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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital

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SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

1. SPED Objetivos; Histórico; Os projetos já existentes; Nota fiscal municipal/estadual eletrônica/Avulsa – diferenças de funcionamento; Contabilidade Digital; Escrituração fiscal digital; Conhecimento de transporte eletrônico; Regras do Ato Cotepe 35/05 e suas alterações; Programa Validador e Assinador; Rotinas para apuração dos tributos no sistema 2. SPED CONTÁBIL Quem esta obrigado; Quando entregar os dados; Certificação digital e a carteira eletrônica do Conselho Regional de Contabilidade; Fluxo do processo de entrega dos dados; Livros e Arquivos Eletrônicos – Prazos para entrega; Explanação do lay-out das informações a serem entregues; Obrigações Acessórias X SPED Contábil; Transmissão, validação e prazo de entrega; Compartilhamento de informações; Plano de Contas Referencial e seu reflexo para a Contabilidade. 3. SPED FISCAL Obrigatoriedade de utilização Protocolo 73/2008 X Despacho nº 63/2008; Confecção dos arquivos X dispensa da impressão de livros fiscais; Arquivos obrigados ao envio (Estabelecimento X Matriz); Padronização de procedimentos; Transmissão e validação; Livros abrangidos; Arquivos digitais; Assinatura digital; Transmissão, validação e prazo de entrega; Compartilhamento de informações; Leiaute – Orientações gerais.

4. NOTA FISCAL ELETRÔNICA Conceito, funcionamento; Obrigatoriedade de uso; Escrituração: regras e restrições; Desafios para a implantação da empresa; A legislação do Brasil e do PR; Os serviços web: envio, danfe, carta de correção, cancelamento.

5. SPED-NFS-e

6. CENTRAL DE BALANÇOS

7. E-LALUR

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

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1. CONTEXTO GERAL DO SPED1. CONTEXTO GERAL DO SPED1. CONTEXTO GERAL DO SPED1. CONTEXTO GERAL DO SPED O QUE É SPED? Sped significa Sistema Público de Escrituração Digital. Trata-se de uma solução tecnológica que oficializa os arquivos digitais das escriturações fiscal e contábil dos sistemas empresariais dentro de um formato específico e padronizado. De forma objetiva, o Sped pode ser entendido como um software que será disponibilizado pela Receita Federal para todas as empresas a fim de que elas mantenham e enviem a este órgão informações de natureza fiscal e contábil (a partir da escrituração digital mantida nas empresas) e informações previdenciárias, bem como os Livros Fiscais, Comerciais e Contábeis gerados a partir da escrituração (já registrados nos órgãos do Comércio), além das Demonstrações Contábeis. O contribuinte poderá validar esses arquivos, assinar digitalmente, visualizar seu conteúdo e transmitir eletronicamente seus dados para os órgãos de registro e para os fiscos das diversas esferas. Instituído pelo Decreto n º 6.022, de 22 de janeiro de 2007, o projeto do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) e constitui-se em mais um avanço na informatização da relação entre o fisco e os contribuintes. De modo geral, consiste na modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital.

HISTÓRICO DO SPED A possibilidade de conceber um projeto eminentemente digital com a eliminação do mundo fiscal em papel surgiu com a Certificação Digital, criada pela Medida Provisória 2.200-2, de 17/08/2001. A garantia de autenticidade, integridade e validade jurídica de documentos em forma eletrônica foi possível com a instituição do ICP Brasil. O Serpro iniciou o projeto Sped, aproveitando-se da vasta experiência no desenvolvimento de aplicativos e soluções no ambiente e-gov (governo eletrônico). A Emenda constitucional nº 42, aprovada em 19 de dezembro de 2003, introduziu o Inciso XXII ao art. 37 da Constituição Federal, que determina às administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios atuarem de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais.

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Para atender o disposto Constitucional, foi realizado, em julho de 2004, em Salvador, o I ENAT - Encontro Nacional de Administradores Tributários, reunindo o Secretário da Receita Federal, os Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal, e o representante das Secretarias de Finanças dos municípios das Capitais. O Encontro teve como objetivo buscar soluções conjuntas nas três esferas de Governo que promovessem maior integração administrativa, padronização e melhor qualidade das informações; racionalização de custos e da carga de trabalho operacional no atendimento; maior eficácia da fiscalização; maior possibilidade de realização de ações fiscais coordenadas e integradas; maior possibilidade de intercâmbio de informações fiscais entre as diversas esferas governamentais; cruzamento de informações em larga escala com dados padronizados e uniformização de procedimentos. Em consideração a esses requisitos, foram aprovados dois Protocolos de Cooperação Técnica, um objetivando a construção de um cadastro sincronizado que atendesse aos interesses das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e, outro, de caráter geral, que viabilizasse o desenvolvimento de métodos e instrumentos que atendessem aos interesses das respectivas Administrações Tributárias. Em agosto de 2005, no evento do II ENAT - Encontro Nacional de Administradores Tributários, em São Paulo, o Secretário da Receita Federal, os Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal, e os representantes das Secretarias de Finanças dos municípios das Capitais, buscando dar efetividade aos trabalhos de intercâmbio entre os mesmos, assinaram os Protocolos de Cooperação nº 02 e nº 03, com o objetivo de desenvolver e implantar o Sistema Público de Escrituração Digital e a Nota Fiscal Eletrônica. O Sped, no âmbito da Receita Federal, faz parte do Projeto de Modernização da Administração Tributária e Aduaneira (PMATA) que consiste na implantação de novos processos apoiados por sistemas de informação integrados, tecnologia da informação e infra-estrutura logística adequados. Dentre as medidas anunciadas pelo Governo Federal, em 22 de janeiro de 2007, para o Programa de Aceleração do Crescimento 2007-2010 (PAC) - programa de desenvolvimento que tem por objetivo promover a aceleração do crescimento econômico no país, o aumento de emprego e a melhoria das condições de vida da população brasileira - consta, no tópico referente ao Aperfeiçoamento do Sistema Tributário, a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) no prazo de dois anos. Na mesma linha das ações constantes do PAC que se destinam a remover obstáculos administrativos e burocráticos ao crescimento econômico, pretende-se que o Sped possa proporcionar melhor ambiente de negócios para o País e a redução do “custo Brasil”, promovendo a modernização dos processos de interação entre a administração pública e as empresas em geral, ao contrário do pragmatismo pela busca de resultados, muito comum nos projetos que têm como finalidade apenas o incremento da arrecadação.

OBJETIVOS DO SPED O objetivo desse projeto baseia-se na integração dos fiscos federal/estaduais e, posteriormente,

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municipais, mediante a padronização, racionalização e compartilhamento das informações contábil e fiscal digital. Além disso, o Sped visa integrar todo o processo relativo às notas fiscais. Com isso, busca-se reduzir os custos com o armazenamento de documentos e também minimizar os encargos com o cumprimento das obrigações acessórias. A estratégia do Sped está em se discutir e propor iniciativas com resoluções conjuntas, criar um ambiente de testes e aprovar toda a metodologia, implementação e efetivação dos seus três pilares de abrangência: Nota Fiscal Eletrônica, Escrituração Contábil e Fiscal Eletrônica. Segundo a Receita Federal o Sped preconiza os seguintes objetivos específicos:

a) Promover a integração dos fiscos, mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais;

b) Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores;

c) Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica.

PROJETOS DO SPED? É composto por três grandes subprojetos:

Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e a NF-e - Ambiente Nacional. Representa uma iniciativa integrada das administrações tributárias nas três esferas governamentais: federal, estadual e municipal. Mantém parceria com 20 instituições, entre órgãos públicos, conselho de classe, associações e entidades civis, na construção conjunta do projeto. Estabelece um novo tipo de relacionamento, baseado na transparência mútua, com reflexos positivos para toda a sociedade.

QUEM SÃO OS BENEFICIÁRIOS DO SPED? O contribuinte e as administrações tributárias serão os maiores beneficiados com a implantação do projeto.

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Certamente, projetos como esse promoverão mudanças no paradigma de relacionamento fisco-contribuinte numa parceria de interesses para a sociedade.

PREMISSAS E BENEFÍCIOS DO SPED? Dentre as premissas, podemos observar que o Sped pretende:

a) Propiciar melhor ambiente de negócios para as empresas no País; b) Eliminar a concorrência desleal com o aumento da competitividade entre as empresas; c) O documento oficial é o documento eletrônico com validade jurídica para todos os fins; d) Utilizar a Certificação Digital padrão ICP Brasil; e) Promover o compartilhamento de informações; f) Criar na legislação comercial e fiscal a figura jurídica da Escrituração Digital e da Nota Fiscal

Eletrônica; g) Manutenção da responsabilidade legal pela guarda dos arquivos eletrônicos da Escrituração

Digital pelo contribuinte; h) Redução de custos para o contribuinte; i) Mínima interferência no ambiente do contribuinte; j) Disponibilizar aplicativos para emissão e transmissão da Escrituração Digital e da NF-e para uso

opcional pelo contribuinte. Dentre os benefícios, podemos observar que o Sped pretende:

a) Redução de custos com a dispensa de emissão e armazenamento de documentos em papel; b) Eliminação do papel; c) Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias; d) Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades federadas; e) Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas; f) Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do

contribuinte; g) Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária

(comércio exterior, regimes especiais e trânsito entre unidades da federação); h) Fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as

administrações tributárias; i) Rapidez no acesso às informações; j) Aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para coleta dos arquivos; k) Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um leiaute

padrão; l) Redução de custos administrativos; m) Melhoria da qualidade da informação; n) Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais; o) Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e

concomitantes; p) Aperfeiçoamento do combate à sonegação.

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UNIVERSO DE ATUAÇÃO DO SPED? A maioria dos contribuintes já se utiliza dos recursos de informática para efetuar tanto a escrituração fiscal como a contábil. As imagens em papel simplesmente reproduzem as informações oriundas do meio eletrônico. A facilidade de acesso à escrituração, ainda que não disponível em tempo real, amplia as possibilidades de seleção de contribuintes e, quando da realização de auditorias, gera expressiva redução no tempo de sua execução. O Sped abrange o seguinte universo de atuação:

a) Sped – Contábil b) Sped – Fiscal c) NF-e – Ambiente Nacional d) NFS-e e) CT-e f) e-Lalur g) Central de Balanços

Todos esses universos de atuação são abordados nos próximos capítulos, boa leitura.

NOTA FISCAL MUNICIPAL/ESTADUAL Eletrônica/Avulsa O projeto da Nota Fiscal Eletrônica foi inspirado num modelo chileno. Teve início em abril de 2005, no Encontro Nacional de Administradores Tributários Estaduais (ENCAT); foi oficialmente assinado pelo Protocolo ENAT 03/2005, em ago/2005, e instituído pelo Ajuste SINIEF 07/05 de 30-09-2005. Conforme descrito no site da SEFAZ (2008) é um documento emitido e armazenado eletronicamente, de existência apenas digital, com o intuito de documentar transações comerciais cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e pela autorização de uso concedida pela SEFAZ. Consiste na implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico que vem substituir a sistemática atual de emissão do documento fiscal em papel. A NF-e tem validade em todos os estados brasileiros e substituirá as Notas Fiscais Modelos 1 e 1-A em todas as hipóteses previstas na legislação em que esses documentos possam ser utilizados.

Somente no estado de São Paulo são armazenadas 3,6 bilhões de notas fiscais, que ficam à disposição do Fisco para fiscalização pelo prazo de até 5 anos. Esses dados representam o dinamismo da economia nacional e, por outro lado, podem representar 5% do faturamento das empresas brasileiras. O projeto prevê investimentos no parque tecnológico e nos sistemas de informações, com novas tecnologias, ampliando a capacidade de atendimento das unidades federativas.

Já a Nota Fiscal Avaulsa no Paraná, observa as seguintes normas:

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1 Fica disponibilizado o sistema para emissão a Nota Fiscal Avulsa, modelo 1-A, por processamento de dados-NFAe:

1.1 A NFAe será emitida em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1A:

1.1.1 na Agência de Rendas Internet - AR-internet, instituída pela NPF nº 027/2000, de 5 de abril de 2000, opcionalmente pelos contribuintes enquadrados no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (Simples Nacional);

1.1.2 na Agência de Rendas Internet - AR-internet pelos contribuintes que operem com os produtos controlados fixados em Norma de Procedimento Fiscal.

1.1.3 no sistema SEFANET, pelas Agências da Receita Estadual, nas operações a que referem o § 1º, do art. 115 e o inciso IV, do art. 412 do RICMS;

1.2 Estão habilitados para emitir a Nota Fiscal Avulsa por processamento de dados:

1.2.1 os contribuintes devidamente cadastrados como usuários da AR-internet;

1.2.2 os contabilistas cadastrados como usuários da AR-internet, desde que não haja vedação expressa por parte do contribuinte;

2 A Nota Fiscal Avulsa emitida por processamento de dados:

2.1 terá numeração seqüencial de 000.000.001 a 999.999.999, única para todos os contribuintes, reiniciada quando atingido esse limite;

2.2 será emitida em papel comum, exceto papel jornal, no tamanho de 29,7 cm de largura e 21 cm de altura (padrão A4);

2.3 conterá chave única de codificação digital - "hash code", impressa no campo 'Dados Adicionais - Reservado ao Fisco", e obtida com a aplicação do algoritmo MD5 - "Message Digest" 5, de domínio público, para fins de sua identificação e autenticação;

2.4 conterá impresso a expressão: "AUTENTICIDADE PODE SER CONFIRMADA NO PORTAL wwww.fazenda.gov.br"

2.5 quando acobertar saídas de mercadorias deverá constar obrigatoriamente a data da saída dos produtos a qual não poderá exceder ao terceiro dia contado da data da emissão.

3 O serviço disponibilizado para a emissão da Nota Fiscal Avulsa por processamento de dados permitirá:

3.1 consulta das notas fiscais emitidas;

3.2 cancelamento da nota fiscal;

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3.3 geração de arquivo magnético com os dados da nota fiscal emitida, no formato previsto na Tabela 1 do Anexo VI do RICMS.

4 A autenticidade da Nota Fiscal Avulsa emitida por processamento de dados poderá ser confirmada no endereço eletrônico da Secretaria de Estado da Fazenda, www.fazenda.pr.gov.br, sendo considerado idôneo o documento fiscal que contiver impresso o código, de trata o subitem 2.3, idêntico àquele armazenado no sistema da Secretaria de Estado da Fazenda.

4.1 Ainda que formalmente regular, não será considerado documento fiscal idôneo a NFAe que tiver sido emitida ou utilizada com dolo, fraude, simulação ou erro, que possibilite, mesmo que a terceiro, o não pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida.

4.2 As informações consignadas nas NFAe são de inteira responsabilidade do emitente, o qual responderá, nos termos da legislação, por qualquer infração detectada."

5 As Notas Fiscais Avulsas emitidas por processamento de dados, que acobertem operações com bens ou mercadorias abordadas pelo fisco nos Postos Fiscais e nas Fiscalizações Volantes, deverão ser registradas na SEFANET.

CONTABILIDADE DIGITAL

Instrumentos avançados de controle e de combate à sonegação fiscal, a nova realidade da contabilidade digital:

A contabilidade digital pode ser definida inicialmente como sendo o esforço concentrado do governo federal por intermédio de seus prepostos no ministério da fazenda e em especial na srf - secretaria da receita federal no sentido de padronização dos registros de escrituração contábil eletrônica ou digital. Essa padronização tem especialmente como intuito o combate à sonegação fiscal e o melhor controle a economia nacional.

Partindo da emenda constitucional 42/2003, o histórico dessa padronização dos sistemas de informação se encontra no site da receita federal. Além dos estados e municípios das capitais, também participam desse esforço concentrado as empresas enumeradas no site da receita federal.

Diante dos sistemas de controle eletrônicos implantados durante o governo lula, com a iniciativa do confaz - conselho nacional de política fazendária, que administra o sinief - sistema nacional integrado de informações econômico-fiscais (existente desde 1970), podemos sentir o empenho de nossas autoridades fazendárias no combate à sonegação fiscal tão comum entre os empresários não só no brasil como também em todo o mundo.

Entre esses esforços de padronização eletrônica ou digital da escrituração contábil também está a criação da nota fiscal eletrônica (nf-e) pelo ajuste sinief 7/05, cujos objetivos estão descritos no portal da nf-e, da receita federal.

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E esse esforço de padronização também conta com a colaboração do cfc - conselho federal de contabilidade que inicialmente tentou implantar o leiaute brasileiro de contabilidade digital, através resolução cfc 1.061/2005, revogada pela resolução cfc 1.078/2006. O motivo da revogação está explicado no texto da própria resolução do cfc.

Agora só está faltando que nossos dirigentes sindicais e do conselho profissional, de conformidade com o disposto no artigo 103 da constituição federal de 1988 envidem esforços para que seja proposta ação direta de inconstitucionalidade da lei 5.987/1973 que em seu art. 3º permite a contração de profissionais de nível superior e técnico sem formação específica (leigos) para o exercício das prerrogativas profissionais dos contabilistas na esfera governamental. O artigo 5º da lei 11.638/2007, que introduziu o artigo 10-a na lei 6.385/1976, veio em parte resolver esse problema falta de contratação de contador, mas não revogou expressamente o dispositivo contrário existente na lei 5.987/1973.

A expressa revogação do mencionado artigo 3º da lei 5.987/1973 permitirá o perfeito acolhimento das disposições constantes do decreto-lei 9.295/1946, para que sejam obrigatoriamente contratados contadores para os quadros de fiscalização cuja base é a contabilidade. Sobre essa irregularidade na contratação de não habilitados para o exercício da contabilidade, permitida por aquela lei, o sindicato dos técnicos da receita federal em seu boletim especial 13, mencionado no texto a ilegalidade do auditor fiscal sem registro no crc, foi contundente. Os dirigentes daquele sindicato conseguiram ver uma ilegalidade que muitos fingem não existir em razão de interesses particulares duvidosos ou escusos.

Entre os atos recentes está a medida provisória 2.200 de 2001 que no início de março de 2008 ainda se encontrava em tramitação no congresso nacional embora tenha grande importância para o desenvolvimento brasileiro. Essa mp institui a infra-estrutura de chaves públicas brasileira - icp-brasil, transformando o instituto nacional de tecnologia da informação em autarquia.

A icp-brasil tem a finalidade de garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais (assinatura digital), bem como a realização de transações eletrônicas seguras.a icp-brasil será composta por uma autoridade gestora de políticas e pela cadeia de autoridades certificadoras composta pela autoridade certificadora raiz - ac raiz, pelas autoridades certificadoras - ac e pelas autoridades de registro - ar.

O convênio icms (confaz) 143/2006 instituiu a efd - escrituração fiscal digital. Em complementação foi expedido o ato cotepe/icms 009/2008 que dispõe sobre as especificações técnicas para a geração de arquivos da escrituração fiscal digital - efd, que foi chamado de leiaute da escrituração fiscal digital – EFD.

O decreto 6.022/2007 instituiu o sistema público de escrituração digital - sped considerando o disposto no art. 37, inciso xxii, da constituição, nos artigos 10 e 11 da medida provisória 2.200-2/2001 e nos artigos 219, 1.179 e 1.180 da lei 10.406/2002 (código civil brasileiro).

O sped é instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias, mediante fluxo único, computadorizado, de informações. Os livros e documentos serão emitidos em forma eletrônica, observado o disposto na medida provisória 2.200-2/2001. São usuários do sped a secretaria da receita federal do ministério da fazenda, as administrações tributárias dos

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estados, do distrito federal e dos municípios, mediante convênio celebrado com a secretaria da receita federal e os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e indireta que tenham atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização dos empresários e das sociedades empresárias.

ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL - EFD? Este item visa a orientar a geração, em arquivo digital, dos dados concernentes à Escrituração Fiscal Digital (EFD) pelo contribuinte do ICMS e/ou IPI, pessoa física ou jurídica, inscrito no cadastro de contribuintes do respectivo órgão fiscal e esclarecer aspectos referentes à apresentação dos registros e conteúdo de alguns campos, estrutura e apresentação do arquivo magnético para entrega ao Fisco, na forma do Ato COTEPE/ICMS Nº 09, de 18 de abril de 2008 e atualizações. Este documento visa apenas a esclarecer aspectos referentes à apresentação dos registros e conteúdo de alguns campos, não pretendendo contemplar todas as orientações técnicas sobre a elaboração do arquivo digital, cuja orientação integral sobre sua estrutura e apresentação deve ser buscada no Manual de Orientação anexo ao Ato COTEPE/ICMS nº 09, de 18 de abril de 2008 e atualizações, bem como na legislação de cada uma das unidades federadas. Com o objetivo de simplificar os processos e reduzir as obrigações acessórias impostas aos contribuintes, foi instituída a EFD, pela qual o contribuinte irá apresentar na forma digital, com transmissão via Internet, os registros dos documentos fiscais da escrituração e os respectivos demonstrativos de apuração dos impostos IPI e ICMS de cada período de apuração, bem como outras informações de interesse econômico-fiscais. Objetivos do EFD: A Escrituração Fiscal Digital – EFD é parte integrante do projeto SPED a que se refere o Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, que busca promover a integração dos fiscos federal, estaduais, Distrito Federal e, futuramente, municipais, e dos Órgãos de Controle mediante a padronização, racionalização e compartilhamento das informações fiscais digitais, bem como integrar todo o processo relativo à escrituração fiscal, com a substituição do atual documentário em meio físico (papel) por documento eletrônico com validade jurídica para todos os fins. Para tanto, todos os documentos eletrônicos são assinados digitalmente com uso de Certificados Digitais, do tipo A1 ou A3, expedidos, em conformidade com as regras do ICP-Brasil, pelos representantes legais ou seus procuradores, tendo este arquivo validade jurídica para todos os fins, nos termos dispostos na MP-2200-2, de 24 de agosto de 2001. Para ser possível alcançar os objetivos propostos, ocorreu a união de esforços de representantes, não só dos Órgãos de Controle e de Fiscalização Tributária, mas também de representantes da iniciativa privada de diversos segmentos da vida econômica do País que atuaram de forma decisiva, como parceiros na elaboração das especificações do projeto. Legislação do EFD

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Dispõe o Convênio ICMS nº 143, de 15 de dezembro de 2006, acerca da instituição da Escrituração Fiscal Digital: EFD - em arquivo digital, de uso obrigatório para os contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS e/ou do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI - e que se constitui de um conjunto de registros de apuração de impostos, referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte, bem como de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil. O contribuinte deve gerar e manter uma EFD para cada estabelecimento, devendo esta conter todas as informações referentes aos períodos de apuração do(s) imposto(s). Estabelece ainda o referido Convênio que o contribuinte deve manter todos os documentos fiscais que deram origem à escrituração, na forma e prazos estabelecidos para a guarda de documentos fiscais na legislação tributária, observados os requisitos de autenticidade e segurança nela previstos. Os Ato COTEPE/ICMS nº 09, de 18 de abril de 2008 com as alterações produzidas pelos Ato COTEPE/ICMS nº 19/2008, Ato COTEPE/ICMS nº 30/2008 e Ato COTEPE/ICMS nº 45/2008, definiram os documentos fiscais, as especificações técnicas do leiaute do arquivo digital da EFD, que contém informações fiscais e contábeis, bem como quaisquer outras informações que venham a repercutir na apuração, pagamento ou cobrança de tributos de competência dos entes conveniados. A partir de 01 de janeiro de 2009, os contribuintes obrigados à Escrituração Fiscal Digital - EFD – devem escriturá-la e transmiti-la, via Internet. Da apresentação do arquivo da EFD: O arquivo digital deve ser submetido a um programa validador, fornecido pelo SPED – Sistema Público de Escrituração Digital - por meio de download, o qual verifica a consistência das informações prestadas no arquivo. Após essas verificações, o arquivo digital é assinado por meio de certificado digital, tipo A1 ou A3, emitido por autoridade certificadora credenciada pela infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Poderão assinar a EFD:

a) o e-PJ ou e-CNPJ que contenha a mesma base do CNPJ (8 primeiros caracteres) do estabelecimento;

b) o e-PF ou e-CPF do seu representante legal da empresa no cadastro CNPJ. c) a pessoa jurídica ou pessoa física com procuração eletrônica cadastrada no site da RFB.

As regras de negócio ou de validação, ora implementadas, podem ser alteradas a qualquer tempo, visto que têm por finalidade única e exclusivamente verificar as consistências das informações prestadas pelos contribuintes. Ainda que determinados registros e/ou campos não contenham regras específicas de validação de conteúdo ou de obrigatoriedade, esta ausência não dispensa, em nenhuma hipótese, a não apresentação de dados existentes nos documentos e/ou de informação solicitada pelos fiscos.

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Periodicidade das informações: Os arquivos da EFD têm periodicidade mensal e devem apresentar informações relativas a um mês civil ou fração, ainda que as apurações dos impostos (ICMS e IPI) sejam efetuadas em períodos inferiores a um mês, segundo a legislação de cada imposto. Portanto a data inicial constante do registro 0000 deve ser sempre o primeiro dia do mês ou outro, se for início das atividades, ou de qualquer outro evento que altere a forma e período de escrituração fiscal do estabelecimento. A data final constante do mesmo registro deve ser o último dia do mesmo mês informado na data inicial ou a data de encerramento das atividades ou de qualquer outro fato determinante para paralisação das atividades daquele estabelecimento. Os prazos para a transmissão dos arquivos serão definidos por legislação estadual.

O QUE É O SPED-CT-e – AMBIENTE NACIONAL? O Conhecimento de Transporte eletrônico (CT-e) é o novo modelo de documento fiscal eletrônico, instituído pelo AJUSTE SINIEF 09/07, de 25/10/2007, que poderá ser utilizado para substituir um dos seguintes documentos fiscais:

a) Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8; b) Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9; c) Conhecimento Aéreo, modelo 10; d) Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11; e) Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 27; f) Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7, quando utilizada em transporte de cargas.

O CT-e também poderá ser utilizado como documento fiscal eletrônico no transporte dutoviário e, futuramente, nos transportes Multimodais. Podemos conceituar o CT-e como um documento de existência exclusivamente digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar uma prestação de serviços de transportes, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e a Autorização de Uso fornecida pela administração tributária do domicílio do contribuinte. O Projeto Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) está sendo desenvolvido, de forma integrada, pelas Secretarias de Fazenda dos Estados e Receita Federal do Brasil, a partir da assinatura do Protocolo ENAT 03/2006, de 10/11/2006, que atribui ao Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (ENCAT) a coordenação e a responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação do Projeto CT-e.

ATO COTEPE N. 35/05

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O Secretário Executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, por este ato, informa que a Comissão Técnica Permanente do ICMS - COTEPE/ICMS, na sua 120ª reunião ordinária, realizada nos dias 15 a 17 de abril de 2005, instituiu normas técnicas correspondentes a arquivo digital contendo informações de interesse do Fisco.

Art. 1º Fica instituído, nos termos do Anexo Único, o Manual de Orientação do Leiaute Fiscal de Processamento de Dados, a que se refere a cláusula décima oitava do Convênio ICMS 57/95, que deve ser observado pelos contribuintes do ICMS para a geração, o armazenamento e o envio de arquivos em meio digital relativos a documentos fiscais, livros fiscais, lançamentos contábeis, demonstrações contábeis, documentos de informação econômico-fiscais e outras informações de interesse do Fisco.

Art. 2º Este ato entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, produzindo efeitos em relação a fatos geradores ocorridos a partir de:

I - 1º de janeiro de 2006, para a Secretaria da Receita Federal, o Distrito Federal e o Estado de Pernambuco;

Nova redação dada ao inciso II pelo Ato Cotepe 50/06, efeitos a partir de 21.07.06.

II - 1º de janeiro de 2007, para os Estados de Alagoas, Amazonas, Ceará e São Paulo;

Redação original, vigente até 20.07.06

II - 1º de janeiro de 2007, para os Estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo;

Nova redação dada ao inciso III pelo Ato Cotepe 50/06, efeitos a partir de 21.07.06.

III - 1º de janeiro de 2008, para os Estados do Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Redação original, vigente até 20.07.06

III - 1º de janeiro de 2008, para os Estados do Acre, Amapá, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Sergipe e Tocantins.

Em seu anexo único o Ato Cotepe precede o manual de procedimentos e orientações com relação ao leiaute fiscal de processamento de dados.

Para maiores informações pesquise no site:

http://www.fazenda.gov.br/CONFAZ/confaz/Convenios/ICMS/1995/..%5C..%5C..%5CAtos%5CAtos_Cotepe%5C2005%5CAC035_05.htm

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PROGRAMA VALIDADOR E ASSINADOR DO SPED O programa validador e assinador do SPED pode ser baixado no site da Receita Federal por meio do link a seguir:

http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/Default.htm

O contexto geral e as etapas do programa validador e assinador do SPED e suas principais rotinas, podem ser descritos no próximo capítulo que trata do SPED Contábil.

ROTINAS PARA APARUÇÃO DOS TRIBUTOS NO SISTEMA As principais rotinas inerentes a apuração de tributos no sistema do SPED Fiscal, podem ser observadas no item 3 dessa apostila (SPED-FISCAL) e os procedimentos operacionais podem ser observados passo a passo no Guia Prático de Escrituração Fiscal que encontra-se disponível também na internet, por meio do site:

http://www1.receita.fazenda.gov.br/sped-fiscal/download.htm

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2. SPED 2. SPED 2. SPED 2. SPED ---- CONTÁBIL CONTÁBIL CONTÁBIL CONTÁBIL 2.7 - Obrigações Acessórias X SPED Contábil 2.8 - Transmissão, validação e prazo de entrega; 2.9 - Compartilhamento de informações 2.10 - Plano de Contas Referencial e seu reflexo para a Contabilidade

O QUE É O SPED-CONTÁBIL? De maneira bastante simplificada, podemos definir o Sped Contábil como a substituição dos livros da escrituração mercantil pelos seus equivalentes digitais.

COMO FUNCIONA O SPED-CONTÁBIL?

Quem está obrigado e quando entregar? A partir do seu sistema de contabilidade, a empresa gera um arquivo digital no formato especificado no anexo único à Instrução Normativa RFB nº 787/07. Devido às peculiaridades das diversas legislações que tratam da matéria, este arquivo pode ser tratado pelos sinônimos: Livro Diário Digital, Escrituração Contábil Digital – ECD, ou Escrituração Contábil em forma eletrônica. Este arquivo é submetido ao Programa Validador e Assinador – PVA fornecido pelo Sped. Esses sistemas podem ser baixados no site da Receita Federal observando os seguintes passos: Faça o download do PVA e do Receitanet e instale-os em um computador ligado à internet. Através do PVA, execute os seguintes passos: Validação do arquivo contendo a escrituração; Assinatura digital do livro pela(s) pessoa(s) que têm poderes para assinar, de acordo com os registros da Junta Comercial e pelo Contabilista; Geração e assinatura de requerimento para autenticação dirigido à Junta Comercial de sua jurisdição. Para geração do requerimento é indispensável, exceto para a Junta Comercial de Minas Gerais, informar a identificação do documento de arrecadação do preço da autenticação. Verifique na Junta Comercial de sua Jurisdição como obter a identificação. Assinados a escrituração e o requerimento, faça a transmissão para o Sped. Concluída a transmissão, será fornecido um recibo. Imprima-o, pois ele contém informações importantes para a prática de atos posteriores. Ao receber a ECD, o Sped extrai um resumo (requerimento, Termo de Abertura e Termo de Encerramento) e o envia para a Junta Comercial competente.

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Verifique na Junta Comercial de sua jurisdição como fazer o pagamento do preço para autenticação. Recebido o preço, a Junta Comercial analisará o requerimento e o Livro Digital. A análise poderá gerar três situações, todas elas com o termo próprio: Autenticação do livro; Indeferimento; Sob exigência. IMPORTANTE: para que um livro colocado sob exigência pela Junta Comercial possa ser autenticado, após sanada a irregularidade, ele deve ser reenviado ao Sped. Não há necessidade de novo pagamento do preço da autenticação. Deve ser gerado o requerimento específico para substituição de livros não autenticados e colocados sob exigência. Para verificar o andamento dos trabalhos, utilize a funcionalidade “Consulta Situação” do PVA. Os termos lavrados pela Junta Comercial, inclusive o de Autenticação, serão transmitidos automaticamente à empresa durante a consulta. O PVA tem ainda as funcionalidades de visualização da escrituração e de geração recuperação de backup. Autenticada a escrituração, adote as medidas necessárias para evitar a deterioração, extravio ou destruição do livro digital. Ele é composto por dois arquivos principais: o do livro digital e o de autenticação (extensão aut). Faça, também, cópia do arquivo do requerimento (extensão rqr) e do recibo de entrega (extensão rec). Todos os arquivos têm o mesmo nome, variando apenas a extensão.

LEGISLAÇÃO REGULÁTORIA DO SPED-CONTÁBIL? A legislação que preconiza os amparos legais e operacionais do Sped-contábil são: Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007: Institui o Sistema Público de Escrituração Digital - Sped. Departamento Nacional do Registro de Comércio Instrução Normativa Nº 107, de 23 de maio de 2008 Dispõe sobre a autenticação de instrumentos de escrituração dos empresários, sociedades empresárias, leiloeiros e tradutores públicos e intérpretes comerciais. Conselho Federal de Contabilidade Resolução N° 1.020/05 Aprova a NBC T 2.8 – Das Formalidades da Escrituração Contábil em Forma Eletrônica. Receita Federal Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de novembro de 2007. Institui a Escrituração Contábil Digital (para fins fiscais e previdenciários) Instrução Normativa RFB nº 825, de 21 de fevereiro de 2008

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Altera o art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de dezembro de 2007, que institui a Escrituração Contábil Digital (prorroga para o último dia útil de junho de 2009 o prazo para apresentação da ECD, nos casos de cisão, cisão parcial, fusão ou incorporação ocorridos em 2008). Ato Declaratório Executivo Cofis nº 36, de 18 de dezembro de 2007 Dispõe sobre as regras de validação e as tabelas de códigos aplicáveis à Escrituração Contábil Digital.

CERTIFICADO DIGITAL E CARTEIRA ELETRONICA DO CRC A partir de setembro inicia o processo de substituição da Carteira de Identidade Profissional dos contadores e técnicos em contabilidade, conforme projeto em fase de implantação pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). A finalidade principal do projeto é proporcionar maior modernidade e segurança ao documento, por meio da adequação da carteira às novas tecnologias digitais, inclusive a certificação digital. Com leiaute avançado, a nova Carteira de Identidade Profissional será confeccionada em cartão plástico rígido (policarbonato) e terá chip criptográfico, entre demais dispositivos antifraude. Outro ponto a ser destacado é a possibilidade da leitura das informações do documento por dispositivos eletrônicos de segurança, permitindo a gravação de dados cadastrais e de certificados ICP-Brasil. Conforme os membros da comissão instituída para implementar o projeto, a substituição da identidade profissional será gradual e, entre os critérios previstos para esse processo, consta a solicitação, por requerimento, ao Conselho Regional de Contabilidade (CRC) no qual o profissional está registrado. Haverá a possibilidade de o pedido ser feito via internet. Até o mês de setembro, será feita ampla divulgação de todo o processo necessário à troca do documento. A nova Carteira de Identidade Profissional da área contábil dará oportunidade à certificação digital da Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). Criada pelo Governo Federal (Medida Provisória 2.200-2, de 24 de agosto de 2001), a ICP-Brasil é um conjunto de entidades, padrões técnicos e regulamentos, elaborados para suportar um sistema criptográfico com base em certificados digitais. O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação é a Autoridade Certificadora Raiz (AC Raiz) da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). Dessa forma, é a primeira autoridade da cadeia de certificação, executora das Políticas de Certificados e normas técnicas e operacionais aprovadas pelo Comitê Gestor da ICP-Brasil. Na prática, o certificado digital funciona como uma carteira de identidade virtual, que permite a identificação segura de uma mensagem ou transação em rede de computadores. FLUXO DE PROCESSO DE ENTREGA DOS DADOS

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Um novo conceito para a relação entre o contribuinte e o Fisco, com a simplificação das obrigações acessórias e um controle muito mais efetivo sobre a arrecadação tributária por parte de União, Estados e municípios. Foram propósitos que nortearam, desde o início, o desenvolvimento do Sped – Sistema Público de Escrituração Digital. Construído a várias mãos, pela Receita Federal do Brasil (RFB), secretarias fazendárias estaduais, representantes do setor privado e por uma série de entidades (Associação Brasileira de Secretarias de Finanças das Capitais, Banco Central do Brasil, Departamento Nacional de Registro do Comércio, Superintendência da Zona Franca de Manaus, Superintendência de Seguros e Privados, Federação Brasileira de Bancos, Conselho Federal de Contabilidade, juntas comerciais, etc.), o sistema tem cumprido, na prática, todas as expectativas geradas em torno de sua implantação.

Baseado inicialmente no tripé Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), Escrituração Contábil Digital (ECD) e Escrituração Fiscal Digital (EFD), esse revolucionário ambiente eletrônico vem modernizar a relação entre Estado e os contribuintes pessoas jurídicas, como explica Carlos Sussumu Oda, coordenador-geral da iniciativa na RFB. “A proposta do Sped não é ser um projeto com começo, meio e fim; trata-se de algo que estará em permanente evolução, aprimorando a forma como as empresas interagem com os fiscos federal, estaduais e municipais. É, portanto, um novo paradigma, regulado por premissas de padronização e simplificação de procedimentos”.

O funcionamento efetivo do Sped começou em 2006, quando algumas das maiores organizações do país, participantes do projeto-piloto, passaram a emitir a Nota Fiscal Eletrônica nas comercializações com outras pessoas jurídicas.

Os resultados foram mais do que animadores e, em abril deste ano, o Fisco decidiu tornar seu uso obrigatório para os setores de combustíveis líquidos e de cigarros. Até a primeira quinzena de novembro de 2008, o portal da NF-e na internet (www.nfe.fazenda.gov.br) já contabilizava cerca de 44 milhões de notas fiscais autorizadas, abrangendo um montante aproximado de R$ 920 bilhões.

Uma das empresas pioneiras do projeto foi a Gerdau, que emite, mensalmente, 180 mil notas fiscais, sendo que 72% desse volume já eletronicamente. As vantagens do novo modelo são atestadas por Antônio Marques de Almeida, diretor de Serviços Compartilhados da siderúrgica. “Os principais benefícios foram a redução de 4,7 milhões de folhas de papel por ano, o que baixou consideravelmente os custos de impressão e aquisição de papel; diminuição de custos de armazenagem de documentos; eliminação da digitação das notas fiscais na recepção das mercadorias; possibilidade de melhor planejamento da logística de entrega pela recepção antecipada da informação; e também redução de erros de escrituração por digitação incorreta das notas”, detalha.

O diretor da Gerdau também ressalta que a utilização da NF-e permite aprimorar a interação da empresa com seus públicos de relacionamento. “Estamos hoje operando com a Nota Fiscal Eletrônica em 17 Estados. E constatamos que a nova tecnologia melhora a relação com os clientes e fornecedores pelo fato de trazer a antecipação das informações, o que permite melhor planejamento, melhor gerenciamento e maior agilidade no processo de entrada de mercadorias”, comemora Almeida.

Como funciona?

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Resumidamente, o funcionamento da NF-e é da seguinte forma: quando ocorre uma comercialização, é gerado um arquivo eletrônico, assinado por Certificação Digital (CD), com todos os dados relativos ao negócio. O arquivo é, então, transmitido via internet para a secretaria de fazenda (Sefaz) jurisdicionante, responsável por autorizar a emissão do documento e o trânsito da mercadoria. Uma cópia da nota fica na própria Sefaz local, outra vai para a secretaria do Estado de destino, quando for o caso, e uma terceira segue para repositório nacional da Receita Federal do Brasil, gerido pelo Serpro.

“É função do Serpro prover a infra-estrutura do ambiente da receita, onde são armazenados todos os documentos digitais relativos à NF-e e aos outros projetos do Sped. No caso da Nota Fiscal Eletrônica, o nível de serviço acordado com os Estados é de, no máximo, três minutos para autorização, mas estamos conseguindo fazer isso em poucos segundos”, afirma Divino Lisboa, coordenador do Sped pelo Serpro.

Como o Sped demanda alto grau de disponibilidade, existe um ambiente de contingência na eventualidade de algum problema técnico impedir a transmissão de uma Nota Fiscal ou do pedido de autorização para sua emissão. Nesse caso, o comando é direcionado para o Sistema de Contingência do Ambiente Nacional (Scan), que possibilita a realização normal de todo o fluxo da operação.

Outro formato de contingência do Sped é o DPEC (Declaração Prévia de Emissão em Contingência). Em caso de indisponibilidade na Sefaz autorizadora, o contribuinte pode enviar para o Ambiente Nacional um resumo das operações autorizando o trânsito da mercadoria. Assim, a empresa pode dar continuidade ao seu fluxo comercial, tendo um prazo de até sete dias para enviar a NF-e completa referente ao DPEC.

As exceções dentro desses segmentos são apenas para os fabricantes de aguardente de cana e os de vinho, com receita bruta anual até R$ 360 mil. Em abril de 2009, a obrigatoriedade passa a vigorar para setores como atacadistas de alimentos e bebidas, material de limpeza, solventes, indústria de autopeças, baterias automotivas, vasilhames para bebidas e também de importadores de veículos e de bebidas alcoólicas. “Optamos por estabelecer obrigatoriedade de emissão de NF-e por segmento, visando manter o equilíbrio da concorrência, com todos os interessados sujeitos às mesmas regras. Isso faz parte dos objetivos do Sped, de justiça fiscal, maior rigor na fiscalização, atenção ao contribuinte, redução do custo e transparência”, observa Eduardo Bruno Machado, supervisor de desenvolvimento do Sped na RFB.

Ele destaca que, além dos setores incluídos na obrigatoriedade, várias organizações, de diferentes portes e segmentos, têm aderido espontaneamente à emissão da NF-e. “Todos são unânimes em reconhecer os ganhos obtidos, uma vez que a modalidade atende não só ao interesse do Fisco, como também das próprias empresas. Segundo as empresas participantes, o investimento na adequação de sistemas é amortizado num período muito curto. Por isso, várias aderiram voluntariamente à emissão de NF-e, além daquelas obrigadas”, destaca Machado.

LIVROS E ARQUIVOS ELETRÔNICOS – PRAZOS PARA ENTREGA

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Estão incluídos todos os livros da escrituração contábil, em suas diversas formas. O diário e o razão são, para o Sped Contábil, um livro digital único. Cabe ao PVA mostrá-los no formato escolhido pelo usuário. São previstas as seguintes formas de escrituração: a) Diário Geral; b) Diário com Escrituração Resumida (vinculado a livro auxiliar); c) Diário Auxiliar; d) Razão Auxiliar; e) Livro de Balancetes Diários e Balanços. Estas formas de escrituração decorrem de disposições do Código Civil: Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens. Assim, todas as empresas devem utilizar o livro Diário contemplando todos os fatos contábeis. Este livro é classificado, no Sped, como G - Livro Diário (completo, sem escrituração auxiliar). É o livro Diário que independe de qualquer outro. Ele não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com quaisquer dos outros livros (R, A, Z ou B). O Código Civil traz, também, duas as exceções. A primeira delas diz respeito à utilização de lançamentos, no Diário, por totais: Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa. § 1o Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação. Temos, assim, mais quatro tipos de livro: R - Livro Diário com Escrituração Resumida (com escrituração auxiliar): é o livro Diário que contêm escrituração resumida, nos termos do § 1º do art. 1.184 acima transcrito. Ele obriga à existência de livros auxiliares (A ou Z) e não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com os livros G e B. A - Livro Diário Auxiliar ao Diário com Escrituração Resumida: é o livro auxiliar previsto no nos termos do § 1º do art. 1.184 acima mencionado, contendo os lançamentos individualizados das operações lançadas no Diário com Escrituração Resumida. Z – Razão Auxiliar (Livro Contábil Auxiliar conforme leiaute definido pelo titular da escrituração): o art. 1.183 determina que a escrituração será feita em forma contábil. As formas contábeis são: razão e diário. Este é um livro auxiliar a ser utilizado quando o leiaute do livro Diário Auxiliar não se mostrar adequado. É uma “tabela” onde o titular da escrituração define cada coluna e seu conteúdo.

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O Art. 1.185 dispõe: “O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.” Tem-se, assim, a segunda exceção: B - Livro Balancetes Diários e Balanços: somente o Banco Central regulamentou a utilização deste livro e, via de regra, só é encontrado em instituições financeiras. O Sped não obsta a utilização concomitante do livro “Balancetes Diários e Balanços” e de livros auxiliares.

PRAZOS DE ENTREGA

Não houve alteração nos prazos normais para apresentação dos livros. Para a Receita Federal, foi fixado o último dia útil de junho do ano seguinte ao que se refere a escrituração (exceto nos casos de cisão, fusão e incorporação. Nestas hipóteses, o prazo é o último dia útil do mês seguinte ao da ocorrência dos eventos – exceto quando ocorrerem em 2008).

LAY-OUT DAS INFORMAÇÕES A SEREM ENTREGUES

O lay-out das informações a serem entregues junto ao SPED Contábil pode ser observadas no link:

http://www1.receita.fazenda.gov.br/sped-contabil/exemplos-de-arquivos.htm

Nele pode-se observar o lay-out dos seguintes livros contábeis:

G - Livro Diário Geral (completo, sem escrituração auxiliar)

R - Livro Diário com Escrituração Resumida (com escrituração auxiliar)

A - Livro Diário Auxiliar ao Diário com Escrituração Resumida

Z - Razão Auxiliar (Livro Contábil Auxiliar conforme leiaute definido pelo titular da escrituração)

B - Livro de Balancetes Diários e Balanços

Obrigações Acessórias X SPED Contábil

Grande parte das empresas utiliza recursos de informática para efetuar a escrituração fiscal e contábil. O SPED constitui uma nova modalidade na sistemática de cumprimento das obrigações acessórias junto

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aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se de certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, em cuja forma digital fica garantida a validade jurídica.

Composto pelo tripé de ações – Nota Fiscal Eletrônica, SPED Contábil e SPED Fiscal, o SPED tem como premissas a redução de custos para o contribuinte, com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias, com a dispensa de emissão e armazenamento de documentos em papel; a propiciação de melhor ambiente de negócios para as empresas no país; a melhoria da qualidade, rapidez no acesso e compartilhamento das informações. Pelo lado governamental objetiva-se tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários.

COMO É O SISTEMA DO SPED-CONTÁBIL?

Transmissão, validação e compartilhamento. O sistema do SPED-Contábil pode ser baixado no site da Receita Federal por meio do link:

http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/ProgSpedwindows.htm

Após a instalação em seu computador, o SPED-Contábil apresenta a seguinte tela inicial:

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Na função de Escrituração Contábil é possível obter as seguintes funções:

Para validar uma escrituração contábil, basta clicar em Validar Escrituração Contábil e buscar o arquivo de origem a ser validado.

Validar Escrituração Contábil

Assinar Escrituração Contábil

Gerenciar Requerimento

Transmitir Escrituração Contábil

Consultar Situação

Excluir Escrituração Contábil

Visualizar

Sair do Sistema

Localizar arquivo a ser

validado

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Para assinar uma escrituração, basta clicar em Assinar Escrituração, selecionar a escrituração que deseja assinar e clicar em OK.

Para gerar ou gerenciar um requerimento, basta clicar em Requerimento de autenticação de Livro

Digital e selecionar a escrituração para qual deseja gerar ou visualizar o requerimento.

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Para Transmitir uma Escrituração basta clicar em Transmitir Escrituração, selecionar a Escrituração a ser transmitida e clicar em OK.

Para Consultar a Situação da Escrituração Contábil basta clicar em Consulta, selecionar a Escrituração a

ser consultada e clicar em OK.

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Para Excluir uma Escrituração Contábil basta clicar em Excluir, selecionar a Escrituração a ser excluida e clicar em OK.

O sistema SPED-Contábil ainda possibilita que você visualize qualquer Escrituração da sua base de

dados ou o Recibo de Transmissão da Escrituração, para isso basta clicar em Visualizar e escolher o que se pretende visualizar.

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Sendo possível ainda, gerar e restaurar Cópias de Segurança das Escriturações e Recibos.

PLANO DE CONTAS REFERENCIAL Conforme as regras de validação (anexo ao Ato Declaratório Cofis nº 36/07), o registro I051 não é obrigatório. É um plano de contas, elaborado com base na DIPJ. As empresas em geral devem usar O plano Publicado pela Receita Federal pelo Ato Declaratório Cofis nº 36/07. As financeiras utilizam o Cosif e as seguradoras não precisam informar o registro I051. Tem por finalidade estabelecer uma relação (um DE-PARA) entre as contas analíticas do plano de contas da empresa e um padrão, possibilitando a eliminação de fichas da DIPJ. O e-Lalur (Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real, um dos projetos do Sped) importará dados da escrituração contábil digital e montará um “rascunho” correspondente a várias das fichas hoje existentes na DIPJ. Assim, quanto mais precisa for sua indicação dos códigos das contas referenciais no registro I051, menor o trabalho no preenchimento do e-Lalur. Quaisquer equívocos na sua indicação do plano de contas referencial poderão ser corrigidos no e-Lalur.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS DO SPED-CONTÁBIL?

1) Quais os livros abrangidos? R.: Podem ser incluídos todos os livros da escrituração contábil, em suas diversas formas. O diário e o razão são, para o Sped Contábil, um livro digital único. Cabe ao PVA mostrá-los no formato escolhido pelo usuário. São previstas as seguintes formas de escrituração: a) Diário Geral; b) Diário com Escrituração Resumida (vinculado a livro auxiliar); c) Diário Auxiliar; d) Razão Auxiliar; e) Livro de Balancetes Diários e Balanços. Estas formas de escrituração decorrem de disposições do Código Civil: Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens. Assim, todas as empresas devem utilizar o livro Diário contemplando todos os fatos contábeis. Este livro é classificado, no Sped, como G - Livro Diário (completo, sem escrituração auxiliar). É o livro Diário que independe de qualquer outro. Ele não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com quaisquer dos outros livros (R, A, Z ou B). O Código Civil traz, também, duas as exceções. A primeira delas diz respeito à utilização de lançamentos, no Diário, por totais: Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa. § 1o Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação. Temos, assim, mais quatro tipos de livro: R - Livro Diário com Escrituração Resumida (com escrituração auxiliar): é o livro Diário que contêm escrituração resumida, nos termos do § 1º do art. 1.184 acima transcrito. Ele obriga à existência de livros auxiliares (A ou Z) e não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com os livros G e B. A - Livro Diário Auxiliar ao Diário com Escrituração Resumida: é o livro auxiliar previsto no nos termos do § 1º do art. 1.184 acima mencionado, contendo os lançamentos individualizados das operações lançadas no Diário com Escrituração Resumida.

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Z – Razão Auxiliar (Livro Contábil Auxiliar conforme leiaute definido pelo titular da escrituração): o art. 1.183 determina que a escrituração será feita em forma contábil. As formas contábeis são: razão e diário. Este é um livro auxiliar a ser utilizado quando o leiaute do livro Diário Auxiliar não se mostrar adequado. É uma “tabela” onde o titular da escrituração define cada coluna e seu conteúdo. O Art. 1.185 dispõe: “O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.” Tem-se, assim, a segunda exceção: B - Livro Balancetes Diários e Balanços: somente o Banco Central regulamentou a utilização deste livro e, via de regra, só é encontrado em instituições financeiras. O Sped não obsta a utilização concomitante do livro “Balancetes Diários e Balanços” e de livros auxiliares. 2) Como fazer a numeração dos livros? A numeração dos livros é seqüencial, por tipo de livro, independente de sua forma (em papel, fichas, microfichas ou digital). Para maiores esclarecimentos, consulte a legislação do Departamento Nacional de Registro do Comércio no link a seguir: http://www.dnrc.gov.br/Legislacao/MinutaIN107maio2008.pdf. 3) Um arquivo pode conter mais de um livro? Não. Cada livro é um arquivo distinto. 4) O que deve ser informado nos campos NAT_LIVR (natureza do livro; finalidade a que se destina o instrumento de escrituração)? O título, a denominação do livro. 5) Quais as formas de requerimento de autenticação? São dois tipos de requerimento: Autenticação de livro (inclusive nos casos de extravio, deterioração ou destruição) Substituição de livro colocado em exigência pela Junta Comercial. Os requerimentos de extravio, deterioração ou destruição não serão aceitos quando o livro “original” tiver sido enviado para o Sped e ainda estiver em sua base de dados. Neste caso e enquanto não disponível o download do livro para o seu titular, solicite uma cópia a um dos membros do Sped que possa ter acesso à escrituração. Para que o livro colocado em exigência possa ser autenticado é indispensável a remessa de novo livro (com as correções necessárias, se for o caso) com requerimento de “substituição de livro colocado em exigência pela Junta Comercial”. Será implantada funcionalidade para permitir ao titular fazer download da própria escrituração, com utilização de certificado digital da empresa, de seu representante legal ou de seu procurador.

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6) O livro digital pode ser “retificado”? O DNRC disciplina a matéria no art. 5º da Instrução Normativa 107/08: Art. 5º A retificação de lançamento feito com erro, em livro já autenticado pela Junta Comercial,deverá ser efetuada nos livros de escrituração do exercício em que foi constatada a sua ocorrência, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade, não podendo o livro já autenticado ser substituído por outro, de mesmo número ou não, contendo a escrituração retificada. O mesmo ato normativo disciplina a recomposição da escrituração nos casos de extravio, destruição ou deterioração: Art. 26. Ocorrendo extravio, deterioração ou destruição de qualquer dos instrumentos de escrituração, o empresário ou a sociedade empresária fará publicar, em jornal de grande circulação do local de seu estabelecimento, aviso concernente ao fato e deste fará minuciosa informação, dentro de quarenta e oito horas à Junta Comercial de sua jurisdição. § 1º Recomposta a escrituração, o novo instrumento receberá o mesmo número de ordem do substituído, devendo o Termo de Autenticação ressalvar, expressamente, a ocorrência comunicada. § 2º A autenticação de novo instrumento de escrituração só será procedida após o cumprimento do disposto no caput deste artigo. § 3º No caso de livro digital, enquanto for mantida uma via do instrumento objeto de extravio, deterioração ou destruição no Sped, a Junta Comercial não autenticará livro substitutivo, devendo o empresário ou sociedade obter reprodução do instrumento junto à administradora daquele Sistema.” 7) Quem deve assinar a escrituração? São, no mínimo, dois signatários: a pessoa física que, segundo os documentos arquivados na Junta Comercial, tiver poderes para a prática de tal ato e o contabilista. Assim, devem ser utilizados somente certificados digitais e-PF ou e-CPF, com segurança mínima tipo A3. Não existe limite para a quantidade de signatários e os contabilistas devem assinar por último. 8) O representante legal perante a Receita Federal pode assinar a escrituração? Somente se for a mesma pessoa que, segundo os documentos arquivados na Junta Comercial, tiver poderes para a prática de tal ato. Esta verificação será feita pela Junta Comercial. 9) Pode ser utilizado qualquer certificado digital de pessoa física? Não. Conforme Instrução Normativa DNRC 107/08, o Livro Digital deve ser assinado com certificado digital de segurança mínima tipo A3, emitido por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). 10) O que deve conter o campo “Identificação do documento de recolhimento” do requerimento de autenticação? Consulte a Junta Comercial de sua jurisdição para obter a informação. A Junta Comercial de Minas Gerais dispensa o preenchimento do campo.

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11) Quem está obrigado a adotar a escrituração contábil digital? A Receita Federal estabeleceu, para fins fiscais e previdenciários, a obrigatoriedade pelo art. 3º da Instrução Normativa nº 787/07: I – em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2008, as pessoas jurídicas sujeitas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos da Portaria RFB nº 11.211, de 7 de novembro de 2007, e sujeitas à tributação do imposto de renda com base no lucro real; II – em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2009, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real. 12) Qual o prazo para apresentação dos livros? Não houve alteração nos prazos normais para apresentação dos livros. Para a Receita Federal, foi fixado o último dia útil de junho do ano seguinte ao que se refere a escrituração (exceto nos casos de cisão, fusão e incorporação. Nestas hipóteses, o prazo é o último dia útil do mês seguinte ao da ocorrência dos eventos – exceto quando ocorrerem em 2008). Para maiores detalhes, consulte a Instrução Normativa RFB nº 787/07 http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2007/in7872007.htm 13) O que é Cadastro de Participante (registro 0150)? É um conjunto de informações para identificar as pessoas físicas e jurídicas com as quais a empresa tem alguns tipos de relacionamentos específicos. Somente devem ser informados os participantes com os quais a empresa tenha um dos seguintes relacionamentos: CÓD_REL Tipo do relacionamento 01 Matriz no exterior;

02 Filial, inclusive agência ou dependência, no exterior;

03 Coligada, inclusive equiparada;

04 Controladora;

05 Controlada (exceto subsidiária integral);

06 Subsidiária integral;

07 Controlada em conjunto;

08 Entidade de Propósito Específico (conforme definição da CVM);

09 Participante do conglomerado, conforme norma específica do órgão regulador, exceto as que se enquadrem nos tipos precedentes;

10 Vinculadas (Art. 23 da Lei 9.430/96), exceto as que se enquadrem nos tipos precedentes;

11 Localizada em país com tributação favorecida (Art. 24 da Lei 9.430/96), exceto as que se enquadrem nos tipos precedentes.

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A grande maioria dos clientes e fornecedores das empresas não preenche os requisitos para serem incluídas nos registros 0150. 14) O que se entende por plano de contas referencial e qual sua finalidade? Conforme as regras de validação (anexo ao Ato Declaratório Cofis nº 36/07), o registro I051 não é obrigatório. É um plano de contas, elaborado com base na DIPJ. As empresas em geral devem usar O plano Publicado pela Receita Federal pelo Ato Declaratório Cofis nº 36/07. As financeiras utilizam o Cosif e as seguradoras não precisam informar o registro I051. Tem por finalidade estabelecer uma relação (um DE-PARA) entre as contas analíticas do plano de contas da empresa e um padrão, possibilitando a eliminação de fichas da DIPJ. O e-Lalur (Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real, um dos projetos do Sped) importará dados da escrituração contábil digital e montará um “rascunho” correspondente a várias das fichas hoje existentes na DIPJ. Assim, quanto mais precisa for sua indicação dos códigos das contas referenciais no registro I051, menor o trabalho no preenchimento do e-Lalur. Quaisquer equívocos na sua indicação do plano de contas referencial poderão ser corrigidos no e-Lalur. 15) Onde deve ser informado o código da conta analítica do plano de contas adotado pela empresa? A Escrituração Contábil Digital é a contabilidade comercial das empresas e, portanto, baseada no plano de contas que a empresa utiliza para o registro habitual dos fatos contábeis. Assim, os códigos das contas analíticas do plano da empresa são os que devem ser informados nos seguintes registros: I015: Identificação das Contas da Escrituração Resumida a que se Refere a Escrituração Auxiliar I050: Plano de Contas I155: Detalhe dos Saldos Periódicos I250: Partidas do Lançamento I310: Detalhes do Balancete Diário I355: Detalhes dos Saldos das Contas de Resultado Antes do Encerramento 16) O que se entende por Código de Aglutinação e qual sua finalidade? Conforme as regras de validação (anexo ao Ato Declaratório Cofis nº 36/07), o registro I052 não é obrigatório, podendo ser livremente estabelecido pela empresa. Na grande maioria dos casos, a empresa utiliza contas sintéticas do próprio plano de contas como “código de aglutinação”. Tem por finalidade estabelecer uma relação (um DE-PARA) entre as contas analíticas do plano de contas da empresa e as linhas de maior detalhamento das demonstrações contábeis (bloco J). O Programa Validador e Assinador – PVA do Sped Contábil totaliza os registros de saldos periódicos, na data do balanço, com base no código de aglutinação. O valor assim obtido é confrontado com as informações constantes do balanço (bloco J). O mesmo procedimento é adotado para conferência dos valores lançados na Demonstração do Resultado do Exercício. A diferença é que os valores totalizados são obtidos dos registros de “saldo das contas de resultado antes do encerramento”. Havendo

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divergência, é emitida uma advertência. Cabe ao titular da escrituração verificar se a advertência corresponde a um erro e se deve fazer alguma correção na ECD.

3. SPED 3. SPED 3. SPED 3. SPED ---- FISCAL FISCAL FISCAL FISCAL 3 - SPED FISCAL 3.1 - Obrigatoriedade de utilização Protocolo 73/2008 X Despacho nº 63/2008 3.2 - Confecção dos arquivos X dispensa da impressão de livros fiscais 3.3 - Arquivos obrigados ao envio (Estabelecimento X Matriz) 3.4 - Padronização de procedimentos; 3.5 - Transmissão e validação; 3.6 - Livros abrangidos; 3.7 - Arquivos digitais; 3.8 - Assinatura digital; 3.9 - Transmissão, validação e prazo de entrega; 3.10 - Compartilhamento de informações; 3.11 - Leiaute – Orientações gerais.

O QUE É O SPED-FISCAL? A Escrituração Fiscal Digital - EFD é um arquivo digital, que se constitui de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte. Este arquivo deverá ser assinado digitalmente e transmitido, via Internet, ao ambiente Sped.

COMO FUNCIONA O SPED-FISCAL? A partir de sua base de dados, a empresa deverá gerar um arquivo digital de acordo com leiaute estabelecido em Ato COTEPE, informando todos os documentos fiscais e outras informações de interesse dos fiscos federal e estadual, referentes ao período de apuração dos impostos ICMS e IPI. Este arquivo deverá ser submetido à importação e validação pelo Programa Validador e Assinador (PVA) fornecido pelo Sped.

O QUE É O PROGRAMA VALIDADRO E ASSINADOR PVA? Como pré-requisito para a instalação do PVA é necessária a instalação da máquina virtual do Java. Após a importação, o arquivo poderá ser visualizado pelo próprio Programa Validador, com possibilidades de pesquisas de registros ou relatórios do sistema.

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Outras funcionalidades do programa: digitação, alteração, assinatura digital da EFD, transmissão do arquivo, exclusão de arquivos, geração de cópia de segurança e sua restauração.

LEGISLAÇÃO REGULÁTORIA DO SPED-FISCAL? Ato COTEPE/ICMS nº 01 de 07 de janeiro de 2009 Altera relação de contribuintes de que trata o Protocolo ICMS nº 77/2008. Lista Atualizada Jan2009 Obrigados EFD 2009 Relação das empresas obrigadas ao Sped Fiscal em janeiro de 2009. Ato COTEPE/ICMS nº 45, de 21 de novembro de 2008 Altera dispositivos do Ato COTEPE ICMS nº 09/08. Ato COTEPE/ICMS nº 30, de 18 de setembro de 2008 Altera dispositivos do Ato COTEPE ICMS nº 09/08. Ato COTEPE/ICMS nº 19, de 23 de junho de 2008 Altera dispositivos do Ato COTEPE nº 09/08. Ato COTEPE/ICMS nº 09, de 18 de abril de 2008 Dispõe sobre as especificações técnicas para a geração de arquivos da Escrituração Fiscal Digital - EFD. Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007 Institui o Sistema Público de Escrituração Digital - Sped. Convênio ICMS nº 143, de 15 de dezembro de 2006 Institui a Escrituração Fiscal Digital - EFD.

Protocolo 73/2008 X Despacho 63/2008 DESPACHO 63/2008 O Secretário Executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso IX, do art. 5º do Regimento desse Conselho, e em cumprimento ao disposto no artigo 40 desse mesmo diploma, faz publicar o seguinte Protocolo ICMS, celebrado entre as respectivas unidades federadas: PROTOCOLO CONFAZ/ICMS Nº 76, DE 14 DE AGOSTO DE 2008

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PROTOCOLO 73/2008 Dispõe sobre a remessa de soja em grão do Estado do Tocantins para industrialização, por encomenda, no Estado da Bahia com suspensão do imposto. Os Estados do Tocantins e da Bahia, neste ato representado pelos seus respectivos Secretários de Estado de Fazenda, considerando o disposto nos arts. 102 e 199 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), e tendo em vista o disposto no parágrafo único da cláusula primeira do Convênio AE-15/74, de 11 de dezembro de 1974, com a redação dada pela cláusula segunda do Convênio ICMS 34/90, de 13 de setembro de 1990, resolvem celebrar o seguinte PROTOCOLO Cláusula primeira Acordam os Estados signatários em estabelecer que a suspensão do ICMS prevista no Convênio AE - 15/74, de 11 de dezembro de 1974, reconfirmado pelo Convênio 34/90, de 13 de setembro de 1990, será aplicada à saída de soja em grão promovida pelos estabelecimentos tocantinenses da BUNGE ALIMENTOS S.A, especificados no Anexo Único, para fins de industrialização em estabelecimento da própria empresa, situado no Município de Luiz Eduardo Magalhães, Estado da Bahia, inscrito no CNPJ nº 84.046.101/0228-39 e inscrição estadual nº 28.835.923-NO, localizada à Rod. BR 242, KM 01, e destinada à produção de farelo de soja, código 2302.50.00 da NCM e óleo de soja em bruto, mesmo degomado, código 1507.10.00 da NCM, os quais doravante, passam a serem denominados, respectivamente, ENCOMENDANTE e INDUSTRIALIZADOR. § 1º A suspensão prevista nesta cláusula: I - abrange a remessa de até 200.000 toneladas/ano de soja em grãos para industrialização no Estado da Bahia; II - fica condicionada ao retorno real ou simbólico dos produtos resultantes da industrialização para o ENCOMENDANTE, no prazo de 120 (cento e vinte) dias improrrogáveis, contados da data da respectiva saída; III - somente poderá ser fruída após a expressa manifestação por instrumento público lavrado, individualmente, pelos contribuintes especificados no Anexo Único e arquivado na repartição fiscal do seu domicilio, declarando aceitação dos termos deste protocolo e, renunciando, na hipótese de saída não tributada por qualquer motivo, posterior àquelas previstas neste instrumento, ao crédito pertinente à matéria prima, insumos, material secundário e outros, inclusive aquele oriundo do valor adicionado ou debitado a qualquer título; IV - está condicionada: a) à regularidade e à idoneidade fiscal da operação e ao cumprimento da legislação fiscal de regência; b) a saída tributada pelo ENCOMENDANTE, do "óleo de soja" com rendimento mínimo de 19%, para o mercado nacional, resultado da industrialização processada com insumo remetido sob abrigo deste protocolo; c) a saída de "Farelo de Soja" destinada à exportação ou ao retorno real a destinatário localizado no estado de Tocantins; d) ao destaque e ao recolhimento mensal do ICMS devido sobre a industrialização efetuada pelo estabelecimento INDUSTRIALIZADOR. § 2º Não será aplicada a suspensão na operação: I - pendente ou futura, realizada a partir da data em que cessar, por qualquer motivo, os efeitos da manifestação exarada nos termos do inciso III do § 1º desta cláusula;

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II - em que o ENCOMENDANTE cumulativamente utilizar, no retorno real ou simbólico, direto ou indiretamente, qualquer outra espécie de desoneração, crédito presumido ou outorgado, salvo se decorrente do disposto na alínea "g" do inciso XII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal; III - de remessa a partir da qual se verificar quanto à remessa anterior, o descumprimento do disposto na letra "b" do inciso IV do §1º; IV - que descumprir, ainda que formalmente, as cláusulas e condições previstas neste protocolo. Cláusula segunda Na remessa da soja em grão para o INDUSTRIALIZADOR, o ENCOMENDANTE emitirá Nota Fiscal, sem destaque do valor do ICMS, contendo além dos demais requisitos, no campo INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES, a expressão "Suspensão do ICMS - Protocolo ICMS 73/08". Cláusula terceira Na saída dos produtos industrializados, em retorno ao ENCOMENDANTE, o INDUSTRIALIZADOR emitirá Nota Fiscal, no qual deverão constar, além dos demais requisitos, a natureza da operação: "Retorno de Industrialização por Encomenda", e, ainda no campo "INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES": I - valor da mercadoria recebida para industrialização e o valor adicionado, destacando deste o das mercadorias empregadas e demais importâncias debitadas; II - o destaque do imposto relativo ao valor adicionado pelo INDUSTRIALIZADOR; III - no campo Informações Complementares: a) o número, a série e a data da Nota Fiscal pela qual foram recebidas as mercadorias em seu estabelecimento para industrialização, bem como o nome, o endereço e os números das inscrições federal e estadual do seu emitente; b) a expressão "Procedimento autorizado pelo Protocolo ICMS 73, de 4 de julho de 2008". Cláusula quarta O número deste protocolo deverá ser indicado em todos os documentos fiscais emitidos nos termos deste acordo. Cláusula quinta Na hipótese da ocorrência de imposto a recolher será observada a forma, o prazo e as condições estabelecidas na legislação da unidade federada a que for devido. Cláusula sexta Conforme a vinculação fiscal do estabelecimento será observada a legislação tributária da respectiva unidade federada para efeito dos procedimentos disciplinados neste protocolo, em especial quanto à emissão de documentos, escrituração de livros e à imposição de penalidades. Cláusula sétima As Secretarias de Fazenda das unidades federadas signatárias prestarão assistência mútua para a fiscalização das operações abrangidas por este protocolo, podendo, também, mediante acordo prévio, designar funcionários para exercerem atividades de interesse da unidade da Federação junto às repartições da outra. Cláusula oitava Este protocolo, poderá ser denunciado a qualquer momento, em conjunto ou isoladamente, pelos signatários. Cláusula nona Este protocolo entra em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial da União.

COMO É O SISTEMA DO SPED-FISCAL? Confecção dos arquivos X dispensa da impressão de livros fiscais Arquivos obrigados ao envio (Estabelecimento X Matriz) Padronização de procedimentos; Transmissão e validação; Livros abrangidos; Arquivos digitais;

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Assinatura digital, Prazo de entrega, Compartilhamento de informações, Leiaute e Orientações gerais. O sistema do SPED-Fiscal pode ser baixado no site da Receita Federal por meio do link:

http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/ProgSpedwindows.htm

Após a instalação em seu computador, o SPED-Fiscal apresenta a seguinte tela inicial:

Na função de Escrituração Fiscal é possível obter as seguintes funções:

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Para cadastrar um novo contribuinte, basta entrar em Contribuinte e clicar em Cadastrar Contribuinte. O mesmo link possibilita abrir um cadastro ou até excluir um cadastro.

Abrir nova Escrituração Fiscal

Verificar pendências

Gerar arquivo de entrega

Assinatura

Transmitir

Consultar situação no Sped

Visualizar Recibo de Transmissão

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Para Transmitir uma Escrituração basta clicar em Transmitir Escrituração, selecionar a Escrituração a ser transmitida e clicar em OK.

Sendo possível ainda, gerar e restaurar Cópias de Segurança das Escriturações e Recibos.

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Periodicidade da Apresentação do Sped-Fiscal: Em regra, a periodicidade de apresentação é mensal.

Cronograma de Implantação do Sped-Fiscal: A partir de 01 de janeiro de 2009, poderá ser exigido de todos os contribuintes de ICMS e/ou IPI, de acordo com os cronogramas a serem estabelecidos pelas Secretarias de Fazenda estaduais e RFB (exceto os contribuintes sediados no Distrito Federal e Pernambuco).

Prazo para Apresentação do Arquivo da EFC: Os prazos para a apresentação da EFD serão estabelecidos pelas respectivas Secretarias de Fazenda de cada estado.

PERGUNTAS E RESPOSTAS DO SPED-FISCAL? 1) Quais empresas estão obrigadas à Escrituração Fiscal Digital (EFD)? Resposta: Conforme disposto na cláusula terceira do Convênio ICMS nº 143, de 15 de dezembro de 2006, a EFD é de uso obrigatório para os contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) ou do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). 2) Quais os livros fiscais abrangidos? Resposta: A Cláusula sétima do Convênio ICMS 143/06 estabelece que a escrituração prevista na forma deste convênio substitui a escrituração e impressão dos seguintes livros: I - Registro de Entradas; II - Registro de Saídas; III - Registro de Inventário; IV - Registro de Apuração do IPI; V - Registro de Apuração do ICMS. 3) Qual será o cronograma de obrigatoriedade das empresas? Resposta: A partir de 01 de janeiro de 2009, poderá ser exigido de todos os contribuintes de ICMS e/ou IPI, de acordo com os cronogramas a serem estabelecidos pelas Secretarias de Fazenda estaduais e RFB (exceto os contribuintes sediados no Distrito Federal e Pernambuco). 4) Qual o prazo para a apresentação do arquivo da EFD?

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Resposta: Os prazos para a apresentação da EFD serão estabelecidos pelas respectivas Secretarias de Fazenda de cada estado. 5) Um arquivo pode conter mais de um período de apuração de ICMS ou IPI? Resposta: O arquivo digital poderá conter mais de um período de apuração desde que pertençam ao mesmo mês civil. Exemplo: Contribuinte do IPI com apuração decendial e mensal irá apresentar uma EFD para todo o período mensal. 6) Já está disponível o leiaute da Escrituração da Fiscal? Resposta: O leiaute de que trata a cláusula quarta do Convênio ICMS nº 143/06 é o que consta no Ato Cotepe nº 09/08 e 19/08. 7) Qual o fundamento legal para a obrigatoriedade de apresentação de livros fiscais de forma digital ou seja através do Sped? Resposta: A escrituração Fiscal Digital está prevista no Convênio ICMS 143 de 15 de dezembro de 2006 (DOU de 20/12/06). 8) Qual a regra de preenchimento do campo IND_PERFIL do bloco 0. Resposta: As Secretarias de Fazenda irão enquadrar as empresas obrigadas à EFD para que sejam apresentados alguns registros de forma detalhada ou de forma consolidada. Exemplo: Se a empresa for enquadrada no Perfil A – terá que apresentar todos os documentos de forma detalhada, tais como:

a) itens de cupom fiscal registros C460 e C470. b) itens do resumo diário de notas de venda a consumidor (código 02) registro C321.

No entanto, se a empresa fosse enquadrada no Perfil B, deixaria de informar os itens do resumo diário de notas de venda ao consumidor – registro C321. Também não se informaria os registros C460 e C470 (detalhamento do cupom fiscal), porém, informaria os itens de forma consolidada – registro C425, referente à redução Z informada. 9) Uma empresa com diversos estabelecimentos poderá apresentar um arquivo consolidando todas as operações? Resposta: A empresa com diversos estabelecimentos deverá entregar um arquivo da EFD por estabelecimento contribuinte de ICMS e/ou IPI, exceto quando autorizado pelo fisco estadual, nos casos de autorização para centralização da escrita fiscal.

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4. SPED 4. SPED 4. SPED 4. SPED –––– NF NF NF NF----eeee –––– AMBIENTE NACIONAL AMBIENTE NACIONAL AMBIENTE NACIONAL AMBIENTE NACIONAL

O QUE É O SPED-NF-e – AMBIENTE NACIONAL? Conceito, funcionamento Obrigatoriedade de uso Escrituração: regras e restrições Desafios para a implantação da empresa A legislação do Brasil e do PR O Projeto Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) está sendo desenvolvido, de forma integrada, pelas Secretarias de Fazenda dos Estados e Receita Federal do Brasil, a partir da assinatura do Protocolo ENAT 03/2005, de 27/08/2005, que atribui ao Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (ENCAT) a coordenação e a responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação do Projeto NF-e. Para obter mais informações sobre o NF-e, conhecer o modelo operacional, detalhes técnicos ou a legislação já editada sobre o tema, acesse o seguinte endereço: www.nfe.fazenda.gov.br A integração e a cooperação entre Administrações Tributárias têm sido temas muito debatidos em países federativos, especialmente naqueles que, como o Brasil, possuem forte grau de descentralização fiscal. Atualmente, as Administrações Tributárias despendem grandes somas de recursos para captar, tratar, armazenar e disponibilizar informações sobre a emissão de notas fiscais dos contribuintes. Os volumes de transações efetuadas e os montantes de recursos movimentados crescem num ritmo intenso e, na mesma proporção, aumentam os custos inerentes à necessidade do Estado de detectar e prevenir a evasão tributária. Assim, o projeto justifica-se pela necessidade de investimento público voltado para integração do processo de controle fiscal, possibilitando:

a) Melhor intercâmbio e compartilhamento de informações entre os fiscos; b) Redução de custos e entraves burocráticos, facilitando o cumprimento das obrigações tributárias

e o pagamento de impostos e contribuições; c) Fortalecimento do controle e da fiscalização.

O projeto possibilitará os seguintes benefícios e vantagens às partes envolvidas:

a) Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal; b) Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e

compartilhamento de informações entre os fiscos; c) Redução de custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela fiscalização de

mercadorias em trânsito; d) Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação;

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e) Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Receita Federal e demais Secretarias de Fazendas Estaduais;

f) Fortalecimento da integração entre os fiscos, facilitando a fiscalização realizada pelas Administrações Tributárias devido ao compartilhamento das informações das NF-e;

g) Rapidez no acesso às informações; h) Eliminação do papel; i) Aumento da produtividade da auditoria através da eliminação dos passos para coleta dos

arquivos; j) Possibilidade do cruzamento eletrônico de informações.

A implementação da NF-e permite uma melhor integração e colaboração da cadeia de valor das empresas, através da adoção de tecnologia webservices, permitindo com isto melhorias da performance operacional. Conheça os impactos positivos da NF-e e veja como o projeto vem de encontro às necessidades e desafios do mercado global.

O que é?

O projeto de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) institui um novo modelo digital de documento fiscal que substitui o modelo tradicional de papel em todo território brasileiro.

No Brasil, estima-se que são emitidos 100 milhões de notas fiscais por mês. Destas, 60 milhões só no Estado de São Paulo. Com esse dado é possível medir o impacto positivo, agilidade e economia que se alcançará nos processos de negócios com a adoção da Nota Fiscal Eletrônica.

A proposta do projeto pretende eliminar, dentro de um cronograma definido pelos Governos Federal e Estaduais, a emissão e o trânsito de notas fiscais de papel no território nacional. Este é um marco na questão da modernização tecnológica envolvendo políticas públicas.

Como funciona?

A empresa emissora de NF-e gera um arquivo eletrônico, assinado digitalmente com informações fiscais da operação comercial.

Através da Internet, o documento eletrônico é enviado para a Secretaria da Fazenda que devolverá a Autorização de Uso, sem a qual não há o trânsito da mercadoria.

A NF-e também será enviada para a Receita Federal, que servirá de repositório nacional de todas as notas eletrônicas emitidas (Ambiente Nacional).

O processo de emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) terá as seguintes etapas:

• Etapa 1 - Habilitação do contribuinte como emissor de NF-e; • Etapa 2 - Emissão e Transmissão da NF-e; • Etapa 3 - Consulta da NF-e; • Etapa 4 - Envio da NF-e à Receita Federal e à Secretaria de Fazenda do destino; • Etapa 5 - Confirmação de Recebimento da NF-e pelo destinatário.

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A solução desenvolvida em tecnologia Microsoft abrange os três níveis: Secretaria da Fazenda (Estadual), Receita Federal e contribuinte (Empresa). Para possibilitar que as empresas possam testar a solução, a Microsoft disponibiliza um ambiente de acesso, no qual as empresas podem simular transações envolvendo Notas Fiscais Eletrônicas. Caso tenha interesse em conhecer esta solução e efetuar testes neste ambiente, entre em contato enviando email para [email protected].

É seguro e tem valor legal

É seguro porque o modelo baseia-se em processos de assinatura eletrônica digital e troca de informações em canais seguros. Tem valor lega pois a Nota Fiscal Eletrônica assinada é validada pelo órgão.

Para garantir esta segurança, escalabilidade e confiabilidade, a solução desenvolvida utiliza tecnologia Microsoft tais como: BizTalk Server 2006, SQL 2005, com codificação sob.NET - tanto como ferramenta de processamento das requisições de envio e transmissão de nota, como de interface com o legado (ex: ERP’s)

Trata-se de uma solução sólida, inteiramente disponível e que atende as especificações governamentais definidas no ENCAT – Encontro Nacional de Coordenadores e Auditores Tributários.

Impactos e benefícios

A implantação do projeto NF-e constituirá no importante avanço tecnológico facilitador para todos os envolvidos. Entre os principais benefícios identificados nos estudos preliminares, destacam-se:

• Redução do consumo de papel, com benefícios ecológicos • Redução de impressão, de envio e armazenamento de documento fiscal; • Simplificação de obrigações acessórias, como dispensa de AIDF; • Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes e fornecedores (B2B); • Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas; • Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal; • Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação (sem ônus); • Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias.

Estudos indicam que o impacto pode gerar de 2% a 5% de economia na cadeia de valor.

A Microsoft vê o projeto de Nota Fiscal Eletrônica como um avanço de governança corporativa, transparência e responsabilidade fiscal para o Brasil. A utilização da tecnologia não apenas gera benefícios visíveis e econômicos para as administrações tributárias, mas também para as empresas (contribuinte vendedor – emissor da NF-e; contribuinte comprador – receptor da NF-e) e sociedade.

Fases do Projeto NF-e no Brasil

Uma versão piloto do sistema de pagamento de impostos on-line começou a ser avaliada em seis estados - São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Goiás e Maranhão. O Projeto NF-e foi desenvolvido em parceria com 19 empresas, que se habilitaram a participar do projeto-piloto. Mais informações.

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A adaptação dos contribuintes e da sociedade a este novo modelo será gradativa. Na primeira fase (pré-operacional, com duração de abril a julho de 2006), a emissão das NF-e ocorre ao mesmo tempo às tradicionais emissões de notas fiscais em papel. Nesta fase, as NF-e não terão validade tributária.

Em agosto de 2006, inicia-se a segunda fase, com a ampliação da quantidade de empresas e estados emissores. A partir de janeiro de 2007, a NF-e será disseminada nacionalmente de maneira oficial.

A Microsoft participa ainda e outras implementações de sucesso como por exemplo a ocorrida no Chile. No país, o processo já acontece há mais de quatro anos em território nacional e atualmente, 50% das notas já trafegam pelo sistema eletrônico.

PUBLICAÇÕES E OPINIÕES SOBRE A NF-e

MATÉRIA PUBLICADA NO SITE: http://www.portalfiscal.se.gov.br

Quando o Emissor de Cupom Fiscal (ECF) foi criado, anunciava-se o fim das fraudes no varejo, porém, a partir de falhas sistêmicas, equipamentos e pareceres do Confaz foram anulados, comprometendo, desta forma, os pilares básicos de tal projeto, tais como os requisitos específicos de segurança da informação e a comprovação eficiente da autenticidade e integridade. Estes pareceres "garantiam" a inviolabilidade das máquinas ECF, mas as armas da sonegação fiscal sempre encontram os seus caminhos.

Já com a Nota Fiscal Eletrônica, a situação ainda é mais delicada, uma vez que o contribuinte não poderá ser condenado pelo ataque de "crakers" - caso não sejam identificados os criminosos virtuais. Dentro deste cenário de implantação da NF-e, temos também o aumento das fraudes nos bancos: foram registradas, pelos usuários da Internet, 28.133 notificações de fraudes no primeiro trimestre, o que representa 126% acima dos 12.438 casos no mesmo período em 2005. Golpes bancários lideram o ranking, com 12.099 casos - aumento de 447%.

Segundo a Febraban, a falta de uma legislação específica para crimes virtuais no Brasil é hoje uma das barreiras para o combate desse tipo de fraude. Por conta dessa lacuna, a Polícia Federal e a Justiça acabam tratando esse tipo de delito pela legislação comum. E quais as garantias ao contribuinte? Qual a segurança ao Estado-Cidadão-Arrecadador? Vamos deixar estas perguntas no ar até para meditarmos. Até porque o projeto NF-E é esta em fase de testes. Para a mudança deste lamentável quadro seriam necessárias alterações no Código Penal Brasileiro da década de 40. Não é outro o objetivo do amplo Projeto de Lei 89/2003, que atualmente tramita no Senado Federal.

De acordo com estimativas da Febraban - Federação Brasileira de Bancos, as instituições aplicam cerca de US$ 1,2 bilhão por ano no sistema para melhorar a segurança dos clientes, sejam usuários de cartões ou Internet Banking. Acredito firmemente que não apenas as empresas serão obrigadas a realizar milionários investimentos em sistemas de segurança para garantir a idoneidade de seus documentos, mas o Estado será obrigado a realizar o mesmo investimento, uma vez que, passará a oferecer este serviço a todos os Contribuintes.

Dentro deste cenário, com apoio da FIESP, realizei convite ao Diretor do Instituto Nacional de Criminalística, Dr. Geraldo Bertolo, e um dos maiores especialistas da Polícia Federal o Dr. PHD Dr. Paulo Quitiano, para discutir temas relacionados a fraudes virtuais. O seminário promovido pela FIESP, sobre a implantação da NF-E, ocorreu no dia 10 de maio p.p.

Dr. Helcio Honda Assessor jurídico da Fiesp, sempre participativo, achou importante que as empresas discutam o assunto abertamente e coloquem suas dúvidas. "O Projeto NF-e tem como objetivo a implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico que venha substituir a sistemática atual de emissão do documento fiscal em papel, com validade jurídica garantida pela assinatura digital do remetente, simplificando as obrigações acessórias dos contribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das operações comerciais pelo Fisco". (Clique aqui) Oller mencionou que o processo deve ter um envolvimento efetivo das empresas oriundas da iniciativa privada.

Após os debates sugeri que o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal pudesse participar mais ativamente do ENCAT - Encontro Nacional dos Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais. O INC tem muito a oferecer em preventivamente ao Estado-Cidadão-Arrecadador. O Coordenador da Administração Tributária - CAT, Sr. Henrique Shiguemi Nakagaki informou que irá propor aos demais membros do ENCAT, a possibilidade do INC da Polícia Federal participar do Projeto NF-E, de forma preventiva, trazendo novos argumentos e sugestões sobre segurança. O Dr. Geraldo Bertolo ressaltou que o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, com sede no Distrito Federal, atualmente é um dos mais modernos do mundo.

Outro fato relevante, anunciado no final de março deste ano, se refere à facilidade da atuação de quadrilhas especializadas em realizar fraudes eletrônicas contra a Receita Federal. A Superintendência Paulista da Polícia Federal anunciou que realizou operações para prender estes criminosos, cujos atos de retirada de Certidões Negativas de Débitos Falsas, causaram prejuízo estimado de 100 milhões de reais ao órgão.

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Para o Delegado da Polícia Federal, Sr. Adaíton de Almeida, da Operação Pegasus, a legislação brasileira deveria ser mais ágil para facilitar as investigações, a Policia Federal defende maior rigor na lei de combate ao crime virtual, e prendeu, recentemente, um dos líderes da quadrilha de clonagem de cartões de crédito, deflagrou em dezembro/2005, uma operação que agia em cinco estados, que tinha como objetivo desmontar uma quadrilha de crackers especializada em aplicar golpes bancários pela Internet - este grupo causou um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão por mês ao sistema financeiro. Segundo o delegado, fica o questionamento se as Secretarias de Fazenda suportam estas perdas e golpes, pois, foi verificado que os agentes envolvidos no Projeto NF-E não convidaram o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal para participar dos processos preventivos contra fraudes, dos quais, serão vitimados os contribuintes, bem como, servirão de veículo para sonegação impune por outros.

De certa forma, há indícios de que os criminosos virtuais irão utilizar documentos supostamente autênticos, emitidos e "autenticados" pela tão comemorada certificação digital, para acobertar roubo de cargas, sonegação fiscal e outros crimes. O número de brechas de segurança relacionadas à internet, utilizadas por "crackers" para furtar dados de usuários, deu um salto de 34% no segundo semestre de 2005, alcançando o mais alto patamar dos últimos sete anos. Foram descobertos 1.896 falhas de segurança relacionadas à internet, comparativamente as 1.416 falhas do mesmo período de 2004, segundo um relatório da Symantec Corp, a maior fabricante mundial de softwares antivírus, em seu relatório sobre ameaças à segurança na Internet. Os criminosos virtuais estão se aproveitando dessas brechas para roubar dados sobre contas bancárias, cartões de crédito e outras informações pessoais. O estudo informa, ainda, sobre a tendência relativa a invasões mais sigilosas de computadores pessoais. Essa tendência se opõe aos ataques destinados a exibir as habilidades dos intrusos, que costumavam tirar do ar alguns sites, por exemplo.

No início do ano a Gazeta Mercantil anunciava que "a Fraude virtual é 80% da perda de bancos com roubo". Tal a preocupação hoje com o forte impacto das fraudes eletrônicas sobre o setor bancário, em face de seus clientes, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) defende que esse tipo de irregularidade passe a constar na legislação do país como crime inafiançável. Segundo a Entidade, a falta de uma legislação específica para crimes virtuais no Brasil é hoje uma das barreiras para o combate desse tipo de fraude. Por conta dessa lacuna, a Polícia Federal e a Justiça acabam tratando esse tipo de delito pela legislação comum. Desta forma, não há garantias ao contribuinte nem segurança ao Estado-Cidadão-Arrecadador. Para a mudança deste lamentável quadro seriam necessárias alterações no Código Penal Brasileiro da década de 40. Não é outro o objetivo do amplo Projeto de Lei 89/2003, que atualmente tramita no Senado Federal.

De acordo com estimativas da Febraban, as instituições aplicam cerca de US$ 1,2 bilhão por ano no sistema para melhorar a segurança dos clientes, sejam usuários de cartões ou Internet Banking. Num futuro próximo, não apenas as empresas serão obrigadas a realizar milionários investimentos em sistemas de segurança para garantir a idoneidade de seus documentos, como também o Estado será obrigado a realizar o mesmo investimento, uma vez que, passará a oferecer este serviço a todos os contribuintes.

O Anonimato e a impunidade são fatores que deixam os criminosos estimulados. Para especialistas, a elaboração de normas claras e fundamentais para proporcionar à efetiva punição destes criminosos, armas de defesa e prova aos Contribuintes e ao Estado-Cidadão-Arrecadador, devem ser, os quantos antes, colocados à disposição das autoridades e empresários. Portanto, pelo Código Penal, a sensação de impunidade ainda persistirá, em face da ausência de meios legalmente adequados ao combate dos cibercrimes e a criação de meios de defesa aos contribuintes.

Atualmente, nada abala tanto o consumidor mundial como o roubo de dados pessoais ou financeiros. A conclusão é de uma pesquisa da Visa International, que ouviu seis mil pessoas em 12 países. A pesquisa foi feita em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Alemanha e emergentes, incluindo Brasil, México e ?ndia. Nos emergentes, a preocupação com roubo de dados, de senhas e do próprio cartão é bem maior que nas economias do primeiro mundo.

Em face desse cenário, a Nota Fiscal Eletrônica é uma realidade a ser estudada com cuidado e ponderação pelas autoridades. Este documento digital é uma realidade que precisa ser acompanhada de perto pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal e Ministério Público, de forma ampla e completa, pois tais casos de fraudes são alarmantes e preocupantes.

Curioso notar que as etiquetas inteligentes, que embutem num chip as informações de produto e as transmitem por radiofreq?ência, não são tão seguras como parecem. Cientistas da Universidade Vrije há Holanda, encontraram falhas no software de leitura dos chips que, se exploradas por vírus, poderiam fazer o sistema confundir as informações enviadas pelas etiquetas, alterando o preço do produto, por exemplo. Vide revista Info do mês de abril de 2.006.

Len Hynds, chefe da luta contra os crimes da internet na Inglaterra diz que todo policial tem de dominar as novas tecnologias. Para o Banco Mundial o valor das fraudes por meio virtual já ultrapassa os números do tráfico de drogas. Ou seja, os criminosos têm muito dinheiro para investir.O Dr. Paulo do INC recomendou que os pais cuidem de seus filhos, porque as quadrilhas estão recrutando menores que tem habilidades especiais com computadores.

O crime na internet e a impunidade tornaram-se um ciclo vicioso que do ponto de vista tecnológico parece não ter limites. "Nós criamos uma civilização global em que elementos cruciais - como as comunicações, o comércio, a educação e até a instituição democrática do voto - dependem profundamente da ciência e da tecnologia. Também criamos uma ordem em que quase ninguém compreende a ciência e a tecnologia. É uma receita para o desastre. Podemos escapar ilesos por algum tempo, porém mais cedo ou mais tarde essa mistura inflamável de ignor?ncia e poder vai explodir na nossa cara".

Gostaria de agradecer ao Dr. Hélcio Honda, pela oportunidade de promovermos um debate extremante produtivo e inovador. O Coordenador da Administração Tributária - CAT, Sr. Henrique Shiguemi Nakagaki, cumprimento pela iniciativa de envolver o Instituto Nacional de Criminalística, neste relevante projeto Nacional. Dentro deste cenário, harmonioso e produtivo, agradeço a presença do Dr. Geraldo Bertolo e do Dr. Paulo Quintino.

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DANFE, CARTA DE CORREÇÃO, CANCELAMENTO. A principal mudança para os destinatários da NF-e, seja ele emissor ou não deste documento, é a obrigação de verificar a validade da assinatura digital e a autenticidade do arquivo digital, bem como a concessão da Autorização de Uso da NF-e mediante consulta eletrônica nos sites das Secretarias de Fazenda ou Portal Nacional da Nota Fiscal Eletrônica (www.nfe.fazenda.gov.br).

Para verificar a validade da assinatura e autenticidade do arquivo digital o destinatário tem à disposição o aplicativo “visualizador”, desenvolvido pela Receita Federal do Brasil - disponível na opção “download” do Portal Nacional da NF-e.

O emitente e o destinatário da NF-e deverão conservar a NF-e em arquivo digital pelo prazo previsto na legislação, para apresentação ao fisco quando solicitado, e utilizar o código “55” na escrituração da NF-e para identificar o modelo.

Caso o cliente não seja credenciado a emitir NF-e, alternativamente à conservação do arquivo digital já mencionada, ele poderá conservar o DANFE relativo à NF-e e efetuar a escrituração da NF-e com base nas informações contidas no DANFE, desde que feitas as verificações citadas acima. Atenção: Relativamente às operações em que seja obrigatória a emissão da NF-e, o destinatário deverá exigir a sua emissão, sendo vedada a recepção de mercadoria cujo transporte tenha sido acompanhado por outro documento fiscal, ressalvada a hipótese prevista na emissão de DANFE em formulário de segurança devido à problemas técnicos na emissão da NF-e, bem como nos casos de excepcionalidades definidas no Protocolo ICMS 88/07.

Nota Fiscal Eletrônica pode ser utilizada em substituição à Nota Fiscal em papel modelo 1 ou 1A em todas as operações documentadas por este tipo de documento fiscal, inclusive nas vendas a Órgãos Públicos e empresas públicas.

O DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) é uma representação gráfica simplificada da NF-e e tem como funções, dentre outras, conter a chave de acesso da NF-e (permitindo assim a consulta às suas informações na Internet) e acompanhar a mercadoria em trânsito.

O Órgão Público receberá o DANFE juntamente com a mercadoria e deverá realizar a verificação da validade da assinatura digital e a autenticidade do arquivo digital da NF-e (o destinatário tem à disposição o aplicativo “visualizador”, desenvolvido pela Receita Federal do Brasil) e a concessão da Autorização de Uso da NF-e, mediante consulta eletrônica à Secretaria da Fazenda o Portal Nacional da NF-e.

Nos casos em que o emitente for obrigado ao uso da NF-e, a obrigatoriedade de emissão de NF-e aplica se a todas as operações praticadas em todos os estabelecimentos, sendo vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A.

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Os contribuintes emitentes que não são obrigados a emitirem NF-e, pois decidiram a adoção do modelo de forma espontânea, deverão, preferencialmente, emitir NF-e, cabendo a eles a decisão da emissão da Nota Fiscal Modelo 1 ou 1A ou Nota Fiscal Eletrônica, conforme sua conveniência.

Atenção: Relativamente às operações em que seja obrigatória a emissão da NF-e, o destinatário deverá exigir a sua emissão, sendo vedada a recepção de mercadoria cujo transporte tenha sido acompanhado por outro documento fiscal, ressalvada a hipótese prevista na emissão de DANFE em formulário de segurança devido à problemas técnicos na emissão da NF-e, bem como nos casos de excepcionalidades definidas no Protocolo ICMS 88/07.

OS SERVIÇOS DA WEB

Todas as informações com relação aos serviços oferecidos pela Web com relação a NF-e e seus documentos acessórios podem ser observados no link:

http://www1.receita.fazenda.gov.br/nfe/default.htm

PERGUNTAS E RESPOSTAS DO SPED-NF-e – AMBIENTE NACIONAL? 1) O que é a Nota Fiscal Eletrônica ? NF-e?

Podemos conceituar a Nota Fiscal Eletrônica como sendo um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes. Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela recepção, pelo Fisco, do documento eletrônico, antes da ocorrência do Fato Gerador.

2) Já existe legislação aprovada sobre a NF-e?

A Nota Fiscal Eletrônica tem validade em todos os Estados da Federação e já é uma realidade na legislação brasileira desde outubro de 2005. Foram aprovados:

a) O Ajuste SINIEF 07/2005 instituiu nacionalmente a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica - DANFE;

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c) O Ato COTEPE 14/2007 dispõe sobre as especificações técnicas da NF-e. Este Ato COTEPE contempla o Manual de Integração do Contribuinte que contém todo o detalhamento técnico da Nota Fiscal Eletrônica e do DANFE.

d) O O Protocolo ICMS 10/07 dispõe sobre a obrigatoriedade de emissão de NF-e.

3) Quais são as vantagens da NF-e?

A Nota Fiscal Eletrônica proporciona benefícios a todos os envolvidos em uma transação comercial. Para os emitentes da Nota Fiscal Eletrônica (vendedores) podemos citar os seguintes benefícios:

Redução de custos de impressão do documento fiscal , uma vez que o documento é emitido eletronicamente. O modelo da NF-e contempla a impressão de um documento em papel, chamado de Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE), cuja função é acompanhar o trânsito das mercadorias ou facilitar a consulta da respectiva NF-e na internet. Apesar de ainda haver, portanto, a impressão de um documento em papel, deve-se notar que este pode ser impresso em papel comum A4 (exceto papel jornal), geralmente em apenas uma via;

Redução de custos de aquisição de papel , pelos mesmos motivos expostos acima;

Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais . Atualmente os documentos fiscais em papel devem ser guardados pelos contribuintes, para apresentação ao fisco pelo praz decadencial. A redução de custo abrange não apenas o espaço físico necessário para adequada guarda de documentos fiscais como também toda a logística que se faz necessária para sua recuperação. Um contribuinte que emita, hipoteticamente, 100 Notas Fiscais por dia, contará com aproximadamente 2.000 notas por mês, acumulando cerca de 120.000 ao final de 5 anos. Ao emitir os documentos apenas eletronicamente a guarda do documento eletrônico continua sob responsabilidade do contribuinte, mas o custo do arquivamento digital é muito menor do que custo do arquivamento físico;

GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos : a NF-e é um documento eletrônico e não requer a digitalização do original em papel, o que permite a otimização dos processos de organização, guarda e gerenciamento de documentos eletrônicos, facilitando a recuperação e intercâmbio das informações.

Simplificação de obrigações acessórias .Inicialmente a NF-e prevê dispensa de Autorização de Impressão de Documentos Fiscais - AIDF. No futuro outras obrigações acessórias poderão ser simplificadas ou eliminadas com a adoção da NF-e;

Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira . Com a NF-e, os processos de fiscalização realizados nos postos fiscais de fiscalização de mercadorias em trânsito serão simplificados, reduzindo o tempo de parada dos veículos de cargas nestas unidades de fiscalização;

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Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes (B2B) .O B2B (business-to-business) é uma das formas de comércio eletrônico existentes e envolve as empresas (relação ?empresa - à - empresa?). Com o advento da NF-e, espera-se que tal relacionamento seja efetivamente impulsionado pela utilização de padrões abertos de comunicação pela Internet e pela segurança trazida pela certificação digital.

Para as empresas destinatárias de Notas Fiscais (compradoras), podemos citar os seguintes benefícios:

Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias ,uma vez que poderá adaptar seus sistemas para extrair as informações, já digitais, do documento eletrônico recebido. Isso pode representar redução de custos de mão-de-obra para efetuar a digitação, bem como a redução de possíveis erros de digitação de informações;

Planejamento de logística de recepção de mercadorias pelo conhecimento antecipado da informação da NF-e , pois a previsibilidade das mercadorias a caminho permitirá prévia conferência da Nota Fiscal com o pedido, quantidade e preço, permitindo, além de outros benefícios, o uso racional de docas e áreas de estacionamento para caminhões;

Redução de erros de escrituração devido à eliminação de erros de digitação de notas fiscais;

GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos , conforme os motivos expostos nos benefícios das empresas emitentes;

Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com fornecedores (B2B) , pelos motivos já expostos anteriormente.

Benefícios para a Sociedade:

Redução do consumo de papel, com impacto positivo em termos ecológicos;

Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;

Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas;

Surgimento de oportunidades de negócios e empregos na prestação de serviços ligados a NF-e.

Benefícios para os Contabilistas:

Facilitação e simplificação da Escrituração Fiscal e contábil;

GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos , conforme os motivos expostos nos benefícios das empresas emitentes;

Oportunidades de serviços e consultoria ligados NF-e

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Benefícios para o Fisco:

Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;

Melhoria no processo de controle fiscal , possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações entre os fiscos;

Redução de custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela fiscalização de mercadorias em trânsito;

Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação sem aumento de carga tributária;

GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos , conforme os motivos expostos nos benefícios das empresas emitentes;

Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Secretaria da Receita Federal e demais Secretarias de Fazendas Estaduais (Sistema Público de Escrituração Digital ? SPED).

4) Quais os tipos de documentos fiscais em papel que a NF-e substitui? Atualmente a legislação nacional permite que a NF-e substitua apenas a chamada nota fiscal modelo 1 / 1A, que é utilizada, em regra, para documentar transações comerciais com mercadorias entre pessoas jurídicas.

Não se destina a substituir os outros modelos de documentos fiscais existentes na legislação como, por exemplo, a Nota Fiscal a Consumidor (modelo 2) ou o Cupom Fiscal.

Os documentos que não foram substituídos pela NF-e devem continuar a ser emitidos de acordo com a legislação em vigor.

5) Para quais tipos de operações (ex: entrada, saída, importação, exportação, simples remessa) a NF-e pode ser utilizada? A NF-e substitui a Nota Fiscal Modelo 1 e 1-A em todas as hipóteses previstas na legislação em que estes documentos possam ser utilizados. Isso inclui, por exemplo: a Nota Fiscal de entrada, operações de importação, operações de exportação, operações interestaduais ou ainda operações de simples remessa.

6) Quais empresas e a partir de quando as empresas serão obrigadas à emissão de NF-e? As médias e pequenas empresas também devem emitir NF-e?

O Protocolo ICMS 30/07 de 06/07/2007, alterou disposições do Protocolo ICMS 10/07 e estabeleceu a obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) a partir de 1º de abril de 2008, para os contribuintes:

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I - fabricantes de cigarros;

II - distribuidores de cigarros;

III - produtores, formuladores e importadores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por órgão federal competente;

IV - distribuidores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por órgão federal competente;

V - transportadores e revendedores retalhistas – TRR, assim definidos e autorizados por órgão federal competente. O Protocolo ICMS 88/07 de 14/12/2007, alterou disposições do Protocolo ICMS 10/07 e estabeleceu a obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) a partir de DEZEMBRO de 2008, para os contribuintes:

VI - fabricantes de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e motocicletas;

VII - fabricantes de cimento;

VIII – fabricantes, distribuidores e comerciante atacadista de medicamentos alopáticos para uso humano;

IX – frigoríficos e atacadistas que promoverem as saídas de carnes frescas, refrigeradas ou congeladas das espécies bovinas, suínas, bufalinas e avícola;

X - fabricantes de bebidas alcoólicas inclusive cervejas e chopes;

XI – fabricantes de refrigerantes;

XII – agentes que assumem o papel de fornecedores de energia elétrica, no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE;

XIII – fabricantes de semi-acabados, laminados planos ou longos, relaminados, trefilados e perfilados de aço;

XIV – fabricantes de ferro-gusa.

Para os demais contribuintes, a estratégia de implantação nacional é que estes, voluntariamente e gradualmente, independente do porte, se interessem por ser emissores da Nota Fiscal Eletrônica. A obrigatoriedade se aplica a todas as operações efetuadas em todos os estabelecimentos dos contribuintes referidos acima, ficando vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A.

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Excepcionalmente, a cláusula segunda do Protocolo ICMS 10/2007, estabelece os casos especiais onde são permitas a emissão de notas fiscais modelos 1 e 1A, conforme apresentado abaixo: A obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, em substituição a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, não se aplica:

• ao estabelecimento do contribuinte onde não se pratique e nem se tenha praticado as atividades listadas acima há pelo menos 12 (doze) meses, ainda que a atividade seja realizada em outros estabelecimentos do mesmo titular;

• na hipótese dos fabricantes e distribuidores ou atacadistas de cigarros, às operações realizadas fora do estabelecimento, relativas às saídas de mercadorias remetidas sem destinatário certo, desde que os documentos fiscais relativos à remessa e ao retorno sejam NF-e.

• na hipótese dos distribuidores ou atacadistas de cigarros, às operações praticadas por contribuinte que tenha como atividade preponderante o comércio atacadista, desde que o valor das operações com cigarros não ultrapasse 5% (cinco por cento) do valor total das saídas nos últimos (12) doze meses;

• na hipótese dos fabricantes de bebidas alcoólicas inclusive cervejas e chopes, ao fabricante de aguardente (cachaça) e vinho que aufira receita bruta anual inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil) reais.

7) O que muda para meu cliente se minha empresa passar a utilizar NF-e em suas operações?

A principal mudança para os destinatários da NF-e, seja ele emissor ou não deste documento, é a obrigação de verificar a validade da assinatura digital e a autenticidade do arquivo digital, bem como a concessão da Autorização de Uso da NF-e mediante consulta eletrônica nos sites das Secretarias de Fazenda ou Portal Nacional da Nota Fiscal Eletrônica (www.nfe.fazenda.gov.br).

Para verificar a validade da assinatura e autenticidade do arquivo digital o destinatário tem à disposição o aplicativo “visualizador”, desenvolvido pela Receita Federal do Brasil - disponível na opção “download” do Portal Nacional da NF-e.

O emitente e o destinatário da NF-e deverão conservar a NF-e em arquivo digital pelo prazo previsto na legislação, para apresentação ao fisco quando solicitado, e utilizar o código “55” na escrituração da NF-e para identificar o modelo.

Caso o cliente não seja credenciado a emitir NF-e, alternativamente à conservação do arquivo digital já mencionada, ele poderá conservar o DANFE relativo à NF-e e efetuar a escrituração da NF-e com base nas informações contidas no DANFE, desde que feitas as verificações citadas acima. Atenção: Relativamente às operações em que seja obrigatória a emissão da NF-e, o destinatário deverá exigir a sua emissão, sendo vedada a recepção de mercadoria cujo transporte tenha sido acompanhado por outro documento fiscal, ressalvada a hipótese prevista na emissão de DANFE em formulário de

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segurança devido à problemas técnicos na emissão da NF-e, bem como nos casos de excepcionalidades definidas no Protocolo ICMS 88/07.

8) A Nota Fiscal Eletrônica e o seu documento auxiliar – DANFE - podem ser utilizados para documentar vendas de mercadorias a Órgãos Públicos (Administração Direta ou Indireta) e empresas públicas? Sim, a Nota Fiscal Eletrônica pode ser utilizada em substituição à Nota Fiscal em papel modelo 1 ou 1A em todas as operações documentadas por este tipo de documento fiscal, inclusive nas vendas a Órgãos Públicos e empresas públicas.

O DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) é uma representação gráfica simplificada da NF-e e tem como funções, dentre outras, conter a chave de acesso da NF-e (permitindo assim a consulta às suas informações na Internet) e acompanhar a mercadoria em trânsito.

O Órgão Público receberá o DANFE juntamente com a mercadoria e deverá realizar a verificação da validade da assinatura digital e a autenticidade do arquivo digital da NF-e (o destinatário tem à disposição o aplicativo “visualizador”, desenvolvido pela Receita Federal do Brasil) e a concessão da Autorização de Uso da NF-e, mediante consulta eletrônica à Secretaria da Fazenda o Portal Nacional da NF-e.

9) O destinatário da mercadoria poderá exigir receber a Nota Fiscal em papel modelo 1 ou 1A ao invés da Nota Fiscal Eletrônica? Não, esta exigência não poderá ser feita pelos destinatários. Nos casos em que o emitente for obrigado ao uso da NF-e, a obrigatoriedade de emissão de NF-e aplica se a todas as operações praticadas em todos os estabelecimentos, sendo vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A.

Os contribuintes emitentes que não são obrigados a emitirem NF-e, pois decidiram a adoção do modelo de forma espontânea, deverão, preferencialmente, emitir NF-e, cabendo a eles a decisão da emissão da Nota Fiscal Modelo 1 ou 1A ou Nota Fiscal Eletrônica, conforme sua conveniência.

Atenção: Relativamente às operações em que seja obrigatória a emissão da NF-e, o destinatário deverá exigir a sua emissão, sendo vedada a recepção de mercadoria cujo transporte tenha sido acompanhado por outro documento fiscal, ressalvada a hipótese prevista na emissão de DANFE em formulário de segurança devido à problemas técnicos na emissão da NF-e, bem como nos casos de excepcionalidades definidas no Protocolo ICMS 88/07.

10) As empresas obrigadas serão credenciadas de ofício pela Secretaria da Fazenda ou terão que providenciar seu credenciamento para emissão de NF-e? Com a proximidade da data prevista para a obrigatoriedade, as Secretarias de Fazenda credenciaram

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sumariamente os estabelecimentos relacionados nos itens I a V do parágrafo primeiro do Protocolo 10/2007.

O contribuinte que esteja obrigado a emitir NF-e, modelo 55, em substituição a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, cujos estabelecimentos, eventualmente, não estejam relacionados, deverá providenciar o credenciamento de seus estabelecimentos, conforme procedimentos previstos no site da Sefaz de sua circunscrição.

11) Os contribuintes obrigados a emitir NF-e poderão antecipar o início desta emissão?

Sim, todos os contribuintes que estiverem obrigados a emitir NF-e poderão antecipar o uso da NF-e por meio do sistema de credenciamento disponível os site da Sefaz de sua circunscrição.

12) Os estabelecimentos obrigados a emitir NF-e que optarem por antecipar sua emissão anteciparão também a data inicial da obrigatoriedade de emissão de NF-e?

Não. Os estabelecimentos obrigados a emitir NF-e que anteciparem a data de seu uso serão considerados emissores voluntários até que chegue a data inicial da obrigatoriedade e deverão, preferencialmente, emitir NF-e.

A obrigatoriedade de emissão em todas as suas operações, ainda que o estabelecimento antecipe sua entrada em produção, fica mantida para as datas previstas na legislação.

13) Quais CNAE´s geram a obrigatoriedade de emissão de NF-e? A legislação não vinculou a obrigatoriedade de emissão de NF-e com nenhum código CNAE específico (principal ou secundário) em que o contribuinte esteja cadastrado junto aos órgãos públicos.

14) Uma empresa credenciada a emitir NF-e deve substituir 100% de suas Notas Fiscais em papel pela Nota Fiscal Eletrônica?

O estabelecimento credenciado a emitir NF-e que não seja obrigado à sua emissão deverá emitir, preferencialmente, NF-e em substituição a Nota Fiscal em papel, modelo 1 ou 1-A.

No caso dos estabelecimentos obrigados a emitir NF-e, após o início da obrigatoriedade prevista na legislação, devem emitir NF-e em todas as suas operações, sendo vedada a emissão de Nota Fiscal modelo 1 ou 1A.

15) As médias e pequenas empresas também podem emitir NF-e? Não há nenhuma restrição quanto ao porte das empresas emissoras de NF-e. Empresas voluntárias de pequeno e médio porte também poderão solicitar credenciamento para emiti-la.

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16) Quais os procedimentos para que uma empresa interessada possa passar a emitir NF-e?

As empresas interessadas em emitir NF-e deverão, em resumo: • Se não estiver credenciada sumariamente em decorrência da obrigatoriedade, solicitar seu credenciamento como emissoras de NF-e na Secretaria da Fazenda em que possua estabelecimentos. O credenciamento em uma Unidade da Federação não credencia a empresa perante as demais Unidades, ou seja, a empresa deve solicitar credenciamento em todos os Estados em que possuir estabelecimentos e nos quais deseja emitir NF-e; • Possuir certificação digital (possuir certificado digital, emitido por Autoridade Certificadora credenciado ao ICP-BR, contendo o CNPJ da empresa); • Adaptar o seu sistema de faturamento para emitir a NF-e ou utilizar o “Emissor de NF-e”, para os casos de empresa de pequeno porte. • Testar seus sistemas em ambiente de homologação em todas as Secretarias da Fazenda em que desejar emitir NF-e. • Obter a autorização da Secretaria da Fazenda para emissão de NF-e em ambiente de produção (NF-e com validade jurídica).

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O QUE É O SPED-NFS-e? O Projeto Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) está sendo desenvolvido de forma integrada, pela Receita Federal do Brasil (RFB) e Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf), atendendo o Protocolo de Cooperação ENAT nº 02, de 7 de dezembro de 2007, que atribuiu a coordenação e a responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação do Projeto da NFS-e. A Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) é um documento de existência digital, gerado e armazenado eletronicamente em Ambiente Nacional pela RFB, pela prefeitura ou por outra entidade conveniada, para documentar as operações de prestação de serviços. Esse projeto visa o benefício das administrações tributárias padronizando e melhorando a qualidade das informações, racionalizando os custos e gerando maior eficácia, bem como o aumento da competitividade das empresas brasileiras pela racionalização das obrigações acessórias (redução do custo-Brasil), em especial a dispensa da emissão e guarda de documentos em papel.

COMO FUNCIONA O SPED-NFS-e? A geração da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica - NFS-e é feita, automaticamente, por meio de serviços informatizados, disponibilizados aos contribuintes. Para que sua geração seja efetuada, dados que a compõem serão informados, analisados, processados, validados e, se corretos, gerarão o documento. A responsabilidade pelo cumprimento da obrigação acessória de emissão da NFS-e e pelo correto fornecimento dos dados à secretaria, para a geração da mesma, é do contribuinte. A NFS-e será gerada através dos serviços informatizados disponibilizados pela respectiva secretaria municipal de finanças. No intuito de prover uma solução de contingência para o contribuinte, foi criado o Recibo Provisório de Serviços (RPS), que é um documento de posse e responsabilidade do contribuinte, que deverá ser gerado manualmente ou por alguma aplicação local, possuindo uma numeração seqüencial crescente e devendo ser convertido em NFS-e no prazo estipulado pela legislação tributária municipal. Este documento atende, também, àqueles contribuintes que, porventura, não dispõem de infra-estrutura de conectividade com a secretaria em tempo integral, podendo gerar os documentos e enviá-los, em lote, para processamento e geração das respectivas NFS-e. Para que os RPS possam fazer parte de um lote a ser enviado para geração das NFS-e correspondentes, é necessário que o contribuinte possua uma aplicação instalada em seus computadores, seja ela

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fornecida pela secretaria ou desenvolvida particularmente, seguindo as especificações disponibilizadas por essa. A NFS-e contém campos que reproduzem as informações enviadas pelo contribuinte e outros que são de responsabilidade do Fisco. Uma vez gerada, a NFS-e não pode mais ser alterada, admitindo-se, unicamente por iniciativa do contribuinte, ser cancelada ou substituída, hipótese esta em que deverá ser mantido o vínculo entre a nota substituída e a nova. A NFS-e deve conter a identificação dos serviços em conformidade com os itens da Lista de Serviços, anexa à Lei Complementar n°116, de 2003, acrescida daqueles que foram vetados e de um item "9999" para "outros serviços". É possível descrever vários serviços numa mesma NFS-e, desde que relacionados a um único item da Lista, de mesma alíquota e para o mesmo tomador de serviço. Quando a legislação do município assim exigir, no caso da atividade de construção civil, as NFS-e deverão ser emitidas por obra. A identificação do prestador de serviços será feita pelo CNPJ, que pode ser conjugado com a Inscrição Municipal, não sendo esta de uso obrigatório. A informação do CNPJ do tomador do serviço é obrigatória para pessoa jurídica, exceto quando se tratar de tomador do exterior. A competência de uma NFS-e é o mês da ocorrência do fato gerador. O sistema assumirá automaticamente o Mês/Ano da emissão do RPS ou da NFS-e, o que for inferior, podendo ainda o contribuinte informar uma competência anterior. A base de cálculo da NFS-e é o Valor Total de Serviços, subtraído do Valor de Deduções previstas em lei. O Valor do ISS é definido de acordo com a Natureza da Operação, a Opção pelo Simples Nacional, o Regime Especial de Tributação e o ISS Retido, e será sempre calculado, exceto nos seguintes casos: A Natureza da Operação for Tributação no Município; Exigibilidade suspensa por decisão judicial ou Exigibilidade suspensa por procedimento administrativo e o Regime Especial de Tributação for Microempresa Municipal; Estimativa ou Sociedade de profissionais.

a) A Natureza da Operação for Tributação fora do Município, nesse caso os campos Alíquota de Serviço e Valor do ISS ficarão abertos para o prestador indicar os valores.

b) A Natureza da Operação for Imune ou Isenta, nesses casos o ISS será calculado com alíquota zero.

c) O contribuinte for optante pelo Simples Nacional e não tiver o ISS retido na fonte. A alíquota do ISS é definida pela legislação municipal. Quando a NFS-e é tributada fora do município em que está sendo emitida, a alíquota será informada pelo contribuinte.

LEGISLAÇÃO REGULÁTORIA DO SPED-NFS-e?

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O Inciso XXII do art. 37 da Constituição Federal, incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19 de dezembro de 2003, segundo o qual as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007. Institui o Sistema Público de Escrituração Digital - Sped.

PROCESSO DE ENVIO DE RPS? O envio de RPS à secretaria para geração da NFS-e será feito em lotes, ou seja, vários RPS agrupados para gerar uma NFS-e para cada um deles. Este serviço de Recepção de Lote de RPS será definido como Assíncrono. Um processo é assíncrono quando ocorre uma chamada ao mesmo, com envio de determinadas informações (lote de RPS nesse caso) e seu retorno é dado em outro momento. Como comprovante de envio de lote de RPS, o contribuinte receberá um número de protocolo de recebimento. O lote recebido pela secretaria será colocado em uma fila de processamento, e será executado em momento oportuno. Depois de processado, gerará um resultado que estará disponível ao contribuinte. Esse resultado poderá ser as NFS-e correspondentes ou a lista de erros encontrados no lote. A numeração dos lotes de RPS é de responsabilidade do contribuinte, devendo ser única e distinta para cada lote. Um RPS pode ser enviado com o status de cancelado gerando uma NFS-e cancelada. Um RPS já convertido em NFS-e não pode ser reenviado. Havendo necessidade de cancelamento do documento, deve ser ancelada a respectiva NFS-e.

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6. CENTRAL DE BALANÇOS6. CENTRAL DE BALANÇOS6. CENTRAL DE BALANÇOS6. CENTRAL DE BALANÇOS

O QUE É O SPED-CENTRAL DE BALANÇOS? A Central de Balanços brasileira é um projeto integrante do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), em fase inicial de desenvolvimento, que deverá reunir demonstrativos contábeis e uma série de informações econômico-financeiras públicas das empresas envolvidas no projeto. As informações coletadas serão mantidas em um repositório e publicadas em diversos níveis de agregação. Esses dados serão utilizados para geração de estatísticas, análises nacionais e internacionais (por setor econômico, forma jurídica e porte das empresas), análises de risco creditício e estudos econômicos, contábeis e financeiros, dentre outros usos. A Central tem como objetivo a captação de dados contábeis e financeiros (notadamente as demonstrações contábeis), a agregação desses dados e a disponibilização à sociedade, em meio magnético, dos dados originais e agregados.

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7. E7. E7. E7. E----LALURLALURLALURLALUR

O QUE É O E-LALUR? O objetivo do sistema é eliminar a redundância de informações existentes na escrituração contábil, no Lalur e na DIPJ, facilitando o cumprimento da obrigação acessória. De forma simplificada, o funcionamento do sistema será o seguinte: Após baixado pela internet e instalado, o Programa Gerador de Escrituração (PGE) disponibilizará as seguintes funcionalidades:

a) digitação das adições, exclusões e compensações; b) importação: c) de arquivo contendo as adições e exclusões; d) de informações contábeis oriundas da Escrituração Contábil Digital (ECD); e) de saldos da parte B do período anterior. f) cálculo dos tributos; g) verificação de pendências; h) assinatura do livro; i) transmissão pela Internet; j) visualização.

Ao importar os dados da contabilidade, o e-Lalur os converterá para um padrão bastante parecido com o que hoje se informa na DIPJ nas demonstrações contábeis. Para isto, ele utilizará o "Plano de Contas Referencial" informado anteriormente na escrituração contábil digital - ECD. Feita a conversão, eventuais reclassificações ou redistribuições de saldos serão possíveis. O volume destes ajustes dependerá da precisão da indicação do plano de contas referencial na ECD. Além das demais premissas do Sped, o e-Lalur tem as seguintes:

a) rastreabilidade das informações; b) coerência aritmética dos saldos da parte B;

A rastreabilidade diz respeito manter registros das movimentações que resultem em alterações de saldos que irão compor as demonstrações contábeis baseadas no plano de contas referencial. A coerência aritmética dos saldos da parte B é a garantia de que eles estarão matematicamente corretos. Para isto, uma das etapas será a conferência com os saldos do período anterior de e-Lalur já transmitido. A cada conferência de saldo, o sistema obterá, também, um extrato (semelhante a um razão) completo de cada conta controlada na parte B.

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A partir de tais elementos o PGE fará um "rascunho" da Demonstração do Lucro Real, da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e dos valores apurados para o IRPJ e a CSLL Caso o contribuinte concorde com os valores apresentados, basta assinar o livro e transmiti-lo pela internet. É importante ressaltar que o projeto se encontra em elaboração. Participam dos trabalhos, além da Receita Federal do Brasil, o CFC, Fenacon, contribuintes, entidades de classe, enfim, todos os parceiros cuja relação pode ser obtida na página principal do sitio.

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FONTES BIBLIOGRÁFICASFONTES BIBLIOGRÁFICASFONTES BIBLIOGRÁFICASFONTES BIBLIOGRÁFICAS CRUZ, June Alisson Westarb Cruz. Contabilidade Introdutória Descomplicada. Curitiba: editora Juruá, 2008. OLIVEIRA, Gustavo Pedro. Contabilidade Tributária. São Paulo: editora Saraiva, 2005.

http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/ProgSpedwindows.htm http://www1.receita.fazenda.gov.br/sped-fiscal/download/Guia_Pratico_da_EFD.pdf http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/assuntoagrupado1.aspx# http://www.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=303 http://www1.receita.fazenda.gov.br/

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