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www.professorandresan.com.br Resolução de Questões FCC SUMÁRIO PROVA 01 - SABESP - ADVOGADO - 2014....................................................................... PROVA 02 - TRF 3 - 2014 .................................................................................................. PROVA 03 - TRE - RO - 2014 ............................................................................................ PROVA 04 - TRT 16 - 2014 ................................................................................................ PROVA 05 - TRT 12 - 2013 ................................................................................................ PROVA 06 - TRF 5 - 2012................................................................................................... PROVA 07 - TCE - PI - 2014 .............................................................................................. PROVA 08 - TRT 19 - 2014 ................................................................................................ PROVA 09 - TRT 15 - 2013 ................................................................................................ GABARITO........................................................................................................................... 04 10 16 20 30 38 44 50 56 62

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Resolução de Questões FCC

SUMÁRIO

PROVA 01 - SABESP - ADVOGADO - 2014.......................................................................

PROVA 02 - TRF 3 - 2014 ..................................................................................................

PROVA 03 - TRE - RO - 2014 ............................................................................................

PROVA 04 - TRT 16 - 2014 ................................................................................................

PROVA 05 - TRT 12 - 2013 ................................................................................................

PROVA 06 - TRF 5 - 2012...................................................................................................

PROVA 07 - TCE - PI - 2014 ..............................................................................................

PROVA 08 - TRT 19 - 2014 ................................................................................................

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Atenção: Para responder às questões de números 01 a 10, considere o texto abaixo.

Maias usavam sistema de água

eficiente e sustentável

Um estudo publicado recentemente mostra que a civili-

zação maia da América Central tinha um método sustentável de

gerenciamento da água. Esse sistema hidráulico, aperfeiçoado

por mais de mil anos, foi pesquisado por uma equipe norte-ame-

ricana.

As antigas civilizações têm muito a ensinar para as no-

vas gerações. O caso do sistema de coleta e armazenamento

de água dos maias é um exemplo disso. Para chegar a esta

conclusão, os pesquisadores fizeram uma escavação arqueoló-

gica nas ruínas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala.

Durante o estudo, coordenado por Vernon Scarborough,

da Universidade de Cincinnati, em Ohio, e publicado na revista

científica PNAS, foram descobertas a maior represa antiga da

área maia, a construção de uma barragem ensecadeira para fa-

zer a dragagem do maior reservatório de água em Tikal, a pre-

sença de uma antiga nascente ligada ao início da colonização da

região, em torno de 600 a.C., e o uso de filtragem por areia para

limpar a água dos reservatórios.

No sistema havia também uma estação que desviava a

água para diversos reservatórios. Assim, os maias supriam a

necessidade de água da população, estimada em 80 mil em

Tikal, próximo ao ano 700, além das estimativas de mais cin-

co milhões de pessoas que viviam na região das planícies

maias ao sul.

No final do século IX a área foi abandonada e os mo-

tivos que levaram ao seu colapso ainda são questionados e de-

batidos pelos pesquisadores. Para Scarborough é muito difícil

dizer o que de fato aconteceu. “Minha visão pessoal é que o

colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal

modo nessa sociedade altamente bem-sucedida que agiram

como uma ‘perfeita tempestade’. Nenhum fator isolado nessa

coleção poderia tê-los derrubado tão severamente”, disse o pes-

quisador à Folha de S. Paulo.

Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a

ruína dessa sociedade, uma vez que eles dependiam muito dos

reservatórios que eram preenchidos pela chuva. É provável que

a população tenha crescido muito além da capacidade do am-

biente, levando em consideração as limitações tecnológicas da

civilização. “É importante lembrar que os maias não estão mor-

tos. A população agrícola que permitiu à civilização florescer

ainda é muito viva na América Central”, lembra o pesquisador.

(Adaptado de Revista Dae, 21 de Junho de 2013, www.revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=8413)

1. De acordo com o texto, (A) o sistema de coleta e armazenamento de água dos

maias − composto por barragem ensecadeira, grande reservatório de água, nascente e processo de fil-tragem da água por areia −, recentemente desco-berto por pesquisadores dos Estados Unidos, data de 600 a.C. é o mais antigo do continente americano.

(B) o grande nível de desenvolvimento atingido pela civi-lização maia, segundo o pesquisador norte-ameri-cano Vernon Scarborough, impede que se atribua a uma única causa o seu desaparecimento, que deve ter sido o resultado da concorrência de um conjunto de diferentes acontecimentos infaustos.

(C) o pesquisador norte-americano Vernon Scarborough, da universidade de Cincinnati, em Ohio, acredita que o principal motivo que levou ao desaparecimento dacivilização maia foi uma avassaladora tempestade que se abateu sobre a região no século IX d.C.

(D) as controvérsias entre os especialistas se estendem à questão da eficiência do sistema de abastecimento de água dos maias, havendo quem acredite, como o pesquisador norte-americano Vernon Scarborough, que suas limitações podem ter sido uma das causas da ruína dessa civilização.

(E) o principal interesse dos pesquisadores norte-ameri-canos ao estudar o sistema de coleta e armazena-mento de água dos maias é o aprendizado que dele poderia advir e a possibilidade desse conhecimento vir a ser aplicado na construção de sistemas seme-lhantes nos Estados Unidos.

_________________________________________________________

2. Considerado o contexto, o segmento cujo sentido estáadequadamente expresso em outras palavras é: (A) permitiu à civilização florescer (último parágrafo) =

possibilitou a refutação da barbárie

(B) para fazer a dragagem do maior reservatório (3o pa-

rágrafo) = para empreender a drenagem da eclusa mais funda

(C) os motivos que levaram ao seu colapso (5o pará-

grafo) = as razões que conduziram à sua derrocada (D) os pesquisadores fizeram uma escavação arqueoló-

gica (2o parágrafo) = os diletantes realizaram um ex-

perimento geomorfológico (E) método sustentável de gerenciamento da água (1

o pa-

rágrafo) = procedimento ambiental de dissipação hídrica

_________________________________________________________

3. A palavra empregada no texto em sentido próprio e depoisem sentido figurado está grifada nestes dois segmentos: (A) os pesquisadores fizeram uma escavação arqueoló-

gica nas ruínas da antiga cidade de Tikal ... / a mudança climática contribuiu para a ruína desta sociedade...

(B) a civilização maia da América Central tinha um mé-todo sustentável de gerenciamento da água. / As an-tigas civilizações têm muito a ensinar para as novas gerações.

(C) e os motivos que levaram ao seu colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores. / Mi-nha visão pessoal é que o colapso envolveu diferen-tes fatores...

(D) para fazer a dragagem do maior reservatório de água em Tikal ... / uma estação que desviava a água para diversos reservatórios.

(E) a presença de uma antiga nascente ligada ao início da colonização da região ... / estimativas de mais cinco milhões de pessoas que viviam na região das planícies maias ao sul.

Prova 1 - Sabesp - 2014

Advogado

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4. ... e os motivos que levaram ao seu colapso ainda são

questionados e debatidos pelos pesquisadores.

O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que overbo grifado acima está empregado em:

(A) ... os pesquisadores fizeram uma escavação arqueo-lógica nas ruínas da antiga cidade de Tikal...

(B) ... que os maias não estão mortos.

(C) ... que a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água.

(D) ... o que de fato aconteceu.

(E) ... uma vez que eles dependiam muito dos reserva-tórios que...

_________________________________________________________

5. A substituição do elemento grifado pelo pronome corres-pondente foi realizada de modo INCORRETO em:

(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu

(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os

(C) para fazer a dragagem = para fazê-la

(D) que desviava a água = que lhe desviava

(E) supriam a necessidade = supriam-na_________________________________________________________

6. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram

uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade

de Tikal, na Guatemala.

O a empregado na frase acima, imediatamente depois dechegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso osegmento grifado seja substituído por:

(A) uma tal ilação

(B) afirmações como essa

(C) comprovação dessa assertiva

(D) emitir uma opinião desse tipo

(E) semelhante resultado

_________________________________________________________

7. Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derru-

bado tão severamente...

A transposição da frase acima para a voz passiva terácomo resultado a forma verbal:

(A) poderiam ter vindo a derrubar.

(B) poderiam ter derrubado.

(C) poderia ter sido derrubado.

(D) poderiam ter sido derrubados.

(E) poderia terem sido derrubados.

8. Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína

dessa sociedade, uma vez que eles dependiam muito dos

reservatórios que eram preenchidos pela chuva.

A locução conjuntiva grifada na frase acima pode ser corretamente substituída pela conjunção:

(A) quando.

(B) porquanto.

(C) conquanto.

(D) todavia.

(E) contanto. _________________________________________________________

9. Considerada a substituição do segmento grifado pelo queestá entre parênteses ao final da transcrição, o verbo quedeverá permanecer no singular está em:

(A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pes-quisadores)

(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima)

(C) No sistema havia também uma estação... (várias estações)

(D) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. (os povos que habitavam a América Central)

(E) Um estudo publicado recentemente mostra que a ci-vilização maia... (Estudos como o que acabou de ser publicado)

_________________________________________________________

10. Sem prejuízo para a correção e a lógica, uma vírgula po-deria ser colocada imediatamente depois de

I. mostra, na frase Um estudo publicado recentemen-te mostra que a civilização maia... (1

o parágrafo)

II. abandonada, na frase No final do século IX a áreafoi abandonada e os motivos que levaram ao seucolapso ainda são questionados e debatidos pelospesquisadores. (5

o parágrafo)

III. Scarbourough, na frase Para Scarborough é muitodifícil dizer o que de fato aconteceu. (5

o parágrafo)

Está correto o que consta APENAS em

(A) I.

(B) II e III.

(C) I e III.

(D) II.

(E) III.

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Atenção: Para responder às questões de números 11 a 15, considere o texto abaixo.

O conceito de desenvolvimento sustentável evoluiu ao

longo do tempo e incorporou, para além do capital natural, tam-

bém aspectos de desenvolvimento humano. Desta forma é

possível distinguir três dimensões do Desenvolvimento Susten-

tável (AYUSO e FULLANA, 2002):

− Sustentabilidade ambiental: deve garantir que o de-

senvolvimento seja compatível com a manutenção dos pro-

cessos ecológicos essenciais, da diversidade biológica e dos

recursos naturais;

− Sustentabilidade econômica: deve garantir que o de-

senvolvimento seja economicamente eficiente, beneficie todos

os agentes de uma região afetada e os recursos sejam geridos

de maneira que se conservem para as gerações futuras;

− Sustentabilidade social e cultural: deve garantir que o

desenvolvimento sustentável aumente o controle dos indivíduos

sobre suas vidas, seja compatível com a cultura e os valores das

pessoas, e mantenha e reforce a identidade das comunidades.

Atualmente, também se associa o Desenvolvimento

Sustentável ou Sustentabilidade à responsabilidade social. Res-

ponsabilidade social é a forma ética e responsável pela qual a

Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas, práticas e

atitudes, tanto com a comunidade quanto com o seu corpo fun-

cional. Enfim, com o ambiente interno e externo à Organização

e com todos os agentes interessados no processo.

Assim, as definições de Educação Ambiental são abran-

gentes e refletem a história do pensamento e visões sobre

educação, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

É importante que a inserção da perspectiva da susten-

tabilidade na cultura empresarial, por meio das ações e projetos

de Educação Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos. (Adaptado de: Guia de Educação Ambiental. Programa de Educação Ambiental − PEA Sabesp, p. 23-4. http://site.sabesp.com.br/site/interna/ Default.aspx?secaoId=176)

11. Conclui-se corretamente do texto que

(A) a sustentabilidade econômica prioriza o tempo pre-sente, isto é, a utilização dos recursos naturais esgo-táveis em benefício do aumento da prosperidade hu-mana em detrimento da preservação desses mes-mos recursos, que acabam por não gerar riqueza e bem-estar para as pessoas.

(B) manter intocada a cultura e o modo de vida de uma dada comunidade, de modo a evitar as influências advindas do contato com outras culturas, especial-mente daquelas dos grandes centros, que já perde-ram a sua identidade, deve ser uma das metas da sustentabilidade social e cultural.

(C) há uma hierarquia entre os aspectos hoje relaciona-dos ao desenvolvimento sustentável: em primeiro lu-gar, deve vir a natureza e o meio ambiente; em se-gundo, os fatores econômicos; e, por fim, as ques-tões ligadas à sociedade e à cultura.

(D) a responsabilidade da Empresa é limitada às pessoas − seu corpo de funcionários e sua clientela −, não lhe cabendo envolver-se nas questões propriamente li-gadas à conservação do meio ambiente e da natureza.

(E) o conceito de desenvolvimento sustentável não é es-tável ao longo do tempo: relacionado inicialmente ao meio ambiente, passou a abranger também aspectos econômicos, sociais e culturais, vinculan- do-se mais recentemente à responsabilidade social das empresas.

12. Sustentabilidade econômica: deve garantir que o desen-

volvimento seja economicamente eficiente, beneficie todos

os agentes de uma região afetada e os recursos sejam

geridos de maneira que se conservem para as gerações

futuras...

Os elementos grifados no trecho acima têm, respectiva-mente, o sentido de:

(A) assegurar − administrados

(B) implicar − cuidados

(C) abonar − aplicados

(D) propiciar − produzidos

(E) almejar − gerenciados _________________________________________________________

13. É importante que a inserção da perspectiva da sustenta-

bilidade na cultura empresarial, por meio das ações e pro-

jetos de Educação Ambiental, esteja alinhada a esses

conceitos.

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que overbo grifado na frase acima está em:

(A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, polí-ticas...

(B) ... as definições de Educação Ambiental são abran-gentes...

(C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-vel...

(D) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvolvi-mento humano.

(E) ... e reforce a identidade das comunidades. _________________________________________________________

14. A palavra retirada do texto que NÃO está acompanhadade um antônimo é:

(A) essenciais − acessórios

(B) evoluiu − involuiu

(C) compatível − incompatível

(D) agentes − reagentes

(E) controle − descontrole _________________________________________________________

15. Atualmente, também se associa o Desenvolvimento Sus-

tentável ou Sustentabilidade à responsabilidade social.

Responsabilidade social é a forma ética e responsável

pela qual a Empresa desenvolve todas as suas ações, po-

líticas, práticas e atitudes, tanto com a comunidade quanto

com o seu corpo funcional. Enfim, com o ambiente interno

e externo à Organização e com todos os agentes interes-

sados no processo.

Assim, as definições de Educação Ambiental são abran-

gentes e refletem a história do pensamento e visões sobre

educação, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Os advérbios grifados no trecho acima podem ser substi-tuídos corretamente, na ordem dada, por:

(A) Nos dias de hoje - Por fim - Desse modo

(B) Consentaneamente - Afinal de contas - Desse modo

(C) Nos dias de hoje - Ultimamente - Do mesmo modo

(D) Consentaneamente - Por derradeiro - Destarte

(E) Presentemente - Afinal de contas - De todo modo

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Atenção: Para responder às questões de números 1 a 8, considere o texto abaixo.

A guerra dos dez anos começou quando um fazendeiro

cubano, Carlos Manuel de Céspedes, e duzentos homens mal

armados tomaram a cidade de Santiago e proclamaram a in-

dependência do país em relação à metrópole espanhola. Mas a

Espanha reagiu. Quatro anos depois, Céspedes foi deposto por

um tribunal cubano e, em março de 1874, foi capturado e fu-

zilado por soldados espanhóis.

Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas

de restrição ao comércio, o governo americano apoiara aberta-

mente os revolucionários e Nova York, Nova Orleans e Key

West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga.

Em poucos anos Key West transformou-se de uma pequena vila

de pescadores numa importante comunidade produtora de cha-

rutos. Despontava a nova capital mundial do Havana.

Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos

levaram com eles a instituição do “lector”. Uma ilustração da re-

vista Practical Magazine mostra um desses leitores sentado de

pernas cruzadas, óculos e chapéu de abas largas, um livro nas

mãos, enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos

com o que parece ser uma atenção enlevada.

O material dessas leituras em voz alta, decidido de an-

temão pelos operários (que pagavam o “lector” do próprio sa-

lário), ia de histórias e tratados políticos a romances e coleções

de poesia. Tinham seus prediletos: O conde de Monte Cristo, de

Alexandre Dumas, por exemplo, tornou-se uma escolha tão po-

pular que um grupo de trabalhadores escreveu ao autor pouco

antes da morte dele, em 1870, pedindo-lhe que cedesse o nome

de seu herói para um charuto; Dumas consentiu.

Segundo Mário Sanchez, um pintor de Key West, as lei-

turas decorriam em silêncio concentrado e não eram permitidos

comentários ou questões antes do final da sessão.

(Adaptado de: MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, p. 134-136)

1. Afirma-se corretamente:

(A) No 4o parágrafo, o autor emite um juízo de valor a

respeito do hábito levado pelos trabalhadores cuba-nos aos Estados Unidos.

(B) O texto se inicia com a apresentação do contexto histórico que culminou na implantação de um costu-me levado pelos cubanos para fábricas de charuto americanas.

(C) O texto se desenvolve a partir de reminiscências do próprio autor a respeito de uma situação vivenciada por ele em determinado contexto histórico.

(D) No primeiro parágrafo, o autor introduz o assunto principal sobre o qual irá tratar no texto, qual seja, a imigração de operários cubanos para os Estados Unidos.

(E) O interesse da imprensa americana, estabelecido no 3

o parágrafo, foi determinante para a disseminação,

no país, de costumes introduzidos por operários cubanos em Key West.

2. Há relação de causa e consequência, respectivamente,entre

(A) a abertura dos portos americanos a fugitivos cuba-nos e a produção de charutos estabelecida em solo americano.

(B) o apoio dos Estados Unidos aos revolucionários e a proclamação da independência cubana por Céspedes.

(C) as medidas de restrição ao comércio adotadas pelo governo espanhol e a tomada do poder por um líder revolucionário.

(D) a imigração de cubanos para os Estados Unidos à procura de trabalho e o amplo apoio dado pelo país aos revolucionários.

(E) a transformação da pequena vila de Key West em uma importante comunidade produtora de charutos e a abertura dos portos americanos a fugitivos cuba-nos.

_________________________________________________________

3. Depreende-se do texto que

(A) a atividade de ler em voz alta, conduzida pelo“lector”, permitia que os operários produzissem mais, pois trabalhavam com maior concentração.

(B) o hábito de ler em voz alta, levado originalmente de Cuba para os Estados Unidos, relaciona-se ao valor atribuído à leitura, que é determinado culturalmente.

(C) os operários cubanos homenagearam Alexandre Dumas ao atribuírem a um charuto o nome de um dos personagens do escritor.

(D) ao contratar um leitor, os operários cubanos podiam superar, em parte, a condição de analfabetismo a que estavam submetidos.

(E) os charuteiros cubanos, organizados coletivamente, compartilhavam a ideia de que a fruição de um texto deveria ser comunitária, não individual.

_________________________________________________________

4. Sem que se faça nenhuma outra alteração na frase, man-têm-se o sentido original do texto e a correção gramaticalao se substituir

(A) enlevada por “espontânea”, no segmento com o queparece ser uma atenção enlevada. (3

o parágrafo)

(B) quando por “à medida que”, no segmento A guerra dos dez anos começou quando um fazendeiro cuba-no ... (1

o parágrafo)

(C) de antemão por “com antecedência”, no segmento decidido de antemão pelos operários. (4

o parágrafo)

(D) Tinham por “Os leitores possuíam”, no segmento Ti-nham seus prediletos. (4

o parágrafo)

(E) ansioso por “vultoso”, no segmento ansioso por der-rubar medidas espanholas de restrição ao comér-cio. (2

o parágrafo)

PROVA 2 - TRF 3 - 2014 Analista Judiciário

Área Judiciária

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5. Sem prejuízo para o sentido original e a correção grama-tical,

(A) uma vírgula pode ser inserida imediatamente após “revolucionários”, no segmento... o governo ameri-cano apoiara abertamente os revolucionários e Nova York, Nova Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. (2

o pará-

grafo)

(B) o segmento ... que imigraram para os Estados Uni-dos... (3

o parágrafo) pode ser isolado por vírgulas.

(C) uma vírgula pode ser inserida imediatamente após “leituras”, no segmento o material dessas leituras em voz alta, decidido..., contanto que se suprima a vírgula colocada imediatamente após “alta” (4

o pará-

grafo).

(D) a vírgula colocada imediatamente após os parên-teses que isolam o segmento ... que pagavam o “lector” do próprio salário (4

o parágrafo), pode ser

suprimida.

(E) a vírgula colocada imediatamente após Céspedes, no segmento ... Carlos Manuel de Céspedes, e du-zentos homens mal armados... (1

o parágrafo) pode

ser suprimida. _________________________________________________________

6. Tinham seus prediletos ... (4o parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o gri-fado acima está em:

(A) Dumas consentiu.

(B) ... levaram com eles a instituição do “lector”.

(C) ... enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos...

(D) Despontava a nova capital mundial do Havana.

(E) ... que cedesse o nome de seu herói... _________________________________________________________

7. Afirma-se corretamente:

(A) Em pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói... (4

o parágrafo), o elemento destacado é um pronome.

(B) O elemento destacado no segmento ... uma escolha tão popular que um grupo de trabalhadores... (4

o pa-

rágrafo) NÃO é um pronome.

(C) Em que pagavam o “lector” do próprio salário... (4

o parágrafo), o elemento destacado substitui lei-

turas.

(D) Em com o que parece ser uma atenção enlevada (3

o parágrafo), o elemento destacado refere-se a

“charutos”.

(E) Em Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos... (3

o parágrafo), o elemento destacado NÃO é

um pronome.

8. Quatro anos depois, Céspedes foi deposto por um tribunalcubano e, em março de 1874, foi capturado e fuzilado porsoldados espanhóis. (1

o parágrafo)

Uma redação alternativa para a frase acima, em que semantêm a correção, a lógica e, em linhas gerais, o sentidooriginal, está em:

(A) Em março de 1874, após ter percorrido um período dequatro anos, um tribunal cubano depusera Céspedes, quando soldados espanhóis o capturou e fuzilou.

(B) Após um período de quatro anos, um tribunal cuba-no depôs Céspedes, e, em março de 1874, soldados espanhóis capturaram-no e fuzilaram-no.

(C) Depois de transcorridos um período de quatro anos, Céspedes foi deposto pelo tribunal cubano, o qual, em março de 1874, foi capturado e fuzilado pelos soldados espanhóis.

(D) Em março de 1874, quatro anos depois de ter sido deposto por um tribunal cubano, Céspedes foi captu-rado por soldados espanhóis, que lhe fuzilaram.

(E) Transcorridos quatro anos, um tribunal cubano de-põe Céspedes, posto que, em março de 1874, solda-dos espanhóis lhe capturam e fuzilam.

_________________________________________________________

Atenção: Para responder às questões de números 9 e 10, considere o trecho abaixo.

Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática ne-

cessária e comum no mundo laico da Idade Média. Até a

invenção da imprensa, a alfabetização era rara e os livros,

propriedade dos ricos, privilégio de um pequeno punhado de

leitores.

Embora alguns desses senhores afortunados ocasio-

nalmente emprestassem seus livros, eles o faziam para um

número limitado de pessoas da própria classe ou família.

(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.)

9. Mantêm-se a correção e as relações de sentido estabele-cidas no texto, substituindo-se Embora (2

o parágrafo) por

(A) Contudo. (B) Desde que. (C) Porquanto. (D) Uma vez que. (E) Conquanto.

_________________________________________________________

10. Atente para o que se afirma abaixo.

I. No segmento ... a alfabetização era rara e os livros, propriedade dos ricos..., a vírgula colocada ime-diatamente após livros foi empregada para indicar a supressão de um verbo.

II. No texto, não se explicitam as razões pelas quais oato de ouvir alguém ler tenha se tornado uma práticanecessária e comum no mundo laico da Idade Média.

III. No segmento ... eles o faziam para um número limi-tado de pessoas..., o elemento sublinhado refere-sea “emprestavam livros”.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) II e III.

(B) II.

(C) I e II.

(D) I e III.

(E) III.

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Resolução de Questões FCC

Atenção: Para responder às questões de números 11 a 13, considere o texto abaixo.

Foi por me sentir genuinamente desidentificado com

qualquer espécie de regionalismo que escrevi coisas como:

"Não sou brasileiro, não sou estrangeiro / Não sou de nenhum

lugar, sou de lugar nenhum"/ "Riquezas são diferenças".

Ao mesmo tempo, creio só terem sido possíveis tais for-

mulações pessoais pelo fato de eu haver nascido e vivido em

São Paulo. Por essa ser uma cidade que permite, ou mesmo

propicia, esse desapego para com raízes geográficas, raciais,

culturais. Por eu ver São Paulo como um gigante liquidificador

onde as informações diversas se misturam, gerando novas in-

terpretações, exceções.

Por sua multiplicidade de referências étnicas, linguísti-

cas, culturais, religiosas, arquitetônicas, culinárias...

São Paulo não tem símbolos que dêem conta de sua di-

versidade. Nada aqui é típico daqui. Não temos um corcovado,

uma arara, um cartão postal. São Paulo são muitas cidades em

uma.

Sempre me pareceram sem sentido as guerras, os fun-

damentalismos, a intolerância ante a diversidade.

Assim, fui me sentindo cada vez mais um cidadão do

planeta. Acabei atribuindo parte desse sentimento à formação

miscigenada do Brasil.

Acontece que a miscigenação brasileira parece ter se

multiplicado em São Paulo, num ambiente urbano que foi

crescendo para todos os lados, sem limites.

Até a instabilidade climática daqui parece haver contri-

buído para essa formação aberta ao acaso, à imprevisibilidade

das misturas.

Ao mesmo tempo, temos preservados inúmeros nomes

indígenas designando lugares, como Ibirapuera, Anhangabaú,

Butantã etc. Primitivismo em contexto cosmopolita, como soube

vislumbrar Oswald de Andrade.

Não é à toa que partiram daqui várias manifestações

culturais.

São Paulo fragmentária, com sua paisagem recortada

entre praças e prédios; com o ruído dos carros entrando pelas

janelas dos apartamentos como se fosse o ruído longínquo do

mar; com seus crepúsculos intensificados pela poluição; seus

problemas de trânsito, miséria e violência convivendo com suas

múltiplas ofertas de lazer e cultura; com seu crescimento in-

discriminado, sem nenhum planejamento urbano; com suas be-

las alamedas arborizadas e avenidas de feiura infinita.

(Adaptado de: ANTUNES, Arnaldo. Alma paulista. Disponível em http://www.arnaldoantunes.com.br).

11. No texto, o autor

(A) descreve São Paulo como uma cidade marcada por contrastes de diversas ordens.

(B) assinala a relevância da análise de Oswald de An-drade a respeito do provincianismo da antiga São Paulo.

(C) critica o fato de nomes indígenas, ininteligíveis, de-signarem, ainda hoje, lugares comuns da cidade de São Paulo.

(D) sugere que o trânsito, com seus ruídos longínquos, é o principal problema da cidade de São Paulo.

(E) utiliza-se da ironia ao elogiar a instabilidade climática e a paisagem recortada da cidade de São Paulo.

_________________________________________________________

12. O autor

(A) opõe a oferta de atividades de lazer disponíveis em São Paulo ao seu desapego pessoal por raízes geo-gráficas, raciais e culturais.

(B) atribui a tolerância à miscigenação brasileira à diver-sidade que se exprime com grande força em São Paulo.

(C) encontra razões plausíveis para a violência da cida-de de São Paulo e o crescimento sem limites de sua área urbana.

(D) considera a falta de planejamento urbano da cidade de São Paulo a causa da feiura infinita de suas avenidas.

(E) estabelece uma associação entre a diversidade típi-ca de São Paulo e a falta de um símbolo que sirva de cartão postal para a cidade.

_________________________________________________________

13. O verbo flexionado no plural que também estaria correta-mente flexionado no singular, sem que nenhuma outra al-teração fosse feita, encontra-se em:

(A) Não é à toa que partiram daqui várias manifestaçõesculturais...

(B) Sempre me pareceram sem sentido as guerras...

(C) São Paulo são muitas cidades em uma.

(D) São Paulo não tem símbolos que dêem conta de...

(E) ... onde as informações diversas se misturam... _________________________________________________________

14. As regras de concordância estão plenamente respeitadasem:

(A) O crescimento indiscriminado que se observa nacidade de São Paulo fazem com que alguns de seus bairros sejam modificados em poucos anos.

(B) Devem-se às múltiplas ofertas de lazer e cultura a atração que São Paulo exerce sobre alguns turistas.

(C) Apesar de a cidade de São Paulo exibir belas alame-das arborizadas, deveriam haver mais áreas verdes na cidade.

(D) O ruído dos carros, que entram pelas janelas dos apartamentos, perturbam boa parte dos paulistanos.

(E) Na maioria dos bairros de São Paulo, encontram-se referências culinárias provenientes de diversas par-tes do planeta.

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Atenção: Considere o poema abaixo para responder às ques-tões de números 1 e 2.

Só é meu

O país que trago dentro da alma.

Entro nele sem passaporte

Como em minha casa.

Ele vê a minha tristeza

E a minha solidão.

Me acalanta.

Me cobre com uma pedra perfumada.

Dentro de mim florescem jardins.

Minhas flores são inventadas.

As ruas me pertencem

Mas não há casas nas ruas.

As casas foram destruídas desde a minha infância.

Os seus habitantes vagueiam no espaço

À procura de um lar.

Instalam-se em minha alma.

Eis porque sorrio

Quando mal brilha meu sol.

Ou choro

Como uma chuva leve

Na noite.

(...)

Só é meu

O mundo que trago dentro da alma.

(Trecho de Um poema de Marc Chagall. Trad. Ma-nuel Bandeira. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008)

1. Infere-se corretamente do poema que

(A) as consequências das guerras podem ser devasta-doras para a imaginação poética.

(B) os imigrantes passam a vagar sem destino diante do exílio forçado.

(C) o poeta encontra amparo em um lugar que só existe na sua imaginação.

(D) o isolamento subjetivo é uma característica típica daqueles perseguidos por seus próprios países.

(E) os elementos da natureza podem trazer conforto para as desilusões ocasionadas pela vida urbana.

2. Dentro de mim florescem jardins.

O elemento grifado acima exerce a mesma função sin-tática do grifado em:

(A) Os seus habitantes vagueiam no espaço.

(B) Ele vê a minha tristeza.

(C) Mas não há casas nas ruas.

(D) Me cobre com uma pedra perfumada.

(E) As ruas me pertencem._________________________________________________________

Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 3 a 6.

Pintor, gravador e vitralista, Marc Chagall estudou artes

plásticas na Academia de Arte de São Petersburgo. Seguindo

para Paris em 1910, ligou-se aos poetas Blaise Cendrars, Max

Jacob e Apollinaire − e aos pintores Delaunay, Modigliani e La

Fresnay.

A partir daí, trabalhou intensamente para integrar o seu

mundo de reminiscências e fantasias na linguagem moderna

derivada do fauvismo e do cubismo.

Na década de 30, o clima de perseguição e de guerra

repercute em sua pintura, onde surgem elementos dramáticos,

sociais e religiosos. Em 1941, parte para os EUA, onde sua

esposa falece (1944). Chagall mergulha, então, em um período

de evocações, quando conclui o quadro "Em torno dela", que se

tornou uma síntese de todos os seus temas.

(Adaptado de: educação.uol.com.br/biografias/marc-chagall.html)

3. No texto, evita-se a repetição do termo onde (3o pará-

grafo), substituindo o segmento onde surgem por:

(A) em que apresenta.

(B) cuja apresenta.

(C) que apresentam.

(D) que passa a apresentar.

(E) na qual apresenta-se._________________________________________________________

4. Para manter as relações de sentido e a correção grama-tical do texto, o termo derivada (2

o parágrafo) NÃO pode

ser substituído por:

(A) provida.

(B) advinda.

(C) proveniente.

(D) originária.

(E) oriunda. _________________________________________________________

5. ... para integrar o seu mundo de reminiscências e fan-

tasias...

Traduz corretamente o sentido do termo destacado acima:

(A) projeções. (B) lembranças. (C) ilusões.

(D) pesares.

(E) delírios.

PROVA 3 - TRE-RO - 2014 Analista Judiciário

Área Judiciária

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6. ... quando conclui o quadro “Em torno dela”...

O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em:

(A) ... Marc Chagall estudou artes plásticas na Academia de Arte de São Petesburgo. (B) A partir daí, trabalhou intensamente para... (C) o clima de perseguição e de guerra repercute em sua pintura... (D) ... onde surgem elementos dramáticos, sociais e religiosos. (E) Em 1941, parte para os EUA...

7. No âmbito da arte contemporânea, a pintura de Chagall ...... pela importância que tem nela o elemento temático, de fundo

onírico, que, por sua vez, ...... as profundas raízes afetivas e culturais do artista. Sua obra, moderna, ...... todas as conquistas

formais da arte contemporânea. (Adaptado de: educação.uol.com.br/biografias/marc-chagall.html)

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

(A) se destaca − refletem − assimila (B) destaca − refletem − assimilava (C) destaca-se − refletiam − assimilaram (D) destaca − refletia − assimilara (E) se destaca − reflete − assimilou

8. Leia a tirinha abaixo.

(http://joaoemarianopaisdalinguaportuguesa.blogspot.com.br/2010/01/

historias-em-quadrinhos.html)

A respeito da tirinha, considere:

I. O efeito humorístico da tirinha se constrói a partir do empréstimo de atributos humanos a algo abstrato.

II. No primeiro quadro, a redação também estaria correta do seguinte modo: Espera-se que o ano que começa sejamelhor do que o anterior.

III. Identifica-se, na tirinha, crítica às pessoas que se resignam diante dos acontecimentos.

IV. Infere-se da tirinha que as pessoas costumam se sentir infelizes na virada do ano.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e III. (B) I e IV. (C) II e III. (D) II, III e IV. (E) I, II e III.

9. As pessoas ficam na expectativa de um futuro diferente; ......, suas atitudes é que deveriam ser diferentes.

Preenche corretamente a lacuna da frase acima o que se encontra em:

(A) embora (B) conquanto (C) todavia (D) porquanto (E) desde que

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Atenção: Para responder às questões de números 1 a 7, considere o texto abaixo.

Distorção negligenciada

1

5

10

15

20

Embora poucas vezes mencionadas nos debates sobre desigualdades, as doenças negligenciadas demonstram com

perfeição a necessidade de haver mecanismos capazes de corrigir distorções globais.

Em entrevista a esta Folha, Eric Stobbaerts, diretor − executivo da Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligen-

ciadas (DNDi, na sigla em inglês), lembrou que tais enfermidades ameaçam uma em cada seis pessoas do planeta; não

obstante, entre 2000 e 2011, apenas 4% dos 850 novos medicamentos aprovados no mundo tratavam dessas moléstias.

As listas de moléstias variam de acordo com a agência que tenta capitanear sua causa. Têm em comum o fato de

serem endêmicas em regiões pobres da África, da Ásia e das Américas. Nem sempre fatais, são bastante debilitantes.

Estão nesse grupo, por ordem de prevalência, helmintíase, esquistossomose, filariose, tracoma, oncocercose,

leishmaniose, doença de Chagas e hanseníase. As três últimas e a esquistossomose são as mais relevantes para o Brasil.

A maioria desses distúrbios pode ser prevenida e conta com tratamentos efetivos pelo menos para a fase aguda, mas,

por razões econômicas e políticas, eles nem sempre chegam a quem precisa.

Há, além disso, uma dificuldade relativa à ciência. Algumas das terapias disponíveis já têm quatro ou cinco décadas de

existência. Investimentos em pesquisa poderiam levar a estratégias de prevenção e cura mais efetivas. Como essas doenças

não são rentáveis, porém, os grandes laboratórios raras vezes se interessam por esse nicho.

Organizações como a DNDi e outras procuram preencher as lacunas. A situação tem melhorado, mas os avanços são

insuficientes.

Seria sem dúvida ingenuidade esperar que a indústria farmacêutica se entregasse de corpo e alma à resolução do

problema. Seu compromisso primordial é com seus acionistas − e essa é a regra do jogo. Isso não significa, contudo, que não

possam fazer parte do esforço.

O desejo de manter boas relações públicas combinado com uma política de estímulos governamentais pode produzir

grandes resultados. Também seria desejável envolver com maior intensidade universidades e laboratórios públicos (onde os

há, como é o caso do Brasil).

Mais de 1 bilhão de humanos ainda sofrem, em pleno século 21, com doenças cujo controle é não só possível, mas

também relativamente barato − eis um fato que depõe contra o atual estágio de nossa organização global.

(Folha de S. Paulo. Opinião. p. A3, 14/03/2014)

1. É fiel ao que se tem no 3o parágrafo a seguinte afirmação:

(A) Em todos os continentes é comum ocorrerem doenças de caráter transitório, que atacam simultaneamente grande númerode indivíduos.

(B) As moléstias negligenciadas são listadas de modos distintos, visto que as agências regulam, a seu modo, cada umadessas doenças.

(C) Na dependência da agência que ganha a concorrência, uma ou outra doença é retirada da lista oficial de moléstiasnegligenciadas e passa a ser tratada.

(D) Um fator aproxima as doenças negligenciadas: ocorrem habitualmente e com incidência significativa em populaçõespobres da África, da Ásia e das Américas.

(E) Doenças negligenciadas são aquelas moléstias infecciosas comuns e rápidas que se manifestam em surto periódico empopulações pobres de regiões como a África, Ásia e Américas.

2. No processo argumentativo adotado no edital,

(A) o título − Distorção negligenciada − , tirando proveito da expressão doenças negligenciadas, tem a função restrita dequalificar o que se tem na frase inicial do texto: o fato de essas doenças serem poucas vezes mencionadas nos debates sobre desigualdades.

(B) o segmento Embora poucas vezes mencionadas nos debates sobre desigualdades exprime ideia em relação tal de antinomia com o restante da frase, que desqualifica a alegação de que as doenças negligenciadas falam a favor da correção de distorções globais.

(C) a caracterização destacada em demonstram com perfeição evidencia que, numa escala de valores, as doenças negligenciadas ocupam alto nível no que se refere à exposição da necessidade de haver mecanismos capazes de corrigir distorções globais.

(D) a oferta da informação (DNDi, na sigla em inglês) deve ser atribuída à necessidade do jornalista de angariar credibilidade para a organização, confiabilidade de que depende, sobretudo, o grau de convencimento do leitor deste texto.

(E) o fato de que tais enfermidades ameaçam uma em cada seis pessoas do planeta é apontado como causa próxima de que, entre 2000 e 2011, apenas 4% dos 850 novos medicamentos aprovados no mundo tratavam dessas moléstias.

PROVA 4 - TRT 16 - 2014 Analista Judiciário

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Resolução de Questões FCC3

3. Também seria desejável envolver com maior intensidade universidades e laboratórios públicos (onde os há, como é o caso doBrasil).

A redação alternativa à frase acima, que se apresenta clara, correta e fiel às ideias nela expostas, é:

(A) Equivalentemente, seria envolvimento desejável e intenso o das universidades e laboratórios públicos (em que, como ocaso do Brasil, eles existem).

(B) Igualmente desejável seriam universidades e laboratórios públicos que se envolvessem mais intensamente, pois no caso do Brasil eles têm presença.

(C) Da mesma maneira, seria desejável que fossem envolvidos mais intensamente universidades e laboratórios públicos, em lugares, como o Brasil, em que eles existem.

(D) Em lugares em que estes existem (sendo o Brasil um caso de ter universidades e laboratórios públicos), seria também desejável seu intenso envolvimento.

(E) Inclui-se no raciocínio que é desejável ter-se envolvimento de maior intensidade, de universidades e laboratórios aonde se encontram, como o caso do Brasil.

4. O texto abona o seguinte comentário:

(A) (linha 10) A correlação entre pode ser prevenida e conta com tratamentos efetivos evidencia, por meio das formas verbais,a incoerência, respectivamente, entre as possibilidades técnicas e as ações levadas a efeito.

(B) (linha 7) Na frase Nem sempre fatais, são bastante debilitantes, em que se apresenta o perfil das doenças negligenciadas, indicam-se dois relevantes traços possíveis de sua constituição.

(C) (linha 10) A frase A maioria desses distúrbios [...] conta com tratamentos efetivos é passível de ser transposta para a voz passiva.

(D) (linha 9) Infere-se corretamente que o desafio do Brasil é enfrentar tanto a prevenção, quanto a cura de quatro das doenças negligenciadas, visto que não há ocorrências das demais em solo brasileiro.

(E) (linha 10) O comentário pelo menos para a fase aguda constitui uma restrição, assim como é restritiva a expressão A maioria desses distúrbios, mas, no contexto, esses limites estão associados a avanços, ainda que nem sempre garantidos.

5. Há, além disso, uma dificuldade relativa à ciência. Algumas das terapias disponíveis já têm quatro ou cinco décadas deexistência. Investimentos em pesquisa poderiam levar a estratégias de prevenção e cura mais efetivas. Como essas doençasnão são rentáveis, porém, os grandes laboratórios raras vezes se interessam por esse nicho.

Considerado o trecho acima, é adequado o seguinte comentário:

(A) No contexto, o emprego de já contribui para a construção da ideia de que certas terapias têm longevidade que comprovasua eficiência.

(B) A supressão da vírgula após a palavra Há preserva a correção da frase.

(C) A correlação entre as formas verbais Há e poderiam levar evidencia a relação estabelecida entre o que efetivamente existe e a hipótese considerada bastante improvável.

(D) Formulação alternativa ao uso de têm está correta assim − "existe a".

(E) A expressão mais efetivas, em virtude do segmento que caracteriza, pode ser deslocada para depois da palavra estratégias, sem prejudicar o sentido original.

6. Seria sem dúvida ingenuidade esperar que a indústria farmacêutica se entregasse de corpo e alma à resolução do problema.Seu compromisso primordial é com seus acionistas − e essa é a regra do jogo. Isso não significa, contudo, que não possamfazer parte do esforço.

Afirma-se com correção sobre aspecto do trecho acima:

(A) A substituição da forma verbal possam fazer por "possa fazer" estaria correta e adequada ao contexto.

(B) Se, em vez de resolução do problema, houvesse "resolver o problema", seria correto manter o acento indicativo da crase −"se entregasse [...] à resolver o problema".

(C) A palavra primordial está corretamente empregada, assim como está em "É primordial para o setor, sem dúvida alguma, as mudanças relativas à área de recursos humanos".

(D) Justifica-se o uso do sinal de pontuação, na linha 2 do trecho acima, assim: "Não é raro o emprego de um só travessão para indicar que a parte final de um enunciado constitui um comentário marginal, de reduzida força para o desenvolvimento do raciocínio".

(E) A substituição da conjunção contudo por "ainda que" não altera a relação que originalmente está estabelecida entre as frases do texto.

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7. Mais de 1 bilhão de humanos ainda sofrem, em pleno século 21, com doenças cujo controle é não só possível, mas tambémrelativamente barato − eis um fato que depõe contra o atual estágio de nossa organização global.

Na frase acima,

(A) a expressão com doenças exprime ideia de "conformidade".

(B) o emprego de depõe é que infunde o sentido de negatividade ao segmento final.

(C) a correlação estabelecida por não só... mas também pode ser igualmente estabelecida por "tanto ... quanto também".

(D) cujo pode ser substituído, sem prejuízo da correção e do sentido, por "de que seu".

(E) o emprego de sofrem, no plural, é a única forma aceitável de concordância, segundo a norma-padrão.

Atenção: Para responder às questões de números 8 a 12, considere o texto de Barbosa e Rabaça.

Leia com atenção o verbete abaixo, transcrito do Dicionário de comunicação, e as assertivas que o seguem.

Responsabilidade social

• (mk,rp) Adoção, por parte da empresa ou de qualquer instituição, de políticas e práticas organizacionais socialmente

responsáveis, por meio de valores e exemplos que influenciam os diversos segmentos das comunidades impactadas por essas

ações. O conceito de responsabilidade social fundamenta-se no compromisso de uma organização dentro de um ecossistema,

onde sua participação é muito maior do que gerar empregos, impostos e lucros. Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente

de forma absolutamente responsável e ética, inter-relacionando-se com o equilíbrio ecológico, com o desenvolvimento econô-

mico e com o equilíbrio social. Do ponto de vista mercadológico, a responsabilidade social procura harmonizar as expectativas

dos diferentes segmentos ligados à empresa: consumidores, empregados, fornecedores, redes de venda e distribuição, acio-

nistas e coletividade. Do ponto de vista ético, a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar e cuidar

da comunidade, melhorar a qualidade de vida, modificar atitudes e comportamentos através da educação e da cultura,

conservar a vitalidade da terra e a biodiversidade, gerar uma consciência nacional para integrar desenvolvimento e

conservação, ou seja, promover o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida. Diz-se tb. respon-

sabilidade social corporativa ou RSC. V. ecossistema social, ética corporativa, empresa cidadã e marketing social.

(BARBOSA, Gustavo e RABAÇA, Carlos Alberto. 2.ed. rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001 − 10a reimpressão, p. 639-40)

8. O verbete transcrito, considerado até a qualidade de vida, organiza-se na sequência dos itens apresentados abaixo:

(A) explicitação do conceito sob o ponto de vista do marketing e das relações públicas; fundamento dessas áreas; objetivos dapolítica empresarial nessas distintas áreas; ganhos sociais propiciados pela prática eficiente.

(B) conceito; detalhamento do conceito (fundamento; objetivos fundamental e específicos da adoção citada).

(C) conceito amplo; conceito restrito; objetivos da política; detalhamento de distintos pontos de vista sobre o conceito.

(D) sinonímia da expressão; fundamento remoto da prática institucional; objetivos imediatos da prática, em distintos setores (mercadológico e ético).

(E) descrição minuciosa dos componentes da prática organizacional socialmente responsável; objetivos básico, merca-dológico, ético.

9. I. Para que o leitor leigo tenha acesso adequado a todas as informações que o texto acima disponibiliza, basta que, após asua leitura, cumpra as remissões indicadas; são remissões indicadas as que estão expressas nos segmentos iniciados por Diz-se tb. e V.

II. Para o entendimento do verbete deste dicionário especializado, contrariamente ao que ocorre com os verbetes dosdicionários da língua portuguesa, é imprescindível que o leitor se aproprie de todas as convenções utilizadas na obra;neste caso, que saiba que "mk" significa "marketing" e que "rp" significa "relações públicas".

III. O verbete, neste dicionário especializado, é aberto por uma expressão; a sinonímia, igualmente assentada em expressão,é relevante nessa estrutura de vocabulário técnico.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) II e III.

(B) I.

(C) I e II.

(D) II.

(E) III.

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10. Segmentos do texto receberam nova pontuação. O que mantém a adequação à norma-padrão é:

(A) para integrar desenvolvimento e conservação, ou seja, promover o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e aqualidade de vida / para integrar desenvolvimento e conservação, ou seja: promover o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida.

(B) Adoção, por parte da empresa ou de qualquer instituição, de políticas e práticas organizacionais socialmente responsáveis / Adoção por parte da empresa ou de qualquer instituição, de políticas e práticas organizacionais, socialmente responsáveis.

(C) Do ponto de vista mercadológico, a responsabilidade social procura harmonizar as expectativas dos diferentes segmentos ligados à empresa / Do ponto de vista, mercadológico, a responsabilidade social procura harmonizar as expectativas dos diferentes segmentos, ligados à empresa.

(D) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar e cuidar da comunidade, melhorar a qualidade de vida / a organização − que exerce sua responsabilidade social − procura, respeitar e cuidar, da comunidade, melhorar a qualidade de vida.

(E) gerar uma consciência nacional para integrar desenvolvimento e conservação / gerar uma consciência nacional, para integrar, desenvolvimento e conservação.

11. Infere-se corretamente do verbete:

(A) É inerente à atividade empresarial atuar no meio ambiente de forma absolutamente responsável e ética.

(B) Políticas e práticas socialmente responsáveis são de competência constitutiva de empresas e de qualquer instituição.

(C) Valores e exemplos que influenciam os diversos segmentos que constituem uma comunidade neutralizam os impactosdeletérios de empresas instaladas no entorno dessa comunidade.

(D) É dever de empresas, por determinação legal, a organização de um sistema que, incluindo os seres vivos e o ambiente, garanta inter-relacionamento harmônico entre todos os envolvidos.

(E) É pressuposto que uma empresa participe da geração de empregos, impostos e lucros.

12. O segmento do verbete que apresenta descuido quanto à regência é:

(A) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] promover o desenvolvimento sustentável, o bem-estar ea qualidade de vida.

(B) Adoção [...] de políticas e práticas organizacionais socialmente responsáveis.

(C) Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente [...], inter-relacionando-se com o equilíbrio ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o equilíbrio social.

(D) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar e cuidar da comunidade.

(E) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] conservar a vitalidade da terra e a biodiversidade.

13. A alternativa que apresenta frase redigida de modo claro e condizente com a norma-padrão é:

(A) Levantada a hipótese de os assessores se contrapuserem à decisão intempestiva do diretor, ninguém hesitaria em lhesapoiar, pois sabiam que ele determinava, depois ponderava sobre o assunto decidido.

(B) Primeiramente em prioridade absoluta, tornar-se-ia necessário que se revisasse as últimas determinações do ministro, mas nada parecia indicar que o fizessem à tempo.

(C) Assim que ele viu-os sair apressados e com semblante sério, indagou-se sobre o que teria acontecido durante aqueles tensos minutos que estiveram na sala da diretoria?

(D) Exequibilidade à parte, o projeto do coordenador dos eventos exibia tanta riqueza de informação, a prenunciar sucesso, que não havia quem não os quisesse custear.

(E) Não se tratava de excrescências a serem relegadas mas, de ítens absolutamente imprescindíveis ao bom enca-minhamento das secções em que se fosse debater tantos e tão controversos temas.

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14. Não faltam clareza e correção, segundo a norma-padrão, à seguinte frase:

(A) A homogenização dos ingredientes no tacho de cobre, é determinante de um bom ou medíocre resultado da receita,motivo porque muitos cozinheiros reservam toda a atenção e tempo a esse quesito.

(B) Acometido de forte disenteria, de que a palidez era sinal inequívoco, viu-se na iminência de ser internado, o que o impediu de comparecer ao julgamento como a testemunha mais importante da defesa.

(C) Eu estou entre aqueles que foi mau tratado pelo adjunto do secretário geral, por isso pretendo envidar todos os esforços para que ele responda pelos seus atos na medida exata da justiça.

(D) Estando emerso em decisões a tomar, não previu a possibilidade de, tempo findo, ser chamado a prestar contas e enumerar os impecilhos que o tornaram vulnerável a uma suspensão.

(E) Crêa você, ou não, o fato é que dissensões existem até na hora de organizar as homenagens decididas por consenso, pois os mais expontâneos, a rigor, são sempre os mais influentes nas deliberações finais.

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Atenção: Para responder às questões de números 1 a 8, con-sidere o texto abaixo.

A ética epicurista é basicamente um hedonismo. Mas o

hedonismo epicurista, embora considere todo prazer como cor-

póreo, não legitima qualquer tipo de prazer. Faz-se necessário

distinguir o verdadeiro prazer, estável, dos prazeres que resul-

tam em pesares ou partem de carências. O primeiro tipo é o

prazer em repouso, diferente do prazer em movimento, que os

cirenaicos consideram o bem buscado pelos homens. Exemplo

de prazer em movimento é sentir sede e saciá-la. O prazer em

repouso, meta do epicurista, não consiste em satisfazer uma

necessidade: é, antes, eliminar a necessidade, atingir a ausên-

cia de dor. Por isso, o prazer prescrito pelo epicurismo opõe-se

à busca desenfreada e ansiosa de bens.

Administrar os desejos, para manter-se "nos limites im-

postos pela natureza" − eis o caminho que conduz à serena feli-

cidade. Esse controle racional da afetividade coloca a existência

humana em sintonia com a natureza das coisas reveladas pela

física e impede que se siga na direção apontada pelo desejo

que não expressa uma necessidade natural, antes constitui im-

posição do meio social em seu aparente progresso. A vida as-

cética e frugal das comunidades epicuristas procura a sereni-

dade resultante da satisfação dos desejos naturais e necessá-

rios: a delícia está na qualidade, não na quantidade dos bens

adquiridos.

Ser mortal, o homem constrói sua liberdade no tempo,

no tempo desta vida, que deve ser transformado em tempo de

felicidade. O epicurismo considera, com efeito, que além do

mundo imediato, captado pelas sensações, há também um pla-

no de realidade − igualmente corpórea, porém mais sutil − à dis-

posição do homem: seu acervo de imagens, seu arquivo de

lembranças, simulacros corpóreos de sensações, que ele pode

utilizar para sua felicidade.

De tudo isso resulta o valor atribuído pela ética epicu-

rista ao tempo, ao acúmulo de experiências, ao passado e à

memória, e, consequentemente, à velhice. Dotado de grande

acervo de lembranças, o idoso, segundo Epicuro, possui mais

condições para alcançar a serena felicidade.

(Adaptado de: José Américo Motta Pessanha. As delícias do jardim. In: Ética. Org. Adauto Novaes. São Paulo, Cia. das Letras, 2007, p. 74 a 76)

1. O hedonismo epicurista configura-se como

(A) exaltação da liberdade de se atingir o prazer pelosmeios propiciados pela cultura.

(B) dedicação ao prazer dos sentidos, fundamento de todos os prazeres espirituais.

(C) procura de um tipo de prazer que somente se tor-naria pleno se fosse compartilhado com a comu-nidade.

(D) resignação diante do sofrimento do presente, revigo-rada por expectativas positivas quanto ao futuro.

(E) busca de prazeres moderados, ou seja, aqueles que não acarretam sentimentos de tristeza.

_________________________________________________________

2. É atitude condizente com a ética epicurista exposta notexto:

I. ter discernimento para analisar a diversidade dos

desejos e perceber quais devem ser atendidos e quais devem ser ignorados.

II. seguir na direção do progresso da civilização, coma finalidade de sobrepujar os limites da natureza eatingir uma vida ausente de desejos insatisfeitos.

III. satisfazer as exigências impostas pelo desejo tal

como se apresenta na juventude, ou seja, com todoo vigor, considerando, no entanto, que o melhorainda está por vir, já que apenas na velhice o ho-mem atinge a verdadeira sabedoria.

Atende ao enunciado APENAS o que consta em

(A) I.

(B) I e II.

(C) II e III.

(D) III.

(E) I e III.

_________________________________________________________

3. Sem prejuízo para a correção e o sentido original, nosegmento

(A) e impede que se siga na direção apontada pelo de-sejo que não expressa uma necessidade natural (2

o parágrafo), uma vírgula pode ser inserida imedia-

tamente após a palavra desejo.

(B) Ser mortal, o homem constrói sua liberdade no tempo (3

o parágrafo), a vírgula pode ser suprimida.

(C) à disposição do homem (3o parágrafo), o uso da cra-

se pode ser dispensado, por ser facultativo.

(D) embora considere todo prazer como corpóreo (1o pa-

rágrafo), o elemento em destaque pode ser subs-tituído por conquanto.

(E) é, antes, eliminar a necessidade (1o parágrafo), o

elemento em destaque pode ser substituído por pri-meiramente.

PROVA 5 - TRT 12 - 2012 Analista Judiciário Área

Judiciária

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4. O segmento que admite transposição para a voz passivaé:

(A) A ética epicurista é basicamente um hedonismo.

(B) ... que ele pode utilizar para sua felicidade.

(C) ... a delícia está na qualidade...

(D) ... prazeres que resultam em pesares...

(E) ... ou partem de carências.

_________________________________________________________

5. De tudo isso resulta o valor atribuído pela ética epicurista

ao tempo...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:

(A) ... desejo que [...] constitui imposição do meio social em seu aparente progresso.

(B) O primeiro tipo é o prazer em repouso...

(C) ... eis o caminho que conduz à serena felicidade.

(D) ... o homem constrói sua liberdade no tempo...

(E) ... há também um plano de realidade... _________________________________________________________

6. Mantém-se a correção, substituindo-se o segmento

(A) não legitima qualquer tipo de prazer por “não lidima qualquer tipo de prazer”.

(B) impede que se siga na direção apontada pelo desejo por “impede que continuamos na direção apontada pelo desejo”.

(C) O epicurismo considera, com efeito, que além do mundo imediato... por “O epicurismo considera fato consumado, que além do mundo imediato...”

(D) De tudo isso resulta o valor atribuído pela ética epi-curista ao tempo por “De tudo isso resulta os valores arrogados pela ética epicurista ao tempo”.

(E) Ser mortal, o homem constrói sua liberdade no tem-po por “Ser mortal, o homem cuja a liberdade cons-truíra no tempo”.

_________________________________________________________

7. Uma redação alternativa para um segmento do texto, emque se mantêm a correção e a lógica, é:

(A) Controlar racionalmente a afetividade humana colo-ca a existência em sintonia com a natureza das coi-sas reveladas pela física, que as impede de seguir na direção apontada pelo desejo.

(B) Diferentemente do prazer em repouso, o prazer em movimento, que é considerado pelos cirenaicos co-mo a maior meta dos homens.

(C) Mortal, a liberdade do homem se constrói no tempo de felicidade que à esta vida coubera ser transfor-mada.

(D) O grande acervo de lembranças disponível ao idoso, dota-lhe de maiores possibilidades de atingir a sere-na felicidade.

(E) Além do mundo imediato, captado pelas sensações, também haveria, segundo os epicuristas, um plano de realidade, igualmente corpórea, porém mais sutil, à disposição do homem.

8. Na frase Por isso, o prazer prescrito pelo epicurismoopõe-se à busca desenfreada e ansiosa de bens, o ele-mento sublinhado pode ser corretamente substituído por:

(A) Daí advém a finalidade da qual o prazer prescrito pelo epicurismo

(B) Eis o porque de o prazer prescrito pelo epicurismo

(C) Este é o por que de o prazer prescrito pelo epicu-rismo

(D) Este é o motivo porque o prazer prescrito pelo epicu-rismo

(E) Esta é a razão pela qual o prazer prescrito pelo epi-curismo

_________________________________________________________

9. Entre as capitais brasileiras, somente o Rio de Janeiro é

palco ...... altura de Florianópolis na diversidade das

belezas naturais. Com 400 mil habitantes, a cidade

começa no continente e toma ...... imensa Ilha de Santa

Catarina, com cerca de 60 km de extensão, o que faz com

que sejam longas as distâncias de uma praia ...... outra.

(Adaptado de: www.viagem.uol.com.br)

Preenchem corretamente as lacunas do texto acima, na ordem dada:

(A) à − à − a

(B) à − a − a

(C) a − à − à

(D) a − a − à

(E) à − à − à

_________________________________________________________

10. Além de O Vampiro de Curitiba (1965), ....... na obra

de Dalton Trevisan os livros Cemitério dos Elefan-

tes (1964), A Guerra Conjugal (1969) e Crimes da Pai-

xão (1978).

De acordo com o presidente da Fundação Biblioteca

Nacional (FBN), Galeno Amorim, “o Prêmio Camões é

uma possibilidade para que se mostre ao mundo a

literatura de grande qualidade que ...... em nossos países”.

A escolha do autor foi feita em 21 de maio pelo júri do

prêmio, instituído pelos governos do Brasil e de Portugal

em 1988. Desde então, já ...... o Camões onze escritores

de Portugal, dez do Brasil, dois de Angola, um de

Moçambique e um de Cabo Verde.

(Adaptado de: www.cartacapital.com.br/cultura/)

Preenchem corretamente as lacunas do texto acima, na ordem dada:

(A) destaca-se − se produz − receberam

(B) destaca-se − se produzem − recebeu

(C) destacam-se − se produzem − recebeu

(D) destacam-se − se produz − receberam

(E) destacam-se − se produzem − receberam

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Atenção: Para responder às questões de números 11 a 14, considere o texto abaixo.

MAQUINOMEM

O homem esposou a máquina

e gerou um híbrido estranho:

um cronômetro no peito

e um dínamo no crânio.

As hemácias de seu sangue

são redondos algarismos.

Crescem cactos estatísticos

em seus abstratos jardins.

Exato planejamento,

a vida do maquinomem.

Trepidam as engrenagens

no esforço das realizações.

Em seu íntimo ignorado,

há uma estranha prisioneira,

cujos gritos estremecem

a metálica estrutura;

há reflexos flamejantes

de uma luz imponderável

que perturbam a frieza

do blindado maquinomem.

Helena Kolody

11. Percebe-se no poema

I. sugestão de que a junção do homem com a má-quina, o maquinomem, acaba por gerar um ser des-provido de qualquer sensibilidade.

II. apologia à eficiência do híbrido homem-máquina.

III. enaltecimento à mecanização do trabalho humano.

IV. crítica à ideia de que o homem possa pensar e rea-gir tal qual uma máquina.

Atende ao enunciado APENAS o que consta em

(A) I e IV.

(B) IV.

(C) II e III.

(D) II.

(E) I. _________________________________________________________

12. Em seu íntimo ignorado,

há uma estranha prisioneira,

cujos gritos estremecem

a metálica estrutura [...]

Uma redação alternativa, em prosa, para os versos acima, em que se mantêm a correção e a lógica, está em:

(A) Os gritos, de uma estranha prisioneira, fazem estre-mecerem, em seu íntimo ignorado a estrutura me-tálica.

(B) No íntimo ignorado, onde habita os gritos de uma es-tranha prisioneira, estremecem a estrutura metálica.

(C) Estremecem a estrutura metálica, no seu íntimo ignorado, onde se encontra os gritos de uma estranha prisioneira.

(D) Os gritos de uma estranha prisioneira, estremecem no seu íntimo ignorado, a estrutura metálica.

(E) Os gritos de uma estranha prisioneira, em seu íntimo ignorado, fazem estremecer a estrutura metálica.

13. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente osentido de um segmento em:

(A) Trepidam as engrenagens = Ajustam-se as peças

(B) luz imponderável = chama impetuosa

(C) um híbrido estranho = um mestiço inolvidável

(D) perturbam a frieza = abalam a impassibilidade

(E) reflexos flamejantes = imagens enérgicas

_________________________________________________________

14. gerou um híbrido estranho − estremecem a metálica estru-

tura − perturbam a frieza do blindado maquinomem

Substituindo-se os elementos grifados acima por um pro-nome, com os necessários ajustes, o resultado corretoserá, respectivamente:

(A) gerou-o − estremecem-na − perturbam-lhe a frieza

(B) o gerou − estremecem-a − perturbam-no a frieza

(C) gerou-lhe − estremecem-na − o perturbam a frieza

(D) gerou-no − estremecem-lhe − perturbam-o a frieza

(E) gerou-lhe − lhe estremecem − perturbam-no a frieza

_________________________________________________________

Atenção: Para responder às questões de números 15 e 16, considere o texto abaixo.

Embora não fosse mais a capital da Turquia, por mui-

tos séculos a cidade fora o epicentro de três impérios distintos:

Bizantino, Romano e Otomano. Por esse motivo, Istambul podia

ser considerada um dos lugares com maior diversidade histórica

no mundo. Do palácio de Topkapi à Mesquita Azul, passando

pelo Castelo das Sete Torres, a cidade está repleta de relatos

folclóricos de batalhas, glórias e derrotas.

Era um mundo dividido, uma cidade de forças opostas:

antigas e modernas; orientais e ocidentais. Situada na fronteira

geográfica entre Europa e Ásia, a cidade era literalmente a

ponte que ligava o Velho Mundo a um mundo mais velho ainda.

(Adaptado de: Dan Brown. Inferno. São Paulo, Editora Arqueiro, 2013, Cap. 84)

15. Considere as afirmações abaixo.

I. Por meio de alguns dados históricos, geográficos e

culturais, o autor lamenta o fato de Istambul ter per-dido parte de sua antiga glória e não ser mais a ca-pital da Turquia.

II. Em ambos os segmentos em que aparecem, osdois-pontos introduzem um esclarecimento acercado que acabou de ser anunciado.

III. Nos segmentos Era um mundo dividido e a ponteque ligava o Velho Mundo a um mundo mais velhoainda, os verbos estão flexionados nos mesmostempo e modo.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) II.

(B) I e II.

(C) II e III.

(D) III.

(E) I e III.

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16. A forma verbal que exprime acontecimento passado an-terior a outro igualmente passado se encontra em:

(A) ... a cidade está repleta de relatos folclóricos de ba-talhas, glórias e derrotas.

(B) Embora não fosse mais a capital da Turquia...

(C) ... por muitos séculos a cidade fora o epicentro de três impérios distintos...

(D) ... Istambul podia ser considerada um dos lugares com maior diversidade histórica no mundo.

(E) ... a cidade era literalmente a ponte que... _________________________________________________________

Atenção: Para responder às questões de números 17 e 18, considere o texto abaixo.

Há uma geração, aproximadamente dois terços da po-

pulação do subúrbio de San Marino, em Los Angeles, era bran-

ca. Hoje, no entanto, os asiáticos formam mais da metade da

população do local.

A transformação ilustra uma mudança drástica nas

tendências migratórias da Califórnia, na última década, que

pode ser vista em toda a área: grande parte dos imigrantes do

Estado mais populoso dos EUA hoje vem da Ásia.

"Estamos realmente vendo uma era diferente aqui",

disse Hans Johnson, demógrafo do Instituto de Políticas Públi-

cas da Califórnia que estudou dados do Censo.

Mas o crescimento não ocorreu sem certas reações.

Se raramente há tensão declarada na área hoje em dia, existe

uma história de conflitos sobre regulamentos escritos apenas

em inglês.

(Adaptado de: Novo sonho suburbano nos EUA mistura Ásia e Califórnia. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)

17. Hoje, no entanto, os asiáticos formam mais da metade da

população do local.

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a formaverbal resultante será:

(A) se formava.

(B) são formadas.

(C) é formado.

(D) é formada.

(E) era formada.

18. Sem prejuízo do sentido original e sem que se faça qual-quer outra alteração na frase, o verbo flexionado no sin-gular que também estaria corretamente flexionado no plu-ral se encontra em:

(A) ... grande parte dos imigrantes do Estado mais popu-loso dos EUA hoje vem da Ásia.

(B) ... existe uma história de conflitos sobre regula-mentos escritos apenas em inglês.

(C) ... uma mudança drástica nas tendências migratórias da Califórnia, na última década, que pode ser vista em toda a área...

(D) Mas o crescimento não ocorreu sem certas reações.

(E) ... aproximadamente dois terços da população do su-búrbio de San Marino, em Los Angeles, era branca.

_________________________________________________________

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Atenção: Para responder às questões de números 1 a 8, considere o texto abaixo.

O arroz da raposa

Julio Cortázar tem um conto que sai de um palíndromo −

“Satarsa”. Um menino brinca de desarticular as palavras. No

fundo, um escritor é um sujeito que pela vida afora continua a

mexer com as palavras. Para diante delas, estranha esta,

questiona aquela. O menino de Cortázar, que devia ser ele

mesmo, virava a palavra pelo avesso e se encantava. Saber

que a leitura pode ser feita de trás para diante é uma aventura.

E às vezes dá certo. No conto “Satarsa”, a palavra é

ROMA. Lida ao contrário, também faz sentido. Deixa de ser

ROMA e vira AMOR. Para o leitor adulto e apressado, isso pode

ser uma bobagem. Para o menino é uma descoberta fascinante.

Olhos curiosos, o menino vê a partir daí que o mundo pode ser

arrumado de várias maneiras. Não só o mundo das palavras. É

a partir dessa possibilidade de mudar que o mundo se renova. E

melhora.

Ou piora. Não teria graça se só melhorasse. O risco de

piorar é fundamental na aventura humana. Mas estou me

afastando da história do Cortázar. E sobretudo do que pretendo

dizer. Ou pretendia. No embalo das palavras, vou me deixando

arrastar de brincadeira, como o menino do conto. Um dia ele

encontrou esta frase: “Dábale arroz a la zorra el abad”. Em

português, significa: “O vigário dava arroz à raposa”. Soa

estranho isso, não soa?

Mesmo para um menino aberto ao que der e vier, a frase

é bastante surrealista, mas o que importa é que a oração em

espanhol pode ser lida de trás para diante. E fica igualzinha.

Pois este palíndromo não só encantou o menino Cortázar, como

decidiu o seu destino de escritor. Isto sou eu quem digo.

Ele percebeu aí que as palavras podem se relacionar de

maneira diferente. E mágica. Sem essa consciência, não há

poeta, nem poesia. Como a criança, o poeta tem um olhar novo.

Lê de trás para diante. Cheguei até aqui e não disse o que

queria. Digo então que tentei uma série de anagramas com o

Brasil de hoje. Quem sabe virando pelo avesso a gente acha o

sentido?

(Adaptado de Otto Lara Resende. Bom dia para nascer. S.Paulo: Cia. das Letras, 2011. p.296-7)

1. No texto, o autor sugere que

(A) as frases mais estranhas seriam aquelas mais ple-nas de sentido.

(B) as palavras só adquiririam sentido quando lidas pelo avesso.

(C) o conhecimento do Brasil atual só pode ser aprofundado por meio da poesia.

(D) o conto “Satarsa”, de Julio Cortázar, seria autobio-gráfico.

(E) a poesia só seria válida quando colocada a serviço da atuação política.

2. O segmento cujo sentido está adequadamente expressoem outras palavras é:

(A) sobretudo do que pretendo dizer = mormente do que tenciono exprimir

(B) a frase é bastante surrealista = a oração é um tanto quanto pictórica

(C) O risco de piorar é fundamental = A possibilidade de onerar é insofismável

(D) tentei uma série de anagramas = busquei diferentes antíteses

(E) virava a palavra pelo avesso = trocava o vocábulo de lugar

_________________________________________________________

3. Ou pretendia.

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:

(A) ... ao que der ... (B) ... virava a palavra pelo avesso ... (C) Não teria graça ... (D) ... um conto que sai de um palíndromo ... (E) ... como decidiu o seu destino de escritor.

_________________________________________________________

4. Ao se substituir o elemento grifado em um segmento dotexto, o pronome foi empregado de modo INCORRETOem:

(A) Julio Cortázar tem um conto = Julio Cortázar tem-no (B) ele encontrou esta frase = ele encontrou-a (C) desarticular as palavras = desarticular-lhes (D) dava arroz à raposa = dava-lhe arroz (E) não só encantou o menino = não só o encantou

_________________________________________________________

5. Atente para as afirmações abaixo.

I. A frase Sem essa consciência, não há poeta pode ser corretamente reescrita do seguinte modo: Não há essa consciência em quem não seja poeta.

II. A frase este palíndromo não só encantou o meninoCortázar, como decidiu o seu destino de escritortem seu sentido corretamente reproduzido nestaoutra construção: este palíndromo, além de terencantado o menino Cortázar, decidiu o seudestino de escritor.

III. Em Mesmo para um menino aberto ao que der evier, a frase é bastante surrealista, a substituição doverbo é por parecia implica a alteração do segmen-to grifado para um menino aberto ao que desse eviesse.

Está correto o que consta em

(A) I, II e III.

(B) II, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

(E) I, apenas. _________________________________________________________

6. Não teria graça se só melhorasse.

O elemento grifado na frase acima pode ser corretamente substituído por:

(A) conquanto. (B) porquanto. (C) caso. (D) pois. (E) embora.

PROVA 6 - TRF 5 - 2012 Analista Judiciário

Área Judiciária

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7. Julio Cortázar tem um conto que ...... de um palíndromo −“Satarsa”. Um menino ...... de desarticular as palavras. No fundo, um escritor é um sujeito que pela vida afora continua a ...... com as palavras.

Respeitando-se a correção gramatical, as lacunas da frase acima podem ser preenchidas, na ordem dada, por:

(A) se prende - joga - conviver

(B) procede - distrai-se - praticar

(C) nasce - entretém-se - manipular

(D) se inspira - cuida - cultivar

(E) provém - ocupa-se - lidar _________________________________________________________

8. Está inteiramente adequada a pontuação da frase:

(A) Como já se disse, poeta é aquele que, ao aplicar-se conscientemente à difícil arte do desaprender, passa a ver o mundo com olhar infantil, despido das cama-das de preconceitos e prejuízos que, quase sempre à nossa revelia, acumulamos ao longo da vida adul-ta.

(B) Como, já se disse, poeta é aquele que ao aplicar-se conscientemente à difícil arte do desaprender, passa a ver o mundo, com olhar infantil, despido das cama-das de preconceitos e prejuízos, que quase sempre à nossa revelia, acumulamos ao longo da vida adul-ta.

(C) Como já se disse poeta é aquele, que ao aplicar-se conscientemente à difícil arte do desaprender, passa a ver o mundo com olhar infantil despido das cama-das de preconceitos e prejuízos que, quase sempre à nossa revelia acumulamos, ao longo da vida adul-ta.

(D) Como já se disse poeta, é aquele que ao aplicar-se conscientemente à difícil arte do desaprender, passa a ver o mundo com olhar infantil despido das cama-das de preconceitos, e prejuízos, que quase sempre à nossa revelia acumulamos ao longo da vida adulta.

(E) Como já se disse, poeta é aquele que ao aplicar-se, conscientemente, à difícil arte do desaprender passa a ver, o mundo, com olhar infantil despido das cama-das de preconceitos e prejuízos que quase sempre, à nossa revelia, acumulamos ao longo da vida adul-ta.

_________________________________________________________

Atenção: Para responder às questões de números 9 a 15, considere o texto apresentado abaixo.

Comprometido no plano nacional com os direitos huma-

nos, com a democracia, com o progresso econômico e social, o

Brasil incorpora plenamente esses valores a sua ação externa.

Ao velar para que o compromisso com os valores que

nos definem como sociedade se traduza em atuação diplomáti-

ca, o Brasil trabalha sempre pelo fortalecimento do multilatera-

lismo e, em particular, das Nações Unidas.

A ONU constitui o foro privilegiado para a tomada de de-

cisões de alcance global, sobretudo aquelas relativas à paz e à

segurança internacionais e a ações coercitivas, que englobam

sanções e uso da força.

A relação entre a promoção da paz e segurança inter-

nacionais e a proteção de direitos individuais evoluiu de forma

significativa ao longo das últimas décadas, a partir da cons-

tituição das Nações Unidas, em 1945.

Desde a adoção da Carta da ONU, a relação entre pro-

mover direitos humanos e assegurar a paz internacional passou

por várias etapas. Em meados da década de 90 surgiram vozes

que, motivadas pelo justo objetivo de impedir que a inação da

comunidade internacional permitisse episódios sangrentos co-

mo os da Bósnia, forjaram o conceito de "responsabilidade de

proteger".

A Carta da ONU, como se sabe, prevê a possibilidade do

recurso à ação coercitiva, com base em procedimentos que in-

cluem o poder de veto dos atuais cinco membros permanentes

no Conselho de Segurança − órgão dotado de competência pri-

mordial e intransferível pela manutenção da paz e da segurança

internacionais.

O acolhimento da responsabilidade de proteger teria de

passar, dessa maneira, pela caracterização de que, em determi-

nada situação específica, violações de direitos humanos impli-

cam ameaça à paz e à segurança.

Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a respon-

sabilidade de proteger pela via militar, a comunidade interna-

cional, além de contar com o correspondente mandato multilate-

ral, observe outro preceito: o da responsabilidade ao proteger.

O uso da força só pode ser contemplado como último recurso.

Queimar etapas e precipitar o recurso à coerção atenta

contra os princípios do direito internacional e da Carta da ONU.

Se nossos objetivos maiores incluem a decidida defesa dos di-

reitos humanos em sua universalidade e indivisibilidade, como

consagrado na Conferência de Viena de 1993, a atuação brasi-

leira deve ser definida caso a caso, em análise rigorosa das cir-

cunstâncias e dos meios mais efetivos para tratar cada situação

específica.

Devemos evitar, especialmente, posturas que venham a

contribuir − ainda que indiretamente − para o estabelecimento

de elo automático entre a coerção e a promoção da democracia

e dos direitos humanos. Não podemos correr o risco de regredir

a um estado em que a força militar se transforme no árbitro da

justiça e da promoção da paz.

(Adaptado de Antonio de Aguiar Patriota. “Direitos humanos e ação diplomática”. Artigo publicado na Folha de S. Paulo, em 01/09/2011, e disponível em: http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/discursos-artigos-entrevistas-e-outras-comunicacoes/- ministro-estado-relacoes-exteriores/direitos-humanos-e-acaodiplo- matica-folha-de-s.paulo-01-09-2011).

9. Ao considerar o posicionamento do Brasil, o autor do texto

(A) critica a inoperância da comunidade internacional que, em sua visão, desde a criação da Carta da ONU, nada fez para assegurar a defesa dos direitos humanos e, assim, provocou guerras e genocídios.

(B) assinala a diferença entre responsabilidade de pro-teger e responsabilidade ao proteger, o que signi-fica que o país defende o uso de ações militares para restaurar a paz apenas como último recurso.

(C) entende como necessário, embora não desejável, lançar mão da força militar, ainda que sem a legiti-mação do Conselho de Segurança da ONU, para ga-rantir a proteção dos direitos humanos em situações de conflito.

(D) reconhece a necessidade de se recorrer à ação coercitiva, ou seja, à intervenção militar, sempre que a segurança internacional for posta em risco, confor-me consagrado na Conferência de Viena de 1993.

(E) estabelece, de modo realista, um elo automático en-tre a coerção e a promoção da democracia, o que justifica a primazia da intervenção militar, medida ne-cessária nos casos em que a promoção da paz evi-dentemente não se daria pelo diálogo.

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Resolução de Questões FCC

10. Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a respon-sabilidade de proteger pela via militar, a comunidade inter-nacional [...] observe outro preceito ...

Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:

(A) é observado.

(B) seja observado.

(C) ser observado.

(D) é observada.

(E) for observado. _________________________________________________________

11. ... o recurso à coerção atenta contra os princípios dodireito internacional ...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:

(A) Se nossos objetivos maiores incluem a decidida defesa dos direitos humanos ...

(B) ... o Brasil incorpora plenamente esses valores a sua ação externa ...

(C) A ONU constitui o foro privilegiado para ...

(D) Em meados da década de 90 surgiram vozes que ...

(E) ... a relação [...] passou por várias etapas. _________________________________________________________

12. Devemos evitar, especialmente, posturas que venham acontribuir − ainda que indiretamente − para o estabeleci-mento de elo automático entre a coerção e a promoção dademocracia e dos direitos humanos.

Mantendo-se a correção e a lógica, uma redação alternati-va para a frase acima está em:

(A) Deve ser especialmente evitada posturas que pos-sam contribuir, embora de maneira apenas indireta, para o estabelecimento de elo automático entre a coerção e a promoção da democracia e dos direitos humanos.

(B) Posturas que contribuem, para o estabelecimento de elo automático entre a coerção e a promoção da de-mocracia e dos direitos humanos, devem ser espe-cialmente evitados, ainda que indiretamente.

(C) Ainda que contribua, apenas indiretamente, para o estabelecimento de elo automático entre a coerção e a promoção da democracia e dos direitos humanos, tais posturas devem ser especialmente evitadas.

(D) Posturas que contribuam, mesmo que de maneira in-direta, para o estabelecimento de elo automático en-tre a coerção e a promoção da democracia e dos di-reitos humanos, devem ser especialmente evitadas.

(E) Conquanto contribuam apenas de modo indireto, posturas que estabeleçam elo automático entre a coerção e a promoção da democracia e dos direitos humanos, devem ser especialmente evitados.

13. Do mesmo modo que no segmento ameaça à paz e à se-gurança, o sinal indicativo de crase também está correta-mente empregado em:

(A) O mais grave foi a ameaça à integridade física davítima.

(B) A crise econômica ameaça à preservação do acervo de vários museus.

(C) Certos animais reagem agressivamente a ameaças à seus interesses.

(D) Houve ameaça à grupo de manifestantes presos durante protesto.

(E) A censura ameaça à liberdade de criação. _________________________________________________________

14. Atente para as afirmações abaixo.

I. Ao velar para que o compromisso com os valores que nos definem como sociedade se traduza em atuação diplomática, o Brasil trabalha sempre pelo fortalecimento do multilateralismo e, em particular, das Nações Unidas. (2

o parágrafo)

Na frase acima, uma vírgula poderia ser colocada imediatamente após sociedade, sem prejuízo para a correção e o sentido.

II. O acolhimento da responsabilidade de proteger te-ria de passar, dessa maneira, pela caracterizaçãode que, em determinada situação específica, viola-ções de direitos humanos implicam ameaça à paz eà segurança. (7

o parágrafo)

As vírgulas que isolam o segmento em determi-nada situação específica podem ser substituídaspor travessões, sem prejuízo para a correção.

III. Em meados da década de 90 surgiram vozes que,motivadas pelo justo objetivo de impedir que a inaçãoda comunidade internacional permitisse episódiossangrentos como os da Bósnia, forjaram o conceito de"responsabilidade de proteger". (5

o parágrafo)

Na frase acima, uma vírgula poderia ser colocadaimediatamente após 90, sem prejuízo para acorreção e o sentido.

Está correto o que consta APENAS em

(A) II.

(B) I.

(C) I e III.

(D) II e III.

(E) I e II. _________________________________________________________

15. O verbo flexionado no singular que também pode sercorretamente flexionado no plural, sem que nenhumaoutra alteração seja feita na frase, está destacado em:

(A) Para promover os direitos humanos, a consolidaçãoda democracia em todos os países é extremamente necessária.

(B) Cada um dos países do Conselho de Direitos Huma-nos da Organização das Nações Unidas (ONU) há de zelar pela manutenção dos Direitos Humanos.

(C) A comunidade internacional trata os direitos huma-nos de forma global, justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase.

(D) A maior parte dos países compreende que o direito ao trabalho é de vital importância para o desenvolvi-mento de povos e nações.

(E) A declaração de Direitos Humanos de Viena, de 1993, reconhece uma série de direitos fundamen-tais, como o direito ao desenvolvimento.

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Instruções: Para responder às questões de números 1 a 8, con-sidere o texto a seguir.

Fundas canções

“Existirmos, a que será que se destina?” − pergunta um

verso de Caetano Veloso em sua bela canção “Cajuína”, nasci-

da numa visita a amigo em Teresina. Que faz numa canção po-

pular essa pergunta fundamental sobre o propósito mesmo da

vida humana? − perguntarão aqueles que preferem separar

bem as coisas, julgando que somente os gêneros “sérios” po-

dem querer dar conta das questões “sérias”. O preconceito está

em não admitir que haja inteligência − e das fulgurantes, como a

de Caetano Veloso − entre artistas populares. O fato é que a

pergunta dessa canção, tão sintética e pungente, incide sobre o

primeiro dos nossos enigmas: o da finalidade da nossa exis-

tência.

Não seria difícil encontrarmos em nosso cancioneiro

exemplos outros de pontos de reflexão essencial sobre nossa

condição no mundo. Em “A vida é um moinho”, de Cartola, ou

em “Esses moços”, de Lupicínio Rodrigues, ou ainda em “Juízo

final”, de Nelson Cavaquinho, há agudos lampejos reflexivos,

nascidos de experiências curtidas e assimiladas. Não se trata

de “sabedoria popular”: é sabedoria mesmo, sem adjetivo, filtra-

da por espíritos sensíveis que encontraram na canção os meios

para decantar a maturidade de suas emoções. Até mesmo

numa marchinha de carnaval, como “A jardineira”, do

Braguinha, perguntamos: “Ó jardineira, por que estás tão triste?

Mas o que foi que te aconteceu?” − para saber que a tristeza

dela vem da morte de uma camélia. Essa pequena tragédia,

cantada enquanto se dança, mistura-se à alegria de todos e fun-

de no canto da vida o advento natural da morte: “Foi a camélia

que caiu do galho, deu dois suspiros e depois morreu...”

Mesmo em nosso folclore, compositores anônimos al-

cançaram um tom elevado na dicção aparentemente ingênua de

uma cantiga de roda. Enquanto se brinca, canta-se: “Menina,

minha menina / Faz favor de entrar na roda / Cante um verso

bem bonito / Diga adeus e vá-se embora”. Não será essa uma

expressão justa do sentido mesmo de nossa vida: entrar na ro-

da, dizer a que veio e ir-se embora? É o que cantam as alegres

crianças de mãos dadas, muito antes de se preocuparem com a

metafísica ou o destino da humanidade.

(BARROSO, Silvino, inédito)

1. O sentido essencial desse texto, considerado no conjuntoe na perspectiva adotada pelo autor, está adequadamenteexpresso na seguinte formulação:

(A) é da natureza mesma da arte popular expressar, emlinguagem rebuscada e hermética, os temas que perturbam os filósofos e costumam ecoar nos seus mais altos tratados.

(B) a canção popular encontra a justificativa mesma da sua existência no fato de responder em linguagem altissonante as questões que costumam afligir nossas vidas.

(C) muitas vezes ocorre que se encontre numa canção popular a expressão de uma grande sabedoria, nas-cida e decantada a partir de uma funda experiência.

(D) os artistas populares habilitados a tratar dos mais profundos temas em suas canções não deixam de acusar a formação acadêmica que lhes dá respaldo.

(E) a sabedoria popular dispensa esse adjetivo toda vez que surpreendemos, na letra de uma canção, uma versão facilitada dos clássicos e folclóricos ditados.

_________________________________________________________

2. Atente para as seguintes afirmações:

I. No primeiro parágrafo, o autor estranha a presença

de uma reflexão tão aguda, em tom conclusivo, na letra de compositor popular, que melhor faria se viesse a dar voz a questões menos complexas.

II. No segundo parágrafo, os exemplos de canções

elencados pelo autor do texto servem-lhe como ar-gumento para contestar a relevância do questiona-mento expresso no verso de Caetano Veloso, cita-do no parágrafo anterior.

III. No terceiro parágrafo, os versos de uma conhecidacantiga de roda são lembrados como exemplo doalcance trágico que se pode reconhecer nas pala-vras que as crianças cantam enquanto brincam.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em

(A) I, II e III.

(B) I e II, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I e III, apenas.

(E) III, apenas.

_________________________________________________________

3. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente osentido de um segmento em:

(A) o preconceito está em não admitir (1o parágrafo) = a

razão alegada leva à inclusão

(B) agudos lampejos reflexivos (2o parágrafo) = súbitas e

cortantes reflexões

(C) experiências curtidas e assimiladas (2o parágrafo)

= vivências prazerosas e alienadas.

(D) filtrada por espíritos sensíveis (2o parágrafo) = purifi-

cada por mentes pragmáticas

(E) dicção aparentemente ingênua (3o parágrafo) = pro-

núncia supostamente engenhosa

PROVA 7 - TCE - PI - 2014 Jornalista

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4. Um dos recursos expressivos utilizados no texto consisteem

(A) repetir palavras com a finalidade de reforçar a quali-ficação de um mesmo objeto, como em: somente os gêneros “sérios” podem querer dar conta das ques-tões “sérias”.

(B) repetir o sinal de aspas para indicar o emprego ina-dequado de um vocábulo, como em “Esses moços” ou em “Juízo final”.

(C) aproximar expressões de sentido radicalmente an-tagônico, como ocorre entre se preocuparem com a metafísica e o destino da humanidade.

(D) empregar a primeira pessoa do plural em pronomes e formas verbais, para incluir o leitor no discurso, como em: Não seria difícil encontrarmos em nosso cancioneiro exemplos outros de pontos de reflexão essencial sobre nossa condição no mundo.

(E) estabelecer clara oposição de sentido entre ex-pressões de uma mesma frase, como ocorre entre alcançaram um tom elevado e uma expressão justa do sentido mesmo de nossa vida.

_________________________________________________________

5. Está clara e correta a redação deste livre comentário so-bre o texto. (A) Há muito preconceito, pondera o autor, na manifes-

tação de juízos quanto ao alcance artístico e ao pa-pel social que se reservam às canções populares.

(B) O cancioneiro popular é com frequência vítima de

preconceitos, segundo o qual lhes cabe apenas de-ter-se nos limites já lhe consignados.

(C) É comum e preconceituoso o entendimento de que o

compositor popular, atendo-se à uma função que lhe é própria, não se arvore em temas de maior enver-gadura.

(D) O conceito mesmo de inadequação não se aplicaria

à arte, mesmo popular, quando esta se dispor a ven-cer barreiras em prol de maior seriedade.

(E) Frequentemente surge o preconceito que o composi-

tor popular, uma vez despreparado para os altos te-mas, deveria aboná-los à favor de sua própria arte.

_________________________________________________________

6. As normas de concordância verbal estão plenamente res-peitadas na frase: (A) Revela-se, no cancioneiro de Caetano Veloso, quali-

dades artísticas dignas de figurarem entre as obras nas quais se empenharam nossos maiores poetas.

(B) É inegável que subsiste, em muitas das antigas mar-chinhas de carnaval, um alto nível de execução poé-tica, pela qual eram responsáveis nossos composi-tores populares.

(C) O depoimento de uma experiência e a reflexão de-

purada que o artista dela depreendeu pode conviver bem numa mesma canção popular.

(D) Devem-se aos belos versos de tantas canções po-pulares o fascínio que nos provocam os achados poéticos dos nossos inspirados compositores.

(E) Não haveria de faltar em nosso cancioneiro verda-deiras pérolas de poesia, como aquelas referidas nas canções elencadas no texto.

_________________________________________________________

7. Transpondo-se para a voz ativa a frase Aquele com-positor teria sido brindado pelas mais inspiradasmusas, a forma verbal resultante será

(A) brindariam.(B) teria brindado.(C) fora brindado.(D) brindaria.(E) teriam brindado.

8. Quanto ao tempo e ao modo, todas as formas verbais en-contram-se adequadamente articuladas na seguinte cons-trução:

(A) Não será difícil encontrarmos em nosso cancioneirooutros exemplos que viessem a demonstrar a tese que defendamos.

(B) Fizéssemos uma ampla pesquisa e haveremos de encontrar inúmeros versos poéticos nas canções brasileiras.

(C) Quando nos empenharmos em avaliar nossas can-ções populares sem qualquer preconceito, surpreen-der-nos-emos com a riqueza poética que delas ema-nará.

(D) Caso tenha interesse em pesquisar o nosso folclore,

o estudioso estrangeiro encontraria nele um belo re-pertório de achados poéticos.

(E) A menos que desapareçam todos os preconceitos,

sempre houve quem negasse poesia às nossas can-ções populares.

_________________________________________________________

Instruções: Para responder às questões de números 9 a 15, considere o texto a seguir.

Pobres palavras

Lendo um romance, tropecei na palavra inexorável. É

uma das que mantenho desconhecidas, desde rapazola, quan-

do peguei gosto de ler. Desconhecida porque, mesmo já tendo

lido inexorável muitas vezes, nunca quis saber o sentido. Pa-

rece uma palavra em desuso, dessas que ficam lá nos velhos

armazéns da língua, coberta de poeira, até que alguém pega e

coloca numa frase como uma roupa no varal. O leitor é quem

recolhe essas roupas, uma por uma, menos as que, como

inexorável, a gente não sabe o que é, deixa lá, para que volte

sozinha ao armazém e fique lá mofando até que...

Bem, desta vez fiquei com pena da pobre inexorável e fui

ao dicionário. E inexorável é implacável. Eu já desconfiava

disso, tantas vezes li que o destino é inexorável, e fiquei feliz

porque o significado justifica a pompa da palavra. Porque a pri-

meira vez que fui ao dicionário desvendar uma palavra, foi uma

inenarrável (olha outra pomposa aí) decepção.

Era a palavra inconsútil. Em prosa e poesia, volta e meia

lá vinha a inconsútil. Um dia, já na casa dos quarenta, a barba

começando a grisalhar, não aguentei mais as décadas de igno-

rância e fui ao dicionário. E inconsútil é apenas “sem costura”.

Tantos mantos inconsúteis e eu não conseguia ver algo em co-

mum entre eles para achar o sentido da palavra, e eram apenas

mantos sem costura. Fiquei acabrunhado (esta nem pomposa, é

atrapalhada mesmo).

(PELLEGRINI, Domingos. Lições de gramática para quem gosta de literatura. São Paulo: Panda Books, 2007, p. 40-41)

9. Depreende-se corretamente da leitura do texto que, para oautor,

(A) o aspecto sonoro das palavras não permite que sefaçam suposições acerca de seu sentido.

(B) o dicionário é um armazém de decepções, tal como lhe pareceu no caso do termo inexorável.

(C) palavras como inconsútil apenas confirmam, no di-cionário, a significação que já era previsível.

(D) o dicionário pode frustrar a quem atribuía a uma pa-lavra a grandiosidade que o sentido não confirma.

(E) palavras como acabrunhado podem atrair um leitor pela mesma razão que ocorre com inexorável.

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10. Atente para as seguintes afirmações:

I. Para o autor do texto, o desuso a que se condenam muitas palavras é comparável a um depósito de coisas inúteis, que só voltam a ter valor quando alguém as investiga e lhes reconhece a utilidade.

II. Muitas vezes roçamos o real sentido de uma pala-

vra pelo contexto em que surge, pelas expressõesem que foi empregada, como no caso de destinoinexorável.

III. A frustração sentida pelo autor quando pesquisou ovocábulo inconsútil deveu-se ao fato de que a pom-pa dessa palavra não correspondia à trivialidade deseu sentido.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em

(A) I, II e III.

(B) I e II, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

(E) II, apenas.

_________________________________________________________

11. Atente para estes três emparelhamentos de frases:

I. É uma das que mantenho desconhecidas desde ra-pazola. Quando rapazinho, dei por desconhecidas palavras como essa.

II. (...) fiquei feliz porque o significado justifica a pom-pa da palavra.(...) fez-me feliz o fato de a solenidade da palavralegitimar-se no seu sentido.

III. (...) não aguentei mais as décadas de ignorância.(...) tornou-se inócuo para mim ignorar aquelasdécadas.

Considerando-se o contexto, há equivalência de sentido entre as frases emparelhadas em

(A) I, II e III.

(B) I e II, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

(E) II, apenas.

_________________________________________________________

12. É preciso CORRIGIR a má estruturação da seguinte frase:

(A) Há palavras que caem em desuso e levam o leitor a consultar um dicionário, caso queira conhecer seu sentido e empregá-las com propriedade.

(B) A fim de empregar uma palavra com propriedade, caso se desconheça seu sentido por desuso, para tanto é preciso consultar um dicionário.

(C) Há de consultar o dicionário quem, diante de uma palavra que caiu em desuso, queira dela se valer respeitando seu sentido.

(D) A consulta a um dicionário é necessária quando, no caso de uma palavra raramente empregada, deseja-mos certificar-nos de sua significação.

(E) Para lançarmos mão de uma palavra de raro uso, é preciso consultar um dicionário, evitando, assim, que seja empregada inadequadamente.

13. Está inteiramente correta a pontuação da seguinte frase:

(A) Por vezes uma palavra como inexorável, pode levar-nos ao dicionário, quando se confirma de certo modo o significado de que suspeitávamos.

(B) Ao consultar no dicionário o verbete inconsútil con-fessa-nos o autor, que se decepcionou, pois não imaginava que a palavra se referisse a algo tão pro-saico.

(C) Muitas palavras inteiramente desconhecidas podem, eventualmente, ter seu sentido indicado pela força do contexto, mas tal não ocorreu com o termo in-consútil.

(D) Há em qualquer língua, expressões tão gastas, que mesmo um ou outro termo que as integra, pode pa-recer-nos familiar e sabido, pela força da repetição.

(E) Provavelmente ao ler a expressão mantos inconsú-teis imaginou o autor, que ao contrário do que, de fato, significa o termo, parecia apontar para uma al-tura mística.

_________________________________________________________

14. Atente para a seguinte frase:

O autor pesquisou palavras ...... sentido não tinha co-

nhecimento, ainda que ...... suspeitasse, tal como ocorreu

com a palavra inexorável, ....... passou a utilizar em seus

textos.

Preenchem corretamente as lacunas dessa frase, na or-dem dada:

(A) de cujo − dele − da qual

(B) cujo − lhe − da qual

(C) do qual − dele − onde

(D) em que o − o − com a qual

(E) de onde − lhe − de que

_________________________________________________________

15. Quanto ao uso da norma-padrão da língua portuguesa, afrase plenamente correta é:

(A) Se alguém supor que pode adivinhar os significados das palavras, provavelmente surpreender-se-ão ao consultar um dicionário.

(B) O autor havia decepcionado-se com o sentido de in-consútil, não imaginando que de tal palavra pro-viesse tão banais informações.

(C) Muita gente intue o sentido de uma palavra a partir da sonoridade, quando tão mais simples seria dei-xarem que os dicionários o esclarecessem.

(D) Se um escritor se abstivesse de consultar o dicio-nário, acabaria por incorrer em equívocos que muito prejuízo acarretariam ao seu texto.

(E) Espera-se que as crônicas de um bom escritor nun-ca se ressintem da falta de objetividade, pautando-se pelo rigor que aos dicionários competem garantir.

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Resolução de Questões FCC

Atenção: Para responder às questões de números 1 a 7, considere o texto abaixo.

O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O

trem cargueiro começa a avançar pelos vastos e desertos pra-

dos do Cazaquistão, deixando para trás a fronteira com a China.

O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da len-

dária Rota da Seda, antigo caminho que ligava a China à Euro-

pa e era usado para o transporte de especiarias, pedras precio-

sas e, evidentemente, seda, até cair em desuso, seis séculos

atrás.

Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma

carga igualmente preciosa: laptops e acessórios de informática

fabricados na China e enviados por trem expresso para

Londres, Paris, Berlim e Roma.

A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma

teia de caminhos trilhados por caravanas de camelos e cavalos

a partir de 120 a.C., quando Xi'an − cidade do centro-oeste

chinês, mais conhecida por seus guerreiros de terracota − era a

capital da China.

As caravanas começavam cruzando os desertos do

oeste da China, viajavam por cordilheiras que acompanham as

fronteiras ocidentais chinesas e então percorriam as pouco

povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além.

Esses caminhos floresceram durante os primórdios da

Idade Média. Mas, à medida que a navegação marítima se

expandiu e que o centro político da China se deslocou para

Pequim, a atividade econômica do país migrou na direção da

costa.

Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez.

Os custos trabalhistas nas cidades do leste da China

dispararam na última década. Por isso as indústrias estão

transferindo sua produção para o interior do país.

O envio de produtos por caminhão das fábricas do

interior para os portos de Shenzhen ou Xangai − e de lá por

navios que contornam a Índia e cruzam o canal de Suez − é

algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz

esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais

barata do que o trem, mas o custo do tempo agregado por mar

é considerável.

Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de

verão, mas agora algumas empresas planejam usar o frete

ferroviário no próximo inverno boreal. Para isso adotam

complexas providências para proteger a carga das temperaturas

que podem atingir 40 °C negativos.

(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473)

1. Depreende-se corretamente do texto:

(A) A lendária Rota da Seda foi abandonada porque ascaravanas de camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da região.

(B) A expansão da navegação marítima colaborou para que, no passado, a atividade comercial da China migrasse na direção da costa.

(C) O frete ferroviário deve ser substituído pelo trans-porte marítimo no inverno, já que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas tem-peraturas.

(D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fábricas chinesas voltaram a exportar quantidades significa-tivas de especiarias.

(E) A navegação chinesa se expandiu e o transporte marítimo atingiu o seu auge durante a época em que Xi’an era a capital da China.

_________________________________________________________

2. Há relação de causa e consequência, respectivamente,entre

(A) o aumento dos custos trabalhistas no leste da Chinae a atual transferência da produção industrial para o interior do país.

(B) a redução de tempo no atual transporte por trem na Rota da Seda e a aceleração da venda de produtos de informática.

(C) o uso de caminhões para o transporte de carga e a atual mudança da geografia econômica da China.

(D) a retomada do transporte de mercadorias pela Rota da Seda e o aumento nos custos do transporte marítimo.

(E) a suspensão do uso da Rota da Seda no fim da Ida-de Média e a diminuição na demanda do Ocidente por especiarias e seda.

_________________________________________________________

3. Afirma-se corretamente:

(A) Sem prejuízo para a correção e o sentido original,uma vírgula pode ser inserida imediatamente após cordilheiras (quinto parágrafo).

(B) O segmento isolado por travessões, no quarto pará-grafo, assinala uma ressalva ao que se afirmou antes.

(C) No terceiro parágrafo, os dois-pontos introduzem um esclarecimento acerca do que se afirmou antes.

(D) Haverá prejuízo para a correção e o sentido original ao se inserir uma vírgula imediatamente após isso (sétimo parágrafo).

(E) Sem prejuízo para a correção e o sentido original, no segmento que podem atingir 40 °C negativos (último parágrafo), o elemento grifado pode ser substituído por “onde”.

_________________________________________________________

4. ... e então percorriam as pouco povoadas estepes da ÁsiaCentral até o mar Cáspio e além. (5

o parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que ogrifado acima está em:

(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia... (B) ... era a capital da China. (C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... (D) ... dispararam na última década. (E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chi-

nesas...

PROVA 8 - TRT 19 - 2014 Analista Judiciário

Área Judiciária

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Resolução de Questões FCC

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5. Para isso adotam complexas providências para proteger acarga das temperaturas que podem atingir 40 °C nega-tivos. (último parágrafo)

Sem que se faça nenhuma outra alteração no segmentoacima, mantêm-se a correção e, em linhas gerais, osentido original, substituindo-se

(A) atingir por cair à.

(B) adotam por recorrem.

(C) para proteger por afim de proteger.

(D) complexas por amplas.

(E) isso por tanto._________________________________________________________

6. cruzando os desertos do oeste da China − que contornama Índia − adotam complexas providências

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos gri-fados acima foram corretamente substituídos por um pro-nome, respectivamente, em:

(A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as

(B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam

(C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes

(D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas

(E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam_________________________________________________________

7. ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...

O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de comple-mento que o da frase acima está em:

(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...

(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdiosda Idade Média.

(C) ... viajavam por cordilheiras...

(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.

(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador. _________________________________________________________

8. Está gramaticalmente correta a redação desse livre co-mentário sobre o assunto tratado no texto:

(A) Preocupam os fornecedores chineses o longo tempoque se leva para transportar por via marítima os produtos que chegam das fábricas do interior aos portos de Xangai.

(B) Há seis séculos, transportava-se, com esforço e per-das humanas, especiarias, seda e pedras preciosas pelos caminhos da Rota da Seda.

(C) À medida que se desenvolvia a navegação no país, as rotas comerciais que floresceram na China du-rante a Idade Média iam sendo abandonadas.

(D) Em tempos passados, para se chegar da China ao mar Cáspio, percorria-se as poucas, povoadas, este-pes da Ásia Central a cavalo ou camelo.

(E) Os centros político e financeiro da China deslo-caram-se para Pequim no final da Idade Média, fa-zendo com que a atividade econômica os acompa-nhassem, seguindo em direção a costa.

Atenção: Para responder às questões de números 9 a 12, considere o trecho da entrevista abaixo.

De que forma o conhecimento da cultura renascentista

pode auxiliar no entendimento do presente?

A história da cultura renascentista ilustra com clareza o

processo de construção cultural do homem moderno e da

sociedade contemporânea. Nela se manifestam, já muito

dinâmicos e predominantes, os germes do individualismo, do

racionalismo e da ambição ilimitada, típicos de comportamentos

mais imperativos e representativos do nosso tempo. Ela

consagra a vitória da razão abstrata, que é a instância suprema

de toda a cultura moderna, versada no rigor das matemáticas

que passarão a reger os sistemas de controle do tempo e do

espaço. Será essa mesma razão abstrata que estará presente

na própria constituição da chamada identidade nacional. Ela é a

nova versão do poder dominante e será consubstanciada no

Estado Moderno, entidade controladora e disciplinadora por

excelência, que impõe à sociedade um padrão único, monolítico

e intransigente. Isso, contraditoriamente, fará brotar um anseio

de liberdade e autonomia do espírito, certamente o mais belo

legado do Renascimento à atualidade.

Como explicar a pujança do Renascimento, surgido em

continuidade à miséria, à opressão e ao obscurantismo do

período medieval?

O Renascimento assinala o florescimento de um longo

processo de produção, circulação e acumulação de recursos

econômicos, desencadeado desde a Baixa Idade Média. São os

excedentes dessa atividade crescente em progressão maciça

que serão utilizados para financiar, manter e estimular uma

ativação econômica. Surge assim a sociedade dos mercadores,

organizada por princípios como a liberdade de iniciativas, a

cobiça e a potencialidade do homem, compreendido como

senhor da natureza, destinado a dominá-la e a submetê-la à sua

vontade. O Renascimento, portanto, é a emanação da riqueza e

seus maiores compromissos serão para com ela.

(Adaptado de: SEVCENKO, Nicolau. O renascimento. São Paulo: Atual; Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 1982. p. 2 e 3)

9. Depreende-se corretamente do texto:

(A) a escassez de recursos dos comerciantes medievaisé consequência imediata do obscurantismo típico do período renascentista.

(B) a oposição entre o predomínio do obscurantismo e a supremacia da razão abstrata só se resolveu com a fundação do Estado Moderno.

(C) o comportamento insólito e ousado do homem re-nascentista foi determinante para que ele pudesse controlar os rumos tomados pela sociedade.

(D) as origens do comportamento individualista, do racio-nalismo e da ambição ilimitada, perceptíveis na so-ciedade contemporânea, remontam ao Renascimento.

(E) o domínio do homem sobre a natureza foi deter-minante para a aceleração do fluxo de capital que culminou no Renascimento.

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10. Assinala-se no texto

(A) a primazia do poder controlador do Estado Moderno sobre o pensamento abstrato na Baixa Idade Média, contra a qual o homem renascentista se mobilizou.

(B) a oposição entre o caráter disciplinador do Estado Moderno e o anseio de liberdade e autonomia do espírito.

(C) a legitimação do individualismo, elemento fundador da cultura moderna, cuja consequência foi a consti-tuição de uma identidade nacional.

(D) um juízo de valor em relação à ambição ilimitada do homem renascentista, a qual dificultou o avanço das ciências exatas.

(E) o egocentrismo e a cobiça do homem renascentista, cujos resíduos negativos podem ser percebidos nos dias atuais.

_________________________________________________________

11. Ela consagra a vitória da razão abstrata, que é a instânciasuprema de toda a cultura moderna, versada no rigor dasmatemáticas que passarão a reger os sistemas de con-trole do tempo e do espaço.

Afirma-se corretamente sobre a frase acima:

(A) As vírgulas isolam um segmento explicativo.

(B) O verbo consagra, no contexto, não admite transpo-sição para a voz passiva.

(C) No segmento que passarão a reger os sistemas de controle do tempo e do espaço, o elemento sublinha-do pode ser substituído por "com que", sem prejuízo para o sentido original.

(D) O segmento versada no rigor está corretamente traduzido, no contexto, por “de acordo com os princípios”.

(E) O segmento que passarão a reger os sistemas de controle do tempo e do espaço pode ser substituído por "cujos sistemas de controle do tempo e do espa-ço passarão a reger".

_________________________________________________________

12. O sinal indicativo de crase pode ser corretamente supri-mido, sem prejuízo para a correção e o sentido original dotexto, em:

(A) ... à opressão e ao obscurantismo...

(B) ... o mais belo legado do Renascimento à atualidade.

(C) ... em continuidade à miséria...

(D) ... e a submetê-la à sua vontade.

(E) ... que impõe à sociedade um padrão único...

Atenção: Para responder às questões de números 13 e 14, considere o texto abaixo.

Falo somente do que falo:

do seco e de suas paisagens,

Nordestes, debaixo de um sol

ali do mais quente vinagre:

que reduz tudo ao espinhaço,

cresta o simplesmente folhagem,

folha prolixa, folharada,

onde possa esconder-se a fraude.

Falo somente por quem falo:

por quem existe nesses climas

condicionados pelo sol,

pelo gavião e outras rapinas:

e onde estão os solos inertes

de tantas condições caatinga

em que só cabe cultivar

o que é sinônimo da míngua

Falo somente para quem falo:

quem padece sono de morto

e precisa um despertador

acre, como o sol sobre o olho:

que é quando o sol é estridente,

a contrapelo, imperioso,

e bate nas pálpebras como

se bate numa porta a socos.

(Trecho de “Graciliano Ramos”. João Cabral de Melo Neto. Melhores poemas de João Cabral de Melo Neto. SECCHIN, Antonio Carlos (Sel.), São Paulo: Global, 2013, formato ebook)

13. Considere as afirmações abaixo.

I. Ao lançar mão da imagem de um despertador (ter-ceira estrofe), o poeta visa a chamar para uma si-tuação de miséria a atenção de um leitor indiferente.

II. É expressa no poema a intenção de dar voz apessoas submetidas a um contexto de privação.

III. Depreende-se do poema que a miséria provocada

pela seca se esconde nas folhas prolixas dapaisagem.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e III.

(B) II e III.

(C) II.

(D) III.

(E) I e II. _________________________________________________________

14. Afirma-se corretamente:

(A) No poema, considera-se o sol a causa da escassezda folhagem.

(B) O elemento grifado em como se bate numa porta a socos indica uma causa.

(C) Alguns dos adjetivos que caracterizam o sol no poema são inerte, estridente, imperioso.

(D) Critica-se no poema a inércia daqueles que não se esforçam para cultivar o solo.

(E) O segmento nesses climas condicionados pelo sol pode ser reescrito do seguinte modo: "nesses climas em que o sol os condiciona".

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Atenção: O texto abaixo refere-se às questões de números 1 a 3.

Toda crítica envolve uma militância, alertou o teórico

francês Christian Metz em A significação do cinema. Toda

crítica esconde camadas de subjetividade por baixo do seu

manto solene de objetividade. De quando em quando, todo

crítico é acometido por algum tipo de cegueira analítica: ora são

afetos e relações pessoais que podem flexibilizar o rigor dos

textos, ora são idealizações materializadas em artistas que se

tornam a mais fiel tradução da própria militância.

O fato é que amo a crítica. Trabalhei durante muitos

anos no jornalismo cultural e, por quase uma década, chefiei

uma equipe de críticos atuando nas mais diferentes

manifestações artísticas. Acredito piamente que o processo da

arte só se realiza em sua plenitude no olhar erudito do crítico,

que vai contextualizar determinada obra na história da

humanidade, deslindando preciosidades estéticas, temáticas e

filosóficas que, em muitos casos, passam despercebidas até

mesmo para os próprios criadores.

Acho sinceramente que a crítica é um espaço de

resistência fundamental nessa massacrante indústria cultural

que tanto nos sufoca. Por mais que admire e respeite quem a

exerce, nunca me arrisquei por esse caminho, com exceção de

um breve período em minha juventude. Há diferentes tipos de

crítico, mas sempre me interessei por aqueles que enveredam

pelo ensaísmo. Não gosto, porém, de textos que transbordam

de tanto entusiasmo diante de uma "obra-prima" nem dos

cruelmente destrutivos, sem um único aceno de generosidade.

Vale a advertência de Robert Bresson: "Não há louvação ou

crítica demolidora que não parta de um equívoco".

(Evaldo Mocarzel. Bravo!, 187, março de 2013, p. 35, excerto)

1. O texto constitui

(A) exposição de ideias de cunho pessoal a respeito da função da crítica, amparadas em nomes reconheci-dos, inclusive com emissão de juízos de valor, marcados pelo emprego da 1

a pessoa.

(B) relato memorialista, marcado pela subjetividade da 1

a pessoa, sobre uma das atividades mais sujeitas a

críticas desfavoráveis, como a de produção de fil-mes.

(C) reprodução de parâmetros para a análise crítica a partir de opiniões de especialistas citados, com in-tenção pedagógica de defender a atuação de jor-nalistas nessa função específica.

(D) valorização do trabalho desenvolvido no jornalismo pelo crítico de arte, com apoio de citações que justificam as afirmativas indiscutíveis, defendidas em 1

a pessoa.

(E) opinião crítica a respeito do importante trabalho exercido por alguns jornalistas na área das mani-festações artísticas, especialmente na área relativa ao cinema.

2. Vale a advertência de Robert Bresson: "Não há louvaçãoou crítica demolidora que não parta de um equívoco".

Com a transcrição da advertência acima, o autor

(A) reafirma a importância de seu próprio trabalho de crítico em que sempre considerou seus afetos e rela-ções pessoais, assinalando, no entanto, que a crítica deve procurar envolver-se no manto solene de objetividade.

(B) explora novamente, na conclusão do texto, o sentido da afirmativa de que ora são afetos e relações pessoais que podem flexibilizar o rigor dos textos, ora são idealizações materializadas em artistas que se tornam a mais fiel tradução da própria militância.

(C) retoma, apoiando-se em manifestação alheia, sua crença de que o processo da arte só se realiza em sua plenitude no olhar erudito do crítico, olhar esse que afasta as possibilidades de engano na avaliação da produção artística.

(D) se propõe a desvalorizar quaisquer observações crí-ticas a respeito de obras no ramo das manifestações artísticas, porque a crítica esconde camadas de subjetividade por baixo do seu manto solene de objetividade.

(E) censura as observações críticas que se baseiam nas impressões subjetivas de quem as emite, a partir da constatação de que, evidentemente, toda crítica exprime a mais fiel tradução da própria militância.

_________________________________________________________

3. O autor acentua a importância do crítico ao

(A) empregar o verbo deslindar − deslindando preciosi-dades estéticas, temáticas e filosóficas − que pode-ria ser corretamente substituído por outros verbos, como pesquisar, investigar ou esquadrinhar, sem prejuízo para o sentido original nem alteração da organização da frase.

(B) apresentar seu testemunho com a frase Por mais que admire e respeite quem a exerce, que per-maneceria correta, sem qualquer alteração, se o segmento sublinhado fosse substituído por: que valorize e demonstre consideração.

(C) reconhecer, com a afirmativa de que passam des-percebidas até mesmo para os próprios criadores, que nem sempre as inovações características de certas obras podem ser adequadamente apontadas e analisadas sob um ponto de vista crítico.

(D) criar a imagem referente à qualidade dessa atuação − por baixo do seu manto solene de objetividade −, que expõe claramente a erudição indispensável a quem se dispõe a analisar a produção artística de diferentes autores, em qualquer época e lugar.

(E) declarar que chefiou uma equipe de críticos atuando nas mais diferentes manifestações artísticas, o que lhe assegura não só a primazia no exercício dessa função, mas também o equilíbrio resultante do conhecimento acumulado durante todo esse tempo.

PROVA 9 - TRT 15 - 2013 Analista Judiciário Área

Judiciária

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Resolução de Questões FCCTRT15-Conhecimentos Gerais1 3

Atenção: O texto abaixo refere-se às questões de números 4 a 7.

A sustentabilidade do meio ambiente deve ser a meta

buscada por qualquer indivíduo ou grupo que necessite de re-

cursos naturais para sobreviver. E isso é um fato que não admi-

te contestação.

Incorporar a premissa de respeito à natureza e do uso

sustentável dos recursos naturais deve ser um trabalho cons-

tante e doutrinário frente às populações que habitam ou que tra-

balham nos campos e áreas rurais. Trabalhar para manter a bio-

diversidade local e evitar a erosão que destrói as áreas culti-

váveis, além de ser economicamente viável, representa manter,

por muito mais tempo, a terra em condições de gerar riquezas e

de prover o sustento das populações que dela dependem.

Reciclar os dejetos oriundos das criações animais e dos

refugos das plantações deve ser encarado não como custo ou

gasto “a mais”, mas sim como uma excelente oportunidade de

gerar toda ou parte da energia necessária para executar as

atividades econômicas a que se propõem e também como fonte

de fertilizantes baratos e totalmente gratuitos, o que, sem dúvi-

da, representará um salto na lucratividade de qualquer proprie-

dade rural.

Garantir a sustentabilidade do meio ambiente é garantir,

antes de qualquer coisa, que a fome, a pobreza e a miséria

estarão afastadas definitivamente e, com isso, terminará a dura

realidade que força as pessoas a praticar a exploração preda-

tória dos recursos disponíveis em determinadas áreas. Pois, só

com uma situação de vida regular, os habitantes de uma deter-

minada região poderão tornar-se permeáveis às “novas ideias”.

Levantar a bandeira da sustentabilidade do meio

ambiente e promover nas comunidades rurais o pensamento de

que essa é a única forma viável de manter suas atividades eco-

nômicas em condições de gerar riquezas por muito mais tempo

e de forma continuada são os desafios mais pungentes dos

governos e das organizações ambientais dos tempos atuais.

(Adaptado de: http://www.atitudessustentaveis.com.br/cons-cientizacao/desenvolvimento-sustentabilidade-meio-ambiente/)

4. Para o autor do texto, a questão sustentabilidade deve

(A) restringir-se à promoção das comunidades ruraisque poderão auferir seu sustento de uma exploração racional dos recursos naturais.

(B) evitar o desperdício, mantendo a erosão e aprovei-tando melhor as áreas cultiváveis, o que determinará o fim da exploração predatória.

(C) garantir as oportunidades de as pessoas executarem as atividades de sobrevivência independentemente das condições predatórias.

(D) reciclar a biodiversidade para que não sejam des-truídas áreas cultiváveis nem as pessoas fiquem impossibilitadas de proverem seu sustento.

(E) pautar-se pelo uso respeitoso dos recursos naturais, seja na preservação da biodiversidade, seja na reuti-lização de refugos e excrementos.

5. Reciclar os dejetos oriundos das criações animais e dos

refugos das plantações deve ser encarado não como cus-

to ou gasto “a mais”, mas sim como uma excelente opor-

tunidade de gerar toda ou parte da energia necessária

para executar as atividades econômicas (...)

Os termos em negrito podem ser substituídos, sem prejuí-zo do sentido e da correção, respectivamente, por:

(A) e − entretanto − afim de

(B) porém − entretanto − a fim de

(C) e − porém − a fim de

(D) mas − todavia − a fim de

(E) mas − porém − afim de

_________________________________________________________

6. Reciclar os dejetos oriundos das criações animais e dosrefugos das plantações deve ser encarado não como cus-to ou gasto “a mais”; mas sim como uma excelente opor-tunidade (...)

O termo como do texto acima tem o mesmo valor que em:

(A) O fato é que as autoridades não sabiam como pode-riam resolver os problemas da exploração predatória das fontes de energia.

(B) Como tem sido criada uma consciência ecológica nos últimos anos, talvez seja possível reverter os efeitos do mau uso da energia.

(C) Como garantir a sustentabilidade se não for possível afastarmos definitivamente a fome, a pobreza e a miséria?

(D) É preciso reciclar os dejetos oriundos das criações animais como nos foi ensinado nas palestras sobre sustentabilidade.

(E) Como a maioria dos biólogos, os ecologistas acredi-tam serem necessárias medidas urgentes para que se contenham os males do efeito estufa.

_________________________________________________________

7. Leia as frases abaixo.

I. Os problemas advindos da exploração indiscrimina-da dos recursos naturais e das práticas predatórias em determinadas culturas; pode em muito pouco tempo, inviabilizar o uso de terras e a extração des-ses recursos naturais.

II. O aquecimento global e o desequilíbrio que provo-cam, a aparição de pragas e de catástrofes climá-ticas passa, com toda certeza pelo desrespeito epor más práticas, em relação ao meio ambiente eaos processos adotados em nossas lavouras e cria-ções.

III. O efeito estufa, potencializado pela queima de com-bustíveis fósseis, tem colaborado com o aumentoda temperatura no globo terrestre nas últimas déca-das. Pesquisas recentes indicaram que o século XXfoi o mais quente dos últimos 500 anos.

Tanto a concordância quanto a pontuação estão corretas APENAS em

(A) I e II.

(B) II e III.

(C) II.

(D) III.

(E) I e III.

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8. De acordo com as regras de concordância, a frase cor-reta é:

(A) Na situação atual, é impossível não haverem pes-soas que se preocupem com agricultura e economia sustentável.

(B) Na ocasião, já fazia meses que os ambientalistas discutiam medidas para a contenção dos desma-tamentos.

(C) Ainda existem pessoas menos esclarecidas que tem na exploração predatória dos recursos naturais sua renda.

(D) Naquela tarde, haviam muitos estudantes mais exal-tados se manifestando por medidas que garantiam a sustentabilidade.

(E) Em outras épocas, não existia preocupações com a preservação das florestas, dos rios e, mesmo, da energia.

_________________________________________________________

9. Não tenho dúvida ...... os ambientalistas estejam ...... pro-cura de soluções sustentáveis ...... agricultura e ...... pe-cuária, mas é preciso reconhecer ...... não é fácil encon-trá-las. Parece que não há muito a fazer, as armas ...... os ambientalistas combatem os desmandos não têm surtido os efeitos desejados.

As lacunas são preenchidas respectiva e corretamente por:

(A) de que − a − na − na − que − que

(B) que − a − para a − na − de que − com que

(C) de que − à − para a − a − que − com que

(D) que − a − na − na − de que − que

(E) em que − à − para a − a − de que − que

_________________________________________________________

10. Garantir aos nossos filhos a sustentabilidade do meioambiente é a maior herança que poderíamos deixar aosnossos filhos; assim como livrar os nossos filhos dadura realidade da fome e da miséria que ainda afligemalgumas populações.

Substituem-se corretamente os termos em negrito por pro-nomes em:

(A) Garantir-lhes aos nossos filhos é a maior herançaque poderíamos lhes deixar; assim como lhes livrar da dura realidade da fome e da miséria que ainda as afligem.

(B) Garanti-la aos nossos filhos é a maior herança que poderíamos lhe deixar; assim como os livrar da du- ra realidade da fome e da miséria que ainda afli-gem-lhes.

(C) Garanti-las aos nossos filhos é a maior herança que poderíamos lhe deixar; assim como livrar-los da dura realidade da fome e da miséria que ainda lhes afli-gem.

(D) Garantir-lhes aos nossos filhos é a maior herança que poderíamos deixar-lhes; assim como livrar-lhes da dura realidade da fome e da miséria que ainda afligem-nas.

(E) Garanti-la aos nossos filhos é a maior herança que poderíamos deixar-lhes; assim como livrá-los da du-ra realidade da fome e da miséria que ainda as afligem.

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Rela­«o dos gabaritos

Advogado Prova 1 - Sabesp - 2014

001 - B 002 - C 003 - A004 - E 005 - D

006 - C 007 - D008 - B 009 - C 010

- B

011 - E 012 - A013 - E 014 - D015 - A

001 - B002 - A003 - C004 - C005 - A

006 - D007 - B008 - B009 - E010 - D

011 - A012 - E013 - C014 - E

PROVA 2 - TRF 3 - 2014 Analista Judici§rio

Ćrea Judici§ria

PROVA 3 - TRE-RO - 2014 Analista Judici§rio

Ćrea Judici§ria001 - C002 - E003 - D004 - A005 - B

006 - A007 - E008 - E009 - C

001 - D002 - C003 - C004 - E005 - E

006 - A007 - C008 - B009 - E010 - A

011 - E012 - D013 - D014 - B

PROVA 4 - TRT 16 - 2014 Analista Judici§rio

Ćrea Judici§ria

PROVA 5 - TRT 12 - 2013 Analista Judici§rio

Ćrea Judici§ria001 - E 002 - A003 - D004 - B 005 - C

006 - A007 - E 008 - E 009 - B 010 - D

011 - B 012 - E 013 - D014 - A015 - C

016 - C 017 - D018 - A

001 - D

002 - A 003 - B 004 - C

005 - D

006 - C 007 - E

008 - A 009 - B 010 - B

011 - E 012 - D 013 - A 014 - D 015 - D

PROVA 6 - TRF 5 - 2012 Analista Judici§rio

Ćrea Judici§ria

PROVA 7 - TCE - PI - 2014 Jornalista

001 - C 002 - E 003 - B 004 - D005 - A

006 - B 007 - E 008 - C 009 - D010 - A

011 - E 012 - B 013 - C 014 - A015 - D

PROVA 8 - TRT 19 - 2014 Analista Judiciário

Área Judiciária

001 - B002 - A003 - C004 - B005 - E

006 - D007 - E008 - C009 - D010 - B

011 - A012 - D013 - E014 - A

PROVA 9 - TRT 15 - 2013 Analista Judiciário Área

Judiciária001 - E002 - D003 - D004 - A005 - C

006 - B007 - C008 - A009 - B010 - B