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1 Curso de Ciências Contábeis Artigo Original SPED – SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL SPED - PUBLIC SYSTEM OF BOOKKEEPING DIGITAL Rostan Cordeiro Lins 1 , Itamar da Silva Rodrigues 2 1 Aluno do Curso de Ciências Contábeis 2 Professor do Curso de Ciências Contábeis RESUMO O Sistema Público de Escrituração Digital – SPED é um projeto governamental de fiscalização digital que da uma resposta às intenções de modernização do sistema tributário brasileiro, objetivando a uniformização das informações produzidas pelos contribuintes, tornando-se a maior ferramenta das administrações tributárias ao combate as ilegalidades tributárias e reduzindo os excessivos gastos desnecessários, contendo os altos custos das operações e das produções de informações fiscais, otimizando as atividades, não apenas das autoridades fiscais, mas também dos próprios contribuintes e usuários de dados tratados no sistema tributário fiscal nacional. Entretanto, sendo uma mudança radical e onerosa nas atividades das empresas para adaptarem-se aos seus moldes, tanto empresas como profissionais envolvidos apresentam dificuldades em sua adoção, onde desta forma mostra-se como um desafio real a ser atingido, necessitando de preparação e programação além tempo. Contudo, para aqueles que “largarem” à frente em sua implantação e utilização, facultados ou não, terão vantagens sobre os demais concorrentes por terem uma melhora significativa em suas atividades, causada pela redução dos custos, padronização, tempestividade e confiabilidade na produção de suas informações entre outros benefícios, facilitando o controle da administração, convertendo-se em uma ferramenta essencial e estratégica para empresas e usuários do SPED e, para o profissional contábil, a oportunidade para a uma valorização maior da classe, onde este encontra-se como expoente principal, desde sua implantação, passando por sua condução ate a sua plena consolidação na companhia. Após análise e fundamentação literária em matérias dispostos no próprio site do SPED, como manuais de orientação para cada módulo do Sistema Público de Escrituração Digital, tendo ainda embasamento na exploração nas próprias leis, normas e instruções normativas, legislação em geral, publicadas em sites governamentais, como também visitas em sites de “especialistas” como blogs, colunas ou sites especializados como partais dos CRC’s, canais de hangout e palestras, a fim de objetivar o domínio regulador e compulsório do fisco através do Sistema Público de Escrituração Digital frente aos contribuintes e conclusivamente uma ascendente etapa da modernização tributária/fiscal nacional. Palavras Chaves: Sistema Público de Escrituração Digital; Fiscalização Eletrônica; Documentos Eletrônicos. ABSTRACT The Public Digital Bookkeeping System - SPED is a government project of digital surveillance that's a response to the Brazilian tax system modernization intentions, aiming at standardizing the information produced by the taxpayers, becoming the greatest tool of tax administrations to combat illegalities tax and reducing excessive unnecessary expenses, containing the high costs of operations and tax information production, optimizing the activities not only of the tax authorities, but also of their own taxpayers and users of data proces- sed in national tax tax system. However, being a radical and costly change in the activities of enterprises to adapt to your molds, both companies and professionals involved have difficulties in its adoption, which in this way proves to be a real challenge to be achieved, requiring preparation and programming addition time. However, for those who "largarem" ahead in its implementation and use, provided or not, will have advantages over other competitors to have a significant improvement in its activities caused by cost reduction, standar- dization, timeliness and reliability in the production of their information among other benefits, facilitating the control of management, becoming an essential and strategic tool for companies and users of SPED and, for accounting professional, the opportunity for a grea- ter appreciation of the class, where it is as an exponent principal, since its implementation, through his conduct until its full consolidation in the company. After analysis and literary grounding in materials prepared in SPED own website as guidance manuals for each module Public Digital Bookkeeping System, and has basis in exploration in their own laws, rules and regulatory instructions in general legisla- tion, published on government websites as well as visits to the "experts" sites such as blogs, columns or specialized sites like partais of CRC's hangout channels and lectures in order to objectify the regulatory domain and compulsory Inland revenue through the Bookkee- ping Digital Public System front taxpayers and conclusively an upward step in the tax / national tax modernization. Keywords: Digital Bookkeeping Public System ; Electronic surveillance ; Electronic Documents. Contato: [email protected]

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Curso de Ciências Contábeis Artigo Original

SPED – SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL SPED - PUBLIC SYSTEM OF BOOKKEEPING DIGITAL Rostan Cordeiro Lins1, Itamar da Silva Rodrigues2 1 Aluno do Curso de Ciências Contábeis 2 Professor do Curso de Ciências Contábeis RESUMO

O Sistema Público de Escrituração Digital – SPED é um projeto governamental de fiscalização digital que da uma resposta às

intenções de modernização do sistema tributário brasileiro, objetivando a uniformização das informações produzidas pelos

contribuintes, tornando-se a maior ferramenta das administrações tributárias ao combate as ilegalidades tributárias e reduzindo os

excessivos gastos desnecessários, contendo os altos custos das operações e das produções de informações fiscais, otimizando as

atividades, não apenas das autoridades fiscais, mas também dos próprios contribuintes e usuários de dados tratados no sistema

tributário fiscal nacional. Entretanto, sendo uma mudança radical e onerosa nas atividades das empresas para adaptarem-se aos seus

moldes, tanto empresas como profissionais envolvidos apresentam dificuldades em sua adoção, onde desta forma mostra-se como um

desafio real a ser atingido, necessitando de preparação e programação além tempo. Contudo, para aqueles que “largarem” à frente em

sua implantação e utilização, facultados ou não, terão vantagens sobre os demais concorrentes por terem uma melhora significativa em

suas atividades, causada pela redução dos custos, padronização, tempestividade e confiabilidade na produção de suas informações

entre outros benefícios, facilitando o controle da administração, convertendo-se em uma ferramenta essencial e estratégica para

empresas e usuários do SPED e, para o profissional contábil, a oportunidade para a uma valorização maior da classe, onde este

encontra-se como expoente principal, desde sua implantação, passando por sua condução ate a sua plena consolidação na

companhia. Após análise e fundamentação literária em matérias dispostos no próprio site do SPED, como manuais de orientação para

cada módulo do Sistema Público de Escrituração Digital, tendo ainda embasamento na exploração nas próprias leis, normas e

instruções normativas, legislação em geral, publicadas em sites governamentais, como também visitas em sites de “especialistas”

como blogs, colunas ou sites especializados como partais dos CRC’s, canais de hangout e palestras, a fim de objetivar o domínio

regulador e compulsório do fisco através do Sistema Público de Escrituração Digital frente aos contribuintes e conclusivamente uma

ascendente etapa da modernização tributária/fiscal nacional.

Palavras Chaves: Sistema Público de Escrituração Digital; Fiscalização Eletrônica; Documentos Eletrônicos.

ABSTRACT

The Public Digital Bookkeeping System - SPED is a government project of digital surveillance that's a response to the Brazilian tax

system modernization intentions, aiming at standardizing the information produced by the taxpayers, becoming the greatest tool of tax

administrations to combat illegalities tax and reducing excessive unnecessary expenses, containing the high costs of operations and tax

information production, optimizing the activities not only of the tax authorities, but also of their own taxpayers and users of data proces-

sed in national tax tax system. However, being a radical and costly change in the activities of enterprises to adapt to your molds, both

companies and professionals involved have difficulties in its adoption, which in this way proves to be a real challenge to be achieved,

requiring preparation and programming addition time. However, for those who "largarem" ahead in its implementation and use, provided

or not, will have advantages over other competitors to have a significant improvement in its activities caused by cost reduction, standar-

dization, timeliness and reliability in the production of their information among other benefits, facilitating the control of management,

becoming an essential and strategic tool for companies and users of SPED and, for accounting professional, the opportunity for a grea-

ter appreciation of the class, where it is as an exponent principal, since its implementation, through his conduct until its full consolidation

in the company. After analysis and literary grounding in materials prepared in SPED own website as guidance manuals for each module

Public Digital Bookkeeping System, and has basis in exploration in their own laws, rules and regulatory instructions in general legisla-

tion, published on government websites as well as visits to the "experts" sites such as blogs, columns or specialized sites like partais of

CRC's hangout channels and lectures in order to objectify the regulatory domain and compulsory Inland revenue through the Bookkee-

ping Digital Public System front taxpayers and conclusively an upward step in the tax / national tax modernization.

Keywords: Digital Bookkeeping Public System ; Electronic surveillance ; Electronic Documents.

Contato: [email protected]

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1 - INTRODUÇÃO

Embora o Sistema Público de Escrituração

Digital seja tratado nos meados dos anos dois mil,

a idéia de compartilhar informações fis-

cais/tributárias entre a união, estados, municípios

e Distrito Federal, desde os anos de 1960, como

pode ser verificado no artigo 199 e em seu pará-

grafo único da Lei nº 5.172 de 25 de outubro de

1966 do Código Tributário Nacional.

Logo, entende-se que as intenções das

administrações tributárias em ter um projeto de

domínio sobre os contribuintes vêm sendo

pleiteado antecedentemente da era digital, sendo

esta, um dos principais impecílios para o entrave

ou “engavetamento” do projeto, pois os altos

custos para manter as múltiplas Unidades

Federativas, Municípios e o Distrito Federal em

constante consonância e padronização,

inviabilizavam tais intenções.

Mas com a prosperidade tecnológica,

principalmente da internet e com a tendência e a

necessidade econômica-social do mercado

brasileiro ter de “crescer”, evoluir, tanto

internamente quanto para o cenário internacional,

houve a necessidade de o governo brasileiro estar

um passo a frente aos entes que compõe a

estrutura mercadológica brasileira e com os quais

se correlacionam internacionalmente, tendo as

empresas como principal alvo, no que se refere ao

combate à sonegação fiscal, o governo toma

iniciativa e lançam varias medidas que moldam e

possam permitir o desenvolvimento e aplicação do

projeto do Sistema Público de Escrituração Digital

– SPED.

Dentre essas medidas, destacam-se a

Emenda Constitucional nº 42 de 19 de dezembro

de 2003, onde instituiu-se o inciso XXII ao art.37

da Constituição Federal na Constituição Federal,

regendo as Administrações Tributárias da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

atuarem de forma integrada, inclusive com o

compartilhamento de cadastros e de informações

fiscais. E o Decreto 6.022 de 22 de janeiro de

2007, onde este instaura Sistema Público de

Escrituração Digital – SPED com o intuito de

modernizar a fiscalização das autoridades

tributárias nacionais sob todos os contribuintes.

2 - MÉTODO DE PESQUISA

A pesquisa pode ser caracterizada em

pesquisa exploratória e descritiva, sendo focados

os objetivos da pesquisa, onde para

desenvolvimento da obra é necessário à utilização

de revisões e consultas bibliográficas, artigos e

trabalhos científicos, para proporcionar uma

melhor familiarização ao conteúdo com intenção

de suscitar hipóteses, reformular ideais e obter

conclusões onde o desenvolvimento de conceitos

será exposto no corpo deste trabalho científico,

após observando os fatos, registros e interpreta-

los.

3 - DISCUSSÃO

3.1 - CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL

Com a formulação do Cadastro

Sincronizado Nacional, fundamentado na Emenda

Constitucional 42/03 e posteriormente na Lei

Complementar 123/06 e Instrução

Normativa RFB 1183/2011, tendo o número de

inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

(CNPJ) como identificador em todas as esferas do

Governo, onde consiste na integração dos

procedimentos cadastrais de pessoas jurídicas e

demais entidades no âmbito das Administrações

Tributárias da União, dos Estados do Distrito

Federal e dos Municípios, bem como de outros

órgãos e entidades que fazem parte do processo

de registro e legalização de negócios no Brasil.

Este aparece como solução para

compartilhar os registros e formalizações de

empresas e demais entidades entre os mais

diversos órgãos de registro e formalização,

sincronizando diversos cadastros existentes,

respeitando as demandas dos órgãos e entidades

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em relação à necessidade de informações

específicas de cada um, apresentando de forma

coesa as mesmas informações cadastrais em todo

território nacional.

3.2 - INFRAESTRUTURA DE CHAVES

PÚBLICAS BRASILEIRA - ICP-BRASIL

Mais um passo importante para fazer com

que o projeto SPED seja instituído de fato, o

Governo adota um conjunto de medidas como,

Normas, Decretos e etc., destaca-se a Medida

Provisória com força de lei nº 2.200-2 de 24 de

agosto de 2001 que visando as inúmeras

transações de tráfegos de dados ou documentos

eletrônicos, onde estes necessitaram da adoção

de mecanismos de segurança capazes de garantir

autenticidade, confidencialidade e integridade

destas informações eletrônicas.

Então através desta Medida Provisória

instaura-se a Infraestrutura de Chaves Públicas

Brasileira - ICP-Brasil que é uma cadeia

hierárquica e de confiança que viabiliza a emissão

de certificados digitais para identificação virtual,

garantindo a validade jurídica de documentos

eletrônicos e a utilização de certificados digitais

para atribuir autenticidade e integridade aos

documentos, sendo o Instituto Nacional de

Tecnologia da Informação - ITI que é um órgão

governamental que desempenha o papel de

autoridade que executa as Políticas de

Certificados e normas técnicas e operacionais, ou

seja, apenas a ele compete emitir, expedir,

distribuir, revogar e gerenciar os certificados das

autoridades certificadoras de níveis imediatamente

subsequentes a ele.

3.3 - ENTIDADES AUTORIZADAS À EMISSÃO

A infraestrutura de certificação digital

adotada pelo Brasil é o de Certificação com raiz

única onde adere à criptografia de Chave Pública,

onde os algoritmos de Chave Pública operam com

duas Chaves distintas, a chave privada e a chave

pública, onde são geradas concomitantemente e

apenas se relacionam com a chave

correspondente, ou seja, a chave pública com a

chave privada correlata.

Essa infraestrutura é encabeçada pelo

Instituto Nacional de Tecnologia da Informação –

ITI onde atua como autoridade máxima denomina-

se Autoridade Certificadora Raiz (AC-Raiz), sendo

ela a instituição que gera as chaves das

Autoridades Certificadoras (AC) e que

regulamenta as atividades de cada uma da ACs.

A outra parte dessa infraestrutura são as

Autoridades Certificadoras (AC) que são

entidades, públicas ou privadas, subordinadas à

hierarquia da ICP-Brasil, responsáveis pela

emissão, distribuição, renovação, revogação e

gerenciamento de certificados digitais, onde estas

instituições (ACs) devem ser credenciadas a

Autoridade Certificadora Raiz (AC-Raiz) que

devem ser procuradas por quem deseja obter

certificado digital legalmente reconhecido no

Brasil, como algumas exemplificadas a abaixo:

• Serpro;

• Caixa Econômica Federal;

• Serasa;

• Receita Federal;

• Certisign;

• Imprensa Oficial;

• AC-JUS (Autoridade Certificadora da Jus-

tiça);

• ACPR (Autoridade Certificadora da Presi-

dência da República);

• Casa da Moeda do Brasil.

3.4 - CERTIFICAÇÃO DIGITAL e CERTIFICADO

DIGITAL

Na era digital, as trocas de informações,

envio de mensagens, envio de dados,

documentos, transações comerciais, fiscais,

jurídicas, políticas, etc., passam a ser feitas

através da rede de computadores, pela internet

onde, tornam-se mais frequente e de forma cada

vez mais célere, onde nesse meio virtual não

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recende idoneidade para esses eventos.

Em vista a essa insegurança virtual a

Certificação Digital é a ferramenta tecnologia que

assume a capacidade de resolver problemas como

a autenticidade, integridade e confiabilidade de

eventos que são processados nesse meio.

A certificação digital permite a utilização da

Internet como meio de comunicação alternativo

para a disponibilização de diversos serviços com

uma maior agilidade, facilidade de acesso e

redução de custos, dentre outros benefícios para

cidadãos, governo, empresas e instituições em

sua adoção.

A criptografia, em suma, é a codificação de

uma sequencia numérica/textual, assim sendo, a

autenticação dos algoritmos criptografados de uma

chave pública é chamada de assinatura digital que

é a forma segura e eficaz de garantir e identificar a

autoria de documentos eletrônicos. De forma geral

funciona como uma identificação virtual para ser

utilizada no meio digital.

Logo, o certificado digital é um documento

eletrônico, assinado digitalmente, de existência

apenas no meio virtual, onde uma pessoa física ou

jurídica é interligada a uma chave pública.

Alguns dados devem constar num

Certificado Digital para que passar a credibilidade

desejável e status de identificação eletrônica,

como algumas das seguintes informações que

devem apresentar:

• Nome da pessoa ou entidade a ser

associada à chave pública;

• Período de validade do certificado;

• Chave pública;

• Nome e assinatura da entidade que

assinou o certificado;

• Número de série.

Após a adesão do certificado digital os

usuários dele poderão transitar seus dados ou

documentos eletrônicos na internet com segurança

capaz de garantir autenticidade, confidencialidade

e integridade às informações eletrônicas.

3.5 - TIPOS DE CERTIFICADOS E PRAZOS DE

VALIDADE

Conforme a ICP-Brasil são oito tipos de

Certificados, sendo dividido em duas categorias, a

categoria A e a S.

A categoria S é utilizada na codificação de

documentos, dados, mensagens eletrônicas, ou

outras atividades, sendo sempre de caráter

sigiloso, a categoria A é usada para atividades de

autenticação e identificação.

Cada categoria subdivide-se numa série de

1 a 4:

• Série A (A1, A2, A3 e 4);

• Série S (S1, S2, S3 e S4).

Onde se diferem pelo uso, nível de

segurança e validade, ver abaixo:

• A1 e S1: O processo de geração das

chaves criptográficas com tamanho mínimo de

1024 bits, feita por software e armazenada em

computador com validade máxima de um ano;

• A2 e S2: O processo de geração das

chaves criptográficas com tamanho mínimo de

1024 bits, feita por software e armazenada em

cartão inteligente (smartcards) ou cartão de

memória (token USB ou pen drive), com validade

máxima de dois anos;

• A3 e S3: O processo de geração das

chaves criptográficas com tamanho mínimo de

1024 bits, feita por hardware e armazenada em

cartão inteligente (smartcards) ou cartão de

memória (token USB ou pen drive), com validade

máxima de três anos;

• A4 e S4: O processo de geração das

chaves criptográficas com tamanho mínimo de

2048 bits, feita por hardware e armazenada em

cartão inteligente (smartcards) ou cartão de

memória (token USB ou pen drive), com validade

máxima de três anos.

3.6 - E-CPF, E-CNPJ, E-PJ

São certificados digitais do tipo A1 e A3

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podendo ser emitido em nome de uma pessoa

física (e-CPF) ou de uma pessoa jurídica (e-CNPJ)

e o e-PJ (ou e-NFe) é um certificado emitido para

uma pessoa jurídica com os dados de uma pessoa

física que será a sua representante na assinatura

dos documentos eletrônicos, segue as

especificidades abaixo:

• e-CPF - Certificado digital direcionado a

pessoas físicas;

• e-CNPJ - Certificado digital direcionado a

pessoas Jurídica;

• e-PJ - Criado para ser utilizado na

emissão das notas fiscais eletrônicas

proporcionando uma maleabilidade na utilização

por funcionários da empresa e não apenas pelo

seu representante legal.

3.7 - BENEFÍCIOS

Com o Certificado Digital os benefícios de

sua utilização podem ser dos mais diversos

serviços online disponibilizados pelas três esferas

do governo, a Federal, Estadual e Municipal, são

eles dentre outros:

• Economia de tempo;

• Redução de custos;

• Desburocratização de processos;

• Validade jurídica nos documentos

eletrônicos;

• Eliminação de papeis e a autenticação na

Internet com segurança;

• Emitir comprovantes de arrecadação de

pagamento de tributos;

• Retificar possíveis erros no preenchimento

de Darf;

• Parcelar débitos fiscais;

• Realizar todas as transações relativas ao

comércio exterior;

• Emitir nota fiscal eletrônica.

3.8 - CERTIFICADOS DIGITAIS NO NOVO

PADRÃO V2

A Infraestrutura de Chaves Públicas

Brasileira - ICP-Brasil emitiu a Resolução nº 65 de

09 de junho de 2009, onde as Autoridades

Certificadoras brasileiras devem emitir

obrigatoriamente Certificados Digitais no novo

padrão V2 e substituição do padrão V1, a partir de

janeiro de 2012, pois os Certificados Digitais

padrão V2 são Certificados Digitais

tecnologicamente mais avançados que a versão

padrão V1, onde as mídias da versão anterior V1

não suportam a capacidade computacional do

novo padrão V2 que passaram de 1.024 para

2.048 bits.

3.9 - EMPRESAS OBRIGADAS

A Receita Federal do Brasil edita varias

instruções normativas que rege sobre

obrigatoriedade de apresentação de declarações

com assinatura digital foram publicadas as

Instruções Normativas RFB nº 995 e 996/2010

alterando a IN RFB nº 969/2009, a RFB nº

1.036/2010, que alterou as instruções normativas

RFB nº 974/2009 e 1.015/2010 efetivando a

obrigatoriedade mediante utilização de certificado

digital válido, para apresentação de declarações à

Receita Federal do Brasil por todas as pessoas

jurídicas, seja elas tributadas com base no lucro

real, no lucro presumido ou no lucro arbitrado,

dispondo principalmente sobre os prazos e

apresentação de declarações e demonstrativos

com certificação digital.

Destaque para resolução do Comitê Gestor

do Simples Nacional - CGSN nº 122/2015 que

estabelece à obrigatoriedade do Certificado Digital

para empresas optantes pelo Simples Nacional,

que para entrega a de forma eletrônica da GFIP e

o eSocial, necessitarão da Certificação Digital,

como exemplificado no resumo abaixo:

• Até 31 de dezembro de 2015, para

empresas com mais de 10 (dez) empregados;

• A partir de 1º de janeiro de 2016, para

empresas com mais de 8 (oito) empregados;

• A partir de 1º de julho de 2016, para

empresas com mais de 5 (cinco) empregados.

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• A partir de 01/01/2016 os Estados poderão

exigir das empresas enquadradas no simples que

para as entregas das informações relativas à

substituição tributária, diferencial de alíquota ou

recolhimento antecipado do ICMS em caso de uso

da emissão de documento fiscal eletrônico.

3.10 - RENOVAÇÃO E TIPOS DE RENOVAÇÃO

O Certificado Digital é um documento

eletrônico com data de validade, ou seja, expira de

acordo com o tipo de contrato feito com a

Autoridade Certificadora - AC credenciadas que

vão de 1 ano a 3 anos, onde entre esse período

pode ser solicitado a renovação e emissão do

Certificado Digital a ser renovado.

O processo de solicitação de renovação

pode se realizado das seguintes maneiras, pre-

sencial (Renovação Validação presencial) e on-

line (Renovação Validação eletrônica):

a) RENOVAÇÃO COM VALIDAÇÃO

ELETRÔNICA

O procedimento da solicitação da renovação

é on-line e, o titular do Certificado Digital não

precisa da reapresentação dos documentos de

forma presencial, ou seja, para a geração do novo

par de chaves, necessita-se apenas se identifica

de forma eletrônica utilizando o Certificado Digital

válido como comprovação do titular.

No processo de renovação aceita-se apenas

simples mudanças dos dados cadastrais, caso

necessite, como a alteração de e-mail e optar por

um novo tipo de mídia (Cartão/Token), onde

qualquer outra alteração não será considerada

como renovação passando a ser considerado uma

aquisição de um novo Certificado Digital.

b) RENOVAÇÃO COM VALIDAÇÃO

PRESENCIAL

O procedimento da solicitação da renovação

é on-line, mas o titular do Certificado Digital preci-

sa se identificar de forma presencial na Autoridade

Certificadora - AC credenciada, munido de docu-

mentos e comprovantes nessa instituição de vali-

dação do âmbito da ICP-Brasil.

No processo de renovação aceita-se a

alteração de todos dados cadastrais, escolher uma

nova mídia criptográfica, optar pelo tipo A1 ou A3 e

definir a validade para o seu Certificado Digital.

4 - SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO

DIGITAL - SPED

Após o preparo de todo o envolto

tecnológico, legislativo/normativo para poder

receber o projeto do Sistema Público de

Escrituração Digital, este começa a ser

desenvolvido pelo Serpro ainda no governo do ex-

presidente Fernando Henrique Cardoso com a

edição da Lei nº 9989 de 2000 onde tem

fundamentação do Projeto de Modernização da

Administração Tributária e Aduaneira (PMATA) que

consiste na implantação de processos apoiados

por sistemas de informação integrados, tendo

como foco principal a eliminação do forte grau de

descentralização fiscal do Brasil, que encontra-se

multifacetado, ineficiente e moroso fazendo com

que o custo público e privado do cumprimento das

obrigações tributárias tornem-se alto, criando um

claro empecilho ao investimento, geração de

empregos e desenvolvimento.

Dentre as medidas anunciadas pelo

Governo Federal com o intuito de modernizar a

sistemática atual do cumprimento de obrigações

acessórias, impostas aos contribuintes pelas

Administrações Tributárias e órgãos fiscalizadores,

por meio do Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de

2007 e alterado pelo Decreto nº 7.979, de 8 de

abril de 2013, sob a tutela da Receita Federal do

Brasil foi regulamentado e instituído o SPED -

Sistema Público de Escrituração Digital,

pretendendo o aperfeiçoamento do Sistema

Tributário, intenta-se que o Sped possa remover

obstáculos administrativos e burocráticos ao

crescimento econômico e aumentar os processos

de interação entre a administração pública e as

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empresas em geral.

“O SPED (Sistema Publico de Escrituração

Digital) consiste em um programa de

modernização da sistemática de cumprimento das

obrigações acessórias, em que as empresas se

tornam obrigadas a emitir, de forma padronizada e

em meio digital, seus livros e documentos

contábeis e fiscais.”

Receita Federal do Brasil

O projeto do SPED Brasileiro teve como

base o modelo de supervisão fiscal do Chile e o

México, que serviram como ponto de partida para

a elaboração do projeto. (AZEVEDO; MARIANO,

2009).

4.1 - PREMISSAS DO SISTEMA PÚBLICO DE

ESCRITURAÇÃO DIGITAL - SPED

Desde 2006 o Sistema Público de

Escrituração Digital - SPED vem sendo

implementado e constitui-se como um avanço

tecnológico na fiscalização digital dos tributos mais

representativos na arrecadação através de

módulos implantados e sucessivamente exigidos

de modo eficiente e eficaz para fiscalizar os

contribuintes, pois todas as informações prestadas

de forma eletrônica às administrações tributárias,

sendo elas contábeis, fiscais, trabalhistas e

previdenciárias estarão à disposição do fisco para

que possa ser realizados cruzamentos de dados

tributários.

Logo, as empresas terão que se preparar

para a adoção do SPED, onde devem observar,

dentre outras peculiaridades inerentes ao seu tipo

e porte empresarial, as seguintes diretrizes:

4.1.1 - CONHECER O PROJETO

É fundamental conhecer o projeto, seus

aspectos técnicos e legais.

O SPED foi instituído pelo Decreto nº 6.022,

de 22 de janeiro de 2007 e alterado pelo Decreto

nº 7.979, de 8 de abril de 2013 e está sob a tutela

da Receita Federal do Brasil e outros órgãos

fiscalizadores, onde moderniza a forma de

cumprimento e transmissão das obrigações

acessórias às autoridades tributárias.

Analisar quais subprojetos do SPED estará

compulsoriamente inserido em seu regime

tributário/fiscal.

Atualmente o Sistema Público de

Escrituração Digital – SPED é composto de seis

subprojetos:

• ECD - Escrituração Contábil Digital

• EFD - Escrituração Fiscal Digital

• EFD - Contribuições

• NF-e - Nota Fiscal Eletrônica

• e-Social (2016)

• ECF - Escrituração Contábil Fiscal

4.1.2 - CONHECER O OBJETIVO

O SPED visa à integração das

administrações tributárias de forma padronizada,

simplificando a sistemática atual burocrática,

descentralizada e custosa do cumprimento das

obrigações acessórias. Em suma o SPED tem

como objetivo a unificação de forma padronizada e

digital das informações tributárias, enviadas as

autoridades de todos os entes federativos em uma

única base de dados.

4.1.3 - ESTAR ATENTO AOS PRAZOS

O projeto SPED é composto atualmente por

seis subprojetos, onde cada um deles possui

prazos de obrigatoriedade de entrega diferentes:

• ECD - Escrituração Contábil Digital deverá

ser entregue, pelas pessoas jurídicas a ela

obrigadas, até o dia 31.05.2016, relativamente ao

ano calendário 2015, conforme definido pelo art. 5º

da Instrução Normativa RFB 1.420/2013;

• EFD - Escrituração Fiscal Digital, a

obrigatoriedade da EFD-ICMS/IPI segue a

legislação de cada estado. Mas deve-se observar

o ajuste SINIEF nº 10 de 13/06/2014 que em sua

cláusula primeira altera o § 7º da cláusula terceira

do Ajuste SINIEF 02/09, de 03 de abril de 2009,

com a redação que se segue:

"§ 7º A escrituração do Livro de Registro de

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Controle da Produção e do Estoque, pelos

contribuintes a ela obrigados nos termos do § 4º

do art. 63 do Convênio S/N, de 15 de dezembro de

1970, será obrigatória na EFD a partir de:

I - 1º de janeiro de 2015, para os

contribuintes relacionados em protocolo ICMS

celebrado entre as administrações tributárias das

unidades federadas e a RFB;

II - 1º de janeiro de 2016, para os demais

contribuintes.";

• EFD – Contribuições será transmitida

mensalmente ao ambiente do Sped até o 10º

(décimo) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente

ao que se refira a escrituração, inclusive nos casos

de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou

parcial, conforme definido pela Instrução

Normativa RFB nº 1.252, de 2012, art. 7º;

• NF-e - Nota Fiscal Eletrônica a

obrigatoriedade dependerá do tipo de atividades;

• e-Social (2016) Os prazos foram definidos

por meio da Circular CEF nº 683/2015, sendo para

empregadores com faturamento no ano de 2014

acima de R$ 78.000.000,00 a partir de setembro

de 2016 e as demais empresas, a partir de janeiro

de 2017;

• ECF - Escrituração Contábil Fiscal tem

prazo final de entrega estipulado

para 30.09.2015, relativamente ao ano

calendário 2014, conforme definido pelo art. 3º

da Instrução Normativa RFB 1.422/2013, na

redação dada pela Instrução Normativa RFB

1.524/2014.

4.1.4 - SABER SE ESTÁ OBRIGADO

O tipo de SPED o qual terá que transmitir

obrigatoriamente depende do tipo e porte da

empresa para saber de qual o tipo de SPED estará

submetido conforme a seguir:

• ECD: Com a revogação da Instrução

Normativa RFB no 787/07, segue-se o art. 3o da

Instrução Normativa RFB no 1.420/2013, estão

obrigadas a adotar a ECD - Escrituração Contábil

Digital, em relação aos fatos contábeis ocorridos a

partir de 1º de janeiro de 2014:

I - As pessoas jurídicas sujeitas à tributação

do Imposto sobre a Renda com base no lucro real;

II - As pessoas jurídicas tributadas com base

no lucro presumido, que distribuírem, a título de

lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda

Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou

dividendos superior ao valor da base de cálculo do

Imposto, diminuída de todos os impostos e

contribuições a que estiver sujeita; e

III - As pessoas jurídicas imunes e isentas

que, em relação aos fatos ocorridos no ano

calendário, tenham sido obrigadas à apresentação

da Escrituração Fiscal Digital das Contribuições,

nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.252,

de 1º de março de 2012.

IV – As Sociedades em Conta de

Participação (SCP), como livros auxiliares do sócio

ostensivo.

Para as demais empresas a ECD é

facultativa e, para as microempresas e empresas

de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional

estão dispensadas desta obrigação.

• EFD: cada estado tem divulgado em seus

portais a lista das empresas obrigadas a enviar o

arquivo eletrônico com as informações fiscais em

setembro deste ano.

• ECF: São obrigadas ao preenchimento da

ECF todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes

e isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real,

lucro arbitrado ou lucro presumido, exceto:

I - As pessoas jurídicas optantes pelo

Regime Especial Unificado de Arrecadação de

Tributos e Contribuições devidos pelas

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

(Simples Nacional), de que trata a Lei

Complementar nº 123, de 14 de dezembro de

2006;

II - Os órgãos públicos, às autarquias e às

fundações públicas;

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III - As pessoas jurídicas inativas de que

trata a Instrução Normativa RFB nº 1.536, de 22

de dezembro de 2014; e

IV - As pessoas jurídicas imunes e isentas

que, em relação aos fatos ocorridos no ano-

calendário, não tenham sido obrigadas à

apresentação da Escrituração Fiscal Digital da

Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição

para o Financiamento da Seguridade Social

(Cofins) e da Contribuição Previdenciária sobre a

Receita (EFD-Contribuições), nos termos da

Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março

de 2012.

• EFD – Contribuições: São obrigadas à

escrituração fiscal digital em referência:

I - em relação à Contribuição para o

PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos

geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de

2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do

Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real;

II - em relação à Contribuição para o

PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos

geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de

2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à

tributação do Imposto sobre a Renda com base no

Lucro Presumido ou Arbitrado;

III - em relação à Contribuição para o

PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos

geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de

2014, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º

e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro

de 1998, e na Lei nº 7.102, de 20 de junho de

1983;

IV - em relação à Contribuição

Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos

geradores ocorridos a partir de 1º de março de

2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as

atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da

Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011,

convertida na Lei nº 12.546, de 2011;

V - em relação à Contribuição Previdenciária

sobre a Receita, referente aos fatos geradores

ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as

pessoas jurídicas que desenvolvam as demais

atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º, e no

Anexo II, todos da Lei nº 12.546, de 2011.

• e-Social: Na Resolução Comitê Diretivo do

esocial nº 1 de 24.06.2015, rege que as empresas

deverão seguir um cronograma que obrigará

empresas com faturamento acima de r$

78.000.000,00 (setenta e oito milhões reais) a

transmissão a partir da competência setembro de

2016 e as demais empresas em apenas no ano

de 2017, exceto as de tratamento diferenciado,

simplificado e favorecido a ser dispensado às

microempresas e empresas de pequeno porte, ao

Micro Empreendedor Individual (MEI) com

empregado, ao empregador doméstico, ao

segurado especial e ao pequeno produtor rural

pessoa física será definido em atos específicos.

• NF-e: a obrigatoriedade acontece através

de ramos de negócio, divulgados através do portal

da NF-e: www.nfe.fazenda.gov.br.

4.1.5 - CONHECER OS RISCOS

A Receita Federal do Brasil com seu

arcabouço tecnológico e, através do Sistema

Público de Escrituração Digital – SPED

uniformizou as relações entre os bancos, às

pessoas, empresas e as governo cruzando

informações, operações de compra e venda de

mercadorias e serviços em geral, incluídos os

básicos (luz, água, telefone, saúde), Notas Fiscais

Digitais bem como financiamentos em geral, todos

dados e movimentações financeiras de CPF’s ou

CNPJ’s, seja nos municípios, estados ou Distrito

Federal, são confrontados de forma on-line com

registros de imóveis junto aos cartórios, bem como

veículos náuticos e terrestres, etc., junto a

DETRANS, bancos (todas as movimentações

financeiras inclusive poupança e aplicações),

operadoras financeiras, de cartões de

créditos/débitos, previdências privadas e etc.

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Desta forma o risco para o

contribuinte aumentou após a implantação do

SPED, pois ele assina digitalmente e homologa

todas as informações contábeis e fiscais,

declarando veracidade de todo conteúdo de seu

arquivo na transmissão deles ao ambiente do

SPED.

As penalidades para as empresas que não

se adaptarem ou não cumprirem as obrigações

impostas pelo SPED são das mais diversas como

redigido nas leis 12.873/13, 12.973/14 e 8.137/90

transcritas abaixo:

4.1.5.1 - LEI Nº 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE

1990

A não utilização das normas definidas pelo

SPED incorrerá na violação da Lei 8.137/90, que

disciplina os crimes contra a ordem tributária:

Art. 1° Constitui crime contra a ordem tribu-

tária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição

social e qualquer acessório, mediante as seguin-

tes condutas:

I - omitir informação, ou prestar declaração

falsa às autoridades fazendárias;

II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo

elementos inexatos, ou omitindo operação de

qualquer natureza, em documento ou livro exigido

pela lei fiscal;

III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura,

duplicata, nota de venda, ou qualquer outro docu-

mento relativo à operação tributável;

IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou

utilizar documento que saiba ou deva saber falso

ou inexato;

V - negar ou deixar de fornecer, quando

obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente,

relativa a venda de mercadoria ou prestação de

serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em

desacordo com a legislação.

Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,

e multa.

Parágrafo único. A falta de atendimento da

exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez)

dias, que poderá ser convertido em horas em ra-

zão da maior ou menor complexidade da matéria

ou da dificuldade quanto ao atendimento da exi-

gência, caracteriza a infração prevista no inciso V.

4.1.5.2 - LEI 12.873, DE 24 DE OUTUBRO DE

2013

As multas que serão aplicadas as pessoas

jurídicas de direito privado, as pessoas jurídicas de

direito público e multas relativas às pessoas físicas

que deixar de cumprir as obrigações acessórias

relativas aos impostos e contribuições por ela ad-

ministrados, incluindo os arquivos pertinentes à

escrituração digital – SPED, como transcrito abai-

xo:

• Penalidades para as pessoas jurídicas de

direito privado:

1. Por apresentação extemporânea

(fora do prazo):

a) R$ 500,00 por mês-calendário ou

fração para PJ tributada pelo lucro presumido ou

Simples Nacional ou PJ em início de atividade ou

que seja imune ou isenta;

b) R$ 1.500,00 por mês-calendário

ou fração para demais PJ.

2. R$ 500,00 por mês-calendário,

caso o contribuinte seja intimado pela RFB e não

cumpra o prazo estipulado pela autoridade fiscal.

3. 0,3% sobre o valor das transações

comerciais ou das operações financeiras, próprias

da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos

quais

seja responsável tributário, não inferior a

R$100,00, no caso de apresentar informações

inexatas, incompletas ou omitidas.

Sendo que as multas serão reduzidas pela

metade quando as obrigações acessórias forem

apresentadas antes de qualquer procedimento de

ofício e para as empresas tributadas pelo Simples

Nacional, terão as multas reduzidas em 70%.

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No caso da EFD ICMS/IPI, além das pena-

lidades acima, também serão aplicadas as penali-

dades previstas na legislação tributária de cada

unidade federada.

• Penalidades para as pessoas jurídicas de

direito publico, como União, Estados e Municípios,

as multas serão:

1. R$ 500,00 por mês-calendário ou

fração por apresentação extemporânea (fora do

prazo);

2. R$ 500,00 por mês-calendário

quando a PJ for intimada pela RFB e não cumprir

o prazo estipulado pela autoridade fiscal;

3. 1,5% sobre do valor das

transações comerciais ou das operações

financeiras, próprias ou de terceiros em relação

aos quais seja responsável tributário, não inferior a

R$ 50,00, no caso de apresentar informações

inexatas, incompletas ou omitidas.

4.1.5.3 - LEI Nº 12.973, DE 13 DE MAIO DE 2014

A Lei nº 12.973/14 altera o Decreto-Lei

no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, onde rege

as novas penalidades para as empresas, nesse

caso, as obrigadas à entrega da ECF - Escritura-

ção Contábil Fiscal, que apresentar com inexati-

dões, incorreções, omissões ou deixar de apresen-

ta-la, fica sujeito às seguintes multas:

I - equivalente a 0,25% (vinte e cinco centé-

simos por cento), por mês-calendário ou fração, do

lucro líquido antes do Imposto de Renda da pes-

soa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido, no período a que se refere a apuração,

limitada a 10% (dez por cento) relativamente às

pessoas jurídicas que deixarem de apresentar ou

apresentarem em atraso o livro; e

II - 3% (três por cento), não inferior a R$

100,00 (cem reais), do valor omitido, inexato ou

incorreto.

§ 1o A multa de que trata o inciso I

do caput será limitada em:

I - R$ 100.000,00 (cem mil reais) para as

pessoas jurídicas que no ano-calendário anterior

tiverem auferido receita bruta total, igual ou inferior

a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil

reais);

II - R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais)

para as pessoas jurídicas que não se enquadra-

rem na hipótese de que trata o inciso I deste pará-

grafo.

§ 2o A multa de que trata o inciso I

do caput será reduzida:

I - em 90% (noventa por cento), quando o li-

vro for apresentado em até 30 (trinta) dias após o

prazo;

II - em 75% (setenta e cinco por cento),

quando o livro for apresentado em até 60 (sessen-

ta) dias após o prazo;

III - à metade, quando o livro for apresenta-

do depois do prazo, mas antes de qualquer proce-

dimento de ofício; e

IV - em 25% (vinte e cinco por cento), se

houver a apresentação do livro no prazo fixado em

intimação.

§ 3o A multa de que trata o inciso II

do caput:

I - não será devida se o sujeito passivo cor-

rigir as inexatidões, incorreções ou omissões antes

de iniciado qualquer procedimento de ofício; e

II - será reduzida em 50% (cinquenta por

cento) se forem corrigidas as inexatidões, incorre-

ções ou omissões no prazo fixado em intimação.

§ 4o Quando não houver lucro líquido, antes

do Imposto de Renda e da Contribuição Social, no

período de apuração a que se refere a escritura-

ção, deverá ser utilizado o lucro líquido, antes do

Imposto de Renda e da Contribuição Social do

último período de apuração informado, atualizado

pela taxa referencial do Sistema Especial de Li-

quidação e de Custódia - Selic, até o termo final

de encerramento do período a que se refere a

escrituração.

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4.1.6 - CONHECER OS BENEFÍCIOS

O SPED é sem duvida uma revolução das

atividades relacionadas ao governo/contribuintes,

é uma evolução dessa relação onde também gera

benefícios para ambas as partes fora dessa

relação. Dentre outros benefícios, apontam-se

alguns:

4.1.6.1 - BENEFÍCIOS PARA O CONTRIBUINTE

• Redução de custos, agilidade e segurança

para as empresas;

• Simplificação e desburocratização das

obrigações acessórias;

• Redução de erros de escrituração;

• Otimização dos processos de organização,

guarda e gerenciamento de documentos

eletrônicos, facilitando a recuperação, consulta e

intercâmbio das informações;

• Facilitação e simplificação da Escrituração

Fiscal e contábil;

• Fortalecimento do exercício da cidadania,

contribuindo com a redução da sonegação fiscal;

• Redução do consumo de papel, com

impacto positivo em termos ecológicos;

• Padronização dos relacionamentos

eletrônicos entre empresas;

• Surgimento de oportunidades de negócios

e empregos.

4.1.6.2 - BENEFÍCIOS PARA OS

ADMINISTRADORES TRIBUTÁRIOS

• Eliminação das fraudes relacionadas à

autorização e emissão de documentos fiscais;

• Melhoria no processo de controle fiscal,

possibilitando um melhor intercâmbio e

compartilhamento de informações entre os fiscos;

• Redução de custos;

• Diminuição da sonegação e aumento da

arrecadação sem aumento de carga tributária;

• Aumento da confiabilidade dos

documentos fiscais e das informações.

4.1.7 - REVISAR OS PROCEDIMENTOS DA

EMPRESA

A empresa antes da formulação das

informações que abastecerá os sistemas de

geração de arquivos para o Sistema Público de

Escrituração Digital – SPED e, deverá gerir a

qualidade, veracidade e confiabilidade da

informação produzida pelos diversos setores da

empresa sempre de forma clara e objetiva, onde

estes setores devem estar num completo

alinhamento e consonância no uso dos dados,

para uma melhor transformação deles em

informações, montando uma base de dados coesa

e de forma integrada para evitar desconformidade

na geração de informações no processo de

escrituração fiscal e contábil evitando transtornos

internos e conflitos entre os subprojetos do SPED.

4.1.8 - VERIFICAR DADOS DO SISTEMA

O SPED exige reformular a maneira de a

empresa agir, passando de rotinas manuais para

uma moderna, criteriosa e detalhada

sistematização das atividades da empresa, logo,

requer revisão e conferência das documentações

nessa transição do “papel/manual” para

informações digitais, pois as autoridades

tributárias através de cruzamentos de inúmeros e

diversos dados dos contribuintes e, de forma

detalhada, fiscalizarão, sob o risco de muitas

implicações legais.

4.1.9 - DISPOR DOS RECURSOS

NECESSÁRIOS

É notório que para se adaptar ao Sistema

de Público de Escrituração Digital – SPED

necessitará de investimento em material

tecnológico e humano além de imposição legal,

para atender os interesses do Fisco. Uma

reestruturação integrada entre setores através de

sistemas ERP, softwares avançados, que

permitam gerar as informações contábeis e fiscais

de forma eletrônica e planejada além de

certificação digital adequada, excelente conexão

com a Internet e boa estrutura de informática são

requisitos fundamentais para se adaptar a nova

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realidade tributação e fiscalização eletrônica.

4.1.10 - IMPLANTAR COM ANTECEDÊNCIA

A Receita Federal do Brasil disponibiliza

gratuitamente Programas Validadores, Manuais de

Orientação e etc., para o conhecimento sobre o

projeto e sua complexidade, as empresas devem

imediatamente deixar conceitos arcaicos,

aprimorando-se para a efetiva modernização

devido as grandes mudanças ocasionadas a

adoção do SPED, precisam reavaliar o impacto

produzido, se autoconhecer e, principalmente,

revisar procedimentos internos, ver a necessidade

de aquisição de novas ferramentas, análise das

informações necessárias, testarem e simularem os

efeitos causados nesse novo processo, realizando

pesquisa para uma solução que apresente o

melhor custo-benefício.

Entretanto, isso requer tempo, para a

adaptação e capacitação das empresas nesse

novo meio digital, é imprescindível antecipar-se a

estas medidas, estar a frente dos prazos para

concluir tempestivamente as obrigatoriedades

impostas.

4.2 - SUBPROJETOS SISTEMA PÚBLICO DE

ESCRITURAÇÃO DIGITAL - SPED

O SPED consiste num programa implantado

pelo governo federal, no âmbito da Receita

Federal, que teve início com a implantação de três

subprojetos: Escrituração Contábil Digital,

Escrituração Fiscal Digital e Nota Fiscal Eletrônica.

Atualmente são seis módulos como

resumido abaixo:

• Escrituração Contábil Digital (SPED-

Contábil)

• Escrituração Fiscal Digital (SPED-Fiscal)

• NF-e/NFS-e

• Escrituração Fiscal Digital PIS/COFINS

(EFD PIS/COFINS)

• Escrituração Contábil Fiscal (ECF)

• Sistema de Escrituração Fiscal Digital das

Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas

– eSocial (EFD-Social).

Cada módulo tem suas funções e

particularidades, terão quer ser postos ao

programa “validador” respectivo e através

certificação digital, assinado digitalmente,

conferindo validade jurídica à autoria do arquivo,

onde as informações anteriormente prestadas pelo

contribuinte aos órgãos fiscais e juntas comerciais

por meio de livros impressos, passarão a ser

prestadas no formato eletrônico, no layout

estabelecido pela legislação. Ou seja, o

responsável pela empresa, legitima e corrobora a

veracidade do conteúdo dos documentos e dados

enviados através da assinatura digital.

4.3 - OBJETIVO DO SISTEMA PÚBLICO DE

ESCRITURAÇÃO DIGITAL - SPED

Conforme o site da Receita Federal do

Brasil o Sped tem os seguintes objetivos, entre

outros:

• Promover à integração dos

fiscos, mediante a padronização e

compartilhamento das informações contábeis e

fiscais, respeitadas as restrições legais.

• Racionalizar e uniformizar as obrigações

acessórias para os contribuintes, com o

estabelecimento de transmissão única de distintas

obrigações acessórias de diferentes órgãos

fiscalizadores.

• Tornar mais célere a identificação de

ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos

processos, a rapidez no acesso às informações e

a fiscalização mais efetiva das operações com o

cruzamento de dados e auditoria eletrônica.

4.4 - IMPACTOS E CONSEQUÊNCIAS CAUSA-

DAS PELO SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITU-

RAÇÃO DIGITAL - SPED

A inteligência fiscal obriga as empresas

passar a um novo patamar, sendo necessários

altos investimentos e melhoramento

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administrativos de suas atividades em vários

setores organizacionais para atendimento ao

SPED, onde o reflexo desta modernização

também envolve os profissionais diretamente

ligados, requerendo empenho e gabaritação dos

profissionais melhorando consequentemente o

nível de seu quadro funcional.

As empresas sofrem grandes transtornos

nessa transição de implantação do SPED,

entretanto para aquelas que “enxergam” e fazem

proveitos dessa modernização podem ter

resultados diferenciais na atual competividade

empresarial e em sua relação com o fisco, seja

pela confiabilidade das informações produzidas

concernente as sua atividades bem como a

celeridade das tomadas de decisões ou pela

correta utilização desses dados pelo meio sócio

corporativo em que se encontra inserida, como

exemplificações, interesse de investidores,

valorização de marcas ou produto e imagem social

dentre outros, como elencados a seguir e disposto

no próprio sítio do Sistema Público de Escrituração

Digital:

• Redução de custos com a dispensa de

emissão e armazenamento de documentos em

papel;

• Eliminação do papel;

• Redução de custos com a racionalização e

simplificação das obrigações acessórias;

• Uniformização das informações que o

contribuinte presta às diversas unidades

federadas;

• Redução do envolvimento involuntário em

práticas fraudulentas;

• Redução do tempo despendido com a

presença de auditores fiscais nas instalações do

contribuinte;

• Simplificação e agilização dos

procedimentos sujeitos ao controle da

administração tributária (comércio exterior,

regimes especiais e trânsito entre unidades da

federação);

• Fortalecimento do controle e da

fiscalização por meio de intercâmbio de

informações entre as administrações tributárias;

• Rapidez no acesso às informações;

• Aumento da produtividade do auditor

através da eliminação dos passos para coleta dos

arquivos;

• Possibilidade de troca de informações

entre os próprios contribuintes a partir de um

leiaute padrão;

• Redução de custos administrativos;

• Melhoria da qualidade da informação;

• Possibilidade de cruzamento entre os

dados contábeis e os fiscais;

• Disponibilidade de cópias autênticas e

válidas da escrituração para usos distintos e

concomitantes;

• Redução do “Custo Brasil;

• Aperfeiçoamento do combate à

sonegação;

• Preservação do meio ambiente pela

redução do consumo de papel.

Tendo a indispensabilidade de profissionais

qualificados por parte das empresas, o mercado

tem pouco contribuído para essa revolução, pois

por se tratar de uma matéria nova e aliada a uma

extensa e complexa legislação tributária

juntamente as inúmeras diversidade de empresas

e negócios e ainda reformulações nas práticas e

normas contábeis, causa uma escassez de vários

profissionais, não apenas área contábil, mas em

diversos ramos de atividades que englobam a

necessidade das empresas de se ajustarem aos

anseios do Sistema Público de Escrituração

Digital, gestores, objetivando a preexistência de

uma segurança fiscal, buscam soluções em

profissionais provindos internamente das próprias

corporações tendo como consequência os altos

custos em treinamentos e outras barreiras para

por num curto espaço de tempo, obter

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profissionais e setores em condições de

proporcionar agilidade e eficiência frente ao

Sistema Público de Escrituração Digital sob riscos

de altas e pesadas multas e outras sanções

fiscais.

Contudo, é inegável que o SPED traz

desafios e oportunidades para todos que fazem

parte de seu universo, acarretando um

desenvolvimento econômico e social além de

combater os mais diversos ilícitos aziendais que

contribui negativamente para o mercado brasileiro

não só em transações internas como também

transações externas reluzindo mais transparências

nas atividades empresariais e mitigando

fraudadores entre outras organizações criminosas

proporcionando uma competição mais leal entre

empresas, gerando mais empregos e aumento da

arrecadação de tributos.

4.5 - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL –

ECD (SPED-CONTÁBIL)

4.5.1 - CONCEITO

A Escrituração Contábil Digital – ECD faz

parte do Sistema Público de Escrituração Digital –

SPED e tem fitos fiscais e previdenciários,

substituindo a escrituração dos livros contábeis na

forma de papel, desta forma a Escrituração

Contábil Digital – ECD é um documento digital

único com leiaute padrão e assinado com

certificado digital e transmitido ao ambiente SPED,

que compreende a versão digital da escrituração

dos livros contábeis.

4.5.2 - OBJETIVO

A Escrituração Contábil Digital – ECD

objetiva a substituição da escrituração em papel

pela escrituração transmitida via arquivo, ou seja,

corresponde à obrigação de transmitir, em versão

digital, os seguintes livros:

• Livro Diário e seus auxiliares se houver;

• Livro Razão e seus auxiliares se houver;

• Livro Balancetes Diários Balanços e fichas

de lançamento comprobatórias dos assentamentos

neles transcritos

4.5.3 - PROGRAMA VALIDADOR E ASSINADOR

(PVA)

É um aplicativo que testa o formato e a

consistência das informações de arquivos gerados

pela empresa que devem ser submetido ao

Programa Validador e Assinador – PVA fornecido

pela Receita Federal do Brasil (RFB), devendo

contabilista responsável pela escrituração

certificar-se de que todo conteúdo que deveria

constar no arquivo, onde o PVA disponibiliza o

recurso de visualização e impressão em papel dos

relatórios visualizados para conferência das

informações presentes no arquivo digital.

Após conferência e validação, através do

Programa Validador e Assinador – PVA, estes

arquivos devem ser assinados digitalmente pelo

contabilista e os responsáveis legais, onde o PVA

irá consultar os certificados digitais e efetuar a

transmissão do arquivo ao ambiente do SPED

sendo que o PVA utilizará os recursos do

ReceitaNet, que também precisa estar instalado no

computador do contribuinte.

4.5.4 - PROCEDIMENTO PARA UTILIZAÇÃO DO

PVA:

1. Gerar e importar o arquivo para Vali-

dação no PVC.

2. Visualizar a escrituração para confe-

rência das informações.

3. Assinar digitalmente utilizando os

Certificados Digitais dos responsáveis legais e

contabilista.

4. Gerar e assinar o requerimento para

autenticação, dirigido à Junta Comercial, e obter a

guia de recolhimento da taxa.

5. Pagar a taxa cobrada pela Junta Co-

mercial utilizando a guia obtida no item anterior.

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6. Transmitir a escrituração para o

SPED da Receita Federal do Brasil (RFB) e obter

o respectivo recibo.

7. Utilizar a rotina "Cópias de Seguran-

ça" para criar uma cópia de reserva (backup) no

próprio PVA.

4.5.5 - OBRIGATORIEDADE

Com a revogação da Instrução Normativa

RFB no 787/07, segue-se o art. 3o da Instrução

Normativa RFB no 1.420/2013, estão obrigadas a

adotar a ECD - Escrituração Contábil Digital, em

relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º

de janeiro de 2014:

I - As pessoas jurídicas sujeitas à tributação

do Imposto sobre a Renda com base no lucro real;

II - As pessoas jurídicas tributadas com base

no lucro presumido, que distribuírem, a título de

lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda

Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou

dividendos superior ao valor da base de cálculo do

Imposto, diminuída de todos os impostos e

contribuições a que estiver sujeita; e

III - As pessoas jurídicas imunes e isentas

que, em relação aos fatos ocorridos no ano

calendário, tenham sido obrigadas à apresentação

da Escrituração Fiscal Digital das Contribuições,

nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.252,

de 1º de março de 2012.

IV – As Sociedades em Conta de

Participação (SCP), como livros auxiliares do sócio

ostensivo.

Para as demais empresas a ECD é

facultativa e, para as microempresas e empresas

de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional

estão dispensadas desta obrigação.

4.5.6 - PRAZOS

A Escrituração Contábil Digital deverá ser

entregue anualmente ao ambiente do SPED, pelas

pessoas jurídicas a ela obrigadas, até o último dia

útil do mês de junho do ano seguinte ao ano-

calendário a que se refira à escrituração, conforme

definido pelo art. 5º da Instrução Normativa RFB

1.420/2013. Para situações atípicas ou especiais

transcrito do mesmo artigo da Instrução Normativa

abaixo:

I – Nos casos de extinção, cisão parcial,

cisão total, fusão ou incorporação, a ECD deverá

ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas,

cindidas, fusionadas, incorporadas e

incorporadoras até o último dia útil do mês

subsequente ao do evento.

II – O prazo para entrega da ECD será

encerrado às 23h59min59s (vinte e três horas,

cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove

segundos), horário de Brasília, do dia fixado para

entrega da escrituração.

III – A obrigatoriedade de entrega da ECD,

na forma prevista no § 1º, não se aplica à

incorporadora, nos casos em que as pessoas

jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam

sob o mesmo controle societário desde o ano-

calendário anterior ao do evento.

IV – Nos casos de extinção, cisão parcial,

cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de

janeiro a maio do ano da entrega da ECD para

situações normais, o prazo de que trata o § 1º será

até o último dia útil do mês de junho do referido

ano.

V – Nos casos de extinção, cisão parcial,

cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de

janeiro a dezembro de 2014, o prazo de que trata

o § 1º será até o último dia útil do mês de junho de

2015.

4.5.7 - PENALIDADES

4.5.7.1 - LEI 12.973, DE 24 DE OUTUBRO DE

2013

As multas que serão aplicadas as pessoas

jurídicas de direito privado, as pessoas jurídicas de

direito público e multas relativas às pessoas físicas

que deixar de cumprir as obrigações acessórias

relativas aos impostos e contribuições por ela ad-

ministrados, incluindo os arquivos pertinentes à

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escrituração digital – SPED, como transcrição da

Lei 12.873, de 24 de outubro de 2013 abaixo:

I - por apresentação extemporânea:

a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-

calendário ou fração, relativamente às pessoas

jurídicas que estiverem em início de atividade ou

que sejam imunes ou isentas ou que, na última

declaração apresentada, tenham apurado lucro

presumido ou pelo Simples Nacional;

b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por

mês-calendário ou fração, relativamente às demais

pessoas jurídicas;

c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário

ou fração, relativamente às pessoas físicas.

As multas serão reduzidas pela metade,

quando a obrigação acessória for cumprida antes

de qualquer procedimento de ofício e para as em-

presas que tenham utilizado mais de uma forma

de apuração do lucro ou tenha ocorrido algum

evento de reorganização societária na última de-

claração, deverá ser aplicada a multa de que trata

a alínea “b” do inciso I do caput.

II - por não cumprimento à intimação da

Secretaria da Receita Federal do Brasil para cum-

prir obrigação acessória ou para prestar esclare-

cimentos nos prazos estipulados pela autoridade

fiscal: R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-

calendário;

III - por cumprimento de obrigação acessória

com informações inexatas, incompletas ou omiti-

das:

a) 3% (três por cento), não inferior a R$

100,00 (cem reais), do valor das transações

comerciais ou das operações financeiras, próprias

da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos

quais seja responsável tributário, no caso de

informação omitida, inexata ou incompleta);

b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por

cento), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais),

do valor das transações comerciais ou das

operações financeiras, próprias da pessoa física

ou de terceiros em relação aos quais seja

responsável tributário, no caso de informação

omitida, inexata ou incompleta.

Caso pessoa jurídica for optante pelo Sim-

ples Nacional, os valores e o percentual referidos

nos incisos II e III deste artigo serão reduzidos em

70% (setenta por cento) e, no caso da pessoa

jurídica for de direito público, serão aplicadas as

multas previstas na alínea “a” do item I, o ietm II e

na alínea “b” do inciso III.

4.5.7.2 - LEI Nº 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE

1990

A não utilização das normas definidas pelo

SPED incorrerá na violação da Lei 8.137/90, que

disciplina os crimes contra a ordem tributária:

Art. 1° Constitui crime contra a ordem tribu-

tária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição

social e qualquer acessório, mediante as seguin-

tes condutas:

I - omitir informação, ou prestar declaração

falsa às autoridades fazendárias;

II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo

elementos inexatos, ou omitindo operação de

qualquer natureza, em documento ou livro exigido

pela lei fiscal;

III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura,

duplicata, nota de venda, ou qualquer outro docu-

mento relativo à operação tributável;

IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou

utilizar documento que saiba ou deva saber falso

ou inexato;

V - negar ou deixar de fornecer, quando

obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente,

relativa a venda de mercadoria ou prestação de

serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em

desacordo com a legislação.

Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,

e multa.

Parágrafo único. A falta de atendimento da

exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez)

dias, que poderá ser convertido em horas em ra-

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18

zão da maior ou menor complexidade da matéria

ou da dificuldade quanto ao atendimento da exi-

gência, caracteriza a infração prevista no inciso V.

4.5.8 - LEGISLAÇÃO

• Decreto no 6.022, de 22 de janeiro de

2007, e alterações posteriores – Instituiu o

Sistema Público de Escrituração Digital - SPED.

• Decreto nº 7.979, de 8 de abril de 2013

Altera o Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de

2007, que instituiu o Sistema Público de

Escrituração Digital - Sped

• Instrução Normativa DREI no 11, de 9 de

dezembro de 2013 – Dispõe sobre procedimentos

para a validade e eficácia dos instrumentos de

escrituração dos empresários individuais, das

empresas individuais de responsabilidade Ltda –

Eireli, das sociedades empresárias das

cooperativas, dos consórcios, dos grupos de

sociedades, dos leiloeiros, dos tradutores públicos

e intérpretes comerciais.

• Resolução CFC no 1.299/2010 – Aprova o

Comunicado Técnico CT 04 que define as

formalidades da escrituração contábil em forma

digital para fins de atendimento ao Sistema

Público de Escrituração Digital (SPED).

• Instrução Normativa RFB no 1.420, de 19

de dezembro de 2013, e alterações posteriores –

Dispõe sobre a Escrituração Contábil Digital.

• Ato Declaratório Executivo Cofis no 42, de

25 de maio de 2015 – Dispõe do Manual de

Orientação do Leiaute da Escrituração Contábil

Digital (ECD).

4.6 - ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL – EFD

4.6.1 - CONCEITO

O SPED-Fiscal é um arquivo digital que

consiste num conjunto de escriturações de docu-

mentos fiscais, registros de apuração de impostos

referentes às operações e prestações praticadas

pelo contribuinte do ICMS e do IPI, além de várias

informações de interesse das Secretarias de Fa-

zenda, Tributação ou Finanças dos Estados e do

Distrito Federal e da Secretaria da Receita Federal

do Brasil.

A Escrituração Fiscal Digital obriga o contri-

buinte a informar suas operações de forma mais

detalhada ás administrações tributárias, onde te-

rão a possibilidade de verificar junto a fornecedo-

res a quantidade que determinada empresa adqui-

riu, bem como todas as suas movimentações inte-

restaduais, requerendo um controle e atenção

maior pela existência diversificada da legislação

de uma unidade federativa para outra.

4.6.2 - OBJETIVO

A Escrituração Fiscal Digital -EFD objetiva a

substituição dos livros fiscais atualmente utilizados

na forma de papel, por arquivo digital, simplifican-

do e reduzindo o processo de registro de docu-

mentos fiscais, permitindo assim uma maior inte-

gração entre as administrações tributárias da Uni-

ão, Estados e futuramente dos Municípios.

A EFD substitui a escrituração e impressão

dos seguintes livros fiscais obrigatórios e exigidos

pela legislação do ICMS e IPI:

• Livro Registro de Entradas;

• Livro Registro de Saídas;

• Livro Registro de Inventário;

• Livro Registro de Apuração do IPI;

• Livro Registro de Apuração do ICMS;

• Documento Controle de Crédito de ICMS

do Ativo Permanente (CIAP).

4.6.3 - PROGRAMA VALIDADOR E ASSINADOR

(PVA)

Segue-se as mesmas diretrizes apontadas

no item 4.5.3 da Escrituração Contábil Digital –

Ecd (Sped-Contábil), com observações do leiaute

orientado pelo Ato COTEPE ICMS nº 29 de 17 de

julho de 2009.

4.6.4 - PROCEDIMENTO PARA UTILIZAÇÃO DO

PVA:

1. Importar o arquivo com o leiaute da

EFD-Contribuições definido pelo orientado pelo

Ato COTEPE ICMS nº 29 de 17 de julho de 2009;

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2. Emissão de relatórios da escrituração;

3. Validar o conteúdo da escrituração e

indicar dos erros e avisos;

4. Geração do arquivo para assinatura e

transmissão ao Sped;

5. Assinar digitalmente utilizando os

Certificados Digitais dos responsáveis legais e

contabilista;

6. Transmitir a escrituração para o

SPED da Receita Federal do Brasil (RFB).

7. Utilizar a rotina "Cópias de

Segurança" para criar uma cópia de reserva

(backup) no próprio PVA.

4.6.5 - OBRIGATORIEDADE

A Escrituração Fiscal Digital passa a ser

obrigatória, conforme determinou o Convênio

ICMS nº 143 de 15 de dezembro de 2006 e

Protocolo ICMS nº 77/2008 e ampliado para todos

contribuintes de ICMS, a exceção dos optantes do

Simples Nacional, pelo Ajuste SINIEF nº 11, de 28

de setembro de 2012.

4.6.6 - PRAZOS

A obrigatoriedade da EFD-ICMS/IPI segue a

legislação de cada estado, mas em regra, a

periodicidade de apresentação é mensal.

Mas deve-se observar o ajuste SINIEF nº 10

de 13/06/2014 que em sua cláusula primeira altera

o § 7º da cláusula terceira do Ajuste SINIEF 02/09,

de 03 de abril de 2009, com a redação que se

segue:

"§ 7º A escrituração do Livro de Registro de

Controle da Produção e do Estoque, pelos

contribuintes a ela obrigados nos termos do § 4º

do art. 63 do Convênio S/N, de 15 de dezembro de

1970, será obrigatória na EFD a partir de:

I - 1º de janeiro de 2015, para os

contribuintes relacionados em protocolo ICMS

celebrado entre as administrações tributárias das

unidades federadas e a RFB;

II - 1º de janeiro de 2016, para os demais

contribuintes.";

4.6.7 - PENALIDADES

De forma geral, segue a Lei Nº 8.137 de 27

de Dezembro de 1990 que rege sobre crimes

contra a ordem tributária e a Lei 12.873 de 24 de

Outubro De 2013 a qual rege, entre outras, sobre

as multas aplicadas para certos fins.

4.6.8 - LEGISLAÇÃO

• Decreto no 6.022, de 22 de janeiro de

2007, e alterações posteriores – Instituiu o

Sistema Público de Escrituração Digital – SPED;

• Decreto nº 7.212, de 15 de junho de

2010 - Regulamento do IPI;

• Decreto nº 7.979, de 8 de abril de 2013

Altera o Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de

2007, que instituiu o Sistema Público de

Escrituração Digital – Sped;

• Convênio ICMS nº 143, de 15 de

dezembro de 2006 - Institui a Escrituração Fiscal

Digital – EFD;

• Protocolo ICMS nº 77, de 18 de setembro

de 2008 - Dispõe sobre a obrigatoriedade da

Escrituração Fiscal Digital - EFD, nos termos das

cláusulas terceira e oitava-A do Convênio ICMS

143/06, que institui a Escrituração Fiscal Digital –

EFD;

• Protocolo ICMS nº 36, de 5 de abril de

2013 - Altera o Protocolo ICMS 03/11, que fixa o

prazo para a obrigatoriedade da escrituração fiscal

digital – EFD;

• Ajuste SINIEF nº 13, de 30 de setembro

de 2011 - Altera o Ajuste SINIEF 02/09, que

instituiu a Escrituração Fiscal Digital – EFD;

• Ajuste Sinief nº 26, de 17 de dezembro de

2012 - Altera o Ajuste SINIEF 13/11, que altera o

Ajuste SINIEF 02/09, que instituiu a Escrituração

Fiscal Digital - EFD.

4.7 - NOTA FISCAL ELETRÔNICA - NF-E

4.7.1 - CONCEITO

4.7.1.1 - NOTA FISCAL ELETRÔNICA

A nota fiscal eletrônica consiste na

informatização em substituição, com validade

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jurídica, dos documentos representativos de

comercializações/transações em todo território

nacional, sendo exclusivamente na forma

eletromagnética para sua emissão e arquivamento

o que reduz custos, padroniza e agiliza o

compartilhamento de informações entre

administrações tributárias, reduzindo

drasticamente adulterações dos documentos

comprobatórias de transações comercias,

combatendo de forma abrangente as ilegalidades

tributárias.

Sendo um dos pilares do sistema SPED e

tendo como uma das intenções das

administrações tributárias ao implantar a nota

fiscal eletrônica, a minimização de fraudes e

controle na mercantilização das empresas além de

outras e a substituição da forma desse controle

fiscal em papel pela forma digital, muda-se

radicalmente a logística das operações, onde não

é de fácil percepção pelos contribuintes.

Na adesão da forma documental digital, o

fisco simplifica e acompanha as transações

comerciais praticamente de forma instantânea o

que dificulta o falseamento de documentos e

operações de interesse do fisco.

4.7.1.2 - NOTA FISCAL ELETRÔNICA DE

SERVIÇO - NFS-E

Intrinsicamente segue as mesmas diretrizes

do modelo da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, porem

devido às peculiaridades de cada município e pela

indisponibilidade de tempo hábil para uma

padronização nacional cada município confecciona

padrões inerentes as suas atividades e legislações

em quanto dure a falta de padrão oficial, onde se

deduz um venturo desuso.

4.7.2 - OBJETIVO

A Nota Fiscal Eletrônica objetiva a

substituição sistemática das atuais operações com

mercadorias entre empresas da emissão do

documento fiscal em papel (modelos 1 e 1-A), pelo

modelo digital através da implantação de um

modelo nacional de documento fiscal eletrônico,

reduzindo custos, simplificando as obrigações

acessórias dos contribuintes e permitindo, ao

mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real

das operações comerciais pelo Fisco.

Destaca-se também, os benefícios da

substituição da nota fiscal em papel pela nota

fiscal eletrônica (forma digital), elencados abaixo:

A) BENEFÍCIO PARA O CONTRIBUINTE

VENDEDOR (EMISSOR DA NF_E)

� Redução de custo de impressão e

aquisição de papel;

� Redução de custo do envio do do-

cumento fiscal;

� Redução de custos no armazena-

mento dos;

� Simplificação das obrigações

acessórias (com dispensa da AIDF);

� Redução de tempo de paradas

dos caminhões de cargas em postos fiscais.

B) BENEFÍCIOS PARA O CONTRIBUINTE

COMPRADOR

� Eliminação de digitação de notas

fiscais de entrada;

� Redução de erros de escrituração

devido à má digitação das notas fiscais manuais;

� Plano de logística por intermédio

das informações antecipadas da NF_e;

C) BENEFÍCIOS PARA OS ADMINISTRADORES

TRIBUTÁRIOS

� Melhoria no processo de controle

fiscal, possibilitando compartilhar informações

entre os fiscos;

� Aumento da confiabilidade da nota

fiscal;

� Diminuição de sonegação e au-

mento da arrecadação;

� Redução de custos no processo

de controle das notas fiscais capturadas pelo fisco

de mercadorias em trânsito.

4.7.3 - DANFE - DOCUMENTO AUXILIAR DA

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NOTA FISCAL ELETRÔNICA

O DANFE é uma representação digital e

simplificada da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, de

forma geral um resumo impresso em papel dela,

onde contenha os principais dados da NF-e. Mas o

DANFE não substitui a Nota Fiscal Eletrônica, pois

ele é um instrumento de auxilio na verificação e

confirmação da Nota Fiscal Eletrônica através da

internet no ambiente das administrações tributárias

nacionais como a Receita Federal do Brasil e as

Secretarias das Fazendas, tendo os seguintes

objetivos:

• Acompanhar o trânsito de mercadorias;

• Colher a firma do destinatário para

comprovação de entrega;

• Auxiliar a escrituração da NF-e pelo

destinatário não emitente de NF-e.

O DANFE deve apresentar um layout pa-

dronizado conforme o modelo disponibilizado no

Manual de Integração mantido pelo Ministério da

Fazenda e deve constar obrigatoriamente o núme-

ro e a série da NF-e, o tipo de operação (Entrada

ou Saída), número total de folhas do documento,

data e horário de saída da mercadoria, placa do

veículo, transportadora, natureza da operação,

descrição das mercadorias, chave de acesso e o

código de barras que permita a leitura por leitor

óptico.

4.7.4 - OBRIGATORIEDADE

Ao contrario do pensamento de muitos, a

obrigatoriedade da adoção ao modelo digital da

NF-e não é pelo CPF ou CNPJ e sim pelas

atividades desempenhadas e dadas pelo CNAE,

onde o Protocolo ICMS 10 de 18 de abril de 2007

e o Protocolo ICMS 42 de 3 de julho de 2009

designa os contribuintes que exercem tais

atividades previstas.

A obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica -

NFe previstas nesses protocolos podem ser resu-

mida da seguinte maneira:

• MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL -

MEI

Não esta obrigado a emissão da NFe,

conforme a Cláusula Primeira, § 2º, VI, do

Protocolo ICMS 10/07 que diz: “VI – o disposto

neste protocolo não se aplica ao

Microempreendedor Individual – MEI, de que trata

o art. 18-A da Lei Complementar 123/2006”.

• DEMAIS EMPRESAS

Qualquer empresa que tenha atividade de

transformação, como indústrias, fábricas etc. ou

empresas que vendam para pessoas físicas ou

jurídicas são obrigadas a emitir Nota Fiscal

Eletrônica.

4.7.4.1 - CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DA

OBRIGATORIEDADE DE EMISSÃO DA NF-E

Conforme Protocolos ICMS 10/07 e 42/2009

estão obrigados a emitir NF-e pela seguinte forma:

a) Em 1º de abril de 2008 – os contribuintes

que exercem as atividades previstas nos incisos I

a V da Cláusula primeira do Protocolo ICMS 10/07;

b) Em 1º de dezembro de 2008 – os

contribuintes que exercem as atividades previstas

nos incisos VI a XIV da Cláusula primeira do

Protocolo ICMS 10/07;

c) Em 1º de abril de 2009 - os contribuintes

que exercem as atividades previstas nos incisos

XV a XXXIX da Cláusula primeira do Protocolo

ICMS 10/07;

d) Em 1º de setembro de 2009 - os

contribuintes que exercem as atividades previstas

nos incisos XL a XCIII da Cláusula primeira do

Protocolo ICMS 10/07;

e) Em 1º de abril de 2010 – os contribuintes

classificados nas CNAE-Fiscal (Classificação

Nacional de Atividade Econômica-Fiscal)

constantes no Protocolo 42/09;

f) Em 1º de julho de 2010 – os contribuintes

classificados nas CNAE-Fiscal (Classificação

Nacional de Atividade Econômica-Fiscal)

constantes no Protocolo 42/09;

g) Em 1º outubro de 2010 – os contribuintes

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classificados nas CNAE-Fiscal (Classificação

Nacional de Atividade Econômica-Fiscal)

constantes no Protocolo 42/09;

h) A partir de 1º de dezembro de 2010 -

conforme Protocolo 42/09, os contribuintes que

realizarem:

� Operações destinadas à Adminis-

tração Pública direta ou indireta, inclusive empresa

pública e sociedade de econômica mista;

� Operações interestaduais.

4.7.5 - PENALIDADES

Tais legislações e regras que definem as

penalidades, não são tão fáceis de identificar, não

estão facilmente acessíveis, pois cada estado

pode definir a sua própria legislação, mas preci-

samos saber que o Fisco está munido de várias

legislações ao seu favor, como por exemplo, a Lei

Nº 8.137, que define os crimes contra a ordem

tributária e a Lei 12.873 que rege sobre multas em

seu artigo 57 para quem deixar de cumprir as obri-

gações acessórias exigidas nos termos do art. 16

da Lei no 9.779, de 19 de janeiro de 1999, ou que

as cumprir com incorreções ou omissões será

intimado para cumpri-las ou para prestar esclare-

cimentos relativos a elas nos prazos estipulados

pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

4.7.6 - LEGISLAÇÃO

As legislações sobre a NF-e sofrem muitas

modificações e atualizações, através de Ajustes

SINIEF, Atos COTEPE, Convênios, Protocolos,

resultando na evolução do projeto desde seu início

e devido tal, para harmonização das Secretarias

de Fazenda dos Estados e Secretaria da Receita

Federal do Brasil sobre a legislação da NF-e, foi

celebrado o Ajuste SINIEF 07/05, pelos Estados,

Distrito Federal e Ministério da Fazenda,

juntamente com a legislação complementar

contida no Ato COTEPE 72/05.

Mas merece destaque os seguintes protoco-

los:

• Protocolos ENAT 03/2005 atribui ao

Encontro Nacional de Coordenadores e

Administradores Tributários Estaduais - ENCAT a

coordenação e a responsabilidade pelo

desenvolvimento e implantação do Projeto NF-e;

• Protocolo ICMS 10 de 18 de abril de 2007

que, dispõe sobre a obrigatoriedade de emissão

de NF-e;

• Protocolo ICMS 42 de 3 de julho de 2009

que estabelece a obrigatoriedade da utilização da

Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em substituição à

Nota Fiscal, modelo 1 ou 1A, pelo critério de

CNAE e operações com os destinatários que

especifica.

4.8 - ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL DAS

CONTRIBUIÇÕES INCIDENTES SOBRE A RE-

CEITA (EFD-CONTRIBUIÇÕES)

4.8.1 - CONCEITO

Mais componente do Sistema Público de

Escrituração Digital – SPED a Escrituração Fiscal

Digital PIS/COFINS ou EFD PIS/COFINS segue as

mesmas premissas de todo projeto Sped, um

arquivo na forma digital produzido pelas empresas

seguindo legislação específica e padrão a ser

adotado como novo modelo de escrituração das

contribuições para o PIS/PASEP e da COFINS

para os regimes de apuração cumulativo e não-

cumulativo sobre as receitas e aquisições

geradoras de créditos.

E visando a amplitude do Sistema Público

de Escrituração Digital a Receita Federal demostra

o lastro dos subprojetos sobre as informações

produzidas pelos contribuintes em geral, inclui-se

nesta a Contribuição Previdenciária sobre a

Receita (CPRB) onde a Escrituração Fiscal Digital

da Contribuição para o PIS e da Contribuição para

o Financiamento da Seguridade Social – COFINS

por consequência alteração, motivada pela

inclusão do INSS sobre a receita, a EFD

PIS/COFINS passa a denominação de

Escrituração Fiscal Digital das Contribuições

incidentes sobre a Receita ou simplesmente EFD-

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Contribuições, nos termos do artigo 2º da

Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março

de 2012.

Art. 2º A Escrituração Fiscal Digital da

Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição

para o Financiamento da Seguridade Social

(Cofins) - (EFDPIS/Cofins), instituída pela

Instrução Normativa RFB nº 1.052, de 5 de julho

de 2010, passa a denominar-se Escrituração

Fiscal Digital das Contribuições incidentes sobre a

Receita (EFD-Contribuições), a qual obedecerá ao

disposto na presente Instrução Normativa,

devendo ser observada pelos contribuintes da:

I - Contribuição para o PIS/Pasep;

II - Cofins; e

III - Contribuição Previdenciária incidente

sobre a Receita de que tratam os arts. 7º a 9º da

Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

(BRASIL, 2011a).

4.8.2 - OBJETIVO

A EFD-Contribuições objetiva a simplifica-

ção e redução as obrigações acessórias e proces-

sos dos registros dos documentos fiscais da escri-

turação e os respectivos demonstrativos de apura-

ção das contribuições para o PIS/Pasep e a Cofins

e dos créditos da não cumulatividade, bem como a

apuração da Contribuição Previdenciária incidente

sobre a Receita Bruta, e outras informações de

interesse econômico-fiscais, onde o contribuinte

irá apresentar em forma digital, com transmissão

via internet, os registros desses documentos fis-

cais.

4.8.3 - PROGRAMA VALIDADOR E ASSINADOR

(PVA)

É um aplicativo que testa o formato e a

consistência das informações de arquivos gerados

pela empresa que devem ser submetido ao

Programa Validador e Assinador – PVA fornecido

pela Receita Federal do Brasil (RFB), devendo

contabilista responsável pela escrituração

certificar-se de que todo conteúdo que deveria

constar no arquivo, onde o PVA disponibiliza

recursos de importação ou criação de uma

escrituração mediante a

digitação/edição/exclusão/adição das informações

dos documentos fiscais e demais operações com

repercussão no campo de incidência das

contribuições sociais e dos créditos da não-

cumulatividade e da Contribuição Previdenciária

sobre a Receita Bruta, referentes a cada período

de apuração das respectivas contribuições

necessárias à escrituração no próprio PVA.

Após conferência e validação, através do

Programa Validador e Assinador – PVA, estes

arquivos devem ser assinados digitalmente pelo

contabilista e os responsáveis legais, onde o PVA

irá consultar os certificados digitais e efetuar a

transmissão do arquivo ao ambiente do SPED

sendo que o PVA utilizará os recursos do

ReceitaNet, que também precisa estar instalado no

computador do contribuinte.

4.8.4 - PROCEDIMENTO PARA UTILIZAÇÃO DO

PVA:

1. Importar o arquivo com o leiaute

da EFD-Contribuições definido pela RFB ou criar

uma nova escrituração, mediante digitação

completa dos dados;

2. Editar via digitação, adição ou

exclusão dos registros criados ou importados;

3. Emissão de relatórios da

escrituração;

4. Validar o conteúdo da escrituração

e indicar dos erros e avisos;

5. Geração do arquivo da EFD-

Contribuições para assinatura e transmissão ao

Sped;

6. Assinar digitalmente utilizando os

Certificados Digitais dos responsáveis legais e

contabilista;

7. Transmitir a escrituração para o

SPED da Receita Federal do Brasil (RFB).

8. Utilizar a rotina "Cópias de

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Segurança" para criar uma cópia de reserva

(backup) no próprio PVA.

4.8.5 - OBRIGATORIEDADE

São obrigadas à escrituração fiscal digital

em referência:

I - em relação à Contribuição para o

PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos

geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de

2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do

Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real;

II - em relação à Contribuição para o

PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos

geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de

2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à

tributação do Imposto sobre a Renda com base no

Lucro Presumido ou Arbitrado;

III - em relação à Contribuição para o

PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos

geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de

2014, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º

e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro

de 1998, e na Lei nº 7.102, de 20 de junho de

1983;

IV - em relação à Contribuição

Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos

geradores ocorridos a partir de 1º de março de

2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as

atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da

Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011,

convertida na Lei nº 12.546, de 2011;

V - em relação à Contribuição Previdenciária

sobre a Receita, referente aos fatos geradores

ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as

pessoas jurídicas que desenvolvam as demais

atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º, e no

Anexo II, todos da Lei nº 12.546, de 2011.

4.8.6 - PRAZOS

A EFD – Contribuições será transmitida

mensalmente ao ambiente do Sped até o 10º

(décimo) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente

ao que se refira a escrituração, inclusive nos casos

de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou

parcial, conforme definido pela Instrução

Normativa RFB nº 1.252, de 2012, art. 7º;

4.8.7 - PENALIDADES

4.8.7.1 - LEI 12.873, DE 24 DE OUTUBRO DE

2013

As multas que serão aplicadas as pessoas

jurídicas de direito privado, as pessoas jurídicas de

direito público e multas relativas às pessoas físicas

que deixar de cumprir as obrigações acessórias

relativas aos impostos e contribuições por ela ad-

ministrados, incluindo os arquivos pertinentes à

escrituração digital – SPED, como transcrição da

Lei 12.873, de 24 de outubro de 2013 abaixo:

I - por apresentação extemporânea:

a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-

calendário ou fração, relativamente às pessoas

jurídicas que estiverem em início de atividade ou

que sejam imunes ou isentas ou que, na última

declaração apresentada, tenham apurado lucro

presumido ou pelo Simples Nacional;

b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por

mês-calendário ou fração, relativamente às demais

pessoas jurídicas;

c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário

ou fração, relativamente às pessoas físicas.

As multas serão reduzidas pela metade,

quando a obrigação acessória for cumprida antes

de qualquer procedimento de ofício e para as em-

presas que tenham utilizado mais de uma forma

de apuração do lucro ou tenha ocorrido algum

evento de reorganização societária na última de-

claração, deverá ser aplicada a multa de que trata

a alínea “b” do inciso I do caput.

II - por não cumprimento à intimação da

Secretaria da Receita Federal do Brasil para cum-

prir obrigação acessória ou para prestar esclare-

cimentos nos prazos estipulados pela autoridade

fiscal: R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-

calendário;

III - por cumprimento de obrigação acessória

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com informações inexatas, incompletas ou omiti-

das:

a) 3% (três por cento), não inferior a R$

100,00 (cem reais), do valor das transações co-

merciais ou das operações financeiras, próprias da

pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos

quais seja responsável tributário, no caso de in-

formação omitida, inexata ou incompleta);

b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cen-

to), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais), do

valor das transações comerciais ou das operações

financeiras, próprias da pessoa física ou de tercei-

ros em relação aos quais seja responsável tributá-

rio, no caso de informação omitida, inexata ou

incompleta.

Caso pessoa jurídica for optante pelo Sim-

ples Nacional, os valores e o percentual referidos

nos incisos II e III deste artigo serão reduzidos em

70% (setenta por cento) e, no caso da pessoa

jurídica for de direito público, serão aplicadas as

multas previstas na alínea “a” do item I, o ietm II e

na alínea “b” do inciso III.

4.8.7.2 - LEI Nº 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE

1990

A não utilização das normas definidas pelo

SPED incorrerá na violação da Lei 8.137/90, que

disciplina os crimes contra a ordem tributária:

Art. 1° Constitui crime contra a ordem tribu-

tária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição

social e qualquer acessório, mediante as seguin-

tes condutas:

I - omitir informação, ou prestar declaração

falsa às autoridades fazendárias;

II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo

elementos inexatos, ou omitindo operação de

qualquer natureza, em documento ou livro exigido

pela lei fiscal;

III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura,

duplicata, nota de venda, ou qualquer outro docu-

mento relativo à operação tributável;

IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou

utilizar documento que saiba ou deva saber falso

ou inexato;

V - negar ou deixar de fornecer, quando

obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente,

relativa a venda de mercadoria ou prestação de

serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em

desacordo com a legislação.

Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,

e multa.

Parágrafo único. A falta de atendimento da

exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez)

dias, que poderá ser convertido em horas em ra-

zão da maior ou menor complexidade da matéria

ou da dificuldade quanto ao atendimento da exi-

gência, caracteriza a infração prevista no inciso V.

4.8.8 - LEGISLAÇÃO

• Decreto no 6.022, de 22 de janeiro de

2007, e alterações posteriores – Instituiu o

Sistema Público de Escrituração Digital – SPED;

• Decreto nº 7.979, de 8 de abril de 2013

Altera o Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de

2007, que instituiu o Sistema Público de

Escrituração Digital – SPED;

• Instrução Normativa RFB nº 1.052, de 5 de

julho de 2010 (D.O.U. 7.7.2010 - Institui a

Escrituração Fiscal Digital do PIS/Pasep e da

Cofins - EFD-Contribuições. (Alterada pela IN RFB

nº 1.085, de 2010 e IN RFB nº 1.161, de 2011);

• Instrução Normativa RFB nº 1.009, de 10

de fevereiro de 2010 (D.O.U. 11.2.2010 - Adota

Tabela de Códigos de Situação Tributária (CST) de

PIS/Pasep e da Cofins;

• Ato Declaratório Cofis nº 34, de 28 de

outubro de 2010 (DOU 1º.11.10 - Aprova o Manual

de Orientação do Leiaute da Escrituração Fiscal

Digital da Contribuição para o PIS/Pasep e da

Cofins (EFD-Contribuições);

• Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1 de

março 2012 (D.O.U. 2.3.2012) - Institui a

Escrituração Fiscal Digital do PIS/Pasep, da Cofins

e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita -

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EFD-Contribuições;

• Ato Declaratório Cofis nº 20, de 14 de

março de 2012 (DOU 16.03.2102 - Aprova o

Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração

Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep,

da Cofins e da Contribuição previdenciária sobre

Receita (EFD-Contribuições).

4.9 - SISTEMA DE ESCRITURAÇÃO FISCAL

DIGITAL DAS OBRIGAÇÕES FISCAIS, PREVI-

DENCIÁRIAS E TRABALHISTAS – ESOCIAL

4.9.1 - CONCEITO

O eSocial (ou EFD-Social) é um sistema

que está sendo criado para recebimento eletrônico

de dados trabalhistas e previdenciários dos

trabalhadores e consiste na geração de um

documento eletrônico nos termos da legislação

brasileira vigente que visa unificar o envio de

informações pelo empregador em relação aos

seus empregados, constando todos os dados

referentes a funcionários e serviços, além de todos

os eventos sociais como a contratação de

empregados, alterações posteriores de cargos,

afastamentos, saídas de férias, atestado de saúde

ocupacional, rescisões de contrato, ações

trabalhistas e dissídios, além da contratação de

prestadores de serviços de pessoas físicas ou

jurídicas.

Sendo mais um dos módulos do Sistema

Público de Escrituração Digital - Sped, tendo uma

ação conjunta entre órgãos e entidades do

governo federal, sendo gerenciado pelo Ministério

do Planejamento na condução do projeto,

promovendo assessoria aos demais entes na

harmonização dos diversos interesses de cada

órgão como:

• Caixa Econômica Federal, Instituto

Nacional do Seguro Social (INSS);

• Ministério da Previdência (MPS);

• Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);

• Secretaria da Receita Federal do Brasil

(RFB).

Ele possuirá o controle sob a contratação de

pessoa física e jurídica, assim como, no controle

de norma de segurança e medicina do trabalho,

processos trabalhistas e tributários, terá todo o

detalhamento da composição das rubricas e cálcu-

los de incidência do INSS, FGTS, RAT, FAP entre

outros, onde o contribuinte prestará informações

do tipo:

• Eventos trabalhistas: é uma ação ou

situação advinda da relação entre empregador e

trabalhador, como por exemplo, a admissão de

empregado, alteração de salário, exposição do

trabalhador a agentes nocivos etc.;

• Folha de Pagamento;

• Retenções de Contribuições

Previdenciárias;

• Ações Judiciais Trabalhistas

• Outras informações tributárias, trabalhistas

e previdenciárias (previstas na lei nº 8212, de

1991, e em Normas Regulamentadoras do

Ministério do Trabalho e Emprego - MTE).

4.9.2 - OBJETIVO

O eSocial tem como principal objetivo tornar

mais transparente a relação entre empregador e

empregados, facilitando a fiscalização dos direitos

trabalhistas e previdenciários, eliminando

informações redundantes e burocráticos,

obrigando o cumprimento das obrigações legais.

4.9.3 - OBRIGATORIEDADE

A Resolução Comitê Diretivo do eSocial Nº

1 de 24/06/2015 dispõe o cronograma de

implantação do eSocial conforme abaixo:

I - A transmissão dos eventos do emprega-

dor com faturamento no ano de 2014 acima de r$

78.000.000,00 (setenta e oito milhões reais) deve-

rá ocorrer

a) A partir da competência setembro de

2016, obrigatoriedade de prestação de

informações por meio do eSocial, exceto as

relacionadas na alínea (b);

b) A partir da competência janeiro de 2017,

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obrigatoriedade da prestação de informação

referente à tabela de ambientes de trabalho,

comunicação de acidente de trabalho,

monitoramento da saúde do trabalhador e

condições ambientais do trabalho.

II - A transmissão dos eventos para os de-

mais obrigados ao eSocial deverá ocorrer:

a) A partir da competência janeiro de 2017,

obrigatoriedade de prestação de informações por

meio do eSocial, exceto as relacionadas na alínea

(b);

b) A partir da competência julho de 2017,

obrigatoriedade da prestação de informação

referente à tabela de ambientes de trabalho,

comunicação de acidente de trabalho,

monitoramento da saúde do trabalhador e

condições ambientais do trabalho.

§ 1º O tratamento diferenciado, simplificado

e favorecido a ser dispensado às microempresas e

empresas de pequeno porte, ao Micro

Empreendedor Individual (MEI) com empregado,

ao empregador doméstico, ao segurado especial e

ao pequeno produtor rural pessoa física será

definido em atos específicos observados os prazos

previstos no caput.

Com a implementação da Emenda Constitu-

cional nº 72/2013, as administrações tributárias

competentes terão controle também sob os traba-

lhadores domésticos. Logo, o eSocial atingirá to-

das as empresas e empregadores de forma pro-

gressiva, será uma obrigação para as empresas

de todos os portes até para empregadores domés-

ticos.

4.9.4 - BENEFÍCIOS

Com a padronização e concentração das in-

formações num banco de dados único, possibili-

tando ao eSocial a automação e transmissão das

informações de empregadores e empregados no

cumprimento das diversas obrigações trabalhistas,

previdenciárias e tributárias atualmente existentes

a vários órgãos do governo participantes a elimi-

nação de informações redundantes e processos

burocráticos, permitindo uma fiscalização mais

eficiente e, possibilitando ainda, a substituição, ou

a extinção gradual de obrigações como CAGED,

DIRF, RAIS, SEFIP/GFIP dentre outras, reduzindo

a redundância de envio de informações por parte

das empresas.

4.9.5 - LEGISLAÇÃO

• Decreto Nº 8.373 de 11 de Dezembro de

2014 - Institui o Sistema de Escrituração Digital

das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e

Trabalhistas - eSocial e dá outras providências.

• Resolução CG/ESOCIAL Nº 1 DE

20/02/2015 - Dispõe sobre o Sistema de

Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,

Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).

• Emenda Constitucional Nº 72 de 2 de Abril

de 2013 - Altera a redação do parágrafo único do

art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a

igualdade de direitos trabalhistas entre os

trabalhadores domésticos e os demais

trabalhadores urbanos e rurais.

4.10 - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL –

ECF

4.10.1 - CONCEITO

A Escrituração Contábil Fiscal - ECF,

consiste em mais uma obrigação acessória que

faz parte das etapas do projeto SPED, objetivando

interligar os dados contábeis, fiscais que

influenciem na composição da base de cálculo da

apuração do IRPJ e da CSLL substituindo a

Declaração de Informações Econômico-Fiscais da

Pessoa Jurídica - DIPJ e a impressão do Livro de

Apuração do Lucro Real, o Lalur.

A ECF possibilita o cruzamento massivo de

informações entre outros módulos do Sistema

Público de Escrituração Digita, tornando mais hábil

e eficiente o processo de fiscalização através do

cruzamento de dados digital.

Sendo composta em 14 blocos, cada um

com sua peculiaridade o que a torna bem

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complexa, porém estes blocos separam e

classificam as informações originárias, gerando as

informações corretas no momento do lançamento,

vendo que dados constantes na Escrituração

Contábil Digital - ECD são importados para a ECF.

4.10.2 - PROGRAMA VALIDADOR E

ASSINADOR (PVA)

É um aplicativo que testa o formato e a

consistência das informações de arquivos gerados

pela empresa que devem ser submetido ao

Programa Validador e Assinador – PVA fornecido

pela Receita Federal do Brasil (RFB), devendo

contabilista responsável pela escrituração

certificar-se de que todo conteúdo que deveria

constar no arquivo, onde o PVA disponibiliza o

recurso de visualização e impressão em papel dos

relatórios visualizados para conferência das

informações presentes no arquivo digital.

Após conferência e validação, através do

Programa Validador e Assinador – PVA, estes

arquivos devem ser assinados digitalmente pelo

contabilista e os responsáveis legais, onde o PVA

irá consultar os certificados digitais e efetuar a

transmissão do arquivo ao ambiente do SPED

sendo que o PVA utilizará os recursos do

ReceitaNet, que também precisa estar instalado no

computador do contribuinte.

4.10.3 - PROCEDIMENTO PARA UTILIZAÇÃO

DO PVA:

1. Validar o arquivo.

2. Visualizar a escrituração para

conferência das informações.

3. Assinar digitalmente utilizando os

Certificados Digitais dos responsáveis legais e

contabilista.

4. Gerar e assinar o requerimento

para autenticação, dirigido à Junta Comercial, e

obter a guia de recolhimento da taxa.

5. Pagar a taxa cobrada pela Junta

Comercial utilizando a guia obtida no item anterior.

6. Transmitir a escrituração para o

SPED da Receita Federal do Brasil (RFB) e obter

o respectivo recibo.

7. Utilizar a rotina "Cópias de

Segurança" para criar uma cópia de reserva

(backup) no próprio PVA.

4.10.4 - OBRIGATORIEDADE

São obrigadas ao preenchimento da ECF

todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e

isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro

arbitrado ou lucro presumido, exceto:

I - As pessoas jurídicas optantes pelo Regi-

me Especial Unificado de Arrecadação de Tributos

e Contribuições devidos pelas Microempresas e

Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional),

de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de

dezembro de 2006;

II - Os órgãos públicos, às autarquias e às

fundações públicas;

III - As pessoas jurídicas inativas de que tra-

ta a Instrução Normativa RFB nº 1.536, de 22 de

dezembro de 2014; e

IV - As pessoas jurídicas imunes e isentas

que, em relação aos fatos ocorridos no ano-

calendário, não tenham sido obrigadas à apresen-

tação da Escrituração Fiscal Digital da Contribui-

ção para o PIS/Pasep, da Contribuição para o

Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da

Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD-

Contribuições), nos termos da Instrução Normativa

RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012.

4.10.5 - PRAZOS

ECF - Escrituração Contábil Fiscal tem

prazo final de entrega estipulado

para 30.09.2015, relativamente ao ano

calendário 2014, conforme definido pelo art. 3º

da Instrução Normativa RFB 1.422/2013, na

redação dada pela Instrução Normativa RFB

1.524/2014.

De forma geral para aquelas empresas

impostas ao envio da Escrituração Contábil Fiscal

ao ambiente do Sistema Público de Escrituração

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Digital, deverão entregar a ECF anualmente até o

último dia útil do mês de setembro,

correspondente ao ano do exercício anterior.

4.10.6 - PENALIDADES

A Lei nº 12.973/14 altera o Decreto-Lei

no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, onde rege

as novas penalidades para as empresas, nesse

caso, as obrigadas à entrega da ECF - Escritura-

ção Contábil Fiscal, que apresentar com inexati-

dões, incorreções, omissões ou deixar de apresen-

ta-la, fica sujeito às seguintes multas:

I - equivalente a 0,25% (vinte e cinco centé-

simos por cento), por mês-calendário ou fração, do

lucro líquido antes do Imposto de Renda da pes-

soa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido, no período a que se refere a apuração,

limitada a 10% (dez por cento) relativamente às

pessoas jurídicas que deixarem de apresentar ou

apresentarem em atraso o livro; e

II - 3% (três por cento), não inferior a R$

100,00 (cem reais), do valor omitido, inexato ou

incorreto.

§ 1o A multa de que trata o inciso I

do caput será limitada em:

I - R$ 100.000,00 (cem mil reais) para as

pessoas jurídicas que no ano-calendário anterior

tiverem auferido receita bruta total, igual ou inferior

a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil

reais);

II - R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais)

para as pessoas jurídicas que não se enquadra-

rem na hipótese de que trata o inciso I deste pará-

grafo.

§ 2o A multa de que trata o inciso I

do caput será reduzida:

I - em 90% (noventa por cento), quando o li-

vro for apresentado em até 30 (trinta) dias após o

prazo;

II - em 75% (setenta e cinco por cento),

quando o livro for apresentado em até 60 (sessen-

ta) dias após o prazo;

III - à metade, quando o livro for apresenta-

do depois do prazo, mas antes de qualquer proce-

dimento de ofício; e

IV - em 25% (vinte e cinco por cento), se

houver a apresentação do livro no prazo fixado em

intimação.

§ 3o A multa de que trata o inciso II

do caput:

I - não será devida se o sujeito passivo cor-

rigir as inexatidões, incorreções ou omissões antes

de iniciado qualquer procedimento de ofício; e

II - será reduzida em 50% (cinquenta por

cento) se forem corrigidas as inexatidões, incorre-

ções ou omissões no prazo fixado em intimação.

§ 4o Quando não houver lucro líquido, antes

do Imposto de Renda e da Contribuição Social, no

período de apuração a que se refere a escritura-

ção, deverá ser utilizado o lucro líquido, antes do

Imposto de Renda e da Contribuição Social do

último período de apuração informado, atualizado

pela taxa referencial do Sistema Especial de Li-

quidação e de Custódia - Selic, até o termo final

de encerramento do período a que se refere a

escrituração.

4.10.7 - LEGISLAÇÃO

• Decreto no 6.022, de 22 de janeiro de

2007, e alterações posteriores – Instituiu o

Sistema Público de Escrituração Digital - SPED.

• Decreto nº 7.979, de 8 de abril de 2013

Altera o Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de

2007, que instituiu o Sistema Público de

Escrituração Digital - Sped

• Instrução Normativa RFB no 1.420, de 19

de dezembro de 2013, e alterações posteriores –

Dispõe sobre a Escrituração Contábil Digital

(ECD).

• Instrução Normativa RFB no 1.422, de 19

de dezembro de 2013, e alterações posteriores –

Dispõe sobre a Escrituração Contábil Fiscal (ECF).

• Ato Declaratório Executivo Cofis no 60, de

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26 de agosto de 2015 – Dispõe sobre o Manual de

Orientação do Leiaute da Escrituração Contábil

Fiscal (ECF).

5 - CONCLUSÃO

Por se tratar de objeto de discurso recente,

mas de aplicabilidade em pleno decurso, mesmo

com suas atualizações, novas inclusões ou ate

mesmo exclusões de módulos inerentes ao projeto

SPED, onde este depara-se com a realidade

tecnológica imposta pelas autoridades tributárias

frente a escassez de qualificação dos

profissionais, não restringindo-se apenas a área

contábil como também as demais áreas envolvidas

para suporte e implementação de tal projeto.

Além de matéria “nova”, o Sistema Público

de Escrituração Digital vem causando exigências

de caráter urgente, o SPED requer alterações na

forma das empresas gerirem suas atividades o

que também faz-se necessitar de profissionais

atualizados sobre o assunto, onde tem-se este

como “ponto crucial” na dificuldade de sua

implementação, o que potencializa o risco iminente

de fortes penalidades fiscais.

Outrora, essa revolução trás enormes

benefícios para a profissão contábil, aonde a

contabilidade nos últimos anos vem passando por

profundas adaptações, em outras vistas, uma

evolução para a profissão, sendo inegável a

requalificação do contador ou dos escritórios de

contabilidade para que faça jus ao momento

especial e, com mesma valia para as empresas

que passam a fazer parte integrante ao projeto

SPED.

O Sistema Público de Escrituração Digital –

SPED “impacta” e causa profundas modificações

no sistema logístico de fiscalização tributária, onde

por um lado facilita as atividades desempenhadas

pelas autoridades tributárias, pois há mais

agilidade na troca e cruzamento de informações,

consequente de uma única base de informação,

seu banco de dados centralizado. Desta forma e,

graças à formalização de produções de

informações em configurações digitais, implicando

na decorrência da desburocratização e

significativamente, o aumento da confiabilidade

destas inúmeras informações, por outro lado, tem-

se um aumento no volume de dados a serem

fiscalizados e, juntamente, os contribuintes, sendo

ele pessoa física ou jurídica, associados a tais

processos.

Adaptar-se ao novo modelo fiscal

compulsivo é imprescindível a todos os

contribuintes. Numa ótica arrecadatória “fecha-se

o cerco” aos contribuintes desleais ou

sonegadores, em uma segunda visão, “mais

branda”, dar-se a necessidades dos mesmos

estruturem-se e, consequentemente, investirem

qualitativamente, seja em tecnologia ou

operacionalmente, mesmo que sejam impelidos

compulsoriamente. É inegável que para moldar-se

ao SPED trás o melhoramento organizacional

empresarial, onde concerne ao próprio contribuinte

extrair o máximo proveito, em seu benefício, desta

situação tecnológica digital e, além de provir novas

oportunidades numa gama de atividades no

envoltório dessa padronização fiscal digital.

É nítido o aumento do poder da fiscalização

através do sistema SPED, sendo ele, bem além de

um conjunto de obrigações assessórias, onde sua

ideologia é de ser um poderoso banco de dados

geral que reúne todas as informações produzidas

pelas atividades comerciais das empresas e, uma

vez tendo em posse todos os dados das

transações financeiras, trabalhistas, entre outras,

reunidas em um único local e, através de um

“supercomputador” capaz de fazer cruzamentos de

grandes volumes informações em milésimos de

segundo, põe em “xeque” todas as intenções de

burlar as autoridades tributárias.

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AGRADECIMENTOS:

Agradeço primeiramente a minha família pe-

la paciência, aos professores que são alguns dos

exemplos de motivação e conduta de profissionais.

Bem como a todos que de alguma forma

nos ajudaram direta e indiretamente para a reali-

zação deste artigo.

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2011.Disponível em:

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em:<https://www.oficioeletronico.com.br/Downloads/CartilhaCertificacaoDigital.pdf.>. Acesso em:

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7. INFRAESTRUTURA DE CHAVES PÚBLICAS BRASILEIRA (ICP-BRASIL). Disponível

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8. Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990. Define crimes contra a ordem tributária, econômica e

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10. Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014. Altera a legislação tributária federal relativa ao Imposto

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Centro de Ciências Aplicadas, Departamento de Ciências Contábeis. Natal 2012.

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