sociedade de ensino superior de serra talhada...

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0 SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SERRA TALHADA SESST FACULDADE DE INTEGRAÇÃO DO SERTÃO FIS NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃONUPEX MANUAL DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC COLEGIADO DO NUPEX MANUAL DA MONOGRAFIA: ORIENTAÇÃO PARA ORIENTADORES E ORIENTANDOS Serra Talhada 2014

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SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SERRA TALHADA SESST

FACULDADE DE INTEGRAO DO SERTO FIS

NCLEO DE PESQUISA E EXTENSO NUPEX

MANUAL DO TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO - TCC

COLEGIADO DO NUPEX

MANUAL DA MONOGRAFIA:

ORIENTAO PARA ORIENTADORES E ORIENTANDOS

Serra Talhada

2014

1

COLEGIADO DO NUPEX

MANUAL DA MONOGRAFIA:

ORIENTAO PARA ORIENTADORES E ORIENTANDOS

O Ncleo de Pesquisa e Extenso (NUPEX),

apresenta aos Coordenadores (as) dos Cursos de

Bacharelado, da Faculdade de Integrao do Serto

(FIS), aos docentes e discentes, depois de aprovado

pelo Diretor Presidente/Acadmico, a

normatizao da Monografia, atravs deste Manual

e do Regulamento, para que seja divulgado e

aplicado como exigncia de padronizao do

Trabalho de Concluso de Curso (TCC), na

modalidade Monografia.

Serra Talhada

2014

2

No basta ensinar ao homem uma especialidade.

Porque se tornar assim uma mquina utilizvel,

mas no uma personalidade. [...] Estas reflexes

essenciais, comunicadas jovem gerao graas

aos contatos vivos com os professores, de forma

alguma se encontram escritas nos manuais. [...]

Quando aconselho com ardor As Humanidades,

quero recomendar esta cultura viva, e no um

saber fossilizado, sobretudo em histria e filosofia.

[...] preciso, enfim, tendo em vista a realizao

de uma educao perfeita, desenvolver o esprito

crtico na inteligncia do jovem

Albert Einstein

Mas o argumento em favor de aproximar mais a

economia da tica no depende da facilidade em

consegui-lo. Fundamenta-se, antes, nas

recompensas advindas do exerccio

Amartya Sen

A Cincia d um passo, depois outro, depois para

e reflete antes de dar o terceiro. A me pega o

filho, coloca-o no cho e diz: Ande A criana d

um passo... outro, e para, sem equilbrio. A me

teria razo de dizer: Est hesitando. Voc jamais

andar? Vocs jovens, mdicos e cientistas do

futuro, no se deixem esmorecer pela barreira do

ceticismo, nem desanimar pela tristeza de certos

momentos que caem sobre uma nao. No se

enraiveam com seus oponentes, porque nenhuma

teoria cientfica foi aceita sem oposio. Habitem

a paz serena das bibliotecas e laboratrios. Digam

para si mesmos, primeiro: O que fiz por minha

instruo? E medida que avanarem: O que

estou realizando? At chegar o momento em que

possam sentir a imensa felicidade de pensar que

contriburam, de alguma forma, para o progresso

e bem-estar da Humanidade

Louis Pasteur

claro, no considero automaticamente um

homem de cincia aquele que sabe manejar

instrumentos e mtodos julgados cientficos. Penso

somente naqueles cujo esprito se revela

verdadeiramente cientfico

Albert Einstein

3

SUMRIO

INTRODUO ........................................................................................................................ 5

1 O QUE ISSO MONOGRAFIA? .................................................................................... 8

1.1 Sentido acadmico-cientfico da Defesa Pblica da Monografia ................................ 8

1.2 A orientao e a relao orientador-orientando ........................................................ 12

1.3 O depsito da Monografia e o papel da banca examinadora na Qualificao ........ 14

1.4 O ritual da defesa da Monografia e procedimento da banca examinadora ............ 15

2 A ESTRUTURA DO PROJETO DE MONOGRAFIA.................................................... 20

2.1 Justificativa .................................................................................................................... 21

2.2 Delimitao do Tema-problema .................................................................................. 21

2.3 Objetivos ........................................................................................................................ 22

2.3.1 Objetivo Geral .......................................................................................................... 22

2.3.2 Objetivos Especficos ............................................................................................... 22

2.4 Metodologia ................................................................................................................... 23

2.5 Fundamentao Terica ............................................................................................... 23

2.6 Plano de Trabalho ......................................................................................................... 25

2.7 Cronograma .................................................................................................................. 26

2.8 Referncias .................................................................................................................... 27

3 A ESTRUTURA DA MONOGRAFIA .............................................................................. 28

3.1 Elementos pr-textuais ................................................................................................. 28

3.2 Introduo ..................................................................................................................... 28

3.3 Captulo 1 ....................................................................................................................... 29

3.4 Captulo 2 ....................................................................................................................... 30

3.5 Captulo 3 ....................................................................................................................... 30

3.6 Concluso ....................................................................................................................... 30

3.7 Elementos ps-textuais ................................................................................................. 31

4 APRESENTAO GRFICA E ABNT ........................................................................... 32

5 EXEMPLOS DE CITAES E REFERNCIAS ........................................................... 34

4

5.1 De livro completo: um, dois e mais de dois autores ................................................... 37

5.2 Captulo de livro, monografia, dissertao e tese ...................................................... 37

5.3 A utilizao do apud, citao de citao ..................................................................... 38

5.4 Artigos ............................................................................................................................ 38

5.5 Trabalho completo publicado em Anais ..................................................................... 39

5.6 Fontes da Internet ......................................................................................................... 39

5.7 Documentos Jurdicos ................................................................................................... 40

5.7.1 Legislao................................................................................................................. 41

5.7.2 Jurisprudncia (decises judiciais) ........................................................................... 42

5.7.3 Doutrina .................................................................................................................... 43

CONCLUSO ......................................................................................................................... 44

REFERNCIAS ..................................................................................................................... 47

ANEXO A Regulamento do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na modalidade

Monografia .............................................................................................................................. 48

ANEXO B Ata de Defesa Pblica da Monografia ............................................................ 56

ANEXO C Capa [do Projeto e da Monografia] ................................................................ 60

ANEXO D Folha de rosto [do Projeto] .............................................................................. 62

ANEXO E Justificativa ....................................................................................................... 64

ANEXO F Folha de rosto [da Monografia] ....................................................................... 68

ANEXO G Folha de Aprovao ......................................................................................... 70

ANEXO H Resumo .............................................................................................................. 72

ANEXO I Sumrio .............................................................................................................. 74

ANEXO J Referncias ......................................................................................................... 76

5

INTRODUO

Nessa primeira edio do Manual da Monografia: orientao para orientadores e

orientandos, a Faculdade de Integrao do Serto (FIS), atravs do Ncleo de Pesquisa e

Extenso (NUPEX), regido de forma Colegiada, oferece, pela primeira vez, comunidade

acadmica, uma padronizao do Projeto da Monografia e da Monografia para os cursos de

bacharelado.

A FIS medida que foi crescendo tanto em estrutura fsica, quanto em cursos e, por

conseguinte, num aumento significativo de discentes e docentes, sentiu a necessidade de

determinar o Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na modalidade Monografia e, alm

disso, estabelecer uma padronizao para todos os cursos criando o Manual da Monografia:

orientao para orientadores e orientandos.

Com isso o NUPEX vai ao encontro das necessidades acadmicas dos coordenadores

(as) de cursos, dos docentes e discentes, apresentando toda comunidade acadmica, aps

aprovao pelo Diretor Presidente/Acadmico, Sr. Luis Pereira de Melo Junior, o Manual da

Monografia: orientao para orientadores e orientandos. Essa iniciativa surge depois da

criao do Regulamento do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na Modalidade

Monografia1, por parte do NUPEX. O Regulamento e o Manual integram-se,

complementando-se. O Regulamento tem um teor, por assim dizer, jurdico-administrativo

normatizando os procedimentos que envolvem a orientao, orientador, orientando, e a

monografia. O Manual dando corpo e cumprimento ao Regulamento tanto padroniza a

estrutura do Projeto de Monografia e a prpria Monografia, quanto faz um norteamento ao

propor uma orientao didtica-acadmica aos orientadores e orientandos. Por essa razo o

subttulo: orientao aos orientadores e orientandos.

Manual em sua provenincia latina soa e ressoa a algo que refere-se a mo, dado na

mo. quase um triturar, mastigar, cortar em mido e dar na mo para ser degustado. Um

manual, todo e qualquer manual, algo que se prope esclarecer e informar de forma to

compendiada que um dar na mo, oferecer de mo beijada algo que custou muito para

aquele que oferta. Aquele que confecciona o manual, tecendo com mos calejadas a feitura de

algo capaz de oferecer a outrem, de mos lisas, livrando-o de erros comuns do principiante

incipiente, colocando-o no caminho seguro e eficaz do fazer algo, porque j fez e faz

cotidianamente esse caminho da pesquisa.

1 Cf. ANEXO A.

6

Nosso Manual da Monografia tem a pretenso deste dar na mo, de mo beijada, as

orientaes bsicas e necessrias para confeccionar a monografia colocando-se numa postura

e num modo de se encaminhar na pesquisa de forma segura. a parte mais manualesca do

Manual, isto , mais prtica, exemplificando da maneira mais direta as informaes

necessrias para o desenrolar da Monografia.

Mas o nosso Manual tambm tem a preocupao e a precauo acadmica de fornecer

uma fundamentao terico-cientfica para esta parte manualesca, isto , terico-prtica. No

queremos ser legalistas, burocratas, burgueses acadmicos que no af de normatizar

tudo, com a falsa ideia, nunca aprofundada, do que e o que implica uma pesquisa

acadmica, acaba por engessar e tornar estril a pesquisa nos pesquisadores tirando-lhes a

dinmica do que move e pro-move a pesquisa. Edgar Morin j chamou a ateno para o

perigo da ditadura do mtodo, sempre lembrado, aqui no Brasil, por Pedro Demo, grande

especialista, de pedigree, expert em metodologia. Sem mtodo no h cincia. Mas o mtodo

simplesmente instrumental. Por que? Porque o mais importante, como indica sua

provenincia grega (met + hdos), conduzir-nos, passo a passo, pelo caminho (hdos),

melhor, junto do, de acordo com certo caminho at chegar a um determinado fim, destino,

resultado (met). O mtodo ou a metodologia s tem importncia na medida em que ajuda-nos

a compreender a realidade, ou algum aspecto da realidade. Se, de forma pseudocientfica, eu

supervalorizo o mtodo ou a metodologia, em detrimento do objeto, da realidade, eu falsifico

a pesquisa. Os resultados sero superficiais e no tero o condo de uma pesquisa cientfica

sria. Ser apenas uma aparncia que parece pesquisa, mas no ! Da a expresso ditadura

do mtodo, quer dizer, a atitude errada do pseudocientista pelo af de fazer cincia

tentando forar o mtodo na aplicao ou explicao do objeto, da realidade. O ditador do

mtodo aquele (a) que nunca tendo realizado um aprofundamento srio na histria da

cincia, captando o modo de ser e a estrutura das teorias cientficas, das diversas reas da

cincia, passa a no mais querer compreender o objeto, a realidade, porque compreende o

objeto, a realidade a partir, ou sob as lentes do mtodo, da metodologia e no a partir do

prprio fenmeno estudado. S entende do prprio objeto na medida em que se encaixa no

mtodo e, assim, seu phatos no o do esprito verdadeiramente cientfico, como exige e

respeita Einstein, procurando compreender o objeto. Nesse caso, equivocadamente, presta

mais ateno ao mtodo ou metodologia do que ao objeto, ou a realidade que o mtodo

deveria explicitar, des-velar.

Nesse sentido, tivemos o cuidado de apresentar as razes, ou sentido cientfico de um

trabalho monogrfico no captulo 1, para no nos limitarmos a apresentar artigos normativos.

7

Discorremos sobre todo o processo de uma orientao, de forma resumida, como decorrncia

lgica das exigncias do que seja um trabalho monogrfico, afinados admoestao de Edgar

Morin e de Albert Einstein, em Como vejo o mundo, inserida como epgrafe deste Manual:

claro, no considero automaticamente um homem de cincia aquele que sabe manejar

instrumentos e mtodos julgados cientficos. Penso somente naqueles cujo esprito se revela

verdadeiramente cientfico. Portanto, tentando ser democrticos no mtodo, utilizando-o

como deve ser utilizado, afastando-nos da ditadura e tirania, tentamos fazer uma reflexo no

primeiro captulo para despertar ou conservar o esprito dos pesquisadores, tanto docente

quanto discentes, como e enquanto verdadeiramente cientficos. neles e nisto que

pensamos e no, como critica Einstein, em operadores e manejadores de instrumentos e

mtodos julgados (ser que mesmo!?) cientficos.

O captulo 2 e 3, respectivamente, trataremos da estrutura do Projeto da Monografia e

da Monografia. Aqui, sem sermos ditadores do mtodo, toda e qualquer pesquisa pode ser

realizada, inclusive em fsica, como atesta Einstein...

O captulo 4 discorremos sobre a apresentao grfica e a ABNT. Os Projetos da

Monografia e a Monografia seguiro a ABNT com algumas excees, peculiaridades diversas

do que exige a ABNT.

O captulo 5 trouxemos as principais formas de citaes no modo de serem escritas no

corpo do texto e de como aparecero nas referncias mediante exemplos para uma maior

praticidade na visualizao da forma correta de fazer.

Nos Anexos aparece de forma visual e concreta a padronizao do Projeto da

Monografia e da Monografia, em seus diversos elementos. Tambm anexamos o Regulamento

do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na modalidade Monografia e a Ata da defesa

pblica da monografia.

O Colegiado do NUPEX, obedecendo as diretrizes traadas pelo Sr Luis Pereira de

Melo Junior, Diretor Presidente/Acadmico, e, impulsionado pela necessidade expressa pelos

Coordenadores (as) dos Cursos, elaborou este Manual da Monografia: orientao para

orientadores e orientandos, na terna certeza de ser bem acolhido pela comunidade acadmica

da FIS, e na confiante esperana de que reverbere e repercuta em frutos de pesquisa para

benefcio dos pesquisadores e da sociedade.

Joo Pessoa, Carnaval de 2014

Marcos rico de Arajo Silva

Membro do Colegiado do NUPEX-FIS

8

1 O QUE ISSO MONOGRAFIA?

Por que depois de concluir todas as disciplinas, ou praticamente todas, o aluno ainda

deve se submeter a fazer uma monografia? Por que tendo realizado a monografia um

professor, seu orientador (a), simplesmente no atribui a nota depois de acompanhar passo a

passo a orientao e avaliar o resultado final do trabalho? Por que alm de ter realizado a

monografia, tendo sido acompanhado-orientado por um (a) professor (a) o (a) aluno (a) ainda

deve se submeter a arguio de uma banca examinadora aberta ao pblico? Por que a essncia

da defesa da monografia perante uma banca examinadora a arguio se o aluno (a)

praticamente cursou todas as disciplinas do curso e entregou a monografia? Afinal de contas,

enfim e por fim: o que isso monografia?!

1.1 Sentido acadmico-cientfico da Defesa Pblica da Monografia

O Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na modalidade de monografia uma

exigncia parcial para a obteno do grau de bacharelado. A monografia, pois, o coroamento

da formao do discente na qual e mediante a qual o candidato (a) pleiteia, atravs de defesa

pblica, julgado por uma banca de examinadores, o grau acadmico de bacharelado. A

Faculdade de Integrao do Serto (FIS), atravs de seu Ncleo de Pesquisa e Extenso

(NUPEX), em consonncia com as diretrizes da Diretoria da FIS e com o Regulamento do

Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na Modalidade Monografia, determina a exigncia

do TCC na modalidade de monografia para todos os cursos de bacharelado da FIS.

Esta determinao apenas consolida e oficializa a prtica pedaggica da FIS

priorizando de forma indissocivel o ensino, a pesquisa e a extenso. Com efeito, tal

determinao implica em seguir e perseguir um perfil didtico-pedaggico-acadmico

suscitando nos discentes, desde o primeiro perodo, uma atitude de estudante-pesquisador. O

discente deve paulatina e gradativamente ser incentivado a pensar e a refletir criticamente o

contedo ministrado pelos docentes. Os docentes, por sua vez, devem favorecer essa

dinmica, esse movimento de absoro crtica dos tpicos, dos contedos da ementa de sua

disciplina nos discentes. A consequncia, quase natural e espontnea, a necessidade do

discente traduzir ou expressar oralmente ou pela escrita esse movimento interno de sua

compreenso. A questo da escrita, da retratao no papel dos autores lidos, da inteleco dos

9

contedos ministrados em sala, ser uma crescente intensificao de superao das

dificuldades. A prpria formao dever gradualmente levar o discente aquisio da

habilidade do domnio da oralidade, da leitura e da escrita como ferramentas fundamentais

para acessar e explicar as questes e solues prprias de sua cincia como um bacharelando

ou bacharel e no como um tcnico ou mera opinio pessoal sobre algo. De fato, dificilmente

um discente que nunca foi incentivado, nem recebeu exigncias de cumprir com tarefas e

avaliaes escritas de forma dissertativa, conseguir elaborar com tranquilidade uma

monografia. Quem nunca escreveu uma ou duas laudas de texto dissertativo, nas disciplinas,

como escrever cinquenta ou sessenta pginas em apenas um semestre? Por isso, o nvel das

aulas deveria se d na medida que leve o aluno (a) a uma compreenso dos contedos, mas

ensinando-os tambm a forma acadmica de comunic-los.

Em sua etimologia a palavra Mono-grafia assegura um direcionamento do sentido

do que deve ser entendido como mono-grafia e, desta forma, estabelece os vestgios do que

precisa ser in-vestigado no processo de confeco e de avaliao da mesma. Mono significa

um, nico, e grafia escrita. Portanto mono-grafia significa a escrita de um, escrito por uma

nica mo, por um nico indivduo, quando este consegue dar um tratamento terico, numa

nica escrita, a um problema.

O prefixo mono aponta para os aspectos formais do trabalho, da pesquisa. A

mono-grafia a pesquisa escrita por um nico indivduo quando este consegue o movimento

de uma nica escrita na abordagem de uma questo. Como isto possvel? Mono-grafia, no

um artigo, no um paper, no um relatrio, no uma pea, no uma petio, no um

diagnstico ou resultado de um exame clnico... Mono-grafia um texto escrito explicitando

um nico tema a partir de vrios movimentos argumentativos (captulos!) que em seu con-

junto con-formam um nico tratamento temtico. Os captulo no devem ser justapostos,

colados, costurados como colcha de retalhos, sem manter uma lgica interna que os

justifiquem. A Mono-grafia, pois, estabelece uma lgica interna no trabalho, amarrando e

costurando os captulos numa interdependncia mtua. Com efeito, o primeiro captulo deve

tratar dos pressupostos cientficos da monografia, da pesquisa, e, os captulos posteriores,

desenvolvero, desdobraro as consequncias ou implicaes de tais pressupostos cientficos

at a consumao do captulo conclusivo. Portanto, a mono-grafia tem uma estrutura

silogstica em que o captulo primeiro desenvolvido para assegurar a possibilidade do

captulo conclusivo e os captulos posteriores, ao primeiro, desdobram-se at sua concluso

capitular obedecendo as leis da lgica: a concluso do captulo um conduz ao incio do

captulo dois e assim por diante at o ltimo captulo. Portanto a mono-grafia constituda de

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captulos e este em sees, mas tudo gravita em torno de um tratamento gradual do tema-

problema.

O sufixo grafia aponta, grita, clama e re-clama para os aspectos materiais da

mono-grafia. Uma vez assegurado a lgica interna do trabalho garantindo uma unidade,

coerncia e consistncia pesquisa, cabe-nos averiguar a sustentao material, conteudstica

do trabalho. Aqui deve ser observado a vinculao da mono-grafia ao curso, isto , quela

cincia que o candidato (a) pleiteia o grau de bacharelado. O tratamento da questo, do tema-

problema, daquilo que enche, por assim dizer, os olhos do candidato (a) de lgrimas,

motivando-o a escrever deve ser realizado de forma e com contedo acadmico. Isso significa

que a abordagem e confeco da monografia deve obedecer a linguagem culta, dominando os

termos tcnicos e as principais bibliografias de autores renomados da rea. Mas o candidato

(a) no deve escrever de forma obscura num rebuscamento de linguagem muito tecnicista. Ele

(a) tem que fazer o esforo intelectual de esclarecer o problema enquanto e como problema e,

talvez, possibilitar encaminhamentos de possveis solues e no obscurecer mais a questo

atravs de um mau uso da linguagem. O domnio e utilizao dos termos tcnicos de

determinada rea no devem justificar a no necessidade de explicitar tais conceitos por julg-

los evidente e bvio para quem da rea. A monografia deve ser um trabalho compreensvel

para qualquer intelectual de qualquer rea, pois ficar depositado na biblioteca disposio de

leitores.

A metodologia dever ser a mais apropriada para a abordagem de seu tema-

problema. A banca examinadora verificar se a metodologia adotada mostra-se coerente nas

diversas etapas da pesquisa possibilitando chegar a algum resultado, a saber: o captulo final

e/ou a concluso. Os dados coletados (os vestgios!) seja de natureza terica ou

emprico/prtica no so de per si a pesquisa, quando muito so a matria-prima sem a qual

no seria possvel a in-vestigao. Mais precisamente por isso imprescindvel a

interpretao desses dados coletados. Aqui para que seja possvel a interpretao, e no mera

opinio ou achismo, o candidato (a) deve se apoiar numa bibliografia de autores renomados

do pas e/ou do exterior, a partir de fontes, banco de dados confiveis e, sobretudo, de um ou

dois Referenciais Tericos. O Referencial Terico so conceitos de determinado autor (a)

forjado, criado por ele (a) ganhando no mundo acadmico e na cultura uma tremenda

importncia para explicar um determinado fenmeno. O (A) candidato (a), afinado (a) e em

consonncia com os autores trabalhados e a metodologia utilizada, deve servir-se de um

conceito ou teoria deste ou daquele Referencial Terico, sobretudo no captulo primeiro.

O candidato (a) far isso aplicando ao seu tema-problema mesmo que o Referencial

11

Terico, o autor ou autora, no tenha diretamente feito essa aplicao com a finalidade de

lanar alguma luz que permita visualizar alguma contribuio talvez inovadora questo.

Destarte, o primeiro captulo da mono-grafia desenvolver os pressupostos cientficos do

trabalho validando-a cientificamente a partir de um Referencial Terico consagrado.

importante deixar claro que a monografia, mesmo seguindo essas exigncias formais

e materiais, no visa obrigatoriamente apresentar uma soluo ao problema. A banca

examinadora, por conhecimento de ofcio e pela experincia de j ter passado por vrias

bancas ao longo de sua carreira acadmica, sabe, deve saber, e esse saber dever com

responsabilidade e autoridade ponderar os erros ou insuficincias para um trabalho que se

pretende monogrfico. melhor, e, por vezes, salutar verificar certos erros, nesse nvel

acadmico, bastante natural para o estudante concluindo sua graduao, quando esses erros

aparecem e se evidenciam pela clara tentativa do estudante desenvolver honesta e seriamente

sua monografia a partir dos critrios cientficos exigidos. Isso muito bom, surpreendente,

extremamente vlido academicamente. Mrito do candidato (a)! O pior e mesmo lamentvel

o estudante no atingir o mnimo dos critrios cientficos que justificariam e tornariam seu

trabalho uma monografia apresentando, ao contrrio, algo aparentado mais com um artigo, um

paper, um relatrio, uma pea processual etc. Isso deve ser evitado e filtrado ao mximo

possvel pelo orientador (a).

Havendo a necessidade da Defesa Pblica da Monografia, a Faculdade de Integrao

do Serto (FIS), externaliza, com isso, sua confiana e segurana na formao dada aos seus

alunos-estudantes, e, tambm, possibilita ousadamente o estudante comprovar essa segurana

ao submet-lo a uma banca examinadora. De fato, o candidato logo aps a defesa de sua

monografia sair com a alegria e segurana por ter tido trs professores, mestres ou doutores,

lido, anotado, riscado, rabiscado, arguido e, por fim, aprovado seu trabalho.

Para facilitar a confeco ou produo da monografia todos os cursos de graduao da

FIS inseriram, em sua grade curricular, duas disciplinas voltadas diretamente para a

monografia. TCC 1, ou Monografia Jurdica para o curso de Direito, em que a ementa da

disciplina volta-se e exige a construo do Projeto de Monografia. No semestre seguinte, o

aluno executar o Projeto de Monografia na disciplina TCC 2, e TCC no curso de Direito,

construindo os captulos de sua monografia. De modo que ao trmino desse segundo

semestre, em TCC 2 ou em TCC em Direito, o estudante possa defender sua monografia

diante de uma banca de examinadores aberta ao pblico.

12

1.2 A orientao e a relao orientador-orientando

O processo de orientao necessrio para o xito do itinerrio da pesquisa

porque o candidato ainda no tem a experincia na pesquisa cientfica. Na maioria das

vezes, o que bastante comum, o candidato nunca escreveu uma quantidade razovel de mais

de dez pginas dialogando com autores. Por outro lado, mesmo se j houvesse alguma

experincia na vida acadmica, como o caso de uma segunda graduao, ou mesmo no

mestrado e doutorado, sempre necessrio um interlocutor mais experiente. Esse interlocutor

(a), o orientador (a), para o nvel do bacharelado, torna-se mais que necessrio para que fale e

as vezes grite despertando, animando o candidato a trabalhar, a reformular o texto

corrigido. Nessa fase da confeco da Monografia imperioso que se escreva. No basta

mais ficar apenas lendo, lendo, especulando, refletindo. O orientador tem que dar a direo, a

luz, para que o candidato no perca o fio da meada, no desanime com as dificuldades que

porventura apaream, mas que mediante as tarefas in-dicadas pelo orientador seja possvel

driblar o adversrio e ter uma boa finalizao textual. Mas essa tarefa, a saber, da leitura e

escrita pessoal e intransponvel, no devendo, nem podendo, por exigncia tica, o

orientador (a) ousar fazer pelo aluno (a).

Tudo isso, porm, pressupe o esforo afetivo-intelectual do candidato em se dedicar

empenhando-se no desempenho sempre crescente e intensivo do que precisa ser lido,

compreendido, discutido e reconstrudo. Sem isso o processo de orientao torna-se

impossvel de progredir, de se efetivar. Fracassa-se antes mesmo de iniciar o

desenvolvimento. Embora tenha iniciado a gestao, aps a concepo do Projeto de

Monografia e o contato inicial com o orientador (a), a falta de zelo, de preguia no exerccio

intelectual e carncia de uma dieta saudvel, isto , a no privao de um excesso de

divertimento, entretenimento, para dar lugar ao estudo provoca um aborto dos possveis

resultados da orientao. uma morte e vida severina!

Orient-ao, oriente faz referncia ao nascer e despontar do sol. Oriente o locus em

que nasce o sol, surge a luz e emana o calor. Luz e calor so metforas do conhecimento e da

vida. Sem luz, mesmo que meu olho seja perfeito fisiologicamente, no serei capaz de ver as

coisas. E, por outro lado, na medida em que h vida em mim, anima, nimo, movimento,

dinmica, h entusiasmo (en-theos-mos), interesse, excitao, fogo, calor, en-volvimento. S

conhecemos o que vemos! Se no vejo H2O por detrs de toda aparncia, ou melhor,

sustentando todos os atributos ou propriedades da gua como transparncia, incolor, fria ou

quente etc, no conheo gua, mas limito-me a descrev-la. Se eu no me envolvo na pesquisa

13

e, por isso, no deixo-me ser envolvido pela orientao porque estou anmico, no porto

uma vida acadmica, no me com-porto como orientando, estou sem vida e sem entusiasmo.

Estou por fora, des-orientado, alienado, esttico, estagnado, sem dinmica e carente de

movimento porque como se eu no me interessasse por isto. Isso no me afeta, nem tenho

interesse de deixar-me ser afetado por isso. A consequncia a no produo, o

distanciamento do orientador (a).

Em tais situaes o candidato tem que ter o brio, a coragem, a galhardia de conversar

com o orientador e expor o problema. Tal atitude j expressa uma abertura para acolher a luz,

isto , a possibilidade de querer encontrar uma sada para essa situao. O orientador,

certamente, pelo dever de ofcio sabe lidar e enfrentar essa situao que quase sempre

acontece. O contrrio disso quando o candidato no assume sua responsabilidade nesse

processo de orientao e tenta procurar culpados para justificar para si mesmo e para os outros

o injustificvel. Como orientar quem no se deixa ser orientado? Como nortear, dar a direo,

apontar o caminho para quem no tem entusiasmo de seguir o que foi indicado e de caminhar,

do jeito todo prprio e pessoal, pelo caminho que foi traado que conduziria ao xito do

trabalho? Como falar para quem no quer ouvir, ou nem se quer se faz presente para ouvir,

acolher ou discutir criticamente o que est sendo dito, como est sendo dito, por que e para

que est sendo dito?

Para que esses perigos sejam amenizados preciso que o orientador (a) cumpra bem

seu dever, assuma com responsabilidade e segurana sua tarefa enquanto orientador (a)2.

importante o candidato ver segurana em seu orientador (a). A segurana e convico, oriunda

da vida de estudo e pesquisa do orientador (a), de algum modo reflete e atinge contaminando

positivamente o orientando (a). O orientador (a) para garantir o xito dessa relao orientador-

orientando (a) deve dar ao candidato uma fcil acessibilidade exigindo um contato contnuo e

direcionado em encontros presenciais e por outros meios como email.

A orient-ao, isto , a ao de ser o locus, o local ou o mbito onde a luz aparece

iluminando, clarificando a escurido das dvidas, incertezas e, assim, aquecendo, esquentando

lanando entusiasmo e envolvimento na pesquisa no pode deixar de diariamente ocorrer. E o

candidato (a), movido e co-movido pelo interesse de concluir de forma excelente seu curso,

para poder se destacar no mercado de trabalho, enfrenta a noite, desbrava a escurido do no-

22

Sobre a regulamentao concreta do procedimento de orientao em sua dimenso formal com a instituio,

isto , o cumprimento de prazos, entrega de relatrios ao NUPEX, o no comparecimento do orientando ou do

orientador (a) aos encontros de orientao e sua consequente recusa de continuar a orientar ou receber orientao

etc, remetemos os docentes e discentes ao Regulamento do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na

Modalidade Monografia, no ANEXO A.

14

conhecimento com disposio, mas justamente porque insiste e persiste em estar e em sair da

noite varando a madrugada estudando, sabe postar-se na posio adequada para ver o

despontar da luz que exorcizar a escurido. Possudo e afetado por tais disposies as

dificuldades sempre so superadas e o processo de orientao pode ser bem mais proveitoso e

frutfero. Esse ou essa procura ou vai ao encontro dos encontros com o orientador com o que

colheu e acolheu nas noites de estudo. E, assim, ser capaz de entender o que o orientador

orienta numa profundidade maior, porque saber re-colher o que est sendo dito como luz que

esclarece e resolve os ns cegos em que se enlaou em sua pesquisa.

Por tudo isso, a escolha do orientador fundamental para que no haja desarmonia na

relao orientador-orientando. O orientando (a) deve escolher aquele possvel professor (a)

que mantm uma afinidade intelectual com o que deseja pesquisar e com a forma como este

professor (a) trabalha3. O orientador ao orientar acompanhar todas as fases da pesquisa e

saber avaliar o desempenho e progresso do candidato ao longo da produo do trabalho. O

orientador (a), assim, ser de fato aquele que orienta, dando uma direo ao (a) orientando (a)

por nutrirem uma afinidade intelectual e, talvez, uma mtua admirao.

1.3 O depsito da Monografia e o papel da banca examinadora na Qualificao

Obedecendo o Regulamento do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na

Modalidade Monografia o candidato (a) dever depositar sua Monografia para ser submetida

a Qualificao. O ideal que o candidato deposite a monografia com todos os captulos ou

faltando apenas um captulo. A ideia da qualificao filtrar ao mximo os problemas, dando

um perodo, para os ajustes, reformulaes, construo e reconstruo do texto. Alm disso, o

candidato (a) se beneficia psicologicamente porque estar, na qualificao, perante a sua

futura banca de defesa pblica, numa sala fechada vedada ao pblico, com exceo dos

docentes da IES que desejarem assistir a qualificao. Ento, no dia da defesa pblica de sua

monografia o candidato (a) j tendo passado por um processo de avaliao por esta mesma

banca, se sentir mais seguro e mais a vontade diante da banca e do pblico.

Quali-fica-ao uma ao, uma atividade avaliativa que procura fornecer uma maior

qualidade ao trabalho. A banca examinadora deve obrigatoriamente deixar essa marca, esse

estigma. Ela deve ter conscincia da importncia do momento para o candidato e para a IES.

3 Sobre isso veja o Regulamento do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) na Modalidade Monografia, no

ANEXO A, em que delimita o nmero de seis orientandos para cada professor-orientador.

15

A banca examinadora sabe que ela se manter at o dia da defesa pblica em que o candidato

(a) pleiteia o grau de bacharelado. Ento, na qualificao cada examinador (a) deve examinar

minuciosamente a monografia para identificar todos os erros, equvocos, insuficincia

bibliogrfica, ambiguidade, contradio etc. Os examinadores, os avaliadores, devem para

isso evitar as generalidades, a repetio do que j foi observado pelo outro examinador, e os

comentrios superficiais que no tocam na qualidade essencial e comprometedora do trabalho.

Tanto na qualificao quanto na defesa pblica da monografia a fala dos

examinadores (a) tem que abranger os aspectos tcnicos-formais e de contedo. Os aspectos

tcnicos-formais compreendem erros de digitao, no obedincia a este modelo de

monografia da IES, ABNT etc, e o aspecto de contedo, material, abarcam os problemas de

insuficincia bibliogrfica, inexistncia de referencial terico, frases ou pargrafos confusos,

ambguos, contraditrios, uso inadequado da linguagem (tecnicismo), metodologia

inadequada ou no cumprindo com o que se prometeu, falta de lgica interna entre os

captulos, o captulo final ou a concluso no resultam como consequncia lgica dos

captulos anteriores etc. A diferena da qualificao e da defesa pblica que apenas na

defesa se exige a arguio. Na qualificao o momento do aluno escutar o que precisa

melhorar. No o momento de se defender ou justificar determinadas opes metodolgicas

ou de autores, a no ser que algum examinador (a) solicite isso.

1.4 O ritual da defesa da Monografia e procedimento da banca examinadora

O ritual da defesa da monografia importante de ser seguido liturgicamente porque

confere a formalidade e a seriedade exigido pelo momento e pela conjuntura de ser um

trabalho de concluso de curso. Alm disso, tendo a possibilidade de ser aberto para o pblico

necessrio uma responsabilidade maior para uma boa execuo do ritual causando a

percepo verdadeira da seriedade da IES.

Resumidamente, nos ateremos aos aspectos formais dos procedimentos da defesa

pblica da monografia. Os aspectos materiais, concretos, dependem do estilo e jeito de cada

examinador. O presidente da banca, o orientador (a) o responsvel por isso!

A sala tendo sido preparada para isso, isto , com uma mesa e cadeira para a

composio da banca examinadora e uma outra, separada, em destaque, no centro da sala,

para o candidato (a), e, tendo sido providenciado caf e gua, d-se incio a defesa da

monografia.

16

O presidente da banca examinadora, ou seja, o orientador (a), sentado entre os dois

examinadores (a) sada e agradece aos avaliadores (a), o candidato (a) e o pblico. Em

seguida anuncia que o candidato (a) fulano (a) de tal defender a monografia intitulada

XXXXXX: YYYYY. Caso haja pblico assistindo a defesa o presidente da banca conceder a

palavra ao candidato (a). O candidato (a) ao ttulo de bacharel deve servir-se da palavra

utilizando ou no recursos audiovisuais durante dez a quinze minutos. Se no houver pblico

o presidente da banca examinadora, o orientador (a), pode privar o candidato (a) desta

apresentao. Ora, ainda que na exposio oral algum tpico, alguma questo fica mais clara

para alguma eventual anotao ou arguio preparada por algum dos examinadores (a), isso

ser exigido, esclarecido ou cobrado esclarecimento no momento da arguio, na qual o

candidato (a) falar a vontade direcionado pelo que foi arguido dele. A apresentao do (a)

candidato (a), antes da arguio, s faz mais sentido para quem no leu o trabalho. Para o

pblico, pois, interessante escutar o candidato (a) at para entender a arguio da banca

examinadora, mas para a banca examinadora dispensvel e secundrio.

Lembramos que a fala do candidato (a) defendendo um trabalho monogrfico, no

mais um Projeto de Monografia. Portanto, no tem muito sentido e extremamente cansativo

para os membros da banca escutar o candidato falando de qual foi o seu tema, o objetivo

geral, os objetivos especficos etc. Ora, se fosse a defesa de um Projeto tudo isso apropriado

mas na monografia isso j foi absorvido na pesquisa. Antes de construir um edifcio de vrios

andares (captulos!) imprescindvel, necessrio fazer a Planta (o projeto!) do Edifcio: o

CREA, prefeitura etc exigem! Mas depois de pronto, o corretor no mostra mais a planta, o

projeto (isso j foi visto, mostrado!), o que se quer ver o prprio edifcio. Desejamos ver

como ficou de fato andando nele e por ele, visitando seus cmodos e dependncias! Por

exemplo: o objetivo geral a tese do trabalho e os objetivos especficos so as etapas

hierarquicamente estabelecidas para que torne possvel o xito, a execuo do objetivo geral.

Ento, se estamos numa defesa de monografia esses objetivos especficos j foram realizados,

construdos ganhando cada um captulo prprio na monografia. O candidato (a) deve, pois, ser

bem objetivo. Deve informar qual o problema e a motivao que o fez realizar a pesquisa,

quais procedimentos metodolgicos, autores e referencial terico adotados para que desse um

corpo de tratamento terico ao problema estruturando a monografia em tais e tais captulos.

Quanto a hiptese, como possvel soluo ao problema, em que medida ela se comprovou ou

no etc etc. Diante de tudo isso fazer uma breve, mas clara concluso. Lembramos que a

banca j leu e avaliou, riscou e rabiscou, os aspectos tcnicos-formais e materiais, de

contedo. Inclusive as perguntas j esto prontas. Ento, ser o mais claro e objetivo

17

evidenciando o que importa ser destacado para no cansar a banca, pois a arguio, a defesa

propriamente dita, ainda no comeou. O peso avaliativo da mono-grafia no est tanto na

oralidade, mas, sobretudo, na grafia, na escrita argumentada e bem fundamentada. Por isso

se chama mono-grafia! Antes de concluir sua apresentao, ou antes de passar a palavra para

o presidente da banca, seu orientador (a), o candidato (a) entrega uma errata, conforme a

ABNT, para a banca examinadora, caso haja identificado erros etc.

Em seguida o presidente da banca agradece ao candidato (a) e concede a palavra aos

membros examinadores (as). Pode ter dois procedimentos a depender da determinao do

presidente em comum acordo com os examinadores (a): ou cada examinador (a) faz a sua

avaliao do trabalho pgina a pgina, pargrafo a pargrafo, linha a linha e s depois o

candidato toma a palavra para responder a arguio de ambos, ou (o que mais comum) o

candidato responde a arguio aps cada membro expor as observaes e questes.

importante que o candidato no interrompa o examinador (a) para esclarecer algo. Anote tudo,

em silncio, na sua monografia, que deve ser uma cpia fiel da que os examinadores (as)

receberam, sem nenhuma modificao, e, aps o trmino da exposio do examinador (a) o

candidato (a) ter a oportunidade e necessidade de responder. O presidente da banca

perguntar ao examinador (a), ao fim da fala do candidato, se ele (a) est satisfeito com a

resposta ou se deseja uma explicitao melhor do que foi perguntado. Se isso ocorrer o

presidente da banca faculta novamente a palavra ao candidato (a). Quando o examinador (a)

ficar satisfeito o presidente da banca passar a palavra ao outro examinador (a). O

procedimento da fala dos examinadores (as) j fizemos meno ao tratar da qualificao. O

orientador, porm, apenas um maestro orquestrando sinfonicamente este momento. A

msica tocada pelo candidato (a) e examinadores (as). O presidente da banca, o orientador

(a), no deve ficar defendendo o candidato (a), refazendo as perguntas do examinador (a) para

uma melhor compreenso do candidato (a). Isso j faz parte do processo avaliativo e o prprio

examinador (a), sentindo necessidade pedir para refazer a questo se for o caso. Ou o prprio

candidato (a) solicitar, com gentileza, ao examinador (a) para a pergunta ser refeita.

Encerrado o momento da arguio aps os examinadores (as) terem avaliado o

trabalho da Capa s Referncias, Anexos, sem se prender em generalidades, repeties e

superficialidades, mas sendo exigente com aquilo que o candidato (a) se props fazer e com

os critrios cientficos de um trabalho dessa natureza, finaliza-se a defesa da monografia.

A banca deve ter conscincia que ao examinar, avaliar uma monografia numa defesa

pblica, ela ao mesmo tempo, avaliada e examinada pelo orientador, pelo outro examinador

18

(a) e pelo pblico no que concerne a sua responsabilidade, competncia e habilidade

acadmica numa avaliao desse tipo.

Nesse momento, o presidente da banca, o orientador (a), toma a palavra para informar

que o procedimento da arguio e defesa chegou ao fim. interessante, nesse momento,

(apenas nesse momento!) o orientador (a) falar sobre o processo de orientao. Mas deve ser

algo muito rpido sem desejar ou parecer que esteja induzindo ou constrangendo a banca,

puxando o saco. E, sobretudo, o momento para o orientador (a) ponderar a fala de algum

examinador (a) ao justificar que foi sua orientao a escolha por determinados procedimentos

metodolgicos que o candidato assumiu. Mas deve ser uma fala breve, porque a monografia

do candidato (a) e no do orientador (a).

Aps essas breves consideraes, com gentileza, o presidente da banca convida o

pblico e o prprio candidato a se retirarem da sala para que a banca examinadora possa

conversar e determinar a nota da monografia. Quando todos sarem, inclusive, outros docentes

da IES, que, porventura estejam presentes, o presidente da banca fornece o Registro de notas

de avaliao de monografia para cada membro da banca registrar de caneta a nota da

monografia. o momento em que os examinadores (as) conversam entre si depois de cada um

ter feito a arguio e observado o outro fazer o mesmo, eles (as) discutem e julgam a melhor

nota para a monografia. Seria interessante que o orientador desse sua nota s aps os dois

examinadores (as) informarem a deles para no constranger a banca examinadora. Pode haver

dois procedimentos: ou os examinadores entram em comum acordo sobre a nota e, neste caso,

o orientador deveria possivelmente apenas registrar a nota, ou se no houver acordo entre os

dois examinadores sobre a nota, ento, cada um, inclusive, o orientador (a), registra sua nota

no formulrio. O presidente da banca faz o clculo da mdia, comunica aos examinadores. Se

tudo estiver de acordo, ento o presidente da banca registra os dados na Ata de Defesa Pblica

da Monografia4 inserindo a nota e informando se o aluno foi aprovado, com ou sem ressalvas,

se foi reprovado, se as sugestes dadas na banca so apenas sugeridas ou exigidas. Tudo isso

constar na Ata de defesa.

Aps terminar de transferir o registro desses dados na Ata de Defesa Pblica da

Monografia, ento o presidente da banca chama o candidato (a) e o pblico. O presidente da

banca, junto com os outros examinadores, de p e com a Ata de defesa em mos, pede para o

candidato e os presentes ficarem tambm de p. Em seguida passa a leitura da parte central da

Ata de Defesa Pblica da Monografia em que, ao final, profere a nota e comunica se o aluno

4 Cf. ANEXO B Ata de Defesa Pblica da Monografia

19

foi aprovado. Se aprovado a banca examinadora, representando a IES e a sociedade, confere o

requisito central e fundamental para a aquisio do ttulo de bacharel.

20

2 A ESTRUTURA DO PROJETO DE MONOGRAFIA

Respeitando a especificidade e peculiaridade de cada curso a FIS inseriu a disciplina

de TCC 1 em seus cursos e Monografia Jurdica em Direito. Essas disciplinas, embora com

nomenclaturas diferentes, tm a mesma finalidade, a saber: elaborar o Projeto de Monografia.

Qual a necessidade de elaborar um Projeto de Monografia um semestre antes de

comear a confeccionar a Monografia? Essa uma poltica pedaggica responsvel da FIS ao

oferecer aos estudantes, em um semestre, a oportunidade de adquirir uma clareza de um tema-

problema, a familiaridade com os autores renomados nessa questo, o conhecimento da

escrita acadmica e das normas da ABNT. Se o estudante tiver a inteligncia astuta para

aproveitar bem a disciplina, ele ter todo um semestre, mais ou menos quatro meses de aula,

para apropriar-se de seu tema-problema conhecendo as principais perspectivas doutrinrias ou

teorias dos principais autores que so autoridades acadmicas nessa questo. Fazendo isso

iniciar o TCC 2 ou TCC, no curso de Direito, no semestre seguinte, com as leituras mnimas,

suficientes e necessrias para comear a escrever a monografia sem ter que iniciar do zero.

O Projeto de Monografia compreende os elementos pr-textuais, os elementos textuais

e os elementos ps-textuais, como ser ilustrado no quadro abaixo. A quantidade de pginas

do Projeto de Monografia deve computar um nmero mnimo de treze (13) at o mximo de

quinze (15) pginas. O pargrafo inicial de uma seo deve ser separado do ttulo dela por

uma linha apenas (um enter) e, ao terminar o texto de uma seo, comea o ttulo da seo

seguinte aps duas linhas (dois enter), ao contrrio do que ocorre na monografia em que o

captulo inicia sempre em outra lauda.

ESTRUTURA DO PROJETO DE MONOGRAFIA

Elementos pr-textuais Elementos textuais Elementos ps-textuais

Capa5 Justificativa Referncias

Folha de rosto6 Delimitao do Tema-

problema

Anexos [opcional]

Sumrio Objetivo Geral Apndices [opcional]).

Epgrafe [opcional] Objetivos Especficos

Metodologia

5 Cf. ANEXO C CAPA [do Projeto e da Monografia]

6 Cf. ANEXO D Folha de Rosto [do Projeto]

21

Fundamentao Terica

Plano de Trabalho

Cronograma

2.1 Justificativa

A justificativa7 o primeiro elemento textual. Ela deve ter no mnimo uma lauda

completa ou no mximo uma lauda e meia. A finalidade da jus-tificativa mostrar e

demonstrar o direito (jus), a razo de ser, a pertinncia e validade da pesquisa.

Os aspectos formais, aquilo que precisa aparecer e transparecer no texto da

justificativa:

apresentar o tema-problema vinculando ao curso, isto , assegurando que o trabalho

monogrfico especificamente desta cincia em que o candidato pleiteia o

bacharelado;

evidenciar a relevncia acadmica-cientfica e as implicaes sociais e culturais disso

decorrente;

Expor as motivaes pessoais e intelectuais que o fazem desejar realizar a pesquisa,

assim como, se for o caso, relatar a experincia profissional se estiver relacionada ao

tema-problema (esse item deve ser o mais curto e breve possvel);

2.2 Delimitao do Tema-problema

A delimitao do tema-problema trata do objeto da pesquisa apresentando a

abordagem ou perspectiva adotada em relao ao tema-problema. A de-limitao do tema

problema traduz o limite na abordagem evidenciando o problema. No para falar apenas do

tema, do assunto genericamente. Mas de um tema que , por sua vez, ao mesmo tempo, um

problema, isto , um tema-problema. Um tema-problema que merece, pois, uma investigao.

importante que tanto o problema quanto sua delimitao estejam bastante claros

para tornar possvel a monografia. Essa no ter nem a extenso, nem a profundidade de uma

7 Cf. ANEXO E - Justificativa

22

dissertao ou de uma tese de doutorado. Portanto, importante delimitar bem para que no

seja algo muito pretencioso ou irreal para ser realizado durante um semestre.

O texto da delimitao do tema-problema deve ter no mximo meia lauda. Depois de

delimitado, atravs do tempo, espao, do mbito regional, municipal etc, deve apresentar as

hiptese de trabalho, isto , possveis solues ao problema. Deve finalizar o texto fazendo

vrias perguntas com o intuito de interpelar o leitor jogando-o, por assim dizer, para dentro da

problemtica para que possa sentir epidermicamente a necessidade das respostas. A resposta

ser a sua futura monografia!!!

2.3 Objetivos

O texto dos objetivos tero no mximo meia lauda para ambos. No para construir

pargrafos imensos. Aqui a espinha dorsal da futura monografia. A estrutura da monografia,

seus captulos, provm daqui, e, o texto da Fundamentao Terica, segue essa direo

dialogando com os autores.

2.3.1 Objetivo Geral

O Objetivo Geral a tese da futura monografia. aquilo que enche os olhos de

lgrimas e, em virtude disso, comporta uma grande motivao pessoal e intelectual. a

sntese, em duas ou trs linhas, da futura monografia.

2.3.2 Objetivos Especficos

Os Objetivos Especficos so as etapas hierrquica e logicamente estabelecidas para

que torne possvel o xito e a realizao do Objetivo Geral e, portanto, da futura monografia.

Devem ser trs ou no mximo quatro especficos. Eles sero os captulos da futura

monografia. O primeiro especfico o pressuposto cientfico do trabalho. Devem iniciar com

o verbo no infinitivo em duas ou trs linhas: analisar..., investigar..., descrever..., definir...

23

2.4 Metodologia

O texto da metodologia deve ter meia lauda. Os aspectos formais que devem aparecer

na metodologia enquanto procedimentos metodolgicos e estratgias de ao so:

Mtodos primrios (dedutivo, indutivo, dialtico, hipottico-dedutivo, sistmico etc) e,

se necessrio, isto , se o tema-problema exigir indicar os mtodos secundrios

(estatstico, comparativo, histrico etc). Os mtodos primrios so excludentes, isto ,

s pode ser utilizado um. Os mtodos secundrios no so excludentes, isto , podem

ser utilizados mais de um a depender da necessidade da pesquisa;

Procedimentos tcnicos (bibliografia, laboratrio, entrevista gravada, questionrio

estruturado ou semi-estruturado [com possibilidade de questes abertas para o

entrevistado responder] etc) como o elemento que assegura o xito do mtodo e,

portanto, permite a pesquisa chegar a algum resultado. Dever indicar os

procedimentos e o como, isto , a forma como ser utilizado;

Tipos de pesquisa (pesquisa descritiva, exploratria, explicativa, bibliogrfica,

laboratorial, de campo, case [estudo de caso] etc) que a pesquisa monogrfica se

encaixa para melhor capacidade de reconstruo do objeto de pesquisa informando se

quantitativa, qualitativa e de que forma isso se dar.

2.5 Fundamentao Terica

a parte mais fundamental, mais densa do Projeto de Monografia. Sem uma

fundamentao bem fundamentada no existe Projeto de Monografia! Todos os

elementos do Projeto de Monografia, descritos at agora, no devem aparecer neles nenhuma

citao de nenhum autor ou autora. Apenas, agora, na Fundamentao Terica, que pela

primeira vez aparecem as citaes, os autores. Portanto, tudo o que se escreveu na

Justificativa, na Delimitao do Tema-problema, nos Objetivos (Geral e Especficos) e na

Metodologia so apenas pretenses do possvel futuro candidato monografia. Enquanto

pretenso do futuro pesquisador elas devem estar bem consistentes e logicamente inter-

relacionadas. Mas agora no texto da Fundamentao Terica preciso mostrar, melhor,

demonstrar, provar essa pretenso como sendo logicamente consistente, vlida

cientificamente e exequvel, ou seja, possvel de ser realizada em um semestre. Ao ler o texto

da Fundamentao Terica o leitor deve reconhecer que a primeira parte, enquanto pretenso

24

do pesquisador, mostrou-se, tornou-se, s agora, de fato, concreta e possvel de ser realizada.

O candidato (a) mostra e demonstra que conhece e domina a literatura da rea e, assim, parece

capaz da maturidade intelectual de fazer a monografia!

O texto da Fundamentao Terica deve ter um mnimo de seis (6) pginas e o

mximo de (8) pginas. A Fundament(a)-ao Terica a ao ou atividade reflexiva-

intelectual de mostrar os fundamentos do tema-problema, ou de coloc-los, reconstru-los.

Portanto, o que se espera um dilogo com os autores renomados sobre os fundamentos, quer

dizer, sobre a sustentao terica que possibilita determinado entendimento doutrinal ou de

uma teoria que explica e orienta uma determinada prtica. Mas no texto da Fundamentao

Terica as citaes dos autores no devem ser jogadas, soltas, sem a necessria explicitao.

Quando h colcha de retalhos, logo se percebe as coloraes, tonalidades e costuras

diferentes, sobrepostas. O professor (a) experiente dificilmente no percebe! comum o

pesquisador iniciante escrever uma ou duas linhas e fazer uma citao e, sem os devidos

comentrios para justificar a citao, j traz outra citao. Outro erro fazer uma citao

direta ou indireta e, ao invs do devido comentrio, traz outra citao como se a segunda

citao por si s explicasse a outra: no se pode explicar uma citao com outra citao!

Construir a Fundamentao Terica dessa forma, quando no se caracteriza plgio,

certamente um monlogo confuso e, s vezes, obscuro. Certamente o prprio texto com-prova

a falta de cientificidade do prprio texto! preciso trazer as citaes dialogando com elas,

interagindo. Isso porque as citaes esto todas voltadas sobre o tema-problema, isto , os

autores renomados esto falando sobre seu tema-problema, seja corroborando, seja criticando

a sua perspectiva ou abordagem. Como no se posicionar diante delas, do que eles (as) esto

dizendo?!

A Fundamentao Terica a reviso bibliogrfica, o estado da arte, o status

quaestionis, isto , a capacidade e domnio em que o candidato, a realizar uma futura

pesquisa, demonstra das vrias posies dos autores renomados sobre seu tema-problema,

sobre o estado da questo.

Os aspetos formais que devem aparecer para que transparea o status quaestionis so:

Mostrar a partir dos autores, citaes, que o tema-problema realmente um tema-

problema, quer dizer, que sobre determinado tema ou assunto dentro de uma rea ou

campo de atuao de uma cincia (representado pelas disciplinas do curso!) existe um

problema que merece uma investigao;

Evidenciar as principais teses, teorias ou entendimentos doutrinrios pelas citaes dos

mais ilustres tericos da rea como sendo as possveis solues, as vrias

25

possibilidades e perspectivas de ver, de explicar, de conhecer, de compreender o tema-

problema;

Depois de ter demonstrado, resumidamente, as principais posturas tericas sobre o

tema-problema, o leitor pode provocativamente perguntar: E da? O que se faz com

isso? Qual tua posio terica, tua perspectiva, como ser tua abordagem?. Aqui,

comea o terceiro elemento, enquanto aspecto formal, do texto da Fundamentao

Terica: voc precisa se afinar, entrar em diapaso, em sintonia e harmonia, com uma

postura terica e explic-la, quer dizer, mostrar as razes que fazem com que voc

opte por ela e no pelas outras.

No ltimo pargrafo da Fundamentao Terica, voc deve valid-la cientificamente

apontando um Referencial Terico; isso se o terico trabalhado no tpico anterior no

for o criador de uma corrente de pensamento. Deve informar, pois, em um pargrafo o

Referencial Terico adotado enquanto plataforma terica a partir do qual, isto , de tal

ou tal teoria, ou de tal e tal conceito, como lentes de um culos, permitir enxergar

com maior definio e melhor nitidez o problema ou uma possvel soluo ao

problema.

2.6 Plano de Trabalho

Depois de justificar e delimitar o tema-problema, de traar os objetivos da monografia

e estabelecer os procedimentos metodolgicos e estratgias de ao e, tendo, realizado a

fundamentao da monografia, importante estabelecer um plano ou esquema de trabalho. De

modo que o aluno termine a disciplina de TCC 1, ou Monografia Jurdica em Direito, indo

para as frias j com o projeto de monografia pronto e aprovado, tendo adquirido, atravs das

leituras e estudos, uma familiaridade com os pesquisadores da rea, e sabendo quais sero os

captulos provisrios de sua monografia.

O Plano de trabalho o sumrio da futura monografia, deve ter meia lauda:

SUMRIO

INTRODUO

1 TTTTTTTTTTTTT: UUUUUUUUU

2 VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV

3 XXXXXXXXXXXXDAQUESTO!!!

CONCLUSO

26

REFERNCIAS

2.7 Cronograma

Sabendo concretamente dos captulos provisrios da futura monografia o candidato (a)

procurar executar sua monografia enfrentando um problema de cada vez. Nas frias j

deveria fazer o levantamento bibliogrfico de todos os captulos, sobretudo das fontes

primrias. A execuo do Projeto de Monografia, aprovado, em TCC 1, ou Monografia

Jurdica, ser realizado na disciplina de TCC 2, ou TCC em Direito: primeira Verificao de

Aprendizagem (1 V.A.) mais de um captulo e na segunda verificao de Aprendizagem (2

V. A.) com mais de dois captulos dever ser realizada a Banca Examinadora de

Qualificao. Tendo sido reprovado pela Banca Examinadora de Qualificao o aluno (a)

perde a disciplina e necessitar, no semestre seguinte, curs-la novamente. Caso seja aprovado

pela Banca Examinadora de Qualificao o candidato (a) dever at o ltimo dia letivo do

ltimo semestre, respeitando os prazos estabelecidos pelo Regulamento, defender a

monografia.

O Quadro do Cronograma deve ser assim:

ETAPAS

DA PESQUISA

FRIAS MS

Fev/Ago

MS

Mar/Set

MS

Abr/Out

MS

Mai/Nov

MS

Jun/Dez

Levantamento

bibliogrfico

X

Leitura, anotaes e

fichamento (LAF) do

Captulo 1

X X

Produo do Captulo 1 X

Entrega ao orientador

(a)

X X X X X

LAF do Cap. 2 X

Produo do Captulo 2 X

Elaborao de

Questionrio etc

X

27

Aplicao de

Questionrio etc

X

Reviso Ortogrfica X X X

LAF do Cap. 3 X

Produo do Captulo 3 X

DEPSITO X X

QUALIFICAO X

DEFESA PBLICA X

2.8 Referncias

Deve aparecer nas Referncias apenas a bibliografia e os textos mencionados na

Fundamentao Terica sendo suficientes para fundamentar a futura monografia. As fontes

devem ser confiveis e os autores citados devem ser expressivos e renomados na rea para

que o Projeto tenha maior confiabilidade e seriedade acadmica. Evitar citar obras de autores

traduzidos por editoras que no gozam de muita respeitabilidade no meio acadmico, em

virtude de ms tradues e de ser pouco criteriosa cientificamente em suas publicaes.

28

3 A ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

Assim como no Projeto de Monografia, seguindo a ABNT, a estrutura da Monografia

constituda dos elementos pr-textuais, textuais e ps-textuais, como pode ser visualizado no

quadro abaixo.

A estrutura monogrfica, sobretudo, no Desenvolvimento, nos captulos, segue uma

estrutura silogstica, isto , de raciocnio, de argumentao, de concatenao das ideias, de

demonstrao. Postos os fundamentos, os pressupostos cientficos, assentada a sapata do

futuro edifcio cientfico (= premissa maior), segue-se necessariamente a construo e

levantamento dos captulos 2 e 3 (talvez 4), dos andares do edifcio, e seu rebuscado

acabamento e designer prprio e peculiar a cada pesquisador em virtude da criatividade e

estilo da escrita.

3.1 Elementos pr-textuais

Sobre os elementos obrigatrios e os opcionais veja o quadro abaixo. Nos anexos

aparecem alguns modelos como exemplificao e orientao.

O ttulo e o subttulo, se houver, deve ser claro, conciso e objetivo como exige a

ABNT. O ttulo deve estar relacionado claramente com o tema-problema. Nada de ttulos

obscuros por uma linguagem tecnicista que impossibilita qualquer indexao de publicao.

Os ttulos devem retratar o problema e devem facilmente ser identificados por quem l-lo. O

subttulo, se houver, tem como finalidade explicitar e precisar o sentido que ser dado aos

elementos do ttulo.

A natureza do trabalho, tanto no Projeto, quanto na Monografia, deve ser escrita em

fonte 11, espao simples e com recuo de 8 cm.

3.2 Introduo

Na Introduo espera-se encontrar a apresentao do que foi desenvolvido na

monografia. a ltima coisa a ser feita, a ser escrita, no processo de construo ou confeco

da monografia. Mas ser uma das primeiras coisas a serem lidas pelo leitor! Tendo in mente o

29

texto completo, os captulos escritos, isto , a monografia feita, ento possvel descrever o

percurso para o leitor.

Mas importante no explicitar ou desenvolver a explicao desse percurso reflexivo

de modo muito detalhado. preciso oferecer a dose correta e exata ao leitor, sem que o

envenene com anorexia intelectual. preciso, ao contrrio, despertar no leitor o interesse pela

leitura do trabalho monogrfico. Deve escrever a Introduo com as informaes persuasivas

e apetitosas para provocar o desejo do leitor de tritur-las.

A Introduo deve ser escrita em texto corrido. No deve, pois, aparecer ttulos

de sees, ou tpicos, dentro da Introduo. As informaes de apresentao do problema,

das hipteses, dos objetivos, dos procedimentos metodolgicos e estratgias de ao devem

aparecer naturalmente no texto da Introduo, mas sem destac-los em ttulos de sees.

Depois dessas informaes o candidato (a) passa a informar sobre como deu corpo de

tratamento terico a tudo isso, isto , informa brevemente como est estruturado os captulos e

o que desenvolve em cada um deles.

3.3 Captulo 1

o primeiro Objetivo Especfico transformado, quer dizer, tendo sido explicitado,

demonstrado, desenvolvido em forma de captulo. No mais, pois, um objetivo especfico

que se almejava desenvolver no Projeto de Monografia, mas ele desenvolvido efetivamente

tendo sido transformado num captulo da Monografia. Nele so discutidos os pressupostos

cientficos da pesquisa monogrfica. a premissa a partir da qual sero desdobradas as

implicaes lgicas at alcanar o resultado esperado no ltimo captulo. Deve ter entre mais

ou menos quinze (15) a vinte (20) pginas de texto. Pela lgica, menos de quinze (15)

pginas no configura um captulo propriamente, mas uma seo de um captulo e, como um

captulo no apenas uma seo mas mais de uma, logo lgico que entre quinze a vinte

pginas um nmero razovel de pginas.

no primeiro captulo que mais diretamente estabelecido um dilogo com o

Referencial Terico adotado, pois o tema-problema tem sua raiz e origem numa relao com a

sociedade ou com os benefcios que dela decorrem para o homem e a sociedade. Essa

origem, essa relao precisa ser explicitada e contextualizada em vista de uma melhor

compreenso e profundidade explicativa do prprio tema-problema que se pretende pesquisar.

, portanto, a parte menos dogmtica, menos tcnica da pesquisa, mas sem ela no faz

30

sentido a dogmtica, a tcnica. Isso porque a dogmtica, a tcnica s surge, s faz e apenas

tem sentido, em virtude de sua necessidade na realidade social, cultural e cientfica. Por isso

um captulo necessrio e no deslocado, mas que mantm uma lgica interna profunda dando

validade cientfica pesquisa.

3.4 Captulo 2

No captulo 2 comea-se a se acercar cada vez mais de perto e com mais profundidade

da questo. Inicia-se, assim, os desenvolvimentos iniciais da pesquisa num claro, natural e

necessrio encadeamento lgico do captulo anterior. Deve ter entre mais ou menos quinze

(15) a vinte (20) pginas de texto.

3.5 Captulo 3

No captulo 3, ou no ltimo captulo, alcana-se o resultado da pesquisa que de-corre

como consequncia lgica dos captulos anteriores. Como num funil, os desenvolvimentos

dos captulos foram afunilando-se at resultar no que se esperava, no X da questo. Deve

ter entre mais ou menos quinze (15) a vinte (20) pginas de texto.

3.6 Concluso

Na Concluso, que no pode ser muito extensa, deve ter uma retomada do tema-

problema e dos resultados parciais que cada captulo forneceu. Por fim, o candidato (a) pode

ou deve fazer alguma ilao a partir dos dados analisados e interpretados; pode ou deve

indicar alguma lacuna que, em virtude do tempo (um semestre) e do grau pretendido

(bacharelado), seria impossvel de ser evitado. E, exatamente por isso, numa pesquisa

posterior (artigo, captulo de livro, dissertao) enfrentaria o problema na tentativa de

encaminhar uma possvel soluo.

31

3.7 Elementos ps-textuais

Sobre os elementos obrigatrios e os opcionais, veja o quadro abaixo. Nos anexos

aparecem alguns modelos como exemplificao da normatizao.

O quadro abaixo retrata a estrutura da monografia:

ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

Elementos pr-textuais Elementos textuais Elementos ps-textuais

Capa INTRODUO Referncias

Folha de rosto8 1 TTULO DO CAP. 1 Glossrio [opcional]

Errata [opcional] 2 TTULO DO CAP. 2 Apndices [opcional]).

Folha de Aprovao9 3 TTULO DO CAP. 3 Anexos [opcional]

Dedicatria [opcional] CONCLUSO ndice [opcional]

Agradecimentos [opcional]

Epgrafe [opcional]

Resumo na lngua

verncula10

Resumo na lngua

estrangeira

Lista de ilustraes

[opcional]

Lista de tabelas [opcional]

Lista de abreviaturas e

siglas [opcional]

Lista de smbolos

[opcional]

Sumrio11

8 Cf. ANEXO F Folha de Rosto [da Monografia]

9 Cf. ANEXO G Folha de Aprovao

10 Cf. ANEXO H - Resumo

11 Cf. ANEXO I - Sumrio

32

4 APRESENTAO GRFICA E ABNT

Deve ser seguida e obedecida as normas da ABNT e, portanto, acompanhar e seguir as

suas sempre e constantes modificaes, quando no ferirem as determinaes deste Manual

da Monografia. Isto , existem determinadas sugestes ou mesmo exigncias de algumas

normas da ABNT que a IES opta por seguir uma outra orientao por julgar mais didtico e

cientificamente mais apropriado. Um exemplo, alm dos j indicados neste Manual: a ABNT

exige que a Introduo seja numerada, mas a Introduo no um captulo e, por isso,

optamos e determinamos que as monografias na FIS no numerem nem a Introduo, nem a

Concluso.

A fonte utilizada deve ser Times New Roman. Depois de um ttulo de uma seo (1

XXXXXX) o incio do pargrafo escrito aps uma linha (um enter). No trmino de uma

seo (1 XXXXXX), para iniciar outra seo (2 XXXXXX) deve ser separado por duas linhas

(dois enter). Entretanto, todo o captulo tem incio sempre em uma lauda necessariamente,

mesmo que o trmino do captulo anterior termine com menos de meia lauda. Nunca um

captulo deve iniciar numa lauda em que tenha texto do captulo anterior.

A ABNT fala do termo Concluso e no Consideraes Finais. Em muitos

meios acadmicos costuma-se escutar que prefervel utilizar a expresso Consideraes

Finais. A justificativa argumentativa que a expresso Concluso mais fechada e sendo

fato que um trabalho acadmico nunca fecha completamente a questo, o termo mais razovel

para um trabalho acadmico Consideraes Finais e no Concluso. Mas acreditamos

que essa explicao no ajuda muito, pois esse argumento tambm pode ser utilizado para

defender a utilizao da expresso Concluso. Ora, como recusar a expresso Concluso

por dar uma ideia de fechamento da questo e optar pela expresso Consideraes Finais, se

o sentido parece ser o mesmo uma vez que finaliza (Finais!) determinadas consideraes

aps a trmino do trabalho? Por esta razo, para alm da discusso de termos preciso

salvaguardar o sentido, do que precisa ser encontrado numa Concluso ou Consideraes

Finais. O contedo mais importante! Por isso, as monografias da FIS seguir a ABNT nesse

ponto adotando o termo Concluso.

A mesma forma que estiver grafado no Sumrio deve aparecer no corpo do trabalho.

As sees no numeradas (Introduo Concluso, Referncias etc) e as sees primrias

devem ser escritas com letras maisculas e negritadas. As sees secundrias devem ser

escritas negritadas e apenas a primeira letra maiscula. As sees terciria devem ser escritas

com letras sem ser negritadas e com apenas a primeira letra maiscula. A padronizao da

33

Monografia em Direito na FIS possibilita adotar at a seo terciria. A razo de tal

obrigatoriedade Para uma melhor visualizao disso confira o ANEXO I Sumrio.

Exemplo de sees:

SEO

PRIMRIA

SEO

SECUNDRIA

SEO

TERCIRIA

SEO

QUATERNRIA

1 1.1 1.1.1 1.1.1.1

2 2.1 2.1.1 2.1.1.1

Toda vez que no corpo do texto do Projeto de Monografia e na Monografia,

excetuando nas Referncias, aparecer o ttulo de determinada obra deve ser escrito sempre em

itlico, sem aspas.

34

5 EXEMPLOS DE CITAES E REFERNCIAS12

As citaes de obras de autores renomados na rea e relevantes para o tratamento

terico da questo imprescindvel num trabalho acadmico. No possvel que um trabalho

que se pretenda acadmico-cientfico no seja realizado num dilogo com autores. As citaes

podem ser diretas ou indiretas.

As citaes diretas so determinadas passagens textuais, transcries ipsis litteris, ou

in verbis. Elas devem estar entre aspas e, no trmino da citao, entre parnteses, o sobrenome

do autor de letras maiscula, ano de publicao da obra, entre virgulas, e o nmero de

pginas. Ex: (SEVERINO, 2007, p. 49). Tambm possvel que o nome do autor fique fora

do parnteses, nesse caso ficar desta forma: Na compreenso de Severino (2007, p. 49)

[...].

Se dentro da citao, no original, existir alguma palavra ou expresso entre aspas, na

citao elas devem aparecer com aspas simples. Quando a citao tiver mais de trs linhas

deve ser dado um enter, um espao de uma linha, recuo de quatro centmetros, e fonte menor,

isto , 11. Alm disso, no necessrio, nesse caso, utilizar aspas porque j existe o recuo e a

diminuio da fonte assegurando o destaque da mesma. Mas, neste caso, da citao com

recuo, se no original alguma palavra ou expresso estiver com aspas, aqui, na citao com

recuo, dever aparecer com dupla aspas. Se no original, o texto da citao, tiver algum termo

destacado em negrito, sublinhado etc, dever obrigatoriamente informar de acordo com o

exemplo: (SEVERINO, 2007, p. 49, grifo do autor). E no caso do destaque ser feito por ns,

isto , no original no h nenhum destaque, mas voc enquanto pesquisador, deseja dar um

destaque, chamar a ateno do leitor para uma palavra ou expresso dando ensejo a uma

interpretao sua, deve tambm informar isso ao leitor. Exemplo: (SEVERINO, 2007, p. 49,

grifo nosso).

Expresses em lngua estrangeira devem ser escritas em itlico e o seu significado em

portugus deve aparecer entre colchetes. Na citao qualquer supresso deve ser feita usando

reticncias dentro do colchetes ([...]), ou se houver algum acrscimo explicativo de uma

palavra ou conceito na citao para uma melhor compreenso do recorte da mesma, este

dever ser escrito entre colchetes ([xxxxxx]).

As citaes indiretas devem ser usadas com prudncia e parcimnia, sem exageros na

utilizao. comum que o pesquisador iniciante sinta a tentao de fazer de cada pargrafo

12

Cf. ANEXO J - Referncias

35

uma citao indireta como se um pargrafo explicasse o outro sem nenhuma intermediao

interpretativa. A citao indireta ocorre quando o candidato (a) resume uma determinada

passagem textual, geralmente representando um movimento argumentativo da tese do autor,

um captulo, ou mesmo a obra no todo. No necessrio indicar o nmero de pgina, apenas

o ano da publicao da obra, porque na citao indireta se conserva a tese do autor (a), mas a

apresenta com as prprias palavras, logo, evidentemente, as palavras com que resumimos no

se encontra na obra original. Por isso, devemos utilizar a citao indireta quando se fizer

necessrio e no recheando o trabalho com citaes indiretas porque desvaloriza o mesmo e

fornece uma impresso de um trabalho sem substncia, sem densidade ou profundidade. Ex:

Perelman (2000) defende a ideia que a lgica jurdica [...].

Para a ABNT o sistema de citao pode ser apenas um: ou o sistema numrico, ou o

sistema autor-data. As monografias da FIS devero utilizar apenas o sistema autor-data,

reservando o p de pgina para as notas explicativas. As notas explicativas, notas de rodap,

muito til e necessrias num trabalho acadmico porque sempre tocamos em questes ou

subtemticas que extrapolam os limites de nossa investigao, de modo que no podemos nos

demorar em explicaes sobre isso. Ento, em tais momentos, em que a explicao no cabe

no corpo do texto, pois promoveria uma ruptura com o que se estava dizendo, e, por outro

lado, uma informao sobre isso necessria para uma melhor compreenso do que est

sendo dito, justificando, por tudo isso, a existncia das notas explicativas. Com efeito, as

notas explicativas so tanto para fornecer algumas explicaes e como indicao de obras-

chaves para o aprofundamento do assunto.

Nas Referncias a referncia de um mesmo autor, no deve ser repetido seu nome, mas

inserir uma linha correspondendo a seis espaos ( ______ .). Quando no for possvel

identificar certos dados deve ter o seguinte procedimento: a cidade [S.l], a editora [s.n.] e

quanto ao ano de publicao:

ANO DE PUBLICAO INCERTO

[1999 ou 2000] Um ano ou outro

[ca. 1960] Data aproximada

[1975?] Data provvel

[1980] Data certa, no indicada na obra

[199-] Dcada certa

[199-?] Dcada provvel

36

Quando utilizar citaes do mesmo autor de obras do mesmo ano preciso que

acrescente as letras do alfabeto, minscula, sem espao, aps a indicao do ano da

publicao, na ordem em que aparece no texto

No corpo do texto:

(HEIDEGGER, 2012a, p. 440)

(HEIDEGGER, 2012b, p. 480)

Nas Referncias:

HEIDEGGER, Martin. Caminhos de floresta. Traduo de Irene Borges-Duarte, Filipa

Pedroso, Alexandre Franco de S, Hlder Loureno, Bernhard Silva, Vitor Moura, e Joo

Constncio. 2. ed. Lisboa: GULBENKIAN, 2012a.

HEIDEGGER, Martin. Os problemas fundamentais da fenomenologia. Traduo de Marco

Antnio Casanova. 2. ed. Lisboa: GULBENKIAN, 2012b.

Quando a informao recolhida for proveniente de palestra, aula, comunicao oral,

debates etc mas ainda no publicada, proceder da seguinte forma:

No corpo do texto:

O novo medicamento estar disponvel at o final deste semestre (informao verbal)1

No rodap da pgina:

____________

1 Noticia fornecida por John A. Smith no Congresso Internacional de Engenharia Gentica, em Londres, em

outubro de 2001

No corpo do texto:

Os poetas selecionados contriburam para a consolidao da poesia do Rio Grande do Sul,

sculos XIX e XX (em fase de elaborao)1

No rodap da pgina:

_____________

1 Poetas rio-grandenses, de autoria de Elvo Clemente, a ser editado pela EDIPUCRS, 2002.

Enfim, muito embora devendo ser seguido a ABNT/NBR 10520 de 2002 e

ABNT/NBR 6023 de 2002, acompanhando as possveis modificaes que possam vir a sofrer,

guisa didtica de exemplo, exemplificaremos as formas de citar mais frequentes.

37

5.1 De livro completo: um, dois e mais de dois autores

No corpo do texto:

(SEVERINO, 2007, p. 46)

Nas Referncias:

SEVERINO, Antnio Joaquim. Metodologia do trabalho cientfico. 23. ed. So Paulo:

Cortez, 2007.

No corpo do texto:

(MEZZAROBA; MONTEIRO, 2009, p. 120)

Nas Referncias:

MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cludia Servilha. Manual de metodologia da

pesquisa no direito. 5. ed. So Paulo: Saraiva, 2009.

No corpo do texto:

(FORTEA, 2008, p. 15)

Nas Referncias:

FORTEA, Jos Antonio. Summa daemoniaca: tratado de demonologia y manual de

exorcistas. Madrid: Palmyra, 2008.

No corpo do texto:

(GADAMER, 2006, p. 130)

Nas Referncias:

GADAMER, Hans-Georg. O carter oculto da sade. Traduo de Luiz Costa. Petrpolis:

Vozes, 2006.

Quando houver mais de dois autores facultativo mencion-los, podendo utilizar

apenas um, seguido da expresso et al:

URANI, A. et al. Constituio de uma matriz de contabilidade Social para o Brasil.

Braslia, DF: IPEA, 1994.

5.2 Captulo de livro, monografia, dissertao e tese

No corpo do texto:

(FOGEL, 2012, p. 35)

38

Nas Referncias:

FOGEL, Gilvan. Vida, realidade, interpretao. In: AZEREDO, Vnia Dutra de; SILVA

JNIOR, Ivo da. Nietzsche e a interpretao. Curitiba: CRV; So Paulo: HUMANITAS,

2012.

No corpo do texto:

(MORGADO, 1990, p. 34)

Nas Referncias:

MORGADO, M. L. C. Reimplante dentrio. 1990. 51 f. Trabalho de Concluso de Curso

(Especializao) - Faculdade de Odontologia, Universidade Camilo Castelo Branco, So

Paulo, 1990.

No corpo do texto:

(ARAJO, 1990, p. 98)

Nas Referncias:

ARAJO, U. A. M. Mscaras inteirias Tukma: possibilidade de estudo de artefatos de

museu para o conhecimento do universo indgena. 1985. 102 f. Dissertao (Mestrado em

Cincias Sociais) - Fundao Escola de Sociologia e Poltica de So Paulo, So Paulo, 1986.

5.3 A utilizao do apud, citao de citao

O recurso ao apud [encontra-se em, citado por] deve ser utilizado quando existe

dificuldade de acesso a prpria obra. O excesso do uso do apud pode caracterizar falta de

seriedade acadmica por revelar que o trabalho est fundamentado por leituras de segunda

mo.

No corpo do texto:

(ERLICH, 1918, p. 2 apud PERELMAN, 2000, p. 6)

Nas Referncias:

PERELMAN, Cham. Lgica jurdica: nova retrica. Traduo de Vergnia K. Pupi. So

Paulo: Martins Fontes, 2000.

5.4 Artigos

No corpo do texto:

(GURGEL, 1997, p. 15)

Nas Referncias:

39

GURGEL, C. Reforma do Estado e Segurana pblica. Poltica e Administrao, Rio de

Janeiro, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997.

No corpo do texto:

(TOURINHO NETO, 1997, p. 18)

Nas Referncias:

TOURINHO NETO, F.C. Dano ambiental. Consulex, Braslia, DF, ano 1, n. 1, p. 18-23, fev.

1997.

5.5 Trabalho completo publicado em Anais

No corpo do texto:

(BRAYNER; MEDEIROS, 1994, p. 17)

Nas Referncias:

BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporao do tempo em SGBD orientado a

objetos. In: SIMPSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9., 1994, So Paulo.

AnaisSo Paulo: USP, 1994. p.16-29.

5.6 Fontes da Internet

Se for citar textos da internet, antes verifique a confiabilidade do site que hospeda a

informao assim como da prpria autoria da informao. Evite, pois, textos da internet

quando sua autenticidade for duvidosa. Prefira textos impressos, ou os que so

disponibilizados, pela internet, em bancos de dados de pesquisa com autoridade reconhecida

na Academia. Esses disponibilizam um material (artigos, dissertaes e teses de doutorado) de

qualidade com a paginao no original etc.

Quando citar um texto da internet deve ser seguida a mesma lgica da disposio dos

dados da citao de livro, mas deve acrescentar, aps a data da publicao as seguintes

informaes: Disponvel em: . Acesso em: 06 abr. ano. No

corpo do trabalho deve ser citado assim: (HEIDEGGER, 2012, p. 5). Caso o texto da internet,

seja imprescindvel de ser citado, pela sua importncia e confiabilidade, mas no existe como

informar a paginao, proceder da seguinte forma: (HEIDEGGER, 2013, online), ou se a

fonte no tiver provenincia da internet, mas de CD-ROM: (HEIDEGGER, 2014, CD-ROM).

Essas informaes, porm, repitamos, um recurso possvel e vlido quando no existe outro

http://

40

meio ou outra fonte. A preferncia sempre sero as fontes que gozam de respeitabilidade e

autoridade na rea e, alm disso, puder informar todas os dados, a paginao original, para

facilitar um possvel cotejamento por parte da banca examinadora.

Importante que o candidato preste ateno para no informar a disponibilidade do

texto com um link, genrico, em que no leva ao destino pretendido, mas a muitos outros, de

modo que a banca examinadora ou o leitor no tenha como saber de qual texto se trata. O

endereo indicado (Disponvel em: [...]) deve nos levar ao sitio, lugar, casa, texto preciso da

citao!

Alguns exemplos:

No corpo do texto:

(RIBEIRO, 1998, online)

Nas Referncias:

RIBEIRO, P. S. G. Adoo brasileira: uma anlise sociojurdica. Dataveni@, So Paulo,

ano 3, n. 18, ago. 1998. Disponvel em: .

Acesso em: 10 set. 1998.

No corpo do texto:

(VIEIRA, 1994, CD-ROM)

Nas Referncias:

VIEIRA, Cssio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de Janeiro,

n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM.

No corpo do texto:

(SILVA, 1998, online)

Nas Referncias:

SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de S. Paulo, So Paulo,