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0 Solução Logística Multi-Modal CNPJ nº 07.750.356/0001-91 Av. São João, s/n, Ibaté, SP Estudo de Viabilidade A Multimode – Solução Logística Multi-Modal Ltda (“Multimode”), sociedade empresaria limitada localizada no Município de Ibaté, Estado de São Paulo, tem por objetivo a prestação de serviços de armazém geral de produtos agropecuários, com emissão de certificados de depósito agrário (“CDA”) e warrants agrário (“WA”). O contrato social da sociedade e seu regulamento interno, bem como a nomeação do fiel depositário encontram-se arquivados na Junta Comercial de São Paulo. As informações contidas nesse prospecto foram elaboradas pela Consultoria por meio de estudos, pesquisas e contatos diretos com fontes idôneas e fidedignas. A estrutura societária e as possibilidades de investimento no setor de armazenagem e a capitalização de recursos, seja por meio de financiamento, parcerias e aporte de capital, foram elaborados de acordo com a ligislação vigente. A Multimode está em conformidade com a legislação brasileira aplicável ao seu objeto social, incluindo, mas não se limitando à Lei nº 9.973, de 29 de maio de 2000, Decreto nº 3.855, de 3 de julho de 2001 e Instrução Normativa nº 70 de 28 de dezembro de 1998 do DNRC. Consultoria Consultores Jurídicos Maio de 2006.

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0

Solução Logística Multi-Modal

CNPJ nº 07.750.356/0001-91

Av. São João, s/n, Ibaté, SP

Estudo de Viabilidade

A Multimode – Solução Logística Multi-Modal Ltda (“Multimode”), sociedade empresaria limitada

localizada no Município de Ibaté, Estado de São Paulo, tem por objetivo a prestação de serviços de

armazém geral de produtos agropecuários, com emissão de certificados de depósito agrário (“CDA”) e

warrants agrário (“WA”). O contrato social da sociedade e seu regulamento interno, bem como a nomeação

do fiel depositário encontram-se arquivados na Junta Comercial de São Paulo.

As informações contidas nesse prospecto foram elaboradas pela Consultoria por meio de estudos,

pesquisas e contatos diretos com fontes idôneas e fidedignas. A estrutura societária e as possibilidades de

investimento no setor de armazenagem e a capitalização de recursos, seja por meio de financiamento,

parcerias e aporte de capital, foram elaborados de acordo com a ligislação vigente.

A Multimode está em conformidade com a legislação brasileira aplicável ao seu objeto social,

incluindo, mas não se limitando à Lei nº 9.973, de 29 de maio de 2000, Decreto nº 3.855, de 3 de julho de

2001 e Instrução Normativa nº 70 de 28 de dezembro de 1998 do DNRC.

Consultoria Consultores Jurídicos

Maio de 2006.

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ÍNDICE

1 Partes Relacionadas........................................................................................................................... 3 1.1 Sociedade: Multimode – Solução Logística Ltda..................................................................... 3 1.2 Sócios: ..................................................................................................................................... 3 1.3 Consultores .............................................................................................................................. 3 1.3.1 Fioravante Consultoria Empresarial ........................................................................................ 3 1.3.2 Russo, Maruyama, Okada Advogados Associados – Consultor Legal. .................................. 3

2 Breve Histórico ................................................................................................................................... 4 3 Características do Imóvel .................................................................................................................. 5

3.1 Localização .............................................................................................................................. 5 3.2 Fotos do Imóvel: ...................................................................................................................... 5 3.3 Planta ....................................................................................................................................... 6 3.4 Descritivo da Área.................................................................................................................... 6 3.4.1 Croqui....................................................................................................................................... 6 3.5 Acessos Disponíveis................................................................................................................ 7

4 Setor de Armazéns ............................................................................................................................. 8 4.1 Mercado Brasileiro ................................................................................................................... 8 4.2 Operacional............................................................................................................................ 10 4.3 Reestruturação do Setor Brasileiro........................................................................................ 11 4.4 Movimentos Recentes ........................................................................................................... 12 4.5 Importações e Exportações ................................................................................................... 12

5 Armazém Geral Agropecuário de Ibaté - Multimode..................................................................... 14 5.1 Características do Imóvel ...................................................................................................... 14 5.2 Localização Geográfica do Prédio......................................................................................... 15 5.2.1 O município de Ibaté, a Produtividade e a Sazonalidade Agrícola na Região...................... 15 5.3 Infra-Estrutura de Transportes............................................................................................... 15

6 Informações Específicas Sobre a Indústria do Açúcar ................................................................ 16 7 Potenciais Parcerias Estratégicas .................................................................................................. 19

7.1 Contatos Realizados com os Potenciais Clientes e Operadores. ......................................... 21 7.2 Relação dos Contatos Realizados......................................................................................... 22 7.2.1 Setor de Açúcar ..................................................................................................................... 22 7.2.2 Setor de Derivados da Laranja .............................................................................................. 23 7.3 Operadores de Logística e Corretoras .................................................................................. 24

8 Estudos Financeiros ........................................................................................................................ 25 8.1 Visão Geral das Condições Macroeconômicas ..................................................................... 25 8.2 Metas a Serem Atingidas....................................................................................................... 26 8.3 Principais Ganhos de Qualidade e Produtividade a Serem Obtidos com a Realização do Projeto 26 8.3.1 Ganhos de Qualidade – Certificação..................................................................................... 26 8.3.2 Inovações Tecnológicas ........................................................................................................ 27 8.3.3 Empregos Diretos e Indiretos a Serem Gerados pelo Projeto .............................................. 27 8.4 Principais Receitas e Despesas Vinculadas ao Projeto ........................................................ 28 8.4.1 Sazonalidade da Produção de Açúcar .................................................................................. 28 8.4.2 Principais Receitas da Operação .......................................................................................... 28 8.4.3 Capacidade de Armazenagem (Fase 1)................................................................................ 29 8.4.4 Projeção de Receitas............................................................................................................. 29 8.4.5 Despesas Pertinentes ao Empreendimento .......................................................................... 30 8.4.6 Custos e Despesas fixas projetadas para o empreendimento .............................................. 30 8.4.7 Custos e Despesas Variáveis projetadas para o empreendimento....................................... 31

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8.5 Análise de rentabilidade......................................................................................................... 32 9 Implementação da Operação........................................................................................................... 34

9.1 Fase I ..................................................................................................................................... 34 9.2 Fase II .................................................................................................................................... 40

10 Armazenagem de Álcool .................................................................................................................. 41 10.1 Estudo de Mercado................................................................................................................ 41 10.1.1 Informações Específicas sobre o Setor ................................................................................. 41 10.1.2 Iniciativas do Governo Brasileiro ao Setor............................................................................. 41 10.1.3 Produção de Álcool no Brasil................................................................................................. 42 10.1.4 Mercado Externo.................................................................................................................... 42 10.1.5 Protocolo de Kyoto e o Mercado Externo .............................................................................. 43 10.1.6 Investimentos Externos no Mercado Interno ......................................................................... 43 10.1.7 Novos usos para o Álcool ...................................................................................................... 43 10.2 Armazém de Álcool em Ibaté - Multimode............................................................................. 44 10.2.1 Planta do Imóvel .................................................................................................................... 45 10.3 Estudo de Viabilidade Econômica ......................................................................................... 45 10.3.1 Premissas .............................................................................................................................. 45 10.3.2 Receitas ................................................................................................................................. 46 10.3.3 Custos .................................................................................................................................... 46 10.3.4 Demonstrações Financeiras .................................................................................................. 46

ANEXO A Contrato Social ............................................................................................................................... 51 ANEXO B Regimento Interno .......................................................................................................................... 57 ANEXO C Termo de Nomeação de Fiel Depositário ...................................................................................... 73 ANEXO D Contrato de depósito ...................................................................................................................... 75 ANEXO E Lei 9973 de 2000 e Decreto 3885 de 2001.................................................................................... 79

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1 Partes Relacionadas

1.1 Sociedade: Multimode – Solução Logística Ltda

A Multimode – Solução Logística Multi-Modal Ltda é uma pessoa jurídica classificada como sociedade empresária, regular do tipo limitada, constituída em 05 de dezembro de 2005], em conformidade com os preceitos estabelecidos pela Lei 10.406/04.

Sua atividade preponderante é Armazém Geral de Produtos Agropecuários .

A Multimode tem sede na Cidade de Ibaté, Estado de São Paulo, na Av. São João, s/n, Vila Bandeirantes, CEP 14815-000.

1.2 Sócios:

Empar Americana Empreendimentos e Participações Ltda (“Empar”), sociedade limitada com sede na Rua Doutor Cândido Cruz, 112, Centro, CEP 13.473-620, cidade de Americana, Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ/MF n.50.165.760/0001-27 e Inscrição Estadual n.165.061.120.119, constituída em 11/05/1982. Ramo de Atividade – Empreendimentos e Participações, Incorporações e Venda de Imóveis Próprios.

Antônio Ezequiel Miranda Pompeu, brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado na cidade de Americana, Estado de São Paulo, na Rua Antônio Zanaga, 483, bairro Bela Vista, CEP 13471-611, portador da cédula de identida RG nº 6281685 e inscrito sob CPF nº 434.868-04.

1.3 Consultores

1.3.1 Fioravante Consultoria Empresarial Empresa de consultoria com foco em processos de suprimento até a área de distribuição, buscando agregar valor de posição, de tempo e de organização aos bens. Tem como estratégia a definição de objetivos financeiros e logísticos, de canais e de serviços, projetos estratégicos e implementação.

Busca permanente e compartilhada de políticas e procedimentos comuns que atendam os clientes e seus fornecedores sustentados por interfaces de sistemas de informações.

ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO: Movimentação de Materiais; Gestão Integrada de Estoques; Informações Eletrónicas com clientes e fornecedores; Manuseio de Materiais; Gestão de Transportes; Follow-up de compras.

1.3.2 Russo, Maruyama, Okada Advogados Associados – Consultor Legal. Russo, Maruyama, Okada Advogados Associados é um escritório de advocacia com atividades voltadas para a prestação de serviços jurídicos a empresas e corporações, na área consultiva e contenciosa, fundado no ano de 1969, na cidade de São Paulo.

Apresenta forte atuação na área empresarial com ênfase no mercado de capitais, contando com profissionais com ampla experiência adquirida em instituições financeiras de primeira linha e com a colaboração de prestadores de serviço atuantes na área de auditoria e planejamento tributário.

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2 Breve Histórico

A Empar, por atuar e acreditar no ramo de armazenagem, identificou a oportunidade de adquirir o imóvel da antiga MPL Motores (empresa vinculada ao extinto grupo da CBT – Companhia Brasileira de Tratores) para implementação de um armazém geral voltado a agropecuária, pois as condições apresentadas, tanto pelo imóvel como pela localização são favoráveis ao empreendimento.

A aquisição foi celebrada entre a Empar e a Cooperativa dos Funcionários da MPL Motores, sendo que após esta data, a Empar empenhou-se em regularizar a situação do imóvel em todos os níveis, o que ocorreu ao final do ano de 2004.

Após este período, iniciaram-se os trabalhos de identificação da real vocação comercial do imóvel, levando-se em consideração a (i) área do terreno; (ii) área construída; (iii) tipo e características da edificação; (iv) localização geográfica; (v) logística disponível; (vi) mercado agrícola da região; (vii) mercado agrícola e produtos do corredor Ibaté; (viii) investimento necessário ao início das operações; (ix) tipo de operação que será explorada; (x) fases de implementação do empreendimento; e (xi) rentabilidade do negócio.

Conforme se verifica nesse prospecto, a exploração da atividade comercial de armazenagem de produtos agrícolas em Ibaté demonstrou-se recomendável, o que é gratificante, pois vislumbra a oportunidade de restaurar a atividade comercial em um imóvel construído para gerar desenvolvimento.

O encerramento das atividades da antiga CBT – Companhia Brasileira de Tratores teve um grande impacto negativo na região de São Carlos, principalmente na cidade de Ibaté, onde localizava-se a MPL, fundição do grupo CBT considerada a maior e mais moderna da América Latina na época da sua inauguração, responsável por centenas de empregos especializados que pagavam as melhores remunerações da categoria, equiparando-se em rendimentos e benefícios aos profissionais da Petrobrás.

Posteriormente, a fundição passou a fabricar motores, passando a ostentar o posto de maior empresa fabricante de motores a diesel do Brasil, trazendo desenvolvimento e recursos à região. A qualidade e quantidade das peças produzidos em Ibaté propiciaram a MPL-Motores exportar e vendedor seus produtos as multinacionais mais exigentes, como por exemplo, a Clark.

A desativação das atividades da fundição e da fábrica de motores em meados da década de 90 limitou a oferta de empregos de qualidade na cidade, o que a Empar, por meio do projeto que a seguir passa a expor, tenta restaurar de forma consciente e duradoura, colaborando com o desenvolvimento da cidade e da região.

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3 Características do Imóvel

3.1 Localização

O imóvel encontra-se localizado na Rodovia Washington Luiz, no Município de Ibaté, região de São Carlos (20 Km após) e Araraquara (25 Km antes)

3.2 Fotos do Imóvel:

i. 978 metros de cumprimento margeando a Rodovia Washington Luiz;

ii. 70 m livre de cumprimento entre a pista e a construção por toda a extensão;

iii. Acesso da pista oposta por retorno especialmente construído sob a rodovia, a ferrovia e o galpão de 10.000 m2;

iv. A entrada principal do imóvel é por uma das principais avenidas da cidade;

v. Os fundos representam uma grande área que pode ser aproveitada futuramente para a implementação de silos metálicos;

vi. Ao lado direita da foto está localizado a área que corresponde, aproximadamente, a 150.000 m2, mais que o suficiente para a expansão projetada do imóvel.

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3.3 Planta

3.4 Descritivo da Área

As características físicas incluem

i. um terreno de 323.000 m²;

ii. área construída de 27.500 m² distribuídas em três galpões;

iii. 1 galpão de 50x100 - com 5.000 m² - pé direito de 11,5m,

iv. 1 galpão de 50x200 - com 10.000 m² - pé direito de 11,5m; e

v. 1 galpão de 50x250 - com 12.500 m² - pé direito de 21m.

3.4.1 Croqui

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3.5 Acessos Disponíveis

Mapa da Linha Ferroviária Periférica

Mapas das Principais Rodovias Periféricas

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4 Setor de Armazéns

4.1 Mercado Brasileiro

A produção de grãos constitui-se um dos principais segmentos do setor agrícola em todo o mundo. Culturas como a soja, o milho, o trigo, o arroz e o açúcar, entre outras, representam fonte segura de alimentação para muitos países. Somente no Brasil, toda a produção de grãos representou, em 2001, cerca de 110 milhões de toneladas (CONAB, 2003).

Toda safra de grãos, após a colheita precisa ser direcionada a um destino, o que envolve local de armazenamentos. Processo de suma importância, o armazenamento esta diretamente ligado à conservação e qualidade do grão. Ademais, este tem sido um dos principais problemas enfrentados por produtores de grãos de todo o mundo, que por falta de condições propícias de acondicionamento de sua colheita amargam grandes perdas.

O Brasil representa um grande mercado para a venda de silos e máquinas e equipamentos para armazenagem de grãos. Além da necessidade de implantação de novos terminais e unidades coletoras, o país recente de remodelação de boa parte das unidades instaladas. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2002) indicam que as perdas com a armazenagem de grãos da safra brasileira chegam a 10% do total colhido em função do mau acondicionamento.

Existem no Brasil, 13,3 mil terminais de recebimento com capacidade de armazenamento em torno de 87,5 milhões de toneladas de grãos. A participação das cooperativas em termos da capacidade total de estocagem chegou a 24%, demais terminais (silos metálicos e instalações fixas de alvenaria) somam, aproximadamente, 70% (MAARA, 2003).

CAPACIDADE ESTÁTICA DE ARMAZENAGEM CADASTRADA RESUMO TOTAL BRASIL

Emissão: 19/08/2005

CONVENCIONAL GRANEL TOTAL SITUAÇÃO CADASTRAL UA's CAPAC. (t) UA's CAPAC. (t) UA's CAPAC. (t)

CREDENCIADOS 409 2.079.840 632 11.920.270 1.041 14.000.110

DESCREDENCIADOS 284 1.063.550 317 4.042.460 601 5.106.010

APTOS SEM CONTRATO 1.457 4.768.460 893 9.891.370 2.350 14.659.830

IMPEDIDOS 4.732 16.766.000 5.120 45.955.690 9.852 62.721.690

IRREGULARES SICAF 271 1.120.830 403 6.573.510 674 7.694.340

TOTAL CADASTRADO 7.153 25.798.680 7.365 78.383.300 14.518 104.181.980

FONTE: CONAB/SUARM/GECAD e-mail: [email protected]

DISTRIBUIÇÃO DA CAPACIDADE

POR SITUAÇÃO CADASTRAL

CREDENCIADOS: 13,4%

DESCREDENCIADOS: 4,9%

APTOS SEM CONTRATO:

14,1%

IMPEDIDOS: 60,2%

IREEGULARES SICAF:

7,4%

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TOTAL DA CAPACIDADE ESTÁTICA Todos os cadastrados

Emissão:

19/08/2005

Convencionais Graneis Totais Regiões

Qtde Capacidade Qtde Capacidade Qtde Capacidade

Centro-Oeste

Distrito Federal 33 100.240 19 212.820 52 313.060

Goiás 348 1.635.360 430 9.511.710 778 11.147.070

Mato Grosso 614 3.395.450 825 12.586.670 1439 15.982.120

Mato Grosso do Sul 222 711.770 503 5.132.380 725 5.844.150

Totais Região 1217 5.842.820 1777 27.443.580 2994 33.286.400

Nordeste

Alagoas 51 246.640 10 39.650 61 286.290

Bahia 381 667.880 187 2.224.400 568 2.892.280

Ceará 86 231.740 11 143.440 97 375.180

Maranhão 53 162.200 55 820.340 108 982.540

Paraíba 28 55.620 2 11.450 30 67.070

Pernambuco 66 491.280 39 203.950 105 695.230

Piauí 52 75.120 11 73.880 63 149.000

Rio Grande do Norte 19 67.210 1 4.500 20 71.710

Sergipe 4 10.750 1 5.750 5 16.500

Totais Região 740 2.008.440 317 3.527.360 1057 5.535.800

Norte

Acre 14 28.430 0 0 14 28.430

Amapá 1 820 0 0 1 820

Amazonas 16 36.100 0 0 16 36.100

Pará 120 230.690 23 66.720 143 297.410

Rondônia 79 209.650 17 231.860 96 441.510

Roraima 5 12.510 2 6.380 7 18.890

Tocantins 126 693.740 55 591.750 181 1.285.490

Totais Região 361 1.211.940 97 896.710 458 2.108.650

Sudeste

Espírito Santo 64 431.710 15 485.810 79 917.520

Minas Gerais 717 2.428.260 297 3.898.110 1014 6.326.370

Rio de Janeiro 20 142.230 8 95.250 28 237.480

São Paulo 887 5.329.830 356 4.529.280 1243 9.859.110

Totais Região 1688 8.332.030 676 9.008.450 2364 17.340.480

Sul

Paraná 1406 4.988.520 1478 16.425.380 2884 21.413.900

Rio Grande do Sul 1470 2.871.850 2598 18.345.800 4068 21.217.650

Santa Catarina 271 543.080 422 2.736.020 693 3.279.100

Totais Região 3147 8.403.450 4498 37.507.200 7645 45.910.650

TOTAIS BRASIL 7153 25.798.680 7365 78.383.300 14518 104.181.980 FONTE: CONAB/SUARM/GECAD e-mail: [email protected]

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4.2 Operacional

Estruturalmente, uma rede de armazenagem de grãos apresenta-se como elemento indispensável ao incentivo da produção agrícola, sendo esta constituída de estruturas destinadas a receber a produção de grãos, conservá-los e redistribuí-los posteriormente. As unidades armazenadoras podem ser classificadas sob três critérios:

Entidades a que pertencem (órgãos governamentais, cooperativas e particulares);

Localização (terminais, unidades coletoras, fazendas);

Tipos de edificação (convencional e a granel): as edificações convencionais destinam-se à armazenagem de produtos acondicionados em embalagens, como, por exemplo, sacarias, enquanto as do tipo a granel dispensam o uso de embalagens caracterizando-se por estruturas em silos metálicos, silos em concreto ou armazéns graneleiros.

Em termos de cadeia, o processo de armazenagem contempla uma série de etapas, dado que o acondicionamento do grão não pode ser feito de forma direta, colheita-armazenagem, pois necessita ser preparado visando obter o aproveitamento total diminuindo possíveis perdas. As etapas que antecedem o armazenamento são:

Pré-limpeza – retirada de impurezas existentes na massa de grãos;

Secagem convencional – os grãos são submetidos a correntes de ar aquecido por geradores de calor (fornalhas), a partir dos mais diversos tipos de secadores mecânicos;

Transporte e descarga – após as etapas de preparação, o produto é transferido para o interior do armazém por meio de correias transportadoras onde a descarga é processada;

Durante o armazenamento propriamente dito, as operações realizadas para adequada conservação do produto são:

Aeração - movimento forcado de ar através da massa de grãos, diminuindo e uniformizando a temperatura, propiciando condições favoráveis para conservação da qualidade durante o tempo de armazenamento. Impede a migração de umidade e a formação de bolsas de calor;

Transilagem - movimento da massa de grãos para uniformização e diminuição da temperatura;

Termometria - conjunto de sensores distribuídos simetricamente no interior de um silo ou graneleiros, objetivando a medição periódica de temperatura da massa de grãos;

Tratamento fitossanitário - busca prevenir o aparecimento de insetos e eliminá-los quando constatados;

Higienização do armazém - evita a formação de focos de infestação de insetos e roedores.

Em geral, as unidades armazenadoras são edificações dotadas de condições para coletar, pré-processar e preservar, quantitativa e qualitativamente, os grãos, utilizando-se de tecnologias específicas para o desenvolvimento de cada etapa e processo. Além dos silos, as unidades contemplam:

secadores de grãos;

equipamentos para moagem;

transportadores e elevadores;

ventiladores;

controladores de peso;

classificadores de cereais;

sistemas de controle de armazenagem;

coletores de amostras;

equipamentos para movimentação de cargas;

sensores de nível para silos;

máquinas para empacotamento de cereais

Para o segmento de Silos e Armazenagem de Grãos, a classificação de atividades com base na CNAE está relacionada de forma agregada a outros setores, como o de máquinas e equipamentos.

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Em termos de produtos, a NMC apresenta classificação específica para o setor, relacionando algumas das principais tecnologias utilizadas em etapas da armazenagem de grãos, tais como:

Silos metálicos para cereais;

Secadores para produtos agrícolas;

Básculas de pesagem contínua em transportadores;

Aparelhos elevadores e transportadores de mercadorias de tira e correia;

Partes de máquinas;

Aparelhos de limpeza e seleção de grãos.

Por último, seguem os conceitos e definições relacionados à atividade de armazenagem, a saber:

Armazém convencional - Unidade armazenadora de piso plano, de compartimento único, em concreto, alvenaria ou outro material próprio para construção, adequada, guarda e proteção de mercadorias embaladas em sacos,fardos, caixas, etc.

Armazém estrutural - Unidade armazenadora de estrutura auto-sustentável, com fechamento lateral e cobertura de vinil ou polipropileno, que permite armazenagem emergencial, localizado, em geral, nas zonas de expansão das fronteiras agrícolas.

Armazém graneleiro - Unidade armazenadora com compartimento de estocagem, em concreto ou alvenaria, onde a massa de grãos é separada por septos divisórios, possuindo equipamentos automatizados ou semi-automatizados instalados numa central de recebimento e beneficiamento de produtos.

Armazém granelizado - Unidade armazenadora de fundo plano, resultante da adaptação de armazém convencional, para operar com produtos a granel.

Armazém inflável - Unidade armazenadora de estrutura flexível e inflável, em vinil ou polipropileno, dotada de válvulas e comportas que permitem sua modelagem ou armação através de insuflação de ar circulante, utilizada em caráter emergencial, localizada, em geral, nas zonas de expansão das fronteiras agrícolas.

Capacidade útil - Limite máximo de utilização da unidade armazenadora, expresso em metros cúbicos para armazéns convencionais, estruturais e infláveis, e em toneladas para armazéns graneleiros, granelizados e silos.

Capacidade útil total - Soma das capacidades úteis dos armazéns.

Estabelecimento - Local constituído por uma ou mais unidades armazenadoras, próprias ou não, formando um conjunto sob a mesma geręncia, que se dedica à prestaçăo de serviços de armazenagem, ou que tem a guarda de produtos agropecuários e/ou seus derivados vinculada ŕ sua atividade principal (agropecuária, comércio, indústria).

Silo - Unidade armazenadora de grãos, com um ou mais compartimentos estanques denominados células.

Unidade armazenadora - Prédio ou instalação construída ou adaptada para a armazenagem de produtos, exclusive os tonéis ou tanques metálicos utilizados para armazenagem de óleos vegetais. A unidade armazenadora classifica-se em: armazém convencional, armazém estrutural, armazém inflável, armazém graneleiro, armazém granelizado e silo (para grãos).

Fonte: site do IBGE

4.3 Reestruturação do Setor Brasileiro

As exigências cada vez maiores do mercado e dos consumidores estão forçando a modernização das unidades armazenadoras. A busca de excelência na qualidade emprega fatores que há pouco não eram considerados prioritários, tais como:

Aspectos do meio ambiente e instalações;

Tendência zero dos defeitos e resíduos contidos nos grãos;

Preservação de identidade dos produtos.

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Estes pressionam a gerência de unidades armazenadoras e constituem aspectos relacionados à questão da rastreabilidade. Problemas e dificuldades no decorrer do processo de armazenamento de grãos implicam significativas perdas da produção. O processo de rastreabilidade tem buscado uma adequação nas características envoltas na armazenagem de grãos. As características de maior interesse em rastreabilidade, em termos do armazenamento, para os países compradores de grãos e seus subprodutos:

Descarga de modo indevido do produto no armazém;

Massa de grãos não homogeneizada em termos de impurezas;

Massa de grãos não homogeneizada em termos de umidade;

Aparecimento de bolsas de calor;

Infestação de fungos e bactérias;

Danos mecânicos;

Grãos quebrados e trincados;

Secagem de grãos;

Aeração.

Em termos de comércio exterior estas características envoltas no processo produtivo do armazenamento estão determinando posições do mercado exportador.

4.4 Movimentos Recentes

A qualidade do armazenamento dos grãos é uma preocupação constante no Brasil, visto que é um requisito para o aumento das exportações. É preciso dar atenção especial às questões ligadas à segurança e qualidade dos terminais existentes e implantação de novos terminais já adequados aos padrões internacionais. As questões ligadas à segurança e rastreabilidade tornam-se requisitos importantes para o ganho de competitividade do setor, envolvendo diretamente os setores produtores e fornecedores de insumos. Condições adequadas de armazenamento envolvem a condução de programas de financiamento para a instalação de silos nas próprias unidades produtoras de grãos, evitando perdas e assegurando qualidade.

As crescentes perspectivas do setor produtor de grãos no mercado mundial têm favorecido movimentos recentes de investimentos diretos estrangeiros no segmento de silos e armazenagem de grãos.

Em se tratando de aquisições de empresas, dois movimentos foram constatados:

No Brasil, ocorreu em 2000 a aquisição da empresa Agromarau pela gigante americana GSI, considerada a maior fabricante de silos metálicos no mundo;

Nos Estados Unidos, a Multitronics, empresa de componentes automatizados para silos e armazéns, foi incorporada, em 2001, pela alemã Siemens.

Outras inversões têm sido realizadas por grupos multinacionais, como os americanos GSI e ADM, em países do Oriente Médio (Kuwait e Arábia Saudita), América Latina e do Sul. Tais inversões são na construção e instalação de grandes terminais para operações de comercialização de grãos.

No que se refere a silos, a estratégia de expansão e consolidação desse mercado envolve, por parte da empresa, capacitação e diversificação das atividades. O domínio das tecnologias de processamento do aço galvanizado, da engenharia dos equipamentos e tecnologias de controle avançados em suas características específicas, determina o sucesso na atividade.

Uma linha ampla de terminais, sistemas de processamento e acordos comerciais envolvendo linhas de financiamentos para o cliente constituem os mecanismos de estratégia das grandes empresas do ramo

4.5 Importações e Exportações

O perfil da estrutura de armazenamento entre os países comercializadores de grãos pode ser considerado bastante distinto. Alguns países são grandes importadores de grãos, o que requer uma estrutura diferenciada de armazenamento dos países produtores e exportadores.

China e Japão, países importadores de grãos, possuem alta capacidade de armazenamento em terminais portuários. Na China, a estrutura total de armazenamento acondiciona, aproximadamente, 500 milhões de

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toneladas de grãos. Apesar de sua alta capacidade, o sistema chinês contempla um grande número de armazéns e silos estatais, os quais estão comprometidos em termos de infra-estrutura e qualidade. O país constitui-se como grande mercado para empresas fornecedoras de equipamentos neste segmento.

A estrutura de armazenamento na França é tido como exemplo. Considerada como celeiro da Europa, os silos e armazéns franceses podem armazenar, aproximadamente, 150 milhões de toneladas de grãos em boas condições. A Argentina também possui uma boa rede de armazenagem, mantida em parte pelo governo (25%). Os Estados Unidos possuem uma estrutura de armazenamento que acondiciona cerca de 2,5 vezes sua produção de grãos, em condições propícias. O país é sede de várias companhias grandes comercializadores de grãos no mundo, como Cargill e Conagra, que possuem sistemas completos e modernos para o armazenamento da produção. O Brasil sofre alguns problemas estruturais possuindo capacidade para armazenar cerca de 75% de sua produção de grãos.

Significativa é a estrutura de armazenagem existente na Austrália. O país mantém uma rede de cerca de 15.000 silos e armazéns. A estrutura australiana é tida como de formação recente contando com um alto grau de tecnologia.

Quanto aos fornecedores de tecnologias para o armazenamento de grãos, existe um grupo seleto de países que se destacam no fornecimento dos diversos produtos utilizados nas diferentes etapas. Os Estados Unidos são os maiores fornecedores destas tecnologias.

América Latina, Andina e Oriente Médio têm-se mostrado mercados mais promissores para atuação do Brasil.

De modo geral, as empresas que compõem o setor de silos e armazenagem de grãos obtiveram bons ganhos em virtude das exportações. O Brasil vem conquistando novos mercados em virtude da competitividade de seu produto.

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5 Armazém Geral Agropecuário de Ibaté - Multimode

A vocação identificada no primeiro momento para o imóvel foi a armazenagem de produto agrícola e operação logística rodoviária, considerando:

i. As características do imóvel - Armazém convencional “Azul” (ver croqui) - Unidade armazenadora de piso plano, de compartimento único, em concreto, alvenaria adequada a guarda e proteção de mercadorias embaladas em sacos, fardos, caixas, etc; Armazém granelizado “Amarelo”(ver croqui) - Unidade armazenadora de fundo plano, resultante da adaptação de armazém convencional, para operar com produtos a granel

ii. Localização – Corredor de escoamento de produtos agrícolas ao porto de Santos, com destaque ao açúcar, por estar localizado em um dos centros produtivos do Estado de São Paulo.

iii. Transporte disponível no momento – Rodoviário, com compromisso da Brasil Ferrovias em instalar ramal ferroviária assim que solicitado. No entanto, não existe compromisso em disponibilizar transporte ferroviário nos próximos 2 anos, o que faz com que o empreendimento priorize, nesta momento, investimentos na operação rodoviária.

produto identificado como o mais apropriado para o início das operações foi o açúcar, por ser abundante na região, com carência de armazéns pelos principais produtores e operadores, podendo ser implementada infra-estrutura com baixo custo na adaptação dos galpões, o que viabiliza o início das atividades com sacaria e movimentação de granel voltado ao transporte ferroviário:

i. Sacaria e big bags nos galpões 01 e 02 “Azul”; e

ii. Granel nos galpões “Amarelos”.

5.1 Características do Imóvel

As características do imóvel demonstraram-se perfeitamente apropriadas à adaptação para armazém geral, não sendo necessárias alterações estruturais ou grandes investimentos em construção civil.

As principais benfeitorias são:

i. Limpeza e pintura;

ii. Instalações elétricas e hidráulicas;

iii. Concretagem de parte do piso dentro das especificações para suportar grande peso;

iv. Restauração de banheiros e vestiários; e

v. Instalação e equipamentos de escritório.

No entanto, as dimensões do imóvel fazem com que qualquer investimento seja relevante, levando os empreendedores a pensarem na implementação do projeto em fases.

A adaptação do galpões “Azuis” (nros 01 e 02) para operarem sacaria e big bags e os “Amarelos” para operação granel rodoviário, sem utilização de equipamentos modernos neste primeiro momento, representa o menor custo de investimento versos retorno, sendo que o objetivo preliminar é iniciar as operações de forma escalonada e sem implementar todos os recursos de logística disponíveis, o que demandaria altos valores de investimento.

Considerando as características dos galpões a operação inicial será de sacaria, big bags e granel de fundo plano, com a possibilidade de instalações para operar, na segunda fase, unidade armazenadora com compartimento de estocagem, em concreto ou alvenaria, onde a massa de grãos é separada por septos divisórios, possuindo equipamentos automatizados instalados numa central de recebimento e beneficiamento de produtos.

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5.2 Localização Geográfica do Prédio

A primeira premissa utilizada para definição do produto agrícola que será inicialmente explorado na propriedade foi a possibilidade de se beneficiar das condições naturais favoráveis da região Centro-Sul do Brasil.

A região Centro-Sul, destacando-se o Estado de São Paulo, encontra-se a produção de uma das maiores culturas agrícolas do País, a cana-de-açúcar, sendo a maior região produtora do País, com o custo mais competitivo do mundo, o que gera, conseqüentemente, a maior capacidade de produção.

O fator climático da região também é um grande diferencial para a plantação de cana-de-açúcar, já que cresce melhor em regiões de clima quente, estável e alta umidade.

Além disso, a região dispõe de investimentos em pesquisa agrícola, o que acentua diretamente a maior produção de produtos agrícolas, principalmente do açúcar.

5.2.1 O município de Ibaté, a Produtividade e a Sazonalidade Agrícola na Região Após a análise das duas primeiras premissas, na qual distinguimos o grande potencial de trabalhar com produtos agrícolas, principalmente com o açúcar, levamos em consideração a produtividade e a sazonalidade da região, com ênfase na produção açucareira.

O Município de Ibaté conta com cerca de 290 K de superfície total, situa-se na região central do Estado de São Paulo, à aproximadamente 247 Km da Capital e sua população é de 30.379 habitantes, segundo dados do IBGE de 2004.

Com solo extremamente fértil, relevo topográfico propício à colheita mecanizada e próxima a importantes malhas rodoviárias, a base da economia do município é a produção sucroalcooleira.

Localiza-se nessa área a Usina da Serra, uma das diversas unidades do grupo Cosan, um dos maiores exportadores mundiais de açúcar. Fundada em 1953, com uma potência instalada de 15,0 MW, a Usina tem capacidade de moagem de 1.800 mil ton/ano, produzindo 200 mil ton/ano de açúcar.

O negócio com produtos agrícolas estará sujeito ao comércio sazonal baseado no ciclo de crescimento do produto agrícola definido.

Com relação à cana-de-açúcar o período anual da safra na região centro-sul do Brasil inicia-se em maio e termina em novembro. Isso criará flutuações no inventário, devendo-se buscar suprir a lacuna de demanda com outros produtos agrícolas.

Conseqüentemente, haverá um grau de sazonalidade dos lucros, dependendo do produto agrícola armazenado, sendo que levamos em consideração para a definição da armazenagem do açúcar a sazonalidade nesta região que é menor do que de outros produtos.

5.3 Infra-Estrutura de Transportes

Quase a totalidade do transporte do açúcar para o terminal de Santos é feita através de rodovias, o que coloca a Multimode em uma posição privilegiada, pois está a margem de uma das melhores rodovias do País, a Washington Luiz, unindo-se a outras de excelente qualidade até o destino no Porto de Santos (ver mapa ferroviário e rodoviário)

Além do acesso rodoviário de boa qualidade, Ibaté conta com linha férrea ligando o Município até o Porto de Santos de forma contínua (bitola larga em todo o trajeto), o que poderá reduzir sensivelmente os custos da operação caso os clientes passem a utilizar o ramal ferroviário que será instalado pela Brasil Ferrovias.

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6 Informações Específicas Sobre a Indústria do Açúcar

O consumo mundial de açúcar está em pleno crescimento, em 1971 foram consumidas aproximadamente 71 milhões de toneladas de açúcar. Já em 2003 esse número é de 137 milhões de toneladas, ou seja, do início dos anos 70 ao início dos anos 2000 o consumo de açúcar no mundo praticamente dobrou.

Inúmeras são as razões que levaram a um aumento de consumo, entre elas o crescimento demográfico da população mundial, o surgimento de um mercado em expansão de comidas processadas com a migração da população rural para a região urbana, e, ampliação do poder de compra em algumas regiões do mundo. Como esses fatores reiteradamente jazem ocorrendo é esperada continuidade no aumento de consumo.

Salienta-se que 70% de todo açúcar consumido advém da cana-de-açúcar e sua produção está concentrada em alguns países com condições climáticas e topográficas favoráveis.

Os 5 maiores produtores detêm 55% do mercado mundial, sendo o Brasil o maior deles, com 16% da produção e o menor custo do mundo.

Desde 1990 grandes oportunidades de exportação resultaram em uma expansão no comércio de açúcar de aproximadamente 18 milhões de toneladas. O Brasil contabiliza cerca de 77% desse aumento mundial no comércio de açúcar.

No Brasil, anteriormente a década de 90, a indústria do açúcar era fortemente regulada pelo governo através do IAA – Instituto do Açúcar e do Álcool. Era o governo quem determinava planos de colheita, a venda da produção, o volume da exportação e o preço. A partir de 1990 houve um processo de remoção de regras controladoras da indústria e a dissolução do IAA, resultando em uma consolidação do mercado e da livre concorrência.

A região centro-sul no Brasil, onde se localiza o Estado de São Paulo é a maior região produtora de cana, contabilizando 85% de toda produção, e tem o custo mais competitivo do mundo. A cultura da cana é mais bem aproveitada em climas estáveis, mornos e com elevada umidade. O período anual de safra da cana nessa região vai de maio a novembro, fazendo com que o comércio do produto seja sazonal, obedecendo ao ciclo de crescimento da cana-de-açúcar.

O setor sucroalcooleiro brasileiro encontra-se em destaque no cenário político e econômico mundial. Vários são os fatores que contribuem para tal fato e que criam uma perspectiva positiva quanto ao seu desenvolvimento, criando oportunidades de investimento na expansão e/ou melhoria das atuais unidades processadoras de cana existentes no país. As principais questões em discussão são de teor político, de âmbito nacional e internacional, e todas deixam evidentes as condições favoráveis ao desenvolvimento do setor. A perspectiva positiva para o desenvolvimento do setor pode ser entendida

A produção e o comércio mundial de açúcar mudaram significativamente desde 1985. Durante este período, duas mudanças básicas ocorreram. Primeiro, os países do Hemisfério Sul passaram a ter uma maior importância como principais produtores e segundo, o número e tamanho de mercados importadores cresceram (Gráfico 1). Em 1984/85, a região do Caribe produzia 9,6 milhões de toneladas de açúcar, o que representava 11% da produção mundial. Em 2002/03 sua produção reduziu-se a 4,1 milhões de toneladas, representando apenas 3% da produção mundial. Coincidentemente as exportações do Caribe, que representavam, em 1984/85, 29% do total mundial, caíram para 7%. Grande parte desta perda deu-se devido ao declínio da indústria açucareira cubana, o qual, aliado ao fim da União Soviética e a dissolução do Conselho de Assistência Econômica Mútua - COMECON, aumentaram a demanda no mercado livre de açúcar na Europa.

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Fonte: (KNAPP, 2003)

O crescimento da produção deu-se principalmente na América do Sul e na Ásia, com destaque para o Brasil, que, no início dos anos 90, figurava entre os 10 maiores produtores do mundo, mas desde a safra 1996/1997 disputa a primeira posição com a Índia (Quadro 1). A produção no Brasil cresceu 144% desde 1984/85, tendo este crescimento ocorrido quase que totalmente após 1993/94. Até este período o açúcar produzido destinava-se ao mercado interno, quando então o governo desregulamentou o setor em 1999/2000, e assim deixou o cenário preparado para as exportações de açúcar da indústria brasileira, a qual encontrava-se em pleno desenvolvimento, modernizada e com custos de produção altamente competitivos. As exportações brasileiras contaram ainda com o crescimento econômico mundial ocorrido no período, o qual contribuiu para a abertura e expansão de mercados não-tradicionais como Oriente Médio, África do Norte e países do leste asiático. Estes mercados começaram a crescer ao mesmo tempo em que a Rússia e o Leste Europeu tornavam-se economias de mercado.

Quadro 1:Evolução da Produção de açúcar dos principais países produtores (em milhões de toneladas)

1998/1999 1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003

Brasil 18,30 20,10 17,10 20,40 22,75

Índia 17,43 20,21 20,48 20,34 18,85

União Européia 17,81 19,49 18,51 16,23 17,82

China 8,96 7,52 6,84 7,87 8,41

EUA 7,59 8,20 7,95 7,17 7,53

Tailândia 5,38 5,72 5,10 6,39 6,58

Austrália 4,99 5,44 4,16 4,61 5,02

Fonte: (USDA, 2003)

No Brasil, a demanda por açúcar é inelástica, ou seja, a oscilação de seu preço não resulta em grandes oscilações no consumo da população. Mundialmente, a quantidade de açúcar consumida tem sido dada pelo crescimento populacional, principalmente dos países subdesenvolvidos. O crescimento global do consumo de açúcar está solidificado e, juntamente com a expansão populacional, aumenta em torno de 1,5% ao ano. O consumo de açúcar no Brasil aumentou de 49,9 kg per capita em 1991 para 57 kg per capita ao final da década (KNAPP, 2003). Até alguns anos atrás o Brasil era o único dos grandes países produtores de açúcar que consumia mais o produto do que exportava. No entanto, apesar de o consumo interno de açúcar ter tido um crescimento constante na última década, as exportações cresceram em um ritmo mais acelerado, excedendo a quantidade consumida internamente (Quadro 2). As razões para este

Gráfico 1 - Produção e Exportações Mundiais de Açúcar (1984/85 e 2002/03) – em Milhões de Toneladas

América do Norte, EU e Caribe

América do Sul, Ásia e África

Produção Exportaçõ

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fato são a elevação do preço do açúcar entre 1998 e 2002, a desvalorização do Real e a queda do preço interno do álcool.

Quadro 2: Produção, Exportações e Consumo Interno de Açúcar no Brasil entre 1999/2000 e 2003/2004 (em milhões de toneladas)

Anos Produção Exportações Consumo Interno 1999/2000 20,10 11,30 9,10 2000/2001 17,10 7,70 9,25 2001/2002 20,40 11,60 9,45 2002/2003 23,76 14,23 9,64 2003/2004 22,40 12,42 9,98

O Fonte: (USDA, 2003)

Brasil exporta entre 45 e 55% da sua produção de açúcar, dependendo da oferta interna e das condições de mercado. É o maior exportador de açúcar do mundo, tendo exportado, em média, nos últimos 3 anos, 12,75 milhões de toneladas, o que corresponde à aproximadamente 30% do total das exportações mundiais. A União Européia é o segundo maior exportador, com aproximadamente 6 milhões de toneladas. Os principais mercados para o Brasil são Rússia, Egito, Nigéria, Índia, Sri Lanka e Yemen. Embora o Brasil detenha quotas de exportação para União Européia e Estados Unidos, as exportações para estes mercados ainda são muito pequenas devido às barreiras de comercialização encontradas, o mesmo ocorrendo em países do Mercosul como é o caso da Argentina.

Tendo em vista o questionamento das políticas de comercialização de açúcar da União Européia (U.E.) quanto à formação de dumping nos preços internacionais do açúcar, o qual prejudica os países exportadores, principalmente os mais pobres, o Brasil, com apoio da Austrália, Tailândia e outros 14 países exportadores de açúcar, que compõem a Global Alliance na Organização Mundial do Comércio (O.M.C.), são os responsáveis pela abertura de um painel, que tem como objetivo a avaliação das distorções causadas pelos subsídios europeus no mercado internacional de açúcar. Na prática, o açúcar vendido no mercado externo por alguns países da Europa acompanha os preços internacionais que ficam abaixo de seus custos de produção (Quadro 3). Para evitar o prejuízo, os governos concedem o subsídio que cobre a diferença.

Quadro 3: Comparativo de Custos Aproximados de Produção de 1 Tonelada de Açúcar no Brasil e na União Européia com o Preço de Venda no Mercado Internacional

Custos de Produção Preço no Mercado Internacional Brasil União Européia Mundo

U$ 150 U$ 600 U$ 200

Fonte: Diversas

Os países da Global Alliance entendem que esta prática fere as regras de comércio internacional. O Brasil entrou com pedido de painel na O.M.C., depois que Austrália e Tailândia, entre outros países, fizeram auditoria e se certificaram de que o Brasil não subsidia a produção e mantém sua competitividade internacional à base da eficiência tecnológica desenvolvida pela cadeia produtiva ao longo dos últimos 30 anos, aliada às condições de clima e solo, que sustentam os baixos custos de fabricação de açúcar e álcool.

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7 Potenciais Parcerias Estratégicas

No processo de armazenagem as parcerias são fundamentais, tanto no aspecto comercial como na possibilidade de obter-se investimentos na atividade armazenadora, trazendo benefícios aos clientes e modernizando a operação, introduzindo eficiência e qualidade.

A região é muito propícia a este tipo de parceria, pois conta com muitas usinas e operadores dispostos a minimizar os problemas de armazenagem e logística de seus produtos, reduzindo custos e agregando eficiência e qualidade.

Dentre as usinas que acreditamos na potencialidade de relações comerciais estão:

i. Usina da Serra – Ibaté - Grupo Cosan;

i. Usina Zanin – Araraquara, Usina Zanin Açúcar e Álcool Ltda.;

ii. Usina Santa Cruz - Américo Brasiliense - Ometto Pavan S/A,

iii. Usina Ipiranga - Descalvado – Copersucar;

iv. Usina Santa Fé - Nova Europa - Usina Santa fé S/A;

v. Usina São Carlos - Jaboticabal – Copersucar; e

vi. Usina Viralcool - Pitangueiras - Viralcool Açúcar e Álcool Ltda.

Os maiores grupos açucareiros são o Grupo Cosan (maior produtor independente do Brasil), Grupo Vale do Rosário (o segundo maior produtor independente de açúcar e álcool no Brasil), Grupo Zillo Lorenzetti, Grupo Ometto e Grupo Irmãos Biaggi e outros produtores de açúcar e álcool que comercializam seu açúcar através da Cooperativa Copersucar.

Atualmente, a Copersucar é constituída por 31 produtores independentes no Estado de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. A maioria dos produtos da Copersucar são vendidos no mercado brasileiro por meio da marca “União”, que é a maior marca, com base nas vendas, de açúcar refinado a varejo do mercado brasileiro.

Ademais, a abordagem comercial também poderá ser realizada com os maiores atacadistas do mercado interno, entre os quais:

i. Atacadão Distr. Com. Ind. Ltda.,

ii. Minasucar Ltda.;

iii. Carrefour Com. Ind. Ltda.;

iv. C B A Comércio Import Export Ltda., e

v. Sonae Distribuição Brasil AS.

vi. Com relação ao mercado externo os maiores atacadistas são:

vii. Sucres Et Denrees (Sucden),

viii. Coimex Trading Ltd.;

ix. Cargill International AS;

x. Tate & Lyle International;

xi. Ed & F Man Brasil AS, Noble Américas Corporation.

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Abaixo, para que se tenha uma real idéia da localização da Multimode em ralação as usinas de açúcar, apresentamos quadro demonstrativos das distâncias:

Usina Grupo Localização Distância (km)

Serra Cosan Ibaté 5

Ipiranga Copersucar Descalvado 54

Sta. Luiza Copersucar Motuca 65

Sta. Adélia Copersucar Jaboticabal 86

Diamante Cosan Jaú 99

Dedini Copersucar Pirassununga 115 Iracema Copersucar Iracemápolis 120

Paraíso Crystalsev Brotas 120

Da Barra Cosan Barra Bonita 121

Sto. Antonio Copersucar Sertãozinho 128

São Francisco Copersucar Sertãozinho 128 Santa Elisa Crystalsev Sertãozinho 128

Da Pedra Copersucar Serrana 129

Dois Córregos Cosan Dois Córregos 130

Jardesp Crystalsev Jardinópolis 130

Sta. Lúcia Copersucar Araras 131

Costa Pinto Cosan Piracicaba 136 Zillo Lorenzetti Copersucar Macatuba 140

São Martinho Copersucar Pradópolis 143

São José Copersucar Rio das Pedras 148

Batatais Copersucar Batatais 150

Barra Grande Copersucar Lençois Paulista 152 Santa Helena Cosan Rio das Pedras 156

Furlan Copersucar Sta. Bárbara d'Oeste 161

Catanduva Copersucar Ariranha 164

Bom Retiro Copersucar Capivari 172

Ibirá Copersucar Sta. Rosa Viterbo 178

MB Crystalsev Monte Agudo 179 Vale do Rosário Crystalsev Morro Agudo 179

Sta. Maria Copersucar Cerquilho 180

Mandu Crystalsev Barretos 181

Rafard Cosan Rafard 183

São Francisco Cosan Elias Fausto 186 São José da Estiva Copersucar Novo Horizonte 191

São Manoel Copersucar São Manoel 195

Na. Sra. Aparecida Copersucar Itapira 197

Buriti Copersucar Buritizal 233

Vertente Crystalsev Guaraci 243

Ipaussu Cosan Iapussu 263 São Luiz Copersucar Ourinhos 278

Sto. Alexandre Copersucar Mococa 283

Moema Crystalsev Oriunduva 296

Pioneiros Crystalsev Araçatuba 315

Univalem Cosan Valparaíso 360 Quatá Copersucar Quata 390

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A boa localização do imóvel em relação as usinas de açúcar também pode ser verificada no mapa a seguir:

7.1 Contatos Realizados com os Potenciais Clientes e Operadores.

Como se nota, os principais operadores de açúcar da região de Ibaté são:

i. Cosan;

ii. Cristalsev; e

iii. Copersucar.

Todos contatados pelos Consultores, que mantém relacionamento com objetivo de absorver todas as expectativas e principais solicitações desses potenciais clientes, buscando de atendê-los de forma competitiva e duradoura, com desenvolvimento e aumento dos serviços colocados a disposição.

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7.2 Relação dos Contatos Realizados.

A pesquisa de mercado está sendo elaborada de forma sistemática, objetivando agregar ao trabalho informações de campo junto aos potenciais demandantes dos serviços a serem prestados bem como operadores de armazéns e logística.

7.2.1 Setor de Açúcar Os contatos foram iniciados pelo setor de açúcar, pela evidente preponderância do setor na região.

Empresa: Zillo Lorenzetti Usina de Açúcar e Álcool Setor : Açúcar

Nome/Cargo Tel (xx) e-mail Sr. Célio Freda – Gerente de Produção

Informações Conforme informado pelo diretor de logística, Sr. Alexandre, a administração da produção da Zillo Lorenzetti é administrada pela Copersucar que poderá apoiar o projeto.

Empresa: Copersucar Setor: Açúcar Nome/Cargo Tel (xx) e-mail Alexandre - Diretor de Logística

Marcelo – Gerente de Logística

Informações Sinalizaram o interesse no projeto para atendimento das usinas que se localizam próximo à região, evitando-se, desta forma, a armazenagem do açúcar em Santos, cujo custo é superior. As instalações foram visitadas pelo gerente de logística da unidade de Copersucar de Limeira, que informou que o armazém pode ser de grande utilidade para a armazenagem de sacarias, big-bags e granel, mesmo sem possuir um ramal férreo. A Copersucar armazena em média, com terceiros, 50 mil toneladas de sacarias e big bags na região, demonstrando interesse em discutir os preços a serem praticados para armazenar o açúcar em Ibaté a partir do início de suas operações, sinalizando a intenção de celebrar carta de intenção. Ademais, informaram que a carga granel, cujo volume é de 100 mil toneladas é terceirizada, bem como sua produção anual de açúcar é de 3.7 milhões de toneladas, sendo que mais de 50% é para exportação.

Empresa: Crystalsev Usina de Açúcar e Álcool

Setor

Contatos: Nome/Cargo Tel (xx) e-mail Vando Bigotto - Gerente de Exportação e Logística

Informações Após visita e apresentação manifestaram interesse, principalmente em virtude da propriedade. Mencionou que sua prioridade para armazenagem é de carga granel e que apesar da desnecessidade imediata de utilização da linha férrea, a sua implementação agregaria valor ao negócio. Informou sobre a sua disposição em iniciar operação de armazenagem por meio de sacaria e big bag imediatamente para a demanda do mercado interno que é de aproximadamente 20 mil toneladas. Foram encaminhadas para os representantes da Crystalsev, referências de tarifas, sendo que os números ainda estão sendo discutidos. A Crystalsev produz 1.8 milhões de toneladas de açúcar e tem a necessidade de terceirizar em média 250 mil toneladas do produto a granel. Sinalizaram com a possibilidade de celebrar carta de intenções, após a definição das tarifas.

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Empresa: Cosan Usina de Açúcar e Álcool

Setor

Contatos: Nome/Cargo Tel (xx) e-mail Rogério Castellari - Gerente de Logística

Informações Demonstração de interesse no projeto, mediante a utilização e ativação do ramal férreo pela Brasil Ferrovias. A produção da anual de açúcar da Cosan gira em torno de 2.3 milhões de toneladas anuais.

Empresa: Açúcar da Barra Usina de Açúcar e Álcool - (Cosan)

Setor: Açúcar

Contatos: Nome/Cargo Tel (xx) e-mail Luís Muriano - Gerente de Logística - Produto Final Varejo

Informações Apesar da demonstração de interesse no projeto, em virtude da atuação da Açúcar da Barra preponderantemente na área de produtos finais no varejo, não há de imediato intenção na terceirização da armazenagem do açúcar, por questões relacionadas à qualidade de controle do produto. Indicou o Gerente de Logística - Produto Granel da Sacaria Cosan, Sr. Rogério Castellari, para discussão do projeto.

Empresa: Dedini - Usina de Açúcar e Álcool Setor Contatos: Nome/Cargo Tel (xx) e-mail Rinaldo - Gerente de Logística

Informações Tendo em vista que a Dedini não terceiriza sua armazenagem, não houve por parte de seus representantes interesse em conhecer o projeto.

7.2.2 Setor de Derivados da Laranja

Empresa: Citrovita Agro Industrial Processador de Suco

Setor

Contatos: Nome/Cargo Tel (xx) e-mail Davi Santos - Gerente de Logística

Informações Consideraram o projeto interessante, sendo que o foco da Citrovita está na armazenagem para farelo de polpa cítrica a granel ou armazenagem de tambores com suco concentrado congelado por meio de câmaras frias. Além disso, a Citrovita utiliza-se de armazenagem seca somente para óleos ou outros derivados. A necessidade da Citrovita para armazenagem de seus produtos está em torno de 10.000 toneladas para carga a granel e 50.000 tambores para carga refrigerada, durante os meses de julho à janeiro inclusive.

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7.3 Operadores de Logística e Corretoras

Empresa: Hipercon Operador Logístico

Setor

Responsável: Informações Cadastrais da Empresa Razão ou Denominação Social: CNPJ: Endereço: n. Bairro: Cidade: Ribeirão Preto Estado: SP CEP: Contatos: Nome/Cargo Tel (xx) e-mail Fernando Vaz – Diretor Informações Aprovação do projeto, salientando que os seus clientes, "trading companies" sediadas no exterior, operam com açúcar preponderantemente em sacaria. Para basilamento de preços praticados pelo mercado na região de Campinas, foi-nos indicado a empresa Leme Armazéns Gerais Ltda..

Empresa: Leme Armazéns Gerais Operador Logístico

Setor

Responsável: Informações Cadastrais da Empresa Razão ou Denominação Social: CNPJ: Endereço: n. Bairro: Cidade: Leme Estado: SP CEP: Contatos: Nome/Cargo Tel (xx) e-mail Arnold José Lencar – Diretor

Informações Os negócios da Leme Armazéns Gerais está norteado pelo café e sacaria.

Empresa: AGA - Armazéns Gerais Araras Operador Logístico

Setor

Contatos: Nome/Cargo Tel (xx) e-mail Ramon Dias - Gerente Comercial

Informações Tendo em vista a localização do armazém, a armazenagem do produto açúcar seria bem aceita pelo mercado. A prática de seus preços para armazenagem do açúcar inicia-se em R$ 4,00 / ton na entrada, R$ 2,50 / ton armazenagem na quinzena e R$ 4,00 / ton na saída, com adicional 0,25% no valor da nota fiscal, cobrando-se o preço de R$ 10,00 / caminhão para pesagem. Com relação aos preços do açúcar à granel, estes são os mesmos praticados pela sacaria, tendo em vista que a operação da AGA é feita com piscinas de sacaria e pá-carregadeira.

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Empresa: Masiram - Corretora de Cereais Setor Contatos: Nome/Cargo Tel (xx) e-mail Gabriel - Gerente Comercial

Informações Tendo em vista a representação da Citrovita Agro Industrial na comercialização de farelo de polpa cítrica e sua proximidade com as indústrias do referido grupo, foi-nos indicado para discussão do projeto o Sr. Davi dos Santos, Sr. Robson e Sr. Ovedes

Empresa: Sfera Consultoria em Agronegócio

Setor

Contatos: Nome/Cargo Tel (xx) e-mail Roberto Salata – Diretor Informações Após análise do projeto, nos indicou que o projeto está voltado ao açúcar. Operou armazém próprio que continha um ramal férreo em Limeira – SP, manipulando principalmente soja e milho. Tendo em vista a localização estratégica da propriedade e a possibilidade de reativação do ramal férreo, considerou baixa a probabilidade de se trabalhar com outros produtos que não sejam o açúcar.

8 Estudos Financeiros

8.1 Visão Geral das Condições Macroeconômicas

Com exceção de 2004, a economia brasileira cresceu a uma taxa inferior a 2% ao ano nos últimos três anos tendo, em 2003, experimentado uma retração de 0,2% e, em 2004, tido um crescimento de 5,2%. A economia tem sido afetada por fatores adversos, tais como:

Cenário Político Nebuloso;

As incertezas associadas ao futuro político e econômico do Brasil antes e imediatamente após as eleições presidenciais de outubro de 2002;

Elevadas taxas de juros praticadas no mercado interno;

As incertezas políticas e econômicas contínuas na América Latina e outros países de economia emergente; e

O recente desaquecimento da economia global, o impacto da guerra no Iraque e a desvalorização do Dólar frente a outras moedas.

A acentuada desvalorização da moeda nacional frente ao Dólar verificada na segunda metade de 2002 aumentou as preocupações relativas ao retorno de um cenário altamente inflacionário. As autoridades monetárias do Governo Federal anterior e do atual responderam com o aumento de juros até o final do ano de 2002, o que restringiu o crédito disponível à economia e, conseqüentemente, seu crescimento. Em 2003, a desvalorização do Dólar frente a outras moedas, bem como as políticas monetárias e fiscais conservadoras do Governo Federal atual, levaram à valorização da moeda nacional em relação ao Dólar. Em 2004, os efeitos de uma política monetária menos restritiva começaram a ser percebidos. A partir de 2005, o fortalecimento da economia nacional inicia um processo de valorização do real em relação a outras moedas, principalmente o Dólar. A retomada do crescimento econômico tornou-se mais visível, em particular nos setores mais sensíveis à expansão do crédito. Sinais de recuperação do mercado interno também já podem ser observados e o mercado de trabalho mostra os primeiros sinais de aquecimento.

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A tabela a seguir indica os índices de inflação medidos pelo IGPM e pelo IPCA e a desvalorização da moeda nacional frente ao Dólar nos períodos nela indicados.

2004 2003 2002

Inflação/(Deflação) – IGPM (1) 12,4% 8,7% 25,3%

Inflação/(Deflação) – IPCA (2) 7,6% 9,3% 12,5%

Perda do Poder de Compra da Moeda Nacional Frente ao Dólar (PTAX Venda) (3)

(8,1)% (18,2)% 52,2%

Fontes: (1) FGV, (2) IBGE e (3) Banco Central.

8.2 Metas a Serem Atingidas

A meta definida pela Multimode é operar o armazém dentro da sua capacidade máxima, visando o retorno do capital investido e a ampliação da operação.

A médio e longo prazo objetiva-se implantar uma operação logística completa, conectando os produtores com o porto de Santos e a exportação dos produtos agrícolas, com a diminuição dos custos de transportes.

Objetiva-se trabalhar com preços competitivos, diferencial tecnológico e de controle, facilidade de transporte, diminuição de perdas e alto grau de segurança, otimizando a lucratividade do negócio de armazenagem,

Ademais, pretende-se obter todos os certificados de qualidade existentes no mercado como diferencial, certificado do Ministério da Agricultura e registro na BM&F para a emissão de Warrants e Cédula de Depósito Agrário para que o produtor agrícola possa financiar sua produção e se proteger dos riscos inerentes à produção.

8.3 Principais Ganhos de Qualidade e Produtividade a Serem Obtidos com a Realização do Projeto

8.3.1 Ganhos de Qualidade – Certificação Será providenciado, como forma de excelência dos serviços os certificados de qualidade existentes no mercado, bem como aqueles de obtenção obrigatória:

i. Certificação de ISO Armazenagem;

ii. Certificação do Ministério da Agricultura e registro do armazém na BM&F para emissão de CDA e WA; e

iii. Certificação CONAB.

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8.3.2 Inovações Tecnológicas Haverá introdução da inovação tecnológica referente a pesagem com utilização de Telemetria e cross checking com balanço.

Além disso, a introdução de software específico para o armazenamento dos produtos agrícolas facilitará o mapeamento de utilização do armazém, maximizando sua capacidade de armazenagem e diminuindo as perdas para seus clientes em torno de 10% daquilo que é praticado no mercado.

A inovação tecnológica tem como fatores:1

i. gestão automatizada;

ii. agilidade;e

iii. controle.

8.3.3 Empregos Diretos e Indiretos a Serem Gerados pelo Projeto2

Serão gerados diretamente de 30 a 40 postos de trabalho.

Adicionalmente, a criação de empregos indiretos está estimada em 180 (cento e oitenta).

1 Os fatores da inovação tecnológica poderão ser desenvolvidos ponto a ponto, com a respectiva indicação do custo de implementação de equipamento, como o de telemetria, indicando, também, com base nas informações da log center quais as outras inovações tecnológicas serão implementadas relacionadas a controle da operação, incluindo a termometria, e a diminuição do risco de perda, bem como o software.

2 Os custos de mão-de-obra e os respectivos cargos serão definidos com base na regulamentação do sindicato da região de ibaté.

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8.4 Principais Receitas e Despesas Vinculadas ao Projeto

8.4.1 Sazonalidade da Produção de Açúcar

O período de safra da cana-de-açúcar no território paulista, onde se concentram as plantações, inicia-se em agosto atingindo a produção máxima, conforme as condições climáticas, em novembro. A produção começa a recuar no final de dezembro diminuirá até março, onde deve atingir níveis mínimos.

O gráfico a seguir demonstra a produção de açúcar no transcorrer do ano.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Em nossas projeções, conservadoramente, estamos utilizando a ocupação anual de 51% da área disponível de armazenagem. A sazonalidade da produção e armazenamento do açúcar poderão ser supridas, no período de março a julho, por outros produtos agrícolas visando a maximização da rentabilidade do empreendimento.

8.4.2 Principais Receitas da Operação Em nossos estudos, verificamos que a armazenagem de açúcar na região pode ocorrer a granel e por sacas. O preço médio praticado para a tonelada do açúcar a granel é de R$ 2,80. O preço médio praticado para armazenagem em sacos é de R$ 0,15. Os valores de armazenagem apresentam variações marginais conforme a produção e o período do ano. Consideramos que a localização e o preço do produto na região também são fatores que influenciam o preço de armazenagem.

Os produtores da região, apesar de comercializarem produtos considerados commodities, ainda não utilizam ferramentas de mercado de capitais, como venda futura e venda através de pregão eletrônico. A utilização dessas ferramentas de mercado potencializaria a rentabilidade do produto, e consequentemente o valor de armazenagem do bem. Consideramos em nossos estudos a possibilidade de, no futuro, oferecer esse serviço aos agricultores.

Outra fonte de receita para o empreendimento seria o embarque e o desembarque do açúcar no armazém. O preço médio praticado seria o de R$ 1,80 por tonelada de açúcar disponibilizado para armazenagem, esse serviço é cobrado pelo mesmo valor no embarque e no desembarque do produto.

Consideramos que o produtor rural utiliza-se uma única vez, durante o ano, da armazenagem de açúcar; havendo apenas uma variação no tempo dessa armazenagem.

O açúcar a princípio será transportado por via terrestre, por meio de caminhões próprios. A quantidade de açúcar disponibilizada para armazenagem é auferida no momento de ingresso do veículo no estabelecimento. Esse serviço também é cobrado ao valor médio praticado de R$ 10,00 por veículo, na sua entrada ou saída. Cada caminhão pode transportar até 26 Toneladas de açúcar.

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Assim, os preços praticados podem ser assim resumidos:

Receita de Armazenagem R$/Ton R$/Sacas Valor de Armazenagem

Receita de Entrada Receita de Saída

2,8 1,8 1,8

0,14 0,09 0,09

Outras Receitas - Pesagem Quantidade de caminhões mov. Mês

Pesagem do caminhão Quantidade

R$/Um. 3.000 10,00

3.000 10,00

8.4.3 Capacidade de Armazenagem (Fase 1) Anteriormente abordamos a capacidade máxima de armazenagem de produto que a Multimode possui. Conforme já mencionado, em nossa proposta para início das operações (Fase 1), sugerimos a utilização de armazenagem em Big Bag e sacaria (pallets) no armazém azul nro.02 e a granel, no armazém “amarelo” de área de 12.400m2(armazém amarelo), onde serão construídas rampas para descarga de produtos, utilizando-se de tratores do modelo pá-carregadora para desembarque do produto.

Nesses locais a respectiva capacidade é de: 1.200.000 sacas para o armazém azul nro.02 e 90.000 Toneladas de açúcar em granel no Armazém 3.

Legenda:

Armazém : 1.200.000 sacas Armazém Granel: 90.000 Toneladas

8.4.4 Projeção de Receitas A partir dos preços praticados e da possibilidade de armazenagem de produtos, podemos auferir a rentabilidade do empreendimento para a Fase 1. Consideramos, inicialmente, a capacidade máxima de armazenagem para cada um dos conjuntos: com 90.000 Toneladas de açúcar a granel no armazém amarelo e 1.200.000 sacas no armazém azul nro.02.

O ciclo de estocagem para a cana-de-açúcar é anual, dessa forma, nossos cálculos contemplam a receita de serviços de movimentação de produtos na entrada e na saída de mercadoria do armazém. Além disso, a cada entrada de caminhão no estabelecimento deve correr uma pesagem, preliminarmente consideramos a tarifa de R$ 10,00 por veículo pesado, tomando por base a quantidade de carga de um caminhão em 26 toneladas.

Nossas projeções demonstram que ocorrendo uma capacidade de armazenagem integral para todos os meses do ano, na hipótese de contrato com arrendamento total da área, o empreendimento gerará uma receita anual de R$ 5.695 mil. Conforme demonstrado no quadro a seguir:

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8.4.5 Despesas Pertinentes ao Empreendimento Nossas projeções segregaram os valores alocados aos investimentos e os custos e despesas do armazém. Os investimentos estão abordados em tópicos próprios, diretamente relacionados com as fases do projeto. Verificaremos os principais custos e despesas relacionados à Fase 1 do projeto.

Os principais custos e despesas relacionados ao projeto estão apresentados separadamente (i) os custos e despesas fixas, os quais não sofrem qualquer alteração com o volume armazenado e (ii) os custos diretamente relacionados à quantidade de produtos armazenados, também denominado custos/despesas variáveis.

8.4.6 Custos e Despesas fixas projetadas para o empreendimento Consideramos os dispêndios necessários para o funcionamento do empreendimento, os custos e despesas administrativas ainda não estão detalhadamente descritos, mas em nossas estimativas consideramos conservadoramente os dispêndios julgados necessários. Projetamos percentualmente as despesas administrativas e comerciais. Nessa primeira abordagem somente demonstraremos os custos/despesas diretamente ligados à atividade operacional. A seguir o quadro demonstrativo mensal:

Armazém 03 Armazém 02

Ton. sacas 50Kg

90.000 1.200.000

Receita de Armazenagem R$/Ton R$/SacasValor de Armazenagem 2,8 0,14

Receita de Entrada 1,8 0,09Receita de Saída 1,8 0,09

Outras Receitas - PesagemQdade de caminhões mov. mês Qdade 3.462 2.308

Pesagem do Caminhão R$/Un. 10,00 10,00

Ton. Sacas% de ocupação 100% 100%

Receita de ServiçosValor de Armazenagem (para 12 meses) 3.024.000 2.016.000

Receita Entrada de produtos no arm. 162.000 108.000Receita de Saída dos produtos no arm. 162.000 108.000

Rec. unit. de pesag. de camin. 69.231 46.154Sub-total 3.417.231 2.278.154

Total 5.695.385

Quantidade Máxima em Sacaria

Custo Fixo R$ Higienização (1.100)

Energia Elétrica (5.000) Portaria (5.328)

Vigilância (7.548) Monitoramento Eletrônico (2.000)

Sistema operacional (1.000)(21.976)

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Assim, incorremos em uma despesa mensal de R$ 21.976, representando uma despesa anual de R$263.712.

8.4.7 Custos e Despesas Variáveis projetadas para o empreendimento O principal custo operacional está relacionado com a mão de obra e respectivos encargos. A prática operacional para esses empreendimentos determina o trabalho em equipe, sendo que cada equipe é composta, normalmente, por 7 funcionários e 1 líder ou chefe de equipe.

A capacidade de movimentação de cada equipe é 5.000 sacas ao dia ou 150.000 ao mês; para granel a relação equipe/quantidade melhora, em toneladas melhora. Consideramos a capacidade máxima de armazenagem ao mês e um custo para cada equipe de R$ 6.750,00 ao mês (considerando encargos sociais), o que resultou em um custo máximo dependido em mão de obra no montante de R$ 101.250,00 mês.

A mão de obra é contratada para utilização conforme a demanda de serviços, assim os valores apurados se modificam conforme a utilização do armazém; em certas oportunidades, estaremos auferindo receita de armazenagem e não estaremos utilizando mão de obra.

Não obstante, nossos cálculos futuros não consideram a possibilidade de armazenagem sem movimentação, conservadoramente utilizaremos o percentual de ocupação para determinação do custo.

Como complemento de equipamentos devemos considerar a locação de uma pá carregadora, no valor aproximado de R$ 60,00 a hora. A uma utilização de turno de 8 horas temos um custo mensal de aproximadamente R$ 14.400,00.

Além dos custos de seguro da mercadoria de aproximadamente 0,5% (meio por cento) do valor do bem armazenado, que deve ser encargo do depositante, devemos considerar os custos de seguro do empreendimento, ainda em fase de cotação.

8.4.7.1 Hipótese de Planejamento Tributário Envolvendo Imóvel

Considerando a redução de carga fiscal e vantagens comerciais, consideramos a possibilidade do imóvel estar locado ao empreendimento por um valor fixo, adicionado de uma comissão sobre as receitas auferidas. Futuramente abordaremos esse tópico como possibilidade de remuneração ao investidor.

Por dia Por mêsEm Sacas 5.000 150.000

Em toneladas 100 3.000

Em Sacas 1.200.000Em toneladas 90.000

Para Sacas 5Para Granel (T) 10

15

1 Chefe de equipe 50 R$ / dia7 funcionários 25 R$ / dia

Total 225 R$ / diamês 6.750

Custo Máximo Mensa l 101.250,00

Capacidade da equipe

Capacidade de Armazenagem - Mês

Quantidade de Equipes necessárias

Custo por equipe

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8.4.7.2 Ressalvas as Projeções Financeiras

As projeções anteriores determinam um resultado R$ 937.759 ao mês antes das despesas com impostos e com depreciação do imobilizado, conforme quadro a seguir:

Destacando que a Projeção Financeira e a Análise de Rentabilidade do investimento estão formuladas com base na sazonalidade da produção e armazenamento do açúcar, fazendo-se necessário ressaltar a ociosidade da capacidade de armazenagem durante o período de março a julho.

Estudos posteriores deverão indicar a possibilidade de utilização da referida capacidade ociosa por outros produtos agrícolas, maximizando o índice de aproveitamento do negócio.

8.5 Análise de rentabilidade

Estamos considerando a rentabilidade do projeto a partir da capacidade de geração de recursos, onde acreditamos que outros serviços rentáveis devem ser atrelados ao empreendimento; entretanto, nossas projeções iniciais foram efetuadas de forma conservadora, considerando a sazonalidade do cultivo da cana-de-açúcar e as despesas relacionadas à produção de forma prudente. O investimento efetuado na recuperação e na modernização do imóvel foi orçado em R$ 3.294 mil; nossas projeções não estão envolvendo o custo de aquisição do imóvel e seus respectivos encargos.

Nossos cálculos foram efetuados para um período de 12 meses, em períodos superiores o ciclo repete-se. A sazonalidade foi considerada a partir de janeiro, o empreendimento deve operar a partir de alguns meses, eventualmente algumas projeções de retorno de investimento podem apresentar distorções motivadas pelo descasamento dos cálculos com o período de início de operação; essa diferença ocorre pelos elevados juros utilizados no País.

R$ / mêsReceita máxima 1.075.385

Custos/despesas fixos (21.976)Despesas variáveis (115.650)

Total/mês 937.759

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A seguir as projeções iniciais, considerando impostos e não considerando depreciação, principalmente a sazonalidade da produção (8.4.1):

A rentabilidade anual projetada é de R$ 1.610 mil, no entanto, devemos considerar a possibilidade de redução dos custos e um acréscimo de receita pela ocupação de outros produtos, aumentando-se a projeção da rentabilidade.

Rentabilidade do Projeto julho agosto setembro outubro novembro dezembro MédiaOcupação 10% 40% 70% 90% 100% 97% 51%

Itens Mês 07 Mês 08 Mês 09 Mês 10 Mês 11 Mês 12 TotalReceita Bruta

Granel 25.200 100.800 176.400 226.800 252.000 244.440 1.547.280Sacas 16.800 67.200 117.600 151.200 168.000 162.960 1.031.520

Receitas de Entrada de Prod. 21.600 81.000 81.000 54.000 27.000 0 264.600Receitas de Saída de Prod. 0 0 0 0 0 8.100 264.600

Receita de Pesagem 4.615 17.308 17.308 11.538 5.769 1.731 113.077( - ) Impostos (3.854) (15.046) (22.165) (25.060) (25.581) (23.574) (181.991)( = ) Receita Operac. Líquida 64.361 251.261 370.142 418.479 427.188 393.657 3.039.086( - ) Custo Fixo (21.976) (21.976) (21.976) (21.976) (21.976) (21.976) (263.712)( - ) Custo Variável (4.640) (17.398) (17.398) (11.599) (5.799) (1.740) (113.668)( = ) Lucro Bruto 37.746 211.887 330.768 384.904 399.412 369.941 2.661.706( - ) Despesas Comerciais (6%) (4.093) (15.978) (23.538) (26.612) (27.166) (25.034) (193.265)( - ) Despesas Adm. (2%) (1.364) (5.326) (7.846) (8.871) (9.055) (8.345) (64.422)( = ) LAIR 32.288 190.583 299.384 349.421 363.191 336.563 2.404.020(-) Contribuição Social (577.005)(-) Imposto de Renda (216.362)( = ) Lucro Líquido 32.288 190.583 299.384 349.421 363.191 336.563 1.610.653

Rentabilidade do Projeto janeiro fevereiro março abril maio junhoOcupação 90% 70% 30% 10% 5% 2%

Itens Mês 01 Mês 02 Mês 03 Mês 04 Mês 05 Mês 06Receita Bruta

Granel 226.800 176.400 75.600 25.200 12.600 5.040Sacas 151.200 117.600 50.400 16.800 8.400 3.360

Receitas de Entrada de Prod. 0 0 0 0 0 0Receitas de Saída de Prod. 18.900 54.000 108.000 54.000 13.500 8.100

Receita de Pesagem 4.038 11.538 23.077 11.538 2.885 1.731( - ) Impostos (22.653) (20.314) (14.525) (6.076) (2.112) (1.030)( = ) Receita Operac. Líquida 378.285 339.225 242.552 101.463 35.272 17.201( - ) Custo Fixo (21.976) (21.976) (21.976) (21.976) (21.976) (21.976)( - ) Custo Variável (4.060) (11.599) (23.198) (11.599) (2.900) (1.740)( = ) Lucro Bruto 352.250 305.650 197.379 67.888 10.397 (6.515)( - ) Despesas Comerciais (6%) (24.056) (21.572) (15.425) (6.452) (2.243) (1.094)( - ) Despesas Adm. (2%) (8.019) (7.191) (5.142) (2.151) (748) (365)( = ) LAIR 320.175 276.887 176.812 59.285 7.406 (7.974)(-) Contribuição Social(-) Imposto de Renda( = ) Lucro Líquido 320.175 276.887 176.812 59.285 7.406 (7.974)

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9 Implementação da Operação

9.1 Fase I

A Fase I engloba a utilização de todos os armazéns para a armazenagem de açúcar nas seguintes formas (i) galpões azuis nros. 01 e 02 Sacos de 50 kg e Big Bags de 1.200 kg; e (ii) Granel piso plano para movimentação rodoviária para o galpão amarelo.

O orçamento que relaciona às reformas de infra-estrutura necessárias a implementação da Fase I apresenta o valor aproximado de R$3.200.000,00 (três milhões e duzentos mil reais), com prazo de conclusão de 180 (cento e oitenta dias), conforme podemos verificar na proposta encaminhada por empresa de engelharia:

Galpão 1 – 5.000,00 m2

1 Serviços iniciais 1.1 Canteiro de obras 1.2 Transporte de funcionários e alimentação (20 pessoas) 1.3 Andaimes metálicos 1.4 Água e luz - fornecido pelo proprietário 1.5 Transporte de entulho da execução da obra 1.6 Projeto elétrico 1.7 plataforma elevatória 1.8 Limpeza das paredes 1.9 Equipamentos de segurança

1.10 Limpeza da caixa d´água e impermeabilização 1.11 Retirada de luminárias existentes

2 Demolições e reaterros

2.1 Demolição de base em concreto tipo "u" dim. 2,00x2,80x0,30 m 2.2 Retirada de painel em madeira dim. 6,00x1,80 m 2.3 Demolição de base em concreto dim. 0,90x0,20x0,08 m 2.4 Demolição de base em concreto dim. 0,68x0,90x0,08 2.5 Retirada de cabine elétrica em chapa dim. 6,00x2,00x2,50 m 2.6 Reaterro de canaleta com dim. 0,35x0,40x55,6 m com solo cimento 2.7 Demolição de alvenaria 2.8 Reaterro de fosso dim. 10,90x5,00x3,00 m com solo cimento 2.9 Demolição de laje em concreto

SUB-ESTAÇÃO EXISTENTE 2.10 Demolição de cabine dim. 6,00x5,30 pd. 6,00 m 2.11 Demolição de sala de controle dim. 7,70x5,30 pd. 4,00 m 2.12 Demolição de cabine dim. 3,50x2,90 pd. 4,0 m 2.13 Demolição de base em concreto dim. 2,0x2,70x0,30 m 2.14 Demolição de base em concreto dim. 0,30x1,10x0,30 m 2.15 Remoção de pip-rack 2.16 Demolição de alambrado 2.17 Reaterro de canaleta com solo cimento 2.18 Recomposição de pavimento em concreto esp. 18 cm 2.19 Demolição de base em concreto dim. 2,00x2,00x0,15 2.20 Demolição de base em concreto dim. 0,85x2,50x0,15 m

3 Superestrutura (pilares, vigas) / alvenarias

3.1 Alvenaria em tijolo cerâmico lâminado 3.2 Vedação de furos 20x20 com tijolo lâminado

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4 Cobertura em estrutura metálica tipo shed 4.1 Limpeza da estrutura e telhas 4.2 Pintura da estrutura metálica com esmalte sintético 4.3 Telhas de fibrocimento esp. 6 mm (10% troca) 4.4 Revisão na estrutura metálica 4.5 Limpeza de vidros 4.6 Marquize metálica com telhas de fibrocimento 4.7 Rufo em chapa galvanizada

5 Esquadrias metálicas

5.1 Portão em chapa de correr dim. 5,0x5,0 m 5.2 Porta p/ saída de emergência dim 0,80x2,10 m

6 Vidros

6.1 Vidro comum esp. 3 mm (5% troca)

7 Piso em concreto armado polido esp. 15 cm 7.1 Preparo de solo 7.2 Tela soldada q-138 7.3 Barra de transferência diam. 1/2" 7.4 Concreto fkc 4,5 tr c/ fibra de poliester 7.5 Lona plástica 7.6 Bica corrida compactada 7.7 Treliça metálica h-8 cm 7.8 Cura química (master build - cura cem) 7.9 Dilatação com isopor de paredes e pilares

7.10 Calafetação de junta com mastic 7.11 Lançamento, acabamento e corte de junta serrada

8 Instalações hidráulicas

8.1 Revisão das descidas de água pluviais sendo 26 descidas com diam. 200 mm e h = 9,0 m tubos de aço

8.2 Revisão de calhas metalicas corte 1,0 m com calafetação e pintura 8.3 Limpeza de canaleta de água pluviais dim. 0,35x1,00 m

9 Instalações elétricas

9.1 Quadro de distribuição geral 9.2 Quadro de iluminação p/ 20 kwatts 9.3 Grampo tipo "c" com balancim 9.4 Vergalhão roscado 3/8" barra 6 m 9.5 Luminária industrial com proteção acrílica 400 watts 9.6 Holofotes 400 watts vapor de mercúrio 9.7 Eletrocalha 100x50 9.8 Perfilado 38x38 mm barra 6,0 m 9.9 Cabo flexivel 4 mm2

9.10 Cabo de cobre nú 50 mm2 9.11 Cabo de cobre nú 35 mm2 9.12 Haste de aterramento 9.13 Luminária ho c/ proteção acrílica e reversor 9.14 Mão de obra p/ inst. elétrica

10 Pintura

10.1 Esmalte sintético em esquadrias metálicas (portões)

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11 Sanitários 11.1 Revisão das instalações hidráulicas de água fria e esgoto 11.2 Revisão das instalações elétricas 11.3 Abertura de porta dim. 0,80x2,10 m em chapa 11.4 Lavatório com coluna 11.5 Chapisco / emboço 11.6 Revestimento cerâmico 15x15 branco 11.7 Pintura 11.8 Divisória de granilite

12 Serviços complementares

12.1 limpeza da obra

Galpão 2 – 10.000,00 m2

1 Serviços iniciais 1.1 Canteiro de obras 1.2 Transporte de funcionários e alimentação (10 pessoas) 1.3 Andaimes metálicos 1.4 Água e luz - fornecido pelo proprietário 1.5 Transporte de entulho da execução da obra 1.6 Limpeza das paredes 1.7 Retirada de luminárias existentes

2 Demolições e reaterros

2.1 Retirada de grelhas metálicas 2.2 Reaterro das canaletas de cavaco com solo cimento ultima camada 2.3 Reaterro de caixa (3x 1,50x1,50x2,00 m) 2.4 Demolição de base de concreto dim. 0,70x2,10x0,40 m 2.5 Demolição de base em concreto dim. 0,25x1,20x0,20 m 2.6 Demolição de alvenaria para abertura de janelas escritórios

3 Superestrutura (pilares, vigas) / alvenarias

3.1 Formas de maderite e escoramento de madeira para execução de piso sobre o acesso dos sanitários

3.2 Concreto usinado fck 20mpa 3.3 Lançamento de concreto 3.4 Armadura ca50 3.5 Vedação de furos 20x20 com tijolos refratários 3.6 Reforço da alvenaria para abertura de janelas (vergas em concreto)

4 Cobertura em estrutura metálica tipo shed

4.1 Limpeza da estrutura e telhas 4.2 Telhas de fibrocimento esp. 6 mm (10% troca) - retirada e fornecimento 4.3 Estrutura de cobertura (cantos do prédio) 4.4 Calha em aço galvanizado 4.5 Limpeza de vidros 4.6 Marquize metálica com telhas de fibrocimento nas portas de acesso 4.7 Rufo em chapa galvanizada

5 Esquadrias metálicas

5.1 Revisão dos portões 5.2 Caixilho tipo max-ar

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6 Vidros 6.1 Vidro comum esp. 3 mm (5% troca) 6.2 Vidro comum esp. 3 mm (escritórios)

7 Piso em concreto armado polido esp. 15 cm (piso = 1.859,85 m², laje tela dupla = 225,00 m² área de laje dos sanitários)

7.1 Preparo de solo 7.2 Tela soldada q-138 7.3 Barra de transferência diam. 1/2" 7.4 Concreto fkc 4,5 tr c/ fibra de poliester 7.5 Lona plástica 7.6 Bica corrida compactada 7.7 Treliça metálica h-8 cm 7.8 Cura química (master build - cura cem) 7.9 Calafetação de junta com mastic

7.10 Lançamento, acabamento e corte de junta serrada

8 Instalações hidráulicas

8.1 Revisão das descidas de água pluviais sendo 52 descidas com diam. 200 mm e h = 9,0 m

8.2 Revisão e calafetação das calhas metalicas corte 1,0 m existentes 8.3 Limpeza de canaleta de água pluviais existente interna do galpão dim. 0,60x1,80 m 8.4 Descidas de água pluvial dim. 100 m

9 Instalações elétricas

9.1 Quadro de distribuição geral 9.2 Quadro de iluminação p/ 20 kwatts 9.3 Grampo tipo "c" com grampo 9.4 Vergalhão roscado 3/8" barra 6 m 9.5 Luminária industrial com proteção acrílica 400 watts 9.6 Lumiária fluorescente 2x40 watts 9.7 Eletrocalha 100x50 9.8 Perfilado 38x38 mm barra 6,0 m 9.9 Cabo flexivel 4 mm2

9.10 Cabo de cobre nú 50 mm2 9.11 Cabo de cobre nú 35 mm2 9.12 Haste de aterramento 9.13 Mão de obra p/ inst. elétrica 10 Pintura

10.1 Esmalte sintético em esquadrias metálicas (portas existentes) 10.2 Latéx acrilico 2 demãos (paredes / lajes escritórios)

11 Serviços complementares

11.1 Forro de pvc (escritório 2º pav) 11.3 Regularização de base para piso cerâmico (escritórios) 11.4 Piso ceramico pei 5 (escritórios) 11.5 Rodapé cerâmico (escritórios) 11.2 Limpeza da obra

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Galpão 3 – 12.400,00 m2

1 Serviços iniciais 1.1 Canteiro de obras 1.2 Transporte de funcionários e alimentação (20 pessoas) 1.3 Andaimes metálicos 1.4 Água e luz - fornecido pelo proprietário 1.5 Transporte de entulho da execução da obra 1.6 Projeto elétrico 1.7 Plataforma elevatória 1.8 Limpeza das paredes 1.9 Equipamentos de segurança

1.10 Limpeza da caixa d´água e impermeabilização 1.11 Retirada de luminárias existentes 1.12 Revisão na estrutura metálica e madeira do fechamento lateral

1.13 Substituição de telhas de fibrocimento esp. 6 mm do fechamento lateral (subst. 10%)

2 Demolições e reaterros

2.1 Demolição de fechamento com telhas de fibrocimento e estrutura metálica e madeira 2.2 Demolição de bases em concreto tipo h com volume de 11,15 m³ 2.3 Demolição de bases em concreto dim. 3,40x2,00x0,08 m

2.4 Reaterro de canaleta com solo cimento na ultima camada dim. 101,90x0,40x0,40 m

2.5 Demolição de base em concreto dim. 1,00x1,20x0,08 m 2.6 Demolição de base em concreto dim. 0,20x0,90x0,08 m

2.7 Reaterro de fosso tipo "t" com solo cimento na ultima camada dim. 4,00x6,50x2,00 m

2.8 Reaterro de fosso tipo "t" com solo cimento na ultima camada dim. 3,20x2,70x2,00 m (7x)

2.9 Demolição de base em concreto 1,00x1,50x0,08 m

2.10 Reaterro de fosso dim. 1,20x1,40x1,50 com solo cimento na ultima camada (2x)

2.11 Demolição de base em concreto dim. 1,20x1,40x0,20 m 2.12 Demolição de alvenaria e lavatório 2.13 Retirada de trilhos metálicos

2.14 Reaterro de fosso dim. 0,90x3,50x1,50 (2x) com solo cimento na ultima camada

2.15 Reaterro de fosso dim. 7,00x15,00x3,00 com solo cimento na ultima camada

2.16 Demolição de base em concreto dim. 7,00x7,00x0,08 2.17 Demolição de base em concreto dim. 1,10x1,20x0,08 2.18 Retirada de bica metálica

3 Alvenarias 3.1 Alvenaria em tijolo cerâmico lâminado fechamento de porta 3.2 Vedação de furos 20x20 com tijolo lâminado

4 Cobertura em estrutura metálica tipo shed

4.1 Limpeza da estrutura e telhas com jateamento 4.2 Pintura da estrutura metálica com esmalte sintético 4.3 Telhas de fibrocimento esp. 6 mm (10% troca) 4.4 Revisão na estrutura metálica 4.5 Limpeza de vidros

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4.6 Marquize metálica com telhas de fibrocimento 4.7 Rufo em chapa galvanizada 4.8 Rufo em chapa galvanizada corte 1,20

5 Esquadrias metálicas

5.1 Porta p/ saída de emergência dim 0,80x2,10 m 5.2 Revisão portão existente

6 Vidros

6.1 Vidro comum esp. 3 mm (5% troca) 7 Piso em concreto armado polido esp. 15 cm

7.1 Preparo de solo 7.2 Tela soldada q-138 7.3 Barra de transferência diam. 1/2" 7.4 Concreto fkc 4,5 tr c/ fibra de poliester 7.5 Lona plástica 7.6 Bica corrida compactada 7.7 Treliça metálica h-8 cm 7.8 Cura química (master build - cura cem) 7.9 Dilatação com isopor de paredes e pilares

7.10 Calafetação de junta com mastic 7.11 Lançamento, acabamento e corte de junta serrada

8 Instalações hidráulicas

8.1 Revisão das descidas de água pluviais sendo 46 descidas com diam. 200 mm e h = 9,0 m tubos de aço

8.2 Revisão de calhas metalicas corte 1,0 m com calafetação e pintura 8.3 Limpeza de canaleta de água pluviais dim. 0,35x1,00 m

9 Instalações elétricas

9.1 Quadro de distribuição geral 9.2 Quadro de iluminação p/ 20 kwatts 9.3 Grampo tipo "c" com grampo 9.4 Vergalhão roscado 3/8" barra 6 m 9.5 Luminária industrial com proteção acrílica 400 watts 9.6 Holofotes 400 watts vapor de mercúrio 9.7 Eletrocalha 100x50 9.8 Perfilado 38x38 mm barra 6,0 m 9.9 Cabo flexivel 4 mm2

9.10 Cabo de cobre nú 50 mm2 9.11 Cabo de cobre nú 35 mm2 9.12 Haste de aterramento 9.13 Luminária ho c/ proteção acrílica e reversor 9.14 Mão de obra p/ inst. elétrica

10 Pintura

10.1 Esmalte sintético portas de saida de emergência

11 Serviços complementares 11.1 Limpeza da obra

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Preços e Condições:

Preço total dos serviços:

Preço Total Galpão 1 (5.000,00 m2) R$ 782.230,55

Preço Total Galpão 2 (10.000,00 m2) R$ 709.612,34

Preço Total Galpão 3 (12.400,00 m2) R$ 1.801.095,48

9.2 Fase II

A Fase II abrange a utilização dos armazéns para operações rodoviárias e ferroviárias, com maior desenvolvimento do açúcar a granel, cujo custo de construção está avaliado em aproximadamente 13 milhões de reais, em duas etapas.

O custo para construção para início da operação de armazenagem de açúcar será o mesmo, independentemente das formas de armazenagem do açúcar, ou seja, a definição da forma de armazenamento do açúcar dependerá da (i) demanda do mercado e preço final; (ii) custo fixo da operação; e (iii) capacidade para cada espécie de armazenamento.

Baseando-se em proposta de prestação de serviço de empresa especializada na construção de armazéns, estudou-se os custo da operação, divididos em duas etapas, com características distintas.

A “Etapa A” engloba a implementação do sistema de recepção rodoviária capacidade 300 T/H em prédio específico, o carregamento do armazém por linha de transportadores suspenso na estrutura metálica existente, capeamento do piso do armazém, com demolição e retirada de interferências, sistema de expedição de 500T/h, por uma linha de correia no armazém, posicionada em galeria enterrada dotada de vazadores, sistema de pesagem de caminhões por balança de plataforma, tulha de expedição rodoviária e equipamentos eletromecânicos e suas instalações elétricas, cujo valor estimado é de R$7.080.000,00 (sete milhões e oitenta mil reais).

A “Etapa B” é constituída dos seguintes serviços, armazenagem estática adicional de 40.000T de açúcar a granel, carregamento no armazém por linha adicional de transportadores suspenso na estrutura metálica existente, sistema de expedição com capacidade 1.000T/h, por duas linhas de correia no armazém de 500 T/h cada, colocação de passarelas de interligação à expedição rodo-ferroviária, sistema de pesagem de vagões por balanças de plataformas, tulha de expedição rodo-ferroviária e equipamentos eletromecânicos e suas instalações elétricas que perfazem o montante aproximado de R$5.930.000,00 (cinco milhões, novecentos e trinta mil reais).

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10 Armazenagem de Álcool

Além do armazém de produtos agropecuários, existe a possibilidade de implementar uma operação de estocagem de ácool no imóvel de Ibaté.

O projeto requer investimento inicial mais elevado que a operação de armazenagem de açúcar, porém a conjuntura mundial do setor energético incentiva a demanda por combustíveis renováveis, como o álcool.

A iniciativa privada e o governo vão incentivar a oferta de álcool nos próximos anos e parte dos recursos disponíveis será aplicada no setor de armazenagem, que apresenta defasagem histórica. Portanto, apresenta-se uma oportunidade única de investimento em Ibaté.

10.1 Estudo de Mercado

10.1.1 Informações Específicas sobre o Setor O Brasil é precursor na indústria do álcool, utilizando-o como combustível desde a década de 20. Desde o final da década de 70, com a implantação do programa Proálcool pelo Governo Federal, o álcool tem sido utilizado como combustível no país de duas maneiras: como álcool etílico hidratado carburante, usado em carros que funcionam 100% a álcool; ou como álcool etílico anidro, misturado na gasolina.

Todavia, a oscilação internacional dos preços do açúcar e da gasolina nos anos 90 levou a uma desaceleração do programa Proálcool, de forma que a produção de etanol manteve-se graças à frota veículos movidos a álcool nos anos 80 e à adição de álcool anidro na gasolina.

Contudo, as pesquisas continuaram, novas variedades de cana-de-açúcar foram desenvolvidas e houve melhoras no processo de moagem e fermentação, levando ao completo domínio da tecnologia pela indústria brasileira.

A bem sucedida experiência brasileira tem servido de modelo para outros países que buscam no etanol uma fonte de energia renovável de combustível, mais adequada às exigências ambientais mundiais e não sujeita aos desequilíbrios do mercado mundial de petróleo.

Dos vários países produtores de álcool, foi o Brasil o primeiro a negociar contratos futuros de etanol numa Bolsa (BM&F), condição essencial para que se tenha referência de preços. Mais tarde, o álcool anidro estreou na New York Board of Trade, passando a ter uma cotação diária.

10.1.2 Iniciativas do Governo Brasileiro ao Setor Além do esforço da iniciativa privada, o governo vem atuando em frentes que considera prioritárias para a ampliação do consumo do etanol no mercado interno, e expansão para o mercado internacional.

Exemplos são as Leis 10.438 de 2002, que criou o Proinfa – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, garantindo a compra pelas concessionárias da energia produzida com o bagaço da cana; Lei 4.353 de 2002, que trata sobre estocagem e financiamento do agronegócio sucroalcooeiro; redução no IPI de veículos com combustível flexível (álcool/ gasolina).

Os veículos com motores flexíveis oferecem ao consumidor a escolha do combustível a ser utilizado. Seu conceito surgiu no final dos anos 80, quando vários países interessaram-se pelo uso do álcool como combustível. Em 2003 as indústrias automotoras trouxeram a tecnologia para o Brasil, aonde vem encontrando grande mercado e expandindo consideravelmente. Somente no ano de lançamento foram comercializadas 48.178 unidades de veículos bi-combustíveis.

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10.1.3 Produção de Álcool no Brasil Em média, nas últimas cinco safras de cana no Brasil, 52% do total produzido foi transformado em álcool.

Cada tonelada de cana-de-açúcar tem capacidade de produção de 89 litros de etanol hidratado ou 85 litros de etanol anidro. Todavia, em condições normais de mercado, o rendimento médio nacional, para cada tonelada de cana moída, é de 42 litros de álcool.

10.1.4 Mercado Externo Por suas características e efeitos menos danosos ao meio ambiente, o álcool combustível tem se tornado um produto universal, com previsão de grande expansão mundial de seu consumo, particularmente no que diz respeito a sua mistura na gasolina.

Diferentes países vêm contemplando a mistura do álcool à gasolina e ao diesel. O Japão já aprovou lei, a ser regulamentada, que permite a mistura de álcool a gasolina. A Austrália, por sua vez, pretende, de forma não obrigatória, permitir a adição de 2% a 10% de álcool na gasolina.

Outros países, como a Índia e a Tailândia também vêm estudando essa possibilidade. Já a China tem interesse na utilização do álcool carburante como substituto do aditivo na gasolina.

No cenário internacional, o Brasil pretende solicitar aos EUA uma cota de exportação de álcool livre de tarifas de importação. Espera-se que a cota seja equivalente a 5% da demanda interna norte-americana. Se o projeto tiver êxito, as vendas brasileiras ao exterior livres da atual taxa de US$ 0,54 por galão, acrescida de alíquota ad valorem de 2,5%, poderão incrementar as vendas externas em 700 milhões de litros por ano num primeiro momento. Os EUA apresentam um consumo-ano de 14 bilhões de litros.

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10.1.5 Protocolo de Kyoto e o Mercado Externo Em 1997 diversos países, preocupados com as mudanças climáticas e com o aquecimento global, assinaram o Protocolo de Kyoto, que, dentre outros assuntos, trata da emissão de gases poluentes.

A queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, é uma das principais fontes de emissão desses gases. Com a concordância dos países no compromisso de redução da quantidade de gases emitidos, outras fontes energéticas distintas do petróleo terão de ser buscadas.

Atualmente, o álcool é a única fonte passível de substituir os derivados de petróleo, pois pode ser produzida em larga escala em um curto período de tempo.

Portanto, para cumprirem o disposto no Protocolo, os países têm buscado no álcool a solução, gerando grandes chances de comércio para o Brasil, que tem o menor custo de produção do etanol no mundo.

10.1.6 Investimentos Externos no Mercado Interno Além da venda do álcool como produto final e da tecnologia de produção para países estrangeiros, o governo brasileiro pensa na possibilidade de países que não possuem as condições geoclimáticas para a produção da cana-de-açúcar investirem em território nacional.

As empresas estrangeiras que desejarem poderão investir no cultivo e na industrialização, sem se tornarem propritárias de terras. O álcool produzido poderá ser direcionado tanto para o mercado externo quanto para o interno.

10.1.7 Novos usos para o Álcool O etanol não esgotou sua capacidade de utilização como combustível alternativo, tendo, ainda, enorme potencial de expansão. A mistura do álcool ao óleo diesel é uma das formas promissoras de utilização do etanol.

A mistura de 8% do etanol no diesel melhora as emissões de partículas e gases nocivos em veículos de transporte de passageiros e carga que rodam nos grandes centros. A experiência já está sendo desenvolvida no Estado do Paraná sob a coordenação do Governo Federal.

Outra nova tecnologia são os motores de aeronaves movidos a álcool. Para a aviação agrícola e esportiva já existe e está disponível no mercado o motor movido a álcool hidratado.

Seu maior benefício é a redução nos custos, visto que o preço do álcool pode chegar a menos da metade do valor da gasolina de aviação, nas regiões mais distantes do centro de produção.

Por fim, o uso futuro, com grande potencial de expansão, está na utilização do álcool como matéria-prima na produção de biodiesel de óleos vegetais, que poderá substituir totalmente o óleo diesel de origem fóssil, sem que haja restrições técnicas no funcionamento dos motores.

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O biodiesel é um produto fabricado a partir do processamento de óleos vegetais, sendo definido como um éster de ácidos graxos de cadeia longa. Para seu processo de produção são necessários de 10 a 15% de álcool como catalisador.

10.2 Armazém de Álcool em Ibaté - Multimode

No ano de 2005 a produção de álcool no estado de São Paulo foi de 98 milhões de m³. Somente a área de abrangência do Armazém-geral da Multimode (demarcada no mapa abaixo) produziu cerca de 25 milhões de m³.

Espera-se um aumento de aproximadamente 27% na produção para 2007/2008, com a expectativa de 32 novas usinas na região.

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10.2.1 Planta do Imóvel

A planta acima demonstra a capacidade total de implementação com 32 tanques de armazenagem de 5.000 m³ cada. Inicialmente serão instalados 6 tanques de 2.000 m³, com capacidade de armazenamento de 12.000m³ de álcool.

10.3 Estudo de Viabilidade Econômica

10.3.1 Premissas O estudo de viabilidade econômica do projeto de armazenagem de álcool considera um investimento inicial de R$12.000.000,00 (doze milhões de reais) para instalação 6 tanques de 2.000 m³, tubulações, bombas, adequação civil, elétrica, equipamentos contra incêndio e um laboratório químico. Equipamentos necessários e suficientes para operação dos estoques.

A capacidade máxima dos tanques será de 12.000 m3, porém a capacidade operacional ficará limitada em 10.000 m3.

O capital de giro próprio necessário para as operações foi calculado em R$700.000,00 (setecentos mil reais) e deve estar disponível após o sexto mês, ao término das obras.

Os fluxos de caixa foram descontados à taxa referencial Selic para o mês de maio de 2006 (15,75%) e a espectativa de taxa de inflação futura foi desconsiderada, tanto para as receitas quanto para as despesas.

O prazo de entrega das obras é de seis meses. Portanto, a operação tem início no sétimo mês do projeto e o cálculo do valor presente dos fluxos de caixa acompanha esse intervalo.

Devido à alta margem de lucro sobre o faturamento característica do serviço de estocagem, foi aplicada a modalidade de tributação sobre lucro presumido para o Imposto de Renda e para a Contribuição Social. Os tributos PIS e COFINS utilizam a sistemática da cumulatividade, enquanto o ISS foi calculado pela alíquota de 2%.

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10.3.2 Receitas Para o cálculo das receitas, foram utilizados valores obtidos em pesquisas entre potenciais clientes e concorrentes diretos. Os preços apurados foram:

R$ 4,00 (quatro reais) por m3 para movimentação de entrada, incluindo um mês de estocagem;

R$ 4,00 (quatro reais) por m3 para movimentação de saída;

R$ 4,00 (quatro reais) por mês para estocagem adicional;

R$ 0,50 (cinqüenta centavos) de compensação pela evaporação por m3 por mês

A espectativa de movimentação nos períodos de safra de cana-de-açúcar é de 400.000 m3 por mês. O volume está dentro dos padrões do mercado e da capacidade do sistema de carga e descarga do armazém. Devido à alta demanda para estocagem de álcool, as atividades se iniciam em maio de 2007 utilizando a capacidade operacional máxima. A safra de cana no Estado de São Paulo vai de maio a novembro.

No período de entresafra, a movimentação cessa e faturamento provém somente da estocagem e da compensação pela evaporação.

10.3.3 Custos Os custos operacionais estão calculados em R$300.000,00 (trezentos mil reais) por mês no período de safra, ajustado ao volume máximo de operação. Na entresafra os custos operacionais caem para R$50.000,00 (cinqüenta mil reais) por mês, devido a ausência de movimentação.

Os custos administrativos estão estimados em R$50.000,00 por mês, constantes ao longo do ano.

10.3.4 Demonstrações Financeiras O estudo de viabilidade econômica demonstra o retorno do capital investido em 33 meses após o investimento inicial, ou 26 meses após o início das operações comerciais.

As planilhas a seguir demonstram o fluxo de caixa da empresa a partir do sétimo mês, após o término das obras, até o qüinquagésimo mês.

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Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12 Mês 13 Mês 14maio/2007 junho/2007 julho/2007 agosto/2007 setembro/2007 outubro/2007 novembro/2007 dezembro/2007

Receita Operacional BrutaReceita com Movimentação de Entrada e Estocagem 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 - Receita com Movimentação de Saída 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 - Receita com Estocagem Mensal - - - - - - - 40.000,00 Receita com Evaporação 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 Total 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 45.000,00

Deduções da Receita BrutaISS (2%) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (900,00) PIS (0,65%) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (292,50) COFINS (3%) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (1.350,00) Total (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (2.542,50)

Receita Operacional Líquida 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 42.457,50

CustosCustos Operacionais (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (50.000,00) Custos Administrativos (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) Total (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (100.000,00)

Lucro LíquidoLucro antes dos Impostos 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 (57.542,50) IR Presumido (25% sobre 32%) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (3.600,00) CSL Presumido (9% sobre 32%) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (1.296,00) Total 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 (62.438,50)

Valor Presente do Saldo de Caixa 908.754,98 897.745,81 886.870,01 876.125,97 865.512,08 855.026,78 844.668,51 (52.643,48)

Valor Presente do Saldo de Caixa Acumulado 908.754,98 1.806.500,78 2.693.370,79 3.569.496,75 4.435.008,84 5.290.035,62 6.134.704,12 6.082.060,64

Retorno do Capital Investido Não Não Não Não Não Não Não Não

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Mês 15 Mês 16 Mês 17 Mês 18 Mês 19 Mês 20 Mês 21 Mês 22 Mês 23 Mês 24 Mês 25 Mês 26janeiro/2008 fevereiro/2008 março/2008 abril/2008 maio/2008 junho/2008 julho/2008 agosto/2008 setembro/2008 outubro/2008 novembro/2008 dezembro/2008

Receita Operacional BrutaReceita com Movimentação de Entrada e Estocagem - - - - 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 - Receita com Movimentação de Saída - - - - 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 - Receita com Estocagem Mensal 40.000,00 40.000,00 40.000,00 40.000,00 - - - - - - - 40.000,00 Receita com Evaporação 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 Total 45.000,00 45.000,00 45.000,00 45.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 45.000,00

Deduções da Receita BrutaISS (2%) (900,00) (900,00) (900,00) (900,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (900,00) PIS (0,65%) (292,50) (292,50) (292,50) (292,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (292,50) COFINS (3%) (1.350,00) (1.350,00) (1.350,00) (1.350,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (1.350,00) Total (2.542,50) (2.542,50) (2.542,50) (2.542,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (2.542,50)

Receita Operacional Líquida 42.457,50 42.457,50 42.457,50 42.457,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 42.457,50

CustosCustos Operacionais (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (50.000,00) Custos Administrativos (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) Total (100.000,00) (100.000,00) (100.000,00) (100.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (100.000,00)

Lucro LíquidoLucro antes dos Impostos (57.542,50) (57.542,50) (57.542,50) (57.542,50) 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 (57.542,50) IR Presumido (25% sobre 32%) (3.600,00) (3.600,00) (3.600,00) (3.600,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (3.600,00) CSL Presumido (9% sobre 32%) (1.296,00) (1.296,00) (1.296,00) (1.296,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (1.296,00) Total (62.438,50) (62.438,50) (62.438,50) (62.438,50) 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 (62.438,50)

Valor Presente do Saldo de Caixa (52.005,73) (51.375,71) (50.753,31) (50.138,46) 785.101,49 775.590,33 766.194,39 756.912,28 747.742,62 738.684,04 729.735,21 (45.480,33)

Valor Presente do Saldo de Caixa Acumulado 6.030.054,91 5.978.679,20 5.927.925,89 5.877.787,44 6.662.888,93 7.438.479,26 8.204.673,65 8.961.585,93 9.709.328,55 10.448.012,59 11.177.747,80 11.132.267,47

Retorno do Capital Investido Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

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Mês 27 Mês 28 Mês 29 Mês 30 Mês 31 Mês 32 Mês 33 Mês 34 Mês 35 Mês 36 Mês 37 Mês 38janeiro/2009 fevereiro/2009 março/2009 abril/2009 maio/2009 junho/2009 julho/2009 agosto/2009 setembro/2009 outubro/2009 novembro/2009 dezembro/2009

Receita Operacional BrutaReceita com Movimentação de Entrada e Estocagem - - - - 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 - Receita com Movimentação de Saída - - - - 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 - Receita com Estocagem Mensal 40.000,00 40.000,00 40.000,00 40.000,00 - - - - - - - 40.000,00 Receita com Evaporação 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 Total 45.000,00 45.000,00 45.000,00 45.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 45.000,00

Deduções da Receita BrutaISS (2%) (900,00) (900,00) (900,00) (900,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (900,00) PIS (0,65%) (292,50) (292,50) (292,50) (292,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (292,50) COFINS (3%) (1.350,00) (1.350,00) (1.350,00) (1.350,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (1.350,00) Total (2.542,50) (2.542,50) (2.542,50) (2.542,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (2.542,50)

Receita Operacional Líquida 42.457,50 42.457,50 42.457,50 42.457,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 42.457,50

CustosCustos Operacionais (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (50.000,00) Custos Administrativos (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) Total (100.000,00) (100.000,00) (100.000,00) (100.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (100.000,00)

Lucro LíquidoLucro antes dos Impostos (57.542,50) (57.542,50) (57.542,50) (57.542,50) 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 (57.542,50) IR Presumido (25% sobre 32%) (3.600,00) (3.600,00) (3.600,00) (3.600,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (3.600,00) CSL Presumido (9% sobre 32%) (1.296,00) (1.296,00) (1.296,00) (1.296,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (1.296,00) Total (62.438,50) (62.438,50) (62.438,50) (62.438,50) 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 (62.438,50)

Valor Presente do Saldo de Caixa (44.929,36) (44.385,06) (43.847,35) (43.316,16) 678.273,43 670.056,44 661.939,00 653.919,90 645.997,94 638.171,96 630.440,79 (39.291,86)

Valor Presente do Saldo de Caixa Acumulado 11.087.338,11 11.042.953,05 10.999.105,70 10.955.789,54 11.634.062,97 12.304.119,41 12.966.058,40 13.619.978,30 14.265.976,25 14.904.148,21 15.534.588,99 15.495.297,13

Retorno do Capital Investido Não Não Não Não Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim

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Mês 39 Mês 40 Mês 41 Mês 42 Mês 43 Mês 44 Mês 45 Mês 46 Mês 47 Mês 48 Mês 49 Mês 50janeiro/2010 fevereiro/2010 março/2010 abril/2010 maio/2010 junho/2010 julho/2010 agosto/2010 setembro/2010 outubro/2010 novembro/2010 dezembro/2010

Receita Operacional BrutaReceita com Movimentação de Entrada e Estocagem - - - - 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 - Receita com Movimentação de Saída - - - - 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 800.000,00 - Receita com Estocagem Mensal 40.000,00 40.000,00 40.000,00 40.000,00 - - - - - - - 40.000,00 Receita com Evaporação 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 Total 45.000,00 45.000,00 45.000,00 45.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 1.605.000,00 45.000,00

Deduções da Receita BrutaISS (2%) (900,00) (900,00) (900,00) (900,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (32.100,00) (900,00) PIS (0,65%) (292,50) (292,50) (292,50) (292,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (10.432,50) (292,50) COFINS (3%) (1.350,00) (1.350,00) (1.350,00) (1.350,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (48.150,00) (1.350,00) Total (2.542,50) (2.542,50) (2.542,50) (2.542,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (90.682,50) (2.542,50)

Receita Operacional Líquida 42.457,50 42.457,50 42.457,50 42.457,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 1.514.317,50 42.457,50

CustosCustos Operacionais (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (300.000,00) (50.000,00) Custos Administrativos (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) Total (100.000,00) (100.000,00) (100.000,00) (100.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (350.000,00) (100.000,00)

Lucro LíquidoLucro antes dos Impostos (57.542,50) (57.542,50) (57.542,50) (57.542,50) 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 1.164.317,50 (57.542,50) IR Presumido (25% sobre 32%) (3.600,00) (3.600,00) (3.600,00) (3.600,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (128.400,00) (3.600,00) CSL Presumido (9% sobre 32%) (1.296,00) (1.296,00) (1.296,00) (1.296,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (46.224,00) (1.296,00) Total (62.438,50) (62.438,50) (62.438,50) (62.438,50) 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 989.693,50 (62.438,50)

Valor Presente do Saldo de Caixa (38.815,86) (38.345,62) (37.881,08) (37.422,17) 585.981,36 578.882,45 571.869,55 564.941,60 558.097,58 551.336,47 544.657,27 (33.945,45)

Valor Presente do Saldo de Caixa Acumulado 15.456.481,27 15.418.135,65 15.380.254,56 15.342.832,39 15.928.813,76 16.507.696,21 17.079.565,76 17.644.507,35 18.202.604,93 18.753.941,39 19.298.598,66 19.264.653,21

Retorno do Capital Investido Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

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Solução Logística Multi-Modal

ANEXO A Contrato Social

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Solução Logística Multi-Modal

ANEXO B Regimento Interno

com a minuta de tabela de tarifas a ser praticada

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REGULAMENTO DA ARMAZENAGEM AMBIENTE NATURAL

ÍNDICE

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO .........................................................................................................................59 SEÇÃO I - OBJETIVO .....................................................................................................................................59 CAPITULO II - ARMAZENAMENTO E SERVIÇOS CORRELATOS ...............................................................59 SEÇÃO I – Armazenamento ............................................................................................................................59

SEÇÃO II - Pesagem .......................................................................................................................................59

SEÇÃO III - Recepção e Expedição ................................................................................................................60

SEÇÃO IV - braçagem .....................................................................................................................................60

SEÇÃO V - Pré-limpeza e/ou limpeza .............................................................................................................61

SEÇÃO VI - secagem ......................................................................................................................................61

SEÇÃO VII - Tratamento fitossanitário ............................................................................................................60

SEÇÃO VIII - ensaque .....................................................................................................................................60

SEÇÃO IX - Costura de pequeno porte ou ponteação.....................................................................................60

SEÇÃO X - Classificação e emalamento de sacaria .......................................................................................60

SEÇÃO XI - Marcação .....................................................................................................................................62

SEÇÃO XII - Mistura ou liga ............................................................................................................................62

SEÇÃO XIII - Transbordo ................................................................................................................................62

SEÇÃO XIV - Utilização de empilhadeira automotriz ......................................................................................63

SEÇÃO XV - Classificação ..............................................................................................................................63

SEÇÃO XVI - Manobra de vagões ..................................................................................................................63

CAPÍTULO III – Tarifas.....................................................................................................................................63

SEÇÃO I – Definições .....................................................................................................................................63

SEÇÃO II - Sobretaxa ......................................................................................................................................64

SEÇÃO III - Taxa de administração ................................................................................................................64

SEÇÃO IV – Taxa de expediente ....................................................................................................................64

SEÇÃO V - Comissão de permanência em conta ...........................................................................................64

CAPÍTULO IV - Indenização das perdas..........................................................................................................65 CAPÍTULO V - Condições para armazenagem................................................................................................66 SEÇÃO I - Condições para o armazenamento e a prestação de serviços .....................................................66

SEÇÃO II - Condições para a aplicação de tarifas .........................................................................................69

SEÇÃO III - Disposições Gerais .....................................................................................................................69

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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

SEÇÃO I - OBJETIVO

Art. 1 O presente Regulamento visa disciplinar e padronizar as ações da Multimode – Soluções Logística Ltda. no que se refere à prestação de serviços por sua Unidade Armazenadora.

CAPÍTULO II

ARMAZENAMENTO E SERVIÇOS CORRELATOS

SEÇÃO I - ARMAZENAMENTO

Art. 2 Armazenamento é o serviço que consiste na guarda e conservação das mercadorias recebidas em depósito.

Art. 3 O prazo de depósito começará a vigorar a partir da entrada do produto nos compartimentos de estocagem e será de até 180 (cento e oitenta) dias, podendo ser prorrogado livremente por acordo entre o depositante e a Companhia.

SEÇÃO II - PESAGEM

Art. 4 Pesagem é a operação que visa determinar o peso das mercadorias.

Art.5 A pesagem para os depositantes e/ou usuários de serviços correlatos será realizada, obrigatoriamente, tanto na entrada quanto na saída das mercadorias.

Art. 6 A empresa somente aceitará a pesagem por ela realizada ou quando realizada por terceiros sob sua fiscalização.

Art. 7 Será cobrada a pesagem (pesagem avulsa) sempre que as mercadorias não se destinarem ao armazenamento e/ou prestação de serviços, conforme Tabela de Tarifas.

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SEÇÃO III - RECEPÇÃO E EXPEDIÇÃO

Art. 8 Recepção e Expedição são as operações de receber ou expedir mercadorias pela utilização de equipamentos existentes na Unidade Armazenadora, inclusive pesagem, retirada de amostras e determinação dos teores de umidade e de impurezas e matérias estranhas.

Art. 9 Quando for necessário contratar equipamentos de terceiros, para operações excepcionais, será feita cobrança à parte, ao preço do dia mais taxa de administração.

SEÇÃO IV - BRAÇAGEM

Art. 10 Braçagem inclui o transporte, ensaque, desensaque, costura, ponteação, mistura ou liga de mercadorias, classificação e emalamento de sacaria, marcação de volumes, dentre outros, por ocasião de seu recebimento, movimentação interna e/ou expedição, para a qual utiliza-se mão-de-obra específica (braçagistas).

Art.11 A braçagem efetuada por empresa ou entidade especializada, sob administração dessa empresa, será cobrada com base no custo de pessoal, ao preço do dia, incluídos os encargos sociais e a taxa de administração específica, estabelecida na tabela de tarifas.Incluídos os encargos sociais e a taxa de administração específica, estabelecida na Tabela de Tarifas.

Art. 12 A empresa, quando mantiver contratos com firmas ou entidades especializadas em braçagem, cobrará do depositante preço convencionado em contrato e/ou acordo coletivo de trabalho, mais a taxa de administração específica, estabelecida na Tabela de Tarifas.

Art. 13 O serviço de braçagem efetuado pelo cliente somente será permitido quando executado por seus empregados devidamente registrados e mediante autorização do responsável pela Unidade Armazenadora. Neste caso, não incidirá a taxa de administração.

Art. 14 Quando for utilizada braçagem própria da Multimode, será cobrado o preço do Sindicato ou da Associação de Braçagistas ou de firma especializada, a critério da Multimode. Na ausência desses, será utilizado o preço do dia e de mercado local.

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SEÇÃO V - PRÉ-LIMPEZA E/OU LIMPEZA

Art. 15 Pré-limpeza e/ou Limpeza são as operações destinadas à redução do teor excessivo de impurezas e matérias estranhas dos grãos em geral aos índices recomendáveis para a sua conservação.

SEÇÃO VI - SECAGEM

Art. 16 Secagem é a operação destinada à redução do teor excessivo de umidade das mercadorias aos índices recomendáveis para a sua conservação.

SEÇÃO VII - TRATAMENTO FITOSSANITARIO

Art. 17 Tratamento Fitossanitário é a operação que visa a eliminação dos insetos dos grãos armazenados, através da utilização de inseticidas.

Art. 18 Nos armazéns operados pela empresa, essa operação será realizada ajuízo da mesma, independentemente de autorização do depositante.

SEÇÃO VIII - ENSAQUE

Art. 19 Ensaque é a operação de acondicionamento da mercadoria em sacas.

Art. 20 A Companhia não efetuará ensaque ou reensaque de mercadoria em sacaria de terceiros contendo "marca registrada" da mesma espécie de produto, salvo quando houver autorização da marca por quem de direito.

SEÇÃO IX - COSTURA DE PEQUENO PORTE OU PONTEAÇAO

Art. 21 Costura de Pequeno Porte ou Ponteação é a operação que consiste em costurar rasgos e/ou furos da sacaria, visando evitar o derrame da mercadoria.

Art.22 Esta operação será feita sempre que a Multimode julgar necessário, independentemente de autorização do depositante.

SEÇÃO X - CLASSIFICAÇÃO E EMALAMENTO DE SACARIA

Art. 23 Classificação e Emalamento de Sacaria é a operação de classificar a sacaria de acordo com seu estado de conservação. com seu respectivo acondicionamento em malas de 25 (vinte e cinco) sacas.

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Art.24 Esta operação será feita sempre que a empresa julgar necessário independentemente de autorização do depositante.

SEÇÃO XI - MARCAÇÃO

Art. 25 Marcação é a operação de identificar volumes, através de uma única marca em cada volume, utilizando-se para isso carimbo apropriado ou pincel, não se confundindo com a marcação de pilhas.

Art. 26 A marcação de mercadorias será realizada quando solicitada pelo cliente.

SEÇÃO XII - MISTURA OU LIGA

Art. 27 Mistura ou Liga é a operação que consiste em misturar dois ou mais tipos de grãos da mesma espécie, observadas as Normas de Classificação.

Parágrafo único. Esta operação será feita mediante requisição expressa do depositante, na qual determinará as quantidades de cada lote destinadas a mistura.

SEÇÃO XIII - TRANSBORDO

Art. 28 Transbordo é a operação de transferir mercadorias de um veículo para outro, no prazo previamente estabelecido.

I - a operação de transbordo poderá ser realizada desde que a Unidade Armazenadora disponha de espaço físico (silo, graneleiro, etc) destinado a recepção e estocagem dos produtos, mantendo-os separados dos demais;

II - a operação de transbordo deverá ser realizada no prazo máximo de 7 (sete) dias corridos. Não ocorrendo a operação neste prazo, sobre as mercadorias, serão aplicadas as cobranças de armazenagem e sobretaxa, desde a quinzena da recepção do produto.

III -quando o Fisco Estadual estabelecer prazo para a realização da operação de transbordo, inferior a 7 (sete) dias corridos, será considerado o prazo estabelecido pelo fisco;

IV -é obrigatório a determinação e o registro dos teores de umidade, impurezas e ardidos dos produtos destinados a transbordo.

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SEÇÃO XIV - UTILIZAÇAO DE EMPILHADEIRA AUTOMOTRIZ

Art. 29 A utilização de Empilhadeira Automotriz é a operação de transporte e empilha- mento em que se utiliza empilhadeira apropriada para produtos paletizados.

Esta operação não se confunde com aquela efetuada por empilhadeira inclinável (para produtos ensacados e a granel) e por empilhadeira vertical fixa (para fardos).

SEÇÃO XV - CLASSIFICAÇÃO

Art. 30 Classificação é o ato de classificar uma mercadoria, de acordo com os padrões oficiais, com emissão do respectivo Certificado.

Art. 31 Essa operação, quando realizada por órgão especializado, será cobrada com acréscimo da taxa de administração.

SEÇÃO XVI - MANOBRA DE VAGÕES

Art. 32 Manobra de Vagões é a operação de movimentar vagões no desvio ferroviário da Unidade Armazenadora.

Art. 33 A cobrança dessa operação compreenderá toda a movimentação do vagão, desde sua entrada até sua saída da Unidade Armazenadora.

CAPÍTULO III

TARIFAS

SEÇÃO I - DEFINIÇOES

Art. 34 Tarifas são os valores fixados para prestação dos serviços constantes neste Regulamento, fixados em Tabela específica.

Art. 35 A Tabela de Tarifas em vigor é parte integrante deste Regulamento.

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SEÇÃO II - SOBRETAXA

Art. 36 Sobretaxa é a tarifa aplicada sobre o valor atualizado da mercadoria em depósito, conforme discriminado no item "SOBRETAXA" da Tabela de Tarifas.

Art. 37 A cobrança de sobretaxas, amparada no Art. 37, parágrafo único, do Decreto n° 1.102, de 21/11/1903, objetiva garantir ao depositante a integridade quantiqualitativa da mercadoria armazenada, através da indenização das perdas sofridas pela mesma no decorrer de sua armazenagem. Essa garantia não abrange as perdas de peso ocorridas em função do processamento (secagem e limpeza) dos produtos.

Art. 38 O valor da mercadoria em depósito, a ser estipulado pela Companhia, vinculado à Política de Garantia de Preços Mínimos -PGPM ou não, será atualizado periodicamente com base em pesquisa de mercado.

SEÇÃO III - TAXA DE ADMINISTRAÇÃO

Art. 39 Taxa de Administração é a tarifa aplicada sobre os valores pagos pela Multimode a terceiros por serviços prestados e seus respectivos encargos, a título de administração.

SEÇÃO IV - TAXA DE EXPEDIENTE

Taxa de Expediente é a tarifa cobrada pelos seguintes encargos:

I -emissão de documentos de transferência de proprietário de mercadorias armazenadas;

II -emissão do documento "CONHECIMENTO DE DEPÓSITO E WARRANT".

SEÇÃO V - COMISSÃO DE PERMANÊNCIA EM CONTA

Art. 40 Uma vez vencido o prazo de carência para pagamento dos serviços prestados, os valores das faturas serão atualizados monetariamente, de acordo com o índice oficial vigente à época do pagamento, a contar da data de apresentação das faturas, na forma do estabelecido na Tabela de Tarifas.

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CAPÍTULO IV

INDENIZAÇAO DAS PERDAS

Art. 41 A Multimode não responderá e não indenizará os danos causados ao poder germinativo de sementes ocorridos por ocasião de seu processamento (secagem e limpeza) ou durante o período de armazenamento.

Art. 42 A empresa não responderá e não indenizará pelas quebras (perdas de peso) por redução dos teores de umidade, impurezas e matérias estranhas, decor- rentes do processamento (secagem e limpeza) da mercadoria.

Art. 43 Mercadorias sujeitas à aplicação das sobretaxas:

I -serão indenizadas todas as perdas incidentes sobre essas mercadorias a critério da empresa, em uma das seguintes modalidades:

i. indenização em espécie: será efetuada em até 05 (cinco) dias úteis, contando-se o prazo para ressarcimento a partir da data do recebimento do pedido do reclamante. O valor estipulado deverá corresponder ao preço da mercadoria utilizado para a aplicação da sobretaxa, na data da efetiva indenização;

ii. indenização em produto: será procedida no prazo de 15 (quinze) dias, com a reposição de mercadorias cujas características serão, de forma quantiqualitativa, idênticas às daquela a ser indenizada.

Art. 44 Mercadorias não sujeitas à aplicação das sobretaxas:

I -serão indenizadas todas as perdas que excederem os limites permitidos nas Normas Técnico -Operacionais da Multimode.

II -a empresa não será responsável e não indenizará perdas de peso por redução do teor de umidade da mercadoria (secagem natural) ocorrida no decorrer do armazenamento e quebra técnica (perdas por respiração, movimentação, substituição de embalagens e captação de pó);

III -a empresa não se responsabilizará por avarias ou vícios provenientes da natureza da mercadoria, de seu acondicionamento e de força maior.

Art. 45 O ressarcimento das perdas de mercadorias vinculadas aos Empréstimos do Governo Federal -EGF's será feito, obrigatoriamente, ao Agente Financeiro, cabendo ao mesmo a liquidação final junto ao(s) financiado(s).

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CAPÍTULO V

CONDIÇÕES PARA ARMAZENAGEM

SEÇÃO I - CONDIÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO E A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Art. 46 A empresa se obrigará a prestar os seus serviços eficientemente, segundo os meios de que dispõe e observando as normas específicas quanto ao recebimento, processamento, armazenamento, conservação e expedição das mercadorias, além das condições estabelecidas neste Regulamento.

Art. 47 A empresa não se obrigará a prestar serviços além de sua capacidade e âmbito.

Art. 48 A empresa não aceitará para armazenamento e serviços correlatos:

I - mercadorias sujeitas a combustão espontânea, explosivas, corrosivas, bem como aquelas que exalem odores prejudiciais ou sejam danosas ao pessoal, às instalações ou a outros produtos com elas armazenados;

II - adubos, calcário, cal e cimento que não estejam convenientemente acondicionados em sacaria de plástico ou de papel resistente (multifoliado) que não se apresente em perfeitas condições;

III - pesticidas, tais como: inseticidas, formicidas, herbicidas, fungicidas, nematicidas, raticidas e outros;

IV - mercadorias com o prazo de validade expirado. Caso essa validade venha a expirar-se dentro do prazo de depósito -180 (cento e oitenta) dias -, de acordo com o Artigo 10 do Decreto n°. 1.102, de 21/11/1903, tal fato deverá ser observado no documento de depósito, possibilitando o acompanhamento dessa validade, visando a comunicação, com antecedência, ao depositante, para a retirada da mercadoria em tempo hábil;

V - mercadorias que não se fizerem acompanhar dos documentos exigidos pelo fisco;

VI - mercadorias que não estiverem em boas condições de conservação, ou seja, deterioradas ou com depreciação de suas características fisico-químicas.

Art. 49 Para as mercadorias destinadas exclusivamente a prestação de serviços, o cliente será comunicado, por escrito, que os serviços foram concluídos. Nesse caso, deverá retirar suas mercadorias no prazo de 03 (três) dias, a partir da data do recebimento do aviso postal. Caso contrário, serão as mesmas consideradas como depositadas e sujeitas às tarifas vigentes.

Art. 50 O cliente deverá fornecer toda e qualquer embalagem necessária ao acondicionamento da mercadoria.

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Art. 51 Após o término da prestação de serviços, a sobra de sacaria resultante de qualquer operação será acondicionada em malas de 25 (vinte e cinco) sacas e deverá ser retirada do armazém. O cliente será comunicado, por escrito, que os serviços foram concluídos e que o mesmo deverá retirar a sacaria no prazo de 03 (três) dias, contados da data do recebimento do aviso postal. Caso a retirada não ocorra, a sacaria será loteada e sujeita às tarifas vigentes.

Art 52. A Empresa, de acordo com as Normas Técnico -Operacionais, somente aceitará para armazenamento mercadorias que apresentem teores de umidade e de impurezas e matérias estranhas adequadas à sua boa conservação, cujas embalagens se encontrem em boas condições de conservação. Caso contrário, serão obrigatórias as operações de secagem, limpeza e troca de embalagem, conforme cada caso.

Art 53. A Empresa não se responsabilizará:

I - pela natureza, tipo, qualidade, quantidade e estado das mercadorias contidas em invólucros invioláveis, ficando a autenticidade da indicação contida nos mesmos sob inteira responsabilidade do depositante. Nesses casos, a Empresa deverá fazer constar a observação 'mercadoria em invólucro inviolável" no documento de depósito, bem como não poderá emitir "Warrant" ou outros títulos negociáveis;

II - pelo peso da mercadoria no caso em que, em razão da embalagem conter o referido peso estampado, for dispensada a pesagem e desde que a embalagem não tenha sido violada;

III -pelas eventuais perdas quantitativas decorrentes da operação de transbordo do produto, quando realizado no prazo estabelecido, até o limite máximo de 0,2 % (zero vírgula dois por cento).

Art. 54 O depósito ou retirada de qualquer mercadoria deverá ser precedido de aviso formulado com antecedência.

Art. 55 A Empresa se reservará o direito de abrir invólucros ou retirar amostras para verificação do conteúdo dos volumes sob sua responsabilidade.

Art. 56 Somente serão fornecidas amostras de mercadorias a terceiros na presença do depositante ou seu representante legal ou, ainda, mediante sua ordem por escrito.

Art. 57 Caso o depositante não forneça, quando solicitado, a composição química do produto, o mesmo não será aceito para armazenamento. Quando a composição química da mercadoria for segredo industrial, o depositante estará obrigado a declarar, por escrito, que a mercadoria não oferece periculosidade ao pessoal, às instalações e às demais mercadorias armazenadas. Nesse caso será responsável perante a Empresa e terceiros por quaisquer conseqüências resultantes dessa declaração. Em decorrência, a Empresa não poderá emitir "Warrants" ou outros títulos negociáveis.

Art. 58 A mercadoria, enquanto permanecer em depósito, estará sujeita a quaisquer serviços que se fizerem necessários para sua conservação e/ou boa ordem de armazenamento, independentemente de

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autorização do depositante. Deve-se observar, entretanto, que, para o serviço de troca de embalagem, o depositante será previamente comunicado e que, no caso de reexpurgos realizados dentro do prazo de validade em vigor, estes correrão por conta da Empresa.

Art. 59 O empilhamento de mercadorias será realizado a critério da Empresa, de acordo com Normas Técnico -Operacionais.

Art.60 Mais de um lote poderá ser sobreposto, no caso de mercadorias que tenham tarifas enquadradas na modalidade de "metro quadrado", desde que haja condições de segurança e que pertençam ao mesmo depositante e sejam da mesma espécie e tipo. Se as mercadorias não forem da mesma espécie ou tipo, será necessário que o depositante se responsabilize, formalmente, pela remoção que se impuser na hora da retirada. Quando ocorrer a sobreposição, essa deverá ser anotada no documento de depósito.

Art.61 A Empresa se reservará o direito de misturar mercadorias armazenadas a granel, conforme o artigo 12 do Decreto 1.102, de 21/11/1903.

Art. 62 Poderá ser dada autorização ao cliente ou seu representante legal para assistir aos serviços internos da Empresa relativos a suas mercadorias.

Art. 63 Toda e qualquer retirada de mercadoria deverá ser assistida pelo depositante ou seu representante legal, a quem compete assinar o respectivo documento de entrega.

Art. 64 No ato da saída de mercadorias, será consignado em documento de entrega o teor de umidade daquelas que forem suscetíveis à variação de umidade (grãos).

Art. 65 A retirada de mercadoria vinculada ao documento "CONHECIMENTO DE DEPÓSITO E WARRANT" somente será possível mediante a devolução dos respectivos títulos.

Art. 66 A pedido do cliente, a Empresa poderá adaptar um armazém convencional (próprio para produtos ensacados), objetivando a estocagem de mercadorias a granel. Os custos dessa adaptação correrão por conta do solicitante, que deverá aprová-los prévia e formalmente, quando apresentados pela Empresa.

Art. 67 As mercadorias armazenadas, não vinculadas à Política de Garantia de Preços Mínimos -PGPM serão seguradas pela Empresa, em seu nome, contra os riscos a seguir discriminados: incêndio, ação de raio, explosão, impacto de veículos de qualquer espécie, tremores de terra, ação mecânica de granizo, desmoronamento total ou parcial de construção (só se considerando como tal quando tiver havido desmoronamento total de parede ou de qualquer elemento estrutural) e os prejuízos decorrentes de perda de qualidade do produto estocado, além daqueles causados ao produto por umidade, mofo, água, perda ou aquisição de substância, se em conseqüência de risco coberto.

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SEÇÃO II - CONDIÇOES PARA A APLICAÇÃO DE TARIFAS

Art. 68 Todos os débitos de qualquer mercadoria armazenada deverão ser quitados antes de sua retirada, de sua transferência ou de seu financiamento.

Art. 69 A Empresa valer-se-á do direito de reter mercadorias para garantia de seu pagamento, proporcionalmente aos débitos a elas relacionados.

Art. 70 O enquadramento da cobrança de armazenamento e de serviços correlatos nas classes de tarifas vigentes (volume, metro quadrado, tonelada e outros) será de exclusiva competência da Empresa.

Art. 71 Para a aplicação da tarifa, será considerada até a terceira casa decimal da unidade de medida utilizada (tonelada ou fração, metro quadrado ou metro cúbico). utilizando-se 1/2 (meio) como regra de arredondamento para as casas subseqüentes.

Art. 72 As tarifas de braçagem, devido a sua especificidade, serão cobradas à parte, não estando incluídas nas tarifas dos demais serviços.

SEÇÃO III - DISPOSIÇOES GERAIS

Art. 73 O horário de trabalho será homologado pela Diretoria Executiva e está contido em quadro próprio, afixado em local visível na Unidade Armazenadora.

Parágrafo Único -A Empresa não se obriga a executar serviços fora do expediente normal, salvo quando houver interesse de sua parte ou se for convencionado com o cliente, mediante cobrança da taxa extraordinária.

Art. 74 A entrega da mercadoria na Unidade Armazenadora caracteriza total e irrestrita aceitação dos termos do presente Regulamento pelo depositante.

Art. 75 Toda e qualquer solicitação por parte do cliente ou seu representante legal deverá ser feita por escrito, não se aceitando aquelas que contrariem as Normas Técnico -Operacionais da Empresa.

Art. 76 Caberá à Diretoria da área de Operações da Empresa:

I - esclarecer os casos duvidosos e definir os casos omissos;

II -decidir pela aceitação de serviços que não constem na relação de serviços discriminados na Tabela de Tarifas em vigor, mediante condições próprias, gerais ou por acordo com os interessados;

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III - estabelecer acordos para prestação de serviços e demais procedimentos diferentes dos estipulados neste Regulamento.

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Tabela De Tarifas Para Unidades Armazenadoras De Ambiente Natural Da Multimode

VIGÊNCIA (..) ITENS DISCRIMINAÇÃO

UNIDADE VALOR

1 ARMAZENAMENTO E/OU RESERVA DE ESPAÇO (QUINZENA CÍVIL INFRACIONADA)

1.1 Ensacados:

1.1.1

1.1.2

-Grãos

-Açúcar e Sal

R$/tonelada

R$/tonelada

(..)

(..)

1.1.3 -Café em Grãos R$/saco (..)

1.1.4 -Pulvéreos, Granulados, Peletizados, Sementes, Café em Coco, Amendoim, Milho em Espiga,

Cera de Carnaúba, Cevada, Malte, Aveia, Farelo, etc. R$/tonelada (..)

1.2

1.2.1

1.2.2

1.2.3

Granel:

-demais produtos agrícolas -Arroz, Cevada e Malte

-Aveia

R$/tonelada

R$/tonelada

R$/tonelada

(..)

(..)

(..)

1.3 Enfardados:

1.3.1 -Fibras Vegetais (algodão, juta, malva, sisal etc.) e de Poliester

R$/tonelada (..)

1.4 Sacaria Vazia: R$/1.000 volumes

(..)

1.5 Diversos:

1.5.1 -Produtos Industrializados, Fardos, Pacotes, Enlatados, Embalados, Embonecados,

Engarrafados, Encaixotados, Cimento, Fibras Vegetais em outras embalagens, etc.

R$/m2 (..)

1.5.2 -Para Adubo e Leite em Pó R$/m2 (..)

2 SEGURO: (Vide Observações) % Quinzena (..)

3 SOBRETAXA

3.1 Arroz, Milho, Feijão, Sorgo, Soja, Trigo, Cevada, Centeio e Triticale.

% Quinzena (..)

3.2 Fibras Enfardadas, Soltas ou Embonecadas. % Quinzena (..)

3.3 Farinha de Mandioca, Pó Cerífero e Cera de Carnaúba. % Quinzena (..)

3.4 Sacaria Vazia e Demais Embalagens % Quinzena (..)

4 RECEPÇÃO/EXPEDIÇÃO

4.1 -Ensacados (recepção/expedição) R$/tonelada (..)

4.2 -Granel (recepção) R$/tonelada (..)

4.3 -Granel (expedição) R$/tonelada (..)

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ITENS DISCRIMINAÇÃO VIGÊNCIA (..)

UNIDADE VALOR

4.4 -Enfardados R$/tonelada (..)

4.5 -Sacaria Vazia R$/1.000 volumes

(..)

4.6 -Diversos R$/tonelada (..)

4.7

4.8

4.9

-Operação via Ferroviária, acrescentar...

-Operação via Sugador Portuário, acrescentar...

-Movimentação com uso de empilhadeira automotriz, acrescentar...

R$/tonelada

R$/tonelada

R$/tonelada

(..)

(..)

(..)

5

SECAGEM

6 LIMPEZA OU PRÉ-LIMPEZA ( Até 5,00% de impureza) R$/tonelada (..)

6.1 Acima de (..)% R$/tonelada (..)

7 TRANSBORDO (operação completa, exceto braçagem) R$/tonelada (..)

8 PESAGEM (Avulsa)

8.1 -Rodoviária R$/veiculo (..)

8.2 -Ferroviária R$/vagão (..)

9 TAXA DE ADMINISTRAÇÃO % (..)

10 SERVIÇO DE BRAÇAGEM _ Preço do

Dia

11 TAXA MÍNIMA _ Vide Obs.

12 EMISSÃO DE WARRANTS E OUTROS DOCUMENTOS R$/document

o (..)

Observações:

01- A taxa de Administração de (..), incidirá sobre os valores dos serviços prestados por terceiros e seus respectivos encargos.

02- Os Serviços executados em horas extras, após o expediente normal, serão cobrados acrescidos de 50% (cinqüenta por cento), e aos domingos e feriados de 100% (cem por cento).

03- O fechamento de cada quinzena dar-se-á no 1º dia útil posterior ao período de competência, ou seja, 1ª quinzena (1 a 15) e 2ª quinzena (16 a 30/31).

04- O pagamento da fatura será mensal, quando a cobrança envolver as duas quinzenas do mês. Quando a cobrança envolver apenas uma quinzena, o pagamento será quinzenal. Em ambos os casos, o prazo para pagamento será de dez dias corridos, contados a partir do fechamento da quinzena ou mês.

05- O não pagamento no prazo estipulado, ou seja, até a data grafada no boleto de cobrança bancária, ensejará o acréscimo de 1% (um por cento) ao mês ou fração, a título de juros de mora, mais multa de 2% (dois por cento) incidentes sobre o principal mais os juros.

07- Em caso de utilização de braçagem própria, será cobrado o preço do Sindicato ou Associação de Braçagistas. Na ausência ambos, cobrar o preço do dia.

08- Taxa Mínima: para cobrança de armazenagem considerar o valor de R$ (..) quinzena. Para a prestação dos demais serviços, cobrar o equivalente 10 (dez) toneladas da tarifa referente ao serviço realizado.

09- Para os produtos submetidos à SECAGEM não será cobrada a PRÉ-LIMPEZA.

10- O valor da mercadoria, para efeito de SEGURO, será o preço de mercado da região.

11-Seguro: Incide sobre todos os produtos, exceto aqueles em que se cobra a SOBRETAXA.

12-O prazo para retirada do produto objeto de TRANSBORDO será aquele definido no regulamento de armazenagem.

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Solução Logística Multi-Modal

ANEXO C Termo de Nomeação de Fiel Depositário

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TERMO DE NOMEAÇÃO DE FIEL DEPOSITÁRIO

Pelo presente instrumento e na forma prevista na legislação vigente, a ( ......... nome da empresa ....), inscrita no CNPJ sob nº (..............................) e Inscrição Estadual nº (............................), sediada à (.....endereço.......................................), em ( .......cidade....... / ...UF.....), através dos representantes legais infra-assinados, nomeiam o Sr. (........ nome do fiel depositário .........), (....naturalidade.....), (.....estado civil.....), (.....profissão....), portador da Cédula de Identidade RG nº (...................) e do CPF/MF nº (........................) , residente e domiciliado à (......endereço..........), na cidade de (........................./ ....UF...), para exercer a função de FIEL DEPOSITÁRIO, sendo responsável pela guarda e conservação de qualquer produto, bem como de produtos do Governo Federal depositados nos armazéns da empresa supracitada, localizado (...............endereço...................), ( ........cidade.............. / ...UF...), CDA n° ............................ .

.....Município....../ ...UF..), (............. data............. ).

Representantes legais da empresa:

----------------------(assinatura)--------------------- -------------------(assinatura)------------------------

(....................... nome ........................ ) (....................... nome ........................ )

De acordo com os termos acima, em (.......data..........)

-----------------------------------------------------

..............assinatura do Fiel Depositário ........

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Solução Logística Multi-Modal

ANEXO D Contrato de depósito

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CONTRATO DE DEPÓSITO QUE ENTRE SI CELEBRAM A COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO – CONAB E xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.

A Multi Mode Armazém Geral (..), localizada à (..), inscrita no CNPJ/MF sob o nº (..), e sua Unidade Armazenadora situada à (..), inscrita no CNPJ/MF sob o nº (..), doravante denominada CONTRATADA, e pessoa jurídica com estabelecimento na (..), Inscrição Estadual nº (..) e CNPJ no (..), neste ato representada por (..), portador do RG nº (..) e CPF nº (..), doravante denominada tão-somente de CONTRATANTE, resolvem, de comum acordo, celebrar o presente CONTRATO DE DEPÓSITO, o qual reger-se-á pelas cláusulas e condições a seguir descritas:

CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO

O objeto do presente CONTRATO é a prestação de serviços de armazenagem e correlatos na Unidade Armazenadora de propriedade da CONTRATADA, situada à xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, em cumprimento ao disposto na Lei nº 9.973, de 29/05/00, Regulamentada pelo Decreto nº 3.855, de 03/07/01.

PARÁGRAFO ÚNICO

Os serviços objeto deste CONTRATO, além da legislação específica, serão regidos pelo Regulamento de Armazenagem e pela Tabela de Tarifas para Unidades Armazenadoras, ambos de ambiente natural, editados pela CONTRATADA (Anexo I), que fazem parte integrante e complementar deste instrumento, independente de sua transcrição.

CLÁUSULA SEGUNDA – DO PREÇO E DA REMUNERAÇÃO

A CONTRATANTE pagará pela prestação dos serviços contratados os valores a seguir discriminados:

(identificar os serviços e seus respectivos valores)

PARÁGRAFO PRIMEIRO

Os serviços discriminados ou não no caput, que eventualmente venham a ser executados, serão remunerados na conformidade dos valores constantes da tabela de tarifas editadas pela CONTRATADA.

PARÁGRAFO SEGUNDO

A Tabela de Tarifas a que se refere o parágrafo anterior poderá ser reajustada, motivadamente, consoante legislação em vigor, pela Diretoria da CONTRATADA.

CLÁUSULA TERCEIRA – DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES RECÍPROCAS

À CONTRATANTE caberá:

i. observar e cumprir os dispositivos constantes do Regulamento de Armazenagem e Tabela de Tarifas para ambiente natural, editados pela CONTRATADA, bem como, a legislação específica de armazenagem;

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ii. o direito de utilizar-se de braçagistas próprios na movimentação de carga e descarga na unidade depositária, observadas as regras contidas no Regulamento de Armazenagem mencionado anteriormente;

iii. responder por furtos, roubos e danos causados por seus funcionários e/ou prepostos, inclusive a produtos de terceiros e a seus próprios, em decorrência da movimentação de produto nas dependências da CONTRATADA;

iv. garantir a segurança de empregados e/ou prepostos sob sua responsabilidade, respondendo por acidentes de trabalho, assistência médica, todos os direitos trabalhistas e demais encargos decorrentes de operações sob sua condução;

v. o direito de acesso ao local de depósito, exclusivamente no horário de expediente da CONTRATADA, para verificar as condições de guarda e conservação de seu produto.

À CONTRATADA caberá:

i. disponibilizar o espaço físico necessário ao armazenamento do produto de propriedade da CONTRATANTE, zelando pela sua fiel conservação e guarda;

ii. o direito de exercer o controle e a supervisão da carga e descarga procedida pela CONTRATANTE com braçagistas próprios;

iii. cumprir e fazer cumprir seus normativos e a legislação específica de armazenagem.

CLÁUSULA QUARTA - DA CAPACIDADE DE RECEBIMENTO E EXPEDIÇÃO

A CONTRATADA estabelece para o produto objeto deste Contrato a capacidade de recebimento de (..) toneladas/hora e a de expedição de (..) toneladas/hora, de acordo com cronograma que fixará, ao qual se submeterá a CONTRATANTE.

CLÁUSULA QUINTA – DO PRAZO

Este Contrato terá a duração de (..).(tempo), a contar da data de sua assinatura, podendo, se necessário, ser aditado nas mesmas condições estipuladas, até a retirada total dos produtos.

CLÁUSULA SEXTA – DA QUALIDADE E QUANTIDADE

As eventuais compensações financeiras por diferença de qualidade e quantidade, serão reguladas pelo disposto no capítulo IV, do Regulamento de Armazenagem editado pela CONTRATADA.

CLÁUSULA SÉTIMA – DA RESCISÃO

O presente Contrato poderá ser rescindido de pleno direito, independentemente de notificação ou interpelação judicial ou extrajudicial, nos seguintes casos:

i. Mediante o entendimento formal das partes, com antecedência mínima de trinta dias;

ii. Pela inobservância de quaisquer de suas cláusulas;

iii. Por quaisquer dos motivos previstos em lei.

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CLAUSULA OITAVA – DO FORO

Fica eleito o Foro da Comarca de São Paulo, para dirimir qualquer questão relacionada ao presente Contrato.

E por estarem justas e acordadas, firmam as partes o presente Contrato em quatro vias de igual teor e forma, na presença das testemunhas instrumentais abaixo qualificadas.

(Localidade), (..)

PELA CONTRATADA: PELA CONTRATANTE:

_____________________________ ___________________________

TESTEMUNHAS:

NOME: NOME:

CPF: CPF:

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Solução Logística Multi-Modal

ANEXO E Lei 9973 de 2000 e

Decreto 3885 de 2001

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Presidência da República

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 9.973, DE 29 DE MAIO DE 2000.

Mensagem de Veto nº 746 Dispõe sobre o sistema de armazenagem dos produtos agropecuários.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o As atividades de armazenagem de produtos agropecuários, seus derivados, subprodutos e resíduos de valor econômico ficam sujeitas às disposições desta Lei.

Art. 2o O Ministério da Agricultura e do Abastecimento criará sistema de certificação, estabelecendo condições técnicas e operacionais, assim como a documentação pertinente, para qualificação dos armazéns destinados à atividade de guarda e conservação de produtos agropecuários.

Parágrafo único. Serão arquivados na Junta Comercial o termo de nomeação de fiel e o regulamento interno do armazém.

Art. 3o O contrato de depósito conterá, obrigatoriamente, entre outras cláusulas, o objeto, o prazo de armazenagem, o preço e a forma de remuneração pelos serviços prestados, os direitos e as obrigações do depositante e do depositário, a capacidade de expedição e a compensação financeira por diferença de qualidade e quantidade.

§ 1o O prazo de armazenagem, o preço dos serviços prestados e as demais condições contratuais serão fixados por livre acordo entre as partes.

§ 2o Durante o prazo de vigência de contrato com o Poder Público para fins da política de estoques, bem como nos casos de contratos para a guarda de produtos decorrentes de operações de comercialização que envolvam gastos do Tesouro Nacional, a título de subvenções de preços, o Ministério da Agricultura e do Abastecimento manterá disponível, na rede Internet, extratos dos contratos correspondentes contendo as informações previstas no caput deste artigo.

(Revogado pela Lei nº 11.076, de 2004)

Art. 5o Os critérios de preferência para a admissão de produtos e para a prestação de outros serviços nas unidades armazenadoras deverão constar do regulamento interno do armazém.

Art. 6o O depositário é responsável pela guarda, conservação, pronta e fiel entrega dos produtos que tiver recebido em depósito.

§ 1o O depositário responderá por culpa ou dolo de seus empregados ou prepostos, pelos furtos, roubos e sinistros ocorridos com os produtos depositados, bem como pelos danos decorrentes de seu manuseio inadequado, na forma da legislação específica.

§ 2o O presidente, o diretor e o sócio-gerente da empresa privada, ou o equivalente, no caso de cooperativas, assim como o titular de firma individual, assumirão solidariamente com o fiel responsabilidade integral pelas mercadorias recebidas em depósito.

§ 3o O depositário e o depositante poderão definir, de comum acordo, a constituição de garantias, as quais deverão estar registradas no contrato de depósito ou no Certificado de Depósito Agropecuário - CDA. (Redação dada pela Lei nº 11.076, de 2004)

§ 4o A indenização devida em decorrência dos casos previstos no § 1o será definida na regulamentação desta Lei.

§ 5o O depositário não é obrigado a se responsabilizar pela natureza, pelo tipo, pela qualidade e pelo estado de conservação dos produtos contidos em invólucros que impossibilitem sua inspeção, ficando sob inteira responsabilidade do depositante a autenticidade das especificações indicadas.

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§ 6o Fica obrigado o depositário a celebrar contrato de seguro com a finalidade de garantir, a favor do depositante, os produtos armazenados contra incêndio, inundação e quaisquer intempéries que os destruam ou deteriorem.

§ 7o O disposto no § 3o deste artigo não se aplica à relação entre cooperativa e seus associados de que trata o art. 83 da Lei no 5.764, de 16 de dezembro de 1971. (Incluído pela Lei nº 11.076, de 2004)

Art. 7o Poderão ser recebidos em depósito e guardados a granel no mesmo silo ou célula produtos de diferentes depositantes, desde que sejam da mesma espécie, classe comercial e qualidade.

Parágrafo único. Na hipótese de que trata este artigo, o depositário poderá restituir o produto depositado ou outro, respeitadas as especificações previstas no caput.

Art. 8o A prestação de serviços de armazenagem de que trata esta Lei não impede o depositário da prática de comércio de produtos da mesma espécie daqueles usualmente recebidos em depósito.

Art. 9o O depositário tem direito de retenção sobre os produtos depositados, até o limite dos valores correspondentes, para garantia do pagamento de:

I – armazenagem e demais despesas tarifárias;

II – adiantamentos feitos com fretes, seguros e demais despesas e serviços, desde que devidamente autorizados, por escrito, pelo depositante; e

III – comissões, custos de cobrança e outros encargos, relativos a operação com mercadorias depositadas.

§ 1o O direito de retenção poderá ser oposto à massa falida do devedor.

§ 2o O direito de retenção não poderá ser exercido quando existir débito perante o depositante, decorrente de contrato de depósito, em montante igual ou superior ao dos créditos relativos aos serviços prestados.

Art. 10. O depositário é obrigado:

I – a prestar informações, quando autorizado pelo depositante, sobre a emissão de títulos representativos do produto em fase de venda e sobre a existência de débitos que possam onerar o produto; e

II – a encaminhar informações ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, na forma e periodicidade que este regulamentar.

Art. 11. O Ministério da Agricultura e do Abastecimento, diretamente, ou por intermédio dos seus conveniados, terá livre acesso aos armazéns para verificação da existência do produto e suas condições de armazenagem.

Art. 12. (VETADO)

Art. 13. O depositário que praticar infração das disposições desta Lei ficará sujeito às penas de suspensão temporária ou de exclusão do sistema de certificação de armazéns, aplicáveis pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, conforme dispuser o regulamento, além das demais cominações legais.

Art. 14. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei no prazo de noventa dias, contados da data de sua publicação.

Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de maio de 2000; 179o da Independência e 112o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Pedro Malan

Marcus Vinicius Pratini de Moraes

Alcides Lopes Tápias

Publicado no D.O. de 30.5.2000

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Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 3.855, DE 3 DE JULHO DE 2001.

Regulamenta a Lei no 9.973, de 29 de maio de 2000, que dispõe sobre o sistema de armazenagem dos produtos agropecuários, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 9.973, de 29 de maio de 2000,

DECRETA:

CAPÍTULO I

DAS DEFINIÇÕES

Art. 1o Constitui atividade de armazenagem, sujeita ao disposto na Lei no 9.973, de 29 de maio de 2000, o exercício da guarda e conservação de produtos agropecuários, seus derivados, subprodutos e resíduos de valor econômico, próprios ou de terceiros, por pessoas jurídicas de direito público ou privado, em estruturas apropriadas para esse fim.

Parágrafo único. O recebimento de produtos de terceiros, sem a transferência de sua propriedade, caracteriza atividade de armazenagem sujeita ao disposto neste Decreto.

Art. 2o Para fins deste Decreto, considera-se:

I - sistema de armazenagem: o conjunto das unidades armazenadoras do país destinadas à guarda e conservação de produtos agropecuários, seus derivados, subprodutos e resíduos de valor econômico;

II - unidade armazenadora: edificações, instalações e equipamentos organizados funcionalmente para a guarda e conservação dos produtos a que se refere o inciso I;

III - depositário: pessoa jurídica apta a exercer as atividades de guarda e conservação de produtos de terceiros;

IV - depositante: pessoa física ou jurídica responsável legal pelos produtos entregues a um depositário para guarda e conservação;

V - contrato de depósito: conjunto de direitos e obrigações que regulam a prestação de serviços pelo depositário ao depositante;

VI - fiel: pessoa física, idônea, formalmente indicada pelo depositário como responsável pela guarda e conservação dos produtos de que trata este Decreto; e

VII - regulamento interno: conjunto de normas, regras e procedimentos operacionais estabelecidos pelo depositário, visando assegurar o funcionamento e a qualidade dos serviços por ele oferecidos.

CAPÍTULO II

DO CONTRATO DE DEPÓSITO

Art. 3o A relação comercial entre o depositário e o depositante será definida no contrato de depósito, cujas cláusulas serão fixadas por livre acordo entre as partes, e que conterá, obrigatoriamente, o objeto, o prazo de armazenagem, o preço e a forma de remuneração pelos serviços prestados, os direitos e as obrigações do depositante e do depositário, a capacidade de expedição e as condições de compensação financeira por diferença de qualidade e quantidade do produto objeto do depósito.

§ 1o A resolução de litígios decorrentes da execução dos serviços contratados ao amparo deste Decreto deverá ser arbitrada, preferencialmente, na forma em que dispõe a Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.

§ 2o São nulas as cláusulas contratuais que restrinjam as responsabilidades do depositário previstas neste Decreto.

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Art. 4o Os critérios de preferência para a admissão e expedição de produtos e para a prestação de outros serviços nas unidades armazenadoras deverão constar do regulamento interno do armazém e, quando necessário, do contrato de depósito.

Art. 5o Poderão ser recebidos em depósito e guardados a granel, no mesmo silo ou célula, produtos de diferentes depositantes, desde que sejam da mesma espécie, classe comercial e qualidade, conforme dispuser o contrato de depósito ou o regulamento interno do armazém.

Parágrafo único. Na hipótese de que trata este artigo, o depositário poderá restituir o produto depositado ou outro, respeitadas as especificações previstas no caput.

CAPÍTULO III

DAS RESPONSABILIDADES E OBRIGAÇÕES DO DEPOSITÁRIO

Art. 6o O depositário é responsável pela guarda, conservação da qualidade e da quantidade, e pela pronta e fiel entrega dos produtos que tiver recebido em depósito, na forma prevista no contrato de depósito, inclusive em caso de avaria, de vícios provenientes da natureza e do acondicionamento dos produtos.

§ 1o O depositário responderá por culpa ou dolo de seus empregados ou prepostos, pelos furtos, roubos e sinistros ocorridos com os produtos depositados, bem como pelos danos decorrentes de seu manuseio inadequado, na forma da legislação específica.

§ 2o O presidente, o diretor e o sócio-gerente de empresa privada, ou o equivalente no caso de cooperativas, assim como o titular de firma individual, assumirão, solidariamente com o fiel depositário, responsabilidade integral pelas mercadorias recebidas em depósito.

§ 3o Não poderão ser responsáveis pela prestação de serviços de armazenagem as pessoas previstas no § 2o que tiverem sofrido condenação pelos crimes de falência culposa ou fraudulenta, estelionato, abuso de confiança, falsidade ideológica, roubo ou furto e delitos na administração de patrimônio público, até o cumprimento da pena.

Art. 7o As indenizações decorrentes do disposto no artigo anterior deverão observar o contido no contrato de depósito e a legislação vigente.

§ 1o As indenizações deverão efetivar-se no prazo máximo de trinta dias, contados a partir da comunicação formal de qualquer das partes.

§ 2o À opção do depositante, as indenizações deverão ser realizadas em produto ou em espécie, neste caso em valor compatível com o de mercado à época em que for exigido o produto depositado, ressalvadas outras formas previstas no contrato de depósito.

§ 3o Independentemente das sanções cabíveis, o depositário também indenizará o depositante do valor integral dos ganhos obtidos com a venda e reposição, não autorizada, de produtos sob sua guarda.

§ 4o O depositário não é obrigado a se responsabilizar pela natureza, pelo tipo, pela qualidade e pelo estado de conservação dos produtos contidos em invólucros que impossibilitem sua inspeção, sendo o depositante responsável pela autenticidade das especificações indicadas nas respectivas embalagens.

§ 5o Fica o depositário obrigado a celebrar contrato de seguro com a finalidade de garantir, a favor do depositante, os produtos armazenados contra incêndio, inundação e quaisquer intempéries que os destruam ou deteriorem.

Art. 8o O depositário oferecerá ao depositante garantias compatíveis com o valor do produto entregue em depósito.

Parágrafo único. As garantias a que se refere o caput serão definidas de comum acordo entre as partes, devendo estar previstas no contrato de depósito ou em documento específico.

Art. 9o As pessoas jurídicas de que trata o art. 1o deste Decreto ficam obrigadas a fornecer ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento:

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I - informações relativas à identificação das unidades armazenadoras, que serão utilizadas para a constituição do Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras de Produtos Agrícolas, de que trata o art. 42 da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991;

II - informações sobre os estoques próprios e de terceiros mantidos sob sua guarda.

Parágrafo único. Caberá aos responsáveis legais pelas unidades armazenadoras providenciar o fornecimento das informações mencionadas neste artigo.

Art. 10. As informações a que se refere o artigo anterior terão por finalidade exclusiva o registro estatístico do sistema de armazenagem e servirão de apoio à política agrícola e de armazenagem sob a responsabilidade do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.

Parágrafo único. As informações de que trata o inciso II do artigo anterior só poderão ser divulgadas de forma agregada, de modo a preservar os interesses comerciais dos informantes, sujeitando-se os responsáveis pelo manuseio dessas informações às penalidades previstas em lei.

CAPÍTULO IV

DO COMÉRCIO DE PRODUTOS SIMILARES AOS RECEBIDOS EM DEPÓSITO

Art. 11. Somente os depositários cujas unidades armazenadoras estejam certificadas nos termos definidos neste Decreto poderão praticar o comércio de produtos similares aos recebidos em depósito.

Art. 12. A comercialização do produto recebido em depósito requer a prévia concordância formal do depositante, ou a de seu representante legal, devendo o documento de formalização ser mantido arquivado até o vencimento do contrato.

Parágrafo único. O depositário deverá manter registros específicos das operações de comercialização dos produtos de terceiros, podendo o Ministério da Agricultura e do Abastecimento expedir normativo regulamentando forma e procedimentos para sua execução.

CAPÍTULO V

DA EMISSÃO DE DOCUMENTOS

Art. 13. As unidades armazenadoras emitirão comprovante de depósito com numeração seqüencial em que constem, no mínimo, os seguintes dados: a identificação do depositante e do depositário, a especificação do produto, seu peso líquido e bruto, sua qualidade, a forma de acondicionamento, o número de volumes ou fardos, o endereço onde se encontra depositado, o valor dos serviços de armazenagem e a periodicidade de sua cobrança.

§ 1o O comprovante previsto no caput deste artigo deverá mencionar que o depósito sujeita-se ao disposto na Lei no 9.973, de 2000, e neste Decreto.

§ 2o O comprovante será restituído ao depositário por ocasião da entrega da mercadoria, ou quando de sua substituição por outros títulos que venham a ser emitidos.

Art. 14. Ficam os Ministérios da Fazenda e da Agricultura e do Abastecimento autorizados a, em conjunto, regulamentar a emissão de títulos lastreados por produtos depositados segundo o disposto neste Decreto, aplicando-se-lhes o disposto nos arts. 10 e 19 da Lei no 8.929, de 22 de agosto de 1994.

§ 1o A regulamentação referida no caput deste artigo poderá condicionar a emissão desses títulos à qualificação das garantias de que trata o art. 8o deste Decreto.

§ 2o A autorização para a emissão dos títulos a que se refere o caput será concedida exclusivamente às unidades armazenadoras certificadas nos termos deste Decreto e normativos complementares.

Art. 15. Quando autorizado pelo depositante, o depositário é obrigado a prestar informações acerca da emissão de títulos representativos do produto de propriedade daquele, em fase de venda, assim como sobre a existência de débitos que possam onerar o produto.

Parágrafo único. Nas situações previstas no caput deste artigo, o depositário encaminhará ao depositante, no prazo de quinze dias, cópia das informações prestadas.

CAPÍTULO VI

DA CERTIFICAÇÃO DAS UNIDADES ARMAZENADORAS

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Art. 16. Fica instituído, no âmbito do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, o Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras, por intermédio do qual serão estabelecidas as condições técnicas e operacionais para a qualificação dos armazéns destinados à guarda e conservação de produtos agropecuários.

§ 1o O sistema de que trata o caput será desenvolvido de acordo com as regras e os procedimentos do Sistema Brasileiro de Certificação, com a participação dos segmentos representativos da atividade, e deverá dispor sobre as condições e a documentação exigíveis dos interessados.

§ 2o É obrigatória, nos termos e prazos que a regulamentação estabelecer, a certificação das unidades que prestem serviços remunerados de armazenagem de produtos a terceiros, inclusive dos estoques públicos.

§ 3o O Ministério da Agricultura e do Abastecimento poderá tornar obrigatória a certificação de outras unidades armazenadoras, além das hipóteses previstas neste Decreto.

Art. 17. As unidades armazenadoras não certificadas na forma prevista neste Decreto não poderão ser utilizadas para a guarda e conservação de produtos agropecuários objeto de financiamento à estocagem com recursos do Tesouro Nacional.

CAPÍTULO VII

DA VERIFICAÇÃO DOS ESTOQUES E CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM

Art. 18. O depositante tem o direito de acesso ao local de depósito para verificar as condições de guarda e conservação dos produtos entregues em depósito, assim como o exame da documentação a eles pertinentes, inclusive a prevista no parágrafo único do art. 12 deste Decreto.

Art. 19. O Ministério da Agricultura e do Abastecimento fixará os critérios, as normas e os procedimentos destinados à inspeção para verificar a existência dos estoques e as condições de armazenagem.

§ 1o O depositário é obrigado a permitir, a qualquer tempo, o livre acesso dos técnicos do Ministério da Agricultura e do Abastecimento ou de seus conveniados, devidamente identificados e quando no exercício de suas atividades, a todas as instalações da unidade armazenadora, assim como o exame da documentação pertinente.

§ 2o Os técnicos encarregados da verificação a que se refere o caput deverão apresentar identificação funcional que os credenciem para a tarefa.

CAPÍTULO VIII

DO DIREITO DE RETENÇÃO DE PRODUTOS

Art. 20. O depositário tem o direito de retenção de produtos depositados, até o limite dos valores correspondentes, para garantia do pagamento de:

I - armazenagem e demais despesas tarifárias;

II - adiantamentos feitos com fretes, seguros e demais despesas e serviços, desde que devidamente autorizados, por escrito, pelo depositante; e

III - comissões, custos de cobrança e outros encargos, relativos a operação com mercadorias depositadas.

§ 1o O direito de retenção poderá ser oposto à massa falida do devedor.

§ 2o O direito de retenção não poderá ser exercido quando existir débito perante o depositante, decorrente de contrato de depósito, em montante igual ou superior ao dos créditos relativos aos serviços prestados.

CAPÍTULO IX

DAS PENALIDADES

Art. 21. Fica sujeita às penalidades previstas neste Capítulo a empresa armazenadora que deixar de:

I - observar as determinações constantes deste Decreto e demais normas complementares, relativas à prestação de serviços de armazenagem de produtos agropecuários, baixadas pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento;

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II - dispor dos documentos comprobatórios de registro ou de certificação para a prestação de serviços de armazenagem, regularizados e atualizados;

III - fornecer as informações previstas no art. 9o deste Decreto;

IV - atender às exigências e respeitar os prazos estabelecidos pelas autoridades competentes;

V - formalizar o contrato de depósito;

VI - cumprir com suas responsabilidades perante o depositante;

VII - indenizar o depositante na forma e nos prazos estabelecidos;

VIII - oferecer as garantias de que trata o art. 8o deste Decreto;

IX - obter a prévia autorização do depositante para a comercialização de produto sob sua guarda;

X - manter registros adequados relativos à comercialização dos produtos de propriedade de terceiros;

XI - permitir o livre acesso:

a) do depositante ou de seu representante à unidade armazenadora e aos documentos relativos aos produtos de sua propriedade;

b) de técnicos do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, ou seus conveniados, nas condições especificadas neste Decreto; e

XII - cumprir penalidade imposta.

Art. 22. A infringência às disposições contidas na Lei no 9.973, de 2000, neste Decreto e demais atos normativos dele decorrentes sujeita o infrator, sem prejuízo da responsabilização civil, fiscal e penal cabível, à aplicação das seguintes sanções:

I - suspensão temporária da certificação; e

II - exclusão do sistema de certificação.

Art. 23. A suspensão do sistema de certificação impede o depositário de operar nas circunstâncias em que esta é exigida e será aplicada nos seguintes casos:

I - descumprimento das exigências estabelecidas em ato de verificação;

II - utilizar instalações ou procedimentos operacionais inadequados e equipamentos não compatíveis com a atividade, insuficientes ou sem a devida manutenção, nos termos definidos pelo sistema de certificação; e

III - registro de certificação vencido.

Parágrafo único. No ato da suspensão da certificação, deverão ser estabelecidas as exigências e o prazo para o seu cumprimento.

Art. 24. A exclusão do sistema de certificação implica cancelamento da certificação recebida, o que impede o depositário de operar nas condições em que ela é exigida, sendo aplicada nos seguintes casos:

I - quando houver reincidência de infração já punida com suspensão do sistema de certificação;

II - quando ficar comprovado dolo, inidoneidade ou má fé; e

III - quando não forem cumpridas ou sanadas as exigências relativas às irregularidades comprovadas e notificadas no momento da suspensão da certificação.

Parágrafo único. Fica estabelecido o prazo mínimo de um e máximo de cinco anos para a pena de exclusão prevista no caput deste artigo.

Art. 25. Nos casos de suspensão e de exclusão do sistema de certificação, ficam mantidas as responsabilidades do depositário sobre os estoques de terceiros em seus armazéns, até sua retirada pelos respectivos depositantes.

Art. 26. Caberá ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, ou seus conveniados, mediante abertura de processo administrativo:

I - a apuração imediata de fatos ou denúncias de seu conhecimento;

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II - a citação dos infratores;

III - a aplicação e comunicação das penalidades aos infratores; e

IV - o registro das irregularidades no Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras de Produtos Agrícolas, depois de encerrado o respectivo processo apuratório.

Art. 27. O infrator poderá apresentar defesa por escrito, no prazo de quinze dias contados da data da citação, ao órgão federal local, representante do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, ou seus conveniados, os quais terão trinta dias contados da data do recebimento da defesa, ou outro prazo legalmente estabelecido, para proceder ao julgamento do caso.

Art. 28. Após o julgamento, o órgão competente notificará o infrator, o qual, no caso de decisão condenatória, terá o direito de recorrer ao órgão central do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, no prazo de quinze dias contados da data de recebimento da referida notificação.

§ 1o O Ministério da Agricultura e do Abastecimento definirá o órgão de sua estrutura responsável pela apreciação e julgamento dos recursos de que trata o caput deste artigo.

§ 2o A decisão final terá que ser tomada no prazo de sessenta dias e será comunicada ao infrator, por escrito.

Art. 29. Os atos de suspensão temporária ou exclusão do sistema de certificação serão publicados no Diário Oficial da União.

Art. 30. Em caso de recusa do infrator, ou de seu mandatário ou preposto, em assinar os documentos lavrados pela autoridade competente, o fato será consignado nos autos e termos apropriados, sendo eles remetidos ao autuado por via postal, com aviso de recebimento ou outro meio equivalente.

Art. 31. Quando o infrator, ou seu mandatário ou preposto, não puder ser notificado, pessoalmente ou por via postal, será feita a notificação por edital, a ser afixada nas dependências do órgão fiscalizador, em lugar público, pelo prazo de dez dias, ou divulgado, pelo menos uma vez, na imprensa oficial ou em jornal de circulação local.

CAPÍTULO X

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 32. Para o exercício das atividades comerciais de prestação remunerada de serviços de guarda e conservação dos produtos de que trata este Decreto é obrigatório, sem prejuízo de outras condições estabelecidas em lei, o arquivamento prévio, na Junta Comercial, do regulamento interno do armazém e do termo de nomeação do fiel, bem como de suas alterações.

Art. 33. Todos os órgãos da administração pública que efetuarem o depósito de produtos agropecuários, para fins da política de estoques, bem como nos casos de contratos para a guarda de produtos decorrentes de operações de comercialização que envolvam gastos do Tesouro Nacional, a título de subvenção de preços, deverão fornecer ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento extratos dos contratos correspondentes, para disponibilização na rede Internet, durante o prazo de sua vigência.

Parágrafo único. Os extratos de que trata o caput deverão informar o objeto, o prazo de armazenagem, o preço e a forma de remuneração pelos serviços prestados, os direitos e as obrigações do depositante e do depositário, a capacidade de expedição e a compensação financeira por diferença de qualidade e quantidade.

Art. 34. Fica a Companhia Nacional de Abastecimento responsável pela administração e controle, na forma que vier a ser regulamentada pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, dos registros relativos ao sistema de certificação, ao Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras de Produtos Agrícolas e às informações sobre estoques, incluindo seu recebimento, processamento, arquivamento e divulgação, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 10 deste Decreto.

§ 1o O Ministério da Agricultura e do Abastecimento disponibilizará os recursos necessários à execução dos serviços estabelecidos neste artigo.

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§ 2o Os recursos de que trata o parágrafo anterior poderão ser complementados pela cobrança de tarifas relativas à prestação dos serviços de manutenção dos registros previstos neste Decreto.

Art. 35. O disposto nos arts. 8o e 12 deste Decreto não se aplica às operações que configurem o ato cooperativo previsto no art. 79 da Lei no 5.764, de 16 de dezembro de 1971.

Art. 36. O disposto no inciso I do art. 9o e nos arts. 16 e 19 deste Decreto não se aplica às unidades armazenadoras submetidas aos procedimentos sobre inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal de que tratam as Leis no 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e no 7.889, de 23 de novembro de 1989.

Art. 37. Caberá ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento deliberar sobre as dúvidas ou casos omissos decorrentes da aplicação deste Decreto.

Art. 38. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 3 de julho de 2001; 180o da Independência e 113o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Pedro Malan Marcus Vinicius Pratini de Moraes

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. 4.7.2001