estudo sobre a mitologia asteca

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Os Astecas

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Page 1: Estudo sobre a mitologia asteca

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Os Astecas

Page 2: Estudo sobre a mitologia asteca

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INSTITUTO UFC VIRTUAL

Bacharelado em Sistemas e Mídias Digitais

Disciplina de Mitologias Universais

Semestre Letivo 2013.2

Professor Levi Bayde

Pesquisa realizada por:

Daniel Maranhão ([email protected])

Lissandro Cordeiro ([email protected])

Luana Cavalcante ([email protected])

Valeska Mesquita ([email protected])

Yaggo Lima ([email protected])

Fortaleza, 23 de setembro de 2013.

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Principais caracteristicas -Povo altamente militar e conquistador: baseia-se nos prisioneiros de guerra para realizar cerimônias religiosas de sacrifício e, graças a sua natureza militar, se tornou o um dos povos indígenas mais avançados e desenvolvidos da história, principalmente no quesito militar, tendo conquistado e escravizado outras civilizações inteiras. Isso também fez os astecas serem bastante impopulares, o que foi uma das razões para a sua queda, pois com a invasão dos espanhóis os outros povos que eram oprimidos pelos astecas os ajudaram a destruir o império.

-Religião rege o governo: A crença dos astecas de que é necessário estar constantemente sacrificando vidas humanas para que o deus sol não morra é a principal razão para eles serem tão guerreiros e dominarem as outras tribos, o que os tornou um grande império. Há um forte desejo dentro dos guerreiros astecas para conseguir vencer guerras principalmente para ter novas vítimas para os sacrifícios, o que aumentava a moral do povo e os movia para as diversas outras áreas: econômicas, políticas, culturais, etc. Quando estão com poucos escravos para sacrificar, podem até sacrificar seu próprio povo, inclusive crianças. Quantos mais as crianças chorassem melhor era o sacrifício, na visão deles.

-Violência extrema: Os astecas são um dos povos mais sanguinolentos e violentos que já existiu, sua crença em sacrifícios os leva a vencer guerras contra outros povos e sacrificar milhares de pessoas de uma vez só, causando verdadeiros extermínios em massa. Em tempos de paz, eram realizadas guerras como campeonatos de coragem, para testar as habilidades e a determinação dos guerreiros, mas principalmente para conseguir novas vítimas para os sacrifícios.

-Governo complexo e com alta segmentação social: Como todo povo avançado tecnologicamente e culturalmente, havia uma segmentação social bastante forte presente. Os guerreiros e os sacerdotes detinham de reputação, riquezas e poder, enquanto que os comerciantes eram humildes e tinham vidas simples, e os escravos tinham vidas extremamente precárias. Se alguém não nobre utilizasse roupas da nobreza, perderia tudo que tinha de bens, e na reincidência seria condenado à morte. Um dos principais fatores que regia a sua economia era o comércio de escravos, principalmente de outros povos subjugados por eles. Seu poderio militar levou também à supremacia política sobre os outros povos.

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Governo Quanto à forma do governo Asteca, existe alguma confusão entre os historiadores, pois alguns afirmam que se tratava de uma teocracia, enquanto outros dizem se tratar de uma república, chegando até mesmo a comparar os moldes do governo aos do império Romano. Essa confusão é compreensível, uma vez que a religião era um fator muito importante no cotidiano asteca e os sacerdotes ocupavam altos cargos na sociedade, além do fato de o “Imperador” também ser um líder religioso. Vale salientar ainda que o sistema era um tanto diferente daqueles vistos na Europa. A razão para a comparação da forma de governo asteca com a dos romanos, se deve ao fato da figura do imperador estar mais próxima de um Cônsul, que de um imperador em si, para evitar confusões, é recomendável a emprego do termo conferido ao líder máximo do governo Asteca: Tlatoani. Tlatoani e Ciuacoalt: as duas seprentes de plumas. O Tlatoani era o chefe supremo tanto militar, quanto religioso. O cargo não era hereditário, ocorria uma reunião das principais figuras da sociedade Asteca (sacerdotes, líderes militares, conselheiros) que então elegiam o novo Tlatoani quando necessário. Com a expansão do império Asteca, as atribuições do Tlatoani também aumentaram, sendo necessária a criação de outro cargo. O Tlatoani Montezuma I então criou o Ciuacoatl, na prática, agora havia dois chefes com atribuições distintas. Na capital do império, Tenochtitlan, o poder do Ciuacoalt era maior enquanto Tlatoani era algo mais representativo. Já nas cidades conquistadas, Tlatoani era mais poderoso. Ciuacoalt trabalhava e Tlatoani era cultuado. Ciuacoalt também exercia papel equivalente a de uma suprema corte, sendo ele quem decidia a sentença depois de todas as apelações. Ambos os cargos eram vitalícios, mas com uma diferença: Tlatoani era eleito pelo concelho, enquanto Ciuacoalt era alguém indicado pelo Tlatoani. Quando o Tlatoani morria, o Ciuacoalt reunia e presidia o Grande Conselho, sendo o último responsável pela escolha do novo Tlatoani. Quando Ciuacoalt morria, o Tlatoani quem indicava o novo Ciuacoalt, mas essa indicação deveria ser aprovada pelo Grande Conselho. Grande Conselho: os principais da sociedade.

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Fundamental na estrutura de poder, o Grande conselho era composto por indivíduos importantes da sociedade Asteca: os Calpulli (que eram os responsáveis pelas Telpochcalli, as “escolas” Astecas), todos os guerreiros águia e jaguar, os grandes sacerdotes, o líder dos grandes sacerdotes (escolhido pelo Tlatoani e pelo Ciuacoalt) e as duas serpentes emplumadas (como eram conhecidos os dois chefes do governo). Não se sabe ao certo quantas pessoas faziam parte do conselho. O que se sabe é que existiam quatro Calpulli. Todos os guerreiros Águia e Jaguar (a elite do exército) faziam parte do conselho e o número de grandes sacerdotes é desconhecido. Outro dado é que é bastante provável que mulheres tenham integrado o conselho, já que muitas podem ter se tornado Grandes Sacerdotisas. Não havia limite de número para os cargos de guerreiro-águia, guerreiro-jaguar e grande sacerdote. Esses eram os três postos que alguém poderia alcançar por esforço próprio, independentemente da condição social, para assim fazerem parte do Grande Conselho. Cabia ao Grande Conselho as decisões políticas, militares e econômicas como: as campanhas militares, o valor dos impostos, confecção de mapas, etc. Mas eles não respondiam como poder judiciário. Uey Calpixqi: os “juízes”. Quem exercia o poder de magistrado eram os Uey Calpixqi, braço direito do Ciuacoalt. Apesar de exercerem um papel importante (além de magistrado, recolhiam impostos e repassavam informações ao Ciaucoalt), não faziam parte do Grande Conselho. Cada cidade possuía um Uey Calpixqi, sendo que pelo menos o da capital era indicado pelo Ciauacoalt. Mexicalt Teohuatzin: o líder do Clero. Era o líder supremo do Clero. Escolhido pelas duas serpentes de plumas. Os candidatos eram os homens entre os Grandes Sacerdotes. Apesar de ser escolhido pelos dois chefes, o Mexicalt era subordinado apenas ao Tlatoani.

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Religiosidade

A Civilização Asteca ao passo que entrava em contato com diferentes povos, visando a conquista e posterior dominação, também incorporava elementos culturais desses, repercutindo principalmente na religiosidade do povo asteca. Os toltecas, povo que habitava o Vale Central do México, sendo responsáveis pelo desenvolvimento da agricultura na região, assim como as artes e dos poderes político e sacerdotal, tiveram

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boa parte de seu legado espiritual assimilado pelos astecas, que o moldaram consoante suas necessidades e o contexto histórico vigente. Tais adaptações empreendidas pelos astecas sobre os mitos daqueles com os quais entraram em contato, contribuiu para o enriquecimento de seus cultos, uma vez que a eram incorporados elementos condizentes com sua própria vivência, culminando na formação de uma nova visão do mundo e do Universo. Os Asteca primavam pela crença em diversas divindades, sendo seu panteão incrementado a cada nova conquista territorial e assimilação cultural dos povos sedentários,embora, a princípio, a espiritualidade asteca tenha sido marcada quase que totalmente pelo culto astral. Outros aspectos religiosos podem ser salientados, dentre eles o animismo, segundo o qual todas as formas da natureza, os elementos do Cosmos, os seres vivos, e os fenômenos naturais são dotados de um princípio vital denominado “ânima”, que pode ser entendido como energia, espírito ou alma, segundo as visões cosmocêntrica, antropocêntrica e teocêntrica, respectivamente, e lhes confere sentimentos, emoções, vontades, intenções e, até mesmo, sapiência. A mitologia asteca possui um forte caráter dualista representado pelos deuses que se manifestam de maneiras distintas, e por vezes opostas. O mundo, segundo a crença asteca, era fruto da ação conjunta de deuses celestes e terrestres que atuaram em prol da criação e manutenção dos astros, da vida e do homem, o que é possível verificar a partir do estudo de sua cosmogonia. Segundo o imaginário mesoamericano, o mundo que hoje é habitado foi precedido por quatro outros mundos ou sóis, conhecidos como Sol de Tigre, Sol de Vento, Sol de Chuva ou Fogo e Sol de Água, sendo o mundo atual, o quinto sol, denominado Sol de Movimento. De acordo com a tradição, todos os sóis foram alvo de diferentes transformações geológicas, muitas delas desastrosas, e que simbolicamente remetem às diversas tentativas feitas pelos deuses de criar um sol estável, capaz de acolher a humanidade, tendo em vista que a cada cataclismo há uma posterior evolução com relação ao sol anterior, e em direção ao progresso. Outra interpretação para as consecutivas destruições está pautada na disputa entre os deuses Tezcatlipoca e Quetzalcóatl para alcançar a supremacia, repercutindo posteriormente em seus cultos, nos quais os devotos de deuses rivais travavam disputas sob a forma de honrarias, a fim de determinar a superioridade bélica ou espiritual. Os Quatro Sóis do Astecas Primeiro Sol ou Sol de Tigre: Esta era, que durou aproximadamente 676 anos, marca o início do calendário asteca, quando o deus Tezcatlipoca converteu-se em sol. O mundo fora então povoado por gigantes, que não sabendo plantar, alimentavam-se das árvores, de seus frutos e raízes. O fim do primeiro sol, segundo o mito, aconteceu quando Quetzalcóatl, enciumado pelo irmão ter sido escolhido para ser o sol

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da terra, derrubou-o com seu bastão, e este, ao despencar do céu em direção a água, transformou-se em um tigre( ou jaguar) e devorou todos os gigantes, deixando o mundo despovoado e o universo sem sol. Segundo Sol ou Sol de Vento: Tendo Quetzalcóatl vencido a primeira disputa, ele transformou-se no sol que iluminou a terra durante a segunda era, que durou cerca de 364 anos. Nesse tempo, o deus criou uma raça de homens que foi duramente atacada pelo irmão e rival Tezcatlipoca, que fez soprar fortes ventos sobre a terra, lançando parte dos homens pelos ares. Passado o tumulto, aqueles que sobreviveram tiveram de ser transformados em macacos e adaptar-se ao clima hostill, refugiando-se nas árvores da densa selva. Terceiro Sol, Sol de Chuva ou Sol de Fogo: O terceiro sol surgiu na figura do deus Tláloc, o deus da chuva e do fogo celeste (mais uma amostra da dualidade espiritual asteca). Sob seus cuidados os homens viveram por 312 anos, alimentando-se de sementes. Contudo, os tempos de calmaria logo passaram, e outro desastre natural aconteceu, dessa vez foi Quetzalcóatl quem fez chover larvas vulcânicas, queimando humanos e suas casas. Então, mais uma transformação foi necessária para garantir a sobrevivência : os homens de antes tornaram-se aves e jacarés. Quarto Sol ou Sol de Água: A quarta era foi marcada por uma grande inundação, e os habitantes, mais uma vez priorizando a sobrevivência, tranformaram-se em peixes. Apenas um homem e uma mulher conseguiram se manter emersos, e para subsistência se valeram de uma semente similar ao milho. Quetzalcóatl ordenou que a deusa da chuva, Chalchauihtlicue, assumisse o posto de novo sol, acabando com o dilúvio. Quando em terra firme, o casal pescou alguns peixes, acendeu uma fogueira rudimentar para assá-los e fazer uma refeição após dias de fome. A fumaça que subiu ao céu irritou os deuses, que fizeram com que o céu desabasse sobre a terra, restando apenas os peixes. A inundação durou cerca de 212 anos. Quinto Sol ou Sol de Movimento: Após o dilúvio a Terra sofria com a escuridão. A fim de restaurá-la Quetzalcóatl e Tezcatlipoca uniram forças e drenaram a terra, levantaram o céu, que sendo pesado em excesso foi preciso que ambos os deuses, em sacrifício, se trenformassem em grandes árvores para sustentá-los. Em virtude desse ato, foram reconhecidos como os senhores do céu e das estrelas. Para iluminar novamente o mundo, era necessário um sacrifício divino, que foi realizado pelo deus Tecuciztécatl , tornando-se o novo sol dos astecas. Do sacrifício de outro deus, de nome Nanahuatún, surgiu a Lua. Entretanto, o sol não se pôs em movimento de imediato, impondo a condição de receber sangue para tal. Foi então que os deuses, novamente em sacrifício, ofereceram seu próprio sangue divino em lugar do sangue humano, alvo de maior interesse do deus-sol. Tendo sido completamente restaurada, a terra recebe novamente os homens como habitantes providos de alimentos, fogo e os dotes necessários à subsistência.

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O Mito dos Sóis foi forma que os astecas se utilizaram para explicar a origem do homem e seu processo de sedentarização, uma vez que, ao somar a duração de cada “era”, o resultado obtido gira em torno de 2628 anos, período bem próximo à revolução agrícola, que acontece por volta do ano 3000, que coincide com o mito de surgimento do Quinto Sol, o qual prevê o cultivo do milho, a transformação social das tribos nortistas em busca de assentamento no Sul, passando de coletoras a sedentárias, e a consequente conquista de territórios para afirmação do poder e segurança do povo. Tais narrativas justificam, de certa forma, o ritual de oferenda aos deuses a partir de sacrifícios humanos, pois aos homens foi dada a terra completamente renovada, portanto, no imaginário asteca, seu dever era mantê-la, com o próprio sangue, a ordem criada e a vitalidade do Universo, assim como fizeram seus deuses. Os rituais e as oferendas humanas são formas dos participantes reviverem o momento da criação, por esse motivo os sacrifícios e penitências se fazem presentes e são, segundo a crença, os fatores que mais influem no êxito criativo.

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Economia

Economicamente os Astecas foram um das mais prósperas civilizações mesoamericanas. Diversos fatores ajudaram a consolidar a prosperidade Asteca, além dos principais (agricultura e comércio), como o controle que estabeleceram sobre os povos conquistados, através dos impostos, lhes permitiu acesso abundante a matérias-primas, produtos e mão-de-obra.

A agricultura é vista como surpresa visto o tipo de terreno em que os Astecas se alocavam, uma terra pantanosa e alagada que não parecia propícia para a plantação

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nem para a fundação de estruturas. O uso jardins-flutuantes, chamados “chinampas” foi a solução para a superação das adversidades naturais do ambiente.

Entres os principais produtos produzidos estavam o milho, cacau (de onde veio o famoso chocolate), pimenta, tomate, abóbora, mandioca, feijão e batata. Também cultivavam frutas como, por exemplo, abacaxi, maracujá e banana.

O comércio era surpreendentemente extenso, intenso e variado. Desde a região de Tenochtitlán e seus arredores, os mercadores e comerciantes astecas levavam e traziam todo o tipo de produtos, que trocavam em outras nações e povoados por objetos luxuosos.

Nos mercados astecas, comercializava-se cacau e frutas, assim como escravos e prisioneiros de guerra. Produtos minerais, como a obsidiana, eram extraídos de Sierra Madre do Sul e Ocidental, para elaboração de armas e utensílios. O trabalho têxtil, de alto rendimento, produzia tecidos de algodão, entre outros. Existiam moedas de escambo para o comércio, algumas comestíveis como o cacau, e outras não, como o pó de ouro e as mantas, entretanto o principal método era o de troca de mercadorias. Em seu apogeu, a cidade de Tenochtitlán, segundo especialistas, foi o maior mercado do mundo.

“O mercado central de Tlatelolco, a cidade de irmã de Tenochtitlán, era visitado diariamente por 60.000 pessoas. Alguns vendedores nos mercados eram vendedores insignificantes, fazendeiros poderiam vender algum produto, os oleiros vendiam recipientes e assim por diante. Outros vendedores eram comerciantes profissionais que viajavam de mercado em mercado para comercializar buscando lucros”. Hernán Cortés, conquistador do Império Asteca – 1519-1521.

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Civilizador Como a civilização asteca era muito ligada a sua religião, nada mais comum que seu civilizador viesse desta ou pelo menos fosse explicado a partir desta, já que muitas dúvidas pairam quanto ao seu caráter divino ou terreno.

Dentre os mitos envolvendo os deuses, o mais importante é o da criação do homem. O mundo para os astecas foi criado varias vezes. Isso porque a criação era seguida pela destruição por cataclismos. A última vez que o homem foi criado o deus Quetzalcóatl foi ao mundo dos mortos recolher os ossos dos homens, verteu sobre eles seu próprio sangue e deu vida novamente aos homens. Essa lenda explica a importância dos rituais de sacrifício humano e o papel fundamental que o sangue exerce nessa religião. Os homens, para manter-se vivos precisam manter vivos os deuses, alimentando-os com sangue humano. Apesar dessa lenda que justifica o sacrifício humano estar ligada diretamente à Quetzalcóatl consta que ele, durante seu governo sobre o mundo, proibiu essa prática.

Quetzalcóatl foi, sem dúvida, o mito mais difundido por toda a Meso-América. Com caráter multiforme, porém sempre benigno. Esse aspecto valente, bom, de herói integrador seria muito bem aproveitado pelos evangelistas espanhóis no momento de “garimpar” almas para a religião cristã. Do mito de Quetzalcóatl há varias versões, entretanto nenhuma delas sobreviveu à conquista espanhola de 1519 sob a forma escrita. Os pontos em comum na grande maioria das versões é o fato de que Quetzalcóatl, após criar os homens, desceu das efemérides divinas e encarnou como homem, veio para ensinar à humanidade todas as artes, a sabedoria e a bondade.

O homem Quetzalcóatl foi um rei tolteca muito justo, sacerdote, astrônomo, foi quem adaptou o calendário maia em algumas partes e estruturou o calendário tolteca, assimilado mais tarde pelos astecas. Seu reinado marca a assimilação do povo maia pelos toltecas. Teria morrido em 5 de abril de 1208, exilado em algumas versões, traído e morto em outras. Independente da versão de sua morte e das condições que esta ocorreu o certo é que ao deixar o trono tolteca Quetzalcóatl afirmou que retornaria. Assim ele se converteu no centro de uma cosmologia religiosa. Esta história mitológica chega, na forma de tradição oral, aos ouvidos dos conquistadores espanhóis que rapidamente vão interpretá-la e aproveitar-se dela.

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Para a criação do Império Asteca, segundo os Tenochca a tribo dominou o Vale do México e fundou Tenochtitlán, que se tornaria a capital do império asteca, por volta do ano 1325 d.C., os Astecas surgiram de sete cavernas a noroeste da Cidade do México. Conta a lenda que o deus Huitzilopochtli conduziu o povo a uma ilha no Lago Texcoco. Ali viram uma águia, empoleirada num cacto, comendo uma serpente. Segundo uma profecia, este seria o sinal divino para o local da construção de sua cidade. Os tenochca começaram com um pequeno templo e logo se tornaram os líderes da grande nação asteca. A primeira parte da história asteca é lendária. Mas o resultado das escavações arqueológicas e os livros astecas servem de base para um relato histórico verídico. A história possui um registro bastante autêntico da linhagem dos reis astecas, desde Acamapichtli, em 1375, a Montezuma II, que era o imperador quando Hernán Cortés entrou na capital asteca em 1519.

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Tecnologia A cultura Asteca deve a sua força, entre outros aspectos importantes, ao avançado grau de desenvolvimento técnico e científico. A educação de seu povo neste campo foi fundamental, alcançando níveis altos de abstração, principalmente nos ramos da matemática e da astronomia. A medicina Asteca transcendeu sua própria época e está presente na base de diversas bebidas e cosméticos da modernidade. A engenharia terrestre e naval, as técnicas agrícolas e o desenvolvimento de uma escrita própria foram outros aspectos fundamentais da civilização asteca.

O primeiro destaque vai para as técnicas agrícolas implementadas, nas quais se sobressaem as “chinampas”. As chinampas eram camadas de terreno tiradas do fundo do lago para formar uma terra firme sobre as raízes de plantas aquáticas. Em cima dessa terra firme, eles construíam casas e jardins, assim como plantavam produtos agrícolas para sua sobrevivência. A construção das chinampas se dava nos lugares mais rasos do lago onde era possível colocar as diversas camadas vegetais para a formação deste tipo de terreno que é exclusivo do Vale do México.

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A arquitetura sobressaiu na construção de monumentos, diques e aquedutos. Na arte da ourivesaria eram mestres. Os sacerdotes, astrônomos e astrólogos Astecas tinham com um de seus deveres contemplação do céu e o estudo do movimento dos astros. Conheciam o conceito do número zero, o que colaborou para a base de cálculos abstratos. Utilizavam a pedra do Sol, uma peça de medidas monumentais, esculpida com os símbolos correspondentes aos dias e meses do calendário.

Vale ressaltar que o calendário Asteca diferenciava do Maia, não tendo o perfeccionismo do mesmo, e tendo mais de uma versão (uma oficial e outra voltada a tradição sagrada).

No terreno da medicina, os tratamentos das doenças foram baseados em dois aspectos: por um lado, se ocuparam da saúde espiritual, cujo desequilíbrio abria as portas à deterioração física; por outro lado, recorreram a medicamentos herbários para ajudar na cura sintomática.

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Para os astecas a medicina era uma mistura de conhecimentos práticos, crenças religiosas e magia. Um médico asteca, ou ticitl, podia escolher entre inúmeros tratamentos, quando tentava curar os pacientes, depois de jogar grãos de milho na areia e verificar a posição em que eles caíam. Eles usavam cerca de 1.200 plantas para fazer remédios e antibióticos. Graças à prática dos sacrifícios humanos, os astecas também eram campeões de anatomia. Sabiam costurar feridas, consertar fraturas, fazer sangrias.

Sem acesso a metais, como o bronze e o ferro, os astecas tiveram que aguçar a sua inteligência para o desenvolvimento de armas e ferramentas cortantes. Usaram, principalmente, as obsidianas, uma espécie de lava das rochas vulcânicas, e o sílex, um mineral rígido usado na fabricação de lanças, facas e flechas.

A tecnologia asteca conheceu a roda, mas, sem cavalos, mulas, nem animais de carga, dispensou qualquer veículo terrestre, tendo seu uso maior em brinquedos infantis. No lugar disso, fabricaram canoas para deslocarem-se ao longo dos canais e lagos.

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Linguagem

Assim como no âmbito religioso, o sistema de escrita dos astecas sofreu influência dos povos adjacentes, formando-se a partir do processo adaptativo de outras escritas da região do México Central, como a zapoteca. Como características principais do sistema de escrita asteca, também conhecido como nauatle (povoas naua), tem-se a representação pictográfica, forma de expressar ideias e acontecimentos por meio de representações gráficas, e os ideogramas, que são símbolos utilizados para representar um objeto real, por similaridade. Diferente de outras civilizações mesoamericanas, como os maias, não havia um conjunto de regras definidas ou símbolos convencionados para escrita, no sistema asteca. Sendo assim, cada escriba asteca representava aquilo que queria transmitir de maneira singular, seguindo apenas algumas poucas convenções simbólicas, tais como os signos que representavam alguns animais, partes do corpo humano, fenômenos naturais e os primeiros dias do calendário. O curioso é para identificar um povoado lhe era atribuído um ideograma da vegetação típica da sua região. A língua asteca era composta por pequenos fragmentos fonéticos que eram justapostos para transmissão de uma ideia ao interlocutor. A oratória era uma habilidade bastante valorizada na sociedade asteca, mesmo em classes sociais mais baixas, como a militar. Saber se expressar oralmente era uma questão de bons costumes. Inclusive, eram organizados campeonatos para exercitar o discurso, e as pessoas se reuniam aos montes para ouvir narrativas heroicas sobre a ira de deuses e a coragem dos homens, como pode ser constatado a partir de um fragmento do texto “Aspecto Amável do Mundo Asteca”:

“O público ia prazerosamente a esses ‘torneios de eloquência’, durante os quais os oradores, homens e mulheres nobres, exibiam seu talento para a palavra, com o uso engenhoso de metáforas.”

Outra característica da língua asteca está na valorização dos recursos sinonímicos para transmitir uma mesma ideia. Logo, quanto mais associações e variações um indivíduo conseguisse formular mantendo a coerência de seu discurso, melhor era considerada sua eloquência. O que para nossa cultura seria considerado uma redundância, para os astecas era sinal de uma elevada instrução. E instrução essa que poderia ser adquirida de forma oral, ou ainda na recorrência aos códices, onde eram registradas informações importantes e de uso comum, de

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assuntos legais, espirituais, culturais, dentre outros, alguns produzidos a partir de pele de veado e fibras vegetais, os códices são a principal fonte primária de conhecimento sobre a cultura asteca, restando poucos deles após a conquista espanhola.

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Biomas Desde o frio da alta montanha até as quentes florestas tropicais, encontram-se múltiplos ecossistemas ao longo de bosques, florestas, desertos rochosos, manguezais, savanas, estepes e colinas, entre outros. Ademais existiam diversos biomas e microclimas, próprios da geografia mesoamericana, como a floresta tropical chuvosa ou bosque de pinheiros, no topo da Sierra Madre de Chiapas.

Nas geografias mais baixas, próximo da água doce dos lagos, proliferava o cultivo acima do nível, em alturas aproximadamente de 2.500 metros, aproveitando a área sopé, com terras férteis, onde uma agricultura extensiva foi utilizada; acima de 2.800 metros do nível do mar, abundavam bosques e grande fauna. O clima da região era, em média, temperado, com índice pluvial em torno de 700 milímetros por ano.

A flora da região era bem rica em plantas medicinais e suas técnicas de utilização bem variadas como, por exemplo, o tabaco e o incenso vegetal (copalli) que estava presente em suas práticas. Seus ticitl (médicos feiticeiros) em nome dos deuses realizavam ritos de cura com plantas que contém substâncias enteógenas (Stropharia cubensis-cogumelos compsilocibina) que ensinam a causa das doenças, mostram a presença de tonal (tonalli), e agressões infligidas ao duplo animal ou nagual (naualli) os casos de enfeitiçamento ou castigo dos deuses. No que se refere a minérios, o México é muito rico em prata, sendo atualmente um dos maiores produtores mundiais do minério, e chumbo, além de ter (especialmente na época referida ao povo) boas reservas de ouro, estanho, cobre e pedras preciosas.

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Criaturas A elite militar dos Astecas era composta pelos Guerreiros jaguar e os guerreiros águia. Não encontrei uma explicação do porque uma das classes era chamada de águia, contudo, para o jaguar algumas informações relevantes foram levantadas.

Para se tornar um guerreiro jaguar, era necessário que um soldado capturasse pelo menos seis soldados inimigos. Esses soldados capturados seriam oferecidos como sacrifícios aos deuses. Tezcatlipoca é o deus que inseriu os sacrifícios na cultura Asteca e seu animal totem era justamente o Jaguar.

A “criatura” mais conhecida da cultura Asteca talvez seja o Quetzalcóalt, popularmente conhecida como a serpente emplumada. Na verdade, Quetzalcóalt é uma divindade, uma das principais da mitologia Asteca, sendo responsável pela criação dos humanos. Seu nome, traduzido, seria algo como “serpente de plumas”, por isso algumas de suas representações mostram essa imagem. O que corrobora para o fato da aparência de Quetzalcóalt ser humana é o fato dos Astecas terem acreditado que os espanhóis eram Deuses.

Uma das representações de Quetzcoált, de acordo com tradições orais, é de que seria um homem branco. Quetzcóalt também pode ser considerado o civilizador dos Astecas, tendo sido tão importante que se criou o mito de que ele retornaria, o que ironicamente acabou contribuindo para a destruição dos Astecas, já que estes acabaram facilitando a invasão dos espanhóis ao acreditarem que eles eram o seu Deus.

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O Fim dos Astecas

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Fim da civilização

Uma série de fatores contribuiu para a queda do império Asteca. Além de um invasor externo, Cortez e seu exército espanhol, a insatisfação da população local com o domínio dos Astecas e até mesmo as crenças religiosas contribuíram para o seu declínio. Segue abaixo algumas das principais razões.

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A volta de Quetzalcoalt

Quetzalcoalt era praticamente uma figura messiânica para os Astecas. Uma das versões mitológicas diz que a divindade assumiu forma humana e governou o povo. Era uma figura tão adorada que quando morreu, surgiu uma profecia de que ele retornaria. Já não bastava essa profecia do retorno de Quetzalcoalt, também existia uma previsão de que ano isso iria ocorrer, coincidentemente seria o ano de 1519, mesmo ano que os espanhóis desembarcaram no México.

O imperador Montezuma II passou a acreditar que Hernán Cortez era um enviado pelos deuses (em algumas versões, ele acreditava que Cortez era o próprio Quetzalcoal), deixando que a comitiva espanhola entrasse e se instalasse no palácio. Sem perceber, Montezuma II se tornou refém em seu próprio palácio.

A insatisfação dos nativos

Os Astecas eram bastante dominadores, realizando campanhas militares com o objetivo de expandir seu império e capturar prisioneiros que seriam sacrificados em honra aos deuses. As cidades e tribos dominadas tinham que pagar altos impostos a capital, as que ainda não haviam sido dominadas conviviam com o medo de serem as próximas.

Quando Hernan Cortez e seu exército chegaram a região de Yucatan, começaram os diálogos com alguns líderes de cidades, percebendo a situação, Cortez achou que poderia usar este fato a seu favor. Sendo assim, vários índios começaram a se juntar a campanha de Cortez. Várias cidades começaram a apoiá-lo na marcha rumo a capital, acreditando que os espanhóis haviam sido enviados pelos deuses para libertarem o povo do domínio de Montezuma II.

Hernan Cortez e os espanhóis

Quando se fala do domínio de Cortez na região, muitos acreditam que os Astecas foram vencidos por uma suposta vantagem tecnológica dos espanhóis. A verdade é que mesmo com armas de fogo e canhões, os espanhóis teriam perdido tamanha era a desvantagem numérica em termos de soldados, por algumas vezes, a campanha de Cortez só conseguiu sobreviver graças à ajuda dos índios que conseguiram como aliados.

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A conquista ocorrida na região é mérito principalmente de Cortez, que rapidamente percebeu o que se passava em Yucatán e passou a usar tudo isso a seu favor (e porque não dizer? Ele também teve muita sorte). As oportunidades surgiam e ele as agarrava. Como por exemplo: a ajuda decisiva de Malintzin e Aguilar.

Aguilar era um espanhol que sobreviveu a um naufrágio e foi prisioneiro dos Maias durante 7 anos, sendo assim, sabia ao menos um dos dialetos locais, funcionando como intérprete.

Em uma das cidades que Cortez chegou, os espanhóis foram presenteados com escravas, entre elas, estava Malintzin que nada mais era que uma índia culta, filha de um rei que havia sido escravizada quando sua terra foi dominada. Ela sabia falar várias línguas, entre elas a Maia e o dialeto usado pelos Astecas. Assim, Cortez percebeu que poderia usar Malintzin e Aguilar para conversar com a população local. Um misto de sorte e saber reconhecer uma oportunidade.

Guerra biológica

Meio que sem querer, Cortez acabou causando uma guerra biológica. Os espanhóis trouxeram consigo várias doenças desconhecidas dos Astecas. A população local não possuía anticorpos, além de desconhecer as doenças a tal ponto que não eram capazes de usar ervas para curá-las.

O início do fim

Até finalmente conseguir dominar a capital Tenochtitlán, Cortez passou por muitas coisas. A “invasão” inicial foi até pacífica, já que Montezuma II simplesmente permitiu que os espanhóis entrassem no palácio. Cortez precisou partir para buscar reforços e deixou representantes na capital, após um mal entendido, os espanhóis entraram em conflito com os Astecas.Algum tempo depois, Montezuma II acabou morrendo apedrejado, pois seu povo acreditava que ele era um traidor. Outro imperador assumiu Cuialuhac, mas este não durou muito tempo: acabou contraindo varíola e morrendo.

Cuauhtemoc assumiu então. Ele tentou se preparar para a guerra: mandou avisos para as cidades para se organizar para a luta, a capital começou a entrar em ritmo de guerra. Contudo, a varíola acabou vitimando parte da população e as demais cidades ignoraram o pedido do imperador por acreditarem que os espanhóis eram seus libertadores.

O fim

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Em 1521, Cortez finalmente dominou a Capital. Ordenou que a cidade fosse destruída para servir de exemplo. Optou por deixar o Tlatoani no cargo até 1525. A figura do Tlatoani garantia que o império continuasse unificado e fosse mais fácil de dominar, ao contrário de um fragmentado com várias cidades se tornando independentes. Em 1522, todo o império Asteca já estava sob domínio Espanhol. Cuauhtemoc acompanhou o declínio de seu povo sem poder fazer nada, até que em 1525, foi enforcado em praça pública.

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Fim