT no seu Anexo 8.2 detalhou a maioria dos

registros que servem para evidenciar que os diversos procedimentos foram

implementados e estão gerando registros que comprovem que o processo

esteja em operação.

Como exemplo, podemos citar que o procedimento de ensaios iniciais

deve regar o REI – Registro de Ensaios Iniciais –, cujo procedimento de

instalação deve gerar o RIE – Registo de Instalação do Equipamento –, em

que o procedimento de manutenção preventiva deve gerar o RMP – Registro

de Manutenção Preventiva.

No entanto, a nossa preocupação com o Conteúdo Mínimo dos Registros

de Manutenção, Calibração, Qualificação e Ensaios está relacionada com o

item 4.13 Intervenção Técnica da Norma NBR 15943:2011 – ABNT.

“NBR 15943:2011 - ABNT

4.13. Intervenção Técnica

O serviço de saúde deve:

a) Estabelecer e implementar procedimentos para assegurar a rastreabilidade

metrológica do equipamento.

As intervenções técnicas devem:

a) Ser documentadas no registro histórico do equipamento, indicando inclusive o

nome do executor;

b) Ser efetuadas somente por profissional comprovadamente treinado.

Em caso de terceirização de qualquer intervenção técnica, deve haver acordo formal

entre as partes. O serviço de saúde deve dispor de todas as informações de intervenções

técnicas realizadas pelo terceiro para alimentar o registro histórico do equipamento. ”

Para assegurar o atendimento pleno desses requisitos, o Guia para Implementação do

PGT apresenta de forma orientativa o conteúdo mínimo dos registros:

Nome do serviço de saúde / cliente (quando serviço for terceirizado);

Nome do equipamento;

Nº de série do equipamento;

Nº de patrimônio (quando aplicável);

Marca / modelo / fabricante do equipamento;

Data de execução do serviço (data ou período);

Descrição do serviço executado;

o Manutenção corretiva;

o Manutenção preventiva;

o Calibração;

o Qualificação (instalação / operação / desempenho);

o Ensaios.

Detalhamento das partes e peças substitutivas (quando aplicável);

o Peças / componentes críticos – especificar nº de série.

Equipamentos e instrumentos utilizados em:

o Medição;

o Calibração;

o Qualificação;

o Ensaios.

Nº de certificado de calibração dos instrumentos nos casos específicos de:

o Manutenção preventiva e corretiva;

o Calibração;

o Qualificação;

o Ensaios.

Nome do técnico executor do serviço:

o Nº de registro no CREA (quando aplicável)

Nome do RT – Responsável Técnico do fornecedor

o Nº de registro no CREA (técnico / tecnólogo / engenheiro).

5. Estrutura Organizacional

NBR 15943:2011 – ABNT

3.3 Gestão de Pessoal

As atividades de gerenciamento de equipamentos são de responsabilidade de

profissional de nível superior, com registro no respectivo conselho de classe, de acordo com

as competências profissionais definidas na legislação vigente, com conhecimento

comprovado na área.

As atribuições e as responsabilidades profissionais devem estar formalmente

descritas, divulgadas e compreendidas pelos envolvidos nas atividades de gerenciamento de

equipamentos.

Todos os profissionais envolvidos nas atividades descritas nesta Norma devem

receber educação permanente, em conformidade com tais atividades, havendo registro de

sua realização e da participação desses profissionais.

Todo profissional dever ser orientado quanto às práticas de higiene pessoal e ao uso

tanto de equipamento de proteção individual (EPI) quanto de equipamento de proteção

coletiva (EPC).

Todo profissional deve utilizar EPI e EPC compatíveis com as atividades por ele

desenvolvidas, em conformidade com as normas regulamentadoras do órgão governamental

competente.

RDC nº 2:2010 – ANVISA

Capítulo II

“Art.8º O estabelecimento de saúde deve designar profissional com nível de

escolaridade superior, com registro ativo junto ao seu conselho de classe, quando couber,

para exercer a função de responsável pela elaboração e implantação do Plano de

Gerenciamento de cada Tecnologia utilizada na prestação de serviços de saúde.

§ 1º É permitida a designação de profissionais distintos para coordenar a execução

das atividades de cada etapa do gerenciamento das diferentes tecnologias de saúde.

§ 2º O profissional definido no caput deste artigo deve monitorar a execução do

Plano de Gerenciamento e promover a avaliação anual da sua efetividade. ”

Para serviços de saúde que possuem um RT – Responsável Técnico –

designado, indicamos como alternativa que esse profissional seja capacitado

para desenvolver, implementar e gerenciar o PGT.

No caso específico dos hospitais, que compulsoriamente devem possuir

um DT – Diretor Técnico –, indicamos que essa função seja responsável por

aprovar e gerenciar o PGT, podendo transferir as atividades de

desenvolvimento e implantação do PGT para as funções responsáveis

pelas áreas fins, como: CME, UTI, ambulatório, centro cirúrgico, lavanderia,

farmácia... Caso o hospital possua um setor de manutenção hospitalar e/ou

engenharia clínica, o responsável por esse setor deve ser designado para

desenvolver, implementar e gerenciar o PGT.

Em alguns casos específicos, o hospital pode terceirizar essas

atividades com empresas de manutenção hospitalar e/ou engenharia

clínica, que possuam um engenheiro eletricista, mecânico, automação,

mecatrônica, com ou sem especialização em engenharia clínica.

Neste caso específico, é imprescindível que o hospital possua um

contrato de serviço definindo claramente as atividades desse fornecedor

e que o RT – Responsável Técnico – do fornecedor registre no CREA –

Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – uma ART – Anotação

de Responsabilidade Técnica – para o serviço/contrato em questão.

6. Modelos dos Documentos e Registros

6.1. Inventário

NBR 15943:2011 - ABNT

4.5 Inventário

O serviço de saúde deve desenvolver e manter o inventário dos seus equipamentos,

independente do meio de armazenamento dos dados do inventário. O serviço de saúde

deve ter a capacidade de reproduzir a listagem impressa quando for necessário.

Toda a documentação referente ao inventário deve garantir sua rastreabilidade.

4.5.1 Lista de inventário de equipamento

Devem estar listados no inventário do serviço de saúde os equipamentos:

a) De propriedade do serviço de saúde; e

b) Cedidos de forma exclusiva ao serviço de saúde por contratos e convênios legalmente

reconhecidos.

Para os equipamentos não incluídos nesta seção, o serviço de saúde deve estabelecer

uma política documentada para a utilização destes equipamentos, de forma a garantir a

rastreabilidade e segurança do equipamento, além das responsabilidades das partes

envolvidas. O serviço de saúde deve manter o registro do uso destes equipamentos.

4.5.2 Informações a serem incluídas no inventário

O serviço de saúde deve realizar inventário contendo os dados cadastrais de cada

equipamento, com as seguintes informações:

a) Nome técnico;

b) Nome e modelo comercial;

c) Fabricante;

d) Número de série;

e) Código de identificação individual criado pelo serviço de saúde;

f) Partes e acessórios;

g) Data (dia/mês/ano) de aceitação do equipamento pelo serviço de saúde;

Data (dia/mês/ano) em que o equipamento entrou em funcionamento e data de

desativação; e

h) Dados de regularização do equipamento junto ao órgão sanitário competente.

Qualquer informação que o serviço de saúde julgar útil para a gestão adequada dos

equipamentos pode ser incluída no inventário.

O Guia para Implantação do PGT apresenta a seguir um modelo de

inventário que inclui alguns itens do Requisito 4.5.1 da Norma NBR 15943

detalhado anteriormente.

Os Requisitos 4.5.2 f), g) e h) não forma inseridos no modelo de inventário

proposto pois serão detalhados no RHE – Registro Histórico do Equipamento

(ver item 7.5 do Guia)

O Requisito 4.5.2 i) foi incluído no modelo de inventário no campo “Registro

ANVISA”. O Campo Obs – Observações foi incluído para permitir anotações

relativas a situação de cada equipamento.

Observação: Cabe salientar que os modelos sugeridos são orientativos, podendo ser

adequados às necessidades específicas dos usuários deste guia.

Ver Anexo 7.4.

6.2. PMP – Plano de Manutenção Preventiva

“NBR 15943:2011 - ABNT

4.13.2 Manutenção Preventiva

O serviço de saúde deve desenvolver e implementar procedimentos de Manutenção

Preventiva para cada equipamento que indiquem:

a) As ações necessárias para verificar se o equipamento está em condições de uso de

acordo com suas especificações após realização da Manutenção Preventiva;

NOTA. Não são considerados apenas os parâmetros para ensaios de corrente de fuga

e de resistência de aterramento, quando as intervenções realizadas assim os

requerem. É objetivo desta Norma que todos os requisitos para ensaio de

desempenho e manutenção preventiva sejam considerados quando procedimentos de

inspeção programada forem desenvolvidos.

b) A periodicidade destas ações;

NOTA. A periodicidade é fundamentada nas necessidades de cada serviço de saúde,

no acompanhamento dos registros históricos dos seus equipamentos e na

periodicidade determinada pelo fabricante do equipamento.

c) Os responsáveis pela sua execução;

d) A avaliação da efetividade do serviço realizado;

e) A documentação usada para registrar todas as informações referentes à

Manutenção Preventiva do equipamento.

A documentação da Manutenção Preventiva do equipamento deve fazer parte do

registro histórico do equipamento. ”

O Guia para Implantação do PGT apresenta a seguir um modelo do PMP –

Plano de Manutenção Preventiva – que deve fazer parte do Procedimento de

Manutenção Preventiva.

No desenvolvimento do PMP, utilizamos como base algumas informações do

inventário e incluímos outros campos, como: frequência da manutenção, fornecedor

qualificado, datas das manutenções ...

Observação: Cabe salientar que os modelos sugeridos são orientativos, podendo ser

adequados às necessidades específicas dos usuários deste guia.

Ver Anexo 7.5.

6.3. PCP – Plano de Calibração Periódica

“NBR 15943:2011 - ABNT

4.13. Intervenção Técnica

O serviço de saúde deve:

a) Estabelecer e implementar procedimentos para assegurar a rastreabilidade

metrológica do equipamento;

b) Desenvolver e implementar procedimentos para inspeção, ensaio, manutenção,

ajuste e calibração no equipamento.

As intervenções técnicas devem:

a) Ser documentadas no registro histórico do equipamento, indicando inclusive o

nome do executor;

b) Ser efetuadas somente por profissional comprovadamente treinado.

Em caso de terceirização de qualquer intervenção técnica, deve haver acordo formal

entre as partes. O serviço de saúde deve dispor de todas as informações de intervenções

técnicas realizadas pelo terceiro para alimentar o registro histórico do equipamento.

O Guia para Implantação do PGT apresenta a seguir um modelo do PCP –

Plano de Calibração Periódica – que deve fazer parte do procedimento de

calibração dos equipamentos.

Este mesmo plano pode ser adaptado para ensaios de segurança elétrica

ou outros ensaios a que os equipamentos estejam sujeitos.

No desenvolvimento do PCP, utilizamos como base algumas informações

do inventário e incluímos outros campos, como: frequência (periodicidade)

das calibrações, grandezas que devem ser calibradas, nº de patrimônio ...

Observação: Cabe salientar que os modelos sugeridos são orientativos, podendo ser

adequados às necessidades específicas dos usuários deste guia.

Ver Anexo 7.6.

6.4. PQ – Plano de Qualificação

“NBR 15943:2011 - ABNT

4.4 Procedimento para ensaios de aceitação de equipamentos

O serviço de saúde deve desenvolver e implementar procedimentos para ensaio de

aceitação de cada equipamento que indiquem:

a) As atividades que um agente de serviços realize durante a inspeção do

equipamento;

b) Os requisitos de ensaio de aceitação do equipamento determinados pelo seu

fabricante, quando informados;

c) Os responsáveis pela sua execução;

d) A documentação usada para registrar todas as informações referentes aos

ensaios de aceitação do equipamento. ”

Normalmente, as atividades relativas aos ensaios de aceitação inicial incluem:

Instalação e operação do equipamento por um técnico habilitado pelo fabricante ou

por sua rede de assistências técnicas autorizadas;

Calibração inicial do equipamento;

Os serviços de qualificação de instalação (QI), qualificação de operação (QO) e

qualificação de desempenho (QD) que também são de responsabilidade do

fabricante e/ou de empresas autorizadas por ele.

Os equipamentos e sistemas mais complexos como:

Autoclaves;

Termodesinfectoras;

Lavadoras Ultrassônicas

Freezers;

Sistemas de Refrigeração;

Câmaras Frias;

Centrífugas Refrigeradas;

Sistemas de Tratamento de Água;

Sistemas de Tratamento de Efluentes;

Cabines de Segurança Biológica;

Sistemas de Exaustão;

Salas Limpas;

Geradores de Energia.

Devem ser qualificados QI, QO e QD antes de entrarem em operação, e periodicamente

requalificados.

Caso esses equipamentos sofram intervenções de manutenção corretiva complexas,

deve ser avaliado se necessitam ser requalificados antes da sua utilização.

O Guia para Implantação do PGT apresenta a seguir um modelo do PQ –

Plano de Qualificação –, que deve fazer parte do procedimento de

qualificação dos equipamentos.

No desenvolvimento do PQ, utilizamos como base algumas informações

do inventário e incluímos outros campos, como: frequência das qualificações,

fornecedores qualificados, datas das qualificações e tipos de qualificação.

Observação: Cabe salientar que os modelos sugeridos são orientativos, podendo ser

adequados às necessidades específicas dos usuários deste guia.

Ver Anexo 7.7.

Definições Complementares

A título de melhor definir as diferenças entre as qualificações de instalação, operação

e desempenho, apresentamos a seguir estas definições, formalizadas pela ANVISA na

Resolução RDC nº 17:2010.

Qualificação: conjunto de ações realizadas para atestar e documentar que quaisquer

instalações, sistemas e equipamentos estão propriamente instalados e/ou funcionam

corretamente e levam aos resultados esperados. A qualificação é frequentemente uma parte

da validação, mas as etapas individuais de qualificação não constituem, sozinhas, uma

validação de processo;

Qualificação de Instalação (QI): conjunto de operações realizadas para assegurar que as

instalações (tais como equipamentos, infraestrutura, instrumentos de medição, utilidades e

áreas de fabricação) utilizadas nos processos produtivos e ou em sistemas

computadorizados estão selecionadas apropriadamente e corretamente instaladas de

acordo com as especificações estabelecidas;

Qualificação de Operação (QO): conjunto de operações que estabelece, sob condições

especificadas, que o sistema ou subsistema opera conforme previsto, em todas as faixas

operacionais consideradas. Todos os equipamentos utilizados na execução dos testes devem

ser identificados e calibrados antes de serem usados;

Qualificação de Desempenho (QD): verificação documentada de que o equipamento ou

sistema apresenta desempenho consistente e reprodutível, de acordo com parâmetros e

especificações definidas, por períodos prolongados. Em determinados casos, o termo

"validação de processo" também pode ser utilizado.

6.5. RHE – Registro Histórico do Equipamento

“NBR 15943:2011 - ABNT

4.7 Registro Histórico do Equipamento

O serviço de saúde deve manter um registro histórico para cada equipamento,

contendo, além das informações constantes no inventário, o seguinte:

a) A identificação da unidade no serviço de saúde onde está alocado o equipamento,

incluindo suas informações de transferência, quando houver;

b) Profissional designado pelo serviço de saúde responsável pelo uso do

equipamento em cada unidade;

c) Histórico de falhas do equipamento;

d) Histórico documentado dos problemas e incidentes relacionados a eventos

adversos causados, ou potencialmente causados, por falhas do equipamento.

Deve existir evidência da ação tomada pelo serviço de saúde e da notificação ao

órgão sanitário competente e fornecedor, quando pertinente;

e) Documentação de intervenções técnicas no equipamento.

Outras informações que o serviço de saúde julgar necessárias podem ser incluídas no

registro histórico do equipamento. ”

O Guia para Implantação do PGT apresenta a seguir um modelo do RHE –

Registro Histórico do Equipamento – que deve ser utilizado como um

“prontuário” de cada equipamento cadastrado no inventário do serviço de

saúde.

No desenvolvimento do RHE, incluímos uma série de informações

adicionais ao Requisito 4.7 da Norma NBR 15943, pois acreditamos que

essas informações permitirão assegurar uma melhor rastreabilidade de todos

os eventos que possam ocorrer ao longo da vida útil do equipamento.

Observação: Cabe salientar que os modelos sugeridos são orientativos, podendo ser

adequados às necessidades específicas dos usuários deste guia.

Ver Anexo 7.8.

6.6. Procedimento para o Gerenciamento das Manutenções Corretivas

“NBR 15943:2011 - ABNT

4.13.1 Procedimento para Manutenção Corretiva

O serviço de saúde deve desenvolver e implementar procedimentos de Manutenção

Corretiva para cada equipamento que indique:

a) O fluxo para realização da Manutenção Corretiva, desde a sua solicitação até o

seu encerramento;

b) As ações necessárias para recolocar o equipamento em condições de uso de

acordo com as suas especificações;

c) Os responsáveis pela sua execução;

d) A documentação usada para registrar todas as informações referentes à

Manutenção Corretiva do equipamento.

A documentação da Manutenção Corretiva deve fazer parte do registro histórico do

equipamento. ”

O Guia para Implementação do PGT apresenta a seguir um fluxograma

que retrata, em linhas gerais, todas as fases de um processo de manutenção

corretiva em equipamentos.

No desenvolvimento do fluxograma, definimos algumas funções de forma

orientativa, visto que seria necessário utilizar o organograma do serviço de

saúde para melhor definir as funções responsáveis por cada fase do processo

de manutenção corretiva.

Ver Anexo 7.9.

6.7. Procedimento – Tratamento de Eventos Adversos e Queixas Técnicas

“NBR 15943:2011 - ABNT

4.16 Evento Adverso Relacionado ao Equipamento

O serviço de saúde deve manter registro dos eventos adversos relacionados ao

equipamento.

Todas as etapas de gerenciamento do equipamento devem conter informações

necessárias para uma investigação de possível evento adverso, para notificação ao

Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e comunicação ao fabricante.

A avaliação de evento adverso deve atender a procedimentos escritos e ser

registrada.

RDC nº 2:2010 – ANVISA

Capítulo II

Art. 20. O estabelecimento de saúde deve notificar ao Sistema Nacional de Vigilância

Sanitária os eventos adversos e queixas técnicas envolvendo as tecnologias em saúde,

conforme disposto em normas e guias específicos. ”

O Guia para Implantação do PGT apresenta a seguir um mapa

(localização do sistema NOTIVISA Anexo I), que retrata, em linhas gerais,

todas as fases em um Processo de Notificação de Eventos Adversos e

Queixas Técnicas oriundos dos equipamentos médicos.

1º - Acessar site ANVISA – www.anvisa.gov.br;

2º - Acessar “Serviços da ANVISA” – barra superior;

3º - Acessar “Vigilâncias Sanitárias” – no ícone NOTIVISA;

4º - Selecionar a opção cadastro;

5º - Selecionar a opção desejada:

Cadastro de Instituição (serviços de saúde);

Cadastro de Empresas;

Cadastro de Profissionais Liberais.

6º - Efetue seu cadastro em uma das opções anteriores;

7º - Clique no botão notificar na tela Informações de Acesso – Ver Anexo ___

8º - Selecione Produto Motivo da Notificação. No caso do PGT, selecione o

item 2.5;

9º - Equipamento Médico Hospitalar. Defina se houve danos à saúde e clique

em avançar.

10º - Preencha o formulário para Notificação de Queixa Técnica de

Equipamento Médico – Hospitalar com:

Produto e Empresa;

Dados do Produto;

Dados do Fabricantes.

11º - Clique em avançar.

Observações:

1) Na mesma tela em que você cadastrou sua queixa técnica, você poderá

consultar:

Notificações pendentes;

Acompanhar notificação;

Alterar dados cadastrais;

Manual do usuário – Notivisa.

2) Em caso de dúvidas, você poderá também acessar:

Manual do usuário;

Anexo 10;

Notificação de Evento Adverso – Associado ao uso de Equipamento

Médico-Hospitalar;

Manual do usuário;

Anexo 9;

Notificação de Queixa Técnica de Equipamento Médico-Hospitalar.

6.8. Procedimento – Avaliação de Fornecedores

“NBR 15943:2011 - ABNT

4.2 Aquisição

O serviço de saúde deve estabelecer, documentar e implementar critérios para

qualificação de fornecedores de equipamentos e de serviços.

Os equipamentos, seus fornecedores e os fornecedores de serviço devem estar

regularizados junto ao órgão sanitário competente e aos conselhos de classe, quando

aplicável.

A importação de equipamentos diretamente pelo serviço de saúde deve seguir a

legislação sanitária vigente.

O recebimento em doação de equipamento deve observar a legislação vigente.

A aquisição deve ser documentada e atender procedimentos escritos. ”

O Guia para Implantação do PGT apresenta a seguir o modelo do RAF –

Registro de Avaliação de Fornecedor – que deve ser utilizado para documentar a

avaliação visando à qualificação de fornecedores de serviços técnicos, tais como:

fornecimento de equipamentos, manutenção preventiva, manutenção corretiva,

assistência técnica, engenharia clínica, calibração, qualificação, ensaios de

segurança elétrica e treinamento dos usuários e técnicos de manutenção.

Observação: Cabe salientar que os modelos sugeridos são orientativos, podendo ser

adequados às necessidades específicas dos usuários deste guia.

Ver Anexo 7.10.

Cabe salientar que a Resolução RDC nº 2:2010 e a Norma NBR 15943:2011 enfatizam

a importância de os fornecedores estarem regularizados ao conselho de classe, sendo que,

no caso específico, este conselho de classe deve ser o CREA.

Importante também lembrar a necessidade de se formalizar a prestação de serviço

através de um contrato formal.

A título ilustrativo, incluímos no Anexo 8.4 deste guia o Boletim Técnico BIT 2/2004

da ANVISA, que descreve a importância da ART – Anotação de Responsabilidade Técnica na

contratação de serviços técnicos pelos serviços de saúde.

7. Anexos

7.1. Lista de Procedimentos do PGT

Requisitos

Descrição

Código nº RDC nº 2

NBR 15943

4.1 Planejamento de Compras e Seleção de Equipamentos PGT-4.1 4.2.1 Avaliação de Fornecedor PGT-4.2.1

4.2.2 Aquisição PGT-4.2.2

4.3.1 Recebimento Físico / Fiscal PGT-4.3.1

4.3.2 Ensaio de Aceitação Inicial PGT-4.3.2

4.10 Armazenamento PGT-4.10

4.6 Instalação PGT-4.6

4.13 a) Calibração PGT-4.13 a)

4.13 b) Qualificação (Instalação, Operação e Desempenho) PGT-4.13 b)

4.9 Treinamento PGT-4.9

4.12 Uso PGT-4.12

4.5 Inventário PGT-4.5

4.5.4 Auditoria do Inventário PGT-4.5.4

4.16 Gestão de Eventos Adversos e Queixas Técnicas PGT-4.16

4.11 Transferência Interna PGT-4.11

4.7 Registro Histórico do Equipamento PGT-4.7

4.13.2 Manutenção Preventiva PGT-4.13.2

4.13 a) Calibração PGT-4.13 a)

4.13 b) Qualificação (Instalação, Operação e Desempenho) PGT-4.13 b)

4.13.1 Manutenção Corretiva PGT-4.13.1

4.13.3 Análise de Risco PGT-4.13.3

4.14 Desativação PGT-4.14

4.15 Descarte PGT-4.15

4.17 Avaliação Periódica do Plano de Gerenciamento de Equipamentos PGT-4.17

7.2. Lista de Registros do PGT

Requisitos Sigla

Descrição

Código nº

RDC nº 2

NBR 15943

4.1 ETC Especificação Técnica de Compras RPGT-001/0 4.2 RAF Registro de Avaliação de Fornecedor RPGT-002/0

4.2 PC Pedido de Compra (Ordem de Compra) RPGT-003/0

4.2 CONTRATO Contrato de Fornecimento - Outros Contratos (1) RPGT-004/0

4.3 RIR Relatório de Inspeção de Recebimento RPGT-005/0

4.3 REI Registro de Ensaios Iniciais RPGT-006/0

4.3 NF Nota Fiscal (Equipamentos e Acessórios) RPGT-007/0

4.6/ RQE Relatório de Qualificação (QI, QO, QD) do Equipamento RPGT-008/0

4.6/ CC Certificado de Calibração RPGT-009/0

4.6 RIE Registro de Instalação do Equipamento RPGT-010/0

4.9 RTU Registro de Treinamento do Usuário RPGT-011/0

4.9 RTT Registro de Treinamento do Técnico RPGT-012/0

4.16 REA Relatório de Evento Adverso RPGT-013/0

4.5.1 INV Inventário RPGT-014/0

4.11 RTI Registro de Transferência Interna RPGT-015/0

4.7 RHE Registro Histórico do Equipamento RPGT-016/0

4.13.2 RMP Relatório de Manutenção Preventiva RPGT-017/0

4.13.1 RMC Relatório de Manutenção Corretiva RPGT-018/0

4.8 PCR Plano de Controle de Registros RPGT-019/0

4.13.2 PMP Plano de Manutenção Preventiva RPGT-020/0

4.13 PCP Plano de Calibração Periódica RPGT-021/0

4.13 PQE Plano de Qualificação de Equipamentos RPGT-022/0

4.14 RD Registro de Desativação RPGT-023/0

4.15 RDE Relatório de Descarte de Equipamento RPGT-024/0

4.5.4 RAI Relatório de Auditoria do Inventário RPGT-025/0

4.17 RAPGT Relatório de Avaliação de Plano de Gestão de Tecnologias RPGT-026/0

4.10 RCA Registro de Controle Ambiental no Armazenamento RPGT-027/0

7.3. Boletim Técnico

Esta edição traz orientações aos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde – EAS – para

adoção de medidas para a manutenção de equipamentos eletromédicos, quando se tratar

da contratação de empresas e prestadores de serviços, terceirizados ou não. Apresentamos

também a Lei nº. 6.496, de 07 de dezembro de 1977, que institui a Anotação de

Responsabilidade Técnica – ART, na prestação de serviços de engenharia, de arquitetura e

agronomia.

A Anotação de Responsabilidade Técnica - ART – define, para os efeitos legais, os

responsáveis técnicos pela execução de obras ou prestação de quaisquer serviços de

engenharia, arquitetura ou agronomia. Ou seja, a ART caracteriza os direitos e as obrigações

entre profissionais e contratantes, além de determinar a responsabilidade profissional por

eventuais defeitos e erros técnicos.

Importância da ART: Os registros efetuados no Conselho Regional Engenharia, Arquitetura e

Agronomia - CREA –, sob a forma de ART – Anotação de

Responsabilidade Técnica, ao longo da vida profissional, constitui o

acervo técnico, ou seja, o comprovante básico que atesta a capacidade

e a experiência do profissional. As empresas em geral demonstram sua

capacidade técnica através do acervo técnico dos profissionais que

compõem seu quadro técnico.

Para a Sociedade: A ART obriga o profissional a melhorar a qualidade dos serviços que

presta à sociedade, pois permite identificar os responsáveis pelos

serviços ou obras, imputando-lhe responsabilidade, inclusive junto à

justiça.

Acervo Técnico: Com a criação da Lei Federal de Licitações, nº 8.666 de 24 de

dezembro de 1993, os CREAs perceberam um sensível aumento nas

solicitações de certidões e alterações contratuais, ocasião em que

aprimorou seus mecanismos administrativos a fim de atender a todas

as solicitações de forma rápida e eficiente.

Salientam-se os artigos a seguir relacionados, segundo a Resolução Nº 229, de 27 de

junho de 1975, que dispõe sobre a regularização dos trabalhos de engenharia, iniciados ou

concluídos sem a participação efetiva de responsável técnico:

Art. 1º Constatada a existência de empreendimento de Engenharia, iniciado sem a

participação efetiva de responsável técnico habilitado, o Conselho Regional da jurisdição

deverá requerer, administrativa ou judicialmente, as medidas que visem a:

I - Impedir o prosseguimento da obra ou serviço ou uso do que foi concluído;

II - Averiguar as condições técnicas da obra ou serviços realizados.

Art. 2º A critério de cada Conselho Regional, os trabalhos que estejam sendo

ilegalmente realizados em sua jurisdição poderão ser regularizados, ainda que já em curso a

medida judicial.

O profissional que se incumbir de atividades para as quais não possua conhecimento

técnico suficiente, mesmo tendo legalmente essas atribuições, quando tal fato for

constatado por meio de perícia feita por pessoa física habilitada ou por pessoa jurídica

devidamente registrada no CREA, caracterizando imperícia daquele, deverá ser

imediatamente autuado pelo CREA respectivo, por infração ao Código de Ética Profissional.

Seguem, abaixo, links para o embasamento legal. Os Estabelecimentos Assistenciais

de Saúde podem adotar essas medidas para que possam garantir que as manutenções

preventivas e corretivas sejam executadas por pessoal qualificado e habilitado,

caracterizando os direitos e obrigações entre profissionais e contratantes, além de

determinar a responsabilidade profissional por eventuais defeitos e erros técnicos nessas

manutenções.

• Institui a Anotação de Responsabilidade Técnica na prestação de serviços de Engenharia: http://legislacao.confea.org.br/link_lei.asp?MyCampo=6496-77

• Dispõe sobre a regularização dos trabalhos de engenharia iniciados ou concluídos sem a participação efetiva de responsável técnico: http://legislacao.confea.org.br/link_resolucao.asp?MyCampo=0229-75

• Dispõe sobre Registro de Acervo Técnico dos Profissionais da Engenharia e expedição de certidão:

http://legislacao.confea.org.br/link_resolucao.asp?MyCampo=0317-86

• Complementares:

http://legislacao.confea.org.br/link_lei.asp?MyCampo=5194-66 http://legislacao.confea.org.br/link_lei.asp?MyCampo=6619-78 http://legislacao.confea.org.br/link_resolucao.asp?MyCampo=0218-73 http://legislacao.confea.org.br/link_resolucao.asp?MyCampo=0261-79 http://legislacao.confea.org.br/link_resolucao.asp?MyCampo=0262-79 http://legislacao.confea.org.br/link_resolucao.asp?MyCampo=0473-02 http://legislacao.confea.org.br/link_resolucao.asp?MyCampo=0282-83 http://legislacao.confea.org.br/link_resolucao.asp?MyCampo=0313-86 http://legislacao.confea.org.br/link_resolucao.asp?MyCampo=0425-98 http://legislacao.confea.org.br/link_decisao.asp?MyCampo=069-01 http://legislacao.confea.org.br/link_decisao.asp?MyCampo=064-99

Este é mais um instrumento de qualificação e orientação elaborado pela

Unidade de Tecnovigilância – UTVIG. Ele faz parte de um conjunto de ações da

Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde – GGTPS, e visa dar suporte

aos Gerentes de Risco, membros da Rede de Hospitais Sentinelas, e a todos os

usuários e profissionais do sistema de saúde brasileiro. As informações aqui expostas

são estritamente de caráter técnico e pretendem orientar os participantes do cenário

de saúde nacional para que todos possam agir na proteção, promoção à saúde e

construção de seu acesso, garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços. O

BIT é passível de alterações motivadas por sugestões, críticas ou comentários que

melhorem sua qualidade e entendimento. Envie sua contribuição para: Agência

Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa Gerência- Geral de Produtos para Saúde –

GGTPS Unidade de Tecnovigilância – UTVIG SEPN 515 – Bloco B – 1º subsolo – sala 26

W3 Norte – Brasília – DF CEP: 70.770-502. Assunto: Contribuições para o Boletim

Informativo de Tecnovigilância - BIT. Em caso de dúvidas, contate-nos: Tel.: (0xx61)

448 1331 / 448 1485 Fax.: (0xx61) 448 1257 e-mail: [email protected]

7.4. Inventário

7.5. Plano de Manutenção Preventiva

7.6. Plano de Calibração Periódica

7.7. Plano de Qualificação

7.8. Registro Histórico de Equipamentos

7.9. Procedimento – Gerenciamento das Manutenções Corretivas

7.10. Procedimento – Avaliação de Fornecedores

8. Referências Bibliográficas

8.1. Manual de Tecnovigilância

Abordagem de Vigilância Sanitária de Produtos para Saúde comercializados no Brasil Ministério da Saúde / ANVISA 2010

8.2. Manual de Pré-Qualificação de Artigos Médico-Hospitalares

Estratégia de Vigilância Sanitária de Prevenção ANVISA 2010

8.3. Vigilância Sanitária e Licitações Públicas

ANVISA 2003

8.4. Gerenciamento de Manutenção de Equipamentos Hospitalares

IDS – Instituto para Desenvolvimento da Saúde NAMH – Núcleo de Assistência Médico-Hospitalar USP – Universidade de São Paulo – Faculdade Saúde Pública Banco Itaú 1998

8.5. Norma ABNT NBR 7256:2005

Tratamento de Ar em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) Requisitos para Projeto e Execução das Instalações ABNT 2005

8.6. Norma ABNT NBR 15943:2011

Diretrizes para um Programa de Gerenciamento de Equipamentos de Infraestrutura e Equipamentos para a Saúde de Serviços de Saúde. ABNT 2011

8.7. Guia de Auxílio na Implantação de Boas Práticas em Produtos para a Saúde

ANVISA ABDI SEBRAE 2013

8.8. Resolução RDC nº 2:2010

Gerenciamento de Tecnologias em Saúde em Estabelecimentos de Saúde ANVISA 2010

8.9. Guia para Elaboração do Plano de Gestão de Equipamentos para Serviços de

Hematologia e Hemoterapia

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Especializada 2012

8.10. Medical Equipment Maintenance Programme Overview

Who – Medical Device Technical Series Who – World Health Organization 2011

8.11. Medical Device Quality Systems Manual: A Small Entity Compliance Guide

ISPE GMP – Institute 1996

8.12. Valor Setorial – Saúde

Choque de Tecnologia e Gestão Valor Econômico 2009

8.13. Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025

Requisitos Gerais para a Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração ABNT 2005

8.14. Metrologia

Conhecendo e Aplicando na sua Empresa CNI 2002

9. Definições

As definições adotadas pelo Guia para Implantação do PGT são aquelas

estabelecidas na Resolução RDC nº 2:2010 – ANVISA, pela Norma NBR ISO

15943:2011 – ABNT, pela Resolução RDC nº 16:2013 – ANVISA, e também por

outras referências técnicas.

9.1. Definições – Resolução RDC nº 2:2010 – ANIVSA

Art. 4º Para efeito deste regulamento técnico são adotadas as seguintes definições:

9.1.1. (I) - Cosmético: produto de uso externo, destinado à proteção ou ao

embelezamento de diferentes partes do corpo;

9.1.2. (II) - Educação continuada em estabelecimento de saúde: processo de

permanente aquisição de informações pelo trabalhador, de todo e qualquer

conhecimento obtido formalmente, no âmbito institucional ou fora dele;

9.1.3. (III) - Equipamento de proteção individual: dispositivo ou produto de uso

individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos

suscetíveis à sua segurança e a sua saúde no trabalho;

9.1.4. (IV) - Equipamento de saúde: conjunto de aparelhos e máquinas, suas partes

e acessórios utilizados por um estabelecimento de saúde onde são

desenvolvidas ações de diagnose, terapia e monitoramento. São

considerados equipamentos de saúde os equipamentos de apoio, os de

infraestrutura, os gerais e os médico-assistenciais;

9.1.5. (V) - Equipamento de apoio: equipamento ou sistema, inclusive acessório e

periférico, que compõe uma unidade funcional, com características de apoio

à área assistencial. São considerados equipamentos de apoio: cabine de

segurança biológica, destilador, deionizador, liquidificador, batedeira, banho-

maria, balanças, refrigerador, autoclave, dentre outros;

9.1.6. (VI) - Equipamento de infraestrutura: equipamento ou sistema, inclusive

acessório e periférico, que compõe as instalações elétrica, eletrônica,

hidráulica, fluido-mecânica ou de climatização, de circulação vertical, sendo

estas destinadas a dar suporte ao funcionamento adequado das unidades

assistenciais e aos setores de apoio;

9.1.7. (VII) - Equipamentos gerais: conjunto de móveis e utensílios com

características de uso geral, e não específico, da área hospitalar. São

considerados equipamentos gerais: mobiliário, máquinas de escritório,

sistema de processamento de dados, sistema de telefonia, sistema de

prevenção contra incêndio, dentre outros;

9.1.8. (VIII) - Equipamento médico-assistencial: equipamento ou sistema, inclusive

seus acessórios e suas partes, de uso ou aplicação médica, odontológica ou

laboratorial, utilizado direta ou indiretamente para diagnóstico, terapia e

monitoração na assistência à saúde da população, e que não utiliza meio

farmacológico, imunológico ou metabólico para realizar sua principal função

em seres humanos, podendo, entretanto, ser auxiliado em suas funções por

tais meios;

9.1.9. (IX) - Estabelecimento de saúde: denominação dada a qualquer local

destinado a realização de ações e serviços de saúde, coletiva ou individual,

qualquer que seja o seu porte ou nível de complexidade;

9.1.10. (X) - Evento adverso: agravo à saúde ocasionado a um paciente ou usuário

em decorrência do uso de um produto submetido ao regime de vigilância

sanitária, tendo a sua utilização sido realizada nas condições e nos

parâmetros prescritos pelo fabricante;

9.1.11. (XI) - Gerenciamento de tecnologias em saúde: conjunto de procedimentos

de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e

técnicas, normativas e legais, com o objetivo de garantir rastreabilidade,

qualidade, eficácia, efetividade, segurança e em alguns casos o desempenho

das tecnologias de saúde utilizadas na prestação de serviços de saúde.

Abrange cada etapa do gerenciamento, desde planejamento e entrada no

estabelecimento de saúde até seu descarte, visando à proteção dos

trabalhadores, a preservação da saúde pública e do meio ambiente, e a

segurança do paciente;

9.1.12. (XII) - Gerenciamento de risco: aplicação sistemática de políticas de gestão,

procedimentos e práticas na análise, avaliação, controle e monitoramento de

risco;

9.1.13. (XIII) - Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou

elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de

diagnóstico;

9.1.14. (XIV) - Plano de gerenciamento: documento que aponta e descreve os

critérios estabelecidos pelo estabelecimento de saúde para a execução das

etapas do gerenciamento das diferentes tecnologias em saúde, submetidas

ao controle e à fiscalização sanitária abrangidas nesta Resolução, desde o

planejamento e a entrada no estabelecimento de saúde, até sua utilização no

serviço de saúde e descarte;

9.1.15. (XV) - Produto médico: produto para a saúde, de uso ou aplicação médica,

odontológica ou laboratorial, destinado à prevenção, ao diagnóstico, ao

tratamento, à reabilitação ou anticoncepção, e que não utiliza meio

farmacológico, imunológico ou metabólico para realizar sua principal função

em seres humanos, podendo, entretanto, ser auxiliado em suas funções por

tais meios;

9.1.16. (XVI) - Produto para diagnóstico de uso in vitro: produtos que são utilizados

unicamente para prover informação sobre amostras obtidas do organismo

humano e contribuem para realizar uma determinação qualitativa,

quantitativa ou semiquantitativa de uma amostra proveniente do corpo

humano desde que não estejam destinados a cumprir alguma função

anatômica, física ou terapêutica, e não sejam ingeridos, injetados ou

inoculados em seres humanos;

9.1.17. (XVII) - Produto para saúde: é aquele enquadrado como produto médico ou

produto para diagnóstico de uso in vitro;

9.1.18. (XVIII) - Produto de higiene: produto para uso externo, antisséptico ou não,

destinado ao asseio ou à desinfecção corporal, compreendendo os sabonetes,

xampus, dentifrícios, enxaguatórios bucais, antiperspirantes, desodorantes,

produtos para barbear e pós-barbear, estípticos e outros;

9.1.19. (XIX) - Rastreabilidade: capacidade de traçar o histórico, a aplicação ou a

localização de um item por meio de informações previamente registradas;

9.1.20. (XX) - Saneante: substância ou preparação destinada à higienização,

desinfecção ou desinfestação domiciliar em ambientes hospitalares ou não,

coletivos, públicos e privados, em lugares de uso comum e no tratamento da

água;

9.1.21. (XXI) - Tecnologias em saúde: conjunto de equipamentos, de medicamentos,

de insumos e de procedimentos utilizados na prestação de serviços de saúde,

bem como das técnicas de infraestrutura desses serviços e de sua

organização.

9.2. Definições – Norma NBR ISO 15943:2011 – ABNT

9.2.1. (2.1) Acessório: produto fabricado exclusivamente com o propósito de

integrar um produto para saúde, outorgando ao produto uma função ou

característica técnica complementar.

9.2.2. (2.2.) Autoridade sanitária competente: autoridade que tem diretamente a

seu cargo, em sua demarcação territorial, a aplicação das medidas sanitárias

apropriadas de acordo com as leis e regulamentos vigentes no território

nacional, tratados e outros atos internacionais dos quais o Brasil seja

signatário.

9.2.3. (2.3.) Agente de serviços: indivíduo, normalmente um funcionário, que

conduz inspeções e/ou outros serviços de manutenção de equipamento em

nome de um prestador de serviços.

9.2.4. (2.4.) Calibração: conjunto de operações que estabelece, sob condições

especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de

medição ou sistema de medição, valores representados por uma medida

materializada ou um material de referência e os valores correspondentes das

grandezas estabelecidas por padrões.

9.2.5. (2.5.) Código de identificação individual do equipamento para saúde:

combinação distinta de letras ou números, ou ambos, que permite identificar

de forma única e inequívoca um equipamento para a saúde e seus acessórios.

9.2.6. (2.6.) Confiabilidade: capacidade de um item desempenhar uma função

requerida sob condições especificadas, durante um dado intervalo de tempo.

NOTA: o termo “confiabilidade” é usado como uma medida do desempenho

de confiabilidade.

9.2.7. (2.7.) Comissionamento: ensaios para verificar se a especificação desejada

para a infraestrutura foi obtida e aceita pelo usuário ou seu representante.

9.2.8. (2.8.) Data de aceitação: data em que o equipamento é aceito após a

realização dos ensaios de aceitação.

9.2.9. (2.9.) Dano: lesão física ou prejuízo à saúde da pessoa, ou prejuízo à

propriedade ou ao meio ambiente.

9.2.10. (2.10.) Documentos acompanhantes: documento que acompanha o

equipamento EM, um sistema EM, equipamento ou um acessório, e que

contém informações para a organização responsável ou operador,

particularmente com relação à segurança básica e desempenho essencial.

9.2.11. (2.11.) Disponibilidade: capacidade de um item estar em condições de

executar uma certa função em um dado instante ou durante um intervalo de

tempo determinado, levando em conta os aspectos combinados de sua

confiabilidade, mantenabilidade e suporte de manutenção, supondo que os

recursos externos requeridos estejam assegurados.

NOTA: o termo “disponibilidade” é usado como uma medida do desempenho

de disponibilidade.

9.2.12. (2.12.) Durabilidade: capacidade de um item desempenhar uma função

requerida sob dadas condições de uso e manutenção, até que um estado-

limite seja alcançado.

NOTA: o estado-limite de um item pode ser caracterizado pelo fim da vida

útil, inadequação por razões econômicas ou técnicas e outros.

9.2.13. (2.13.) Educação permanente: processo de permanente aquisição de

informações pelo trabalhador, de todo e qualquer conhecimento, por meio

de escolarização formal, vivências e experiências laborais e emocionais, no

âmbito institucional o fora dele.

9.2.14. (2.14.) Equipamento de proteção coletiva: dispositivo ou produto de uso

coletivo, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e

a saúde.

9.2.15. (2.15.) Equipamento de proteção individual: dispositivo ou produto de uso

individual, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança

e a saúde.

9.2.16. (2.16.) Equipamento para saúde: equipamento ou sistema, inclusive

acessórios periféricos, de uso ou aplicação médica, odontológica, fisioterápica

ou laboratorial, utilizado direta ou indiretamente para diagnóstico, terapia e

monitoração para assistência à saúde da população.

9.2.17. (2.17.) Equipamento de infraestrutura de serviços de saúde: equipamento

ou sistema, inclusive acessórios periféricos, destinados a dar suporte aos

procedimentos de assistência à saúde da população.

9.2.18. (2.18.) Eventos adversos: eventos que produzem, ou potencialmente podem

produzir, resultados inesperados ou indesejados que afetem a segurança de

pacientes, operadores ou outros.

9.2.19. (2.19.) Fabricante: pessoa física ou jurídica responsável pelo projeto,

fabricação, embalagem e rotulagem de equipamentos de infraestrutura de

serviços de saúde e de equipamentos para saúde, montagem de um sistema

ou adaptação do produto antes de ser colocado no mercado e/ou em

funcionamento, independentemente do fato de tais operações serem

realizadas por essa pessoa ou em seu nome, por uma terceira parte.

NOTA: para uma definição de rotulagem, ver ABNT NBR ISO 13485:2004,

definição 3.6.

9.2.20. (2.20.) Falha: término da capacidade de um item desempenhar a função

requerida.

NOTA 1: depois da falha, o item tem uma pane.

NOTA 2: a “falha” é um evento; diferentemente de “pane”, que é um estado.

NOTA 3: este conceito, como definido, não se aplica a itens compostos

somente por software.

NOTA 4: observar as diferenças entre falha e defeito, uma vez que um defeito

pode, ou não, afetar a capacidade de um item de desempenhar uma função

requerida.

NOTA 5: para “término da capacidade”, entende-se como interrupção

temporária ou permanente.

9.2.21. (2.21.) Fornecedor: pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou

estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem

atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação,

importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou

prestação de serviços.

9.2.22. (2.22.) Gerenciamento de equipamentos para saúde: conjunto de ações que

visam a garantia da qualidade, assegurando que os equipamentos para saúde

submetidos ao programa de gerenciamento sejam adquiridos, instalados,

mantidos, utilizados e controlados com padrões de conformidade

apropriados.

9.2.23. (2.23.) Inspeção de equipamentos para saúde: interação como o

equipamento para saúde, conduzida para verificação do seu desempenho e

segurança.

NOTA: em geral, as inspeções são conduzidas em períodos e roteiros

programados, e não necessariamente em resposta a um relato de falha.

9.2.24. (2.24.) Intervenção técnica: ação técnica destinada a manter ou recolocar um

item de um equipamento para a saúde em um estado no qual possa

desempenhar uma função requerida, como: inspeção, teste, manutenção e

ajuste.

9.2.25. (2.25.) Inventário de equipamentos para saúde em serviços de saúde:

conjunto de informações concernentes ao equipamentos, partes e acessórios

existentes no serviço de saúde.

9.2.26. (2.26.) Mantenabilidde: capacidade de um item ser mantido ou recolocado

em condições de executar suas funções requeridas, sob condições de uso

especificadas, quando a manutenção é executada sob condições

determinadas e mediante procedimentos e meios prescritos.

NOTA: o termo “mantenabilidade” é usado como uma medida do

desempenho da mantenabilidade.

9.2.27. (2.27.) Manutenção: combinação de todas as ações técnicas e

administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar

um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida.

NOTA 1: a manutenção pode incluir uma modificação do item.

NOTA 2: a manutenção pode incluir uma modificação do item, desde que não

altere o processo de fabricação dos produtos sujeitos a controle sanitário e

modifique os seus componentes básicos, nome e demais elementos objeto do

registro, sem a necessária autorização do órgão sanitário competente (Lei nº

6.437, de 20 de agosto de 1997).

NOTA 3: a manutenção pode ocorrer em uma rotina programada

(manutenção preventiva) ou sem cronograma fixo (manutenção corretiva).

9.2.28. (2.28.) Não conformidade: não cumprimento de um requisito especificado.

9.2.29. (2.29.) Número de série: designação indicada por marcação indelével de

produtos abrangidos por esta Norma, que permita identificar o produto de

forma única e inequívoca dentro de uma linha de produção e que, em caso de

necessidade, permita localizar e rever todas as operações praticadas durante

a sua produção e distribuição, assegurando a sua rastreabilidade produtiva e

de distribuição.

9.2.30. (2.30.) Número de lote: designação indicada por marcação indelével,

colocada geralmente na embalagem primária de produtos abrangidos por

esta Norma, que permita identificar, de forma única e inequívoca, um

conjunto de produtos fabricados dentro de uma linha de produção e que, em

caso de necessidade, permita localizar e rever todas as operações praticadas

durante a sua produção e distribuição, assegurando a sua rastreabilidade

produtiva e de distribuição.

9.2.31. (2.31.) Operador: pessoa que trabalha com o equipamento

9.2.32. (2.32.) Plano de proteção radiológica: documento exigido para fins de

licenciamento de instalações radioativas, que estabelece o sistema de

proteção radiológica a ser implantado pela instalação.

9.2.33. (2.33.) Partes de equipamentos para saúde: componente fabricado com o

propósito de integrar um equipamento para a saúde, sem o qual o produto é

funcionalmente deficiente ou inoperante.

9.2.34. (2.34.) Perigo: fonte potencial de dano.

9.2.35. (2.35.) Prestador de serviços: equipe interna ou externa ao serviço de saúde,

cuja responsabilidade consiste em realizar serviços de gestão, inspeção e

manutenção de um determinado tipo de equipamento.

9.2.36. (2.36.) Rastreabilidade metrológica: processo de garantia das condições

metrológicas de um equipamento para a saúde, de acordo com padrões

aceitáveis.

9.2.37. (2.37.) Profissional designado: profissional com atribuição e atividades

formalmente designadas pelo responsável do gerenciamento de

equipamentos.

9.2.38. (2.38.) Serviço de apoio técnico: serviço terceirizado ou próprio para

execução de atividades necessárias ao funcionamento de serviço de saúde.

NOTA: incluem-se, entre outros, neste serviço: empresas para manutenção

de equipamentos, lavanderias, unidade pré-hospitalar móvel de transporte

de pacientes, processadoras de material esterilizado e serviço de nutrição e

dietética.

9.2.39. (2.39.) Serviço de apoio logístico: serviço terceirizado ou próprio para

suprimento de equipamentos e insumos médico-hospitalares.

NOTA: incluem-se, entre outros, neste serviço: locadoras de equipamentos e

empresas que fornecem equipamentos sob forma de comodato.

9.2.40. (2.40.) Rastreabilidade: processo que garanta a preservação de todas as

informações relativas à condição de aquisição, recebimento, uso, intervenção

técnica e transferência.

9.2.41. (2.41.) Recall: notificação à população por meio do órgão governamental

competente e/ou fornecedor do produto, informado que este apresenta

algum tipo de desvio que impossibilita o desempenho da sua função

requerida, podendo, ou não, oferecer algum risco à população.

9.2.42. (2.42.) Registro histórico: documento contendo informações que permitam a

rastreabilidade, inclusive a metrológica, de toda a vida útil de um

equipamento para a saúde.

9.2.43. (2.43.) Regularização junto ao órgão sanitário competente: comprovação de

que determinado produto ou serviço sujeito ao regime de vigilância sanitária

obedece à legislação sanitária vigente.

9.2.44. (2.44.) Resíduos de serviço de saúde RSS: todos aqueles resultantes de

atividades exercidas nos serviços de saúde, públicos ou privados que, por

suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo,

exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final.

9.2.45. (2.45.) Risco: combinação da probabilidade de ocorrência de um dano e a

severidade de tal dano.

9.2.46. (2.46.) Serviços de saúde: estabelecimentos de saúde destinados a prestar

assistência à população na promoção da saúde, na recuperação e na

reabilitação de doentes, no âmbito hospitalar ambulatorial e domiciliar.

NOTA: os serviços de saúde incluem hospitais, enfermarias, estabelecimentos

de saúde limitados, clínicas, consultórios médicos e dentários, e centros

ambulatoriais móveis ou permanentes, mas não estão limitados a estes.

9.2.47. (2.47.) Ensaio de aceitação do equipamento para a saúde: conjunto de

ensaios ou verificações de segurança de desempenho realizados para

demonstrar que o equipamento adquirido atende a requisitos estabelecidos

pelo fabricante e pelo usuário ou seu representante.

9.2.48. (2.48.) Treinamento: interação com equipamento para a saúde, com o fim de

educar e treinar um operador do equipamento ou um agente de serviços

sobre o método adequado de operação e/ou manutenção do equipamento.

9.2.49. (2.49.) Uso: operação de equipamento conjugado ao tratamento médico

oferecido ao paciente.

NOTA: o uso não inclui a operação do equipamento durante ensaios de

aceitação, inspeção, manutenção ou atividades de treinamento.

9.2.50. (2.50.) Uso impróprio: uso do equipamento de maneira incompatível com as

instruções operacionais fornecidas pelo fabricante.

9.2.51. (2.51.) Uso normal: uso do equipamento para a saúde de maneira compatível

com as instruções operacionais fornecidas pelo fabricante.

9.2.52. (2.52.) Usuário: autoridade responsável pela utilização e manutenção do

equipamento.

9.2.53. (2.53.) Validação: estabelecer e documentar evidência de que o processo

produzirá consistentemente um resultado que satisfaça as especificações

predeterminadas e outros atributos de qualidade.

NOTA: esta definição foi retirada da RDC Anvisa nº 59, de 27 de junho de 2000.

9.3. Definições – Resolução RDC nº 16:2013 – ABNT

9.3.1. (1.2.1.) Assistência técnica: manutenção ou reparo de um produto acabado a

fim de devolvê-lo às suas especificações.

9.3.2. (1.2.2.) Auditoria de qualidade: significa um exame estabelecido, sistemático

e independente de todo o sistema de qualidade de um fabricante, executado

em intervalos regulares e com frequência suficiente para assegurar que tanto

as atividades do sistema de qualidade quanto seus resultados satisfaçam os

procedimentos especificados em seu sistema de qualidade, que esses

procedimentos sejam implementados eficientemente e ainda que sejam

adequados para alcançar os objetivos do sistema de qualidade. A auditoria de

qualidade é diferente de outras atividades do sistema de qualidade exigido

por este Regulamento Técnico.

9.3.3. (1.2.3.) Componente: matéria-prima, substância, peça, parte, software,

hardware, embalagem, rótulo ou instrução de uso, utilizados durante a

fabricação de um produto médico e produto para diagnóstico de uso in vitro,

destinado a ser incluído como parte do produto acabado.

9.3.4. (1.2.4.) Dados de entrada de projeto: descrição dos atributos físicos,

indicação de uso, desempenho, compatibilidade, segurança, eficácia,

ergonomia, usabilidade, informações provenientes de projetos anteriores e

resultados do gerenciamento de risco, dentre outros requisitos de um

produto médico ou para diagnóstico de uso in vitro, que são utilizados como

base de seu projeto.

9.3.5. (1.2.5.) Dados de saída de projeto: resultado do trabalho em cada fase do

projeto e seu resultado final. O dado de saída de projeto finalizado é a base

para o registro mestre do produto (RMP).

9.3.6. (1.2.6.) Dano: lesão física ou prejuízo à saúde da pessoa, ou mesmo prejuízo à

propriedade ou ao meio ambiente.

9.3.7. (1.2.7.) Especificações: requisitos aos quais produtos, componentes,

atividades de produção, assistência técnica, serviços, sistema da qualidade ou

qualquer outra atividade devem estar em conformidade.

9.3.8. (1.2.8.) Estabelecer: definir, documentar (por meio escrito ou eletrônico) e

implementar.

9.3.9. (1.2.9.) Fabricante: qualquer pessoa que projeta, fabrica, monta ou processa

um produto acabado, incluindo aqueles que desempenham funções por

contrato de esterilização, rotulagem, embalagem.

9.3.10. (1.2.10.) Gerência executiva: alta administração da empresa, responsável por

prover recursos e com autoridade para estabelecer ou alterar a política e o

sistema da qualidade da empresa.

9.3.11. (1.2.11.) Gerenciamento de risco: aplicação sistemática de políticas,

procedimentos e práticas de gerenciamento às tarefas de análise, avaliação,

controle e monitoramento de riscos associados a determinado produto ou

processo.

9.3.12. (1.2.12.) Lote ou partida: quantidade de um produto elaborado em um ciclo

de fabricação ou esterilização, cuja característica essencial é a

homogeneidade.

9.3.13. (1.2.13.) Material de fabricação: material ou substância empregados no

processo de fabricação ou para facilitar esse processo, incluindo agentes de

limpeza, agentes para liberação de moldes, óleos lubrificantes, esterilizantes,

ou ainda outros subprodutos do processo de fabricação.

9.3.14. (1.2.14.) Não conformidade: não cumprimento de requisito previamente

especificado.

9.3.15. (1.2.15.) Número de série ou lote: combinação distinta de letras ou números,

ou ambos, dos quais pode ser determinado o histórico completo de compra,

fabricação, embalagem, rotulagem e distribuição de produtos acabados.

9.3.16. (1.2.16.) Perigo: fonte potencial de dano.

9.3.17. (1.2.17.) Política de qualidade: totalidade das intenções e das diretrizes de

uma organização com respeito à qualidade, expressas pela gerência

executiva.

9.3.18. (1.2.18.) Processo especial: qualquer processo cujos resultados não podem

ser completamente verificados por inspeções e testes subsequentes.

9.3.19. (1.2.19.) Produção: todas as operações envolvidas na fabricação de

determinado produto, desde o recebimento dos componentes, passando

pelo processamento e pela embalagem, até a obtenção do produto acabado.

9.3.20. (1.2.20.) Produto acabado: qualquer produto ou acessório adequado para

uso, embalado, rotulado.

9.3.21. (1.2.21.) Qualidade: totalidade de aspectos e características que possibilitem

a um produto médico ou produto para diagnóstico de uso in vitro atender às

exigências de adequação ao uso, incluindo segurança e desempenho.

9.3.22. (1.2.22.) Reclamação: comunicação por escrito, oral ou eletrônica, relativa à

não aceitação da identidade, qualidade, durabilidade, confiabilidade,

segurança, eficácia ou desempenho de um produto.

9.3.23. (1.2.23.) Registro: documento físico ou eletrônico, que evidencia dados,

fatos, eventos específicos e resultados alcançados em relação ao

cumprimento de procedimentos e normas do sistema da qualidade.

9.3.24. (1.2.24.) Registro histórico do produto: compilação de registros contendo o

histórico completo da produção de um produto acabado.

9.3.25. (1.2.25.) Registro histórico do projeto: compilação de documentos contendo

o histórico completo do projeto de um produto acabado.

9.3.26. (1.2.26.) Registro mestre do produto (RMP): compilação de documentos

contendo especificações, instruções e procedimentos para obtenção de um

produto acabado, bem como instalação, assistência técnica e manutenção do

mesmo.

9.3.27. (1.2.27.) Retrabalho: parte ou a totalidade da operação de fabricação

destinada a corrigir a não conformidade de um componente, produto

intermediário ou de um produto acabado, de forma que este atenda às

especificações definidas no RMP.

9.3.28. (1.2.28.) Revisão de projeto: exame documentado, sistemático e completo,

realizado no decorrer do desenvolvimento do projeto para avaliar a

adequação do mesmo ao planejamento e aos objetivos estabelecidos.

9.3.29. (1.2.29.) Risco: combinação entre probabilidade de ocorrência e severidade

de um dano.

9.3.30. (1.2.30.) Sistema de qualidade: estrutura organizacional, responsabilidades,

procedimentos, especificações, processos e recursos necessários para gestão

da qualidade.

9.3.31. (1.2.31.) Validação: confirmação por análise e evidência objetiva que os

requisitos definidos para uma determinada finalidade conduzem, de forma

consistente, ao resultado esperado. Com relação a um projeto, significa

estabelecer e documentar evidências objetivas de que as especificações do

produto atendem as necessidades do usuário e o seu uso pretendido. Com

relação a um processo, significa estabelecer e documentar evidências

objetivas de que o processo produzirá consistentemente um resultado que

satisfaça as especificações pré-determinadas.

9.3.32. (1.2.32.) Verificação: confirmação por análise e apresentação de evidências

objetivas de que os requisitos especificados foram cumpridos. A verificação

inclui o processo de examinar os resultados de uma atividade para

determinar a conformidade com as especificações estabelecidas.

9.3.33. (1.2.33.) Vida útil: período de tempo estimado pelo fabricante em que um

produto cumpre corretamente as funções para as quais foi projetado.

Telefone: (62) 3637-9001

e-mail: [email protected]

Site: www.gmp.com.br