sociedade asteca (1)

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SOCIEDADE ASTECA 7º A Antonio 3/Eduardo 6/Guilherme A. 10/Matheus Barros 28/Matheus Benedecto 29

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Trabalho realizado por 7º A Colégio Véritas

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Page 1: Sociedade asteca (1)

SOCIEDADE ASTECA

7º A

Antonio 3/Eduardo 6/Guilherme A. 10/Matheus Barros 28/Matheus Benedecto 29

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Os astecas foram uma civilização mesoamericana, pré-

colombiana, que floresceu principalmente entre os

séculos XIV e XVI, no território correspondente ao

atual México.

Na sucessão de povos mesoamericanos que deram

origem a essa civilização destacam-se os toltecas, por

suas conquistas civilizatórias, florescendo entre o século

X e o século XII seguidos pelos chichimecas

imediatamente anteriores e praticamente fundadores do

Império Asteca com a queda do Império Tolteca. Os

astecas foram derrotados e sua civilização destruída

pelos conquistadores espanhóis, comandados por

Fernando Cortez.

O idioma asteca era o náuatle (nahuatl).

Introdução

América do Norte

Império Pré-Colombiano

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Os astecas eram um povo indígena da América do Norte, pertencente ao

grupo nahua. Os astecas também podem ser chamados de mexicas (daí

México). Migraram para o vale do México (ou Anahuác) no princípio do

século XIII e assentaram-se, inicialmente, na maior ilha do lago de

Texcoco (depois todo drenado pelos espanhóis), seguindo instruções de

seus deuses para se fixarem onde vissem uma águia pousada em um

cacto, devorando uma cobra.A partir dessa base formaram uma aliança

com duas outras cidades – Texcoco e Tlacopán – contra

Atzcapotzalco, derrotaram-no e continuaram a conquistar outras cidades

do vale durante o século XV, quando controlavam todo o centro do

México como um Império ou Confederação Asteca, cuja base econômico-

política era o modo de produção tributário. No princípio do século

XVI, seus domínios se estendiam de costa a costa, tendo ao norte os

desertos e ao sul o território maia. Os astecas, que atingiram alto grau de

sofisticação tecnológica e cultural, eram governados por uma monarquia

eletiva, e organizavam-se em diversas classes sociais, tais como

nobres, sacerdotes, guerreiros, comerciantes e escravos, além de

possuírem uma escrita pictográfica e dois calendários (astronômico e

litúrgico).

Brasão de armas mexicano mostrando o sinal

para a fundação da capital asteca.

A História

Page 4: Sociedade asteca (1)

Ao estudar a cultura asteca, deve-se prestar especial atenção a três

aspectos: a religião, que demandava sacrifícios humanos em larga

escala, particularmente ao Deus da guerra, Huitzilopochtli; a tecnologia

avançada, como a utilização eficiente das chinampas (ilhas artificiais

construídas no lago, com canais divisórios) e a vasta rede de comércio e

sistema de administração tributária.

O império asteca era formado por uma organização estatal que se

sobrepôs militarmente a diversos povos e comunidades na Meso-América.

Segundo Jorge Luis Ferreira, os astecas possuíam uma superioridade

cultural e isso justificaria sua hegemonia política sobre as inúmeras

comunidades nestas regiões, o que era argumentado por eles mesmos.

No período anterior a sua expansão os astecas estavam no mesmo estágio

cultural de seus vizinhos de outras etnias. Por um processo muito

específico, numa expansão rápida, passaram a subjugar, dominar e tributar

os povos das redondezas, outrora seus iguais. É importante lembrar estes

aspectos pelo fato de terem se tornado dominantes por uma expansão

militar, e não por uma suposta sofisticação cultural própria e autônoma.

Apesar de sacrifícios humanos serem uma prática constante e muito

antiga na Mesoamérica, os astecas se destacaram por fazer deles um pilar

de sua sociedade e religião. Segundo mitos astecas, sangue humano era

necessário ao sol, como alimento, para que o astro pudesse nascer a cada

dia. Sacrifícios humanos eram realizados em grande escala; algumas

centenas em um dia só não era incomum. Os corações eram arrancados

de vítimas vivas, e levantados ao céu em honra aos deuses. Os sacrifícios

eram conduzidos do alto de pirâmides para estar perto dos deuses e o

sangue escorria pelos degraus.

Page 5: Sociedade asteca (1)

A economia asteca estava baseada primordialmente no milho, e

as pessoas acreditavam que as colheitas dependiam de provisão

regular de sangue por meio dos sacrifícios.

Durante os tempos de paz, "guerras" eram realizadas como

campeonatos de coragem e de habilidades de guerreiros, e com

o intuito de capturar mais vítimas. Eles lutavam com clavas de

madeira para mutilar e atordoar, e não matar. Quando lutavam

para matar, colocava-se nas clavas uma lâmina de obsidiana.

Sua civilização teve um fim abrupto com a chegada dos

espanhóis no começo do século XVI. Tornaram-se aliados de

Cortés em 1519. O governante asteca Moctezuma II

considerou o conquistador espanhol a personificação do Deus

Quetzalcóatl, e não soube avaliar o perigo que seu reino corria.

Ele recebeu Cortés amigavelmente, mas posteriormente o

tlatoani foi tomado como refém. Em 1520 houve uma revolta

asteca e Moctezuma II foi assassinado. Seu

sucessor, Cuauhtémoc (filho do irmão de Montezuma), o

último governante asteca, resistiu aos invasores, mas em 1521

Cortés sitiou Tenochtitlán e subjugou o império. Muitos povos

não-astecas, submetidos à Confederação, se uniram aos

conquistadores contra os astecas.

Page 6: Sociedade asteca (1)

A sociedade asteca era rigidamente dividida. O grupo

social dos pipiltin (nobreza) era formada pela família

real, sacerdotes, chefes de grupos guerreiros — como

os Jaguares e as Águias — e chefes dos calpulli. Podiam

participar também alguns plebeus (macehualtin) que

tivessem realizado algum ato extraordinário. Tomar

chocolate quente (xocoatl) era um privilégio da nobreza.

O resto da população era constituída de lavradores e

artesãos. Havia, também, escravos (tlacotin).

Havia, na ordem, começando do plano mais baixo:

ºEscravos

ºmaceualli ou calpulli (membro do clã)

ºartesãos e comerciantes

ºpochtecas (grandes comerciantes)

ºsacerdotes, dignitários civis e militares.

Imagem totem de um guerreiro águia

A Sociedade

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O imperador

Os imperadores astecas em língua Nahuatl eram

chamados Hueyi Tlatoani ("O Grande

Orador"), termo também usado para designar os

governantes das altepetl (cidades). Os imperadores

astecas foram os maiores responsáveis tanto pelo

crescimento do império, como para a decadência do

mesmo. Ahuizotl, por exemplo, foi ao mesmo

tempo o imperador mais cruel e o responsável pela

maior expansão do império. Já Montezuma II (ou

Moctezuma II), tendo sido um imperador justo e

pacifico, foi também fraco em suas

decisões, permitindo que os espanhóis entrassem

em seus domínios, mesmo após a circulação de

histórias de que estes teriam massacrado

tribos, abalando fatalmente a solidez de seu

império, e finalmente degenerando na sua extinção.

A sucessão dos imperadores astecas não era

hereditária de pai para filho, sendo estes eleitos por

um consenso entre os membros da nobreza.

Moctezuma II.

Page 8: Sociedade asteca (1)

Eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e acreditavam que se o

sangue humano não fosse oferecido ao Sol, a engrenagem do mundo deixaria

de funcionar.

Os sacrifícios eram dedicados a:

A religião

Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado em

uma pedra por quatro sacerdotes, e um quinto sacerdote

extraía, com uma faca, o coração do guerreiro vivo para

alimentar seu Deus;

Tlaloc: anualmente eram sacrificadas crianças no cume da

montanha. Acreditava-se que quanto mais as crianças

chorassem, mais chuva o Deus proveria.

No seu panteão havia centenas de deuses. Os principais eram

vinculados ao ciclo solar e à atividade agrícola. Observações

astronômicas e estudo dos calendários faziam parte do

conhecimento dos sacerdotes.

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O Deus mais venerado era Quetzalcóatl, a serpente

emplumada. Os sacerdotes formavam um poderoso grupo

social, encarregado de orientar a educação dos nobres, fazer

previsões e dirigir as cerimônias rituais. A religiosidade asteca

incluía a prática de sacrifícios. Segundo o divulgado pelos

conquistadores o derramamento de sangue e a oferenda do

coração de animais e de seres humanos eram ritos

imprescindíveis para satisfazer os deuses, contudo se

considerarmos a relação da religião com a medicina

encontraremos um sem número de ritos.

Há referências a um Deus sem face, invisível e

impalpável, desprovido de história mítica para quem o rei de

Texoco, Nezaucoyoatl, mandou fazer um templo sem

ídolos, apenas uma torre. Esse rei o definia como

"aquele, graças a quem nós vivemos".

Estátua de Tlaloc

Page 10: Sociedade asteca (1)

A medicina

A antropologia médica situa o conhecimento mítico-religioso

como forma de racionalidade médica se este se constitui como um

sistema lógico e teoricamente estruturado, que preencha como

condições necessárias e suficientes os seguintes elementos:

Uma morfologia (concepção anatômica);

Uma dinâmica vital ( "fisiologia");

Um sistema de diagnósticos;

Um sistema de intervenções terapêuticas;

Uma doutrina médica (cosmologia).

Pelo menos parcialmente, o sistema asteca preenche tais

requisitos. Apresenta-se como teoricamente estruturado, com

formação específica (o aprendizado das diversas funções da classe

sacerdotal), o relativo conhecimento de anatomia (comparado

com sistemas etnomédicos de índios dos desertos americanos ou

florestas tropicais) em função, talvez, da prática de sacrifícios

humanos mas não necessariamente dependente dessa condição.

Há evidências que soldavam fraturas e punham talas em ossos

quebrados.

Page 11: Sociedade asteca (1)

A dinâmica vital da relação tonal (tonalli) – nagual (naualli) ou

explicações do efeito de plantas medicinais são pouco

conhecidos, contudo o sistema de intervenções terapêuticas

através de plantas medicinais, dietas e ritos são evidentes. A

doutrina médica tradicional por sua vez, também não é bem

conhecida.

No sistema diagnóstico encontramos quatro causas básicas:

Introdução de corpo estranho por feitiçaria; Agressões sofridas

ao duplo (nagual); Agressões ou perda do tonal; e influências

nefastas de espíritos (ares).

Em relação a esse conjunto de patologias, os deuses

representavam simultaneamente uma categoria de análise de

causa e possibilidade de intervenção por sua intercessão. Tlaloc

estava associado aos ares e doenças do frio e da pele (úlceras e

lepra) e hidropsia; Ciuapipiltin às convulsões e paralisia;

Tlazolteotl às doenças do amor que inclusive causavam a morte

(tlazolmiquiztli ); Ixtlilton curava as crianças; Lume, ajudava as

parturientes; Xipe Totec era o responsável pelas oftalmias.

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Plantas e técnicas

O tabaco e o incenso vegetal (copalli) estava presente em suas

práticas. Seus ticitl (médicos feiticeiros) em nome dos deuses

realizavam ritos de cura com plantas que contém substâncias

enteógenas ( Lophophora williamsii ou peiote; Psylocybe

mexicana, Stropharia cubensis - cogumelos com psilocibina; Ipomoea

violacea e Rivea corymbosa - ololiuhqui) que ensinam a causa das

doenças, mostram a presença de tonal (tonalli), e agressões infligidas

ao duplo animal ou nagual (naualli) os casos de enfeitiçamento ou

castigo dos deuses.

Entre os remédios mais conhecidos estava a alimentação dos

doentes com dietas a base de milho e ervas tais como: passiflora

(quanenepilli), o bálsamo-do-peru (Myroxylon peruiferum L. f.), a raiz de

jalapa, a salsaparrilha (iztacpatli / psoralea) a valeriana o cihuapahtli ou

zoapatle (Montanoa tomentosa), empregado como auxiliar do trabalho

de parto com seu princípio ativo análogo à ocitocina associado à

purhépecha (Manzanilla - Matricaria recutita L.) ou equivalente, com

suas propriedades sedativas, entre centenas de outras registradas em

códices escritos dos quais nos sobraram fragmentos.

Uma página do Libellus de

Medicinalibus Indorum

Herbis, um herbário asteca

composta em 1552

Page 13: Sociedade asteca (1)

A escrita asteca (também escrita nauatle) é um

sistema de escrita pictográfico e ideográfico pré-

colombiano usado no México central pelos povos

nauas. Os conquistadores queimaram a maioria dos

códices astecas quando conquistaram a Mesoamérica;

os códices astecas remanescentes como o códice

Mendoza, o códice Borbonicus e o códice Osuna foram

escritos em pele de veado e fibras vegetais.

Contudo, a escrita asteca não é considerada um

verdadeiro sistema de escrita. Como não existia um

conjunto de caracteres que representasse palavras

específicas, mas antes ideias, muitos vêem o sistema de

escrita asteca como um sistema de escrita preliminar.

A Escrita

Glifos dos topónimos

Mapachtepec, Mazatlan e

Huitztlan no sistema de escrita

asteca (códice Mendoza).

Page 14: Sociedade asteca (1)

Sua mitologia era rica em deuses e criaturas

sobrenaturais. Assim como os romanos, os astecas

incorporavam à sua religião divindades dos povos que

conquistavam.

O povo asteca era politeísta, isto é, acreditavam em

mais de um deus, e algumas divindades eram elementos

naturais com a água, a terra, o fogo, o vento e a lua. As

divindades também eram atribuídas a coisas que lhes

causavam medo.

A Mitologia

Um guerreiro-jaguar do Codex

Magliabecchiano. O jaguar

desempenhava um papel cultural

na mitologia asteca.

Page 15: Sociedade asteca (1)

Outras imagens astecas:

Moedas Astecas

Ruínas de uma sociedade Asteca

Pirâmide Asteca