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ANEXO I
Consolidação das manifestações recebidas por meio eletrônico durante a Audiência
Pública nº 14/2014, referente à minuta de Resolução que regulamenta a prestação do
serviço de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, sob o
regime de fretamento.
PARTE 1 – Manifestações recebidas por meio eletrônico (63 manifestações)
1.1 Sr. Aluizio Carvalho
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa Jurídica
Coopertur - Cooperativa Transp. Turístico Loc. Fretamento e Serviços do Estado
de Pernambuco
Protocolo: 2132783
1.1.1 Sugere que o cadastro para registro e circulação dos veículos tipo M2 considere
a região em que a empresa está inserida, verificada por meio do Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica – CNPJ, permitindo a regularização da utilização desse tipo de veículo.
Justifica dizendo que a Região Nordeste possui litoral extenso, muito explorado pelo
turismo nacional e estrangeiro, que muitas pessoas tem sua renda atrelada ao trabalho
com Turismo de Lazer, Eventos e Negócios e que limitar a circulação entre os estados
“circunvizinhos” trará prejuízos incalculáveis.
Além disso, acredita que a aprovação da minuta de Resolução em seu texto original
acarretará a devolução dos veículos do tipo M2, promovendo desemprego,
endividamento, entre outros transtornos.
Informa que os micro-ônibus são modernos, com freios ABS, cintos de segurança,
poltronas executivas nos mesmos moldes dos ônibus, corredores entre bancos, porta
pacotes internos, maleiro sob as bancadas para as bagagens, tv/dvd, entre outras
funcionalidades e que foi apresentado um Laudo Técnico de Ensaios realizados pela
Renault Brasil na Sessão Pública realizada em Recife/PE.
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RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins dessa Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do
tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros, em regime de fretamento, não sendo correto afirmar que a minuta de
Resolução será a responsável pelos prejuízos socioeconômicos citados na contribuição,
quando, na verdade, ela pretende regularizar o uso de veículos que hoje são utilizados
de maneira irregular.
Em um primeiro momento, a proposta é permitir que tais veículos sejam utilizados
somente na prestação de serviço de fretamento contínuo e de fretamento turístico, nas
modalidades traslado ou passeio local. Tais serviços foram escolhidos porque não
incluem pernoite e, em geral, percorrem distâncias menores, com número reduzido de
passageiros ou sem a presença de bagagem. Assim, será promovida a entrada gradual de
veículos do tipo Micro-ônibus no mercado interestadual e internacional.
Sobre utilizar as características regionais onde a empresa está inserida, entendemos que
a Resolução possui abrangência nacional e que suas regras devem ter aplicabilidade
genérica, não sendo desejável regular de maneira diferente para cada região do país.
1.1.2 Sugere que seja revisto o valor da taxa de registro e inclusão de veículos do tipo
M2 no cadastro da ANTT no valor de R$ 1800,00, por veículo, a partir de 2015.
Justifica dizendo que existem outras despesas, tais como IPVA, Licenciamento, Seguro
Obrigatório, Seguro de Passageiros de Responsabilidade Civil, Seguro Total, além de
outras Taxas, Impostos, Encargos, Pneus, manutenções, GPS interligado a ANTT e que
não está sendo concedido o direito à circulação nas mesmas condições dos ônibus ou,
pelo menos, o mais próximo possível.
Segue dizendo que os custos para as categorias menos favorecidas são iguais aos de
grandes empresários de ônibus, ao invés de proporcionais e que as grandes empresas de
ônibus ainda possuem incentivos fiscais, tais como redução de IPI, ICMS, ISS, IPVA,
combustíveis, entre outros benefícios concedidos pelos poder público.
RESPOSTA: contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A taxa de fiscalização foi instituída pela Lei nº 12.996, de 18 de
junho de 2014, que já estabeleceu o valor a ser cobrado. Portanto, a alteração do valor
estabelecido não é escopo da Audiência Pública nº 14/2014.
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1.2 Empresa: Expresso Nossa Senhora de Fátima LTDA
Trabalhador do setor
Pessoa jurídica
Protocolo: 2132809
1.2.1 Solicita esclarecimento a respeito do Art. 41, Seção III, Dos Veículos. Pergunta
se os veículos acima de 10 anos, mesmo com Laudo de Inspeção Técnica semestral,
poderão fazer viagens com distâncias acima de 250 km.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A minuta de Resolução não estabelece vida útil para os veículos,
apenas cita a obrigatoriedade de que veículos com mais de 10 anos se submetam a
inspeção técnica semestral. Veículos do tipo M3 – ônibus poderão ser utilizados em
todos os tipos de viagem, independente da distância percorrida no roteiro ou da idade. A
restrição de quilometragem tratada no art. 41 se refere apenas a veículos do tipo M2 –
Micro-ônibus, a quem serão impostas restrições de quilometragem, mas também não
limita a idade do veículo.
1.2.2 Pergunta se o governo abrirá uma linha de credito para compra de ônibus novos
com juros mais baixos.
RESPOSTA: contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A definição das linhas de crédito para concessão de financiamento
de veículos não é da competência da Agência Nacional de Transportes Terrestres, logo
também não é escopo da Audiência Pública nº 14/2014.
1.3 Sr. Carlos André
Usuário do serviço de transporte
Pessoa física
Protocolo: 2164369
Não concorda com a obrigatoriedade de adaptação dos veículos com data de fabricação
entre 1999 e 2008.
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Justifica dizendo que no segmento de fretamento o contratante tem a liberdade de
contratar o veículo com as características que desejar, sendo assim os empresários tem o
direito de também ofertar ao mercado veículos que não possuam as características
exigidas pelas normas de acessibilidade.
Segue dizendo que as empresas devem oferecer segurança aos passageiros e que não é
aceitável que a ANTT obrigue as empresas a realizar adaptações em veículos que já
estão de acordo com as normas atuais de acessibilidade.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A exigência da acessibilidade dos serviços de transporte coletivo
rodoviário de passageiros foi determinada pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de
2004. Ainda, o mesmo Decreto estabeleceu que a frota de veículos de transporte
coletivo rodoviário e a infraestrutura dos serviços deste transporte deveriam estar
totalmente acessíveis desde 2 de dezembro de 2014 e que as normas técnicas para
adaptação dos veículos, de forma a torna-los acessíveis, seriam elaboradas pelas
instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial. Logo, não é escopo da regulamentação em tela, nem pode esta
Agência determinar a dispensa de adaptação de veículos com base no ano de fabricação,
cabendo apenas à entidade competente determinar a impossibilidade de adaptação de
determinados veículos. Sobre o assunto, o INMETRO editou a Portaria nº 168, de 5 de
junho de 2008, que estabeleceu em seu art. 4º, parágrafo único, que as adaptações de
acessibilidade se aplicam a todos os veículos cujas carroçarias foram fabricadas entre
janeiro de 1999 e dezembro de 2008.
1.4 Sr. João Fernandes Caldas
Usuário do serviço de transporte
Pessoa física
Protocolo: 2164392
Apoia a regularização da prestação do serviço de transporte rodoviário coletivo
interestadual em veículos M2 e solicita que não haja limite de quilometragem para a
operação dos veículos do tipo M2.
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Justifica que os veículos do tipo M2 tem sua fabricação dentro dos padrões de
segurança, conforme homologação do CONTRAN e que a segurança é garantida com a
utilização de motoristas habilitados e veículos com equipamentos em perfeito estado de
funcionamento e conservação.
Pondera que grupos pequenos devem ter a opção de contratar um veículo de pequeno
porte, conforme sua necessidade.
Ainda que, de acordo com a distância a ser percorrida, poderá ser realizada parada
obrigatória a cada 02 (duas) horas, com 30 minutos de descanso para o motorista e que
poderão se utilizar dos mesmos pontos de apoio que os veículos do tipo M3 ao longo de
seus itinerários.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do
tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir
veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro, conforme sugestão. No entanto, em
um primeiro momento, a proposta é permitir que tais veículos sejam utilizados somente
na prestação de serviço de fretamento contínuo e de fretamento turístico, nas
modalidades traslado ou passeio local. Tais serviços foram escolhidos porque não
incluem pernoite e, em geral, percorrem distâncias menores, com número reduzido de
passageiros ou sem a presença de bagagem. Assim, será promovida a entrada gradual de
veículos do tipo Micro-ônibus no mercado interestadual e internacional. Porém, foram
recebidas contribuições questionando que a quilometragem máxima estabelecida é
considerada insuficiente para operação dos serviços elegidos.
Portanto, foram utilizados novos parâmetros para definição de quilometragem mais
adequada. Inicialmente, a utilização de dupla de motoristas não é aceitável para os
veículos do tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do
segundo motorista durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a
jornada de trabalho padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação
trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito) horas.
Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação
dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O
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cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza
valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação
Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.
Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além
de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por
tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços.
Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,
por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da
maioria dos trechos.
Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem
máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com
apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.
Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos
conforme a quilometragem máxima obtida.
1.5 Sra. Leize Silveira
Poder Público
Pessoa física
Protocolo: 2164416
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Sugere inclusão de inciso e parágrafo no Art. 61, com a seguinte redação:
XX - transportar produtos que configurem tráfico de drogas e de entorpecentes,
contrabando ou descaminho;
Parágrafo único – As bagagens não identificadas, encomendas e mercadorias são de
responsabilidade do transportador, inclusive quanto a sua licitude.
Justifica afirmando que são encaminhadas anualmente pela Receita Federal, centenas de
representações fiscais relacionadas ao transporte de mercadorias amparadas pela
seguinte legislação:
Art. 36. Os serviços especiais previstos nos incisos I e II do caput do art. 35 têm caráter
ocasional, só podendo ser prestados em circuito fechado, sem implicar o
estabelecimento de serviços regulares ou permanentes e dependem de autorização da
Agência Nacional de Transportes Terrestres, independentemente de licitação,
observadas, quando for o caso, as normas dos tratados, convenções e acordos
internacionais, enquanto vincularem a República Federativa do Brasil. (Redação dada
pelo Decreto nº 8.083, de 2013)
§ 1º Para os serviços previstos nos incisos I e II do artigo anterior, não poderão ser
praticadas vendas de passagens e emissões de passagens individuais, nem a captação ou
o desembarque de passageiros no itinerário, vedadas, igualmente, a utilização de
terminais rodoviários nos pontos extremos e no percurso da viagem, e o transporte de
encomendas ou mercadorias que caracterizem a prática de comércio, nos veículos
utilizados na respectiva prestação.
Art. 747. “O transportador deverá obrigatoriamente recusar a coisa cujo transporte ou
comercialização não sejam permitidos, ou que venha desacompanhada dos documentos
exigidos por lei ou regulamentos”. (Código Civil)
Súmula 64 que dispõe: “É permitido trazer do estrangeiro, como bagagem, objetos de
uso pessoal e doméstico, desde que, por sua quantidade e natureza, não induzam
finalidade comercial.” (Supremo Tribunal Federal)
Art. 75. Aplica-se a multa de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) ao transportador, de
passageiros ou de carga, em viagem doméstica ou internacional que transportar
mercadoria sujeita a pena de perdimento:
[...]
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§ 8o A Secretaria da Receita Federal deverá representar o transportador que incorrer na
infração prevista no caput ou que seja submetido à aplicação da pena de perdimento de
veículo à autoridade competente para fiscalizar o transporte terrestre. (Lei nº
10.833/2003)
Art. 9º Havendo decisão definitiva, na esfera administrativa, do processo relativo à
aplicação da multa referida no art. 7º ou da pena de perdimento do veículo, o titular da
unidade da SRF responsável pela ação fiscal deverá encaminhar, diretamente à Agência
Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), representação contra o transportador, para
adoção das providências de sua alçada. Parágrafo único. A representação à ANTT
deverá ser instruída com cópia do auto de infração, da descrição pormenorizada dos
fatos e dos demais documentos comprobatórios da prática do ilícito. (Instrução
Normativa SRF nº 366/2003)
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins dessa Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O inciso X foi incluído no rol de vedações, conforme sugerido.
O parágrafo único já está contemplado no art. 51, que impõe a responsabilidade ao
transportador de maneira genérica, ao afirmar que todas as bagagens não identificadas
serão de responsabilidade do transportador. Entendemos que a afirmação genérica
abrange todas as bagagens não identificadas, com conteúdo lícito ou ilícito e que não
convém citar encomenda e mercadoria, já que o transporte, que caracteriza tráfico de
drogas e de entorpecentes, contrabando ou descaminho de produtos, é vedado. As
demais correções apontadas diretamente na minuta foram acatadas.
1.6 Sr. Raul Girão
Trabalhador do setor
Pessoa física
Protocolo: 2164438
Com relação ao Capítulo III, seção III – Dos Veículos, solicita estabelecer idade
máxima para cadastro e utilização do Veículo.
Justificativa dizendo que, por conta de uma idade média relativamente alta da frota de
ônibus, o Brasil perde oportunidades econômicas, sociais e ambientais que impactam no
seu desenvolvimento. Afirma que diversos estados que já licitaram seu sistema,
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determinaram como requisito básico uma idade média abaixo de oito anos. Segue
dizendo que veículos velhos consomem mais combustíveis, poluem o ambiente e
tornam-se perigosos e propícios a acidentes.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade.
Cabe ressaltar, ainda, que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que
“...a atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das
instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”.
Veículos mais novos apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de
segurança, acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, ambientais com
motores mais eficientes do ponto de vista energético e de consumo de combustíveis.
Assim, foi incluída a limitação da idade máxima dos veículos em 15 anos, considerada
adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em
regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na
prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do
mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas
aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.
1.7 Sr. Raul Girão
Trabalhador do setor
Pessoa física
Protocolo: 2164450
Com relação ao Capítulo VII – Disposições Finais e Transitórias solicita dispor na
resolução de dispositivos que alertem e orientem o transporte de trabalhadores.
Justificativa dizendo que nas viagens especiais para transporte de trabalhadores é
recomendado que a empresa porte, durante toda a viagem, a certidão liberatória emitida
pela Delegacia Regional do Trabalho, que pode ser alvo de fiscalização do Ministério
do Trabalho e gerar autuação.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
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JUSTIFICATIVA: A exigência de porte da Certidão Declaratória de Transporte de
Trabalhadores – CDTT, decorre de determinação das Instruções Normativas nº 76/2009
e 90/2011, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e
Emprego. Tal regulamentação foge à competência da ANTT e a sua observância por
parte do transportador já está ressaltada no Art. 4º da minuta, quando se explicita a
necessidade de observar “as demais legislações pertinentes”.
1.8 Sr. Raul Girão
Trabalhador do setor
Pessoa física
Protocolo: 2164479
Com relação ao Capítulo III – Da Operação do Serviço, solicita fazer constar exigência
do esquema operacional da viagem, que consistem em conjunto de atributos
característicos da operação de transporte de uma determinada linha, inclusive de sua
infraestrutura de apoio e das rodovias utilizadas em seu percurso, composto da reunião
das seguintes informações: a) identificação da linha; b) identificação da empresa
transportadora; c) identificação das finalidades dos pontos de parada e de apoio; d)
determinação dos parâmetros operacionais da linha, tempo de viagem, extensão total da
linha e velocidade de percurso; e) indicação do itinerário da linha, com identificação dos
pontos terminais, pontos de seção e pontos de parada e de apoio; f) distância entre os
pontos identificados no itinerário da linha e dos acessos, quando houver; g) tipo de piso
físico das rodovias e acessos que compõem o percurso da linha; e h) tempo decorrido
em cada etapa de viagem, em ambos os sentidos.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O fretamento possui caráter ocasional e não constitui uma linha,
logo não utiliza terminais, nem se subdivide em seções. Da mesma maneira, não possui
pontos de parada e de apoio pré-determinados, podendo ser adaptados conforme a
necessidade do contratante. O cálculo da extensão total e velocidade do percurso são
realizados automaticamente quando da liberação da licença de viagem, com a finalidade
de determinar o prazo para liberação do veículo para a próxima viagem. Pelo exposto,
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entende-se que a exigência de esquema operacional é pertinente apenas ao transporte
regular de passageiros, não sendo aplicável ao transporte fretado de passageiros.
1.9 Sr. Raul Girão
Trabalhador do setor
Pessoa física
Protocolo: 2164499
A respeito do Capítulo III – Da Operação do Serviço, solicita permitir alteração de
qualquer natureza e sem restrição da quantidade necessária dos dados indicados na
licença, devendo ser respeitado o limite de 1 hora do início da viagem.
Justificativa dizendo que a medida de flexibilização permite que a empresa autorizatária
possa tratar das mais diversas demandas dos usuários.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando o caráter eventual do serviço de fretamento,
entendemos que é possível conhecer a relação de passageiros em momento anterior à
viagem, não sendo necessário realizar a alteração da totalidade do documento. Ainda,
com base em outras contribuições sobre o mesmo tema, foi evidenciado que a maior
dificuldade seria enviar a lista de passageiros no prazo de uma hora do início da viagem
e não o cumprimento de um limite de alterações.
1.10 Sr. José Vicente Calobrizi Ferreira
SINFRETIBA
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Protocolo: 2164512
1.10.1 Solicita aprimorar a diferenciação entre o transporte turístico do eventual (art.3º,
I e II).
Apresenta como sugestão ao texto a exclusão de transportadora turística, o texto final
ficaria somente com a conceituação para Transporte Turístico, o qual é o serviço
prestado por operador autorizado para deslocamentos de pessoas em circuito fechado
em caráter ocasional, com relação de passageiro, etc., conforme restante do texto do
inciso I do art. 3º da proposta. Quanto à conceituação de operador sugere incluir a
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obrigatoriedade no objeto social da empresa na junta comercial da descrição do CNAE
de fretamento, ou seja, 49.29.9-02.
Justifica dizendo que a norma não esta muito clara na diferenciação, especialmente
quando coloca que o operador pode organizar excursões (art. 3º, V), porque as
excursões são prerrogativa de quem opera atividade turística. Segue dizendo que, dessa
maneira a norma permitiria que não se cumprisse o regulamento especifico, expedido
pelo Ministério do Turismo, contrariando também o próprio art. 42 da Minuta.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador
turístico e não excluído, por entendermos que é importante para a compreensão da
Resolução. No entanto, a fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de
transportador, foram incluídas as definições de transportador eventual e transportador
contínuo. Ainda, a definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do
Ministério do Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.
1.10.2 Sugere a exclusão da definição de passeio local.
Justifica dizendo que não há necessidade de esclarecer o que é passeio local, porque
fretamentos eventuais e turísticos poderão fazê-lo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Por se tratar de modalidade definida pelo Ministério do Turismo,
apenas transportadores turísticos poderão realizar passeio local, portanto, fica mantida a
definição de passeio local.
1.10.3 Com relação ao art. 3º, item 10, para “transporte próprio”, sugere a seguinte
redação: aquele realizado sem fins comerciais e sem ônus para o passageiro, desde que
comprovadamente os passageiros sejam vinculados a empresa transportadora e estejam
sendo transportados em veículos próprios da mesma com registro junto a ANTT.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins dessa Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A exigência de vínculo foi considerada pertinente para a definição
do conceito. A redação foi alterada no sentido de exigir vínculo empregatício ou
familiar do passageiro com a transportadora. O transporte próprio engloba transportador
não cadastrado, por isso não é possível exigir o registro junto à ANTT.
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1.10.4 Com relação à subautorização sugere permanecer o parágrafo 2º e a retirada por
completo do parágrafo 3º do art. 5º.
Justifica que o § 3º do art. 5º repete o segundo, acrescentando apenas “regime de
fretamento” e que o fretamento não pode ser tratado de forma diferenciada ao transporte
turístico, mais precisamente em relação ao art. 3º, itens 1 e 4 como estavam pensando
em fazer e já exposto anteriormente com sugestão de exclusão de qualquer conceito que
leve a interpretação em uma resolução de fretamento tratar transporte turístico
diferenciadamente.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: o §3º do art. 5º da minuta define a subautorização e não repete o
anterior. Cumpre esclarecer que “regime de fretamento” engloba todos os tipos de
serviço: eventual, turístico e contínuo, ou seja, o transporte turístico é uma das formas
de fretamento, conforme definido no Art. 2º da minuta.
1.10.5 Pelo mesmo argumento apresentado no item anterior, sugere excluir o art. 7º e
inserir no art. 6º a palavra continuo, além do turístico e eventual.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A Licença de Viagem do fretamento contínuo possui características
diferentes da Licença de Viagem para os fretamentos eventual e turístico. Para melhor
compreensão optou-se por descrever as licenças de viagem em artigos distintos.
1.10.6 No art. 8º sugere que a vigência do cadastro da empresa junto a ANTT deveria
ser de 4 anos.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O cadastro atualmente é de dois anos e a experiência demonstrou
que não há necessidade de atualizar toda a documentação nesse período. Embora tenha
se verificado que o prazo poderia ser ampliado, a Agência considerou prudente estender
o cadastro por apenas mais um ano, a fim de observar o impacto de tal alteração, antes
de decidir por validade de cadastro mais dilatada.
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1.10.7 Contribui dizendo que o capital social mínimo exigido deveria ser de no mínimo
R$ 300.00,00 (trezentos mil reais) e não os R$ 120.000,00 especificados nesta minuta.
Justifica dizendo que esse é o valor necessário, pois para se iniciar um negócio em
transporte de passageiro, ramo este complexo, especializado e de grande risco, o
empresário deve dar garantias e esta garantia é o Capital Social Integralizado, no valor
maior.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,
um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à
medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta
levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota
mínima superior à proposta na minuta.
1.10.8 Sugere a obrigatoriedade de Objeto Social descrito no CNAE 49.29.9-02,
Transporte de Passageiros sob Regime de Fretamento Intermunicipal, Interestadual e
Internacional.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: No art.9º, inciso I, a minuta já condiciona o cadastro da empresa à
objeto social compatível com a atividade de transporte rodoviário coletivo interestadual
ou internacional de passageiros, em regime de fretamento. O CNAE indicado atenderia
o solicitado, porém não se pretende elencar todas as atividades econômicas compatíveis,
uma vez que a Receita Federal tem autonomia para mudar a classificação.
1.10.9 Solicita retirar do Item I, art. 9º, a palavra regime turístico.
Justifica dizendo que se deve falar de fretamento independente da modalidade.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O texto foi adequado conforme sugestão.
1.10.10 No art. 9º e 10º, com relação aos documentos que a empresa deve
apresentar para obter a autorização, requer a inclusão da exigência de estar em dia com
a contribuição sindical, como já é feito para o setor de cargas, através da Resolução
3056/09, art. 4º, letra “f”. Acrescenta que deve constar no texto que a transportadora
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deverá apresentar certidões referentes à base territorial do sindicato de fretamento a que
pertence.
Justifica dizendo que essa exigência consta de Lei Federal, cujo cumprimento obriga a
todos.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A Lei nº 10.233/2001, que criou a ANTT, não exige que a
autarquia condicione o registro das empresas de fretamento à entrega da comprovação
do pagamento da contribuição sindical, assim entende-se que o art. 608 da CLT não se
aplica às atribuições específicas conferidas pela Lei nº 10.233/2001.
1.10.11 Pede esclarecimento, em relação ao art. 11, quais são os débitos
impeditivos que restringiriam o Cadastro da Transportadora, visto que no art. 9º pede a
certidão de regularidade fiscal.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Os débitos impeditivos são referentes às multas de prestação de
serviço aplicadas pela ANTT ou seus conveniados, sobre as quais não cabe mais recurso
administrativo por parte da empresa. A prova de regularidade fiscal citada no art. 9 se
refere às certidões de regularidade listadas no art. 16. O termo “débitos impeditivos” foi
substituído por “multas impeditivas”.
1.10.12 Em complemento à sugestão de alteração de 3 para 4 anos para
renovação de cadastro, o §4º, do Art. 10, necessitaria alteração para constar o quarto ano
de taxa de fiscalização.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O cadastro atualmente é de dois anos e a experiência demonstrou
que não há necessidade de atualizar toda a documentação nesse período. Embora tenha
se verificado que o prazo poderia ser ampliado, a Agência considerou prudente estender
o cadastro por apenas mais um ano, a fim de observar o impacto de tal alteração, antes
de decidir por validade de cadastro mais dilatada. Esclarece-se que os procedimentos
para pagamento da taxa de fiscalização serão tratados em regulamentação específica da
ANTT.
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1.10.13 Registra preocupação com a taxa e solicita participar da discussão dos
custos que a compõe. Justifica dizendo que sabe que órgão público só pode aprovar
taxas para reposição de custos e jamais para ganhos, o que acredita que foi feito na
instituição do presente valor.
RESPOSTA: contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A taxa de fiscalização foi instituída pela Lei nº 12.996, de 18 de
junho de 2014, que já estabeleceu o valor a ser cobrado. Portanto, a natureza da taxa e o
valor estabelecido não são escopos da Audiência Pública nº 14/2014.
1.10.14 No art. 23 sugere retirar o § 1º, pois novamente estão diferenciando
fretamento de transporte turístico.
RESPOSTA: contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O parágrafo §1º deve ser aplicado apenas ao transporte turístico,
uma vez que o Ministério do Turismo definiu as modalidades desse tipo de serviço.
1.10.15 Afirma que o art. 28, em seu § 3º, é impossível de ser cumprido pelo
setor de fretamento. Justifica dizendo que os embarques são remotos, a qualquer dia da
semana, em qualquer horário e que para atender a exigência de encaminhar em até 1
hora após inicio da viagem as alterações para ANTT pelo sistema, as empresas
deveriam ter um funcionário do escritório trabalhando 24 horas por dia 7 dias da
semana.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito
da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 60 minutos do início
da viagem, a exigência foi retirada.
1.10.16 Sugere que as inspeções veiculares tenham periodicidade anual. Justifica
dizendo que ao contrário de estabelecer inspeções semestrais, o que deveria haver é uma
limitação de idade da frota para ônibus de no máximo 20 anos (veículos M3) e veículos
M2 para 6 anos.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
17
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,
que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade
compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos
apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade
aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do
ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da
idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais
adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em
regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na
prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do
mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas
aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.
Ainda, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica veicular com
periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança necessárias à
prestação do serviço, independente da idade ou do tipo de veículo.
1.10.17 Sugere supressão da alínea d, inciso II, do art. 32. Justifica dizendo que
os veículos já são cadastrados na ANTT, para tanto não é necessário especificar os
veículos e a empresa deve usar “o estoque” que tem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A alínea d foi excluída, por considerarmos que a empresa pode
utilizar qualquer veículo cadastrado na frota para prestar o serviço de fretamento
contínuo.
1.11 Sr. Marcos Cruz
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa física
Protocolo: 2182690
18
1.11.1 Com relação ao art. 19, em cidades de pequeno porte, muito comuns em todo
Brasil, não há como efetuar o embarque em uma só cidade, devido a população
reduzida, sendo necessário, em romarias, por exemplo, o embarque em três ou mais
cidades.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 19 foi excluído por conflitar com o art. 20, que teve sua
redação alterada, a fim de permitir embarques em mais de um município do estado de
origem.
1.11.2 Com relação à exigência de que a alteração manual efetuada na lista de
passageiros deve ser também registrada no sistema durante a primeira hora da viagem,
pergunta de que maneira será realizado.
Justifica dizendo que se o veículo deverá retornar a garagem para registrar no sistema,
será impossível cumprir.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Para realizar a anotação não é necessário que o veículo retorne para
a garagem. Ainda, considerando outras contribuições recebidas durante a Audiência
Pública, a anotação será apenas manual.
1.11.3 Com relação ao Art. 29, pergunta se será proibido ir ou voltar vazio e se a
proibição será passível de multa ou retenção do veiculo. Justifica que não se deve reter
um veículo em períodos de alta demanda, por tanto tempo e que em empresas de linha
regular o período máximo parado em garagem é de 30 minutos.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: O transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros, sob o regime de fretamento é autorizado em circuito fechado. Viagens com
apenas um trecho (ida ou volta do veículo vazio) são exceções a essa regra e por isso
são tratadas de maneira diferente, conforme discrimina o art. 29. Logo, esse tipo de
viagem não é proibido, mas a sua realização está sujeita à análise prévia da ANTT.
19
1.11.4 Afirma que não ser possível realizar inspeção com periodicidade semestral,
devido aos custos. Sugere que permaneça a periodicidade anual para todos os casos.
Justifica dizendo que não há razão para tal exigência.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais
contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica
veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança
necessárias à prestação do serviço, independente da idade ou do tipo de veículo.
1.11.5 Sugere que a identificação de bagagens seja realização apenas em região de
fronteira. Justifica dizendo que em romarias, funerais, ao realizar embarque em via
pública, em períodos de chuva, a execução desse serviço é difícil.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A identificação da bagagem é uma garantia para o passageiro em
caso de extravio e também é respaldo para a empresa, visto que bagagens não
identificadas e todo o seu conteúdo se tornariam de responsabilidade do transportador.
1.11.6 Sugere que o prazo para análise de cadastramento e recadastramento seja
reduzido para 15 dias. Justifica dizendo que 45 dias é muito tempo e que 15 dias são
suficientes.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O prazo indicado na minuta é máximo e não significa que a análise
utilizará todo o período indicado. É prudente que o prazo seja mantido em 45 dias úteis,
para que em períodos de pico de demanda não ocorra o seu descumprimento.
1.11.7 Afirma que a exigência de submeter as viagens listadas no art. 29 à aprovação
da ANTT com antecedência mínima de dois dias úteis é muito burocrática e que não há
como efetuar tal procedimento. Justifica dizendo que, em muitos casos, o cliente só
informa na hora do embarque ou no máximo na data de partida.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 29 estabelece procedimentos para as viagens excepcionais,
ou seja, aquelas que não são realizadas em circuito fechado ou que contenham alguma
20
particularidade que impeça a emissão de licença de viagem comum. Por se tratar de
exceção e não de regra, entendemos que há a possibilidade de atender o prazo exigido,
que hoje é de três dias úteis e está sendo reduzido para dois dias úteis.
1.11.8 Com relação à “higiene", afirma que algumas empresas já sofreram penalidade,
mesmo tendo higienizado o veículo antes da saída e que os passageiros utilizam o
banheiro durante a viagem, não sendo possível que o motorista verifique o banheiro a
cada 20 km.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A minuta não estabelece parâmetro de higiene ou periodicidade
para higienização do veículo durante a viagem, sendo que os critérios para aplicação de
penalidade serão tratados em regulamentação específica sobre o tema, não sendo objeto
da presente Audiência Pública.
1.11.9 Com relação à obrigação de observar toda legislação pertinente ao transporte
rodoviário coletivo interestadual e internacional de passageiros, em regime de
fretamento, afirma que não há como pequenas empresas manterem funcionários para
verificar todas as resoluções, decretos, portarias, etc., diariamente.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: O art. 58, inciso VII, apenas indica que é necessário que o
empresário verifique toda a legislação aplicada ao seu ramo de atividade, visto que as
resoluções da ANTT não abrangem todas as obrigações aplicáveis ao transporte de
passageiros.
1.11.10 Com relação a vedações de desviar-se, sem prévia anuência da ANTT, do
roteiro indicado na licença de viagem, questiona como agir em casos de paralisação do
transito ou desvios mediante ordem policial.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foi incluída a previsão de desvio de roteiro em caso de
comprovada necessidade.
1.12 Sr. Antonio Constantino
21
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa física
Protocolo: 2182706
Apresenta a sugestão de tornar obrigatória a contratação de funcionários públicos,
oriundos de empresas privadas.
Justifica dizendo que tais funcionários conhecem a rotina de uma empresa privada e,
sabedores das dificuldades, serão mais eficientes e menos burocráticos.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A contratação no serviço público se dá por meio de concurso
público, conforme regulamenta a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e a
participação é aberta a toda sociedade, observadas as especificações do edital. Logo, a
modificação dos critérios de contratação da administração pública não é objeto desta
Audiência Pública.
1.13 Sr. Alves Barbosa
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa física
Protocolo: 2182716
Solicita que seja permitida a emissão de autorizações de viagem para fretamento
eventual ou turístico, bem como para contínuo, em estado diferente da sede da empresa.
Justifica dizendo que o sistema não permite a emissão de autorizações de viagem em
estado diferente ao da sede da empresa e que, em muitos casos, as empresas efetuam
embarque em cidades próximas, mas em outro estado. Segue dizendo que obteve
informação de fiscal da ANTT, de que esta proibição seria para impedir viagens
clandestinas.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A emissão de autorização de viagem com origem em estado
diferente da sede da empresa já é permitida.
1.14 Sr. Marcos Cruz
22
Operador do serviço de Transporte
Pessoa física
Protocolo: 2182729
Solicita que a resolução facilite o serviço dos transportadores e diminua a
discricionariedade da fiscalização. Dá como exemplo a expressão “disponibilizar em
local adequado”, que permite interpretação por parte da fiscalização, sempre em
desfavor das empresas, por não definir o que seria local adequado.
Justifica dizendo que as empresas sofrem em fiscalizações, recebem multas pesadas e
que o recurso não é analisado adequadamente.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Os termos passíveis de interpretação subjetiva foram revisados. No
entanto, os procedimentos de fiscalização, bem como os critérios utilizados na análise
de recurso não são objeto desta Audiência Pública.
1.15 Sr. Carlos Correia
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa física
Protocolo: 2182768
Com relação à lista de passageiros, correções, exclusões, alterações, pergunta como
proceder quando a lista enviada pelo contratante, sempre algumas horas antes do
embarque, contém nomes abreviados e a fiscalização não aceita e considera passageiro
fora da lista, bem como numero do documento com digito diferente ao documento
original.
Justifica dizendo que há casos do veiculo permanecer por uma hora e quarenta minutos
em fiscalização, com a lista toda esmiuçada detalhadamente. Afirma ainda, que se não
constatada irregularidade com a lista, aplica-se multa por vinculo empregatício do
motorista, exigindo carteira de saúde, crachá, carteira de trabalho e holerite.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Os nomes devem ser corrigidos no verso da relação de passageiros
de forma manual, antes do início da viagem, Os documentos aceitos para comprovação
23
de vínculo empregatício do motorista são: carteira de trabalho, contrato individual de
trabalho, carteira funcional ou contracheque, contrato social, ata de constituição ou
alteração da empresa. Os procedimentos de fiscalização não são objeto desta Audiência
Pública.
1.16 Sr. Merched Hanna Khalil Dib
Operador do serviço de transporte
Pessoa física
Protocolo: 2182783
Sugere que a empresa que realizar o transbordo dos passageiros tenha a posse do bem
(veículo) como garantia, caso a infratora não pague as despesas do transbordo.
Apresenta como justificativa que a medida garantirá que as empresas não tenham
prejuízo elevado.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: As regras para realização de transbordo não são objeto desta
Audiência Pública.
1.17 Sr. João Fernandes Caldas
Operador do serviço de transporte
Pessoa física
Protocolo: 2193875
Sugere que os veículos do tipo M2, com idade até cinco anos, sejam liberados do laudo
de inspeção técnica semestral.
Justifica dizendo que todos os veículos que são classificados como M2 de todas as
marcas até cinco anos estão em bom estado de conservação e funcionamento.
Exemplifica dizendo que um veículo fabricado em 2010, que não sofreu nenhuma
avaria, realiza viagens rodoviárias e não foi restringido pela fiscalização, poderia ser
vistoriado anualmente.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
24
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais
contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica
veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança
necessárias à prestação do serviço, independente da idade ou do tipo de veículo.
1.18 Sr. João Fernandes Caldas
Operador do serviço de transporte
Pessoa física
Protocolo: 2193887
Pela regulamentação da prestação do serviço de transporte rodoviário coletivo
interestadual e internacional de passageiros em regime de fretamento, justifica que se
tais veículos foram homologados pelo CONTRAN e DENATRAN, a Agência está
isenta de qualquer responsabilidade.
Encaminha a página final de declaração da Mercedes-Benz do Brasil, que atesta respeito
aos critérios de qualidade na fabricação de veículos, atendimento aos mais rigorosos
padrões internacionais e requisitos brasileiros de emissões, segurança veicular e
conforto, conforme certificados pelo LCVM e CAT, caracterizando-se como uma fonte
segura e confortável para os passageiros, independente da distância percorrida.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do
tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir
veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro, promovendo a regulamentação da
prestação do serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de
passageiros em regime de fretamento, conforme sugestão. No entanto, embora haja a
homologação dos veículos por parte do CONTRAN e do DENATRAN, o que permite a
circulação dos veículos em território nacional, não é correto afirmar que a ANTT está
isenta de qualquer responsabilidade, uma vez que persiste a sua competência de indicar
as condições para adequação da Autorização “às finalidades de atendimento ao interesse
público, à segurança das populações e à preservação do meio ambiente”, conforme
preceitua o art. 44, inciso III, da Lei nº 10.233/2001. Porém, foram utilizados novos
25
parâmetros para definição de quilometragem mais adequada. Inicialmente, a utilização
de dupla de motoristas não é aceitável para os veículos do tipo M2, visto que não
possuem local apropriado para o descanso do segundo motorista durante a primeira
etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho padrão do motorista
profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito)
horas. Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para
formatação dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de
passageiros. O cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de
fretamento, utiliza valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de
Planos de Viação Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de
rodovia na ANTT. Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das
linhas regulares, além de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes
velocidades médias por tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços. Ainda, optou-se por considerar a média simples
dos trechos duplicados e pavimentados, por terem apresentado a maior velocidade
média e por representarem a condição real da maioria dos trechos.
Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem
máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com
apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km. Nesse sentido, o
26
art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos conforme a
quilometragem máxima obtida.
Ressaltamos que a empresa encaminhou apenas a última página da declaração da
Mercedes-Benz do Brasil, ficando prejudicada a avaliação do documento e adoção dos
argumentos ali apresentados.
1.19 Sr. Edson Meneses Costa
Operador do serviço de transporte
Pessoa física
Protocolo: 2193904
Apresenta solicitação para que seja revista a forma de regulamentação do serviço
prestado por micro-ônibus.
Justifica dizendo que seus veículos com capacidade para até 15 passageiros, possuem
cintos de segurança, freio a disco nas quatro rodas, entre outros itens de segurança.
Ainda afirma fazer parte de uma cooperativa e possuir CNPJ, alvará de funcionamento,
CADASTUR, curso de transporte de passageiros, entre outros documentos e trabalha
com turismo e fretamento para eventos em geral em seu e em outros Estados. Segue
dizendo que pequenos grupos de até 15 pessoas são inviáveis de serem atendidos com
ônibus e que esse tipo de serviço colabora com a política de desenvolvimento do
turismo entre os Estados.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins dessa Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do
tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir
veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro, promovendo a regulamentação da
prestação do serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de
passageiros em regime de fretamento. Porém, conforme sugestão, foram revistos os
parâmetros para definição de quilometragem mais adequada. Inicialmente, a utilização
de dupla de motoristas não é aceitável para os veículos do tipo M2, visto que não
possuem local apropriado para o descanso do segundo motorista durante a primeira
etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho padrão do motorista
27
profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito)
horas. Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para
formatação dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de
passageiros. O cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de
fretamento, utiliza valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de
Planos de Viação Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de
rodovia na ANTT. Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das
linhas regulares, além de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes
velocidades médias por tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços.
Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,
por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da
maioria dos trechos.
Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem
máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com
apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.
Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos
conforme a quilometragem máxima obtida.
1.20 Sra. Maria José Belizário
28
Poder Público
Empresa Paraibana de Turismo S/A PBTUR
Cargo: Coordenadora Regional de Serviços Turisticos/PB
Protocolo: 2193919 e 2193967
1.20.1. Solicita a inclusão das Agências de Turismo com Frota e Locadoras de Veículos
para Turistas. Justifica dizendo que as empresas citadas ofertam o serviço de transporte
turístico, de acordo com a Lei 11.771/2008, regulamentada pelo Decreto 7.381/2010.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: As Agências de Turismo com Frota Própria podem se cadastrar na
ANTT, desde que possuam objeto social compatível com a atividade regulada, a saber, a
prestação de serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual ou internacional de
passageiros, em regime de fretamento. No entanto, a locação de veículos foge à
competência da ANTT, portanto empresas que atuam no ramo de locação de bens não
poderão ser admitidas no cadastro da Agência.
1.20.2. Solicita a inclusão da definição da Agência de Turismo e da Locadora de
Veículos para Turistas, segundo a Lei 11.771/2008, do Ministério do Turismo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O simples agenciamento de viagens e a locação de veículos para
turistas fogem à competência da ANTT, uma vez que não configuram prestação de
serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual ou internacional de passageiros,
em regime de fretamento, portanto empresas que atuam nesses ramos de atividade não
se submetem ao disposto no regulamento em análise e não devem constar no glossário
da Resolução.
1.20.3. Sugere substituir Passeio Local por Transporte Especial. Justifica dizendo que
desde a EMBRATUR, quando responsável pelas atividades de turismo, atualmente
repassadas para o MTur, denomina-se transporte especial o deslocamento
intermunicipal ou interestadual sem pernoite.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
29
JUSTIFICATIVA: O art. 28, inciso II, da Lei 11.771, de 17 de setembro de 2008,
define passeio local como “itinerário realizado para visitação a locais de interesse
turístico do município ou vizinhança, sem incluir pernoite”.
1.20.4. Sugere incluir no Art. 10,inciso V - Cadastro Regular no Ministério do Turismo,
no caso de fretamento turístico. Justifica dizendo que a exigência da regularidade,
obriga o prestador de serviços a cumprir com o que determina a Lei do Turismo, a qual
diz que o prestador só poderá exercer suas atividades estando em situação regular com o
Ministério do Turismo. Sugere incluir a verificação do cadastro da transportadora junto
ao MTur a cada dois anos.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Esclarecemos que a exigência de cadastro no Ministério do
Turismo já consta no rol de documentos exigidos para obtenção do Termo de
Autorização. Não é necessário incluir a documentação para inclusão de frota, uma vez
que o certificado é relacionado à empresa e não ao veículo.
Quanto à verificação de regularidade do cadastro junto ao MTur, cumpre informar que a
ANTT estabeleceu que o cadastro do transportador junto à ANTT terá vigência de três
anos, cujo recadastramento deverá ser solicitado antes de seu término. Também é
responsabilidade do transportador manter atualizada a documentação exigida para a
obtenção do Termo de Autorização durante toda a vigência do cadastro, conforme
disciplina o art. 12 da minuta.
1.20.5. Sugere aumentar a quilometragem permitida para 800 Km, para viagens de
traslado e excursão nacional e 300 km para o transporte especial. Justifica dizendo que
utilizou o Estado da Paraíba como ponto de partida.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando a solicitação de aumentar a quilometragem
permitida, foram utilizados novos parâmetros para definição de quilometragem mais
adequada. Inicialmente, a utilização de dupla de motoristas não é aceitável para os
veículos do tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do
segundo motorista durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a
30
jornada de trabalho padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação
trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito) horas.
Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação
dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O
cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza
valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação
Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.
Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além
de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por
tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços.
Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,
por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da
maioria dos trechos.
Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem
máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com
apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.
Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, aumentando a
quilometragem máxima conforme sugerido, porém os valores propostos na contribuição
não serão utilizados.
31
1.21 Sr. André Luiz Alves Sadeck dos Santos
Operador do serviço de Transporte
Pessoa Jurídica
FDA Locadora& Turismo
Protocolo: 2193939
Sugere aumentar a quilometragem máxima e permitir a prestação de serviços que
incluam pernoite para veículos do tipo M2.
Justifica dizendo que a distância de 250 km torna prejudicial o turismo da região do
Distrito Federal e que a Proibição de pernoite fere a constituição federal no direito de ir
e vir. Ainda, que é aceitável que um motorista consiga dirigir 600 km em 8 horas, com
seu descanso preservado, respeitando os limites de velocidade das vias.
Segue dizendo que existem hotéis nas estradas, que podem atender a demanda de
clientes e usuários de rodovias, o que torna absurda a proibição de pernoite dos veículos
M2.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando a solicitação de aumentar a quilometragem
permitida, foram utilizados novos parâmetros para definição de quilometragem mais
adequada. Inicialmente, a utilização de dupla de motoristas não é aceitável para os
veículos do tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do
segundo motorista durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a
jornada de trabalho padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação
trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito) horas.
Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação
dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O
cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza
valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação
Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.
Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além
32
de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por
tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços.
Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,
por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da
maioria dos trechos.
Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem
máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com
apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.
Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, aumentando a
quilometragem máxima conforme sugerido, porém o valor proposto na contribuição não
será utilizado.
1.22 Sr. Júlio Mattos
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa física
Protocolo: 2193976
1.22.1. Afirma que o Art. 27 é incoerente, pois não há como solicitar previamente, já
que não se pode prever que o serviço sofrerá avaria ou registrar no sistema com o
veículo em trânsito.
33
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O texto foi corrigido, a fim de garantir a sua coerência.
1.22.2. Pergunta se será necessário recolher o veiculo para a garagem e atrasar a
viagem.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Não será necessário retornar com o veículo para a garagem. A
minuta propunha que houvesse a comunicação via sistema, porém isso não implicaria o
retorno do veículo. Ainda, considerando outras contribuições recebidas durante a
Audiência Pública, a anotação será apenas manual.
1.22.3. Pergunta por que é necessário alterar manualmente a lista de passageiros, se há a
obrigação de registar no sistema uma hora após a inclusão ou substituição.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A minuta propunha que fosse realizada a alteração manual, para
fins de fiscalização durante a viagem e no sistema, para registro e controle da Agência.
No entanto, considerando todas as contribuições recebidas, somente será exigida a
anotação da alteração de maneira manual, sendo extinta a necessidade de registro da
alteração no sistema.
1.22.4. Solicita esclarecimento a respeito das divergências entre as exigências impostas
às empresas de fretamento e àquelas aplicadas às empresas de linha regular.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Seja pelas características de serviço público ou privado, da área de
abrangência ser urbana ou não, dentre outras, há sensíveis diferenças entre as
características operacionais, gerenciais e financeiras entre as empresas prestadoras de
serviço regular, com ônibus rodoviário ou com ônibus urbano, e as empresas
prestadoras de serviço de fretamento.
Entre os serviços públicos regulares e os serviços de fretamento as diferenças advém do
fato de que naquele os itinerários, horários e número de viagens, tipo de veículo,
número de paradas, a tarifa e todas as especificações de qualidade e operacionais da
atividade desenvolvida são fornecidas pelo Poder Público, ao passo que, nos serviços de
34
fretamento, tais elementos ou são acordados bilateralmente entre o contratante e a
transportadora, ou definidos somente por esta própria.
Portanto, consideradas tais divergências, é prudente e esperado que ocorra distinção de
tratamento e exigências entre os tipos de serviço.
1.23 Sr. Alexsandro Kühn dos Santos
Poder Público
Pessoa física
Protocolo: 2197726
Sugere incluir o Parágrafo único no Art. 13, com a seguinte redação:
Parágrafo único: O veículo não será cadastrado em mais de uma transportadora
simultaneamente e sua inclusão está condicionada à inexistência de débito impeditivo
da requerente junto à ANTT.
Justifica dizendo que a alteração permitirá padronizar, acrescentando também para o
caso de inclusão de veículos, a mesma regra disposta no Art. 11 para os casos de
cadastramento da transportadora e de sua frota de veículos para obtenção do termo de
Autorização.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Não se pretende condicionar a movimentação de frota à
inexistência de débito impeditivo junto à ANTT, assim a adimplência será verificada
somente no momento do cadastramento e do recadastramento.
1.24 Sr. Alexsandro Kühn dos Santos
Poder Público
Pessoa física
Protocolo: 2197744
Sugere alterar o Art. 28 e seus parágrafos (manter o §1º, alterar o §2º e o §3º e incluir o
§4º), par a seguinte redação:
35
Art. 28. A relação de passageiros deverá conter os nomes completos, por extenso e sem
abreviaturas, e o respectivo número do documento de identificação dos passageiros,
inclusive das crianças de colo.
§1º É permitida a alteração ou inclusão de no máximo 20% do total de passageiros
indicados na relação de passageiros constante da Licença de Viagem autorizada.
§2º As alterações ou inclusões devem ser escritas de forma manual, em letra legível, nos
espaços reservados da relação de passageiros impressa. §3º - O preenchimento incorreto
do nome ou do número do documento de identificação dos passageiros, inclusive das
crianças de colo, deverá ser corrigido, manualmente, no momento do embarque, e será
contabilizado como alteração.
§4º Toda alteração ou inclusão manual efetuada conforme o §2º deve ser também
registrada no sistema durante a primeira hora da viagem.
Justifica a alteração com o propósito de definir, claramente, a forma correta de
preenchimento da relação de passageiros.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O caput do art. 28 foi alterado com a finalidade de explicitar que
todos os passageiros devem ser identificados, no entanto, entendemos que não é
necessário informar o nome completo, apenas nome e um sobrenome. Aplicada ao
transporte regular, a Resolução 4.282/2014 que trata das informações do bilhete de
passagem também não explicita a exigência de nome completo para o passageiro (art.
4º, inciso IV). Assim, com a intenção de harmonizar os procedimentos, não se imporá
ao transporte por fretamento tais obrigações. Em seguida, para melhor compreensão do
pretendido, a palavra alteração foi trocada por substituição. O proposto no parágrafo 3º
não foi aceito, pois as correções não devem ser contabilizadas, tendo em vista que erros
materiais podem ocorrer e, desde que sanados antes do início da viagem, não
prejudicam a operação do serviço. Por fim, o sugerido pelo §4º não foi adotado,
considerando que em outras contribuições ficou explicitada a dificuldade operacional de
realizar a comunicação na primeira hora da viagem.
1.25 Sr. Alexsandro Kühn dos Santos
Poder Público
Pessoa física
36
Protocolo: 2197760
Sugere alterar a redação das alíneas b e c do inciso I do Art.30 para:
b) três horas, quando a distância do percurso de ida mais o percurso de volta seja de 500
km (quinhentos quilômetros), exclusive, até 1000 km (mil quilômetros); e
c) seis horas, quando a distância do percurso de ida mais o percurso de volta seja
superior a 1000 km (mil quilômetros).
Justifica dizendo que, assim, todas as distâncias serão contempladas na norma e que, da
forma como está escrito, não são previstas distâncias compreendidas entre 500 Km e
501 Km e distâncias entre 1000 Km e 1001 Km.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Pelo exposto, as alíneas foram alteradas conforme sugestão.
1.26 Sr. Alexsandro Kühn dos Santos
Poder Público
Pessoa física
Protocolo: 2197780
Sugere alterar a redação do Art. 44 para:
Art. 44. É obrigatória a fixação dos seis últimos algarismos do número de cadastro da
transportadora na ANTT na parte externa da porta dianteira direita do veículo, conforme
modelo do anexo I.
Justifica dizendo que é necessário especificar a porta, pois há veículos, como o double
decker, que possuem duas portas em sua lateral direita.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Pelo exposto, o artigo foi alterado conforme sugestão.
1.27 Sr. Alexsandro Kühn dos Santos
Poder Público
Pessoa física
Protocolo: 2197808
37
Sugere alterar a redação do Art. 50 para:
Art. 50. O controle de identificação da bagagem transportada no bagageiro será feito por
meio de tíquete de bagagem fornecido pela transportadora em três vias, sendo a primeira
fixada à bagagem, a segunda destinada ao passageiro e a terceira anexada à relação de
passageiros.
Justifica dizendo ser necessário especificar a quem se destina cada uma das vias dos
tíquetes de bagagem, utilizando regra análoga à adotada para o controle de identificação
dos serviços regulares.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Pelo exposto, o artigo foi alterado conforme sugestão.
1.28 Sr. Alexsandro Kühn dos Santos
Poder Público
Pessoa física
Protocolo: 2197823
Sugere alterar a redação do inciso V do Art. 58 e incluir os incisos VIII e IX como
segue:
V - providenciar assistência aos passageiros nos casos de interrupção da viagem sem
possibilidade de prosseguimento;
VIII - providenciar alimentação aos passageiros nos casos de interrupção ou
retardamento da viagem por mais de três horas, quando devido a defeito, falha ou outro
motivo de sua responsabilidade;
IX - providenciar hospedagem aos passageiros nos casos de interrupção ou
retardamento da viagem quando, após o prazo de três horas, for constatada a
impossibilidade de continuidade da viagem no mesmo dia.
A contribuição tem o intuito de padronizar para o fretamento os mesmos prazos
utilizados para o transporte regular (Art. 16 da Res. ANTT 4.282/2014) quando da
interrupção ou retardamento de viagem devido a defeito, falha ou outro motivo de
responsabilidade da transportadora.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Acredita-se que a previsão de providenciar assistência aos
passageiros, inclusive alimentação e pousada, nos casos de interrupção da viagem sem
38
possibilidade de prosseguimento é medida suficiente, visto que o Código Civil também
impõe obrigação genérica, em seu art. 741, quando afirma que “interrompendo-se a
viagem por qualquer motivo alheio à vontade do transportador, ainda que em
consequência de evento imprevisível, fica ele obrigado a concluir o transporte
contratado em outro veículo da mesma categoria, ou, com a anuência do passageiro, por
modalidade diferente, à sua custa, correndo também por sua conta as despesas de estada
e alimentação do usuário, durante a espera de novo transporte.“ Ainda, considerando o
caráter privado do serviço, os parâmetros a serem seguidos pelo transportador podem
ser negociados pelo contratante e registrados no contrato de prestação de serviço, sem a
necessidade de imposição da Agência dos tempos a serem observados.
1.29 Sr. Carlos Henrique Rodrigues Braga
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
Decálogo Viagens Ltda
Cargo: Sócio
Protocolo: 2197839
1.29.1. Sugere alterar a redação do Art. 19 para:
Art. 19. A localidade de origem constante da licença de viagem emitida deverá coincidir
com o endereço do embarque inicial da maioria dos passageiros.
Justifica dizendo que a operação turística e as vendas atualmente são efetuadas pela
internet, logo pessoas de várias cidades podem comprar pacotes turísticos que partem de
uma cidade e embarcar no trajeto original da viagem. Apresenta como exemplo as
viagens com saída de Belo Horizonte com destino a Porto Seguro, quando pessoas de
cidades como João Monlevade, Ipatinga, Governador Valadares e Teófilo Otoni, ao
comprar um pacote, se não puderem embarcar em suas cidades, deverão se deslocar até
Belo Horizonte para embarcar e depois passar na porta de suas casas. Questiona se tal
medida é justificável e se há benefício para o passageiro.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação sugerida não foi adotada, porém o conteúdo do art. 19
foi excluído por conflitar com o art. 20, que permite múltiplos embarques.
39
1.29.2. Sugere a seguinte redação para o art. 20: “Art. 20. Será permitido o embarque de
passageiros em mais de um município do mesmo estado, desde que relacionados na lista
de passageiros”. Apresenta a mesma justificativa do item anterior.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação foi alterada a fim de permitir o embarque em mais de
um município, desde que integrantes do estado de origem da viagem.
1.29.3. Sugere alteração no Art. 27, §1º, para que, após conserto, o veículo seja liberado.
Justifica dizendo que a ANTT não deve partir do principio que todas as empresas são
desonestas e mal intencionadas e que não há motivo para travar um veículo por tanto
tempo. Explica que a empresa, tão logo recebe a notificação de avaria mecânica,
providencia socorro ou, dependendo da avaria, envia outro veículo para que os
passageiros não sejam penalizados. Segue dizendo que veículo parado acarreta prejuízo
e que a maioria das operadoras turísticas com frota própria possui poucos veículos, já
que este tem custo elevado e precisam ser renovados constantemente por força da
concorrência. Acrescenta que a operação turística é sazonal.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de
que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT
pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida
ao transportador, o que se pretende é dar segurança ao passageiro de que foi realizada a
devida manutenção no veículo antes de ser utilizado em nova viagem.
1.29.4. Solicita alteração no Art. 28.
Justifica dizendo que a maioria das alterações é derivada de erros de digitação e que, em
geral, não é possível corrigir os erros no tempo estipulado, pois empresas pequenas
encerram expediente às 18 horas, mas as viagens ocorrem após esse horário. Afirma ser
operacionalmente inviável a correção no sistema durante o trajeto, pois os motoristas
não dispõem de computadores e especialidade para fazer estas correções.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
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JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade
operacional de realizar a comunicação em até uma hora após o início da viagem, a
exigência foi retirada.
1.29.5. Pergunta qual objetivo do Art. 29 e se há beneficio ou prejuízo para a
fiscalização e para os usuários. Afirma que a ANTT não responde imediatamente uma
solicitação especial, portanto, há possibilidade de aplicação de multas por parte da
ANTT. Justifica dizendo que não se deve presumir que as empresas autorizadas pela
ANTT sejam desonestas e mal intencionadas.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros, sob o regime de fretamento é autorizado em circuito fechado. Viagens com
apenas um trecho (ida ou volta do veículo vazio), multimodais e com mais de um grupo
são exceções a essa regra e por isso são tratadas de maneira diferente, conforme
discrimina o art. 29. O artigo não trata de discriminação com o setor, mas sim de
permitir que viagens que fujam à regra também possam ser realizadas com a devida
autorização. Considerando a dinamicidade do mercado, o prazo para solicitação de
autorização para essas viagens foi reduzido de três dias para dois dias úteis.
1.29.6. Com relação ao Art. 30, inciso I, sugere que seja determinado um tempo para
limpeza e conservação do veículo, independente da quilometragem percorrida.
Justifica dizendo que o tempo que se gasta para higienizar um ônibus é o mesmo, não
importando a quilometragem percorrida pelo veículo. Afirma que as empresas possuem
mão de obra e produtos especializados para este serviço, que a manutenção do ônibus é
programada e se ocorrer problemas mecânicos, este veículo será substituído
imediatamente. Segue dizendo que a medida trará prejuízos operacionais e financeiros
para as empresas.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O tempo de conservação, limpeza e manutenção pretende dar
garantia ao passageiro de que serão observadas as condições de segurança e,
principalmente, de higiene antes de disponibilizar o veículo para a próxima viagem. No
41
entanto, considerando os argumentos expostos na contribuição, o tempo foi reduzido
para uma hora, independente da distância percorrida.
1.29.7. Solicita alteração no Art. 30, inciso II. Justifica dizendo que o descanso deve ser
garantido ao motorista e não ao veículo, pois este é máquina. Diz que a própria
legislação trabalhista já estipula o prazo mínimo de 11 horas entre uma jornada e outra
para os funcionários e que o estabelecimento de tempo de permanência mínima no
destino tolhe a atividade empresarial garantida pela Constituição.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O tempo de permanência no destino foi revisto com a intenção de
diminuir a interferência na operação. Assim, foi retirada a exigência de permanência
mínima de quatro horas, sendo mantido apenas o tempo de permanência no destino
igual ao tempo do deslocamento de ida. Cabe ressaltar que o transportador pode indicar
no roteiro de viagem permanência no destino inferior à regra, sendo a diferença
contabilizada após o término da viagem, para cálculo de liberação do veículo para a
próxima viagem. Por fim, ainda há previsão de liberação do veículo de maneira
antecipada, quando for comunicada pelo transportador, o que reforça a autonomia do
empresário na programação dos seus roteiros.
1.30 Sr. André Martins Lamas Vital
Poder Público
Pessoa física
Protocolo: 2197856
Em relação ao Art. 37, sugere nova redação para o Parágrafo único, desmembrando em
parágrafos §1º, §2º e §3º, como segue:
§1º Veículos de categoria M2 e aqueles com chassi com mais de 10 anos de fabricação
deverão ser submetidos à Inspeção Técnica Veicular com periodicidade semestral,
devendo os demais veículos ser inspecionados anualmente.
§2º Quando o chassi de um veículo atingir o tempo de 20 anos de fabricação terá o seu
registro excluído automaticamente da frota da empresa junto ao sistema da ANTT.
42
§3º Veículos com data de fabricação igual ou superior a 15 anos só poderão realizar
viagens interestaduais e internacionais com trajeto máximo de 500 km.
Justifica dizendo que a proposta proporcionará mais segurança ao serviço de transporte
rodoviário interestadual e internacional de passageiros.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade.
Cabe ressaltar, ainda, que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que
“...a atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das
instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”.
Veículos mais novos apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de
segurança, acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, ambientais com
motores mais eficientes do ponto de vista energético e de consumo de combustíveis.
No entanto, a limitação da idade máxima dos veículos foi estabelecida em 15 anos,
independente do tipo de veículo, por ser considerada adequada para o transporte
rodoviário interestadual e internacional de passageiros em regime de fretamento, à
medida que promove renovação gradual da frota utilizada na prestação dos serviços,
mas não interfere nas características de livre concorrência do mercado, bem como na
possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas aquela que melhor lhe
atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.
Ainda, com base em outras contribuições, foi realizada revisão da periodicidade da
inspeção, que será anual para todos os tipos de veículo.
1.31 Sr. Michel Marta dos Santos
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
CampiVans Aluguel de Vans em Campina Grande PB
Cargo: proprietário
Protocolo: 2197874
43
Solicita que os veículos do tipo M2 possam operar com quilometragem livre, em regime
de igualdade com os ônibus.
Justifica dizendo que as empresas de micro-ônibus já possuem autorização do
Ministério do Turismo, pagam todos os impostos relativos à prestação de serviço de
transporte turístico e podem atender pequenos grupos de maneira adequada, com menor
custo para o usuário. Além disso, afirma que se a comercialização do veículo é
autorizada pelos órgãos competentes, torna-se incoerente a proibição de sua utilização.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Cumpre informar que, embora haja a homologação dos veículos
por parte do CONTRAN e do DENATRAN, o que permite a circulação dos veículos em
território nacional, não é correto afirmar que a ANTT é incoerente ao estabelecer
critérios para utilização de tais veículos na prestação de um serviço autorizado, como é
o caso do transporte de passageiros, sob regime de fretamento, uma vez que persiste a
sua competência de indicar as condições para adequação da Autorização “às finalidades
de atendimento ao interesse público, à segurança das populações e à preservação do
meio ambiente”, conforme preceitua o art. 44, inciso III, da Lei nº 10.233/2001. Porém,
em virtude das contribuições que questionam a quilometragem máxima estabelecida,
foram utilizados novos parâmetros para definição de quilometragem mais adequada.
Inicialmente, a utilização de dupla de motoristas não é aceitável para os veículos do tipo
M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do segundo motorista
durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho
padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente,
atualmente de 8 (oito) horas. Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa
realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela
ANTT, para formatação dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte
interestadual de passageiros. O cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros
das viagens de fretamento, utiliza valores de extensão do Plano Nacional de Viação –
PNV 2007 e de Planos de Viação Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760
trechos de rodovia na ANTT. Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos
itinerários das linhas regulares, além de 376 acessos. Esses dados permitiram observar
as seguintes velocidades médias por tipo de pavimento, considerando todos os trechos
pesquisados:
44
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços. Ainda, optou-se por considerar a média simples
dos trechos duplicados e pavimentados, por terem apresentado a maior velocidade
média e por representarem a condição real da maioria dos trechos.
Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem
máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com
apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km. Nesse sentido,
não será extinta a indicação de quilometragem máxima, porém o art. 41 da minuta de
resolução foi revisto, de acordo com os novos dados considerados.
1.32 Secretaria de Acompanhamento Econômico – Ministério da Fazenda
Poder Público
Protocolo: 2197856
1.32.1. Com relação ao art. 41, recomenda que a ANTT reavalie as restrições impostas
para a utilização de veículos do tipo M2, pois representam barreira injustificada à
entrada no mercado.
Justifica dizendo que o Brasil é um país de grandes dimensões, onde são comuns
distâncias rodoviárias superiores ao estabelecido no art. 41 e que se deve considerar,
também, que os usuários dos referidos serviços, ao contratá-los, usualmente têm ciência
das distâncias que serão percorridas e do tempo total estimado para o trajeto, escolhendo
pagar um preço maior ou menor a depender do nível de serviço oferecido pela empresa,
45
incluindo-se o nível de conforto do veículo, que é discricionário e escolhido pelo cliente
no momento da contratação, que tem o condão de escolher de acordo com as suas
pretensões de pagamento vis a vis a quantidade de pessoas a serem transportadas.
Ainda, afirma que há no setor um cenário concorrencial, no qual as empresas competem
entre si oferecendo distintas condições de conforto e preço.
Apresenta como justificativa relacionada às condições de segurança do veículo, que há
um regramento dado pela Resolução Denatran nº 416, de 09 de agosto de 2012, que
deve ser atendida quando da certificação do veículo, tornando-o apto a ser
comercializado e a circular em todo o território nacional, sem limite de quilometragem
por viagem. Afirma que cabe ao operador do serviço, ao ter o veículo, atender às
manutenções programadas e realizar o devido licenciamento.
Por fim, argumenta que, ao buscar garantir um nível de conforto mínimo para o
passageiro dentro de um mercado marcadamente concorrencial, por meio da limitação
do tipo de veículo, há o risco potencial de se limitar a contestabilidade do mercado,
tornando o fretamento mais caro.
Exemplifica que o transporte de grupos de até 16 pessoas (capacidade máxima média de
um micro-ônibus), quando percorridas distâncias maiores que as explicitadas pela
ANTT, teria de ser feito em veículos da categoria M3 (ônibus rodoviário), que exigem
um volume maior de recursos para sua aquisição, além de terem custos operacionais
maiores do que um veículo M2.
Afirma que essa situação exigirá maiores investimentos das empresas que desejarem
participar desse mercado, e os custos maiores provavelmente serão repassados aos
clientes, dificultando ou mesmo inviabilizando que sejam organizados passeios
turísticos e fretamentos contínuos para pequenos grupos de pessoas.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do
tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir
veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro. No entanto, em um primeiro
momento, a proposta é permitir que tais veículos sejam utilizados somente na prestação
de serviço de fretamento contínuo e de fretamento turístico, nas modalidades traslado ou
passeio local. Tais serviços foram escolhidos porque não incluem pernoite e, em geral,
46
percorrem distâncias menores, com número reduzido de passageiros ou sem a presença
de bagagem. Assim, será promovida a entrada gradual de veículos do tipo Micro-ônibus
no mercado interestadual e internacional. Porém, foram recebidas contribuições
questionando que a quilometragem máxima estabelecida é considerada insuficiente para
operação dos serviços elegidos.
Portanto, foram utilizados novos parâmetros para definição de quilometragem mais
adequada. Inicialmente, a utilização de dupla de motoristas não é aceitável para os
veículos do tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do
segundo motorista durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a
jornada de trabalho padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação
trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito) horas.
Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação
dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O
cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza
valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação
Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.
Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além
de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por
tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços.
47
Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,
por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da
maioria dos trechos.
Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem
máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com
apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.
Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto considerando a métrica
apresentada, a fim de permitir trechos conforme a quilometragem máxima obtida.
1.32.2. Com relação ao art. 23, sugere que a ANTT especifique como a transportadora
deverá emitir a licença de viagem para a prestação do serviço em comento e determine
os procedimentos que deverão ser adotados pela transportadora em caso de
indisponibilidade comprovada de acesso ao sistema da ANTT para o atendimento ao
disposto no art. 28.
Justifica dizendo que no art. 23 não é especificado como deverá ser emitida a licença: se
por um sistema eletrônico específico; se manualmente; ou se por meio outro
instrumento a ser especificado pela agência. Além disso, afirma que o §3º do art. 28
destaca que as alterações na relação de passageiros da licença de viagem deverão ser
registradas no sistema durante a primeira hora de viagem e que é fato que o transporte
rodoviário possui grande capilaridade, podendo prestar o serviço em áreas cuja
infraestrutura de telecomunicações é falha ou mesmo ausente, dificultando ou
impedindo o acesso à internet para cadastramento destas informações.
Segue dizendo que, mesmo em regiões cuja infraestrutura de telecomunicações é
adequada, há a possibilidade de se ter a paralisação momentânea dos serviços de
internet, além de haver a possibilidade de que haja períodos de indisponibilidade da rede
da própria agência, também impossibilitando o registro da informação solicitada.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O caput do art. 23 foi alterado, a fim de especificar que as licenças
de viagem devem ser emitidas em sistema disponibilizado para este fim. Os
procedimentos para serem adotados em caso de indisponibilidade de sistema já estão
descritos no §2º, do próprio art. 23. Por analogia, o art. 14 e o caput do art. 31 foram
alterados, pois também tratam de operações realizadas em sistema. Ainda, considerada
48
a dificuldade operacional de cumprimento da exigência, o §3º do art. 28 foi retirado da
minuta,
1.33 Sr. Washington Peixoto Coura
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
Empresa Gontijo de Transportes LTDA
Cargo: procurador
Protocolo: 2202780
1.33.1. Com relação ao Art. 3º, inciso II, sugere substituir a condicionante “sem
motivações ou características turísticas” por uma restrição no seguinte sentido: “não
podendo ter como finalidade o atendimento do transporte com o objetivo individual de
cada passageiro e, sim, somente de grupo fechado e que as pessoas que compõem o
grupo tenham a mesma finalidade na viagem”.
Justifica dizendo que a condicionante “sem motivações ou características turísticas” não
tem sentido e até prejudica porque é uma das finalidades do Fretamento o transporte
especial e de grupo fechado, inclusive, para ficar coerente com o texto do inciso V deste
artigo.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Cumpre esclarecer que o transporte em regime de fretamento foi
subdividido em três formas: turístico, eventual e contínuo.
O inciso II pretende definir apenas o transporte eventual, que é justamente aquele que
não possui motivação ou características turísticas, que são próprias do transporte
turístico. Embora, a redação proposta na contribuição não tenha sido adotada, os
conceitos de transporte turístico, eventual e contínuo foram reescritos, a fim de dar
melhor compreensão aos termos. Ainda, o conceito exposto no inciso V do art. 3º se
refere apenas a transportador turístico, ou seja, aquele que realiza transporte turístico.
1.33.2. Com relação ao Art. 3º, inciso II, inciso VI, sugere que seja acrescentado no
texto que todos os passageiros tenham o mesmo objetivo na viagem, qual seja participar
de um evento religioso, funeral, evento esportivo, congresso, show, etc.
49
Justifica dizendo que a observação é necessária por faltar nessas modalidades uma
caracterização clara e objetiva para evitar os subterfúgios utilizados pelos operadores
que se utilizam dessas bandeiras para praticarem o transporte regular mascarados de
fretamento, turísticos ou contínuos.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A sugestão foi adotada para o conceito de circuito fechado, sendo
alteração a redação do art. 3º, inciso VI para incluir a necessidade de que haja
motivação de viagem comum a todos os passageiros.
1.33.3. Com relação ao Art. 5º sugere que se deveria prever, além das sanções
pecuniárias, também advertências, suspensões e perdimento de veículos.
Justifica dizendo que essa modalidade tem a cultura de operar na irregularidade e,
portanto, teria que ter um capítulo destinado para penalidades.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que, além das sanções pecuniárias, os regulados
também estão sujeitos a outras penalidades e medidas administrativas, o inciso IV, do
art. 5º foi substituído para “penalidades e medidas administrativas”. Cabe esclarecer que
a ANTT dispõe de regulamento próprio para tratar do assunto, não sendo objetivo desta
Resolução descrever as sanções.
1.33.4. Com relação ao Art. 8º sugere alterar o prazo de vigência para anual.
Justifica dizendo que assim será comprovada de continuar a efetuar a operação.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O cadastro atualmente é de dois anos e a experiência demonstrou
que não há necessidade de atualizar toda a documentação nesse período. Com isso,
optou-se por estender o cadastro para três anos e garantir que a documentação
relacionada à segurança da operação (laudo de inspeção técnica veicular e seguro de
responsabilidade civil) tenha sua vigência atualizada de forma constante. Por isso, a
redação do art. 12 foi modificada, a fim de evidenciar a obrigação.
1.33.5. Com relação ao Art. 10 solicita definir se a taxa de fiscalização será por veículo
ou por empresa e sugere que seja por veículo e renovada anualmente.
50
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A taxa de fiscalização foi instituída pela Lei nº 12.996, de 18 de
junho de 2014, que já estabeleceu que a taxa seja referente ao veículo e de periodicidade
anual. Considerando que a taxa de fiscalização será tratada em regulamento específico
sobre a matéria, foram retirados da minuta os dispositivos que abordavam a taxa de
fiscalização.
1.33.6. Contribui dizendo que as certidões de regularidade de veículos devem ser
renovadas anualmente.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A minuta foi estruturada com o objetivo de renovar a
documentação da empresa a cada três anos, com foco na atualização constante da
documentação do veículo. A prova de regularidade fiscal é documentação relativa à
empresa, sendo considerado mais adequado que a verificação seja realizada apenas no
momento do recadastramento. Assim, a fim de deixar isso claro ao interessado foi
incluído parágrafo no Art. 12, sobre a atualização da documentação.
1.33.7. Com relação ao Art. 18, apresenta entendimento de que deve ser acrescentada a
exigência da Nota fiscal, assim como esta deve constar no bojo da Autorização expedida
pela ANTT e que seja exigido o envio da nota fiscal de transporte, que deverá fazer
parte da autorização expedida pela ANTT, com a relação de passageiros.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que a emissão da Licença de Viagem é automática,
por meio de sistema e ocorre 24 horas por dia, 7 dias por semana, não é possível
condicionar o envio de nota fiscal para liberação da autorização de viagem, sob pena de
inviabilizar toda a operação. Ainda, a necessidade de emissão de nota fiscal consta nos
Art. 3º, que define os serviços e no art. 24, que trata dos dados necessários à emissão da
licença de viagem.
1.33.8. Com relação ao Art. 23, sugere incluir no final do texto proposto: “junto ao
sistema de fretamento da ANTT, realizado pela internet”.
51
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação foi adequada a fim de explicitar que a emissão será
realizada por meio de sistema.
1.33.9. Com relação ao Art. 26, sugere incluir observação no texto de que não serão
emitidas autorizações cujo número da nota fiscal coincida com autorização já emitida.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Por se tratar de matéria tributária, entendemos que o controle dessa
documentação extrapola a competência da ANTT.
1.33.10. Com relação ao Art. 28, §1º solicita que seja indicado um número fixo de
passageiros e sugere a quantidade de 4 (quatro) passageiros. Justifica dizendo que a
proposta cria margem para subjetividade.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A proposta não é subjetiva, uma vez que determina o máximo de
alterações permitidas. O percentual estabelecido se relaciona com a quantidade de
passageiros inicialmente autorizados e, da mesma forma, se adequa às diferentes
capacidades dos veículos cadastrados. Considerando que serão admitidos no cadastro
veículos com capacidades diversas, desde 9 até 54 passageiros, o número fixo,
conforme sugerido, não se mostra adequado, por não refletir tal diversidade.
1.33.11. Com relação ao Art. 28, §3º sugere incluir no texto que após a inclusão
das informações manuais, o transportador deverá firmar autorização, de forma a
impossibilitar a inscrição de novas informações, sob pena de sanções em caso de
descumprimento. Ainda, que as alterações devem ser registradas antes do início da
viagem. Justifica dizendo que alterações realizadas durante a viagem permitem dolos.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A proposta permite múltiplos embarques, portanto a inclusão ou
substituição de passageiros pode ocorrer em qualquer um desses pontos, portanto não é
possível restringir todas às alterações a antes do início da viagem ou impedir que haja
alteração durante a viagem. Cabe ressaltar que os municípios de embarque deverão ser
previamente indicados no roteiro de viagem, não configurando infração como afirmado.
52
Porém, foi incluído texto para esclarecer que as alterações devem ser efetuadas antes da
saída do veículo de cada uma das cidades indicadas como local de embarque. Por fim,
ressaltamos que o máximo de alterações permitidas será sempre o mesmo, ou seja, 20%
do número total dos passageiros indicados na relação autorizada, independente do
município onde ocorrer a alteração.
1.33.12. Com relação ao Art. 29 sugere incluir um novo parágrafo no seguinte
sentido: A sequência de viagens realizadas por uma mesma empresa para as mesmas
localidades com passageiros e veículos distintos obrigará os transportadores a
apresentar-se na fiscalização da ANTT, sob pena aplicação de multa e apreensão do
veículo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: As excepcionalidades descritas no Art. 29 serão analisadas de
maneira prévia pela ANTT, sendo que a autorização dada para emitir a licença de
viagem já configura que o pleito foi considerado legítimo pela Agência, não havendo a
necessidade de impor ao transportador procedimentos extras, principalmente quando
estes dificultam ou podem ser empecilhos à prestação do serviço.
1.33.13. Sobre Art. 44, apresenta entendimento de que esta exigência não deve ser
exigida das empresas que operam serviços regulares uma vez que seus veículos já têm
identificações próprias exigidas pela ANTT.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 44 trata do selo de identificação de empresas que mantém
cadastro para realização do serviço de transporte rodoviário interestadual e internacional
de passageiros, em regime de fretamento. Independente de a empresa realizar, de forma
concomitante, o transporte rodoviário regular de passageiros, permanece a necessidade
de manter registro para o serviço fretado, cujo número de identificação difere de outras
identificações utilizadas no serviço regular. Portanto, não é possível isentar à empresa
de afixar a numeração do cadastro, o que não impede o cumprimento da identificação
exigida para o serviço regular. No entanto, o conteúdo do art. 43, que trata de
caracterização externa foi revisado, a fim de isentar as empresas que prestam transporte
regular de tal obrigação, visto que não será possível atender os dois normativos.
53
1.33.14. Sugere exigir que os autorizatários de fretamento também estivessem
sujeitos ao sistema de monitoramento, de forma que a ANTT tenha controle do
transporte, ou seja, que esses operadores tenham um sistema de relatórios bimestrais
registrando todas as atividades operadas para que a ANTT possa verificar quando um
transportador apresentar regularidade de serviços que caracterizem que estão praticando
transporte regular mascarado de fretamento.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 45 estabelece apenas que os veículos devam dispor de
sistema de monitoramento. As regras do monitoramento foram disciplinadas pela
Resolução ANTT nº 4.499/2014, que tratou de maneira diferenciada cada tipo de
serviço, de acordo com as suas especificidades. O sistema de monitoramento da ANTT
não é restrito, pode ser desenvolvido para gerar também relatórios à empresa de
transporte e a outros órgãos, logo as empresas de transporte também poderão se
beneficiar do sistema de monitoramento com um maior controle da operação de
transporte.
1.33.15. Sugere que seja criada uma forma de consulta pela fiscalização, de forma
a confrontar a relação de passageiros, documento de porte obrigatório da autorizatária,
como a enviada para a ANTT, em pontos de fiscalização específicos.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A relação de passageiros de porte obrigatório é emitida pelo
transportador por meio de sistema da ANTT e o fiscal já possui acesso às informações
desse sistema.
1.33.16. Sugere que as sequências de autorizações para o mesmo transportador,
para as mesmas localidades sejam objeto de verificação in loco, principalmente para as
viagens que superam 1000 km, pois o transporte realizado nestes moldes com
regularidade perde as características de fretamento turístico ou eventual.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Não é objetivo da proposta de Resolução estabelecer critérios de
fiscalização ou rotina de comandos de fiscalização. Cumpre esclarecer que, na estrutura
54
organizacional da ANTT, cabe à Gerência de Inteligência e Planejamento de
Fiscalização, da Superintendência de Fiscalização - SUFIS, planejar, coordenar e
controlar as atividades de fiscalização, bem como analisar e propor melhorias para o
desenvolvimento das atividades.
1.33.17. Apresenta entendimento de que a Resolução deveria conter um
procedimento punitivo para as empresas flagradas em operação de serviço não
autorizado, de forma escalonada, com multa, apreensão e perdimento do veículo,
criando assim, mecanismos inibidores de falcatruas e desvios do objeto autorizado.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Não é objeto desta Audiência Pública a avaliação das penalidades e
medidas administrativas aplicadas às transportadoras, visto que o assunto é tratado em
Resolução específica sobre o tema.
1.34 Sr. Hilário Augusto de Araújo
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
H. C. Laranjeiras Ltda
Cargo: Sócio Proprietário
Protocolo: 2202832
Com relação ao Art. 3º, inciso I, sugere constar que o serviço poderá ser prestado por
Transportadoras Turísticas Autorizadas como também por Agências de Viagens
Autorizadas, com frota própria e com registro no CADASTUR.
Justifica apresentando a informação de que as Transportadoras Turísticas possuem
CNAE que exclui a empresa do regime de tributação do Simples Nacional (CNAE
4929-9/02), o que não ocorre com as Agências de Turismo. Com isso todos os MEI’s e
Microempresas Agências de Turismo, optantes pelo simples e que tenham frota Própria,
seriam incluídos e atendidos pela Nova Resolução.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A classe 7911-2 (AGÊNCIAS DE VIAGENS) não garante
que a empresa possua frota própria e vá prestar o serviço de transporte ela mesma e não
55
por intermédio de terceiros. Para que a Agência de Viagem possa realizar serviço de
transporte interestadual ou internacional, deverá incluir em seu cadastro do CNPJ a
atividade 4929-9/04 (ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS
RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E
INTERNACIONAL), cuja descrição garante a prestação direta do serviço de transporte.
No entanto, tal entendimento não enseja revisão da minuta, uma vez que o normativo
propõe apenas que haja compatibilidade entre o ramo de atuação da empresa e o serviço
regulado pela Agência, de maneira que qualquer atividade econômica cuja relação possa
ser identificada será aceita para fins de cadastro.
1.35 Sr. Hilário Augusto de Araújo
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
H. C. Laranjeiras Ltda
Cargo: Sócio Proprietário
Protocolo: 2202855
Com relação ao §2º do art. 10, sugere abolir a exigência.
Justifica dizendo que pedir essa autorização é redundância, já que o agente financeiro
não se oporia, por ter todo o interesse de que o seu cliente possa auferir receitas com o
registro na ANTT. Segue dizendo que tal exigência só engorda as receitas dos agentes
financeiros, que cobram consideráveis taxas de serviços para apresentar tal autorização.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados na contribuição, a carta
de anuência não será solicitada para cadastramento da frota, quando a restrição estiver
relacionada a agentes financeiros.
1.36 Sr. Hilário Augusto de Araújo
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
H. C. Laranjeiras Ltda
Cargo: Sócio Proprietário
56
Protocolo: 2202867
Com relação ao Art. 26, parágrafo único, sugere limitar o número de vidas, conforme o
que prescrever o respectivo Seguro de Responsabilidade Civil contratado para o veículo,
de maneira que o número total de ocupantes do veículo, entre responsáveis e crianças de
colo, não ultrapasse o número de vidas do SRC.
Justifica dizendo que, da maneira proposta o operador de um veículo de 15 lugares, por
exemplo, poderá transportar até 30 vidas, ou seja, 15 responsáveis mais 15 crianças de
colo, quando, no entanto, o seu SRC só cobrirá 15 vidas.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O valor de cobertura do seguro de responsabilidade civil (0623
Resp. C.T. Rodoviário Interestadual e Inter - RC ÔNIBUS) é estabelecido por veículo e
por evento e pretende garantir a liquidação de danos causados aos passageiros e seus
dependentes, em virtude de acidente quando da realização da viagem, sem prejuízo da
cobertura do seguro obrigatório de danos pessoais (DPVAT), a que se refere a Lei nº
6.194, de 19 de dezembro de 1974. Os parâmetros para cálculo das indenizações
devidas são normatizados pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, que
detém a competência para regular a matéria e não são objeto desta Audiência Pública.
1.37 Sr. Hilário Augusto de Araújo
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
H. C. Laranjeiras Ltda
Cargo: Sócio Proprietário
Protocolo: 2202875
Com relação ao Art. 37, Parágrafo Único, sugere que os veículos do tipo M2 sejam
submetidos à Inspeção Técnica Veicular, nos mesmos critérios dos veículos M3.
Justifica dizendo que o CONTRAN já definiu procedimentos para homologação de
veículos M2 junto ao Registro Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM e que
tais veículos atendem a legislação atualmente em vigor, no que diz respeito aos critérios
de segurança e de resistência e ainda, que são construídos considerando os mais
57
modernos requisitos de engenharia, tal como os M3, resguardando-se, obviamente, suas
peculiaridades, Pelo apresentado afirma serem desnecessárias inspeções em períodos
menores.
Afirma ter enviado declarações das montadoras, mas estas não constam na mensagem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais
contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica
veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança
necessárias à prestação do serviço, independente do tipo de veículo.
1.38 Sr. Hilário Augusto de Araújo
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
H. C. Laranjeiras Ltda
Cargo: Sócio Proprietário
Protocolo: 2202884
Com relação ao Art. 41, Inciso I, sugere que os veículos do tipo M2 sejam cadastrados
para todo e qualquer tipo de serviço, inclusive o circuito fechado, sendo estabelecido o
critério de 05h30 de viagem por 30min de repouso, nos mesmos moldes da Nova Lei do
Descanso para Caminhoneiros.
Justifica dizendo que deve se considerar os relatos das montadoras, sob o ponto de vista
de segurança, resistência, conforto, qualidade e eficiência dos M2, inclusive os
procedimentos já relatados utilizados pelo CONTRAN/DENATRAN, para homologar
tais veículos, além do próprio mercado usuário do turismo demandar deslocamentos
regionais maiores do que esses apresentados, sendo tais limites são inadequados. Ainda,
considera que a utilização de veículos M2 atende a liberdade de escolha em condições
mais favoráveis ao usuário, pela redução do valor pago pelos serviços, pois são veículos
que melhor atendem às suas necessidades de deslocamento em grupos menores e, pela
eficiência, vai ao encontro da redução de combustíveis pelo seu menor consumo em
consonância aos interesses do Brasil em tratados internacionais para redução de
poluentes. Afirma que, devido às condições técnicas aprovadas pelo CONTRAN,
58
DENATRAN, IBAMA, CONAMA e demais órgãos que legislam sobre o assunto, o
Micro-ônibus M2 está apto para realizar viagens de longo percurso com conforto,
segurança e eficiência.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do
tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir
veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro. No entanto, em um primeiro
momento, ao contrário do sugerido, a proposta é permitir que tais veículos sejam
utilizados somente na prestação de serviço de fretamento contínuo e de fretamento
turístico, nas modalidades traslado ou passeio local. Tais serviços foram escolhidos
porque não incluem pernoite e, em geral, percorrem distâncias menores, com número
reduzido de passageiros ou sem a presença de bagagem. Assim, será promovida a
entrada gradual de veículos do tipo Micro-ônibus no mercado interestadual e
internacional.
Conforme a sugestão apresentada, foram utilizados novos parâmetros para definição de
quilometragem máxima mais adequada, que serão descritos na sequencia. Inicialmente,
a utilização de dupla de motoristas não foi considerada aceitável para os veículos do
tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do segundo motorista
durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho
padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente,
atualmente de 8 (oito) horas.
Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação
dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O
cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza
valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação
Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.
Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além
de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por
tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:
59
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços.
Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,
por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da
maioria dos trechos.
Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem
máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com
apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.
Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos
conforme a quilometragem máxima obtida.
1.39 Sr. Hilário Augusto de Araújo
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
H. C. Laranjeiras Ltda
Cargo: Sócio Proprietário
Protocolo: 2202896
Em referência a Nota Técnica nº 68/2014, Item 4, Dos Veículos, afirma que nas páginas
de 117 a 123 fica clara a preocupação da Agência nos quesitos relacionados a padrões
de eficiência, segurança, conforto, regularidade e pontualidade e modicidade nas tarifas,
tudo visando a garantia do interesse público, a segurança das populações e a
60
preservação do meio ambiente e que há sugestão da Procuradoria para indicação de
limites para os seus deslocamentos.
Considerando a interpretação exposta, apresenta análise de cada quesito da Nota,
conforme os itens a seguir.
Dos Padrões de Eficiência: os M2 são muito eficientes sob o ponto de vista da
mobilidade no trânsito, deslocam-se com fluidez nos engarrafamentos, tanto no ponto
de origem como no destino e na estrada são mais ágeis nas subidas, além da relação
custo x benefício;
Da Segurança: são projetados, desenvolvidos, produzidos e homologados para o
transporte de passageiros, e atendem plenamente as especificações da resolução 416/12
do CONTRAN e da Portaria DENATRAN 190/09, conforme declaração de montadoras;
Do Conforto: diferentemente da Nota da SUPAS, citada na Nota Técnica, os M2
possuem poltronas reclináveis, individuais, com apoio de cabeça e de braços, e no que
se refere ao acondicionamento de bagagens, quando se faz necessário, elas podem ser
comodamente instaladas nas chamadas carretas para bagagens, tornando a cabine um
ambiente somente para passageiros e afora os porta-volumes instalados acima das
poltronas, possuem ainda corredor central e saída de emergência;
Da Regularidade e Pontualidade: Face às suas características de agilidade e
fluidez, poderá garantir muito mais regularidade e pontualidade;
Da Modicidade das Tarifas: Neste ponto o M2 é imbatível. Por exemplo, como
justificar a contratação de um ônibus para deslocar-se de Recife para Natal, num
circuito fechado, com um grupo de 10 pessoas? Claramente o M2 é mais barato.
Obviamente, quando falamos na garantia dos interesses públicos tanto o M2 quanto o
M3, atendem, cada um, de sua forma.
Diz que, com sua apresentação, fica fundamentada ainda a utilização do M2, sob o
ponto de vista socioeconômico, o que reforça e justifica a necessidade da utilização
destes tipos de veículos, por pequenos grupos de até 20 pessoas, em observância aos
interesses do turismo integrado de acordo com as diretrizes da Lei Geral do Turismo e
da Portaria 312 do Ministério do Turismo.
Ainda, coloca que a legislação proposta contraria a lógica do desenvolvimento do
Turismo Integrado da nossa região Nordeste, e em outras regiões do País,
61
desconhecendo o enorme potencial turístico e interesse econômico relacionado à faixa
litorânea entre os Estados da Bahia até o Ceará e áreas adjacentes.
Cita o projeto de lei, de 2005, do Ex-Deputado Marcondes Gadelha-PB: “Até mesmo o
Tribunal de Contas da União – TCU –, realizou auditoria operacional na ANTT, cujos
resultados apontaram que a fixação e exigência de parâmetros operacionais excessivos,
que não consideram adequadamente os aspectos de qualidade e quantidade da oferta de
serviços, resultam em concentração econômica e restrição à universalização e à
concorrência, por meio da criação de óbices desnecessários à entrada de novas empresas
no mercado de transporte rodoviário de passageiros, podendo ser consideradas
restritivas à competição, prejudicando o interesse dos usuários e a eficiência do
serviço”.
Finaliza dizendo que, quanto a Preservação do Meio Ambiente, os M2 são econômicos
e perfeitamente ajustados aos requisitos da Legislação quanto aos limites de emissão de
poluentes, conforme certificação do IBAMA e CONAMA, atendendo acordos
internacionais firmados pelo Brasil.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente a utilização de veículos do tipo M2
não é permitida na prestação do serviço de transporte rodoviário de passageiros
interestadual e internacional, em regime de fretamento, a proposta configura avanço da
regulação em admitir que veículos do tipo M2 atingem os padrões de eficiência,
segurança, conforto, podendo atender os mercados eleitos por esta agência como
adequados às características de tais veículos.
1.40 Sr. Hilário Augusto de Araújo
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
H. C. Laranjeiras Ltda
Cargo: Sócio Proprietário
Protocolo: 2202900
Em referência a Nota Técnica nº 68/2014, Item 4, Dos Veículos, páginas de 120 a 121,
sugere que, considerando as especificidades dos M2, seja elaborado termo que garanta
62
as mínimas condições de acessibilidade, para frota cuja operadora possua menos de dez
(10) veículos M2 e que, para operadoras com maior número de veículos M2, seja
determinado apenas 10% de acessibilidade plena.
Justifica dizendo que, pelas suas características de tamanho e capacidade de
passageiros, uma legislação especifica deve ser desenvolvida, adaptando-se às
necessidades e possibilidades do M2.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A exigência da acessibilidade dos serviços de transporte coletivo
rodoviário de passageiros foi determinada pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de
2004. Ainda, o mesmo Decreto estabeleceu que a frota de veículos de transporte
coletivo rodoviário e a infraestrutura dos serviços deste transporte deveriam estar
totalmente acessíveis desde 2 de dezembro de 2014 e que as normas técnicas para
adaptação dos veículos, de forma a torna-los acessíveis, seriam elaboradas pelas
instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial. Logo, não é escopo da regulamentação em tela, nem pode esta
Agência determinar a dispensa de adaptação de veículos com base em percentual de
frota, cabendo apenas à entidade competente determinar a impossibilidade ou
especificidade de adaptação de cada tipo de veículo.
1.41 Sr. Hilário Augusto de Araújo
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
H. C. Laranjeiras Ltda
Cargo: Sócio Proprietário
Protocolo: 2202904
Com relação ao Art. 45, o sistema deveria ser utilizado para as operadoras que já
possuam o seu próprio monitoramento e, neste caso, a Agência daria algum tipo de
incentivo para aquelas que oferecessem um link para sua empresa rastreadora ou que a
própria Agência contratasse, através de um programa federal, uma operadora arcando
com os custos de sua proposta.
63
Justifica dizendo que a possibilidade da fiscalização de campo ter seus custos reduzidos
com a nova iniciativa, poderia compensar todo o investimento com o monitoramento, ao
invés de transferi-lo às operadoras.
Finaliza dizendo que considera a iniciativa importante, mas entende que isso representa
mais um custo, dentre tantos, que já são impostos ao micro empresariado.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 45 estabelece apenas que os veículos devam dispor de
sistema de monitoramento. As regras do monitoramento foram disciplinadas pela
Resolução ANTT nº 4.499/2014, que tratou de maneira diferenciada cada tipo de
serviço, de acordo com as suas especificidades. O sistema de monitoramento da ANTT
não é restrito, pode ser desenvolvido para gerar também relatórios à empresa de
transporte e a outros órgãos, logo as empresas de transporte também poderão se
beneficiar do sistema de monitoramento com um maior controle da operação de
transporte.
1.42 Sr. Hilário Augusto de Araújo
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
H. C. Laranjeiras Ltda
Cargo: Sócio Proprietário
Protocolo: 2202912
Com relação ao Art. 68, sugere que a Resolução entre em vigor imediatamente após a
sua publicação.
Justifica dizendo que o mercado, o sistema, o turismo integrado, o empresariado e a
sociedade como um todo perdem por ainda permanecer a legislação atual, que é
excludente e desatualizada.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando o volume de alterações propostas, a ANTT considera
pertinente estabelecer prazo para que as medidas entrem em vigor, a fim de possibilitar
que o mercado e a Agência possam se preparar de maneira adequada para o
cumprimento das novas disposições.
64
1.43 Sr. Hilário Augusto de Araújo
Usuário do serviço de Transporte
Pessoa física
Protocolo: 2202925
1.43.1. Com relação ao Art. 3º, inciso I, sugere constar que o serviço poderá ser
prestado por Transportadoras Turísticas Autorizadas como também por Agências de
Viagens Autorizadas, com frota própria e com registro no CADASTUR.
Justifica apresentando a informação de que as Transportadoras Turísticas possuírem
CNAE cuja opção exclui a empresa do regime de tributação do Simples Nacional
(CNAE 4929-9/02), o que não ocorre com as Agências de Turismo. Com isso todos os
MEI’s e Microempresas Agências de Turismo, optantes pelo simples e que tenham frota
Própria, seriam incluídos e atendidos pela Nova Resolução.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A classe 7911-2 (AGÊNCIAS DE VIAGENS) não garante
que a empresa possua frota própria e vá prestar o serviço de transporte ela mesma e não
por intermédio de terceiros. Para que a Agência de Viagem possa realizar serviço de
transporte interestadual ou internacional, deverá incluir em seu cadastro do CNPJ a
atividade 4929-9/04 (ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS
RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E
INTERNACIONAL), cuja descrição garante a prestação direta do serviço de transporte.
No entanto, tal entendimento não enseja revisão da minuta, uma vez que o normativo
propõe apenas que haja compatibilidade entre o ramo de atuação da empresa e o serviço
regulado pela Agência, de maneira que qualquer atividade econômica cuja relação possa
ser identificada será aceita para fins de cadastro.
1.43.2. Sugere reavaliação da Taxa de Fiscalização definida pela Lei 12.996 de
18.06.2014, mantendo-a nos mesmos padrões anteriores para os M3 e estabelecendo-se
um critério de proporcionalidade (visa vis o n° de passageiros) para os M2. Justifica
dizendo que se trata de uma obrigação acessória extremamente cara para os MEI’s e
Microempresas e que não é uma taxa inclusiva e sim sectária. Considerando que com a
65
nova resolução uma quantidade significativa de novos veículos será inclusa no sistema,
o aumento de arrecadação seria viabilizado com o aumento da base tarifada, e não com
o aumento do valor e frequência da tarifa.
RESPOSTA: contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A taxa de fiscalização foi instituída pela Lei nº 12.996, de 18 de
junho de 2014, que já estabeleceu o valor a ser cobrado. Portanto, a natureza da taxa, o
valor estabelecido e critérios de proporcionalidade serão tratados em resolução
específica, e, portanto, não são escopos da Audiência Pública nº 14/2014.
1.43.3. Com relação ao Art. 10, Inciso IV, §2º, sugere abolir a exigência. Justifica
dizendo que pedir essa autorização é redundância, já que o agente financeiro não se
oporia, por ter todo o interesse de que o seu cliente possa auferir receitas com o registro
na ANTT. Segue dizendo que tal exigência só engorda as receitas dos agentes
financeiros, que cobram consideráveis taxas de serviços para apresentar tal autorização.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados na contribuição, a carta
de anuência não será solicitada para cadastramento da frota, quando a restrição estiver
relacionada a agentes financeiros.
1.43.4. Com relação ao Art. 26, Inciso IV, Parágrafo Único, sugere limitar o número de
vidas, conforme o que prescrever o respectivo Seguro de Responsabilidade Civil
contratado para o veículo, de maneira que o número total de ocupantes do veículo, entre
responsáveis e crianças de colo, não ultrapasse o número de vidas do SRC. Justifica
dizendo que, da maneira proposta o operador de um veículo de 15 lugares, por exemplo,
poderá transportar até 30 vidas, ou seja, 15 responsáveis mais 15 crianças de colo,
quando, no entanto, o seu SRC só cobrirá 15 vidas.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O valor de cobertura do seguro de responsabilidade civil (0623
Resp. C.T. Rodoviário Interestadual e Inter - RC ÔNIBUS) é estabelecido por veículo e
por evento e pretende garantir a liquidação de danos causados aos passageiros e seus
dependentes, em virtude de acidente quando da realização da viagem, sem prejuízo da
cobertura do seguro obrigatório de danos pessoais (DPVAT), a que se refere a Lei nº
66
6.194, de 19 de dezembro de 1974. Os parâmetros para cálculo das indenizações
devidas são normatizados pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, que
detém a competência para regular a matéria e não são objeto desta Audiência Pública.
1.43.5. Com relação ao Art. 37, Parágrafo Único, sugere que os veículos do tipo M2
sejam submetidos à Inspeção Técnica Veicular, nos mesmos critérios dos veículos M3.
Justifica dizendo que o CONTRAN, através do DENATRAN, já definiu procedimentos
para homologação de veículos M2 junto ao Registro Nacional de Veículos Automotores
– RENAVAM e que tais veículos atendem a legislação atualmente em vigor, no que diz
respeito aos critérios de segurança e de resistência e ainda, que são construídos
considerando os mais modernos requisitos de engenharia, tal como os M3,
resguardando-se, obviamente, suas peculiaridades. Pelo apresentado afirma serem
desnecessárias inspeções em períodos menores.
Afirma ter enviado declarações das montadoras, mas estas não constam na mensagem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais
contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica
veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança
necessárias à prestação do serviço, independente do tipo de veículo.
1.43.6. Com relação ao Art. 41, Inciso I, sugere que os veículos do tipo M2 sejam
cadastrados para todo e qualquer tipo de serviço, inclusive o circuito fechado, sendo
estabelecido o critério de 05h30 de viagem por 30min de repouso, nos mesmos moldes
da Nova Lei do Descanso para Caminhoneiros.
Justifica dizendo que deve se considerar os relatos das montadoras, sob o ponto de vista
de segurança, resistência, conforto, qualidade e eficiência dos M2, inclusive os
procedimentos já relatados utilizados pelo CONTRAN/DENATRAN, para homologar
tais veículos, além do próprio mercado usuário do turismo demandar deslocamentos
regionais maiores do que esses apresentados, sendo tais limites são inadequados. Ainda,
considera que a utilização de veículos M2 atende a liberdade de escolha em condições
mais favoráveis ao usuário, pela redução do valor pago pelos serviços, pois são veículos
que melhor atendem às suas necessidades de deslocamento em grupos menores e, pela
67
eficiência, vai ao encontro da redução de combustíveis pelo seu menor consumo em
consonância aos interesses do Brasil em tratados internacionais para redução de
poluentes. Afirma que, devido às condições técnicas aprovadas pelo CONTRAN,
DENATRAN, IBAMA, CONAMA e demais órgãos que legislam sobre o assunto, o
Micro-ônibus M2 está apto para realizar viagens de longo percurso com conforto,
segurança e eficiência.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do
tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir
veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro. No entanto, em um primeiro
momento, ao contrário do sugerido, a proposta é permitir que tais veículos sejam
utilizados somente na prestação de serviço de fretamento contínuo e de fretamento
turístico, nas modalidades traslado ou passeio local. Tais serviços foram escolhidos
porque não incluem pernoite e, em geral, percorrem distâncias menores, com número
reduzido de passageiros ou sem a presença de bagagem. Assim, será promovida a
entrada gradual de veículos do tipo Micro-ônibus no mercado interestadual e
internacional.
Conforme a sugestão apresentada, foram utilizados novos parâmetros para definição de
quilometragem máxima mais adequada, que serão descritos na sequencia. Inicialmente,
a utilização de dupla de motoristas não foi considerada aceitável para os veículos do
tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do segundo motorista
durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho
padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente,
atualmente de 8 (oito) horas.
Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação
dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O
cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza
valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação
Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.
Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além
68
de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por
tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços.
Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,
por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da
maioria dos trechos.
Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem
máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com
apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.
Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos
conforme a quilometragem máxima obtida.
1.43.7. Em referência a Nota Técnica nº 68/2014, Item 4, Dos Veículos, afirma que nas
páginas de 117 a 123 fica clara a preocupação da Agência nos quesitos relacionados a
padrões de eficiência, segurança, conforto, regularidade e pontualidade e modicidade
nas tarifas, tudo visando a garantia do interesse público, a segurança das populações e a
preservação do meio ambiente e que há sugestão da Procuradoria para indicação de
limites para os seus deslocamentos.
Considerando a interpretação exposta, apresenta análise de cada quesito da Nota,
conforme os itens a seguir.
69
Dos Padrões de Eficiência: os M2 são muito eficientes sob o ponto de vista da
mobilidade no trânsito, deslocam-se com fluidez nos engarrafamentos, tanto no ponto
de origem como no destino e na estrada são mais ágeis nas subidas, além da relação
custo x benefício;
Da Segurança: são projetados, desenvolvidos, produzidos e homologados para o
transporte de passageiros, e atendem plenamente as especificações da resolução 416/12
do CONTRAN e da Portaria DENATRAN 190/09, conforme declaração de montadoras;
Do Conforto: diferentemente da Nota da SUPAS, citada na Nota Técnica, os M2
possuem poltronas reclináveis, individuais, com apoio de cabeça e de braços, e no que
se refere ao acondicionamento de bagagens, quando se faz necessário, elas podem ser
comodamente instaladas nas chamadas carretas para bagagens, tornando a cabine um
ambiente somente para passageiros e afora os porta-volumes instalados acima das
poltronas, possuem ainda corredor central e saída de emergência;
Da Regularidade e Pontualidade: Face às suas características de agilidade e fluidez,
poderá garantir muito mais regularidade e pontualidade;
Da Modicidade das Tarifas: Neste ponto o M2 é imbatível. Por exemplo, como justificar
a contratação de um ônibus para deslocar-se de Recife para Natal, num circuito fechado,
com um grupo de 10 pessoas? Claramente o M2 é mais barato. Obviamente, quando
falamos na garantia dos interesses públicos tanto o M2 quanto o M3, atendem, cada um,
de sua forma.
Diz que, com sua apresentação, fica fundamentada ainda a utilização do M2, sob o
ponto de vista socioeconômico, o que reforça e justifica a necessidade da utilização
destes tipos de veículos, por pequenos grupos de até 20 pessoas, em observância aos
interesses do turismo integrado de acordo com as diretrizes da Lei Geral do Turismo e
da Portaria 312 do Ministério do Turismo.
Ainda, coloca que a legislação proposta contraria a lógica do desenvolvimento do
Turismo Integrado da nossa região Nordeste, e em outras regiões do País,
desconhecendo o enorme potencial turístico e interesse econômico relacionado à faixa
litorânea entre os Estados da Bahia até o Ceará e áreas adjacentes.
Cita o projeto de lei, de 2005, do Ex-Deputado Marcondes Gadelha-PB: "Até mesmo o
Tribunal de Contas da União - TCU -, realizou auditoria operacional na ANTT, cujos
resultados apontaram que a fixação e exigência de parâmetros operacionais excessivos,
70
que não consideram adequadamente os aspectos de qualidade e quantidade da oferta de
serviços, resultam em concentração econômica e restrição à universalização e à
concorrência, por meio da criação de óbices desnecessários à entrada de novas empresas
no mercado de transporte rodoviário de passageiros, podendo ser consideradas
restritivas à competição, prejudicando o interesse dos usuários e a eficiência do
serviço".
Finaliza dizendo que, quanto a Preservação do Meio Ambiente, os M2 são econômicos
e perfeitamente ajustados aos requisitos da Legislação quanto aos limites de emissão de
poluentes, conforme certificação do IBAMA e CONAMA, atendendo acordos
internacionais firmados pelo Brasil.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente a utilização de veículos do tipo M2
não é permitida na prestação do serviço de transporte rodoviário de passageiros
interestadual e internacional, em regime de fretamento, a proposta configura avanço da
regulação em admitir que veículos do tipo M2 atingem os padrões de eficiência,
segurança, conforto, podendo atender os mercados eleitos por esta agência como
adequados às características de tais veículos.
1.43.8. Em referência a Nota Técnica nº 68/2014, Item 4, Dos Veículos, páginas de 120
a 121, sugere que, considerando as especificidades dos M2, seja elaborado termo que
garanta as mínimas condições de acessibilidade, para frota cuja operadora possua menos
de dez (10) veículos M2 e que, para operadoras com maior número de veículos M2, seja
determinado apenas 10% de acessibilidade plena.
Justifica dizendo que, pelas suas características de tamanho e capacidade de
passageiros, uma legislação especifica deve ser desenvolvida, adaptando-se às
necessidades e possibilidades do M2.
RESPOSTA: Contribuição rejeita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A exigência da acessibilidade dos serviços de transporte coletivo
rodoviário de passageiros foi determinada pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de
2004. Ainda, o mesmo Decreto estabeleceu que a frota de veículos de transporte
coletivo rodoviário e a infraestrutura dos serviços deste transporte deveriam estar
totalmente acessíveis desde 2 de dezembro de 2014 e que as normas técnicas para
71
adaptação dos veículos, de forma a torna-los acessíveis, seriam elaboradas pelas
instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial. Logo, não é escopo da regulamentação em tela, nem pode esta
agência determinar a dispensa de adaptação de veículos com base em percentual de
frota, cabendo apenas à entidade competente determinar a impossibilidade ou regras
específicas de adaptação para cada tipo de veículo.
1.43.9. Com relação ao Art. 45, o sistema deveria ser utilizado para as operadoras que já
possuam o seu próprio monitoramento e, neste caso, a Agência daria algum tipo de
incentivo para aquelas que oferecessem um link para sua empresa rastreadora ou que a
própria Agência contratasse, através de um programa federal, uma operadora arcando
com os custos de sua proposta.
Justifica dizendo que a possibilidade da fiscalização de campo ter seus custos reduzidos
com a nova iniciativa, poderia compensar todo o investimento com o monitoramento, ao
invés de transferi-lo às operadoras.
Finaliza dizendo que considera a iniciativa importante, mas entende que isso representa
mais um custo, dentre tantos, que já são impostos ao micro empresariado.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 45 estabelece apenas que os veículos devam dispor de
sistema de monitoramento. As regras do monitoramento foram disciplinadas pela
Resolução ANTT nº 4.499/2014, que tratou de maneira diferenciada cada tipo de
serviço, de acordo com as suas especificidades. O sistema de monitoramento da ANTT
não é restrito, pode ser desenvolvido para gerar também relatórios à empresa de
transporte e a outros órgãos, logo as empresas de transporte também poderão se
beneficiar do sistema de monitoramento com um maior controle da operação de
transporte.
1.43.10. Com relação ao Art. 68, sugere que a Resolução entre em vigor
imediatamente após a sua publicação.
Justifica dizendo que o mercado, o sistema, o turismo integrado, o empresariado e a
sociedade como um todo perdem por ainda permanecer a legislação atual, que é
excludente e desatualizada.
72
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando o volume de alterações propostas, a ANTT considera
pertinente estabelecer prazo para que as medidas entrem em vigor, a fim de possibilitar
que o mercado e a Agência possam se preparar de maneira adequada para o
cumprimento das novas disposições.
1.44 Sr. Alex Rodrigues Pereira
Trabalhador do setor
Pessoa física
Protocolo: 2202939
1.44.1. Sugere harmonizar nomenclaturas e termos da minuta com o determinado pelo
Ministério do Turismo. Justifica a sugestão afirmando que o transporte turístico é uma
atividade compreendida pelo fretamento, sendo difícil separá-los.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A minuta adota as nomenclaturas e termos do Ministério do
Turismo, naquilo que se aplica a fretamento turístico.
1.44.2. Sugere rever a redação de toda a norma para alterar o termo transportadora para
empresa. Justifica dizendo que foi criada a modalidade operadora, com diferenciais da
transportadora e que deve se garantir que a norma seja igualmente aplicada ao
OPERADOR, para que ele não tenha tratamento diferenciado.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador
turístico. A fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de transportador,
foram incluídas as definições de transportador eventual e transportador contínuo. Ainda,
a definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do Ministério do
Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.
1.44.3. Sugere aumentar o valor de capital social mínimo exigido. Justifica dizendo que
o valor está muito a quem do que na prática é necessário para se iniciar um negócio no
ramo de transporte, uma atividade complexa, especializada e de grande risco.
73
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,
um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à
medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta
levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota
mínima superior a proposta na minuta.
1.44.4. Requer a inclusão da exigência de estar em dia com a contribuição sindical,
como já é feito para o setor de cargas, através da Resolução 3056/09, art. 4º, letra “f”.
Justifica dizendo que a exigência consta de Lei Federal, cujo cumprimento todos estão
obrigados, não só do pagamento da contribuição, como também para ser autorizado a
explorar uma atividade (consolidação das leis do trabalho).
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A Lei nº 10.233/2001, que criou a ANTT, não exige que a
autarquia condicione o registro das empresas de fretamento à entrega da comprovação
do pagamento da contribuição sindical, assim entende-se que o art. 608 da CLT não se
aplica às atribuições específicas conferidas pela Lei nº 10.233/2001.
1.44.5. Sugere que se estabeleça uma frota mínima de veículos para cadastro. Justifica
dizendo que um veículo é muito pouco e que, ao aceitar veículo arrendado, a ANTT
deixa até de exigir apenas um veículo e permite que a empresa opere com nenhum
veículo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido e à disposição do
empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que
melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a
entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância
com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento
da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas
empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o
pretendido pelo novo regramento.
74
1.44.6. Sugere acrescentar um limite de idade para operação dos veículos, em especial
dos M2. Justifica dizendo que alguns Estados e municípios trabalham com a limitação
de idade e, caso a ANTT não adote essa mesma linha, o transporte interestadual e
internacional será a única opção de operação para esses veículos não mais aceitos em
outras esferas. Segue dizendo que as viagens de longa distância são mais perigosas em
função da qualidade das rodovias brasileiras e que veículos mais velhos são mais
propensos a quebras.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,
que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade
compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos
apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade
aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do
ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. Portanto, a limitação da idade
máxima em 15 anos foi considerada adequada para o transporte rodoviário interestadual
e internacional de passageiros em regime de fretamento, à medida que promove
renovação gradual da frota utilizada na prestação dos serviços, mas não interfere nas
características de livre concorrência do mercado, bem como na possibilidade do
contratante de escolher entre várias empresas aquela que melhor lhe atenda, inclusive
em relação à oferta de veículos mais novos.
1.44.7. Sugere remover o impedimento de utilização por 24h de um veículo que foi
substituído numa autorização por avaria ou acidente ou aumentar o número de veículos
mínimos necessários para realizar o transporte interestadual ou internacional. Justifica
dizendo que essa condição representa uma intervenção inadequada para uma atividade
de cunho privado, como o fretamento e que tal obrigação sequer é feita para o transporte
regular que possui a obrigatoriedade de frota reserva. Afirma que a empresa poderá
reparar o veículo em tempo inferior a 24 horas.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
75
JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de
que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT
pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida
ao transportador, o que reforça a autonomia do empresário, o que se pretende é dar
segurança ao passageiro de que foi realizada a devida manutenção no veículo antes de
ser utilizado em nova viagem.
1.44.8. Sugere prever que os casos de socorro não configuram subautorização. Justifica
dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma, passível de aplicação
de multas para as empresas.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foi incluída regra ao art. 5º para definir que a prestação de socorro
não configura subautorização, desde que a troca do veículo seja comunicada à ANTT.
1.44.9. Sugere que no art. 11 deixe expresso quais são os débitos impeditivos. Justifica
dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Cumpre esclarecer que os débitos impeditivos são referentes às
multas de prestação de serviço aplicadas pela ANTT ou seus conveniados, sobre as
quais não cabe mais recurso administrativo por parte do transportador. Para evitar a
interpretação subjetiva, o termo “débitos impeditivos” foi substituído por “multas
impeditivas”.
1.44.10. Sugere nova redação para o Art. 20: “Art. 20. Será permitido o embarque
de passageiros em mais de um município do mesmo estado, dentro do eixo rodoviário
que leve a região turística reconhecida pelo Ministério do Turismo, desde que todos os
passageiros e pontos de embarque estejam contemplados na Autorização de Viagem”.
Justifica dizendo que assim será possível contemplar as viagens turísticas com amparo
também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o sistema
poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que compõem as
regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização de viagem.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
76
JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e
que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de
maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da
vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal
condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.
1.44.11. Sugere corrigir o art. 19 suprimindo a expressão “todos”, uma vez que
está em desacordo com a possibilidade de embarques múltiplos.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 19 foi excluído por conflitar com o art. 20.
1.44.12. Sugere, no art. 27, § 2º permitir que o cancelamento da viagem
autorizada possa ocorrer até 60 minutos do horário previsto para o início da viagem.
Justifica dizendo que em viagens de fretamento o embarque dos passageiros é uma
operação muito mais complexa do que a linha regular, e por ser um contrato privado
entre as partes, nem sempre os clientes obedecem rigorosamente o horário, sabendo que
o veículo não partirá sem eles. Ainda, somente após a apresentação de todos os
passageiros é possível verificar inconformidades que possam obrigar o cancelamento da
viagem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito
da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início
da viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade
de cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT.
1.44.13. Sugere supressão do art. 28, § 3º. Justifica dizendo que é impossível
cumprir a exigência em função de que os embarques não são feitos em terminais ou na
sede da empresa e que o fretamento é um serviço privado, onde o cliente define o local e
horário para o embarque, em sua maioria no período noturno. Afirma que as empresas
não possuem pessoal ou equipamentos disponíveis para tal comunicação e que a própria
ANTT responde a maioria das demandas extraordinárias ocorridas nos finais de semana
77
ou feriados somente no dia útil posterior. Segue dizendo que a condição proposta na
minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros. Caso não seja acatada
a solicitação de suprimir a exigência, sugere alterar para a seguinte redação: §3º Toda
alteração manual efetuada superior a 6 até 20% dos passageiros autorizados
inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo
telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade
operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência
foi retirada.
1.44.14. Com relação à Seção das Vedações, art. 61 e seguintes, sugere incluir a
previsão de uma quilometragem extra para desviar-se do roteiro previamente autorizado
sem que seja necessária a anuência da ANTT. Justifica dizendo que a ANTT só poderá
analisar a solicitação de desvio em dias úteis e muitas vezes o desvio foi efetivado num
final de semana ou feriado, para atendimento de necessidades dos próprios passageiros.
Afirma que um desvio de até 100 km é razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125
km para o passeio local, em veículos do tipo M2.
Apresenta a seguinte sugestão de redação para o art. 61, item V:
“V – desviar-se por mais de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado
na licença de viagem”.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio
mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de
manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o
desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do
contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.
1.44.15. Sugere conceder autorização provisória para o fretamento contínuo,
mediante apresentação de documentos que indiquem o tipo de serviço (edital, minuta de
contrato, proposta) com prazo final para apresentação da documentação proposta nesta
78
minuta, sob pena de multa. Justifica dizendo que não é possível obter a documentação
exigida pela ANTT no prazo estabelecido
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A Agência não pode autorizar serviço de fretamento contínuo sem
a devida documentação comprobatória, que legitime o transportador a prestar o serviço.
1.44.16. Sugere, com relação à identidade visual dos veículos fretados, permitir
diferenciação do layout aprovado para frota no caso de bandas, operadoras de turismo
ou companhias aéreas que envelopam os veículos fretados com exclusividade.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo no art. 43 para permitir a exceção, mediante
comunicação à ANTT dos veículos que utilizarão a caracterização diferenciada, a
pedido do contratante.
1.44.17. Sugere incluir a proibição de que os veículos autorizados para exploração
de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de fretamento.
Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados
pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa
provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de
livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular
de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado, ou que seja determinado que
possua frota específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que,
embora sejam utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os
veículos atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda,
com a mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em
breve também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa.
Com relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem
características urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.
1.44.18. Com relação ao art. 10, inciso II, sugere incluir CITV.
79
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Não se pretende admitir o Certificado de Inspeção Técnica
Veicular - CITV, documento de porte obrigatório para viagens internacionais, em
substituição à inspeção técnica exigida para as viagens interestaduais, porque os testes
não são os mesmos, sendo que as exigências dessa inspeção técnica são superiores às
exigências do CITV.
1.44.19. Com relação ao art. 10, inciso III, sugere desobrigar o porte obrigatório
de xerox autenticada de todos os comprovantes nos ônibus. Justifica dizendo ser
possível validar de outra maneira.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A proposta não estabelece, em seu art. 10, inciso III, o porte
obrigatório de cópia autenticada da apólice de seguro de responsabilidade civil. A
exigência só é feita quando ocorre a impossibilidade de emissão de licença de viagem
pelo sistema, conforme descrito no Art. 23, §2º da minuta.
1.44.20. Com relação ao art. 17, solicita que as certidões ou documentos não
percam a validade quando protocoladas no ato da renovação.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Ao contrário do que ocorre atualmente, quando se exige que as
certidões estejam válidas no momento do deferimento do processo, o art. 17 afirma,
exatamente conforme o solicitado, que as certidões devem estar válidas na data do
protocolo.
1.44.21. Com relação ao art. 30, incisos I e II, sugere a supressão dos incisos.
Justifica dizendo que o cálculo não corresponde com a realidade e, na grande maioria
das vezes, o veículo está bloqueado por sistema, mas disponível pelas condições reais
da viagem.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Agência.
JUSTIFICATIVA: Com relação à permanência no destino, o tempo foi revisto com a
intenção de diminuir a interferência na operação. Assim, foi retirada a exigência de
permanência mínima de quatro horas, sendo mantido apenas o tempo de permanência
no destino igual ao tempo do deslocamento de ida. Cabe ressaltar que o transportador
80
pode indicar no roteiro de viagem permanência no destino inferior à regra, sendo a
diferença contabilizada após o término da viagem, para cálculo de liberação do veículo
para a próxima viagem. O tempo de conservação, limpeza e manutenção pretende dar
garantia ao passageiro de que serão observadas as condições de segurança e higiene
antes de disponibilizar o veículo para a próxima viagem. Considerando os argumentos
expostos nesta e em outras contribuições, esse tempo foi reduzido para uma hora,
independente de distância percorrida. Ainda, está prevista a liberação do veículo de
maneira antecipada, para ambos os casos, quando apresentada declaração pelo
transportador, o que preserva a autonomia do empresário na programação dos seus
roteiros.
1.44.22. Com relação ao art. 51, sugere criar modelo de extravio. Justifica dizendo
que atualmente não existe modelo e as empresas sofrem multas constantemente a esse
respeito, devido à interpretação subjetiva do agente.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: As regras sobre extravio de bagagem foram disciplinadas pela
Resolução ANTT nº 1.432/2006 e não são objeto desta Audiência Pública. Cumpre
informar que essa Resolução será revisada no âmbito da Agenda Regulatória
2015/2016, no tema “Revisão da Resolução ANTT nº 1.432, de 26 de abril de 2006, que
trata do transporte de bagagens e encomendas e definição das regras para o transporte de
animais”.
1.44.23. Com relação ao art. 52, sugere que o prazo seja de no máximo 10 dias
úteis. Justifica dizendo que já é solicitado o envio com 90 dias de antecedência e que
demora 45 dias úteis para análise e, ainda, se houver pendência vence o prazo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O prazo indicado na minuta é máximo e não significa que a análise
utilizará todo o período indicado. É prudente que o prazo seja mantido em 45 dias úteis,
para que em períodos de pico de demanda não ocorra o seu descumprimento.
1.44.24. Sugere permitir envio de documentos digitais por e-mail.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
81
JUSTIFICATIVA: A ANTT considera que o recebimento de documentação por e-mail
não é desejável, porque toda a documentação deve compor o processo ou o sistema de
análise de processos. No entanto, é intenção da Agência, sempre que possível, realizar
verificações online por meio da integração de seu sistema, com o de outros órgãos da
administração pública, o que possibilitará isentar à empresa de realizar o envio da
respectiva documentação pelos Correios.
1.44.25. Com relação ao art. 60, inciso III, sugere incluir CTPS.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Não foi possível identificar o pretendido com a contribuição, uma
vez que não apresentou qualquer justificativa ou explicação.
1.45 Advance Transatur Transp. Tur. Ltda
Operador do serviço de Transporte
Pessoa Jurídica
Protocolo: 2202950
1.45.1. Sugere harmonizar nomenclaturas e termos da minuta com o determinado pelo
Ministério do Turismo. Justifica a sugestão afirmando que o transporte turístico é uma
atividade compreendida pelo fretamento, sendo difícil separá-los.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A minuta adota as nomenclaturas e termos do Ministério do
Turismo, naquilo que se aplica a fretamento turístico.
1.45.2. Sugere rever a redação de toda a norma para alterar o termo transportadora para
empresa. Justifica dizendo que foi criada a modalidade operadora, com diferenciais da
transportadora e que deve se garantir que a norma seja igualmente aplicada ao operador,
para que ele não tenha tratamento diferenciado.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador
turístico. A fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de transportador,
foram incluídas as definições de transportador eventual e transportador contínuo. Ainda,
82
a definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do Ministério do
Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.
1.45.3. Sugere aumentar o valor de capital social mínimo exigido. Justifica dizendo que
o valor está muito a quem do que na prática é necessário para se iniciar um negócio no
ramo de transporte, uma atividade complexa, especializada e de grande risco.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,
um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à
medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta
levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota
mínima superior a proposta na minuta. Requer a inclusão da exigência de estar em dia
com a contribuição sindical, como já é feito para o setor de cargas, através da Resolução
3056/09, art. 4º, letra “f”. Justifica dizendo que a exigência consta de Lei Federal, cujo
cumprimento todos estão obrigados, não só do pagamento da contribuição, como
também para ser autorizado a explorar uma atividade (consolidação das leis do
trabalho).
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A Lei nº 10.233/2001, que criou a ANTT, não exige que a
autarquia condicione o registro das empresas de fretamento à entrega da comprovação
do pagamento da contribuição sindical, assim entende-se que o art. 608 da CLT não se
aplica às atribuições específicas conferidas pela Lei nº 10.233.
1.45.4. Sugere que se estabeleça uma frota mínima de veículos para cadastro. Justifica
dizendo que um veículo é muito pouco e que, ao aceitar veículo arrendado, a ANTT
deixa até de exigir apenas um veículo e permite que a empresa opere com nenhum
veículo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do
empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que
melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a
entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância
83
com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento
da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas
empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o
pretendido pelo novo regramento.
1.45.5. Sugere acrescentar um limite de idade para operação dos veículos, em especial
dos M2. Justifica dizendo que alguns Estados e municípios trabalham com a limitação
de idade e, caso a ANTT não adote essa mesma linha, o transporte interestadual e
internacional será a única opção de operação para esses veículos não mais aceitos em
outras esferas. Segue dizendo que as viagens de longa distância são mais perigosas em
função da qualidade das rodovias brasileiras e que veículos mais velhos são mais
propensos a quebras.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,
que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade
compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos
apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade
aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do
ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. Portanto, a limitação da idade
máxima em 15 anos foi considerada adequada para o transporte rodoviário interestadual
e internacional de passageiros em regime de fretamento, à medida que promove
renovação gradual da frota utilizada na prestação dos serviços, mas não interfere nas
características de livre concorrência do mercado, bem como na possibilidade do
contratante de escolher entre várias empresas aquela que melhor lhe atenda, inclusive
em relação à oferta de veículos mais novos.
1.45.6. Sugere remover o impedimento de utilização por 24h de um veículo que foi
substituído numa autorização por avaria ou acidente ou aumentar o número de veículos
mínimos necessários para realizar o transporte interestadual ou internacional. Justifica
84
dizendo que essa condição representa uma intervenção inadequada para uma atividade
de cunho privado, como o fretamento e que tal obrigação sequer é feita para o transporte
regular que possui a obrigatoriedade de frota reserva. Afirma que a empresa poderá
reparar o veículo em tempo inferior a 24 horas.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de
que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT
pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida
ao transportador, o que reforça a autonomia do empresário, o que se pretende é dar
segurança ao passageiro de que foi realizada a devida manutenção no veículo antes de
ser utilizado em nova viagem.
1.45.7. Sugere prever que os casos de socorro não configuram subautorização. Justifica
dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma, passível de aplicação
de multas para as empresas.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo ao art. 5º para definir que a prestação de
socorro não configura subautorização, desde que a troca do veículo seja comunicada à
ANTT.
1.45.8. Sugere, no art. 11, deixar expresso quais são os débitos impeditivos. Justifica
dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Cumpre esclarecer que os débitos impeditivos são referentes às
multas de prestação de serviço aplicadas pela ANTT ou seus conveniados, sobre as
quais não cabe mais recurso administrativo por parte do transportador. Para evitar a
interpretação subjetiva, o termo “débitos impeditivos” foi substituído por “multas
impeditivas”.
1.45.9. Sugere nova redação para o art. 20: “Art. 20. Será permitido o embarque de
passageiros em mais de um município do mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que
leve a região turística reconhecida pelo Ministério do Turismo, desde que todos os
85
passageiros e pontos de embarque estejam contemplados na Autorização de Viagem”.
Justifica dizendo que assim será possível contemplar as viagens turísticas com amparo
também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o sistema
poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que compõem as
regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização de viagem.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e
que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de
maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da
vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal
condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.
1.45.10. Sugere corrigir o art. 19 suprimindo a expressão “todos”, uma vez que
está em desacordo com a possibilidade de embarques múltiplos.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 19 foi excluído por conflitar com o art. 20.
1.45.11. Sugere, no art. 27, § 2º permitir que o cancelamento da viagem
autorizada possa ocorrer até 60 minutos do horário previsto para o início da viagem.
Justifica dizendo que em viagens de fretamento o embarque dos passageiros é uma
operação muito mais complexa do que a linha regular, e por ser um contrato privado
entre as partes, nem sempre os clientes obedecem rigorosamente o horário, sabendo que
o veículo não partirá sem eles. Ainda, somente após a apresentação de todos os
passageiros é possível verificar inconformidades que possam obrigar o cancelamento da
viagem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito
da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início
da viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade
de cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT.
86
1.45.12. Sugere supressão do art.. 28, § 3º. Justifica dizendo que é impossível
cumprir a exigência em função de que os embarques não são feitos em terminais ou na
sede da empresa e que o fretamento é um serviço privado, onde o cliente define o local e
horário para o embarque, em sua maioria no período noturno. Afirma que as empresas
não possuem pessoal ou equipamentos disponíveis para tal comunicação e que a própria
ANTT responde a maioria das demandas extraordinárias ocorridas nos finais de semana
ou feriados somente no dia útil posterior. Segue dizendo que a condição proposta na
minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros. Caso não seja acatada
a solicitação de suprimir a exigência, sugere alterar para a seguinte redação: §3º Toda
alteração manual efetuada superior a 6 até 20% dos passageiros autorizados
inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo
telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade
operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência
foi retirada.
1.45.13. Com relação à seção Das Vedações, art. 61 e seguintes, sugere incluir a
previsão de uma quilometragem extra para desviar-se do roteiro previamente autorizado
sem que seja necessária a anuência da ANTT. Justifica dizendo que a ANTT só poderá
analisar a solicitação de desvio em dias úteis e muitas vezes o desvio foi efetivado num
final de semana ou feriado, para atendimento de necessidades dos próprios passageiros.
Afirma que um desvio de até 100 km é razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125
km para o passeio local, em veículos do tipo M2. Apresenta a seguinte sugestão de
redação para o Art. 61, item V: “V – desviar-se por mais de 100 km, sem prévia
anuência da ANTT, do roteiro indicado na licença de viagem”.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio
mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de
manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o
desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do
contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.
87
1.45.14. Sugere conceder autorização provisória para o fretamento contínuo,
mediante apresentação de documentos que indiquem o tipo de serviço (edital, minuta de
contrato, proposta) com prazo final para apresentação da documentação proposta nesta
minuta, sob pena de multa. Justifica dizendo que não é possível obter a documentação
exigida pela ANTT no prazo estabelecido
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A Agência não pode autorizar serviço de fretamento contínuo sem
a devida documentação comprobatória, que legitime o transportador a prestar o serviço.
1.45.15. Sugere, com relação à identidade visual dos veículos fretados, permitir
diferenciação do layout aprovado para frota no caso de bandas, operadoras de turismo
ou companhias aéreas que envelopam os veículos fretados com exclusividade.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo no art. 43 para permitir a exceção, mediante
comunicação à ANTT dos veículos que utilizarão a caracterização diferenciada, a
pedido do contratante.
1.45.16. Sugere incluir a proibição de que os veículos autorizados para exploração
de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de fretamento.
Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados
pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa
provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de
livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular
de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota
específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam
utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos
atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a
mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve
também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com
88
relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características
urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.
1.45.17. Com relação ao art. 10, inciso II, sugere incluir CITV.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Não se pretende admitir o Certificado de Inspeção Técnica
Veicular - CITV, documento de porte obrigatório para viagens internacionais, em
substituição à inspeção técnica exigida para as viagens interestaduais, porque os testes
não são os mesmos, sendo que as exigências dessa inspeção técnica são superiores às
exigências do CITV.
1.45.18. Com relação ao Art. 10, inciso III, sugere desobrigar o porte obrigatório
de xerox autenticada de todos os comprovantes nos ônibus. Justifica dizendo ser
possível validar de outra maneira.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A proposta não estabelece, em seu art. 10, inciso III, o porte
obrigatório de cópia autenticada da apólice de seguro de responsabilidade civil. A
exigência só é feita quando ocorre a impossibilidade de emissão de licença de viagem
pelo sistema, conforme descrito no art. 23, §2º.
1.45.19. Com relação ao art. 17, solicita que as certidões ou documentos não
percam a validade quando protocoladas no ato da renovação.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Ao contrário do que ocorre atualmente, quando se exige que as
certidões estejam válidas no momento do deferimento do processo, o art. 17 afirma,
exatamente conforme o solicitado, que as certidões devem estar válidas na data do
protocolo.
1.45.20. Com relação ao art. 30, incisos I e II, sugere a supressão dos incisos.
Justifica dizendo que o cálculo não corresponde com a realidade e, na grande maioria
das vezes, o veículo está bloqueado por sistema, mas disponível pelas condições reais
da viagem.
89
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Agência.
JUSTIFICATIVA: Com relação à permanência no destino, o tempo foi revisto com a
intenção de diminuir a interferência na operação. Assim, foi retirada a exigência de
permanência mínima de quatro horas, sendo mantido apenas o tempo de permanência
no destino igual ao tempo do deslocamento de ida. Cabe ressaltar que o transportador
pode indicar no roteiro de viagem permanência no destino inferior à regra, sendo a
diferença contabilizada após o término da viagem, para cálculo de liberação do veículo
para a próxima viagem. O tempo de conservação, limpeza e manutenção pretende dar
garantia ao passageiro de que serão observadas as condições de segurança e higiene
antes de disponibilizar o veículo para a próxima viagem. Considerando os argumentos
expostos nesta e em outras contribuições, esse tempo foi reduzido para uma hora,
independente de distância percorrida. Ainda, está prevista a liberação do veículo de
maneira antecipada, para ambos os casos, quando apresentada declaração pelo
transportador, o que preserva a autonomia do empresário na programação dos seus
roteiros.
1.45.21. Com relação ao art. 51, sugere criar modelo de extravio. Justifica dizendo
que atualmente não existe modelo e as empresas sofrem multas constantemente a esse
respeito, devido à interpretação subjetiva do agente.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: As regras sobre extravio de bagagem foram disciplinadas pela
Resolução ANTT nº 1.432/2006 e não são objeto desta Audiência Pública. Cumpre
informar que essa Resolução será revisada no âmbito da Agenda Regulatória
2015/2016, no tema “Revisão da Resolução ANTT nº 1.432, de 26 de abril de 2006, que
trata do transporte de bagagens e encomendas e definição das regras para o transporte de
animais”.
1.45.22. Com relação ao art. 52, sugere que o prazo seja de no máximo 10 dias
úteis. Justifica dizendo que já é solicitado o envio com 90 dias de antecedência e que
demora 45 dias úteis para análise e, ainda, se houver pendência vence o prazo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
90
JUSTIFICATIVA: O prazo indicado na minuta é máximo e não significa que a análise
utilizará todo o período indicado. É prudente que o prazo seja mantido em 45 dias úteis,
para que em períodos de pico de demanda não ocorra o seu descumprimento.
1.45.23. Sugere permitir envio de documentos digitais por e-mail.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A ANTT considera que o recebimento de documentação por e-mail
não é desejável, porque toda a documentação deve compor o processo ou o sistema de
análise de processos. No entanto, é intenção da Agência, sempre que possível, realizar
verificações online por meio da integração de seu sistema, com o de outros órgãos da
administração pública, o que possibilitará isentar à empresa de realizar o envio da
respectiva documentação pelos Correios.
1.45.24. Com relação ao Art. 60, inciso III, sugere incluir CTPS.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Não foi possível identificar o pretendido com a contribuição, uma
vez que não apresentou qualquer justificativa ou explicação.
1.46 Sr. Hilário Augusto de Araújo
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa jurídica
SINDETRANSTUR Sindicato das Empresas de Transporte Turístico e de
Fretamento no Estado de Pernambuco
Cargo: Diretor Secretário
Protocolo: 2202967
1.46.1. Com relação ao Art. 3º, inciso I, sugere constar que o serviço poderá ser
prestado por Transportadoras Turísticas Autorizadas como também por Agências de
Viagens Autorizadas, com frota própria e com registro no CADASTUR.
Justifica apresentando a informação de que as Transportadoras Turísticas possuírem
CNAE cuja opção exclui a empresa do regime de tributação do Simples Nacional
(CNAE 4929-9/02), o que não ocorre com as Agências de Turismo. Com isso todos os
91
MEI’s e Microempresas Agências de Turismo, optantes pelo simples e que tenham frota
Própria, seriam incluídos e atendidos pela Nova Resolução.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A classe 7911-2 (AGÊNCIAS DE VIAGENS) não garante
que a empresa possua frota própria e vá prestar o serviço de transporte ela mesma e não
por intermédio de terceiros. Para que a Agência de Viagem possa realizar serviço de
transporte interestadual ou internacional, deverá incluir em seu cadastro do CNPJ a
atividade 4929-9/04 (ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS
RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E
INTERNACIONAL), cuja descrição garante a prestação direta do serviço de transporte.
No entanto, tal entendimento não enseja revisão da minuta, uma vez que o normativo
propõe apenas que haja compatibilidade entre o ramo de atuação da empresa e o serviço
regulado pela Agência, de maneira que qualquer atividade econômica cuja relação possa
ser identificada será aceita para fins de cadastro.
1.46.2. Sugere reavaliação da taxa de fiscalização definida pela Lei nº 12.996 de
18.06.2014, mantendo-a nos mesmos padrões anteriores para os M3 e estabelecendo-se
um critério de proporcionalidade (visa vis o n° de passageiros) para os M2. Justifica
dizendo que se trata de uma obrigação acessória extremamente cara para os MEI’s e
Microempresas e que não é uma taxa inclusiva e sim sectária. Considerando que com a
nova resolução uma quantidade significativa de novos veículos será inclusa no sistema,
o aumento de arrecadação seria viabilizado com o aumento da base tarifada, e não com
o aumento do valor e frequência da tarifa.
RESPOSTA: contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A taxa de fiscalização foi instituída pela Lei nº 12.996, de 18 de
junho de 2014, que já estabeleceu o valor a ser cobrado. Portanto, a natureza da taxa, o
valor estabelecido e critérios de proporcionalidade serão tratados em resolução
específica, e, portanto, não são escopos da Audiência Pública nº 14/2014.
1.46.3. Com relação ao art. 10, §2º, sugere abolir a exigência. Justifica dizendo que
pedir essa autorização é redundância, já que o agente financeiro não se oporia, por ter
todo o interesse de que o seu cliente possa auferir receitas com o registro na ANTT.
92
Segue dizendo que tal exigência só engorda as receitas dos agentes financeiros, que
cobram consideráveis taxas de serviços para apresentar tal autorização.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados na contribuição, a carta
de anuência não será solicitada para cadastramento da frota, quando a restrição estiver
relacionada a agentes financeiros.
1.46.4. Com relação ao art. 26, parágrafo único, sugere limitar o número de vidas,
conforme o que prescrever o respectivo Seguro de Responsabilidade Civil contratado
para o veículo, de maneira que o número total de ocupantes do veículo, entre
responsáveis e crianças de colo, não ultrapasse o número de vidas do SRC. Justifica
dizendo que, da maneira proposta o operador de um veículo de 15 lugares, por exemplo,
poderá transportar até 30 vidas, ou seja, 15 responsáveis mais 15 crianças de colo,
quando, no entanto, o seu SRC só cobrirá 15 vidas.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O valor de cobertura do seguro de responsabilidade civil (0623
Resp. C.T. Rodoviário Interestadual e Inter - RC ÔNIBUS) é estabelecido por veículo e
por evento e pretende garantir a liquidação de danos causados aos passageiros e seus
dependentes, em virtude de acidente quando da realização da viagem, sem prejuízo da
cobertura do seguro obrigatório de danos pessoais (DPVAT), a que se refere a Lei nº
6.194, de 19 de dezembro de 1974. Os parâmetros para cálculo das indenizações
devidas são normatizados pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, que
detém a competência para regular a matéria e não são objeto desta Audiência Pública.
1.46.5. Com relação ao Art. 37, parágrafo único, sugere que os veículos do tipo M2
sejam submetidos à Inspeção Técnica Veicular, nos mesmos critérios dos veículos M3.
Justifica dizendo que o CONTRAN já definiu procedimentos para homologação de
veículos M2 junto ao Registro Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM e que
tais veículos atendem a legislação atualmente em vigor, no que diz respeito aos critérios
de segurança e de resistência e ainda, que são construídos considerando os mais
modernos requisitos de engenharia, tal como os M3, resguardando-se, obviamente, suas
93
peculiaridades. Pelo apresentado afirma serem desnecessárias inspeções em períodos
menores.
Encaminha declarações das montadoras Mercedes-Benz e Renault do Brasil, que
atestam o cumprimento dos padrões de segurança dos veículos tipo M2, em acordo com
o estabelecido pelas normas ABNT, IBAMA e DENATRAN.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais
contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica
veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança
necessárias à prestação do serviço, independente do tipo de veículo.
1.46.6. Com relação ao Art. 41, Inciso I, sugere que os veículos do tipo M2 sejam
cadastrados para todo e qualquer tipo de serviço, inclusive o circuito fechado, sendo
estabelecido o critério de 05h30 de viagem por 30min de repouso, nos mesmos moldes
da Nova Lei do Descanso para Caminhoneiros.
Justifica dizendo que deve se considerar os relatos das montadoras, sob o ponto de vista
de segurança, resistência, conforto, qualidade e eficiência dos M2, inclusive os
procedimentos já relatados utilizados pelo CONTRAN/DENATRAN, para homologar
tais veículos, além do próprio mercado usuário do turismo demandar deslocamentos
regionais maiores do que esses apresentados, sendo tais limites são inadequados. Ainda,
considera que a utilização de veículos M2 atende a liberdade de escolha em condições
mais favoráveis ao usuário, pela redução do valor pago pelos serviços, pois são veículos
que melhor atendem às suas necessidades de deslocamento em grupos menores e, pela
eficiência, vai ao encontro da redução de combustíveis pelo seu menor consumo em
consonância aos interesses do Brasil em tratados internacionais para redução de
poluentes. Afirma que, devido às condições técnicas aprovadas pelo CONTRAN,
DENATRAN, IBAMA, CONAMA e demais órgãos que legislam sobre o assunto, o
Micro-ônibus M2 está apto para realizar viagens de longo percurso com conforto,
segurança e eficiência.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Importante salientar que, atualmente, a utilização de veículos do
tipo M2 não é permitida no transporte rodoviário interestadual e internacional de
94
passageiros em regime de fretamento e que o novo regramento pretende admitir
veículos do tipo M2 – Micro-ônibus no cadastro. No entanto, em um primeiro
momento, ao contrário do sugerido, a proposta é permitir que tais veículos sejam
utilizados somente na prestação de serviço de fretamento contínuo e de fretamento
turístico, nas modalidades traslado ou passeio local. Tais serviços foram escolhidos
porque não incluem pernoite e, em geral, percorrem distâncias menores, com número
reduzido de passageiros ou sem a presença de bagagem. Assim, será promovida a
entrada gradual de veículos do tipo Micro-ônibus no mercado interestadual e
internacional.
Conforme a sugestão apresentada, foram utilizados novos parâmetros para definição de
quilometragem máxima mais adequada, que serão descritos na sequencia. Inicialmente,
a utilização de dupla de motoristas não foi considerada aceitável para os veículos do
tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o descanso do segundo motorista
durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho
padrão do motorista profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente,
atualmente de 8 (oito) horas.
Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação
dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O
cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza
valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação
Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.
Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além
de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por
tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
95
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços.
Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,
por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da
maioria dos trechos.
Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem
máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com
apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.
Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos
conforme a quilometragem máxima obtida.
1.46.7. Em referência a Nota Técnica nº 68/2014, Item 4, Dos Veículos, afirma que nas
páginas de 117 a 123 fica clara a preocupação da Agência nos quesitos relacionados a
padrões de eficiência, segurança, conforto, regularidade e pontualidade e modicidade
nas tarifas, tudo visando a garantia do interesse público, a segurança das populações e a
preservação do meio ambiente e que há sugestão da Procuradoria para indicação de
limites para os seus deslocamentos.
Considerando a interpretação exposta, apresenta análise de cada quesito da Nota,
conforme os itens a seguir.
Dos Padrões de Eficiência: os M2 são muito eficientes sob o ponto de vista da
mobilidade no trânsito, deslocam-se com fluidez nos engarrafamentos, tanto no ponto
de origem como no destino e na estrada são mais ágeis nas subidas, além da relação
custo x benefício;
Da Segurança: são projetados, desenvolvidos, produzidos e homologados para o
transporte de passageiros, e atendem plenamente as especificações da resolução 416/12
do CONTRAN e da Portaria DENATRAN 190/09, conforme declaração de montadoras;
96
Do Conforto: diferentemente da Nota da SUPAS, citada na Nota Técnica, os M2
possuem poltronas reclináveis, individuais, com apoio de cabeça e de braços, e no que
se refere ao acondicionamento de bagagens, quando se faz necessário, elas podem ser
comodamente instaladas nas chamadas carretas para bagagens, tornando a cabine um
ambiente somente para passageiros e afora os porta-volumes instalados acima das
poltronas, possuem ainda corredor central e saída de emergência;
Da Regularidade e Pontualidade: Face às suas características de agilidade e fluidez,
poderá garantir muito mais regularidade e pontualidade;
Da Modicidade das Tarifas: Neste ponto o M2 é imbatível. Por exemplo, como justificar
a contratação de um ônibus para deslocar-se de Recife para Natal, num circuito fechado,
com um grupo de 10 pessoas? Claramente o M2 é mais barato. Obviamente, quando
falamos na garantia dos interesses públicos tanto o M2 quanto o M3, atendem, cada um,
de sua forma.
Diz que, com sua apresentação, fica fundamentada ainda a utilização do M2, sob o
ponto de vista socioeconômico, o que reforça e justifica a necessidade da utilização
destes tipos de veículos, por pequenos grupos de até 20 pessoas, em observância aos
interesses do turismo integrado de acordo com as diretrizes da Lei Geral do Turismo e
da Portaria 312 do Ministério do Turismo.
Ainda, coloca que a legislação proposta contraria a lógica do desenvolvimento do
Turismo Integrado da nossa região Nordeste, e em outras regiões do País,
desconhecendo o enorme potencial turístico e interesse econômico relacionado à faixa
litorânea entre os Estados da Bahia até o Ceará e áreas adjacentes.
Cita o projeto de lei, de 2005, do Ex-Deputado Marcondes Gadelha-PB: "Até mesmo o
Tribunal de Contas da União - TCU -, realizou auditoria operacional na ANTT, cujos
resultados apontaram que a fixação e exigência de parâmetros operacionais excessivos,
que não consideram adequadamente os aspectos de qualidade e quantidade da oferta de
serviços, resultam em concentração econômica e restrição à universalização e à
concorrência, por meio da criação de óbices desnecessários à entrada de novas empresas
no mercado de transporte rodoviário de passageiros, podendo ser consideradas
restritivas à competição, prejudicando o interesse dos usuários e a eficiência do
serviço".
97
Finaliza dizendo que, quanto a Preservação do Meio Ambiente, os M2 são econômicos
e perfeitamente ajustados aos requisitos da Legislação quanto aos limites de emissão de
poluentes, conforme certificação do IBAMA e CONAMA, atendendo acordos
internacionais firmados pelo Brasil.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente a utilização de veículos do tipo M2
não é permitida na prestação do serviço de transporte rodoviário de passageiros
interestadual e internacional, em regime de fretamento, a proposta configura avanço da
regulação em admitir que veículos do tipo M2 atingem os padrões de eficiência,
segurança, conforto, podendo atender os mercados eleitos por esta agência como
adequados às características de tais veículos.
1.46.8. Em referência a Nota Técnica nº 68/2014, Item 4, Dos Veículos, páginas de 120
a 121, sugere que, considerando as especificidades dos M2, seja elaborado termo que
garanta as mínimas condições de acessibilidade, para frota cuja operadora possua menos
de dez (10) veículos M2 e que, para operadoras com maior número de veículos M2, seja
determinado apenas 10% de acessibilidade plena.
Justifica dizendo que, pelas suas características de tamanho e capacidade de
passageiros, uma legislação especifica deve ser desenvolvida, adaptando-se às
necessidades e possibilidades do M2.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A exigência da acessibilidade dos serviços de transporte coletivo
rodoviário de passageiros foi determinada pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de
2004. Ainda, o mesmo Decreto estabeleceu que a frota de veículos de transporte
coletivo rodoviário e a infraestrutura dos serviços deste transporte deveriam estar
totalmente acessíveis desde 2 de dezembro de 2014 e que as normas técnicas para
adaptação dos veículos, de forma a torna-los acessíveis, seriam elaboradas pelas
instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial. Logo, não é escopo da regulamentação em tela, nem pode esta
agência determinar a dispensa de adaptação de veículos com base em percentual de
frota, cabendo apenas à entidade competente determinar a impossibilidade ou
especificidade de adaptação de cada tipo de veículo.
98
1.46.9. Com relação ao Art. 45, o sistema deveria ser utilizado para as operadoras que já
possuam o seu próprio monitoramento e, neste caso, a Agência daria algum tipo de
incentivo para aquelas que oferecessem um link para sua empresa rastreadora ou que a
própria Agência contratasse, através de um programa federal, uma operadora arcando
com os custos de sua proposta.
Justifica dizendo que a possibilidade da fiscalização de campo ter seus custos reduzidos
com a nova iniciativa, poderia compensar todo o investimento com o monitoramento, ao
invés de transferi-lo às operadoras.
Finaliza dizendo que considera a iniciativa importante, mas entende que isso representa
mais um custo, dentre tantos, que já são impostos ao micro empresariado.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 45 estabelece apenas que os veículos devam dispor de
sistema de monitoramento. As regras do monitoramento foram disciplinadas pela
Resolução ANTT nº 4.499/2014, que tratou de maneira diferenciada cada tipo de
serviço, de acordo com as suas especificidades. O sistema de monitoramento da ANTT
não é restrito, pode ser desenvolvido para gerar também relatórios à empresa de
transporte e a outros órgãos, logo as empresas de transporte também poderão se
beneficiar do sistema de monitoramento com um maior controle da operação de
transporte.
1.46.10. Com relação ao Art. 68, sugere que a Resolução entre em vigor
imediatamente após a sua publicação.
Justifica dizendo que o mercado, o sistema, o turismo integrado, o empresariado e a
sociedade como um todo perdem por ainda permanecer a legislação atual, que é
excludente e desatualizada.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando o volume de alterações propostas, a ANTT considera
pertinente estabelecer prazo para que as medidas entrem em vigor, a fim de possibilitar
que o mercado e a Agência possam se preparar de maneira adequada para o
cumprimento das novas disposições.
99
1.47 Sra. Regina Rocha de Souza Pinto
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
Zanca Transportes LTDA ME
Cargo: Assessora Jurídica de Transportes
Protocolo: 2202997
1.47.1. Sugere aumentar o capital social mínimo exigido para R$ 300.000,00. Justifica
dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de profissionalismo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,
um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à
medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta
levou em consideração à média do capital social de empresa cadastrada com frota
mínima superior a proposta na minuta.
1.47.2. Sugere aumentar a quantidade mínima de veículos para três, de plena
propriedade. Justifica dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de
profissionalismo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do
empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que
melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a
entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância
com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento
da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas
empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o
pretendido pelo novo regramento.
1.47.3. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, sendo até 15 anos para
ônibus e até 5 anos para veículos M2. Justifica dizendo que os Estados e os municípios,
em sua maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT não adote essa
100
mesma linha, o transporte interestadual e internacional será a única opção de operação
para esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue dizendo que justamente
as viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em função da qualidade das
rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais velhos, desgastados, mais
propensos a quebras, poluentes, etc.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,
que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade
compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos
apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade
aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do
ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da
idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais
adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em
regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na
prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do
mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas
aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.
1.47.4. Sugere nova redação para o art. 20:
“Será permitido o embarque de passageiros em mais de um município do mesmo
estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região turística reconhecida pelo Ministério
do Turismo, desde que todos os passageiros e pontos de embarque estejam
contemplados na Licença de Viagem”.
Justifica dizendo que dessa forma será possível contemplar as viagens turísticas com
amparo também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o
sistema poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que
compõem as regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização
de viagem.
101
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e
que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de
maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da
vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal
condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.
1.47.5. Propõe nova redação para o §3º do art. 28:
“Toda alteração manual efetuada superior a 6 (seis) até 20% dos passageiros autorizados
inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo
telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.
Justifica dizendo que conceder o benefício (alteração de 20%) com a condição proposta
na minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade
operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência
foi retirada.
1.47.6. Sugere estabelecer na Resolução a proibição de que os veículos autorizados para
exploração de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de
fretamento.
Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados
pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa
provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de
livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular
de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota
específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam
utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos
atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a
mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve
102
também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com
relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características
urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.
1.48 Sra. Regina Rocha de Souza Pinto
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
Viação Vitali LTDA EPP
Cargo: Assessora Jurídica de Transportes
Protocolo: 2203110
1.48.1. Sugere aumentar o capital social mínimo exigido para R$ 300.000,00. Justifica
dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de profissionalismo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,
um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à
medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta
levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota
mínima superior a proposta na minuta.
1.48.2. Sugere aumentar a quantidade mínima de veículos para três, de plena
propriedade. Justifica dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de
profissionalismo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do
empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que
melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a
entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância
com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento
da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas
empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o
pretendido pelo novo regramento.
103
1.48.3. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, sendo até 15 anos para
ônibus e até 5 anos para veículos M2. Justifica dizendo que os Estados e os municípios,
em sua maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT não adote essa
mesma linha, o transporte interestadual e internacional será a única opção de operação
para esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue dizendo que justamente
as viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em função da qualidade das
rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais velhos, desgastados, mais
propensos a quebras, poluentes, etc.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,
que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade
compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos
apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade
aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do
ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da
idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais
adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em
regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na
prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do
mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas
aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.
1.48.4. Sugere nova para o art. 20:
“Será permitido o embarque de passageiros em mais de um município do mesmo
estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região turística reconhecida pelo Ministério
do Turismo, desde que todos os passageiros e pontos de embarque estejam
contemplados na Licença de Viagem”.
104
Justifica dizendo que dessa forma será possível contemplar as viagens turísticas com
amparo também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o
sistema poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que
compõem as regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização
de viagem.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e
que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de
maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da
vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal
condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.
1.48.5. Propõe nova redação para o §3º do art. 28:
“Toda alteração manual efetuada superior a 6 (seis) até 20% dos passageiros autorizados
inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo
telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.”
Justifica dizendo que conceder o benefício (alteração de 20%) com a condição proposta
na minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade
operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência
foi retirada.
1.48.6. Sugere nova redação para o art. 61, inciso V:
“V – desviar-se por mais de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado
na licença de viagem”.
Justifica dizendo que a ANTT só poderá analisar a solicitação de desvio em dias úteis e
muitas vezes o desvio foi efetivado num final de semana ou feriado, para atendimento
de necessidades dos próprios passageiros. Afirma que um desvio de até 100 km é
razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125 km para o passeio local, em veículos
do tipo M2.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
105
JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio
mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de
manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o
desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do
contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.
1.48.7. Sugere estabelecer na Resolução a proibição de que os veículos autorizados para
exploração de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de
fretamento.
Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados
pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa
provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de
livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular
de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota
específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam
utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos
atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a
mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve
também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com
relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características
urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.
1.49 Sra. Regina Rocha de Souza Pinto
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
Empresa São João de Turismo LTDA
Cargo: Assessora Jurídica de Transportes
Protocolo: 2203127
106
1.49.1. Sugere aumentar o capital social mínimo exigido para R$ 300.000,00. Justifica
dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de profissionalismo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,
um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à
medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta
levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota
mínima superior a proposta na minuta.
1.49.2. Sugere aumentar a quantidade mínima de veículos para três, de plena
propriedade. Justifica dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de
profissionalismo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do
empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que
melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a
entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância
com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento
da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas
empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o
pretendido pelo novo regramento.
1.49.3. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, sendo até 15 anos para
ônibus e até 5 anos para veículos M2. Justifica dizendo que os Estados e os municípios,
em sua maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT não adote essa
mesma linha, o transporte interestadual e internacional será a única opção de operação
para esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue dizendo que justamente
as viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em função da qualidade das
rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais velhos, desgastados, mais
propensos a quebras, poluentes, etc.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
107
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,
que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade
compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos
apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade
aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do
ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da
idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais
adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em
regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na
prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do
mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas
aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.
1.49.4. Sugere nova para o art. 20: “Será permitido o embarque de passageiros em mais
de um município do mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região turística
reconhecida pelo Ministério do Turismo, desde que todos os passageiros e pontos de
embarque estejam contemplados na Licença de Viagem”.
Justifica dizendo que dessa forma será possível contemplar as viagens turísticas com
amparo também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o
sistema poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que
compõem as regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização
de viagem.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e
que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de
maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da
vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal
condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.
108
1.49.5. Propõe nova redação para o §3º do art. 28: “Toda alteração manual efetuada
superior a 6 (seis) até 20% dos passageiros autorizados inicialmente deverá ser
informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo telefone 166 até 2 horas
do início programado da viagem.”
Justifica dizendo que conceder o benefício (alteração de 20%) com a condição proposta
na minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade
operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência
foi retirada.
1.49.6. Sugere nova redação para o art. 61, inciso V:
“V – desviar-se por mais de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado
na licença de viagem”.
Justifica dizendo que a ANTT só poderá analisar a solicitação de desvio em dias úteis e
muitas vezes o desvio foi efetivado num final de semana ou feriado, para atendimento
de necessidades dos próprios passageiros. Afirma que um desvio de até 100 km é
razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125 km para o passeio local, em veículos
do tipo M2.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio
mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de
manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o
desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do
contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.
1.49.7. Sugere estabelecer na Resolução a proibição de que os veículos autorizados para
exploração de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de
fretamento.
Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados
pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa
provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.
109
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de
livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular
de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota
específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam
utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos
atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a
mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve
também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com
relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características
urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.
1.50 Sra. Regina Rocha de Souza Pinto
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
Recpaz Transportes e Turismo LTDA
Cargo: Assessora Jurídica de Transportes
Protocolo: 2203152
1.50.1. Sugere aumentar o capital social mínimo exigido para R$ 500.000,00,
integralizado. Justifica dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de
profissionalismo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,
um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à
medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta
levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota
mínima superior a proposta na minuta.
1.50.2. Sugere aumentar a quantidade mínima de veículos para cinco, de plena
propriedade. Justifica dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de
profissionalismo.
110
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do
empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que
melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a
entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância
com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento
da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas
empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o
pretendido pelo novo regramento.
1.50.3. Sugere exigir comprovação da quitação da contribuição sindical para ingresso no
sistema, como já é feito para o setor de cargas. Justifica que a contribuição sindical é
tributo, exigido por lei federal, cujo recolhimento todos estão obrigados por força das
disposições da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, inclusive para exploração de
atividade que dependa de autorização ou permissão de órgão público, como no caso do
fretamento.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A Lei nº 10.233/2001, que criou a ANTT, não exige que a
autarquia condicione o registro das empresas de fretamento à entrega da comprovação
do pagamento da contribuição sindical, assim entende-se que o art. 608 da CLT não se
aplica às atribuições específicas conferidas pela Lei nº 10.233/2001.
1.50.4. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, sendo até 10 dez (anos) para
ônibus e até 5 (cinco) anos para veículos M2. Justifica dizendo que os Estados e os
municípios, em sua maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT
não adote essa mesma linha, o transporte interestadual e internacional será a única
opção de operação para esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue
dizendo que justamente as viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em
função da qualidade das rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais
velhos, desgastados, mais propensos a quebras, poluentes, etc. Afirma que o excesso de
oferta do serviço no mercado reduzirá o valor do frete e impedirá a renovação da frota,
111
criando um ciclo vicioso que prejudicará o setor e os passageiros de viagens
interestaduais.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,
que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade
compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos
apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade
aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do
ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da
idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais
adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em
regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na
prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do
mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas
aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.
1.50.5. Sugere nova para o art. 20: “Será permitido o embarque de passageiros em mais
de um município do mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região turística
reconhecida pelo Ministério do Turismo, desde que todos os passageiros e pontos de
embarque estejam contemplados na Licença de Viagem”.
Justifica dizendo que dessa forma será possível contemplar as viagens turísticas com
amparo também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o
sistema poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que
compõem as regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização
de viagem.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e
que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de
maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da
112
vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal
condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.
1.50.6. Propõe nova redação para o §3º do art. 28: “Toda alteração manual efetuada
superior a 6 (seis) até 20% dos passageiros autorizados inicialmente deverá ser
informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo telefone 166 até 2 horas
do início programado da viagem.”
Justifica dizendo que conceder o benefício (alteração de 20%) com a condição proposta
na minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade
operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência
foi retirada.
1.50.7. Sugere nova redação para o art. 61, inciso V:
“V – desviar-se por mais de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado
na licença de viagem”.
Justifica dizendo que a ANTT só poderá analisar a solicitação de desvio em dias úteis e
muitas vezes o desvio foi efetivado num final de semana ou feriado, para atendimento
de necessidades dos próprios passageiros. Afirma que um desvio de até 100 km é
razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125 km para o passeio local, em veículos
do tipo M2.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio
mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de
manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o
desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do
contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.
1.50.8. Sugere estabelecer na Resolução a proibição de que os veículos autorizados para
exploração de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de
fretamento.
113
Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados
pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa
provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de
livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular
de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota
específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam
utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos
atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a
mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve
também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com
relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características
urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.
1.51 Sra. Rosa Maria Julio Landin
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
Smile Transportes e Turismo LTDA
Cargo: Assessora Diretoria Sindical
Protocolo: 2203164
1.51.1. Sugere aumentar o capital social mínimo exigido para R$ 300.000,00. Justifica
dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de profissionalismo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,
um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à
medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta
levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota
mínima superior a proposta na minuta.
114
1.51.2. Sugere aumentar a quantidade mínima de veículos para três, de plena
propriedade. Justifica dizendo que a atividade, por ser de risco, exige elevado grau de
profissionalismo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do
empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que
melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a
entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância
com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento
da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas
empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o
pretendido pelo novo regramento.
1.51.3. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, sendo até 15 anos para
ônibus e até 5 anos para veículos M2. Justifica dizendo que os Estados e os municípios,
em sua maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT não adote essa
mesma linha, o transporte interestadual e internacional será a única opção de operação
para esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue dizendo que justamente
as viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em função da qualidade das
rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais velhos, desgastados, mais
propensos a quebras, poluentes, etc.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,
que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade
compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos
apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade
aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do
ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da
idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais
115
adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em
regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na
prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do
mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas
aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.
1.51.4. Sugere nova redação para o art. 20: “Será permitido o embarque de passageiros
em mais de um município do mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região
turística reconhecida pelo Ministério do Turismo, desde que todos os passageiros e
pontos de embarque estejam contemplados na Licença de Viagem”.
Justifica dizendo que dessa forma será possível contemplar as viagens turísticas com
amparo também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o
sistema poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que
compõem as regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização
de viagem.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e
que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de
maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da
vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal
condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.
1.51.5. Propõe nova redação para o §3º do art. 28: “Toda alteração manual efetuada
superior a 6 (seis) até 20% dos passageiros autorizados inicialmente deverá ser
informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo telefone 166 até 2 horas
do início programado da viagem.”
Justifica dizendo que conceder o benefício (alteração de 20%) com a condição proposta
na minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade
operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência
foi retirada.
116
1.51.6. Sugere nova redação para o art. 61, inciso V: “V – desviar-se por mais de 100
km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado na licença de viagem”.
Justifica dizendo que a ANTT só poderá analisar a solicitação de desvio em dias úteis e
muitas vezes o desvio foi efetivado num final de semana ou feriado, para atendimento
de necessidades dos próprios passageiros. Afirma que um desvio de até 100 km é
razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125 km para o passeio local, em veículos
do tipo M2.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio
mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de
manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o
desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do
contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.
1.51.7. Sugere estabelecer na Resolução a proibição de que os veículos autorizados para
exploração de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de
fretamento.
Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados
pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa
provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de
livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular
de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota
específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam
utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos
atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a
mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve
também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com
relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características
urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.
117
1.52 Sr. Rodrigo de Melo e Dutra
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
Elotur e Locação EIRELI
Cargo: Diretor
Protocolo: 2203174
Com relação à distância permitida para o veículo tipo M2, à exigência de adaptação do
veículo tipo M2 e de vistoria semestral para veículo tipo M2, à exigência de capital
social e à agência de Viagem e seu transporte de frota própria, afirma que falta de
conhecimento da prática e das reais necessidades do mercado da diferença entre
transporte coletivo publico e transporte coletivo privado.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A Resolução ANTT 3.705/2001, que dispôs sobre instrumentos do
processo de participação e controle social no âmbito da ANTT, definiu a Audiência
Pública como o instrumento utilizado para consolidar proposta final de ação regulatória,
aberto ao público, que possibilita participação oral ou escrita em sessões presenciais,
sobre matéria que afete restritivamente direitos de agentes econômicos e usuários. Logo,
tal instrumento é utilizado pela Agência Reguladora para oportunizar a participação do
mercado regulado, a fim de propiciar que a regulação seja adequada à sua dinâmica,
bem como suas necessidades. Os itens citados, acessibilidade, inspeção técnica veicular,
capital social e agência de viagem, foram abordados em outras contribuições, que
apresentaram sugestões sobre o tema. Todas essas contribuições foram apreciadas e
consideradas pela ANTT, que revisou a proposta, a fim de melhor atender o
transportador. Assim, durante o processo, se demonstrou o interesse da Agência em
acolher a experiência daqueles que vivenciam as normas na prática. Ainda, sobre a
diferença entre transporte coletivo público e transporte coletivo privado, a distinção se
faz, principalmente, por meio dos diferentes normativos editados pela ANTT, aplicáveis
a cada um dos tipos de serviço. Seja pelas características de serviço público ou privado,
da área de abrangência ser urbana ou não, dentre outras, há sensíveis diferenças entre as
características operacionais, gerenciais e financeiras entre as empresas prestadoras de
118
serviço regular, com ônibus rodoviário ou com ônibus urbano, e as empresas
prestadoras de serviço de fretamento. Vide quadro abaixo:
Serviço Regular
operado com
ônibus rodoviário
Serviço Regular
operado com
ônibus urbano
Serviço de
Fretamento
Tipo de ônibus padrão rodoviário padrão urbano padrão rodoviário
Remuneração
venda antecipada
de passagem
individual para o
passageiro,
definida pelo
Poder Público
venda no veículo –
catraca ou similar
– de passagem
individual para o
passageiro,
definida pelo
Poder Público
contrato de
transporte por
evento, com preço
acordado entre as
partes
Venda de
Passagem
nos guichês
localizados nos
terminais
rodoviários
no veículo não há
Embarque e
desembarque
terminais
rodoviários
por todo o
itinerário nas ruas e avenidas
Passageiros em pé não permite permite apenas em caso de
socorro
Paradas para
descanso e
refeição
a cada 4 horas nos
locais previamente
definidos no
esquema
operacional
não há
Definidas de
acordo com o
planejamento de
cada viagem
Infraestrutura de
Garagem
existente de acordo
com a
programação
operacional da
empresa, nos
pontos de seção
existente de acordo
com a
programação
operacional da
empresa,
especialmente nos
na sede da empresa
119
estratégicos. municípios de
origem das viagens
Infraestrutura de
Ponto de Apoio
para troca de
motorista, guarda
de carro reserva e
manutenção dos
veículos
Existente ao longo
do itinerário das
linhas
não é exigido não é exigido
Atendimento da
demanda
obrigatoriedade de
adaptação a picos
extraordinários de
demanda
obrigatoriedade de
adaptação a picos
extraordinários de
demanda
livre conforme
estratégia
empresarial
1.53 Sr. Rodrigo de Melo e Dutra
Operador do serviço de Transporte
Pessoa jurídica
Elotur e Locação EIRELI
Cargo: Diretor
Protocolo: 2203185
1.53.1 Afirma que a minuta impede que agências de viagem realizem o transporte de
seus turistas em veículos próprios, Justifica que existe o turismo de lazer, negocio,
medico, aventura e etc.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: As agências de viagens não estão impedidas de realizar o transporte
de seus turistas, no entanto a classe 7911-2 (AGÊNCIAS DE VIAGENS) não garante
que a empresa possua frota própria e vá prestar o serviço de transporte ela mesma e não
por intermédio de terceiros. Para que a Agência de Viagem possa realizar serviço de
transporte interestadual ou internacional, deverá incluir em seu cadastro do CNPJ a
atividade 4929-9/04 (ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS
RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E
120
INTERNACIONAL), cuja descrição garante a prestação direta do serviço de transporte.
No entanto, tal entendimento não proíbe a atuação das Agências de Viagem, uma vez
que o normativo propõe apenas que haja compatibilidade entre o ramo de atuação da
empresa e o serviço regulado pela Agência, de maneira que qualquer atividade
econômica cuja relação possa ser identificada será aceita para fins de cadastro.
1.53.2 Afirma que é necessário saber diferenciar transporte coletivo público que é
permitido mediante concessão, permissão e autorização e o transporte coletivo privado.
Justifica que o último deve ter mais autonomia e opções. Exemplifica que um cliente
pode querer alugar um fusca ou uma SUV ( muito mais confortável), mas no transporte
público os órgãos públicos devem exigir o mínimo de conforto que entenderam
necessário.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A ANNT distingue o transporte coletivo público e o transporte
coletivo privado, principalmente, por meio dos diferentes normativos editados pela
Agência, aplicáveis a cada um dos tipos de serviço. Seja pelas características de serviço
público ou privado, da área de abrangência ser urbana ou não, dentre outras, há
sensíveis diferenças entre as características operacionais, gerenciais e financeiras entre
as empresas prestadoras de serviço regular, com ônibus rodoviário ou com ônibus
urbano, e as empresas prestadoras de serviço de fretamento. Vide quadro abaixo:
Serviço Regular
operado com
ônibus rodoviário
Serviço Regular
operado com
ônibus urbano
Serviço de
Fretamento
Tipo de ônibus padrão rodoviário padrão urbano padrão rodoviário
Remuneração
venda antecipada
de passagem
individual para o
passageiro,
definida pelo
Poder Público
venda no veículo –
catraca ou similar
– de passagem
individual para o
passageiro,
definida pelo
Poder Público
contrato de
transporte por
evento, com preço
acordado entre as
partes
Venda de nos guichês no veículo não há
121
Passagem localizados nos
terminais
rodoviários
Embarque e
desembarque
terminais
rodoviários
por todo o
itinerário nas ruas e avenidas
Passageiros em pé não permite permite apenas em caso de
socorro
Paradas para
descanso e
refeição
a cada 4 horas nos
locais previamente
definidos no
esquema
operacional
não há
Definidas de
acordo com o
planejamento de
cada viagem
Infraestrutura de
Garagem
existente de acordo
com a
programação
operacional da
empresa, nos
pontos de seção
estratégicos.
existente de acordo
com a
programação
operacional da
empresa,
especialmente nos
municípios de
origem das viagens
na sede da empresa
Infraestrutura de
Ponto de Apoio
para troca de
motorista, guarda
de carro reserva e
manutenção dos
veículos
Existente ao longo
do itinerário das
linhas
não é exigido não é exigido
Atendimento da
demanda
obrigatoriedade de
adaptação a picos
extraordinários de
demanda
obrigatoriedade de
adaptação a picos
extraordinários de
demanda
livre conforme
estratégia
empresarial
122
1.53.3 Pergunta por que as empresas com objeto social - Serviços de transporte de
passageiros com motoristas, CNAE (4923-0/02), não podem realizar o serviço regulado
pela ANTT. Justifica que essas empresas terão que mudar seu objeto social e por,
consequência, serão proibidas de optar pela tributação SIMPLES NACIONAL.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A atividade 4923-2/02 é uma subclasse da classe 4923-0
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE TÁXI. O serviço de táxi não é regulado por esta
Agência. O serviço regulado pela ANTT, no âmbito do transporte fretado, se relaciona
apenas com a classe 4929-9 TRANSPORTE RODOVIÁRIO COLETIVO DE
PASSAGEIROS, SOB REGIME DE FRETAMENTO, E OUTROS TRANSPORTES
RODOVIÁRIOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE. Dentro desta classe,
para que a Agência de Viagem possa realizar serviço de transporte interestadual ou
internacional, pode incluir em seu cadastro do CNPJ a atividade 4929-9/04
(ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS,
INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL), cuja descrição
garante a prestação direta do serviço de transporte.
1.53.4 Sugere que as vistorias obrigatórias tenham periodicidade anual para ambos os
modelos para veículos com fabricação até 10 anos e posterior a isso vistorias semestrais.
Justifica existem laudos das fábricas da Mercedez-Bens e da Renault que confirmam
que os testes dos veículos micro ônibus passam pelos mesmos testes que os ônibus e
não tem motivo de as vistorias obrigatórias serem diferentes.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais
contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica
veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança
necessárias à prestação do serviço, independente da idade ou do tipo de veículo.
1.53.5 Sugere que os micro-ônibus tenham o mesmo limite dos ônibus, com controle de
tempo de viagem do motorista. Justifica que existem no Brasil várias particularidades
que devem ser analisadas, como por exemplo: Recife/PE, que está localizado a
aproximadamente 280km da capital de Alagoas e Rio Grande do Norte, a
123
aproximadamente 130km da capital da Paraíba e do maior ponto turístico de Alagoas,
Maragogi. Afirma que as empresas de Recife têm várias opções de destinos muito
procurados em outros estados e que pela grande procura demonstra que os clientes
querem este tipo de prestação de serviços.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foram utilizados novos parâmetros para definição de
quilometragem mais adequada, conforme o que segue: inicialmente, a utilização de
dupla de motoristas não é aceitável para os veículos do tipo M2, visto que não possuem
local apropriado para o descanso do segundo motorista durante a primeira etapa da
viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho padrão do motorista
profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito)
horas. Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para
formatação dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de
passageiros. O cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de
fretamento, utiliza valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de
Planos de Viação Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de
rodovia na ANTT. Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das
linhas regulares, além de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes
velocidades médias por tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços. Ainda, optou-se por considerar a média simples
124
dos trechos duplicados e pavimentados, por terem apresentado a maior velocidade
média e por representarem a condição real da maioria dos trechos. Com todas as
informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem máxima a ser
percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com apenas um
motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km. Nesse sentido, o art. 41 da
minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos conforme a quilometragem
máxima obtida.
1.53.6 Pergunta como seria a licença de viagem para transporte não programado.
Apresenta como exemplo uma viagem contratada em cima da hora, por uma família,
que necessita realizar uma viagem que não é atendida pelo serviço regular a contento.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A disponibilidade para emissão de licença de viagem é online, 24
horas por dia, sete dias por semana, realizada de maneira automática por meio de
sistema informatizado pela ANTT para este fim. Logo, é possível emitir a licença de
viagem mesmo em situações de viagens não programadas.
1.53.7 Afirma que é necessário realizar trabalho de fiscalização com inteligência.
Afirma que é possível verificar nos pontos de venda de passagem legalizados onde e
como os clandestinos trabalham. Segue dizendo que observa que 95% dos que realizem
transporte clandestino na região em que atua não são pessoas jurídicas e sim pessoas
físicas com veículos placa cinza.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Não é objetivo da proposta de Resolução estabelecer critérios de
fiscalização ou rotina de comandos de fiscalização. Cumpre esclarecer que, na estrutura
organizacional da ANTT, cabe à Gerência de Inteligência e Planejamento de
Fiscalização, da Superintendência de Fiscalização - SUFIS, planejar, coordenar e
controlar as atividades de fiscalização, bem como analisar e propor melhorias para o
desenvolvimento das atividades. Ainda, a Ouvidoria recebe e encaminha todas as
denúncias oferecidas, inclusive de maneira anônima, sendo aconselhável que as práticas
ilegais sejam comunicadas por este canal, de maneira a contribuir com a atuação da
fiscalização.
125
1.53.8 Sobre a adaptação dos veículos tipo micro ônibus para portadores com
deficiência, apesar de ser simpatizante acho absurda a obrigatoriedade. Justifica que a
capacidade de passageiros seria reduzida em aproximadamente 40%, o custo para
adaptação de aproximadamente 12% do valor do veículo, a falta de estatísticas da
procura por esse serviço. Apresenta como sugestão para a Secretaria de Mobilidade é
dar incentivo fiscal para empresas que tiverem frota adaptada e incentivar os fabricantes
incluírem como opcional.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A exigência da acessibilidade dos serviços de transporte coletivo
rodoviário de passageiros foi determinada pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de
2004. Ainda, o mesmo Decreto estabeleceu que a frota de veículos de transporte
coletivo rodoviário e a infraestrutura dos serviços deste transporte deveriam estar
totalmente acessíveis desde 2 de dezembro de 2014 e que as normas técnicas para
adaptação dos veículos, de forma a torna-los acessíveis, seriam elaboradas pelas
instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial. Logo, não é escopo da regulamentação em tela, nem pode esta
Agência determinar a dispensa de adaptação de veículos com base no ano de fabricação,
cabendo apenas à entidade competente determinar a impossibilidade de adaptação de
determinados veículos. Sobre o assunto, o INMETRO editou a Portaria nº 168, de 5 de
junho de 2008, que estabeleceu em seu art. 4º, parágrafo único, que as adaptações de
acessibilidade se aplicam a todos os veículos cujas carroçarias foram fabricadas entre
janeiro de 1999 e dezembro de 2008.
1.53.9 Sugere não ser obrigatório o uso de rastreador monitorado pela ANTT. Justifica
que o patrimônio privado deve ser monitorado pela empresa e que não realiza transporte
público.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 45 estabelece apenas que os veículos devam dispor de
sistema de monitoramento. As regras do monitoramento foram disciplinadas pela
Resolução ANTT nº 4.499/2014, que tratou de maneira diferenciada cada tipo de
serviço, de acordo com as suas especificidades. Cabe esclarecer que as exigências
126
impostas ao serviço de fretamento não são as mesmas exigidas para o serviço regular.
Embora não seja público, o serviço de transporte coletivo de passageiros interestadual e
internacional, em regime de fretamento, se sujeita à autorização do poder público e ao
controle exercido por este. O sistema de monitoramento proposto pela ANTT não é
restrito, pode ser desenvolvido também para gerar relatórios à empresa de transporte e a
outros órgãos. Com isso, as empresas de transporte também poderão se beneficiar do
sistema de monitoramento com um maior controle da operação de transporte.
1.53.10 Sugere não exigir Capital Social no valor de R$ 120 mil, nem a obrigatoriedade
de CNAE de Transportadora Turística. Justifica que existem Agências de Turismo com
frota própria, que não poderias realizar o transporte de seus passeios ou inserir o CNAE
de transportadora e mudar sua tributação, ou seja, saindo do simples nacional.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O capital social é o valor integralizado correspondente à
contrapartida do titular, sócios ou acionistas de um empreendimento, para início ou
manutenção dos negócios. Tal montante foi considerado como o mínimo a ser exigido
de uma empresa que pretende prestar serviço de transporte de pessoas. Para o cálculo do
valor do capital social, além da média do capital social apresentado pelas empresas
atualmente cadastradas, sendo 70% delas possuem frota de até cinco veículos e não são
consideradas de grande porte, pode se verificar no mercado que o valor médio de um
veículo novo do tipo M2 é 150 mil reais. Pelo exposto, entendemos que o valor de 120
mil reais não é excessivo e deve ser cumprido pelas empresas que pretendem prestar o
serviço de transporte coletivo de passageiros interestadual e internacional, em regime de
fretamento.
1.54 Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento de
Campinas e Região
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa jurídica
Protocolo: 2203200
127
1.54.1. Sugere diferenciar o transporte turístico do eventual (art.3º I e II). Justifica com
a alegação de que a norma não esta muito clara na diferenciação, especialmente quando
coloca que o operador pode organizar excursões (art. 3º, V). Afirma que as excursões
são prerrogativa de quem opera atividade turística e não poderiam ser feitas pelo
simples operador, o que permitiria a burla das normas que regulamentam o turismo,
expedidas pelo Ministério do Turismo, contrariando também o próprio art. 42 da
minuta.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador
turístico e não excluído, por entendermos que é importante para a compreensão da
Resolução. No entanto, a fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de
transportador, foram incluídas as definições de transportador eventual e transportador
contínuo. Ainda, a definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do
Ministério do Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.
1.54.2. Sugere harmonizar nomenclaturas e termos da minuta com o determinado pelo
Ministério do Turismo. Justifica a sugestão afirmando que o transporte turístico é uma
atividade compreendida pelo fretamento, sendo difícil separá-los.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A minuta adota as nomenclaturas e termos do Ministério do
Turismo, naquilo que se aplica a fretamento turístico.
1.54.3. Sugere rever a redação de toda a norma para alterar o termo transportadora para
empresa. Justifica dizendo que foi criada a modalidade operadora, com diferenciais da
transportadora e que deve se garantir que a norma seja igualmente aplicada ao operador,
para que ele não tenha tratamento diferenciado.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador
turístico, a fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de transportador, foram
incluídas as definições de transportador eventual e transportador contínuo. Ainda, a
definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do Ministério do
Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.
128
1.54.4. Sugere aumentar o valor de capital social mínimo exigido. Justifica dizendo que
o valor está muito a quem do que na prática é necessário para se iniciar um negócio no
ramo de transporte, uma atividade complexa, especializada e de grande risco.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,
um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à
medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta
levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota
mínima superior a proposta na minuta.
1.54.5. Requer a inclusão da exigência de estar em dia com a contribuição sindical,
como já é feito para o setor de cargas, através da Resolução 3056/09, art. 4º, letra “f”.
Justifica dizendo que a exigência consta de Lei Federal, cujo cumprimento todos estão
obrigados, não só do pagamento da contribuição, como também para ser autorizado a
explorar uma atividade conforme dispõe a Consolidação das Leis do Trabalho).
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A Lei nº 10.233/2001, que criou a ANTT, não exige que a
autarquia condicione o registro das empresas de fretamento à entrega da comprovação
do pagamento da contribuição sindical, assim entende-se que o art. 608 da CLT não se
aplica às atribuições específicas conferidas pela Lei nº 10.233.
1.54.6. Sugere que se estabeleça uma frota mínima de veículos para cadastro. Justifica
dizendo que um veículo é muito pouco e que, ao aceitar veículo arrendado, a ANTT
deixa até de exigir apenas um veículo e permite que a empresa opere com nenhum
veículo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do
empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que
melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a
entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância
com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento
129
da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas
empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o
pretendido pelo novo regramento.
1.54.7. Sugere suspender a proibição de utilização por 24h de um veículo que foi
substituído numa autorização por avaria ou acidente ou aumentar o número de veículos
mínimos necessários para realizar o transporte interestadual ou internacional.
Justifica dizendo que se a ANTT permitirá o ingresso no sistema com apenas um
veículo, essa condição representa uma intervenção inadequada para uma atividade de
cunho privado, como o fretamento. Segue dizendo que esse tipo de imposição sequer é
feita para o transporte regular que possui obrigatoriedade de frota reserva e que a
empresa poderá reparar o veículo em tempo inferior a 24 horas.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de
que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT
pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida
ao transportador, o que reforça a autonomia do empresário, o que se pretende é dar
segurança ao passageiro de que foi realizada a devida manutenção no veículo antes de
ser utilizado em nova viagem.
1.54.8. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, sendo até 10 anos para
ônibus e até cinco anos para veículos M2. Justifica dizendo que os Estados e os
municípios, em sua maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT
não adote essa mesma linha, o transporte interestadual e internacional será a única
opção de operação para esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue
dizendo que justamente as viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em
função da qualidade das rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais
velhos, desgastados, mais propensos a quebras, poluentes, etc.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,
130
que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade
compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos
apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade
aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do
ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da
idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais
adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em
regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na
prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do
mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas
aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.
1.54.9. Sugere prever que os casos de socorro não configurem subautorização. Justifica
dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma, passível de aplicação
de multas para as empresas.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo ao art. 5º para definir que a prestação de
socorro não configura subautorização, desde que a troca do veículo seja comunicada à
ANTT.
1.54.10. Sugere, no art. 11, deixar expresso quais são os débitos impeditivos.
Justifica dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Cumpre esclarecer que os débitos impeditivos são referentes às
multas de prestação de serviço aplicadas pela ANTT ou seus conveniados, sobre as
quais não cabe mais recurso administrativo por parte do transportador. Para evitar a
interpretação subjetiva, o termo “débitos impeditivos” foi substituído por “multas
impeditivas”.
1.54.11. Sugere nova redação para o Art. 20:
Art. 20. Será permitido o embarque de passageiros em mais de um município do
mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região turística reconhecida pelo
131
Ministério do Turismo, desde que todos os passageiros e pontos de embarque estejam
contemplados na Autorização de Viagem.
Justifica dizendo assim será possível contemplar as viagens turísticas com amparo
também da normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o sistema
poderá ser previamente alimentado com as informações das cidades que compõem as
regiões turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização de viagem.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e
que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de
maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da
vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal
condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.
1.54.12. Sugere corrigir o art. 19 suprimindo a expressão “todos”, uma vez que
está em desacordo com a possibilidade de embarques múltiplos.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 19 foi excluído por conflitar com o art. 20.
1.54.13. Sugere, no art. 27, § 2º permitir que o cancelamento da viagem
autorizada possa ocorrer até 60 minutos do horário previsto para o início da viagem.
Justifica dizendo que em viagens de fretamento o embarque dos passageiros é uma
operação muito mais complexa do que a linha regular, e por ser um contrato privado
entre as partes, nem sempre os clientes obedecem rigorosamente o horário, sabendo que
o veículo não partirá sem eles. Ainda, somente após a apresentação de todos os
passageiros é possível verificar inconformidades que possam obrigar o cancelamento da
viagem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito
da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início
da viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade
de cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT.
132
1.54.14. Sugere supressão do art.. 28, § 3º.
Justifica dizendo que é impossível cumprir a exigência em função de que os embarques
não são feitos em terminais ou na sede da empresa e que o fretamento é um serviço
privado, onde o cliente define o local e horário para o embarque, em sua maioria no
período noturno. Afirma que as empresas não possuem pessoal ou equipamentos
disponíveis para tal comunicação e que a própria ANTT responde a maioria das
demandas extraordinárias ocorridas nos finais de semana ou feriados somente no dia útil
posterior. Segue dizendo que a condição proposta na minuta é o mesmo que impedir a
alteração da lista de passageiros.
Caso não seja acatada a solicitação de suprimir a exigência, sugere alterar para a
seguinte redação: §3º Toda alteração manual efetuada superior a 6 até 20% dos
passageiros autorizados inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de
aplicativo próprio ou pelo telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade
operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência
foi retirada.
1.54.15. Com relação à Seção das Vedações, art. 61 e seguintes, sugere incluir a
previsão de uma quilometragem extra para desviar-se do roteiro previamente autorizado
sem que seja necessária a anuência da ANTT. Justifica dizendo que a ANTT só poderá
analisar a solicitação de desvio em dias úteis e muitas vezes o desvio foi efetivado num
final de semana ou feriado, para atendimento de necessidades dos próprios passageiros.
Afirma que um desvio de até 100 km é razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125
km para o passeio local, em veículos do tipo M2.
Apresenta a seguinte sugestão de redação para o Art. 61, item V:
“V – desviar-se por mais de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado
na licença de viagem”.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio
mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de
manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o
133
desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do
contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.
1.54.16. Sugere conceder autorização provisória para o fretamento contínuo,
mediante apresentação de documentos que indiquem o tipo de serviço (edital, minuta de
contrato, proposta) com prazo final para apresentação da documentação proposta nesta
minuta, sob pena de multa. Justifica dizendo que não é possível obter a documentação
exigida pela ANTT no prazo estabelecido
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A Agência não pode autorizar serviço de fretamento contínuo sem
a devida documentação comprobatória, que legitime o transportador a prestar o serviço.
1.54.17. Sugere, com relação à identidade visual dos veículos fretados, permitir
diferenciação do layout aprovado para frota no caso de bandas, operadoras de turismo
ou companhias aéreas que envelopam os veículos fretados com exclusividade.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo no Art. 43 para permitir a exceção, mediante
comunicação à ANTT dos veículos que utilizarão a caracterização diferenciada, a
pedido do contratante.
1.54.18. Sugere incluir a proibição de que os veículos autorizados para exploração
de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de fretamento.
Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados
pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa
provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de
livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular
de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota
específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam
utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos
atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a
134
mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve
também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com
relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características
urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.
1.55 Jorge Miguel dos Santos
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa jurídica
Transfretur
Protocolo: 2203216
1.55.1. Sugere aumentar o capital social mínimo. Justifica dizendo que o valor está
aquém do necessário para iniciar uma atividade que é complexa, especializada e de alto
risco.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,
um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à
medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta
levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota
mínima superior a proposta na minuta.
1.55.2. Requer a inclusão da exigência de estar em dia com a contribuição sindical,
como já é feito para o setor de cargas, através da Resolução 3056/09, art. 4º, letra "f".
Justifica dizendo que a exigência consta de Lei Federal, cujo cumprimento todos estão
obrigados, não só do pagamento da contribuição, como também para ser autorizado a
explorar uma atividade (consolidação das leis do trabalho).
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A Lei nº 10.233/2001, que criou a ANTT, não exige que a
autarquia condicione o registro das empresas de fretamento à entrega da comprovação
do pagamento da contribuição sindical, assim entende-se que o art. 608 da CLT não se
aplica às atribuições específicas conferidas pela Lei nº 10.233.
135
1.55.3. Sugere que se estabeleça uma frota mínima de veículos para cadastro. Justifica
dizendo que um veículo é muito pouco e que, ao aceitar veículo arrendado, a ANTT
deixa até de exigir apenas um veículo e permite que a empresa opere com nenhum
veículo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do
empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que
melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a
entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância
com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento
da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas
empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o
pretendido pelo novo regramento.
1.55.4. Sugere prever limite de idade para uso dos veículos, de maneira compatibilizada
com a idade prevista nos regulamentos estaduais, sendo de 15 anos para ônibus e cinco
anos para os veículos tipo M2. Justifica dizendo que os Estados e os municípios, em sua
maioria trabalham com a limitação de idade e que, caso a ANTT não adote essa mesma
linha, o transporte interestadual e internacional será a única opção de operação para
esses veículos não mais aceitos por outras esferas. Segue dizendo que justamente as
viagens de longa distância e, portanto, as mais perigosas em função da qualidade das
rodovias de nosso país serão efetivadas por veículos mais velhos, desgastados, mais
propensos a quebras e poluentes.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,
que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade
compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos
apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade
aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do
136
ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. No entanto, a limitação da
idade máxima em 15 anos, independente do tipo de veículo, foi considerada mais
adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em
regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da frota utilizada na
prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre concorrência do
mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre várias empresas
aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos mais novos.
1.55.5. Sugere estabelecer na Resolução a proibição de que os veículos autorizados para
exploração de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de
fretamento.
Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados
pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa
provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de
livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular
de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota
específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam
utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos
atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a
mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve
também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com
relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características
urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.
1.55.6. Sugere nova redação para o Art. 20: “Será permitido o embarque de passageiros
em mais de um município do mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região
turística reconhecida pelo Ministério do Turismo, desde que todos os passageiros e
pontos de embarque estejam contemplados na Licença de Viagem”. Justifica dizendo
que dessa forma será possível contemplar as viagens turísticas com amparo também da
normatização do Ministério do Turismo. Segue dizendo que o sistema poderá ser
137
previamente alimentado com as informações das cidades que compõem as regiões
turísticas e ele mesmo fazer o filtro para concessão da autorização de viagem.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e
que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de
maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da
vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal
condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.
1.55.7. Sugere conceder autorização provisória para o fretamento contínuo, mediante
apresentação de documentos que indiquem o tipo de serviço (edital, minuta de contrato,
proposta) com prazo final para apresentação da documentação proposta nesta minuta,
sob pena de multa. Justifica dizendo que não é possível obter a documentação exigida
pela ANTT no prazo estabelecido.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A Agência não pode autorizar serviço de fretamento contínuo sem
a devida documentação comprobatória, que legitime o transportador a prestar o serviço.
1.55.8. Sugere, com relação à identidade visual dos veículos fretados, permitir
diferenciação do layout aprovado para frota no caso de bandas, operadoras de turismo
ou companhias aéreas que envelopam os veículos fretados com exclusividade.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo no Art. 43 para permitir a exceção, mediante
comunicação à ANTT dos veículos que utilizarão a caracterização diferenciada, a
pedido do contratante.
1.55.9. Sugere harmonizar nomenclaturas e termos da minuta com o determinado pelo
Ministério do Turismo. Justifica a sugestão afirmando que o transporte turístico é uma
atividade compreendida pelo fretamento, sendo difícil separá-los.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A minuta adota as nomenclaturas e termos do Ministério do
Turismo, naquilo que se aplica a fretamento turístico.
138
1.55.10. Sugere rever a redação de toda a norma para alterar o termo
transportadora para empresa. Justifica dizendo que foi criada a modalidade operadora,
com diferenciais da transportadora e que deve se garantir que a norma seja igualmente
aplicada ao OPERADOR, para que ele não tenha tratamento diferenciado.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador
turístico, a fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de transportador, foram
incluídas as definições de transportador eventual e transportador contínuo. Ainda, a
definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do Ministério do
Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.
1.55.11. Sugere remover o impedimento de utilização por 24h de um veículo que
foi substituído numa autorização por avaria ou acidente ou aumentar o número de
veículos mínimos necessários para realizar o transporte interestadual ou internacional.
Justifica dizendo que essa condição representa uma intervenção inadequada para uma
atividade de cunho privado, como o fretamento e que tal obrigação sequer é feita para o
transporte regular que possui a obrigatoriedade de frota reserva. Afirma que a empresa
poderá reparar o veículo em tempo inferior a 24 horas.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de
que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT
pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida
ao transportador, o que reforça a autonomia do empresário, o que se pretende é dar
segurança ao passageiro de que foi realizada a devida manutenção no veículo antes de
ser utilizado em nova viagem.
1.55.12. Sugere prever que os casos de socorro não configurem subautorização.
Justifica dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma, passível de
aplicação de multas para as empresas.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
139
JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo ao Art. 5º para definir que a prestação de
socorro não configura subautorização, desde que a troca do veículo seja comunicada à
ANTT.
1.55.13. Sugere, no art. 11, deixar expresso quais são os débitos impeditivos.
Justifica dizendo que a sugestão evitará interpretação subjetiva da norma.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Cumpre esclarecer que os débitos impeditivos são referentes às
multas de prestação de serviço aplicadas pela ANTT ou seus conveniados, sobre as
quais não cabe mais recurso administrativo por parte do transportador. Para evitar a
interpretação subjetiva, a palavra débito foi substituída por multa.
1.55.14. Sugere corrigir o art. 19 suprimindo a expressão "todos", uma vez que
está em desacordo com a possibilidade de embarques múltiplos.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 19 foi excluído por conflitar com o art. 20.
1.55.15. Sugere, no art. 27, § 2º permitir que o cancelamento da viagem
autorizada possa ocorrer até 60 minutos do horário previsto para o início da viagem.
Justifica dizendo que em viagens de fretamento o embarque dos passageiros é uma
operação muito mais complexa do que a linha regular, e por ser um contrato privado
entre as partes, nem sempre os clientes obedecem rigorosamente o horário, sabendo que
o veículo não partirá sem eles. Ainda, somente após a apresentação de todos os
passageiros é possível verificar inconformidades que possam obrigar o cancelamento da
viagem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito
da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início
da viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade
de cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT.
140
1.55.16. Sugere supressão do art.. 28, § 3º.
Justifica dizendo que é impossível cumprir a exigência em função de que os embarques
não são feitos em terminais ou na sede da empresa e que o fretamento é um serviço
privado, onde o cliente define o local e horário para o embarque, em sua maioria no
período noturno. Afirma que as empresas não possuem pessoal ou equipamentos
disponíveis para tal comunicação e que a própria ANTT responde a maioria das
demandas extraordinárias ocorridas nos finais de semana ou feriados somente no dia útil
posterior. Segue dizendo que a condição proposta na minuta é o mesmo que impedir a
alteração da lista de passageiros.
Caso não seja acatada a solicitação de suprimir a exigência, sugere alterar para a
seguinte redação:
§3º Toda alteração manual efetuada superior a 6 até 20% dos passageiros autorizados
inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de aplicativo próprio ou pelo
telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade
operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência
foi retirada.
1.55.17. Sugere nova redação para o Art. 61, inciso V: “V – desviar-se por mais
de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado na licença de viagem”.
Justifica dizendo que a ANTT só poderá analisar a solicitação de desvio em dias úteis e
muitas vezes o desvio foi efetivado num final de semana ou feriado, para atendimento
de necessidades dos próprios passageiros. Afirma que um desvio de até 100 km é
razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125 km para o passeio local, em veículos
do tipo M2.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio
mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de
manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o
desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do
contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.
141
1.56 Claudinei Brogliato
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa jurídica
FRESP – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento
do Estado de São Paulo
Protocolo: 2203231
Mensagem encaminhada sem anexo.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Considerando que a documentação com as contribuições não foram
anexadas à mensagem, não foi possível realizar a devida análise.
1.57 Tiago Freitas
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa jurídica
Organização das Cooperativas Brasileiras
Protocolo: 2203260
1.57.1. Solicita esclarecimento sobre o especificado no art. 20, em relação aos traslados
para aeroportos nos casos de IDA ou VOLTA apenas.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Embora a contribuição não discorra sobra a dúvida segue
explicação resumida e genérica sobre o fretamento turístico, na modalidade traslado. A
definição de traslado adotada pela minuta foi a estabelecida pelo Ministério do Turismo:
percurso realizado com origem e destino em estações terminais de embarque e
desembarque de passageiros, meios de hospedagem, locais onde se realizem congressos,
convenções, feiras e exposições de negócios. Considerando que os aeroportos são
“estações terminais de embarque e desembarque de passageiros”, também se aplicam
aos deslocamentos para e de aeroportos as regras de traslado. O art. 20 permite que
ocorram embarques em mais de um ponto do município de origem. Em seu parágrafo
único, se estabelece que o desembarque final coincida com o embarque, porém isso não
142
ocorre em viagens com apenas um trecho, como é o caso do traslado, portanto a redação
foi alterada no sentido de explicitar a exceção e aperfeiçoar a compreensão da regra.
1.57.2. Afirma que o Art. 30 está em conflito com o art. 41.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: O art. 30 não possui conflito com o art. 41, visto que sua
aplicabilidade é idêntica para veículos do tipo M2 e M3. Considerando que a distância
percorrida máxima proposta para veículos do tipo M2 era de até 250 km, o tempo para
conservação, limpeza e manutenção do veículo seria sempre de uma hora. Embora a
quilometragem máxima tenha sido ampliada para 540 km, o art. 30, inciso I foi alterado,
de modo que o tempo para conservação, limpeza e manutenção seja sempre de uma
hora, independente da quilometragem percorrida.
1.57.3. Justifica que o limite apropriado para o fretamento turístico, seria de 1000 km
com paradas de descanso como já ocorre com os ônibus e para traslado o limite entre
dois estados seria suficiente, considerando a extensão territorial de nosso país, propõe a
distância mínima de 300 km, pois este não inclui pernoite. Para o fretamento contínuo
sugere 200 km.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foram utilizados novos parâmetros para definição de
quilometragem mais adequada, conforme o que segue: Inicialmente, a utilização de
dupla de motoristas não é aceitável para os veículos do tipo M2, visto que não possuem
local apropriado para o descanso do segundo motorista durante a primeira etapa da
viagem. Em seguida, foi considerada a jornada de trabalho padrão do motorista
profissional, estabelecida pela legislação trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito)
horas. Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para
formatação dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de
passageiros. O cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de
fretamento, utiliza valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de
Planos de Viação Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de
rodovia na ANTT. Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das
143
linhas regulares, além de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes
velocidades médias por tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços. Ainda, optou-se por considerar a média simples
dos trechos duplicados e pavimentados, por terem apresentado a maior velocidade
média e por representarem a condição real da maioria dos trechos. Com todas as
informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem máxima a ser
percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com apenas um
motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km. Nesse sentido, o art. 41 da
minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos conforme a quilometragem
máxima obtida.
1.57.4. Com relação ao inciso III do art. 3º, destaca que o serviço prestado por operador
autorizado, não necessita ser oficializado por meio de contrato registrado em cartório.
Justifica que não há a necessidade de registro em cartório, já que a nota fiscal e o
contrato de viagem são considerados documentos válidos para viagem. Acrescenta que a
exigência apenas acarretaria em aumento de despesa.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que o fretamento contínuo possui regularidade na
prestação do serviço e que as licenças de viagem terão validade por todo o período do
contrato, a Agência entende que deve ser formalizado por meio de registro em cartório.
144
1.57.5. Solicita alteração do prazo especificado no art. 52, relacionado à análise do
cadastramento ou recadastramento da transportadora, para que seja efetivado no prazo
máximo de 20 (vinte) dias úteis.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O prazo indicado na minuta é máximo e não significa que a análise
utilizará todo o período indicado. É prudente que o prazo seja mantido em 45 dias úteis,
para que em períodos de pico de demanda não ocorra o seu descumprimento.
1.57.6. Solicita alteração do prazo especificado no art. 54, relacionado às solicitações
para as autorizações de viagem listadas no art. 29, para que seja diminuído para um dia
útil. Justifica tendo em vista a existência de viagens de última hora.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Por se tratar de exceção e não de regra, entendemos que há a
possibilidade de atender o prazo exigido, que hoje é de três dias úteis e já está sendo
diminuído para dois dias úteis, sem prejudicar a análise por parte da ANTT.
1.58 Waldemar Araújo
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa jurídica
Federação das Empresas de Transporte de Passageiros de Minas Gerais
Protocolo: 2203273
Manifesta apoio à contribuição enviada pela Associação Nacional das Empresas de
Transporte Turístico – ANTTUR. Justifica dizendo que a contribuição da ANTTUR
expressa os anseios da categoria de fretamento e turismo nacional.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: As contribuições da ANTTUR foram respondidas no protocolo
2203339.
1.59 Associação das Transportadoras Turísticas do Rio Grande do Sul -Entidade
de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa jurídica
145
Protocolo: 2203316
Manifesta concordância com as contribuições da ANTTUR e reforça a preposição:
"Propomos que a idade máxima para os veículos M2 seja de sete anos e para os veículos
M3 de 10 anos, sendo até 30% da frota com idade média de 15 anos".
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: As contribuições da ANTTUR foram respondidas no protocolo
2203339.
1.60 Empresa de Turismo Santa Rita Ltda
Operador do serviço de transporte
Pessoa jurídica
Protocolo: 2203326
1.60.1. Sugere alterar os conceitos previstos na norma, considerando que a minuta
propõe a modalidade OPERADOR, que terá mais benefícios do que a
TRANSPORTADORA TURÍSTICA, uma vez que no primeiro caso não é necessário
obter CADASTUR para realização das viagens.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O termo transportadora turística foi renomeado para transportador
turístico, a fim de aprimorar a diferenciação com os outros tipos de transportador, foram
incluídas as definições de transportador eventual e transportador contínuo. Ainda, a
definição de operador foi excluída, visto que já existe definição do Ministério do
Turismo para o termo, que não coincide com o pretendido na minuta.
1.60.2. Sugere revisão no capital social exigido na normativa. Justifica que o valor de
R$120.000,00 ainda é baixo se forem considerados os investimentos que são exigidos
para o exercício da atividade de transporte.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,
um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à
medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta
146
levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota
mínima superior a proposta na minuta.
1.60.3. Sugere instituição de exigência de frota mínima. Justifica que a exigência de
somente um veículo para obtenção do Termo de Autorização não é satisfatória, uma vez
que a ANTT aceita documentação de veículo arrendado e que nesses casos o mesmo
não é de propriedade da empresa, ou seja, nesses casos a empresa não é possuidora de
nenhum veículo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O arrendamento é um instrumento válido à disposição do
empresário e cabe a ele optar pela compra ou pelo arrendamento, na medida em que
melhor convém à sua operação. Além disso, a diminuição da frota mínima permite a
entrada e apoia a legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância
com as diversas politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento
da frota mínima, elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas
empresas no mercado de transporte interestadual e internacional, o que não é o
pretendido pelo novo regramento.
1.60.4. Sugere a limitação da idade de operação dos veículos, nos mesmos moldes do
que já é praticado por diversos órgãos estaduais e municipais. Justifica que o limite de
idade da frota gera maior segurança para os usuários do serviço visto a modernização
constante dos equipamentos de segurança e menor emissão de poluentes. Segue dizendo
que a restrição impede que a frota que será cadastrada na ANTT seja sucateada, uma
vez que por não poderem circular nos estados e municípios, os proprietários optarão por
cadastrar esses veículos na esfera de jurisdição da ANTT. Acredita também que a
medida inibe o transporte clandestino de passageiros, que na maioria dos casos se utiliza
de veículos antigos, que colocam em risco a segurança dos usuários e de terceiros que
estejam trafegando nas rodovias.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade. Cabe ressaltar, ainda,
147
que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que “...a atualidade
compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”. Veículos mais novos
apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de segurança, acessibilidade
aos portadores de necessidades especiais, ambientais com motores mais eficientes do
ponto de vista energético e de consumo de combustíveis. Portanto, a limitação da idade
máxima em 15 anos foi considerada adequada para o transporte rodoviário interestadual
e internacional de passageiros em regime de fretamento, à medida que promove
renovação gradual da frota utilizada na prestação dos serviços, mas não interfere nas
características de livre concorrência do mercado, bem como na possibilidade do
contratante de escolher entre várias empresas aquela que melhor lhe atenda, inclusive
em relação à oferta de veículos mais novos.
1.60.5. Sugere exclusão da disposição trazida no art. 27, parágrafo primeiro. Justifica
que se a ANTT permite o cadastro de somente um veículo para obtenção do Termo de
Autorização, logo não há como justificar o impedimento de utilização de veículo por
24h, no caso de o mesmo ser substituído numa autorização por caso de avaria ou
acidente. Afirma que se o veículo for impossibilitado por 24h de ser utilizado em razão
de quebra, o operador que só tiver um veículo não terá como proceder. Segue dizendo
que o veículo pode ser reparado pela empresa em menos de 24horas e que a intervenção
não é aceitável em um ramo privado, como é o fretamento.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de
que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT
pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida
ao transportador, o que reforça a autonomia do empresário, o que se pretende é dar
segurança ao passageiro de que foi realizada a devida manutenção no veículo antes de
ser utilizado em nova viagem.
148
1.60.6. Sugere esclarecer, em relação à subautorização, se os casos de socorro
configuram essa situação e assegurar a exceção na norma. Justifica visando evitar a
aplicação de multas abusivas às empresas.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo ao Art. 5º para definir que a prestação de
socorro não configura subautorização, desde que a troca do veículo seja comunicada à
ANTT.
1.60.7. Sugere que os múltiplos embarques sejam permitidos em mais de um município
no mesmo estado, dentro do eixo rodoviário que leve a região turística reconhecida pelo
Ministério do Turismo, desde que todos os passageiros e pontos de embarque estejam
contemplados na Autorização de Viagem.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A ANTT entende que a Resolução possui abrangência nacional e
que suas regras devem ter aplicabilidade genérica, não sendo desejável regular de
maneira diferente para cada região do país. Ainda que haja o reconhecimento da
vocação turística de determinadas regiões pelo Ministério do Turismo, o controle de tal
condição pela ANTT foge à sua esfera de competência.
1.60.8. Sugere alteração da disposição do art. 27, § 2º. Justifica que o embarque dos
passageiros é feito de forma “flexível”, por se tratar de contrato firmado entre a empresa
e o contratante, sendo os atrasos tolerados. Afirma que somente após a apresentação de
todos os passageiros é possível verificar inconformidades que possam obrigar o
cancelamento da viagem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito
da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início
da viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade
de cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT.
149
1.60.9. Sugere supressão do art.. 28, § 3º. Justifica dizendo que é impossível cumprir a
exigência em função de que os embarques não são feitos em terminais ou na sede da
empresa e que o fretamento é um serviço privado, onde o cliente define o local e horário
para o embarque, em sua maioria no período noturno. Afirma que as empresas não
possuem pessoal ou equipamentos disponíveis para tal comunicação e que a própria
ANTT responde a maioria das demandas extraordinárias ocorridas nos finais de semana
ou feriados somente no dia útil posterior. Segue dizendo que a condição proposta na
minuta é o mesmo que impedir a alteração da lista de passageiros.
Caso não seja acatada a solicitação de suprimir a exigência, sugere alterar para a
seguinte redação: §3º Toda alteração manual efetuada superior a 6 até 20% dos
passageiros autorizados inicialmente deverá ser informada para ANTT por meio de
aplicativo próprio ou pelo telefone 166 até 2 horas do início programado da viagem.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade
operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência
foi retirada.
1.60.10. Com relação à Seção das Vedações, art. 61 e seguintes, sugere incluir a
previsão de uma quilometragem extra para desviar-se do roteiro previamente autorizado
sem que seja necessária a anuência da ANTT. Justifica dizendo que a ANTT só poderá
analisar a solicitação de desvio em dias úteis e muitas vezes o desvio foi efetivado num
final de semana ou feriado, para atendimento de necessidades dos próprios passageiros.
Afirma que um desvio de até 100 km é razoável, uma vez que a ANTT contemplou 125
km para o passeio local, em veículos do tipo M2.
Apresenta a seguinte sugestão de redação para o Art. 61, item V: “V – desviar-se por
mais de 100 km, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado na licença de
viagem”.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio
mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de
manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o
150
desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do
contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.
1.60.11. Sugere, com relação à identidade visual dos veículos fretados, permitir
diferenciação do layout aprovado para frota no caso de bandas, operadoras de turismo
ou companhias aéreas que envelopam os veículos fretados com exclusividade.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foi incluído parágrafo no art. 43 para permitir a exceção, mediante
comunicação à ANTT dos veículos que utilizarão a caracterização diferenciada, a
pedido do contratante.
1.60.12. Sugere incluir a proibição de que os veículos autorizados para exploração
de transporte coletivo público possam ser utilizados também no serviço de fretamento.
Justifica dizendo que o veículo do transporte público já tem seus custos remunerados
pela tarifa de forma que ao explorar o serviço de fretamento com esse veículo a empresa
provoca uma concorrência desleal e ruinosa para o setor de fretamento.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que o mercado de fretamento opera em regime de
livre concorrência, não parece razoável que empresas que atuam no transporte regular
de passageiros sejam impedidas de ingressar no mercado ou que possuam frota
específica para atuar no mercado de fretamento. Cumpre ressaltar que, embora sejam
utilizados no serviço regular, para atuar no fretamento, se exige que os veículos
atendam os mesmos requisitos impostos à frota das demais empresas. Ainda, com a
mudança do regime de permissão para o de autorização, o transporte regular em breve
também atuará com liberdade de preços, não sendo mais remunerados por tarifa. Com
relação ao transporte semiurbano, considerando que os veículos possuem características
urbanas, não serão admitidos no cadastro do fretamento.
1.61 Martinho Ferreira de Moura
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Associação Nacional dos Transportadores de Turismo e Fretamento
Pessoa jurídica
151
Protocolo: 2203339
1.61.1. Sugere observar a nomenclatura, as atividades e serviços referidos nas leis
apresentadas na justificativa. Justifica que vige a Lei Federal nº 11.771, de 17 de
Setembro de 2008, que dispõe sobre os serviços turísticos a serem prestados por
agências de turismo e transportadoras turísticas, conforme disposições dos arts. 27, §3º
e §4º, II e 28, I, II, III e IV com alterações introduzidas pela Lei nº 12.974, de 15 de
maio de 2014.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A minuta adota as nomenclaturas e termos do Ministério do
Turismo, naquilo que se aplica a fretamento turístico.
1.61.2. Sugere que operador seja definido como a pessoa jurídica que possua por objeto
social a prestação de serviço de transporte rodoviário coletivo de passageiros, sobre o
regime interestadual e internacional e transportes turísticos nas modalidades permitidas
em lei. Justifica que parece que a proposta da Resolução ao referir no seu art. 3º, inciso
V, pretendeu definir a pessoa jurídica da agência turística com frota própria, porém
findou por tornar confusa a distinção desta com a do transportador. Segue dizendo que a
operadora, no sentido da agência de turismo que possua frota própria e que não pode
prestar serviços de fretamento contínuo e eventual, conforme disposições da legislação
já citada é aquela pessoa jurídica que tem por objeto social a execução de excursões
interestaduais e internacionais de natureza turística. Finaliza, dizendo que assim,
ficariam respeitados os limites de atuação de cada pessoa jurídica.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A definição de operador foi excluída, visto que a definição do
Ministério do Turismo para o termo não coincide com o pretendido na minuta.
1.61.3. Afirma que o art. 8º deveria dispor sobre o termo de autorização do
transportador e não do operador.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O termo foi corrigido, conforme sugestão.
152
1.61.4. Com relação ao inciso I, do art. 9º, sugere que o capital corresponda ao número
de veículos exigidos para uma operação adequada, de qualidade e com menos riscos.
Sugere o valor de R$500.000,00 (quinhentos mil reais) integralizados.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que atualmente não há exigência de capital social,
um valor muito alto de capital social pode gerar interferência negativa no mercado, à
medida que eleva as barreiras de entrada ao mercado. O valor proposto pela minuta
levou em consideração a média do capital social de empresa cadastrada com frota
mínima superior a proposta na minuta.
1.61.5. Sugere exigir, pelo menos, frota mínima de três veículos. Justifica pelas razões
já expostas a respeito do capital social e favor da segurança dos passageiros, pensando
nas substituições dos veículos por defeitos mecânicos e em viagem e todo e qualquer
outro acontecimento imprevisível.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A diminuição da frota mínima permite a entrada e apoia a
legalização das micro e pequenas empresas (MPE), em consonância com as diversas
politicas brasileiras de incentivo ao segmento. Ao contrário, o aumento da frota mínima,
elevaria os critérios de entrada e impediria a participação dessas empresas no mercado
de transporte interestadual e internacional, o que não é o pretendido pelo novo
regramento.
1.61.6. Sugere estabelecer idade máxima para os veículos M2 de sete anos e para os
veículos M3 de 10 anos, com até 30% da frota com idade média de 15 anos.
Justifica que municípios e estados, exigem em suas regulamentações limitação de idade
para a frota tanto no serviço regular quanto no serviço sob regime de fretamento.
Entendem que a ANTT deveria adotar o mesmo princípio, pois as viagens interestaduais
e internacionais, muitas vezes possuem longas distancias a serem percorridas e
requerem maiores exigências para operação.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
153
JUSTIFICATIVA: A decisão de definir a idade máxima de um veículo tem respaldo
no disposto no art. 4º do Decreto n° 2.521/98, que estabelece as condições para a
prestação de um serviço adequado, entre as quais a atualidade.
Cabe ressaltar, ainda, que o parágrafo segundo do art. 6º da Lei 8987/95 considera que
“...a atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das
instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”.
Veículos mais novos apresentam avanços tecnológicos relacionados a aspectos de
segurança, acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, ambientais com
motores mais eficientes do ponto de vista energético e de consumo de combustíveis.
No entanto, a limitação da idade máxima dos veículos foi estabelecida em 15 anos, por
ser considerada adequada para o transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros em regime de fretamento, à medida que promove renovação gradual da
frota utilizada na prestação dos serviços, mas não interfere nas características de livre
concorrência do mercado, bem como na possibilidade do contratante de escolher entre
várias empresas aquela que melhor lhe atenda, inclusive em relação à oferta de veículos
mais novos.
1.61.7. Sugere exigir do transportador garagem equipada para guarda, manutenção e
conservação da frota, em prédio próprio ou arrendado.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Não se pretende regular as características de garagem das empresas
que atuam no serviço fretado, sendo tal exigência aplicada somente ao serviço regular.
A manutenção e conservação da frota dos veículos utilizados no transporte rodoviário
interestadual e internacional de passageiros, em regime de fretamento, serão
comprovadas por meio de inspeção técnica veicular anual.
1.61.8. Declara inconformismo com o pagamento da taxa de fiscalização por não
corresponder a nenhum serviço prestado que será questionado na via adequada.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: A taxa de fiscalização foi instituída pela Lei nº 12.996, de 18 de
junho de 2014, que já estabeleceu o valor a ser cobrado. A natureza da taxa, o valor
154
estabelecido e critérios de proporcionalidade serão tratados em resolução específica, e,
portanto, não são escopos da Audiência Pública nº 14/2014.
1.61.9. Sugere supressão do §2º do art. 10 por não ter aplicação. Justifica que tal
hipótese só seria possível, caso o arrendamento ou leasing não estivesse inscrito no
registro competente. Questiona o que seria então o disposto pelo §2º, penhora,
indisponibilidade, qualquer outro tipo gravame contratual, legal, ou judicial, que não se
contivesse no §1º. Afirma que não parece ser esta a intenção do dispositivo, pois o
arrendamento ou leasing só deverá ser aceito e realizado por entidades oficiais do
sistema bancário, como acontece na realidade, impedindo-se o arrendamento ou a
locação de bens inservíveis ou não de outras empresas.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação do §2º foi alterada, com o objetivo de esclarecer que a
anuência é necessária apenas em casos de restrição judicial.
1.61.10. Sugere juntar os arts. 19 e 20 e propõe a seguinte redação: “A localidade
de origem constante da licença de viagem emitida observará o endereço do embarque
inicial dos passageiros, sendo permitido o referido embarque ao longo de mais de um
município do mesmo estado e em situações especiais, devidamente comprovadas em
municípios de estados diversos, desde que os passageiros constem da lista de viagem
em ambas as situações.”
Justifica que a redação como apresentada na minuta, descaracteriza o transporte
eventual previsto no art. 28, IV da Lei 11.771/2008 e o próprio fretamento contínuo em
situações especiais e onde a Lei não restringe em homenagem ao principio da legalidade
insculpido no art. 5º, II, da Constituição Federal, não é lícito ao interprete fazê-lo, pois
todas as espécies de transporte tratadas nesta resolução enfrentam situações contratuais,
que estão fora dos limites das regiões metropolitanas e é preciso racionalizar os serviços
com observância que são serviços privados. Finaliza dizendo que ou modifica-se, ou
suprime-se.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O art. 19 foi excluído por conflitar com o art. 20. Esse teve sua
redação alterada com o objetivo de permitir embarques em mais de um município, desde
155
que integrantes do estado de origem do roteiro e excetuadas as viagens excepcionais
descritas no art. 29, inciso I. A autorização para embarque em estados diferentes não foi
considerada possível, porque caracterizaria a criação de “seções” dentro de uma licença
de viagem para fretamento.
1.61.11. Sugere supressão do art. 27 em seus incisos I, II, III e IV, pois é
impossível requerer previamente alterações previstas para uma viagem que já está sendo
realizada e após o horário indicado, essa alteração não será mais prévia.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A expressão “previamente” foi incluída de maneira equivocada e,
por isso, suprimida, sendo mantida a obrigação de comunicar as ocorrências à ANTT.
1.61.12. Sugere supressão do §1º do art. 27, pois tal qual o avião, quando existir
uma substituição do veículo por avaria e esta puder ser prontamente resolvida, por
questão de racionalização da frota e dos serviços, nada impede que o veículo seja
utilizado depois de liberado pela manutenção da empresa para outra viagem sem
qualquer restrição.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de
que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT
pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida
ao transportador, o que se pretende é dar segurança ao passageiro de que foi realizada a
devida manutenção no veículo antes de ser utilizado em nova viagem.
1.61.13. Quanto ao §2º do art. 27 sugere-se a supressão ou aumentar o prazo para
60 minutos.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando o recebimento de outras contribuições, a respeito da
impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início da
viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade de
cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT, que será
realizada no dia útil subsequente à solicitação.
156
1.61.14. Sugere supressão do §3º do art. 28, pois é operacionalmente difícil de ser
atendido e obrigaria a empresa a manter um funcionário 24 horas a disposição para
operacionalizar o registro no sistema. Justifica que grande parte das transportadoras não
tem funcionários a disposição 24horas dispondo da senha de acesso.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos a respeito da impossibilidade
operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da viagem, a exigência
foi retirada.
1.61.15. Sugere aprimorar a redação do inciso II do art. 30, para adequá-la à
realidade do mercado, pois viagens por grupos específicos, em casamentos, funerais,
festividades em trechos curtos de menos de 80km, cujo tempo de percurso é muito
menor do que as duas horas não é razoável observar o prazo previsto no inciso I, letra a.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O tempo de permanência no destino foi revisto com a intenção de
diminuir a interferência na operação. Assim, foi retirada a exigência de permanência
mínima de quatro horas, sendo mantido apenas o tempo de permanência no destino
igual ao tempo do deslocamento de ida. Cabe ressaltar que o transportador pode indicar
no roteiro de viagem permanência no destino inferior à regra, sendo a diferença
contabilizada após o término da viagem, para cálculo de liberação do veículo para a
próxima viagem. Por fim, ainda há parágrafo prevendo a liberação do veículo de
maneira antecipada, quando for apresentada declaração pelo transportador, o que reforça
a autonomia do empresário na programação dos seus roteiros.
1.61.16. As letras “b” e “c” e o inciso II poderão ser inobservadas para nova
viagem em tempo inferior ao estabelecido, mediante apresentação justificada por parte
da empresa, o que ensejaria uma redação conforme para o parágrafo único.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando que parágrafo único se trata de exceção às regras
impostas pelos incisos anteriores, não foi identificada necessidade de adequação da
157
redação. Como não foi apresentada sugestão para nova redação, restou prejudicada a
análise da contribuição.
1.61.17. Sugere que o art. 41, inciso I, tenha a sua limitação de quilometragem por
trecho, nos traslados na base de 125km por trecho, a exemplo passeio local e do
fretamento continuo.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Foram utilizados novos parâmetros para definição de
quilometragem mais adequada. Inicialmente, a utilização de dupla de motoristas não é
aceitável para os veículos do tipo M2, visto que não possuem local apropriado para o
descanso do segundo motorista durante a primeira etapa da viagem. Em seguida, foi
considerada a jornada de trabalho padrão do motorista profissional, estabelecida pela
legislação trabalhista vigente, atualmente de 8 (oito) horas.
Por fim, foram utilizados os dados levantados na pesquisa realizada pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela ANTT, para formatação
dos projetos básicos dos serviços regulares do transporte interestadual de passageiros. O
cadastro da ANTT, inclusive para cálculo dos roteiros das viagens de fretamento, utiliza
valores de extensão do Plano Nacional de Viação – PNV 2007 e de Planos de Viação
Estaduais, sendo que ao todo estão cadastrados 22.760 trechos de rodovia na ANTT.
Foram pesquisados 4.772 trechos, associados aos itinerários das linhas regulares, além
de 376 acessos. Esses dados permitiram observar as seguintes velocidades médias por
tipo de pavimento, considerando todos os trechos pesquisados:
Situação do Trecho Velocidade Média (km/h)
Duplicada 67,88
Pavimentada 67,21
Implantada 49,28
Leito Natural 48,36
Travessia 19,45
Acesso 29,99
Embora a pesquisa tenha focado em trechos associados ao transporte regular, todos os
trechos cadastrados na Agência estão disponíveis para trânsito de veículos de
158
fretamento, não sendo equivocado admitir que a velocidade média encontrada possa ser
compartilhada por ambos os serviços.
Ainda, optou-se por considerar a média simples dos trechos duplicados e pavimentados,
por terem apresentado a maior velocidade média e por representarem a condição real da
maioria dos trechos.
Com todas as informações acima expostas, foi realizado o cálculo de quilometragem
máxima a ser percorrida por um veículo do tipo M2, em viagem sem pernoite, com
apenas um motorista, o que resultou no valor aproximado de 540 km.
Nesse sentido, o art. 41 da minuta de resolução foi revisto, a fim de permitir trechos
conforme a quilometragem máxima obtida.
1.61.18. Sugere que o art. 61, item V, possibilite o desvio do roteiro original pelo
menos em 20% (vinte por cento) para melhor aproveitamento da viagem e seus
entornos.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A redação do inciso foi alterada, a fim de permitir o desvio
mediante comunicação, sem que haja necessidade de anuência pela ANTT. A fim de
manter a liberdade de programação dos roteiros, não entende ser necessário limitar o
desvio a uma quilometragem máxima, uma vez que está sujeito à vontade do
contratante. Por fim, foi incluída exceção para casos de necessidade comprovada.
1.62 Augusto Cesar Bezerra de Carvalho
Operador do serviço de transporte
Pessoa jurídica
Transstylus viagens e turismo
Protocolo: 2203351
Solicita regulamentação do veiculo tipo van para realização de viagens interestaduais.
Justifica que no ramo do turismo há vários tipos de grupo de viajantes, entre eles os
grupos menores entre cinco e 10 pessoas, que preferem ser atendidos por um veiculo
com capacidade para 14 pessoas, que possuem as mesmas características de um micro-
ônibus com capacidade para 27 pessoas. Afirma que a atual proibição de circular entre
159
estados com esse tipo de veiculo dificulta a qualidade e o relacionamento com o cliente,
que não entende porque não pode escolher que tipo de veículo utilizar e se propõe a
utilizar veículo de outra empresa, que não é regularizada e não tem as mesmas despesas
da empresa que cumpre com todas as exigências.
RESPOSTA: Esclarecimento
JUSTIFICATIVA: Atualmente, a utilização de veículos do tipo M2 não é permitida no
transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros em regime de
fretamento, no entanto, o novo regramento pretende admitir veículos do tipo M2 –
Micro-ônibus no cadastro, conforme sugestão.
1.63 Marcos Antonio Carvalho Lucas
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa jurídica
AVIESP
Protocolo: 2203363
1.63.1. Com relação ao art. 11, sugere definir o que se entende por impeditivo. Justifica
que na prática a ANTT assim define multas que estão em grau de discussão judicial, o
que fere a Lei Maior, bem como os princípios constitucionais que garantem a livre
iniciativa. Assim, sugere que se uma multa lavrada estiver em discussão judicial ela não
deverá ser considerada impeditiva para fins de pleitos administrativos na ANTT.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Cumpre esclarecer que os débitos impeditivos são referentes às
multas de prestação de serviço aplicadas pela ANTT ou seus conveniados, sobre as
quais não cabe mais recurso administrativo por parte do transportador. Para evitar a
interpretação subjetiva, o termo “débitos impeditivos” foi substituído por “multas
impeditivas”.
1.63.2. Com relação ao art. 12, sugere melhor definição do procedimento. Afirma que,
pela redação do art. 12, entendeu que a ANTT pretende propiciar emissão de Licença de
Viagem em consulta on line com os órgãos públicos que detém controle sobre o CRLV,
Laudo INMETRO e Seguro RCO dos veículos. No entanto, apresenta receio de que em
160
consulta não realizada por problemas os quais as empresas não possam intervir (site fora
do ar ou falta de renovação de CRLV porque cada Estado da federação tem um prazo de
licenciamento, entre outros) tenha-se negada expedição de Licença de Viagem por este
motivo.
RESPOSTA: Esclarecimento.
JUSTIFICATIVA: Se houver instabilidade de sistema, o transportador poderá realizar
a viagem mediante procedimento alternativo descrito no art. 23, §2º.
1.63.3. Com relação ao art. 16, sugere suprimir a parte final do texto do inciso I.
Justifica que as Agências de Turismo com frota própria tem CNAE principal o de
numero 79.11.2.00-Agência de Viagens e a inserção do CNAE exigido no texto da
Resolução pretendida pode prejudicar a permanência da Agência de Turismo no
SIMPLES NACIONAL por incompatibilidade de objeto social, provocando o
desenquadramento pela Receita Federal.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: A classe 7911-2 (AGÊNCIAS DE VIAGENS) não garante
que a empresa possua frota própria e vá prestar o serviço de transporte ela mesma e não
por intermédio de terceiros. Para que a Agência de Viagem possa realizar serviço de
transporte interestadual ou internacional, deverá incluir em seu cadastro do CNPJ a
atividade 4929-9/04 (ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS
RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E
INTERNACIONAL), cuja descrição garante a prestação direta do serviço de transporte.
No entanto, tal entendimento não enseja revisão da minuta, uma vez que o normativo
propõe apenas que haja compatibilidade entre o ramo de atuação da empresa e o serviço
regulado pela Agência, de maneira que qualquer atividade econômica cuja relação possa
ser identificada será aceita para fins de cadastro.
1.63.4. Sugere a supressão do inciso VI, do art. 16. Justifica que a certidão exigida é
inexistente na maioria das cidades do interior de SP, cuja comprovação citada está
inclusa na certidão exigida no inciso V.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
161
JUSTIFICATIVA: Se houver a indicação de que uma certidão é referente a débitos
que seriam discriminados em outra, ela será aceita em substituição. No entanto, não é
possível suprimir o inciso, porque quando as certidões forem distintas, ambas devem ser
enviadas.
1.63.5. Sugere suprimir ambos os parágrafos do art. 27. Justifica que ao tornar
indisponível o veículo avariado por 24 horas, a ANTT pune duplamente a empresa
envolvida, que certamente já teve que fretar outro ônibus, mas conseguiu consertar seu
ônibus/van dentro de prazo menor e pode assim realizar outra viagem.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O bloqueio de 24 horas foi retirado e a redação foi alterada a fim de
que o desbloqueio seja realizado após comunicação da realização do reparo à ANTT
pela transportadora. A liberação do veículo imediatamente após o reparo será garantida
ao transportador, o que se pretende é dar segurança ao passageiro de que foi realizada a
devida manutenção no veículo antes de ser utilizado em nova viagem. Porém, não é
possível permitir o cancelamento a qualquer tempo, de maneira a liberar o veículo
automaticamente, mas considerando o recebimento de outras contribuições, a respeito
da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até 30 minutos do início
da viagem, a exigência foi alterada para 60 minutos. Ainda, foi incluída a possibilidade
de cancelar a licença de viagem após esse período, mediante análise da ANTT.
1.63.6. Sugere suprimir o §3º, do art. 28. Justifica ser praticamente impossível cumprir
esse prazo quando se tratar de viagem realizada durante o período noturno
principalmente, pois há que se considerar o deslocamento e possibilidade de acesso a
Internet na estrada ou pelo pessoal administrativo da empresa.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos expostos na contribuição, a respeito
da impossibilidade operacional de realizar a comunicação em até uma hora do início da
viagem, a exigência foi retirada.
162
1.63.7. Com relação ao art. 37, parágrafo único, sugere passar a data limite da vistoria
semestral para 15 anos, Justifica que com essa idade a maioria dos ônibus ainda é nova
o bastante para se submeter à vistoria semestral, que representa elevado custo às
pequenas empresas.
RESPOSTA: Contribuição aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: Considerando os argumentos apresentados nesta e demais
contribuição sobre o tema, a Agência entendeu que a realização de inspeção técnica
veicular com periodicidade anual garante a manutenção das condições de segurança
necessárias à prestação do serviço, independente da idade ou do tipo de veículo.
1.63.8. Com relação aos arts. 52 e 55, sugere reduzir os prazos para 30 dias corridos.
RESPOSTA: Contribuição rejeitada para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O prazo indicado na minuta é máximo e não significa que a análise
utilizará todo o período indicado. É prudente que o prazo de análise seja mantido em 45
dias úteis, para que em períodos de pico de demanda não ocorra o seu descumprimento.
Com relação ao envio da documentação com antecedência de 90 dias do vencimento,
ela se mostra fundamental e inclusive dá maior segurança à empresa, visto que o
cadastro do Termo de Autorização terá validade de três anos e que não haverá mais um
documento provisório para cobrir o período em que o pleito está em análise pela
Diretoria Colegiada. Assim, os 90 dias não se referem apenas à análise da ANTT, mas
também a análise da Diretoria Colegiada e o prazo para publicação no Diário Oficial da
União.
1.64 Tiago Freitas
Entidade de representação dos prestadores de serviço de transporte
Pessoa jurídica
Organização das Cooperativas Brasileiras
Protocolo: 2203376
Sugere que sejam criadas categorias também para passageiros, a exemplo da Resolução
nº 3.056/2009, sendo proposto o seguinte:
• CTP – Cooperativa de Transporte de Passageiros
163
Para concessão da autorização junto a ANTT será obrigatório:
I. Requerimento assinado pelo Presidente da Cooperativa;
II. Apresentação de documentos comprovando registro e regularidade junto às
Unidades Estaduais que compõem o Sistema OCB;
III. Cópia autenticada da ATA da Assembleia Geral de Constituição;
IV. Cópia autenticada da ATA da Assembleia Geral que elegeu a atual Diretoria;
V. Cópia autenticada do Estatuto Social Vigente, com objeto social compatível com
a atividade de transporte rodoviário coletivo interestadual ou internacional de
passageiros, em regime turístico ou de fretamento;
VI. Comprovação de Capital Social integralizado, sendo de no mínimo cem mil
reais, devidamente registrado na forma da lei;
VII. Prova de Regularidade Fiscal, perante ANTT;
VIII. Certificado de Cadastro no Ministério do Turismo; Parágrafo único. Está
dispensada de apresentar o disposto no inciso III, a transportadora que não prestará o
serviço de transporte rodoviário interestadual ou internacional de passageiros realizado
em regime de...
• ETP – Empresa de Transporte de Passageiros
A mensagem foi recebida de maneira incompleta.
RESPOSTA: Contribuição parcialmente aceita para fins desta Audiência Pública.
JUSTIFICATIVA: O cadastramento de cooperativa já é permitido atualmente, tanto
que o art. 9º prevê envio de estatuto social. Esta Agência entende que ao exigir o envio
de documentos de eleição e posse de seus administradores, subentende-se que, em casos
de cooperativa, deverão ser encaminhadas as atas descritas na contribuição, a fim de
comprovar a legitimidade de seus representantes e que não há necessidade de explicitar
ou diferenciar a documentação relativa às cooperativas no texto.
Considerando que a mensagem veio incompleta, a contribuição relativa à ETP não pode
ser analisada.