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1 ANEXO I Consolidação das manifestações recebidas por meio eletrônico durante a Audiência Pública nº 14/2014, referente à minuta de Resolução que regulamenta a prestação do serviço de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, sob o regime de fretamento. PARTE 1 Manifestações recebidas por meio eletrônico (63 manifestações) 1.1 Sr. Aluizio Carvalho Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte Pessoa Jurídica Coopertur - Cooperativa Transp. Turístico Loc. Fretamento e Serviços do Estado de Pernambuco Protocolo: 2132783 1.1.1 Sugere que o cadastro para registro e circulação dos veículos tipo M2 considere a região em que a empresa está inserida, verificada por meio do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CNPJ, permitindo a regularização da utilização desse tipo de veículo. Justifica dizendo que a Região Nordeste possui litoral extenso, muito explorado pelo turismo nacional e estrangeiro, que muitas pessoas tem sua renda atrelada ao trabalho com Turismo de Lazer, Eventos e Negócios e que limitar a circulação entre os estados “circunvizinhos” trará prejuízos incalculáveis. Além disso, acredita que a aprovação da minuta de Resolução em seu texto original acarretará a devolução dos veículos do tipo M2, promovendo desemprego, endividamento, entre outros transtornos. Informa que os micro-ônibus são modernos, com freios ABS, cintos de segurança, poltronas executivas nos mesmos moldes dos ônibus, corredores entre bancos, porta pacotes internos, maleiro sob as bancadas para as bagagens, tv/dvd, entre outras funcionalidades e que foi apresentado um Laudo Técnico de Ensaios realizados pela Renault Brasil na Sessão Pública realizada em Recife/PE.

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Page 1: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

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ANEXO I

Consolidação das manifestações recebidas por meio eletrônico durante a Audiência

Pública nº 14/2014, referente à minuta de Resolução que regulamenta a prestação do

serviço de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, sob o

regime de fretamento.

PARTE 1 – Manifestações recebidas por meio eletrônico (63 manifestações)

1.1 Sr. Aluizio Carvalho

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa Jurídica

Coopertur - Cooperativa Transp. Turístico Loc. Fretamento e Serviços do Estado

de Pernambuco

Protocolo: 2132783

1.1.1 Sugere que o cadastro para registro e circulação dos veículos tipo M2 considere

a região em que a empresa está inserida, verificada por meio do Cadastro Nacional de

Pessoa Jurídica – CNPJ, permitindo a regularização da utilização desse tipo de veículo.

Justifica dizendo que a Região Nordeste possui litoral extenso, muito explorado pelo

turismo nacional e estrangeiro, que muitas pessoas tem sua renda atrelada ao trabalho

com Turismo de Lazer, Eventos e Negócios e que limitar a circulação entre os estados

“circunvizinhos” trará prejuízos incalculáveis.

Além disso, acredita que a aprovação da minuta de Resolução em seu texto original

acarretará a devolução dos veículos do tipo M2, promovendo desemprego,

endividamento, entre outros transtornos.

Informa que os micro-ônibus são modernos, com freios ABS, cintos de segurança,

poltronas executivas nos mesmos moldes dos ônibus, corredores entre bancos, porta

pacotes internos, maleiro sob as bancadas para as bagagens, tv/dvd, entre outras

funcionalidades e que foi apresentado um Laudo Técnico de Ensaios realizados pela

Renault Brasil na Sessão Pública realizada em Recife/PE.

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RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins dessa Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do

tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros, em regime de fretamento, não sendo correto afirmar que a minuta de

Resolução será a responsável pelos prejuízos socioeconômicos citados na contribuição,

quando, na verdade, ela pretende regularizar o uso de veículos que hoje são utilizados

de maneira irregular.

Em um primeiro momento, a proposta é permitir que tais veículos sejam utilizados

somente na prestação de serviço de fretamento contínuo e de fretamento turístico, nas

modalidades traslado ou passeio local. Tais serviços foram escolhidos porque não

incluem pernoite e, em geral, percorrem distâncias menores, com número reduzido de

passageiros ou sem a presença de bagagem. Assim, será promovida a entrada gradual de

veículos do tipo Micro-ônibus no mercado interestadual e internacional.

Sobre utilizar as características regionais onde a empresa está inserida, entendemos que

a Resolução possui abrangência nacional e que suas regras devem ter aplicabilidade

genérica, não sendo desejável regular de maneira diferente para cada região do país.

1.1.2 Sugere que seja revisto o valor da taxa de registro e inclusão de veículos do tipo

M2 no cadastro da ANTT no valor de R$ 1800,00, por veículo, a partir de 2015.

Justifica dizendo que existem outras despesas, tais como IPVA, Licenciamento, Seguro

Obrigatório, Seguro de Passageiros de Responsabilidade Civil, Seguro Total, além de

outras Taxas, Impostos, Encargos, Pneus, manutenções, GPS interligado a ANTT e que

não está sendo concedido o direito à circulação nas mesmas condições dos ônibus ou,

pelo menos, o mais próximo possível.

Segue dizendo que os custos para as categorias menos favorecidas são iguais aos de

grandes empresários de ônibus, ao invés de proporcionais e que as grandes empresas de

ônibus ainda possuem incentivos fiscais, tais como redução de IPI, ICMS, ISS, IPVA,

combustíveis, entre outros benefícios concedidos pelos poder público.

RESPOSTA: contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A taxa de fiscalização foi instituída pela Lei nº 12.996, de 18 de

junho de 2014, que já estabeleceu o valor a ser cobrado. Portanto, a alteração do valor

estabelecido não é escopo da Audiência Pública nº 14/2014.

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1.2 Empresa: Expresso Nossa Senhora de Fátima LTDA

Trabalhador do setor

Pessoa jurídica

Protocolo: 2132809

1.2.1 Solicita esclarecimento a respeito do Art. 41, Seção III, Dos Veículos. Pergunta

se os veículos acima de 10 anos, mesmo com Laudo de Inspeção Técnica semestral,

poderão fazer viagens com distâncias acima de 250 km.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A minuta de Resolução não estabelece vida útil para os veículos,

apenas cita a obrigatoriedade de que veículos com mais de 10 anos se submetam a

inspeção técnica semestral. Veículos do tipo M3 – ônibus poderão ser utilizados em

todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A

restrição de quilometragem tratada no art. 41 se refere apenas a veículos do tipo M2 –

Micro-ônibus, a quem serão impostas restrições de quilometragem, mas também não

limita a idade do veículo.

1.2.2 Pergunta se o governo abrirá uma linha de credito para compra de ônibus novos

com juros mais baixos.

RESPOSTA: contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A definição das linhas de crédito para concessão de financiamento

de veículos não é da competência da Agência Nacional de Transportes Terrestres, logo

também não é escopo da Audiência Pública nº 14/2014.

1.3 Sr. Carlos André

Usuário do serviço de transporte

Pessoa física

Protocolo: 2164369

Não concorda com a obrigatoriedade de adaptação dos veículos com data de fabricação

entre 1999 e 2008.

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Justifica dizendo que no segmento de fretamento o contratante tem a liberdade de

contratar o veículo com as características que desejar, sendo assim os empresários tem o

direito de também ofertar ao mercado veículos que não possuam as características

exigidas pelas normas de acessibilidade.

Segue dizendo que as empresas devem oferecer segurança aos passageiros e que não é

aceitável que a ANTT obrigue as empresas a realizar adaptações em veículos que já

estão de acordo com as normas atuais de acessibilidade.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A exigência da acessibilidade dos serviços de transporte coletivo

rodoviário de passageiros foi determinada pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de

2004. Ainda, o mesmo Decreto estabeleceu que a frota de veículos de transporte

coletivo rodoviário e a infraestrutura dos serviços deste transporte deveriam estar

totalmente acessíveis desde 2 de dezembro de 2014 e que as normas técnicas para

adaptação dos veículos, de forma a torna-los acessíveis, seriam elaboradas pelas

instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização

e Qualidade Industrial. Logo, não é escopo da regulamentação em tela, nem pode esta

Agência determinar a dispensa de adaptação de veículos com base no ano de fabricação,

cabendo apenas à entidade competente determinar a impossibilidade de adaptação de

determinados veículos. Sobre o assunto, o INMETRO editou a Portaria nº 168, de 5 de

junho de 2008, que estabeleceu em seu art. 4º, parágrafo único, que as adaptações de

acessibilidade se aplicam a todos os veículos cujas carroçarias foram fabricadas entre

janeiro de 1999 e dezembro de 2008.

1.4 Sr. João Fernandes Caldas

Usuário do serviço de transporte

Pessoa física

Protocolo: 2164392

Apoia a regularização da prestação do serviço de transporte rodoviário coletivo

interestadual em veículos M2 e solicita que não haja limite de quilometragem para a

operação dos veículos do tipo M2.

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Justifica que os veículos do tipo M2 tem sua fabricação dentro dos padrões de

segurança, conforme homologação do CONTRAN e que a segurança é garantida com a

utilização de motoristas habilitados e veículos com equipamentos em perfeito estado de

funcionamento e conservação.

Pondera que grupos pequenos devem ter a opção de contratar um veículo de pequeno

porte, conforme sua necessidade.

Ainda que, de acordo com a distância a ser percorrida, poderá ser realizada parada

obrigatória a cada 02 (duas) horas, com 30 minutos de descanso para o motorista e que

poderão se utilizar dos mesmos pontos de apoio que os veículos do tipo M3 ao longo de

seus itinerários.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do

tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir

veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro, conforme sugestão. No entanto, em

um primeiro momento, a proposta é permitir que tais veículos sejam utilizados somente

na prestação de serviço de fretamento contínuo e de fretamento turístico, nas

modalidades traslado ou passeio local. Tais serviços foram escolhidos porque não

incluem pernoite e, em geral, percorrem distâncias menores, com número reduzido de

passageiros ou sem a presença de bagagem. Assim, será promovida a entrada gradual de

veículos do tipo Micro-ônibus no mercado interestadual e internacional. Porém, foram

recebidas contribuições questionando que a quilometragem máxima estabelecida é

considerada insuficiente para operação dos serviços elegidos.

Portanto, foram utilizados novos parâmetros para definição de quilometragem mais

adequada. Inicialmente, a utilização de dupla de motoristas não é aceitável para os

veículos do tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do

segundo motorista durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a

jornada de trabalho padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação

trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito) horas.

Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação

Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação

dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O

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cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza

valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação

Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.

Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além

de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por

tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços.

Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,

por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da

maioria dos trechos.

Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem

máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com

apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.

Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos

conforme a quilometragem máxima obtida.

1.5 Sra. Leize Silveira

Poder Público

Pessoa física

Protocolo: 2164416

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Sugere inclusão de inciso e parágrafo no Art. 61, com a seguinte redação:

XX - transportar produtos que configurem tráfico de drogas e de entorpecentes,

contrabando ou descaminho;

Parágrafo único – As bagagens não identificadas, encomendas e mercadorias são de

responsabilidade do transportador, inclusive quanto a sua licitude.

Justifica afirmando que são encaminhadas anualmente pela Receita Federal, centenas de

representações fiscais relacionadas ao transporte de mercadorias amparadas pela

seguinte legislação:

Art. 36. Os serviços especiais previstos nos incisos I e II do caput do art. 35 têm caráter

ocasional, só podendo ser prestados em circuito fechado, sem implicar o

estabelecimento de serviços regulares ou permanentes e dependem de autorização da

Agência Nacional de Transportes Terrestres, independentemente de licitação,

observadas, quando for o caso, as normas dos tratados, convenções e acordos

internacionais, enquanto vincularem a República Federativa do Brasil. (Redação dada

pelo Decreto nº 8.083, de 2013)

§ 1º Para os serviços previstos nos incisos I e II do artigo anterior, não poderão ser

praticadas vendas de passagens e emissões de passagens individuais, nem a captação ou

o desembarque de passageiros no itinerário, vedadas, igualmente, a utilização de

terminais rodoviários nos pontos extremos e no percurso da viagem, e o transporte de

encomendas ou mercadorias que caracterizem a prática de comércio, nos veículos

utilizados na respectiva prestação.

Art. 747. “O transportador deverá obrigatoriamente recusar a coisa cujo transporte ou

comercialização não sejam permitidos, ou que venha desacompanhada dos documentos

exigidos por lei ou regulamentos”. (Código Civil)

Súmula 64 que dispõe: “É permitido trazer do estrangeiro, como bagagem, objetos de

uso pessoal e doméstico, desde que, por sua quantidade e natureza, não induzam

finalidade comercial.” (Supremo Tribunal Federal)

Art. 75. Aplica-se a multa de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) ao transportador, de

passageiros ou de carga, em viagem doméstica ou internacional que transportar

mercadoria sujeita a pena de perdimento:

[...]

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§ 8o A Secretaria da Receita Federal deverá representar o transportador que incorrer na

infração prevista no caput ou que seja submetido à aplicação da pena de perdimento de

veículo à autoridade competente para fiscalizar o transporte terrestre. (Lei nº

10.833/2003)

Art. 9º Havendo decisão definitiva, na esfera administrativa, do processo relativo à

aplicação da multa referida no art. 7º ou da pena de perdimento do veículo, o titular da

unidade da SRF responsável pela ação fiscal deverá encaminhar, diretamente à Agência

Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), representação contra o transportador, para

adoção das providências de sua alçada. Parágrafo único. A representação à ANTT

deverá ser instruída com cópia do auto de infração, da descrição pormenorizada dos

fatos e dos demais documentos comprobatórios da prática do ilícito. (Instrução

Normativa SRF nº 366/2003)

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins dessa Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O inciso X foi incluído no rol de vedações, conforme sugerido.

O parágrafo único já está contemplado no art. 51, que impõe a responsabilidade ao

transportador de maneira genérica, ao afirmar que todas as bagagens não identificadas

serão de responsabilidade do transportador. Entendemos que a afirmação genérica

abrange todas as bagagens não identificadas, com conteúdo lícito ou ilícito e que não

convém citar encomenda e mercadoria, já que o transporte, que caracteriza tráfico de

drogas e de entorpecentes, contrabando ou descaminho de produtos, é vedado. As

demais correções apontadas diretamente na minuta foram acatadas.

1.6 Sr. Raul Girão

Trabalhador do setor

Pessoa física

Protocolo: 2164438

Com relação ao Capítulo III, seção III – Dos Veículos, solicita estabelecer idade

máxima para cadastro e utilização do Veículo.

Justificativa dizendo que, por conta de uma idade média relativamente alta da frota de

ônibus, o Brasil perde oportunidades econômicas, sociais e ambientais que impactam no

seu desenvolvimento. Afirma que diversos estados que já licitaram seu sistema,

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determinaram como requisito básico uma idade média abaixo de oito anos. Segue

dizendo que veículos velhos consomem mais combustíveis, poluem o ambiente e

tornam-se perigosos e propícios a acidentes.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade.

Cabe ressaltar, ainda, que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que

“...a atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das

instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”.

Veículos mais novos apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de

segurança, acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, ambientais com

motores mais eficientes do ponto de vista energético e de consumo de combustíveis.

Assim, foi incluída a limitação da idade máxima dos veículos em 15 anos, considerada

adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em

regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na

prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do

mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas

aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.

1.7 Sr. Raul Girão

Trabalhador do setor

Pessoa física

Protocolo: 2164450

Com relação ao Capítulo VII – Disposições Finais e Transitórias solicita dispor na

resolução de dispositivos que alertem e orientem o transporte de trabalhadores.

Justificativa dizendo que nas viagens especiais para transporte de trabalhadores é

recomendado que a empresa porte, durante toda a viagem, a certidão liberatória emitida

pela Delegacia Regional do Trabalho, que pode ser alvo de fiscalização do Ministério

do Trabalho e gerar autuação.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

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JUSTIFICATIVA: A exigência de porte da Certidão Declaratória de Transporte de

Trabalhadores – CDTT, decorre de determinação das Instruções Normativas nº 76/2009

e 90/2011, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e

Emprego. Tal regulamentação foge à competência da ANTT e a sua observância por

parte do transportador já está ressaltada no Art. 4º da minuta, quando se explicita a

necessidade de observar “as demais legislações pertinentes”.

1.8 Sr. Raul Girão

Trabalhador do setor

Pessoa física

Protocolo: 2164479

Com relação ao Capítulo III – Da Operação do Serviço, solicita fazer constar exigência

do esquema operacional da viagem, que consistem em conjunto de atributos

característicos da operação de transporte de uma determinada linha, inclusive de sua

infraestrutura de apoio e das rodovias utilizadas em seu percurso, composto da reunião

das seguintes informações: a) identificação da linha; b) identificação da empresa

transportadora; c) identificação das finalidades dos pontos de parada e de apoio; d)

determinação dos parâmetros operacionais da linha, tempo de viagem, extensão total da

linha e velocidade de percurso; e) indicação do itinerário da linha, com identificação dos

pontos terminais, pontos de seção e pontos de parada e de apoio; f) distância entre os

pontos identificados no itinerário da linha e dos acessos, quando houver; g) tipo de piso

físico das rodovias e acessos que compõem o percurso da linha; e h) tempo decorrido

em cada etapa de viagem, em ambos os sentidos.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O fretamento possui caráter ocasional e não constitui uma linha,

logo não utiliza terminais, nem se subdivide em seções. Da mesma maneira, não possui

pontos de parada e de apoio pré-determinados, podendo ser adaptados conforme a

necessidade do contratante. O cálculo da extensão total e velocidade do percurso são

realizados automaticamente quando da liberação da licença de viagem, com a finalidade

de determinar o prazo para liberação do veículo para a próxima viagem. Pelo exposto,

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entende-se que a exigência de esquema operacional é pertinente apenas ao transporte

regular de passageiros, não sendo aplicável ao transporte fretado de passageiros.

1.9 Sr. Raul Girão

Trabalhador do setor

Pessoa física

Protocolo: 2164499

A respeito do Capítulo III – Da Operação do Serviço, solicita permitir alteração de

qualquer natureza e sem restrição da quantidade necessária dos dados indicados na

licença, devendo ser respeitado o limite de 1 hora do início da viagem.

Justificativa dizendo que a medida de flexibilização permite que a empresa autorizatária

possa tratar das mais diversas demandas dos usuários.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando o caráter eventual do serviço de fretamento,

entendemos que é possível conhecer a relação de passageiros em momento anterior à

viagem, não sendo necessário realizar a alteração da totalidade do documento. Ainda,

com base em outras contribuições sobre o mesmo tema, foi evidenciado que a maior

dificuldade seria enviar a lista de passageiros no prazo de uma hora do início da viagem

e não o cumprimento de um limite de alterações.

1.10 Sr. José Vicente Calobrizi Ferreira

SINFRETIBA

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Protocolo: 2164512

1.10.1 Solicita aprimorar a diferenciação entre o transporte turístico do eventual (art.3º,

I e II).

Apresenta como sugestão ao texto a exclusão de transportadora turística, o texto final

ficaria somente com a conceituação para Transporte Turístico, o qual é o serviço

prestado por operador autorizado para deslocamentos de pessoas em circuito fechado

em caráter ocasional, com relação de passageiro, etc., conforme restante do texto do

inciso I do art. 3º da proposta. Quanto à conceituação de operador sugere incluir a

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obrigatoriedade no objeto social da empresa na junta comercial da descrição do CNAE

de fretamento, ou seja, 49.29.9-02.

Justifica dizendo que a norma não esta muito clara na diferenciação, especialmente

quando coloca que o operador pode organizar excursões (art. 3º, V), porque as

excursões são prerrogativa de quem opera atividade turística. Segue dizendo que, dessa

maneira a norma permitiria que não se cumprisse o regulamento especifico, expedido

pelo Ministério do Turismo, contrariando também o próprio art. 42 da Minuta.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador

turístico e não excluído, por entendermos que é importante para a compreensão da

Resolução. No entanto, a fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de

transportador, foram incluídas as definições de transportador eventual e transportador

contínuo. Ainda, a definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do

Ministério do Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.

1.10.2 Sugere a exclusão da definição de passeio local.

Justifica dizendo que não há necessidade de esclarecer o que é passeio local, porque

fretamentos eventuais e turísticos poderão fazê-lo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Por se tratar de modalidade definida pelo Ministério do Turismo,

apenas transportadores turísticos poderão realizar passeio local, portanto, fica mantida a

definição de passeio local.

1.10.3 Com relação ao art. 3º, item 10, para “transporte próprio”, sugere a seguinte

redação: aquele realizado sem fins comerciais e sem ônus para o passageiro, desde que

comprovadamente os passageiros sejam vinculados a empresa transportadora e estejam

sendo transportados em veículos próprios da mesma com registro junto a ANTT.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins dessa Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A exigência de vínculo foi considerada pertinente para a definição

do conceito. A redação foi alterada no sentido de exigir vínculo empregatício ou

familiar do passageiro com a transportadora. O transporte próprio engloba transportador

não cadastrado, por isso não é possível exigir o registro junto à ANTT.

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1.10.4 Com relação à subautorização sugere permanecer o parágrafo 2º e a retirada por

completo do parágrafo 3º do art. 5º.

Justifica que o § 3º do art. 5º repete o segundo, acrescentando apenas “regime de

fretamento” e que o fretamento não pode ser tratado de forma diferenciada ao transporte

turístico, mais precisamente em relação ao art. 3º, itens 1 e 4 como estavam pensando

em fazer e já exposto anteriormente com sugestão de exclusão de qualquer conceito que

leve a interpretação em uma resolução de fretamento tratar transporte turístico

diferenciadamente.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: o §3º do art. 5º da minuta define a subautorização e não repete o

anterior. Cumpre esclarecer que “regime de fretamento” engloba todos os tipos de

serviço: eventual, turístico e contínuo, ou seja, o transporte turístico é uma das formas

de fretamento, conforme definido no Art. 2º da minuta.

1.10.5 Pelo mesmo argumento apresentado no item anterior, sugere excluir o art. 7º e

inserir no art. 6º a palavra continuo, além do turístico e eventual.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A Licença de Viagem do fretamento contínuo possui características

diferentes da Licença de Viagem para os fretamentos eventual e turístico. Para melhor

compreensão optou-se por descrever as licenças de viagem em artigos distintos.

1.10.6 No art. 8º sugere que a vigência do cadastro da empresa junto a ANTT deveria

ser de 4 anos.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O cadastro atualmente é de dois anos e a experiência demonstrou

que não há necessidade de atualizar toda a documentação nesse período. Embora tenha

se verificado que o prazo poderia ser ampliado, a Agência considerou prudente estender

o cadastro por apenas mais um ano, a fim de observar o impacto de tal alteração, antes

de decidir por validade de cadastro mais dilatada.

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1.10.7 Contribui dizendo que o capital social mínimo exigido deveria ser de no mínimo

R$ 300.00,00 (trezentos mil reais) e não os R$ 120.000,00 especificados nesta minuta.

Justifica dizendo que esse é o valor necessário, pois para se iniciar um negócio em

transporte de passageiro, ramo este complexo, especializado e de grande risco, o

empresário deve dar garantias e esta garantia é o Capital Social Integralizado, no valor

maior.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,

um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à

medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta

levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota

mínima superior à proposta na minuta.

1.10.8 Sugere a obrigatoriedade de Objeto Social descrito no CNAE 49.29.9-02,

Transporte de Passageiros sob Regime de Fretamento Intermunicipal, Interestadual e

Internacional.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: No art.9º, inciso I, a minuta já condiciona o cadastro da empresa à

objeto social compatível com a atividade de transporte rodoviário coletivo interestadual

ou internacional de passageiros, em regime de fretamento. O CNAE indicado atenderia

o solicitado, porém não se pretende elencar todas as atividades econômicas compatíveis,

uma vez que a Receita Federal tem autonomia para mudar a classificação.

1.10.9 Solicita retirar do Item I, art. 9º, a palavra regime turístico.

Justifica dizendo que se deve falar de fretamento independente da modalidade.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O texto foi adequado conforme sugestão.

1.10.10 No art. 9º e 10º, com relação aos documentos que a empresa deve

apresentar para obter a autorização, requer a inclusão da exigência de estar em dia com

a contribuição sindical, como já é feito para o setor de cargas, através da Resolução

3056/09, art. 4º, letra “f”. Acrescenta que deve constar no texto que a transportadora

Page 15: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

15

deverá apresentar certidões referentes à base territorial do sindicato de fretamento a que

pertence.

Justifica dizendo que essa exigência consta de Lei Federal, cujo cumprimento obriga a

todos.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A Lei nº 10.233/2001, que criou a ANTT, não exige que a

autarquia condicione o registro das empresas de fretamento à entrega da comprovação

do pagamento da contribuição sindical, assim entende-se que o art. 608 da CLT não se

aplica às atribuições específicas conferidas pela Lei nº 10.233/2001.

1.10.11 Pede esclarecimento, em relação ao art. 11, quais são os débitos

impeditivos que restringiriam o Cadastro da Transportadora, visto que no art. 9º pede a

certidão de regularidade fiscal.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Os débitos impeditivos são referentes às multas de prestação de

serviço aplicadas pela ANTT ou seus conveniados, sobre as quais não cabe mais recurso

administrativo por parte da empresa. A prova de regularidade fiscal citada no art. 9 se

refere às certidões de regularidade listadas no art. 16. O termo “débitos impeditivos” foi

substituído por “multas impeditivas”.

1.10.12 Em complemento à sugestão de alteração de 3 para 4 anos para

renovação de cadastro, o §4º, do Art. 10, necessitaria alteração para constar o quarto ano

de taxa de fiscalização.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O cadastro atualmente é de dois anos e a experiência demonstrou

que não há necessidade de atualizar toda a documentação nesse período. Embora tenha

se verificado que o prazo poderia ser ampliado, a Agência considerou prudente estender

o cadastro por apenas mais um ano, a fim de observar o impacto de tal alteração, antes

de decidir por validade de cadastro mais dilatada. Esclarece-se que os procedimentos

para pagamento da taxa de fiscalização serão tratados em regulamentação específica da

ANTT.

Page 16: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

16

1.10.13 Registra preocupação com a taxa e solicita participar da discussão dos

custos que a compõe. Justifica dizendo que sabe que órgão público só pode aprovar

taxas para reposição de custos e jamais para ganhos, o que acredita que foi feito na

instituição do presente valor.

RESPOSTA: contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A taxa de fiscalização foi instituída pela Lei nº 12.996, de 18 de

junho de 2014, que já estabeleceu o valor a ser cobrado. Portanto, a natureza da taxa e o

valor estabelecido não são escopos da Audiência Pública nº 14/2014.

1.10.14 No art. 23 sugere retirar o § 1º, pois novamente estão diferenciando

fretamento de transporte turístico.

RESPOSTA: contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O parágrafo §1º deve ser aplicado apenas ao transporte turístico,

uma vez que o Ministério do Turismo definiu as modalidades desse tipo de serviço.

1.10.15 Afirma que o art. 28, em seu § 3º, é impossível de ser cumprido pelo

setor de fretamento. Justifica dizendo que os embarques são remotos, a qualquer dia da

semana, em qualquer horário e que para atender a exigência de encaminhar em até 1

hora após inicio da viagem as alterações para ANTT pelo sistema, as empresas

deveriam ter um funcionário do escritório trabalhando 24 horas por dia 7 dias da

semana.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito

da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 60 minutos do início

da viagem, a exigência foi retirada.

1.10.16 Sugere que as inspeções veiculares tenham periodicidade anual. Justifica

dizendo que ao contrário de estabelecer inspeções semestrais, o que deveria haver é uma

limitação de idade da frota para ônibus de no máximo 20 anos (veículos M3) e veículos

M2 para 6 anos.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

Page 17: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

17

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,

que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade

compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos

apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade

aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do

ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da

idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais

adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em

regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na

prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do

mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas

aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.

Ainda, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica veicular com

periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança necessárias à

prestação do serviço, independente da idade ou do tipo de veículo.

1.10.17 Sugere supressão da alínea d, inciso II, do art. 32. Justifica dizendo que

os veículos já são cadastrados na ANTT, para tanto não é necessário especificar os

veículos e a empresa deve usar “o estoque” que tem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A alínea d foi excluída, por considerarmos que a empresa pode

utilizar qualquer veículo cadastrado na frota para prestar o serviço de fretamento

contínuo.

1.11 Sr. Marcos Cruz

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa física

Protocolo: 2182690

Page 18: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

18

1.11.1 Com relação ao art. 19, em cidades de pequeno porte, muito comuns em todo

Brasil, não há como efetuar o embarque em uma só cidade, devido a população

reduzida, sendo necessário, em romarias, por exemplo, o embarque em três ou mais

cidades.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 19 foi excluído por conflitar com o art. 20, que teve sua

redação alterada, a fim de permitir embarques em mais de um município do estado de

origem.

1.11.2 Com relação à exigência de que a alteração manual efetuada na lista de

passageiros deve ser também registrada no sistema durante a primeira hora da viagem,

pergunta de que maneira será realizado.

Justifica dizendo que se o veículo deverá retornar a garagem para registrar no sistema,

será impossível cumprir.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Para realizar a anotação não é necessário que o veículo retorne para

a garagem. Ainda, considerando outras contribuições recebidas durante a Audiência

Pública, a anotação será apenas manual.

1.11.3 Com relação ao Art. 29, pergunta se será proibido ir ou voltar vazio e se a

proibição será passível de multa ou retenção do veiculo. Justifica que não se deve reter

um veículo em períodos de alta demanda, por tanto tempo e que em empresas de linha

regular o período máximo parado em garagem é de 30 minutos.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: O transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros, sob o regime de fretamento é autorizado em circuito fechado. Viagens com

apenas um trecho (ida ou volta do veículo vazio) são exceções a essa regra e por isso

são tratadas de maneira diferente, conforme discrimina o art. 29. Logo, esse tipo de

viagem não é proibido, mas a sua realização está sujeita à análise prévia da ANTT.

Page 19: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

19

1.11.4 Afirma que não ser possível realizar inspeção com periodicidade semestral,

devido aos custos. Sugere que permaneça a periodicidade anual para todos os casos.

Justifica dizendo que não há razão para tal exigência.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais

contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica

veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança

necessárias à prestação do serviço, independente da idade ou do tipo de veículo.

1.11.5 Sugere que a identificação de bagagens seja realização apenas em região de

fronteira. Justifica dizendo que em romarias, funerais, ao realizar embarque em via

pública, em períodos de chuva, a execução desse serviço é difícil.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A identificação da bagagem é uma garantia para o passageiro em

caso de extravio e também é respaldo para a empresa, visto que bagagens não

identificadas e todo o seu conteúdo se tornariam de responsabilidade do transportador.

1.11.6 Sugere que o prazo para análise de cadastramento e recadastramento seja

reduzido para 15 dias. Justifica dizendo que 45 dias é muito tempo e que 15 dias são

suficientes.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O prazo indicado na minuta é máximo e não significa que a análise

utilizará todo o período indicado. É prudente que o prazo seja mantido em 45 dias úteis,

para que em períodos de pico de demanda não ocorra o seu descumprimento.

1.11.7 Afirma que a exigência de submeter as viagens listadas no art. 29 à aprovação

da ANTT com antecedência mínima de dois dias úteis é muito burocrática e que não há

como efetuar tal procedimento. Justifica dizendo que, em muitos casos, o cliente só

informa na hora do embarque ou no máximo na data de partida.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 29 estabelece procedimentos para as viagens excepcionais,

ou seja, aquelas que não são realizadas em circuito fechado ou que contenham alguma

Page 20: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

20

particularidade que impeça a emissão de licença de viagem comum. Por se tratar de

exceção e não de regra, entendemos que há a possibilidade de atender o prazo exigido,

que hoje é de três dias úteis e está sendo reduzido para dois dias úteis.

1.11.8 Com relação à “higiene", afirma que algumas empresas já sofreram penalidade,

mesmo tendo higienizado o veículo antes da saída e que os passageiros utilizam o

banheiro durante a viagem, não sendo possível que o motorista verifique o banheiro a

cada 20 km.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A minuta não estabelece parâmetro de higiene ou periodicidade

para higienização do veículo durante a viagem, sendo que os critérios para aplicação de

penalidade serão tratados em regulamentação específica sobre o tema, não sendo objeto

da presente Audiência Pública.

1.11.9 Com relação à obrigação de observar toda legislação pertinente ao transporte

rodoviário coletivo interestadual e internacional de passageiros, em regime de

fretamento, afirma que não há como pequenas empresas manterem funcionários para

verificar todas as resoluções, decretos, portarias, etc., diariamente.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: O art. 58, inciso VII, apenas indica que é necessário que o

empresário verifique toda a legislação aplicada ao seu ramo de atividade, visto que as

resoluções da ANTT não abrangem todas as obrigações aplicáveis ao transporte de

passageiros.

1.11.10 Com relação a vedações de desviar-se, sem prévia anuência da ANTT, do

roteiro indicado na licença de viagem, questiona como agir em casos de paralisação do

transito ou desvios mediante ordem policial.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foi incluída a previsão de desvio de roteiro em caso de

comprovada necessidade.

1.12 Sr. Antonio Constantino

Page 21: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

21

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa física

Protocolo: 2182706

Apresenta a sugestão de tornar obrigatória a contratação de funcionários públicos,

oriundos de empresas privadas.

Justifica dizendo que tais funcionários conhecem a rotina de uma empresa privada e,

sabedores das dificuldades, serão mais eficientes e menos burocráticos.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A contratação no serviço público se dá por meio de concurso

público, conforme regulamenta a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e a

participação é aberta a toda sociedade, observadas as especificações do edital. Logo, a

modificação dos critérios de contratação da administração pública não é objeto desta

Audiência Pública.

1.13 Sr. Alves Barbosa

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa física

Protocolo: 2182716

Solicita que seja permitida a emissão de autorizações de viagem para fretamento

eventual ou turístico, bem como para contínuo, em estado diferente da sede da empresa.

Justifica dizendo que o sistema não permite a emissão de autorizações de viagem em

estado diferente ao da sede da empresa e que, em muitos casos, as empresas efetuam

embarque em cidades próximas, mas em outro estado. Segue dizendo que obteve

informação de fiscal da ANTT, de que esta proibição seria para impedir viagens

clandestinas.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A emissão de autorização de viagem com origem em estado

diferente da sede da empresa já é permitida.

1.14 Sr. Marcos Cruz

Page 22: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

22

Operador do serviço de Transporte

Pessoa física

Protocolo: 2182729

Solicita que a resolução facilite o serviço dos transportadores e diminua a

discricionariedade da fiscalização. Dá como exemplo a expressão “disponibilizar em

local adequado”, que permite interpretação por parte da fiscalização, sempre em

desfavor das empresas, por não definir o que seria local adequado.

Justifica dizendo que as empresas sofrem em fiscalizações, recebem multas pesadas e

que o recurso não é analisado adequadamente.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Os termos passíveis de interpretação subjetiva foram revisados. No

entanto, os procedimentos de fiscalização, bem como os critérios utilizados na análise

de recurso não são objeto desta Audiência Pública.

1.15 Sr. Carlos Correia

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa física

Protocolo: 2182768

Com relação à lista de passageiros, correções, exclusões, alterações, pergunta como

proceder quando a lista enviada pelo contratante, sempre algumas horas antes do

embarque, contém nomes abreviados e a fiscalização não aceita e considera passageiro

fora da lista, bem como numero do documento com digito diferente ao documento

original.

Justifica dizendo que há casos do veiculo permanecer por uma hora e quarenta minutos

em fiscalização, com a lista toda esmiuçada detalhadamente. Afirma ainda, que se não

constatada irregularidade com a lista, aplica-se multa por vinculo empregatício do

motorista, exigindo carteira de saúde, crachá, carteira de trabalho e holerite.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Os nomes devem ser corrigidos no verso da relação de passageiros

de forma manual, antes do início da viagem, Os documentos aceitos para comprovação

Page 23: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

23

de vínculo empregatício do motorista são: carteira de trabalho, contrato individual de

trabalho, carteira funcional ou contracheque, contrato social, ata de constituição ou

alteração da empresa. Os procedimentos de fiscalização não são objeto desta Audiência

Pública.

1.16 Sr. Merched Hanna Khalil Dib

Operador do serviço de transporte

Pessoa física

Protocolo: 2182783

Sugere que a empresa que realizar o transbordo dos passageiros tenha a posse do bem

(veículo) como garantia, caso a infratora não pague as despesas do transbordo.

Apresenta como justificativa que a medida garantirá que as empresas não tenham

prejuízo elevado.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: As regras para realização de transbordo não são objeto desta

Audiência Pública.

1.17 Sr. João Fernandes Caldas

Operador do serviço de transporte

Pessoa física

Protocolo: 2193875

Sugere que os veículos do tipo M2, com idade até cinco anos, sejam liberados do laudo

de inspeção técnica semestral.

Justifica dizendo que todos os veículos que são classificados como M2 de todas as

marcas até cinco anos estão em bom estado de conservação e funcionamento.

Exemplifica dizendo que um veículo fabricado em 2010, que não sofreu nenhuma

avaria, realiza viagens rodoviárias e não foi restringido pela fiscalização, poderia ser

vistoriado anualmente.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

Page 24: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

24

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais

contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica

veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança

necessárias à prestação do serviço, independente da idade ou do tipo de veículo.

1.18 Sr. João Fernandes Caldas

Operador do serviço de transporte

Pessoa física

Protocolo: 2193887

Pela regulamentação da prestação do serviço de transporte rodoviário coletivo

interestadual e internacional de passageiros em regime de fretamento, justifica que se

tais veículos foram homologados pelo CONTRAN e DENATRAN, a Agência está

isenta de qualquer responsabilidade.

Encaminha a página final de declaração da Mercedes-Benz do Brasil, que atesta respeito

aos critérios de qualidade na fabricação de veículos, atendimento aos mais rigorosos

padrões internacionais e requisitos brasileiros de emissões, segurança veicular e

conforto, conforme certificados pelo LCVM e CAT, caracterizando-se como uma fonte

segura e confortável para os passageiros, independente da distância percorrida.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do

tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir

veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro, promovendo a regulamentação da

prestação do serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de

passageiros em regime de fretamento, conforme sugestão. No entanto, embora haja a

homologação dos veículos por parte do CONTRAN e do DENATRAN, o que permite a

circulação dos veículos em território nacional, não é correto afirmar que a ANTT está

isenta de qualquer responsabilidade, uma vez que persiste a sua competência de indicar

as condições para adequação da Autorização “às finalidades de atendimento ao interesse

público, à segurança das populações e à preservação do meio ambiente”, conforme

preceitua o art. 44, inciso III, da Lei nº 10.233/2001. Porém, foram utilizados novos

Page 25: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

25

parâmetros para definição de quilometragem mais adequada. Inicialmente, a utilização

de dupla de motoristas não é aceitável para os veículos do tipo M2, visto que não

possuem local apropriado para o descanso do segundo motorista durante a primeira

etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho padrão do motorista

profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito)

horas. Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela

Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para

formatação dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de

passageiros. O cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de

fretamento, utiliza valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de

Planos de Viação Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de

rodovia na ANTT. Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das

linhas regulares, além de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes

velocidades médias por tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços. Ainda, optou-se por considerar a média simples

dos trechos duplicados e pavimentados, por terem apresentado a maior velocidade

média e por representarem a condição real da maioria dos trechos.

Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem

máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com

apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km. Nesse sentido, o

Page 26: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

26

art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos conforme a

quilometragem máxima obtida.

Ressaltamos que a empresa encaminhou apenas a última página da declaração da

Mercedes-Benz do Brasil, ficando prejudicada a avaliação do documento e adoção dos

argumentos ali apresentados.

1.19 Sr. Edson Meneses Costa

Operador do serviço de transporte

Pessoa física

Protocolo: 2193904

Apresenta solicitação para que seja revista a forma de regulamentação do serviço

prestado por micro-ônibus.

Justifica dizendo que seus veículos com capacidade para até 15 passageiros, possuem

cintos de segurança, freio a disco nas quatro rodas, entre outros itens de segurança.

Ainda afirma fazer parte de uma cooperativa e possuir CNPJ, alvará de funcionamento,

CADASTUR, curso de transporte de passageiros, entre outros documentos e trabalha

com turismo e fretamento para eventos em geral em seu e em outros Estados. Segue

dizendo que pequenos grupos de até 15 pessoas são inviáveis de serem atendidos com

ônibus e que esse tipo de serviço colabora com a política de desenvolvimento do

turismo entre os Estados.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins dessa Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do

tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir

veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro, promovendo a regulamentação da

prestação do serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de

passageiros em regime de fretamento. Porém, conforme sugestão, foram revistos os

parâmetros para definição de quilometragem mais adequada. Inicialmente, a utilização

de dupla de motoristas não é aceitável para os veículos do tipo M2, visto que não

possuem local apropriado para o descanso do segundo motorista durante a primeira

etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho padrão do motorista

Page 27: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

27

profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito)

horas. Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela

Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para

formatação dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de

passageiros. O cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de

fretamento, utiliza valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de

Planos de Viação Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de

rodovia na ANTT. Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das

linhas regulares, além de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes

velocidades médias por tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços.

Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,

por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da

maioria dos trechos.

Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem

máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com

apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.

Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos

conforme a quilometragem máxima obtida.

1.20 Sra. Maria José Belizário

Page 28: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

28

Poder Público

Empresa Paraibana de Turismo S/A PBTUR

Cargo: Coordenadora Regional de Serviços Turisticos/PB

Protocolo: 2193919 e 2193967

1.20.1. Solicita a inclusão das Agências de Turismo com Frota e Locadoras de Veículos

para Turistas. Justifica dizendo que as empresas citadas ofertam o serviço de transporte

turístico, de acordo com a Lei 11.771/2008, regulamentada pelo Decreto 7.381/2010.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: As Agências de Turismo com Frota Própria podem se cadastrar na

ANTT, desde que possuam objeto social compatível com a atividade regulada, a saber, a

prestação de serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual ou internacional de

passageiros, em regime de fretamento. No entanto, a locação de veículos foge à

competência da ANTT, portanto empresas que atuam no ramo de locação de bens não

poderão ser admitidas no cadastro da Agência.

1.20.2. Solicita a inclusão da definição da Agência de Turismo e da Locadora de

Veículos para Turistas, segundo a Lei 11.771/2008, do Ministério do Turismo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O simples agenciamento de viagens e a locação de veículos para

turistas fogem à competência da ANTT, uma vez que não configuram prestação de

serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual ou internacional de passageiros,

em regime de fretamento, portanto empresas que atuam nesses ramos de atividade não

se submetem ao disposto no regulamento em análise e não devem constar no glossário

da Resolução.

1.20.3. Sugere substituir Passeio Local por Transporte Especial. Justifica dizendo que

desde a EMBRATUR, quando responsável pelas atividades de turismo, atualmente

repassadas para o MTur, denomina-se transporte especial o deslocamento

intermunicipal ou interestadual sem pernoite.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

Page 29: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

29

JUSTIFICATIVA: O art. 28, inciso II, da Lei 11.771, de 17 de setembro de 2008,

define passeio local como “itinerário realizado para visitação a locais de interesse

turístico do município ou vizinhança, sem incluir pernoite”.

1.20.4. Sugere incluir no Art. 10,inciso V - Cadastro Regular no Ministério do Turismo,

no caso de fretamento turístico. Justifica dizendo que a exigência da regularidade,

obriga o prestador de serviços a cumprir com o que determina a Lei do Turismo, a qual

diz que o prestador só poderá exercer suas atividades estando em situação regular com o

Ministério do Turismo. Sugere incluir a verificação do cadastro da transportadora junto

ao MTur a cada dois anos.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Esclarecemos que a exigência de cadastro no Ministério do

Turismo já consta no rol de documentos exigidos para obtenção do Termo de

Autorização. Não é necessário incluir a documentação para inclusão de frota, uma vez

que o certificado é relacionado à empresa e não ao veículo.

Quanto à verificação de regularidade do cadastro junto ao MTur, cumpre informar que a

ANTT estabeleceu que o cadastro do transportador junto à ANTT terá vigência de três

anos, cujo recadastramento deverá ser solicitado antes de seu término. Também é

responsabilidade do transportador manter atualizada a documentação exigida para a

obtenção do Termo de Autorização durante toda a vigência do cadastro, conforme

disciplina o art. 12 da minuta.

1.20.5. Sugere aumentar a quilometragem permitida para 800 Km, para viagens de

traslado e excursão nacional e 300 km para o transporte especial. Justifica dizendo que

utilizou o Estado da Paraíba como ponto de partida.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando a solicitação de aumentar a quilometragem

permitida, foram utilizados novos parâmetros para definição de quilometragem mais

adequada. Inicialmente, a utilização de dupla de motoristas não é aceitável para os

veículos do tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do

segundo motorista durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a

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30

jornada de trabalho padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação

trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito) horas.

Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação

Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação

dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O

cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza

valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação

Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.

Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além

de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por

tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços.

Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,

por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da

maioria dos trechos.

Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem

máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com

apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.

Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, aumentando a

quilometragem máxima conforme sugerido, porém os valores propostos na contribuição

não serão utilizados.

Page 31: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

31

1.21 Sr. André Luiz Alves Sadeck dos Santos

Operador do serviço de Transporte

Pessoa Jurídica

FDA Locadora& Turismo

Protocolo: 2193939

Sugere aumentar a quilometragem máxima e permitir a prestação de serviços que

incluam pernoite para veículos do tipo M2.

Justifica dizendo que a distância de 250 km torna prejudicial o turismo da região do

Distrito Federal e que a Proibição de pernoite fere a constituição federal no direito de ir

e vir. Ainda, que é aceitável que um motorista consiga dirigir 600 km em 8 horas, com

seu descanso preservado, respeitando os limites de velocidade das vias.

Segue dizendo que existem hotéis nas estradas, que podem atender a demanda de

clientes e usuários de rodovias, o que torna absurda a proibição de pernoite dos veículos

M2.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando a solicitação de aumentar a quilometragem

permitida, foram utilizados novos parâmetros para definição de quilometragem mais

adequada. Inicialmente, a utilização de dupla de motoristas não é aceitável para os

veículos do tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do

segundo motorista durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a

jornada de trabalho padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação

trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito) horas.

Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação

Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação

dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O

cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza

valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação

Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.

Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além

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32

de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por

tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços.

Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,

por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da

maioria dos trechos.

Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem

máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com

apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.

Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, aumentando a

quilometragem máxima conforme sugerido, porém o valor proposto na contribuição não

será utilizado.

1.22 Sr. Júlio Mattos

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa física

Protocolo: 2193976

1.22.1. Afirma que o Art. 27 é incoerente, pois não há como solicitar previamente, já

que não se pode prever que o serviço sofrerá avaria ou registrar no sistema com o

veículo em trânsito.

Page 33: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

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RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O texto foi corrigido, a fim de garantir a sua coerência.

1.22.2. Pergunta se será necessário recolher o veiculo para a garagem e atrasar a

viagem.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Não será necessário retornar com o veículo para a garagem. A

minuta propunha que houvesse a comunicação via sistema, porém isso não implicaria o

retorno do veículo. Ainda, considerando outras contribuições recebidas durante a

Audiência Pública, a anotação será apenas manual.

1.22.3. Pergunta por que é necessário alterar manualmente a lista de passageiros, se há a

obrigação de registar no sistema uma hora após a inclusão ou substituição.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A minuta propunha que fosse realizada a alteração manual, para

fins de fiscalização durante a viagem e no sistema, para registro e controle da Agência.

No entanto, considerando todas as contribuições recebidas, somente será exigida a

anotação da alteração de maneira manual, sendo extinta a necessidade de registro da

alteração no sistema.

1.22.4. Solicita esclarecimento a respeito das divergências entre as exigências impostas

às empresas de fretamento e àquelas aplicadas às empresas de linha regular.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Seja pelas características de serviço público ou privado, da área de

abrangência ser urbana ou não, dentre outras, há sensíveis diferenças entre as

características operacionais, gerenciais e financeiras entre as empresas prestadoras de

serviço regular, com ônibus rodoviário ou com ônibus urbano, e as empresas

prestadoras de serviço de fretamento.

Entre os serviços públicos regulares e os serviços de fretamento as diferenças advém do

fato de que naquele os itinerários, horários e número de viagens, tipo de veículo,

número de paradas, a tarifa e todas as especificações de qualidade e operacionais da

atividade desenvolvida são fornecidas pelo Poder Público, ao passo que, nos serviços de

Page 34: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

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fretamento, tais elementos ou são acordados bilateralmente entre o contratante e a

transportadora, ou definidos somente por esta própria.

Portanto, consideradas tais divergências, é prudente e esperado que ocorra distinção de

tratamento e exigências entre os tipos de serviço.

1.23 Sr. Alexsandro Kühn dos Santos

Poder Público

Pessoa física

Protocolo: 2197726

Sugere incluir o Parágrafo único no Art. 13, com a seguinte redação:

Parágrafo único: O veículo não será cadastrado em mais de uma transportadora

simultaneamente e sua inclusão está condicionada à inexistência de débito impeditivo

da requerente junto à ANTT.

Justifica dizendo que a alteração permitirá padronizar, acrescentando também para o

caso de inclusão de veículos, a mesma regra disposta no Art. 11 para os casos de

cadastramento da transportadora e de sua frota de veículos para obtenção do termo de

Autorização.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Não se pretende condicionar a movimentação de frota à

inexistência de débito impeditivo junto à ANTT, assim a adimplência será verificada

somente no momento do cadastramento e do recadastramento.

1.24 Sr. Alexsandro Kühn dos Santos

Poder Público

Pessoa física

Protocolo: 2197744

Sugere alterar o Art. 28 e seus parágrafos (manter o §1º, alterar o §2º e o §3º e incluir o

§4º), par a seguinte redação:

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Art. 28. A relação de passageiros deverá conter os nomes completos, por extenso e sem

abreviaturas, e o respectivo número do documento de identificação dos passageiros,

inclusive das crianças de colo.

§1º É permitida a alteração ou inclusão de no máximo 20% do total de passageiros

indicados na relação de passageiros constante da Licença de Viagem autorizada.

§2º As alterações ou inclusões devem ser escritas de forma manual, em letra legível, nos

espaços reservados da relação de passageiros impressa. §3º - O preenchimento incorreto

do nome ou do número do documento de identificação dos passageiros, inclusive das

crianças de colo, deverá ser corrigido, manualmente, no momento do embarque, e será

contabilizado como alteração.

§4º Toda alteração ou inclusão manual efetuada conforme o §2º deve ser também

registrada no sistema durante a primeira hora da viagem.

Justifica a alteração com o propósito de definir, claramente, a forma correta de

preenchimento da relação de passageiros.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O caput do art. 28 foi alterado com a finalidade de explicitar que

todos os passageiros devem ser identificados, no entanto, entendemos que não é

necessário informar o nome completo, apenas nome e um sobrenome. Aplicada ao

transporte regular, a Resolução 4.282/2014 que trata das informações do bilhete de

passagem também não explicita a exigência de nome completo para o passageiro (art.

4º, inciso IV). Assim, com a intenção de harmonizar os procedimentos, não se imporá

ao transporte por fretamento tais obrigações. Em seguida, para melhor compreensão do

pretendido, a palavra alteração foi trocada por substituição. O proposto no parágrafo 3º

não foi aceito, pois as correções não devem ser contabilizadas, tendo em vista que erros

materiais podem ocorrer e, desde que sanados antes do início da viagem, não

prejudicam a operação do serviço. Por fim, o sugerido pelo §4º não foi adotado,

considerando que em outras contribuições ficou explicitada a dificuldade operacional de

realizar a comunicação na primeira hora da viagem.

1.25 Sr. Alexsandro Kühn dos Santos

Poder Público

Pessoa física

Page 36: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

36

Protocolo: 2197760

Sugere alterar a redação das alíneas b e c do inciso I do Art.30 para:

b) três horas, quando a distância do percurso de ida mais o percurso de volta seja de 500

km (quinhentos quilômetros), exclusive, até 1000 km (mil quilômetros); e

c) seis horas, quando a distância do percurso de ida mais o percurso de volta seja

superior a 1000 km (mil quilômetros).

Justifica dizendo que, assim, todas as distâncias serão contempladas na norma e que, da

forma como está escrito, não são previstas distâncias compreendidas entre 500 Km e

501 Km e distâncias entre 1000 Km e 1001 Km.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Pelo exposto, as alíneas foram alteradas conforme sugestão.

1.26 Sr. Alexsandro Kühn dos Santos

Poder Público

Pessoa física

Protocolo: 2197780

Sugere alterar a redação do Art. 44 para:

Art. 44. É obrigatória a fixação dos seis últimos algarismos do número de cadastro da

transportadora na ANTT na parte externa da porta dianteira direita do veículo, conforme

modelo do anexo I.

Justifica dizendo que é necessário especificar a porta, pois há veículos, como o double

decker, que possuem duas portas em sua lateral direita.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Pelo exposto, o artigo foi alterado conforme sugestão.

1.27 Sr. Alexsandro Kühn dos Santos

Poder Público

Pessoa física

Protocolo: 2197808

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Sugere alterar a redação do Art. 50 para:

Art. 50. O controle de identificação da bagagem transportada no bagageiro será feito por

meio de tíquete de bagagem fornecido pela transportadora em três vias, sendo a primeira

fixada à bagagem, a segunda destinada ao passageiro e a terceira anexada à relação de

passageiros.

Justifica dizendo ser necessário especificar a quem se destina cada uma das vias dos

tíquetes de bagagem, utilizando regra análoga à adotada para o controle de identificação

dos serviços regulares.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Pelo exposto, o artigo foi alterado conforme sugestão.

1.28 Sr. Alexsandro Kühn dos Santos

Poder Público

Pessoa física

Protocolo: 2197823

Sugere alterar a redação do inciso V do Art. 58 e incluir os incisos VIII e IX como

segue:

V - providenciar assistência aos passageiros nos casos de interrupção da viagem sem

possibilidade de prosseguimento;

VIII - providenciar alimentação aos passageiros nos casos de interrupção ou

retardamento da viagem por mais de três horas, quando devido a defeito, falha ou outro

motivo de sua responsabilidade;

IX - providenciar hospedagem aos passageiros nos casos de interrupção ou

retardamento da viagem quando, após o prazo de três horas, for constatada a

impossibilidade de continuidade da viagem no mesmo dia.

A contribuição tem o intuito de padronizar para o fretamento os mesmos prazos

utilizados para o transporte regular (Art. 16 da Res. ANTT 4.282/2014) quando da

interrupção ou retardamento de viagem devido a defeito, falha ou outro motivo de

responsabilidade da transportadora.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Acredita-se que a previsão de providenciar assistência aos

passageiros, inclusive alimentação e pousada, nos casos de interrupção da viagem sem

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possibilidade de prosseguimento é medida suficiente, visto que o Código Civil também

impõe obrigação genérica, em seu art. 741, quando afirma que “interrompendo-se a

viagem por qualquer motivo alheio à vontade do transportador, ainda que em

consequência de evento imprevisível, fica ele obrigado a concluir o transporte

contratado em outro veículo da mesma categoria, ou, com a anuência do passageiro, por

modalidade diferente, à sua custa, correndo também por sua conta as despesas de estada

e alimentação do usuário, durante a espera de novo transporte.“ Ainda, considerando o

caráter privado do serviço, os parâmetros a serem seguidos pelo transportador podem

ser negociados pelo contratante e registrados no contrato de prestação de serviço, sem a

necessidade de imposição da Agência dos tempos a serem observados.

1.29 Sr. Carlos Henrique Rodrigues Braga

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

Decálogo Viagens Ltda

Cargo: Sócio

Protocolo: 2197839

1.29.1. Sugere alterar a redação do Art. 19 para:

Art. 19. A localidade de origem constante da licença de viagem emitida deverá coincidir

com o endereço do embarque inicial da maioria dos passageiros.

Justifica dizendo que a operação turística e as vendas atualmente são efetuadas pela

internet, logo pessoas de várias cidades podem comprar pacotes turísticos que partem de

uma cidade e embarcar no trajeto original da viagem. Apresenta como exemplo as

viagens com saída de Belo Horizonte com destino a Porto Seguro, quando pessoas de

cidades como João Monlevade, Ipatinga, Governador Valadares e Teófilo Otoni, ao

comprar um pacote, se não puderem embarcar em suas cidades, deverão se deslocar até

Belo Horizonte para embarcar e depois passar na porta de suas casas. Questiona se tal

medida é justificável e se há benefício para o passageiro.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação sugerida não foi adotada, porém o conteúdo do art. 19

foi excluído por conflitar com o art. 20, que permite múltiplos embarques.

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39

1.29.2. Sugere a seguinte redação para o art. 20: “Art. 20. Será permitido o embarque de

passageiros em mais de um município do mesmo estado, desde que relacionados na lista

de passageiros”. Apresenta a mesma justificativa do item anterior.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação foi alterada a fim de permitir o embarque em mais de

um município, desde que integrantes do estado de origem da viagem.

1.29.3. Sugere alteração no Art. 27, §1º, para que, após conserto, o veículo seja liberado.

Justifica dizendo que a ANTT não deve partir do principio que todas as empresas são

desonestas e mal intencionadas e que não há motivo para travar um veículo por tanto

tempo. Explica que a empresa, tão logo recebe a notificação de avaria mecânica,

providencia socorro ou, dependendo da avaria, envia outro veículo para que os

passageiros não sejam penalizados. Segue dizendo que veículo parado acarreta prejuízo

e que a maioria das operadoras turísticas com frota própria possui poucos veículos, já

que este tem custo elevado e precisam ser renovados constantemente por força da

concorrência. Acrescenta que a operação turística é sazonal.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de

que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT

pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida

ao transportador, o que se pretende é dar segurança ao passageiro de que foi realizada a

devida manutenção no veículo antes de ser utilizado em nova viagem.

1.29.4. Solicita alteração no Art. 28.

Justifica dizendo que a maioria das alterações é derivada de erros de digitação e que, em

geral, não é possível corrigir os erros no tempo estipulado, pois empresas pequenas

encerram expediente às 18 horas, mas as viagens ocorrem após esse horário. Afirma ser

operacionalmente inviável a correção no sistema durante o trajeto, pois os motoristas

não dispõem de computadores e especialidade para fazer estas correções.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

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40

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade

operacional de realizar a comunicação em até uma hora após o início da viagem, a

exigência foi retirada.

1.29.5. Pergunta qual objetivo do Art. 29 e se há beneficio ou prejuízo para a

fiscalização e para os usuários. Afirma que a ANTT não responde imediatamente uma

solicitação especial, portanto, há possibilidade de aplicação de multas por parte da

ANTT. Justifica dizendo que não se deve presumir que as empresas autorizadas pela

ANTT sejam desonestas e mal intencionadas.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros, sob o regime de fretamento é autorizado em circuito fechado. Viagens com

apenas um trecho (ida ou volta do veículo vazio), multimodais e com mais de um grupo

são exceções a essa regra e por isso são tratadas de maneira diferente, conforme

discrimina o art. 29. O artigo não trata de discriminação com o setor, mas sim de

permitir que viagens que fujam à regra também possam ser realizadas com a devida

autorização. Considerando a dinamicidade do mercado, o prazo para solicitação de

autorização para essas viagens foi reduzido de três dias para dois dias úteis.

1.29.6. Com relação ao Art. 30, inciso I, sugere que seja determinado um tempo para

limpeza e conservação do veículo, independente da quilometragem percorrida.

Justifica dizendo que o tempo que se gasta para higienizar um ônibus é o mesmo, não

importando a quilometragem percorrida pelo veículo. Afirma que as empresas possuem

mão de obra e produtos especializados para este serviço, que a manutenção do ônibus é

programada e se ocorrer problemas mecânicos, este veículo será substituído

imediatamente. Segue dizendo que a medida trará prejuízos operacionais e financeiros

para as empresas.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O tempo de conservação, limpeza e manutenção pretende dar

garantia ao passageiro de que serão observadas as condições de segurança e,

principalmente, de higiene antes de disponibilizar o veículo para a próxima viagem. No

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41

entanto, considerando os argumentos expostos na contribuição, o tempo foi reduzido

para uma hora, independente da distância percorrida.

1.29.7. Solicita alteração no Art. 30, inciso II. Justifica dizendo que o descanso deve ser

garantido ao motorista e não ao veículo, pois este é máquina. Diz que a própria

legislação trabalhista já estipula o prazo mínimo de 11 horas entre uma jornada e outra

para os funcionários e que o estabelecimento de tempo de permanência mínima no

destino tolhe a atividade empresarial garantida pela Constituição.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O tempo de permanência no destino foi revisto com a intenção de

diminuir a interferência na operação. Assim, foi retirada a exigência de permanência

mínima de quatro horas, sendo mantido apenas o tempo de permanência no destino

igual ao tempo do deslocamento de ida. Cabe ressaltar que o transportador pode indicar

no roteiro de viagem permanência no destino inferior à regra, sendo a diferença

contabilizada após o término da viagem, para cálculo de liberação do veículo para a

próxima viagem. Por fim, ainda há previsão de liberação do veículo de maneira

antecipada, quando for comunicada pelo transportador, o que reforça a autonomia do

empresário na programação dos seus roteiros.

1.30 Sr. André Martins Lamas Vital

Poder Público

Pessoa física

Protocolo: 2197856

Em relação ao Art. 37, sugere nova redação para o Parágrafo único, desmembrando em

parágrafos §1º, §2º e §3º, como segue:

§1º Veículos de categoria M2 e aqueles com chassi com mais de 10 anos de fabricação

deverão ser submetidos à Inspeção Técnica Veicular com periodicidade semestral,

devendo os demais veículos ser inspecionados anualmente.

§2º Quando o chassi de um veículo atingir o tempo de 20 anos de fabricação terá o seu

registro excluído automaticamente da frota da empresa junto ao sistema da ANTT.

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§3º Veículos com data de fabricação igual ou superior a 15 anos só poderão realizar

viagens interestaduais e internacionais com trajeto máximo de 500 km.

Justifica dizendo que a proposta proporcionará mais segurança ao serviço de transporte

rodoviário interestadual e internacional de passageiros.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade.

Cabe ressaltar, ainda, que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que

“...a atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das

instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”.

Veículos mais novos apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de

segurança, acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, ambientais com

motores mais eficientes do ponto de vista energético e de consumo de combustíveis.

No entanto, a limitação da idade máxima dos veículos foi estabelecida em 15 anos,

independente do tipo de veículo, por ser considerada adequada para o transporte

rodoviário interestadual e internacional de passageiros em regime de fretamento, à

medida que promove renovação gradual da frota utilizada na prestação dos serviços,

mas não interfere nas características de livre concorrência do mercado, bem como na

possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas aquela que melhor lhe

atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.

Ainda, com base em outras contribuições, foi realizada revisão da periodicidade da

inspeção, que será anual para todos os tipos de veículo.

1.31 Sr. Michel Marta dos Santos

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

CampiVans Aluguel de Vans em Campina Grande PB

Cargo: proprietário

Protocolo: 2197874

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43

Solicita que os veículos do tipo M2 possam operar com quilometragem livre, em regime

de igualdade com os ônibus.

Justifica dizendo que as empresas de micro-ônibus já possuem autorização do

Ministério do Turismo, pagam todos os impostos relativos à prestação de serviço de

transporte turístico e podem atender pequenos grupos de maneira adequada, com menor

custo para o usuário. Além disso, afirma que se a comercialização do veículo é

autorizada pelos órgãos competentes, torna-se incoerente a proibição de sua utilização.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Cumpre informar que, embora haja a homologação dos veículos

por parte do CONTRAN e do DENATRAN, o que permite a circulação dos veículos em

território nacional, não é correto afirmar que a ANTT é incoerente ao estabelecer

critérios para utilização de tais veículos na prestação de um serviço autorizado, como é

o caso do transporte de passageiros, sob regime de fretamento, uma vez que persiste a

sua competência de indicar as condições para adequação da Autorização “às finalidades

de atendimento ao interesse público, à segurança das populações e à preservação do

meio ambiente”, conforme preceitua o art. 44, inciso III, da Lei nº 10.233/2001. Porém,

em virtude das contribuições que questionam a quilometragem máxima estabelecida,

foram utilizados novos parâmetros para definição de quilometragem mais adequada.

Inicialmente, a utilização de dupla de motoristas não é aceitável para os veículos do tipo

M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do segundo motorista

durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho

padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente,

atualmente de 8 (oito) horas. Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa

realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela

ANTT, para formatação dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte

interestadual de passageiros. O cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros

das viagens de fretamento, utiliza valores de extensão do Plano Nacional de Viação –

PNV 2007 e de Planos de Viação Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760

trechos de rodovia na ANTT. Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos

itinerários das linhas regulares, além de 376 acessos. Esses dados permitiram observar

as seguintes velocidades médias por tipo de pavimento, considerando todos os trechos

pesquisados:

Page 44: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

44

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços. Ainda, optou-se por considerar a média simples

dos trechos duplicados e pavimentados, por terem apresentado a maior velocidade

média e por representarem a condição real da maioria dos trechos.

Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem

máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com

apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km. Nesse sentido,

não será extinta a indicação de quilometragem máxima, porém o art. 41 da minuta de

resolução foi revisto, de acordo com os novos dados considerados.

1.32 Secretaria de Acompanhamento Econômico – Ministério da Fazenda

Poder Público

Protocolo: 2197856

1.32.1. Com relação ao art. 41, recomenda que a ANTT reavalie as restrições impostas

para a utilização de veículos do tipo M2, pois representam barreira injustificada à

entrada no mercado.

Justifica dizendo que o Brasil é um país de grandes dimensões, onde são comuns

distâncias rodoviárias superiores ao estabelecido no art. 41 e que se deve considerar,

também, que os usuários dos referidos serviços, ao contratá-los, usualmente têm ciência

das distâncias que serão percorridas e do tempo total estimado para o trajeto, escolhendo

pagar um preço maior ou menor a depender do nível de serviço oferecido pela empresa,

Page 45: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

45

incluindo-se o nível de conforto do veículo, que é discricionário e escolhido pelo cliente

no momento da contratação, que tem o condão de escolher de acordo com as suas

pretensões de pagamento vis a vis a quantidade de pessoas a serem transportadas.

Ainda, afirma que há no setor um cenário concorrencial, no qual as empresas competem

entre si oferecendo distintas condições de conforto e preço.

Apresenta como justificativa relacionada às condições de segurança do veículo, que há

um regramento dado pela Resolução Denatran nº 416, de 09 de agosto de 2012, que

deve ser atendida quando da certificação do veículo, tornando-o apto a ser

comercializado e a circular em todo o território nacional, sem limite de quilometragem

por viagem. Afirma que cabe ao operador do serviço, ao ter o veículo, atender às

manutenções programadas e realizar o devido licenciamento.

Por fim, argumenta que, ao buscar garantir um nível de conforto mínimo para o

passageiro dentro de um mercado marcadamente concorrencial, por meio da limitação

do tipo de veículo, há o risco potencial de se limitar a contestabilidade do mercado,

tornando o fretamento mais caro.

Exemplifica que o transporte de grupos de até 16 pessoas (capacidade máxima média de

um micro-ônibus), quando percorridas distâncias maiores que as explicitadas pela

ANTT, teria de ser feito em veículos da categoria M3 (ônibus rodoviário), que exigem

um volume maior de recursos para sua aquisição, além de terem custos operacionais

maiores do que um veículo M2.

Afirma que essa situação exigirá maiores investimentos das empresas que desejarem

participar desse mercado, e os custos maiores provavelmente serão repassados aos

clientes, dificultando ou mesmo inviabilizando que sejam organizados passeios

turísticos e fretamentos contínuos para pequenos grupos de pessoas.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do

tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir

veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro. No entanto, em um primeiro

momento, a proposta é permitir que tais veículos sejam utilizados somente na prestação

de serviço de fretamento contínuo e de fretamento turístico, nas modalidades traslado ou

passeio local. Tais serviços foram escolhidos porque não incluem pernoite e, em geral,

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46

percorrem distâncias menores, com número reduzido de passageiros ou sem a presença

de bagagem. Assim, será promovida a entrada gradual de veículos do tipo Micro-ônibus

no mercado interestadual e internacional. Porém, foram recebidas contribuições

questionando que a quilometragem máxima estabelecida é considerada insuficiente para

operação dos serviços elegidos.

Portanto, foram utilizados novos parâmetros para definição de quilometragem mais

adequada. Inicialmente, a utilização de dupla de motoristas não é aceitável para os

veículos do tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do

segundo motorista durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a

jornada de trabalho padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação

trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito) horas.

Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação

Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação

dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O

cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza

valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação

Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.

Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além

de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por

tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços.

Page 47: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

47

Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,

por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da

maioria dos trechos.

Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem

máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com

apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.

Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto considerando a métrica

apresentada, a fim de permitir trechos conforme a quilometragem máxima obtida.

1.32.2. Com relação ao art. 23, sugere que a ANTT especifique como a transportadora

deverá emitir a licença de viagem para a prestação do serviço em comento e determine

os procedimentos que deverão ser adotados pela transportadora em caso de

indisponibilidade comprovada de acesso ao sistema da ANTT para o atendimento ao

disposto no art. 28.

Justifica dizendo que no art. 23 não é especificado como deverá ser emitida a licença: se

por um sistema eletrônico específico; se manualmente; ou se por meio outro

instrumento a ser especificado pela agência. Além disso, afirma que o §3º do art. 28

destaca que as alterações na relação de passageiros da licença de viagem deverão ser

registradas no sistema durante a primeira hora de viagem e que é fato que o transporte

rodoviário possui grande capilaridade, podendo prestar o serviço em áreas cuja

infraestrutura de telecomunicações é falha ou mesmo ausente, dificultando ou

impedindo o acesso à internet para cadastramento destas informações.

Segue dizendo que, mesmo em regiões cuja infraestrutura de telecomunicações é

adequada, há a possibilidade de se ter a paralisação momentânea dos serviços de

internet, além de haver a possibilidade de que haja períodos de indisponibilidade da rede

da própria agência, também impossibilitando o registro da informação solicitada.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O caput do art. 23 foi alterado, a fim de especificar que as licenças

de viagem devem ser emitidas em sistema disponibilizado para este fim. Os

procedimentos para serem adotados em caso de indisponibilidade de sistema já estão

descritos no §2º, do próprio art. 23. Por analogia, o art. 14 e o caput do art. 31 foram

alterados, pois também tratam de operações realizadas em sistema. Ainda, considerada

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48

a dificuldade operacional de cumprimento da exigência, o §3º do art. 28 foi retirado da

minuta,

1.33 Sr. Washington Peixoto Coura

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

Empresa Gontijo de Transportes LTDA

Cargo: procurador

Protocolo: 2202780

1.33.1. Com relação ao Art. 3º, inciso II, sugere substituir a condicionante “sem

motivações ou características turísticas” por uma restrição no seguinte sentido: “não

podendo ter como finalidade o atendimento do transporte com o objetivo individual de

cada passageiro e, sim, somente de grupo fechado e que as pessoas que compõem o

grupo tenham a mesma finalidade na viagem”.

Justifica dizendo que a condicionante “sem motivações ou características turísticas” não

tem sentido e até prejudica porque é uma das finalidades do Fretamento o transporte

especial e de grupo fechado, inclusive, para ficar coerente com o texto do inciso V deste

artigo.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Cumpre esclarecer que o transporte em regime de fretamento foi

subdividido em três formas: turístico, eventual e contínuo.

O inciso II pretende definir apenas o transporte eventual, que é justamente aquele que

não possui motivação ou características turísticas, que são próprias do transporte

turístico. Embora, a redação proposta na contribuição não tenha sido adotada, os

conceitos de transporte turístico, eventual e contínuo foram reescritos, a fim de dar

melhor compreensão aos termos. Ainda, o conceito exposto no inciso V do art. 3º se

refere apenas a transportador turístico, ou seja, aquele que realiza transporte turístico.

1.33.2. Com relação ao Art. 3º, inciso II, inciso VI, sugere que seja acrescentado no

texto que todos os passageiros tenham o mesmo objetivo na viagem, qual seja participar

de um evento religioso, funeral, evento esportivo, congresso, show, etc.

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49

Justifica dizendo que a observação é necessária por faltar nessas modalidades uma

caracterização clara e objetiva para evitar os subterfúgios utilizados pelos operadores

que se utilizam dessas bandeiras para praticarem o transporte regular mascarados de

fretamento, turísticos ou contínuos.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A sugestão foi adotada para o conceito de circuito fechado, sendo

alteração a redação do art. 3º, inciso VI para incluir a necessidade de que haja

motivação de viagem comum a todos os passageiros.

1.33.3. Com relação ao Art. 5º sugere que se deveria prever, além das sanções

pecuniárias, também advertências, suspensões e perdimento de veículos.

Justifica dizendo que essa modalidade tem a cultura de operar na irregularidade e,

portanto, teria que ter um capítulo destinado para penalidades.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que, além das sanções pecuniárias, os regulados

também estão sujeitos a outras penalidades e medidas administrativas, o inciso IV, do

art. 5º foi substituído para “penalidades e medidas administrativas”. Cabe esclarecer que

a ANTT dispõe de regulamento próprio para tratar do assunto, não sendo objetivo desta

Resolução descrever as sanções.

1.33.4. Com relação ao Art. 8º sugere alterar o prazo de vigência para anual.

Justifica dizendo que assim será comprovada de continuar a efetuar a operação.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O cadastro atualmente é de dois anos e a experiência demonstrou

que não há necessidade de atualizar toda a documentação nesse período. Com isso,

optou-se por estender o cadastro para três anos e garantir que a documentação

relacionada à segurança da operação (laudo de inspeção técnica veicular e seguro de

responsabilidade civil) tenha sua vigência atualizada de forma constante. Por isso, a

redação do art. 12 foi modificada, a fim de evidenciar a obrigação.

1.33.5. Com relação ao Art. 10 solicita definir se a taxa de fiscalização será por veículo

ou por empresa e sugere que seja por veículo e renovada anualmente.

Page 50: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

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RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A taxa de fiscalização foi instituída pela Lei nº 12.996, de 18 de

junho de 2014, que já estabeleceu que a taxa seja referente ao veículo e de periodicidade

anual. Considerando que a taxa de fiscalização será tratada em regulamento específico

sobre a matéria, foram retirados da minuta os dispositivos que abordavam a taxa de

fiscalização.

1.33.6. Contribui dizendo que as certidões de regularidade de veículos devem ser

renovadas anualmente.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A minuta foi estruturada com o objetivo de renovar a

documentação da empresa a cada três anos, com foco na atualização constante da

documentação do veículo. A prova de regularidade fiscal é documentação relativa à

empresa, sendo considerado mais adequado que a verificação seja realizada apenas no

momento do recadastramento. Assim, a fim de deixar isso claro ao interessado foi

incluído parágrafo no Art. 12, sobre a atualização da documentação.

1.33.7. Com relação ao Art. 18, apresenta entendimento de que deve ser acrescentada a

exigência da Nota fiscal, assim como esta deve constar no bojo da Autorização expedida

pela ANTT e que seja exigido o envio da nota fiscal de transporte, que deverá fazer

parte da autorização expedida pela ANTT, com a relação de passageiros.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que a emissão da Licença de Viagem é automática,

por meio de sistema e ocorre 24 horas por dia, 7 dias por semana, não é possível

condicionar o envio de nota fiscal para liberação da autorização de viagem, sob pena de

inviabilizar toda a operação. Ainda, a necessidade de emissão de nota fiscal consta nos

Art. 3º, que define os serviços e no art. 24, que trata dos dados necessários à emissão da

licença de viagem.

1.33.8. Com relação ao Art. 23, sugere incluir no final do texto proposto: “junto ao

sistema de fretamento da ANTT, realizado pela internet”.

Page 51: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

51

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação foi adequada a fim de explicitar que a emissão será

realizada por meio de sistema.

1.33.9. Com relação ao Art. 26, sugere incluir observação no texto de que não serão

emitidas autorizações cujo número da nota fiscal coincida com autorização já emitida.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Por se tratar de matéria tributária, entendemos que o controle dessa

documentação extrapola a competência da ANTT.

1.33.10. Com relação ao Art. 28, §1º solicita que seja indicado um número fixo de

passageiros e sugere a quantidade de 4 (quatro) passageiros. Justifica dizendo que a

proposta cria margem para subjetividade.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A proposta não é subjetiva, uma vez que determina o máximo de

alterações permitidas. O percentual estabelecido se relaciona com a quantidade de

passageiros inicialmente autorizados e, da mesma forma, se adequa às diferentes

capacidades dos veículos cadastrados. Considerando que serão admitidos no cadastro

veículos com capacidades diversas, desde 9 até 54 passageiros, o número fixo,

conforme sugerido, não se mostra adequado, por não refletir tal diversidade.

1.33.11. Com relação ao Art. 28, §3º sugere incluir no texto que após a inclusão

das informações manuais, o transportador deverá firmar autorização, de forma a

impossibilitar a inscrição de novas informações, sob pena de sanções em caso de

descumprimento. Ainda, que as alterações devem ser registradas antes do início da

viagem. Justifica dizendo que alterações realizadas durante a viagem permitem dolos.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A proposta permite múltiplos embarques, portanto a inclusão ou

substituição de passageiros pode ocorrer em qualquer um desses pontos, portanto não é

possível restringir todas às alterações a antes do início da viagem ou impedir que haja

alteração durante a viagem. Cabe ressaltar que os municípios de embarque deverão ser

previamente indicados no roteiro de viagem, não configurando infração como afirmado.

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Porém, foi incluído texto para esclarecer que as alterações devem ser efetuadas antes da

saída do veículo de cada uma das cidades indicadas como local de embarque. Por fim,

ressaltamos que o máximo de alterações permitidas será sempre o mesmo, ou seja, 20%

do número total dos passageiros indicados na relação autorizada, independente do

município onde ocorrer a alteração.

1.33.12. Com relação ao Art. 29 sugere incluir um novo parágrafo no seguinte

sentido: A sequência de viagens realizadas por uma mesma empresa para as mesmas

localidades com passageiros e veículos distintos obrigará os transportadores a

apresentar-se na fiscalização da ANTT, sob pena aplicação de multa e apreensão do

veículo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: As excepcionalidades descritas no Art. 29 serão analisadas de

maneira prévia pela ANTT, sendo que a autorização dada para emitir a licença de

viagem já configura que o pleito foi considerado legítimo pela Agência, não havendo a

necessidade de impor ao transportador procedimentos extras, principalmente quando

estes dificultam ou podem ser empecilhos à prestação do serviço.

1.33.13. Sobre Art. 44, apresenta entendimento de que esta exigência não deve ser

exigida das empresas que operam serviços regulares uma vez que seus veículos já têm

identificações próprias exigidas pela ANTT.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 44 trata do selo de identificação de empresas que mantém

cadastro para realização do serviço de transporte rodoviário interestadual e internacional

de passageiros, em regime de fretamento. Independente de a empresa realizar, de forma

concomitante, o transporte rodoviário regular de passageiros, permanece a necessidade

de manter registro para o serviço fretado, cujo número de identificação difere de outras

identificações utilizadas no serviço regular. Portanto, não é possível isentar à empresa

de afixar a numeração do cadastro, o que não impede o cumprimento da identificação

exigida para o serviço regular. No entanto, o conteúdo do art. 43, que trata de

caracterização externa foi revisado, a fim de isentar as empresas que prestam transporte

regular de tal obrigação, visto que não será possível atender os dois normativos.

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53

1.33.14. Sugere exigir que os autorizatários de fretamento também estivessem

sujeitos ao sistema de monitoramento, de forma que a ANTT tenha controle do

transporte, ou seja, que esses operadores tenham um sistema de relatórios bimestrais

registrando todas as atividades operadas para que a ANTT possa verificar quando um

transportador apresentar regularidade de serviços que caracterizem que estão praticando

transporte regular mascarado de fretamento.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 45 estabelece apenas que os veículos devam dispor de

sistema de monitoramento. As regras do monitoramento foram disciplinadas pela

Resolução ANTT nº 4.499/2014, que tratou de maneira diferenciada cada tipo de

serviço, de acordo com as suas especificidades. O sistema de monitoramento da ANTT

não é restrito, pode ser desenvolvido para gerar também relatórios à empresa de

transporte e a outros órgãos, logo as empresas de transporte também poderão se

beneficiar do sistema de monitoramento com um maior controle da operação de

transporte.

1.33.15. Sugere que seja criada uma forma de consulta pela fiscalização, de forma

a confrontar a relação de passageiros, documento de porte obrigatório da autorizatária,

como a enviada para a ANTT, em pontos de fiscalização específicos.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A relação de passageiros de porte obrigatório é emitida pelo

transportador por meio de sistema da ANTT e o fiscal já possui acesso às informações

desse sistema.

1.33.16. Sugere que as sequências de autorizações para o mesmo transportador,

para as mesmas localidades sejam objeto de verificação in loco, principalmente para as

viagens que superam 1000 km, pois o transporte realizado nestes moldes com

regularidade perde as características de fretamento turístico ou eventual.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Não é objetivo da proposta de Resolução estabelecer critérios de

fiscalização ou rotina de comandos de fiscalização. Cumpre esclarecer que, na estrutura

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54

organizacional da ANTT, cabe à Gerência de Inteligência e Planejamento de

Fiscalização, da Superintendência de Fiscalização - SUFIS, planejar, coordenar e

controlar as atividades de fiscalização, bem como analisar e propor melhorias para o

desenvolvimento das atividades.

1.33.17. Apresenta entendimento de que a Resolução deveria conter um

procedimento punitivo para as empresas flagradas em operação de serviço não

autorizado, de forma escalonada, com multa, apreensão e perdimento do veículo,

criando assim, mecanismos inibidores de falcatruas e desvios do objeto autorizado.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Não é objeto desta Audiência Pública a avaliação das penalidades e

medidas administrativas aplicadas às transportadoras, visto que o assunto é tratado em

Resolução específica sobre o tema.

1.34 Sr. Hilário Augusto de Araújo

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

H. C. Laranjeiras Ltda

Cargo: Sócio Proprietário

Protocolo: 2202832

Com relação ao Art. 3º, inciso I, sugere constar que o serviço poderá ser prestado por

Transportadoras Turísticas Autorizadas como também por Agências de Viagens

Autorizadas, com frota própria e com registro no CADASTUR.

Justifica apresentando a informação de que as Transportadoras Turísticas possuem

CNAE que exclui a empresa do regime de tributação do Simples Nacional (CNAE

4929-9/02), o que não ocorre com as Agências de Turismo. Com isso todos os MEI’s e

Microempresas Agências de Turismo, optantes pelo simples e que tenham frota Própria,

seriam incluídos e atendidos pela Nova Resolução.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A classe 7911-2 (AGÊNCIAS DE VIAGENS) não garante

que a empresa possua frota própria e vá prestar o serviço de transporte ela mesma e não

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55

por intermédio de terceiros. Para que a Agência de Viagem possa realizar serviço de

transporte interestadual ou internacional, deverá incluir em seu cadastro do CNPJ a

atividade 4929-9/04 (ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS

RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E

INTERNACIONAL), cuja descrição garante a prestação direta do serviço de transporte.

No entanto, tal entendimento não enseja revisão da minuta, uma vez que o normativo

propõe apenas que haja compatibilidade entre o ramo de atuação da empresa e o serviço

regulado pela Agência, de maneira que qualquer atividade econômica cuja relação possa

ser identificada será aceita para fins de cadastro.

1.35 Sr. Hilário Augusto de Araújo

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

H. C. Laranjeiras Ltda

Cargo: Sócio Proprietário

Protocolo: 2202855

Com relação ao §2º do art. 10, sugere abolir a exigência.

Justifica dizendo que pedir essa autorização é redundância, já que o agente financeiro

não se oporia, por ter todo o interesse de que o seu cliente possa auferir receitas com o

registro na ANTT. Segue dizendo que tal exigência só engorda as receitas dos agentes

financeiros, que cobram consideráveis taxas de serviços para apresentar tal autorização.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados na contribuição, a carta

de anuência não será solicitada para cadastramento da frota, quando a restrição estiver

relacionada a agentes financeiros.

1.36 Sr. Hilário Augusto de Araújo

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

H. C. Laranjeiras Ltda

Cargo: Sócio Proprietário

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56

Protocolo: 2202867

Com relação ao Art. 26, parágrafo único, sugere limitar o número de vidas, conforme o

que prescrever o respectivo Seguro de Responsabilidade Civil contratado para o veículo,

de maneira que o número total de ocupantes do veículo, entre responsáveis e crianças de

colo, não ultrapasse o número de vidas do SRC.

Justifica dizendo que, da maneira proposta o operador de um veículo de 15 lugares, por

exemplo, poderá transportar até 30 vidas, ou seja, 15 responsáveis mais 15 crianças de

colo, quando, no entanto, o seu SRC só cobrirá 15 vidas.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O valor de cobertura do seguro de responsabilidade civil (0623

Resp. C.T. Rodoviário Interestadual e Inter - RC ÔNIBUS) é estabelecido por veículo e

por evento e pretende garantir a liquidação de danos causados aos passageiros e seus

dependentes, em virtude de acidente quando da realização da viagem, sem prejuízo da

cobertura do seguro obrigatório de danos pessoais (DPVAT), a que se refere a Lei nº

6.194, de 19 de dezembro de 1974. Os parâmetros para cálculo das indenizações

devidas são normatizados pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, que

detém a competência para regular a matéria e não são objeto desta Audiência Pública.

1.37 Sr. Hilário Augusto de Araújo

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

H. C. Laranjeiras Ltda

Cargo: Sócio Proprietário

Protocolo: 2202875

Com relação ao Art. 37, Parágrafo Único, sugere que os veículos do tipo M2 sejam

submetidos à Inspeção Técnica Veicular, nos mesmos critérios dos veículos M3.

Justifica dizendo que o CONTRAN já definiu procedimentos para homologação de

veículos M2 junto ao Registro Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM e que

tais veículos atendem a legislação atualmente em vigor, no que diz respeito aos critérios

de segurança e de resistência e ainda, que são construídos considerando os mais

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57

modernos requisitos de engenharia, tal como os M3, resguardando-se, obviamente, suas

peculiaridades, Pelo apresentado afirma serem desnecessárias inspeções em períodos

menores.

Afirma ter enviado declarações das montadoras, mas estas não constam na mensagem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais

contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica

veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança

necessárias à prestação do serviço, independente do tipo de veículo.

1.38 Sr. Hilário Augusto de Araújo

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

H. C. Laranjeiras Ltda

Cargo: Sócio Proprietário

Protocolo: 2202884

Com relação ao Art. 41, Inciso I, sugere que os veículos do tipo M2 sejam cadastrados

para todo e qualquer tipo de serviço, inclusive o circuito fechado, sendo estabelecido o

critério de 05h30 de viagem por 30min de repouso, nos mesmos moldes da Nova Lei do

Descanso para Caminhoneiros.

Justifica dizendo que deve se considerar os relatos das montadoras, sob o ponto de vista

de segurança, resistência, conforto, qualidade e eficiência dos M2, inclusive os

procedimentos já relatados utilizados pelo CONTRAN/DENATRAN, para homologar

tais veículos, além do próprio mercado usuário do turismo demandar deslocamentos

regionais maiores do que esses apresentados, sendo tais limites são inadequados. Ainda,

considera que a utilização de veículos M2 atende a liberdade de escolha em condições

mais favoráveis ao usuário, pela redução do valor pago pelos serviços, pois são veículos

que melhor atendem às suas necessidades de deslocamento em grupos menores e, pela

eficiência, vai ao encontro da redução de combustíveis pelo seu menor consumo em

consonância aos interesses do Brasil em tratados internacionais para redução de

poluentes. Afirma que, devido às condições técnicas aprovadas pelo CONTRAN,

Page 58: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

58

DENATRAN, IBAMA, CONAMA e demais órgãos que legislam sobre o assunto, o

Micro-ônibus M2 está apto para realizar viagens de longo percurso com conforto,

segurança e eficiência.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do

tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir

veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro. No entanto, em um primeiro

momento, ao contrário do sugerido, a proposta é permitir que tais veículos sejam

utilizados somente na prestação de serviço de fretamento contínuo e de fretamento

turístico, nas modalidades traslado ou passeio local. Tais serviços foram escolhidos

porque não incluem pernoite e, em geral, percorrem distâncias menores, com número

reduzido de passageiros ou sem a presença de bagagem. Assim, será promovida a

entrada gradual de veículos do tipo Micro-ônibus no mercado interestadual e

internacional.

Conforme a sugestão apresentada, foram utilizados novos parâmetros para definição de

quilometragem máxima mais adequada, que serão descritos na sequencia. Inicialmente,

a utilização de dupla de motoristas não foi considerada aceitável para os veículos do

tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do segundo motorista

durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho

padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente,

atualmente de 8 (oito) horas.

Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação

Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação

dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O

cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza

valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação

Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.

Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além

de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por

tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:

Page 59: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

59

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços.

Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,

por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da

maioria dos trechos.

Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem

máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com

apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.

Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos

conforme a quilometragem máxima obtida.

1.39 Sr. Hilário Augusto de Araújo

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

H. C. Laranjeiras Ltda

Cargo: Sócio Proprietário

Protocolo: 2202896

Em referência a Nota Técnica nº 68/2014, Item 4, Dos Veículos, afirma que nas páginas

de 117 a 123 fica clara a preocupação da Agência nos quesitos relacionados a padrões

de eficiência, segurança, conforto, regularidade e pontualidade e modicidade nas tarifas,

tudo visando a garantia do interesse público, a segurança das populações e a

Page 60: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

60

preservação do meio ambiente e que há sugestão da Procuradoria para indicação de

limites para os seus deslocamentos.

Considerando a interpretação exposta, apresenta análise de cada quesito da Nota,

conforme os itens a seguir.

Dos Padrões de Eficiência: os M2 são muito eficientes sob o ponto de vista da

mobilidade no trânsito, deslocam-se com fluidez nos engarrafamentos, tanto no ponto

de origem como no destino e na estrada são mais ágeis nas subidas, além da relação

custo x benefício;

Da Segurança: são projetados, desenvolvidos, produzidos e homologados para o

transporte de passageiros, e atendem plenamente as especificações da resolução 416/12

do CONTRAN e da Portaria DENATRAN 190/09, conforme declaração de montadoras;

Do Conforto: diferentemente da Nota da SUPAS, citada na Nota Técnica, os M2

possuem poltronas reclináveis, individuais, com apoio de cabeça e de braços, e no que

se refere ao acondicionamento de bagagens, quando se faz necessário, elas podem ser

comodamente instaladas nas chamadas carretas para bagagens, tornando a cabine um

ambiente somente para passageiros e afora os porta-volumes instalados acima das

poltronas, possuem ainda corredor central e saída de emergência;

Da Regularidade e Pontualidade: Face às suas características de agilidade e

fluidez, poderá garantir muito mais regularidade e pontualidade;

Da Modicidade das Tarifas: Neste ponto o M2 é imbatível. Por exemplo, como

justificar a contratação de um ônibus para deslocar-se de Recife para Natal, num

circuito fechado, com um grupo de 10 pessoas? Claramente o M2 é mais barato.

Obviamente, quando falamos na garantia dos interesses públicos tanto o M2 quanto o

M3, atendem, cada um, de sua forma.

Diz que, com sua apresentação, fica fundamentada ainda a utilização do M2, sob o

ponto de vista socioeconômico, o que reforça e justifica a necessidade da utilização

destes tipos de veículos, por pequenos grupos de até 20 pessoas, em observância aos

interesses do turismo integrado de acordo com as diretrizes da Lei Geral do Turismo e

da Portaria 312 do Ministério do Turismo.

Ainda, coloca que a legislação proposta contraria a lógica do desenvolvimento do

Turismo Integrado da nossa região Nordeste, e em outras regiões do País,

Page 61: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

61

desconhecendo o enorme potencial turístico e interesse econômico relacionado à faixa

litorânea entre os Estados da Bahia até o Ceará e áreas adjacentes.

Cita o projeto de lei, de 2005, do Ex-Deputado Marcondes Gadelha-PB: “Até mesmo o

Tribunal de Contas da União – TCU –, realizou auditoria operacional na ANTT, cujos

resultados apontaram que a fixação e exigência de parâmetros operacionais excessivos,

que não consideram adequadamente os aspectos de qualidade e quantidade da oferta de

serviços, resultam em concentração econômica e restrição à universalização e à

concorrência, por meio da criação de óbices desnecessários à entrada de novas empresas

no mercado de transporte rodoviário de passageiros, podendo ser consideradas

restritivas à competição, prejudicando o interesse dos usuários e a eficiência do

serviço”.

Finaliza dizendo que, quanto a Preservação do Meio Ambiente, os M2 são econômicos

e perfeitamente ajustados aos requisitos da Legislação quanto aos limites de emissão de

poluentes, conforme certificação do IBAMA e CONAMA, atendendo acordos

internacionais firmados pelo Brasil.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente a utilização de veículos do tipo M2

não é permitida na prestação do serviço de transporte rodoviário de passageiros

interestadual e internacional, em regime de fretamento, a proposta configura avanço da

regulação em admitir que veículos do tipo M2 atingem os padrões de eficiência,

segurança, conforto, podendo atender os mercados eleitos por esta agência como

adequados às características de tais veículos.

1.40 Sr. Hilário Augusto de Araújo

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

H. C. Laranjeiras Ltda

Cargo: Sócio Proprietário

Protocolo: 2202900

Em referência a Nota Técnica nº 68/2014, Item 4, Dos Veículos, páginas de 120 a 121,

sugere que, considerando as especificidades dos M2, seja elaborado termo que garanta

Page 62: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

62

as mínimas condições de acessibilidade, para frota cuja operadora possua menos de dez

(10) veículos M2 e que, para operadoras com maior número de veículos M2, seja

determinado apenas 10% de acessibilidade plena.

Justifica dizendo que, pelas suas características de tamanho e capacidade de

passageiros, uma legislação especifica deve ser desenvolvida, adaptando-se às

necessidades e possibilidades do M2.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A exigência da acessibilidade dos serviços de transporte coletivo

rodoviário de passageiros foi determinada pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de

2004. Ainda, o mesmo Decreto estabeleceu que a frota de veículos de transporte

coletivo rodoviário e a infraestrutura dos serviços deste transporte deveriam estar

totalmente acessíveis desde 2 de dezembro de 2014 e que as normas técnicas para

adaptação dos veículos, de forma a torna-los acessíveis, seriam elaboradas pelas

instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização

e Qualidade Industrial. Logo, não é escopo da regulamentação em tela, nem pode esta

Agência determinar a dispensa de adaptação de veículos com base em percentual de

frota, cabendo apenas à entidade competente determinar a impossibilidade ou

especificidade de adaptação de cada tipo de veículo.

1.41 Sr. Hilário Augusto de Araújo

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

H. C. Laranjeiras Ltda

Cargo: Sócio Proprietário

Protocolo: 2202904

Com relação ao Art. 45, o sistema deveria ser utilizado para as operadoras que já

possuam o seu próprio monitoramento e, neste caso, a Agência daria algum tipo de

incentivo para aquelas que oferecessem um link para sua empresa rastreadora ou que a

própria Agência contratasse, através de um programa federal, uma operadora arcando

com os custos de sua proposta.

Page 63: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

63

Justifica dizendo que a possibilidade da fiscalização de campo ter seus custos reduzidos

com a nova iniciativa, poderia compensar todo o investimento com o monitoramento, ao

invés de transferi-lo às operadoras.

Finaliza dizendo que considera a iniciativa importante, mas entende que isso representa

mais um custo, dentre tantos, que já são impostos ao micro empresariado.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 45 estabelece apenas que os veículos devam dispor de

sistema de monitoramento. As regras do monitoramento foram disciplinadas pela

Resolução ANTT nº 4.499/2014, que tratou de maneira diferenciada cada tipo de

serviço, de acordo com as suas especificidades. O sistema de monitoramento da ANTT

não é restrito, pode ser desenvolvido para gerar também relatórios à empresa de

transporte e a outros órgãos, logo as empresas de transporte também poderão se

beneficiar do sistema de monitoramento com um maior controle da operação de

transporte.

1.42 Sr. Hilário Augusto de Araújo

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

H. C. Laranjeiras Ltda

Cargo: Sócio Proprietário

Protocolo: 2202912

Com relação ao Art. 68, sugere que a Resolução entre em vigor imediatamente após a

sua publicação.

Justifica dizendo que o mercado, o sistema, o turismo integrado, o empresariado e a

sociedade como um todo perdem por ainda permanecer a legislação atual, que é

excludente e desatualizada.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando o volume de alterações propostas, a ANTT considera

pertinente estabelecer prazo para que as medidas entrem em vigor, a fim de possibilitar

que o mercado e a Agência possam se preparar de maneira adequada para o

cumprimento das novas disposições.

Page 64: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

64

1.43 Sr. Hilário Augusto de Araújo

Usuário do serviço de Transporte

Pessoa física

Protocolo: 2202925

1.43.1. Com relação ao Art. 3º, inciso I, sugere constar que o serviço poderá ser

prestado por Transportadoras Turísticas Autorizadas como também por Agências de

Viagens Autorizadas, com frota própria e com registro no CADASTUR.

Justifica apresentando a informação de que as Transportadoras Turísticas possuírem

CNAE cuja opção exclui a empresa do regime de tributação do Simples Nacional

(CNAE 4929-9/02), o que não ocorre com as Agências de Turismo. Com isso todos os

MEI’s e Microempresas Agências de Turismo, optantes pelo simples e que tenham frota

Própria, seriam incluídos e atendidos pela Nova Resolução.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A classe 7911-2 (AGÊNCIAS DE VIAGENS) não garante

que a empresa possua frota própria e vá prestar o serviço de transporte ela mesma e não

por intermédio de terceiros. Para que a Agência de Viagem possa realizar serviço de

transporte interestadual ou internacional, deverá incluir em seu cadastro do CNPJ a

atividade 4929-9/04 (ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS

RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E

INTERNACIONAL), cuja descrição garante a prestação direta do serviço de transporte.

No entanto, tal entendimento não enseja revisão da minuta, uma vez que o normativo

propõe apenas que haja compatibilidade entre o ramo de atuação da empresa e o serviço

regulado pela Agência, de maneira que qualquer atividade econômica cuja relação possa

ser identificada será aceita para fins de cadastro.

1.43.2. Sugere reavaliação da Taxa de Fiscalização definida pela Lei 12.996 de

18.06.2014, mantendo-a nos mesmos padrões anteriores para os M3 e estabelecendo-se

um critério de proporcionalidade (visa vis o n° de passageiros) para os M2. Justifica

dizendo que se trata de uma obrigação acessória extremamente cara para os MEI’s e

Microempresas e que não é uma taxa inclusiva e sim sectária. Considerando que com a

Page 65: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

65

nova resolução uma quantidade significativa de novos veículos será inclusa no sistema,

o aumento de arrecadação seria viabilizado com o aumento da base tarifada, e não com

o aumento do valor e frequência da tarifa.

RESPOSTA: contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A taxa de fiscalização foi instituída pela Lei nº 12.996, de 18 de

junho de 2014, que já estabeleceu o valor a ser cobrado. Portanto, a natureza da taxa, o

valor estabelecido e critérios de proporcionalidade serão tratados em resolução

específica, e, portanto, não são escopos da Audiência Pública nº 14/2014.

1.43.3. Com relação ao Art. 10, Inciso IV, §2º, sugere abolir a exigência. Justifica

dizendo que pedir essa autorização é redundância, já que o agente financeiro não se

oporia, por ter todo o interesse de que o seu cliente possa auferir receitas com o registro

na ANTT. Segue dizendo que tal exigência só engorda as receitas dos agentes

financeiros, que cobram consideráveis taxas de serviços para apresentar tal autorização.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados na contribuição, a carta

de anuência não será solicitada para cadastramento da frota, quando a restrição estiver

relacionada a agentes financeiros.

1.43.4. Com relação ao Art. 26, Inciso IV, Parágrafo Único, sugere limitar o número de

vidas, conforme o que prescrever o respectivo Seguro de Responsabilidade Civil

contratado para o veículo, de maneira que o número total de ocupantes do veículo, entre

responsáveis e crianças de colo, não ultrapasse o número de vidas do SRC. Justifica

dizendo que, da maneira proposta o operador de um veículo de 15 lugares, por exemplo,

poderá transportar até 30 vidas, ou seja, 15 responsáveis mais 15 crianças de colo,

quando, no entanto, o seu SRC só cobrirá 15 vidas.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O valor de cobertura do seguro de responsabilidade civil (0623

Resp. C.T. Rodoviário Interestadual e Inter - RC ÔNIBUS) é estabelecido por veículo e

por evento e pretende garantir a liquidação de danos causados aos passageiros e seus

dependentes, em virtude de acidente quando da realização da viagem, sem prejuízo da

cobertura do seguro obrigatório de danos pessoais (DPVAT), a que se refere a Lei nº

Page 66: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

66

6.194, de 19 de dezembro de 1974. Os parâmetros para cálculo das indenizações

devidas são normatizados pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, que

detém a competência para regular a matéria e não são objeto desta Audiência Pública.

1.43.5. Com relação ao Art. 37, Parágrafo Único, sugere que os veículos do tipo M2

sejam submetidos à Inspeção Técnica Veicular, nos mesmos critérios dos veículos M3.

Justifica dizendo que o CONTRAN, através do DENATRAN, já definiu procedimentos

para homologação de veículos M2 junto ao Registro Nacional de Veículos Automotores

– RENAVAM e que tais veículos atendem a legislação atualmente em vigor, no que diz

respeito aos critérios de segurança e de resistência e ainda, que são construídos

considerando os mais modernos requisitos de engenharia, tal como os M3,

resguardando-se, obviamente, suas peculiaridades. Pelo apresentado afirma serem

desnecessárias inspeções em períodos menores.

Afirma ter enviado declarações das montadoras, mas estas não constam na mensagem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais

contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica

veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança

necessárias à prestação do serviço, independente do tipo de veículo.

1.43.6. Com relação ao Art. 41, Inciso I, sugere que os veículos do tipo M2 sejam

cadastrados para todo e qualquer tipo de serviço, inclusive o circuito fechado, sendo

estabelecido o critério de 05h30 de viagem por 30min de repouso, nos mesmos moldes

da Nova Lei do Descanso para Caminhoneiros.

Justifica dizendo que deve se considerar os relatos das montadoras, sob o ponto de vista

de segurança, resistência, conforto, qualidade e eficiência dos M2, inclusive os

procedimentos já relatados utilizados pelo CONTRAN/DENATRAN, para homologar

tais veículos, além do próprio mercado usuário do turismo demandar deslocamentos

regionais maiores do que esses apresentados, sendo tais limites são inadequados. Ainda,

considera que a utilização de veículos M2 atende a liberdade de escolha em condições

mais favoráveis ao usuário, pela redução do valor pago pelos serviços, pois são veículos

que melhor atendem às suas necessidades de deslocamento em grupos menores e, pela

Page 67: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

67

eficiência, vai ao encontro da redução de combustíveis pelo seu menor consumo em

consonância aos interesses do Brasil em tratados internacionais para redução de

poluentes. Afirma que, devido às condições técnicas aprovadas pelo CONTRAN,

DENATRAN, IBAMA, CONAMA e demais órgãos que legislam sobre o assunto, o

Micro-ônibus M2 está apto para realizar viagens de longo percurso com conforto,

segurança e eficiência.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do

tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir

veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro. No entanto, em um primeiro

momento, ao contrário do sugerido, a proposta é permitir que tais veículos sejam

utilizados somente na prestação de serviço de fretamento contínuo e de fretamento

turístico, nas modalidades traslado ou passeio local. Tais serviços foram escolhidos

porque não incluem pernoite e, em geral, percorrem distâncias menores, com número

reduzido de passageiros ou sem a presença de bagagem. Assim, será promovida a

entrada gradual de veículos do tipo Micro-ônibus no mercado interestadual e

internacional.

Conforme a sugestão apresentada, foram utilizados novos parâmetros para definição de

quilometragem máxima mais adequada, que serão descritos na sequencia. Inicialmente,

a utilização de dupla de motoristas não foi considerada aceitável para os veículos do

tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do segundo motorista

durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho

padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente,

atualmente de 8 (oito) horas.

Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação

Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação

dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O

cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza

valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação

Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.

Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além

Page 68: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

68

de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por

tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços.

Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,

por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da

maioria dos trechos.

Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem

máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com

apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.

Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos

conforme a quilometragem máxima obtida.

1.43.7. Em referência a Nota Técnica nº 68/2014, Item 4, Dos Veículos, afirma que nas

páginas de 117 a 123 fica clara a preocupação da Agência nos quesitos relacionados a

padrões de eficiência, segurança, conforto, regularidade e pontualidade e modicidade

nas tarifas, tudo visando a garantia do interesse público, a segurança das populações e a

preservação do meio ambiente e que há sugestão da Procuradoria para indicação de

limites para os seus deslocamentos.

Considerando a interpretação exposta, apresenta análise de cada quesito da Nota,

conforme os itens a seguir.

Page 69: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

69

Dos Padrões de Eficiência: os M2 são muito eficientes sob o ponto de vista da

mobilidade no trânsito, deslocam-se com fluidez nos engarrafamentos, tanto no ponto

de origem como no destino e na estrada são mais ágeis nas subidas, além da relação

custo x benefício;

Da Segurança: são projetados, desenvolvidos, produzidos e homologados para o

transporte de passageiros, e atendem plenamente as especificações da resolução 416/12

do CONTRAN e da Portaria DENATRAN 190/09, conforme declaração de montadoras;

Do Conforto: diferentemente da Nota da SUPAS, citada na Nota Técnica, os M2

possuem poltronas reclináveis, individuais, com apoio de cabeça e de braços, e no que

se refere ao acondicionamento de bagagens, quando se faz necessário, elas podem ser

comodamente instaladas nas chamadas carretas para bagagens, tornando a cabine um

ambiente somente para passageiros e afora os porta-volumes instalados acima das

poltronas, possuem ainda corredor central e saída de emergência;

Da Regularidade e Pontualidade: Face às suas características de agilidade e fluidez,

poderá garantir muito mais regularidade e pontualidade;

Da Modicidade das Tarifas: Neste ponto o M2 é imbatível. Por exemplo, como justificar

a contratação de um ônibus para deslocar-se de Recife para Natal, num circuito fechado,

com um grupo de 10 pessoas? Claramente o M2 é mais barato. Obviamente, quando

falamos na garantia dos interesses públicos tanto o M2 quanto o M3, atendem, cada um,

de sua forma.

Diz que, com sua apresentação, fica fundamentada ainda a utilização do M2, sob o

ponto de vista socioeconômico, o que reforça e justifica a necessidade da utilização

destes tipos de veículos, por pequenos grupos de até 20 pessoas, em observância aos

interesses do turismo integrado de acordo com as diretrizes da Lei Geral do Turismo e

da Portaria 312 do Ministério do Turismo.

Ainda, coloca que a legislação proposta contraria a lógica do desenvolvimento do

Turismo Integrado da nossa região Nordeste, e em outras regiões do País,

desconhecendo o enorme potencial turístico e interesse econômico relacionado à faixa

litorânea entre os Estados da Bahia até o Ceará e áreas adjacentes.

Cita o projeto de lei, de 2005, do Ex-Deputado Marcondes Gadelha-PB: "Até mesmo o

Tribunal de Contas da União - TCU -, realizou auditoria operacional na ANTT, cujos

resultados apontaram que a fixação e exigência de parâmetros operacionais excessivos,

Page 70: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

70

que não consideram adequadamente os aspectos de qualidade e quantidade da oferta de

serviços, resultam em concentração econômica e restrição à universalização e à

concorrência, por meio da criação de óbices desnecessários à entrada de novas empresas

no mercado de transporte rodoviário de passageiros, podendo ser consideradas

restritivas à competição, prejudicando o interesse dos usuários e a eficiência do

serviço".

Finaliza dizendo que, quanto a Preservação do Meio Ambiente, os M2 são econômicos

e perfeitamente ajustados aos requisitos da Legislação quanto aos limites de emissão de

poluentes, conforme certificação do IBAMA e CONAMA, atendendo acordos

internacionais firmados pelo Brasil.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente a utilização de veículos do tipo M2

não é permitida na prestação do serviço de transporte rodoviário de passageiros

interestadual e internacional, em regime de fretamento, a proposta configura avanço da

regulação em admitir que veículos do tipo M2 atingem os padrões de eficiência,

segurança, conforto, podendo atender os mercados eleitos por esta agência como

adequados às características de tais veículos.

1.43.8. Em referência a Nota Técnica nº 68/2014, Item 4, Dos Veículos, páginas de 120

a 121, sugere que, considerando as especificidades dos M2, seja elaborado termo que

garanta as mínimas condições de acessibilidade, para frota cuja operadora possua menos

de dez (10) veículos M2 e que, para operadoras com maior número de veículos M2, seja

determinado apenas 10% de acessibilidade plena.

Justifica dizendo que, pelas suas características de tamanho e capacidade de

passageiros, uma legislação especifica deve ser desenvolvida, adaptando-se às

necessidades e possibilidades do M2.

RESPOSTA: Contribuição rejeita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A exigência da acessibilidade dos serviços de transporte coletivo

rodoviário de passageiros foi determinada pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de

2004. Ainda, o mesmo Decreto estabeleceu que a frota de veículos de transporte

coletivo rodoviário e a infraestrutura dos serviços deste transporte deveriam estar

totalmente acessíveis desde 2 de dezembro de 2014 e que as normas técnicas para

Page 71: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

71

adaptação dos veículos, de forma a torna-los acessíveis, seriam elaboradas pelas

instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização

e Qualidade Industrial. Logo, não é escopo da regulamentação em tela, nem pode esta

agência determinar a dispensa de adaptação de veículos com base em percentual de

frota, cabendo apenas à entidade competente determinar a impossibilidade ou regras

específicas de adaptação para cada tipo de veículo.

1.43.9. Com relação ao Art. 45, o sistema deveria ser utilizado para as operadoras que já

possuam o seu próprio monitoramento e, neste caso, a Agência daria algum tipo de

incentivo para aquelas que oferecessem um link para sua empresa rastreadora ou que a

própria Agência contratasse, através de um programa federal, uma operadora arcando

com os custos de sua proposta.

Justifica dizendo que a possibilidade da fiscalização de campo ter seus custos reduzidos

com a nova iniciativa, poderia compensar todo o investimento com o monitoramento, ao

invés de transferi-lo às operadoras.

Finaliza dizendo que considera a iniciativa importante, mas entende que isso representa

mais um custo, dentre tantos, que já são impostos ao micro empresariado.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 45 estabelece apenas que os veículos devam dispor de

sistema de monitoramento. As regras do monitoramento foram disciplinadas pela

Resolução ANTT nº 4.499/2014, que tratou de maneira diferenciada cada tipo de

serviço, de acordo com as suas especificidades. O sistema de monitoramento da ANTT

não é restrito, pode ser desenvolvido para gerar também relatórios à empresa de

transporte e a outros órgãos, logo as empresas de transporte também poderão se

beneficiar do sistema de monitoramento com um maior controle da operação de

transporte.

1.43.10. Com relação ao Art. 68, sugere que a Resolução entre em vigor

imediatamente após a sua publicação.

Justifica dizendo que o mercado, o sistema, o turismo integrado, o empresariado e a

sociedade como um todo perdem por ainda permanecer a legislação atual, que é

excludente e desatualizada.

Page 72: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

72

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando o volume de alterações propostas, a ANTT considera

pertinente estabelecer prazo para que as medidas entrem em vigor, a fim de possibilitar

que o mercado e a Agência possam se preparar de maneira adequada para o

cumprimento das novas disposições.

1.44 Sr. Alex Rodrigues Pereira

Trabalhador do setor

Pessoa física

Protocolo: 2202939

1.44.1. Sugere harmonizar nomenclaturas e termos da minuta com o determinado pelo

Ministério do Turismo. Justifica a sugestão afirmando que o transporte turístico é uma

atividade compreendida pelo fretamento, sendo difícil separá-los.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A minuta adota as nomenclaturas e termos do Ministério do

Turismo, naquilo que se aplica a fretamento turístico.

1.44.2. Sugere rever a redação de toda a norma para alterar o termo transportadora para

empresa. Justifica dizendo que foi criada a modalidade operadora, com diferenciais da

transportadora e que deve se garantir que a norma seja igualmente aplicada ao

OPERADOR, para que ele não tenha tratamento diferenciado.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador

turístico. A fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de transportador,

foram incluídas as definições de transportador eventual e transportador contínuo. Ainda,

a definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do Ministério do

Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.

1.44.3. Sugere aumentar o valor de capital social mínimo exigido. Justifica dizendo que

o valor está muito a quem do que na prática é necessário para se iniciar um negócio no

ramo de transporte, uma atividade complexa, especializada e de grande risco.

Page 73: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

73

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,

um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à

medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta

levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota

mínima superior a proposta na minuta.

1.44.4. Requer a inclusão da exigência de estar em dia com a contribuição sindical,

como já é feito para o setor de cargas, através da Resolução 3056/09, art. 4º, letra “f”.

Justifica dizendo que a exigência consta de Lei Federal, cujo cumprimento todos estão

obrigados, não só do pagamento da contribuição, como também para ser autorizado a

explorar uma atividade (consolidação das leis do trabalho).

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A Lei nº 10.233/2001, que criou a ANTT, não exige que a

autarquia condicione o registro das empresas de fretamento à entrega da comprovação

do pagamento da contribuição sindical, assim entende-se que o art. 608 da CLT não se

aplica às atribuições específicas conferidas pela Lei nº 10.233/2001.

1.44.5. Sugere que se estabeleça uma frota mínima de veículos para cadastro. Justifica

dizendo que um veículo é muito pouco e que, ao aceitar veículo arrendado, a ANTT

deixa até de exigir apenas um veículo e permite que a empresa opere com nenhum

veículo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido e à disposição do

empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que

melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a

entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância

com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento

da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas

empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o

pretendido pelo novo regramento.

Page 74: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

74

1.44.6. Sugere acrescentar um limite de idade para operação dos veículos, em especial

dos M2. Justifica dizendo que alguns Estados e municípios trabalham com a limitação

de idade e, caso a ANTT não adote essa mesma linha, o transporte interestadual e

internacional será a única opção de operação para esses veículos não mais aceitos em

outras esferas. Segue dizendo que as viagens de longa distância são mais perigosas em

função da qualidade das rodovias brasileiras e que veículos mais velhos são mais

propensos a quebras.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,

que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade

compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos

apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade

aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do

ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. Portanto, a limitação da idade

máxima em 15 anos foi considerada adequada para o transporte rodoviário interestadual

e internacional de passageiros em regime de fretamento, à medida que promove

renovação gradual da frota utilizada na prestação dos serviços, mas não interfere nas

características de livre concorrência do mercado, bem como na possibilidade do

contratante de escolher entre várias empresas aquela que melhor lhe atenda, inclusive

em relação à oferta de veículos mais novos.

1.44.7. Sugere remover o impedimento de utilização por 24h de um veículo que foi

substituído numa autorização por avaria ou acidente ou aumentar o número de veículos

mínimos necessários para realizar o transporte interestadual ou internacional. Justifica

dizendo que essa condição representa uma intervenção inadequada para uma atividade

de cunho privado, como o fretamento e que tal obrigação sequer é feita para o transporte

regular que possui a obrigatoriedade de frota reserva. Afirma que a empresa poderá

reparar o veículo em tempo inferior a 24 horas.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

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75

JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de

que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT

pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida

ao transportador, o que reforça a autonomia do empresário, o que se pretende é dar

segurança ao passageiro de que foi realizada a devida manutenção no veículo antes de

ser utilizado em nova viagem.

1.44.8. Sugere prever que os casos de socorro não configuram subautorização. Justifica

dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma, passível de aplicação

de multas para as empresas.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foi incluída regra ao art. 5º para definir que a prestação de socorro

não configura subautorização, desde que a troca do veículo seja comunicada à ANTT.

1.44.9. Sugere que no art. 11 deixe expresso quais são os débitos impeditivos. Justifica

dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Cumpre esclarecer que os débitos impeditivos são referentes às

multas de prestação de serviço aplicadas pela ANTT ou seus conveniados, sobre as

quais não cabe mais recurso administrativo por parte do transportador. Para evitar a

interpretação subjetiva, o termo “débitos impeditivos” foi substituído por “multas

impeditivas”.

1.44.10. Sugere nova redação para o Art. 20: “Art. 20. Será permitido o embarque

de passageiros em mais de um município do mesmo estado, dentro do eixo rodoviário

que leve a região turística reconhecida pelo Ministério do Turismo, desde que todos os

passageiros e pontos de embarque estejam contemplados na Autorização de Viagem”.

Justifica dizendo que assim será possível contemplar as viagens turísticas com amparo

também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o sistema

poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que compõem as

regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização de viagem.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

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76

JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e

que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de

maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da

vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal

condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.

1.44.11. Sugere corrigir o art. 19 suprimindo a expressão “todos”, uma vez que

está em desacordo com a possibilidade de embarques múltiplos.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 19 foi excluído por conflitar com o art. 20.

1.44.12. Sugere, no art. 27, § 2º permitir que o cancelamento da viagem

autorizada possa ocorrer até 60 minutos do horário previsto para o início da viagem.

Justifica dizendo que em viagens de fretamento o embarque dos passageiros é uma

operação muito mais complexa do que a linha regular, e por ser um contrato privado

entre as partes, nem sempre os clientes obedecem rigorosamente o horário, sabendo que

o veículo não partirá sem eles. Ainda, somente após a apresentação de todos os

passageiros é possível verificar inconformidades que possam obrigar o cancelamento da

viagem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito

da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início

da viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade

de cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT.

1.44.13. Sugere supressão do art. 28, § 3º. Justifica dizendo que é impossível

cumprir a exigência em função de que os embarques não são feitos em terminais ou na

sede da empresa e que o fretamento é um serviço privado, onde o cliente define o local e

horário para o embarque, em sua maioria no período noturno. Afirma que as empresas

não possuem pessoal ou equipamentos disponíveis para tal comunicação e que a própria

ANTT responde a maioria das demandas extraordinárias ocorridas nos finais de semana

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77

ou feriados somente no dia útil posterior. Segue dizendo que a condição proposta na

minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros. Caso não seja acatada

a solicitação de suprimir a exigência, sugere alterar para a seguinte redação: §3º Toda

alteração manual efetuada superior a 6 até 20% dos passageiros autorizados

inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo

telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade

operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência

foi retirada.

1.44.14. Com relação à Seção das Vedações, art. 61 e seguintes, sugere incluir a

previsão de uma quilometragem extra para desviar-se do roteiro previamente autorizado

sem que seja necessária a anuência da ANTT. Justifica dizendo que a ANTT só poderá

analisar a solicitação de desvio em dias úteis e muitas vezes o desvio foi efetivado num

final de semana ou feriado, para atendimento de necessidades dos próprios passageiros.

Afirma que um desvio de até 100 km é razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125

km para o passeio local, em veículos do tipo M2.

Apresenta a seguinte sugestão de redação para o art. 61, item V:

“V – desviar-se por mais de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado

na licença de viagem”.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio

mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de

manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o

desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do

contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.

1.44.15. Sugere conceder autorização provisória para o fretamento contínuo,

mediante apresentação de documentos que indiquem o tipo de serviço (edital, minuta de

contrato, proposta) com prazo final para apresentação da documentação proposta nesta

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78

minuta, sob pena de multa. Justifica dizendo que não é possível obter a documentação

exigida pela ANTT no prazo estabelecido

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A Agência não pode autorizar serviço de fretamento contínuo sem

a devida documentação comprobatória, que legitime o transportador a prestar o serviço.

1.44.16. Sugere, com relação à identidade visual dos veículos fretados, permitir

diferenciação do layout aprovado para frota no caso de bandas, operadoras de turismo

ou companhias aéreas que envelopam os veículos fretados com exclusividade.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo no art. 43 para permitir a exceção, mediante

comunicação à ANTT dos veículos que utilizarão a caracterização diferenciada, a

pedido do contratante.

1.44.17. Sugere incluir a proibição de que os veículos autorizados para exploração

de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de fretamento.

Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados

pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa

provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de

livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular

de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado, ou que seja determinado que

possua frota específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que,

embora sejam utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os

veículos atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda,

com a mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em

breve também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa.

Com relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem

características urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.

1.44.18. Com relação ao art. 10, inciso II, sugere incluir CITV.

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79

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Não se pretende admitir o Certificado de Inspeção Técnica

Veicular - CITV, documento de porte obrigatório para viagens internacionais, em

substituição à inspeção técnica exigida para as viagens interestaduais, porque os testes

não são os mesmos, sendo que as exigências dessa inspeção técnica são superiores às

exigências do CITV.

1.44.19. Com relação ao art. 10, inciso III, sugere desobrigar o porte obrigatório

de xerox autenticada de todos os comprovantes nos ônibus. Justifica dizendo ser

possível validar de outra maneira.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A proposta não estabelece, em seu art. 10, inciso III, o porte

obrigatório de cópia autenticada da apólice de seguro de responsabilidade civil. A

exigência só é feita quando ocorre a impossibilidade de emissão de licença de viagem

pelo sistema, conforme descrito no Art. 23, §2º da minuta.

1.44.20. Com relação ao art. 17, solicita que as certidões ou documentos não

percam a validade quando protocoladas no ato da renovação.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Ao contrário do que ocorre atualmente, quando se exige que as

certidões estejam válidas no momento do deferimento do processo, o art. 17 afirma,

exatamente conforme o solicitado, que as certidões devem estar válidas na data do

protocolo.

1.44.21. Com relação ao art. 30, incisos I e II, sugere a supressão dos incisos.

Justifica dizendo que o cálculo não corresponde com a realidade e, na grande maioria

das vezes, o veículo está bloqueado por sistema, mas disponível pelas condições reais

da viagem.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Agência.

JUSTIFICATIVA: Com relação à permanência no destino, o tempo foi revisto com a

intenção de diminuir a interferência na operação. Assim, foi retirada a exigência de

permanência mínima de quatro horas, sendo mantido apenas o tempo de permanência

no destino igual ao tempo do deslocamento de ida. Cabe ressaltar que o transportador

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80

pode indicar no roteiro de viagem permanência no destino inferior à regra, sendo a

diferença contabilizada após o término da viagem, para cálculo de liberação do veículo

para a próxima viagem. O tempo de conservação, limpeza e manutenção pretende dar

garantia ao passageiro de que serão observadas as condições de segurança e higiene

antes de disponibilizar o veículo para a próxima viagem. Considerando os argumentos

expostos nesta e em outras contribuições, esse tempo foi reduzido para uma hora,

independente de distância percorrida. Ainda, está prevista a liberação do veículo de

maneira antecipada, para ambos os casos, quando apresentada declaração pelo

transportador, o que preserva a autonomia do empresário na programação dos seus

roteiros.

1.44.22. Com relação ao art. 51, sugere criar modelo de extravio. Justifica dizendo

que atualmente não existe modelo e as empresas sofrem multas constantemente a esse

respeito, devido à interpretação subjetiva do agente.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: As regras sobre extravio de bagagem foram disciplinadas pela

Resolução ANTT nº 1.432/2006 e não são objeto desta Audiência Pública. Cumpre

informar que essa Resolução será revisada no âmbito da Agenda Regulatória

2015/2016, no tema “Revisão da Resolução ANTT nº 1.432, de 26 de abril de 2006, que

trata do transporte de bagagens e encomendas e definição das regras para o transporte de

animais”.

1.44.23. Com relação ao art. 52, sugere que o prazo seja de no máximo 10 dias

úteis. Justifica dizendo que já é solicitado o envio com 90 dias de antecedência e que

demora 45 dias úteis para análise e, ainda, se houver pendência vence o prazo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O prazo indicado na minuta é máximo e não significa que a análise

utilizará todo o período indicado. É prudente que o prazo seja mantido em 45 dias úteis,

para que em períodos de pico de demanda não ocorra o seu descumprimento.

1.44.24. Sugere permitir envio de documentos digitais por e-mail.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

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81

JUSTIFICATIVA: A ANTT considera que o recebimento de documentação por e-mail

não é desejável, porque toda a documentação deve compor o processo ou o sistema de

análise de processos. No entanto, é intenção da Agência, sempre que possível, realizar

verificações online por meio da integração de seu sistema, com o de outros órgãos da

administração pública, o que possibilitará isentar à empresa de realizar o envio da

respectiva documentação pelos Correios.

1.44.25. Com relação ao art. 60, inciso III, sugere incluir CTPS.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Não foi possível identificar o pretendido com a contribuição, uma

vez que não apresentou qualquer justificativa ou explicação.

1.45 Advance Transatur Transp. Tur. Ltda

Operador do serviço de Transporte

Pessoa Jurídica

Protocolo: 2202950

1.45.1. Sugere harmonizar nomenclaturas e termos da minuta com o determinado pelo

Ministério do Turismo. Justifica a sugestão afirmando que o transporte turístico é uma

atividade compreendida pelo fretamento, sendo difícil separá-los.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A minuta adota as nomenclaturas e termos do Ministério do

Turismo, naquilo que se aplica a fretamento turístico.

1.45.2. Sugere rever a redação de toda a norma para alterar o termo transportadora para

empresa. Justifica dizendo que foi criada a modalidade operadora, com diferenciais da

transportadora e que deve se garantir que a norma seja igualmente aplicada ao operador,

para que ele não tenha tratamento diferenciado.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador

turístico. A fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de transportador,

foram incluídas as definições de transportador eventual e transportador contínuo. Ainda,

Page 82: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

82

a definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do Ministério do

Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.

1.45.3. Sugere aumentar o valor de capital social mínimo exigido. Justifica dizendo que

o valor está muito a quem do que na prática é necessário para se iniciar um negócio no

ramo de transporte, uma atividade complexa, especializada e de grande risco.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,

um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à

medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta

levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota

mínima superior a proposta na minuta. Requer a inclusão da exigência de estar em dia

com a contribuição sindical, como já é feito para o setor de cargas, através da Resolução

3056/09, art. 4º, letra “f”. Justifica dizendo que a exigência consta de Lei Federal, cujo

cumprimento todos estão obrigados, não só do pagamento da contribuição, como

também para ser autorizado a explorar uma atividade (consolidação das leis do

trabalho).

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A Lei nº 10.233/2001, que criou a ANTT, não exige que a

autarquia condicione o registro das empresas de fretamento à entrega da comprovação

do pagamento da contribuição sindical, assim entende-se que o art. 608 da CLT não se

aplica às atribuições específicas conferidas pela Lei nº 10.233.

1.45.4. Sugere que se estabeleça uma frota mínima de veículos para cadastro. Justifica

dizendo que um veículo é muito pouco e que, ao aceitar veículo arrendado, a ANTT

deixa até de exigir apenas um veículo e permite que a empresa opere com nenhum

veículo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do

empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que

melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a

entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância

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83

com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento

da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas

empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o

pretendido pelo novo regramento.

1.45.5. Sugere acrescentar um limite de idade para operação dos veículos, em especial

dos M2. Justifica dizendo que alguns Estados e municípios trabalham com a limitação

de idade e, caso a ANTT não adote essa mesma linha, o transporte interestadual e

internacional será a única opção de operação para esses veículos não mais aceitos em

outras esferas. Segue dizendo que as viagens de longa distância são mais perigosas em

função da qualidade das rodovias brasileiras e que veículos mais velhos são mais

propensos a quebras.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,

que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade

compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos

apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade

aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do

ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. Portanto, a limitação da idade

máxima em 15 anos foi considerada adequada para o transporte rodoviário interestadual

e internacional de passageiros em regime de fretamento, à medida que promove

renovação gradual da frota utilizada na prestação dos serviços, mas não interfere nas

características de livre concorrência do mercado, bem como na possibilidade do

contratante de escolher entre várias empresas aquela que melhor lhe atenda, inclusive

em relação à oferta de veículos mais novos.

1.45.6. Sugere remover o impedimento de utilização por 24h de um veículo que foi

substituído numa autorização por avaria ou acidente ou aumentar o número de veículos

mínimos necessários para realizar o transporte interestadual ou internacional. Justifica

Page 84: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

84

dizendo que essa condição representa uma intervenção inadequada para uma atividade

de cunho privado, como o fretamento e que tal obrigação sequer é feita para o transporte

regular que possui a obrigatoriedade de frota reserva. Afirma que a empresa poderá

reparar o veículo em tempo inferior a 24 horas.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de

que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT

pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida

ao transportador, o que reforça a autonomia do empresário, o que se pretende é dar

segurança ao passageiro de que foi realizada a devida manutenção no veículo antes de

ser utilizado em nova viagem.

1.45.7. Sugere prever que os casos de socorro não configuram subautorização. Justifica

dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma, passível de aplicação

de multas para as empresas.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo ao art. 5º para definir que a prestação de

socorro não configura subautorização, desde que a troca do veículo seja comunicada à

ANTT.

1.45.8. Sugere, no art. 11, deixar expresso quais são os débitos impeditivos. Justifica

dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Cumpre esclarecer que os débitos impeditivos são referentes às

multas de prestação de serviço aplicadas pela ANTT ou seus conveniados, sobre as

quais não cabe mais recurso administrativo por parte do transportador. Para evitar a

interpretação subjetiva, o termo “débitos impeditivos” foi substituído por “multas

impeditivas”.

1.45.9. Sugere nova redação para o art. 20: “Art. 20. Será permitido o embarque de

passageiros em mais de um município do mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que

leve a região turística reconhecida pelo Ministério do Turismo, desde que todos os

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85

passageiros e pontos de embarque estejam contemplados na Autorização de Viagem”.

Justifica dizendo que assim será possível contemplar as viagens turísticas com amparo

também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o sistema

poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que compõem as

regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização de viagem.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e

que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de

maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da

vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal

condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.

1.45.10. Sugere corrigir o art. 19 suprimindo a expressão “todos”, uma vez que

está em desacordo com a possibilidade de embarques múltiplos.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 19 foi excluído por conflitar com o art. 20.

1.45.11. Sugere, no art. 27, § 2º permitir que o cancelamento da viagem

autorizada possa ocorrer até 60 minutos do horário previsto para o início da viagem.

Justifica dizendo que em viagens de fretamento o embarque dos passageiros é uma

operação muito mais complexa do que a linha regular, e por ser um contrato privado

entre as partes, nem sempre os clientes obedecem rigorosamente o horário, sabendo que

o veículo não partirá sem eles. Ainda, somente após a apresentação de todos os

passageiros é possível verificar inconformidades que possam obrigar o cancelamento da

viagem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito

da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início

da viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade

de cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT.

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86

1.45.12. Sugere supressão do art.. 28, § 3º. Justifica dizendo que é impossível

cumprir a exigência em função de que os embarques não são feitos em terminais ou na

sede da empresa e que o fretamento é um serviço privado, onde o cliente define o local e

horário para o embarque, em sua maioria no período noturno. Afirma que as empresas

não possuem pessoal ou equipamentos disponíveis para tal comunicação e que a própria

ANTT responde a maioria das demandas extraordinárias ocorridas nos finais de semana

ou feriados somente no dia útil posterior. Segue dizendo que a condição proposta na

minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros. Caso não seja acatada

a solicitação de suprimir a exigência, sugere alterar para a seguinte redação: §3º Toda

alteração manual efetuada superior a 6 até 20% dos passageiros autorizados

inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo

telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade

operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência

foi retirada.

1.45.13. Com relação à seção Das Vedações, art. 61 e seguintes, sugere incluir a

previsão de uma quilometragem extra para desviar-se do roteiro previamente autorizado

sem que seja necessária a anuência da ANTT. Justifica dizendo que a ANTT só poderá

analisar a solicitação de desvio em dias úteis e muitas vezes o desvio foi efetivado num

final de semana ou feriado, para atendimento de necessidades dos próprios passageiros.

Afirma que um desvio de até 100 km é razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125

km para o passeio local, em veículos do tipo M2. Apresenta a seguinte sugestão de

redação para o Art. 61, item V: “V – desviar-se por mais de 100 km, sem prévia

anuência da ANTT, do roteiro indicado na licença de viagem”.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio

mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de

manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o

desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do

contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.

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87

1.45.14. Sugere conceder autorização provisória para o fretamento contínuo,

mediante apresentação de documentos que indiquem o tipo de serviço (edital, minuta de

contrato, proposta) com prazo final para apresentação da documentação proposta nesta

minuta, sob pena de multa. Justifica dizendo que não é possível obter a documentação

exigida pela ANTT no prazo estabelecido

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A Agência não pode autorizar serviço de fretamento contínuo sem

a devida documentação comprobatória, que legitime o transportador a prestar o serviço.

1.45.15. Sugere, com relação à identidade visual dos veículos fretados, permitir

diferenciação do layout aprovado para frota no caso de bandas, operadoras de turismo

ou companhias aéreas que envelopam os veículos fretados com exclusividade.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo no art. 43 para permitir a exceção, mediante

comunicação à ANTT dos veículos que utilizarão a caracterização diferenciada, a

pedido do contratante.

1.45.16. Sugere incluir a proibição de que os veículos autorizados para exploração

de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de fretamento.

Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados

pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa

provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de

livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular

de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota

específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam

utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos

atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a

mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve

também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com

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88

relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características

urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.

1.45.17. Com relação ao art. 10, inciso II, sugere incluir CITV.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Não se pretende admitir o Certificado de Inspeção Técnica

Veicular - CITV, documento de porte obrigatório para viagens internacionais, em

substituição à inspeção técnica exigida para as viagens interestaduais, porque os testes

não são os mesmos, sendo que as exigências dessa inspeção técnica são superiores às

exigências do CITV.

1.45.18. Com relação ao Art. 10, inciso III, sugere desobrigar o porte obrigatório

de xerox autenticada de todos os comprovantes nos ônibus. Justifica dizendo ser

possível validar de outra maneira.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A proposta não estabelece, em seu art. 10, inciso III, o porte

obrigatório de cópia autenticada da apólice de seguro de responsabilidade civil. A

exigência só é feita quando ocorre a impossibilidade de emissão de licença de viagem

pelo sistema, conforme descrito no art. 23, §2º.

1.45.19. Com relação ao art. 17, solicita que as certidões ou documentos não

percam a validade quando protocoladas no ato da renovação.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Ao contrário do que ocorre atualmente, quando se exige que as

certidões estejam válidas no momento do deferimento do processo, o art. 17 afirma,

exatamente conforme o solicitado, que as certidões devem estar válidas na data do

protocolo.

1.45.20. Com relação ao art. 30, incisos I e II, sugere a supressão dos incisos.

Justifica dizendo que o cálculo não corresponde com a realidade e, na grande maioria

das vezes, o veículo está bloqueado por sistema, mas disponível pelas condições reais

da viagem.

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RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Agência.

JUSTIFICATIVA: Com relação à permanência no destino, o tempo foi revisto com a

intenção de diminuir a interferência na operação. Assim, foi retirada a exigência de

permanência mínima de quatro horas, sendo mantido apenas o tempo de permanência

no destino igual ao tempo do deslocamento de ida. Cabe ressaltar que o transportador

pode indicar no roteiro de viagem permanência no destino inferior à regra, sendo a

diferença contabilizada após o término da viagem, para cálculo de liberação do veículo

para a próxima viagem. O tempo de conservação, limpeza e manutenção pretende dar

garantia ao passageiro de que serão observadas as condições de segurança e higiene

antes de disponibilizar o veículo para a próxima viagem. Considerando os argumentos

expostos nesta e em outras contribuições, esse tempo foi reduzido para uma hora,

independente de distância percorrida. Ainda, está prevista a liberação do veículo de

maneira antecipada, para ambos os casos, quando apresentada declaração pelo

transportador, o que preserva a autonomia do empresário na programação dos seus

roteiros.

1.45.21. Com relação ao art. 51, sugere criar modelo de extravio. Justifica dizendo

que atualmente não existe modelo e as empresas sofrem multas constantemente a esse

respeito, devido à interpretação subjetiva do agente.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: As regras sobre extravio de bagagem foram disciplinadas pela

Resolução ANTT nº 1.432/2006 e não são objeto desta Audiência Pública. Cumpre

informar que essa Resolução será revisada no âmbito da Agenda Regulatória

2015/2016, no tema “Revisão da Resolução ANTT nº 1.432, de 26 de abril de 2006, que

trata do transporte de bagagens e encomendas e definição das regras para o transporte de

animais”.

1.45.22. Com relação ao art. 52, sugere que o prazo seja de no máximo 10 dias

úteis. Justifica dizendo que já é solicitado o envio com 90 dias de antecedência e que

demora 45 dias úteis para análise e, ainda, se houver pendência vence o prazo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

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90

JUSTIFICATIVA: O prazo indicado na minuta é máximo e não significa que a análise

utilizará todo o período indicado. É prudente que o prazo seja mantido em 45 dias úteis,

para que em períodos de pico de demanda não ocorra o seu descumprimento.

1.45.23. Sugere permitir envio de documentos digitais por e-mail.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A ANTT considera que o recebimento de documentação por e-mail

não é desejável, porque toda a documentação deve compor o processo ou o sistema de

análise de processos. No entanto, é intenção da Agência, sempre que possível, realizar

verificações online por meio da integração de seu sistema, com o de outros órgãos da

administração pública, o que possibilitará isentar à empresa de realizar o envio da

respectiva documentação pelos Correios.

1.45.24. Com relação ao Art. 60, inciso III, sugere incluir CTPS.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Não foi possível identificar o pretendido com a contribuição, uma

vez que não apresentou qualquer justificativa ou explicação.

1.46 Sr. Hilário Augusto de Araújo

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa jurídica

SINDETRANSTUR Sindicato das Empresas de Transporte Turístico e de

Fretamento no Estado de Pernambuco

Cargo: Diretor Secretário

Protocolo: 2202967

1.46.1. Com relação ao Art. 3º, inciso I, sugere constar que o serviço poderá ser

prestado por Transportadoras Turísticas Autorizadas como também por Agências de

Viagens Autorizadas, com frota própria e com registro no CADASTUR.

Justifica apresentando a informação de que as Transportadoras Turísticas possuírem

CNAE cuja opção exclui a empresa do regime de tributação do Simples Nacional

(CNAE 4929-9/02), o que não ocorre com as Agências de Turismo. Com isso todos os

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91

MEI’s e Microempresas Agências de Turismo, optantes pelo simples e que tenham frota

Própria, seriam incluídos e atendidos pela Nova Resolução.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A classe 7911-2 (AGÊNCIAS DE VIAGENS) não garante

que a empresa possua frota própria e vá prestar o serviço de transporte ela mesma e não

por intermédio de terceiros. Para que a Agência de Viagem possa realizar serviço de

transporte interestadual ou internacional, deverá incluir em seu cadastro do CNPJ a

atividade 4929-9/04 (ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS

RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E

INTERNACIONAL), cuja descrição garante a prestação direta do serviço de transporte.

No entanto, tal entendimento não enseja revisão da minuta, uma vez que o normativo

propõe apenas que haja compatibilidade entre o ramo de atuação da empresa e o serviço

regulado pela Agência, de maneira que qualquer atividade econômica cuja relação possa

ser identificada será aceita para fins de cadastro.

1.46.2. Sugere reavaliação da taxa de fiscalização definida pela Lei nº 12.996 de

18.06.2014, mantendo-a nos mesmos padrões anteriores para os M3 e estabelecendo-se

um critério de proporcionalidade (visa vis o n° de passageiros) para os M2. Justifica

dizendo que se trata de uma obrigação acessória extremamente cara para os MEI’s e

Microempresas e que não é uma taxa inclusiva e sim sectária. Considerando que com a

nova resolução uma quantidade significativa de novos veículos será inclusa no sistema,

o aumento de arrecadação seria viabilizado com o aumento da base tarifada, e não com

o aumento do valor e frequência da tarifa.

RESPOSTA: contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A taxa de fiscalização foi instituída pela Lei nº 12.996, de 18 de

junho de 2014, que já estabeleceu o valor a ser cobrado. Portanto, a natureza da taxa, o

valor estabelecido e critérios de proporcionalidade serão tratados em resolução

específica, e, portanto, não são escopos da Audiência Pública nº 14/2014.

1.46.3. Com relação ao art. 10, §2º, sugere abolir a exigência. Justifica dizendo que

pedir essa autorização é redundância, já que o agente financeiro não se oporia, por ter

todo o interesse de que o seu cliente possa auferir receitas com o registro na ANTT.

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Segue dizendo que tal exigência só engorda as receitas dos agentes financeiros, que

cobram consideráveis taxas de serviços para apresentar tal autorização.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados na contribuição, a carta

de anuência não será solicitada para cadastramento da frota, quando a restrição estiver

relacionada a agentes financeiros.

1.46.4. Com relação ao art. 26, parágrafo único, sugere limitar o número de vidas,

conforme o que prescrever o respectivo Seguro de Responsabilidade Civil contratado

para o veículo, de maneira que o número total de ocupantes do veículo, entre

responsáveis e crianças de colo, não ultrapasse o número de vidas do SRC. Justifica

dizendo que, da maneira proposta o operador de um veículo de 15 lugares, por exemplo,

poderá transportar até 30 vidas, ou seja, 15 responsáveis mais 15 crianças de colo,

quando, no entanto, o seu SRC só cobrirá 15 vidas.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O valor de cobertura do seguro de responsabilidade civil (0623

Resp. C.T. Rodoviário Interestadual e Inter - RC ÔNIBUS) é estabelecido por veículo e

por evento e pretende garantir a liquidação de danos causados aos passageiros e seus

dependentes, em virtude de acidente quando da realização da viagem, sem prejuízo da

cobertura do seguro obrigatório de danos pessoais (DPVAT), a que se refere a Lei nº

6.194, de 19 de dezembro de 1974. Os parâmetros para cálculo das indenizações

devidas são normatizados pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, que

detém a competência para regular a matéria e não são objeto desta Audiência Pública.

1.46.5. Com relação ao Art. 37, parágrafo único, sugere que os veículos do tipo M2

sejam submetidos à Inspeção Técnica Veicular, nos mesmos critérios dos veículos M3.

Justifica dizendo que o CONTRAN já definiu procedimentos para homologação de

veículos M2 junto ao Registro Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM e que

tais veículos atendem a legislação atualmente em vigor, no que diz respeito aos critérios

de segurança e de resistência e ainda, que são construídos considerando os mais

modernos requisitos de engenharia, tal como os M3, resguardando-se, obviamente, suas

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peculiaridades. Pelo apresentado afirma serem desnecessárias inspeções em períodos

menores.

Encaminha declarações das montadoras Mercedes-Benz e Renault do Brasil, que

atestam o cumprimento dos padrões de segurança dos veículos tipo M2, em acordo com

o estabelecido pelas normas ABNT, IBAMA e DENATRAN.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais

contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica

veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança

necessárias à prestação do serviço, independente do tipo de veículo.

1.46.6. Com relação ao Art. 41, Inciso I, sugere que os veículos do tipo M2 sejam

cadastrados para todo e qualquer tipo de serviço, inclusive o circuito fechado, sendo

estabelecido o critério de 05h30 de viagem por 30min de repouso, nos mesmos moldes

da Nova Lei do Descanso para Caminhoneiros.

Justifica dizendo que deve se considerar os relatos das montadoras, sob o ponto de vista

de segurança, resistência, conforto, qualidade e eficiência dos M2, inclusive os

procedimentos já relatados utilizados pelo CONTRAN/DENATRAN, para homologar

tais veículos, além do próprio mercado usuário do turismo demandar deslocamentos

regionais maiores do que esses apresentados, sendo tais limites são inadequados. Ainda,

considera que a utilização de veículos M2 atende a liberdade de escolha em condições

mais favoráveis ao usuário, pela redução do valor pago pelos serviços, pois são veículos

que melhor atendem às suas necessidades de deslocamento em grupos menores e, pela

eficiência, vai ao encontro da redução de combustíveis pelo seu menor consumo em

consonância aos interesses do Brasil em tratados internacionais para redução de

poluentes. Afirma que, devido às condições técnicas aprovadas pelo CONTRAN,

DENATRAN, IBAMA, CONAMA e demais órgãos que legislam sobre o assunto, o

Micro-ônibus M2 está apto para realizar viagens de longo percurso com conforto,

segurança e eficiência.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do

tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de

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passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir

veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro. No entanto, em um primeiro

momento, ao contrário do sugerido, a proposta é permitir que tais veículos sejam

utilizados somente na prestação de serviço de fretamento contínuo e de fretamento

turístico, nas modalidades traslado ou passeio local. Tais serviços foram escolhidos

porque não incluem pernoite e, em geral, percorrem distâncias menores, com número

reduzido de passageiros ou sem a presença de bagagem. Assim, será promovida a

entrada gradual de veículos do tipo Micro-ônibus no mercado interestadual e

internacional.

Conforme a sugestão apresentada, foram utilizados novos parâmetros para definição de

quilometragem máxima mais adequada, que serão descritos na sequencia. Inicialmente,

a utilização de dupla de motoristas não foi considerada aceitável para os veículos do

tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do segundo motorista

durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho

padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente,

atualmente de 8 (oito) horas.

Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação

Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação

dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O

cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza

valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação

Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.

Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além

de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por

tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

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Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços.

Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,

por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da

maioria dos trechos.

Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem

máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com

apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.

Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos

conforme a quilometragem máxima obtida.

1.46.7. Em referência a Nota Técnica nº 68/2014, Item 4, Dos Veículos, afirma que nas

páginas de 117 a 123 fica clara a preocupação da Agência nos quesitos relacionados a

padrões de eficiência, segurança, conforto, regularidade e pontualidade e modicidade

nas tarifas, tudo visando a garantia do interesse público, a segurança das populações e a

preservação do meio ambiente e que há sugestão da Procuradoria para indicação de

limites para os seus deslocamentos.

Considerando a interpretação exposta, apresenta análise de cada quesito da Nota,

conforme os itens a seguir.

Dos Padrões de Eficiência: os M2 são muito eficientes sob o ponto de vista da

mobilidade no trânsito, deslocam-se com fluidez nos engarrafamentos, tanto no ponto

de origem como no destino e na estrada são mais ágeis nas subidas, além da relação

custo x benefício;

Da Segurança: são projetados, desenvolvidos, produzidos e homologados para o

transporte de passageiros, e atendem plenamente as especificações da resolução 416/12

do CONTRAN e da Portaria DENATRAN 190/09, conforme declaração de montadoras;

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Do Conforto: diferentemente da Nota da SUPAS, citada na Nota Técnica, os M2

possuem poltronas reclináveis, individuais, com apoio de cabeça e de braços, e no que

se refere ao acondicionamento de bagagens, quando se faz necessário, elas podem ser

comodamente instaladas nas chamadas carretas para bagagens, tornando a cabine um

ambiente somente para passageiros e afora os porta-volumes instalados acima das

poltronas, possuem ainda corredor central e saída de emergência;

Da Regularidade e Pontualidade: Face às suas características de agilidade e fluidez,

poderá garantir muito mais regularidade e pontualidade;

Da Modicidade das Tarifas: Neste ponto o M2 é imbatível. Por exemplo, como justificar

a contratação de um ônibus para deslocar-se de Recife para Natal, num circuito fechado,

com um grupo de 10 pessoas? Claramente o M2 é mais barato. Obviamente, quando

falamos na garantia dos interesses públicos tanto o M2 quanto o M3, atendem, cada um,

de sua forma.

Diz que, com sua apresentação, fica fundamentada ainda a utilização do M2, sob o

ponto de vista socioeconômico, o que reforça e justifica a necessidade da utilização

destes tipos de veículos, por pequenos grupos de até 20 pessoas, em observância aos

interesses do turismo integrado de acordo com as diretrizes da Lei Geral do Turismo e

da Portaria 312 do Ministério do Turismo.

Ainda, coloca que a legislação proposta contraria a lógica do desenvolvimento do

Turismo Integrado da nossa região Nordeste, e em outras regiões do País,

desconhecendo o enorme potencial turístico e interesse econômico relacionado à faixa

litorânea entre os Estados da Bahia até o Ceará e áreas adjacentes.

Cita o projeto de lei, de 2005, do Ex-Deputado Marcondes Gadelha-PB: "Até mesmo o

Tribunal de Contas da União - TCU -, realizou auditoria operacional na ANTT, cujos

resultados apontaram que a fixação e exigência de parâmetros operacionais excessivos,

que não consideram adequadamente os aspectos de qualidade e quantidade da oferta de

serviços, resultam em concentração econômica e restrição à universalização e à

concorrência, por meio da criação de óbices desnecessários à entrada de novas empresas

no mercado de transporte rodoviário de passageiros, podendo ser consideradas

restritivas à competição, prejudicando o interesse dos usuários e a eficiência do

serviço".

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Finaliza dizendo que, quanto a Preservação do Meio Ambiente, os M2 são econômicos

e perfeitamente ajustados aos requisitos da Legislação quanto aos limites de emissão de

poluentes, conforme certificação do IBAMA e CONAMA, atendendo acordos

internacionais firmados pelo Brasil.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente a utilização de veículos do tipo M2

não é permitida na prestação do serviço de transporte rodoviário de passageiros

interestadual e internacional, em regime de fretamento, a proposta configura avanço da

regulação em admitir que veículos do tipo M2 atingem os padrões de eficiência,

segurança, conforto, podendo atender os mercados eleitos por esta agência como

adequados às características de tais veículos.

1.46.8. Em referência a Nota Técnica nº 68/2014, Item 4, Dos Veículos, páginas de 120

a 121, sugere que, considerando as especificidades dos M2, seja elaborado termo que

garanta as mínimas condições de acessibilidade, para frota cuja operadora possua menos

de dez (10) veículos M2 e que, para operadoras com maior número de veículos M2, seja

determinado apenas 10% de acessibilidade plena.

Justifica dizendo que, pelas suas características de tamanho e capacidade de

passageiros, uma legislação especifica deve ser desenvolvida, adaptando-se às

necessidades e possibilidades do M2.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A exigência da acessibilidade dos serviços de transporte coletivo

rodoviário de passageiros foi determinada pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de

2004. Ainda, o mesmo Decreto estabeleceu que a frota de veículos de transporte

coletivo rodoviário e a infraestrutura dos serviços deste transporte deveriam estar

totalmente acessíveis desde 2 de dezembro de 2014 e que as normas técnicas para

adaptação dos veículos, de forma a torna-los acessíveis, seriam elaboradas pelas

instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização

e Qualidade Industrial. Logo, não é escopo da regulamentação em tela, nem pode esta

agência determinar a dispensa de adaptação de veículos com base em percentual de

frota, cabendo apenas à entidade competente determinar a impossibilidade ou

especificidade de adaptação de cada tipo de veículo.

Page 98: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

98

1.46.9. Com relação ao Art. 45, o sistema deveria ser utilizado para as operadoras que já

possuam o seu próprio monitoramento e, neste caso, a Agência daria algum tipo de

incentivo para aquelas que oferecessem um link para sua empresa rastreadora ou que a

própria Agência contratasse, através de um programa federal, uma operadora arcando

com os custos de sua proposta.

Justifica dizendo que a possibilidade da fiscalização de campo ter seus custos reduzidos

com a nova iniciativa, poderia compensar todo o investimento com o monitoramento, ao

invés de transferi-lo às operadoras.

Finaliza dizendo que considera a iniciativa importante, mas entende que isso representa

mais um custo, dentre tantos, que já são impostos ao micro empresariado.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 45 estabelece apenas que os veículos devam dispor de

sistema de monitoramento. As regras do monitoramento foram disciplinadas pela

Resolução ANTT nº 4.499/2014, que tratou de maneira diferenciada cada tipo de

serviço, de acordo com as suas especificidades. O sistema de monitoramento da ANTT

não é restrito, pode ser desenvolvido para gerar também relatórios à empresa de

transporte e a outros órgãos, logo as empresas de transporte também poderão se

beneficiar do sistema de monitoramento com um maior controle da operação de

transporte.

1.46.10. Com relação ao Art. 68, sugere que a Resolução entre em vigor

imediatamente após a sua publicação.

Justifica dizendo que o mercado, o sistema, o turismo integrado, o empresariado e a

sociedade como um todo perdem por ainda permanecer a legislação atual, que é

excludente e desatualizada.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando o volume de alterações propostas, a ANTT considera

pertinente estabelecer prazo para que as medidas entrem em vigor, a fim de possibilitar

que o mercado e a Agência possam se preparar de maneira adequada para o

cumprimento das novas disposições.

Page 99: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

99

1.47 Sra. Regina Rocha de Souza Pinto

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

Zanca Transportes LTDA ME

Cargo: Assessora Jurídica de Transportes

Protocolo: 2202997

1.47.1. Sugere aumentar o capital social mínimo exigido para R$ 300.000,00. Justifica

dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de profissionalismo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,

um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à

medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta

levou em consideração à média do capital social de empresa cadastrada com frota

mínima superior a proposta na minuta.

1.47.2. Sugere aumentar a quantidade mínima de veículos para três, de plena

propriedade. Justifica dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de

profissionalismo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do

empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que

melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a

entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância

com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento

da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas

empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o

pretendido pelo novo regramento.

1.47.3. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, sendo até 15 anos para

ônibus e até 5 anos para veículos M2. Justifica dizendo que os Estados e os municípios,

em sua maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT não adote essa

Page 100: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

100

mesma linha, o transporte interestadual e internacional será a única opção de operação

para esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue dizendo que justamente

as viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em função da qualidade das

rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais velhos, desgastados, mais

propensos a quebras, poluentes, etc.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,

que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade

compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos

apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade

aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do

ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da

idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais

adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em

regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na

prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do

mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas

aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.

1.47.4. Sugere nova redação para o art. 20:

“Será permitido o embarque de passageiros em mais de um município do mesmo

estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região turística reconhecida pelo Ministério

do Turismo, desde que todos os passageiros e pontos de embarque estejam

contemplados na Licença de Viagem”.

Justifica dizendo que dessa forma será possível contemplar as viagens turísticas com

amparo também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o

sistema poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que

compõem as regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização

de viagem.

Page 101: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

101

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e

que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de

maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da

vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal

condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.

1.47.5. Propõe nova redação para o §3º do art. 28:

“Toda alteração manual efetuada superior a 6 (seis) até 20% dos passageiros autorizados

inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo

telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.

Justifica dizendo que conceder o benefício (alteração de 20%) com a condição proposta

na minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade

operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência

foi retirada.

1.47.6. Sugere estabelecer na Resolução a proibição de que os veículos autorizados para

exploração de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de

fretamento.

Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados

pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa

provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de

livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular

de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota

específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam

utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos

atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a

mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve

Page 102: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

102

também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com

relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características

urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.

1.48 Sra. Regina Rocha de Souza Pinto

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

Viação Vitali LTDA EPP

Cargo: Assessora Jurídica de Transportes

Protocolo: 2203110

1.48.1. Sugere aumentar o capital social mínimo exigido para R$ 300.000,00. Justifica

dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de profissionalismo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,

um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à

medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta

levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota

mínima superior a proposta na minuta.

1.48.2. Sugere aumentar a quantidade mínima de veículos para três, de plena

propriedade. Justifica dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de

profissionalismo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do

empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que

melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a

entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância

com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento

da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas

empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o

pretendido pelo novo regramento.

Page 103: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

103

1.48.3. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, sendo até 15 anos para

ônibus e até 5 anos para veículos M2. Justifica dizendo que os Estados e os municípios,

em sua maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT não adote essa

mesma linha, o transporte interestadual e internacional será a única opção de operação

para esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue dizendo que justamente

as viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em função da qualidade das

rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais velhos, desgastados, mais

propensos a quebras, poluentes, etc.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,

que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade

compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos

apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade

aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do

ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da

idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais

adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em

regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na

prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do

mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas

aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.

1.48.4. Sugere nova para o art. 20:

“Será permitido o embarque de passageiros em mais de um município do mesmo

estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região turística reconhecida pelo Ministério

do Turismo, desde que todos os passageiros e pontos de embarque estejam

contemplados na Licença de Viagem”.

Page 104: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

104

Justifica dizendo que dessa forma será possível contemplar as viagens turísticas com

amparo também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o

sistema poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que

compõem as regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização

de viagem.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e

que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de

maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da

vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal

condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.

1.48.5. Propõe nova redação para o §3º do art. 28:

“Toda alteração manual efetuada superior a 6 (seis) até 20% dos passageiros autorizados

inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo

telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.”

Justifica dizendo que conceder o benefício (alteração de 20%) com a condição proposta

na minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade

operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência

foi retirada.

1.48.6. Sugere nova redação para o art. 61, inciso V:

“V – desviar-se por mais de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado

na licença de viagem”.

Justifica dizendo que a ANTT só poderá analisar a solicitação de desvio em dias úteis e

muitas vezes o desvio foi efetivado num final de semana ou feriado, para atendimento

de necessidades dos próprios passageiros. Afirma que um desvio de até 100 km é

razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125 km para o passeio local, em veículos

do tipo M2.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

Page 105: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

105

JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio

mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de

manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o

desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do

contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.

1.48.7. Sugere estabelecer na Resolução a proibição de que os veículos autorizados para

exploração de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de

fretamento.

Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados

pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa

provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de

livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular

de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota

específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam

utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos

atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a

mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve

também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com

relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características

urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.

1.49 Sra. Regina Rocha de Souza Pinto

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

Empresa São João de Turismo LTDA

Cargo: Assessora Jurídica de Transportes

Protocolo: 2203127

Page 106: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

106

1.49.1. Sugere aumentar o capital social mínimo exigido para R$ 300.000,00. Justifica

dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de profissionalismo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,

um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à

medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta

levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota

mínima superior a proposta na minuta.

1.49.2. Sugere aumentar a quantidade mínima de veículos para três, de plena

propriedade. Justifica dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de

profissionalismo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do

empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que

melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a

entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância

com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento

da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas

empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o

pretendido pelo novo regramento.

1.49.3. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, sendo até 15 anos para

ônibus e até 5 anos para veículos M2. Justifica dizendo que os Estados e os municípios,

em sua maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT não adote essa

mesma linha, o transporte interestadual e internacional será a única opção de operação

para esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue dizendo que justamente

as viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em função da qualidade das

rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais velhos, desgastados, mais

propensos a quebras, poluentes, etc.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

Page 107: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

107

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,

que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade

compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos

apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade

aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do

ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da

idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais

adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em

regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na

prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do

mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas

aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.

1.49.4. Sugere nova para o art. 20: “Será permitido o embarque de passageiros em mais

de um município do mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região turística

reconhecida pelo Ministério do Turismo, desde que todos os passageiros e pontos de

embarque estejam contemplados na Licença de Viagem”.

Justifica dizendo que dessa forma será possível contemplar as viagens turísticas com

amparo também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o

sistema poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que

compõem as regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização

de viagem.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e

que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de

maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da

vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal

condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.

Page 108: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

108

1.49.5. Propõe nova redação para o §3º do art. 28: “Toda alteração manual efetuada

superior a 6 (seis) até 20% dos passageiros autorizados inicialmente deverá ser

informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo telefone 166 até 2 horas

do início programado da viagem.”

Justifica dizendo que conceder o benefício (alteração de 20%) com a condição proposta

na minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade

operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência

foi retirada.

1.49.6. Sugere nova redação para o art. 61, inciso V:

“V – desviar-se por mais de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado

na licença de viagem”.

Justifica dizendo que a ANTT só poderá analisar a solicitação de desvio em dias úteis e

muitas vezes o desvio foi efetivado num final de semana ou feriado, para atendimento

de necessidades dos próprios passageiros. Afirma que um desvio de até 100 km é

razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125 km para o passeio local, em veículos

do tipo M2.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio

mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de

manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o

desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do

contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.

1.49.7. Sugere estabelecer na Resolução a proibição de que os veículos autorizados para

exploração de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de

fretamento.

Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados

pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa

provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.

Page 109: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

109

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de

livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular

de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota

específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam

utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos

atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a

mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve

também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com

relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características

urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.

1.50 Sra. Regina Rocha de Souza Pinto

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

Recpaz Transportes e Turismo LTDA

Cargo: Assessora Jurídica de Transportes

Protocolo: 2203152

1.50.1. Sugere aumentar o capital social mínimo exigido para R$ 500.000,00,

integralizado. Justifica dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de

profissionalismo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,

um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à

medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta

levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota

mínima superior a proposta na minuta.

1.50.2. Sugere aumentar a quantidade mínima de veículos para cinco, de plena

propriedade. Justifica dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de

profissionalismo.

Page 110: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

110

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do

empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que

melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a

entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância

com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento

da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas

empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o

pretendido pelo novo regramento.

1.50.3. Sugere exigir comprovação da quitação da contribuição sindical para ingresso no

sistema, como já é feito para o setor de cargas. Justifica que a contribuição sindical é

tributo, exigido por lei federal, cujo recolhimento todos estão obrigados por força das

disposições da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, inclusive para exploração de

atividade que dependa de autorização ou permissão de órgão público, como no caso do

fretamento.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A Lei nº 10.233/2001, que criou a ANTT, não exige que a

autarquia condicione o registro das empresas de fretamento à entrega da comprovação

do pagamento da contribuição sindical, assim entende-se que o art. 608 da CLT não se

aplica às atribuições específicas conferidas pela Lei nº 10.233/2001.

1.50.4. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, sendo até 10 dez (anos) para

ônibus e até 5 (cinco) anos para veículos M2. Justifica dizendo que os Estados e os

municípios, em sua maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT

não adote essa mesma linha, o transporte interestadual e internacional será a única

opção de operação para esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue

dizendo que justamente as viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em

função da qualidade das rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais

velhos, desgastados, mais propensos a quebras, poluentes, etc. Afirma que o excesso de

oferta do serviço no mercado reduzirá o valor do frete e impedirá a renovação da frota,

Page 111: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

111

criando um ciclo vicioso que prejudicará o setor e os passageiros de viagens

interestaduais.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,

que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade

compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos

apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade

aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do

ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da

idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais

adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em

regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na

prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do

mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas

aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.

1.50.5. Sugere nova para o art. 20: “Será permitido o embarque de passageiros em mais

de um município do mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região turística

reconhecida pelo Ministério do Turismo, desde que todos os passageiros e pontos de

embarque estejam contemplados na Licença de Viagem”.

Justifica dizendo que dessa forma será possível contemplar as viagens turísticas com

amparo também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o

sistema poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que

compõem as regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização

de viagem.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e

que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de

maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da

Page 112: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

112

vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal

condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.

1.50.6. Propõe nova redação para o §3º do art. 28: “Toda alteração manual efetuada

superior a 6 (seis) até 20% dos passageiros autorizados inicialmente deverá ser

informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo telefone 166 até 2 horas

do início programado da viagem.”

Justifica dizendo que conceder o benefício (alteração de 20%) com a condição proposta

na minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade

operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência

foi retirada.

1.50.7. Sugere nova redação para o art. 61, inciso V:

“V – desviar-se por mais de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado

na licença de viagem”.

Justifica dizendo que a ANTT só poderá analisar a solicitação de desvio em dias úteis e

muitas vezes o desvio foi efetivado num final de semana ou feriado, para atendimento

de necessidades dos próprios passageiros. Afirma que um desvio de até 100 km é

razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125 km para o passeio local, em veículos

do tipo M2.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio

mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de

manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o

desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do

contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.

1.50.8. Sugere estabelecer na Resolução a proibição de que os veículos autorizados para

exploração de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de

fretamento.

Page 113: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

113

Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados

pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa

provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de

livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular

de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota

específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam

utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos

atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a

mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve

também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com

relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características

urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.

1.51 Sra. Rosa Maria Julio Landin

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

Smile Transportes e Turismo LTDA

Cargo: Assessora Diretoria Sindical

Protocolo: 2203164

1.51.1. Sugere aumentar o capital social mínimo exigido para R$ 300.000,00. Justifica

dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de profissionalismo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,

um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à

medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta

levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota

mínima superior a proposta na minuta.

Page 114: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

114

1.51.2. Sugere aumentar a quantidade mínima de veículos para três, de plena

propriedade. Justifica dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de

profissionalismo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do

empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que

melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a

entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância

com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento

da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas

empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o

pretendido pelo novo regramento.

1.51.3. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, sendo até 15 anos para

ônibus e até 5 anos para veículos M2. Justifica dizendo que os Estados e os municípios,

em sua maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT não adote essa

mesma linha, o transporte interestadual e internacional será a única opção de operação

para esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue dizendo que justamente

as viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em função da qualidade das

rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais velhos, desgastados, mais

propensos a quebras, poluentes, etc.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,

que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade

compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos

apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade

aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do

ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da

idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais

Page 115: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

115

adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em

regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na

prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do

mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas

aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.

1.51.4. Sugere nova redação para o art. 20: “Será permitido o embarque de passageiros

em mais de um município do mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região

turística reconhecida pelo Ministério do Turismo, desde que todos os passageiros e

pontos de embarque estejam contemplados na Licença de Viagem”.

Justifica dizendo que dessa forma será possível contemplar as viagens turísticas com

amparo também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o

sistema poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que

compõem as regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização

de viagem.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e

que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de

maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da

vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal

condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.

1.51.5. Propõe nova redação para o §3º do art. 28: “Toda alteração manual efetuada

superior a 6 (seis) até 20% dos passageiros autorizados inicialmente deverá ser

informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo telefone 166 até 2 horas

do início programado da viagem.”

Justifica dizendo que conceder o benefício (alteração de 20%) com a condição proposta

na minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade

operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência

foi retirada.

Page 116: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

116

1.51.6. Sugere nova redação para o art. 61, inciso V: “V – desviar-se por mais de 100

km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado na licença de viagem”.

Justifica dizendo que a ANTT só poderá analisar a solicitação de desvio em dias úteis e

muitas vezes o desvio foi efetivado num final de semana ou feriado, para atendimento

de necessidades dos próprios passageiros. Afirma que um desvio de até 100 km é

razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125 km para o passeio local, em veículos

do tipo M2.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio

mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de

manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o

desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do

contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.

1.51.7. Sugere estabelecer na Resolução a proibição de que os veículos autorizados para

exploração de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de

fretamento.

Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados

pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa

provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de

livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular

de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota

específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam

utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos

atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a

mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve

também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com

relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características

urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.

Page 117: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

117

1.52 Sr. Rodrigo de Melo e Dutra

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

Elotur e Locação EIRELI

Cargo: Diretor

Protocolo: 2203174

Com relação à distância permitida para o veículo tipo M2, à exigência de adaptação do

veículo tipo M2 e de vistoria semestral para veículo tipo M2, à exigência de capital

social e à agência de Viagem e seu transporte de frota própria, afirma que falta de

conhecimento da prática e das reais necessidades do mercado da diferença entre

transporte coletivo publico e transporte coletivo privado.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A Resolução ANTT 3.705/2001, que dispôs sobre instrumentos do

processo de participação e controle social no âmbito da ANTT, definiu a Audiência

Pública como o instrumento utilizado para consolidar proposta final de ação regulatória,

aberto ao público, que possibilita participação oral ou escrita em sessões presenciais,

sobre matéria que afete restritivamente direitos de agentes econômicos e usuários. Logo,

tal instrumento é utilizado pela Agência Reguladora para oportunizar a participação do

mercado regulado, a fim de propiciar que a regulação seja adequada à sua dinâmica,

bem como suas necessidades. Os itens citados, acessibilidade, inspeção técnica veicular,

capital social e agência de viagem, foram abordados em outras contribuições, que

apresentaram sugestões sobre o tema. Todas essas contribuições foram apreciadas e

consideradas pela ANTT, que revisou a proposta, a fim de melhor atender o

transportador. Assim, durante o processo, se demonstrou o interesse da Agência em

acolher a experiência daqueles que vivenciam as normas na prática. Ainda, sobre a

diferença entre transporte coletivo público e transporte coletivo privado, a distinção se

faz, principalmente, por meio dos diferentes normativos editados pela ANTT, aplicáveis

a cada um dos tipos de serviço. Seja pelas características de serviço público ou privado,

da área de abrangência ser urbana ou não, dentre outras, há sensíveis diferenças entre as

características operacionais, gerenciais e financeiras entre as empresas prestadoras de

Page 118: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

118

serviço regular, com ônibus rodoviário ou com ônibus urbano, e as empresas

prestadoras de serviço de fretamento. Vide quadro abaixo:

Serviço Regular

operado com

ônibus rodoviário

Serviço Regular

operado com

ônibus urbano

Serviço de

Fretamento

Tipo de ônibus padrão rodoviário padrão urbano padrão rodoviário

Remuneração

venda antecipada

de passagem

individual para o

passageiro,

definida pelo

Poder Público

venda no veículo –

catraca ou similar

– de passagem

individual para o

passageiro,

definida pelo

Poder Público

contrato de

transporte por

evento, com preço

acordado entre as

partes

Venda de

Passagem

nos guichês

localizados nos

terminais

rodoviários

no veículo não há

Embarque e

desembarque

terminais

rodoviários

por todo o

itinerário nas ruas e avenidas

Passageiros em pé não permite permite apenas em caso de

socorro

Paradas para

descanso e

refeição

a cada 4 horas nos

locais previamente

definidos no

esquema

operacional

não há

Definidas de

acordo com o

planejamento de

cada viagem

Infraestrutura de

Garagem

existente de acordo

com a

programação

operacional da

empresa, nos

pontos de seção

existente de acordo

com a

programação

operacional da

empresa,

especialmente nos

na sede da empresa

Page 119: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

119

estratégicos. municípios de

origem das viagens

Infraestrutura de

Ponto de Apoio

para troca de

motorista, guarda

de carro reserva e

manutenção dos

veículos

Existente ao longo

do itinerário das

linhas

não é exigido não é exigido

Atendimento da

demanda

obrigatoriedade de

adaptação a picos

extraordinários de

demanda

obrigatoriedade de

adaptação a picos

extraordinários de

demanda

livre conforme

estratégia

empresarial

1.53 Sr. Rodrigo de Melo e Dutra

Operador do serviço de Transporte

Pessoa jurídica

Elotur e Locação EIRELI

Cargo: Diretor

Protocolo: 2203185

1.53.1 Afirma que a minuta impede que agências de viagem realizem o transporte de

seus turistas em veículos próprios, Justifica que existe o turismo de lazer, negocio,

medico, aventura e etc.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: As agências de viagens não estão impedidas de realizar o transporte

de seus turistas, no entanto a classe 7911-2 (AGÊNCIAS DE VIAGENS) não garante

que a empresa possua frota própria e vá prestar o serviço de transporte ela mesma e não

por intermédio de terceiros. Para que a Agência de Viagem possa realizar serviço de

transporte interestadual ou internacional, deverá incluir em seu cadastro do CNPJ a

atividade 4929-9/04 (ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS

RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E

Page 120: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

120

INTERNACIONAL), cuja descrição garante a prestação direta do serviço de transporte.

No entanto, tal entendimento não proíbe a atuação das Agências de Viagem, uma vez

que o normativo propõe apenas que haja compatibilidade entre o ramo de atuação da

empresa e o serviço regulado pela Agência, de maneira que qualquer atividade

econômica cuja relação possa ser identificada será aceita para fins de cadastro.

1.53.2 Afirma que é necessário saber diferenciar transporte coletivo público que é

permitido mediante concessão, permissão e autorização e o transporte coletivo privado.

Justifica que o último deve ter mais autonomia e opções. Exemplifica que um cliente

pode querer alugar um fusca ou uma SUV ( muito mais confortável), mas no transporte

público os órgãos públicos devem exigir o mínimo de conforto que entenderam

necessário.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A ANNT distingue o transporte coletivo público e o transporte

coletivo privado, principalmente, por meio dos diferentes normativos editados pela

Agência, aplicáveis a cada um dos tipos de serviço. Seja pelas características de serviço

público ou privado, da área de abrangência ser urbana ou não, dentre outras, há

sensíveis diferenças entre as características operacionais, gerenciais e financeiras entre

as empresas prestadoras de serviço regular, com ônibus rodoviário ou com ônibus

urbano, e as empresas prestadoras de serviço de fretamento. Vide quadro abaixo:

Serviço Regular

operado com

ônibus rodoviário

Serviço Regular

operado com

ônibus urbano

Serviço de

Fretamento

Tipo de ônibus padrão rodoviário padrão urbano padrão rodoviário

Remuneração

venda antecipada

de passagem

individual para o

passageiro,

definida pelo

Poder Público

venda no veículo –

catraca ou similar

– de passagem

individual para o

passageiro,

definida pelo

Poder Público

contrato de

transporte por

evento, com preço

acordado entre as

partes

Venda de nos guichês no veículo não há

Page 121: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

121

Passagem localizados nos

terminais

rodoviários

Embarque e

desembarque

terminais

rodoviários

por todo o

itinerário nas ruas e avenidas

Passageiros em pé não permite permite apenas em caso de

socorro

Paradas para

descanso e

refeição

a cada 4 horas nos

locais previamente

definidos no

esquema

operacional

não há

Definidas de

acordo com o

planejamento de

cada viagem

Infraestrutura de

Garagem

existente de acordo

com a

programação

operacional da

empresa, nos

pontos de seção

estratégicos.

existente de acordo

com a

programação

operacional da

empresa,

especialmente nos

municípios de

origem das viagens

na sede da empresa

Infraestrutura de

Ponto de Apoio

para troca de

motorista, guarda

de carro reserva e

manutenção dos

veículos

Existente ao longo

do itinerário das

linhas

não é exigido não é exigido

Atendimento da

demanda

obrigatoriedade de

adaptação a picos

extraordinários de

demanda

obrigatoriedade de

adaptação a picos

extraordinários de

demanda

livre conforme

estratégia

empresarial

Page 122: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

122

1.53.3 Pergunta por que as empresas com objeto social - Serviços de transporte de

passageiros com motoristas, CNAE (4923-0/02), não podem realizar o serviço regulado

pela ANTT. Justifica que essas empresas terão que mudar seu objeto social e por,

consequência, serão proibidas de optar pela tributação SIMPLES NACIONAL.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A atividade 4923-2/02 é uma subclasse da classe 4923-0

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE TÁXI. O serviço de táxi não é regulado por esta

Agência. O serviço regulado pela ANTT, no âmbito do transporte fretado, se relaciona

apenas com a classe 4929-9 TRANSPORTE RODOVIÁRIO COLETIVO DE

PASSAGEIROS, SOB REGIME DE FRETAMENTO, E OUTROS TRANSPORTES

RODOVIÁRIOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE. Dentro desta classe,

para que a Agência de Viagem possa realizar serviço de transporte interestadual ou

internacional, pode incluir em seu cadastro do CNPJ a atividade 4929-9/04

(ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS,

INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL), cuja descrição

garante a prestação direta do serviço de transporte.

1.53.4 Sugere que as vistorias obrigatórias tenham periodicidade anual para ambos os

modelos para veículos com fabricação até 10 anos e posterior a isso vistorias semestrais.

Justifica existem laudos das fábricas da Mercedez-Bens e da Renault que confirmam

que os testes dos veículos micro ônibus passam pelos mesmos testes que os ônibus e

não tem motivo de as vistorias obrigatórias serem diferentes.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais

contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica

veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança

necessárias à prestação do serviço, independente da idade ou do tipo de veículo.

1.53.5 Sugere que os micro-ônibus tenham o mesmo limite dos ônibus, com controle de

tempo de viagem do motorista. Justifica que existem no Brasil várias particularidades

que devem ser analisadas, como por exemplo: Recife/PE, que está localizado a

aproximadamente 280km da capital de Alagoas e Rio Grande do Norte, a

Page 123: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

123

aproximadamente 130km da capital da Paraíba e do maior ponto turístico de Alagoas,

Maragogi. Afirma que as empresas de Recife têm várias opções de destinos muito

procurados em outros estados e que pela grande procura demonstra que os clientes

querem este tipo de prestação de serviços.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foram utilizados novos parâmetros para definição de

quilometragem mais adequada, conforme o que segue: inicialmente, a utilização de

dupla de motoristas não é aceitável para os veículos do tipo M2, visto que não possuem

local apropriado para o descanso do segundo motorista durante a primeira etapa da

viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho padrão do motorista

profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito)

horas. Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela

Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para

formatação dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de

passageiros. O cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de

fretamento, utiliza valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de

Planos de Viação Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de

rodovia na ANTT. Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das

linhas regulares, além de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes

velocidades médias por tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços. Ainda, optou-se por considerar a média simples

Page 124: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

124

dos trechos duplicados e pavimentados, por terem apresentado a maior velocidade

média e por representarem a condição real da maioria dos trechos. Com todas as

informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem máxima a ser

percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com apenas um

motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km. Nesse sentido, o art. 41 da

minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos conforme a quilometragem

máxima obtida.

1.53.6 Pergunta como seria a licença de viagem para transporte não programado.

Apresenta como exemplo uma viagem contratada em cima da hora, por uma família,

que necessita realizar uma viagem que não é atendida pelo serviço regular a contento.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A disponibilidade para emissão de licença de viagem é online, 24

horas por dia, sete dias por semana, realizada de maneira automática por meio de

sistema informatizado pela ANTT para este fim. Logo, é possível emitir a licença de

viagem mesmo em situações de viagens não programadas.

1.53.7 Afirma que é necessário realizar trabalho de fiscalização com inteligência.

Afirma que é possível verificar nos pontos de venda de passagem legalizados onde e

como os clandestinos trabalham. Segue dizendo que observa que 95% dos que realizem

transporte clandestino na região em que atua não são pessoas jurídicas e sim pessoas

físicas com veículos placa cinza.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Não é objetivo da proposta de Resolução estabelecer critérios de

fiscalização ou rotina de comandos de fiscalização. Cumpre esclarecer que, na estrutura

organizacional da ANTT, cabe à Gerência de Inteligência e Planejamento de

Fiscalização, da Superintendência de Fiscalização - SUFIS, planejar, coordenar e

controlar as atividades de fiscalização, bem como analisar e propor melhorias para o

desenvolvimento das atividades. Ainda, a Ouvidoria recebe e encaminha todas as

denúncias oferecidas, inclusive de maneira anônima, sendo aconselhável que as práticas

ilegais sejam comunicadas por este canal, de maneira a contribuir com a atuação da

fiscalização.

Page 125: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

125

1.53.8 Sobre a adaptação dos veículos tipo micro ônibus para portadores com

deficiência, apesar de ser simpatizante acho absurda a obrigatoriedade. Justifica que a

capacidade de passageiros seria reduzida em aproximadamente 40%, o custo para

adaptação de aproximadamente 12% do valor do veículo, a falta de estatísticas da

procura por esse serviço. Apresenta como sugestão para a Secretaria de Mobilidade é

dar incentivo fiscal para empresas que tiverem frota adaptada e incentivar os fabricantes

incluírem como opcional.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A exigência da acessibilidade dos serviços de transporte coletivo

rodoviário de passageiros foi determinada pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de

2004. Ainda, o mesmo Decreto estabeleceu que a frota de veículos de transporte

coletivo rodoviário e a infraestrutura dos serviços deste transporte deveriam estar

totalmente acessíveis desde 2 de dezembro de 2014 e que as normas técnicas para

adaptação dos veículos, de forma a torna-los acessíveis, seriam elaboradas pelas

instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização

e Qualidade Industrial. Logo, não é escopo da regulamentação em tela, nem pode esta

Agência determinar a dispensa de adaptação de veículos com base no ano de fabricação,

cabendo apenas à entidade competente determinar a impossibilidade de adaptação de

determinados veículos. Sobre o assunto, o INMETRO editou a Portaria nº 168, de 5 de

junho de 2008, que estabeleceu em seu art. 4º, parágrafo único, que as adaptações de

acessibilidade se aplicam a todos os veículos cujas carroçarias foram fabricadas entre

janeiro de 1999 e dezembro de 2008.

1.53.9 Sugere não ser obrigatório o uso de rastreador monitorado pela ANTT. Justifica

que o patrimônio privado deve ser monitorado pela empresa e que não realiza transporte

público.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 45 estabelece apenas que os veículos devam dispor de

sistema de monitoramento. As regras do monitoramento foram disciplinadas pela

Resolução ANTT nº 4.499/2014, que tratou de maneira diferenciada cada tipo de

serviço, de acordo com as suas especificidades. Cabe esclarecer que as exigências

Page 126: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

126

impostas ao serviço de fretamento não são as mesmas exigidas para o serviço regular.

Embora não seja público, o serviço de transporte coletivo de passageiros interestadual e

internacional, em regime de fretamento, se sujeita à autorização do poder público e ao

controle exercido por este. O sistema de monitoramento proposto pela ANTT não é

restrito, pode ser desenvolvido também para gerar relatórios à empresa de transporte e a

outros órgãos. Com isso, as empresas de transporte também poderão se beneficiar do

sistema de monitoramento com um maior controle da operação de transporte.

1.53.10 Sugere não exigir Capital Social no valor de R$ 120 mil, nem a obrigatoriedade

de CNAE de Transportadora Turística. Justifica que existem Agências de Turismo com

frota própria, que não poderias realizar o transporte de seus passeios ou inserir o CNAE

de transportadora e mudar sua tributação, ou seja, saindo do simples nacional.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O capital social é o valor integralizado correspondente à

contrapartida do titular, sócios ou acionistas de um empreendimento, para início ou

manutenção dos negócios. Tal montante foi considerado como o mínimo a ser exigido

de uma empresa que pretende prestar serviço de transporte de pessoas. Para o cálculo do

valor do capital social, além da média do capital social apresentado pelas empresas

atualmente cadastradas, sendo 70% delas possuem frota de até cinco veículos e não são

consideradas de grande porte, pode se verificar no mercado que o valor médio de um

veículo novo do tipo M2 é 150 mil reais. Pelo exposto, entendemos que o valor de 120

mil reais não é excessivo e deve ser cumprido pelas empresas que pretendem prestar o

serviço de transporte coletivo de passageiros interestadual e internacional, em regime de

fretamento.

1.54 Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento de

Campinas e Região

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa jurídica

Protocolo: 2203200

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127

1.54.1. Sugere diferenciar o transporte turístico do eventual (art.3º I e II). Justifica com

a alegação de que a norma não esta muito clara na diferenciação, especialmente quando

coloca que o operador pode organizar excursões (art. 3º, V). Afirma que as excursões

são prerrogativa de quem opera atividade turística e não poderiam ser feitas pelo

simples operador, o que permitiria a burla das normas que regulamentam o turismo,

expedidas pelo Ministério do Turismo, contrariando também o próprio art. 42 da

minuta.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador

turístico e não excluído, por entendermos que é importante para a compreensão da

Resolução. No entanto, a fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de

transportador, foram incluídas as definições de transportador eventual e transportador

contínuo. Ainda, a definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do

Ministério do Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.

1.54.2. Sugere harmonizar nomenclaturas e termos da minuta com o determinado pelo

Ministério do Turismo. Justifica a sugestão afirmando que o transporte turístico é uma

atividade compreendida pelo fretamento, sendo difícil separá-los.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A minuta adota as nomenclaturas e termos do Ministério do

Turismo, naquilo que se aplica a fretamento turístico.

1.54.3. Sugere rever a redação de toda a norma para alterar o termo transportadora para

empresa. Justifica dizendo que foi criada a modalidade operadora, com diferenciais da

transportadora e que deve se garantir que a norma seja igualmente aplicada ao operador,

para que ele não tenha tratamento diferenciado.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador

turístico, a fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de transportador, foram

incluídas as definições de transportador eventual e transportador contínuo. Ainda, a

definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do Ministério do

Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.

Page 128: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

128

1.54.4. Sugere aumentar o valor de capital social mínimo exigido. Justifica dizendo que

o valor está muito a quem do que na prática é necessário para se iniciar um negócio no

ramo de transporte, uma atividade complexa, especializada e de grande risco.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,

um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à

medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta

levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota

mínima superior a proposta na minuta.

1.54.5. Requer a inclusão da exigência de estar em dia com a contribuição sindical,

como já é feito para o setor de cargas, através da Resolução 3056/09, art. 4º, letra “f”.

Justifica dizendo que a exigência consta de Lei Federal, cujo cumprimento todos estão

obrigados, não só do pagamento da contribuição, como também para ser autorizado a

explorar uma atividade conforme dispõe a Consolidação das Leis do Trabalho).

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A Lei nº 10.233/2001, que criou a ANTT, não exige que a

autarquia condicione o registro das empresas de fretamento à entrega da comprovação

do pagamento da contribuição sindical, assim entende-se que o art. 608 da CLT não se

aplica às atribuições específicas conferidas pela Lei nº 10.233.

1.54.6. Sugere que se estabeleça uma frota mínima de veículos para cadastro. Justifica

dizendo que um veículo é muito pouco e que, ao aceitar veículo arrendado, a ANTT

deixa até de exigir apenas um veículo e permite que a empresa opere com nenhum

veículo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do

empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que

melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a

entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância

com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento

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129

da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas

empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o

pretendido pelo novo regramento.

1.54.7. Sugere suspender a proibição de utilização por 24h de um veículo que foi

substituído numa autorização por avaria ou acidente ou aumentar o número de veículos

mínimos necessários para realizar o transporte interestadual ou internacional.

Justifica dizendo que se a ANTT permitirá o ingresso no sistema com apenas um

veículo, essa condição representa uma intervenção inadequada para uma atividade de

cunho privado, como o fretamento. Segue dizendo que esse tipo de imposição sequer é

feita para o transporte regular que possui obrigatoriedade de frota reserva e que a

empresa poderá reparar o veículo em tempo inferior a 24 horas.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de

que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT

pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida

ao transportador, o que reforça a autonomia do empresário, o que se pretende é dar

segurança ao passageiro de que foi realizada a devida manutenção no veículo antes de

ser utilizado em nova viagem.

1.54.8. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, sendo até 10 anos para

ônibus e até cinco anos para veículos M2. Justifica dizendo que os Estados e os

municípios, em sua maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT

não adote essa mesma linha, o transporte interestadual e internacional será a única

opção de operação para esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue

dizendo que justamente as viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em

função da qualidade das rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais

velhos, desgastados, mais propensos a quebras, poluentes, etc.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,

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130

que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade

compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos

apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade

aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do

ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da

idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais

adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em

regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na

prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do

mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas

aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.

1.54.9. Sugere prever que os casos de socorro não configurem subautorização. Justifica

dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma, passível de aplicação

de multas para as empresas.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo ao art. 5º para definir que a prestação de

socorro não configura subautorização, desde que a troca do veículo seja comunicada à

ANTT.

1.54.10. Sugere, no art. 11, deixar expresso quais são os débitos impeditivos.

Justifica dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Cumpre esclarecer que os débitos impeditivos são referentes às

multas de prestação de serviço aplicadas pela ANTT ou seus conveniados, sobre as

quais não cabe mais recurso administrativo por parte do transportador. Para evitar a

interpretação subjetiva, o termo “débitos impeditivos” foi substituído por “multas

impeditivas”.

1.54.11. Sugere nova redação para o Art. 20:

Art. 20. Será permitido o embarque de passageiros em mais de um município do

mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região turística reconhecida pelo

Page 131: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

131

Ministério do Turismo, desde que todos os passageiros e pontos de embarque estejam

contemplados na Autorização de Viagem.

Justifica dizendo assim será possível contemplar as viagens turísticas com amparo

também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o sistema

poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que compõem as

regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização de viagem.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e

que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de

maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da

vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal

condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.

1.54.12. Sugere corrigir o art. 19 suprimindo a expressão “todos”, uma vez que

está em desacordo com a possibilidade de embarques múltiplos.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 19 foi excluído por conflitar com o art. 20.

1.54.13. Sugere, no art. 27, § 2º permitir que o cancelamento da viagem

autorizada possa ocorrer até 60 minutos do horário previsto para o início da viagem.

Justifica dizendo que em viagens de fretamento o embarque dos passageiros é uma

operação muito mais complexa do que a linha regular, e por ser um contrato privado

entre as partes, nem sempre os clientes obedecem rigorosamente o horário, sabendo que

o veículo não partirá sem eles. Ainda, somente após a apresentação de todos os

passageiros é possível verificar inconformidades que possam obrigar o cancelamento da

viagem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito

da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início

da viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade

de cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT.

Page 132: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

132

1.54.14. Sugere supressão do art.. 28, § 3º.

Justifica dizendo que é impossível cumprir a exigência em função de que os embarques

não são feitos em terminais ou na sede da empresa e que o fretamento é um serviço

privado, onde o cliente define o local e horário para o embarque, em sua maioria no

período noturno. Afirma que as empresas não possuem pessoal ou equipamentos

disponíveis para tal comunicação e que a própria ANTT responde a maioria das

demandas extraordinárias ocorridas nos finais de semana ou feriados somente no dia útil

posterior. Segue dizendo que a condição proposta na minuta é o mesmo que impedir a

alteração da lista de passageiros.

Caso não seja acatada a solicitação de suprimir a exigência, sugere alterar para a

seguinte redação: §3º Toda alteração manual efetuada superior a 6 até 20% dos

passageiros autorizados inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de

aplicativo próprio ou pelo telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade

operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência

foi retirada.

1.54.15. Com relação à Seção das Vedações, art. 61 e seguintes, sugere incluir a

previsão de uma quilometragem extra para desviar-se do roteiro previamente autorizado

sem que seja necessária a anuência da ANTT. Justifica dizendo que a ANTT só poderá

analisar a solicitação de desvio em dias úteis e muitas vezes o desvio foi efetivado num

final de semana ou feriado, para atendimento de necessidades dos próprios passageiros.

Afirma que um desvio de até 100 km é razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125

km para o passeio local, em veículos do tipo M2.

Apresenta a seguinte sugestão de redação para o Art. 61, item V:

“V – desviar-se por mais de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado

na licença de viagem”.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio

mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de

manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o

Page 133: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

133

desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do

contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.

1.54.16. Sugere conceder autorização provisória para o fretamento contínuo,

mediante apresentação de documentos que indiquem o tipo de serviço (edital, minuta de

contrato, proposta) com prazo final para apresentação da documentação proposta nesta

minuta, sob pena de multa. Justifica dizendo que não é possível obter a documentação

exigida pela ANTT no prazo estabelecido

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A Agência não pode autorizar serviço de fretamento contínuo sem

a devida documentação comprobatória, que legitime o transportador a prestar o serviço.

1.54.17. Sugere, com relação à identidade visual dos veículos fretados, permitir

diferenciação do layout aprovado para frota no caso de bandas, operadoras de turismo

ou companhias aéreas que envelopam os veículos fretados com exclusividade.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo no Art. 43 para permitir a exceção, mediante

comunicação à ANTT dos veículos que utilizarão a caracterização diferenciada, a

pedido do contratante.

1.54.18. Sugere incluir a proibição de que os veículos autorizados para exploração

de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de fretamento.

Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados

pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa

provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de

livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular

de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota

específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam

utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos

atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a

Page 134: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

134

mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve

também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com

relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características

urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.

1.55 Jorge Miguel dos Santos

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa jurídica

Transfretur

Protocolo: 2203216

1.55.1. Sugere aumentar o capital social mínimo. Justifica dizendo que o valor está

aquém do necessário para iniciar uma atividade que é complexa, especializada e de alto

risco.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,

um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à

medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta

levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota

mínima superior a proposta na minuta.

1.55.2. Requer a inclusão da exigência de estar em dia com a contribuição sindical,

como já é feito para o setor de cargas, através da Resolução 3056/09, art. 4º, letra "f".

Justifica dizendo que a exigência consta de Lei Federal, cujo cumprimento todos estão

obrigados, não só do pagamento da contribuição, como também para ser autorizado a

explorar uma atividade (consolidação das leis do trabalho).

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A Lei nº 10.233/2001, que criou a ANTT, não exige que a

autarquia condicione o registro das empresas de fretamento à entrega da comprovação

do pagamento da contribuição sindical, assim entende-se que o art. 608 da CLT não se

aplica às atribuições específicas conferidas pela Lei nº 10.233.

Page 135: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

135

1.55.3. Sugere que se estabeleça uma frota mínima de veículos para cadastro. Justifica

dizendo que um veículo é muito pouco e que, ao aceitar veículo arrendado, a ANTT

deixa até de exigir apenas um veículo e permite que a empresa opere com nenhum

veículo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do

empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que

melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a

entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância

com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento

da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas

empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o

pretendido pelo novo regramento.

1.55.4. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, de maneira compatibilizada

com a idade prevista nos regulamentos estaduais, sendo de 15 anos para ônibus e cinco

anos para os veículos tipo M2. Justifica dizendo que os Estados e os municípios, em sua

maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT não adote essa mesma

linha, o transporte interestadual e internacional será a única opção de operação para

esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue dizendo que justamente as

viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em função da qualidade das

rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais velhos, desgastados, mais

propensos a quebras e poluentes.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,

que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade

compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos

apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade

aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do

Page 136: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

136

ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da

idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais

adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em

regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na

prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do

mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas

aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.

1.55.5. Sugere estabelecer na Resolução a proibição de que os veículos autorizados para

exploração de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de

fretamento.

Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados

pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa

provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de

livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular

de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota

específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam

utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos

atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a

mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve

também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com

relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características

urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.

1.55.6. Sugere nova redação para o Art. 20: “Será permitido o embarque de passageiros

em mais de um município do mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região

turística reconhecida pelo Ministério do Turismo, desde que todos os passageiros e

pontos de embarque estejam contemplados na Licença de Viagem”. Justifica dizendo

que dessa forma será possível contemplar as viagens turísticas com amparo também da

normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o sistema poderá ser

Page 137: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

137

previamente alimentado com as informações das cidades que compõem as regiões

turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização de viagem.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e

que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de

maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da

vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal

condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.

1.55.7. Sugere conceder autorização provisória para o fretamento contínuo, mediante

apresentação de documentos que indiquem o tipo de serviço (edital, minuta de contrato,

proposta) com prazo final para apresentação da documentação proposta nesta minuta,

sob pena de multa. Justifica dizendo que não é possível obter a documentação exigida

pela ANTT no prazo estabelecido.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A Agência não pode autorizar serviço de fretamento contínuo sem

a devida documentação comprobatória, que legitime o transportador a prestar o serviço.

1.55.8. Sugere, com relação à identidade visual dos veículos fretados, permitir

diferenciação do layout aprovado para frota no caso de bandas, operadoras de turismo

ou companhias aéreas que envelopam os veículos fretados com exclusividade.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo no Art. 43 para permitir a exceção, mediante

comunicação à ANTT dos veículos que utilizarão a caracterização diferenciada, a

pedido do contratante.

1.55.9. Sugere harmonizar nomenclaturas e termos da minuta com o determinado pelo

Ministério do Turismo. Justifica a sugestão afirmando que o transporte turístico é uma

atividade compreendida pelo fretamento, sendo difícil separá-los.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A minuta adota as nomenclaturas e termos do Ministério do

Turismo, naquilo que se aplica a fretamento turístico.

Page 138: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

138

1.55.10. Sugere rever a redação de toda a norma para alterar o termo

transportadora para empresa. Justifica dizendo que foi criada a modalidade operadora,

com diferenciais da transportadora e que deve se garantir que a norma seja igualmente

aplicada ao OPERADOR, para que ele não tenha tratamento diferenciado.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador

turístico, a fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de transportador, foram

incluídas as definições de transportador eventual e transportador contínuo. Ainda, a

definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do Ministério do

Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.

1.55.11. Sugere remover o impedimento de utilização por 24h de um veículo que

foi substituído numa autorização por avaria ou acidente ou aumentar o número de

veículos mínimos necessários para realizar o transporte interestadual ou internacional.

Justifica dizendo que essa condição representa uma intervenção inadequada para uma

atividade de cunho privado, como o fretamento e que tal obrigação sequer é feita para o

transporte regular que possui a obrigatoriedade de frota reserva. Afirma que a empresa

poderá reparar o veículo em tempo inferior a 24 horas.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de

que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT

pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida

ao transportador, o que reforça a autonomia do empresário, o que se pretende é dar

segurança ao passageiro de que foi realizada a devida manutenção no veículo antes de

ser utilizado em nova viagem.

1.55.12. Sugere prever que os casos de socorro não configurem subautorização.

Justifica dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma, passível de

aplicação de multas para as empresas.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

Page 139: Sugere que o cadastro para registro e circulação dos ... · todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A restrição de quilometragem

139

JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo ao Art. 5º para definir que a prestação de

socorro não configura subautorização, desde que a troca do veículo seja comunicada à

ANTT.

1.55.13. Sugere, no art. 11, deixar expresso quais são os débitos impeditivos.

Justifica dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Cumpre esclarecer que os débitos impeditivos são referentes às

multas de prestação de serviço aplicadas pela ANTT ou seus conveniados, sobre as

quais não cabe mais recurso administrativo por parte do transportador. Para evitar a

interpretação subjetiva, a palavra débito foi substituída por multa.

1.55.14. Sugere corrigir o art. 19 suprimindo a expressão "todos", uma vez que

está em desacordo com a possibilidade de embarques múltiplos.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 19 foi excluído por conflitar com o art. 20.

1.55.15. Sugere, no art. 27, § 2º permitir que o cancelamento da viagem

autorizada possa ocorrer até 60 minutos do horário previsto para o início da viagem.

Justifica dizendo que em viagens de fretamento o embarque dos passageiros é uma

operação muito mais complexa do que a linha regular, e por ser um contrato privado

entre as partes, nem sempre os clientes obedecem rigorosamente o horário, sabendo que

o veículo não partirá sem eles. Ainda, somente após a apresentação de todos os

passageiros é possível verificar inconformidades que possam obrigar o cancelamento da

viagem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito

da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início

da viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade

de cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT.

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140

1.55.16. Sugere supressão do art.. 28, § 3º.

Justifica dizendo que é impossível cumprir a exigência em função de que os embarques

não são feitos em terminais ou na sede da empresa e que o fretamento é um serviço

privado, onde o cliente define o local e horário para o embarque, em sua maioria no

período noturno. Afirma que as empresas não possuem pessoal ou equipamentos

disponíveis para tal comunicação e que a própria ANTT responde a maioria das

demandas extraordinárias ocorridas nos finais de semana ou feriados somente no dia útil

posterior. Segue dizendo que a condição proposta na minuta é o mesmo que impedir a

alteração da lista de passageiros.

Caso não seja acatada a solicitação de suprimir a exigência, sugere alterar para a

seguinte redação:

§3º Toda alteração manual efetuada superior a 6 até 20% dos passageiros autorizados

inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo

telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade

operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência

foi retirada.

1.55.17. Sugere nova redação para o Art. 61, inciso V: “V – desviar-se por mais

de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado na licença de viagem”.

Justifica dizendo que a ANTT só poderá analisar a solicitação de desvio em dias úteis e

muitas vezes o desvio foi efetivado num final de semana ou feriado, para atendimento

de necessidades dos próprios passageiros. Afirma que um desvio de até 100 km é

razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125 km para o passeio local, em veículos

do tipo M2.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio

mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de

manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o

desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do

contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.

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141

1.56 Claudinei Brogliato

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa jurídica

FRESP – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento

do Estado de São Paulo

Protocolo: 2203231

Mensagem encaminhada sem anexo.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Considerando que a documentação com as contribuições não foram

anexadas à mensagem, não foi possível realizar a devida análise.

1.57 Tiago Freitas

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa jurídica

Organização das Cooperativas Brasileiras

Protocolo: 2203260

1.57.1. Solicita esclarecimento sobre o especificado no art. 20, em relação aos traslados

para aeroportos nos casos de IDA ou VOLTA apenas.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Embora a contribuição não discorra sobra a dúvida segue

explicação resumida e genérica sobre o fretamento turístico, na modalidade traslado. A

definição de traslado adotada pela minuta foi a estabelecida pelo Ministério do Turismo:

percurso realizado com origem e destino em estações terminais de embarque e

desembarque de passageiros, meios de hospedagem, locais onde se realizem congressos,

convenções, feiras e exposições de negócios. Considerando que os aeroportos são

“estações terminais de embarque e desembarque de passageiros”, também se aplicam

aos deslocamentos para e de aeroportos as regras de traslado. O art. 20 permite que

ocorram embarques em mais de um ponto do município de origem. Em seu parágrafo

único, se estabelece que o desembarque final coincida com o embarque, porém isso não

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142

ocorre em viagens com apenas um trecho, como é o caso do traslado, portanto a redação

foi alterada no sentido de explicitar a exceção e aperfeiçoar a compreensão da regra.

1.57.2. Afirma que o Art. 30 está em conflito com o art. 41.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: O art. 30 não possui conflito com o art. 41, visto que sua

aplicabilidade é idêntica para veículos do tipo M2 e M3. Considerando que a distância

percorrida máxima proposta para veículos do tipo M2 era de até 250 km, o tempo para

conservação, limpeza e manutenção do veículo seria sempre de uma hora. Embora a

quilometragem máxima tenha sido ampliada para 540 km, o art. 30, inciso I foi alterado,

de modo que o tempo para conservação, limpeza e manutenção seja sempre de uma

hora, independente da quilometragem percorrida.

1.57.3. Justifica que o limite apropriado para o fretamento turístico, seria de 1000 km

com paradas de descanso como já ocorre com os ônibus e para traslado o limite entre

dois estados seria suficiente, considerando a extensão territorial de nosso país, propõe a

distância mínima de 300 km, pois este não inclui pernoite. Para o fretamento contínuo

sugere 200 km.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foram utilizados novos parâmetros para definição de

quilometragem mais adequada, conforme o que segue: Inicialmente, a utilização de

dupla de motoristas não é aceitável para os veículos do tipo M2, visto que não possuem

local apropriado para o descanso do segundo motorista durante a primeira etapa da

viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho padrão do motorista

profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito)

horas. Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela

Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para

formatação dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de

passageiros. O cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de

fretamento, utiliza valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de

Planos de Viação Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de

rodovia na ANTT. Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das

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143

linhas regulares, além de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes

velocidades médias por tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços. Ainda, optou-se por considerar a média simples

dos trechos duplicados e pavimentados, por terem apresentado a maior velocidade

média e por representarem a condição real da maioria dos trechos. Com todas as

informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem máxima a ser

percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com apenas um

motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km. Nesse sentido, o art. 41 da

minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos conforme a quilometragem

máxima obtida.

1.57.4. Com relação ao inciso III do art. 3º, destaca que o serviço prestado por operador

autorizado, não necessita ser oficializado por meio de contrato registrado em cartório.

Justifica que não há a necessidade de registro em cartório, já que a nota fiscal e o

contrato de viagem são considerados documentos válidos para viagem. Acrescenta que a

exigência apenas acarretaria em aumento de despesa.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que o fretamento contínuo possui regularidade na

prestação do serviço e que as licenças de viagem terão validade por todo o período do

contrato, a Agência entende que deve ser formalizado por meio de registro em cartório.

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144

1.57.5. Solicita alteração do prazo especificado no art. 52, relacionado à análise do

cadastramento ou recadastramento da transportadora, para que seja efetivado no prazo

máximo de 20 (vinte) dias úteis.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O prazo indicado na minuta é máximo e não significa que a análise

utilizará todo o período indicado. É prudente que o prazo seja mantido em 45 dias úteis,

para que em períodos de pico de demanda não ocorra o seu descumprimento.

1.57.6. Solicita alteração do prazo especificado no art. 54, relacionado às solicitações

para as autorizações de viagem listadas no art. 29, para que seja diminuído para um dia

útil. Justifica tendo em vista a existência de viagens de última hora.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Por se tratar de exceção e não de regra, entendemos que há a

possibilidade de atender o prazo exigido, que hoje é de três dias úteis e já está sendo

diminuído para dois dias úteis, sem prejudicar a análise por parte da ANTT.

1.58 Waldemar Araújo

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa jurídica

Federação das Empresas de Transporte de Passageiros de Minas Gerais

Protocolo: 2203273

Manifesta apoio à contribuição enviada pela Associação Nacional das Empresas de

Transporte Turístico – ANTTUR. Justifica dizendo que a contribuição da ANTTUR

expressa os anseios da categoria de fretamento e turismo nacional.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: As contribuições da ANTTUR foram respondidas no protocolo

2203339.

1.59 Associação das Transportadoras Turísticas do Rio Grande do Sul -Entidade

de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa jurídica

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145

Protocolo: 2203316

Manifesta concordância com as contribuições da ANTTUR e reforça a preposição:

"Propomos que a idade máxima para os veículos M2 seja de sete anos e para os veículos

M3 de 10 anos, sendo até 30% da frota com idade média de 15 anos".

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: As contribuições da ANTTUR foram respondidas no protocolo

2203339.

1.60 Empresa de Turismo Santa Rita Ltda

Operador do serviço de transporte

Pessoa jurídica

Protocolo: 2203326

1.60.1. Sugere alterar os conceitos previstos na norma, considerando que a minuta

propõe a modalidade OPERADOR, que terá mais benefícios do que a

TRANSPORTADORA TURÍSTICA, uma vez que no primeiro caso não é necessário

obter CADASTUR para realização das viagens.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador

turístico, a fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de transportador, foram

incluídas as definições de transportador eventual e transportador contínuo. Ainda, a

definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do Ministério do

Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.

1.60.2. Sugere revisão no capital social exigido na normativa. Justifica que o valor de

R$120.000,00 ainda é baixo se forem considerados os investimentos que são exigidos

para o exercício da atividade de transporte.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,

um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à

medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta

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146

levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota

mínima superior a proposta na minuta.

1.60.3. Sugere instituição de exigência de frota mínima. Justifica que a exigência de

somente um veículo para obtenção do Termo de Autorização não é satisfatória, uma vez

que a ANTT aceita documentação de veículo arrendado e que nesses casos o mesmo

não é de propriedade da empresa, ou seja, nesses casos a empresa não é possuidora de

nenhum veículo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do

empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que

melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a

entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância

com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento

da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas

empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o

pretendido pelo novo regramento.

1.60.4. Sugere a limitação da idade de operação dos veículos, nos mesmos moldes do

que já é praticado por diversos órgãos estaduais e municipais. Justifica que o limite de

idade da frota gera maior segurança para os usuários do serviço visto a modernização

constante dos equipamentos de segurança e menor emissão de poluentes. Segue dizendo

que a restrição impede que a frota que será cadastrada na ANTT seja sucateada, uma

vez que por não poderem circular nos estados e municípios, os proprietários optarão por

cadastrar esses veículos na esfera de jurisdição da ANTT. Acredita também que a

medida inibe o transporte clandestino de passageiros, que na maioria dos casos se utiliza

de veículos antigos, que colocam em risco a segurança dos usuários e de terceiros que

estejam trafegando nas rodovias.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,

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147

que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade

compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua

conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos

apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade

aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do

ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. Portanto, a limitação da idade

máxima em 15 anos foi considerada adequada para o transporte rodoviário interestadual

e internacional de passageiros em regime de fretamento, à medida que promove

renovação gradual da frota utilizada na prestação dos serviços, mas não interfere nas

características de livre concorrência do mercado, bem como na possibilidade do

contratante de escolher entre várias empresas aquela que melhor lhe atenda, inclusive

em relação à oferta de veículos mais novos.

1.60.5. Sugere exclusão da disposição trazida no art. 27, parágrafo primeiro. Justifica

que se a ANTT permite o cadastro de somente um veículo para obtenção do Termo de

Autorização, logo não há como justificar o impedimento de utilização de veículo por

24h, no caso de o mesmo ser substituído numa autorização por caso de avaria ou

acidente. Afirma que se o veículo for impossibilitado por 24h de ser utilizado em razão

de quebra, o operador que só tiver um veículo não terá como proceder. Segue dizendo

que o veículo pode ser reparado pela empresa em menos de 24horas e que a intervenção

não é aceitável em um ramo privado, como é o fretamento.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de

que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT

pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida

ao transportador, o que reforça a autonomia do empresário, o que se pretende é dar

segurança ao passageiro de que foi realizada a devida manutenção no veículo antes de

ser utilizado em nova viagem.

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1.60.6. Sugere esclarecer, em relação à subautorização, se os casos de socorro

configuram essa situação e assegurar a exceção na norma. Justifica visando evitar a

aplicação de multas abusivas às empresas.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo ao Art. 5º para definir que a prestação de

socorro não configura subautorização, desde que a troca do veículo seja comunicada à

ANTT.

1.60.7. Sugere que os múltiplos embarques sejam permitidos em mais de um município

no mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região turística reconhecida pelo

Ministério do Turismo, desde que todos os passageiros e pontos de embarque estejam

contemplados na Autorização de Viagem.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e

que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de

maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da

vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal

condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.

1.60.8. Sugere alteração da disposição do art. 27, § 2º. Justifica que o embarque dos

passageiros é feito de forma “flexível”, por se tratar de contrato firmado entre a empresa

e o contratante, sendo os atrasos tolerados. Afirma que somente após a apresentação de

todos os passageiros é possível verificar inconformidades que possam obrigar o

cancelamento da viagem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito

da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início

da viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade

de cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT.

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1.60.9. Sugere supressão do art.. 28, § 3º. Justifica dizendo que é impossível cumprir a

exigência em função de que os embarques não são feitos em terminais ou na sede da

empresa e que o fretamento é um serviço privado, onde o cliente define o local e horário

para o embarque, em sua maioria no período noturno. Afirma que as empresas não

possuem pessoal ou equipamentos disponíveis para tal comunicação e que a própria

ANTT responde a maioria das demandas extraordinárias ocorridas nos finais de semana

ou feriados somente no dia útil posterior. Segue dizendo que a condição proposta na

minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros.

Caso não seja acatada a solicitação de suprimir a exigência, sugere alterar para a

seguinte redação: §3º Toda alteração manual efetuada superior a 6 até 20% dos

passageiros autorizados inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de

aplicativo próprio ou pelo telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade

operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência

foi retirada.

1.60.10. Com relação à Seção das Vedações, art. 61 e seguintes, sugere incluir a

previsão de uma quilometragem extra para desviar-se do roteiro previamente autorizado

sem que seja necessária a anuência da ANTT. Justifica dizendo que a ANTT só poderá

analisar a solicitação de desvio em dias úteis e muitas vezes o desvio foi efetivado num

final de semana ou feriado, para atendimento de necessidades dos próprios passageiros.

Afirma que um desvio de até 100 km é razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125

km para o passeio local, em veículos do tipo M2.

Apresenta a seguinte sugestão de redação para o Art. 61, item V: “V – desviar-se por

mais de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado na licença de

viagem”.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio

mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de

manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o

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desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do

contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.

1.60.11. Sugere, com relação à identidade visual dos veículos fretados, permitir

diferenciação do layout aprovado para frota no caso de bandas, operadoras de turismo

ou companhias aéreas que envelopam os veículos fretados com exclusividade.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo no art. 43 para permitir a exceção, mediante

comunicação à ANTT dos veículos que utilizarão a caracterização diferenciada, a

pedido do contratante.

1.60.12. Sugere incluir a proibição de que os veículos autorizados para exploração

de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de fretamento.

Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados

pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa

provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de

livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular

de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota

específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam

utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos

atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a

mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve

também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com

relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características

urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.

1.61 Martinho Ferreira de Moura

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Associação Nacional dos Transportadores de Turismo e Fretamento

Pessoa jurídica

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151

Protocolo: 2203339

1.61.1. Sugere observar a nomenclatura, as atividades e serviços referidos nas leis

apresentadas na justificativa. Justifica que vige a Lei Federal nº 11.771, de 17 de

Setembro de 2008, que dispõe sobre os serviços turísticos a serem prestados por

agências de turismo e transportadoras turísticas, conforme disposições dos arts. 27, §3º

e §4º, II e 28, I, II, III e IV com alterações introduzidas pela Lei nº 12.974, de 15 de

maio de 2014.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A minuta adota as nomenclaturas e termos do Ministério do

Turismo, naquilo que se aplica a fretamento turístico.

1.61.2. Sugere que operador seja definido como a pessoa jurídica que possua por objeto

social a prestação de serviço de transporte rodoviário coletivo de passageiros, sobre o

regime interestadual e internacional e transportes turísticos nas modalidades permitidas

em lei. Justifica que parece que a proposta da Resolução ao referir no seu art. 3º, inciso

V, pretendeu definir a pessoa jurídica da agência turística com frota própria, porém

findou por tornar confusa a distinção desta com a do transportador. Segue dizendo que a

operadora, no sentido da agência de turismo que possua frota própria e que não pode

prestar serviços de fretamento contínuo e eventual, conforme disposições da legislação

já citada é aquela pessoa jurídica que tem por objeto social a execução de excursões

interestaduais e internacionais de natureza turística. Finaliza, dizendo que assim,

ficariam respeitados os limites de atuação de cada pessoa jurídica.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A definição de operador foi excluída, visto que a definição do

Ministério do Turismo para o termo não coincide com o pretendido na minuta.

1.61.3. Afirma que o art. 8º deveria dispor sobre o termo de autorização do

transportador e não do operador.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O termo foi corrigido, conforme sugestão.

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152

1.61.4. Com relação ao inciso I, do art. 9º, sugere que o capital corresponda ao número

de veículos exigidos para uma operação adequada, de qualidade e com menos riscos.

Sugere o valor de R$500.000,00 (quinhentos mil reais) integralizados.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,

um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à

medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta

levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota

mínima superior a proposta na minuta.

1.61.5. Sugere exigir, pelo menos, frota mínima de três veículos. Justifica pelas razões

já expostas a respeito do capital social e favor da segurança dos passageiros, pensando

nas substituições dos veículos por defeitos mecânicos e em viagem e todo e qualquer

outro acontecimento imprevisível.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A diminuição da frota mínima permite a entrada e apoia a

legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância com as diversas

politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento da frota mínima,

elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas empresas no mercado

de transporte interestadual e internacional, o que não é o pretendido pelo novo

regramento.

1.61.6. Sugere estabelecer idade máxima para os veículos M2 de sete anos e para os

veículos M3 de 10 anos, com até 30% da frota com idade média de 15 anos.

Justifica que municípios e estados, exigem em suas regulamentações limitação de idade

para a frota tanto no serviço regular quanto no serviço sob regime de fretamento.

Entendem que a ANTT deveria adotar o mesmo princípio, pois as viagens interestaduais

e internacionais, muitas vezes possuem longas distancias a serem percorridas e

requerem maiores exigências para operação.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

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JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo

no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a

prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade.

Cabe ressaltar, ainda, que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que

“...a atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das

instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”.

Veículos mais novos apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de

segurança, acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, ambientais com

motores mais eficientes do ponto de vista energético e de consumo de combustíveis.

No entanto, a limitação da idade máxima dos veículos foi estabelecida em 15 anos, por

ser considerada adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros em regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da

frota utilizada na prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre

concorrência do mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre

várias empresas aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos

mais novos.

1.61.7. Sugere exigir do transportador garagem equipada para guarda, manutenção e

conservação da frota, em prédio próprio ou arrendado.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Não se pretende regular as características de garagem das empresas

que atuam no serviço fretado, sendo tal exigência aplicada somente ao serviço regular.

A manutenção e conservação da frota dos veículos utilizados no transporte rodoviário

interestadual e internacional de passageiros, em regime de fretamento, serão

comprovadas por meio de inspeção técnica veicular anual.

1.61.8. Declara inconformismo com o pagamento da taxa de fiscalização por não

corresponder a nenhum serviço prestado que será questionado na via adequada.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: A taxa de fiscalização foi instituída pela Lei nº 12.996, de 18 de

junho de 2014, que já estabeleceu o valor a ser cobrado. A natureza da taxa, o valor

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estabelecido e critérios de proporcionalidade serão tratados em resolução específica, e,

portanto, não são escopos da Audiência Pública nº 14/2014.

1.61.9. Sugere supressão do §2º do art. 10 por não ter aplicação. Justifica que tal

hipótese só seria possível, caso o arrendamento ou leasing não estivesse inscrito no

registro competente. Questiona o que seria então o disposto pelo §2º, penhora,

indisponibilidade, qualquer outro tipo gravame contratual, legal, ou judicial, que não se

contivesse no §1º. Afirma que não parece ser esta a intenção do dispositivo, pois o

arrendamento ou leasing só deverá ser aceito e realizado por entidades oficiais do

sistema bancário, como acontece na realidade, impedindo-se o arrendamento ou a

locação de bens inservíveis ou não de outras empresas.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação do §2º foi alterada, com o objetivo de esclarecer que a

anuência é necessária apenas em casos de restrição judicial.

1.61.10. Sugere juntar os arts. 19 e 20 e propõe a seguinte redação: “A localidade

de origem constante da licença de viagem emitida observará o endereço do embarque

inicial dos passageiros, sendo permitido o referido embarque ao longo de mais de um

município do mesmo estado e em situações especiais, devidamente comprovadas em

municípios de estados diversos, desde que os passageiros constem da lista de viagem

em ambas as situações.”

Justifica que a redação como apresentada na minuta, descaracteriza o transporte

eventual previsto no art. 28, IV da Lei 11.771/2008 e o próprio fretamento contínuo em

situações especiais e onde a Lei não restringe em homenagem ao principio da legalidade

insculpido no art. 5º, II, da Constituição Federal, não é lícito ao interprete fazê-lo, pois

todas as espécies de transporte tratadas nesta resolução enfrentam situações contratuais,

que estão fora dos limites das regiões metropolitanas e é preciso racionalizar os serviços

com observância que são serviços privados. Finaliza dizendo que ou modifica-se, ou

suprime-se.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O art. 19 foi excluído por conflitar com o art. 20. Esse teve sua

redação alterada com o objetivo de permitir embarques em mais de um município, desde

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que integrantes do estado de origem do roteiro e excetuadas as viagens excepcionais

descritas no art. 29, inciso I. A autorização para embarque em estados diferentes não foi

considerada possível, porque caracterizaria a criação de “seções” dentro de uma licença

de viagem para fretamento.

1.61.11. Sugere supressão do art. 27 em seus incisos I, II, III e IV, pois é

impossível requerer previamente alterações previstas para uma viagem que já está sendo

realizada e após o horário indicado, essa alteração não será mais prévia.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A expressão “previamente” foi incluída de maneira equivocada e,

por isso, suprimida, sendo mantida a obrigação de comunicar as ocorrências à ANTT.

1.61.12. Sugere supressão do §1º do art. 27, pois tal qual o avião, quando existir

uma substituição do veículo por avaria e esta puder ser prontamente resolvida, por

questão de racionalização da frota e dos serviços, nada impede que o veículo seja

utilizado depois de liberado pela manutenção da empresa para outra viagem sem

qualquer restrição.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de

que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT

pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida

ao transportador, o que se pretende é dar segurança ao passageiro de que foi realizada a

devida manutenção no veículo antes de ser utilizado em nova viagem.

1.61.13. Quanto ao §2º do art. 27 sugere-se a supressão ou aumentar o prazo para

60 minutos.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando o recebimento de outras contribuições, a respeito da

impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início da

viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade de

cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT, que será

realizada no dia útil subsequente à solicitação.

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1.61.14. Sugere supressão do §3º do art. 28, pois é operacionalmente difícil de ser

atendido e obrigaria a empresa a manter um funcionário 24 horas a disposição para

operacionalizar o registro no sistema. Justifica que grande parte das transportadoras não

tem funcionários a disposição 24horas dispondo da senha de acesso.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade

operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência

foi retirada.

1.61.15. Sugere aprimorar a redação do inciso II do art. 30, para adequá-la à

realidade do mercado, pois viagens por grupos específicos, em casamentos, funerais,

festividades em trechos curtos de menos de 80km, cujo tempo de percurso é muito

menor do que as duas horas não é razoável observar o prazo previsto no inciso I, letra a.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O tempo de permanência no destino foi revisto com a intenção de

diminuir a interferência na operação. Assim, foi retirada a exigência de permanência

mínima de quatro horas, sendo mantido apenas o tempo de permanência no destino

igual ao tempo do deslocamento de ida. Cabe ressaltar que o transportador pode indicar

no roteiro de viagem permanência no destino inferior à regra, sendo a diferença

contabilizada após o término da viagem, para cálculo de liberação do veículo para a

próxima viagem. Por fim, ainda há parágrafo prevendo a liberação do veículo de

maneira antecipada, quando for apresentada declaração pelo transportador, o que reforça

a autonomia do empresário na programação dos seus roteiros.

1.61.16. As letras “b” e “c” e o inciso II poderão ser inobservadas para nova

viagem em tempo inferior ao estabelecido, mediante apresentação justificada por parte

da empresa, o que ensejaria uma redação conforme para o parágrafo único.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando que parágrafo único se trata de exceção às regras

impostas pelos incisos anteriores, não foi identificada necessidade de adequação da

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redação. Como não foi apresentada sugestão para nova redação, restou prejudicada a

análise da contribuição.

1.61.17. Sugere que o art. 41, inciso I, tenha a sua limitação de quilometragem por

trecho, nos traslados na base de 125km por trecho, a exemplo passeio local e do

fretamento continuo.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Foram utilizados novos parâmetros para definição de

quilometragem mais adequada. Inicialmente, a utilização de dupla de motoristas não é

aceitável para os veículos do tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o

descanso do segundo motorista durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi

considerada a jornada de trabalho padrão do motorista profissional, estabelecida pela

legislação trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito) horas.

Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação

Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação

dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O

cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza

valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação

Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.

Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além

de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por

tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:

Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)

Duplicada 67,88

Pavimentada 67,21

Implantada 49,28

Leito Natural 48,36

Travessia 19,45

Acesso 29,99

Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os

trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de

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fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser

compartilhada por ambos os serviços.

Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,

por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da

maioria dos trechos.

Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem

máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com

apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.

Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos

conforme a quilometragem máxima obtida.

1.61.18. Sugere que o art. 61, item V, possibilite o desvio do roteiro original pelo

menos em 20% (vinte por cento) para melhor aproveitamento da viagem e seus

entornos.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio

mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de

manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o

desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do

contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.

1.62 Augusto Cesar Bezerra de Carvalho

Operador do serviço de transporte

Pessoa jurídica

Transstylus viagens e turismo

Protocolo: 2203351

Solicita regulamentação do veiculo tipo van para realização de viagens interestaduais.

Justifica que no ramo do turismo há vários tipos de grupo de viajantes, entre eles os

grupos menores entre cinco e 10 pessoas, que preferem ser atendidos por um veiculo

com capacidade para 14 pessoas, que possuem as mesmas características de um micro-

ônibus com capacidade para 27 pessoas. Afirma que a atual proibição de circular entre

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estados com esse tipo de veiculo dificulta a qualidade e o relacionamento com o cliente,

que não entende porque não pode escolher que tipo de veículo utilizar e se propõe a

utilizar veículo de outra empresa, que não é regularizada e não tem as mesmas despesas

da empresa que cumpre com todas as exigências.

RESPOSTA: Esclarecimento

JUSTIFICATIVA: Atualmente, a utilização de veículos do tipo M2 não é permitida no

transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em regime de

fretamento, no entanto, o novo regramento pretende admitir veículos do tipo M2 –

Micro-ônibus no cadastro, conforme sugestão.

1.63 Marcos Antonio Carvalho Lucas

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa jurídica

AVIESP

Protocolo: 2203363

1.63.1. Com relação ao art. 11, sugere definir o que se entende por impeditivo. Justifica

que na prática a ANTT assim define multas que estão em grau de discussão judicial, o

que fere a Lei Maior, bem como os princípios constitucionais que garantem a livre

iniciativa. Assim, sugere que se uma multa lavrada estiver em discussão judicial ela não

deverá ser considerada impeditiva para fins de pleitos administrativos na ANTT.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Cumpre esclarecer que os débitos impeditivos são referentes às

multas de prestação de serviço aplicadas pela ANTT ou seus conveniados, sobre as

quais não cabe mais recurso administrativo por parte do transportador. Para evitar a

interpretação subjetiva, o termo “débitos impeditivos” foi substituído por “multas

impeditivas”.

1.63.2. Com relação ao art. 12, sugere melhor definição do procedimento. Afirma que,

pela redação do art. 12, entendeu que a ANTT pretende propiciar emissão de Licença de

Viagem em consulta on line com os órgãos públicos que detém controle sobre o CRLV,

Laudo INMETRO e Seguro RCO dos veículos. No entanto, apresenta receio de que em

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consulta não realizada por problemas os quais as empresas não possam intervir (site fora

do ar ou falta de renovação de CRLV porque cada Estado da federação tem um prazo de

licenciamento, entre outros) tenha-se negada expedição de Licença de Viagem por este

motivo.

RESPOSTA: Esclarecimento.

JUSTIFICATIVA: Se houver instabilidade de sistema, o transportador poderá realizar

a viagem mediante procedimento alternativo descrito no art. 23, §2º.

1.63.3. Com relação ao art. 16, sugere suprimir a parte final do texto do inciso I.

Justifica que as Agências de Turismo com frota própria tem CNAE principal o de

numero 79.11.2.00-Agência de Viagens e a inserção do CNAE exigido no texto da

Resolução pretendida pode prejudicar a permanência da Agência de Turismo no

SIMPLES NACIONAL por incompatibilidade de objeto social, provocando o

desenquadramento pela Receita Federal.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: A classe 7911-2 (AGÊNCIAS DE VIAGENS) não garante

que a empresa possua frota própria e vá prestar o serviço de transporte ela mesma e não

por intermédio de terceiros. Para que a Agência de Viagem possa realizar serviço de

transporte interestadual ou internacional, deverá incluir em seu cadastro do CNPJ a

atividade 4929-9/04 (ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS

RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E

INTERNACIONAL), cuja descrição garante a prestação direta do serviço de transporte.

No entanto, tal entendimento não enseja revisão da minuta, uma vez que o normativo

propõe apenas que haja compatibilidade entre o ramo de atuação da empresa e o serviço

regulado pela Agência, de maneira que qualquer atividade econômica cuja relação possa

ser identificada será aceita para fins de cadastro.

1.63.4. Sugere a supressão do inciso VI, do art. 16. Justifica que a certidão exigida é

inexistente na maioria das cidades do interior de SP, cuja comprovação citada está

inclusa na certidão exigida no inciso V.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

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161

JUSTIFICATIVA: Se houver a indicação de que uma certidão é referente a débitos

que seriam discriminados em outra, ela será aceita em substituição. No entanto, não é

possível suprimir o inciso, porque quando as certidões forem distintas, ambas devem ser

enviadas.

1.63.5. Sugere suprimir ambos os parágrafos do art. 27. Justifica que ao tornar

indisponível o veículo avariado por 24 horas, a ANTT pune duplamente a empresa

envolvida, que certamente já teve que fretar outro ônibus, mas conseguiu consertar seu

ônibus/van dentro de prazo menor e pode assim realizar outra viagem.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de

que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT

pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida

ao transportador, o que se pretende é dar segurança ao passageiro de que foi realizada a

devida manutenção no veículo antes de ser utilizado em nova viagem. Porém, não é

possível permitir o cancelamento a qualquer tempo, de maneira a liberar o veículo

automaticamente, mas considerando o recebimento de outras contribuições, a respeito

da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início

da viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade

de cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT.

1.63.6. Sugere suprimir o §3º, do art. 28. Justifica ser praticamente impossível cumprir

esse prazo quando se tratar de viagem realizada durante o período noturno

principalmente, pois há que se considerar o deslocamento e possibilidade de acesso a

Internet na estrada ou pelo pessoal administrativo da empresa.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito

da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da

viagem, a exigência foi retirada.

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1.63.7. Com relação ao art. 37, parágrafo único, sugere passar a data limite da vistoria

semestral para 15 anos, Justifica que com essa idade a maioria dos ônibus ainda é nova

o bastante para se submeter à vistoria semestral, que representa elevado custo às

pequenas empresas.

RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais

contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica

veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança

necessárias à prestação do serviço, independente da idade ou do tipo de veículo.

1.63.8. Com relação aos arts. 52 e 55, sugere reduzir os prazos para 30 dias corridos.

RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O prazo indicado na minuta é máximo e não significa que a análise

utilizará todo o período indicado. É prudente que o prazo de análise seja mantido em 45

dias úteis, para que em períodos de pico de demanda não ocorra o seu descumprimento.

Com relação ao envio da documentação com antecedência de 90 dias do vencimento,

ela se mostra fundamental e inclusive dá maior segurança à empresa, visto que o

cadastro do Termo de Autorização terá validade de três anos e que não haverá mais um

documento provisório para cobrir o período em que o pleito está em análise pela

Diretoria Colegiada. Assim, os 90 dias não se referem apenas à análise da ANTT, mas

também a análise da Diretoria Colegiada e o prazo para publicação no Diário Oficial da

União.

1.64 Tiago Freitas

Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte

Pessoa jurídica

Organização das Cooperativas Brasileiras

Protocolo: 2203376

Sugere que sejam criadas categorias também para passageiros, a exemplo da Resolução

nº 3.056/2009, sendo proposto o seguinte:

• CTP – Cooperativa de Transporte de Passageiros

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Para concessão da autorização junto a ANTT será obrigatório:

I. Requerimento assinado pelo Presidente da Cooperativa;

II. Apresentação de documentos comprovando registro e regularidade junto às

Unidades Estaduais que compõem o Sistema OCB;

III. Cópia autenticada da ATA da Assembleia Geral de Constituição;

IV. Cópia autenticada da ATA da Assembleia Geral que elegeu a atual Diretoria;

V. Cópia autenticada do Estatuto Social Vigente, com objeto social compatível com

a atividade de transporte rodoviário coletivo interestadual ou internacional de

passageiros, em regime turístico ou de fretamento;

VI. Comprovação de Capital Social integralizado, sendo de no mínimo cem mil

reais, devidamente registrado na forma da lei;

VII. Prova de Regularidade Fiscal, perante ANTT;

VIII. Certificado de Cadastro no Ministério do Turismo; Parágrafo único. Está

dispensada de apresentar o disposto no inciso III, a transportadora que não prestará o

serviço de transporte rodoviário interestadual ou internacional de passageiros realizado

em regime de...

• ETP – Empresa de Transporte de Passageiros

A mensagem foi recebida de maneira incompleta.

RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.

JUSTIFICATIVA: O cadastramento de cooperativa já é permitido atualmente, tanto

que o art. 9º prevê envio de estatuto social. Esta Agência entende que ao exigir o envio

de documentos de eleição e posse de seus administradores, subentende-se que, em casos

de cooperativa, deverão ser encaminhadas as atas descritas na contribuição, a fim de

comprovar a legitimidade de seus representantes e que não há necessidade de explicitar

ou diferenciar a documentação relativa às cooperativas no texto.

Considerando que a mensagem veio incompleta, a contribuição relativa à ETP não pode

ser analisada.