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Soluções Caderno de Atividades LPTRANSCRIPT
Guia do Professor
978-888-88-9655-7
CARLA MARQUES E INÊS SILVALÍNGUA PORTUGUESA 8.º ANO
Guia do ProfessorCARLA MARQUES E INÊS SILVALÍNGUA PORTUGUESA 8.º ANO
Contos & Recontos 8
• Anualização de 3.º Ciclo
• Planificação anual – 8.º ano
• Soluções das fichas de autoavaliação (do Manual)
• Transcrição dos recursos áudio e vídeo
• Grelhas de observação e de avaliação
• Excertos dos programas de português
• Textos para reflexão
Para o Aluno• Manual• Minigramática (OFERTA)• Caderno de Atividades (+ Guiões de Leitura)• 20 Manual Multimédia
Para o Professor• Manual (Edição do Professor)• Guia do Professor• Planos de Aula• CD Áudio• 20 Aula Digital
CAR
LA M
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QU
ES E INÊS SILVA
Planos de Aula
Contos &
Recon
tos 8
8.ºANO
Contos & Recontos 8
K GP_Contos & Recontos_01.indd 1 2/20/12 2:59 PM
ÍNDICE
Apresentação/Projeto Contos & Recontos 8 ........................................................... 3
1. Planificações ......................................................................................................................... 7 • Anualização por competências ..................................................................................... 8 • Planificação anual desenvolvida .................................................................................. 26 • Planificação de conteúdos ............................................................................................ 41
2. Testes de avaliação ......................................................................................................... 45 • Teste n.o 1 .......................................................................................................................... 46 • Teste n.o 2 ......................................................................................................................... 49 • Teste n.o 3 .......................................................................................................................... 53 • Teste n.o 4 ......................................................................................................................... 57 • Teste n.o 5 ......................................................................................................................... 60 • Teste n.o 6 ......................................................................................................................... 64 • Teste n.o 7 .......................................................................................................................... 66 • Teste n.o 8 ......................................................................................................................... 68 • Teste n.o 9 ......................................................................................................................... 71 • Teste n.o 10 ........................................................................................................................ 73 • Propostas de resolução ................................................................................................. 76
3. Transcrição dos documentos áudio ......................................................................... 83
4. Propostas de resolução dos testes de autoavaliação (manual) ........... 99 • Sequência 1 ...................................................................................................................... 100 • Sequência 2 ..................................................................................................................... 100 • Sequência 3 ..................................................................................................................... 101 • Sequência 4 ..................................................................................................................... 102 • Sequência 5 ..................................................................................................................... 102
5. Grelhas de observação de competências .......................................................... 105 • Expressão oral ................................................................................................................. 106 • Expressão escrita ........................................................................................................... 113 • Revisão textual ................................................................................................................ 114 • Síntese de observação de competências ................................................................... 115
6. Soluções do Caderno de Atividades ....................................................................... 117
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O Guia do Professor é um complemento fundamental do manual Contos & Recontos. Foi con-cebido com o propósito de apoiar o trabalho do professor, facultando-lhe um vasto conjunto demateriais auxiliadores da sua ação pedagógico-didática.
Assim, para além de um conjunto de dez testes de avaliação, com as respetivas soluções, integra ainda:• Planificações;• Transcrição dos documentos áudio;• Propostas de resolução dos testes de autoavaliação do manual;• Grelhas de observação de competências;• Excerto dos Programas de Português para o Ensino Básico.
Estes documentos, em estreita conexão com o manual Contos & Recontos, visam ser um apoiono dia a dia do professor, nesta sua aventura de ensinar português.
As Autoras
APRESENTAÇÃO
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O projeto Contos & Recontos 8 contempla os seguintes componentes:
Para o Aluno
– Manual– Minigramática 3.o Ciclo – OFERTA– Caderno de Atividades
Para o Professor
– Manual (Edição do Professor)– Guia do Professor– Planos de Aula– CD Áudio–
�ManualO Manual do aluno apresenta uma organização clara e facilitadora da aprendizagem, encontrando-se
organizado em 5 sequências, todas com estrutura semelhante (à exceção da Sequência 0, que se destinaà realização de um diagnóstico dos conhecimentos dos alunos).
Cada sequência está assente num desenvolvimento equilibrado das competências – Leitura, Com-preensão Oral, Expressão Oral, Escrita, Conhecimento Explícito da Língua –, estando claramente iden-tificadas, em cada atividade, as competências a trabalhar.
No final de cada sequência, apresenta-se uma síntese dos aspetos essenciais, na rubrica “FichasInformativas”, e atividades de verificação de conhecimentos/capacidades, por competências, para con-solidação das aprendizagens, na rubrica “Autoavaliação”.
O Manual Contos & Recontos 8 disponibiliza, ao longo das suas páginas, vários textos integrais – alenda “O Castelo de D. Branca”, “Amor”, de Miguel Torga, “Assobiando à vontade”, de Mário Dionísio,“A perna e os outros”, de Mário-Henrique Leiria, “Os calções verdes do Bruno”, de Ondjaki, para alémde outros textos, como Conto da ilha desconhecida, de José Saramago, Marmequer, de Mia Couto, O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado, A pérola, de John Steinbeck, O velho e o mar,de Ernest Hemingway, O hobbit, de J.R.R., Tolkien, e ainda poemas das coletâneas A Alma não é pequena– 100 poemas para SMS e Cantares dos trovadores galego-portugueses, de Natália Correia, entre outrospoemas de poetas do século XX e anteriores ao século XX. São ainda trabalhados os seguintes textosdramáticos: Vanessa vai à luta, de Luísa Costa Gomes, O homem em sombra, de António Torrado, e O avarento, de Molière.
� Minigramática(De acordo com o Dicionário Terminológico)
Publicação de oferta ao aluno que pretende reforçar o domínio e a aplicação dos termos do Dicio-nário Terminológico, através da sistematização clara e organizada de todos os conteúdos gramaticaisde 3.o Ciclo.
� Caderno de Atividades
Obra que disponibiliza fichas de trabalho de Conhecimento Explícito da Língua, com exercícios derevisão, sistematização e aplicação, contribuindo assim para uma aprendizagem sustentada e refletidados vários conteúdos de Conhecimento Explícito da Língua.Encerra com a apresentação de Guiões de Leitura Integral das obras Inaudita Guerra da Avenida
Gago Coutinho, de Mário de Carvalho, e O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado, e aindao conto “Jesus”, de Miguel Torga.
4 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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� Manual (versão do Professor)
A edição do Manual exclusiva do Professor (em banda lateral) auxilia o docente com sugestõescientífico-pedagógicas pertinentes e diversificadas, devidamente articuladas com os restantes com-ponentes do projeto.Disponibiliza também um vasto conjunto de propostas de atividades que abarcam todas as compe-
tências, bem como sugestões de todas as atividades propostas para os alunos.
� Guia do Professor
Facilita a aplicação dos conteúdos e das orientações dos Programas de Português do Ensino Básico,através da apresentação de excertos selecionados. Auxilia na avaliação das várias competências, através da disponibilização de grelhas de observação. Disponibiliza propostas de resolução dos testes de autoavaliação constantes do Manual e dos exer-
cícios do Caderno de Atividades.Inclui ainda 10 testes de avaliação com propostas de resolução para auxiliar a avaliação escrita.
� Planos de Aula
Planos para todas as aulas do ano letivo, devidamente articulados com todos os suportes do projeto,com a indicação dos descritores de desempenho e metas de aprendizagem, que permitem uma ope-racionalização eficaz de todos os conteúdos programáticos. Estes planos encontram-se ainda dispo-níveis em formato editável em .
� CD Áudio
Apresenta a vocalização dos textos e registos áudio de suporte às atividades do manual, contri-buindo para um trabalho contínuo de reforço da comunicação oral.
�
O possibilita a fácil exploração do projeto Contos & Recontos 8, através das novastecnologias em sala de aula. Trata-se de uma ferramenta inovadora que lhe permitirá tirar o melhorpartido do seu projeto escolar, simplificando o seu trabalho diário que permite:
• a projeção e exploração das páginas do manual em sala de aula;
• o acesso a um vasto conjunto de conteúdos multimédia integrados com o manual:
– animações de textos – os principais textos de cada unidade são apresentados com vocalização,ilustração, bem como com questões de interpretação;
– gramática interativa – animações que apresentam todos os tópicos gramaticais abordados aolongo do manual, acompanhadas de avaliação da informação apresentada;
– áudios/vídeos – diversos recursos que, ao longo do manual, permitirão tornar o processo de ensino/aprendizagem mais interativo;
– imagens – vários conjuntos de imagens que auxiliarão o professor na sua prática letiva;
– apresentações em PowerPoint – apresentação, de forma sintetizada, de pontos importantes dasmatérias abordadas;
5Apresentação
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– jogos – permitem a revisão da matéria de todo o manual de forma mais apelativa, mantendo apar as componentes lúdica e didática;
– testes interativos – extenso banco de testes interativos, personalizáveis e organizados pelos diversos temas do manual;
– links Internet – endereços para páginas na Internet de apoio às matérias, para a obtenção demais informação;
– planificação de aulas – são fornecidas, em formato editável, todas as planificações (globais eaula a aula), permitindo a sua adaptação ao contexto de cada turma;
• a disponibilização dos Planos de Aula, em formato Word, para que o professor os possa adaptarde acordo com as características de cada turma:– utilizando as sequências de recursos digitais propostas em cada plano, com recurso a um pro-jetor ou a um quadro interativo;
– personalizando os Planos de Aula com outros recursos;
• a avaliação dos alunos:– utilização de testes predefinidos ou criação de novos a partir de uma base de cerca de 250questões;
– impressão de testes para distribuição;– envio, online, de testes para os alunos, com a correção automática;– relatórios de avaliação detalhados que permitem um acompanhamento do progresso dos alu-nos;
• a troca de mensagens e a partilha de recursos com os alunos.
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11PLANIFICAÇÕES1
Estas planificações encontram-se disponíveis, em formato editável, em
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Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 8
7º 8º 9º 7º 8º 9º
Dispor-se física e psicologicamente a escutar,focando a atenção no objeto e nos objetivos dacomunicação.
Ouvinte
− identificar ideias --chave; tomar notas;
− utilizar grelhas deregisto.
− identificar ideias--chave; tomar notas;
− solicitar informaçãocomplementar;
− esquematizar eutilizar grelhas deregisto.
− solicitar informaçãocomplementar;
− elaborar e utilizargrelhas de registo:
− esquematizar.
Informação1
− distinguir o essencialdo acessório;
− fazer deduções.
− agir em conformidadecom instruções e informações recebidas;
– fazer inferências ededuções;
– distinguir visãoobjetiva e visãosubjetiva.
− identificar elementosde persuasão;
- reconhecer qualidades estéticasda linguagem;
– fazer inferências ededuções;
– distinguir visãoobjetiva e visãosubjetiva.
Discurso; universo de discurso
Processos interpretativos inferenciais
Figuras de retórica e tropos
Reproduzir o material ouvido recorrendo a técnicas de reformulação.
Relato
Paráfrase
Síntese
– relacionando-as comos contextos decomunicação.
– relacionando-as comos contextos decomunicação e osrecursos linguísticosmobilizados.
Contexto
Pragmática
Ato de fala
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
ESCUTAR PARA APRENDER E CONSTRUIR CONHECIMENTO(S)
COMPETÊNCIA: COMPREENSÃO/EXPRESSÃO ORAL
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
Utilizar procedimentos para clarificar, registar, tratar e reter ainformação, em função de necessidades de comunicação específicas:
Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade e complexidade:− formular, confrontar e verificar hipóteses acerca do conteúdo;− identificar o assunto, tema ou tópicos;
Distinguir diferentes intencionalidades comunicativas:
1 Os termos apresentados a cinza constituem metalinguagem a ser utilizada apenas pelo professor.
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9Planificações
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
7º 8º 9º 7º 8º 9º
Apreciar o grau de correção e adequação dosdiscursos ouvidos.
Características da fala espontânea ecaracterísticas da fala preparada.
Manifestar ideias, sentimentos e pontos de vistasuscitados pelos discursos ouvidos.
Identificar e caracterizar os diferentes tipos e géneros presentes nodiscurso oral.
Tipologia textual: texto conversacional. Tipologia textual
Caracterizar propriedades de diferenciação e variação linguística,reconhecendo o papel da língua padrão.
Língua padrão (traços específicos)Variação linguística
Normalizaçãolinguística
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
ESCUTAR PARA APRENDER E CONSTRUIR CONHECIMENTO(S)
COMPETÊNCIA: COMPREENSÃO/EXPRESSÃO ORAL
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7º 8º 9º 7º 8º 9º
Planificar o uso da palavra em função da análise da situação, dasintenções de comunicação específicas e das características da audiênciavisada.
Variedades situacionais; variedades sociais
Utilizar informação pertinente, mobilizando conhecimentos pessoais ou dados obtidos em diferentes fontes.
Organizar o discurso,assegurando aprogressão de ideias.
Organizar o discurso, assegurando a progressãode ideias e a sua hierarquização.
− relatar/recontar;– informar;– apresentar edefender ideias;
− convencer osinterlocutores;
− dar a conhecer/reconstruir universosno plano doimaginário.
− relatar/recontar;− exprimir sentimentose emoções;
− informar/explicar;− descrever;− convencer osinterlocutores;
– fazer exposiçõesorais;
– argumentar.
− fazer apreciaçõescríticas;
− apresentar edefender ideias,comportamentos e valores;
− convencer osinterlocutores;
− fazer exposiçõesorais;
– argumentar.
Oralidade
Coerência; coesão
Princípio de pertinência e de cooperação
Deixis pessoal, temporal e espacial
Progressãotemática
Sequência de enunciados
Tipologias textuais:− texto narrativo− texto descritivo− texto argumentativo
Tipologias textuais:− texto narrativo− texto descritivo− texto expositivo− texto argumentativo− texto instrucional
Tipologias textuais:− texto narrativo− texto expositivo− texto argumentativo− texto preditivoImplicaturasconversacionais
Usar da palavra com fluência e correção, utilizando recursos verbais enão verbais com um grau de complexidade adequado às situaçõesde comunicação.
Prosódia/ nível prosódico EntoaçãoCaracterísticas acústicas Elocução
Diversificar o vocabulário e as estruturasutilizadas no discurso, com recurso aoportuguês padrão.
Língua padrão (traços específicos)
Explorar diferentesformas de comunicare partilhar ideias eproduções pessoais.
Explorar diferentesformas de comunicare partilhar ideias eproduções pessoais,selecionandoestratégias e recursosadequados paraenvolver a audiência.
Recursos linguísticos e extralinguísticos
Utilizar adequadamente ferramentastecnológicas para assegurar uma maioreficácia na comunicação.
Recursos extralinguísticos
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
FALAR PARA CONSTRUIR E EXPRESSAR CONHECIMENTO(S)
COMPETÊNCIA: COMPREENSÃO/EXPRESSÃO ORAL
Produzir textos orais, de diferentes tipos, adaptados às situações e finalidades de comunicação:
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
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11Planificações
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
PARTICIPAR EM SITUAÇÕES DE INTERAÇÃO ORAL
COMPETÊNCIA: COMPREENSÃO/EXPRESSÃO ORAL
7º 8º 9º 7º 8º 9º
Seguir diálogos,intervindo oportuna e construtivamente.
Seguir diálogos oudiscussões,intervindo oportuna econstrutivamente.
Seguir diálogos,discussões ouexposições,intervindo oportuna econstrutivamente.
Tipologia textual: texto conversacional
Comunicação e interação discursivas
− pedir e darinformações,explicações,esclarecimentos;
− apresentar propostase sugestões;
– justificar ideias eopiniões.
– atender às reaçõesverbais e não verbaisdo interlocutor parauma possívelreorientação dodiscurso;
– estabelecer relaçõescom outrosconhecimentos;
– debater e justificarideias e opiniões;
– considerar pontos devista contrários.
– retomar, precisar ouresumir ideias parafacilitar a interação;
– debater e justificarideias e opiniões;
– considerar pontos devista contrários ereformular posições.
Locutor; interlocutor
Princípios reguladores da interação discursiva
Máximas conversacionais; princípio de cortesia; formas de tratamento
Diálogo; dialogismo
Estratégias discursivas
Assumir diferentespapéis em situaçõesde comunicação.
Assumir diferentes papéis em situações decomunicação, adequando as estratégiasdiscursivas às funções e aos objetivosvisados.
Competência discursivaArgumentação
Respeitar as convenções que regulam a interação verbal. Princípios reguladores da interação discursivaMáximas conversacionais; princípio de cortesia
Explorar os processosde construção dodiálogo.
Explorar os processos de construção dodiálogo e o modo como se pode agir atravésda fala.
Implicar-se na construção partilhada de sentidos:
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
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7º 8º 9º 7º 8º 9º
Definir umaintenção, seguiruma orientação.
Definir uma intenção, seguir uma orientação eselecionar um percurso de leitura adequado.
LeitorInformaçãoBibliografia
Utilizar a leiturapara localizar,selecionar eorganizar ainformação.
Utilizar a leiturapara localizar,selecionar, avaliare organizar ainformação.
Utilizar, de modoautónomo, aleitura paralocalizar,selecionar, avaliare organizar ainformação.
– identificar ideias --chave;
– utilizar grelhas deregisto;
− tomar notas;– identificar ideias-chave;− elaborar e utilizar grelhas de registo;− esquematizar.
Descritores temáticos
Hipertexto
Interpretar textos com diferentes graus de complexidade,articulando os sentidos com a sua finalidade, os contextos e aintenção do autor:
− formular hipóteses sobre os textos;− identificar temas e ideias principais;− identificar pontos de vista e universos de referência;− identificar causas e efeitos;− fazer inferências e deduções;− distinguir facto de opinião;− identificar elementos de persuasão;− identificar recursos linguísticos utilizados;− explicitar o sentido global do texto.
TextoTemaPropriedades configuradoras da textualidadeSequência textualContexto e cotexto; Significação lexicalProcessos interpretativos inferenciaisFiguras de retórica e tropos
Estratégia discursiva
Identificar relaçõesintratextuais,compreendendo deque modo a intençãodo texto influencia asua composiçãoformal.
Identificar relações intratextuais,compreendendo de que modo o tipo e aintenção do texto influenciam a suacomposição formal.
Princípio de pertinência
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
LER PARA CONSTRUIR CONHECIMENTO(S)
COMPETÊNCIA: LEITURA
Utilizar procedimentos adequados à organização e tratamento dainformação:
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
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13Planificações
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
LER PARA CONSTRUIR CONHECIMENTO(S)
COMPETÊNCIA: LEITURA
7º 8º 9º 7º 8º 9º
Comparar textos,estabelecendodiferenças esemelhanças.
Comparar e distinguir textos,estabelecendo diferenças e semelhançasem função de diferentes categorias.
Texto literário e texto não literário
Identificar e caracterizar as diferentes tipologias e géneros textuais. Tipologia textual(texto conversacional,narrativo, descritivo)
Tipologia textual(texto conversacional,narrativo, descritivo,expositivo,argumentativo,instrucional)
Tipologia textual(texto conversacional,narrativo, descritivo,expositivo,argumentativo,instrucional,preditivo)
Interpretar processos e efeitos de construçãode significado em textos multimodais.
Macroestruturas textuaisMicroestruturas textuais
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
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7º 8º 9º 7º 8º 9º
Expressar, de formafundamentada,pontos de vistasuscitados pelostextos lidos emdiferentes suportes.
Expressar, de forma fundamentada esustentada, pontos de vista eapreciações críticas suscitados pelostextos lidos em diferentes suportes.
Discutir diferentes interpretações de um mesmo texto, sequência ouparágrafo.
Semântica lexical: significação e relações semânticas entre palavrasIdentificar processos utilizados nos textos para influenciar o leitor.
Distinguir diferençasou semelhanças deum texto em relaçãoa outro(s).
Distinguir diferenças, semelhanças ou anovidade de um texto em relação a outro(s).
Intertexto/intertextualidade
Alusão, paráfrase, paródia
Reconhecer e refletir sobre os valoresculturais, estéticos e éticos queperpassam nos textos.
Reconhecer erefletir sobre osvalores culturais,estéticos, éticos,políticos e religiososque perpassamnos textos.
ContextoContexto extraverbal
Comparar ideias evalores expressosem diferentestextos de autorescontemporâneoscom os de textosde outras épocase culturas.
Contexto situacional
Ler por iniciativa e gosto pessoal, aumentando progressivamente aextensão e complexidade dos livros e outros materiais que seleciona.
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
LER PARA APRECIAR TEXTOS VARIADOS
COMPETÊNCIA: LEITURA
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 14
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15Planificações
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
LER TEXTOS LITERÁRIOS
COMPETÊNCIA: LEITURA
7º 8º 9º 7º 8º 9º
Analisar os paratextos para contextualizar e antecipar o conteúdo deuma obra.
Paratexto; posfácio Prefácio Epígrafe
Exprimir opiniões e problematizar sentidos, como reação pessoal àaudição ou leitura de uma obra integral.
Enciclopédia (conhecimento do mundo)Informação; universo de discurso
Caracterizar os diferentes modos e géneros literários. Géneros e subgéneros literários dos modos narrativo,lírico e dramáticoNíveis e categorias da narrativaElementos constitutivos da poesia lírica (convenções versificatórias)
Analisar processos linguísticos e retóricos utilizados pelo autorna construção de uma obra literária:− analisar o ponto de vista (narrador, personagens);− identificar marcas de enunciação e de subjetividade;− analisar o valor expressivo dos recursos retóricos.
Elementosconstitutivosdo drama e espetáculoteatralEnunciação; enunciado;enunciadorAutorSignificado; SentidoFiguras de retórica etropos:− de naturezafonológica: aliteração
− de natureza sintática:apóstrofe
− de naturezasemântica: antítese;hipérbole
Estilo
PlurissignificaçãoFiguras de retórica etropos:− de naturezafonológica: aliteração;assonância
− de natureza sintática:hipérbato; apóstrofe
− de naturezasemântica: antítese;hipérbole; alusão
Figuras de retórica etropos:− de naturezafonológica: aliteração;assonância
− de natureza sintática:hipérbato; apóstrofe
− de naturezasemântica: antítese;alusão; metonímia;hipérbole
Analisar as relações entre os diversos modosde representação do discurso. Intertexto/Intertextualidade
Texto literário e texto não literário
Interdiscurso/interdiscursividade
Comparar o modo como o tema de uma obra é tratado em outros textos.
Explorar processos de apropriação e de(re)criação de texto narrativo, poético ou outro
Analisar recriações de obras literárias com recurso a diferenteslinguagens.
Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico,no plano do imaginário individual e coletivo.
Reconhecer e refletir sobre as relações queas obras estabelecem com o contextosocial e cultural no qual foram escritas.
Reconhecer e refletirsobre as relações queas obras estabelecemcom o contexto social,histórico e cultural noqual foram escritas.
Contexto
Contexto extraverbal: situacional, sociocultural
Contexto extraverbal:situacional,sociocultural,histórico
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
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7º 8º 9º 7º 8º 9º
Produzir enunciados com diferentes graus decomplexidade para responder com eficácia ainstruções de trabalho.
Escrita
Recorrer à escrita para assegurar o registo e o tratamento deinformação ouvida ou lida.
Enunciação; enunciadoEnunciados instrucionais
Utilizar a escrita para estruturar o pensamento e sistematizarconhecimentos.
Texto/textualidadeMacroestruturas textuais (semânticas e formais)Plano do texto
Utilizar, com autonomia, estratégias de preparação e de planificaçãoda escrita de textos.
Microestruturas textuais (semânticas e estilístico-formais)
− narrativos (reais ouficcionais);
− descritivos (reais ouficcionais);
− dialogais;− do domínio dosmedia;
− do domínio dasrelaçõesinterpessoais.
− narrativos (reais ouficcionais);
− descritivos (reais ouficcionais);
– expositivos;– argumentativos;− instrucionais;− dialogais edramáticos;
− do domínio dosmedia;
− do domínio dasrelações interpessoais.
− narrativos edescritivos (reais ouficcionais);
− argumentativos;− expositivos;− dialogais edramáticos;
− preditivos;− do domínio dasrelaçõesinterpessoais.
Tipologia textualSequência textual
Sequência narrativa (eventos; cadeia de eventos)Sequência dialogal (intercâmbio de ideias,comentário de acontecimentos)
Sequência descritiva (descrição literária, descrição técnica,planos de descrição).
Sequência expositiva (referente; análise ousíntese de ideias, conceitos, teorias)Sequência argumentativa (facto, hipótese,exemplo, prova, refutação)
− dar ao texto a estrutura e o formato adequados,respeitando convenções tipológicas e(orto)gráficas estabelecidas;
− diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas nos textos, com recurso ao portuguêspadrão.
Coerência textualConvenções e regras para a configuração gráficaPontuação e sinais auxiliares de escrita
Reprodução do discurso no discursoLíngua padrão (traços específicos)Variedades sociais e variedades situacionais
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
ESCREVER PARA CONSTRUIR E EXPRESSAR CONHECIMENTO(S)
COMPETÊNCIA: ESCRITA
Selecionar tipos e formatos de textos adequados a intencionalidadese contextos específicos:
Redigir textos coerentes, selecionando registos e recursos verbaisadequados:− ordenar e hierarquizar a informação, tendo em vista a continuidade desentido, a progressão temática e a coerência global do texto;
− desenvolver pontos de vista pessoais ou mobilizar dados recolhidos emdiferentes fontes de informação;
− respeitar as regras da pontuação e sinais auxiliares da escrita.
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 16
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17Planificações
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
ESCREVER PARA CONSTRUIR E EXPRESSAR CONHECIMENTO(S) (CONT.)
COMPETÊNCIA: ESCRITA
7º 8º 9º 7º 8º 9º
Utilizar, com progressiva eficácia, técnicas de reformulação textual. ResumoParáfrase
SínteseResumo
Utilizar, com autonomia, estratégias de revisão e aperfeiçoamento detexto.
Assegurar a legibilidade dos textos, em papel ou suporte digital. Configuração gráfica
Utilizar com critério as potencialidades das tecnologias da informaçãoe comunicação nos planos da produção, revisão e edição de texto.
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
ESCREVER EM TERMOS PESSOAIS E CRIATIVOS
COMPETÊNCIA: ESCRITA
7º 8º 9º 7º 8º 9º
Explorar diferentes vozes e registos para comunicar vivências, emoções,conhecimentos, pontos de vista, universos no plano do imaginário.
Texto/textualidadePolifonia
Explorar a criação de novas configurações textuais, mobilizando areflexão sobre os textos e sobre as suas especificidades.
Intertexto/intertextualidade
Explorar efeitos estéticos da linguagemmobilizando saberes decorrentes daexperiência enquanto leitor.
Reinvestir em textos pessoais a informação decorrente depesquisas e leituras efetuadas.
Explorar formas deinteressar e implicaros leitores,considerando o papelda audiência naconstrução do sentido.
Registoformal/informalRecursosexpressivos
Utilizar os recursos tecnológicos paradesenvolver projetos e circuitos decomunicação escrita.
Escrever por iniciativa e gosto pessoal. Escrever por iniciativae gosto pessoal, deforma autónoma efluente.
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
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7º 8º 9º 7º 8º 9º
Reconhecer a língua como sistema dinâmico, aberto e em elaboraçãocontínua.
Normalização linguística
Identificar, em textosorais, a variação nosvários planos (lexical,sintático esemântico).
Identificar, em textosorais e escritos, avariação nos váriosplanos (lexical,sintático, semânticoe pragmático).
Identificar, em textosorais e escritos, avariação nos váriosplanos (fonológico,lexical, sintático,semântico epragmático).
Mudança linguística
Fatores externos Tipos de mudança Fatores internos
Sistematizar propriedades da língua padrão.
Distinguir contextos geográficos, sociais esituacionais que estão na origem de diferentesvariedades do português.
Distinguir contextoshistóricos que estãona origem dediferentes variedadesdo português.
Língua padrão mmmmm
Variação histórica:− português antigo− português clássico− portuguêscontemporâneo
PalavrasconvergentesPalavras divergentes
Identificar dadosque permitemcontextualizar avariação histórica dalíngua portuguesa.
Caracterizar o português como uma línguaromânica.
Etimologia, étimo
Família de línguas
Caracterizar oprocessode expansão da línguaportuguesa e asrealizações associadasao seu contacto comlínguas não europeias.
Substrato, superstrato,adstrato; crioulos debase lexicalportuguesa;bilinguismo,multilinguismo
Reconhecer especificidades fonológicas,lexicais e sintáticas nas variantes doportuguês não europeu.
Variedades do português; variedades africanase variedade brasileira
Consultar regularmente obras lexicográficas, mobilizando a informaçãona análise da recepção e da produção do modo oral e escrito.
Glossários TerminologiasThesaurus
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
PLANO: LÍNGUA, VARIAÇÃO E MUDANÇA
COMPETÊNCIA: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 18
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19Planificações
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
PLANO: FONOLÓGICO
COMPETÊNCIA: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
7º 8º 9º 7º 8º 9º
Distinguir pares depalavras quanto àclasse morfológica,pelo posicionamentoda sílaba tónica.
Propriedadesacentuais das sílabas
Sistematizar propriedades do ditongo e dohiato.
HiatoSemivogalDitongo: oral, nasal
Ditongo crescente edecrescente
Sistematizar propriedades da sílaba gramatical e da sílaba métrica:− segmentar versos por sílaba métrica;− utilizar rima fonética.
Sílaba gramaticalSílaba métricaPropriedades acentuaisdas sílabas
Relações entre grafia e fonia
Utilizar rima gráfica. Relações entrepalavras escritas
Caracterizarprocessos fonológicosde inserção, supressãoe alteração desegmentos.
ProcessosfonológicosProcessosfonológicos deinserção, supressãoe alteração; reduçãovocálica, assimilaçãoe dissimilação;metátese
Distinguir contextosde ocorrênciade modificaçãodos fonemas nosplanos diacrónicoe sincrónico.
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
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7º 8º 9º 7º 8º 9º
Sistematizar paradigmas flexionais regulares e irregulares dos verbos. Verbo regularVerbo irregular
Sistematizar paradigmas flexionais irregulares em verbos de usofrequente e menos frequente.
Flexão verbal
− verbos de conjugaçãoincompleta.
− contraste das formasdo infinitivo pessoalcom as do infinitivoimpessoal erespetivasrealizaçõeslinguísticas.
Verbos defetivosimpessoais;unipessoais;forma supletiva
Formas verbais finitase formas verbais nãofinitas
Sistematizar as categorias relevantes para a flexão das classes depalavras variáveis.
Flexão nominal, adjetival e verbal Flexão verbal
Flexão: pronomes pessoais: caso nominativo, acusativo, dativo e oblíquo
Flexão: determinantes e pronomes
Sistematizar padrões de formação de palavras complexas:− por composição de duas ou mais formas de base.
Composição
Composição morfológica e morfossintática
Explicitar osignificado depalavras complexas apartir do valor deprefixos e sufixosnominais doportuguês.
Explicitar osignificado depalavras complexas apartir do valor deprefixos e sufixosadjetivais e verbais doportuguês.
Explicitar o significadode palavras complexasa partir do valor deprefixos e sufixosnominais, adjetivais everbais do português.
Afixação
Derivação não afixal
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
PLANO: MORFOLÓGICO
COMPETÊNCIA: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
Sistematizar especificidades da flexãoverbal em:
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
20 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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21Planificações
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
PLANO: CLASSES DE PALAVRAS
COMPETÊNCIA: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
7º 8º 9º 7º 8º 9º
Caracterizar classes de palavras e respetivas propriedades. Classe aberta de palavrasClasse fechada de palavras
Sistematizar propriedades distintivas de classes e subclasses depalavras.
Nome: contável;não contável
Adjetivo: relacional
Verbo principal:transitivo direto,indireto, direto eindireto
Determinante:indefinido
Conjunçãocoordenativa:conclusiva
Conjunçãosubordinativa:consecutiva
Locução conjuncional
Advérbio de predicado
Verbo auxiliar:temporal e aspetual
Quantificador
Conjunçãocoordenativa:explicativa
Conjunçãosubordinativa:comparativa
Locução prepositiva
Advérbio de predicado,de frase e conectivo
Locução adverbial
Verbo auxiliar: modal
Determinante relativoQuantificadoruniversal;existencial
Conjunçãosubordinativa:concessiva
Locusão prepositiva
Locução conjuncional
Advérbio de frase, depredicado e conectivo
Locução adverbial
Caracterizarpropriedades deseleção de verbostransitivos.
Transitivosindiretos
Transitivos--predicativos
Aplicar as regras de utilização do pronomepessoal átono (não reflexo) em adjacênciaverbal.
Aplicar as regrasde utilização dopronome pessoalátono (reflexo) emadjacência verbal.
Pronomes: próclise, mesóclise, ênclise
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
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7º 8º 9º 7º 8º 9º
Sistematizar os constituintes principais da frase e respetivacomposição.
Grupo nominalGrupo verbal
Grupo adjetival; grupo preposicional;grupo adverbial
Sistematizarprocessos sintáticos.
Concordância; elipse
Sistematizar relações entre constituintesprincipais de frases e as funções sintáticas poreles desempenhadas.
Funções sintáticas ao nível da frase
– ao nível da frase;− internas ao grupo verbal.
− internas ao gruponominal;
− internas ao grupo adjetival;
− internas ao grupo adverbial.
Funções sintáticas:– Sujeito e predicado– Complemento e modificador (verbo)
Modificador (frase),vocativo,Predicativo
Complemento donome; modificador:restitrivo e apositivoComplemento doadjetivoComplemento doadvérbio
Detetar diferentes configurações da funçãosintática de sujeito.
Sujeito composto Sujeito frásico
Transformar frasesativas em frasespassivas e vice-versa.
Frase passiva
Sistematizarprocessos dearticulação de grupose de frases.
Coordenaçãoassindética
Distinguir processos sintáticos de articulação entre frasescomplexas.
Coordenação:oraçãocoordenadaconclusiva
Subordinação:oração subordinadaadverbialconsecutiva
Coordenação:oraçãocoordenadaexplicativa
Subordinação:substantiva(completiva)
Subordinação:oração subordinadaadverbial; concessiva;oração subordinadaadjetiva (relativarestritiva e relativaexplicativa)
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
PLANO: SINTÁTICO
COMPETÊNCIA: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
Sistematizar funções sintáticas:
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
22 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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23Planificações
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
PLANO: LEXICAL E SEMÂNTICO
COMPETÊNCIA: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
7º 8º 9º 7º 8º 9º
Sistematizarprocessos deenriquecimento lexicaldo português.
Vocabulário;neologismo, arcaísmo
Caracterizar osprocessos irregularesde formação depalavras e deinovação lexical.
Acrónimo, sigla,extensão semântica,empréstimo,amálgama,truncação
Determinar os significados que dada palavra pode ter em função doseu contexto de ocorrência.
Estrutura lexical
Campo semântico
Distinguir propriedades semânticas quediferenciam palavras com um só significadode palavras com mais do que um significado.
Significação lexical; monossemia e polissemia
Sistematizarrelações semânticasde semelhançae oposição,hierárquicas e departe-todo.
Hiperonímia,hiponímia
Caracterizar relações entre diferentes categorias, lexicais egramaticais, para identificar diversos valores semânticos na frase.
Valor aspetualValor temporal
Classes aspetuais:evento; situaçãoestativaAspeto lexical/aspeto gramatical
Caracterizar atitudesdo locutor face a umenunciado ou aosparticipantes dodiscurso.
Valor modal;modalidade
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
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Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 24
7º 8º 9º 7º 8º 9º
Usar paratextos pararecolher informaçõesde natureza pragmáticae semântica queorientam e regulam demodo relevante aleitura.
Usar paratextos para recolher informaçõesde natureza pragmática, semântica eestético-literária que orientam e regulam demodo relevante a leitura.
Bibliografia;posfácio
Prefácio Epígrafe
Caracterizar elementos inerentes à comunicação e interaçãodiscursivas.
Enunciação; enunciado; enunciador/destinatário; intenção comunicativa;contexto extraverbal, paraverbal, verbal; universo do discurso
Identificar diferentes atos de fala. Ato de fala Ato de fala direto/indireto
Caracterizar modalidades discursivas e suafuncionalidade.
Distinguir modos dereprodução dodiscurso no discurso.
Distinguir modos de reprodução do discursono discurso e sua produtividade.
Discurso indireto livre
Monólogo
Usar princípios reguladores da interação verbal. Princípioda cooperação
Máximas conversacionais: de quantidade; dequalidade; de modo
Deduzir informação não explicitada nos enunciados, recorrendo aprocessos interpretativos inferenciais.
Pressuposição;implicação
Implicatura conversacional
− referência;− coesão textual.
− coerência textual;− referência;− coesão textual.
Conectores discursivos(aditivos; conclusivos;contrastivos)Progressão temática
Conectores discursivos (aditivos ou sumativos;conclusivos ou explicativos; contrastivos oucontra-argumentativos)Progressão temáticaDeixis (pessoal, temporal, espacial); anáforaProgressão temática
Macroestruturas textuais/microestruturas textuais
Interpretar várias modalidades e relações de intertextualidade. Intertexto; hipertexto
Caracterizar os diferentes géneros e subgéneros literários e respetivaespecificidade semântica, linguística e pragmática.
Modo narrativo, modo lírico e modo dramáticoTipologia textualPlurissignificação
Identificar figuras de retórica e tropos como mecanismos linguísticosgeradores de densificação semântica e expressividade estilística:− figuras de dicção (de natureza fonológica, morfológica e sintática);− figuras de pensamento;− tropos.
Aliteração; anáfora;antítese; hipérbolemetáfora
Eufemismo;ironia; aliteração; anáfora; metáfora;hipérbole; antítese
Prosopopeia; imagem;alegoria; símbolo;sinédoque; hipálage;pleonasmo; perífrase
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
PLANO: DISCURSIVO E TEXTUAL
COMPETÊNCIA: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
Reconhecer propriedades configuradoras da textualidade:
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
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25Planificações
DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS
PLANO: REPRESENTAÇÃO GRÁFICA E ORTOGRÁFICA
COMPETÊNCIA: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
7º 8º 9º 7º 8º 9º
Sistematizar as regras de uso de sinais de pontuação para:− delimitar constituintes de frase;− veicular valores discursivos.
Sinais de pontuação
Sistematizar regras de uso de sinais auxiliares da escrita para:− destacar contextos específicos de utilização.
Aspas Sinais auxiliares da escrita
– destacar palavras,frases ou partes detexto.
− adicionar comentários de referência ou fonte.
Formas de destaque SobrescritoSusbscritoNota de rodapé
Desambiguar sentidos decorrentes de relações entre a grafiae a fonia de palavras.
Homonímia Conhecimento gramatical e lexical
Sistematizar regras de configuração gráfica para:
ANUALIZAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
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Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 26
LEITURAESCRITA COMPREENSÃO/EXPRESSÃO
ORALTEXTOS DOS MEDIA E DO QUOTIDIANO
NotíciaEntrevista ReportagemTexto de opiniãoRecadoCarta formal e carta informalPostalSMSCorreio eletrónicoConviteAvisoRegulamentoAnúncio publicitário comercial e institucionalTexto científico
Reportagem Carta formalCarta informalAvisoRegulamentoResumo
Notícia televisivaTexto de opiniãoEntrevistaTrailerTexto expositivo radiofónicoReconto Propaganda
LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
COMPREENSÃO/EXPRESSÃO ORAL
Escutar para aprender e construir conhecimento(s)Dispor-se física e psicologicamente a escutar, focando a atenção no objetoe nos objetivos da comunicação.Utilizar procedimentos para clarificar, registar, tratar e reter a informação,em função de necessidades de comunicação específicas:− esquematizar e utilizar grelhas de registo.Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade ecomplexidade:− identificar o assunto, tema ou tópicos;− agir em conformidade com instruções e informações recebidas.Distinguir diferentes intencionalidades comunicativas, relacionando-as comos contextos de comunicação.Apreciar o grau de correção e adequação dos discursos ouvidos.Identificar e caracterizar os diferentes tipos e géneros presentes nodiscurso oral.
Falar para construir e expressar conhecimento(s)Planificar o uso da palavra em função da análise da situação, das intençõesde comunicação específicas e das características da audiência visada.Utilizar informação pertinente, mobilizando conhecimentos pessoais oudados obtidos em diferentes fontes.Organizar o discurso, assegurando a progressão de ideias e a suahierarquização.Produzir textos orais, de diferentes tipos, adaptados às situações efinalidades de comunicação:− informar;− convencer os interlocutores;Explorar diferentes formas de comunicar e partilhar ideias e produçõespessoais.Usar da palavra com fluência e correção, utilizando recursos verbais e nãoverbais com um grau de complexidade adequado às situações decomunicação.Utilizar adequadamente ferramentas tecnológicas para assegurar umamaior eficácia na comunicação.
Características da fala espontânea eda fala preparada
Texto conversacional
Notícia Propaganda
Coerência e coesão
Tipologia textual
Recursos linguísticos eextralinguísticosProsódia/Nível prosódico Características acústicas Entoação Elocução
40 aulas (de 45 minutos)
SEQUÊNCIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM N.O 1
PLANIFICAÇÃO ANUAL – 8º ANO
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LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
LEITURA
Ler para construir conhecimento(s)Seguir uma orientação e selecionar um percurso de leitura adequado.Utilizar a leitura para localizar, selecionar, avaliar e organizar a informação.Utilizar procedimentos adequados à organização e tratamento dainformação:− tomar notas; − elaborar e utilizar grelhas de registo.Interpretar textos com diferentes graus de complexidade, articulando ossentidos com a sua finalidade, os contextos e a intenção do autor:− formular hipóteses sobre os textos;− identificar temas e ideias principais;− identificar pontos de vista e universos de referência;− distinguir facto de opinião;− identificar elementos de persuasão;− explicitar o sentido global do texto.Comparar e distinguir textos, estabelecendo diferenças e semelhanças emfunção de diferentes categorias.Identificar e caracterizar as diferentes tipologias e géneros textuais.Interpretar processos e efeitos de construção de significado em textosmultimodais.
Ler para apreciar textos variadosExpressar, de forma fundamentada e sustentada, pontos de vista eapreciações críticas suscitados pelos textos lidos em diferentes suportes.Identificar processos utilizados nos textos para influenciar o leitor.
ESCRITA
Escrever para construir e expressar conhecimento(s)Recorrer à escrita para assegurar o registo e o tratamento de informaçãoouvida ou lida.Utilizar a escrita para estruturar o pensamento e sistematizarconhecimentos.Utilizar, com autonomia, estratégias de preparação e de planificação daescrita de textos.Selecionar tipos e formatos de textos adequados a intencionalidades econtextos específicos:– do domínio dos media; – do domínio das relações interpessoais.Utilizar, com progressiva eficácia, técnicas de reformulação textual.Utilizar, com autonomia, estratégias de revisão e aperfeiçoamento de texto.Utilizar com critério as potencialidades das tecnologias da informação ecomunicação nos planos da produção, revisão e edição de texto.
Escrever em termos pessoais e criativosExplorar a criação de novas configurações textuais, mobilizando a reflexãosobre os textos e sobre as suas especificidades.Utilizar os recursos tecnológicos para desenvolver projetos e circuitos decomunicação escrita.Escrever por iniciativa e gosto pessoal.
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
Plano morfológicoSistematizar paradigmas flexionais regulares e irregulares dos verbos.Sistematizar paradigmas flexionais irregulares em verbos de uso frequentee menos frequente.Sistematizar especificidades da flexão verbal em:– verbos de conjugação incompleta;
Descritores temáticos
Hipertexto
TextoTema Sequência textualContexto e cotextoSignificação lexical
Texto não literário e texto literário
Tipologia textual: textoconversacional, textoargumentativo, texto expositivo,texto narrativo e texto instrucional
Contexto
Texto Plano de texto
Configuração gráfica
Verbo regularVerbo irregular
Flexão verbal
27Planificações
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LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
Sistematizar as categorias relevantes para a flexão das classes de palavrasvariáveis.
Plano das classes de palavrasCaracterizar classes de palavras e respetivas propriedades.Sistematizar propriedades distintivas de classes e subclasses de palavras.Caracterizar propriedades da seleção de verbos transativos.Aplicar as regras de utilização do pronome pessoal átono (não reflexo) emadjacência verbal.
Plano lexical e semânticoDeterminar os significados que dada palavra pode ter em função do seucontexto de ocorrência.Caracterizar relações entre diferentes categorias lexicais e gramaticais,para identificar diversos valores semânticos na frase.
Plano discursivo e textualReconhecer propriedades configuradoras da textualidade:– coesão textual;– coerência textual.
Verbos defetivos impessoais;unipessoais; forma supletiva
Flexão nominal, adjetival,determinantes e pronomesFlexão: pronomes pessoais: casonominativo, acusativo, dativo eoblíquo
Classe aberta de palavras, Classefechada de palavrasVerbo auxiliar: temporal e aspetualTransitivos-predicativosPronomes: próclise, mesóclise,ênclise
Campo semânticoValor aspetualValor temporal
Progressão temática
28 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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29Planificações
LEITURAESCRITA COMPREENSÃO/EXPRESSÃO
ORALTEXTOS DE AUTORES PORTUGUESES
LendaCrónica MemóriaAutobiografiaTextos de autores portugueses:“Amor” e “Jesus”, de Miguel Torga (contos integrais)“Assobiando à vontade”, de Mário Dionísio (conto integral)“A perna e os outros”, de Mário-Henrique Leiria (conto integral)Conto da ilha desconhecida, de José SaramagoA inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho, de Mário de Carvalho
Recolha de lendas, contos e quadrasTexto argumentativo ParáfraseTexto narrativo
Texto instrucional ParáfraseRelato
LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
COMPREENSÃO/EXPRESSÃO ORAL
Escutar para aprender e construir conhecimento(s)Dispor-se física e psicologicamente a escutar, focando a atenção no objeto enos objetivos da comunicação.Utilizar procedimentos para clarificar, registar, tratar e reter a informação, emfunção de necessidades de comunicação específicas:– esquematizar e utilizar grelhas de registo.Reproduzir o material ouvido recorrendo a técnicas de reformulação.Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade ecomplexidade:– identificar o assunto, tema ou tópicos;– agir em conformidade com instruções e informações recebidas.Distinguir diferentes intencionalidades comunicativas, relacionando-as com oscontextos de comunicação.Identificar e caracterizar os diferentes tipos e géneros presentes no discursooral.
Falar para construir e expressar conhecimento(s)Planificar o uso da palavra em função da análise da situação, das intenções decomunicação específicas e das características da audiência visada.Utilizar informação pertinente, mobilizando conhecimentos pessoais ou dadosobtidos em diferentes fontes.Organizar o discurso, assegurando a progressão de ideias e a suahierarquização.Produzir textos orais, de diferentes tipos, adaptados às situações e finalidadesde comunicação:– recontar.Explorar diferentes formas de comunicar e partilhar ideias e produçõespessoais.Usar da palavra com fluência e correção, utilizando recursos verbais e nãoverbais com um grau de complexidade adequado às situações decomunicação.Utilizar adequadamente ferramentas tecnológicas para assegurar uma maioreficácia na comunicação.
Paráfrase
Texto instrucional
Coerência e coesão
Tipologia textual :− Texto instrucional − Texto narrativo
Recursos linguísticos eextralinguísticos
Prosódia/nível prosódico Características acústicas Entoação Elocução
44 aulas (de 45 minutos)
SEQUÊNCIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM N.O 2
PLANIFICAÇÃO ANUAL – 8º ANO
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LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
LEITURA
Ler para construir conhecimento(s)Definir uma intenção e selecionar um percurso de leitura adequado.Utilizar a leitura para localizar, selecionar, avaliar e organizar a informação.Utilizar procedimentos adequados à organização e tratamento da informação:– tomar notas;– identificar ideias-chave;– elaborar e utilizar grelhas de registo;– esquematizar.Interpretar textos com diferentes graus de complexidade, articulando ossentidos com a sua finalidade, os contextos e a intenção do autor:– formular hipóteses sobre os textos;– identificar temas e ideias principais;– identificar pontos de vista e universos de referência;– distinguir facto de opinião;– identificar elementos de persuasão;– explicitar o sentido global do texto.Comparar e distinguir textos, estabelecendo diferenças e semelhanças emfunção de diferentes categorias.Identificar e caracterizar as diferentes tipologias e géneros textuais.Identificar relações intratextuais, compreendendo de que modo o tipo e aintenção do texto influenciam a sua composição formal.
Ler para apreciar textos variadosExpressar, de forma fundamentada e sustentada, pontos de vista eapreciações críticas suscitados pelos textos lidos em diferentes suportes.Discutir diferentes interpretações de um mesmo texto, sequência ouparágrafo.Identificar processos utilizados nos textos para influenciar o leitor.Distinguir diferenças, semelhanças ou a novidade de um texto em relação aoutro(s).
Ler textos literáriosAnalisar os paratextos para contextualizar e antecipar o conteúdo de uma obra.Caracterizar os diferentes modos e géneros literários.Analisar processos linguísticos e retóricos utilizados pelo autor na construçãode uma obra literária: – analisar o ponto de vista (narrador, personagens);− identificar marcas de enunciação e de subjetividade;− analisar o valor expressivo dos recursos retóricos.Reconhecer e refletir sobre as relações que as obras estabelecem com ocontexto social e cultural no qual foram escritas.
ESCRITA
Escrever para construir e expressar conhecimento(s)Recorrer à escrita para assegurar o registo e o tratamento de informaçãoouvida ou lida.Utilizar a escrita para estruturar o pensamento e sistematizar conhecimentos.Utilizar, com autonomia, estratégias de preparação e de planificação da escritade textos.Selecionar tipos e formatos de textos adequados a intencionalidades econtextos específicos:− narrativos (ficcionais).Utilizar, com progressiva eficácia, técnicas de reformulação textual.Utilizar, com autonomia, estratégias de revisão e aperfeiçoamento de texto.Utilizar com critério as potencialidades das tecnologias da informação ecomunicação nos planos da produção, revisão e edição de texto.
Escrever em termos pessoais e criativosExplorar a criação de novas configurações textuais, mobilizando a reflexãosobre os textos e sobre as suas especificidades.
Descritores temáticos
Hipertexto
TextoTema Sequência textualContexto e cotextoSignificação lexical
Texto não literário e texto literário
Tipologia textual: texto narrativo,texto argumentativo
Prefácio
Géneros e subgéneros do modonarrativoPlurrissignificação
Figuras de retórica e troposContextoContexto extraverbal: situacional,sociocultural
Texto Plano de texto
Resumo Paráfrase
Configuração gráfica
Intertexto/intertextualidade
30 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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31Planificações
LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
Utilizar os recursos tecnológicos para desenvolver projetos e circuitos decomunicação escrita.Escrever por iniciativa e gosto pessoal.
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
Plano morfológicoSistematizar padrões de formação de palavras complexas:− por composição de duas ou mais formas de base.Explicitar o significado de palavras complexas a partir do valor de prefixos esufixos adjetivais e verbais do português.
Plano das classes de palavrasCaracterizar classes de palavras e respetivas propriedades.Sistematizar propriedades distintivas de classes e subclasses de palavras.Caracterizar propriedades de seleção de verbos transitivos.
Plano sintáticoSistematizar os constituintes principais da frase e respetiva composição.Sistematizar processos sintáticos.Sistematizar relações entre constituintes principais de frases e as funçõessintáticas por eles desempenhadas.Sistematizar funções sintáticas:− ao nível da frase.Detetar diferentes configurações da função sintática de sujeito.
Plano discursivo e textualUsar paratextos para recolher informações de natureza pragmática, semânticae estético-literária que orientam e regulam de modo relevante a leitura.Distinguir modos de reprodução do discurso no discurso e sua produtividade.Reconhecer propriedades configuradoras da textualidade:− coesão textual;− coerência textual.Caracterizar os diferentes géneros e subgéneros literários e respetivaespecificidade semântica, linguística e pragmática.
Composição morfológica emorfossintática
Afixação
Classe aberta de palavrasClasse fechada de palavrasAdvérbio de predicado Locução adverbialVerbos transitivos-predicativos
Grupo adjetival; grupopreposicional; grupo adverbialConcordância; elipseFunções sintáticas ao nível da fraseSujeito composto
PrefácioDiscurso indireto livre
Conectores (aditivos ou sumativos)Modo narrativo
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LEITURAESCRITA COMPREENSÃO/EXPRESSÃO
ORALNARRATIVAS ALÉM-FRONTEIRAS
Textos de autores de língua oficial portuguesa:– “Os calções verdes do Bruno”, de Ondjaki– Mar me quer, de Mia Couto– O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge AmadoTextos de autores estrangeiros:– A pérola, de John Steinbeck– O velho e o mar, de Ernest Hemingway– O hobbit, de J. R. R. Tolkien
Texto descritivoTexto narrativoTexto expositivo Reprodução do discurso nodiscurso
Excerto fílmicoRecontoDescriçãoTexto expositivoTexto argumentativo
LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
COMPREENSÃO/EXPRESSÃO ORAL
Escutar para aprender e construir conhecimento(s)Dispor-se física e psicologicamente a escutar, focando a atenção no objeto enos objetivos da comunicação.Utilizar procedimentos para clarificar, registar, tratar e reter a informação, emfunção de necessidades de comunicação específicas:− identificar ideias-chave; tomar notas.Identificar e caracterizar os diferentes tipos e géneros presentes no discursooral.
Falar para construir e expressar conhecimento(s)Planificar o uso da palavra em função da análise da situação, das intenções decomunicação específicas e das características da audiência visada.Utilizar informação pertinente, mobilizando conhecimentos pessoais ou dadosobtidos em diferentes fontes.Organizar o discurso, assegurando a progressão de ideias e a suahierarquização.Produzir textos orais, de diferentes tipos, adaptados às situações e finalidadesde comunicação:− descrever;– fazer exposições orais.Usar da palavra com fluência e correção, utilizando recursos verbais e nãoverbais com um grau de complexidade adequado às situações decomunicação.Diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas no discurso, com recursoao português padrão.
Participar em situações de interação oralSeguir diálogos ou discussões, intervindo oportuna e construtivamente.Implicar-se na construção partilhada de sentidos:− atender às reações verbais e não-verbais do interlocutor para uma possívelreorientação do discurso;− estabelecer relações com outros conhecimentos;− debater e justificar ideias e opiniões.Respeitar as convenções que regulam a interação verbal.
Ouvinte
Informação
Tipologia textual: texto narrativo
CoesãoCoerênciaTipologias textuais:– texto descritivo– texto expositivo
Prosódia/nível prosódico Características acústicas Entoação Elocução
Tipologia textual: textoconversacional
Princípios reguladores da interaçãodiscursivaDiálogo Estratégias discursivas
38 aulas (de 45 minutos)
SEQUÊNCIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM N.O 3
PLANIFICAÇÃO ANUAL – 8º ANO
32 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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33Planificações
LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
LEITURA
Ler para construir conhecimento(s)Definir uma intenção e selecionar um percurso de leitura adequado.Interpretar textos com diferentes graus de complexidade, articulando ossentidos com a sua finalidade, os contextos e a intenção do autor:− formular hipóteses sobre os textos;− identificar temas e ideias principais;− identificar pontos de vista e universos de referência;− identificar causas e efeitos;− fazer inferências e deduções; − identificar recursos linguísticos utilizados;− explicitar o sentido global do texto.Identificar relações intratextuais, compreendendo de que modo o tipo e aintenção do texto influenciam a sua composição formal.Comparar e distinguir textos, estabelecendo diferenças e semelhanças emfunção de diferentes categorias.Identificar e caracterizar as diferentes tipologias e géneros textuais.Interpretar processos e efeitos de construção de significados em textosmultimodais
Ler para apreciar textos variadosExpressar, de forma fundamentada e sustentada, pontos de vista eapreciações críticas suscitados pelos textos lidos em diferentes suportes.Discutir diferentes interpretações de um mesmo texto, sequência ouparágrafo.Reconhecer e refletir sobre os valores culturais, estético e éticos queperpassam nos textos.
Ler textos literáriosAnalisar os paratextos para contextualizar e antecipar o conteúdo de umaobra.Exprimir opiniões e problematizar sentidos, como reação pessoal à audição ouleitura de uma obra integral.Caracterizar os diferentes modos e géneros literários.Analisar processos linguísticos e retóricos utilizados pelo autor na construçãode uma obra literária: − analisar o ponto de vista (narrador, personagens);− identificar marcas de enunciação e de subjetividade;− analisar o valor expressivo dos recursos retóricos.− analisar as relações entre os diversos modos de representação do discurso.Analisar recriações de obras literárias com recurso a diferentes linguagens.Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginárioindividual e coletivo.Reconhecer e refletir sobre as relações que as obras estabelecem com ocontexto social e cultural no qual foram escritas.
ESCRITA
Escrever para construir e expressar conhecimento(s)Recorrer à escrita para assegurar o registo e o tratamento de informaçãoouvida ou lida.Utilizar a escrita para estruturar o pensamento e sistematizar conhecimentos.Utilizar, com autonomia, estratégias de preparação e de planificação da escritade textos.Selecionar tipos e formatos de textos adequados a intencionalidades econtextos específicos:− narrativos (ficcionais);− descritivos (ficcionais);− expositivo.Redigir textos coerentes, selecionando registos e recursos verbais adequados:− ordenar e hierarquizar a informação, tendo em vista a continuidade desentido, a progressão temática e a coerência global do texto; − respeitar as regras da pontuação e os sinais auxiliares da escrita.
Texto Tema Propriedades configuradoras datextualidade Sequência textual Contexto e cotexto; Significaçãolexical Processos interpretativosinferenciais Figuras de retórica e tropos
Tipologia textual: texto narrativo,texto descritivo
Semântica lexical: significação erelações semânticas entre palavras
Contexto extraverbal
Enciclopédia (conhecimento domundo)Géneros e subgéneros literáriosdos modos narrativo,Níveis e categorias da narrativa
Estilo
PlurissignificaçãoFiguras de retórica e tropos
ContextoContexto extraverbal: situacional,sociocultural
Texto/textualidadePlano do texto
Tipologia textualSequência textualSequência narrativa (eventos;cadeia de eventos)Sequência descritiva (descriçãoliterária, planos de descrição)Sequência expositiva (referente;análise ou síntese de ideias,conceitos, teorias)
Coerência textual
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LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
− dar ao texto a estrutura e o formato adequados, respeitando convençõestipológicas e (orto)gráficas estabelecidas;− diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas nos textos, com recursoao português padrão.
Escrever em termos pessoais e criativosExplorar diferentes vozes e registos para comunicar vivências, emoções,conhecimentos, pontos de vista, universos no plano do imaginário.Explorar efeitos estéticos da linguagem mobilizando saberes decorrentes daexperiência enquanto leitor.
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
Plano da língua, variação e mudança Reconhecer especificidades fonológicas, lexicais e sintáticas nas variedadesdo português não europeu.Identificar, em textos orais e escritos, a variação nos vários planos (lexical,sintático, semântico e pragmático).Distinguir contextos geográficos, sociais e situacionais que estão na origemde diferentes variedades do português.
Plano das classes de palavrasCaracterizar classes de palavras e respetivas propriedades.Sistematizar propriedades distintivas de classes e subclasses de palavras.
Plano sintáticoTransformar frases ativas em frases passivas e vice-versa. Sistematizar processos de articulação de grupos e de frases.Distinguir processos sintáticos de articulação entre frases complexas.
Plano discursivo e textualUsar paratextos para recolher informações de natureza pragmática, semânticae estético-literária que orientam e regulam de modo relevante a leitura.Reconhecer propriedades configuradoras da textualidade:− coerência textual;− referência;− coesão textual.Caracterizar os diferentes géneros e subgéneros literários e respetivasespecificidades semântica, linguística e pragmática.
Convenções e regras para aconfiguração gráficaPontuação e sinais auxiliares deescrita
Reprodução do discurso nodiscurso
Texto
Variedades do português;variedades africanas e variedadebrasileiraMudança linguística
Classe aberta de palavrasClasse fechada de palavrasConjunção coordenativa: explicativaConjunção subordinativa:comparativa
Frase passivaCoordenação assindéticaCoordenação: oração coordenadaexplicativaVocativo
Conectores discursivos Modo narrativo
34 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:37 Page 34
35Planificações
LEITURAESCRITA COMPREENSÃO/EXPRESSÃO
ORALPOESIA TEXTOS NÃO LITERÁRIOS
Poemas de:1. Poetas do século XX– Miguel Torga– António Gedeão– Eugénio de Andrade– Florbela Espanca– E. M. de Melo e Castro2. Poetas cantados– Ary dos Santos3. Poetas de países de língua oficialportuguesa– Agostinho Neto– Carlos Drummond de Andrade– Cecília Meireles– Manuel Bandeira4. Poetas anteriores ao século XX– Airas Nunes– Luís de Camões
Coletâneas:– A alma não é pequena – 100poemas para SMS, seleção eorganização de valter hugo mãe e Jorge Reis-Sá– Cantares dos trovadores galego --portugueses, versão de NatáliaCorreia
SMS Textos com características poéticasTexto de opiniãoEntrevista
Discussão de ideiasTroca de impressõesDeclamação de poemasPoesiaTexto criativo
LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
COMPREENSÃO/EXPRESSÃO ORAL
Escutar para aprender e construir conhecimento(s)Dispor-se física e psicologicamente a escutar, focando a atenção no objetoe nos objetivos da comunicação.Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade ecomplexidade:− formular, confrontar e verificar hipóteses acerca do conteúdo;− identificar o assunto, tema ou tópicos;− distinguir visão objetiva e visão subjetiva;− fazer inferências e deduções;– manifestar ideias, sentimentos e pontos de vista suscitados pelosdiscursos ouvidos.
Falar para construir e expressar conhecimento(s)Planificar o uso da palavra em função da análise da situação, das intençõesde comunicação específicas e das características da audiência visada.Organizar o discurso, assegurando a progressão de ideias e a suahierarquização.Produzir textos orais, de diferentes tipos, adaptados às situações efinalidades de comunicação:− exprimir sentimentos e emoções;− argumentar.Usar da palavra com fluência e correção, utilizando recursos verbais e não
Figuras de retórica e tropos
Coesão, coerência
Tipologias textuais: textodescritivo/expositivo, textoargumentativo
Prosódia/nível prosódico
24 aulas (de 45 minutos)
SEQUÊNCIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM N.O 4
PLANIFICAÇÃO ANUAL – 8º ANO
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LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
verbais com um grau de complexidade adequado às situações decomunicação.
Participar em situações de interação oralSeguir diálogos ou discussões, intervindo oportuna e construtivamente.Implicar-se na construção e partilha de sentidos:– atender às reações verbais e não verbais do interlocutor para umapossível reorientação do discurso;
– estabelecer relações com outros conhecimentos;– debater e justificar ideias e opiniões; – considerar pontos de vista contrários.Assumir diferentes papéis em situações de comunicação, adequando asestratégias discursivas às funções e aos objetivos visados.
LEITURA
Ler para construir conhecimento(s)Interpretar textos com diferentes graus de complexidade, articulando ossentidos com a sua finalidade, os contextos e a intenção do autor:− formular hipóteses sobre os textos;− identificar temas e ideias principais;− identificar pontos de vista e universos de referência;− identificar causas e efeitos;− fazer inferências e deduções; − identificar recursos linguísticos utilizados;− explicitar o sentido global do texto.Identificar relações intratextuais, compreendendo de que modo o tipo e aintenção do texto influenciam a sua composição formal.Comparar e distinguir textos, estabelecendo diferenças e semelhanças emfunção de diferentes categorias.
Ler para apreciar textos variadosExpressar, de forma fundamentada e sustentada, pontos de vista eapreciações críticas suscitados pelos textos lidos em diferentes suportes.Discutir diferentes interpretações de um mesmo texto.Distinguir diferenças, semelhanças ou a novidade de um texto em relação aoutro(s).
Ler textos literáriosAnalisar os paratextos para contextualizar e antecipar o conteúdo de umaobra.Caracterizar os diferentes modos e géneros literários.Analisar processos linguísticos e retóricos utilizados pelo autor naconstrução de uma obra literária: − identificar marcas de enunciação e de subjetividade;− analisar o valor expressivo dos recursos retóricos.Comparar o modo como o tema de uma obra é tratado em outros textos.Explorar processos de apropriação e de (re)criação de texto poético.Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginárioindividual e coletivo.Reconhecer e refletir sobre as relações que as obras estabelecem com ocontexto social e cultural no qual foram escritas.
ESCRITA
Escrever para construir e expressar conhecimento(s)Utilizar a escrita para estruturar o pensamento e sistematizarconhecimentos.Selecionar tipos e formatos de textos adequados a intencionalidades econtextos específicos:− argumentativos.Redigir textos coerentes, selecionando registos e recursos verbaisadequados:
Características acústicas Entoação Elocução
Tipologia textual:texto conversacionalComunicação e interação discursivasLocutor; interlocutorPrincípios reguladores da interaçãodiscursivaMáximas conversacionaisPrincípio de cortesia e formas detratamentoDiálogo (dialogismo)
Texto TemaPropriedades configuradoras datextualidadeContexto e cotextoSignificação lexicalProcessos interpretativosinferenciaisFiguras de retórica e tropos
Texto literário e texto não literário
Semântica lexical: significação erelações semânticas entre palavrasIntertexto/intertextualidadeParáfrase/alusão
Géneros e subgéneros literários domodo líricoElementos constitutivos da poesialírica (convenções versificatórias)
Figuras de retórica e tropos
Intertexto/intertextualidadeTexto literário e texto não literárioInterdiscurso/interdiscursividade
ContextoContexto extraverbal: situacional,sociocultural
Sequência argumentativa (facto,hipótese, exemplo, prova, refutação)
36 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:37 Page 36
37Planificações
LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
− ordenar e hierarquizar a informação, tendo em vista a continuidade desentido, a progressão temática e a coerência global do texto; − desenvolver pontos de vista pessoais ou mobilizar dados recolhidos emdiferentes fontes de informação;− respeitar as regras da pontuação e sinais auxiliares da escrita;− dar ao texto a estrutura e o formato adequados, respeitando convençõestipológicas e (orto)gráficas estabelecidas;− diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas nos textos, comrecurso ao português padrão.Utilizar, com progressiva eficácia, técnicas de reformulação textual.Utilizar, com autonomia, estratégias de revisão e aperfeiçoamento de texto.
Escrever em termos pessoais e criativosExplorar diferentes vozes e registos para comunicar vivências, emoções,conhecimentos, pontos de vista.Reinvestir em textos pessoais a informação decorrente de pesquisas eleituras efetuadas.
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
Plano fonológicoDistinguir pares de palavras quanto à classe morfológica, peloposicionamento da sílaba tónica.Sistematizar propriedades do ditongo e do hiato.Sistematizar propriedades da sílaba gramatical e da sílaba métrica:− segmentar versos por sílaba métrica;− utilizar rima fonética.
Plano sintáticoDistinguir processos sintáticos de articulação entre frases complexas.
Plano lexical e semânticoUsar paratextos para recolher informações de natureza pragmática,semântica e estetico-literária que orientam e regulam de modo relevante aleitura.Distinguir propriedades semânticas que diferenciam palavras com um sósignificado de palavras com mais do que um significado.Sistematizar relações semânticas de semelhança e oposição, hierárquicase de parte-todo.
Plano discursivo e textualUsar paratextos para recolher informações de natureza pragmática,semântica e estético-literária que orientam e regulam de modo relevante aleitura.Identificar figuras de retórica e tropos como mecanismos linguísticosgeradores de densificação semântica e expressividade estilística:− figuras de dicção (de natureza fonológica, morfológica e sintática);− figuras de pensamento;− tropos.Caracterizar os diferentes géneros e subgéneros literários e respetivaespecificidade semântica, linguística e pragmática.Interpretar várias modalidades e relações de intertextualidade.
Plano da representação gráficaSistematizar regras de uso de sinais auxiliares da escrita para:− destacar contextos específicos de utilização.Desambiguar sentidos decorrentes de relações entre a grafia e fonia depalavras.Sistematizar regras de configuração gráfica para:− destacar palavras, frases ou partes de texto.
Propriedades acentuais das sílabasHiato, semivogal, ditongo: oral enasalRelações entre grafia e fonia
Subordinação substantiva(completiva)Significação lexical; monossemia e polissemiaHiperonímia, hiponímia
Ironia, eufemismo, aliteração,anáfora, metáfora, hipérbole,antítese
Modo lírico
Intertexto
Sinais auxiliares de escrita
Conhecimento gramatical e lexicalFormas de destaque
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LEITURAESCRITA COMPREENSÃO/EXPRESSÃO
ORALTEXTO DRAMÁTICO
Textos dramáticos de autores portugueses:Vanessa vai à luta, de Luísa Costa GomesO homem sem sombra, de António Torrado, em intertextualidade comA sombra, de Hans Christian AndresenTexto dramático de autor estrangeiro:O avarento, de Molière
Plano de textoTexto argumentativo (com contra-argumentação) Guião para dramatização
Texto expositivoLeitura encenada Texto narrativoDramatização de cenasDebate
LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
COMPREENSÃO/EXPRESSÃO ORAL
Escutar para aprender e construir conhecimento(s)Dispor-se física e psicologicamente a escutar, focando a atenção no objeto enos objetivos da comunicação.Distinguir diferentes intencionalidades comunicativas, relacionando-as com oscontextos de comunicação.Manifestar ideias, sentimentos e pontos de vista suscitados pelos textosouvidos.
Falar para construir e expressar conhecimento(s)Usar da palavra com fluência e correção, utilizando recursos verbais e nãoverbais com um grau de complexidade adequado às situações decomunicação.Explorar diferentes formas de comunicar e partilhar ideias e produçõespessoais, selecionando estratégias e recursos adequados para envolver aaudiência.
Participar em situações de interação oralSeguir diálogos ou discussões, intervindo oportuna e construtivamente.Implicar-se na construção partilhada de sentidos:− atender às reações verbais e não-verbais do interlocutor para uma possívelreorientação do discurso;− estabelecer relações com outros conhecimentos;− debater e justificar ideias e opiniões;− considerar pontos de vista contrários.Assumir diferentes papéis em situações de comunicação, adequando asestratégias discursivas às funções e aos objetivos visados.Respeitar as convenções que regulam a interação verbal.Explorar os processos de construção do diálogo e o modo como se pode agiratravés da fala.
LEITURA
Ler para construir conhecimento(s)Selecionar um percurso de leitura adequado.
PragmáticaAtos de fala
Prosódia/nível prosódico Características acústicas
Entoação ElocuçãoRecursos linguísticos eextralinguísticos
Tipologia textual: textoconversacionalComunicação e interaçãodiscursivasLocutor; interlocutor Princípios reguladores da interaçãodiscursiva Máximas conversacionais; princípiode cortesia; formas de tratamentoDiálogo; dialogismoEstratégias discursivasCompetência discursivaArgumentação
20 aulas (de 45 minutos)
SEQUÊNCIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM N.O 5
PLANIFICAÇÃO ANUAL – 8.º ANO
38 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:37 Page 38
39Planificações
LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
Utilizar a leitura para localizar, selecionar, avaliar e organizar a informação.Utilizar procedimentos adequados à organização e tratamento da informação:− tomar notas; – identificar ideias-chave;− esquematizar.Interpretar textos com diferentes graus de complexidade, articulando ossentidos com a sua finalidade, os contextos e a intenção do autor:− formular hipóteses sobre os textos;− identificar temas e ideias principais;− identificar pontos de vista e universos de referência;− identificar causas e efeitos;− fazer inferências e deduções; − identificar recursos linguísticos utilizados;− explicitar o sentido global do texto.Identificar relações intratextuais, compreendendo de que modo o tipo e aintenção do texto influenciam a sua composição formal.Identificar e caracterizar as diferentes tipologias e géneros textuais.
Ler para apreciar textos variadosDiscutir diferentes interpretações de um mesmo texto, sequência ouparágrafo.Distinguir diferenças, semelhanças ou a novidade de um texto em relação aoutro(s).Reconhecer e refletir sobre os valores culturais, estético e éticos queperpassam nos textos.Ler por iniciativa e gosto pessoal, aumentando progressivamente a extensão ecomplexidade dos livros e outros materiais que seleciona.
Ler textos literáriosAnalisar os paratextos para contextualizar e antecipar o conteúdo de umaobra.Exprimir opiniões e problematizar sentidos, como reação pessoal à audição ouleitura de uma obra integral.Caracterizar os diferentes modos e géneros literários.Analisar processos linguísticos e retóricos utilizados pelo autor na construçãode uma obra literária: − analisar o ponto de vista (personagens);− identificar marcas de enunciação e de subjetividade;− analisar o valor expressivo dos recursos retóricos;− analisar as relações entre os diversos modos de representação do discurso.Comparar o modo como o tema de uma obra é tratado em outros textos.Explorar processos de apropriação e de (re)criação de texto narrativo, poéticoou outro.Analisar recriações de obras literárias com recurso a diferentes linguagens.Reconhecer e refletir sobre as relações que as obras estabelecem com ocontexto social e cultural no qual foram escritas.
ESCRITA
Escrever para construir e expressar conhecimento(s)Produzir enunciados com diferentes graus de complexidade para respondercom eficácia a instruções de trabalho.Utilizar a escrita para estruturar o pensamento e sistematizar conhecimentos.Selecionar tipos e formatos de textos adequados a intencionalidades econtextos específicos:− dialogais e dramáticos;− argumentativos. Redigir textos coerentes, selecionando registos e recursos verbais adequados:− ordenar e hierarquizar a informação, tendo em vista a continuidade desentido, a progressão temática e a coerência global do texto; − desenvolver pontos de vista pessoais ou mobilizar dados recolhidos emdiferentes fontes de informação;− respeitar as regras da pontuação e sinais auxiliares da escrita;− dar ao texto a estrutura e o formato adequados, respeitando convenções
Descritores temáticosHipertexto
Texto Tema Propriedades configuradoras datextualidade Sequência textual Contexto e cotexto; Significaçãolexical Processos interpretativosinferenciais Figuras de retórica e tropos
Tipologia textual (textoconversacional)
Semântica lexical: significação erelações semânticas entre palavrasIntertexto/ intertextualidadeAlusão ContextoContexto extraverbal
Enciclopédia (conhecimento domundo)Informação; universo de discursoGénero literários do mododramáticoEstilo PlurissignificaçãoFiguras de retórica e tropos
Intertexto/intertextualidadeTexto literário e texto não literárioIntertexto/intertextualidadeInterdiscurso/interdiscursividade
ContextoContexto extraverbal: situacional,sociocultural
Enunciação; enunciadoSequência dialogal (intercâmbio deideias, comentário deacontecimentos)Sequência argumentativa (facto,hipótese, exemplo, prova, refutação)
Coerência textual
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LEITURACONTEÚDOS TEMPO
DESCRITORES
tipológicas e (orto)gráficas estabelecidas;− diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas nos textos, com recursoao português padrão.Utilizar, com autonomia, estratégias de revisão e aperfeiçoamento de texto.
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
Plano lexical e semânticoCaracterizar os processos irregulares de formação de palavras e de inovaçãolexical.
Plano discursivo e textualCaracterizar elementos inerentes à comunicação e interação discursivas.
Identificar diferentes atos de fala.Distinguir modos de reprodução do discurso no discurso e sua produtividade.Identificar diferentes atos de fala.Interpretar várias modalidades e relações de intertextualidade.Caracterizar os diferentes géneros e subgéneros literários e respetivaespecificidade semântica, linguística e pragmática.Usar os princípios reguladores da interação verbal.Interpretar várias modalidades e relações de intertextualidade.
Acrónimo, sigla, extensãosemântica, empréstimo,amálgama, truncação
Enunciação; enunciado;enunciador/destinatário; intençãocomunicativa; contexto extraverbal,paraverbal, verbal; universo dodiscurso
Ato de fala direto/indireto Monólogo
Hipertexto; intertexto
Modo dramático
Princípio da cooperaçãoMáximas conversacionais
40 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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41PlanificaçõesPLANIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS
Sequência 1: Textos dos mediae do quotidianoSeq
uências de ensino -
-aprendizagem
Textos
Com
petência da Leitu
raCom
petência da Es
crita
Com
petência do C.E.L.
Com
petência da
Compreensão/Expressão
Oral
Tempo
Percurso a)
Textos dos
media
Percurso b)
Textos do quotidiano
Notícia
Entrevista
Reportagem
Texto de opinião
Recado
Carta
Postal
SMS
Correio eletrónico
Convite
Carta formal e informal
Aviso
Regulamento
Anúncio publicitário
comercial e institucional
Texto científico
Texto não literário
Texto conversacional
Texto argumentativo
Texto narrativo
Texto expositivo
Texto instrucional
Reportagem
Carta formal e carta
informal
Aviso
Regulamento
Resumo
Nom
e e adjetivo:
• Subclasses
• Flexão
• Palavras biformes e
uniformes
• Casos particulares de
flexão
Verbo
• Tipos de verbo
principal
Pronome e determinante
• Subclasses
• Flexão
Pronomes pessoais
• Flexão em caso
Campo sem
ântico e
campo lexical
Verbo auxiliar
• Aspetual e temporal
E.O.: Notícia televisiva
E.O.: Texto de opinião
C.O.: Entrevista
C.O.: Trailer(Mem
ento)
C.O.: Texto expositivo
radiofónico
E.O.: Reconto oral
E.O.: Propaganda
40 aulas
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:37 Page 41
PLANIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS
42 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
Sequência 2: Textos de autores portuguesesSeq
uências de ensino -
-aprendizagem
Textos
Com
petência da Leitu
raCom
petência da Es
crita
Com
petência do C.E.L.
Com
petência da
Compreensão/Expressão
Oral
Tempo
Percurso a)
Textos tradicionais e de
autores portugueses
Percurso b)
Contos de autores
portugueses
Lenda
Crónica
Mem
ória
Autobiografia
Três narrativas de autor
português (a escolher
entre):
• “Amor”, de Miguel
Torga (texto integral)
• “Jesus”, de Miguel
Torga (texto integral)
• “Assobiando
à vontade”, de Mário
Donísio (texto integral)
• “A pena e os outros”,
de Mário-Henrique
Leiria (texto integral)
•A inaudita guerra da
Avenida Gago Coutinho,
de Mário de Carvalho
(texto integral)
Um texto de literatura
juvenil:
•O conto da ilha
desconhecida, de José
Saramago
Texto literário
Texto argumentativo
Prefácio
Texto narrativo
Texto descritivo
Contexto extraverbal:
situacional
e sociocultural
Recolha de lendas,
contos e quadras
Texto argumentativo
Paráfrase
Texto narrativo
Discurso indireto livre
Composição morfológica
e morfossintática
Afixação (prefixação,
sufixação e parassíntese)
Predicativo do
complemento direto
Verbo transitivo-
-predicativo
Advérbio
• Subclasses
Grupo nominal, grupo
verbal, grupo adjetival,
preposicional e adverbial
Sujeito (tipos de sujeito)
Predicado
Concordância sujeito–
–verbo
Complementos do verbo
Modificador (do verbo)
Conectores aditivos ou
sumativos
Elipse
E.O./C.O.: Texto
instrucional
C.O.: Paráfrase
E.O.: Relato
44 aulas
Sequência 3: Narrativas além-fronteiras
Percurso a)
Textos de autores de
países de língua oficial
portuguesa
Percurso b)
Textos de autores
estrangeiros
Um conto de autor de
país de língua oficial
portuguesa:
• “Os calções verdes do
Bruno”, Ondjaki (texto
integral)
Textos de autores de
países de língua oficial
portuguesa:
• Marmequer, de Mia
Couto
• O Gato Malhado
e a Andorinha Sinhá,
de Jorge Amado
Um texto de autor
estrangeiro (a escolher
entre):
Texto descritivo
Tempo da história e
tempo do discurso
(velocidade e ordem)
Prefácio
Tempo físico, social
e psicológico
Texto descritivo
Variedades sociais
e situacionais
Texto descritivo/
texto narrativo
Texto expositivo
Discurso direto/
discurso indireto
Modificador (de verbo e
de frase)
Variedade africana
Variedade brasileira
Frase ativa e frase
passiva
Conjunção e locução
conjuntiva coordenativa
• Subclasses
Coordenação
Vocativo
Conjunção e locução
conjuntiva subordinativa
adverbial
C.O.: Excerto fílmico
(O Náufrago)
C.O./EO: Reconto
E.O.: Descrição
E.O.: Texto expositivo
C.O.: Texto argumentativo
34 aulas
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:37 Page 42
43Planificações
PLANIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS
Seq
uências de ensino-
-aprendizagem
Textos
Com
petência da Leitu
raCom
petência da Es
crita
Com
petência do C.E.L.
Com
petência da
Com
preensão/E
xpressão
Oral
Tempo
Sequência 3: Narrativasalém-fronteiras
• O velho e o mar, de
Ernest Hem
ingway
• A pérola, de John
Steinbeck
Um texto de literatura
juvenil (autor estrangeiro):
• O hobbit, J.R.R. Tolkien
• Subclasses
Subordinação adverbial
Sequência 4: Poesia
Percurso a)
Poetas do século XX
Percurso b)
Poetas de expressão
portuguesa e poetas
anteriores ao século XX
Poem
as de subgéneros
variados:
Poetas do século XX:
– Coletâneas
• A alma não é pequena
– 100 poem
asportugueses para SMS,
sel. e org. de valter
hugo mãe e Jorge-
-Reis Sá
– Poetas portugueses:
• Miguel Torga
• António Gedeão
• Eugénio de Andrade
• Florbela Espanca
• E. M. de Melo
e Castro
– Poetas cantados:
• José Carlos Ary dos
Santos
– Poetas de países de
língua oficial
portuguesa:
• Agostinho Neto
• Carlos Drummond de
Andrade
• Cecília Meireles
• Manuel Bandeira
– Poetas anteriores ao
século XX:
• Airas Nunes
• Luís de Camões
– Coletâneas:
•Cantares dos
trovadores galego-
-portugueses(versão
de Natália Correia)
Convenções
versificatórias
Figuras de retórica e
tropos: aliteração,
assonância, com
paração,
metáfora, ironia,
hipérbole, antítese
Intertextualidade
Texto com
características poéticas
Texto de opinião
Entrevista
Propriedades acentuais
das sílabas
Hiato, sem
ivogal,
Ditongo oral e nasal
Regras de acentuação
gráfica
Significação lexical:
monossemia e
polissemia
Conjunção subordinativa
completiva
Subordinação
E.O.: Discussão de ideias
(princípio da cooperação)
E.O.: Troca de
impressões
E.O.: Declamação de
poem
asC.O.: Poesia
E.O.: Texto criativo
C.O.: Poesia
24 aulas
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:37 Page 43
PLANIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS
Sequência 5: Texto dramático
Seq
uências de ensino-
-aprendizagem
Textos
Com
petência da Leitu
raCom
petência da Es
crita
Com
petência do C.E.L.
Com
petência da
Com
preensão/E
xpressão
Oral
Tempo
Percurso a)
Texto dramático juvenil
Percurso b)
Texto dramático
português e estrangeiro
Dois textos dramáticos
de autores portugueses
(incluindo literatura
juvenil):
• Vanessa vai à luta, de
Luísa Costa Gom
es• O hom
em sem
som
bra,
de António Torrado
Um texto dramático de
autor estrangeiro:
• O avarento, de Molière
Características do texto
dramático
Texto conversacional
Intertextualidade
Procedimentos do
cómico
Prefácio
Apartes e monólogo
Plano do texto
Texto argumentativo
(contra-argumentação)
Guião para dramatização
Ato de fala direto e
indireto
Processos irregulares
de formação de palavras:
acrónimo, sigla,
extensão sem
ântica,
empréstim
o, amálgama,
truncação
C.O.: Texto expositivo
E.O.: Leitura encenada
C.O.: Texto narrativo
(A som
bra, de Hans
Christian Andresen)
E.O.: Dramatização de
cenas
E.O.: Debate
20 aulas
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TESTES DE AVALIAÇÃO
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Estas testes encontram-se disponíveis, em formato editável, em
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SEQUÊNCIA 1
GRUPO I
Lê atentamente o texto que se segue e responde às questões colocadas.
Bonecos que ensinam a comer
A maior produção nacional de desenhos animados mostra a virtudes da alimentação saudável.Sem esquecer o humor e a aventura
Por Sara Sá
A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, quer resolver o problema da obesidade infantil, notempo de uma geração. Ao seu lado, nesta saga, estarão Lena, Teo, Ben e Nina, heróis dos desenhosanimados Nutri Ventures, de produção inteiramente nacional. Os quatro amigos andam pelo mundo embusca do que sobra dos alimentos, retirados pelo mauzão de serviço, Alex Grand, que tem o monopóliode uma espécie de suplemento. Enquanto procuram o trigo, o leite ou as laranjas, vivem muitas peri-pécias. A moral da história passa sempre por uma mensagem nutricional – “os cereais dão energia”ou “ o leite faz bem aos ossos”.
“Queremos educar, mas de forma divertida”, resume Rodrigo Carvalho, 37 anos, sócio-gerente daNutri Ventures. “Não é por falta de informação que a obesidade e o excesso de peso afetam um terçodas crianças, nos países ricos”, nota Rui Lima Miranda, 38 anos, o outro sócio da empresa.
Para convencer as crianças a preferir os alimentos saudáveis, a empresa criou uma trama tradi-cional – com vilões, heróis e superpoderes. “Queremos gerar um clima favorável à passagem da men-sagem nutricional”, continua Rui Miranda. O rigor científico da série, destinada a crianças dos 6 aos10 anos, está garantido pela Associação Portuguesa de Nutricionistas, que revê os textos.
Desde a sua raiz que o projeto foi pensado para o mercado global. Neste momento, a produçãoestá a decorrer em português e em inglês, com uma particularidade: pela primeira vez, são os atoresamericanos a dobrarem os portugueses, nos estúdios da Disney, em Miami. Quase cem pessoas tra-balham a todo o vapor para pôr o programa no ar, no verão de 2012.
Num apartamento atafulhado de Lisboa, meia centena de animadores da produtora Bang Bang quei-mam as pestanas a dar cor às aventuras no reino em que os alimentos têm poderes especiais. “São600 minutos de animação – a maior produção a nível nacional”, revela Rodrigo Carvalho, que tambémé guionista.
Entretanto, os dois sócios correm o mundo a divulgar os seus bonecos. Estabelecendo parceriascom entidades promotoras do bem-estar, como a Organização Mundial de Saúde, que os recebeu debraços abertos, ou a iniciativa de Michelle Obama, Let’s Move. E também com escolas ou representantesdos pais.
A ideia é que todos possam tirar partido da capacidade de persuasão de Teo ou Lena, levando osmiúdos a preferir a fruta às batatas fritas. Nas feiras de TV, o produto tem sido bem recebido e hácontratos apalavrados com estações de vários países europeus, do Brasil e do México. Por cá, passaráno canal Panda e na RTP 2. Sintonize-se.
Revista Visão, 13 de outubro de 2011.
Escola: ___________________________________________________________ Ano letivo: ____________________________
Nome: ____________________________________________________________ Turma: ___________ Data: _______________
TESTE DE AVALIAÇÃO1 TESTE A
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Testes de Avaliação 47
1. Os Nutri Ventures são a “maior produção nacional de desenhos animados”.
1.1. Identifica:• os responsáveis por este projeto;
• os responsáveis pela animação dos desenhos animados;
• os consultores do projeto;
• o público-alvo do produto;
• a data de lançamento da série;
• os locais de divulgação da série.
2. Explica a relação existente entre os desenhos animados Nutri Ventures e o projeto deMichelle Obama Let’s Move.
3. A série dos Nutri Ventures alia a alimentação saudável à aventura. 3.1. Comprova esta afirmação com expressões retiradas do texto.
4. Rodrigo Carvalho afirma: “Não é por falta de informação que a obesidade e o excessode peso afetam um terço das crianças nos países ricos” (ll. 9-10).4.1. Explica, por palavras tuas, a opinião de Rodrigo Carvalho.
4.2. Indica duas possíveis causas para a existência de índices elevados de obesidade nospaíses ricos.
GRUPO II
1. Assinala qual dos conjuntos não apresenta uma relação de flexão entre as diferentes palavras. Transcreve a letra correta para a folha de teste.
1.1. Retira, das palavras apresentadas, exemplos de:
a) flexão em número;
b) flexão em género;
c) flexão em grau.
A. sócio, sócia, sócios
B. boneco, boneca, bonequinho
C. europeu, Europa, europeísta
D. vilão, vilã, vilãozinho
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Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 48
2. Estabelece uma ligação entre a coluna A e a coluna B, de modo a identificares os tiposde verbo principal presentes em cada frase. Indica na folha de teste o número e a letraque lhe corresponde.
3. Completa as frases com adjetivos retirados da caixa, de acordo com a subclasse indicadaentre parêntesis. Deverás flexionar o adjetivo de modo a que a frase fique correta.
a) A animação ___________ (adjetivo relacional) pode transmitir mensagens importan-tes.
b) Os desenhos ___________ (adjetivo qualificativo) têm vários heróis.
c) Os animadores ___________ (adjetivo relacional) estão a produzir a série.
d) As crianças ___________ (adjetivo qualificativo) aprenderão a comer mais saudavel-mente.
3.1. Reescreve a frase d), flexionando o adjetivo no grau superlativo analítico.
GRUPO III
Com base nos factos que se seguem, produz uma notícia que respeite a estrutura que es-tudaste.
Quem? – Um grupo de leões
O quê? – Fugiu do jardim zoológico e atacou um grupo de transeuntes
Quando? – Ontem, dia 20 de novembro
Onde? – Nova Iorque
Como? – [A desenvolver pelo aluno]
Porquê? – [A desenvolver pelo aluno]
Coluna A Coluna B
1. Os bonecos mostram as virtudes da alimentação saudável.
A. Verbo intransitivo
2. A série passa no Canal Panda. B. Verbo transitivo direto
3. Os Nutri Ventures oferecem uma mensagem nutricional às crianças.
C. Verbo transitivo indireto
4. Com a série, as crianças mudam. D. Verbo transitivo direto e indireto
animado infantil português obeso
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Testes de Avaliação 49
GRUPO I
Lê atentamente o texto que se segue e responde às questões colocadas.
À descoberta de nós, na Europa – Regulamento do concurso
1. O concurso destina-se unicamente a estudantes de escolas do 2º e 3º ciclos do ensino básico esecundário de cinco países da União Europeia: Itália, Polónia, Portugal, Espanha e Reino Unido.
2. A participação no concurso é limitada aos trabalhos elaborados por grupos de alunos com a co-laboração ativa dos seus professores.
3. Tipos de trabalhos admitidos:• gráficos (dimensões máximas: 100 x 70 cm);• fotográficos (número máximo: 10);• banda desenhada (máximo: 16 tiras);• vídeo ou produção multimédia (duração máxima: 15’);• construção/reconstrução de um objeto (dimensões máximas: 20 x 20 x 50 cm);• produção musical e/ou áudio (duração máxima: 10’);• texto escrito com imagens (máximo: 2 páginas).
O original do trabalho deve ser acompanhado de uma explicação (com o máximo de 4500 carateres),redigida em português, explicando, detalhadamente, as razões e o percurso que os levou à escolhafinal. Um resumo dessa explicação deve ser entregue, igualmente, em Inglês ou Francês, para con-sulta do júri internacional.
4. Os trabalhos podem estar relacionados com um dos seguintes tópicos:− meios de transporte e de comunicação − terrestre e/ou marítima (profissões, intercâmbio cul-tural, etc.);
− circulação de pessoas, de nomes próprios (Antroponímia) ou de lugares (Toponímia), e ainda,substantivos comuns;
− objetos de uso diário;− formas de arte e estilos;− formas de expressão musical;− urbanismo e tipos de habitações;− dinheiro;− culinária;− fábulas e contos de fadas (imaginário);− outros tópicos que os concorrentes encontrem.
5. Os trabalhos serão analisados de acordo com os seguintes critérios:• qualidade da apresentação;
SEQUÊNCIA 1
Escola: ___________________________________________________________ Ano letivo: ____________________________
Nome: ____________________________________________________________ Turma: ___________ Data: _______________
TESTE DE AVALIAÇÃO2 TESTE B
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• originalidade;• provas do processo realizado, incluindo o trabalho em equipa dos alunos;• criatividade no estabelecimento de relações temáticas entre dois ou mais países europeus (oude fora da Europa).
A idade dos participantes será tida em conta pelo júri, quando da avaliação dos trabalhos.[…]9. O trabalho apresentado não será devolvido e a comissão organizadora reserva-se o direito de outilizar na imprensa, na TV e na Internet, em acontecimentos nacionais e internacionais, e, sempreque achar necessário, sem que haja lugar a reclamações por parte dos autores do trabalho.
10. A Comissão considera como únicos autores dos trabalhos quem os enviou e não assume qual-quer responsabilidade relativamente a eventuais reclamações apresentadas por outros.
11. A participação na competição implica a aceitação deste regulamento.
Retirado de: Instituto Politécnico de Lisboa online.
1. Seleciona a opção correta de forma a completares a afirmação inicial.
1.1. À expressão “À descoberta de nós, na Europa” corresponde a frase...
1.2. A expressão “Regulamento do concurso” sugere que o texto é constituído por um...
1.3. Os onze pontos que constituem o regulamento correspondem...
1.4. Os destinatários do concurso são...
A. “nós vamos descobrir a Europa.”
B. “nós vamos descobrir a Europa e nós.”
C. “nós vamos partir à descoberta de nós próprios, na Europa.”
A. conjunto de regras e de normas para participar no concurso.
B. conjunto de características do concurso.
C. conjunto de objetivos do concurso.
A. às leis relativas ao concurso.
B. às regras e normas a cumprir pelos concorrentes.
C. aos parágrafos do regulamento.
A. os cidadãos da Polónia, Itália, Portugal, Espanha e Reino Unido.
B. grupos de alunos com a colaboração dos seus professores.
C. alunos dos segundo e terceiro ciclos do ensino básico e do ensino secundário de 5 países da União Europeia.
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1.5. Os trabalhos admitidos a concurso abrangem...
1.6. Um dos critérios para a análise dos trabalhos é a existência de “provas do processorealizado, incluindo o trabalho em equipa dos alunos” (Ponto 5), o que significa que osgrupos de alunos...
1.7. O ponto 10 indica que os autores...
1.8. O regulamento faz parte do conjunto dos textos do tipo...
GRUPO II
1. Substitui as expressões sublinhadas por pronomes.a) Criaram-se três equipas, para participar no concurso.
b) O João consultou o site do concurso e pareceu ao João que os prémios eram ali-ciantes.
c) A equipa vencedora fez uma exposição do trabalho.
d) Os alunos trouxeram os materiais necessários e puseram mãos à obra.
A. têm de evidenciar, através de provas, as várias fases do processo.
B. têm de prestar uma prova oral e uma escrita.
C. têm de provar quem são.
A. narrativo.
B. expositivo.
C. instrucional.
A. devem selecionar um elemento do grupo para enviar o trabalho.
B. devem enviar o trabalho, indicando o nome de todos.
C. devem escolher o nome de um aluno e o de um professor, como representantes dotrabalho enviado.
A. todos os domínios e todos os tópicos existentes.
B. sete domínios e todos os tópicos existentes.
C. sete domínios e todos os tópicos que se relacionem com a vida real e imagináriadas pessoas.
Testes de Avaliação
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1.1. Indica a flexão em caso dos pronomes que substituíram as expressões das frases a) ed) e apresenta as funções sintáticas por eles desempenhadas.
2. Indica, do seguinte conjunto, as frases cujos verbos localizam a ação no tempo futuro.
2.1. A que verbos pertencem as formas auxiliares responsáveis pela ideia de futuro?
2.2. Como se designam os auxiliares verbais que transmitem a ideia de ação futura, quandocolocadas junto de um verbo no infinitivo?
GRUPO III
Se participasses com os teus colegas e professores no concurso À descoberta de nós, naEuropa, decerto que gostarias de contar o sucedido a um(a) amigo(a) teu(tua), que estu-dasse noutra escola, e até poderias levá-lo(a) a concorrer, caso o prazo ainda não tivesseterminado.
Escreve uma carta a esse(a) amigo(a), procurando cumprir os seguintes objetivos:
− informá-lo(a) sobre o concurso e a tua participação (constituição da tua equipa, tipode trabalho e tópico selecionados, principais problemas, etc.);
− convencê-lo(a) a concorrer ao concurso com uma equipa (vantagens de participar,etc).
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A. A minha equipa há de conseguir fazer um bom trabalho.
B. O sucesso está garantido.
C. O nosso projeto vai suscitar muito interesse.
D. Os professores têm ajudado muito.
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Testes de Avaliação 53
GRUPO I
Lê atentamente o texto que se segue e responde às questões colocadas.
Seteais é um dos mais belos recantos da serra de Sintra.Quando, em 1147, Afonso Henriques e os cruzados estrangeiros conquistaram Lisboa, Sintra ren-
deu-se sem resistência, porque ficava a partir de então isolada do restante território árabe. Os mourosda localidade alcançaram continuar em paz na região, que, tal como agora, era fertilíssima e agradável.Mantiveram ao longo dos séculos a ocupação a que já nessa época se dedicavam de preferência: aagricultura. Os descendentes destes “vencidos” constituem o tipo humano, quase puro, a que chama-mos saloios.
Segundo a lenda, um dos primeiros cavaleiros cristãos a subir a serra de Xentra, como os mouroschamavam a Sintra, foi D. Mendo de Paiva. No meio da confusão da debandada de uns e chegada deoutros, encontrou-se junto a uma pequena porta secreta por onde fugiam vários mouros da fortaleza.Entre eles viu uma moura muito bonita, acompanhada pela velha aia. Ao dar com os olhos no cristão,a moura suspirou por se sentir descoberta, e a velha, que ainda não reparara no cavaleiro, apressou-se a pedir-lhe que não suspirasse. Porém, reparando no olhar da ama, fixo num ponto determinado,seguiu-o e viu finalmente o inimigo, que sorridente lhe disse:
— Acaba o que ias dizendo!Mas a velha, de sobrolho carregado, respondeu-lhe:— O que tenho para dizer não serve para o ouvires, cáfir! Os cristãos já têm tudo quanto queriam:
os nossos bens, as nossas terras, o castelo. Vai-te! Vai-te e deixa-nos em paz, conforme o combinado.— Vai-te tu, velha! A rapariga é minha prisioneira!A moura, ao ouvir tal coisa, suspirou novamente, de medo e comoção. A velha, ao ouvir aquele novo
ai, achou que era melhor confessar o seu segredo ao cristão:— Não me digas mais nada, cristão! Não digas mais nada, que a minha ama carrega desde o berço
uma terrível maldição!...— Como assim, velha?! — perguntou o cavaleiro, ao mesmo tempo que a moura dava o terceiro
suspiro.— Ah, cavaleiro! À nascença a minha ama foi amaldiçoada por uma feiticeira que odiava sua mãe
por lhe ter roubado o homem que amava. Fadou-a a morrer no dia em que desse sete ais... e como vêsjá deu três!
D. Mendo deu uma alegre gargalhada, e a jovem outro ai.— Não acredito nessas coisas, velha! Olha, a partir de agora ambas ficarão à minha guarda. Eu
quero para mim a tua bela ama!A moura suspirou de novo e a velha, numa aflição sem limites, gritou:— Ouviste cavaleiro, ouviste?! É o quinto ai! Que Alá lhe possa valer!— Não tenhas medo! Espera aqui um pouco... Voltarei para vos levar a um sítio sossegado!O cristão afastou-se rapidamente e, assim que desapareceu dentro das muralhas, um grupo de
mouros que ouvira a conversa surgiu subitamente para roubar as duas mulheres. Com um golpe deadaga cortaram a cabeça à velha, que nem teve tempo de dar um ai. A jovem é que, ao ver a sua velha
SEQUÊNCIA 2
Escola: ___________________________________________________________ Ano letivo: ____________________________
Nome: ____________________________________________________________ Turma: ___________ Data: _______________
TESTE DE AVALIAÇÃO3 TESTE A
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aia morrer daquele modo inesperado e cruel, soltou um novo e dolorido ai. Era o sexto, e o sétimo foia última coisa que disse, no momento em que viu a adaga voltear para lhe cair sobre o pescoço.
Quando pouco depois D. Mendo voltou com uma escolta, ficou tristemente espantado: afinal cum-prira-se a maldição!
D. Mendo jurou vingança e a partir desse dia tornou-se o cristão mais desapiedado que os mourosjamais encontraram no seu caminho.
E, em memória da moura que desejara e uma maldição matara, chamou, àquele recanto de Sintra,Seteais.
Fernanda Frazão (investigação, recolha e textos), Lendas Portuguesas. Amigos do Livro Editores.
1. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde,de acordo com o sentido do texto. Escreve os números e as letras correspondentes natua folha de prova. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.
2. A decisão tomada por D. Mendo de Paiva de fazer prisioneira a moura contraria o queficara acordado entre mouros e cristãos.2.1. Comprova-o com elementos do texto.
3. “A velha […] achou que era melhor confessar o seu segredo ao cristão.” (ll. 20-21)3.1. Explica, por palavras tuas, em que consistia o referido segredo.
4. Seleciona a opção correta de modo a completares a afirmação que se segue.4.1. A frase “Os mouros da localidade alcançaram continuar em paz na região, que, tal
como agora, era fertilíssima e agradável” (ll. 3-4) pode ser substituída por...
Coluna A Coluna B
1. Primeiro suspiro A. A moura apercebeu-se de que ia ser morta.
2. Segundo suspiro B. O cavaleiro não acreditou nas palavras da aia.
3. Terceiro suspiro C. A moura percebeu que fora descoberta.
4. Quarto suspiro D. O cavaleiro declarou que a moura era sua prisioneira.
5. Quinto suspiro E. A jovem viu a aia ser morta.
6. Sexto suspiro F. A aia afirmou que a sua ama fora amaldiçoada.
7. Sétimo suspiro G. O cavaleiro declarou que as mouras eram suas prisioneiras.
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A. Os mouros da localidade sempre viveram em paz na região, que, tal como agora, erafertilíssima e agradável.
B. Os mouros esforçaram-se para alcançar a paz na região, que, tal como agora, erafertilíssima e agradável.
C. Os mouros conseguiram continuar em paz na região, que, tal como agora, era fer-tilíssima e agradável.
D. Os mouros recusaram manter a paz na região, que, tal como agora, era fertilíssimae agradável.
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Testes de Avaliação 55
5. Indica a expressão do texto a que se refere o pronome “eles” (l. 11).
6. Seleciona o título que melhor se adequa ao texto. Justifica a tua escolha.
6.1. Redige um texto expositivo, com um mínimo de 70 e um máximo de 100 palavras, noqual explicites a opção tomada na questão anterior. O teu texto deverá respeitar a se-guinte planificação:
• uma parte introdutória, em que identifiques o conteúdo nuclear da lenda;
• uma parte de desenvolvimento, na qual indiques algumas das características de umalenda;
• uma parte final, em que justifiques o título escolhido por ti em 6.
GRUPO II
1. A coluna A apresenta conjuntos de palavras, cujo sentido está associado a uma das pa-lavras da coluna B.Faz corresponder a cada conjunto da coluna A a única palavra da coluna B que lhe estáassociada.
2. Seleciona a opção em que a palavra muito é um advérbio de predicado.
Coluna A Coluna B
1. pentágono, hexágono, heptágono A. distância
2. televisão, telecomando, telefone B. campo
3. aeronave, aeroplano, aeronauta C. ângulo
4. biologia, biografia, biorritmo D. coração
5. cardíaco, cardiologia, eletrocardiograma E. vida
6. agricultura, agrícola, agricultor F. ar
A. A lenda de Sintra
B. A lenda da moura encantada
C. A lenda de Seteais
A. Muitos mouros fugiram dos cristãos.
B. A aia estava muito preocupada com a sua ama.
C. A aia desejava muito que a jovem não suspirasse.
D. Muitos dos mouros queriam a paz.
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Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 56
3. Indica, para cada item, a função sintática que a expressão sublinhada desempenha em cada frase.a) O cavaleiro considerava a moura uma jovem bela.
b) Uma jovem bela estava à porta da fortaleza.
c) O cavaleiro viu uma jovem bela perto de uma porta secreta.
GRUPO III
Imagina que és um cronista que vai publicar a sua crónica semanal num jornal.O facto que motiva a tua crónica desta semana será a lenda que acabaste de ler. Este tema permitir-te--á refletir sobre as consequências dos conflitos entre provos diferentes.
Redige a tua crónica, respeitando as características deste tipo de texto.
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Testes de Avaliação 57
GRUPO I
Lê atentamente o texto e de seguida responde às questões colocadas.
Em menos de um quarto de hora tinham acabado a volta pelo barco, uma caravela, mesmo trans-formada, não dá para grandes passeios. É bonita, disse o homem, mas se eu não conseguir arranjartripulantes suficientes para a manobra, terei de ir dizer ao rei que já não a quero, Perdes o ânimo logoà primeira contrariedade, A primeira contrariedade foi estar à espera do rei três dias, e não desisti, Senão encontrares marinheiros que queiram vir, cá nos arranjaremos os dois, Estás doida, duas pessoassozinhas não seriam capazes de governar um barco destes, eu teria de estar sempre ao leme, e tu,nem vale a pena estar a explicar-te, é uma loucura, Depois veremos, agora vamos mas é comer. Su-biram para o castelo de popa, o homem ainda a protestar contra o que chamara loucura, e, ali, a mulherda limpeza abriu o farnel que ele tinha trazido, um pão, queijo duro, de cabra, azeitonas, uma garrafade vinho. A lua já estava meio palmo sobre o mar, as sombras da verga e do mastro grande vieramdeitar-se-lhes aos pés. É realmente bonita a nossa caravela, disse a mulher, e emendou logo, A tua, atua caravela, Desconfio que não o será por muito tempo, Navegues ou não navegues com ela, é tua,deu-ta o rei, Pedi-lha para ir procurar uma ilha desconhecida, Mas estas coisas não se fazem do pépara a mão, levam o seu tempo, já o meu avô dizia que quem vai ao mar avia-se em terra, e mais nãoera ele marinheiro, Sem tripulantes não poderemos navegar, Já o tinhas dito, E há que abastecer obarco das mil coisas necessárias a uma viagem como esta, que não se sabe aonde nos levará, Evi-dentemente, e depois teremos de esperar que seja a boa estação, e sair com a boa maré, e vir genteao cais a desejar-nos boa viagem, Estás a rir-te de mim, Nunca me riria de quem me fez sair pelaporta das decisões, Desculpa-me, E não tornarei a passar por ela, suceda o que suceder. O luar ilu-minava em cheio a cara da mulher da limpeza, É bonita, realmente é bonita, pensou o homem, quedesta vez não estava a referir-se à caravela. A mulher, essa, não pensou nada, devia ter pensado tudodurante aqueles três dias, quando entreabria de vez em quando a porta para ver se aquele ainda con-tinuava lá fora, à espera. Não sobrou migalha de pão ou de queijo, nem gota de vinho, os caroços dasazeitonas foram atirados para a água, o chão está tão limpo como ficara quando a mulher da limpezalhe passou por cima o último esfregão. A sereia de um paquete que saía para o mar soltou um roncopotente, como deviam ter sido os do leviatã, e a mulher disse, Quando for a nossa vez faremos menosbarulho. Apesar de estarem no interior da doca, a água ondulou um pouco à passagem do paquete, eo homem disse, Mas baloiçaremos muito mais. Riram os dois, depois ficaram calados, passado umbocado um deles opinou que o melhor seria irem dormir, Não é que eu tenha muito sono, e o outroconcordou, Nem eu, depois calaram-se outra vez, a lua subiu e continuou a subir, em certa altura amulher disse, Há beliches lá em baixo, o homem disse, Sim, e foi então que se levantaram, que des-ceram à coberta, aí a mulher disse, Até amanhã, eu vou para este lado, e o homem respondeu, E euvou para este, até amanhã, não disseram bombordo nem estibordo, decerto por estarem ainda a praticarna arte.
José Saramago, O conto da ilha desconhecida. 4.ª ed., Lisboa: Editorial Caminho, 1999.
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Escola: ____________________________________________________________ Ano letivo: ___________________________
Nome: ____________________________________________________________ Turma: ___________ Data: _______________
TESTE DE AVALIAÇÃO4 TESTE B
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1. Neste excerto, verifica-se uma conversa entre dois interlocutores.
1.1. Identifica-os.
1.2. Refere os tópicos da conversa.
2. Identifica o tipo de barco que foi dado ao homem.
2.1. Qual a característica do barco referida tanto pelo homem como pela mulher?
3. Ultrapassada a dificuldade em conseguir um barco, o homem enumera outras, enquanto“protesta” contra o que considera uma “loucura”.
3.1. Segundo ele, quais as cinco condições essenciais para partir rumo à ilha desconhe-cida?
4. O que quer dizer o homem com a expressão “e tu, nem vale a pena estar a explicar-te”(ll. 6-7), quando lhe tenta mostrar que é impossível viajarem sozinhos?
5. Identifica o recurso expressivo presente em “A sereia de um paquete que saía para omar soltou um ronco potente, como deviam ter sido os do leviatã, e a mulher disse,Quando for a nossa vez faremos menos barulho” (ll. 25-27).
6. Associa cada um dos termos da coluna A a um dos significados da coluna B.
7. Caracterizando as duas personagens (homem e mulher) neste momento da ação do contode Saramago, diz qual consideras a mais aventureira.
GRUPO II
1. Atenta nos seguintes excertos, retirados do conto.
Coluna A Coluna B
1. Bombordo A. Lado esquerdo do navio, no sentido da proa.
2. Estibordo B. Lado direito do navio, no sentido da proa.
A. “O luar iluminava em cheio a cara da mulher da limpeza. [...]” (ll. 19-20)
B. “Não sobrou migalha de pão ou de queijo [...]” (l. 23)
C. “[…] a água ondulou um pouco à passagem do paquete […]” (l. 27)
D. “Riram os dois […]” (l. 28)
E. “[…] não disseram bombordo nem estibordo […]” (l. 33)
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1.1. Divide os excertos em dois grupos: grupo nominal e grupo verbal.
1.2. Identifica as funções sintáticas desempenhadas pelos grupos nominal e verbal assi-nalados.
1.3. Refere as funções sintáticas desempenhadas pelos elementos incluídos no grupoverbal.
GRUPO III
Produz um texto narrativo, no qual relates a viagem rumo a uma ilha desconhecida feitapelo homem e pela mulher. Antes, planifica o teu texto, apoiando-te no seguinte esquema.
Na textualização, segue o plano. Se necessário, podes proceder a alterações, mas nãote afastes do objetivo inicial – o de relatares a viagem do homem e da mulher, rumo auma ilha desconhecida.
Antes de dares por terminado o texto, revê-o:
• verifica se as cinco partes correspondem a cinco parágrafos ou se estão demarcadaspor conectores;
• procura falhas na construção das frases (concordância entre sujeito e verbo, porexemplo);
• corrige os erros ortográficos (acentuação, etc.).
Situação inicial Descrição da partida
Complicação Relato de uma ocorrência/obstáculo
Eventos/peripécias Relato do que o homem e a mulher fizeram,como reação à ocorrência/obstáculo
Resolução Explicitação da forma como o homem e amulher resolveram a complicação
Situação final Relato da chegada/fim da viagem
59Testes de Avaliação
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Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 60
SEQUÊNCIA 3
GRUPO I
Lê atentamente o texto que se segue e responde às questões colocadas.
— Depressa, Luís. Glória foi comprar pão e Jandira está lendo na cadeira de balanço.Saímos nos espremendo pelo corredor. Fui ajudar ele a desaguar.— Faz bastante que na rua ninguém pode fazer de dia.Depois, no tanque, lavei o rosto dele. Fiz o mesmo e voltamos para o quarto.Vesti ele sem fazer barulho. Calcei os seus sapatinhos. Porcaria esse negócio de meia, só serve
para atrapalhar. Abotoei o seu terninho azul e procurei o pente. Mas o cabelo dele não sentava. Precisavafazer alguma coisa. Não tinha nada em canto algum. Nem brilhantina, nem óleo. Fui na cozinha e volteicom um pouco de banha na ponta dos dedos. Esfreguei a banha na palma da mão e cheirei antes.
— Num fede nada.Sapequei nos cabelos de Luís e comecei a penteá-los. Aí a cabeça dele ficou linda. Cheia de ca-
chinhos que parecia um São João de carneirinho nas costas.— Agora você fique em pé, aí, para não se amarrotar. Eu vou me vestir.Enquanto enfiava as calças e a camisinha branca, olhava meu irmão.— Como ele era lindo! Não havia ninguém mais bonito em Bangu.Calcei os meus sapatinhos tênis que tinham que durar até quando eu fosse pra Escola, no outro
ano. Continuei a olhar Luís.Lindo como estava e arrumadinho, dava até para confundir com o Menino Jesus mais crescidinho.
Aposto como ele vai ganhar presente pra burro. Quando olharem ele...Estremeci. Glória acabara de voltar e colocava o pão sobre a mesa. O papel fazia aquele barulho
nos dias que tinha pão.Saímos de mãos dadas e nos postamos diante dela.— Ele não está lindo, Godóia? Fui eu que arrumei. Em vez de se zangar, ela se encostou na porta e olhou para cima. Quando abaixou a cabeça estava
com os olhos cheios d'água.— Você está lindo também. Oh! Zezé!...Se ajoelhou e tomou minha cabeça contra o seu peito.— Meu Deus! Por que a vida há de ser tão dura para uns?...Conteve-se e começou a nos arrumar direitinho.— Eu disse que não poderia levar vocês. Não posso mesmo, Zezé. Tenho tanto que fazer. Primeiro
vamos tomar café enquanto penso alguma coisa. Mesmo que quisesse não dava tempo de eu me ar-rumar...
Botou a nossa canequinha de café e cortou o pão. Continuava a olhar aflitamente para nós dois.— Tanta força para ganhar umas porcarias de uns brinquedos vagabundos. Também eles não podem
dar coisa muito boa pra tanto pobre que existe.Fez uma pausa e continuou:— Talvez seja a única oportunidade. Não posso impedir que vocês vão... Mas, meu Deus, vocês são
muito pequenininhos...
Escola: ______________________________________________________________ Ano letivo: ___________________________
Nome: ______________________________________________________________ Turma: __________ Data: _______________
TESTE DE AVALIAÇÃO5 TESTE A
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Testes de Avaliação 61
— Eu levo ele direitinho. Dou a mão o tempo todo, Godóia. Nem precisa atravessar a Rio-São Paulo.— Mesmo assim é perigoso.— Não é, não, e eu tenho senso de orientação.Ela riu dentro da sua tristeza. — Quem ensinou isso agora?— Tio Edmundo. Ele disse que Luciano tinha, e se Luciano que é menor que eu tem, eu tenho mais... — Vou falar com Jandira.— É perder tempo. Ela deixa, sim. Jandira só vive lendo romance e pensando nos namorados. Nem
se importa.— Vamos fazer o seguinte: acabem com o café e nós vamos para o portão. Se passar gente conhe-
cida que for para aquele lado, eu peço para acompanhar vocês. Nem quis comer pão, para não demorar. Fomos para o portão.Não passava ninguém, só o tempo. Mas acabou passando. Lá vinha seu Paixão, o carteiro. Cum-
primentou Glória, tirou o quepe e se prontificou a nos acompanhar.
José Mauro de Vasconcelos, Meu pé de laranja lima. Lisboa: Dinapress, 2006.
1. Escolhe a opção correta que completa cada afirmação.1.1. O narrador é...
1.2. Neste excerto, são referidas...
1.3. Os cabelos de Luís foram penteados...
1.4. Jandira não se preocupava com os rapazes porque...
40
45
50
A. Luís.
B. Glória.
C. uma entidade não participante.
D. Zezé.
A. quatro personagens: Luís, Zezé, Glória e o Sr. Paixão.
B. quatro personagens: Luís, Zezé, Glória e São João.
C. seis personagens: Luís, Zezé, Glória, Jandira, Tio Edmundo e Sr. Paixão.
D. seis personagens: Luís, Zezé, Glória, Godóia, Jandira e Sr. Paixão.
A. com banha.
B. com brilhantina.
C. com óleo.
D. com manteiga.
A. vivia sentada numa cadeira.
B. só queria ler romances.
C. não tinha sentido de orientação.
D. era muito nova.
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Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 62
2. Os rapazes preparam-se com todo o cuidado.2.1. Comprova-o com expressões do texto.
2.2. Qual o objetivo destes preparativos?
3. O texto dá indicações sobre a condição económica da família.3.1. Descreve-a, comprovando a tua resposta com elementos retirados do texto.
4. Os rapazes querem ir sozinhos ao seu destino.4.1. Por que razão ninguém os acompanharia?
4.2. Como resolveram eles esta situação?
GRUPO II
1. Identifica as marcas de Português do Brasil no excerto que se segue:— Depressa, Luís. Glória foi comprar pão e Jandira está lendo na cadeira de balanço.Saímos nos espremendo pelo corredor. Fui ajudar ele a desaguar.— Faz bastante que na rua ninguém pode fazer de dia.Depois, no tanque, lavei o rosto dele. Fiz o mesmo e voltamos para o quarto.Vesti ele sem fazer barulho. Calcei os seus sapatinhos. Porcaria esse negócio de meia, só serve para
atrapalhar. Abotoei o seu terninho azul e procurei o pente. Mas o cabelo dele não sentava. Precisavafazer alguma coisa. Não tinha nada em canto algum. Nem brilhantina, nem óleo. Fui na cozinha e volteicom um pouco de banha na ponta dos dedos. Esfreguei a banha na palma da mão e cheirei antes.”
José Mauro de Vasconcelos, ob. cit.
2. Indica se as frases seguintes se encontram na forma ativa ou passiva.a) Glória comprará pão.
b) Os presentes eram oferecidos por pessoas com posses.
c) O rapaz penteou o irmão.
d) Os rapazes seriam acarinhados pela irmã.
2.1. Converte as frases ativas em passivas e vice-versa.
3. Estabelece uma ligação entre a coluna A e a coluna B, de modo a indicares a função sin-tática das palavras sublinhadas.
Coluna A Coluna B
1. Claramente, os rapazes estavam felizes.
A. Modificador (de verbo)2. De facto, os rapazes estavam bonitos.
3. Zezé foi rapidamente para o portão.
4. Eles vestiram-se alegremente no quarto.
B. Modificador (de frase) 5. Eles vão hoje à atividade.
6. Felizmente, não vão sozinhos.
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GRUPO III
Os rapazes saíram ao encontro do seu objetivo. Imagina a continuação da história. O teutexto deverá incluir obrigatoriamente um momento descritivo que respeite as regras destetipo de texto.
Começa por preencher a planificação.
Testes de Avaliação 63
Situação inicial
Complicação
Eventos/peripécias
Resolução
Situação final
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Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 64
GRUPO I
Lê atentamente o texto que se segue e responde às questões colocadas.
Minúsculos insetos dançam fora da janela. Sobem e descem em lentas espirais e desenham círculosno ar. Parecem um monte de vírgulas lançadas ao acaso no céu.
São abelhas. Abelhas de Montmartre, em Paris. No velho bairro dos artistas.No sexto andar de um edifício da rue de l’Abreuvoir, envolta num murmúrio de abelhas, Mistral
sorri. Tem o rosto apoiado nas palmas das mãos, os cotovelos no parapeito e os olhos sonhadores,perdidos naquele incessante vaivém. A colmeia encontra-se debaixo do telhado, abrigada nas goteiras.Alguns meses antes, a casa das abelhas era praticamente invisível: apenas um pequeno hexágono decera. Mas depois Nova Iorque cresceu, tornando-se do tamanho de uma caixa de ovos, inserida entreos braços da goteira e a proeminência da parede.
– Quinhentos e trinta mil quilómetros… – sussurra Mistral, seguindo o voo de uma abelha explora-dora que desaparece rua abaixo. São exatamente esses os quilómetros que uma abelha tem de per-correr para produzir um quilo de mel, sugando o néctar de flor em flor. Uma verdadeira corrida contrao tempo, antes do inverno.
“Terão flores suficientes?”, interroga-se a rapariga, pensativa. Na dúvida, tem sempre no parapeitoplantas e flores frescas. Também já experimentou pôr à disposição das abelhas um frasco de melaberto, mas nem sequer deitaram o olhar para o fruto do trabalho da concorrência.
É de tarde.E como tantas outras tardes passadas a olhar para as abelhas, Mistral tem medo que alguém no edi-
fício se possa aperceber da presença delas e decida destruir, de uma assentada, sete meses de trabalhode dez mil abelhas. Isto, segundo os seus cálculos, os desenhos e as notas escritas no seu bloco.
Uma abelha com o corpo amarelo e barrigudo pousa num ramo de violetas. Mistral observa o insetoa pousar na flor, depois ouve-o vibrar enquanto as pétalas abanam suavemente. Extasiada com a belezadaquele momento, agarra no lápis e no bloco e desenha. Vê claramente os grãos amarelos do pólennas patitas minúsculas. É incrível como um simples ramo de flores pode conter um universo inteiro…
Fora da janela, Paris estende-se com a sua beleza de telhados brilhantes, entre a cúpula branca deSacré-Coeur e a Torre Eiffel, na outra margem do Sena. Ao longe, como campânulas de pedra, brilhamos pináculos de Notre-Dame.
– Mistral! – chama a mãe, da sala. É tarde!
P.D. Baccalario, Century - A cidade do vento. Lisboa: Quidnovi, 2010.
1. Mistral “tem o rosto apoiado nas palmas das mãos, os cotovelos no parapeito e os olhossonhadores, perdidos naquele incessante vaivém.” (ll. 5-6).
1.1. O que observa Mistral, com “olhos sonhadores”?
1.2. O fascínio pelo objeto observado aconteceu por acaso naquele dia ou nasceu há unsmeses? Justifica.
SEQUÊNCIA 3
Escola: ____________________________________________________________ Ano letivo: ___________________________
Nome: ____________________________________________________________ Turma: ___________ Data: _______________
TESTE DE AVALIAÇÃO6 TESTE B
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Testes de Avaliação 65
2. Atenta na frase: “Parecem um monte de vírgulas lançadas ao acaso no céu.” (l. 2)
2.1. Identifica o sujeito.
2.2. Indica o recurso expressivo presente na frase.
2.3. Refere o seu significado.
3. Descreve a colmeia antes de ser apreciada por Mistral e no momento em que a observa.
3.1. Transcreve a metáfora utilizada para caracterizar o crescimento da colmeia.
4. Mistral refere-se ao processo de produção de mel. O que diz sobre isso?
5. Qual o verbo que introduz o discurso direto de Mistral?
5.1. O que significa?
6. Aponta as referências aos receios de Mistral em relação à vida das abelhas.
7. De repente, Mistral fixa-se em algo.
7.1. Descreve-o.
7.2. Explica por palavras tuas a afirmação “É incrível como um simples ramo de florespode conter um universo inteiro…” (l. 24).
GRUPO II
1. Atenta no texto:As abelhas ainda passavam despercebidas naquele bairro, por isso não tinham sido incomodadas, masMistral temia-o. Enquanto as observava, a rapariga pensava na colmeia e procurava uma solução.Quando a mãe a chamou, Mistral abandonou a janela.
1.1. Identifica as conjunções que ligam as orações.
1.2. Refere a ideia que introduzem.
1.3. Substitui a conjunção “quando” por uma locução equivalente.
1.4. Acrescenta à última frase do excerto uma oração subordinada final.
2. Refere as funções sintáticas dos grupos das seguintes frases.a) Mistral, vem cá!
b) Mistral observa a abelha com emoção.
c) Vê claramente os grãos amarelos do pólen nas patitas minúsculas.
GRUPO III
Os homens são, por vezes, agressivos com os animais, sabendo, contudo, que eles são muitoimportantes num ecossistema.
Seleciona um animal e, num texto expositivo, caracteriza-o, evidenciando os aspetos que o tornamfundamental para a sobrevivência de outros seres vivos.
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GRUPO I
Lê atentamente o poema e, de seguida, responde às questões colocadas.
Segredo
Sei um ninho.E o ninho tem um ovo.E o ovo, redondinho,Tem lá dentro um passarinhoNovo.
Mas escusam de me atentar:Nem o tiro, nem o ensino.Quero ser um bom meninoE guardarEste segredo comigo.E ter depois um amigoQue faça o pinoA voar…
Miguel Torga, Diário VIII. Coimbra, 1959.
1. Explica o título do poema.
2. Atenta na primeira estrofe.
2.1. Por que razão a palavra “ninho” surge antecedida por um determinante artigo indefi-nido, no primeiro verso, e por um determinante artigo definido, no segundo verso?
2.2. Indica todos os adjetivos presentes nesta estrofe e refere a sua importância.
3. Relê, agora, a segunda estrofe.
3.1. A quem se dirige o sujeito poético no verso “Mas escusam de me atentar”?
3.1.1. Encontra um sinónimo para “atentar”.
3.1.2. O que poderiam dizer ao sujeito poético para o “atentar”?
4. Qual o desejo do sujeito poético em relação ao ovo?
5. Para ti, o que sugere a repetição da conjunção copulativa e ao longo do poema?.
6. Apresenta e classifica o esquema rimático do poema.
Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 66
SEQUÊNCIA 4
Escola: ____________________________________________________________ Ano letivo: ___________________________
Nome: ____________________________________________________________ Turma: ___________ Data: _______________
TESTE DE AVALIAÇÃO7 TESTE A
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Testes de Avaliação 67
GRUPO II
1. Atenta no poema que se segue.
As mãos do mar que vêm e vão
as mãos do mar pela areia
onde os peixes estão.
As mãos do mar vêm e vão
em vão.
Não chegarão
aos peixes do chão.
Cecília Meireles, Ou isto ou aquilo.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
1.1. Retira do texto uma palavra com:
a) um ditongo oral;
b) um ditongo nasal.
1.2. Identifica o tropo presente em “as mãos do mar”.
1.2.1 Explicita a sua expressividade.
1.3. Justifica a presença das seguintes figuras de retórica:
a) assonância;
b) aliteração.
2. Consideras que a palavra mar é uma palavra monossémica ou polissémica? Justifica
com um exemplo.
3. Justifica o acento da palavra marítimo.
GRUPO III
Os passarinhos deveriam viver de forma livre, sem que fosse necessário recorrer a gaio-
las para os proteger dos perigos.
Concordas com esta opinião? Deveria dar-se total liberdade aos passarinhos ou, antes pelo con-
trário, construir mais parques biológicos que os protegessem do homem?
Produz um texto de opinião, onde expresses a tua visão sobre o assunto, de forma bem fundamen-
tada.
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Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 68
GRUPO I
Lê atentamente o texto que se segue e responde às questões colocadas.
Para todos tens carinhos,A ninguém mostras rigor!Que rosa és tu sem espinhos?Ai, que não te entendo, flor!
Se a borboleta vaidosaA desdém te vai beijar,O mais que lhe fazes, rosa,É sorrir e é corar.
E quando a sonsa da abelha,Tão modesta em seu zumbir,Te diz: “Ó rosa vermelha,Bem me podes acudir:
Deixa do cálix1 divinoUma gota só libar2...Deixa, é néctar peregrino,Mel que eu não sei fabricar...”
Tu de lástima rendida,De maldita compaixão,Tu à súplica atrevidaSabes tu dizer que não?
Tanta lástima e carinhos,Tanto dó, nenhum rigor!És rosa e não tens espinhos!Ai!, que não te entendo, flor.
Almeida Garrett, Folhas Caídas. Mem-Martins:
Publicações Europa-América, 1999.
1Cálix – cálice.2Libar – beber.
SEQUÊNCIA 4
Escola: _____________________________________________________________ Ano letivo: ___________________________
Nome: ____________________________________________________________ Turma: ___________ Data: _______________
TESTE DE AVALIAÇÃO8 TESTE B
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Testes de Avaliação 69
1. O sujeito lírico afirma “Para todos tens carinhos, / A ninguém mostras rigor!”.
1.1. Refere uma ideia do poema que confirme esta afirmação.
1.2. Identifica uma expressão do texto que seja sinónima da afirmação produzida pelosujeito lírico.
2. O sujeito lírico expressa o seu sentimento face à atitude da rosa.
2.1. Apresenta-o e justifica-o.
3. Na estrofe final, o sujeito lírico conclui a descrição da rosa com um recurso expressivo.
3.1. Identifica-o.
3.2. Analisa a sua expressividade.
4. Assinala a expressão que melhor sintetiza o assunto do poema e justifica a tua opção.
GRUPO II
1. Transforma cada par de frases simples numa complexa, utilizando conjunções das sub-classes indicadas entre parênteses.a) A rosa ofereceu o seu néctar.A abelha pediu-lhe ajuda.(conjunção subordinativa causal)
b) A rosa tem espinhos.Os animais têm receio dela.(conjunção subordinativa condicional)
c) A rosa devia seguir os conselhos dados.A rosa não sabe negar um pedido.(conjunção coordenativa adversativa)
2. Classifica a oração sublinhada na frase seguinte.A rosa assegurou à abelha que lhe forneceria o precioso néctar.
3. Seleciona a oração em que a palavra claramente é um advérbio de predicado.
A. O poeta, que aprecia imenso as rosas, critica uma rosa em particular que se comportade forma diferente.
B. O poeta dirige-se a uma mulher, que é apresentada metaforicamente como uma rosasem espinhos e cujo comportamento é criticado.
A. Claramente, aquela rosa é invulgar.
B. O poeta transmite claramente a sua opinião à rosa.
C. Aquela rosa é claramente mais bondosa do que as restantes.
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Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 70
4. Escreve três frases em que a palavra cabeça tenha sentidos diferentes.
5. Indica a função sintática do grupo nominal uma rosa estranha em cada uma das frases.a) O sujeito poético considera aquela flor uma rosa estranha.
b) Ó rosa estranha, acedes a todos os pedidos.
GRUPO III
A entreajuda e o espírito solidário parecem cada vez mais necessários no nosso quoti-diano.
Produz um texto de opinião, destinado a ser publicado num jornal escolar, com um mínimo de 180e um máximo de 240 palavras, em que expresses a tua opinião acerca da responsabilidade de cadaser humano relativamente aos outros, apelando a uma mudança de comportamentos.
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Testes de Avaliação 71Contos & Recontos 8 | Guia do Professor Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
GRUPO I
Lê o texto que se segue e responde, depois, às questões.
(Entra a MÃE, a VANESSA levanta-se e a MÃE senta-se pesa damente no sofá. A MÃE suspira, acende a televisão.Ficam os três sentados a olhar para o ecrã.)
VANESSA – Olha só como tu te chateias, ó Mãe. Olha-me o que é a tua vida: levantas-te de manhã cedocom os olhos todos inchados e vais a correr vomitar, depois fazes o leite e o pão para mim e parao Rodrigo, e o café para o pai, sempre aos ais, e vais a correr vomitar, depois vais tomar banho acorrer para nos ires pôr à escola e fazer as compras para o almoço e quando chegas a casa...
MÃE – Vou a correr vomitar, já sei...
VANESSA – Sentas-te a ver televisão sempre aos ais e com pras tudo o que te põem à frente do nariz edepois lavas e secas a loiça do pequeno-almoço e cozinhas o almoço e o cheiro enjoa-te e vais acorrer vomitar...
MÃE (levantando-se) – Cala-te, Vanessa, que me estás a ago niar com a conversa. Mas o que é que tuqueres afinal? Se me ajudasses mais eu já não andava tão cansada!
VANESSA – Porque é que me pedes a mim e não pedes ao Rodrigo? É por eu ser rapariga como tu queme obrigas a fazer as coisas mais chatas que há? Que é para eu cres cer e andar sempre cansadae aos ais como tu?
MÃE – Vanessa Carina, tu não falas assim comigo! Tens de saber fazer as coisas da casa e aprender aportar-te como uma menina, senão...
VANESSA – Os rapazes não gostam de mim, já sei.
(A MÃE sai.)
RODRIGO – Já pensaste bem que é o Pai que tem de andar todo o dia a trabalhar na loja a ganhar dinheiropara nós? Já pensaste que é ele que chega sempre a casa de noite, cansado e farto de aturar osclientes? Tens é sorte de ser rapariga. Não tens nada que fazer, só umas coisi tas aqui e ali. Porqueé que estás sempre a chatear a Mãe? Pensas que ser rapaz é que é fixe? Pensas que eu tambémnão gostava que deixassem de me chatear com o que é ser homem e não ser homem?
(A VANESSA levanta-se e, cheia de compaixão, dá a Barbie ao RODRIGO, que fica todo comovido. Depoisabraça-o).
Luísa Costa Gomes, Arte da conversação seguido de Vanessa vai à luta. Lisboa: Cotovia, 1999.
SEQUÊNCIA 5
Escola: ____________________________________________________________ Ano letivo: ___________________________
Nome: ____________________________________________________________ Turma: ___________ Data: _______________
TESTE DE AVALIAÇÃO9 TESTE A
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Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 72
1. Identifica a função da didascália que abre o texto.
2. Apresenta três adjetivos que caracterizem a vida da mãe, a partir da descrição feita porVanessa.
3. Justifica a revolta que Vanessa sente perante a vida da mãe.
4. Na tua opinião, na família de Vanessa, apenas as mulheres sofrem as consequências dotipo de educação? Justifica a tua resposta.
GRUPO II
1. Completa as frases que se seguem com uma oração completiva.a) Vanessa pensa…
b) A mãe afirma…
2. Completa as frases conjugando os verbos apresentados entre parêntesis no tempo adequado.a) As mulheres devem seguir os seus próprios ideais e não se devem submeter ao queos outros _________________ (crer) adequado.
b) Ontem, Rodrigo disse aos pais que _________________ (oferecer) a metralhadora a Va-nessa porque esta _________________ (querer) brincar com ela.
2.1. Indica o tempo e o modo em que se encontram os verbos que conjugaste.
3. Reescreve as frases seguintes, substituindo o grupo de palavras sublinhado por um pronome. Procede às alterações necessárias em cada frase.a) O Rodrigo fez uma promessa à irmã.
b) A mãe faz o pequeno-almoço aos filhos.
c) Um dia, Vanessa comprará aqueles bonecos.
GRUPO III
No texto, Vanessa discute com a mãe. O que terá acontecido depois?
Produz um texto dramático onde apresentes a continuação desta situação e que inclua didascálias,um aparte e diálogo, respeitando ainda as regras de apresentação deste tipo de texto.
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Testes de Avaliação 73Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
GRUPO I
Lê o excerto do texto dramático O homem sem sombra e responde às questões.
Cena 3
[…] O Jornalista escreve em bloco de apontamentos e mostra-se, hipocritamente, muito desvelado1
e condoído2.
SÁBIO(Como se já respondesse a uma pergunta do Jornalista)
É evidente. Tive de interromper a minha viagem e voltar para casa. Num país de sol, um homemsem sombra chama muito a atenção. Num país de nuvens baixas, cobrindo o céu todo o tempo, dá--se menos por isso. E como pouco saio...
JORNALISTAO professor deixou de dar aulas?
SÁBIODiante dos meus alunos, não podia expor-me sem a minha própria sombra. Ninguém me tomava
a sério.
JORNALISTAA juventude é cruel.
SÁBIOE os meus colegas da Universidade o que é que diriam? Já imaginou os risinhos de troça, a
maledicência, as conversas de corredor?
JORNALISTASabedoria e generosidade raramente andam a par.
SÁBIOSabedoria? É uma gentalha sem mérito, sem obra, sem curriculum3.
JORNALISTAO pior é que, sem sombra, o professor deixa de fazer-lhes sombra...
SÁBIOMas, atenção. O que eu disse do meio académico não escreva. Ia levantar ondas e eu não estou
para tempestades. Náufrago já eu me sinto.
SEQUÊNCIA 5
Escola: ____________________________________________________________ Ano letivo: ___________________________
Nome: ____________________________________________________________ Turma: ___________ Data: _______________
TESTE DE AVALIAÇÃO10 TESTE B
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Contos & Recontos 8 | Guia do Professor 74
JORNALISTA
Professor, mesmo sem sombra a sua sombra projeta-se para além do tempo presente. (A des-
pedir-se) Vou prestar-lhe justiça e escrever um artigo sério que o ponha a salvo de todas as críti-
cas.
O jornalista sai.
Passagem de tempo.
Cena 4
No mesmo espaço da cena anterior, o Sábio agita a folha de um jornal. Está em cólera.
SÁBIO
Chamar um artigo sério a isto? Os meus colegas da Universidade nunca mais vão perdoar-me.
Sou posto nas ruas da amargura. (Lendo:) “O homem sem sombra, amargo e despeitado, é menos
do que a sombra de um homem.” Estou arrumado. Fui encostado à parede como se fosse uma
sombra. A minha vida perdeu todo o sentido. Só me resta... (Procurando presumível revólver ou equi-
valente, para se matar) Só me resta...
António Torrado, O homem sem sombra. Lisboa, Editorial Caminho, 2005, pp. 33-37.
1. Neste excerto, verifica-se a presença de um diálogo e de um monólogo.
1.1. Identifica-os, referindo a cena em que cada um ocorre.
2. Na primeira fala, o Sábio refere-se a uma viagem que estava a fazer.
2.1. O que o levou a interrompê-la e a voltar para casa?
2.2. Qual a relação entre este problema e o local onde ele se encontrava?
3. Qual a profissão do Sábio?
3.1. Indica os dois motivos que o levaram a parar de exercer essa profissão.
4. Atenta no comentário do jornalista “O pior é que, sem sombra, o professor deixa defazer-lhes sombra...” (l. 24)
4.1. Explica-o por palavras próprias.
5. Atendendo à didascália inicial, na Cena 3, e ao monólogo do Sábio, na Cena 4, caracterizao Jornalista.
1Desvelado – cuidadoso, extremoso.2Condoído – que toma parte da dor alheia.3Curriculum – documento que contém os dados biobibliográficos, académicos e profissionais de uma pessoa.
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Testes de Avaliação 75Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
GRUPO II1. Atenta na frase: “É uma gentalha sem mérito, sem obra, sem curriculum.” (l. 22).
1.1. Classifica o sujeito da frase.
1.2. Atenta na palavra “gentalha”.
1.2.1. Indica a classe a que pertence.
1.2.2. Indica o processo de formação dessa palavra.
1.2.3. Refere o significado da palavra.
1.2.4. Consideras que gentalha é uma palavra normalmente usada nas várias situações decomunicação? Justifica.
1.3. Por que razão a palavra “curriculum” está em itálico?
1.4. “Gentalha” e “curriculum” são palavras formadas por processos distintos.
1.4.1. Indica a que foi formada por um processo regular e a que foi formada por um processo irregular.
GRUPO III
O Sábio ficou muito zangado com a notícia publicada pelo jornalista. Voltou a chamá-lo asua casa, para uma longa conversa.
Produz uma nova cena entre o Sábio e o Jornalista, em que o primeiro exige ao segundo esclare-cimentos sobre a notícia publicada, chamando a sua atenção para os deveres de um jornalista(dizer a verdade, não se centrar apenas nos lucros das vendas, etc.).
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:: GRUPO I
1.1. Rodrigo Carvalho e Rui Miranda, sóciosda Nutri Ventures; meia centena de ani-madores da produtora Bang Bang; As-sociação Portuguesa de Nutricionistas;produto pensado para o mercado global;verão de 2012; RTP2 e Canal Panda.
2. Os desenhos animados transmitem mensa-gens relacionadas com a nutrição, destinadasa crianças entre os 6 e os 10 anos, o que vaiao encontro dos objetivos de Michelle Obama,que pretende desenvolver ações no sentido decontribuir para a resolução do problema daobesidade infantil.
3.1. A série “mostra as virtudes da alimen-tação saudável”, como se comprovapelo seu objetivo de levar “os miúdosa preferir frutas às batatas fritas”, oupelas mensagens nutricionais quedeixa: “os cereais dão energia” ou “oleite faz bem aos ossos”. O guião nãoesquece a aventura porque se centranuma ação desenvolvida por criançasque “andam pelo mundo em busca doque sobra dos alimentos, retiradospelo mauzão de serviço, Alex Grand,que tem o monopólio de uma espéciede suplemento”. Estas “vivem muitasperipécias” ao longo da sua missão.
4.1. Rodrigo Carvalho afirma que o factode um terço das crianças que vivemem países ricos sofrer de obesidadenão se deve à falta de informação, masa outras razões.
4.2. Exemplos: hábitos alimentares quecultivam o consumo de alimentos queengordam (batatas fritas, refrigeran-tes, etc.); existência de fast-food; a di-minuição do consumo de alimentossaudáveis e naturais; etc.
:: GRUPO II
1. C.1.1. a) flexão em número: sócios; b) flexão
em género: boneca; c) flexão em grau:bonequinho.
2. 1-B; 2-C; 3-D; 4-A3. a) infantil; b) animados; c) portugueses;
d) obesas.3.1. As crianças muito obesas aprenderão
a comer mais saudavelmente.
:: GRUPO III – Resposta livre.
:: GRUPO I
1.1. C; 1.2. A; 1.3. B; 1.4. C; 1.5. C; 1.6. A; 1.7. B;1.8. C.
:: GRUPO II
1. a) Elas criaram-se para participar no concurso;b) Ele consultou-o e pareceu-lhe isso; c) Elestrouxeram-nos e puseram mãos à obra; d) Elafê-la.
1.1. a) Elas está no nominativo porque opronome desempenha a função de su-
jeito. c) Ela está no nominativo porqueo pronome desempenha a função de
sujeito; (fê-)la está no acusativo porqueo pronome desempenha a função sintá-
tica de complemento direto.
2. A. e C.2.1 Pertencem aos verbos haver e ir.2.2 Designam-se verbos auxiliares tem-
porais.
:: GRUPO III – Resposta livre.
Teste de avaliação n.º 1
Teste de avaliação n.º 2
PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO DOS TESTES DE AVALIAÇÃO
76 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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:: GRUPO I
1. 1-C; 2-D; 3-F; 4-B; 5-G; 6-E; 7-A.2.1. A aia afirma “Os cristãos já têm tudo
quanto queriam: os nossos bens, asnossas terras, o castelo. Vai-te! Vai-tee deixa-nos em paz, conforme o com-binado.”, o que mostra que tinha exis-tido um acordo entre cristãos emouros: os cristãos tomariam contadas terras, do castelo e dos bens e, emtroca, deixariam os mouros partir semlhes fazerem mal.
3.1. Segundo a aia, a sua ama fora amal-diçoada à nascença por uma feiti-ceira. Esta maldição resultava dofacto de a mãe da jovem ter ficadocom o homem pelo qual a feiticeirase tinha apaixonado.
4.1. C.5. A expressão refere-se a “vários mouros dafortaleza”.
6. C, porque a lenda explica a origem do nomeSeteais.
6.1. Tópicos de resposta:Introdução: Lenda que explica a origemdo nome de uma localidade de Sintra, de-signada Seteais, a partir da história deuma moura que estava amaldiçoada. Seesta soltasse sete suspiros, morreria. Asua morte acaba por ter lugar na alturada tomada da região pelos cristãos.Desenvolvimento: A lenda é uma nar-rativa imaginária que procura explicarfactos misteriosos. Neste caso, a lendaexplica a origem do nome Seteais. Geral-mente, a lenda localiza a ação num de-terminado espaço físico e, por vezes,num determinado tempo (longínquo).Este facto verifica-se nesta lenda, quesitua a ação na origem da nacionalidadeem Sintra.Conclusão: Com base no primeiro e no úl-timo parágrafos, podemos comprovar que
esta é uma lenda que procura a origem donome de uma localidade. Estamos perante,portanto, a lenda de Seteais.
:: GRUPO II
1. 1-C; 2-A; 3-F; 4-E; 5-D; 6-B.
2. C.
3. a) predicativo do complemento direto; b) su-jeito; c) complemento direto.
:: GRUPO III – Resposta livre.
:: GRUPO I
1.1. É um homem e uma mulher.1.2. Conversam sobre vários aspetos: o
barco que foi atribuído ao homem pelorei, a possível viagem a fazer, rumo auma ilha desconhecida, e aquilo que épreciso para viajar. No final, falam emir dormir e no local onde cada um opode fazer.
2. Uma caravela.2.1. A sua beleza.3.1. Para o homem, é fundamental haver
mais marinheiros, abastecerem-se emterra, esperar pela boa estação, saircom boa maré e vir gente ao cais de-sejar boa viagem.
4. Possivelmente, quer dizer que, como ele teriade estar todo o tempo ao leme, ela não conse-guiria fazer o trabalho todo sozinha.
5. Metáfora.
6. 1-A; 2-B.
7. Resposta livre, de acordo com a interpreta-ção das ações e das palavras do homem e damulher feita pelos alunos.
Teste de avaliação n.º 4
Teste de avaliação n.º 3
77Testes de Avaliação
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:: GRUPO II
1.1. A. GN: “O luar”; GV: “iluminava emcheio a cara da mulher da limpeza”;B. GN: [ISSO] “migalha de pão ou dequeijo”; GV: “não sobrou”; C. GN: “aágua”; GV: “ondulou um pouco à pas-sagem do paquete”; D. GN: [ELES]“os dois”; GV: “riram”; E. GN: —; GV:“não disseram bombordo nem esti-bordo”
1.2. O GN desempenha a função de sujeitosimples, em todas as frases, exceto nafrase D., cujo sujeito é nulo. O GV de-sempenha a função de predicado, emtodas as frases.
1.3. A. “em cheio” – modificador (deverbo); “a cara da mulher da limpeza”– CD; B. “não” – modificador (deverbo); C. “um pouco” – modificador(de verbo); “à passagem do paquete” –modificador (de verbo); D.—; E. “bom-bordo nem estibordo” — CD.
:: GRUPO III – Resposta livre.
:: GRUPO I
1.1. D; 1.2 C; 1.3 A; 1.4 B.2.1. Os rapazes lavaram-se (“lavei o
rosto dele. Fiz o mesmo”), vestiramfatos bonitos (“Abotoei o seu terni-nho azul”, “enfiava as calças e a ca-misinha branca”), calçaram-se(“Calcei os seus sapatinhos”, “ Por-caria esse negócio de meia, sóserve para atrapalhar”, “Calcei osmeus sapatinhos tênis”) e pentea-ram-se muito bem (“Sapequei noscabelos de Luís e comecei a penteá--los.”).
2.2. Os rapazes vestem-se de forma fes-tiva porque vão receber presentes.
3.1. A família era bastante pobre. No texto,surgem algumas indicações desta si-tuação: os sapatos de Zezé teriam dedurar bastante tempo, nem sempreexistia pão em casa (“nos dias quetinha pão”). Glória também reitera estasituação quando afirma “Por que avida há de ser tão dura para uns?” ouquando refere que os irmãos vão re-ceber uns “brinquedos vagabundos”,mas que não poderia ser de outraforma, dado o número elevado de po-bres que existia.
4.1. Ninguém os acompanharia, porque airmã Glória tinha muito trabalho e jánão teria tempo de se preparar e Jan-dira estaria muito ocupada com assuas leituras e com os seus namora-dos.
4.2. Glória foi com eles até ao portão eesperavam que aparecesse alguémque os pudesse acompanhar. Quandosurgiu o Sr. Paixão, o carteiro, esteofereceu-se para acompanhar os jo-vens.
:: GRUPO II
1. Utilização do gerúndio: “Jandira está lendo”;colocação do pronome átono antes do verbo:“nos espremendo”; utilização do pronome eleem lugar de –o: “Vesti ele”; vocabulário espe-cífico: “terninho”; verbo construído com prepo-sições diferentes (regência verbal particular):“fui na cozinha”.
2. a) frase ativa; b) frase passiva; c) frase ativa; d) frase passiva.
2.1. a) O pão será comprado por Glória. b) Pessoas com posses ofereciam ospresentes. c) O irmão foi penteado pelorapaz. d) A irmã acarinharia os rapa-zes.
3. 1-B; 2-B; 3-A; 4-A; 5-A; 6-B.
:: GRUPO III – Resposta livre.
Teste de avaliação n.º 5
78 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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1.1. As abelhas.1.2. O fascínio pelas abelhas nasceu há
meses. Em muitas tardes, Mistral ob-servava as abelhas, fazia anotações,cálculos, tomava notas no seu blocosobre o seu desempenho e dese-nhava-as.
2.1. Minúsculos insetos.2.2. Comparação.2.3. A comparação sugere que os animais,
pequenos e finos, se amontoavam àderiva, no céu.
3. Antes, era um pequeno hexágono de cera, pe-queno. Agora, tinha o tamanho de uma caixade ovos.
3.1. “Mas depois Nova Iorque cresceu”.
4. Mistral diz que as abelhas têm de percorrerquinhentos e trinta mil quilómetros para pro-duzir um quilo de mel, sugando o néctar de florem flor, antes do inverno.
5. O verbo é “sussurra”.
5.1. Significa falar baixinho.
6. Mistral tem receio de que não haja flores sufi-cientes e de que as pessoas destruam a col-meia.
7.1. Uma abelha bela, com o corpo amareloe barrigudo.
7.2. Proposta: a flor, o pólen e a abelhacompletam-se, representando o uni-verso na sua mais perfeita harmonia.
:: GRUPO II
1.1. As conjunções são “mas”, “enquanto”,“e”, “quando”.
1.2. “Mas” introduz uma ideia de oposição,“enquanto” de simultaneidade, “e” deadição, “quando” de tempo.
1.3. Assim que.1.4. Proposta: […] para ir ter com ela.
2. a) Mistral – vocativo; vem cá – predicado; cá –complemento oblíquo; b) Mistral – sujeito; ob-serva a abelha com emoção – predicado [aabelha – CD; com emoção – modificador deverbo]; c) Vê claramente os grãos amarelos dopolén nas patitas minúsculas – predicado [cla-ramente – modificador de verbo; os grãosamarelos do pólen – CD; nas patitas minúscu-las – modificador de verbo].
:: GRUPO III – Resposta livre.
:: GRUPO I
1. O título “Segredo” refere-se ao segredo que osujeito poético quer guardar sobre a existênciade um ninho com um passarinho novo.
2.1. Primeiro, o sujeito poético refere-se aum ninho, entre muitos, e, quandovolta a falar dele, retoma o primeiro,destacando-o de entre os outros comoum ninho específico.
2.2. O adjetivo “redondinho” caracteriza oovo, e, como está no grau diminutivo,dá a ideia de que ele é perfeito, pe-queno, apetecível. O adjetivo “novo”,destacado num só verso, mostra que oovo tem um passarinho que vai nascerem breve, tendo uma vida pela frente.
3.1. Dirige-se àqueles que, vendo um ovoredondinho, com um passarinho novo,não conseguiriam resistir-lhe e iriammexer-lhe ou sugerir ao sujeito poé-tico que lhe mexesse ou tirasse.3.1.1. Sugestões: convencer, persuadir,
mover.3.1.2. Poderiam dizer-lhe que tirasse o
ovo ou que, depois de o passari-nho nascer, o domesticasse (en-sinasse), como é referido nosegundo verso.
4. Guardar segredo do ovo para, depois de o passa-rinho nascer, ter um amigo que voe em liberdade.
Teste de avaliação n.º 7
Teste de avaliação n.º 6
79Testes de Avaliação
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5. Sugestão: Sugere a voz de uma criança que,ao contar uma história, utiliza a conjunção paraacrescentar novos dados.
6. Esquema rimático: abaab/cddceedc. Rima em-parelhada e interpolada.
:: GRUPO II
1.1. a) “areia”; b) “vão”.1.2. Metáfora
1.2.1. Ao considerar-se que o mar temmãos, cria-se a imagem do mar alançá-las na areia para chegaraos peixes, estendidas, a quere-rem abarcar todo o espaço.
1.3. a) A assonância está presente devidoà repetição dos ditongos nasais e oraisem “mãos”, “vão”, “estão”, “areia”,“peixes”. b) A aliteração está presentedevido à repetição dos sons x e ch em”As”, “peixes”, “chegarão”, “chão”.
2. É uma palavra polissémica porque pode ter vá-rios significados. Exemplo: O mar está bravo! /Está ali um mar de gente.
3. A palavra leva acento porque é uma palavraesdrúxula (regra: todas as palavras esdrúxulassão acentuadas).
:: GRUPO III – Resposta livre.
:: GRUPO I
1.1. A rosa é carinhosa para todos, inclu-sive para a abelha que lhe pede o seunéctar.
1.2. Por exemplo, “És rosa e não tens es-pinhos”.
2.1. O sujeito lírico expressa um senti-mento de incompreensão face à ati-tude da rosa, porque seria de esperarque uma rosa também fizesse uso dos
seus espinhos. Porém, esta é umarosa sem espinhos.
3.1. A antítese, presente em “Tanta lástimae carinhos, / Tanto dó, nenhum rigor!”e em “És rosa e não tens espinhos!”.
3.2. A antítese coloca em evidência a ati-tude inesperada da rosa, que apenasmostra carinho e bondade e nenhumrigor, o que contrasta com o que seriade esperar de uma rosa “com espi-nhos”. Daí o sujeito lírico concluir quese trata de uma rosa sem espinhos, oque, de novo, realça o contraste quese pretende explorar.
4. A expressão correta é a B, porque o poema éuma metáfora, através da qual o sujeito poéticose dirige a uma mulher, exprimindo a sua in-compreensão face ao seu comportamento.
:: GRUPO II
1. a) A rosa ofereceu o seu néctar porque a abe-lha lhe pediu ajuda. b) Se a rosa tiver espinhos,os animais têm receio dela. c) A rosa devia se-guir os conselhos dados, mas ela não sabenegar um pedido.
2. Trata-se de uma oração subordinada comple-tiva.
3. B.
4. Dói-me a cabeça. / Ele perdeu a cabeça. / Eleé cabeça de cartaz.
5. a) predicativo do complemento direto; b) voca-tivo.
:: GRUPO III – Resposta livre.
:: GRUPO I
1. A didascália permite caracterizar a mãe de Va-nessa e também localizar a ação no espaço.
Teste de avaliação n.º 8
Teste de avaliação n.º 9
80 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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2. Sugestão: repetitiva, agitada, cansativa.
3. Vanessa considera que os afazeres e as obri-gações da mãe se devem ao facto de ela sermulher. Ora, como Vanessa não deseja umaeducação de mulher, revolta-se contra o tipode vida a que se submete a mãe.
4. Não, porque o irmão de Vanessa também se la-menta pelo facto de se ter de comportar comoum homem. Sente também o peso da respon-sabilidade pelo facto de sentir que terá de as-segurar a subsistência da família, função que,segundo o modelo de educação da sua família,o homem deverá assegurar.
:: GRUPO II
1. a) … que as raparigas são exploradas. b) … quese sente cansada.
2. creem, ofereceria, queria.2.1. creem: presente do indicativo; oferece-
ria: condicional presente; queria: im-perfeito do indicativo.
3. a) O Rodrigo fê-la à irmã.b) A mãe fá-lo aos filhos. c) Um dia, Vanessacomprá-los-á.
:: GRUPO III – Resposta livre.
:: GRUPO I
1.1. O diálogo ocorre na Cena 3 e o monólogo naCena 4.
2.1. Perdeu a sua sombra.2.2. O Sábio encontrava-se num país de
sol e, por isso, dava muito nas vistasandar sem a sua sombra.
3. Professor universitário.3.1. Por um lado, os alunos deixariam de
o levar a sério e, por outro, os cole-gas (os outros professores) fariamtroça dele.
4.1. O Jornalista diz que o Sábio, uma vezque perdeu a sombra (sentido denota-tivo), não estará tão completo quantoos outros, porque lhe falta uma com-ponente do seu ser, e, por isso, não es-tará ao nível dos outros, mas sim a umnível inferior, deixando assim de lhes“fazer sombra” (sentido conotativo).
5. O Jornalista é um homem curioso, que pro-cura escrever no seu bloco todas as respos-tas do Sábio, e, para obter mais informações,é hipócrita, enganando-o ao dar-lhe sinais deque estava do lado dele (solidário para com oseu sofrimento), mas, no fim, escreveu, nanotícia, que o Sábio é “amargo e despeitado”,“menos que a sombra de um homem”, em vezde o proteger e defender.
:: GRUPO II
1.1. Sujeito nulo.1.2.1. Nome; 1.2.2. Palavra derivada por
sufixação; 1.2.3. “Gentalha” sig-nifica gente reles (“sem mérito,sem obra, sem curriculum”);1.2.4. A palavra “gentalha”, que édepreciativa, é normalmenteusada em conversas informais,onde os interlocutores mantêmuma relação mais próxima.
1.3. É uma palavra latina, ou seja, é umempréstimo.1.4.1. “Gentalha” foi formada por um pro-
cesso regular (derivação) e “curri-culum” por processo irregular(empréstimo).
:: GRUPO III – Resposta livre.
Teste de avaliação n.º 10
81Testes de Avaliação
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TRANSCRIÇÃODOS
DOCUMENTOSÁUDIO
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Biobibliografia de Pitágoras
VidaFilósofo grego do século VI a.C., nasceu em
Samos.Disse-se que foi discípulo de Ferécides.Deixou na Jónia a reputação de homem sabe-
dor e universalmente informado.A parte historicamente importante da vida de
Pitágoras começa na sua emigração para Cro-tona, colónia dórica na Itália meridional, cerca doano 529.Segundo a tradição, foi a tirania de Polícrates
que o levou a sair de Samos.Em Crotona tornou-se o centro de uma vasta
organização.Esta organização era, na sua origem, uma con-
fraria religiosa, ou associação para reformamoral da sociedade, mais do que uma escola fi-losófica, sendo só na segunda geração pitagóricaque a corrente científica apareceu.Não é possível determinar, no conjunto de
doutrinas que surgiram dentro da seita, ou ordemreligiosa, o que constituiu contribuição pessoalde Pitágoras, sendo que Aristóteles se referiaaos “chamados pitagóricos”.Diz assim Aristóteles que os pitagóricos “se
aplicaram ao estudo da Matemática, sendo os pri-meiros que fizeram progredir esta ciência; demaneira que, havendo sido educados nela, pen-saram que os seus princípios deveriam ser os detodas as coisas existentes”.
ObraA maior descoberta de Pitágoras foi talvez a
da conexão entre os intervalos musicais e certasrelações aritméticas entre os comprimentos dascordas sonoras à mesma tensão.A sua teoria conservava os números, não
como relações que descobrimos nas coisas, mascomo constituindo realmente a sua essência ousubstância. Assim, os números eram as primei-ras coisas da natureza e os elementos dos nú-meros eram os elementos das coisas.A tábua da multiplicação foi atribuída a Pitágoras.A tradição associa também com o nome de
Pitágoras o teorema sobre o quadrado da hipo-tenusa de um triângulo retângulo, assim como a
descoberta de que no caso do triângulo retân-gulo isósceles a relação entre a hipotenusa e oscatetos dá um número “irracional”, isto é, cujovalor não pode ser exatamente expresso poruma relação entre números.Em astronomia, foi Pitágoras dos primeiros a
afirmar que a Terra e o Universo eram de formaesférica.
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa e Riode Janeiro: Editorial Enciclopédia, Lda,
vol. 22, pp. 17, 18 e 19 (adaptado)
Prevenir a obesidade infantil: uma aposta no crescimento saudável
O peso ao nascer e nos primeiros meses devida da criança é determinante para a prevençãoda obesidade. Por isso, ter uma alimentaçãosaudável e um ganho de peso equilibrado du-rante a gravidez são exemplos de medidas pre-coces, capazes de proteger a criança destadoença.Após o nascimento, praticar o aleitamento ma-
terno exclusivo, até aos 6 meses de vida, e à me-dida que a criança cresce pôr à sua disposiçãoalimentos saudáveis, respeitar os sinais de fomee de saciedade, valorizar as refeições em famíliae naturalmente dar o exemplo são apostas essen-ciais.Finalmente não esquecer o papel da atividade
física do sono; organizar as rotinas da criançapor forma a criar oportunidades para que brinquede forma ativa, controlar os comportamentos se-dentários como ver televisão e assegurar ashoras de repouso de que a criança necessita parao seu normal desenvolvimento.
TSF, 2 agosto de 2011.
Portugal: sinta a nossa cor!
Na parte mais ocidental da Europa, onde aterra acaba e o mar começa, permanece um país
Faixa nº 1 (SEA0)
Faixa nº 3 (SEA1)
Faixa nº 4 (autoavaliação 1)
84 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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de verdade. Um país que o convida a caminharpelas suas praias, vales e montanhas, a ouvir asua música, a saborear os seus pratos, a visitara sua história. Um país de gente famosa pela suacoragem, ousadia e determinação. Um país de li-berdade. Um país de contrastes, de cores quen-tes, de corações fortes. Conheça tudo isto e muitomais. Portugal: sinta a nossa cor.
Paráfrase do conto “Amor”, de Miguel Torga
A. Lídia, filha de Lourenço Abel e Joana Bento,nasceu e cresceu muito bela. O povo admirava-amas via-lhe um defeito: dava azo a que muitospretendentes lutassem por ela. Mas Lídia nãoqueria saber de desgraças. Continuava a passarpela rua e as pessoas rendiam-se sempre a seuspés, carinhosas e complacentes.Fazia confidência às tias e amigas, que a acon-
selhavam a escolher um pretendente. Contudo,dizia que ninguém a queria. Pediam-lhe que ti-vesse pena dos rapazes, quando, pela noite den-tro, se vigiavam e a vigiavam, mas Lídia alegavaque eles não precisavam dela, pois queriam ra-parigas mais nobres. Recebia cartas, abria o seucoração a todos, via o amor nos olhos de cadaum, prometia o seu próprio amor, sem maldadesou cálculos. Só as pessoas pressentiam o pior.Numa noite, enquanto Verdeal falava com Lídia,
Lúcio avançou com a pistola na mão. Começouuma disputa com os dois, insultou e amaldiçooua rapariga, gritando “- Excomungada”. Lídia, sen-tindo-a como um punhal, procurou entender aviolência daquela queixa.
B. Lídia, filha de Lourenço Abel e Joana Bento,nasceu e cresceu muito bela. O povo admirava-amas via-lhe um defeito: dava azo a que muitospretendentes lutassem por ela. Mas Lídia nãoqueria saber de desgraças. Continuava a passarpela rua e as pessoas rendiam-se sempre a seuspés, carinhosas e complacentes.Fazia confidência às tias e amigas, que a acon-
selhavam a escolher um pretendente. Contudo,dizia que ninguém a queria. Pediam-lhe que ti-vesse pena dos rapazes, quando, pela noite dentro,
se vigiavam e a vigiavam, mas Lídia alegava queeles não precisavam dela, pois queriam raparigasmais nobres. Recebia cartas, abria o seu coraçãoa todos, via o amor nos olhos de cada um, prometiao seu próprio amor, sem maldades ou cálculos. Sóas pessoas pressentiam o pior.Numa noite, enquanto Lúcio falava com Lídia,
Verdeal avançou com a pistola na mão. Começouuma disputa com Lúcio, em que se ouviram pala-vras, insultos, tiros e a maldição “- Excomun-gada”. Lídia, sentindo-a como um punhal, nãoconseguiu perceber quem a disse.
Os olhos de Pedro Abrunhosa
Ao Aníbal Cabrita
Consta que o grande acontecimento foi anun-ciado com trombetas. Pedro Abrunhosa ia tirar osóculos, em direto, no “Jornal da Noite”, na SIC.Neste país de boca aberta, não espanta que o
acontecimento mereça honras de “Jornal daNoite”. Eu, que não escutara as trombetas, fuiapanhado de surpresa quando, ao lado de JoséAlberto Carvalho, vi o homem de chapéu preto,lenço preto atado na nuca e os eternos óculospretos. O Abrunhosa de marca com um toque deZorro.Devo confessar que a personagem Abrunhosa
me provoca muitas reservas. Creio que em Abru-nhosa o desgaste do tique se sobrepõe à auten-ticidade radical do gesto. O fenómeno Abrunhosaperdeu qualquer efeito de transgressão, admi-tindo que em algum momento o chegou a ter.Não me incomoda que Abrunhosa viva escon-
dido atrás de uns óculos. É-me indiferente quedurma de chapéu de abas largas. Mas sei que overdadeiro Zorro nunca se sentaria ao lado dopivot do “Jornal da Noite”.Depois de lhe ter escutado as novidades de
uma carreira inteligentemente planificada, JoséAlberto Carvalho pediu a Abrunhosa que nos re-velasse o mistério do olhar tanto tempo sone-gado. O país de boca aberta susteve a respiração.O país de boca aberta não pode saber que aquelea quem José Aberto Carvalho interpela não éAbrunhosa mas apenas o manequim Abrunhosa
Faixa nº 7 (autoavaliação 2)
Faixa nº 6 (SEA2)
Transcrição dos Documentos Áudio 85
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para uso corrente. Por isso, José Alberto Carva-lho não podia senão desmanchar-se a rir quando,a seu lado, o manequim Abrunhosa, num gestoteatral, levou as mãos à cara, segurou decidida-mente nos velhos óculos pretos e, finalmente,diante do país de boca aberta, tirou - sim, tirou! -os óculos.E que viu, então, o país de boca aberta? Outros
óculos, mais pequenos, de aros brancos, outrodesign, a mesma ocultação.José Alberto Carvalho que, todas as noites,
nos olha de frente e nos diz o mundo tambémcom o olhar, por vezes de subtil ironia, por vezesde contida emoção, não podia senão desman-char-se a rir.O espetáculo de uns olhos matrioska em di-
reto, no “Jornal da Noite”, não passou de uma rá-bula. O grande Artur Semedo teria feito muitomelhor com a luva...Eu sei que José Alberto Carvalho sabe que,
ontem, era impossível a revelação do mistério deum olhar. Sejamos claros: o país de boca abertanão esperava sequer um olhar, quanto mais o seumistério. Queria apenas os olhos de Abrunhosa.A cor dos olhos de Abrunhosa. Serão verdes, ne-gros, castanhos, azuis?Os olhos. A última lente dos óculos matrioska.
Setembro de 1997
Fernando Alves, Sinais. 4.ª ed., Lisboa:Oficina do Livro, 2000, pp. 27-28
Quando se sentiu morrer, meu pai se dirigiu amim e pediu:— Venha comigo me mostrar uns certos lugares.Seus olhos já estavam todos brancos, como as
conchas lambidas por muito sol.— Quais sítios o senhor quer ir, pai?—Senta, Zeca. Quero falar.Agualberto Salvo-Erro nunca me chamou de
filho. Aquela vez ainda pareceu hesitar. Masadiantou-se, rápido, em assunto grave:— Eu estou mais-quase-menos-quase para morrer.— Não diga isso.— Eu sei que me chegou a hora. Mas não quero
morrer num só lugar. Não posso acabar todo inteiro
num único lugar. Já tenho os sítios onde irei morrer,um bocadinho em cada um.Seu pedido era esse: que o guiasse para esses
lugares onde ele queria espalhar suas mortes. Epartimos, primeiro rumo ao embondeiro de Rit-sene. Ele se encostou no tronco, cansado. Ficou,deixado a respirar, até falar:— Seu avô Celestiano tinha razão, filho.— Dizia era o quê?O avô condenava Agualberto por ele se entre-
gar aos costumes dos brancos. O motivo de suadesgraceira residia em suas costas viradas con-tra o mundo mais antigo.— Esta é a nossa igreja, disse meu pai, apon-
tando a árvore. Ouviu, Zeca?— Ouvi, pai.— Diga ao padre Nunes que eu vim aqui, na ár-
vore dos antepassados. Diga que eu vim aqui, nãofui lá, ajoelhar na igreja dele...Tirou da saca um coral preto. Anichou o kon-
kuene (coral) num oco da árvore, era sua dádivaaos antepassados.— Só eu que tenho esse coral, sou único quem
tenho um assim.E nos afastámos, calcorrendo a margem do
rio. Meu pai seguia direito a meu lado, pareciadispensar meus olhos. Será que, sem redonduranos olhos, ele ainda via?— Ouço a luz da água, para onde ela vai... — E vamos nós para onde?— Agora vamos nessa florestinha onde esse
barco nasceu. Levei-o para o interior de um bosque onde ele
carpinteirara as madeiras do seu primeiro eúnico barco. O velho rodou pela clareira, apalpoucada um dos troncos como se fosse corpo demulher. E chamou cada uma das árvores por umnome.— Essa se chama Esperança, essa outra torta se
chama Subidora do Sol.Tropeçou em arbustos, se enredou pelo chão.
Ajudei a levantar-se. Mas ele preferiu restar sen-tado.— Me deixe morrer um pouco aqui. Me arraste
só um nada para esse lado. Sim, aqui está bom, aquicorre um raiozito de sol.Ficou um tempo de olhos fechados. Voltou a
tirar um pedaço de coral e pousou-o no chão. Eraoutra oferta aos deuses.— E agora, pai?— Agora vou para o outro lado do mar...
Faixa nº 8 (SEA3)
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— Eu vou aprontar o barco e sigo com o senhor.— Não. Você fica, eu vou sozinho.Meti-o no barco mais seu velho saco. Fui em-
purrando até onde havia pé. Apontei a direçãocerta e disse-lhe:— Siga sempre a direito, não desvie...— Estou no mar, meu filho, já não preciso con-
dução.E se afastou. Foi a única vez que me chamou
de filho. Era, eu sabia, a despedida. Ouvir da bocadele essa palavra poderia ser uma infância nas-cendo. Mas era o adeus dela.
Mia Couto, Mar me quer. 9.ª ed., Lisboa:
Editorial Caminho, 2007, pp. 60-62
E foi assim que Thorin começou:— Gandalf, anões e Sr. Baggins! Estaremos reu-
nidos juntos em casa do nosso amigo e colegaconspirador, este muito excelente e audaciosohobbit… que o cabelo dos seus pés nunca caia!Todos os louvores para o seu vinho e a sua cerveja! Fez uma pausa, para tomar fôlego e para dar
ao hobbit a oportunidade de fazer uma observa-ção cortês, mas os cumprimentos passaramcompletamente despercebidos ao pobre BilboBaggins, que abria a boca para protestar por lheterem chamado “audacioso” e, pior ainda, “colegaconspirador”, embora não saísse nenhum som,tão aturdido ele estava.Por isso, Thorin prosseguiu:— Estamos reunidos para discutir os nossos
planos, os nossos meios, a nossa política e os nos-sos estratagemas. Em breve, antes de nascer odia, iniciaremos a nossa longa viagem, uma viagemda qual alguns de nós, ou talvez todos nós (excetoo nosso amigo e conselheiro, o engenhoso feiti-ceiro Gandalf), nunca regressaremos. É um mo-mento solene. O nosso objetivo é, presumo, bemconhecido de todos nós. No caso do estimável Sr.Baggins, e talvez de um ou dois dos anões maisnovos (creio que não erraria se mencionasse Kilie Fili, por exemplo), a situação exata no momentotalvez requeria uma breve explicaçãozinha…Era este o estilo de Thorin. Tratava-se de um
anão importante. (…) Mas foi rudemente interrom-pido. O pobre Bilbo não podia suportar mais. Ao
“talvez nunca regressaremos” começou a sentirum grito formar-se dentro dele, um grito que nãotardou a rebentar como o apito de uma locomo-tiva. (…) Todos os anões se levantaram de um puloe chocaram com a mesa. Gandalf acendeu umaluz azul na ponta do seu bordão mágico e com elapode ver Bilbo no chão, que dizia:— Atingido por uma faísca, atingido por uma
faísca!Levaram-no e deitaram-no no sofá da sala.
Gandalf comentou:— Excitável tipinho. Tem estranhos ataques,
mas é um dos melhores, um dos melhores… ferozcomo um dragão num aperto.Enquanto Bilbo se recompunha, ouviu Gloin
dizer:— Hum! – Achais que ele servirá? Nada custa
a Gandalf dizer que este hobbit é feroz, mas umguincho daqueles num momento de excitaçãoseria o suficiente para acordar o dragão e todosos seus parentes, e matar-nos a todos! Ele pa-rece mais um merceeiro do que um assaltante!Bilbo então disse:— Perdoai-me se escutei palavras que está-
veis dizendo. Não pretendo compreender do quefalais, nem a vossa referência a assaltantes, maspenso eu estou certo em crer que pensais quenão presto. Eu vos mostrarei. Não tenho sinaisnenhuns na minha porta… foi pintada há uma se-mana… e tenho a certeza absoluta de que viestesparar à casa errada. Assim que vi as vossas carasesquisitas no degrau, tive as minhas dúvidas. Masconsiderai-a a casa certa. Dizei-me o que quereisfeito e tentarei fazê-lo, ainda que tenha de andardaqui ao Leste do Leste e lutar com os vermesgigantes do Último Deserto. Tive um tio-tetravô,Touro Rugidor Took e…Gloin interrompeu-o:— Sim, sim, mas isso foi há muito tempo. Eu
estava a falar de si. E asseguro-lhe que há umamarca nesta porta… a que é, ou foi, habitual noofício. O que se costumava dizer era “assaltanteprecisa de bom emprego, muita excitação e re-compensa razoável”. Pode dizer “especialista naCaça ao Tesouro” em vez de “assaltante”, se qui-ser. Alguns preferem assim. Para nós é o mesmo.Gandalf disse-nos que havia um homem dessegénero nestas paragens, à procura de um em-prego urgente, e que ele combinara um encontroaqui, nesta quarta-feira à hora do chá.Gandalf acrescentou:
Faixa nº 9 (SEA3)
Transcrição dos Documentos Áudio 87
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— Claro que há um sinal. Eu próprio lá o pus,por muito boas razões. Pediste-me que encon-trasse o décimo quarto homem para a vossa ex-pedição, e eu escolhi o Sr. Baggins. Que alguémdiga que escolhi o homem errado ou a casa er-rada, e podeis ficar pelos treze e ter todo o azarque quiseres, ou voltar a extrair carvão.Fez uma carranca tão zangada a Gloin que o
anão se encolheu na sua cadeira. E disse:— Muito bem. Acabemos com as discussões.
Eu escolhi o Sr. Baggins, e isso deveria ser o suficiente para todos vós. Se digo que é um as-saltante, é porque é um assaltante, ou sê-lo-áquando chegar a altura.
J.R.R. Tolkien, O hobbit. Mem-Martins: PublicaçõesEuropa-América, 2002, pp. 25-27 (adaptado)
Mosca-soldado-de-duas-pintas (sargus bi-punctatus)As moscas são insetos da ordem Diptera, que in-
clui também os mosquitos, os moscardos e as mel-gas. O nome desta ordem, que significa “duas asas”,deve-se ao facto de apenas as asas anterioresserem funcionais, estando o par posterior transfor-mado em órgãos de equilíbrio denominados “balan-ceiros”, que conferem estabilidade em voo. EmPortugal continental, a fauna registada de dípterosexcede atualmente as 1500 espécies, sendo apenasultrapassados em diversidade pelos coleópteros(escaravelhos) e lepidópteros (borboletas).Entre as moscas presentes no Parque Bioló-
gico de Gaia destaca-se a mosca-soldado-de--duas-pintas, que foi encontrada pela primeira vezem Portugal há menos de um ano, no âmbito doestudo de inventariação dos invertebrados doParque. Trata-se de uma espécie com 11 a 13 mmde comprimento, de corpo esbelto e patas laranja.A cabeça é maioritariamente ocupada pelos olhose apresenta duas manchas esbranquiçadas con-tíguas, situadas acima da base das antenas. Otórax é verde metalizado e o abdómen é alongado,sendo dourado e brilhante nos machos, ao passoque nas fêmeas é maioritariamente alaranjado.As larvas desta espécie são detritívoras, de-
senvolvendo-se em dejetos de animais, nomea-damente de vaca, e também em ervas emdecomposição. O período de voo desta espécie,
ou seja, de atividade dos adultos, abrange a se-gunda metade do verão e grande parte do ou-tono, que foi justamente a estação em que aespécie foi encontrada no Parque.
Texto de J.M. Grosso-Silva (CIBIO-UP) [adaptado], Par-ques e vida selvagem. Ano XI, n.o 37 –
22/09 a 21/12 de 2011, p. 43
Poema do coração
Eu queria que o Amor estivesse realmente no[coração,
e também a Bondade, e a Sinceridade, e tudo, e tudo o mais, tudo estivesse realmente
[no coração. Então poderia dizer-vos: “Meus amados irmãos, falo-vos do coração”, ou então: “com o coração nas mãos”.
Mas o meu coração é como o dos compêndios. Tem duas válvulas (a tricúspida e a mitral) e os seus compartimentos (duas aurículas e
[dois ventrículos). O sangue ao circular contrai-os e distende-os segundo a obrigação das leis dos movimentos.
Por vezes acontece ver-se um homem, sem querer, com os lábios
[apertados, e uma lâmina baça e agreste, que endurece a luz dos olhos em bisel cortados. Parece então que o coração estremece. Mas não. Sabe-se, e muito bem, com fundamento
[prático, que esse vento que sopra e ateia os incêndios, é coisa do simpático. Vem tudo nos compêndios.
Então, meninos! Vamos à lição! Em quantas partes se divide o coração?
António Gedeão, Poemas escolhidos.1.a ed., Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1997
Faixa nº 10 (autoavaliação 3)
Faixa nº 11 (SEA4)
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Urgentemente
É urgente o Amor, É urgente um barco no mar. É urgente destruir certas palavras ódio, solidão e crueldade, alguns lamentos, muitas espadas.
É urgente inventar alegria, multiplicar os beijos, as searas, é urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros, e a luz impura até doer. É urgente o amor, É urgente permanecer.
Eugénio de Andrade, Até amanhã. Lisboa: Guimarães
Editores, 1956
Cavalo à solta
Minha laranja amarga e docemeu poemafeito de gomos de saudademinha penapesada e levesecreta e puraminha passagem para o breve breveinstante da loucura.
Minha ousadiameu galopeminha rédeameu potro doidominha chamaminha réstiade luz intensade voz abertaminha denúncia do que pensado que sente a gente certa.
Em ti respiroem ti eu provopor ti consigoesta força que de novoem ti persigoem ti percorrocavalo à soltapela margem do teu corpo.
Minha alegriaminha amarguraminha coragem de correr contra a ternura.
Por isso digocanção castigoamêndoa travo corpo alma amante amigopor isso cantopor isso digoalpendre casa cama arca do meu trigo.
Meu desafiominha aventuraminha coragem de correr contra a ternura.
José Carlos Ary dos Santos
Excerto da canção “Cavalos à solta”, can-tado por Fernando Tordo(Ver transcrição Faixa n.o 11)
Excerto da canção “Cavalos à solta”, can-tado por Vivianne (CD Rua da Saudade)(Ver transcrição Faixa n.o 11)
Fogo e ritmo
Sons de grilhetas nas estradas cantos de pássaros
Faixa nº 13 (SEA4) Faixa nº 14 (SEA4)
Faixa nº 12
Faixa nº 15 (SEA4)
Faixa nº 16 (SEA4)
Transcrição dos Documentos Áudio 89
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sob a verdura úmida das florestas frescura na sinfonia adocicada dos coqueirais fogofogo no capimfogo sobre o quente das chapas do Cayatte.Caminhos largoscheios de gente cheios de gente em êxodo de toda a parte caminhos largos para os horizontes fechados mas caminhoscaminhos abertos por cima da impossibilidade dos braços. Fogueiras
dançatamtamritmo
Ritmo na luzritmo na corritmo no movimento ritmo nas gretas sangrentas dos pés descalços ritmo nas unhas descarnadasMas ritmoritmo.
Ó vozes dolorosas de África!
Agostinho Neto, Sagrada esperança. Lisboa:
Ed. Sá da Costa, 1974
Ainda que mal
Ainda que mal pergunte,ainda que mal respondas;ainda que mal te entenda,ainda que mal repitas;ainda que mal insista,ainda que mal desculpes;ainda que mal me exprima,ainda que mal me julgues;ainda que mal me mostre,ainda que mal me vejas;ainda que mal te encare,ainda que mal te furtes;ainda que mal te siga,ainda que mal te voltes;ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;ainda que mal te agarre,ainda que mal te mates;ainda assim te perguntoe me queimando em teu seio,me salvo e me dano: amor.
Carlos Drummond de Andrade, As impurezas do branco.
São Paulo: Editora Record, 2005
Pequena canção
Pássaro da lua,que queres cantar,nessa terra tua,sem flor e sem mar?
Nem osso de ouvidoPela terra tua.Teu canto é perdido,pássaro da lua...
Pássaro da lua,por que estás aqui?Nem a canção tuaprecisa de ti!
Cecília Meireles, Viagem; vaga música. Rio de Janeiro:
Editora Nova Fronteira, 1982
Neologismo
Beijo pouco, falo menos ainda. Mas, invento palavras Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana. Inventei, por exemplo o verbo teadorar.
Intransitivo;Teadoro, Teodora
Manuel Bandeira, Meus poemas preferidos.
Rio de Janeiro: Ediouro, 2007
Faixa nº 17 (SEA4)
Faixa nº 18 (SEA4)
Faixa nº 19 (SEA4)
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Endechas
A ~ua cativa com quem andava d’amores na Índia, chamada Bárbora
Aquela cativa,que me tem cativo,porque nela vivojá não quer que viva.Eu nunca vi rosaem suaves molhos,que pera meus olhosfosse mais fermosa.
Nem no campo flores,nem no céu estrelasme parecem belascomo os meus amores.Rosto singular,olhos sossegados,pretos e cansados,mas não de matar.
~Ua graça viva,que neles lhe mora,para ser senhorade quem é cativa.Pretos os cabelos,onde o povo vãoperde opiniãoque os louros são belos.
Pretidão de Amor,tão doce a figura,que a neve lhe juraque trocara a cor.Leda mansidão,que o siso acompanha;bem parece estranha,mas bárbora não.
Presença serenaque a tormenta amansa;nela enfim descansatoda a minha pena.Esta é a cativaque me tem cativo;
e, pois nela vivo,é força que viva.
Luís de Camões, Rimas (ed. literária de Costa Pimpão).
Coimbra: Almedina, 1994, pp. 89-90
Biografia de Inês de Castro
Inês Pires de Castro, mais conhecida por Inêsde Castro, nasceu em 1320 ou 1325, sendo estadata ainda incerta, na Galiza. Era filha natural dePedro Fernandes de Castro, mordomo-mor de D. Afonso IV e também um dos fidalgos mais po-derosos do reino de Castela, pois era neto, porvia ilegítima, de Sancho IV de Castela e de umasingela dama portuguesa, Aldonça Lourenço deValadares. Esta figura histórica tornou-se conhecida
nacional e internacionalmente pelo seu romancecom D. Pedro I, filho de D. Afonso IV, rei de Por-tugal. No tempo de reis, em meados do séculoXIV, como sabemos, os príncipes não tinhampoder de escolher a sua futura mulher, sendoesta decisão da responsabilidade do rei e D. Pedro não foi uma exceção, estando compro-metido com Constança Manuel, filha de D. JoãoManuel de Castela, tutor de Afonso IV, príncipede Vilhena e Escalona e duque de Penafiel. Jun-tamente com Constança, para Portugal, veio Inêsde Castro, uma das suas aias, que capta, maistarde, a atenção do príncipe.No entanto, a relação, que veio a evoluir ao
longo dos tempos, não era bem aceite pelo povo,pela corte e, obviamente, pelo rei, que não sótinha medo da influência dos irmãos de Inêssobre o seu filho, como também por motivos di-plomáticos com João Manuel de Castela, pai deConstança. Então, em 1344, o rei mandou exilarInês no Castelo de Albuquerque, na fronteira cas-telhana. Mas nem a distância conseguiu superara paixão, pois Pedro e Inês continuaram a corres-ponder-se com frequência.Quando Constança, em outubro desse mesmo
ano, morreu ao dar à luz o futuro rei D. FernandoI, Pedro mandou Inês regressar do exílio e ambosforam viver em sua casa, para óbvio desgosto de
Faixa nº 21 (autoavaliação 4)
Faixa nº 20 (SEA4)
Transcrição dos Documentos Áudio 91
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D. Afonso IV, que ainda tentou remediar a situa-ção, propondo que seu filho casasse com outradama, mas D. Pedro recusou, desculpando-seque ainda estava de luto por Constança. E, anosmais tarde, D. Pedro casou-se secretamente comInês, segundo a lenda.Sem mais alternativas, o rei D. Afonso IV, ce-
dendo às pressões dos seus conselheiros e dopovo e aproveitando a ausência de D. Pedro, man-dou Pero Coelho, Álvaro Gonçalves e PedroLopes Pacheco matar Inês em Santa Clara.
In Biografia de Inês de Castro online
A socialização das rapariguinhas nos anos80 do século XX
Como é a socialização das rapariguinhas nosanos 80 do século XX? Aquilo que é “capricho” nas raparigas é sinal de
virilidade nos rapazes, cuja agressividade é tida porum indício encorajante: mais tarde, ele saberá nãosó defender-se como atacar. A rapariguinha deve“portar-se bem”, não gritar, empregar um vocabu-lário recatado, ser arrumada, despachar-se a irbuscar aquilo que lhe mandam, ser já “maternal”relativamente aos mais pequenos, sob pena de sertratada de “má”. Mesmo nas sociedades industriaisditas “avançadas” o desejo de ter um rapaz paraassegurar a continuidade da linhagem, “transmitiro nome”, permanece preponderante: se o primo-génito é uma menina, o segundo deve ser umrapaz. (…)Os brinquedos – naquilo que lhe diz respeito –
contribuem para a diferenciação dos sexos. Umainquiridora enviada a numerosas lojas e encarre-gada de colocar a questão: “Queria comprar umbrinquedo para uma criança de três anos”, rece-beu em toda a parte a seguinte réplica: “Para umrapaz ou para uma rapariga?”. Inquietando--se com o facto de o seu filho dar demasiada aten-ção às bonecas da irmã, os pais tentam orientá-lopara jogos mais agressivos e competitivos. Um in-quérito americano adotado nas escolas primáriasmostra que em todos os textos em que são men-cionadas, as mães (quando ativas) são datilógra-fas, enfermeiras, professoras primárias, isto é,
exercem profissões tradicionalmente femininas.Um inquérito francês incidindo sobre livros paracrianças sublinha que, nos grupos pequenos, o“chefe” é sempre um rapaz. (…) as educadoras deinfância têm tendência a acentuar a segregaçãosexual, valorizando o “bom comportamento” dasrapariguinhas, solicitando-lhes atividades de arru-mação e de limpeza, das quais dispensam os ra-pazinhos.
Joel Matos (dir.), Grande Crónica do séc. XX – 1972-1997
(vol. 3). Grupo Editorial Oceano, pp. 300–302 (adaptado).
A Sombra
Nos países tropicais o sol queima de uma formaterrível! As pessoas ficam trigueiras como o acajue até escuras como os negros.Vindo do seu país frio, chegara a uma destas re-
giões quentes um sábio que julgava poder passearali como na sua terra; mas cedo se persuadiu docontrário. Viu-se obrigado, como qualquer pessoarazoável, a fechar-se durante o dia em casa. Estaparecia sempre adormecida ou abandonada. Demanhã à noite, o sol brilhava por entre as casasaltas, ao longo da pequena rua onde ele morava.Era insuportável!O sábio dos países frios, que era ainda jovem,
julgava-se uma fornalha ardente; mas emagreciacada vez mais e a sua sombra estreitava-se consi-deravelmente. O sol prejudicava-o. Por isso ele sóse reanimava depois do poente.Que prazer, então! Logo que, no quarto, se acen-
dia uma vela, a sua sombra estendia-se por toda aparede e estirava-se o mais possível até ao teto,como que a recuperar forças.O sábio, por seu lado, ia até à varanda, deitava-
-se, e, à medida que as estrelas apareciam no céuadmirável, sentia-se a reviver pouco a pouco. Embreve surgia gente em todas as varandas, pois atéas pessoas cor de acaju precisam de ar! Comotudo se animava então! Os sapateiros, os alfaiates,todos se espalhavam pela rua. Viam-se mesas,cadeiras e milhares de luzes. Um falava, outrocantava; passeava-se; as carruagens circulavam;passavam burros fazendo soar as campainhas;era lançado à terra um morto, ao som de cânticos
Faixa nº 22 (SEA5)Faixa nº 23 (SEA5)
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sagrados; os garotos atiravam petardos; os sinosdas igrejas repicavam; numa palavra, a rua estavabastante animada.Só uma casa, aquela que estava situada em
frente da do sábio, é que não dava sinal de vida.Mas morava lá alguém, pois, na varanda, desabro-chavam flores admiráveis, o que necessariamenteindicava que alguém as regava. À noite, também seabria a porta, mas, lá dentro, de onde saía uma mú-sica suave, estava escuro. O sábio achava aquelamúsica incomparável, mas isso talvez fosse pro-duto da sua imaginação, pois de boa vontade acha-ria tudo incomparável nos países quentes — se osol não brilhasse sempre. O proprietário da casaem que morava dissera-lhe que ignorava em abso-luto o nome e a condição do locatário daquela casa,e, quanto à música, declarou-a horrivelmente en-fadonha.— É alguém que estuda continuamente o mesmo
trecho sem conseguir aprendê-lo — disse. — Queperseverança!Uma noite, o sábio despertou e julgou ver um
clarão estranho na varanda da casa vizinha; as flo-res brilhavam como chamas e, no meio delas, es-tava uma rapariga alta, esbelta e encantadora, quebrilhava tanto como as flores. Esta luz intensa feriuos olhos do nosso homem que se levantou de cho-fre. Foi afastar a cortina da janela, para observar acasa em frente; mas tudo desaparecera. Apenaspermanecia entreaberta a porta que dava para avaranda, e a música continuava a ouvir-se. Haviabruxedo ali dentro! Quem habitava ali? Por ondeseria a entrada? O rés do chão era todo constituídopor lojas; em parte alguma se via corredor nem es-cada que conduzisse aos andares superiores.Uma noite, estava o sábio sentado na varanda;
por detrás dele, no quarto, brilhava uma vela; era,pois, muito natural que a sua sombra se dese-nhasse na parede do vizinho. Ela destacava-seentre as flores e repetia todos os movimentos dosábio.“Creio que a única coisa que ali vive, em frente,
é a minha sombra: como ela se instala elegante-mente entre as flores, junto à porta entreaberta! Sepudesse entrar, ver o que se passa e vir-mo con-tar!”— Vamos! — convidou, a gracejar. — Ao menos
mostra que serves para alguma coisa: entra!E fez com a cabeça um sinal à sombra, e a som-
bra repetiu o sinal.— Vai! Mas não fiques muito tempo por lá!
A estas palavras o sábio levantou-se e a sombrafez o mesmo que ele. Voltou-se o sábio e a sombravoltou-se igualmente. Mas alguém que tivesseprestado atenção teria visto que a sombra entrava,pela porta entreaberta, em casa do vizinho, no mo-mento em que o sábio, por sua vez, entrava no seuquarto, correndo atrás de si o cortinado.No dia seguinte, quando saiu, para ir tomar o
café e ler os jornais exposto ao sol, exclamou derepente: — Que é isto? Onde está a minha sombra? Terá
realmente partido ontem à noite e ainda não terávindo? Que aborrecimento!Grande era a sua contrariedade, não por causa
da sombra ter desaparecido, mas porque ele co-nhecia, como toda a gente nos países frios, a his-tória de um homem sem sombra, e, se um dia,quando regressasse, contasse a sua própria histó-ria, acusá-lo-iam de plagiário, acusação que de ne-nhum modo merecia. Resolveu, pois, não falarnisso a ninguém. E assim fez.À noite, voltou à varanda, depois de ter colocado
a luz bem por trás dele, para que a sua sombra vol-tasse; mas foi em vão que se estendeu, se encolheue repetiu a mesma palavra: “Vem! Vem!”. A sombranão apareceu.Esta separação atormentou-o muito; mas, nos
países quentes, tudo cresce depressa, e, ao fim deoito dias, com grande prazer, notou que das suaspernas, enquanto passeava ao sol, saía uma novasombra. Provavelmente ficara lá uma raiz da antiga.Ao fim de três semanas, tinha uma sombra de-cente, que, em viagem para os países do Norte,cresceu de tal forma que o nosso sábio até se con-tentaria com metade.De regresso ao seu país, escreveu vários livros
sobre o que o mundo tem de verdadeiro, de belo ede bom: e muitos anos se passaram assim.Um dia, estava ele sentado no quarto, quando
alguém bateu à porta.— Entre! — disse.Mas ninguém entrou. Foi abrir e viu um homem
muito alto e muito magro, corretamente vestido ecom ar distinto.— A quem tenho a honra de falar? — perguntou
o sábio.— Já calculava que o senhor não me reconhe-
cesse — respondeu o homem, delicadamente. —É que eu fiz-me corpo; tenho carne e uso fato.Não reconhece a sua antiga sombra? O senhorjulgou que eu nunca mais voltaria. Tive muita
Transcrição dos Documentos Áudio 93
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sorte, depois que o deixei; estou rico e tenho, porconseguinte, meios para me resgatar.E fez tilintar um molho de berloques ligados à
pesada corrente de ouro do relógio, enquanto osseus dedos, cobertos de brilhantes, lançavam milfaíscas.— Ainda não estou em mim! — disse o sábio. —
O que significa isto?—Tudo isto é extraordinário, mas o senhor não
é também um homem extraordinário? E eu, sabe--o muito bem, segui, desde a infância, os seusexemplos. Achando-me amadurecido para fazersozinho o meu caminho na vida, o senhor lançou--me nela, e eu colhi um grande êxito. Senti desejode o ver antes da sua morte e de, ao mesmo tempo,visitar a minha pátria. Bem sabe, a pátria ama-sesempre. Como sei que tem outra sombra, cumpre--me perguntar-lhe agora se lhe devo alguma coisaa ela ou ao senhor. Faça favor de dizer.— És então tu! — respondeu o sábio. É extraor-
dinário! Nunca julgaria que a minha antiga sombraregressasse sob a forma de um homem.— Diga o que lhe devo — redarguiu a sombra. —
Não gosto de dívidas.— De que dívidas falas tu? Acredita que me sinto
feliz com a tua sorte. Senta-te, velho amigo, econta-me tudo o que se passou. Que vias tu emcasa do vizinho, no país quente?— Contar-lho-ei, mas com uma condição: é que
jamais diga a ninguém que eu fui a sua sombra.Tenciono casar-me; os meus meios permitem-mesustentar família e até mais do que isso.— Fica tranquilo! Não direi a ninguém quem tu
és. Aqui tens a minha mão: prometo-te. Um homemé um homem, e uma palavra…— E uma palavra é uma sombra.Dito isto, a sombra sentou-se e, ou fosse por or-
gulho ou fosse para aprender, colocou os pés cal-çados de botas de verniz sobre o braço da novasombra, que repousava aos pés do dono como umcão de água. Esta estava muito quieta, impacientepor ouvir como se poderia libertar e tornar-se se-nhora de si própria.— Veja se adivinha quem morava no quarto do
vizinho! — começou a primeira sombra. — Era umente encantador, era a Poesia. Permaneci lá trêssemanas, e este tempo valeu para mim mais de trêsmil anos. Li todos os poemas possíveis, conheço--os perfeitamente. Através deles vi tudo e tudo sei.— A Poesia! — exclamou o sábio. — Sim, é
verdade; muitas vezes ela não é mais do que um
eremita no meio das grandes cidades. Vi-a porum instante… Brilhava na varanda como uma au-rora boreal. Vamos! Continua. Uma vez passadaa porta entreaberta…— Encontrei-me na antecâmara; estava um
pouco escuro, mas distingui na minha frente umafila imensa de quartos, cujas portas se encontra-vam abertas de par em par. Fazia-se luz a pouco epouco e, sem as precauções que tomei, teria sidofulminado pelos raios, antes de chegar junto dadonzela.— Mas, afinal, o que vias tu? — perguntou o
sábio.— Eu via tudo, como lhe disse há pouco. Mas
peço-lhe, antes de continuar: não é por orgulho,mas, como homem livre e dotado de grandes co-nhecimentos, sem falar da minha posição e daminha fortuna, não me trate mais por tu.— Peço-lhe perdão; é um hábito antigo. Tem toda
a razão, isso não acontecerá mais. Enfim, o que viao senhor?— Tudo! Eu vi tudo e sei tudo.— Que aspeto ofereciam as salas interiores?
Pareciam-se com uma floresta cheia de frescura,com uma igreja sagrada ou com um céu estrelado?— Pareciam-se com tudo isso. É verdade que
não as atravessei; mas da antecâmara vi tudo.— Mas, enfim, os deuses da antiguidade passea-
vam-se por essas salas? Os antigos heróis nelascombatiam? Estavam povoadas pelas brincadeirase pelos sonhos de encantadoras crianças?— Repito-lhe mais uma vez que vi tudo. Se ali
tivesse entrado, o senhor não se teria transfor-mado num homem, mas eu transformei-me!Aprendi a conhecer a minha verdadeira natureza,os meus talentos e o meu parentesco com a poe-sia. Quando ainda estava consigo, nunca refletianisso; mas o senhor deve recordar-se como eu au-mentava sempre, ao nascer e ao pôr do sol. Aoluar, eu parecia quase mais distinto que o senhor;mas ainda não compreendia a minha verdadeiranatureza. Foi na antecâmara para onde me enviouque aprendi a conhecê-la. Estava amadurecido nomomento em que me largou no mundo; mas o se-nhor partiu, de repente, deixando-me quase nu.Senti logo vergonha: precisava de vestuário, debotas, de todo aquele verniz que faz um homem.Escondi-me, digo-lhe sem receio – persuadido deque o senhor não o publicitará – debaixo das saiasde uma confeiteira que ignorava o meu valor. Só ànoite é que saía para percorrer as ruas, ao luar.
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Subia e descia ao longo das paredes, olhandopelas grandes janelas para dentro dos salões, e,pelas claraboias, para as mansardas. Olhei poronde ninguém podia olhar e vi o que ninguémpodia nem devia ver. Para lhe dizer a verdade, estemundo é muito vil; e, se não fosse o preconceitode que um homem significa alguma coisa, eu nãome preocuparia nada em sê-lo. Vi coisas inimagi-náveis entre as mulheres, entre os homens, entreos pais e as crianças. Vi o que ninguém deviasaber, mas o que todos ansiavam por saber – omal do próximo. Se tivesse escrito um jornal, de-vorá-lo-iam; mas preferi escrever às próprias pes-soas. Desencadeava-se um terror inaudito portodas as cidades por onde eu passava. Temiam--me e amavam-me. Os professores fizeram-meprofessor, os alfaiates deram-me fatos; tenho-osem grande quantidade; o diretor da Casa da Moedacunhou-me belas moedas; as mulheres acharam--me gentil. Foi assim que me tornei no que sou. Eagora, apresento-lhe os meus respeitos. Eis o meucartão; moro do lado do sol e, em tempo de chuva,encontrar-me-á sempre em casa.Ditas estas palavras, a sombra saiu.— Que caso mais notável! — murmurou o
sábio.Exatamente um ano depois, a Sombra voltou.— Como está? — perguntou.—Ai! Escrevi acerca da verdade, da beleza e da
bondade, mas ninguém prestou atenção a nada!Estou desesperado!— Faz mal; olhe para mim; eu engordo, e é o que
é preciso. O senhor não conhece o mundo. Acon-selho-o a fazer uma viagem; e, melhor ainda, comotenciono fazer uma este verão, dar-me-á muitoprazer se me quiser acompanhar, na qualidade desombra. Eu pago a viagem.— O senhor exagera!— Depende. Pode estar certo de que a viagem
lhe fará bem. Seja a minha sombra, não tem ne-nhuma despesa a fazer.— Vai longe demais! — disse o sábio.— O mundo é assim e será sempre assim — re-
darguiu a Sombra, indo-se embora.O sábio achava-se cada vez pior, cheio de abor-
recimentos e de desgostos. O que ele dizia da ver-dade, da beleza e da bondade, produzia na maiorparte dos homens o mesmo efeito que as rosasnum animal.— Parece uma sombra — disseram-lhe uma vez,
e isso fê-lo estremecer.
— Precisa de ir a banhos — aconselhou-lhe aSombra, que tinha voltado a vê-lo. — É o únicoremédio. Irei consigo, pois a minha barba nãocresce, o que é uma doença. É preciso ter barba.Eu pago a viagem; o senhor fará a descrição doque virmos e isso entreter-me-á pelo caminho.Seja razoável; aceite a minha oferta; viajaremoscomo antigos camaradas.Puseram-se a caminho. A Sombra tornara-se o
amo, e o amo convertera-se na sombra. Por toda aparte se seguiam um ao outro, sempre em con-tacto, pela frente ou por trás, conforme a posiçãodo sol. A Sombra sabia sempre ocupar o conve-niente lugar do amo, e o sábio não se melindravacom isso. Estava sempre bem-disposto e, um dia,disse à Sombra:— Visto que somos companheiros de viagem e
que temos crescido juntos, tratemo-nos por tu: émais íntimo.— O senhor está a ser franco comigo — disse a
Sombra, ou, antes, o verdadeiro amo — Eu tambémlhe vou falar com franqueza. Na qualidade de sábio,o senhor deve saber quão estranha é a Natureza.Há pessoas que não podem tocar um bocado depapel pardo sem se sentirem mal; outras trememquando ouvem esfregar um prego numa vidraça;quanto a mim, sinto a mesma sensação quandoouço tratarem-me por tu: afigura-se-me que issome deita por terra, como no tempo em que eu eraa sua sombra. Bem vê que isto em mim não é or-gulho, mas sensibilidade. Não posso deixá-lo tra-tar-me por tu, mas tratá-lo-ei eu a si: será metadedo que deseja.A partir desse momento, a Sombra começou a
tratar por tu o seu antigo amo.“Essa é boa!”, pensou este. “Eu trato-o por se-
nhor e ele trata-me por tu.” Não obstante, resig-nou-se.Chegados aos banhos, encontraram uma grande
quantidade de estrangeiros; entre outros, uma for-mosa princesa atingida por uma doença inquie-tante: via claro demais.Logo distinguiu a Sombra entre todas as outras
pessoas: “Ele veio aqui para fazer crescer a barba,segundo dizem; mas a verdadeira causa da sua via-gem é que não tem sombra nenhuma.”Cheia de curiosidade, entabulou, durante um
passeio, uma conversa com aquele estrangeiro. Nasua qualidade de princesa, não necessitava de mui-tos rodeios. Disse-lhe logo:— A sua doença é não ter sombra.
Transcrição dos Documentos Áudio 95
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— Vossa Alteza Real acha-se felizmente muitomelhor — respondeu a Sombra. — Sofria de ver de-masiado claro, mas agora está curada, pois não vêque tenho uma sombra, e até uma sombra extraor-dinária. Vê a pessoa que me segue continuamente?Não é uma sombra vulgar. Do mesmo modo que,às vezes, se dá por libré aos criados um tecidomais fino do que aquele que se usa em si próprio,assim eu adornei a minha sombra como umhomem. Até lhe dei uma sombra. Por muito caroque isso me custe, gosto de ter coisas que os ou-tros não têm.“O quê! – pensou a princesa. – Estarei real-
mente curada? É verdade que a água, na época emque vivemos, possui uma virtude singular, e estesbanhos têm grande reputação. No entanto, não ireijá embora; divirto-me aqui muito e este rapazagrada-me. Oxalá que a barba não lhe cresça, por-que, se não, vai-se embora!”À noite, a princesa dançou com a Sombra no
grande salão de baile. Ela era muito ágil, mas oseu cavalheiro ainda era mais; nunca encontraraum como ele. Disse-lhe o nome do seu país, queele conhecia muito bem, pois tinha olhado para eleatravés das janelas do comboio. Ele contoumesmo à princesa certas coisas que a surpreen-deram muito. Era o homem mais instruído domundo! Ela testemunhou-lhe, pouco a pouco, todaa sua estima, e, quando uma vez mais dançaram,traiu o seu amor por olhares que pareciam atra-vessá-lo. Não obstante, como era rapariga sen-sata, disse para consigo: “Ele é instruído, dançaperfeitamente, mas será um homem verdadeira-mente culto? Isto é o mais importante; vou ob-servá-lo melhor”.E começou a interrogá-lo sobre coisas difíceis,
a que ela própria não seria capaz de responder. ASombra fez uma careta.— Então, não sabe responder? — interrogou a
princesa.— Eu sabia tudo isso na minha infância — res-
pondeu a Sombra — e estou certo de que a minhasombra, que vedes ali, em frente à porta, lhe res-ponde muito facilmente.— A sua sombra! É de admirar!— Não estou bem certo disso, mas julgo que
sim, visto que ela me seguiu e escutou durantetantos anos. Somente, Vossa Alteza Real permi-tir-me-á que chame a sua atenção para um pontomuito particular: esta sombra sente-se de talforma orgulhosa por pertencer a um homem que,
para a encontrar de bom humor, condição neces-sária para que responda bem, é preciso tratá-lacomo se fosse um homem.— De acordo — disse a princesa.E aproximou-se do sábio para lhe falar do Sol,
da Lua, do homem sob todos os aspetos; e ele res-pondia convenientemente e com muito espírito.“Que homem tão distinto”, pensou, “para ter uma
sombra tão sábia! Seria uma bênção para o meupovo, se eu o escolhesse para esposo.”E a princesa e a Sombra depressa ajustaram o
casamento. Mas ninguém devia sabê-lo antes daprincesa ter regressado ao seu reino.— Ninguém! Nem mesmo a minha sombra —
disse a Sombra, que tinha razões para isso.Logo que eles chegaram ao país da princesa, a
Sombra disse ao sábio:— Escuta, meu amigo: sou feliz e poderoso, e
vou dar-te uma prova particular da minha benevo-lência. Habitarás o meu palácio, tomarás lugar ameu lado na carruagem real e receberás cem milescudos por ano. No entanto, ponho uma condição:é que te deixes qualificar de sombra por toda agente. Nunca dirás que foste um homem, e, umavez por ano, quando eu me mostrar ao povo na va-randa iluminada pelo sol, deitar-te-ás a meus péscomo uma sombra. É ponto assente que vou des-posar a princesa. A boda tem lugar esta noite.— Mas é demais! — exclamou o sábio. — Nunca
consentirei nisso; vou esclarecer a princesa e todoo país. Quero dizer a verdade: sou um homem, e tu,tu não passas de uma sombra vestida!— Ninguém acreditará em ti: sê razoável, ou
chamo a guarda.— Vou já ter com a princesa!— Mas eu chegarei primeiro e mandar-te-ei
prender.E a sombra chamou a guarda, que já obedecia
ao noivo da princesa, e o sábio foi levado.— Estás a tremer! — disse a princesa, quando
voltou a ver a Sombra. — O que há? Tem cuidado!Não adoeças no dia da tua boda.— Acabo de assistir a uma cena cruel: a minha
sombra enlouqueceu. Imagina que se lhe meteu nacabeça que é um homem, e que eu sou a sua som-bra.— É horrível! Espero que a tenham encarcerado.— Sem dúvida; mas receio que nunca mais se
restabeleça.— Pobre sombra — disse a princesa. — É bem
desgraçada. Talvez fosse um benefício tirar-lhe o
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pouco de vida que lhe resta. Sim, pensando bem,julgo necessário acabar com ela em segredo.— É uma resolução medonha — respondeu a
Sombra, fingindo que suspirava. — Perco um ser-vidor fiel.“Que nobre caráter” — pensou a princesa.À noite, toda a cidade estava iluminada. Dispa-
raram-se salvas de artilharia; por toda a parte seouvia músicas e cantares. A princesa e a Sombramostraram-se à varanda, e o povo, ébrio de alegria,aclamou-os três vezes.O sábio não viu nada, não ouviu nada, porque o
tinham matado.
Hans-Christian Andersen, Contos de Andersen.
Barcelos: Companhia Editora do Minho, 1959
Nota: o texto que se encontra a azul poderá ou não servocalizado.
Teatro
O aparecimento do teatro clássico está intima-mente ligado ao movimento renovador do Renas-cimento que procurava imitar os modelos literáriosda Antiguidade greco-latina. Os humanistas conhe-ciam bem as tragédias de Séneca e as comédiasde Plauto e Terêncio e ainda, de um modo geral,quase todo o teatro de Grécia e Roma. No entanto, muitos autores estudaram a comé-
dia nova helénica (grega), que se situa entre o III eo II séculos a. C.. O próprio ambiente em que de-corria a ação, a intriga e as personagens apresen-tavam uma fácil identificação com certos meios dasociedade renascentista. Assim, procuravam seguir a mesma temática,
geralmente centrada num conflito amoroso,sendo ele a paixão de um jovem de boa famíliapor uma cortesã ou por uma escrava. O pai, quese opunha a este amor, é enganado pelas manhasde algum parasita ou escravo dedicado ao seujovem amo, que recorre a artimanhas, não sópara enganar a vigilância familiar como tambémpara eliminar outros rivais. As situações em quese vê envolvido e que resultam, por vezes, em fu-riosas cenas de pancadaria, constituem um mo-tivo de cómico da peça. O desfecho da intriga não
contém geralmente qualquer surpresa. O moçoapaixonado descobre cedo que havia um enganona identidade da jovem (que, afinal, é livre ou desangue real). Um rapto levado a cabo por piratasou um naufrágio são habitualmente a causa dasua situação.
Jacinto do Prado Coelho (dir.), “Teatro”, in Dicionário da
Literatura. Porto: Figueirinhas, vol. IV, 1992, p. 1060
(texto adaptado)
Paráfrase A do conto “Jesus”, de MiguelTorga
A. Numa tarde, o menino regressava a casacom a ovelha e viu sair um pintarroxo de dentrode um grande cedro. Olhou lá para dentro e des-cobriu-o no alto.Então resolveu prender a cordeira a uma
giesta e trepar pela árvore acima. Embora estanão fosse muito alta, demorou algum tempo. Pri-meiro firmava os cotovelos, depois os braços epor fim as pernas.Ao longo do percurso descansou três vezes
nos troncos dos ramos. Já no alto, esqueceu-secompletamente de onde estava mas não caiu.Pegou no ovo e deu-lhe um beijo. Devido ao
calor da sua boca, a casca estalou e de dentrosurgiu um pintassilgo depenado. Por fim, pô-looutra vez na penugem da cama e desceu.
B. Numa tarde, o menino regressava a casacom a ovelha e viu sair um pintassilgo de dentrode um grande cedro. Olhou lá para dentro e des-cobriu- o no alto.Então resolveu prender a cordeira a uma
giesta e trepar pela árvore acima. Como esta eramuito alta, demorou algum tempo. Primeiro fir-mava os braços, depois puxava as pernas e oresto teve de ser a pulso.Ao longo do percurso descansou três vezes
nos troncos dos ramos. Já no alto, esqueceu-secompletamente de onde estava mas não caiu.Pegou no ovo e deu-lhe um beijo. Devido ao
calor da sua boca, a casca estalou e de dentrosurgiu um pintassilgo depenado. Por fim, pô-looutra vez na penugem da cama e desceu.
Faixa nº 24 (autoavaliação 5)
Faixa nº 25 (caderno de atividades)
Transcrição dos Documentos Áudio 97
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A rápida conquista da Península Ibérica
O Em 711, tropas muçulmanas, vindas do Nortede África, atravessaram o estreito de Gibraltar e in-vadiram a Península Ibérica. Em três anos domina-ram quase toda a Península, pondo termo ao reinodos Visigodos. A rapidez da ocupa ção muçulmanafoi favorecida pelo estado de anarquia a que estereino tinha chegado, enfraquecido por lutas inter -nas. Aliás, a entrada do exército muçulmano na Pe-nínsula Ibérica deu-se mesmo a pedido de uma dasfações visigodas.A resistência oferecida aos invasores foi insig-
nificante. Por um lado, os Muçulmanos foram tole-rantes para com as populações cristãs e, por outro,permitiram que muitos nobres visigodos conti-nuassem a ocupar cargos na admi nistração do ter-ritório.
O movimento da reconquista
Apenas um pequeno número de Visigodos nãoaceitou o domínio muçulmano, refugiando-se nasregiões montanhosas do Norte – Astúrias e Pire-néus. A partir daí, através de investidas, procura-ram recuperar o território. A este movimento de
recuperação do território peninsular, sob domí niomuçulmano, chamou-se Reconquista.
Mas, enquanto a conquista da Península pelosMuçul manos foi rápida, a sua expulsão foi lenta,pois demorou quase oito séculos. Com efeito, so-mente em finais do sécu lo XV, com a queda doreino de Granada, os Muçulmanos foram, definiti-vamente, expulsos da Península Ibérica.
A Reconquista foi feita de avanços e recuos.Em particular até inícios do século XI, a progres-são das tropas cristãs foi muito difícil.
Os automobilistas que nessa manhã de setem-bro entravam em Lisboa pela Avenida Gago Couti-nho, direitos ao Areeiro, começaram por apanharum grande susto, e, por instantes, foi, em todaaquela área, um estridente rumor de motores des-multiplicados, travões aplicados a fundo, e uma sa-rabanda de buzinas ensurdecedora. Tudo isto demistura com retinir de metais, relinchos de cavalose imprecações guturais em alta grita.
Mário de Carvalho, A inaudita guerra da Avenida Gago
Coutinho. Lisboa: Editorial Caminho, 1992.
Faixa nº 26 (caderno de atividades)
Faixa nº 27 (caderno de atividades)
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444PROPOSTAS
DE RESOLUÇÃO DOS TESTES DE
AUTOAVALIAÇÃO(MANUAL)
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:: LEITURA
1. B.2.Primeiro parágrafo: identificação e localização dePonte de Sor em Portugal;Segundo parágrafo: passado;Terceiro parágrafo: localização geográfica, co-mércio, indústria e serviços.3. A expressão “é uma encruzilhada dos cami-nhos rodoviários” significa que a cidade ficanuma espécie de cruzamento entre os cami-nhos de ferro que servem várias regiões dopaís: Alentejo, Beira Baixa e Ribatejo.
4. A informação entre parênteses (839 km2) in-dica a área do concelho.
5. O objetivo do texto é veicular informaçõessobre uma cidade portuguesa em vários aspe-tos: geográficos, históricos, económicos…
:: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DALÍNGUA
1. Os determinantes são uma, um, um (artigos in-definidos) o, o, os, (de)os, (de)o (artigos definidos).
2. a) recebeu-o; b) pelo que o apresenta; c) já otem.
3.a) A (det. artigo definido) minha (det. posses-sivo) vila é magnífica, embora a (det. artigodefinido) tua (pron. possessivo) também o(pronome demonstrativo) seja.b) Outras (det. indefinido) vilas serão elevadasa cidade. Esta (pron. demonstrativo) foi-o(pron. demonstrativo) em 1985. c) Que (pron. interrogativo) vilas visitaremos nanossa (det. possessivo) viagem de fim de ano?
4.a) “deixou (de)” – valor de fim;b) “continua (a)” – valor de duração;c) “começou (a)” – valor de início da ação.
:: COMPREENSÃO ORAL
1. Destina-se a possíveis turistas (e públicogeral).
2. Tem a finalidade de persuadir possíveis turis-tas de várias nacionalidades a visitar Portugal.
3. Sugestão: o facto de circular na Internet tornapossível a sua divulgação nos vários continentes,
procurando turistas estrangeiros (para além dosnacionais), o que não aconteceria através doscanais televisivos, por exemplo, que acabam porabranger públicos mais restritos.
4.1. literatura; escalada; música ligeira.5.1.1. Sugestão: “Um país de gente famosa pela
sua coragem, ousadia e determinação”; “Umpaís de liberdade”.
5.2.1. Sugestão: passeios a cavalo, teatro, revista,canoagem…
:: COMPREENSÃO ORAL
1.a Audição1.1. C.1.2. É uma crónica porque o tema tratado parte
de um episódio do quotidiano. É um textocurto, onde o cronista dialoga com o leitor,exprimindo a sua opinião relativamente à si-tuação relatada e às reações que situaçõessemelhantes podem gerar no público.
2.a Audição2. O facto de ter sido anunciado que Pedro Abru-nhosa iria tirar os seus óculos escuros na te-levisão, mostrando os seus olhos.
3. Não se espanta por o facto merecer honras detelejornal; pessoalmente, é apanhado de surpresaporque não tinha conhecimento do assunto.
4. O cronista não aprecia Pedro Abrunhosa e nãose incomoda com a sua opção de viver escon-dido atrás de uns óculos escuros.
5. Apresenta outros óculos escuros, mais peque-nos, por baixo, deixando os seus olhos escon-didos.
6. O pivot foi apanhado de surpresa com a atitudede Pedro Abrunhosa e acabou por rir.
3.a Audição7.1. O povo português preocupa-se e ocupa-se de
banalidades, é um “país de boca aberta”, quetem uma grande apetência pela vida pessoalde pessoas famosas.
:: LEITURA
1. Adriana e Miguel, que são casados, têm umafilha, Adriana. Pedro e Juliana são casados ecunhados de Adriana. É ainda referido Chico,
Sequência 1
Sequência 2
100 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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que será filho de um dos casais, provavelmentede Pedro e Juliana, embora o texto não sejaclaro relativamente a esta relação. Por fim, émencionada uma terceira criança, que não per-tence à família.
1.1. A personagem principal é Adriana, porque éem torno dela que toda a ação e discussão seconcentram.
1.1.1. Adriana é descrita como sendo uma mulherdoente. O narrador atenta sobretudo na suamão, que é “magra, branca, tão fraca que lhecustava levantá-la”.
2. Rua e quarto do apartamento.2.1. À rua associa-se um sentimento de alegria,
como fica patente nas “grandes risadas” queacompanhavam a brincadeira. No interior doquarto do apartamento, vive-se um momentode tristeza (“nenhum deles conseguia inven-tar um assunto, fugir àquilo”), que as perso-nagens procuram diminuir por meio de umsentimento de esperança (“O Pedro agarrava--se ao assunto da casa, que era, apesar detudo, a melhor maneira de fugir ao que maisos torturava.”). Estes sentimentos estão,assim, marcados pelo contraste, que intensi-fica, ainda mais, o momento de dor vividopelos adultos.
3.1. Albertina está preocupada com o facto de terficado sem a casa para viver, embora não gos-tasse muito dela quando lá vivia, por a consi-derar pequena.
3.2.1. A família decidiu avançar para a intervençãocirúrgica e, para tal, teve de deixar o apar-tamento onde vivia, pois o dinheiro da rendaseria uma ajuda para a difícil situação porque iriam passar. Os cunhados, Pedro e Ju-liana, decidiram acolher Miguel e a filhaAdriana em sua casa até a situação estarresolvida. Porém, Albertina está preocupadacom o facto de já não ter uma casa paraviver com a sua família.
:: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DALÍNGUA
1. Palavra formada por composição morfológica:biologia; palavra formada por composição mor-fossintática: bomba-relógio, palavra derivadapor prefixação: inútil; palavra derivada por su-fixação: jeitosa; palavra derivada por parassín-tese: acalmar.
2. a) saísse: verbo principal transitivo indireto;teria: verbo principal transitivo direto; b) eram:
verbo copulativo; brilharam: verbo principal intransitivo; considera: verbo transitivo-predi-cativo.
3. a) Advérbio de negação: Albertina podia nãosonhar com uma casa nova. b) Advérbio de inclusão: Até os médicos es-tavam preocupados.c) Advérbio de predicado: Albertina seriaoperada lá.
:: LEITURA
1.1. C; 1.2. A; 1.3. C.
:: LEITURA
1.1. Passou a chamar-se Sexta-Feira porque foiencontrado por Robinson neste dia da semana.
1.2. Estava habituado a ter uma vida mais livre, acomer o que encontrasse, a dormir onde qui-sesse e às horas que lhe apetecesse, nãotendo obrigações de qualquer espécie.
1.3.1. “Robinson, por seu lado, estava muito contente porter finalmente alguém a quem mandar trabalhar ea quem ensinar a civilização”.
1.4. Passou a fazer trabalhos agrícolas e traba-lhos domésticos.
1.5. Proposta: falavam inglês entre si; usavam di-nheiro; um era o senhor, o outro o criado(hierarquia social).
1.6.1. A frase mostra que, no domingo, Robinsonera o governador da ilha, gozando das mor-domias que tal papel exigia. Usava um cetroe caminhava abrigado por um guarda-sol.Sexta-feira limitava-se a apoiá-lo nesta fun-ção e a fazer outros pequenos trabalhos.
1.6.2. Proposta: o narrador toma o ponto de vistade Robinson, já que possivelmente paraSexta-Feira o domingo não diferia muitodos outros dias.
1.7. (1) Levava a Robinson uma espécie de ben-gala; (2) Protegia Robinson com um guarda--sol, enquanto este inspecionava os trabalhosem curso; (3) o almoço era mais requintadoe suculento; (4) Sexta-Feira limpava e embe-lezava Speranza.
1.7.1. Os elementos servem para dar conta dasações das personagens ao longo do dia, or-ganizando-as no tempo.
Sequência 3
101Propostas de Resolução dos Testes de Autoavaliação
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:: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
1. a) naturalmente – modificador (de frase); b)Sexta-Feira – vocativo; c) Certamente – modifi-cador (de frase); Sexta-Feira (vocativo); ama-nhã – modificador (do verbo); aquelas ervasdaninhas – complemento direto.
2. a) Sexta-Feira seguiu Robinson (oração subor-dinante), enquanto o protegia do sol (oraçãosubordinada temporal).b) O sol aquecia muito (oração coordenada), masera suportável (oração coordenada adversativa).c) Robinson almoçou muito (oração coorde-nada), logo a comida estava bem confecionada(oração coordenada conclusiva).d) As ervas daninhas cresciam (oração subor-dinante) tal como cogumelos (oração subordi-nada comparativa).e) Robinson apreciava os domingos (oraçãosubordinante) porque se sentia um rei (oraçãosubordinada causal).
3. A, D. A. Sexta-Feira fazia o cultivo da terra.D. Sexta-Feira afastava as moscas, enquantoRobinson dormia.
:: COMPREENSÃO ORAL
1. B; 2. A; 3. C; 4. B; 5. B; 6. A.
:: COMPREENSÃO ORAL
1. A. F; B. V; C. F; D. F; E. F; F. V; G. V; H. F; I. V.
:: LEITURA
1. O sujeito lírico dirige-se à musa Eco.1.1. O vocativo presente em “Eco chorosa”.2. Eco chora e pede justiça contra os assassinos;as náiades choram na Fonte dos Amores; oMondego ficou zangado e avança, de forma im-petuosa, deitando flores ao chão; o universodedica hinos a Pedro.
3. Pedro, amado de D. Inês, dirige-se, rapida-mente, ao sepulcro onde esta está enterrada.
4. Enumeração. Através da enumeração, des-crevem-se os gestos de D. Pedro ao chegar
junto do túmulo (“Abre, desce, olha”). De se-guida, avança-se para a referência aos seussentimentos de dor (“geme”) e de amor(“abraça”). Finalmente, refere-se a homena-gem final que consistiu na coroação de Inês(“c’roa”).
5. O poema é composto por quatro estrofes (duasquadras e dois tercetos). Trata-se de um so-neto. Os versos têm dez sílabas métricas: “Da/tris/te/be/la I/nês/ in/ da os/ cla/ mo”. A rimaé interpolada e emparelhada nas quadras, se-gundo o esquema abba abba. Nos tercetos, arima é interpolada e cruzada, de acordo com oesquema cdc dcd.
:: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DALÍNGUA
1. A fonte dos meus problemas és tu. / Eu bebiágua fresquíssima nesta fonte.
2. milagre – sílaba tónica: la; sílabas átonas: mi,gre; beleza – sílaba tónica: le; sílabas átonas:be, za; ternura – sílaba tónica: nu; sílabas áto-nas: ter, ra.
3. A, C, D.
:: COMPREENSÃO ORAL
1. Um jovem de boa família apaixonava-se poruma escrava ou por uma cortesã, mas seu paiopunha-se à consumação desse amor. O jovemrecorria à ajuda de um escravo, tanto para en-ganar o pai, sempre vigilante, como para elimi-nar outros rivais, o que o levava a envolver-seem cenas de pancadaria. Estas situações con-tribuíam para criar o cómico da peça. O desfe-cho era previsível: o jovem descobria que,afinal, tanto ele como a sua paixão pertenciama classes sociais próximas.
:: LEITURA
1. Vanina quer ser namorada de Pietro, que lheexplica que não a ama e que está noivo deoutra rapariga.
2.1. Pietro afirma que ninguém se pode apaixonarpor outro depois de o ter visto apenas por uminstante. Esta situação só acontece nos ro-mances.
Sequência 4
Sequência 5
102 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 102
2.2. Pietro explica a Vanina que ela não seapaixonou por ele. O sentimento que a in-vade teve lugar porque ela é jovem e asjovens são apaixonadas por natureza.
3. Vanina é uma jovem ingénua e sentimental queacredita no amor à primeira vista e que acre-dita no sentimento genuíno dos homens. JáPietro é um homem com mais experiência devida, que sabe que os homens podem fingirsentimentos que não são reais. Mostra-se, porisso, insensível aos sentimentos de Vanina.Apresenta-se como uma personagem calcu-lista, pois está disposto a casar por interessecom uma jovem que mal conhece só para nãoperder a herança de um tio.
:: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
1. 1-D; 2-A; 3-C; 4-B.
2. Grupo 1: RTP, GNR Grupo 2: NATO, NASAGrupo 3: telemóvel, cibernautaGrupo 4: Zé, metro
2.1.Grupo 1: sigla; grupo 2: acrónimo; grupo 3: amál-gama; grupo 4: truncação.
103Propostas de Resolução dos Testes de Autoavaliação
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 103
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 104
555GRELHAS DE OBSERVAÇÃO
DE COMPETÊNCIAS
Estas grelhas encontram-se disponíveis, em formato editável, em
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 105
Avaliação da expressão oral – Avaliação global
Parâmetros
(1 a 5)
Aspeto
Voz
Conteúdo
Nível
atingido
(1 a 5)
Postura
Contactos
visuais
Expressão
facial
Dicção
Intensidade
Ritm
oOrganização
Qualidade
Adequação
Alunos
Rígida /
descon
traída
Abu
ndantes /
inexistentes
Expressiva/
inexpressiva
Clara /
imperfeita
Aud
ível / fraca
Adequ
ado /
desadequ
ado
Organizado /
desorganizado
Rica / po
bre
Adequ
ado /
desadequ
ado
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
106 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 106
Parâmetros
(1 a 5)
Aspeto
Voz
Conteúdo
Nível
atingido
(1 a 5)
Alunos
Elementos da notícia/
reportagem
Seleção/organização da informação
Correção linguística
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30Avaliação da expressão oral – Notícia / Reportagem
107Grelhas de Observação de Competências
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 107
Parâmetros
(1 a 5)
Aspeto
Voz
Conteúdo
Nível
atingido
(1 a 5)
Alunos
Respeito pelas ideias do texto
original
Organização em mom
entos
Correção linguística/
vocabulário
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30Avaliação da expressão oral – Texto narrativo / Reconto
108 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 108
Avaliação da expressão oral – Texto descritivo
Parâmetros
(1 a 5)
Aspeto
Voz
Conteúdo
Nível
atingido
(1 a 5)
Alunos
Elementos da descrição/
tipo de descrição
Seleção/organização da informação
Correção linguística
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
109Grelhas de Observação de Competências
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 109
Avaliação da expressão oral – Texto expositivo
Parâmetros
(1 a 5)
Aspeto
Voz
Conteúdo
Nível
atingido
(1 a 5)
Alunos
Organização da informação
Apresentação de facto(s), explicação(ões)
e exemplos
Correção linguística
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
110 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 110
Avaliação da expressão oral – Texto argum
entativo e texto de opinião
Parâmetros
(1 a 5)
Aspeto
Voz
Conteúdo
Nível
atingido
(1 a 5)
Alunos
Posição pessoal (tese)
Argum
entos
Contra-argumentos
(se pertinente)
Correção linguística
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
111Grelhas de Observação de Competências
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 111
Parâmetros
(1 a 5)
Aspeto
Voz
Nível
atingido
(1 a 5)
Postura
Con
tactos visuais
Expressão facial
Dicção
Intensidade
Ritm
o
Alunos
Rígida / descon
traída
Abu
ndantes /
inexistentes
Expressiva /
inexpressiva
Clara /
imperfeita
Aud
ível /
fraca
Adequ
ado /
desadequ
ado
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30Avaliação da expressão oral – leitura expressiva
112 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 112
Avaliação da expressão escrita
Nom
e do aluno
Caligrafia
Disposição do
texto na página
Ortografia
Pontuação
Construção da
frase
Organização
das ideias
Conectores
Nível
atingido
(1 a 5)
Desenho da
palavra
Acentuação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Observações:
113Grelhas de Observação de Competências
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 113
Revisão textual
Planificação
Elaborei o plano
-guia do
meu
texto de acordo
com
o tipo de texto (carta, narrativ
a, texto descritivo, e
xplicativo).
Organizei a in
form
ação de form
a pertinente.
Segui o plano
-guia apresentado no
Manual.
Escrita
Redigi o m
eu texto de acordo
com
o plano
-guia.
Revisão
1. Reli o
texto para o corrigir a nível de:
a)ortografia
b)acentuação
c)po
ntuação das frases
d)criação / elim
inação de parágrafos
e)tempo
s verbais incorretos
f)frases pou
co claras
g)organização das ideias
h)repetiç
ão de ideias
i)inform
ação pou
co pertin
ente
j)introd
ução de conectores adequ
ados
2. Verifiqu
ei se o texto:
a)tem títu
lo
b)cu
mpre as m
argens da folha
c)tem a m
inha id
entificação
Última Fase
Passei o
texto a limpo
com
caligrafia
legível
Sim
Não
114 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 114
Com
preensão Oral
Expressão Oral
Leitura
Expressão Escrita
Conhec. Explícito da
Língua
Outras
Com
p.Média
Final
Auto-
avaliação
Nível
Nom
eMédia
Média
Média
Média
Média
Média
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30Registo dos diferentes elem
entos de avaliação (por com
petências) – Final de período
115Grelhas de Observação de Competências
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 115
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 116
SOLUÇÕES DOCADERNO DEATIVIDADES
666ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 117
Ficha 1
1.
2. a) A matemática é abordada de forma acessí-vel na obra Dificuldades de Matemática/mate-mática.b) Ele disse-me que tinha encontrado fulanona Rua/rua Fernando Pessoa, que se situa emFaro.c) A Páscoa sempre foi a minha festividade fa-vorita porque é a altura em que o senhor pro-fessor nos oferece chocolates.d) O João olhou para a rosa dos ventos e apon-tou para o norte. e) Os meses de janeiro e de fevereiro sãosempre os piores porque nos trazem o frio doinverno.
3. O João, um rapaz amável, está a observar océu, de onde provém uma luz misteriosa queparece ser constituída por anéis multicolo-res. Do que ele gostaria, porém, era de poderagarrá-los. O João até já contou ao avô queeste é um desejo que o corrói incessante-mente. Preocupado, o avô fê-lo prometerque deixaria de pensar em coisas excêntri-cas:– Para imediatamente de pensar que és umherói que pode chegar aos asteroides! Pare-ces possuído por um vírus!...
Mas aquele céu cor de âmbar que o Joãoestá a ver é um fenómeno e nós sabemosque os rapazes têm de sonhar com o queveem ou com o que leem e tresleem. É im-portante que lhes dêmos/demos o espaçopara sair do mundo real.
4.
5.
Sequência 0
Palavras que não sofrem alteração(não perdem a primeira consoantec ou p)
Palavras que perdem a primeira consoante (p ou c)
factocorruptocontacto caracterizaçãopactoadaptar
ação ata colecionaraspeto cato carateres receçãoótimo direção/diretorafetivo adoção objeção
Anti Co-
anti-higiénicoanti-imperialistaanti-infeciosoantirracionalismoantirracismoantirrepublicanoantissemitismoantissético
copilotocoarrendamento coautorcoincineradoracorredatorcossecantecosseno
Contra Extra-
contranaturacontraofertacontraordenaçãocontrarrelógiocontrarrevolução contrassenha
extraocularextrassensívelextrauterino extraoficialextracurricularextraescolar
Neo- Pré-
Neonazineoidealistaneorrealistaneossocialista neoliberal
Pré-adoçãoPré-helénicoPré-seleção Pré-habilitação Pré-inscrição
Alta-tensãoAnglo-portuguêsCabeça de abóboraMulher a diasCamarão-tigreCana-da-índiaAssembleia-geralDia a diaCheque-prendaDesporto-reiLíngua de sograDiabo-da-tasmâniaFato de banhoLivro-caixaFim de semanaAnjo da guarda
Ator-encenadorAuto de féCobra-capeloGrão-vizirBaba de cameloGrã-cruzGrão-de-bicoGrão-mestreGuarda-livrosBarba de baleia Guarda-louçaGuarda-noturnoChapéu de chuvaGuarda-solCabeça de casalHistórico-social
118 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 118
Ficha 2a) Os rapazes dirigiram-se ao alto do monte(era lá que costumavam brincar todas as tar-des).b) Estava muito feliz porque acabar de ler «Osda minha rua», de Onjaki e já poderia apresen-tar o trabalho (sabia que isso faria feliz a suamãe).
3. Tu és mesmo meu “amigo”: pedes-me o di-nheiro emprestado e agora dizes-me que nãome poderás pagar.
4. Comei a ler Ondjaki. Naquele parágrafo, aminha atenção parou-me nalgumas frases:«Depois do almoço, o Jika disse que ia àcasa dele buscar “uma coisa” […] O Jikaabriu um muito, muito pequenino guarda--chuva azul.»
5. Este soneto tem dez sílabas métricas, como seobserva pelo exemplo: A/mor/ é/ fo/go/ quear/de/ sem/ se/ ver/ .
Ficha 3a) Palavras parónimasb) Palavras homónimasc) Palavras homónimasd) Palavras homógrafase) Palavras parónimasf) Palavras homónimasg) Palavras homógrafash) Palavras homófonas
Ficha 41.1. a) Robinson e Speranza
b) animal, diasc) vida, natureza
1.2. Os nomes contáveis podem ser antecedidosde quantificadores numerais e os não contá-veis não podem.
1.3. a. Arquipélagob. Pertence à subclasse dos comuns coleti-vos.
2. a. alfabeto; b. p. ex. bosque; c. biblioteca; d. coletânea; e. multidão; f. vara
3. Robinson (a.) não precisou de um caderno (b.– conjunto de folhas de papel) para escrever aConstituição da Ilha Speranza. Rodeado de si-lêncio (d.), escreveu tranquilamente as leis (c.)que o ajudariam a sobreviver.
4.1. Os nomes são formigas, pelos, barba, carne,crânio, chifres, laço, cabelo e meninas. Formiga, pelos, crânio, chifres, laço e meni-nas são nomes comuns contáveis.Barba, carne e cabelo são nomes comuns nãocontáveis.
4.2. Por exemplo, dois nomes do género femininosão formigas e barba; dois do género mas-culino são crânio e laço.a. Todos os nomes referidos em 4.2. são uni-formes, não variando em género.b. Por exemplo: gato/a, companheiro/a
4.3. Por exemplo, dois nomes no singular são ca-belo e crânio; no plural, formigas e chifres.a. Todos os nomes registados em 4.3. são bi-formes quanto ao número, inclusive “cabelo”porque se pode dizer “os cabelos” (na frase:os cabelos loiros seduzem-me).b. Exemplos de nomes uniformes, quanto aonúmero: os Açores, os media.
4.4.a. Nome comum contável, género masculino,número singular
5. a) duquesa; b) imperatriz; c) galinha; d) rouxi-nol fêmea; e) abelha; f) condesse
6. a) marido; b) réu; c) veado; d) patriarca; e) genro; f) herói
7. a) Os oásis, os ourives, os paraquedas.b) Êxitos, plumas, currículos.c) aldeões, corrimãos, cidadãosd) couves-flores, pães de ló, recém-nascidose) males, túneis, álcoois, pauis
8. a) botõezinho; b) açõezinhas; c) papeizitos; d) cordeizinhos; e) narizinhos; f) azuizinhos
9. a), b) e f) encontram-se no grau diminutivo; c), d) e e) no grau aumentativo
Ficha 51.1.Os adjetivos são cinzenta, avermelhada, branco.
a. Pertencem aos adjetivos qualificativos. 1.2. A frase é “Música sepulcral”, que pode ser
substituído por “Música do sepulcro”.
Sequência 1
119Soluções do Caderno de Atividades
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1.3. a. O adjetivo numeral poderá ser “primeira”/“última”…b. Movimento corporal
2. a) muito gélido; b) tão gélido como o mar; c) omenos gélido
3. São todos biformes, exceto “sepulcral”.
4. só; agrícola; hipócrita; inútil; louvável
5. a) justo; b) europeu; c) resmungão; d) encan-tador
6. a) judia; b) afro-asiática; c) anti-infeciosa; d) surda muda
7. a) Os vestidos verde-claros são os meus pre-feridos.b) Os cidadãos cabo-verdianos têm pronúnciasinteressantes.c) Ficaram conhecidos mais povos semissel-vagens.d) As ideias sociais-democratas foram ampla-mente discutidas.
8. a) O desempenho do atleta da camisola verdefoi pior do que o da camisola laranja.b) O pássaro libérrimo voou sem fim.c) É desagradabilíssimo chamar os outros àrazãoe) A irmã dele é muito doce.
9. a) presta(r) – base verbalb) teatro – base nominal (nome comum)c) pessoano – base nominal (nome próprio)d) ritmo – base nominal (nome comum)e) rouba(r)do – forma verbal (particípio)
10. a) Ela tem uma capacidade e um jeito extraor-dinários.b) Ele é detentor de uma energia e de umaforça incríveis.c) Ele está convencido de que não ultrapas-sou os limites.d) O empregado de mesa é amabilíssimo.e) O poema tocou-me no mais profundo domeu ser.
Ficha 6 1.1. a. Verbos intransitivos: seguia, voltavam-se,
acomodavam-se, arrastava-se / verbos prin-cipais transitivos: punham, fechavam, leva-vam e puxava.
1.2. fechavam os casacos / levavam o dinheiro /puxava o cordão da campainha
1.3. Verbos principiais transitivos diretos: fecha-vam/levavam/puxavam
Verbos principais transitivos diretos e indi-retos: punham;
2. Propostas: a. O carro estava/parecia moroso e repletocomo os outros
b. O carro ia seguindo morosamente e repletocomo os outros”
3.1. Verbo auxiliar: vou; verbo principal: encon-trar.
3.2. Valor de futuro3.3. há de/vai; hei de/vou3.4. a. ficou; b. acabou; c. começou
4. a. verbo fechar – primeira conjugação (vogaltemática –a)Verbo pôr – segunda conjugação (vogal temá-tica –e [lat. ponere])
4. b. Fecho/fechas/fecha/fechamos/fechais/fe-cham
Ponho/pões/põe/pomos/pondes/põem
4. c. O verbo fechar é regular porque segue o modelo de conjugação dos verbos, só ha-vendo mudança nos sufixos de flexão (man-tém-se o radical fech- em todas as pessoas);o verbo pôr é irregular porque não segue omodelo de conjugação dos verbos.
4. d.Verbo fechar: a) fechara; b) fechaste; c) ti-vesse fechado; d) fecheVerbo pôr: a) puseste; b) poria; c) punha; d) pôr; e) põe
5. Verbo cair: caem/caiu/caíram 5.1. Propostas: Ontem chuviscou. / Já não neva
há muito/ Troveja aqui todos os dias do in-verno.
5.2. a. 5.3. a) zumbem; b) esvoaçam; c) coaxam5.4. São verbos usados na 3.a pessoa.5.5.b.
Ficha 7 1.1. a) pronomes pessoais: [eu] escrevo, te, (d)ele,
comigo, lhe, ele, [eu], lhas (lhe+as),me, (l)o,[tu], me
120 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 120
b) pronome(s) demontrativo(s): aquelec) pronome(s) possessivo(s): teu, suasd) pronome(s) indefinido(s): tudoe) pronome(s) interrogativo(s): quem
1.2. Aquele: género masculino, número singu-lara. pronome variável
1.3. tudo: não apresenta flexão em género nemem número
a. pronome invariável1.4. Proposta:
a. sujeito (caso nominativo): eleb. complemento direto (caso acusativo): as(lhas)c. complemento indireto (caso dativo): lhed. complemento oblíquo (caso oblíquo): dele
2. Propostas: a. me; b. nos; c. –o; d. -lhe2.1. Concluo que eles se colocam depois do
verbo.
3. a. Propostas: a. “nunca me telefona”; b. “Nãonos acontece nada de mau.”; c. “Onde o encon-traste?”; d. “Bons olhos te vejam”;
3.1. Concluo que se colocam antes de verbo.
4. Propostas: a. “Quando o vi”; b. “Alguém mechamou?; c. Já te dei o caderno?; d. “Umagrande prenda lhe deu ela; e) “Esperto me pa-rece ele!”
4.1. Concluo que se colocam antes de verbo.5. a) trá-lo-ei; b) fá-lo-á; c) comprá-lo-ia;
d) vesti-la-iam5.1. Concluo que se colocam no meio da forma
verbal (posição mesoclítica).
Ficha 8 1. a. o(s) determinante(s) artigo(s) definidos: “A”, “a”, “a”, “a”, “a”, “a” (o(s) determi-nante(s) artigo(s) definidos contraídos compreposição: “na” (em+a), “da” (de+a),“ao”(a+o), “da” (de+a), “da” (de+a), “das”(de+as), “do” (de+o), “no” (em+o), “na”(em+a), “da” (de+a), pela, “na” (em+a), “no”(em+o), “nas” (em+as).
b. o(s) determinantes artigo(s) indefinidos:um c. o(s) determinantes demonstrativo(s): “este”,“nesta” (em + esta)
d. o(s) determinantes possessivo(s): “sua”
1.2. Proposta: Que Taça poderá receber a Acadé-mica 43 anos depois?
2.1. Determinantes indefinidos: certas, outros; determinantes artigos definidos: a, a, osdeterminantes artigos indefinidos: umdeterminante demonstrativo: aquelesdeterminante possessivo: vossosdeterminante interrogativo: que
2.2. a. Todos os determinantes das frases flexio-nam em género e número, exceto o interro-gativo.Determinantes no género masculino: outros,os, um, aqueles, vossosDeterminantes no género feminino: certas,a, aDeterminantes no singular: a, a, umDeterminantes no plural: certas, outros, os,aqueles, vossos
3. a. Os tais rapazes foram premiados ontem.b. Naqueles dias, havia outros jogos marca-dos.
4.a. Ambas as meninas assistiram ao jogo.b. Alguma jogadora saiu lesionada?
Ficha 91.1. sementes de mar, grãos de navegar, água de
aguardar, semeei, flor do sertão, pedra deplantar, rosa.
1.2. Raiz, floresta, enxada, fruto, cultivo
2.1. Propostas:a. No campo, crescia o milho, o feijão e o grão.b. Aceito um grão de açúcar. c. Se tivesses um grãozinho de bom senso,tudo correria melhor.d. Escorreguei e caí ao passar por cima deuma rocha de grão fino.e. O homem vestia um casaco de fazenda degrão fino.
3.1. a. grande extensão de água salgadab. profissão de pescador ou de marinheiroc. imensidão
121Soluções do Caderno de Atividades
ARF_Contos Recontos_Guia_7_Layout 1 12/03/14 20:38 Page 121
Ficha 101. À saída da missa, a Natália disse-lhe que oJoão Neca a tinha esperado no dia anterior àentrada povo. Ele, a sentir o sangue subir-lheà cara perguntou-lhe se era verdade e o quetinha acontecido de seguida. Ela deixou caircom melancolia que ela a tinha pedido em na-moro. […]Ele acrescentou que ela é que via e que ele nãoera mau rapaz.
2. Sugestão:Ele sentia que a amava imenso… como iriaviver sem aquele anjo do céu?! Cada vez quetentava dizer-lhe o quanto a amava, as forçasfalhavam e a voz não saía… Que infelicidade!
3. Ela solicitou ao João que naquele dia à tardefosse a sua casa. Acrescentou que lhe ia lero livro de que lhe falara no dia anterior.Disse-lhe, finalmente, que ficava na livrariaporque queria ver aquelas novidades que ti-nham acabado de chegar para decidir o quecompraria.
4.– O que deseja? – perguntou a funcionária.– Estou à procura de um livro de aventuras quefoi editado recentemente, para oferecer àminha sobrinha.
– Hoje, não temos novidades editoriais. Tempossibilidade de voltar amanhã? Chegam li-vros novos. – informou a funcionária.
Ficha 111. Cardi- + log[ia]; cosm + log[ia]; dermat + log[ia];fisi + log[ia]; geo + log[ia]; graf + log[ia]; morf +log[ia]; psic+ log[ia]; simb + log[ia]; zool +log[ia].
1.1. A vogal de ligação é o em todas as palavras,exceto em geologia que não tem vogal de li-gação.
1.2. Com o radical log[ia] é possível formar novaspalavras: a. soci + o +…= sociologia; b. urol +o + …= urologia; c. neur + o + …= neurologia;d. miner + a + …= mineralogia.
1.3. Composição morfológica.2.1. Afirmação c.2.2. Palavras compostas morfossintaticamente.
2.3. Por exemplo: guarda-chuva e arranha-céus;Ele guarda os relógios na gaveta/ A chuvaainda hoje não parou; Esta unha arranha por-que está mal cortada/ O céu está azul.
2.4. guarda-redes, pontapé.
3.
4.
Ficha 121. O elemento comum é –eiro.1.1. Sufixo.1.2. Opção a)1.3. Pedra; ferro; guerra; carta; cavalo; costura;
escudo
Compostosmorfológicos
Compostosmorfossintáticos
telecomunicaçõestelevisãoagrícolafotografia herbívorocronómetrodemocracia
aluno-modelohomem-aranha bomba-relógiogoverno-sombra homem-rã notícia-bomba peixe-espada
Sequência 2
Elementos que a compõem
Palavraradical+vogalde ligação+radical
palavra+
palavra
Processo de formação
Sexta--feira
XComposto
morfossintático
Peda-gogia X Composto
morfológico
Arco--íris X Composto
morfossintático
Pica--pau X Composto
morfossintático
Tele-fone X Composto
morfológico
Caligra-fia X Composto
morfológico
Porta--moedas X Composto
morfossintático
Lava--louças X Composto
morfossintático
122 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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1.4. Juntou-se o sufixo -eiro à forma de base (ra-dical)
1.5. Por exemplo, padeiro, barbeiro, tanoeiro, etc.
2.
3.
Ficha 131. a) triste; b) cansado; c) empenhados; d) mé-dica; e) os melhores amigos; f) interessados namatéria; g) o símbolo da pátria; h) aberta; i) naprateleira.
2. Sugestões: Os rapazes ficaram lá./ A saudadee a tristeza permanecem para sempre./ Amaioria dos jovens é estudante./ Todos os edi-fícios da escola estão danificados.
3. Frases b), c) e e)
4.
Ficha 14
1. Sugestões:A Rita acha o conto excelente.Os alunos elegeram o Pedro delegado de
turma.A comunicação social considerou o caso sem
relevância nacional.A Sofia trata o António muito bem.Os acionistas nomearam o candidato presi-
dente da mesa.O cronista julgou o desporto uma atividade de
interesse mundial.1.1. Verbo [principal] transitivo-predicativo
2.1 – verbo transitivo-predicativo; 2 – verbo tran-
sitivo direto e indireto; 3 – verbo intransitivo;4 – verbo transitivo indireto; 5 – verbo tran-sitivo direto.
PalavraPre-fixo
Formade base
Sufixo Processo de formação
governa-dor Governa -dor
Palavra for-mada por sufi-xação
desgo-verno Des- Governo
Palavra for-mada por pre-fixação
impróprio Im- PróprioPalavra for-mada por pre-fixação
pianista Pian- -istaPalavra for-mada por sufi-xação
igualdade Igual -dadePalavra for-mada por sufi-xação
impropria-mente Im- Própria -mente
Palavra for-mada por pre-fixação esufixação
risonho Ris- -onhoPalavra for-mada por sufi-xação
floreira Flor -eiraPalavra for-mada por sufi-xação
reler Re- LerPalavra for-mada por pre-fixação
descrer Des- CrerPalavra for-mada por pre-fixação
Palavra Parassíntese Prefixação e sufixação
Infelicidade X
Afunilar X
Emagrecer X
Deslealdade X
Imperdoável X
Palavra Parassíntese Prefixação e sufixação
Aterrar X
avermelhado X
empobrecer X
Predicativodo sujeito
Frase a)Frase c)Frase f)Frase h)Frase i)
Comple-mentodireto
Frase b)Frase g)
Complemento direto+ Predicativo do
complemento direto
Frase d)Frase e)
123Soluções do Caderno de Atividades
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3. A Mariana tinha acabado de chegar. O dia tinhasido terrível. Tinha vontade de se queixar masela sabia que o Ricardo a considerava umachata. Estava sempre a queixar-se de tudo,mas ela achava o seu trabalho horrível. Desdeque o patrão a nomeara/tinha nomeado res-ponsável pela secção dos frios, ela julgava asua vida um inferno.
Ficha 151. a) A mesa é muito cara.
b) O exercício foi demasiado fácil para todosos alunos.c) A Susana está extremamente cansada detrabalhar tanto.
2.
a. certamente; b. e c. claramente; d. hoje; e. cientificamente; f. nulo; g. aí; h. talvez
3.Primeiramente, fui ao supermercado. De se-guida, dirigi-me à farmácia. Porém, não havia omedicamento de que necessitava. No entanto, ofarmacêutico assegurou-me que à tarde já o te-riam. Por fim, regressei a casa.
4. a) Felizmente: advérbio de frase; Hoje: advér-bio de predicado; Muito: advérbio de quanti-dade e grau; Cedo: advérbio de predicadob) Sim: advérbio de afirmação; somente: ad-vérbio de inclusão e exclusão; bem: advérbiode predicado.c) Onde: advérbio interrogativo.
5.
Ficha 16a) Os sapatos pretos pertencem à rapariga devestido azul.GN: Os sapatos pretos (contém GAdj: pretos)GV: pertencem à rapariga de vestido azul (con-tém GPrep: à rapariga de vestido azul (contémGPrep: de vestido azul (contém GN: vestidoazul (contém GAdj: azul)
b) Hoje, as meninas preferiram os cadernos pau-tados.Gadv: hojeGN: as meninasGV: preferiram os cadernos pautados (contémGN: os cadernos pautados (contém GAdj: pau-tados)
c) Esta pasta de cabedal pertence ao jovem muitoalto.GN: Esta pasta de cabedal (contém GPrep: decabedal (contém GN: cabedal)GV: pertence ao jovem muito alto (contémGPrep: ao jovem muito alto (contém GN: ojovem muito alto (contém GAdj: muito alto)
2. Sugestão de correção:O exercício de matemática (GPrep) era muito
difícil (GAdj), por isso a Maria (GN) decidiu pedirajuda a uma colega. No dia seguinte, depois daescola, iria a casa dela bem cedo (GAdv) para es-tudarem em conjunto (GV).
3. a) Ontem o João comprou um livro na livrariada sua rua.b) O livro de aventuras ganhou um prémio dequalidade no concurso daquele ano.c) A revista deste mês trata de assuntos rela-cionados com os problemas da adolescência.
4. Sugestão de correção:a) Num dia quente, os rapazes dirigiram-se ra-pidamente para a praia.b) A Joana respondeu imediatamente à amiga.c) Claramente, esta série aborda temas dignosde interesse.d) Todos os dias, o João e a Rita iam à praia.
Ficha 171.a) A Maria está maldisposta porque comeu com
rapidez.b) Com calma, tudo se resolve.
c) Irei, em breve, a Paris.
d) A Rita partiu com pressa.
e) Com efeito, está um belo dia de sol.
Frase com advérbiode frase
Frase a)Frase b)Frase e)Frase h)
Frases com advérbios
de predicado
Frase c)Frase d)Frase f)Frase g)
Frases com sujeito ex-presso por meio de um GN
Frase a)Frase b)Frase e)Frase f)
Frases sem sujeito expresso
Frase c)Frase d)Frase g)
124 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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1.1. Sujeito nulo.1.2. Sujeito simples: frases a) e b); Sujeito com-posto: frases e) e f)
22.1. Sujeito nulo: [-] Era um dia triste; [-] Dizia-se queera o dia da família […]; [-] Chovia imenso […]
2.2.
3. a) Tu e eu vamos passear.b) O João e a vizinha têm um problema com obarulho da discoteca que existe na rua.c) Os livros, os cadernos, as folhas de aponta-mentos, tudo está impecável.d) A maioria escolhe este livro.e) A maioria dos alunos desta escola é destalocalidade.
Ficha 181. a) GV: representa a dor do povo africano
b) GV: não poderei ir à exposição deste autorc) GV: Surpreende-med) GV: é reconhecida em todo o mundoe) GV: foi premiadaf) GV: vem cá.
2. Um predicado: frase e); dois predicados: frasesa), b) e d); três predicados: frase c)
2.1.
3. Sugestões:A comissão defende os direitos dos jovens. O Henrique é aluno desta escola.O Presidente escreveu uma carta aberta a todosos portugueses.Hoje trovejou.Os rapazes construíram uma casa na árvore.As meninas ofereceram-lhes brinquedos.
Ficha 191.1. O problema mais evidente é a repetição do
conector e.2.1. O conector e.2.2. Sim, a vírgula.
a) A vírgula pode ser utilizada para assinalarenumerações com valor de adição. Neste caso,assinalaria a enumeração das ações levadas acabo pelo João desde que se levantou até quechegou ao emprego.
2.3.1. Adição e Ordenação temporal das ações2.3.2. Adição: depois; finalmente; seguidamente;
em primeiro lugar; em segundo lugar (…);em seguida; por um lado, por outro lado (…);por fimOrdenação temporal: então; entretanto; de-pois; em seguida
2.3.3. O João acordou e levantou-se. Entretanto,tomou o pequeno-almoço. Depois, saiu decasa e, de seguida, apanhou o autocarro.Logo após, chegou ao emprego e, final-mente, começou a trabalhar.
3. Adição e consequência.3.1. João estudou muito, teve boas notas e a pro-
fessora ficou muito contente, pelo que lhedeu um prémio.
Sujeito nulo recuperável comuma expressãoapresentadaantes no texto
Sujeito nulocom valorindetermi-nado de “alguém”
Sujeito nuloque não cor-responde anenhuma palavra
[o dia de Natal]Era um dia triste
[Alguém]Dizia-se queera o dia […]
Chovia […]
Composição doGrupo Verbal Exemplo
Verbo + GN comprou um cd de fadoadora este tipo de músicaouviu o cdouviu a melodia
Composição doGrupo Verbal Exemplo
Verbo + GPrep foi à feira semanalfoi com ele
Verbo + GAdj está quietoficou feliz com a satisfaçãodele
Verbo + GAdv cantou poucogosta de música
Verbo + GN +GPrep
ouviu o cd durante toda a tarde
125Soluções do Caderno de Atividades
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4.1.Um dia, fui ter com o Pedro e [ordenação tem-
poral] contei-lhe que ia ler um policial porqueadorava a emoção da descoberta e [adição] eramuito interessante seguir as pistas e [adição]seria muito bom para a minha imaginação e [or-denação temporal] o Pedro respondeu-me quenão gostava de policiais e [adição] que não pres-tava atenção a pistas tolas e [consequência] eufiquei a pensar naquilo. Eu sempre lera muito e[adição] adorara todos os mistérios e descobriratodos os culpados e [contraste] agora estava con-fuso com aquilo tudo.
4.2.Um dia, fui ter com o Pedro e, então, [ordena-ção temporal] contei-lhe que ia ler policial: emprimeiro lugar, porque adorava a emoção dadescoberta; em segundo, porque era muito in-teressante seguir as pistas; por fim, porqueseria muito bom para a minha imaginação. Deseguida, o Pedro respondeu-me que não gostavade policiais, pela mesma razão, não prestavaatenção a pistas tolas. Então, eu fiquei a pensarnaquilo. Eu sempre lera muito: por um lado,adorara todos os mistérios, por outro, desco-brira todos os culpados. Porém, agora estavaconfuso com aquilo tudo.
Ficha 201.
a) GN: guitarra; GPrep.: no espetáculo;b) GN: os temas; GAdj. selecionados;c) GN: um aplauso; GPrep: ao público; após oespetáculo;
d) GN: as músicas; GPrep: aos guitarristas;GAdv: ruidosamente.
1.1.
1.2.Complemento direto: um aplauso (-no), guitarra(-na), os temas selecionados, as músicas; Com-plemento indireto: ao público, aos guitarristas.
2.a) GN: as esferográficas; GPrep: no estojo; b) GPrep: à aula, GPrep: na sala 24; GPrep:de um país de língua portuguesa; d) GN: oseu país de origem. GPrep: no mapa-múndi; e) GAdv: mal, GPre: na aula; f) GAdv: mal.
2.1. a) O que fazem os alunos? R.: guardam as es-ferográficas no estojo.b) O que fazem os alunos na sala 24? R.: as-sistem à aula.c) O que aconteceu aos alunos? R.: vieram deum país de língua portuguesa.d) O que fizeram os alunos no mapa-múndi?R.: identificaram o seu país de origem. e) O que aconteceu à Rita na aula? R: sentiu--se mal.f) O que fez a Joana mal? R.: leu este poema. Conclusão: Os grupos indispensáveis ao verbo
são “no estojo” (frase a), “à aula” (frase b), “deum país de língua portuguesa (frase c), “mal”(frase e).
2.2. a) Complemento oblíquo: no estojo.b) Modificador (de verbo): na sala 24.c) Complemento oblíquo: de um país de línguaportuguesa.
d) Modificador (de verbo): no mapa-múndi. e) Complemento oblíquo: mal; Modificador (deverbo): na aula.
f) Modificador (de verbo): mal.
3.a) Complemento de verbo: os meus marca-dores; modificadores de verbo: ontem; àtarde.
b) Complemento de verbo: um cartaz espeta-cular; modificadores de verbo: na escola.
c) Complemento de verbo: me; Modificador deverbo: frequentemente.
d) Complemento de verbo: participei num pro-grama de televisão; modificador de verbo: du-rante um mês.
e) Complementos de verbo: a mensagem, àprofessora; modificador de verbo: com todo ocuidado.
f) Complemento de verbo: de uma seleção cui-dada das palavras.
g) Complemento de verbo: de talentos desco-nhecidos
Pronomes Grupos de palavras-o um aplauso (-no)-a guitarra (-na)-os os temas selecionados-as as músicas-lhe ao público-lhes aos guitarristas
126 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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3.1. a) CD: os meus marcadores;b) CD: um cartaz espetacular na escola;c) CI: -me;d) CObl: num programa de televisão;e) CD: a mensagem, CI: à professora;f) CObl: de uma seleção cuidada das palavras.g) CObl: de talentos desconhecidos
Ficha 211.
a) O que faz o Manuel frequentemente narádio? Encarrega-se das músicas. Modificado-res (de verbo): frequentemente; na rádiob) O que fazem os irmãos já? Vão a casa daRita.c) O que é que eu faço com paciência e comletra bonita? Escrevo este recado.d) O que é que ele faz muito com a colega?Trabalha.
2.
3.a) (Mod. frase) Felizmente, este livro é(Mod.verbo) muito interessante.b) (Mod.frase) Tecnicamente, a Rita é uma(mod. verbo) excelente executante de guitarra.c) (mod.frase) Com certeza, o João acabou dechegar.d) Eu aprendi esta matéria (mod. verbo) na es-cola.
Ficha 221.1.
a) «por ter-lhe»; « lhe incomodar»
b) « ter-lhe acordado na conta de umas pes-soas chatas»c) « que tinham vindo lhe incomodar»
2.1.a) «A história que a Manhã contou ao Tempopara ganhar a rosa azul foi a do Gato Malhadoe da Andorinha Sinhá; ela a escutara do vento»,p. 25
colocação do pronome átono antes do verbob) «Aquele sujeito caladão, orgulhoso e metidoa besta bulia-lhe com os nervos», p. 50
expressões específicasc) «- Vá embora que Papai vem aí. Depois eu vouna ameixeira conversar com você, Feião…», p. 70
vocabulário específico (Papai); verbos utilizadoscom preposições diferentes (eu vou na); utiliza-ção de você em vez de tu.
d) «Ave Maria Cheia de Graça, andam dizendo,andam dizendo, eu não acredito, eu não acre-dito», p. 79
utilização do gerúndioe) «O Gato tentou compreender o que estavase passando com ela, entre que sentimentoscontraditórios se debatia.», p. 97
colocação do pronome átono antes do verbo; uti-lização do gerúndio
Ficha 231.
2.
Sequência 3
Modificador de frase Modificador de verboFrase a) FelizmenteFrase b) Na dúvidaFrase c) LogicamenteFrase d) com certezaFrase e) estranhamente
Frase a) durante a tardeFrase b) sempreFrase e) com facilidade
Frases ativas Frases passivasFrase c)Frase f)
Frase a)Frase b)Frase d)Frase e)
Sujeito Verbo Complemento direto
Sujeito
Verbo com auxiliar ser(conjugado notempo do verboda frase ativa)
Complementoagente dapassiva
127Soluções do Caderno de Atividades
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3. a) Três golos foram marcados na baliza adver-sária.b) Os jogadores tinham sido selecionados pelotreinador no final do jogo.c) Uma falta foi cometida no minuto 90.d) Felizmente, uma mensagem será enviadapor ti à Rita.e) Em todas as brincadeiras, a seleção na-cional era treinada por mim com grande su-cesso.
4. a) Os espetadores aplaudiram efusivamente ojogo.b) Os juízes de linha escreverão o relatóriocom todos os pormenores do jogo.c) Os membros da claque apupavam o árbitrodo jogo sempre que marcava falta.d) Alguém roubou a bola que saiu de campoe) A polícia escoltaria as claques no final dapartida.
Ficha 241.
a) oração 1: A Fabiana pintou uma tela ontem;oração 2: e ofereceu-a à mãe hojeb) oração 1: A Mãe adorou a pintura; oração 2:pô-la em lugar de destaque na sala; oração 3:e mostrou-a a todas as amigasc) oração 1: A irmã da Fabiana adora pintura;oração 2: mas não tem jeito para desenhard) oração 1: A irmã da Fabiana lê todos os diaslivros de investigação; oração 2: ou escolhe oslivros de mistérios mais densos; oração 3: masnunca lê revistas cor-de-rosae) oração 1: A irmã da Fabiana já ganhou umconcurso de escrita com um romance original;oração 2: logo tem vocação para escreverf) oração 1: A Fabiana e a sua irmã terão futurocomo artistas; oração 2: pois ambas já viramalguns dos seus trabalhos reconhecidos porespecialistas.
1.1. São compostas por orações coordenadas.1.2.
a) conjunção coordenativa copulativa e b) conjunção coordenativa copulativa e c) conjunção coordenativa adversativa mas d) conjunção coordenativa disjuntiva ou; con-junção coordenativa adversativa mas e) conjunção coordenativa conclusiva logo f) conjunção coordenativa explicativa pois
1.3. Sim, na frase b), a oração “pô-la em lugar dedestaque na sala”. Designa-se oração coorde-nada assindética.2.1. a)
b)
c)
d)
e)
Ficha 251.
a) vocativo: Paulo; sujeito nulob) Vocativo: menina; sujeito: euc) vocativo: caros amigos; sujeito nulo
Conjunção coordenativa Grupo de palavras
copulativa: eadversativa: mas
coordena dois grupos nomi-nais: a Rita / o Luíscoordena dois grupos adjeti-vais: cansados/felizes
Conjunção coordenativa Grupo de palavras
copulativa: eadversativa: mas
coordena dois grupos adver-biais: hoje / amanhã
Conjunção coordenativa Grupo de palavras
copulativa: eadversativa: mas
coordena dois grupos adjeti-vais: contente e motivado /excessivamente confiante
Conjunção coordenativa Grupo de palavras
disjuntiva: ou coordena dois grupos prepo-sicionais: de pão com fiambre/ de um pastel de nata
Conjunção coordenativa Grupo de palavras
copulativa (correlativa):nem … nem
coordena dois grupos adver-biais: muito / pouco
128 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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d) vocativo: Ó Maria; sujeito: o João e o Ruie) vocativo: professora; sujeito: nós f) vocativo: portugueses; sujeito: os patriotasg) vocativo: menino; sujeito nulo
1.1.
2.a) Vai já estudar, Maria! b) Não tem vocativoc) Aonde vais, meu querido, a estas horas?d) Ó Carlos, podes vir aqui?e) Queridos amigos, estou aqui para vos contarum segredo.f) O António não teve férias, João!
Ficha 261.a) quandob) porquec) Enquantod) quandoe) quando1.1. porque: conjunção subordinativa causal; en-
quanto, quando: conjunções subordinativastemporais.
1.2. porque…: oração subordinada causal; en-quanto…: oração subordinada temporal;quando…: oração subordinada causal.
2.
Ficha 271.1.
a. a sílaba tónica: chave; fácil; café; liberdade;filho; rato; baú; veem
b. a sílaba átona: chave; fácil; café; liberdade;filho; rato; baú; veem
2. a. tímido; b. tâmara; c. sozinho; d. fisicamente;e. inclusive; f. heroico
3.1. a) Palavras que contém um ditongo: boia, de-zoito, quatro, fósseis, vai
b) Palavras que contém um hiato: rio, cafeína,miúdo, peúga, saúde, leem
3.2. boia: vogal o + semivogal iDezoito: vogal o + semivogal i
Quatro: semivogal u + vogal a
Fosseis: vogal e + semivogal i
Vai: vogal a + semivogal i
4.1. a) Palavras que contêm ditongo oral: lixeira,bandeira, retribuiu, poeira, pau
b) Palavras que contêm ditongo nasal: paixão,mãe, liçãozinha, boião, põe
Ficha 281.1. A palavra “centímetro” é monossémica e “me-
dida” polissémica. A primeira significa me-dida, tendo por isso um único significado; asegunda apresenta um conjunto de significa-dos.
1.2. a-3; b-5; c-4; d-8; e-1; f-7; g-10; h-9; i-2; j-11;k-6
2. Propostas: a. O menino, durante a infância, ia sempre dei-tar-se no meio do pai e da mãe./ Não há meiode saíres daqui.
b. Os peixes nadam. / Eles nadam em suor,sempre que correm.
c. A parede da casa ruiu. / Ele está entre a es-pada e a parede.
consecutiva final temporaltão… quetanto… que
parapara que
sempre queaté
Sequência 4
causal comparativa condicionalporquevisto quepor
mais do quetão… como
se
Características do vocativo Exemplos
Numa frase, podem surgir, em simultâneo, vocativo e sujeitoO vocativo não determina a fle-xão verbal em pessoa.Ao contrário do vocativo, o su-jeito determina a flexão em pes-soa do verboO vocativo corresponde a umchamamento, pelo que pode serantecedido da interjeição Ó
Frases d) e e)
Frases b) e e)
Frases b) e d)
Frase d)
129Soluções do Caderno de Atividades
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d. A vida dele é um mistério. / O terço era re-zado à noite. Após o segundo mistério, ador-mecia.e. Vive um grego no 2º andar. / Ele viu-segrego para arranjar trabalho.
Ficha 291.
a) É importante que chova.b) Perguntei se estás contente.c) A Tânia disse que o João acabou de chegar.d) Pedi para te aproximares.e) O Francisco rogou-lhe que parasse comaquilo.
2.1. Propostas:a. A professora pediu para lerem em silêncio.b. É justo se ela ganhar.c. O Laura afirmou que foi a França nas férias.d. Os alunos da turma A perguntaram se po-diam sair.e. O agricultor solicitou que o ajudassem.f. É possível que as coisas corram bem.g. A Rafaela questionou se o correio já tinhachegado.
2.2. As conjunções subordinativas substantivascompletivas que, para, se
3. a’/b/c/d’
Ficha 30
1.1.
2.1.
3. a. Lamento o teu estado de saúde. – Ato diretoporque o locutor diz que lamenta.b. Passas-me o sal? – Ato indireto porque aintenção não é fazer uma pergunta para obteruma resposta mas sim levar o interlocutor apassar o sal (foi feito um pedido indireta-mente).c. Peço desculpa por ter interrompido a reu-nião – Ato direto porque o locutor pede des-culpa, utilizando a expressão “peço desculpa”.
Ficha 311. a. Sigla
b. Acrónimoc. Amálgamad. Extensão semânticae. Empréstimof. Truncação (otorrinolaringologista)
2. a), d) e f) são acrónimos; b), c) e) são siglas
3. A janela da sala está aberta / Fecha algumasjanelas do computador.
4. holding ; outdoor; ranking
5. a. Países Africanos de Língua Oficial Portu-guesab. Nome de empresa americana/máquina foto-gráficac. Síndrome de imuno-deficiência adquiridad. Informação automáticae. Compact disc
Guião 1
ANTES DE LER1. A coluna da esquerda corresponde à contra-capa e a coluna da direita à capa.
Sequência 5
Outras leituras
130 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
Ato de fala realizado Frase
O locutor faz uma pergunta. g
O locutor felicita alguém. f
O locutor faz um pedido. a
O locutor transmite um desejo. e
O locutor faz uma promessa. b
O locutor faz uma pergunta. d
O locutor dá uma informação. c
Ato de fala realizado Frase
O locutor faz um pedido. c
O locutor recusa um convite. d
O locutor faz um pedido. a
O locutor dá uma ordem. b
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2.1. A capa tem o nome do autor, o título, umaimagem a sugerir folhas de árvores a preto,sobre um fundo branco.
2.2. Está escrito com minúscula porque a capadas obras tem a intervenção de técnicos grá-ficos, que são criativos e que fogem propo-sitadamente ao que é a regra.
2.3. Sugestão: as folhas sugerem o mundo des-conhecido da floresta, onde vivem bichos,mas que pode ser desbravado, clarificado,daí o branco.
3.1. Carta e Nota biográfica.4.1. O emissor é Miguel Torga.4.2. O recetor é o leitor.4.3. Os pronomes e determinantes que se refe-
rem ao emissor são “minha”, “me”, “eu” e aorecetor são “te”, [“tu” tens], “-te”.
4.4. A expressão significa que Torga sente ne-cessidade de receber com gentileza todos osseus leitores.
4.5. Torga considera que o leitor aprecia a suaobra porque afirma “Tens sido de um cons-tância tão espontânea e tão pura a visitá-la”.
4.6. Do prefácio. 5.1. “A sua obra encontra-se traduzida em diver-
sas línguas.”
LER1.1. O pronome é [eles] (sujeito nulo subenten-
dido).
1.2. Substitui os nomes “Mãe”, “Pai” e “menino”.1.3. A criança repetiu a expressão porque tinha
muita vontade de contar a sua aventura, nãosó à mãe, que já estava atenta, como tambémao pai.
1.4. A criança mostrou-se persistente em levar acabo a sua intenção de contar a aventura vi-vida, a mãe atenta e curiosa e o pai alheado,quase adormecido para a vida.
1.5. Faz lembrar o trio Jesus, José e Maria.2.1 Correu o perigo de cair do cedro, que era
muito alto.
2.2. A expressão é “E ambos viram num relanceo pequeno rolar, cair do alto, da ponta docedro, no chão duro e mortal de Nazaré”.
2.3. Sugere a cidade de Nazaré, onde Jesus pas-sou a sua infância (segundo o Novo Testa-mento).
3.1. A parte do dia é o fim da tarde/noite.3.2. A aventura do menino ocorreu à tarde.
3.3. Sugestão: como não identificou o ano, oconto fica atemporal, o que significa que estahistória poderia ter acontecido em qualqueraltura, a qualquer menino como este.
4. O narrador é, quanto à ciência, omnisciente, e,quanto à presença, heterodiegético.
5.1. O menino não ficou preocupado com a con-versa dos pais, próprias dos adultos. Ficou,sim, feliz por recordar o passarinho, porpoder estar na companhia da família e porver a brancura dos dedos da mãe a traba-lhar.
5.2. O narrador utiliza a palavra “virgem”.
DEPOIS DE LER1. O título “Jesus” justifica-se porque na ação in-tervêm três personagens que fazem lembrarJesus, José e Maria. Essa ação decorre na infân-cia do primeiro, na cidade de Nazaré.2.1. Relacionar o título “Bichos”, que aponta para
um conjunto de textos sobre animais, com oconto “Jesus”, cuja ação se desenrola emtorno de um pintassilgo, e com a receção aosleitores na arca de Noé, local de animais.
:: EXPRESSÃO ORAL
O trabalho de pesquisa deverá ser desenvolvidopelo aluno, em casa. Para a efetuar, poderá con-sultar o sítio http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/p25.html
:: COMPREENSÃO ORAL
1. Paráfrase correta: B
2. A paráfrase B refere um pintassilgo (e nãoum pintarroxo); diz que a árvore era muitoalta (enquanto a paráfrase A diz “embora estanão fosse muito alta”) e apresenta a seguintesequência: “Primeiro firmava os braços, de-pois puxava as pernas e o resto teve de ser apulso” (a paráfrase A diz que primeiro fir-mava os cotovelos, depois os braços e por fimas pernas).
Guião 2
:: LEITURA
1. prefixo in-.1.1. valor semântico de negação.
131Soluções do Caderno de Atividades
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1.2. Palavra formada por prefixação: inábil, inabi-tado, inacabado; Palavras formadas por pre-fixação e sufixação: inabalável, inaceitável.
2.1. nunca ouvida.2.2. Resposta livre.
:: LEITURA
1.1.a. um combate.b. cristãos e muçulmanos.c. na Idade Média.
:: COMPREENSÃO ORAL
1. Factos referidos: Séc. VIII (711); Reconquistarápida; Três anos; Reino dos Visigodos; Resis-tência praticamente inexistente; Reconquistalenta; Oito séculos.
2. a) 711; b) VIII; c) três; d) Visigodos; e) resis-tência; f) lenta; g) oito.
:: LEITURA
2. Tempo: 28 de junho de 1147; ataque inicial;antes do ataque final (decorreu algum tempo);meados de outubro; 23 de outubro de 1147.Sucedido: tentativa de levar os mouros à ren-dição sem luta; escaramuças; captura de umbatel com dez mouros; ataque a Al-maden,morte de habitantes, exibição das suas cabe-ças;Construção de um túnel; rendição dos mouros.Consequências: manutenção do controlo dosceleiros, falta de mantimentos (mouros); des-coberta da situação aflitiva dos mouros; faltade mantimentos e incapacidade para continuara resistir; desmoronamento do muro, entradados cruzados.
:: LEITURA
1. Insónia, apneia do sono, roncopatia, a síndromedas “pernas inquietas” e a narcolepsia.
2. Durante o sono, o nosso cérebro desenvolveatividades importantes, não está apenas emestado de pausa.
2.1. A personificação do sono e a antítese.
a. A personificação do sono dá-lhe um caráterde autonomia relativamente à vontade humana,o que é confirmado pelas atividades cerebraisdesenvolvidas enquanto dormimos. A antítesereforça a ideia de que o sono não é um mo-mento de pausa cerebral, ao contrário do quepoderia parecer.
3. Três últimos parágrafos.
4. No texto faz-se referência a problemas rela-cionados com a condução de veículos, com odesenvolvimento de atividades laborais, entreoutros aspetos.
:: LEITURA
1. Outros poetas. Consequências: prejuízos noritmo e eloquência dos textos;
1.1. O conector mas anuncia que a frase contrastacom a anterior (não seria de esperar que osdesuses também dormitassem). Infelizmenteaponta para a possibilidade de consequênciasnegativas advindas do facto de os deusestambém dormitarem.
a. mas – conjunção coordenativa adversativa;infelizmente – advérbio de frase.
1.2. Algo negativo
2.1. a. Relação entre Clio e os deuses e entreestes e os poetas: todos dormitam.
2.2. a. Clio adormeceu, tendo os seus dedos con-tinuado a tecer a tapeçaria; b. porque estavaaborrecida com o seu trabalho; amálgama deduas datas (séc. XII e séc. XX)
2.3. Clio é uma das noves musas. É consideradaa musa da história e da criatividade, aquelaque divulga e celebra as realizações.
a. A História nunca para pelo que a musanão poderá dormir nunca, pois os factos his-tóricos poderão descontrolar-se.
:: COMPREENSÃO ORAL / EXPRES-SÃO ORAL
1.1. Quem? Os automobilistas. O quê? Assusta-ram-se, buzinaram, travaram. Quando? Umamanhã de setembro. Onde? Avenida Gago Couti-nho, direito ao Areeiro, em Lisboa.
132 Contos & Recontos 8 | Guia do Professor
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:: LEITURA
1.1.a. Relação de explicação / explicação.1.2. Localização temporal, correspondente a
“manhã de 29 de setembro de 1984”.2.1. Tropa:�berberes, azenegues e árabes;
exército;�beduínos; esquadrão.Almóada Ibn-el-Muftar: el-Muftar; mãos.Ali-ben-Yussuf:� lugar-tenente de Muftar; homem piedoso e temente a Deus; adjunto.
2.2. Personagens individuais: Ibn-el-Muftar, Ali--ben-Yussuf.
3.1. A data remete para o ano de 1147 (ano da to-mada de Lisboa aos mouros por D. AfonsoHenriques).
3.2. Lixbuna era o topónimo dado pelos árabespara designar a atual Lisboa.
3.3. Nazarenos designa D. Afonso Henriques e assuas tropas.a. A expressão remete para a religião dopovo de D. Afonso Henriques: povo de cató-licos, seguidores de Jesus de Nazaré.
4.1. “de repente”, “veio substituir”.4.2. Antes: “suave pipilar dos pássaros”. Depois:
Espaço citadino; “milhares de carros demetal, de cores faiscantes”, “fragor estron-doso”; “paredes descomunais que por todaa parte se erguiam, cobertas de janelas bri-lhantes”.
a. Audição e visão. Seriam estes os sentidosque maior choque sofreriam pela mudança: ci-dade mais barulhenta, repleta de cores e deobjetos desconhecidos.
4.3. Susto e consequente refúgio na fé (Ali-ben--Yussuf).
5.1. ben-Yussuf: atitude de fé; el-Muftar: atitudede racionalidade (análise da situação).
:: LEITURA
1. de segunda classe; posto de comando; AvenidaGago Coutinho; invadida; homens; carnavales-cos; perigosos; insegura; local.
2. Procurava surpreender automobilistas quedesrespeitassem os semáforos.
2.1. Irónico.3.1. Sucessão de telefonemas: imediato / go-
vernador civil / ministro: constatação deque não havia previsão de desfiles paraaquele dia.
4.1. Automobilistas: atitudes – injuriam as tropas, gritam; razões - pensam que se trata de umfilme ou de um reclame.
Soldados: atitudes – mantêm-se calmos; ra-zões – as pessoas não parecem ameaçado-ras e não trazem armas.
5.1. O narrador pretende mostrar a estranheza dapersonagem perante um conjunto de fenóme-nos que desconhece por completo e que pro-cura explicar utilizando a linguagem queconhece. Assim, os automobilistas são “peo-nagem”, porque os soldados árabes que sedeslocavam a pé eram peões.
5.2. Parágrafo 15: “objetos metálicos com rodas”(carros); “estranho material transparente”(vidros).
6.1. Revela distanciamento e ironia relativamenteà personagem: ”irritantes”, “má hora”, “en-ciumado”.
6.2.a. heterodiegético.6.3.a. Comentário irónico que tem subjacente a
ideia que normalmente os condutores decamiões chamam a atenção das pessoas,pela forma como agem.
7.1. 2, 3, 1, 4.Esta tarefa deverá ser preparada em casa pelosalunos responsáveis pela leitura do excerto tex-tual selecionado, de modo a garantir a expressi-vidade da leitura (fator importante para arealização do exercício de compreensão oral.
:: EXPRESSÃO ORAL / COMPREEN-SÃO ORAL
Esta tarefa deverá ser preparada em casapelos alunos responsáveis pela leitura do ex-certo textual selecionado, de modo a garantira expressividade da leitura (fator importantepara a realização do exercício de compreensãooral).
1. Refugiam-se na Cervejaria Munique; Localiza-ção: Praça do Areeiro; … tratar-se de D. AfonsoHenriques e suas tropas; não consegue passar;Localização: Bairro da Encarnação; decidem con-versar; Localização: cruzamento com a Gago Cou-tinho.
:: LEITURA / ESCRITA
1. A deusa Clio acorda.
133Soluções do Caderno de Atividades
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2.1. Os árabes desaparecem aos olhos dos lis-boetas; os árabes regressam ao seu tempo,deixando de ver os lisboetas.
2.2. Capitão Soares e todos: confusos e abisma-dos; Ibn-el-Muftar: aliviado.
3.1. Desiste do ataque, porque todos os aconte-cimentos não eram indiciadores de boasorte.
4.1. Como não tinha poderes para fazer recuar notempo os envolvidos no erro, libertou sobreeles água do esquecimento para que pudes-sem esquecer o sucedido.a. Todos ficaram sem saber por que se en-contravam naquele lugar e naquela situa-ção.
5.1. troféus e espólios; enfrentaram um processomarcial; para eles foi pior; foi privada de am-brósia por quatrocentos anos; “não é dissua-sor de novas distrações”.
:: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DALÍNGUA
1. Prefixo al-.1.1. Plantas: algodão, alecrim, alface, alfafa, alfa-
zema, açafrão, açucena, alcachofra; Instru-mentos variados: alaúde, alicate, alfange,algema, aljava, almofariz; Ofícios e oficinas:alcaide, alfaiate, alferes, almoxarife, aduana,alcova, aldeia, armazém, arrabalde e arsenal;Alimentos e bebidas: aletria, acepipe, álcool,almôndega; Medidas: alqueire.
Guião 3
:: LEITURA
1.1.a. Narrador heterodiegético.1.2. “quando a primavera chegou”;“E era em torno da primavera”; “Um dia”, “Curtofoi o tempo de verão”; “O outro dia o outono che-gou”; “Um dia, de sol hibernal”.1.3. Metáfora: “vestida de luz”;Adjetivo expressivo: “olorosa”;Personificação: “derrubando”.1.4. primavera: nascimento da paixão;
verão: amadurecimento do amor;outono: queda da relação;inverno: morte da relação amorosa.
1.5. Pretende-se a caracterização direta e a indi-reta.
2.1 e 2.2. Respostas livres.2.3. Desimpedida, livre.
:: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DALÍNGUA
1. “Fazer” pertence à 2.a conjugação e as outrasà 1.a.
2. Verbos regulares. Cf. com a seguinte classifi-cação:
3. Verbo vir.4. a. Presente do indicativo e presente do con-juntivo.
b. Não haverá.
5. Primeira hipótese. 6. a. Pretérito imperfeito do conjuntivo e pre-sente do conjuntivo.
7. Segunda hipótese.
8. TEMPOS presente, pretérito e futuro e MODOindicativo.TEMPOS presente e pretérito imperfeito domodo conjuntivo.
9. a. conjuntivo;b. indicativo;c. indicativo / conjuntivo;d. indicativo.
Classificação do verbo
Regular – flexiona-se de acordo com o para-digma ou modelo da sua conjugação, o radicalnão sofre alteração:
Exemplo: cantar, perceber, repetirIrregular – afasta-se do paradigma da sua con-jugação, o radical sofre alterações ao longo daflexão:
Exemplo: dar, estar, fazer, ir
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