são pedro claver, o servo dos escravos...2018/09/09  · sobre a vida do “servo dos escravos”,...

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www.nossasenhoradolago.org.br LAGO NORTE, BRASÍLIA, DF - ANO 11 - NÚMERO 07 - SETEMBRO/2018 Pe Norbey - Pároco Setembro com ventos acentuados e muitas flores chegou para nos trazer a es- perança de chuvas que ame- nizem a secura de Brasília. Neste mês, a liturgia nos apresenta temas que também cuidam de renovar nossa es- perança e amenizar as agru- ras diárias. Mês da caridade e da Bíblia. O Padre Norbey reflete sobre a vida do “servo dos escravos”, São Pedro Claver, nascido na Espanha, mas que “gastou” sua vida na Co- lômbia em prol de milhares de escravos trazidos da Áfri- ca para a América, tentando restituir-lhes um mínimo de humanidade. A vida de Madre Teresa de Calcutá, mais uma vez está presente aqui para re- memorarmos o que é pos- sível se fazer pelo próximo, quando o amor incondicional apresentado por Jesus é co- locado em prática. Na mesma linha, São Vicente de Paulo tem, nova- mente, um artigo testemu- nhando sua dedicação aos excluídos e marginalizados. Especialmente nesses mo- mentos de crise por que pas- sa nosso país, essa questão volta com intensidade aos olhos da comunidade. A Natividade de Nossa Senhora, São Mateus e os Santos Arcanjos completam as reflexões do mês. Outras celebrações litúr - gicas do mês deixam de ser abordadas aqui, tais como: São Gregório Magno (3), Santíssimo Nome de Maria (12), São João Crisóstomo (13), Nossa Senhora das Do- res (15), São Cornélio e São Cipriano (16) e São Pio (23). Encontros e atividades sociobeneficentes estão elencadas nos avisos. Anote na sua agenda e venha parti- cipar, pois comunidade viva é que dá vida à igreja. Editorial Apóstolo dos escravos, teste- munha da esperança entre quem estava privado não só da liberdade, mas também da dignidade, Pedro Claver é um Santo que fala ainda hoje quando o ser humano é opri- mido e acaba esmagado por “inte- resses superiores”. Nasceu em Verdú, Espanha, a 25 de junho de 1580. Como os pie- dosos pais desejavam consagrar o filho ao serviço do altar, enviaram Pedro a Salsona para estudar os primeiros elementos da gramática. Com 15 anos, o Bispo conferiu-lhe a primeira tonsura – cerimônia reli- giosa em que o bispo dá um corte no cabelo do ordinando ao confe- rir-lhe o primeiro grau de Ordem no clero – e, aos 21 anos, entrou na Companhia de Jesus em Barce- lona. Pedro era devoto da Virgem Maria e adorador de Jesus Eucarís- tico. No ano seguinte começou os estudos de filosofia em Palma de Mayorca. Foi Ordenado Sacerdote já em Cartagena, na Colômbia, em 1616 onde, como missionário, dedicou o seu Ministério Pastoral aos escra- vos negros deportados da África. Ao litoral do Continente Ame- ricano, chegavam milhares de es- cravos, quase todos jovens e con- denados a uma morte precoce. No dia 3 de abril de 1622, Pedro Claver acrescentou aos votos religiosos de sua profissão mais um voto: o de gastar a vida inteira ao serviço dos negros escravos. Testifican- do este voto, escreveu de próprio punho: “para sempre escravo dos negros”. Em Cartagena, Pedro Claver estava diante de um dos três por- tos negreiros da América Espa- nhola, onde a cada ano chegavam de 12 a 14 navios carregados de escravos. Os escravos trazidos ou “roubados” da África, ficavam du- rante a viagem nos porões escuros dos navios, que não tinham condi- ções para abrigar seres humanos. Eram tratados com menos cuidado São PEDRO CLAVER, o servo dos escravos do que os animais selvagens e, por fim, os que não morriam, eram vendidos. Sem dúvida, o mercado dos es- cravos foi a página mais vergonho- sa da colonização das Américas. Muitos missionários levantaram a voz contra esta desumanidade, mas sofriam perseguições e eram expulsos. O Papa proibiu repetidas vezes o comércio de escravos, mas a voz da Igreja não comovia a dureza dos comerciantes e nem das autoridades. Durante mais de quarenta anos, a vida de Pedro Claver foi servir àqueles escravos, cuidando deles, do físico ao espiritual. Claver fazia de tudo para evangelizar um por um. Por suas mãos passaram mais de trezentos mil escravos. Escreveu São João Paulo II: “Permiti-me que vos expresse antes de tudo a minha profunda admiração por este exemplar re- ligioso da Companhia de Jesus, um Colombiano nascido na Espa- nha, de quem o meu predecessor Leão XIII (ao canonizar São Pedro Claver) disse: `Depois de Cristo é o homem que mais me impres- sionou na história’. O missionário consagrou aos escravos as suas melhores energias, em defesa dos seus direitos como pessoas e como filhos de Deus, consumou a sua existência, e, numa prova he- róica de amor fraterno, entregou a vida. São Pedro Claver não limitou o horizonte do seu trabalho aos escravos, estendeu-o com prodi- giosa vitalidade a todos os grupos étnicos ou religiosos que sofriam a marginalização. Quantos prisio- neiros, estrangeiros, pobres e opri- midos além dos trabalhadores es- cravos na construção, nas minas e fazendas receberam a sua visita, o seu alento e a sua consolação”, assinala o texto. São Pedro Claver, bradou ener- gicamente aos dominadores serem aqueles entes oprimidos, iguais a eles na dignidade, na alma e na vocação transcendente. “No nosso mundo de hoje, que proclama com insistência o respeito dos direitos humanos e tanto continua a neces- sitar da real observância dos mes- mos, em muito diversos campos, o exemplo de São Pedro Claver ofe- rece luminoso ponto de referência, como eminente defensor desses direitos e pelos meios nisso em- pregados”, continua o texto. E na encíclica “Sollicitudo rei socialis” (1987), São João Paulo II acentuou que “muitos santos canonizados pela Igreja oferecem admiráveis testemunhos” da so- lidariedade humana e cristã, pe- rante os mecanismos perversos e as estruturas de pecado, podendo servir de exemplo nas difíceis cir- cunstâncias atuais; os dois exem- plos apontados no texto foram São Pedro Claver e São Maximiliano Kolbe. Vítima da caridade, São Pedro Claver acabou morrendo em 1654, com 74 anos de idade e 52 anos de vida religiosa, quando ao socorrer o Cristo excluído e chagado, pegou uma terrível peste. Foi declarado pelo Papa Pio X especial patrono de todas as missões entre os negros. São Pedro Claver, rogai por nós!

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  • www.nossasenhoradolago.org.br

    LAGO NORTE, BRASÍLIA, DF - ANO 11 - NÚMERO 07 - SETEMBRO/2018

    Pe Norbey - Pároco

    Setembro com ventos acentuados e muitas flores chegou para nos trazer a es-perança de chuvas que ame-nizem a secura de Brasília.

    Neste mês, a liturgia nos apresenta temas que também cuidam de renovar nossa es-perança e amenizar as agru-ras diárias. Mês da caridade e da Bíblia.

    O Padre Norbey reflete sobre a vida do “servo dos escravos”, São Pedro Claver, nascido na Espanha, mas que “gastou” sua vida na Co-lômbia em prol de milhares de escravos trazidos da Áfri-ca para a América, tentando restituir-lhes um mínimo de humanidade.

    A vida de Madre Teresa de Calcutá, mais uma vez está presente aqui para re-memorarmos o que é pos-sível se fazer pelo próximo, quando o amor incondicional apresentado por Jesus é co-locado em prática.

    Na mesma linha, São Vicente de Paulo tem, nova-mente, um artigo testemu-nhando sua dedicação aos excluídos e marginalizados. Especialmente nesses mo-mentos de crise por que pas-sa nosso país, essa questão volta com intensidade aos olhos da comunidade.

    A Natividade de Nossa Senhora, São Mateus e os Santos Arcanjos completam as reflexões do mês.

    Outras celebrações litúr-gicas do mês deixam de ser abordadas aqui, tais como: São Gregório Magno (3), Santíssimo Nome de Maria (12), São João Crisóstomo (13), Nossa Senhora das Do-res (15), São Cornélio e São Cipriano (16) e São Pio (23).

    Encontros e atividades sociobeneficentes estão elencadas nos avisos. Anote na sua agenda e venha parti-cipar, pois comunidade viva é que dá vida à igreja.

    Editorial

    Apóstolo dos escravos, teste-munha da esperança entre quem estava privado não só da liberdade, mas também da dignidade, Pedro Claver é um Santo que fala ainda hoje quando o ser humano é opri-mido e acaba esmagado por “inte-resses superiores”.

    Nasceu em Verdú, Espanha, a 25 de junho de 1580. Como os pie-dosos pais desejavam consagrar o filho ao serviço do altar, enviaram Pedro a Salsona para estudar os primeiros elementos da gramática. Com 15 anos, o Bispo conferiu-lhe a primeira tonsura – cerimônia reli-giosa em que o bispo dá um corte no cabelo do ordinando ao confe-rir-lhe o primeiro grau de Ordem no clero – e, aos 21 anos, entrou na Companhia de Jesus em Barce-lona. Pedro era devoto da Virgem Maria e adorador de Jesus Eucarís-tico. No ano seguinte começou os estudos de filosofia em Palma de Mayorca.

    Foi Ordenado Sacerdote já em Cartagena, na Colômbia, em 1616 onde, como missionário, dedicou o seu Ministério Pastoral aos escra-vos negros deportados da África.

    Ao litoral do Continente Ame-ricano, chegavam milhares de es-cravos, quase todos jovens e con-denados a uma morte precoce. No dia 3 de abril de 1622, Pedro Claver acrescentou aos votos religiosos de sua profissão mais um voto: o de gastar a vida inteira ao serviço dos negros escravos. Testifican-do este voto, escreveu de próprio punho: “para sempre escravo dos negros”.

    Em Cartagena, Pedro Claver estava diante de um dos três por-tos negreiros da América Espa-nhola, onde a cada ano chegavam de 12 a 14 navios carregados de escravos. Os escravos trazidos ou “roubados” da África, ficavam du-rante a viagem nos porões escuros dos navios, que não tinham condi-ções para abrigar seres humanos. Eram tratados com menos cuidado

    São PEDRO CLAVER, o servo dos escravosdo que os animais selvagens e, por fim, os que não morriam, eram vendidos.

    Sem dúvida, o mercado dos es-cravos foi a página mais vergonho-sa da colonização das Américas. Muitos missionários levantaram a voz contra esta desumanidade, mas sofriam perseguições e eram expulsos. O Papa proibiu repetidas vezes o comércio de escravos, mas a voz da Igreja não comovia a dureza dos comerciantes e nem das autoridades.

    Durante mais de quarenta anos, a vida de Pedro Claver foi servir àqueles escravos, cuidando deles, do físico ao espiritual. Claver fazia de tudo para evangelizar um por um. Por suas mãos passaram mais de trezentos mil escravos.

    Escreveu São João Paulo II: “Permiti-me que vos expresse antes de tudo a minha profunda admiração por este exemplar re-ligioso da Companhia de Jesus, um Colombiano nascido na Espa-nha, de quem o meu predecessor Leão XIII (ao canonizar São Pedro Claver) disse: `Depois de Cristo é o homem que mais me impres-sionou na história’. O missionário consagrou aos escravos as suas melhores energias, em defesa dos seus direitos como pessoas e como filhos de Deus, consumou a sua existência, e, numa prova he-róica de amor fraterno, entregou a vida. São Pedro Claver não limitou o horizonte do seu trabalho aos escravos, estendeu-o com prodi-giosa vitalidade a todos os grupos étnicos ou religiosos que sofriam a marginalização. Quantos prisio-neiros, estrangeiros, pobres e opri-midos além dos trabalhadores es-cravos na construção, nas minas e fazendas receberam a sua visita, o seu alento e a sua consolação”, assinala o texto.

    São Pedro Claver, bradou ener-gicamente aos dominadores serem aqueles entes oprimidos, iguais a eles na dignidade, na alma e na

    vocação transcendente. “No nosso mundo de hoje, que proclama com insistência o respeito dos direitos humanos e tanto continua a neces-sitar da real observância dos mes-mos, em muito diversos campos, o exemplo de São Pedro Claver ofe-rece luminoso ponto de referência, como eminente defensor desses direitos e pelos meios nisso em-pregados”, continua o texto.

    E na encíclica “Sollicitudo rei socialis” (1987), São João Paulo II acentuou que “muitos santos canonizados pela Igreja oferecem admiráveis testemunhos” da so-lidariedade humana e cristã, pe-rante os mecanismos perversos e as estruturas de pecado, podendo servir de exemplo nas difíceis cir-cunstâncias atuais; os dois exem-plos apontados no texto foram São Pedro Claver e São Maximiliano Kolbe.

    Vítima da caridade, São Pedro Claver acabou morrendo em 1654, com 74 anos de idade e 52 anos de vida religiosa, quando ao socorrer o Cristo excluído e chagado, pegou uma terrível peste. Foi declarado pelo Papa Pio X especial patrono de todas as missões entre os negros. São Pedro Claver, rogai por nós!

  • Informativo da ParóquiaNossa Senhora do Lago

    Pároco:Pe. Norbey Londoño Buitrago

    Equipe de Edição:DuCarmo, Fátima Schenini, Jaci Caetano e Lourdes Valentim.

    Contato por email: [email protected]

    Telefone:(61) 3368-3790 / 3368-4605Endereço: QI 03 - Lago Norte

    Diagramação:Artefato (61) 98534-0500 José Antônio - VEM

    Natividade de Nossa SenhoraSempre que a Igreja celebra a memória, festa ou so-

    lenidade de algum santo, Ela o faz para enaltecer a vida daquele ou daquela a partir do mistério de sua íntima co-munhão com Cristo. A união da alma com Deus é revelada, na vida deles, tal e qual a cera e a chama se fundem no simples acender de uma vela.

    Outra grande particularidade nas cele-brações está no modo como a Igreja geral-mente escolhe as datas para realizar tais re-cordações. Via de regra a vida de um santo é rememorada justamente no dia da sua mor-te, pois, é precisamente aí que ele nasceu para a vida eterna. Mas, não ocorre assim em todas as celebrações dos santos: alguns tiveram memoráveis acontecimentos que re-lembram, além da cruz (morte), outros mis-térios ligados à vida de Cristo; é o caso das celebrações das natividades, por exemplo, a Natividade de São João Batista.

    Será que com Maria Santíssima poderia existir trata-mento distinto ou menor? Não! Certamente não poderia. Não poderia ser diferente com Aquela que em tudo se uniu a Deus em seu Filho.

    Há poucos dias celebrávamos na Assunção de Nossa Senhora o mistério da vitória de Cristo sobre a morte, vitó-ria que não abarca apenas Ele, mas, estende participação a todo o gênero humano. Celebrar a Assunção é festejar a nossa esperança: nela o plano de salvação de Deus se concretizou, pois, em Maria, que é gente como a gente, só gente, e não Deus, já vemos a glória Daquele que é o fim de todas as coisas. Em Cristo tudo se completa, Ele revela ao homem o que significa ser “homem” de verdade (GS 22). No mistério de Cristo ressuscitado vemos a beleza do plano de Deus já no fim da história, mas também somos convida-dos a lembrar da ação direta de Deus desde o seu início, ou seja, desde a Encarnação e a Natividade do próprio Senhor.

    Habitação na Sagrada Escritura tem o significado de moradia, todavia, também aparece como “tenda terrestre”

    no sentido de “corpo”. Daí se tem a tradução de Jo 1,14 no seu sentido mais literal e que melhor nos faz entender o evento da Encarnação de Cristo: “E o Verbo se fez Carne e armou a sua tenda entre nós...” Esta tenda de Cristo, sua

    presença Divino-Humana, se dá a partir da geração segundo a carne de Maria, aquela outra “tenda” preservada de toda mancha em vista do ilustre morador. “A carne que gerou Jesus e os felizes seios que o amamenta-ram” (Lc 11,27b) por privilégio todo especial por causa exclusivamente dos méritos Dele, a fim de que lhe fosse preparada digna habi-tação, também não continha pecado: a este mistério chamamos Imaculada Conceição.

    A Imaculada Conceição de Nossa Se-nhora é celebrada no dia 08 de dezembro.

    Precisamente nove meses depois, a 8 de setembro, a Igreja celebra o término daquela excelsa gestação. Na Natividade de Maria, a mais bela flor que a humanidade gerou, a mãe de Deus é manifestada ao mundo.

    No dia de nossa natividade ganhamos presentes e festejamos mais uma vida vinda a este mundo. Na Na-tividade de Maria, a humanidade toda é que ganha um presente, pois, veio à vida aquela que nos daria de sua carne o Autor da vida.

    Realmente é louvável repetir: que grande presente! As-sim nos ensina São Pedro Damião: “Deus onipotente, antes que o homem caísse, previu a sua queda e decidiu, antes dos séculos, a redenção humana. Decidiu, portanto, encar-nar-se em Maria”. Celebremos este dia com fervor, pois, a Natividade de Nossa Senhora nos indica que a esperança de nossa Salvação começa desde o ventre materno, visto que Deus prepara para cada um de nós a vitória em seu Nome muito mais cedo do que nós pensamos.

    Madre Teresa de Calcutá

    Lucas Oliveira - Seminarista

    Arcanjos

    Madre Teresa de Calcutá, cujo nome de batismo era Agnes Gonxha Bojaxhiu, nascida no dia 27 de agosto de 1910, viveu boa parte de sua infância e adolescência em uma cidade ao sul da antiga Iugoslávia.

    Sua vocação começou aos 18 anos quando decidiu ingressar na vida religiosa, por meio da orientação e apoio de um amigo sacerdote e também com o consentimento de sua família. Assim adentrou a Casa Mãe das irmãs de Nossa Senhora de Loreto, na cidade de Dublin, Irlanda. Du-rante seu Noviciado, foi enviada para a Índia, a fim de con-cluir o mesmo. A partir de então decidiu entregar sua vida para o cuidado dos pobres e necessitados, e ao realizar

    Wilker Ferreira - Diácono

    No dia 29 de setembro é celebrada a festa dos santos Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael. Nesta data, a Igreja recorda todos os coros angélicos (Serafins, Querubins, Tronos, Domina-ções, Potestades, Vir tudes, Principados, Arcanjos e Anjos).

    Neste ano a data de realização do VEM (En-contro de Adolescentes com Cristo) coincidirá com o dia do seu padroeiro, que será São Miguel Ar-canjo. Estando como espiritualizador do encontro, fiquei feliz com o convite para escrever um artigo sobre a festa dos san-tos Arcanjos, além da missão de transmitir o conhecimento adquirido sobre este Arcanjo a outras pessoas, especialmente aos trabalhadores do VEM. Todos nós, inclusive os jovens, podemos tomar não apenas São Miguel Arcanjo, mas todos os Arcanjos como nossos inter-cessores junto de Deus. Mas para isso, precisamos conhecê-los melhor. Então vamos conhecer?

    Segundo São Tomás de Aquino na Suma Teo-lógica (1ª parte, questão 108), o coro dos Arcanjos anuncia notáveis missões aos homens e guarda as pessoas que desempenham relevantes funções para a glória de Deus, como por exemplo, o Papa. Existem sete Arcanjos que compõem este coro (Tb 12,15; Ap 8,2), mas conhecemos apenas São Mi-guel, São Gabriel e São Rafael porque foram citados na Sagrada Escritura, cada um com missões impor-tantes dadas por Deus.

    A aparição mais famosa do Arcanjo São Ga-briel é quando ele anuncia para a Santíssima Virgem Maria que ela será a Mãe de Jesus (Lc 1,26-38). Seu nome significa “a Força de Deus”. Ele aparece também em outras passagens bíblicas (Dn 9,20-24; Lc 1,11-20). O Arcanjo São Rafael é citado no livro de Tobias, a quem Deus o envia para acompanhá-lo durante a viagem em que se casa com Sara. Por ter instruído Tobias sobre como recuperar a vista do seu pai, São Rafael é invocado na luta contra doenças e pedindo proteção nas viagens. Seu nome significa “Deus cura”.

    O Arcanjo São Miguel é considerado o patro-no e defensor da Igreja, tendo em vista a sua luta contra a maldade e as ciladas do demônio. Esta luta ocorre desde a expulsão de Lúcifer e seus an-jos caídos do Paraíso, quando Deus permitiu que São Miguel Arcanjo os expulsassem do Céu. Por este motivo, é tradição sempre recorre a este Ar-canjo pedindo proteção e libertação dos ataques do diabo, sendo a oração a São Miguel muito forte para expulsá-los. Seu nome significa “Quem como Deus?”. Este Arcanjo aparece em cinco passagens bíblicas (Dn 10,13; 10,22; 12,1; Ap 12,7; Jd 9), sendo que em cada uma delas podemos verificar diferentes atribuições a este Arcanjo que é exemplo de humildade, fidelidade e obediência a Deus. Essas características me maravilham e me incentivam a tomar o exemplo de São Miguel Arcanjo para a vida, com o intuito de sempre buscar estar mais próximo de Deus.

    Ao conhecer melhor cada Arcanjo, podemos pedir proteção e intercessão a cada um deles em diferentes situações do dia a dia, seja em momen-tos de falta de paciência com pessoas que nos rodeiam, quando ocorrem maus pensamentos, quando pedimos a saúde para um ente querido ou em momentos que buscamos o entendimento da real vontade de Deus. Busquemos, então, tomar o exemplo deles para buscar a santidade.

    Oração dos Arcanjos: São Gabriel com Maria, São Rafael com Tobias, São Miguel com todas as hierarquias, abri para nós essa via.

    seus votos perpétuos decidiu não usar seu nome de batismo Agnes, mas o nome pelo qual a conhece-mos: Teresa.

    No ano de 1946, no dia 10 de setembro, em uma viagem de trem para o Himalaia, houve a constata-ção divina de que sua vida era para servir aos que mais necessitam. Ao escutar um homem mendigan-do água para matar a sede que o consumia, ela percebeu que muitos precisavam da sua ajuda, assim passou a vi-ver com os pobres e necessitados, tendo Deus como seu consolo. Com autorização do então papa Pio XII, Madre Teresa consegue a nacionalidade Indiana e passa a viver em Calcutá.

    Com sua vida totalmente entregue à missão, ficou co-nhecida como mediadora dos pobres, pedindo ajuda para aqueles que viviam em condições subumanas, e aos pou-cos sua causa foi abraçada por aquelas que um dia foram suas alunas, quando lecionava história a jovens moças de famílias tradicionais da Índia. Foi então que, no ano de 1950, conseguiu fundar uma congregação religiosa.

    Seu trabalho e entrega causaram tanta repercussão que outras casas religiosas foram fundadas por toda a Índia, e também em diversas outras partes do mundo. A ordem contava com mais de 4 mil membros atuando em todos os continentes do globo. Sua obra foi reconhecida até mesmo por instituições seculares e foi então que, no ano de 1979, Madre Teresa ganhou o Prêmio Nobel da Paz, tendo também seu reconhecimento no vaticano e foi no-meada embaixadora das nações.

    Aos 87 anos, no dia 5 setembro de 1997, com uma parada cardíaca, foi para o descanso eterno com o Pai. E no dia 19 de outubro de 2003 foi beatificada pelo Papa João Paulo II, reconhecendo seu milagre da cura de uma mulher indiana. No dia 4 de setembro de 2016 teve sua canonização concretizada pelo Papa Francisco, através de um milagre realizado a um engenheiro nascido em Santos, São Paulo, que pedindo a intercessão da Santa obteve a cura de uma infecção renal e cerebral.

    “Mãos que servem são mais santas que lábios que rezam”

  • Ana Cristina Pupe – Vicentinos

    São Vicente de PauloAjudar aos pobres é um serviço a que muitos cris-

    tãos são chamados e que, por vezes, se mostra tão difícil dado o alto custo emocional envolvido nessa missão.

    No dia 27 de setembro comemoramos o dia de São Vicente de Paulo, um santo inspirador que, movido por amor, dedicou sua vida a praticar a caridade, assis-tindo aos pobres e desassistidos.

    São Vicente de Paulo nasceu no dia 24 de abril de 1581, em Pouy, na França, no seio de uma família cristã digna e fervorosa. Sua infância foi bastante modesta, mas, apesar das dificuldades materiais de sua família, Vicente conseguiu destacar-se na sociedade em que vivia, tendo sido ordenado padre aos dezenove anos.

    Em 1605, quando voltava de uma viagem a Mar-selha, o navio em que estava foi atacado por piratas que o fizeram prisioneiro e, posteriormente, o venderam como escravo para um fazendeiro muçulmano. Vicente viveu humildemente a escravidão e, dois anos depois, acabou sendo libertado por seu próprio “senhor” que foi por ele convertido ao cristianismo.

    Padre Vicente, por sua piedade e compaixão, era admirado e respeitado por todos, tendo estado, inclusi-ve, ao lado do rei Luís XIII em seu leito de morte.

    Porém, de fato, os maiores merecedores de sua compaixão e atenção eram as pessoas pobres e menos favorecidas a quem Padre Vicente dedicava toda a sua energia para conseguir dar a eles alimento material e auxílio espiritual.

    Lucas Mariano - RCC

    O chamado de São Mateus é também o nosso chamado. Es-colhido por Jesus para ser um dos Doze que o acompanhariam durante sua vida pública, São Ma-teus, o Evangelista, disse seu sim ao convite e largou tudo por amor. E nesse chamado a São Mateus, vemos também o chamado a cada um de nós.

    É extraordinário vermos que Jesus não dividiu a nossa história de salvação em vários momentos consecutivos e que aos poucos foi decidindo para ver o que é que poderia ser feito conosco. Muitas vezes achamos que é assim que acontece. Que Deus nos chama por etapas. Primeiro Ele nos tira do pecado, depois pensa: “Ah! Vamos ver agora qual é a vocação para ele”, então inventa uma voca-ção para nós e vai acrescentando coisas e coisas...

    Não, não é assim que funcio-na. Deus, exatamente porque nos quer santos, com uma vocação sublime, nos tira do pecado e nos resgata da miséria na qual nos encontramos, oferecendo-nos a oportunidade de mudança. Nós é que temos de mudar, de fazer a escolha.

    São Mateus era um publicano chamado Levi, que exercia a pro-fissão de cobrador de impostos para os romanos. Ao encontrá-lo

    O chamado de São Mateus

    Clovis Fujimoto - Conselho Paroquial

    REPUBLICAÇÃO – Dia 14 de setembro a Igreja comemora o res-gate da Cruz do Senhor, pelo impe-rador Heráclio, na sua vitória sobre os persas, no século VII.

    Na festa da Exaltação da Santa Cruz, por ocasião dos 150 anos das aparições de Lourdes, durante a missa de 14 de setembro de 2008, o Papa Bento XVI nos fez recordar o significado deste grande mistério: ”Deus amou tanto o mundo, que entregou seu Filho único para salvar os homens” (cf.Jo 3, 16). O Filho de Deus se fez vulnerável, assumindo a condição de servo, obediente até a morte, e morte de cruz (cf. Fl 2, 8). Por sua Cruz fomos salvos. O instrumento de suplício que mos-trou na Sexta-Feira Santa, o juízo de Deus sobre o mundo, transformou-se em fonte de vida, de perdão, de misericórdia, sinal de reconciliação e de paz.

    “Para sermos curados do pe-cado, olhemos para Cristo cruci-ficado”, dizia Santo Agostinho. Ao dirigirmos os olhos para o Crucifi-cado, adoramos Aquele que veio para tirar o pecado do mundo e dar a vida eterna.

    Festa da exaltação da Santa Cruz

    A rainha da França, Ana de Áustria, convencida pelo discurso apaixonado do Padre Vicente de que o povo sofria por falta de solidariedade e de caridade das pessoas mais abastadas, nomeou-o ministro da Caridade, oportunizando a ele estruturar um trabalho de assistência aos pobres em escala nacional. Fundou e organizou, assim, quatro instituições voltadas para a caridade: a “Confraria das Damas da Caridade”, os “Servos dos Pobres”, a “Congregação dos Padres da Missão”, conhecidos como padres lazaristas, em 1625, e, principalmente, as “Filhas da Caridade”, em 1633.

    O carisma de São Vicente de Paulo é inspirado no próprio Jesus Cristo que quis nascer pobre, escolheu pobres para seus discípulos, fez-se servo dos pobres. Deus ama os pobres e também ama aqueles que são sensíveis às suas misérias e por eles têm compaixão.

    Não por acaso então que tenha sido justamente São Vicente de Paulo a inspiração de Antônio Frede-rico Ozanan que fundou, em Paris, a SSVP (Sociedade São Vicente de Paulo) que se empenha em dar apoio a indivíduos, família e grupos sociais marginalizados, por meio de ações variadas em que se privilegia o con-tato pessoal e direto e a visita domiciliar, para, além de aliviar a miséria material, descobrir e eliminar as suas causas. Os voluntários que atuam na SSVP são aqueles a quem chamamos de Vicentinos.

    Canonizado em 1737, São Vicente de Paulo é festejado no dia de sua morte, por todos os seus se-guidores nos quatro cantos do mundo, bem como pela

    sociedade leiga cristã engajada em cuidar para que seu carisma de amor aos pobres permaneça, pela ação de suas fundações, que florescem, ainda, nos nossos dias, sempre a serviço dos mais necessitados, doentes e marginalizados.

    nessa função, Jesus passou e o chamou. E Jesus não lhe disse: - “Mateus, olha, você é publicano, você está aí numa vida de peca-do, você é um “corrupto”; faz o seguinte, muda de vida e depois veremos qual será a sua vocação”.

    Jesus simplesmente chamou e Levi, então, sem questionar, seguiu o seu chamado e mudou de vida. E este é o chamado de Deus para cada um de nós. Resta-nos a ati-tude de confiar e segui-Lo!

    A Igreja celebra, no dia 21 de setembro, este santo que foi um dos mais didáticos narradores da Palavra de Deus.

    A Igreja nos convida a levantar com orgulho a Cruz gloriosa, para que o mundo veja até onde che-gou o amor do Crucificado pelos homens; por nós. E nos convida a agradecer a Deus porque de uma árvore portadora da morte surgiu de novo a vida. Sobre esta árvore, Jesus nos revela sua majestade soberana, revela-nos que Ele é o exaltado na glória. Sim, vinde para adorá-lo! Em meio a nós se encon-tra Aquele que nos amou até dar a sua vida por nós; Aquele que convi-da todo ser humano a aproximar-se dele com confiança.

    Em I Cor 1,23, São Paulo nos re-vela: “mas nós pregamos Cristo cru-cificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos; mas para os eleitos – quer judeus, quer gregos –, força de Deus e sabedoria de Deus”.

    Portanto, queridos irmãos em Cristo, sigamos a Palavra como bons cristãos e festejemos a Exalta-ção da Santa Cruz em nossas men-tes e corações, com muito amor e carinho, pois a nossa salvação pas-sa pela Cruz do Senhor.

  • Dia da SecretáriaMISSAS Matriz Segunda-feira: 19h (Celebração da Palavra)Terça a sexta-feira: 19h Sábado: 18h Domingo: 8h, 12h e 19h Último domingo do mês: 10h, Missa das CriançasPrimeira terça-feira do mês: 19h, Missa Frei Galvão, com distribuição de pílulas.Quarta-feira: 20h, Missa da Saúde (unção com óleo de Jerusalém), com transmissão ao vivo pela Rádio Península FM - 98,1 MHz. Primeira Sexta-feira do mês: 19h, Missa Sagrado Coração de Jesus.Nas casasTerça-feira: 20h (agendada) Varjão Domingo: 10h Primeira quinta-feira do mês: 20h, Missa da Saúde e Frei Galvão, com Adoração ao Santíssimo Sacramento e bênção com óleo de Jerusalém. Taquari – Sábado: 19h Olhos D’água – Domingo: 10h Trecho III – Segundo domingo: 10h Segunda terça-feira: 20h30CONFISSÕES Quarta-feira: das 18h30 às 21hSECRETARIA 61 3368-3790 / 3368-4605Terça a sexta-feira: das 8h às 12h e das 14h às 17h Sábado: das 8h às 12hOUTRAS ATIVIDADESAdoração ao Santíssimo: - Segunda-feira, das 20h às 21h30; - Quinta-feira, das 11h às 12h (Novena Perpétua); - Primeira sexta-feira do mês, às 18h (Sagrado Coração de Jesus). Grupo de Oração RCC: - Terça-feira, das 20h às 22h (Matriz) - Domingo, a partir das 17h (Varjão) Terço dos Homens: Quinta-feira, às 20h Terço da Misericórdia: Sexta-feira, às 15h Direção Espiritual: Agendar na Secretaria.HORÁRIOS DO BRECHIQUEQuarta-feira - das 15h às 18h Sábado - das 9h às 12h

    A Secretária se reveste de importância especial em qualquer instituição por representar, geralmente, o seu primeiro ponto de contato com o público. De um bom atendimento nesse momento inicial, o in-teressado começa a formar o seu conceito sobre a instituição. Daí a relevância do seu papel.

    Atenção, desenvoltura, conhecimento sobre a organização em que atua são quesitos fundamen-tais ao desempenho da função. A sensibilidade e sutileza feminina ganha a preferência da grande maioria das instituições na escolha de ocupantes para função.

    Dia 30 de setembro é dedicado a essas abne-gadas trabalhadoras que estão sempre prontas a oferecer sorriso de boas vindas e informações ade-quadas aos que as procuram.

    CursilhosCursilho Feminino – de 21, 22 e 23 de setembro.Informações e fichas de inscrição:Cyntia – 9293-7399 Ivonete – 98110-8425Cursilho Masculino – de 28, 29 e 30 de setembro.Informações e fichas de inscrição:Evaldo Tavares – 98410-6814João Antônio – 99269-0277

    Encontro de Preparação para o Matrimônio

    Curso de Noivos – Nos próximos dias 22 e 23 de setembro, a Paróquia realizará mais um Encontro de Preparação para o Matrimônio.

    Inscrições na Secretaria. Não deixe para a última hora.

    VEM – Encontro de Adolescentes com Cristo

    Será realizado nos dias 29 e 30 de setembro o VEM – Encontro de Adolescentes com Cristo. In-teressados poderão preencher a ficha na Secretaria da Paróquia. Pede-se a toda a comunidade orações pelos adolescentes que estarão participando deste mo-mento de crescimento espiritual.

    A todas elas os nossos PARABÉNS, mas de modo especial à Liliana e à Catiani (nossa admi-nistradora) que muito meigamente nos recebem na Secretaria da Paróquia. Que Deus e Nossa Senhora do Lago as recompensem.