sociedade de ensino superior de serra talhada...
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SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SERRA TALHADA SESST
FACULDADE DE INTEGRAO DO SERTO FIS
NCLEO DE PESQUISA E EXTENSO NUPEX
MANUAL DO TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO - TCC
COLEGIADO DO NUPEX
MANUAL DA MONOGRAFIA:
ORIENTAO PARA ORIENTADORES E ORIENTANDOS
Serra Talhada
2014
1
COLEGIADO DO NUPEX
MANUAL DA MONOGRAFIA:
ORIENTAO PARA ORIENTADORES E ORIENTANDOS
O Ncleo de Pesquisa e Extenso (NUPEX),
apresenta aos Coordenadores (as) dos Cursos de
Bacharelado, da Faculdade de Integrao do Serto
(FIS), aos docentes e discentes, depois de aprovado
pelo Diretor Presidente/Acadmico, a
normatizao da Monografia, atravs deste Manual
e do Regulamento, para que seja divulgado e
aplicado como exigncia de padronizao do
Trabalho de Concluso de Curso (TCC), na
modalidade Monografia.
Serra Talhada
2014
2
No basta ensinar ao homem uma especialidade.
Porque se tornar assim uma mquina utilizvel,
mas no uma personalidade. [...] Estas reflexes
essenciais, comunicadas jovem gerao graas
aos contatos vivos com os professores, de forma
alguma se encontram escritas nos manuais. [...]
Quando aconselho com ardor As Humanidades,
quero recomendar esta cultura viva, e no um
saber fossilizado, sobretudo em histria e filosofia.
[...] preciso, enfim, tendo em vista a realizao
de uma educao perfeita, desenvolver o esprito
crtico na inteligncia do jovem
Albert Einstein
Mas o argumento em favor de aproximar mais a
economia da tica no depende da facilidade em
consegui-lo. Fundamenta-se, antes, nas
recompensas advindas do exerccio
Amartya Sen
A Cincia d um passo, depois outro, depois para
e reflete antes de dar o terceiro. A me pega o
filho, coloca-o no cho e diz: Ande A criana d
um passo... outro, e para, sem equilbrio. A me
teria razo de dizer: Est hesitando. Voc jamais
andar? Vocs jovens, mdicos e cientistas do
futuro, no se deixem esmorecer pela barreira do
ceticismo, nem desanimar pela tristeza de certos
momentos que caem sobre uma nao. No se
enraiveam com seus oponentes, porque nenhuma
teoria cientfica foi aceita sem oposio. Habitem
a paz serena das bibliotecas e laboratrios. Digam
para si mesmos, primeiro: O que fiz por minha
instruo? E medida que avanarem: O que
estou realizando? At chegar o momento em que
possam sentir a imensa felicidade de pensar que
contriburam, de alguma forma, para o progresso
e bem-estar da Humanidade
Louis Pasteur
claro, no considero automaticamente um
homem de cincia aquele que sabe manejar
instrumentos e mtodos julgados cientficos. Penso
somente naqueles cujo esprito se revela
verdadeiramente cientfico
Albert Einstein
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SUMRIO
INTRODUO ........................................................................................................................ 5
1 O QUE ISSO MONOGRAFIA? .................................................................................... 8
1.1 Sentido acadmico-cientfico da Defesa Pblica da Monografia ................................ 8
1.2 A orientao e a relao orientador-orientando ........................................................ 12
1.3 O depsito da Monografia e o papel da banca examinadora na Qualificao ........ 14
1.4 O ritual da defesa da Monografia e procedimento da banca examinadora ............ 15
2 A ESTRUTURA DO PROJETO DE MONOGRAFIA.................................................... 20
2.1 Justificativa .................................................................................................................... 21
2.2 Delimitao do Tema-problema .................................................................................. 21
2.3 Objetivos ........................................................................................................................ 22
2.3.1 Objetivo Geral .......................................................................................................... 22
2.3.2 Objetivos Especficos ............................................................................................... 22
2.4 Metodologia ................................................................................................................... 23
2.5 Fundamentao Terica ............................................................................................... 23
2.6 Plano de Trabalho ......................................................................................................... 25
2.7 Cronograma .................................................................................................................. 26
2.8 Referncias .................................................................................................................... 27
3 A ESTRUTURA DA MONOGRAFIA .............................................................................. 28
3.1 Elementos pr-textuais ................................................................................................. 28
3.2 Introduo ..................................................................................................................... 28
3.3 Captulo 1 ....................................................................................................................... 29
3.4 Captulo 2 ....................................................................................................................... 30
3.5 Captulo 3 ....................................................................................................................... 30
3.6 Concluso ....................................................................................................................... 30
3.7 Elementos ps-textuais ................................................................................................. 31
4 APRESENTAO GRFICA E ABNT ........................................................................... 32
5 EXEMPLOS DE CITAES E REFERNCIAS ........................................................... 34
4
5.1 De livro completo: um, dois e mais de dois autores ................................................... 37
5.2 Captulo de livro, monografia, dissertao e tese ...................................................... 37
5.3 A utilizao do apud, citao de citao ..................................................................... 38
5.4 Artigos ............................................................................................................................ 38
5.5 Trabalho completo publicado em Anais ..................................................................... 39
5.6 Fontes da Internet ......................................................................................................... 39
5.7 Documentos Jurdicos ................................................................................................... 40
5.7.1 Legislao................................................................................................................. 41
5.7.2 Jurisprudncia (decises judiciais) ........................................................................... 42
5.7.3 Doutrina .................................................................................................................... 43
CONCLUSO ......................................................................................................................... 44
REFERNCIAS ..................................................................................................................... 47
ANEXO A Regulamento do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na modalidade
Monografia .............................................................................................................................. 48
ANEXO B Ata de Defesa Pblica da Monografia ............................................................ 56
ANEXO C Capa [do Projeto e da Monografia] ................................................................ 60
ANEXO D Folha de rosto [do Projeto] .............................................................................. 62
ANEXO E Justificativa ....................................................................................................... 64
ANEXO F Folha de rosto [da Monografia] ....................................................................... 68
ANEXO G Folha de Aprovao ......................................................................................... 70
ANEXO H Resumo .............................................................................................................. 72
ANEXO I Sumrio .............................................................................................................. 74
ANEXO J Referncias ......................................................................................................... 76
5
INTRODUO
Nessa primeira edio do Manual da Monografia: orientao para orientadores e
orientandos, a Faculdade de Integrao do Serto (FIS), atravs do Ncleo de Pesquisa e
Extenso (NUPEX), regido de forma Colegiada, oferece, pela primeira vez, comunidade
acadmica, uma padronizao do Projeto da Monografia e da Monografia para os cursos de
bacharelado.
A FIS medida que foi crescendo tanto em estrutura fsica, quanto em cursos e, por
conseguinte, num aumento significativo de discentes e docentes, sentiu a necessidade de
determinar o Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na modalidade Monografia e, alm
disso, estabelecer uma padronizao para todos os cursos criando o Manual da Monografia:
orientao para orientadores e orientandos.
Com isso o NUPEX vai ao encontro das necessidades acadmicas dos coordenadores
(as) de cursos, dos docentes e discentes, apresentando toda comunidade acadmica, aps
aprovao pelo Diretor Presidente/Acadmico, Sr. Luis Pereira de Melo Junior, o Manual da
Monografia: orientao para orientadores e orientandos. Essa iniciativa surge depois da
criao do Regulamento do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na Modalidade
Monografia1, por parte do NUPEX. O Regulamento e o Manual integram-se,
complementando-se. O Regulamento tem um teor, por assim dizer, jurdico-administrativo
normatizando os procedimentos que envolvem a orientao, orientador, orientando, e a
monografia. O Manual dando corpo e cumprimento ao Regulamento tanto padroniza a
estrutura do Projeto de Monografia e a prpria Monografia, quanto faz um norteamento ao
propor uma orientao didtica-acadmica aos orientadores e orientandos. Por essa razo o
subttulo: orientao aos orientadores e orientandos.
Manual em sua provenincia latina soa e ressoa a algo que refere-se a mo, dado na
mo. quase um triturar, mastigar, cortar em mido e dar na mo para ser degustado. Um
manual, todo e qualquer manual, algo que se prope esclarecer e informar de forma to
compendiada que um dar na mo, oferecer de mo beijada algo que custou muito para
aquele que oferta. Aquele que confecciona o manual, tecendo com mos calejadas a feitura de
algo capaz de oferecer a outrem, de mos lisas, livrando-o de erros comuns do principiante
incipiente, colocando-o no caminho seguro e eficaz do fazer algo, porque j fez e faz
cotidianamente esse caminho da pesquisa.
1 Cf. ANEXO A.
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Nosso Manual da Monografia tem a pretenso deste dar na mo, de mo beijada, as
orientaes bsicas e necessrias para confeccionar a monografia colocando-se numa postura
e num modo de se encaminhar na pesquisa de forma segura. a parte mais manualesca do
Manual, isto , mais prtica, exemplificando da maneira mais direta as informaes
necessrias para o desenrolar da Monografia.
Mas o nosso Manual tambm tem a preocupao e a precauo acadmica de fornecer
uma fundamentao terico-cientfica para esta parte manualesca, isto , terico-prtica. No
queremos ser legalistas, burocratas, burgueses acadmicos que no af de normatizar
tudo, com a falsa ideia, nunca aprofundada, do que e o que implica uma pesquisa
acadmica, acaba por engessar e tornar estril a pesquisa nos pesquisadores tirando-lhes a
dinmica do que move e pro-move a pesquisa. Edgar Morin j chamou a ateno para o
perigo da ditadura do mtodo, sempre lembrado, aqui no Brasil, por Pedro Demo, grande
especialista, de pedigree, expert em metodologia. Sem mtodo no h cincia. Mas o mtodo
simplesmente instrumental. Por que? Porque o mais importante, como indica sua
provenincia grega (met + hdos), conduzir-nos, passo a passo, pelo caminho (hdos),
melhor, junto do, de acordo com certo caminho at chegar a um determinado fim, destino,
resultado (met). O mtodo ou a metodologia s tem importncia na medida em que ajuda-nos
a compreender a realidade, ou algum aspecto da realidade. Se, de forma pseudocientfica, eu
supervalorizo o mtodo ou a metodologia, em detrimento do objeto, da realidade, eu falsifico
a pesquisa. Os resultados sero superficiais e no tero o condo de uma pesquisa cientfica
sria. Ser apenas uma aparncia que parece pesquisa, mas no ! Da a expresso ditadura
do mtodo, quer dizer, a atitude errada do pseudocientista pelo af de fazer cincia
tentando forar o mtodo na aplicao ou explicao do objeto, da realidade. O ditador do
mtodo aquele (a) que nunca tendo realizado um aprofundamento srio na histria da
cincia, captando o modo de ser e a estrutura das teorias cientficas, das diversas reas da
cincia, passa a no mais querer compreender o objeto, a realidade, porque compreende o
objeto, a realidade a partir, ou sob as lentes do mtodo, da metodologia e no a partir do
prprio fenmeno estudado. S entende do prprio objeto na medida em que se encaixa no
mtodo e, assim, seu phatos no o do esprito verdadeiramente cientfico, como exige e
respeita Einstein, procurando compreender o objeto. Nesse caso, equivocadamente, presta
mais ateno ao mtodo ou metodologia do que ao objeto, ou a realidade que o mtodo
deveria explicitar, des-velar.
Nesse sentido, tivemos o cuidado de apresentar as razes, ou sentido cientfico de um
trabalho monogrfico no captulo 1, para no nos limitarmos a apresentar artigos normativos.
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Discorremos sobre todo o processo de uma orientao, de forma resumida, como decorrncia
lgica das exigncias do que seja um trabalho monogrfico, afinados admoestao de Edgar
Morin e de Albert Einstein, em Como vejo o mundo, inserida como epgrafe deste Manual:
claro, no considero automaticamente um homem de cincia aquele que sabe manejar
instrumentos e mtodos julgados cientficos. Penso somente naqueles cujo esprito se revela
verdadeiramente cientfico. Portanto, tentando ser democrticos no mtodo, utilizando-o
como deve ser utilizado, afastando-nos da ditadura e tirania, tentamos fazer uma reflexo no
primeiro captulo para despertar ou conservar o esprito dos pesquisadores, tanto docente
quanto discentes, como e enquanto verdadeiramente cientficos. neles e nisto que
pensamos e no, como critica Einstein, em operadores e manejadores de instrumentos e
mtodos julgados (ser que mesmo!?) cientficos.
O captulo 2 e 3, respectivamente, trataremos da estrutura do Projeto da Monografia e
da Monografia. Aqui, sem sermos ditadores do mtodo, toda e qualquer pesquisa pode ser
realizada, inclusive em fsica, como atesta Einstein...
O captulo 4 discorremos sobre a apresentao grfica e a ABNT. Os Projetos da
Monografia e a Monografia seguiro a ABNT com algumas excees, peculiaridades diversas
do que exige a ABNT.
O captulo 5 trouxemos as principais formas de citaes no modo de serem escritas no
corpo do texto e de como aparecero nas referncias mediante exemplos para uma maior
praticidade na visualizao da forma correta de fazer.
Nos Anexos aparece de forma visual e concreta a padronizao do Projeto da
Monografia e da Monografia, em seus diversos elementos. Tambm anexamos o Regulamento
do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na modalidade Monografia e a Ata da defesa
pblica da monografia.
O Colegiado do NUPEX, obedecendo as diretrizes traadas pelo Sr Luis Pereira de
Melo Junior, Diretor Presidente/Acadmico, e, impulsionado pela necessidade expressa pelos
Coordenadores (as) dos Cursos, elaborou este Manual da Monografia: orientao para
orientadores e orientandos, na terna certeza de ser bem acolhido pela comunidade acadmica
da FIS, e na confiante esperana de que reverbere e repercuta em frutos de pesquisa para
benefcio dos pesquisadores e da sociedade.
Joo Pessoa, Carnaval de 2014
Marcos rico de Arajo Silva
Membro do Colegiado do NUPEX-FIS
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1 O QUE ISSO MONOGRAFIA?
Por que depois de concluir todas as disciplinas, ou praticamente todas, o aluno ainda
deve se submeter a fazer uma monografia? Por que tendo realizado a monografia um
professor, seu orientador (a), simplesmente no atribui a nota depois de acompanhar passo a
passo a orientao e avaliar o resultado final do trabalho? Por que alm de ter realizado a
monografia, tendo sido acompanhado-orientado por um (a) professor (a) o (a) aluno (a) ainda
deve se submeter a arguio de uma banca examinadora aberta ao pblico? Por que a essncia
da defesa da monografia perante uma banca examinadora a arguio se o aluno (a)
praticamente cursou todas as disciplinas do curso e entregou a monografia? Afinal de contas,
enfim e por fim: o que isso monografia?!
1.1 Sentido acadmico-cientfico da Defesa Pblica da Monografia
O Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na modalidade de monografia uma
exigncia parcial para a obteno do grau de bacharelado. A monografia, pois, o coroamento
da formao do discente na qual e mediante a qual o candidato (a) pleiteia, atravs de defesa
pblica, julgado por uma banca de examinadores, o grau acadmico de bacharelado. A
Faculdade de Integrao do Serto (FIS), atravs de seu Ncleo de Pesquisa e Extenso
(NUPEX), em consonncia com as diretrizes da Diretoria da FIS e com o Regulamento do
Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na Modalidade Monografia, determina a exigncia
do TCC na modalidade de monografia para todos os cursos de bacharelado da FIS.
Esta determinao apenas consolida e oficializa a prtica pedaggica da FIS
priorizando de forma indissocivel o ensino, a pesquisa e a extenso. Com efeito, tal
determinao implica em seguir e perseguir um perfil didtico-pedaggico-acadmico
suscitando nos discentes, desde o primeiro perodo, uma atitude de estudante-pesquisador. O
discente deve paulatina e gradativamente ser incentivado a pensar e a refletir criticamente o
contedo ministrado pelos docentes. Os docentes, por sua vez, devem favorecer essa
dinmica, esse movimento de absoro crtica dos tpicos, dos contedos da ementa de sua
disciplina nos discentes. A consequncia, quase natural e espontnea, a necessidade do
discente traduzir ou expressar oralmente ou pela escrita esse movimento interno de sua
compreenso. A questo da escrita, da retratao no papel dos autores lidos, da inteleco dos
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contedos ministrados em sala, ser uma crescente intensificao de superao das
dificuldades. A prpria formao dever gradualmente levar o discente aquisio da
habilidade do domnio da oralidade, da leitura e da escrita como ferramentas fundamentais
para acessar e explicar as questes e solues prprias de sua cincia como um bacharelando
ou bacharel e no como um tcnico ou mera opinio pessoal sobre algo. De fato, dificilmente
um discente que nunca foi incentivado, nem recebeu exigncias de cumprir com tarefas e
avaliaes escritas de forma dissertativa, conseguir elaborar com tranquilidade uma
monografia. Quem nunca escreveu uma ou duas laudas de texto dissertativo, nas disciplinas,
como escrever cinquenta ou sessenta pginas em apenas um semestre? Por isso, o nvel das
aulas deveria se d na medida que leve o aluno (a) a uma compreenso dos contedos, mas
ensinando-os tambm a forma acadmica de comunic-los.
Em sua etimologia a palavra Mono-grafia assegura um direcionamento do sentido
do que deve ser entendido como mono-grafia e, desta forma, estabelece os vestgios do que
precisa ser in-vestigado no processo de confeco e de avaliao da mesma. Mono significa
um, nico, e grafia escrita. Portanto mono-grafia significa a escrita de um, escrito por uma
nica mo, por um nico indivduo, quando este consegue dar um tratamento terico, numa
nica escrita, a um problema.
O prefixo mono aponta para os aspectos formais do trabalho, da pesquisa. A
mono-grafia a pesquisa escrita por um nico indivduo quando este consegue o movimento
de uma nica escrita na abordagem de uma questo. Como isto possvel? Mono-grafia, no
um artigo, no um paper, no um relatrio, no uma pea, no uma petio, no um
diagnstico ou resultado de um exame clnico... Mono-grafia um texto escrito explicitando
um nico tema a partir de vrios movimentos argumentativos (captulos!) que em seu con-
junto con-formam um nico tratamento temtico. Os captulo no devem ser justapostos,
colados, costurados como colcha de retalhos, sem manter uma lgica interna que os
justifiquem. A Mono-grafia, pois, estabelece uma lgica interna no trabalho, amarrando e
costurando os captulos numa interdependncia mtua. Com efeito, o primeiro captulo deve
tratar dos pressupostos cientficos da monografia, da pesquisa, e, os captulos posteriores,
desenvolvero, desdobraro as consequncias ou implicaes de tais pressupostos cientficos
at a consumao do captulo conclusivo. Portanto, a mono-grafia tem uma estrutura
silogstica em que o captulo primeiro desenvolvido para assegurar a possibilidade do
captulo conclusivo e os captulos posteriores, ao primeiro, desdobram-se at sua concluso
capitular obedecendo as leis da lgica: a concluso do captulo um conduz ao incio do
captulo dois e assim por diante at o ltimo captulo. Portanto a mono-grafia constituda de
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captulos e este em sees, mas tudo gravita em torno de um tratamento gradual do tema-
problema.
O sufixo grafia aponta, grita, clama e re-clama para os aspectos materiais da
mono-grafia. Uma vez assegurado a lgica interna do trabalho garantindo uma unidade,
coerncia e consistncia pesquisa, cabe-nos averiguar a sustentao material, conteudstica
do trabalho. Aqui deve ser observado a vinculao da mono-grafia ao curso, isto , quela
cincia que o candidato (a) pleiteia o grau de bacharelado. O tratamento da questo, do tema-
problema, daquilo que enche, por assim dizer, os olhos do candidato (a) de lgrimas,
motivando-o a escrever deve ser realizado de forma e com contedo acadmico. Isso significa
que a abordagem e confeco da monografia deve obedecer a linguagem culta, dominando os
termos tcnicos e as principais bibliografias de autores renomados da rea. Mas o candidato
(a) no deve escrever de forma obscura num rebuscamento de linguagem muito tecnicista. Ele
(a) tem que fazer o esforo intelectual de esclarecer o problema enquanto e como problema e,
talvez, possibilitar encaminhamentos de possveis solues e no obscurecer mais a questo
atravs de um mau uso da linguagem. O domnio e utilizao dos termos tcnicos de
determinada rea no devem justificar a no necessidade de explicitar tais conceitos por julg-
los evidente e bvio para quem da rea. A monografia deve ser um trabalho compreensvel
para qualquer intelectual de qualquer rea, pois ficar depositado na biblioteca disposio de
leitores.
A metodologia dever ser a mais apropriada para a abordagem de seu tema-
problema. A banca examinadora verificar se a metodologia adotada mostra-se coerente nas
diversas etapas da pesquisa possibilitando chegar a algum resultado, a saber: o captulo final
e/ou a concluso. Os dados coletados (os vestgios!) seja de natureza terica ou
emprico/prtica no so de per si a pesquisa, quando muito so a matria-prima sem a qual
no seria possvel a in-vestigao. Mais precisamente por isso imprescindvel a
interpretao desses dados coletados. Aqui para que seja possvel a interpretao, e no mera
opinio ou achismo, o candidato (a) deve se apoiar numa bibliografia de autores renomados
do pas e/ou do exterior, a partir de fontes, banco de dados confiveis e, sobretudo, de um ou
dois Referenciais Tericos. O Referencial Terico so conceitos de determinado autor (a)
forjado, criado por ele (a) ganhando no mundo acadmico e na cultura uma tremenda
importncia para explicar um determinado fenmeno. O (A) candidato (a), afinado (a) e em
consonncia com os autores trabalhados e a metodologia utilizada, deve servir-se de um
conceito ou teoria deste ou daquele Referencial Terico, sobretudo no captulo primeiro.
O candidato (a) far isso aplicando ao seu tema-problema mesmo que o Referencial
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Terico, o autor ou autora, no tenha diretamente feito essa aplicao com a finalidade de
lanar alguma luz que permita visualizar alguma contribuio talvez inovadora questo.
Destarte, o primeiro captulo da mono-grafia desenvolver os pressupostos cientficos do
trabalho validando-a cientificamente a partir de um Referencial Terico consagrado.
importante deixar claro que a monografia, mesmo seguindo essas exigncias formais
e materiais, no visa obrigatoriamente apresentar uma soluo ao problema. A banca
examinadora, por conhecimento de ofcio e pela experincia de j ter passado por vrias
bancas ao longo de sua carreira acadmica, sabe, deve saber, e esse saber dever com
responsabilidade e autoridade ponderar os erros ou insuficincias para um trabalho que se
pretende monogrfico. melhor, e, por vezes, salutar verificar certos erros, nesse nvel
acadmico, bastante natural para o estudante concluindo sua graduao, quando esses erros
aparecem e se evidenciam pela clara tentativa do estudante desenvolver honesta e seriamente
sua monografia a partir dos critrios cientficos exigidos. Isso muito bom, surpreendente,
extremamente vlido academicamente. Mrito do candidato (a)! O pior e mesmo lamentvel
o estudante no atingir o mnimo dos critrios cientficos que justificariam e tornariam seu
trabalho uma monografia apresentando, ao contrrio, algo aparentado mais com um artigo, um
paper, um relatrio, uma pea processual etc. Isso deve ser evitado e filtrado ao mximo
possvel pelo orientador (a).
Havendo a necessidade da Defesa Pblica da Monografia, a Faculdade de Integrao
do Serto (FIS), externaliza, com isso, sua confiana e segurana na formao dada aos seus
alunos-estudantes, e, tambm, possibilita ousadamente o estudante comprovar essa segurana
ao submet-lo a uma banca examinadora. De fato, o candidato logo aps a defesa de sua
monografia sair com a alegria e segurana por ter tido trs professores, mestres ou doutores,
lido, anotado, riscado, rabiscado, arguido e, por fim, aprovado seu trabalho.
Para facilitar a confeco ou produo da monografia todos os cursos de graduao da
FIS inseriram, em sua grade curricular, duas disciplinas voltadas diretamente para a
monografia. TCC 1, ou Monografia Jurdica para o curso de Direito, em que a ementa da
disciplina volta-se e exige a construo do Projeto de Monografia. No semestre seguinte, o
aluno executar o Projeto de Monografia na disciplina TCC 2, e TCC no curso de Direito,
construindo os captulos de sua monografia. De modo que ao trmino desse segundo
semestre, em TCC 2 ou em TCC em Direito, o estudante possa defender sua monografia
diante de uma banca de examinadores aberta ao pblico.
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1.2 A orientao e a relao orientador-orientando
O processo de orientao necessrio para o xito do itinerrio da pesquisa
porque o candidato ainda no tem a experincia na pesquisa cientfica. Na maioria das
vezes, o que bastante comum, o candidato nunca escreveu uma quantidade razovel de mais
de dez pginas dialogando com autores. Por outro lado, mesmo se j houvesse alguma
experincia na vida acadmica, como o caso de uma segunda graduao, ou mesmo no
mestrado e doutorado, sempre necessrio um interlocutor mais experiente. Esse interlocutor
(a), o orientador (a), para o nvel do bacharelado, torna-se mais que necessrio para que fale e
as vezes grite despertando, animando o candidato a trabalhar, a reformular o texto
corrigido. Nessa fase da confeco da Monografia imperioso que se escreva. No basta
mais ficar apenas lendo, lendo, especulando, refletindo. O orientador tem que dar a direo, a
luz, para que o candidato no perca o fio da meada, no desanime com as dificuldades que
porventura apaream, mas que mediante as tarefas in-dicadas pelo orientador seja possvel
driblar o adversrio e ter uma boa finalizao textual. Mas essa tarefa, a saber, da leitura e
escrita pessoal e intransponvel, no devendo, nem podendo, por exigncia tica, o
orientador (a) ousar fazer pelo aluno (a).
Tudo isso, porm, pressupe o esforo afetivo-intelectual do candidato em se dedicar
empenhando-se no desempenho sempre crescente e intensivo do que precisa ser lido,
compreendido, discutido e reconstrudo. Sem isso o processo de orientao torna-se
impossvel de progredir, de se efetivar. Fracassa-se antes mesmo de iniciar o
desenvolvimento. Embora tenha iniciado a gestao, aps a concepo do Projeto de
Monografia e o contato inicial com o orientador (a), a falta de zelo, de preguia no exerccio
intelectual e carncia de uma dieta saudvel, isto , a no privao de um excesso de
divertimento, entretenimento, para dar lugar ao estudo provoca um aborto dos possveis
resultados da orientao. uma morte e vida severina!
Orient-ao, oriente faz referncia ao nascer e despontar do sol. Oriente o locus em
que nasce o sol, surge a luz e emana o calor. Luz e calor so metforas do conhecimento e da
vida. Sem luz, mesmo que meu olho seja perfeito fisiologicamente, no serei capaz de ver as
coisas. E, por outro lado, na medida em que h vida em mim, anima, nimo, movimento,
dinmica, h entusiasmo (en-theos-mos), interesse, excitao, fogo, calor, en-volvimento. S
conhecemos o que vemos! Se no vejo H2O por detrs de toda aparncia, ou melhor,
sustentando todos os atributos ou propriedades da gua como transparncia, incolor, fria ou
quente etc, no conheo gua, mas limito-me a descrev-la. Se eu no me envolvo na pesquisa
13
e, por isso, no deixo-me ser envolvido pela orientao porque estou anmico, no porto
uma vida acadmica, no me com-porto como orientando, estou sem vida e sem entusiasmo.
Estou por fora, des-orientado, alienado, esttico, estagnado, sem dinmica e carente de
movimento porque como se eu no me interessasse por isto. Isso no me afeta, nem tenho
interesse de deixar-me ser afetado por isso. A consequncia a no produo, o
distanciamento do orientador (a).
Em tais situaes o candidato tem que ter o brio, a coragem, a galhardia de conversar
com o orientador e expor o problema. Tal atitude j expressa uma abertura para acolher a luz,
isto , a possibilidade de querer encontrar uma sada para essa situao. O orientador,
certamente, pelo dever de ofcio sabe lidar e enfrentar essa situao que quase sempre
acontece. O contrrio disso quando o candidato no assume sua responsabilidade nesse
processo de orientao e tenta procurar culpados para justificar para si mesmo e para os outros
o injustificvel. Como orientar quem no se deixa ser orientado? Como nortear, dar a direo,
apontar o caminho para quem no tem entusiasmo de seguir o que foi indicado e de caminhar,
do jeito todo prprio e pessoal, pelo caminho que foi traado que conduziria ao xito do
trabalho? Como falar para quem no quer ouvir, ou nem se quer se faz presente para ouvir,
acolher ou discutir criticamente o que est sendo dito, como est sendo dito, por que e para
que est sendo dito?
Para que esses perigos sejam amenizados preciso que o orientador (a) cumpra bem
seu dever, assuma com responsabilidade e segurana sua tarefa enquanto orientador (a)2.
importante o candidato ver segurana em seu orientador (a). A segurana e convico, oriunda
da vida de estudo e pesquisa do orientador (a), de algum modo reflete e atinge contaminando
positivamente o orientando (a). O orientador (a) para garantir o xito dessa relao orientador-
orientando (a) deve dar ao candidato uma fcil acessibilidade exigindo um contato contnuo e
direcionado em encontros presenciais e por outros meios como email.
A orient-ao, isto , a ao de ser o locus, o local ou o mbito onde a luz aparece
iluminando, clarificando a escurido das dvidas, incertezas e, assim, aquecendo, esquentando
lanando entusiasmo e envolvimento na pesquisa no pode deixar de diariamente ocorrer. E o
candidato (a), movido e co-movido pelo interesse de concluir de forma excelente seu curso,
para poder se destacar no mercado de trabalho, enfrenta a noite, desbrava a escurido do no-
22
Sobre a regulamentao concreta do procedimento de orientao em sua dimenso formal com a instituio,
isto , o cumprimento de prazos, entrega de relatrios ao NUPEX, o no comparecimento do orientando ou do
orientador (a) aos encontros de orientao e sua consequente recusa de continuar a orientar ou receber orientao
etc, remetemos os docentes e discentes ao Regulamento do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na
Modalidade Monografia, no ANEXO A.
14
conhecimento com disposio, mas justamente porque insiste e persiste em estar e em sair da
noite varando a madrugada estudando, sabe postar-se na posio adequada para ver o
despontar da luz que exorcizar a escurido. Possudo e afetado por tais disposies as
dificuldades sempre so superadas e o processo de orientao pode ser bem mais proveitoso e
frutfero. Esse ou essa procura ou vai ao encontro dos encontros com o orientador com o que
colheu e acolheu nas noites de estudo. E, assim, ser capaz de entender o que o orientador
orienta numa profundidade maior, porque saber re-colher o que est sendo dito como luz que
esclarece e resolve os ns cegos em que se enlaou em sua pesquisa.
Por tudo isso, a escolha do orientador fundamental para que no haja desarmonia na
relao orientador-orientando. O orientando (a) deve escolher aquele possvel professor (a)
que mantm uma afinidade intelectual com o que deseja pesquisar e com a forma como este
professor (a) trabalha3. O orientador ao orientar acompanhar todas as fases da pesquisa e
saber avaliar o desempenho e progresso do candidato ao longo da produo do trabalho. O
orientador (a), assim, ser de fato aquele que orienta, dando uma direo ao (a) orientando (a)
por nutrirem uma afinidade intelectual e, talvez, uma mtua admirao.
1.3 O depsito da Monografia e o papel da banca examinadora na Qualificao
Obedecendo o Regulamento do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na
Modalidade Monografia o candidato (a) dever depositar sua Monografia para ser submetida
a Qualificao. O ideal que o candidato deposite a monografia com todos os captulos ou
faltando apenas um captulo. A ideia da qualificao filtrar ao mximo os problemas, dando
um perodo, para os ajustes, reformulaes, construo e reconstruo do texto. Alm disso, o
candidato (a) se beneficia psicologicamente porque estar, na qualificao, perante a sua
futura banca de defesa pblica, numa sala fechada vedada ao pblico, com exceo dos
docentes da IES que desejarem assistir a qualificao. Ento, no dia da defesa pblica de sua
monografia o candidato (a) j tendo passado por um processo de avaliao por esta mesma
banca, se sentir mais seguro e mais a vontade diante da banca e do pblico.
Quali-fica-ao uma ao, uma atividade avaliativa que procura fornecer uma maior
qualidade ao trabalho. A banca examinadora deve obrigatoriamente deixar essa marca, esse
estigma. Ela deve ter conscincia da importncia do momento para o candidato e para a IES.
3 Sobre isso veja o Regulamento do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na Modalidade Monografia, no
ANEXO A, em que delimita o nmero de seis orientandos para cada professor-orientador.
15
A banca examinadora sabe que ela se manter at o dia da defesa pblica em que o candidato
(a) pleiteia o grau de bacharelado. Ento, na qualificao cada examinador (a) deve examinar
minuciosamente a monografia para identificar todos os erros, equvocos, insuficincia
bibliogrfica, ambiguidade, contradio etc. Os examinadores, os avaliadores, devem para
isso evitar as generalidades, a repetio do que j foi observado pelo outro examinador, e os
comentrios superficiais que no tocam na qualidade essencial e comprometedora do trabalho.
Tanto na qualificao quanto na defesa pblica da monografia a fala dos
examinadores (a) tem que abranger os aspectos tcnicos-formais e de contedo. Os aspectos
tcnicos-formais compreendem erros de digitao, no obedincia a este modelo de
monografia da IES, ABNT etc, e o aspecto de contedo, material, abarcam os problemas de
insuficincia bibliogrfica, inexistncia de referencial terico, frases ou pargrafos confusos,
ambguos, contraditrios, uso inadequado da linguagem (tecnicismo), metodologia
inadequada ou no cumprindo com o que se prometeu, falta de lgica interna entre os
captulos, o captulo final ou a concluso no resultam como consequncia lgica dos
captulos anteriores etc. A diferena da qualificao e da defesa pblica que apenas na
defesa se exige a arguio. Na qualificao o momento do aluno escutar o que precisa
melhorar. No o momento de se defender ou justificar determinadas opes metodolgicas
ou de autores, a no ser que algum examinador (a) solicite isso.
1.4 O ritual da defesa da Monografia e procedimento da banca examinadora
O ritual da defesa da monografia importante de ser seguido liturgicamente porque
confere a formalidade e a seriedade exigido pelo momento e pela conjuntura de ser um
trabalho de concluso de curso. Alm disso, tendo a possibilidade de ser aberto para o pblico
necessrio uma responsabilidade maior para uma boa execuo do ritual causando a
percepo verdadeira da seriedade da IES.
Resumidamente, nos ateremos aos aspectos formais dos procedimentos da defesa
pblica da monografia. Os aspectos materiais, concretos, dependem do estilo e jeito de cada
examinador. O presidente da banca, o orientador (a) o responsvel por isso!
A sala tendo sido preparada para isso, isto , com uma mesa e cadeira para a
composio da banca examinadora e uma outra, separada, em destaque, no centro da sala,
para o candidato (a), e, tendo sido providenciado caf e gua, d-se incio a defesa da
monografia.
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O presidente da banca examinadora, ou seja, o orientador (a), sentado entre os dois
examinadores (a) sada e agradece aos avaliadores (a), o candidato (a) e o pblico. Em
seguida anuncia que o candidato (a) fulano (a) de tal defender a monografia intitulada
XXXXXX: YYYYY. Caso haja pblico assistindo a defesa o presidente da banca conceder a
palavra ao candidato (a). O candidato (a) ao ttulo de bacharel deve servir-se da palavra
utilizando ou no recursos audiovisuais durante dez a quinze minutos. Se no houver pblico
o presidente da banca examinadora, o orientador (a), pode privar o candidato (a) desta
apresentao. Ora, ainda que na exposio oral algum tpico, alguma questo fica mais clara
para alguma eventual anotao ou arguio preparada por algum dos examinadores (a), isso
ser exigido, esclarecido ou cobrado esclarecimento no momento da arguio, na qual o
candidato (a) falar a vontade direcionado pelo que foi arguido dele. A apresentao do (a)
candidato (a), antes da arguio, s faz mais sentido para quem no leu o trabalho. Para o
pblico, pois, interessante escutar o candidato (a) at para entender a arguio da banca
examinadora, mas para a banca examinadora dispensvel e secundrio.
Lembramos que a fala do candidato (a) defendendo um trabalho monogrfico, no
mais um Projeto de Monografia. Portanto, no tem muito sentido e extremamente cansativo
para os membros da banca escutar o candidato falando de qual foi o seu tema, o objetivo
geral, os objetivos especficos etc. Ora, se fosse a defesa de um Projeto tudo isso apropriado
mas na monografia isso j foi absorvido na pesquisa. Antes de construir um edifcio de vrios
andares (captulos!) imprescindvel, necessrio fazer a Planta (o projeto!) do Edifcio: o
CREA, prefeitura etc exigem! Mas depois de pronto, o corretor no mostra mais a planta, o
projeto (isso j foi visto, mostrado!), o que se quer ver o prprio edifcio. Desejamos ver
como ficou de fato andando nele e por ele, visitando seus cmodos e dependncias! Por
exemplo: o objetivo geral a tese do trabalho e os objetivos especficos so as etapas
hierarquicamente estabelecidas para que torne possvel o xito, a execuo do objetivo geral.
Ento, se estamos numa defesa de monografia esses objetivos especficos j foram realizados,
construdos ganhando cada um captulo prprio na monografia. O candidato (a) deve, pois, ser
bem objetivo. Deve informar qual o problema e a motivao que o fez realizar a pesquisa,
quais procedimentos metodolgicos, autores e referencial terico adotados para que desse um
corpo de tratamento terico ao problema estruturando a monografia em tais e tais captulos.
Quanto a hiptese, como possvel soluo ao problema, em que medida ela se comprovou ou
no etc etc. Diante de tudo isso fazer uma breve, mas clara concluso. Lembramos que a
banca j leu e avaliou, riscou e rabiscou, os aspectos tcnicos-formais e materiais, de
contedo. Inclusive as perguntas j esto prontas. Ento, ser o mais claro e objetivo
17
evidenciando o que importa ser destacado para no cansar a banca, pois a arguio, a defesa
propriamente dita, ainda no comeou. O peso avaliativo da mono-grafia no est tanto na
oralidade, mas, sobretudo, na grafia, na escrita argumentada e bem fundamentada. Por isso
se chama mono-grafia! Antes de concluir sua apresentao, ou antes de passar a palavra para
o presidente da banca, seu orientador (a), o candidato (a) entrega uma errata, conforme a
ABNT, para a banca examinadora, caso haja identificado erros etc.
Em seguida o presidente da banca agradece ao candidato (a) e concede a palavra aos
membros examinadores (as). Pode ter dois procedimentos a depender da determinao do
presidente em comum acordo com os examinadores (a): ou cada examinador (a) faz a sua
avaliao do trabalho pgina a pgina, pargrafo a pargrafo, linha a linha e s depois o
candidato toma a palavra para responder a arguio de ambos, ou (o que mais comum) o
candidato responde a arguio aps cada membro expor as observaes e questes.
importante que o candidato no interrompa o examinador (a) para esclarecer algo. Anote tudo,
em silncio, na sua monografia, que deve ser uma cpia fiel da que os examinadores (as)
receberam, sem nenhuma modificao, e, aps o trmino da exposio do examinador (a) o
candidato (a) ter a oportunidade e necessidade de responder. O presidente da banca
perguntar ao examinador (a), ao fim da fala do candidato, se ele (a) est satisfeito com a
resposta ou se deseja uma explicitao melhor do que foi perguntado. Se isso ocorrer o
presidente da banca faculta novamente a palavra ao candidato (a). Quando o examinador (a)
ficar satisfeito o presidente da banca passar a palavra ao outro examinador (a). O
procedimento da fala dos examinadores (as) j fizemos meno ao tratar da qualificao. O
orientador, porm, apenas um maestro orquestrando sinfonicamente este momento. A
msica tocada pelo candidato (a) e examinadores (as). O presidente da banca, o orientador
(a), no deve ficar defendendo o candidato (a), refazendo as perguntas do examinador (a) para
uma melhor compreenso do candidato (a). Isso j faz parte do processo avaliativo e o prprio
examinador (a), sentindo necessidade pedir para refazer a questo se for o caso. Ou o prprio
candidato (a) solicitar, com gentileza, ao examinador (a) para a pergunta ser refeita.
Encerrado o momento da arguio aps os examinadores (as) terem avaliado o
trabalho da Capa s Referncias, Anexos, sem se prender em generalidades, repeties e
superficialidades, mas sendo exigente com aquilo que o candidato (a) se props fazer e com
os critrios cientficos de um trabalho dessa natureza, finaliza-se a defesa da monografia.
A banca deve ter conscincia que ao examinar, avaliar uma monografia numa defesa
pblica, ela ao mesmo tempo, avaliada e examinada pelo orientador, pelo outro examinador
18
(a) e pelo pblico no que concerne a sua responsabilidade, competncia e habilidade
acadmica numa avaliao desse tipo.
Nesse momento, o presidente da banca, o orientador (a), toma a palavra para informar
que o procedimento da arguio e defesa chegou ao fim. interessante, nesse momento,
(apenas nesse momento!) o orientador (a) falar sobre o processo de orientao. Mas deve ser
algo muito rpido sem desejar ou parecer que esteja induzindo ou constrangendo a banca,
puxando o saco. E, sobretudo, o momento para o orientador (a) ponderar a fala de algum
examinador (a) ao justificar que foi sua orientao a escolha por determinados procedimentos
metodolgicos que o candidato assumiu. Mas deve ser uma fala breve, porque a monografia
do candidato (a) e no do orientador (a).
Aps essas breves consideraes, com gentileza, o presidente da banca convida o
pblico e o prprio candidato a se retirarem da sala para que a banca examinadora possa
conversar e determinar a nota da monografia. Quando todos sarem, inclusive, outros docentes
da IES, que, porventura estejam presentes, o presidente da banca fornece o Registro de notas
de avaliao de monografia para cada membro da banca registrar de caneta a nota da
monografia. o momento em que os examinadores (as) conversam entre si depois de cada um
ter feito a arguio e observado o outro fazer o mesmo, eles (as) discutem e julgam a melhor
nota para a monografia. Seria interessante que o orientador desse sua nota s aps os dois
examinadores (as) informarem a deles para no constranger a banca examinadora. Pode haver
dois procedimentos: ou os examinadores entram em comum acordo sobre a nota e, neste caso,
o orientador deveria possivelmente apenas registrar a nota, ou se no houver acordo entre os
dois examinadores sobre a nota, ento, cada um, inclusive, o orientador (a), registra sua nota
no formulrio. O presidente da banca faz o clculo da mdia, comunica aos examinadores. Se
tudo estiver de acordo, ento o presidente da banca registra os dados na Ata de Defesa Pblica
da Monografia4 inserindo a nota e informando se o aluno foi aprovado, com ou sem ressalvas,
se foi reprovado, se as sugestes dadas na banca so apenas sugeridas ou exigidas. Tudo isso
constar na Ata de defesa.
Aps terminar de transferir o registro desses dados na Ata de Defesa Pblica da
Monografia, ento o presidente da banca chama o candidato (a) e o pblico. O presidente da
banca, junto com os outros examinadores, de p e com a Ata de defesa em mos, pede para o
candidato e os presentes ficarem tambm de p. Em seguida passa a leitura da parte central da
Ata de Defesa Pblica da Monografia em que, ao final, profere a nota e comunica se o aluno
4 Cf. ANEXO B Ata de Defesa Pblica da Monografia
19
foi aprovado. Se aprovado a banca examinadora, representando a IES e a sociedade, confere o
requisito central e fundamental para a aquisio do ttulo de bacharel.
20
2 A ESTRUTURA DO PROJETO DE MONOGRAFIA
Respeitando a especificidade e peculiaridade de cada curso a FIS inseriu a disciplina
de TCC 1 em seus cursos e Monografia Jurdica em Direito. Essas disciplinas, embora com
nomenclaturas diferentes, tm a mesma finalidade, a saber: elaborar o Projeto de Monografia.
Qual a necessidade de elaborar um Projeto de Monografia um semestre antes de
comear a confeccionar a Monografia? Essa uma poltica pedaggica responsvel da FIS ao
oferecer aos estudantes, em um semestre, a oportunidade de adquirir uma clareza de um tema-
problema, a familiaridade com os autores renomados nessa questo, o conhecimento da
escrita acadmica e das normas da ABNT. Se o estudante tiver a inteligncia astuta para
aproveitar bem a disciplina, ele ter todo um semestre, mais ou menos quatro meses de aula,
para apropriar-se de seu tema-problema conhecendo as principais perspectivas doutrinrias ou
teorias dos principais autores que so autoridades acadmicas nessa questo. Fazendo isso
iniciar o TCC 2 ou TCC, no curso de Direito, no semestre seguinte, com as leituras mnimas,
suficientes e necessrias para comear a escrever a monografia sem ter que iniciar do zero.
O Projeto de Monografia compreende os elementos pr-textuais, os elementos textuais
e os elementos ps-textuais, como ser ilustrado no quadro abaixo. A quantidade de pginas
do Projeto de Monografia deve computar um nmero mnimo de treze (13) at o mximo de
quinze (15) pginas. O pargrafo inicial de uma seo deve ser separado do ttulo dela por
uma linha apenas (um enter) e, ao terminar o texto de uma seo, comea o ttulo da seo
seguinte aps duas linhas (dois enter), ao contrrio do que ocorre na monografia em que o
captulo inicia sempre em outra lauda.
ESTRUTURA DO PROJETO DE MONOGRAFIA
Elementos pr-textuais Elementos textuais Elementos ps-textuais
Capa5 Justificativa Referncias
Folha de rosto6 Delimitao do Tema-
problema
Anexos [opcional]
Sumrio Objetivo Geral Apndices [opcional]).
Epgrafe [opcional] Objetivos Especficos
Metodologia
5 Cf. ANEXO C CAPA [do Projeto e da Monografia]
6 Cf. ANEXO D Folha de Rosto [do Projeto]
21
Fundamentao Terica
Plano de Trabalho
Cronograma
2.1 Justificativa
A justificativa7 o primeiro elemento textual. Ela deve ter no mnimo uma lauda
completa ou no mximo uma lauda e meia. A finalidade da jus-tificativa mostrar e
demonstrar o direito (jus), a razo de ser, a pertinncia e validade da pesquisa.
Os aspectos formais, aquilo que precisa aparecer e transparecer no texto da
justificativa:
apresentar o tema-problema vinculando ao curso, isto , assegurando que o trabalho
monogrfico especificamente desta cincia em que o candidato pleiteia o
bacharelado;
evidenciar a relevncia acadmica-cientfica e as implicaes sociais e culturais disso
decorrente;
Expor as motivaes pessoais e intelectuais que o fazem desejar realizar a pesquisa,
assim como, se for o caso, relatar a experincia profissional se estiver relacionada ao
tema-problema (esse item deve ser o mais curto e breve possvel);
2.2 Delimitao do Tema-problema
A delimitao do tema-problema trata do objeto da pesquisa apresentando a
abordagem ou perspectiva adotada em relao ao tema-problema. A de-limitao do tema
problema traduz o limite na abordagem evidenciando o problema. No para falar apenas do
tema, do assunto genericamente. Mas de um tema que , por sua vez, ao mesmo tempo, um
problema, isto , um tema-problema. Um tema-problema que merece, pois, uma investigao.
importante que tanto o problema quanto sua delimitao estejam bastante claros
para tornar possvel a monografia. Essa no ter nem a extenso, nem a profundidade de uma
7 Cf. ANEXO E - Justificativa
22
dissertao ou de uma tese de doutorado. Portanto, importante delimitar bem para que no
seja algo muito pretencioso ou irreal para ser realizado durante um semestre.
O texto da delimitao do tema-problema deve ter no mximo meia lauda. Depois de
delimitado, atravs do tempo, espao, do mbito regional, municipal etc, deve apresentar as
hiptese de trabalho, isto , possveis solues ao problema. Deve finalizar o texto fazendo
vrias perguntas com o intuito de interpelar o leitor jogando-o, por assim dizer, para dentro da
problemtica para que possa sentir epidermicamente a necessidade das respostas. A resposta
ser a sua futura monografia!!!
2.3 Objetivos
O texto dos objetivos tero no mximo meia lauda para ambos. No para construir
pargrafos imensos. Aqui a espinha dorsal da futura monografia. A estrutura da monografia,
seus captulos, provm daqui, e, o texto da Fundamentao Terica, segue essa direo
dialogando com os autores.
2.3.1 Objetivo Geral
O Objetivo Geral a tese da futura monografia. aquilo que enche os olhos de
lgrimas e, em virtude disso, comporta uma grande motivao pessoal e intelectual. a
sntese, em duas ou trs linhas, da futura monografia.
2.3.2 Objetivos Especficos
Os Objetivos Especficos so as etapas hierrquica e logicamente estabelecidas para
que torne possvel o xito e a realizao do Objetivo Geral e, portanto, da futura monografia.
Devem ser trs ou no mximo quatro especficos. Eles sero os captulos da futura
monografia. O primeiro especfico o pressuposto cientfico do trabalho. Devem iniciar com
o verbo no infinitivo em duas ou trs linhas: analisar..., investigar..., descrever..., definir...
23
2.4 Metodologia
O texto da metodologia deve ter meia lauda. Os aspectos formais que devem aparecer
na metodologia enquanto procedimentos metodolgicos e estratgias de ao so:
Mtodos primrios (dedutivo, indutivo, dialtico, hipottico-dedutivo, sistmico etc) e,
se necessrio, isto , se o tema-problema exigir indicar os mtodos secundrios
(estatstico, comparativo, histrico etc). Os mtodos primrios so excludentes, isto ,
s pode ser utilizado um. Os mtodos secundrios no so excludentes, isto , podem
ser utilizados mais de um a depender da necessidade da pesquisa;
Procedimentos tcnicos (bibliografia, laboratrio, entrevista gravada, questionrio
estruturado ou semi-estruturado [com possibilidade de questes abertas para o
entrevistado responder] etc) como o elemento que assegura o xito do mtodo e,
portanto, permite a pesquisa chegar a algum resultado. Dever indicar os
procedimentos e o como, isto , a forma como ser utilizado;
Tipos de pesquisa (pesquisa descritiva, exploratria, explicativa, bibliogrfica,
laboratorial, de campo, case [estudo de caso] etc) que a pesquisa monogrfica se
encaixa para melhor capacidade de reconstruo do objeto de pesquisa informando se
quantitativa, qualitativa e de que forma isso se dar.
2.5 Fundamentao Terica
a parte mais fundamental, mais densa do Projeto de Monografia. Sem uma
fundamentao bem fundamentada no existe Projeto de Monografia! Todos os
elementos do Projeto de Monografia, descritos at agora, no devem aparecer neles nenhuma
citao de nenhum autor ou autora. Apenas, agora, na Fundamentao Terica, que pela
primeira vez aparecem as citaes, os autores. Portanto, tudo o que se escreveu na
Justificativa, na Delimitao do Tema-problema, nos Objetivos (Geral e Especficos) e na
Metodologia so apenas pretenses do possvel futuro candidato monografia. Enquanto
pretenso do futuro pesquisador elas devem estar bem consistentes e logicamente inter-
relacionadas. Mas agora no texto da Fundamentao Terica preciso mostrar, melhor,
demonstrar, provar essa pretenso como sendo logicamente consistente, vlida
cientificamente e exequvel, ou seja, possvel de ser realizada em um semestre. Ao ler o texto
da Fundamentao Terica o leitor deve reconhecer que a primeira parte, enquanto pretenso
24
do pesquisador, mostrou-se, tornou-se, s agora, de fato, concreta e possvel de ser realizada.
O candidato (a) mostra e demonstra que conhece e domina a literatura da rea e, assim, parece
capaz da maturidade intelectual de fazer a monografia!
O texto da Fundamentao Terica deve ter um mnimo de seis (6) pginas e o
mximo de (8) pginas. A Fundament(a)-ao Terica a ao ou atividade reflexiva-
intelectual de mostrar os fundamentos do tema-problema, ou de coloc-los, reconstru-los.
Portanto, o que se espera um dilogo com os autores renomados sobre os fundamentos, quer
dizer, sobre a sustentao terica que possibilita determinado entendimento doutrinal ou de
uma teoria que explica e orienta uma determinada prtica. Mas no texto da Fundamentao
Terica as citaes dos autores no devem ser jogadas, soltas, sem a necessria explicitao.
Quando h colcha de retalhos, logo se percebe as coloraes, tonalidades e costuras
diferentes, sobrepostas. O professor (a) experiente dificilmente no percebe! comum o
pesquisador iniciante escrever uma ou duas linhas e fazer uma citao e, sem os devidos
comentrios para justificar a citao, j traz outra citao. Outro erro fazer uma citao
direta ou indireta e, ao invs do devido comentrio, traz outra citao como se a segunda
citao por si s explicasse a outra: no se pode explicar uma citao com outra citao!
Construir a Fundamentao Terica dessa forma, quando no se caracteriza plgio,
certamente um monlogo confuso e, s vezes, obscuro. Certamente o prprio texto com-prova
a falta de cientificidade do prprio texto! preciso trazer as citaes dialogando com elas,
interagindo. Isso porque as citaes esto todas voltadas sobre o tema-problema, isto , os
autores renomados esto falando sobre seu tema-problema, seja corroborando, seja criticando
a sua perspectiva ou abordagem. Como no se posicionar diante delas, do que eles (as) esto
dizendo?!
A Fundamentao Terica a reviso bibliogrfica, o estado da arte, o status
quaestionis, isto , a capacidade e domnio em que o candidato, a realizar uma futura
pesquisa, demonstra das vrias posies dos autores renomados sobre seu tema-problema,
sobre o estado da questo.
Os aspetos formais que devem aparecer para que transparea o status quaestionis so:
Mostrar a partir dos autores, citaes, que o tema-problema realmente um tema-
problema, quer dizer, que sobre determinado tema ou assunto dentro de uma rea ou
campo de atuao de uma cincia (representado pelas disciplinas do curso!) existe um
problema que merece uma investigao;
Evidenciar as principais teses, teorias ou entendimentos doutrinrios pelas citaes dos
mais ilustres tericos da rea como sendo as possveis solues, as vrias
25
possibilidades e perspectivas de ver, de explicar, de conhecer, de compreender o tema-
problema;
Depois de ter demonstrado, resumidamente, as principais posturas tericas sobre o
tema-problema, o leitor pode provocativamente perguntar: E da? O que se faz com
isso? Qual tua posio terica, tua perspectiva, como ser tua abordagem?. Aqui,
comea o terceiro elemento, enquanto aspecto formal, do texto da Fundamentao
Terica: voc precisa se afinar, entrar em diapaso, em sintonia e harmonia, com uma
postura terica e explic-la, quer dizer, mostrar as razes que fazem com que voc
opte por ela e no pelas outras.
No ltimo pargrafo da Fundamentao Terica, voc deve valid-la cientificamente
apontando um Referencial Terico; isso se o terico trabalhado no tpico anterior no
for o criador de uma corrente de pensamento. Deve informar, pois, em um pargrafo o
Referencial Terico adotado enquanto plataforma terica a partir do qual, isto , de tal
ou tal teoria, ou de tal e tal conceito, como lentes de um culos, permitir enxergar
com maior definio e melhor nitidez o problema ou uma possvel soluo ao
problema.
2.6 Plano de Trabalho
Depois de justificar e delimitar o tema-problema, de traar os objetivos da monografia
e estabelecer os procedimentos metodolgicos e estratgias de ao e, tendo, realizado a
fundamentao da monografia, importante estabelecer um plano ou esquema de trabalho. De
modo que o aluno termine a disciplina de TCC 1, ou Monografia Jurdica em Direito, indo
para as frias j com o projeto de monografia pronto e aprovado, tendo adquirido, atravs das
leituras e estudos, uma familiaridade com os pesquisadores da rea, e sabendo quais sero os
captulos provisrios de sua monografia.
O Plano de trabalho o sumrio da futura monografia, deve ter meia lauda:
SUMRIO
INTRODUO
1 TTTTTTTTTTTTT: UUUUUUUUU
2 VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
3 XXXXXXXXXXXXDAQUESTO!!!
CONCLUSO
26
REFERNCIAS
2.7 Cronograma
Sabendo concretamente dos captulos provisrios da futura monografia o candidato (a)
procurar executar sua monografia enfrentando um problema de cada vez. Nas frias j
deveria fazer o levantamento bibliogrfico de todos os captulos, sobretudo das fontes
primrias. A execuo do Projeto de Monografia, aprovado, em TCC 1, ou Monografia
Jurdica, ser realizado na disciplina de TCC 2, ou TCC em Direito: primeira Verificao de
Aprendizagem (1 V.A.) mais de um captulo e na segunda verificao de Aprendizagem (2
V. A.) com mais de dois captulos dever ser realizada a Banca Examinadora de
Qualificao. Tendo sido reprovado pela Banca Examinadora de Qualificao o aluno (a)
perde a disciplina e necessitar, no semestre seguinte, curs-la novamente. Caso seja aprovado
pela Banca Examinadora de Qualificao o candidato (a) dever at o ltimo dia letivo do
ltimo semestre, respeitando os prazos estabelecidos pelo Regulamento, defender a
monografia.
O Quadro do Cronograma deve ser assim:
ETAPAS
DA PESQUISA
FRIAS MS
Fev/Ago
MS
Mar/Set
MS
Abr/Out
MS
Mai/Nov
MS
Jun/Dez
Levantamento
bibliogrfico
X
Leitura, anotaes e
fichamento (LAF) do
Captulo 1
X X
Produo do Captulo 1 X
Entrega ao orientador
(a)
X X X X X
LAF do Cap. 2 X
Produo do Captulo 2 X
Elaborao de
Questionrio etc
X
27
Aplicao de
Questionrio etc
X
Reviso Ortogrfica X X X
LAF do Cap. 3 X
Produo do Captulo 3 X
DEPSITO X X
QUALIFICAO X
DEFESA PBLICA X
2.8 Referncias
Deve aparecer nas Referncias apenas a bibliografia e os textos mencionados na
Fundamentao Terica sendo suficientes para fundamentar a futura monografia. As fontes
devem ser confiveis e os autores citados devem ser expressivos e renomados na rea para
que o Projeto tenha maior confiabilidade e seriedade acadmica. Evitar citar obras de autores
traduzidos por editoras que no gozam de muita respeitabilidade no meio acadmico, em
virtude de ms tradues e de ser pouco criteriosa cientificamente em suas publicaes.
28
3 A ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
Assim como no Projeto de Monografia, seguindo a ABNT, a estrutura da Monografia
constituda dos elementos pr-textuais, textuais e ps-textuais, como pode ser visualizado no
quadro abaixo.
A estrutura monogrfica, sobretudo, no Desenvolvimento, nos captulos, segue uma
estrutura silogstica, isto , de raciocnio, de argumentao, de concatenao das ideias, de
demonstrao. Postos os fundamentos, os pressupostos cientficos, assentada a sapata do
futuro edifcio cientfico (= premissa maior), segue-se necessariamente a construo e
levantamento dos captulos 2 e 3 (talvez 4), dos andares do edifcio, e seu rebuscado
acabamento e designer prprio e peculiar a cada pesquisador em virtude da criatividade e
estilo da escrita.
3.1 Elementos pr-textuais
Sobre os elementos obrigatrios e os opcionais veja o quadro abaixo. Nos anexos
aparecem alguns modelos como exemplificao e orientao.
O ttulo e o subttulo, se houver, deve ser claro, conciso e objetivo como exige a
ABNT. O ttulo deve estar relacionado claramente com o tema-problema. Nada de ttulos
obscuros por uma linguagem tecnicista que impossibilita qualquer indexao de publicao.
Os ttulos devem retratar o problema e devem facilmente ser identificados por quem l-lo. O
subttulo, se houver, tem como finalidade explicitar e precisar o sentido que ser dado aos
elementos do ttulo.
A natureza do trabalho, tanto no Projeto, quanto na Monografia, deve ser escrita em
fonte 11, espao simples e com recuo de 8 cm.
3.2 Introduo
Na Introduo espera-se encontrar a apresentao do que foi desenvolvido na
monografia. a ltima coisa a ser feita, a ser escrita, no processo de construo ou confeco
da monografia. Mas ser uma das primeiras coisas a serem lidas pelo leitor! Tendo in mente o
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texto completo, os captulos escritos, isto , a monografia feita, ento possvel descrever o
percurso para o leitor.
Mas importante no explicitar ou desenvolver a explicao desse percurso reflexivo
de modo muito detalhado. preciso oferecer a dose correta e exata ao leitor, sem que o
envenene com anorexia intelectual. preciso, ao contrrio, despertar no leitor o interesse pela
leitura do trabalho monogrfico. Deve escrever a Introduo com as informaes persuasivas
e apetitosas para provocar o desejo do leitor de tritur-las.
A Introduo deve ser escrita em texto corrido. No deve, pois, aparecer ttulos
de sees, ou tpicos, dentro da Introduo. As informaes de apresentao do problema,
das hipteses, dos objetivos, dos procedimentos metodolgicos e estratgias de ao devem
aparecer naturalmente no texto da Introduo, mas sem destac-los em ttulos de sees.
Depois dessas informaes o candidato (a) passa a informar sobre como deu corpo de
tratamento terico a tudo isso, isto , informa brevemente como est estruturado os captulos e
o que desenvolve em cada um deles.
3.3 Captulo 1
o primeiro Objetivo Especfico transformado, quer dizer, tendo sido explicitado,
demonstrado, desenvolvido em forma de captulo. No mais, pois, um objetivo especfico
que se almejava desenvolver no Projeto de Monografia, mas ele desenvolvido efetivamente
tendo sido transformado num captulo da Monografia. Nele so discutidos os pressupostos
cientficos da pesquisa monogrfica. a premissa a partir da qual sero desdobradas as
implicaes lgicas at alcanar o resultado esperado no ltimo captulo. Deve ter entre mais
ou menos quinze (15) a vinte (20) pginas de texto. Pela lgica, menos de quinze (15)
pginas no configura um captulo propriamente, mas uma seo de um captulo e, como um
captulo no apenas uma seo mas mais de uma, logo lgico que entre quinze a vinte
pginas um nmero razovel de pginas.
no primeiro captulo que mais diretamente estabelecido um dilogo com o
Referencial Terico adotado, pois o tema-problema tem sua raiz e origem numa relao com a
sociedade ou com os benefcios que dela decorrem para o homem e a sociedade. Essa
origem, essa relao precisa ser explicitada e contextualizada em vista de uma melhor
compreenso e profundidade explicativa do prprio tema-problema que se pretende pesquisar.
, portanto, a parte menos dogmtica, menos tcnica da pesquisa, mas sem ela no faz
30
sentido a dogmtica, a tcnica. Isso porque a dogmtica, a tcnica s surge, s faz e apenas
tem sentido, em virtude de sua necessidade na realidade social, cultural e cientfica. Por isso
um captulo necessrio e no deslocado, mas que mantm uma lgica interna profunda dando
validade cientfica pesquisa.
3.4 Captulo 2
No captulo 2 comea-se a se acercar cada vez mais de perto e com mais profundidade
da questo. Inicia-se, assim, os desenvolvimentos iniciais da pesquisa num claro, natural e
necessrio encadeamento lgico do captulo anterior. Deve ter entre mais ou menos quinze
(15) a vinte (20) pginas de texto.
3.5 Captulo 3
No captulo 3, ou no ltimo captulo, alcana-se o resultado da pesquisa que de-corre
como consequncia lgica dos captulos anteriores. Como num funil, os desenvolvimentos
dos captulos foram afunilando-se at resultar no que se esperava, no X da questo. Deve
ter entre mais ou menos quinze (15) a vinte (20) pginas de texto.
3.6 Concluso
Na Concluso, que no pode ser muito extensa, deve ter uma retomada do tema-
problema e dos resultados parciais que cada captulo forneceu. Por fim, o candidato (a) pode
ou deve fazer alguma ilao a partir dos dados analisados e interpretados; pode ou deve
indicar alguma lacuna que, em virtude do tempo (um semestre) e do grau pretendido
(bacharelado), seria impossvel de ser evitado. E, exatamente por isso, numa pesquisa
posterior (artigo, captulo de livro, dissertao) enfrentaria o problema na tentativa de
encaminhar uma possvel soluo.
31
3.7 Elementos ps-textuais
Sobre os elementos obrigatrios e os opcionais, veja o quadro abaixo. Nos anexos
aparecem alguns modelos como exemplificao da normatizao.
O quadro abaixo retrata a estrutura da monografia:
ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
Elementos pr-textuais Elementos textuais Elementos ps-textuais
Capa INTRODUO Referncias
Folha de rosto8 1 TTULO DO CAP. 1 Glossrio [opcional]
Errata [opcional] 2 TTULO DO CAP. 2 Apndices [opcional]).
Folha de Aprovao9 3 TTULO DO CAP. 3 Anexos [opcional]
Dedicatria [opcional] CONCLUSO ndice [opcional]
Agradecimentos [opcional]
Epgrafe [opcional]
Resumo na lngua
verncula10
Resumo na lngua
estrangeira
Lista de ilustraes
[opcional]
Lista de tabelas [opcional]
Lista de abreviaturas e
siglas [opcional]
Lista de smbolos
[opcional]
Sumrio11
8 Cf. ANEXO F Folha de Rosto [da Monografia]
9 Cf. ANEXO G Folha de Aprovao
10 Cf. ANEXO H - Resumo
11 Cf. ANEXO I - Sumrio
32
4 APRESENTAO GRFICA E ABNT
Deve ser seguida e obedecida as normas da ABNT e, portanto, acompanhar e seguir as
suas sempre e constantes modificaes, quando no ferirem as determinaes deste Manual
da Monografia. Isto , existem determinadas sugestes ou mesmo exigncias de algumas
normas da ABNT que a IES opta por seguir uma outra orientao por julgar mais didtico e
cientificamente mais apropriado. Um exemplo, alm dos j indicados neste Manual: a ABNT
exige que a Introduo seja numerada, mas a Introduo no um captulo e, por isso,
optamos e determinamos que as monografias na FIS no numerem nem a Introduo, nem a
Concluso.
A fonte utilizada deve ser Times New Roman. Depois de um ttulo de uma seo (1
XXXXXX) o incio do pargrafo escrito aps uma linha (um enter). No trmino de uma
seo (1 XXXXXX), para iniciar outra seo (2 XXXXXX) deve ser separado por duas linhas
(dois enter). Entretanto, todo o captulo tem incio sempre em uma lauda necessariamente,
mesmo que o trmino do captulo anterior termine com menos de meia lauda. Nunca um
captulo deve iniciar numa lauda em que tenha texto do captulo anterior.
A ABNT fala do termo Concluso e no Consideraes Finais. Em muitos
meios acadmicos costuma-se escutar que prefervel utilizar a expresso Consideraes
Finais. A justificativa argumentativa que a expresso Concluso mais fechada e sendo
fato que um trabalho acadmico nunca fecha completamente a questo, o termo mais razovel
para um trabalho acadmico Consideraes Finais e no Concluso. Mas acreditamos
que essa explicao no ajuda muito, pois esse argumento tambm pode ser utilizado para
defender a utilizao da expresso Concluso. Ora, como recusar a expresso Concluso
por dar uma ideia de fechamento da questo e optar pela expresso Consideraes Finais, se
o sentido parece ser o mesmo uma vez que finaliza (Finais!) determinadas consideraes
aps a trmino do trabalho? Por esta razo, para alm da discusso de termos preciso
salvaguardar o sentido, do que precisa ser encontrado numa Concluso ou Consideraes
Finais. O contedo mais importante! Por isso, as monografias da FIS seguir a ABNT nesse
ponto adotando o termo Concluso.
A mesma forma que estiver grafado no Sumrio deve aparecer no corpo do trabalho.
As sees no numeradas (Introduo Concluso, Referncias etc) e as sees primrias
devem ser escritas com letras maisculas e negritadas. As sees secundrias devem ser
escritas negritadas e apenas a primeira letra maiscula. As sees terciria devem ser escritas
com letras sem ser negritadas e com apenas a primeira letra maiscula. A padronizao da
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Monografia em Direito na FIS possibilita adotar at a seo terciria. A razo de tal
obrigatoriedade Para uma melhor visualizao disso confira o ANEXO I Sumrio.
Exemplo de sees:
SEO
PRIMRIA
SEO
SECUNDRIA
SEO
TERCIRIA
SEO
QUATERNRIA
1 1.1 1.1.1 1.1.1.1
2 2.1 2.1.1 2.1.1.1
Toda vez que no corpo do texto do Projeto de Monografia e na Monografia,
excetuando nas Referncias, aparecer o ttulo de determinada obra deve ser escrito sempre em
itlico, sem aspas.
34
5 EXEMPLOS DE CITAES E REFERNCIAS12
As citaes de obras de autores renomados na rea e relevantes para o tratamento
terico da questo imprescindvel num trabalho acadmico. No possvel que um trabalho
que se pretenda acadmico-cientfico no seja realizado num dilogo com autores. As citaes
podem ser diretas ou indiretas.
As citaes diretas so determinadas passagens textuais, transcries ipsis litteris, ou
in verbis. Elas devem estar entre aspas e, no trmino da citao, entre parnteses, o sobrenome
do autor de letras maiscula, ano de publicao da obra, entre virgulas, e o nmero de
pginas. Ex: (SEVERINO, 2007, p. 49). Tambm possvel que o nome do autor fique fora
do parnteses, nesse caso ficar desta forma: Na compreenso de Severino (2007, p. 49)
[...].
Se dentro da citao, no original, existir alguma palavra ou expresso entre aspas, na
citao elas devem aparecer com aspas simples. Quando a citao tiver mais de trs linhas
deve ser dado um enter, um espao de uma linha, recuo de quatro centmetros, e fonte menor,
isto , 11. Alm disso, no necessrio, nesse caso, utilizar aspas porque j existe o recuo e a
diminuio da fonte assegurando o destaque da mesma. Mas, neste caso, da citao com
recuo, se no original alguma palavra ou expresso estiver com aspas, aqui, na citao com
recuo, dever aparecer com dupla aspas. Se no original, o texto da citao, tiver algum termo
destacado em negrito, sublinhado etc, dever obrigatoriamente informar de acordo com o
exemplo: (SEVERINO, 2007, p. 49, grifo do autor). E no caso do destaque ser feito por ns,
isto , no original no h nenhum destaque, mas voc enquanto pesquisador, deseja dar um
destaque, chamar a ateno do leitor para uma palavra ou expresso dando ensejo a uma
interpretao sua, deve tambm informar isso ao leitor. Exemplo: (SEVERINO, 2007, p. 49,
grifo nosso).
Expresses em lngua estrangeira devem ser escritas em itlico e o seu significado em
portugus deve aparecer entre colchetes. Na citao qualquer supresso deve ser feita usando
reticncias dentro do colchetes ([...]), ou se houver algum acrscimo explicativo de uma
palavra ou conceito na citao para uma melhor compreenso do recorte da mesma, este
dever ser escrito entre colchetes ([xxxxxx]).
As citaes indiretas devem ser usadas com prudncia e parcimnia, sem exageros na
utilizao. comum que o pesquisador iniciante sinta a tentao de fazer de cada pargrafo
12
Cf. ANEXO J - Referncias
35
uma citao indireta como se um pargrafo explicasse o outro sem nenhuma intermediao
interpretativa. A citao indireta ocorre quando o candidato (a) resume uma determinada
passagem textual, geralmente representando um movimento argumentativo da tese do autor,
um captulo, ou mesmo a obra no todo. No necessrio indicar o nmero de pgina, apenas
o ano da publicao da obra, porque na citao indireta se conserva a tese do autor (a), mas a
apresenta com as prprias palavras, logo, evidentemente, as palavras com que resumimos no
se encontra na obra original. Por isso, devemos utilizar a citao indireta quando se fizer
necessrio e no recheando o trabalho com citaes indiretas porque desvaloriza o mesmo e
fornece uma impresso de um trabalho sem substncia, sem densidade ou profundidade. Ex:
Perelman (2000) defende a ideia que a lgica jurdica [...].
Para a ABNT o sistema de citao pode ser apenas um: ou o sistema numrico, ou o
sistema autor-data. As monografias da FIS devero utilizar apenas o sistema autor-data,
reservando o p de pgina para as notas explicativas. As notas explicativas, notas de rodap,
muito til e necessrias num trabalho acadmico porque sempre tocamos em questes ou
subtemticas que extrapolam os limites de nossa investigao, de modo que no podemos nos
demorar em explicaes sobre isso. Ento, em tais momentos, em que a explicao no cabe
no corpo do texto, pois promoveria uma ruptura com o que se estava dizendo, e, por outro
lado, uma informao sobre isso necessria para uma melhor compreenso do que est
sendo dito, justificando, por tudo isso, a existncia das notas explicativas. Com efeito, as
notas explicativas so tanto para fornecer algumas explicaes e como indicao de obras-
chaves para o aprofundamento do assunto.
Nas Referncias a referncia de um mesmo autor, no deve ser repetido seu nome, mas
inserir uma linha correspondendo a seis espaos ( ______ .). Quando no for possvel
identificar certos dados deve ter o seguinte procedimento: a cidade [S.l], a editora [s.n.] e
quanto ao ano de publicao:
ANO DE PUBLICAO INCERTO
[1999 ou 2000] Um ano ou outro
[ca. 1960] Data aproximada
[1975?] Data provvel
[1980] Data certa, no indicada na obra
[199-] Dcada certa
[199-?] Dcada provvel
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Quando utilizar citaes do mesmo autor de obras do mesmo ano preciso que
acrescente as letras do alfabeto, minscula, sem espao, aps a indicao do ano da
publicao, na ordem em que aparece no texto
No corpo do texto:
(HEIDEGGER, 2012a, p. 440)
(HEIDEGGER, 2012b, p. 480)
Nas Referncias:
HEIDEGGER, Martin. Caminhos de floresta. Traduo de Irene Borges-Duarte, Filipa
Pedroso, Alexandre Franco de S, Hlder Loureno, Bernhard Silva, Vitor Moura, e Joo
Constncio. 2. ed. Lisboa: GULBENKIAN, 2012a.
HEIDEGGER, Martin. Os problemas fundamentais da fenomenologia. Traduo de Marco
Antnio Casanova. 2. ed. Lisboa: GULBENKIAN, 2012b.
Quando a informao recolhida for proveniente de palestra, aula, comunicao oral,
debates etc mas ainda no publicada, proceder da seguinte forma:
No corpo do texto:
O novo medicamento estar disponvel at o final deste semestre (informao verbal)1
No rodap da pgina:
____________
1 Noticia fornecida por John A. Smith no Congresso Internacional de Engenharia Gentica, em Londres, em
outubro de 2001
No corpo do texto:
Os poetas selecionados contriburam para a consolidao da poesia do Rio Grande do Sul,
sculos XIX e XX (em fase de elaborao)1
No rodap da pgina:
_____________
1 Poetas rio-grandenses, de autoria de Elvo Clemente, a ser editado pela EDIPUCRS, 2002.
Enfim, muito embora devendo ser seguido a ABNT/NBR 10520 de 2002 e
ABNT/NBR 6023 de 2002, acompanhando as possveis modificaes que possam vir a sofrer,
guisa didtica de exemplo, exemplificaremos as formas de citar mais frequentes.
37
5.1 De livro completo: um, dois e mais de dois autores
No corpo do texto:
(SEVERINO, 2007, p. 46)
Nas Referncias:
SEVERINO, Antnio Joaquim. Metodologia do trabalho cientfico. 23. ed. So Paulo:
Cortez, 2007.
No corpo do texto:
(MEZZAROBA; MONTEIRO, 2009, p. 120)
Nas Referncias:
MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cludia Servilha. Manual de metodologia da
pesquisa no direito. 5. ed. So Paulo: Saraiva, 2009.
No corpo do texto:
(FORTEA, 2008, p. 15)
Nas Referncias:
FORTEA, Jos Antonio. Summa daemoniaca: tratado de demonologia y manual de
exorcistas. Madrid: Palmyra, 2008.
No corpo do texto:
(GADAMER, 2006, p. 130)
Nas Referncias:
GADAMER, Hans-Georg. O carter oculto da sade. Traduo de Luiz Costa. Petrpolis:
Vozes, 2006.
Quando houver mais de dois autores facultativo mencion-los, podendo utilizar
apenas um, seguido da expresso et al:
URANI, A. et al. Constituio de uma matriz de contabilidade Social para o Brasil.
Braslia, DF: IPEA, 1994.
5.2 Captulo de livro, monografia, dissertao e tese
No corpo do texto:
(FOGEL, 2012, p. 35)
38
Nas Referncias:
FOGEL, Gilvan. Vida, realidade, interpretao. In: AZEREDO, Vnia Dutra de; SILVA
JNIOR, Ivo da. Nietzsche e a interpretao. Curitiba: CRV; So Paulo: HUMANITAS,
2012.
No corpo do texto:
(MORGADO, 1990, p. 34)
Nas Referncias:
MORGADO, M. L. C. Reimplante dentrio. 1990. 51 f. Trabalho de Concluso de Curso
(Especializao) - Faculdade de Odontologia, Universidade Camilo Castelo Branco, So
Paulo, 1990.
No corpo do texto:
(ARAJO, 1990, p. 98)
Nas Referncias:
ARAJO, U. A. M. Mscaras inteirias Tukma: possibilidade de estudo de artefatos de
museu para o conhecimento do universo indgena. 1985. 102 f. Dissertao (Mestrado em
Cincias Sociais) - Fundao Escola de Sociologia e Poltica de So Paulo, So Paulo, 1986.
5.3 A utilizao do apud, citao de citao
O recurso ao apud [encontra-se em, citado por] deve ser utilizado quando existe
dificuldade de acesso a prpria obra. O excesso do uso do apud pode caracterizar falta de
seriedade acadmica por revelar que o trabalho est fundamentado por leituras de segunda
mo.
No corpo do texto:
(ERLICH, 1918, p. 2 apud PERELMAN, 2000, p. 6)
Nas Referncias:
PERELMAN, Cham. Lgica jurdica: nova retrica. Traduo de Vergnia K. Pupi. So
Paulo: Martins Fontes, 2000.
5.4 Artigos
No corpo do texto:
(GURGEL, 1997, p. 15)
Nas Referncias:
39
GURGEL, C. Reforma do Estado e Segurana pblica. Poltica e Administrao, Rio de
Janeiro, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997.
No corpo do texto:
(TOURINHO NETO, 1997, p. 18)
Nas Referncias:
TOURINHO NETO, F.C. Dano ambiental. Consulex, Braslia, DF, ano 1, n. 1, p. 18-23, fev.
1997.
5.5 Trabalho completo publicado em Anais
No corpo do texto:
(BRAYNER; MEDEIROS, 1994, p. 17)
Nas Referncias:
BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporao do tempo em SGBD orientado a
objetos. In: SIMPSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9., 1994, So Paulo.
AnaisSo Paulo: USP, 1994. p.16-29.
5.6 Fontes da Internet
Se for citar textos da internet, antes verifique a confiabilidade do site que hospeda a
informao assim como da prpria autoria da informao. Evite, pois, textos da internet
quando sua autenticidade for duvidosa. Prefira textos impressos, ou os que so
disponibilizados, pela internet, em bancos de dados de pesquisa com autoridade reconhecida
na Academia. Esses disponibilizam um material (artigos, dissertaes e teses de doutorado) de
qualidade com a paginao no original etc.
Quando citar um texto da internet deve ser seguida a mesma lgica da disposio dos
dados da citao de livro, mas deve acrescentar, aps a data da publicao as seguintes
informaes: Disponvel em: . Acesso em: 06 abr. ano. No
corpo do trabalho deve ser citado assim: (HEIDEGGER, 2012, p. 5). Caso o texto da internet,
seja imprescindvel de ser citado, pela sua importncia e confiabilidade, mas no existe como
informar a paginao, proceder da seguinte forma: (HEIDEGGER, 2013, online), ou se a
fonte no tiver provenincia da internet, mas de CD-ROM: (HEIDEGGER, 2014, CD-ROM).
Essas informaes, porm, repitamos, um recurso possvel e vlido quando no existe outro
http://
40
meio ou outra fonte. A preferncia sempre sero as fontes que gozam de respeitabilidade e
autoridade na rea e, alm disso, puder informar todas os dados, a paginao original, para
facilitar um possvel cotejamento por parte da banca examinadora.
Importante que o candidato preste ateno para no informar a disponibilidade do
texto com um link, genrico, em que no leva ao destino pretendido, mas a muitos outros, de
modo que a banca examinadora ou o leitor no tenha como saber de qual texto se trata. O
endereo indicado (Disponvel em: [...]) deve nos levar ao sitio, lugar, casa, texto preciso da
citao!
Alguns exemplos:
No corpo do texto:
(RIBEIRO, 1998, online)
Nas Referncias:
RIBEIRO, P. S. G. Adoo brasileira: uma anlise sociojurdica. Dataveni@, So Paulo,
ano 3, n. 18, ago. 1998. Disponvel em: .
Acesso em: 10 set. 1998.
No corpo do texto:
(VIEIRA, 1994, CD-ROM)
Nas Referncias:
VIEIRA, Cssio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de Janeiro,
n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM.
No corpo do texto:
(SILVA, 1998, online)
Nas Referncias:
SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de S. Paulo, So Paulo,