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L-2985 Luxembourg EUR h t t p : / / o s h a . e u . i n t A fim de promover a melhoria, nomeadamente, das condições de trabalho, para proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores tal como previsto no Tratado e nos sucessivos programas de acção relativos à segurança e à saúde no local de trabalho, a Agência tem por objectivo fornecer às instâncias comunitárias, aos Estados-Membros e aos meios interessados as informações técnicas, científicas e económicas úteis no domínio da segurança e da saúde no trabalho. A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o Tr a b a l h o TE-29-00-133-PT-C Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho Gran Vía 33. E-48009 Bilbao Tel: (34) 944 79 43 60 Fax: (34) 944 79 43 83 E-mail: [email protected] SERVIÇO DAS PUBLICAÇÕES OFICIAIS DAS COMUNIDADES EUROPEIAS A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o Tr a b a l h o M O N I T O R I N G Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho PT 4 Situac , a ˜ o da Seguranc , a e da Saude no Trabalho na União Europeia: um estudo-piloto Projecto de relatório sucinto ` 9 7 8 9 2 9 5 0 0 7 1 0 9 ISBN 92-95007-10-7

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A fim de promover a melhoria, nomeadamente,

das condições de trabalho, para proteger a

segurança e a saúde dos trabalhadores tal

como previsto no Tratado e nos sucessivos

programas de acção relativos à segurança e à

saúde no local de trabalho, a Agência tem por

objectivo fornecer às instâncias comunitárias,

aos Estados-Membros e aos meios interessados

as informações técnicas, científicas e económicas

úteis no domínio da segurança e da saúde no

trabalho.

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-29-00-133-PT-C

Agência Europeia paraa Segurança e a Saúdeno Trabalho

Gran Vía 33. E-48009 BilbaoTel: (34) 944 79 43 60Fax: (34) 944 79 43 83E-mail: [email protected]

SERVIÇO DAS PUBLICAÇÕES OFICIAISDAS COMUNIDADES EUROPEIAS

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

M O N I T O R I N G

Agência Europeia paraa Segurança e a Saúdeno TrabalhoPT

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Situac,ao da Seguranc,ae da Saude

no Trabalhona União Europeia: um estudo-piloto

Projecto de relatório sucinto

`

9 789295 007109

ISBN 92-95007-10-7

D I R E C Ç Õ E S I N T E R N E T D O S R E L AT Ó R I O S N A C I O N A I S

A l e m a n h a : http://de.osha.eu.int/statistics/osh_.de.zip

Á u s t r i a : http://at.osha.eu.int/statistics/statosh_.doc

B é l g i c a : http://be.osha.eu.int/systems/fr/index.stm

D i n a m a r c a : http://dk.osha.eu.int/statistics/index_en.stm

E s p a n h a : http://es.osha.eu.int/statistics/#nacional

F i n l â n d i a : http://fi.osha.eu.int/publications/indexen.stm

F r a n ç a : http://fr.osha.eu.int/statistics/

G r é c i a : http://www.osh.gr/fp/statistics/oshstat.pdf

I r l a n d a : http://ie.osha.eu.int/statistics/irereport.pdf

I t á l i a : http://it.osha.eu.int/statistics/

L u x e m b u r g o : http://www.itm.etat.lu/State_of_OSH/OSHLux.Doc

P a í s e s B a i x o s : http://nl.osha.eu.int/statistics/

P o r t u g a l : http://pt.osha.eu.int/statistics/inqueen.stm

R e i n o U n i d o : http://uk.osha.eu.int/statistics/

S u é c i a : http://se.osha.eu.int/statistics/

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

M O N I T O R I N G

Agência Europeia paraa Segurança e a Saúdeno Trabalho

Situac,ao da Seguranc,ae da Saude

no Trabalhona União Europeia: um estudo-piloto

Projecto de relatório sucinto

`

Encontram-se disponíveis numerosas outras informações sobre a União Europeia na rede Internet,via servidor Europa (http://europa.eu.int)

Uma ficha bibliográfica figura no fim desta publicação

Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 2000

ISBN 92-95007-10-7

© Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho, 2000Reprodução autorizada mediante indicação da fonte

Printed in Belgium

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P R E F Á C I OÍ N D I C E

FINAL DRAFT ISSUE

VERSION: AUGUST 2000

P R E F Á C I O

Em conformidade com o artigo 2.º do Regulamento do Conselho que institui a Agência Europeia para a Segurança e a Saúdeno Trabalho, o objectivo da Agência Europeia é promover a melhoria no local de trabalho, fornecendo às instânciascomunitárias, aos Estados-Membros e aos meios interessados as informações técnicas, científicas e económicas úteis nodomínio da segurança e da saúde no trabalho. A fim de atingir o objectivo descrito no artigo 2.º, a Agência Europeia estáactualmente a levar a cabo projectos de informação para recolha e divulgação de dados relevantes junto dos Estados--Membros.

O projecto de informação da Agência Europeia sobre a «Situação da Segurança e da Saúde no Trabalho na União Europeia:um estudo-piloto» constitui o primeiro passo para o desenvolvimento de um sistema de controlo da saúde e da segurançano trabalho na UE. Destina-se a fornecer aos decisores políticos, a nível europeu e aos Estados-Membros, um quadro globalda presente situação da saúde e da segurança na União Europeia, apoiando, deste modo, a identificação de problemascomuns e de áreas prioritárias para acções preventivas.

O presente relatório sucinto apresenta uma panorâmica global resumida, quer dos principais resultados quer dos dadoscontidos no relatório principal «Situação da Segurança e da Saúde no Trabalho na União Europeia: um estudo-piloto». Estedestina-se a ser divulgado junto de um público alargado, ou seja, junto de todos os que possam estar envolvidos naelaboração/revisão das políticas de Segurança e da Saúde no Trabalho, a nível europeu ou nacional, ou ainda na realizaçãode investigações, estudos ou inquéritos no terreno, no domínio da Segurança e da Saúde no Trabalho. O leitor poderá obterinformação sobre as fontes de informação e a metodologia utilizada no estudo-piloto. Para além disso, são aquiapresentadas as principais conclusões sobre a situação da Segurança e da Saúde no Trabalho na União Europeia. No capítulo4, o leitor poderá consultar os resultados das primeiras lições extraídas durante a realização deste estudo-piloto,nomeadamente sobre as falhas da informação relativa a algumas categorias de risco. Serão disponibilizados maispormenores a partir do feedback fornecido pelo projecto «Avaliação» da Agência Europeia.

Todos os documentos sobre este assunto, nomeadamente o relatório principal, os anexos, o manual da recolha de dados etodos os relatórios nacionais elaborados pelos Estados-Membros constam do CD-ROM em anexo.

A Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho agradece aos Pontos Focais, ao Grupo de Rede Temática deControlo da Segurança e da Saúde no Trabalho e ao Grupo de Peritos, que ajudaram a Agência Europeia a preparar omanual para a recolha de dados, por todo o trabalho que realizaram, bem como a todas as outras pessoas que colaboraramneste projecto de informação.

A Agência Europeia agradece, muito em especial, à Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalhoe ainda ao Eurostat pela sua pronta colaboração ao fornecer os dados europeus para este projecto de informação.

Bilbau, Outubro de 2000

AGÊNCIA EUROPEIA PARA A SEGURANÇA E A SAÚDE NO TRABALHO

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

5

Í N D I C E

PARTE 1:

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2. FONTES DE INFORMAÇÃO E METODOLOGIA USADA NO ESTUDO-PILOTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112.1. Manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122.2. Fontes de informação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132.3. Processo de compilação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

3. PRINCIPAIS RESULTADOS SOBRE A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA E DA SAÚDE NO TRABALHO: ESTUDO-PILOTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173.1. Pontos-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183.2. Necessidade de desenvolver acções preventivas adicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233.3. Categorias de risco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253.4. Riscos de natureza química/biológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283.5. Riscos emergentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

4. PRIMEIRAS LIÇÕES TIRADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314.1. Falhas de informação sobre a situação dos dados europeus/nacionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334.2. Falhas de informação em algumas categorias de risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 364.3. Pontos fortes e pontos fraços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

5. QUADRO EUROPEU SOBRE OS INDICADORES DE EXPOSIÇÃO/RESULTADOS SST. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

PARTE 2:

CD-ROM� Relatório principal e anexos� Relatório sucinto em todas as línguas� Relatórios nacionais de todos os Estados-Membros� Manual usado pelos Pontos Focais para a recolha de dados

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

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1.I N T R O D U Ç Ã O

I N T R O D U Ç Ã O

Com vista a atingir o objectivo de contribuir para a criação de um sistema de controlo da segurança e da saúde no trabalho(SST) na União Europeia (UE), a Agência Europeia decidiu levar a cabo uma avaliação global da situação da segurança e dasaúde no trabalho nos Estados-Membros da UE. Esta avaliação teve como resultado:

� a elaboração de um relatório nacional referente à situação da SST em todos os Estados-Membros;� a elaboração de um relatório global referente à situação da SST na UE, baseado nos 15 relatórios nacionais.

Reconheceu-se, desde o início, a enorme quantidade de trabalho a desenvolver, bem como os esforços necessários paraatingir os objectivos. O resultado final é que este estudo-piloto evidencia o actual panorama da situação da SST na UniãoEuropeia. No processo de apresentação deste quadro europeu, o projecto identificaria também os requisitos para efectuar,futuramente, actualizações periódicas das informações sobre a SST por toda a União Europeia, com base nas lições tiradas.

Este relatório sucinto é constituído pelos cinco capítulos seguintes:

� o capítulo 1 apresenta uma panorâmica global do estudo-piloto;� o capítulo 2 trata das fontes de informação e da metodologia utilizada;� o capítulo 3 apresenta as principais conclusões do estudo-piloto, incluindo os pontos-chave, a necessidade de desenvolver

actividades preventivas adicionais, os sectores, as profissões e os sexos em risco, bem como outras categorias de risco, osperigos de natureza química/biológica e os riscos emergentes;

� o capítulo 4 apresenta as primeiras lições tiradas deste estudo-piloto;� o capítulo 5 fornece um quadro europeu dos indicadores de exposição/resultados SST.

O relatório sucinto fornece uma visão resumida de todo o estudo-piloto, como a seguir se apresenta:

10

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

Relatório sucinto

CD-ROM

15 relatórios nacionais

Alemanha, Áustria, Bélgica,Dinamarca, Espanha, Finlândia,França, Grécia, Irlanda, Itália,

Portugal, Reino Unido, SuéciaLuxemburgo, Países Baixos,

Relatório principal + anexos

«Situação da Segurançae da Saúde no Trabalho

na UE: um estudo-piloto»

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2.F O N T E S D E I N F O R M A Ç Ã O E M E T O D O L O G I A U S A D A N O E S T U D O - P I L O T O

F O N T E S D E I N F O R M A Ç Ã O E M E T O D O L O G I A U S A D A N O E S T U D O - P I L O T O

A principal referência do estudo-piloto foi o manual, que forneceu um enquadramento a utilizar por cada Ponto Focal paradefinir a situação da SST a nível nacional. Os relatórios nacionais foram então compilados de modo a formarem o quadroeuropeu. Para completar o manual, foi preciso recorrer a um conjunto de fontes de informação, preferencialmente fontesnacionais, mas também fontes europeias, como o «Segundo Inquérito Europeu sobre as Condições de Trabalho», daFundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho e as Estatísticas Europeias sobre Acidentes noTrabalho do Eurostat — Serviço de Estatística da União Europeia.

Nas duas secções que se seguem, serão debatidos tanto o manual como as fontes de informação utilizadas.

MANUAL

Um grupo de peritos nomeados pelos Estados-Membros, assim como a Comissão Europeia, o Eurostat e a FundaçãoEuropeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, ajudaram a Agência Europeia a desenvolver um manual paraa recolha de dados sobre a situação da segurança e da saúde no trabalho nos Estados-Membros. Foram seleccionadosalguns indicadores específicos, considerados os mais adequados para descrever o grau de exposição no trabalho, o contextode trabalho, os resultados e as capacidades preventivas nos Estados-Membros, sendo em seguida incluídos no manual, deforma a fornecerem um quadro global do ambiente de trabalho nos Estados-Membros. Os indicadores deexposição/resultados SST integrados no manual abrangem os seguintes aspectos:

� exposição a factores físicos: ruído, vibração, altas temperaturas, baixas temperaturas;� exposição a posturas e movimentos: levantar/deslocar cargas pesadas, movimentos repetitivos, posturas de trabalho

penosas;� exposição a factores químicos: manipulação de químicos, substâncias cancerígenas, substâncias neurotóxicas, perigos

para a saúde da reprodução;� exposição a factores biológicos;� condições de trabalho psicossociais: ritmo acelerado de trabalho, ritmo de trabalho imposto por exigências sociais, ritmo

de trabalho imposto pelas máquinas, violência física, intimidação e vitimização, assédio sexual, trabalho monótono;� resultados da segurança e da saúde no trabalho (SST): acidentes que ocasionem incapacidade para o trabalho superior a

três dias, acidentes de trabalho mortais, distúrbios músculo-esqueléticos causados pelo trabalho, stress, absentismodevido a doenças profissionais e doenças profissionais.

Para além dos indicadores de exposição específicos acima mencionados, foram abordadas algumas questões relativas aoscontextos de trabalho, nomeadamente:

� teletrabalho (estimativa do número de pessoas empregadas em teletrabalho e aspectos específicos referentes à segurançae a saúde no trabalho);

� questões especiais relativas às condições de trabalho das pessoas com contratos a termo certo, contratos de agências deemprego temporário, estágios de aprendizagem ou qualquer outro esquema de formação e trabalho por conta própria;

� uso de equipamento de protecção pessoal;� disponibilidade de informações acerca dos riscos no trabalho;� formação factual proporcionada pelo empregador.

No manual, pediu-se a todos os Pontos Focais que descrevessem a capacidade preventiva dos seus sistemas nacionais desegurança e a saúde no trabalho, através da apresentação de uma panorâmica da estrutura da organização, número deinspectores de trabalho, percentagem de trabalhadores abrangidos por serviços preventivos SST e número de trabalhadoresque recebem anualmente formação em segurança e a saúde no trabalho.

Uma vez publicado o manual, foi deixado ao critério individual de cada um dos Pontos Focais a escolha do método a aplicarna recolha da informação. Esta abordagem foi aprovada, quando os Pontos Focais tomaram consciência de que, dentro decada Estado-Membro, existiam métodos e procedimentos completamente diferentes de recolher e tratar os dados.

2.1

12

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

Em certos casos, formou-se uma comissão de peritos para completar o manual, enquanto que noutros, o próprio PontoFocal o fez, após ter pesquisado dados relevantes e/ou ter sondado a opinião avalizada de peritos.

Este manual foi reproduzido em CD-ROM.

F O N T E S D E I N F O R M A Ç Ã O

A recolha de dados teve por base a informação existente e disponibilizada tanto a nível europeu como a nível nacional. Alémdisso, os Estados-Membros receberam documentação sobre o assunto, com dados europeus relevantes fornecidos pelaFundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho e pelo Eurostat.

P r o c e d i m e n t o n a c i o n a l d e t r a t a m e n t o d a s i n f o r m a ç õ e s s o b r e a S S TNa generalidade, foram utilizadas as redes nacionais para recolher a informação pertinente, sendo este processo muitas vezescoordenado por grupos governamentais, apoiados por peritos técnicos e outros organismos. As fontes de informação usadasincluíram inquéritos nacionais, relatórios estatísticos nacionais e a opinião de peritos das organizações de redes nacionais.

Quando a informação disponível se tornava escassa, eram elaborados questionários destinados a inquirir os peritosrelevantes acerca do domínio especial da segurança e da saúde no trabalho. Estes peritos foram seleccionados entre asautoridades com experiência na esfera da segurança e da saúde no trabalho. A informação foi obtida junto de um vastoconjunto de organismos, de entre os quais elementos dos parceiros sociais, conselho de indemnizações aos trabalhadores,fundos de segurados para trabalhadores e organizações médicas.

Além da informação nacional, foi também usada a informação de duas fontes a nível europeu. Apresentam-se em seguidaessas fontes de informação.

S e g u n d o i n q u é r i t o e u r o p e u s o b r e c o n d i ç õ e s d e t r a b a l h oNo final de 1995 e início de 1996, a Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho levou a caboo segundo inquérito europeu. Procurou-se uma amostra representativa da população activa total, isto é, pessoas que, nomomento da entrevista, estavam empregadas ou trabalhavam por conta própria.

Foram entrevistados indivíduos a partir dos 15 anos e excluíram-se reformados, desempregados e donas de casa. Oscidadãos não europeus foram aceites na condição de serem entrevistados na língua nacional do país em que trabalhavam.As entrevistas realizaram-se em todos os Estados-Membros da UE e os inquiridos foram entrevistados nas suas casas.

A população-alvo foi constituída por 1 000 casos por país (500 no Luxemburgo, 2 000 na Alemanha: 1 000 na antigaAlemanha Oriental e 1 000 na antiga Alemanha Ocidental).

Admite-se que, tanto a metodologia como as comparações feitas com base nos dados obtidos possam conter limitações aque o leitor deve estar atento. Essas limitações são debatidas pormenorizadamente no relatório «Segundo InquéritoEuropeu sobre Condições de Trabalho» (publicado pela Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e deTrabalho, em 1997) e incluem: as diferentes estruturas industriais dos países, as diferenças de legislação e de culturas, adistribuição da força de trabalho entre sectores e profissões e o extensão da amostra utilizada.

E s t a t í s t i c a e u r o p e i a s o b r e a c i d e n t e s d e t r a b a l h oO projecto «Estatística europeia sobre acidentes de trabalho», levado a cabo pelo Eurostat em estreita colaboração com osEstados-Membros da União Europeia, visa recolher, a nível da União, dados comparáveis sobre acidentes de trabalho e criaruma base de dados.

Todos os casos de acidentes no trabalho que ocasionem incapacidade para o trabalho superior a três dias são incluídos entreos dados deste projecto.

Um acidente de trabalho é definido como uma «ocorrência isolada durante o trabalho, que têm como consequência umalesão física ou mental». São disso exemplo os casos de intoxicação aguda e os actos voluntários de outras pessoas masencontram-se excluídas as lesões deliberadamente autoinfligidas e os acidentes ocorridos a caminho de casa ou do trabalho(acidentes de percurso). «Durante o trabalho» significa «durante o exercício da sua actividade profissional ou durante otempo passado no trabalho». Isto inclui os casos de acidentes rodoviários durante o trabalho.

2.2

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

13

Um acidente mortal é definido como um acidente que provoca a morte da vítima no período de um ano após o dia doacidente. Na prática, a maioria dos Estados-Membros inclui os casos de acidentes de trabalho mortais que estão registadosnas suas estatísticas nacionais.

Conforme os procedimentos de notificação dos Estados-Membros (sistemas baseados em segurados ou não segurados),assim diferem os níveis de notificação de acidentes de trabalho. De modo geral, os níveis de notificação são muito elevadosnos sistemas baseados em segurados, atingindo níveis de aproximadamente 100%. O sistema baseado em não seguradostem um nível de notificação apenas médio, que, normalmente, oscila, em média, entre 30% e 50% para todos os ramosda actividade económica no seu conjunto. Os dados fornecidos pelas duas fontes, isto é, os dados baseados em seguradosou os dados baseados em não segurados corrigidos de acordo com o nível de notificação não são, em rigor, comparáveis.

P R O C E S S O D E C O M P I L A Ç Ã O

Nesta secção, apresenta-se um exemplo da metodologia seguida para a compilação dos dados relativos às «profissõesconsideradas de maior risco» no que respeita à exposição ao ruído no local de trabalho.

As profissões identificadas a partir dos relatórios nacionais foram introduzidas no modelo de folha de cálculo que a seguirse apresenta e que dá uma ideia de toda a gama de profissões que os Pontos Focais notificaram como as de maior risco deexposição ao ruído no local de trabalho.

2.3

14

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

Profissão Ponto Focal

(CITP) Total UK FIN D IRL E DK B EL A S I L F NL P

01 1 *

61 1 *

80 1 *

84 1 *

85 1 *

91 1 *

92 2 * *

73 5 * * * * *

74 5 * * * * *

83 5 * * * * *

71 6 * * * * * *

93 9 * * * * * * * * *

81 10 * * * * * * * * * *

72 12 * * * * * * * * * * * *

82 14 * * * * * * * * * * * * * *

Pediu-se a cada Ponto Focal que identificasse cinco profissões que considerasse de maior risco. Portanto, o número máximode profissões diferentes que podiam ser identificadas era setenta e cinco (5 x 15). Com este número de respostas, tornou-se difícil apresentar ao leitor gráficos de fácil leitura. Assim, introduziu-se um valor de separação (cut-off) para decidir quaisas profissões que deviam ser incluídas no gráfico e quais as que passariam para um quadro em anexo. Este valor deseparação foi deixado ao critério dos peritos em SST que analisavam a informação.

Numa situação ideal, cada modelo de gráficodesenvolvido para o projecto teria sido usado paraapresentar os resultados referentes a todas ascategorias de risco (isto é, sector, profissão, sexo,idade, dimensão da empresa e estatuto laboral). Noentanto, relativamente a uma elevada percentagem deperguntas não havia informação nacional disponível.Nesses casos, não foi considerado convenienteapresentar a informação em gráficos. Por isso, apenasse apresentaram gráficos nos casos em que oito oumais Pontos Focais forneceram uma resposta. Noterceiro gráfico desta página, apresenta-se umexemplo para a categoria «idade». Em última análise,isso significa que se apresentaram poucos gráficospara: dimensão da empresa, sexo, idade e estatutolaboral, porque os dados fornecidos pelos PontosFocais não permitiram ilustrar o quadro europeu.

Os dados contidos na folha de cálculoacima foram incluídos no modelo degráfico ao lado. Este gráfico ilustrauma separação natural abaixo decinco respostas. Neste caso, asrespostas em número de cinco oumais foram incluídas no gráfico eabaixo de cinco foram incluídas numquadro em anexo.

Tendo aplicado os critérios de cut-offaos dados da folha de cálculo, apenasse incluíram no gráfico as profissõesidentificadas nos relatórios nacionaiscom cinco ou mais respostas, comose apresenta no segundo gráficodesta página.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

15

Profissões identificadas como as de maior risco de exposição ao ruído

Profiss

ãoNúmero de respostas dadas

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

0161

8480

8591927374837193817282

Linha de separação

Gráficodo relatório

Dados emapêndice

Linha de separação

Número de respostas

Profissões identificadas como as de maior riscode exposição ao ruido

Prof

issão

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

73

74

83

71

93

81

72

82

Núme

ro de

resp

osta

s

4 4

1

8

Outrasrespostas>5525-54<25

Límites de idade

(Quando 8 dos 15Pontos Focais

não responderam,não foram incluídos

os gráficos)

Linha de separação

O relatório principal apresenta o seguinte tipo de informação para cada indicador de exposição/resultado SST:

� resumo dos principais resultados;� quadro europeu: esta secção apresenta um quadro europeu usando dados da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim

(dados do segundo inquérito) ou dados da Estatística Europeia sobre Acidentes de Trabalho do Eurostat;� comparação entre os dados europeus e os dados nacionais: aos Pontos Focais que apresentaram dados nacionais sobre

indicadores de exposição solicitou-se que comparassem esses dados com os dados do segundo inquérito e queidentificassem e comentassem as diferenças detectadas;

� sectores e profissões de risco: as profissões e os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como demaior risco, com base no indicador de exposição, são apresentados e comentados;

� informação sobre outras categorias de risco, tais como a dimensão da empresa, o sexo, a idade e a estatuto laboral:sempre que os dados fornecidos pelos Pontos Focais permitiram um quadro europeu relativamente a estas categorias derisco, os resultados foram apresentados;

� tendência: os Pontos Focais indicaram se o número de trabalhadores expostos ao indicador de exposição ou sofrendo doresultado SST durante os últimos 3-5 anos tinha diminuído, permanecia estável ou tinha aumentado. Além disso,apresentam-se os comentários que fizeram relativamente às tendências identificadas; e

� avaliação: esta secção inclui informação compilada a partir dos relatórios nacionais sobre a necessidade de desenvolveracções preventivas adicionais. Além disso, apresentam-se os pormenores que os Pontos Focais forneceram sobre estasacções.

16

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

MO

NI

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3.P R I N C I PA I S R E S U LTA D O S S O B R E A S I T U A Ç Ã O D A S E G U R A N Ç A E D A S A Ú D E N O T R A B A L H O : E S T U D O - P I L O T O

E x p o s i ç ã o a r i s c o s d e n a t u r e z a f í s i c a / q u í m i c a

Número de Pontos Indicadores de Quadro Focais que

exposição a europeu dos identificaram riscos de trabalhadores como necessário o Principal(ais) ramo(s) de Principal(ais) profissão(ões)

natureza expostos (1) desenvolvimento de actividade identificado(s) (2) identificada(s) (3)

física/química acções preventivas adicionais

Ruído 28% 7

Vibração 24% 9

Altas temperaturas 20% 6

Baixas temperaturas 23% 7

Manipulação de químicos 14% 8

Fabrico de artigos metálicos, exceptomáquinas e equipamento; indústriasda madeira e da cortiça e suas obras,excepto mobiliário; fabrico de artigosde espartaria e de cestaria

Construção

Indústrias metalúrgicas de base

Indústrias alimentares e de bebidas;construção

Fabrico de químicos e produtos quími-cos

Operadores de máquinas e pessoal demontagem

Trabalhadores não qualificados das minas,da construção civil e das obras públicas, daindústria transformadora e dostransportes; operários, artífices etrabalhadores similares das indústriasextractivas e da construção civil;condutores de veículos e embarcações eoperadores de equipamentos pesados

Trabalhadores não qualificados das minas,da construção civil e das obras públicas, daindústria transformadora e dos transportes

Trabalhadores não qualificados das minas,da construção civil e obras públicas, daindústria transformadora e dos transportes;operários, artífices e trabalhadores dasindústrias e da construção civil

Trabalhadores não qualificados das minas,da construção civil e obras públicas, daindústria transformadora e dostransportes; operadores de instalaçõesfixas e similares

(1) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(2) Apenas se indica o sector com o maior número de respostas. Sempre que exista mais do que um sector com igual número de indicações,

todos eles são referidos.(3) Apenas se indica a profissão com o maior número de respostas. Sempre que exista mais do que uma profissão com igual número de

indicações, todas elas são referidas.

18

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

P R I N C I PA I S R E S U LTA D O S S O B R E A S I T U A Ç Ã O D A S E G U R A N Ç A E D A S A Ú D E N O

T R A B A L H O : E S T U D O - P I L O T O

O presente capítulo resume as principais conclusões de um estudo sobre a situação da segurança e da saúde no trabalhona União Europeia.

O capítulo tem início na secção 3.1 com uma análise dos «pontos-chave» do estudo-piloto, que, no fundo, não é mais doque um resumo da informação compilada. Além disso, o resumo das conclusões relativamente a cada indicador deexposição/resultado SST avaliados no estudo-piloto é apresentado no capítulo 5: «Quadro europeu sobre indicadores deexposição/resultados SST».

Na secção 3.2 é debatido o desenvolvimento das acções preventivas adicionais que os relatórios nacionais apontavam comonecessárias para combater determinados indicadores de exposição/resultados SST.

Na secção 3.3 é debatido o quadro da União Europeia, especialmente em relação às categorias dos sectores e profissões em riscode acidentes no local de trabalho. Os resultados relativos aos riscos de natureza química e biológica constam da secção 3.4.

A identificação dos riscos emergentes e as suas potenciais implicações sobre o ambiente de trabalho são debatidas na secção 3.5.

P O N T O S - C H AV E3.1E x p o s i ç ã o n o a m b i e n t e d e t r a b a l h o

A exposição a posturas e movimentos mais frequentemente notificada foi a exposição ao elevar/movimentar de cargaspesadas, tendo nove Pontos Focais considerado necessário o desenvolvimento de acções preventivas adicionais paraminimizar os riscos. Seguiu-se a categoria «movimentos repetitivos», para a qual sete Pontos Focais declararam, no seurelatório nacional, serem necessárias acções preventivas adicionais.

A categoria de sector «construção» foi considerada a de maior risco em termos de «posturas de trabalho penosas» e«elevar/movimentar cargas pesadas». Ambas estas categorias de exposição podem ser afectadas por factores de naturezaergonómica no local de trabalho. O «fabrico de produtos alimentares e de bebidas» foi a categoria de sector referida comode maior risco em termos de «movimentos repetitivos».

A categoria ocupacional «trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, da indústriatransformadora e dos transportes» foi a mais frequentemente identificada como de maior exposição a «posturas detrabalho penosas» e «elevar/movimentar cargas pesadas». «Movimentos repetitivos» foi a categoria de exposição aposturas e movimentos mais frequentemente referida como afectando a categoria ocupacional dos «operadores demáquinas e pessoal de montagem».

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

19

A exposição à vibração e consequentes efeitos negativos sobre a saúde foi o risco de natureza física mais frequentementenotificado e, para o minimizar, nove Pontos Focais consideraram necessário o desenvolvimento de acções preventivasadicionais. Seguiu-se de perto a «manipulação de químicos», a respeito da qual oito Pontos Focais declararam, no seurelatório nacional, a necessidade de acções preventivas adicionais.

Como os indicadores de exposição a ruído, vibração, altas temperaturas, baixas temperaturas e manipulação de químicosconstituem riscos correntes nos ambientes de trabalho, nenhuma categoria especial de sector foi identificada comocategoria de maior risco. No entanto, em relação à categoria de profissão, a mais frequentemente identificada como demaior risco em termos de vibração, altas temperaturas, baixas temperaturas e manipulação de químicos foi «trabalhadoresnão qualificados das minas, da construção civil e obras públicas, da indústria transformadora e dos transportes». Os«operadores de máquinas e pessoal de montagem» foram as profissões consideradas de maior risco em termos deexposição ao ruído.

E x p o s i ç ã o a p o s t u r a s e m o v i m e n t o s

Número de Pontos

Quadro Focais que Exposição europeu dos consideraram a posturas trabalhaores necessário o Principal(ais) ramo(s) de Principal(ais) profissão(ões)

e movimentos expostos (4) desenvolvimento de actividade identificado(s) (5) identificada(s) (6)

acções preventivas adicionais

Movimentos repetitivos 57% 7

Posturas de trabalho penosas 45% 6

Elevar/movimentarcargas pesadas 34% 9

Fabrico de produtos alimentares ebebidas

Construção

Construção

Operadores de máquinas e pessoalde montagem

Trabalhadores não qualificados dasminas, da construção civil e dasobras públicas, da indústriatransformadora e dos transportes

Trabalhadores não qualificados dasminas, da construção civil e dasobras públicas, da indústriatransformadora e dos transportes

(4) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(5) Apenas se indica o sector com o maior número de respostas. Sempre que exista mais do que um sector com igual número de indicações,

todos eles são referidos.(6) Apenas se indica a profissão com o maior número de respostas. Sempre que exista mais do que uma profissão com igual número de

indicações, todas elas são referidas.

20

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

O quadro supra indica que não há nenhuma condição de trabalho psicossocial para a qual uma maioria de Pontos Focaistenha considerado necessário o desenvolvimento de acções preventivas adicionais. Contudo, as categorias «intimidação evitimização» e «violência física» foram identificadas em sete relatórios nacionais como requerendo esse tipo de acções. Nãoobstante, no quadro europeu (dados da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim), ambas apresentam um nível baixoem relação ao número de trabalhadores expostos.

Em relação aos sete indicadores de exposição a condições de trabalho psicossociais, nenhuma categoria de sector foiconsiderada de maior risco. «Alojamento e restauração» foi a categoria mais frequentemente referida como de maior riscoem termos de «ritmo de trabalho imposto pelas exigências sociais», «ritmo acelerado de trabalho» e «assédio sexual». Osector «saúde e assistência social» foi identificado como sujeito a «intimidação e vitimização», «violência física» e «assédiosexual».

Como as condições de trabalho psicossociais se aplicam a todos os ambientes de trabalho, nenhuma categoria profissionalfoi identificada como de maior risco. De facto, duas profissões foram referidas mais do que três vezes: «empregados derecepção, caixas, bilheteiros e similares» sujeitos a um ritmo de trabalho imposto por exigências sociais, a um ritmoacelerado de trabalho e a intimidação e vitimização; «pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção esegurança» sujeito a intimidação e vitimização, violência física e assédio sexual.

C o n d i ç õ e s d e t r a b a l h o p s i c o s s o c i a i s

Número de Pontos

Quadro Focais que Condições europeu dos consideraram

de trabalho trabalhaores necessário o Principal(ais) ramo(s) de Principal(ais) profissão(ões)

psicossociais expostos (7) desenvolvimento de actividade identificado(s) (8) identificada(s) (9)

acções preventivas adicionais

Ritmo de trabalho imposto por exigências sociais 67% 3

Ritmo acelerado de trabalho 54% 6

Trabalho monótono 45% 6

Ritmo de trabalho impostopelas máquinas 22% 4

Intimidação e vitimização 8% 7

Violência física 4% 7

Assédio sexual 2% 2

Alojamento e restauração

Alojamento e restauração

Curtumes, fabrico de artigos debagagem, malas de mão, selaria,arreios e calçado; fabricação têxtil;produção de alimentos e bebidas

Fabricação têxtil

Saúde e assistência social

Saúde e assistência social

Alojamento e restauração(restaurantes e similares); saúde eacção social

Empregados de recepção, caixas,bilheteiros e similares

Directores de empresas; empregadosde recepção, caixas, bilheteiros esimilares

Operadores de máquinas e pessoalde montagem; trabalhadores nãoqualificados dos serviços e comércio

Operadores de máquinas e pessoalde montagem

Trabalhadores não qualificados dosserviços e comércio; pessoal dosserviços directos e particulares, deprotecção e segurança; empregadosde recepção, caixas, bilheteiros esimilares

Pessoal dos serviços directos eparticulares, de protecção esegurança; especialistas das ciênciasda vida e profissionais da saúde

Pessoal dos serviços directos eparticulares, de protecção esegurança

(7) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(8) Apenas se indica o sector com o maior número de respostas. Sempre que exista mais do que um sector com igual número de indicações,

todos eles são referidos.(9) Apenas se indica a profissão com o maior número de respostas. Sempre que exista mais do que uma profissão com igual número de

indicações, todas elas são referidas.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

21

Os resultados SST constituem, em última análise, o resultado da exposição a determinados riscos no local de trabalho. O quadrosupra permite concluir que dez Pontos Focais estão de acordo em como é necessário desenvolver acções preventivas adicionaisde combate ao stress. Relativamente à necessidade de acções adicionais, nenhuma categoria considerada no estudo-pilotoobteve tantas respostas como o stress. O stress deve ser entendido como sendo um resultado (efeito), pelo que todas as acçõespreventivas devem ser orientadas para o tratamento da sua causa profunda. Os factores causais podem ser qualquer um dosindicadores de exposição supramencionados, ou uma combinação de vários, ou outros riscos inerentes ao local de trabalho.

As perturbações músculo-esqueléticas foram o segundo resultado SST mais referido, em relação ao qual oito Pontos Focaisconsideram necessário desenvolver acções preventivas adicionais.

Relativamente às categorias de sector, a «construção» foi a mais frequentemente referida nos relatórios nacionais comoexposta a «acidentes que ocasionem incapacidade para o trabalho superior a três dias», «acidentes de trabalho mortais»,«doenças profissionais» e «perturbações músculo-esqueléticos». A categoria «saúde e assistência social» foi identificadacomo exposta ao risco de stress e «absentismo devido a doenças profissionais».

Para além da categoria «trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e obras públicas, da indústriatransformadora e dos transportes», não houve outra categoria profissional mais exposta a resultados SST. Essa categoriaprofissional foi considerada pelos Pontos Focais como estando sujeita a «acidentes de trabalho mortais», «doençasprofissionais», «perturbações músculo-esqueléticas» e «absentismo devido a doenças profissionais».

Te n d ê n c i a r e l a t i v a m e n t e a o n ú m e r o d e t r a b a l h a d o r e s e x p o s t o sEm relação aos indicadores «ritmo acelerado de trabalho» e «stress», foi referida a tendência para o aumento do númerode trabalhadores expostos.

N e c e s s i d a d e d e a c ç õ e s p r e v e n t i v a s a d i c i o n a i sOs principais indicadores de exposição/resultados SST, em relação aos quais os Pontos Focais consideram necessário odesenvolvimento de acções preventivas adicionais de combate aos riscos, encontram-se resumidos no quadro seguinte. Oquadro completo está reproduzido no capítulo 3.2.

R e s u l t a d o s S S T

Número de Pontos Número deFocais que acidentes

consideraram Resultados SST Quadro europeu necessário o Principal(ais) ramo(s) de Principal(ais) profissão(ões)

trabalhadores desenvolvimento de actividade identificado(s) (11) identificada(s) (12)expostos (10) acções preventivas

adicionais

Acidentes que ocasionem incapacidade para o trabalho superior 4 757 611 ema três dias 1996 (dados Eurostat) 7

Acidentes de trabalho 5 549 em 1996mortais (dados Eurostat) 6

Doenças profissionais Sem dados europeus 7

Perturbações músculo-esqueléticas 30% 8

Stress 28% 10

Absentismo devido a doenças profissionais 25% 5

Construção

Construção

Construção

Construção

Saúde e assistência social; educação

Saúde e acção social; administraçãopública, defesa e segurança socialobrigatória

Operadores de máquinas e pessoal demontagem

Trabalhadores não qualificados dasminas, da construção civil e obraspúblicas, da indústria transformadora edos transportes; condutores de veículos eembarcações e operadores deequipamentos pesados; operários,artífices e trabalhadores similares dasindústrias extractivas e da construção civil

Trabalhadores de metalurgia,maquinaria e indústrias afins;trabalhadores não qualificados dasminas, da construção civil e obraspúblicas, da indústria transformadorae dos transportes

Trabalhadores não qualificados dasminas, da construção civil e obraspúblicas, da indústria transformadorae dos transportes

Profissionais de nível intermédio dasciências da vida e da saúde

Trabalhadores não qualificados dasminas, da construção civil e obraspúblicas, da indústria transformadorae dos transportes

(10) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(11) Apenas se indica o sector com o maior número de respostas. Sempre que exista mais do que um sector com igual número de indicações,

todos eles são referidos.(12) Apenas se indica a profissão com o maior número de respostas. Sempre que exista mais do que uma profissão com igual número de

indicações, todas elas são referidas.

Sexo

Os homens foram mais frequentemente identificados como estando mais expostos ao ruído, vibração, altas temperaturase baixas temperaturas. Além disso, os homens foram considerados mais sujeitos a acidentes implicando mais de três diasde ausência ao trabalho, acidentes mortais e doenças profissionais.

Em termos de perigos químicos/biológicos, o sector da «saúde e assistência social» foi identificado por 14 Pontos Focaiscomo sendo vulnerável ao risco de natureza biológica de infecção pela hepatite B/C.

P r o f i s s õ e s d e r i s c o m a i s f r e q u e n t e m e n t e i d e n t i f i c a d a s

O quadro seguinte apresenta um resumo das categorias profissionais mais frequentemente identificadas como de risco, emrelação todos os indicadores de exposição/resultados SST incluídos no estudo-piloto. O quadro completo é apresentado nasecção 3.3.

22

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

O stress foi o indicador com o maior número de respostas dos Estados-Membros, o que aponta para a necessidade de desenvolveracções preventivas adicionais (10 Estados-Membros). O stress surgiu como risco predominante nos seguintes sectores: «saúde eassistência social», «educação», «transportes terrestres; transportes por oleodutos ou gasodutos», «administração pública edefesa, segurança social obrigatória» e «agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados».

S e c t o r e s d e r i s c o m a i s f r e q u e n t e m e n t e i d e n t i f i c a d o s

O quadro seguinte apresenta um resumo das categorias mais frequentemente identificadas como sendo de risco, em relação atodos os indicadores de exposição/resultados SST incluídos no estudo-piloto. O quadro completo é apresentado na secção 3.3.

Número de Pontos Focais Indicador de exposição/resultado que consideraram necessário

SST o desenvolvimento de acçõespreventivas adicionais

Stress 10

Vibração 9

Elevar/movimentar cargas pesadas 9

Manipulação de químicos 8

Perturbações músculo-esqueléticas 8

Descrição do sectorNúmero de vezes emque foi identificado

Construção 112

Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento 63

Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados 62

Saúde e assistência social 57

Fabrico de produtos alimentares e de bebidas 52

Descrição da profissãoNúmero total de vezesem que foi identificado

Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civile obras públicas, da indústria transformadora e dos transportes 123

Trabalhadores de metalurgia, maquinaria e indústrias afins 80

Trabalhadores das indústrias extractivas e de construção civil 76

Operadores de máquinas e pessoal de montagem 73

Operadores de instalações fixas e similares 40

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

23

As mulheres foram mais frequentemente identificadas como correndo maior risco de assédio sexual. Além disso, nos seusrelatórios nacionais, os Pontos Focais consideraram que as mulheres estão mais sujeitas à exposição a trabalho monótono,violência física e movimentos repetitivos.

O u t r a s c a t e g o r i a s d e r i s c o

Os trabalhadores por conta própria, os trabalhadores temporários e os trabalhadores com contratos de curta duração foramfrequentemente considerados pelos Estados-Membros como correndo maiores riscos, devido à limitação dos seus recursose, em especial, o limitado acesso à formação e informação sobre segurança e a saúde.

Te l e t r a b a l h o

O número de «teletrabalhadores» nos Estados-Membros varia entre 0,6% e 9% da população activa. As preocupaçõesexpressas no que respeita à segurança e a saúde no trabalho incluíram o isolamento social, o excesso de horas de trabalho,o desenho ergonómico do local de trabalho e o ónus da prova e da responsabilidade, em caso de acidente em casa.Registou-se ainda o risco potencial de lesões por esforços repetitivos.

R i s c o s e m e r g e n t e s

Os assuntos relativos aos riscos emergentes e referidos por cada Ponto Focal são apresentados abaixo. Na secção 3.5 sãoapresentadas mais explicações sobre esses assuntos e potenciais consequências.

Assuntos

Alterações na organização do trabalho

Trabalhadores jovens

Stress

Manipulação manual

Uso de novos químicos

Necessidades de investigação no sector da «saúde e assistência social»

Trabalhadores mais velhos

Violência

Movimentos repetitivos

Registou-se um interesse significativo pelos assuntos relacionados com as alterações na vida profissional, paralelamente àsactuais preocupações com os factores de risco de natureza psicossocial, ergonómica e química.

N E C E S S I D A D E D E D E S E N V O LV E R A C Ç Õ E S P R E V E N T I VA S

A D I C I O N A I S

Para cada um dos indicadores de exposição e resultados SST descritos no manual, pediu-se aos Pontos Focais que avaliassema respectiva situação actual, relativamente aos seus efeitos sobre a segurança e a saúde e à adequação das actuais medidas.No quadro seguinte, os indicadores de exposição e os resultados SST são apresentados segundo o número de Pontos Focaisque consideram necessário o desenvolvimento de acções preventivas adicionais.

3.2

24

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

Este quadro revela uma distribuição bastante equilibrada da necessidade de mais acções preventivas no âmbito de todos osindicadores de exposição/resultados SST. Os riscos tradicionais inerentes ao local de trabalho, representados pelo grupo deexposição física, em especial a exposição à vibração, continuam a carecer de uma abordagem adequada. Todavia, entre osdiversos grupos de exposição/resultado SST, registam-se diferenças de vários níveis entre os Estados-Membros no querespeita à necessidade de mais acções preventivas.

No grupo de exposição postura/movimento, elevar/movimentar cargas pesadas, frequentemente associado à manipulaçãomanual, nove Estados-Membros identificaram a necessidade de acções preventivas adicionais.

Número de Pontos Focais que consideram necessárioIndicador de exposição/resultado SST

o desenvolvimento de acções preventivas adicionais

Exposição física

Vibração 9 Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália,Portugal e Reino Unido

Ruído 7 Bélgica, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália, Portugal e Reino Unido

Baixas temperaturas 7 Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, Itália, Portugal e Suécia

Altas temperaturas 6 Bélgica, Espanha, Finlândia, Grécia, Itália, Portugal

Exposição a posturas e movimentos

Elevar/movimentar cargas pesadas 9 Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Itália, Portugal,Suécia e Reino Unido

Movimentos repetitivos 7 Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, Itália, Portugal e Suécia

Posturas de trabalho penosas 6 Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, Itália e Suécia

Exposição a substâncias químicas

Manipulação de químicos 8 Bélgica, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal eReino Unido

Substâncias cancerígenas 6 Alemanha, Bélgica, Espanha, Irlanda, Luxemburgo, Portugal e Suécia

Factores biológicos infecciosos 6 Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália, Portugal e Reino Unido

Perigos para a saúde (reprodução) 5 Bélgica, Espanha, Finlândia, Irlanda e Portugal

Factores biológicos não infecciosos 5 Espanha, Finlândia, França, Irlanda e Portugal

Substâncias neurotóxicas 4 Espanha, Finlândia, Irlanda e Portugal

Condições de trabalho de natureza psicossocial

Violência física 7 Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Irlanda, Países Baixos e Suécia

Intimidação e vitimização 7 Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Irlanda, Países Baixos e Suécia

Ritmo acelerado de trabalho 6 Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Irlanda e Países Baixos

Trabalho monótono 6 Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia e Suécia

Ritmo de trabalho imposto pelas máquinas 4 Bélgica, Dinamarca, Espanha e Itália

Ritmo de trabalho imposto por exigênciassociais 3 Dinamarca, Espanha e Suécia

Assédio sexual 2 Dinamarca e Espanha

Contexto do trabalho

Equipamento de protecção pessoal 6 Bélgica, Espanha, Finlândia, Itália, Luxemburgo e Portugal

Resultados SST

Stress 10 Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Grécia, Irlanda, Itália,Portugal, Suécia e Reino Unido

Perturbações músculo-esqueléticas 8 Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Luxemburgo,Portugal e Suécia

Acidentes que ocasionem incapacidadepara o trabalho superior a três dias 7 Bélgica, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal

Doenças profissionais 7 Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália e Portugal

Acidentes de trabalho mortais 6 Bélgica, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália e Portugal

Absentismo devido a doenças profissionais 5 Bélgica, Espanha, Irlanda, Luxemburgo e Portugal

No grupo de condições de trabalho de natureza psicossocial, tanto a «violência física» como a «intimidação e vitimização»são os principais riscos para os quais são necessárias mais acções preventivas, logo seguidos pelas categorias «ritmoacelerado de trabalho» e «trabalho monótono».

De todos os indicadores de exposição/resultados SST, o stress foi o risco que dez Estados-Membros identificaram comonecessitando de mais acções preventivas, com vista a um melhor controlo no ambiente de trabalho.

C AT E G O R I A S D E R I S C O

S e c t o r e s e p r o f i s s õ e s

Nos dois quadros que se seguem apresentam-se as categorias de sector e profissão mais frequentemente identificadas paracada um dos indicadores de exposição/resultados SST.

3.3

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

25

Sector Sector Número Código da Descrição de vezes categoria identificado

45 Construção 112

28 Fabrico de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento 63

01 Agricultura, produção animal, caça e actividades de serviços relacionados 62

85 Saúde e assistência social 57

15 Indústrias alimentares e das bebidas 52

27 Indústrias metalúrgicas de base 34

60 Transportes terrestres; transporte por oleodutos ou gasodutos 33

55 Alojamento e restauração (restaurantes e similares) 27

17 Fabrico de têxteis 25

20 Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário 23

75 Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 20

93 Actividades de outros serviços 15

80 Educação 15

24 Fabrico de produtos químicos e de derivados químicos 14

14 Outras minas e pedreiras 13

02 Silvicultura, abate de árvores e actividades de serviços relacionados 12

05 Pesca, operação de centros de incubação e de piscicultura; actividades de serviços relacionados com a pesca 11

18 Fabrico de vestuário; curtume e tintura de peles 11

52 Comércio a retalho, excepto de veículos motorizados e motociclos; reparação de objectos pessoais e domésticos 11

26 Produção de outros produtos minerais não metálicos 8

21 Produção de papel e derivados do papel 7

Sector Sector Número Código da Descrição de vezes categoria identificado

93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e obras públicas, da indústria transformadora e dos transportes 123

72 Trabalhadores da metalurgia e da metalomecânica e trabalhadores similares 80

71 Operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias de extractivas e de construção civil 76

82 Operadores de máquinas e montadores 73

81 Operadores de instalações fixas e similares 40

83 Condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados 39

91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio 36

42 Empregados de recepção, caixas, bilheteiros e similares 35

92 Trabalhadores não qualificados da agricultura e pescas 33

74 Outros artífices, operários e trabalhadores similares 29

51 Pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção e segurança 25

22 Profissionais da saúde e das ciências da vida 20

32 Especialistas das ciências da vida e profissionais da saúde 19

61 Trabalhadores qualificados da agricultura e pescas 17

52 Modelos, vendedores e demonstradores 13

12 Gestores de empresas 10

23 Profissionais do ensino 10

73 Trabalhadores de precisão, artesanato, tipografias e afins 7

13 Gestores de pequenas empresas 4

41 Empregados de escritório 3

26

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

A «construção» foi o sector mais frequentemente referido (112 vezes) como sendo de maior risco, relativamente a nove dosvinte indicadores de exposição/resultados SST seguintes:

� vibração, baixas temperaturas, elevar/movimentar cargas pesadas, posturas de trabalho penosas, uso de equipamento deprotecção pessoal;

� acidentes que ocasionem incapacidade para o trabalho superior a três dias, acidentes de trabalho mortais, doençasprofissionais, perturbações músculo-esqueléticas.

No grupo seguinte, entre os sectores mais frequentemente referidos (entre 63-52 vezes) contam-se: «fabricação deprodutos metálicos, excepto máquinas e equipamento», «agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviçosrelacionados», «saúde e assistência social» e «fabrico de produtos alimentares e bebidas».

Sector Sector Número Código da Descrição de vezes categoria identificado

19 Curtumes; produção de artigos de viagem, malas de mão, selaria, arreios e calçado 7

64 Correios e telecomunicações 6

65 Mediação financeira, excepto seguros e fundos de pensões 5

50 Venda, manutenção e reparação de veículos motorizados e motociclos; venda a retalho de carburante para transporte de veículos automóveis 4

90 Esgotos, resíduos, saneamento e actividades similares 3

40 Fornecimento de electricidade, gás, vapor e água quente 3

34 Fabrico de veículos motorizados, reboques e semi-reboques 3

30 Fabrico de equipamento de escritório, contabilidade e informática 3

22 Publicação, impressão e reprodução de gravações 3

25 Fabrico de produtos de borracha ou plástico 3

16 Fabrico de derivados do tabaco 3

51 Comércio por atacado e comércio comissionista, excepto de veículos motorizados e motociclos 2

RESULTADOS REFERENTES ÀS OUTRAS CATEGORIAS DE R ISCO BASEADOS NAS OBSERVAÇÕES COMUNS AOS PONTOS FOCAIS

D i m e n s ã o d a e m p r e s a

As pequenas empresas foram muitas vezes identificadas pelos Pontos Focais como sendo de maior risco, dados os seuslimitados recursos (tempo, capacidade financeira e meios técnicos) para estudarem os riscos específicos dos locais detrabalho e adoptarem as melhores práticas correntes de redução dos riscos.

I d a d e

Os trabalhadores mais jovens foram frequentemente designados como sendo especialmente vulneráveis às situações derisco no local de trabalho, devido a várias causas. Referiu-se, em alguns casos, que os trabalhadores jovens estão maispredispostos a correr riscos. Por serem muito novos, foram considerados em maior risco potencial, devido à sua falta deexperiência e de conhecimento do ambiente de trabalho. Podem também querer impressionar favoravelmente os seuscolegas, o que pode contribuir para os factores de risco em caso de acidente.

A percepção do risco pode também constituir uma fraqueza para o trabalhador com menos experiência, pois muitas lesõesprofissionais podem levar muito tempo a manifestar-se, desde a exposição inicial. Tal é o caso de factores como o ruído, a

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

27

«Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e obras públicas, da indústria transformadora e dostransportes» foi a categoria profissional mais frequentemente referida (123 vezes) como sendo de maior risco relativamentea dez dos vinte indicadores de exposição/resultados SST seguintes:

� vibração, baixas temperaturas, altas temperaturas, elevar/movimentar cargas pesadas, manipulação de substânciasquímicas, posturas de trabalho penosas;

� acidentes de trabalho mortais, Absentismo devido a doenças profissionais, Doenças profissionais, perturbações músculo--esqueléticas.

Os grupos profissionais organizados do 2.° ao 4.° grupo, os «trabalhadores da metalurgia e da metalomecânica etrabalhadores similares», os «trabalhadores das indústrias extractivas e da construção civil» e os «operadores de máquinase pessoal de montagem» (referidos, respectivamente, 80, 76 e 73 vezes).

Entre as várias profissões do sector de serviços público e privado que foram referidos 19 a 36 vezes contam-se as profissõesrelacionadas com as vendas, os serviços ao cliente e com o trabalho no sector da saúde e da assistência social.

O U T R A S C AT E G O R I A S D E R I S C O — D I M E N S Ã O D A E M P R E S A , S E X O , I D A D E E E S TAT U T O L A B O R A L

Devido à inexistência de informação disponível a nível nacional, obteve-se um fraco nível de resposta relativamente àscategorias de risco «dimensão da empresa, sexo, idade e estatuto laboral». Por esse motivo, não foi possível identificar quaisdestas categorias poderiam ser consideradas de maior risco (ver capítulo 4.2). Assim, exceptuando a categoria de risco«sexo», apenas se incluem abaixo as observações formuladas por todos os Pontos Focais nos seus relatórios nacionais.

Sexo

Os dados recolhidos a partir dos relatórios nacionais indicam claramente que os homens são considerados como estandomais expostos aos ruídos, às vibrações, às altas e às baixas temperaturas. Para além disso, os homens foram consideradoscomo estando mais expostos a acidentes que ocasionem incapacidade para o trabalho superior a três dias, a acidentes detrabalho mortais e a doenças profissionais. Em regra geral, as mulheres são consideradas como estando mais expostas aosriscos relacionados com os movimentos repetitivos e o assédio sexual.

Apresenta-se no quadro infra o número de Pontos Focais que identificaram o sexo como sendo um factor de risco, emrelação aos indicadores de exposição/resultados SST.

Indicadores de Número de Pontos Focais

exposição/resultados SSTque identificam o sexo como

sendo um factor de risco

Homens Mulheres

Ruído 11 0

Vibração 11 0

Altas temperaturas 10 0

Baixas temperaturas 8 0

Elevar/movimentar cargas pesadas 5 3

Movimentos repetitivos 1 7

Assédios sexuais 0 8

Acidentes > 3 dias 13 0

Acidentes de trabalho mortais 12 0

Doenças profissionais 9 1

Categoria de Número deexposição

Maioria identificadarespostas

Substâncias • Amianto 13cancerígenas • Compostos de crómio (VI) 9

• Sílica cristalina 8• Benzeno 8

Substâncias • Solventes orgânicos 8neurotóxicas • Fosfatos orgânicos/pesticidas 7

• Chumbo e seus compostos 7• Tolueno/xileno, solventes aromáticos/clorados 4

Perigos • Chumbo e seus compostos 11para a saúde • Mercúrio e seus compostos 3(reprodução) • Acrilamido, metoxietanol, etoxietanol, óxido de etileno, solventes orgânicos, halotano

Factores • Vírus da hepatite B/C 14biológicos • Tuberculose 11infecciosos • HIV 6

• Leptospirose 5• Borrelia burgdorferi 4

Factores • Endotoxinas 4biológicos • Fungos 4não infecciosos • Actinomyces fungi termofílicos 3

• Pó orgânico 2• Epitélio animal 2

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S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

manipulação e a exposição a substâncias perigosas. Por vezes, pode não ser plenamente entendido o perigo corrido,havendo até dificuldade em aceitar qualquer medida de controlo. Tal poderia explicar a referência ao facto de muitostrabalhadores jovens mostrarem relutância em usar equipamento de protecção pessoal.

E s t a t u t o l a b o r a l

Os trabalhadores por conta própria, os trabalhadores temporários e os contratados a curto prazo foram frequentementeconsiderados e identificados pelos Pontos Focais como sendo de maior risco, dados os seus recursos limitados, queimpedem, de modo especial, um maior acesso à informação e à formação em saúde e segurança. Não ficou muito claro omodo como esses grupos se organizam em termos de segurança e a saúde, nem quais as responsabilidades dos gestores.Não se sabe presentemente que tipo de acesso esses grupos têm a uma informação adequada na área da saúde e dasegurança, ou se existe até qualquer mecanismo que lhes garanta esse acesso. Trata-se de um importante ponto a definir:saber se e como esses grupos têm acesso à informação e à formação nas áreas da saúde e da segurança.

R I S C O S D E N AT U R E Z A Q U Í M I C A / B I O L Ó G I C A

O quadro abaixo apresenta um resumo das respostas dadas pelos Pontos Focais, aos quais se pediu para identificarem ummáximo de cinco substâncias/factores de risco de natureza química/biológica, dentro de cada uma das categorias deexposição perigosa, consideradas de maior risco para a população activa dos Estados-Membros.

Este quadro comprova que o amianto foi muitas vezes identificado pelos Pontos Focais como uma das fontes maisimportantes de substâncias cancerígenas nos locais de trabalho.

Relativamente às substâncias neurotóxicas, não foram frequentemente identificadas quaisquer substâncias, mas simsolventes orgânicos, fosfatos orgânicos/pesticidas, o chumbo e os seus compostos.

O mais frequentemente assinalado perigo para a saúde (reprodução) foi o chumbo e os seus compostos.

De todos os perigos de natureza química e biológica constantes da lista, o mais frequentemente indicado foi o vírus dahepatite B/C, tendo sido citado em catorze dos quinze relatórios nacionais. Não houve uma clara notificação de riscos denatureza biológica não infecciosos, tendo sido registadas endotoxinas em apenas quatro relatórios nacionais.

3.4

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

29

R I S C O S E M E R G E N T E S

A maioria dos Pontos Focais identificaram os seguintes temas associados a riscos emergentes:

Número de vezes que foramAssuntos

referidos pelos Pontos Focais

Alterações na organização do trabalho 8

Grupos de risco particularmente sensíveis: jovens trabalhadores 8

Stress 8

Movimentação manual 8

Uso de novas substâncias químicas, sem informação acerca dos riscos inerentes 7

Necessidade de investigação no sector «trabalho e assistência social» 6

Grupos de risco particularmente sensíveis: trabalhadores mais idosos 6

Violência 6

Esforço repetitivo 6

Estes números indicam que houve um impacto significativo das alterações na vida de trabalho, associadas à actualpreocupação com os riscos de natureza psicossocial, ergonómica e química.

3.5

Assuntos Implicações

Alterações nos padrões de trabalho As alterações na organização do trabalho foram identificadas como umapreocupação significativa. A forma como o trabalho se encontra organizado ouestruturado foi significativamente alterada. Isto pode incluir mudanças no padrão dosturnos de trabalho ou na ordem pela qual as tarefas são completadas ou, emalternativa, alterações a nível da organização da estrutura da administração/empresa,podendo, todas elas, aumentar os riscos para os trabalhadores

Grupos de risco particularmente São definidos como jovens trabalhadores as pessoas com idade inferior a 18 anos.sensíveis São considerados um grupo de risco porque desconhecem os perigos associados ao

local de trabalho. Em comparação com os adultos, falta-lhes, muitas vezes, aexperiência ao nível dos locais de trabalho para enfrentarem com segurança os riscos.A sua percepção do risco é também diferente da de um trabalhador experiente

Aspectos psicossociais O stress foi identificado como sendo um problema significativo. Quando um indivíduose apercebe de que não consegue acabar a tarefa que lhe compete dentro dedeterminado prazo ou que esta se encontra para além das suas capacidades, podeentrar num estado de stress. O stress pode também ser provocado pelas condiçõesambientais, nomeadamente ruído, temperatura, humidade e luz em excesso. A falta detempo para descansar pode também conduzir ao stress. O receio de não ser capaz decumprir outros compromissos para além do trabalho pode igualmente causar gravesproblemas. O stress pode provocar um fraco desempenho profissional e aumentar asprobabilidades de erro, aumentando, assim, a probabilidade de acidentes

Ergonomia A movimentação manual foi identificada como tendo importância significativa.As cargas pesadas e difíceis de deslocar constituem um grave risco para osfuncionários e, sempre que possível, essa tarefa deveria ser mecanizada, ou dever-se-iam melhorar as práticas de actuação, de forma a reduzir a necessidade de mover oumanipular cargas pesadas, através de uma boa organização do espaço de trabalho.A manipulação e o transporte colocam frequentemente em risco as costas dosempregados. Refira-se, a título de exemplo, o descarregamento manual dos camiões,processo que pode ser efectuado por uma empilhadora

Os relatórios nacionais apontam para um interesse especial em torno de quatro áreas-chave: «alterações dos padrões detrabalho», «aspectos psicossociais», «ergonomia» e «factores de risco químico». O número de Pontos Focais que asconsideraram candidatas a novas acções de prevenção constituem um indicador do grau de importância atribuído a essasquestões. Tal como os assuntos psicossociais, o stress foi um dos problemas mais frequentemente assinalados. Tal écorroborado pelo facto de 10 Pontos Focais terem identificado a necessidade de novas acções preventivas nessa área.

A ergonomia, que pode abranger a movimentação manual, elevar/movimentar cargas, movimentos repetitivos, etc., foitambém muitas vezes indicada como requerendo mais acções preventivas.

A manipulação e a utilização de novas substâncias químicas constitui também uma esfera indicada por oito Pontos Focaiscomo necessitando de novas acções de prevenção, de modo a controlar os riscos no local de trabalho.

No âmbito dos riscos emergentes, relativamente aos grupos de risco particularmente sensíveis, foram identificadas as duasextremidades da gama etária dos empregados (jovem trabalhador e trabalhador mais velho), como vulneráveis aos perigosnos locais de trabalho, se bem que por diferentes razões.

30

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

Assuntos Implicações

Factores de risco de natureza Os novos produtos químicos, como os pesticidas ou os desinfectantes frios paraquímica uso clínico, podem não trazer informação suficiente acerca dos efeitos sobre o organismo,

que garanta a sua utilização de forma segura. É bastante improvável que o empregadorconheça o produto, o que aumenta o risco de utilização dos produtos químicos sem asmedidas de controlo apropriadas e com desconhecimento total dos riscos associados

Investigação no sector A saúde e assistência social foi identificado como um sector com carências na área dainvestigação. As maiores preocupações nesta área de trabalho são o trabalhosolitário, o emprego temporário e a movimentação manual

Grupos de risco particularmente Também os trabalhadores mais velhos foram identificados como um problemasensíveis significativo, enquanto grupo de risco particularmente sensível. Os trabalhadores

mais velhos podem ter problemas musculares próprios da idade, os quais podemdiminuir a sua capacidade de movimentar ou elevar objectos. Podem ainda ser maissensíveis às temperaturas extremas e ter reflexos mais lentos

Aspectos psicossociais A violência pode tomar a forma de perseguição no trabalho ou de ameaça de agressão,quando se trabalha em locais de alto risco. É o caso dos utentes, em caso de acidente, nasurgências dos hospitais públicos, dos alunos em relação aos professores ou de membrosda sociedade, quando se trabalha na construção civil, em bairros de alta criminalidade

Ergonomia Os movimentos repetitivos foram identificados como um problema pertinente. As lesõespor movimentos repetitivos são provocadas quando os movimentos se repetemexcessivamente em determinadas partes do corpo, durante longos períodos de tempo.São exemplos de tarefas vulneráveis a este risco a dactilografia, o trabalho prolongadoem computador e os caixas que têm de fazer passar artigos por um leitor óptico (scanner)

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

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4.P R I M E I R A S L I Ç Õ E S T I R A D A S

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P R I M E I R A S L I Ç Õ E S T I R A D A S

Conforme se realça neste capítulo, do processo de análise da situação da SST na UE (estudo-piloto) foram extraídas váriasconclusões. Na secção 4.1, apresentam-se as dificuldades sentidas para comparar os dados nacionais com os da UE, bemcomo para identificar a existência de falhas de informação. Na secção 4.2, salienta-se a insuficiência de dados paradeterminadas categorias de risco (dimensão da empresa, sexo, idade e estatuto laboral). Finalmente, na secção 4.3, sãoapresentados alguns dos pontos fortes e fracos mais pertinentes do estudo-piloto.

Não restam dúvidas de que o estudo-piloto identificou muitas das áreas-chave para futuro debate, as quais poderão ser objectode potenciais melhorias neste processo global. Nesta fase do processo de notificação do estudo-piloto, já foram retiradasalgumas lições. Outras tornar-se-ão evidentes a partir do feedback do projecto de «Avaliação» da Agência Europeia.

A simples realização deste estudo-piloto pôs em evidência as grandes diferenças e contrastes que existem nos sistemas deSST dos 15 Estados-Membros e, consequentemente, a dificuldade em comparar as informações recolhidas de sistemas tãodiversos e em utilizá-la para apresentar um panorama europeu alargado da situação da SST.

Este exercício de compilação demonstra a importância de elaborar questões adequadas à recolha de informação, com umadefinição muito clara e precisa, para permitir um entendimento comum; evitar-se-ão assim ambiguidades, tornando maisfácil e mais rigoroso o processo de compilação.

Até agora, as lições retiradas podem agrupar-se em três níveis, nível europeu, nível nacional e nível da Agência Europeia,para a preparação do manual e seu subsequente uso e análise.

Ao nível europeu foi frequentemente referida a utilização de questões ligeiramente diferentes no segundo inquéritoeuropeu sobre as condições de trabalho, comparativamente com as usadas nos inquéritos nacionais. Se as questões foremdiferentes, então isso não só torna mais difícil realizar a comparação, como também levanta dúvidas quanto à validade daprópria comparação. A fiabilidade de introduzir um conjunto de questões-padrão uniformizadas em futuros inquéritoseuropeus sobre as condições de trabalho e usar o mesmo conjunto a nível nacional poderia constituir matéria para umpotencial debate sobre qualquer estratégia futura de planeamento.

Ao nível nacional, para as profissões e sectores das categorias de risco, os Pontos Focais forneceram uma resposta baseada numdeterminado número de fontes de informação, dados nacionais, inquéritos estatísticos e dados publicados ou tendo em conta ospareceres emitidos pelos peritos. No entanto, para além dos sectores e das profissões, a disponibilidade de dados para as outrascategorias de risco era muito limitada. Foi este, concretamente, o caso do estatuto laboral, da idade e da dimensão da empresa. Naausência destes dados, não era fiável apresentar um panorama europeu ou validar alguns dos pontos identificados para debate.

Para produzir um relatório de compilação que fosse estatisticamente válido seria necessário que todos os Estados-Membrosusassem um esquema quase idêntico de recolha de dados, com conjuntos de questões muito semelhantes a nível nacional,sendo necessária, para isso, uma percepção comum destas questões.

Para alguns dos problemas mais antigos da saúde e segurança nos locais de trabalho como, por exemplo, o ruído e oamianto, parece ter havido razoável quantidade de informações disponíveis.

De modo geral, estes assuntos beneficiaram de um certo grau de protecção, através da implementação de medidas decontrolo, tais como legislação, monitorização/supervisão e campanhas de sensibilização e de informação. Para outrascategorias de exposição, tais como o stress e o ritmo de trabalho imposto por exigências sociais ou pelas máquinas, adisponibilidade de dados foi muito escassa.

A nível da Agência Europeia, foi reconhecido que a preparação do manual sem questões abertas é fundamental. Em futurosestudos, as questões do manual poderão ser complementadas com escalas adicionais de texto/graduadas, de forma a ajudarquem pretende evitar respostas ambíguas. Por exemplo, no actual manual, como foi interpretada a definição de «risco»pelos Estados-Membros? O conceito «risco» foi entendido com base nos registos históricos existentes (lesão/morte/doença),ou «risco» no sentido de que um grande número de indivíduos se encontram expostos a um determinado perigo?

Do mesmo modo, é necessário determinar se cada uma das categorias de risco usadas irá fornecer resultados significativos, porexemplo, a dimensão da empresa, no caso de haver dados disponíveis. Se fosse necessário incluir essa categoria num próximoinquérito de supervisão de SST, então teriam de ser fornecidas orientações claras acerca do significado do termo dimensão. Porexemplo, uma grande empresa de 500 empregados pode, na realidade, consistir em dez pequenas unidades separadas, tendocada uma 50 empregados a trabalhar autonomamente. Trata-se então aqui de uma grande ou de uma pequena empresa?

A interligação entre categorias de risco pode requerer um estudo mais aprofundado, de forma a esclarecer mais facilmenteas categorias e em especial, para estabelecer a distinção entre o resultado e a sua causa profunda.

As informações recolhidas nos relatórios nacionais apresenta-nos um quadro do que já aconteceu, isto é, constitui uma medidareactiva. Neste momento, não há qualquer indicação sobre as questões proactivas, nomeadamente o grau de implementaçãoda legislação europeia específica e até que ponto essa implementação tem sido eficaz. Num sistema completo de gestão dasaúde e segurança, tanto os elementos reactivos como os proactivos constituem indicadores essenciais de desempenho.

Caso se venha a repetir o estudo-piloto, será necessário esclarecer melhor alguns dos problemas debatidos, especialmenteno que respeita às respostas às perguntas de avaliação usadas no estudo-piloto. Quando um Ponto Focal indicava que eranecessário desenvolver acções preventivas adicionais, nem sempre era evidente até que ponto isso se impunha. As acçõespreventivas podiam variar desde a introdução de nova legislação até a campanhas de sensibilização, inquéritos, inspecçõesno terreno, publicação de informações, nomeadamente guias de orientação ou códigos de prática, ou ainda folhetos deinformação geral. Tais acções preventivas poderiam ser aplicadas de forma orientada para um sector industrial específico eprocessos associados, ou então através de uma abordagem mais alargada, abrangendo vários sectores e processos. Emqualquer dos casos, o manual deverá reflectir os requisitos necessários à recolha de tais informações.

FA L H A S D E I N F O R M A Ç Ã O S O B R E A S I T U A Ç Ã O D O S D A D O S

E U R O P E U S / N A C I O N A I S

A falta de dados disponíveis e as dificuldades que os Pontos Focais tiveram para comparar os dados nacionais com os dadosda UE são evidentes no quadro que se segue. Este quadro apresenta o panorama referente a cada um dos indicadores deexposição e aos resultados SST, identificando o número de Pontos Focais que conseguiram estabelecer uma comparação eos que o não puderam fazer, quer por falta de dados nacionais quer devido a discrepâncias entre os conjuntos de dados.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

33

4.1Pergunta 1 Pergunta 2

Existem diferenças entre os dados nacionais A informação nacional adicional destaca sectores e os dados de fontes europeias? ou profissões que não são evidentes a partir dos

dados da UE?

Sim Não Comparação não registada Sim Não Comparação não registada

Falta de Dificuldade Falta de Dificuldadedados em comparar dados em comparar

nacionais dados nacionais dados

Exposição física

Ruído 4 4 2 5 4 4 3 4

Vibração 3 4 4 4 3 2 6 4

Altas temperaturas 0 2 9 4 1 2 9 3

Baixas temperaturas 1 2 8 4 0 3 9 3

Exposição a posturase movimentos

Elevar/movimentar cargas pesadas 5 2 4 4 4 2 5 4

Movimentos repetitivos 5 2 4 4 3 2 6 4

Posturas de trabalho penosas 5 2 4 4 3 3 6 3

Manipulação de produtosquímicos 3 2 6 4 3 2 7 3

Condições de trabalhopsicossociais

Ritmo acelerado de trabalho 6 1 5 3 1 1 9 4

Ritmo de trabalho imposto porexigências sociais 3 1 8 3 2 0 9 4

Ritmo de trabalho impostopelas máquinas 3 1 9 2 1 0 11 3

Violência física 2 2 7 4 4 0 9 2

Intimidação e vitimização 2 2 6 5 1 0 9 5

Assédio sexual 3 3 7 2 2 2 10 1

Trabalho monótono 4 2 6 3 2 1 9 3

Contexto de trabalho

Equipamento de protecção pessoal 1 2 7 5 1 0 10 4

Resultados SST

Perturbações músculo- esqueléticas 2 1 5 7 2 1 8 4

Stress 3 2 6 4 1 1 8 5

Absentismo devido a doençasprofissionais 5 1 8 1 5 0 10 0

Informação sobre riscos 1 2 8 4 0 0 10 5

Formação prestada pelaentidade patronal 1 2 11 1 1 2 10 2

34

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O quadro anterior revela que, na maioria dos indicadores de exposição/resultados SST, não foi possível definir se houvediferenças entre os dados nacionais e os europeus e se os dados nacionais adicionais conseguiram destacar sectores e/ouprofissões de risco. Relativamente à pergunta 1 «Existem diferenças entre os dados nacionais e os dados de fonteseuropeias?», a resposta mais frequente foi a falta de dados nacionais e daí a incapacidade dos Pontos Focais em responderà pergunta.

Pela mesma razão, relativamente à pergunta 2, na maioria dos casos, os Pontos Focais também não conseguiram responderà pergunta por falta de dados nacionais. O projecto de «Avaliação» da Agência Europeia esclarecerá estas deficiências cominformações mais rigorosas.

Qualquer repetição futura deste projecto terá de avaliar a pertinência destas questões e decidir se deverá ser implementadauma nova metodologia para facilitar a correcção das respostas.

O quadro seguinte apresenta um panorama da disponibilidade de dados referentes aos indicadores de exposição a nívelnacional (13).

(13) Os dados foram disponibilizados por diferentes fontes, como, por exemplo, os inquéritos nacionais.

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Este quadro revela claramente uma ausência total de informação nacional sobre o estatuto laboral. No que se refere àdimensão da empresa e à idade, a situação da informação era muito semelhante, com dados apenas disponíveis para,respectivamente, dois e três indicadores de exposição/resultados SST. No que respeita ao sexo, surgiram dados nacionaispara dez indicadores de exposição/resultados SST.

Os dados sobre determinados indicadores de exposição podem ter sido difíceis de recolher, devido à interdependência entreeles, ou seja, stress, intimidação e vitimização e assédio sexual podem influenciar-se mutuamente. Pode ser necessárioefectuar novas investigações para determinar a importância relativa destes indicadores numa perspectiva baseada no risco,de forma a definir se vale a pena o esforço necessário para recolher, reunir e analisar esses dados.

36

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

FA L H A S D E I N F O R M A Ç Ã O E M A L G U M A S C AT E G O R I A S D E R I S C O

O quadro seguinte mostra onde os relatórios nacionais continham dados nacionais e onde se verificou uma insuficiênciarelativamente às seguintes categorias de risco: dimensão da empresa, sexo, idade e estatuto laboral.

4.2Exposição/resultados SST Dimensão da empresa Sexo Idade

Estatuto laboral

Ruído � � ❍ ❍

Vibração ❍ � ❍ ❍

Altas temperaturas ❍ � ❍ ❍

Baixas temperaturas ❍ � ❍ ❍

Elevar/movimentar cargas pesadas ❍ � ❍ ❍

Movimentos repetitivos ❍ � ❍ ❍

Posturas de trabalho penosas ❍ ❍ ❍ ❍

Manipulação de produtos químicos ❍ ❍ ❍ ❍

Ritmo acelerado de trabalho ❍ ❍ ❍ ❍

Ritmo de trabalho imposto porexigências sociais ❍ ❍ ❍ ❍

Ritmo de trabalho imposto pelas máquinas ❍ ❍ ❍ ❍

Violência física ❍ ❍ ❍ ❍

Intimidação e vitimização ❍ ❍ ❍ ❍

Assédio sexual ❍ � ❍ ❍

Trabalho monótono ❍ ❍ ❍ ❍

Acidentes ocasionando incapacidade para o trabalho superior a três dias � � � ❍

Acidentes de trabalho mortais ❍ � � ❍

Doenças profissionais ❍ � � ❍

Perturbações músculo-esqueléticas ❍ ❍ ❍ ❍

Stress ❍ ❍ ❍ ❍

Absentismo devido a doenças profissionais ❍ ❍ ❍ ❍

Legenda:� Dados fornecidos no relatório nacional, permitindo assim a apresentação de um quadro europeu.❍ Dados não fornecidos no relatório nacional, não permitindo assim a apresentação de um quadro europeu.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

37

Se essas categorias de risco se destinarem a ser utilizadas em futuros exercícios de avaliação SST, como mecanismo deidentificação de grupos vulneráveis, poderá ser necessário debater mais esta pergunta, de modo a definir o valor dessesindicadores e qual o melhor método para recolher informação fidedigna.

A quantidade de diferentes sistemas SST que funcionam em cada Estado-Membro foi evidente pela resposta dada aquestões destinadas a detectar informações acerca destes sistemas. O feedback sobre a percentagem de trabalhadoresabrangidos pelos serviços preventivos da SST, bem como o número de trabalhadores a receber formação anual em SST, foide tal modo insuficiente que não pôde proporcionar uma panorâmica a nível europeu. Será necessário que os Estados-Membros percebam melhor os sistemas de SST, para que se possam recolher futuramente mais dados acerca da situação dasegurança e saúde no trabalho na União Europeia.

P O N T O S F O RT E S E P O N T O S F R A C O S

O relatório da «Situação da SST na UE: um estudo-piloto» constitui o produto final de um esforço substancial, levado a cabopor várias entidades nos 15 Estados-Membros. Incluem-se entre estas as redes nacionais e as associações filiadas queestiveram envolvidas na recolha de dados, nas respostas ao manual e na preparação dos relatórios nacionais, com vista aretratar a situação da segurança e saúde no trabalho na UE. Este processo de recolha de dados é um dos pontos fortes detodo este estudo.

O estudo-piloto constituiu um primeiro passo para desenvolver uma metodologia sistemática de controlo da segurança eda saúde no trabalho na União Europeia. Durante o estudo foi possível identificar os pontos fracos do tratamento de dados,a partir de um leque muito variado de fontes de informação em toda a UE. No entanto, conseguiu-se uma grandequantidade de informações muito úteis com este processo, o que permite ao presente relatório apresentar um panoramaglobal qualitativo.

Referem-se, em seguida, os pontos fortes e os pontos fracos do relatório.

Pontos fortes:

� fornece um panorama qualitativo factual e abrangente da situação da segurança e da saúde no trabalho na UniãoEuropeia;

� apresenta uma informação válida, relativamente a sectores identificados e considerados como os de maior risco.

Pontos fracos:

� a obtenção de dados quantitativos foi uma tarefa demasiado complexa para este estudo;

� a escassez de dados qualitativos para determinados assuntos em alguns Estados-Membros fez com que algumasrespostas fossem obtidas a partir da opinião de peritos.

Para além da valiosa informação obtida através da análise dos dados que foram reunidos, este exercício forneceu umaexcelente feedback, nomeadamente sobre as limitações que se colocam à realização de um estudo desta natureza em todosos países. Estas limitações são largamente debatidas no relatório principal e incluem elementos como: definições einterpretações, desvios às respostas-modelo, indisponibilidade da informação e tratamento das questões não respondidas.

A Agência Europeia já lançou um projecto para avaliar o estudo-piloto, de forma a apreciar e melhorar o processo e ametodologia para futuros estudos. Todos os participantes envolvidos no estudo-piloto serão convidados a apresentar as suasexperiências e opiniões sobre o processo de recolha e tratamento de dados, nomeadamente sobre o envolvimento dosparceiros das redes nacionais, os esforços desenvolvidos para preparar os relatórios nacionais, o tipo de problemasencontrados e a metodologia usada no estudo-piloto. Outros assuntos, como a fiabilidade dos indicadores e mais valia dosrelatórios nacionais, são igualmente tratados no projecto «Avaliação».

4.3

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

MO

NI

TO

RI

NG

5.Q U A D R O E U R O P E U S O B R E O S I N D I C A D O R E S D E E X P O S I Ç Ã O / R E S U LTA D O S S S T

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S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

Q U A D R O E U R O P E U S O B R E O S I N D I C A D O R E S D E E X P O S I Ç Ã O / R E S U LTA D O S S S T

Os quadros sinópticos abaixo apresentados fornecem uma rápida panorâmica a nível europeu de cada um dos indicadoresde exposição/resultados SST e baseiam-se nos resultados da informação reunida a partir da totalidade dos quinze relatóriosnacionais. Por esta razão, não foram incluídos quaisquer comentários individuais dos Pontos Focais.

O r e s u m o d a i n f o r m a ç ã o i n c l u i :� uma descrição dos potenciais efeitos do indicador de exposição sobre a saúde;

� uma panorâmica a nível europeu dos dados do segundo inquérito;

� as categorias dos sectores de maior risco, conforme constam dos relatórios nacionais, e o número de respostas dos PontosFocais;

� as categorias das profissões de maior risco, conforme constam dos relatórios nacionais, e o número de respostas dosPontos Focais;

� dados sobre as outras categorias de risco: dimensão da empresa, sexo, idade, estatuto laboral;

� as tendências;

� os Pontos Focais que identificaram a necessidade de acções preventivas adicionais;

� a descrição da acção indicada;

� o resumo das apreciações recebidas.

O s i n d i c a d o r e s d e e x p o s i ç ã o / r e s u l t a d o s S S T a v a l i a d o s i n c l u e m :

Indicador de exposição/resultados SST Página

Ruído 41

Vibração 42

Altas temperaturas 43

Baixas temperaturas 44

Elevar/movimentar cargas pesadas 45

Movimentos repetitivos 46

Posturas de trabalho penosas 47

Manipulação de produtos químicos 48

Ritmo acelerado de trabalho 49

Ritmo de trabalho imposto por exigências sociais 50

Ritmo de trabalho imposto por máquinas 51

Violência física 52

Intimidação e vitimização 53

Assédio sexual 54

Trabalho monótono 55

Equipamento de protecção pessoal 56

Acidentes que ocasionam incapacidade parao trabalho superior a três dias 57

Acidentes de trabalho mortais 59

Doenças profissionais 61

Perturbações músculo-esqueléticas 62

Stress 63

Absentismo devido a doenças profissionais 64

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : r u í d o

Potenciais efeitos para a saúde O ruído provoca perda de audição, zumbido (silvo permanente nos ouvidos), alteração do limiarinferior auditivo (primeiro temporária, depois permanente, após exposição prolongada), perdados sons de alta frequência, causando problemas de comunicação, perda da interacção emfunções sociais. A exposição ao ruído pode ter também efeitos secundários, nomeadamente ostress e a interferência com a comunicação no local de trabalho, podendo causar acidentes

Quadro europeu (14) 28% do total dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos ao ruído

Categorias dos sectores de maior 28 Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento (10)risco, segundo os relatórios 20 Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário e fabrico de artigos de nacionais, usando o código espartaria e de cestaria (10)

NACE (15) 27 Indústrias metalúrgicas de base (9)(os números entre parênteses 21 Fabricação de papel e produtos de papel (7)

representam o número de respostas 45 Construção (7)dos Pontos Focais) 17 Fabricação têxtil (6)

Categorias das profissões de 82 Operadores e pessoal de montagem (14)maior risco, segundo os 72 Trabalhadores de metalurgia, maquinaria e indústrias afins (12)

relatórios nacionais, usando o 81 Operadores de instalações fixas e similares (10)código CITP (16) 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e obras públicas, da

(os números entre parênteses indústria transformadora e transportes (9)representam o número de respostas 71 Trabalhadores similares das indústrias extractivas e da construção civil (6)

dos Pontos Focais) 83 Condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados (5)74 Trabalhadores de outros ofícios e profissões similares (5)73 Mecânicos de precisão, artesãos, trabalhadores das artes gráficas e afins (5)

Outras categorias de risco Dimensão da empresa: Nas suas observações, os Pontos Focais consideraram que as empresas maispequenas corriam um maior risco de ruído, por várias razões prováveis. Estas incluem o uso demaquinaria mais antiga, escassez de recursos disponíveis, desconhecimento e incompreensão dosriscos e das medidas de controlo existentes para resolver os problemas de ruído nos locais de trabalho

Sexo: Onze Pontos Focais identificaram os homens, em especial os operários, como sendo maisvulneráveis a riscos causados pela exposição ao ruído

Idade: Os trabalhadores mais jovens foram considerados pelos Pontos Focais como sendo maisvulneráveis à exposição ao ruído e à eventual perda de audição, sendo o seu risco ainda maisagravado por factores sociais

Estatuto laboral: Os Pontos Focais declararam que tanto os trabalhadores temporários, como ostrabalhadores por conta própria, os contratados a termo certo, os aprendizes e os dependentesde trabalho ocasional representavam grupos de risco vulneráveis, por excelência, à exposição aoruído no local de trabalho. Estes grupos são, habitualmente, os menos informados acerca dasquestões de saúde e de segurança, possuem formação inferior, e não estão sujeitos à supervisãoe ao controlo formais nos locais de trabalho

Tendências Relativamente às tendências da exposição ao ruído no local de trabalho durante os últimos 3 a 5anos, os Pontos Focais oscilaram pouco entre as tendências para a redução e para a estabilização.Seis Pontos Focais declararam que a exposição tinha descido, enquanto outros seis mencionaramque a tendência da exposição se mantinha estável. Apenas dois identificaram um aumento daexposição e um outro Ponto Focal não foi capaz de definir um padrão específico da tendência

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália, Portugal e Reino Unido a necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (17) Dois Estados-Membros lançaram programas nacionais de combate ao ruído no trabalho, isto é,destinados a reduzir em 50%, nos próximos cinco anos, a exposição a níveis perigosos de ruído,em determinados sectores identificados

Outras informações pertinentes Segundo os relatórios, os locais em que os níveis de ruído baixaram conseguiram-no graças aalguns factores, como a adopção de maquinaria de baixo ruído, a automatização dos processosde fabrico e a operação remota do equipamento, para isolar os trabalhadores das fontes deruído. Estes métodos têm-se revelado eficazes em certas indústrias como a das minas, do aço,do papel e dos produtos químicos.

O uso cada vez maior do trabalho ocasional pode também diminuir o risco, dada a redução daexposição individual, dividindo assim o risco global por um maior número de pessoas. Contudo,grupos como os trabalhadores ocasionais podem ser mais vulneráveis ao ruído por falta deinformação, supervisão e controlo no local de trabalho.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

41

(14) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(15) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(16) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(17) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

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S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : v i b r a ç ã oPotenciais efeitos para a saúde A vibração sincronizada de órgãos nas baixas frequências provocam náuseas. A vibração total

do corpo causa dores lombares e lesões na coluna. A síndrome de vibração afecta a circulaçãodo sangue, os nervos, músculos e ossos das mãos e dos braços, provocando a perda dassensações e da força, acompanhada de fortes dores nas mãos. Pode ainda provocar a vibraçãodos dedos brancos. Os efeitos psicológicos incluem a perda de concentração, a qual pode causaracidentes secundários

Quadro europeu (18) 24% do total dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos à vibração

Categorias dos sectores de maior 45 Construção (11)risco, segundo os relatórios 28 Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento (9)nacionais, usando o código 14 Outras actividades em minas e pedreiras (6)

NACE (19) 60 Transportes terrestres; transporte por oleodutos e gasodutos (6)(os números entre parênteses 01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados (6)

representam o número de respostas 02 Silvicultura, abate de árvores e actividades dos serviços relacionados (5)dos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, damaior risco, segundo os indústria transformadora e dos transportes (10)

relatórios nacionais, usando 71 Operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias extractivas e da construção civil (10)o código CITP (20) 83 Condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados (10)

(os números entre parênteses 72 Trabalhadores de metalurgia, maquinaria e indústrias afins (9)representam o número de respostas 92 Trabalhadores não qualificados da agricultura e pescas e trabalhadores de actividades

dos Pontos Focais) relacionadas (6)82 Operadores de máquinas e pessoal de montagem (6)

Outras categorias de risco Sexo: Para as categorias identificadas de sector e profissão, os homens foram considerados por onzePontos Focais em maior risco de sofrer os efeitos sobre a saúde da vibração no local de trabalho

Estatuto laboral: Os trabalhadores por conta própria e os contratantes foram considerados emrisco, facto confirmado pelas conclusões do Segundo Inquérito em que os trabalhadores porconta própria foram identificados como sendo de maior risco

Tendências As respostas dos relatórios nacionais incluíram observações várias relativamente à tendência daexposição à vibração no local de trabalho. Seis Pontos Focais declararam ter identificado umatendência para a estabilidade, quatro declararam uma tendência para aumento, três notificaramuma tendência para a diminuição e os restantes dois não conseguiram identificar nenhumatendência específica

Pontos Focais que identificaram Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália, Portugal e Reino Unidoa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (21) Muitos Pontos Focais referiram a necessidade de reduzir as vibrações na fonte, prevenindo aemissão de vibrações produzidas por tarefas com ferramentas manuais, através da melhoriatécnica na fase de concepção e desenho destas últimas

Outras informações pertinentes Tal como o ruído, a vibração foi considerada como sendo um risco clássico no ambiente de trabalho.Uma das questões mais vulgarmente mencionada pelos Pontos Focais foi a falta deconsciencialização generalizada, quer em relação aos problemas de saúde causados peloequipamento e maquinaria de vibração, especialmente os que provocam a vibração de todo ocorpo, quer em relação às medidas de controlo existentes para eliminar ou reduzir a exposiçãona fonte. A exposição ao frio pode constituir um factor negativo no aumento da gravidade daslesões induzidas pela vibração

(18) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(19) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(20) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(21) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

43

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : a l t a s t e m p e r a t u r a sPotenciais efeitos para a saúde As reacções do organismo ao sobreaquecimento incluem a aceleração das pulsações, cãibras

musculares devidas a insuficiência de sal, seguidas de exaustão, desidratação e perda deconsciência; desmaio e tonturas e, mais grave ainda, internação

Quadro europeu (22) 20% do total dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos a altas temperaturas

Categorias dos sectores de maior 27 Indústrias metalúrgicas de base (10)risco, segundo os relatórios 15 Indústrias alimentares e de bebidas (9)nacionais, usando o código 26 Fabrico de outros produtos minerais não metálicos (8)

NACE (23) 28 Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento (5)(os números entre parênteses

representam o número de respostasdos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, damaior risco, segundo os indústria transformadora e dos transportes (10)

relatórios nacionais, usando o 72 Trabalhadores de metalurgia, maquinaria e indústrias afins (8)código CITP (24) 81 Operadores de instalações fixas e similares (6)

(os números entre parênteses 82 Operadores de máquinas e pessoal de montagem (5)representam o número de respostas 74 Trabalhadores de outros ofícios e profissões afins (5)

dos Pontos Focais) 71 Trabalhadores das indústrias extractivas e da construção civil (4)

Outras categorias de risco Sexo: Dez Pontos Focais consideraram os homens em maior risco

Idade: Muitos Pontos Focais identificaram claramente os trabalhadores mais jovens, com menosde 25 anos, como estando mais expostos ao risco de altas temperaturas

Tendências Nove Pontos Focais identificaram uma tendência para a estabilidade na exposição a altastemperaturas nos locais de trabalho, enquanto que dois detectaram uma tendência para adiminuição. Só um Ponto Focal detectou um aumento na exposição a altas temperaturas. TrêsPontos Focais não conseguiram identificar nenhuma tendência

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Espanha, Finlândia, Grécia, Itália e Portugala necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (25) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes Ao identificarem as acções preventivas adicionais, os Pontos Focais indicaram as seguintesmedidas como passíveis de serem adoptadas e mais desenvolvidas, a fim de se reduzir o risco deexposição a altas temperaturas no local de trabalho:• Sistemas adequados de ventilação;• isolamento de fontes de calor;• aperfeiçoamento na concepção de equipamento de protecção pessoal (maior conforto);• prestação de formação e informação aos trabalhadores;• implementação de medidas de organização do trabalho (rotatividade das tarefas,

intervalos regulares, etc.)

(22) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(23) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(24) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(25) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

44

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : b a i x a s t e m p e r a t u r a sPotenciais efeitos sobre a saúde A exposição a temperaturas extremamente baixas pode provocar queimaduras e hipotermia. As

queimaduras provocam formigueiro, seguido de total dormência das áreas afectadas. Quandoos vasos sanguíneos são afectados, pode ocorrer gangrena. A hipotermia causa sonolência,reduz a frequência respiratória e a frequência cardíaca e pode conduzir à inconsciência

Quadro europeu (26) 23% dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos a baixas temperaturas

Categorias dos sectores de maior 15 Indústrias alimentares e de bebidas (9)risco, segundo os relatórios 45 Construção (9)nacionais, usando o código 05 Aquacultura e pesca; actividades dos serviços relacionados com a pesca (6)

NACE (27) 01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados (5)(os números entre parênteses 02 Silvicultura, abate de árvores e actividades dos serviços relacionados (4)

representam o número de respostas 90 Higiene e limpeza, saneamento básico e actividades similares (3)dos Pontos Focais) 40 Fornecimento de electricidade, gás, vapor e água quente (3)

Categorias das profissões de 93 Trabalhadores de minas, construção, produção e transportes (8)maior risco, segundo os 71 Operários, artífices e trabalhadores das indústrias extractivas e da construção civil (8)

relatórios nacionais, usando o 92 Trabalhadores não qualificados da agricultura e pescas e profissões similares (7)código CITP (28) 61 Trabalhadores qualificados da agricultura e pescas (6)

(os números entre parênteses 74 Trabalhadores de outros ofícios e actividades associadas (6)representam o número de respostas

dos Pontos Focais)

Outras categorias de risco Sexo: Nos seus relatórios nacionais, oito Pontos Focais identificaram os homens como estandomais expostos a baixas temperaturas no local de trabalho

Idade: Os trabalhadores mais velhos foram considerados mais susceptíveis aos efeitos negativosdas baixas temperaturas e, portanto, é o indivíduo mais idoso que está mais exposto a este risco

Tendências Embora com um número limitado de respostas, sete Pontos Focais notificaram uma tendência paraa estabilidade na exposição a baixas temperaturas, enquanto três notificaram uma diminuição eapenas um notificou um aumento da exposição a baixas temperaturas no local de trabalho

Pontos Focais que identificaram Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, Itália, Portugal e Suéciaa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (29) Ao descrever as acções preventivas necessárias, as sugestões foram no sentido de visar futurascampanhas de consciencialização sobre o trabalho a baixas temperaturas entre os grupos de altorisco, nomeadamente contratados e trabalhadores a prazo

Outras informações pertinentes A exposição a condições de baixas temperaturas pode resultar de duas fontes principais. Emprimeiro lugar, as baixas temperaturas podem estar associadas a um determinado processo detrabalho e, em segundo lugar, podem resultar das condições climatéricas locais. Alguns Estados--Membros são afectados por condições atmosféricas extremamente frias durante os meses deInverno. Assim, a exposição a baixas temperaturas é prevalecente nesses países, no que dizrespeito às actividades ao ar livre (silvicultura, agricultura, pesca, criação de renas, construção,navegação, estiva, sector de segurança, etc.). A exposição a baixas temperaturas durante todoo ano está geralmente associada a um processo industrial específico, como a conservação emfrio e a congelação na indústria alimentar (abate de animais, armazenamento no frio, etc.).

Algumas profissões exigem a realização do trabalho em condições de frio pelo período de umturno (por exemplo, trabalhadores da preparação de alimentos e do armazenamento no frio).

(26) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(27) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(28) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(29) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

45

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : e l e v a r / m o v i m e n t a r c a r g a s p e s a d a sPotenciais efeitos sobre a saúde Elevar/movimentar cargas pesadas pode provocar perturbações músculo-esqueléticas,

concretamente lesões nos músculos e ligamentos das costas, braços e mãos.

Quadro europeu (30) 34% dos trabalhadores entrevistados estavam expostos a «elevar/movimentar cargas pesadas».

Categorias dos sectores de maior 45 Construção (14)risco, segundo os relatórios 01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados (9)nacionais, usando o código 85 Saúde e assistência social (8)

NACE (31) 28 Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento (6)(os números entre parênteses 20 Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário fabrico de artigos de

representam o número de respostas espartaria e de cestaria (4)dos Pontos Focais) 14 Outras actividades em minas e pedreiras (3)

Categorias das profissões de 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, da maior risco, segundo os indústria transformadora e dos transportes (11)

relatórios nacionais, usando o 72 Trabalhadores de metalurgia, maquinaria e indústrias afins (7)código CITP (32) 32 Profissionais de nível intermédio das ciências da vida e da saúde (6); operários, artífices e

(os números entre parênteses trabalhadores similares das indústrias extractivas e da construção civil (5)representam o número de respostas 91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (5)

dos Pontos Focais) 82 Operadores de máquinas e pessoal de montagem (5)

Outras categorias de risco Sexo: Vários Pontos Focais referiram, nos seus relatórios nacionais, a exposição de alto risco aelevar/movimentar cargas pesadas no sector da «saúde e assistência social», em especial paraas mulheres

Idade: As observações contidas nos relatórios nacionais identificaram os jovens como maisexpostos ao levantamento de cargas pesadas. Contudo, os indivíduos mais velhos podem corrermaior risco de lesões, devido à interacção entre a frequência da exposição e as condiçõesdegenerativas do sistema músculo-esquelético

Tendências Embora com um número limitado de respostas, quatro Pontos Focais notificaram umatendência para a estabilidade na exposição ao risco elevar/movimentar cargas pesadas no localde trabalho. Seis Pontos Focais notificaram um abaixamento da tendência e dois notificaramum aumento da exposição ao risco elevar/movimentar cargas pesadas no local de trabalho

Pontos Focais que identificaram Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Itália, Portugal e Reino Unido e Suéciaa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (33) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes A exposição ao risco elevar/movimentar cargas pesadas continua a constituir um grave problema desaúde e segurança no trabalho. É bastante elevado o número de trabalhadores expostos; elevarpesos é um importante factor que contribui para o risco de perturbações músculo-esqueléticas.

O aumento da procura de produção pode implicar uma intensificação do ritmo de trabalho. Noscasos em que há grande procura de variedade e flexibilidade relativamente à manipulação demercadorias (por exemplo, na embalagem/acondicionamento), o trabalho continua a ser,sobretudo, manual.

Regra geral, foi afirmado que o sector industrial tem registado uma diminuição deste risco,através da adopção de maquinaria, incluindo o uso de equipamento automático.

Espera-se que a mecanização das actividades laborais reduzam a incidência de problemas causadospelo elevar/movimentar de cargas pesadas em muitos empregos. Todavia, não é provável que estatendência se verifique em muitas profissões femininas, porque algumas tarefas que implicam elevare movimentar cargas no sector da saúde e assistência social não são facilmente mecanizáveis.

(30) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(31) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(32) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(33) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

46

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : m o v i m e n t o s r e p e t i t i v o sPotenciais efeitos sobre a saúde Os movimentos repetidos com os braços podem provocar problemas dos membros superiores

associados ao trabalho, tais como a tenossinovite e a síndrome do túnel cárpico. A tenossinoviteé uma inflamação da camada sinovial fina da bainha de um tendão, normalmente provocadapor uma irritação mecânica. A síndrome do túnel cárpico consiste numa dormência eformigueiro na área de distribuição do nervo mediano da mão

Quadro europeu (34) 58% dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos a movimentos repetitivos

Categorias dos sectores de maior 15 Indústrias alimentares e de bebidas (9)risco, segundo os relatórios 18 Confecção de vestuário; fabricação de curtumes e tingimento de peles (5)nacionais, usando o código 17 Fabricação têxtil (5)

NACE (35) 60 Transportes terrestres; transportes por oleodutos e gasodutos (5)(os números entre parênteses 28 Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento (3)

representam o número de respostas 19 Fabricação de curtumes; fabrico de artigos de bagagem, malas de mão, selaria, arreios e dos Pontos Focais) calçado (3)

Categorias das profissões de 82 Operadores de máquinas e pessoal de montagem (11)maior risco, segundo os 93 Trabalhadores de minas, construção, produção e transporte (8)

relatórios nacionais, usando o 42 Empregados de recepção, caixas, bilheteiros e similares (7)código CITP (36) 91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (7)

(os números entre parênteses 74 Trabalhadores de outros ofícios e actividades associadas (5)representam o número de respostas

dos Pontos Focais)

Outras categorias de risco Sexo: Nos respectivos relatórios nacionais, sete Pontos Focais identificaram as mulheres e umidentificou os homens como mais expostos a movimentos repetidos no trabalho. As actividadesfemininas típicas de risco incluem a montagem de equipamento electrónico, trabalho de caixanos supermercados, operárias têxteis e de costura e dactilógrafas/operadoras de computadores

Idade: Em muitos relatórios nacionais, afirma-se que o trabalhador mais jovem (com menos de30 anos) está mais exposto a tarefas repetitivas, em particular as mulheres jovens

Tendências Não houve nenhuma indicação clara relativamente à tendência do risco de exposição amovimentos repetitivos no local de trabalho durante os últimos 3 a 5 anos. Três Pontos Focaisnotificaram uma tendência para a estabilidade, enquanto dois outros notificaram umatendência decrescente e cinco notificaram um aumento da exposição a este risco. Cinco dosPontos Focais não conseguiram identificar nenhuma tendência específica

Pontos Focais que identificaram Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, Itália, Portugal e Suéciaa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (37) Não foi possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes Os movimentos repetitivos verificam-se em muitos sectores, como a agricultura, a indústriamecanizada, o sector de serviços e o sector financeiro. As lesões por esforços repetidos têm sidoalvo de grande atenção por parte dos meios de comunicação social. Os movimentos repetitivos,combinados com um ritmo acelerado de trabalho, são considerados importantes factores derisco de lesões por esforços repetidos.

Vários Pontos Focais expressaram a opinião de que o aumento do trabalho com computadores(operações com teclado e rato) requer especial atenção.

(34) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(35) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(36) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(37) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : p o s t u r a s d e t r a b a l h o p e n o s a sPotenciais efeitos sobre a saúde As posturas de trabalho penosas poderão causar muitos problemas de saúde, afectando os

ossos, músculos e ligamentos, sendo as costas particularmente vulneráveis. Além disso, há aindaa possibilidade de os níveis de stress aumentarem durante actividades de trabalho que envolvamposturas forçadas

Quadro europeu (38) 45% dos trabalhadores envolvidos estavam expostos a posturas de trabalho penosas

Categorias dos sectores de 45 Construção (12)maior risco, segundo os 01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados (7)

relatórios nacionais, usando o 85 Saúde e assistência social (5)código NACE (39) 93 Actividades de outros serviços (4)

(os números entre parênteses 17 Fabricação têxtil (4)representam o número de respostas 15 Indústrias alimentares e de bebidas (4)

dos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, da maior risco, segundo os indústria transformadora e dos transportes (9)

relatórios nacionais, usando o 71 Operários, artífices e trabalhadores das indústrias extractivas e da construção civil (6)código CITP (40) 72 Trabalhadores da metalurgia, maquinaria e indústrias afins (6)

(os números entre parênteses 92 Trabalhadores não qualificados de agricultura e pescas e similares (4)representam o número de respostas 74 Trabalhadores de outros ofícios e actividades associadas (4)

dos Pontos Focais) 61 Trabalhadores qualificados da agricultura e pescas (4)

Outras categorias de risco Não é possível apresentar uma descrição comum

Tendências Embora com um número limitado de respostas, cinco Pontos Focais notificaram uma tendênciapara a diminuição na exposição a posturas de trabalho penosas. Dois Pontos Focais notificaramuma tendência para a estabilidade e outros dois notificaram uma tendência para o aumento daexposição a posturas de trabalho penosas no local de trabalho. Seis Pontos Focais nãoconseguiram indicar nenhuma tendência

Pontos Focais que identificaram Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, Itália e Suéciaa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (41) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes As posturas de trabalho penosas são de grande importância, especialmente quandocombinadas com tarefas de elevar/movimentar cargas pesadas e trabalho repetitivo. Umapostura de trabalho inadequada é um factor agravante bem conhecido, que provoca problemasna região lombar. As posições de trabalho difíceis contribuem para o potencial risco deperturbações músculo-esqueléticas induzidos pelo trabalho. As perturbações músculo--esqueléticas são uma causa corrente de reforma antecipada.

A prevenção de posturas penosas no ambiente de trabalho está relacionada com um desenhoergonómico apropriado do local de trabalho, posto de trabalho, maquinaria e organização dotrabalho. A avaliação da rotatividade das tarefas e funções é fundamental para reduzir aexposição ao risco. A adopção de novas disposições sobre ergonomia, para protecção contra asperturbações músculo-esqueléticas, exige mais actividades diferenciadas de supervisão. É preciso melhorar as medidas técnicas e organizacionais, bem como a informação e formação.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

47

(38) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(39) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(40) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(41) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

48

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : m a n i p u l a ç ã o d e p r o d u t o s q u í m i c o sPotenciais efeitos sobre a saúde Queimaduras e lesões na pele, causadas por contacto com substâncias químicas corrosivas. A

exposição prolongada a determinadas substâncias pode causar lesões nos pulmões, fígado ououtros órgãos. Pode ocorrer sensibilização, dando origem a uma reacção alérgica (por exemplo,asma ou dermatite), mesmo com níveis de exposição muito baixos

Quadro europeu (42) 14% dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos à manipulação de produtos químicos

Categorias dos sectores de 24 Fabrico de produtos e substâncias químicas (8)maior risco, segundo os 01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados (7)

relatórios nacionais, usando o 45 Construção (5)código NACE (43) 93 Actividades de outros serviços (4)

(os números entre parênteses 50 Venda, manutenção e reparação de veículos motorizados e motociclos; venda a retalho representam o número de respostas de combustível (4)

dos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, damaior risco, segundo os indústria transformadora e dos transportes (7)

relatórios nacionais, usando o 81 Operadores de instalações fixas e similares (7)código CITP (44) 92 Trabalhadores não qualificados da agricultura, pescas e similares (6)

(os números entre parênteses 72 Trabalhadores de metalurgia, maquinaria e indústrias relacionadas (5)representam o número de respostas 71 Operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias extractivas e da construção

dos Pontos Focais) civil (5)

Outras categorias de risco Não é possível apresentar uma descrição comum

Tendências Sete Pontos Focais notificaram uma tendência para a estabilidade relativamente à manipulaçãode produtos químicos no local de trabalho. Um Ponto Focal notificou uma diminuição e trêsnotificaram um aumento da exposição à manipulação de produtos químicos. Quatro PontosFocais não foram capazes de estabelecer uma tendência clara

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal e Reino Unidoa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (45) Deve intensificar-se a difusão de informação sobre os possíveis substitutos dos agentes químicosperigosos

Outras informações pertinentes Há muitas categorias de diversas profissões em que se faz a manipulação de uma grandevariedade de produtos químicos como parte das actividades de trabalho, por exemplo, ostrabalhadores agrícolas usam pesticidas, detergentes e pós microbiológicos e os trabalhadoresda construção usam frequentemente solventes e tintas.

A combinação da legislação com os esforços desenvolvidos no domínio da saúde ocupacionalreduziram eficazmente a exposição a alguns produtos químicos, notificou um Ponto Focal. Aocorrência de fumo de tabaco no local de trabalho diminuiu significativamente, assim como aexposição ao amianto. No entanto, regra geral, a situação da exposição a produtos químicos nãose alterou muito nos anos 90.

A difusão de informação sobre substitutos dos agentes químicos perigosos deve ser reforçada ea informação e formação dos trabalhadores intensificada.

Os compostos orgânicos voláteis foram também referidos como uma área com questões em aberto.

Foi dito que é necessário identificar continuamente as profissões com exposições elevadas,através de métodos de vigilância da saúde e de medições da higiene industrial. Como exemplosde novos produtos químicos, temos as enzimas usadas na produção de rações para animais e osacrilatos usados pelos dentistas. São necessárias medidas preventivas eficazes para reduzir aexposição, por exemplo, aos agentes alergénicos e cancerígenos.

É preciso fiscalizar o cumprimento da legislação.

(42) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(43) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(44) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(45) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

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I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : r i t m o a c e l e r a d o d e t r a b a l h oPotenciais efeitos sobre a saúde O ritmo acelerado de trabalho pode provocar enfermidades relacionadas com o stress e acabar

por provocar esgotamentos. Pode igualmente induzir uma elevada margem de erro humano econduzir a acidentes no local de trabalho

Quadro europeu (46) 54% dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos a actividades de ritmoacelerado de trabalho

Categorias dos sectores de maior 55 Alojamento e restauração (4)risco, segundo os relatórios 64 Correios e telecomunicações (3)nacionais, usando o código 60 Transportes terrestres; transportes por oleodutos e gasodutos (3)

NACE (47) 45 Construção (3)(os números entre parênteses 65 Mediadores financeiros, excepto seguros e fundos de pensões (3)

representam o número de respostas 18 Confecção de vestuário; fabricação de curtumes e tingimento de peles (3)dos Pontos Focais) 15 Indústrias alimentares e de bebidas (3)

34 Fabrico de veículos motorizados, reboques e semi-reboques (3)30 Fabrico de máquinas de escritório, contabilidade e informática (3)22 Publicação, impressão e reprodução de gravações (3)

Categorias das profissões de 12 Directores de empresas (5)maior risco, segundo os 42 Empregados de recepção, caixas, bilheteiros e similares (5)

relatórios nacionais, usando o 83 Condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados (4)código CITP (48) 72 Trabalhadores de metalurgia, maquinaria e indústrias conexas (4)

(os números entre parêntesesrepresentam o número de respostas

dos Pontos Focais)

Outras categorias de risco Não é possível apresentar uma descrição comum

Tendências Relativamente à tendência da exposição ao ritmo acelerado de trabalho nos últimos 3 a 5 anos,oito Pontos Focais notificaram uma tendência para um aumento. Nenhum Ponto Focal notificouuma tendência para a diminuição e apenas um identificou uma tendência para a estabilidade.Seis Pontos Focais não conseguiram identificar nenhuma tendência específica

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Itália e Países Baixosa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (49) Trabalhadores de montagem, operários metalúrgicos não qualificados e actividades de trabalhomanual intensivo (abate de animais e pesca) estão frequentemente expostos a trabalhorepetitivo e monótono realizado em ritmo acelerado. Por consequência, como relatam osestudos nacionais, existe a necessidade de um programa que reduza o risco de doençasprovocadas por essas actividades.

Considerou-se que é necessário estudar melhor o modo como surge a pressão no trabalho, parase poderem implementar medidas eficazes de prevenção.

Outras informações pertinentes Há variadas situações no ambiente de trabalho que podem exigir ritmo acelerado de trabalho,não só devido à natureza da actividade (carregar e descarregar materiais num período de tempomuito curto) mas também devido à pressão temporal exigida pelos prazos de entrega daprodução (gestão «em cima da hora»). O ritmo acelerado de trabalho está muitas vezesrelacionado com trabalho repetitivo e monótono pago à peça.

Vários relatórios nacionais observaram que a pressão do tempo e as suas consequências nãodevem ser vistas como um problema individual com soluções individuais, mas como umresultado da organização do trabalho. A falta de pessoal, o aumento das exigências de eficácia,a produtividade e a flexibilidade devem ser avaliados como os principais contributos para o cadavez maior crescimento do grau de risco.

(46) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(47) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(48) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(49) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

50

S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : r i t m o d e t r a b a l h o i m p o s t o p o r e x i g ê n c i a s s o c i a i sPotenciais efeitos sobre a saúde O ritmo de trabalho imposto por exigências sociais pode provocar doenças relacionadas com o stress

Quadro europeu (50) 67% dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos a ritmo de trabalho imposto porexigências sociais

Categorias dos sectores de 55 Alojamento e restauração (6)maior risco, segundo os 85 Saúde e assistência social (5)

relatórios nacionais, usando o 52 Comércio a retalho, excepto de veículos motorizados e motociclos; reparação de artigos código NACE (51) pessoais e domésticos (4)

(os números entre parênteses 75 Administração pública e defesa; segurança social obrigatória (3)representam o número de respostas 93 Actividades de outros serviços (3)

dos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 42 Empregados de recepção, caixas, bilheteiros e similares (5)maior risco, segundo os 51 Pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção e segurança (4)

relatórios nacionais, usando o 32 Profissionais de nível intermédio das ciências da vida e da saúde (4)código CITP (52) 22 Especialistas das ciências da vida e profissionais da saúde (4)

(os números entre parênteses 52 Manequins, vendedores e demonstradores (3)representam o número de respostas

dos Pontos Focais)

Outras categorias de risco Não é possível apresentar uma descrição comum

Tendências Não é possível retirar conclusões sobre a tendência durante os últimos 3 a 5 anos. Três PontosFocais notificaram uma tendência para a estabilidade e três uma tendência para o aumento daexposição. Regra geral, devido à falta de informações nacionais disponíveis, nove Pontos Focaisnão conseguiram identificar nenhuma tendência específica

Pontos Focais que identificaram Dinamarca, Espanha e Suéciaa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (53) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes De acordo com os comentários registados em vários relatórios nacionais, há algumas medidasque podiam ser adoptadas e desenvolvidas para reduzir o risco de ritmo de trabalho imposto porexigências sociais. Entre essas medidas incluem-se:• melhor planificação e organização do trabalho;• implementação de melhor organização do trabalho, incluindo rotatividade de

funções/tarefas, criação de intervalos regulares; e• prestação de formação e respectivas informações.

(50) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(51) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(52) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(53) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

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I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : r i t m o d e t r a b a l h o i m p o s t o p e l a s m á q u i n a sPotenciais efeitos sobre a saúde O ritmo de trabalho imposto pelas máquinas pode levar a doenças relacionadas com o stress,

possível saturação e lesões associadas à falta de concentração

Quadro europeu (54) 22% dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos a ritmo de trabalho impostopelas máquinas

Categorias dos sectores de 17 Fabricação têxtil (6)maior risco, segundo os 15 Indústrias alimentares e de bebidas (4)

relatórios nacionais, usando o 28 Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento (3)código NACE (55) 27 Indústrias metalúrgicas de base (3)

(os números entre parênteses 25 Fabrico de produtos de borracha e de plástico (3)representam o número de respostas 18 Confecção de vestuário; fabricação de curtumes e tingimento de peles (3)

dos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 82 Operadores de máquinas e pessoal de montagem (7)maior risco, segundo os 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, da

relatórios nacionais, usando o indústria transformadora e dos transportes (6)código CITP (56) 83 Condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados (5)

(os números entre parênteses 81 Operadores de instalações fixas e similares (4)representam o número de respostas

dos Pontos Focais)

Outras categorias de risco Não é possível apresentar uma descrição comum

Tendências Relativamente à tendência de exposição a ritmo de trabalho imposto pelas máquinas nosúltimos 3 a 5 anos, quatro Pontos Focais notificaram uma tendência para aumento da exposição,um notificou uma tendência para a estabilidade e dois uma tendência para a diminuição. Umtotal de oito Pontos Focais não conseguiram identificar nenhuma tendência específica

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Dinamarca, Espanha e Itáliaa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (57) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes Há muitas tarefas de trabalho caracterizadas por actividades repetitivas e monótonas, que seregem pela relação entre as máquinas/exigências de produção e o trabalhador. Essas relaçõesverificam-se, tipicamente, no trabalho não qualificado, tal como acontece com os operáriosmetalúrgicos, montadores/embaladores e trabalhadores da indústria alimentar.De acordo com os comentários registados em vários relatórios nacionais, há algumas medidasque podem ser adoptadas e desenvolvidas para reduzir o risco de exposição ao ritmo de trabalhoimposto pelas máquinas. Entre essas medidas incluem-se:• melhoria das medidas técnicas e organizacionais;• inspecções regulares ao local de trabalho;• implementação de intervalos regulares;• rotatividade regular de tarefas/funções; e• prestação de informação e formação.

(54) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(55) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(56) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(57) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : v i o l ê n c i a f í s i c aPotenciais efeitos sobre a saúde A violência física pode provocar uma grande variedade de lesões físicas, desde as mais

superficiais até lesões mortais. A ansiedade resultante de uma ameaça de violência oudirectamente de um acto de violência pode provocar doenças relacionadas com o stress

Quadro europeu (58) 4% dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos a violência física no trabalho

Categorias dos sectores de maior 85 Saúde e assistência social (11)risco, segundo os relatórios 75 Administração pública e defesa; segurança social obrigatória (7)nacionais, usando o código 60 Transportes terrestres; transportes por oleodutos e gasodutos (6)

NACE (59) 55 Alojamento e restauração (6)(os números entre parênteses 52 Comércio a retalho, excepto de veículos motorizados e motociclos; reparação de artigos

representam o número de respostas pessoais e domésticos (5)dos Pontos Focais) 93 Actividades de outros serviços (4)

Categorias das profissões de 51 Pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção e segurança (7)maior risco, segundo os 32 Trabalhadores de nível intermédio das ciências da vida e da saúde (7)

relatórios nacionais, usando o 91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (6)código CITP (60) 22 Especialistas das ciências da vida e profissionais da saúde (5)

(os números entre parênteses 42 Empregados de recepção, caixas, bilheteiros e similares (5)representam o número de respostas 52 Manequins, vendedores e demonstradores (4)

dos Pontos Focais)

Outras categorias de risco Sexo: Vários relatórios nacionais consideraram que as mulheres estão mais expostas, não só àviolência física, mas também a ameaças de violência no local de trabalho

Tendências Embora com um número limitado de respostas, dois Pontos Focais identificaram uma tendênciapara a estabilidade, um Ponto Focal indicou uma tendência decrescente e quatro notificaram umacréscimo da violência física. Oito Pontos Focais não conseguiram identificar nenhumatendência específica

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Irlanda, Países Baixos e Suéciaa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (61) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes Os sectores e profissões mais expostos ao risco de violência física no local de trabalho parecemser aqueles em que há uma relação directa com o público. Contam-se entre estes os bancos, ostransportes públicos, os cuidados de saúde e a acção social.

As pessoas que trabalham em enfermarias psiquiátricas, administrações sociais locais,transportes públicos (incluindo o transporte aéreo), centros comerciais, estações de serviço,restaurantes, quiosques, discotecas e primeiros socorros são vulneráveis à violência física nodecurso do seu trabalho.

A violência está a crescer em muitos locais de trabalho e profissões, que não se encontram bempreparadas para situações de violência. É importante fornecer informações fiáveis sobre averdadeira dimensão da violência no local de trabalho e desenvolver estratégias de prevençãoda violência para as indústrias de alto risco, bem como realizar estudos de avaliação quedeterminem a eficácia dessas estratégias. É indispensável a colaboração entre váriasorganizações. Os locais de trabalho devem ser apoiados com instrumentos práticos, que possamser usados para desenvolver e melhorar o programa de prevenção da violência.

Em alguns acordos colectivos de trabalho, organizações de empregadores e empregadoschegaram a acordo sobre as modalidades de prevenção da violência no trabalho. No entanto, éescassa a informações sobre a implementação e o êxito de tais medidas.

Acredita-se que há um certo grau de subnotificação dos incidentes no trabalho, sobretudo quandose trata apenas de uma ameaça. Nos últimos anos, a violência no trabalho tem sido alvo de váriosdebates públicos e nos meios de comunicação social, o que tem chamado a atenção para este riscoemergente. A impressão pública geral é a de que existe um acréscimo deste tipo de incidentes.

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S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

(58) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(59) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(60) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(61) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : i n t i m i d a ç ã o e v i t i m i z a ç ã oPotenciais efeitos sobre a saúde A intimidação e vitimização origina doenças relacionadas com o stress

Quadro europeu (62) 8% dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos a intimidação e vitimização nolocal de trabalho

Categorias dos sectores de maior 85 Saúde e assistência social (5)risco, segundo os relatórios 55 Alojamento e restauração (3)nacionais, usando o código 80 Educação (3)

NACE (63) 75 Administração pública e defesa; segurança social obrigatória (2)(os números entre parênteses 65 Mediação financeira, excepto seguros e fundos de pensões (2)

representam o número de respostas 24 Fabrico de produtos e substâncias químicas (2)dos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (5)maior risco, segundo os 51 Pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção e segurança (7)

relatórios nacionais, usando o 42 Empregados de recepção, caixas, bilheteiros e similares (5)código CITP (64) 93 Actividades de outros serviços (4)

(os números entre parênteses 74 Trabalhadores de outros officios e profissões similares (5)representam o número de respostas 52 Manequins, vendedores e demonstradores (4)

dos Pontos Focais) 23 Professores (6)22 Especialistas das ciências da vida e profissionais da saúde (5)

Outras categorias de risco Não é possível apresentar uma descrição comum

Tendências Embora com um número limitado de respostas, nenhum Ponto Focal indicou uma tendênciapara a estabilidade no que respeita à intimidação e vitimização, enquanto um Ponto Focal referiuuma tendência decrescente e seis um acréscimo da exposição à intimidação e vitimização. OitoPontos Focais não conseguiram identificar nenhuma tendência específica

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Irlanda, Países Baixos e Suéciaa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (65) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes Num dos relatórios, a intimidação e vitimização foi considerada como um fenómeno emcrescimento, especialmente nas escolas, com os alunos mais novos. Foi referido que o pessoaldocente está sujeito a todo o tipo de intimidações e até mesmo de violência, em alguns casos.

Vários relatórios nacionais comentam a falta de informações disponíveis sobre este potencialfactor de risco, particularmente sobre o modo de formar, preparar e enfrentar as consequências,quando ocorrem situações deste tipo.

Também vários relatórios nacionais apresentaram algumas medidas que podem ser adoptadas edesenvolvidas para reduzir o risco de intimidação e vitimização no local de trabalho; algumasdessas medidas incluem:• prestação de formação e preparação de métodos próprios para enfrentar

consequências;• necessidade de educar os profissionais da saúde ocupacional, os inspectores do

trabalho, os parceiros sociais e também o pessoal que trabalha no local sobre o modo deidentificar a intimidação no ambiente de trabalho e as suas vítimas;

• necessidade de desenvolver conhecimentos sobre a relação entre os factoresinerentes ao ambiente de trabalho e a procura de bodes expiatórios;

• planificação e concepção de relações sociais no local de trabalho;• maior protecção por parte das autoridades e mais acções de vigilância; e• fornecimento de informações e formação aos trabalhadores.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

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(62) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(63) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(64) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(65) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : a s s é d i o s e x u a lPotenciais efeitos sobre a saúde O assédio sexual é outro potencial factor causador de doenças relacionadas com o stress

Quadro europeu (66) 2% dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos a assédio sexual

Categorias dos sectores de maior 55 Alojamento e restauração (4)risco, segundo os relatórios 85 Saúde e assistência social (4)nacionais, usando o código 52 Comércio a retalho, excepto de veículos motorizados e motociclos; reparação de artigos

NACE (67) pessoais e domésticos (2)(os números entre parênteses 80 Educação (2)

representam o número de respostas 51 Comércio por grosso e à comissão, excepto de veículos motorizados e motociclos (2)dos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 51 Pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção e segurança (6)maior risco, segundo os 52 Manequins, vendedores e demonstradores (3)

relatórios nacionais, usando o 42 Empregados de recepção, caixas, bilheteiros e similares (3)código CITP (68) 41 Empregados de escritório (3)

(os números entre parênteses 91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (2)representam o número de respostas 32 Especialistas das ciências da vida e profissionais da saúde (2)

dos Pontos Focais)

Outras categorias de risco Sexo: No total, oito Pontos Focais identificaram o sexo feminino como correndo maior risco deassédio sexual no local de trabalho

Tendências No que respeita à tendência do risco de assédio sexual no local de trabalho ao longo dos últimos3 a 5 anos, não foram apresentadas conclusões firmes. Quatro Pontos Focais notificaram umatendência para a estabilidade, dois afirmaram que a tendência tinha sido para o aumento e umPonto Focal disse que tinha havido uma diminuição de casos. Oito Pontos Focais nãoconseguiram estabelecer nenhum padrão específico de tendência

Pontos Focais que identificaram Dinamarca e Espanhaa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (69) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes Vários relatórios nacionais apresentaram algumas medidas que poderão ser adoptadas parareduzir o risco de assédio sexual no local de trabalho; entre essas medidas contam-se:• necessidade de formação e informação dos trabalhadores;• necessidade de melhorar a defesa social e incentivar a denúncia; e• actividades de inspecção destinadas a determinar uma política de organização que permita

controlar e (se possível) reduzir o assédio sexual.

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S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

(66) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(67) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(68) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(69) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : t r a b a l h o m o n ó t o n oPotenciais efeitos sobre a saúde O trabalho monótono pode ser uma importante causa de doenças relacionadas com o stress.

Pode também provocar falhas de atenção causadoras de acidentes. Pode igualmente incentivaro indivíduo a correr riscos para quebrar a monotonia

Quadro europeu (70) 45% dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos a trabalho monótono

Categorias dos sectores de maior 19 Fabricação de curtumes; fabrico de artigos de bagagem, malas de mão, selaria, arreios e risco, segundo os relatórios calçado (4)nacionais, usando o código 17 Fabricação têxtil (4)

NACE (71) 15 Indústrias alimentares e de bebidas (4)(os números entre parênteses 28 Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento (3)

representam o número de respostas 16 Produção de produtos do tabaco (3)dos Pontos Focais) 20 Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário; fabrico de artigos de

espartaria e de cestaria (3)

Categorias das profissões de 82 Operadores de máquinas e pessoal de montagem (7)maior risco, segundo os 91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (7)

relatórios nacionais, usando o 42 Empregados de recepção, caixas, bilheteiros e similares (6)código CITP (72) 81 Operadores de instalações fixas e similares (6)

(os números entre parênteses 83 Condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados (4)representam o número de respostas 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, da

dos Pontos Focais) indústria transformadora e dos transportes (4)

Outras categorias de risco Sexo: Regra geral, as mulheres foram frequentemente consideradas como expostas a trabalhomonótono

Tendências No que respeita à tendência do risco de trabalho monótono ao longo dos últimos 3 a 5 anos,não foram apresentadas conclusões firmes. Três Pontos Focais afirmaram que a tendência tinhasido para a estabilidade, dois afirmaram que se tinha verificado um decréscimo e dois disseramque tinha aumentado. Oito dos Pontos Focais não conseguiram estabelecer nenhum padrãoespecífico de tendência

Pontos Focais que identificaram Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia e Suéciaa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (73) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes Vários relatórios nacionais apresentaram algumas medidas que poderão ser adoptadas edesenvolvidas para reduzir o risco de trabalho monótono; entre estas incluem-se:• necessidade de enriquecimento das tarefas e rotatividade de funções no local de

trabalho;• introdução de novos métodos de organização do trabalho, de modo a incluir

participação dos trabalhadores; e• prestação de formação e informação aos trabalhadores.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

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(70) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(71) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(72) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(73) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

I n d i c a d o r d e e x p o s i ç ã o : e q u i p a m e n t o d e p r o t e c ç ã o p e s s o a l ( E P P )Potenciais efeitos sobre a saúde Uma avaliação incorrecta das necessidades em EPP e da sua utilização pode ser um factor

determinante de toda uma série de acidentes e doenças profissionais. Tal dependerá, emprimeiro lugar, dos objectivos que criaram a necessidade de EPP; por exemplo, EPP destinado aproteger os ouvidos pode provocar perda de audição induzida pelo ruído, se não forcorrectamente escolhido ou correctamente usado

Quadro europeu (74) 25% dos trabalhadores entrevistados usavam equipamento de protecção pessoal

Categorias dos sectores de maior 45 Construção (11)risco, segundo os relatórios 28 Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento (5)nacionais, usando o código 24 Fabrico de produtos e substâncias químicas (4)

NACE (75) 01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados (4)(os números entre parênteses 27 Indústrias metalúrgicas de base (4)

representam o número de respostasdos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 71 Operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias extractivas e damaior risco, segundo os construção civil (7)

relatórios nacionais, usando o 72 Trabalhadores de metalurgia, maquinaria e indústrias afins (5)código CITP (76) 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, da

(os números entre parênteses indústria transformadora e dos transportes (4)representam o número de respostas 61 Trabalhadores qualificados da agricultura e pescas (3)

dos Pontos Focais) 82 Operadores de máquinas e pessoal de montagem (3)81 Operadores de instalações fixas e similares (3)

Outras categorias de risco Não é possível apresentar uma descrição comum

Tendências No que respeita à tendência do uso de EPP no local de trabalho nos últimos 3 a 5 anos, cincoPontos Focais referiram uma tendência para a estabilidade, um deles notificou uma diminuiçãoe dois notificaram um acréscimo. Sete Pontos Focais não conseguiram estabelecer nenhumpadrão específico de tendência

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Espanha, Finlândia, Itália, Luxemburgo, Portugala necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (77) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes A utilização de EPP deve ser a última forma de protecção, depois de esgotadas as medidasorganizacionais e técnicas. Vários relatórios nacionais comentaram que o fornecimento deequipamento de protecção pessoal está no fundo da hierarquia das medidas de segurança eprotecção usadas para reduzir os riscos no local de trabalho. Tais sistemas hierárquicosconseguem normalmente reduzir os riscos através de: eliminação, substituição, separação eprotecção. Isto significa que, só depois de implementadas todas as medidas organizacionais etécnicas se deve considerar a possibilidade de fornecer equipamento de protecção pessoal.

Vários relatórios nacionais referiram a necessidade de formação contínua e prestação deinformação aos trabalhadores sobre o uso de equipamento de protecção pessoal. Os PontosFocais consideraram que este é um problema especial para os trabalhadores temporários, vistoque diferentes organizações têm políticas diferentes relativamente ao uso e obrigatoriedade douso de EPP. Além disso, foi efectuada a observação de que os trabalhadores mais jovens nãogostam de usar EPP.

Num dos relatórios, a percentagem de trabalhadores dos sectores da agricultura e da construçãocivil que declararam ter perdido ou não usar regularmente o seu EPP foi mais alta do que amedia. Além disso, o uso de EPP múltiplo pode estar a causar problemas. No sector da saúde eassistência social, as luvas de látex podem causar problemas de saúde ao utilizador.

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S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

(74) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(75) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(76) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(77) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

R e s u l t a d o S S T: a c i d e n t e s q u e o c a s i o n e m i n c a p a c i d a d e p a r a o t r a b a l h o s u p e r i o r a t r ê s d i a sQuadro europeu (78) Em 1996 foram notificados, no total, 4 757 611 acidentes ocasionando incapacidade para o

trabalho superior a três dias.

No biénio de 1994 a 1996, o risco de acidentes ocasionando incapacidade para o trabalhosuperior a três dias baixou 3,3% na UE.

Sectores: na indústria registaram-se 1 357 022 acidentes e na construção civil registaram-se 831 000

Dimensão da empresa: a maioria dos acidentes ocorreu em empresas com menos de 49trabalhadores

Sexo: 3 668 266 homens e 920 000 mulheres sofreram acidentes que ocasionaramincapacidade para o trabalho superior a três dias

Idade: A taxa de incidência de acidentes de trabalho foi mais elevada na faixa etária dos 18 aos 24 anos

Duração da ausência ao trabalho: de todos os acidentes registados, 47% provocaram menos deduas semanas de ausência e 48% provocaram entre duas semanas a menos de três meses deausência ao trabalho

Categorias dos sectores de maior 45 Construção civil (11)risco, segundo os relatórios 28 Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento (8)nacionais, usando o código 20 Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário; fabrico de artigos de

NACE (79) espartaria e de cestaria (6)(os números entre parênteses 15 Indústrias alimentares e de bebidas (5)

representam o número de respostas 01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados (4)dos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 82 Operadores de máquinas e pessoal de montagem (9)maior risco, segundo os 72 Trabalhadores de metalurgia, maquinaria e indústrias afins (8)

relatórios nacionais, usando o 71 Operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias extractivas e da construção civil (6)código CITP (80) 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, da

(os números entre parênteses indústria transformadora e dos transportes (6)representam o número de respostas 81 Operadores de instalações fixas e similares (4)

dos Pontos Focais)

Outras categorias de risco Dimensão da empresa: as empresas com menos de quarenta e nove empregados foramconsideradas como estando em risco, embora isso não se verificasse em todos os sectores

Sexo: treze Pontos Focais referiram que o sexo masculino está mais em risco de acidentes queocasionem incapacidade para o trabalho superior a três dias

Idade: seis Pontos Focais identificaram a categoria de idade «menos de 25 anos» como a demaior risco de acidentes de trabalho ocasionando incapacidade superior a três dias

Estatuto laboral: foi afirmado que a externalização do trabalho aumenta o risco de acidentes, porduas razões. Em primeiro lugar, os subcontratantes nem sempre estão sob a supervisão directa dosseus empregadores. Em segundo lugar, os subcontratantes muitas vezes recebem vários contratosao mesmo tempo. Estes empregos são frequentemente de curta duração, permitindo ao indivíduopouco tempo para se familiarizar com o ambiente de trabalho. Tal desconhecimento podeaumentar as probabilidades de erro e aumentar igualmente o nível de stress mental

Tendências Nove Pontos Focais notificaram uma tendência decrescente em relação aos acidentes detrabalho ocasionando incapacidade igual ou superior a três dias

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugala necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (81) A prevenção de acidentes de trabalho foi uma das principais preocupações para alguns Estados--Membros

Outras informações pertinentes Os deslizes, os tropeções e as quedas foram identificadas nos relatórios nacionais como asprincipais causas de acidentes ocasionando incapacidade para o trabalho igual ou superior a trêsdias. A lista completa das causas de acidentes que foram identificadas é apresentada abaixo.

Alguns Pontos Focais referiram o problema generalizado de reconhecer que a notificação deacidentes de trabalho está sujeita a um certo grau de subnotificação. Todavia, normalmente, sãoos acidentes de consequências menos graves que tendem a não ser notificados.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

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(78) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(79) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(80) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(81) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

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S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

L i s t a c o m p l e t a d a s c a u s a s d e a c i d e n t e s q u e o c a s i o n a mi n c a p a c i d a d e p a r a o t r a b a l h o s u p e r i o r a t r ê s d i a s

Causas dos acidentes Número de respostas

• Deslizes, tropeções e quedas 7

• Manipulação manual 5

• Atingido por objectos em movimento 5

• Objectos e artigos sólidos 4

• Ferramentas 4

• Transporte dentro da empresa 4

• Atingido por objectos em queda 4

• Ambiente e estrutura do trabalho 3

• Maquinaria 3

R e s u l t a d o S S T: a c i d e n t e s d e t r a b a l h o m o r t a i sQuadro europeu (82) Em 1996, registaram-se 5 549 acidentes de trabalho mortais.

No biénio de 1994 a 1996, o risco de acidentes mortais no local de trabalho baixou mais de 13%na UE.

Sectores: na construção civil registaram-se 1 349 acidentes mortais e na indústria 1 128

Dimensão da empresa: a maioria dos acidentes de trabalho mortais ocorreu em empresas commenos de 49 trabalhadores

Sexo: 5 124 homens e 315 mulheres sofreram acidentes mortais

Idade: A incidência de acidentes de trabalho mortais na UE revelou uma tendência decrescimento com a idade.

Mais de 50% dos acidentes mortais foram provocados por meios de transporte.

Categorias dos sectores de maior 45 Construção civil (11)risco, segundo os relatórios 01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados (5)nacionais, usando o código 60 Transportes terrestres; transporte por oleodutos e gasodutos (5)

NACE (83) 05 Aquacultura e pesca; actividades dos serviços relacionados com a pesca (5)(os números entre parênteses 14 Outras actividades em minas e pedreiras (4)

representam o número de respostas 28 Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento (3)dos Pontos Focais) 02 Silvicultura, abate de árvores e actividades dos serviços relacionados (3)

Categorias das profissões de 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, da maior risco, segundo os indústria transformadora e dos transportes (6)

relatórios nacionais, usando o 83 Condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados (6)código CITP (84) 71 Operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias extractivas e da construção civil (6)

(os números entre parênteses 92 Trabalhadores não qualificados da agricultura e pescas e similares (4)representam o número de respostas 72 Trabalhadores de metalurgia, maquinaria e indústrias afins (4)

dos Pontos Focais)

Outras categorias de risco Sexo: Doze Pontos Focais identificaram os homens como correndo maior risco de acidentes detrabalho mortais

Tendências Um total de seis Pontos Focais referiu uma tendência para a estabilidade relativamente aosacidentes de trabalho mortais, enquanto sete Pontos Focais referiram uma diminuição e os doisrestantes um aumento

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália, Portugala necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (85) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes A queda de pontos altos foi durante algum tempo um dos principais riscos profissionais emdeterminados sectores e profissões, conforme se indica no quadro infra. Esta causa específicade acidentes de trabalho mortais teve o mesmo número de respostas dos Pontos Focais que osacidentes provocados por veículos

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

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(82) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(83) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(84) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(85) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

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L i s t a c o m p l e t a d a s c a u s a s d e a c i d e n t e s d e t r a b a l h o m o r t a i s

Causas dos acidentes de trabalho mortais Número de respostas

• Acidentes com veículos 5

• Quedas/saltos de andaimes 5

• Queda/quebra de objectos 4

• Deslizes, tropeções e quedas 3

• Vias de tráfego 3

• Máquinas perigosas 2

• Ficar enredado/preso 2

• Electrocussão 2

R e s u l t a d o S S T: d o e n ç a s p r o f i s s i o n a i sQuadro europeu Sem dados europeus

Categorias dos sectores de maior 45 Construção civil (11)risco, segundo os relatórios 85 Saúde e assistência social (5)nacionais, usando o código 28 Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento (5)

NACE (86) 27 Indústrias metalúrgicas de base (5)(os números entre parênteses 15 Indústrias alimentares e de bebidas (5)

representam o número de respostas 01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados (5)dos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 72 Trabalhadores de metalurgia, maquinaria e indústrias afins (7)maior risco, segundo os 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, da )

relatórios nacionais, usando o indústria transformadora e dos transportes (7código CITP (87) 82 Operadores de máquinas e pessoal de montagem (6)

(os números entre parênteses 71 Operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias extractivas e da construção representam o número de respostas civil (5)

dos Pontos Focais) 83 Condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados (3)51 Pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção e segurança (2)74 Trabalhadores de outros ofícios e actividades relacionadas (2)

Outras categorias de risco Dimensão da empresa: As empresas pequenas foram consideradas como estando em maiorrisco por disporem de menos recursos para a monitorização e implementação de medidas decontrolo adequadas para combater as doenças profissionais

Sexo: Nove Pontos Focais identificaram os homens como correndo maior risco de contraíremdoenças profissionais

Idade: Embora com um número limitado de respostas, cinco Pontos Focais identificaram acategoria de idade acima dos 55 anos como estando em maior risco de doenças profissionais

Tendências No que respeita à tendência revelada pelo número de trabalhadores que sofrem de doençasprofissionais, dois Pontos Focais referiram uma tendência para a estabilidade, sete referiram umadiminuição e três Pontos Focais comunicaram um aumento dos casos. Apenas dois Pontos Focaisnão conseguiram identificar nenhuma tendência específica

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália, Portugala necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (88) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes Vários relatórios nacionais indicaram algumas medidas que podem ser adoptadas edesenvolvidas para reduzir o risco de doenças profissionais no local de trabalho; entre estasincluem-se:• prestação de informação e formação sobre doenças profissionais aos trabalhadores da saúde;• necessidade de implementar protocolos específicos com entidades sanitárias;• importância de reforçar a informação sobre produtos emergentes que representem riscos,

nomeadamente de natureza toxicológica;• pedido de inclusão de mais doenças profissionais nos registos nacionais; e• fornecer ao sector dos serviços de saúde orientações para diagnóstico e tratamento de alguns

problemas de saúde relacionados com o trabalho, assim como informação sobre prevenção,manutenção do emprego e regresso ao trabalho.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

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(86) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(87) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(88) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

R e s u l t a d o S S T: p e r t u r b a ç õ e s m ú s c u l o - e s q u e l é t i c a sPotenciais efeitos sobre a saúde As perturbações músculo-esqueléticas podem provocar lesões nos sistemas muscular e

esquelético do indivíduo. Há perturbações músculo-esqueléticas importantes que afectam,frequentemente, a região lombar e as mãos (tenossinovite)

Quadro europeu (89) 30% dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos a perturbações músculo--esqueléticas

Categorias dos sectores de maior 45 Construção civil (7)risco, segundo os relatórios 01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados (6)nacionais, usando o código 55 Alojamento e restauração (4)

NACE (90) 85 Saúde e assistência social (3)(os números entre parênteses 28 Fabrico de artigos metálicos, excepto máquinas e equipamento (3)

representam o número de respostas 27 Indústrias metalúrgicas de base (3)dos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, da maior risco, segundo os relatórios indústria transformadora e dos transportes (9)

nacionais, usando o código 71 Operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias extractivas e da construção civil (6)CITP (91) 91 Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (5)

(os números entre parênteses 72 Trabalhadores de metalurgia, maquinaria e indústrias afins (5)representam o número de respostas 92 Trabalhadores não qualificados da agricultura e pescas (4)

dos Pontos Focais) 61 Trabalhadores qualificados da agricultura e pescas (4)

Outras categorias de risco Não é possível apresentar uma descrição comum

Tendências Seis Pontos Focais referiram uma tendência para a estabilidade relativamente à exposição aperturbações músculo-esqueléticas, enquanto cinco indicaram um aumento do risco e um outroreferiu uma diminuição. Apenas três Pontos Focais se revelaram incapazes de identificar umatendência específica

Pontos Focais que identificaram Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Luxemburgo, Portugal e Suéciaa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (92) Dois Pontos Focais referiram a falta de informações a nível nacional e a necessidade de realizarinquéritos para a recolha dos dados necessários

Outras informações pertinentes As perturbações músculo-esqueléticas são uma fonte importante de doenças profissionais quese contraem no local de trabalho.

A exposição ocupacional a perturbações músculo-esqueléticas é uma fonte potencial dedoenças. No entanto, os actuais estilos de vida, incluindo as actividades para uma vida saudável,como as actividades recreativas e desportivas, podem igualmente ser um importante factorcausal, contribuindo assim para a dificuldade em determinar quais as doenças que sãounicamente atribuíveis às condições existentes no local de trabalho. O trabalho repetitivo emonótono, combinado com condições de trabalho como o fraco controlo que o indivíduo temsobre a sua actividade e o ritmo acelerado do trabalho, podem também provocar um aumentodo risco de perturbações músculo-esqueléticas.

Espera-se que no futuro se desenvolvam mais e melhores equipamentos mecânicos de elevação.

A prevalência das perturbações músculo-esqueléticas entre a população de trabalhadores emidade activa e mais jovem não reflecte o mesmo impacto de sintomas relacionados com otrabalho que se verifica no grupo mais idoso.

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S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

(89) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(90) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(91) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(92) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

R e s u l t a d o s d e S S T: s t r e s sPotenciais efeitos sobre a saúde O stress excessivo causa fadiga, ansiedade, ataques de pânico com suores frios e tremores. Pode

também causar dificuldade em descansar, falta de concentração, falta de apetite e distúrbios dosono. Algumas pessoas ficam deprimidas ou tornam-se agressivas. O stress aumenta asusceptibilidade a úlceras, distúrbios mentais, doenças cardíacas e alguns problemas de pele

Quadro europeu (93) 28% dos trabalhadores entrevistados encontravam-se expostos a stress

Categorias dos sectores de maior 85 Saúde e assistência social (7)risco, segundo os relatórios 80 Educação (7)nacionais, usando o código 60 Transportes terrestres; transporte por oleodutos e gasodutos (5)

NACE (94) 75 Administração pública e defesa; segurança social obrigatória (4)(os números entre parênteses 01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados (4)

representam o número de respostasdos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 22 Profissionais de nível intermédio das ciências da vida e da saúde (7)maior risco, segundo os 23 Professores (6)

relatórios nacionais, usando o 12 Directores de empresas (5)código CITP (95) 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, da

(os números entre parênteses indústria transformadora e dos transportes (4)representam o número de respostas 13 Gestores de pequenas empresas (4)

dos Pontos Focais)

Outras categorias de risco Não é possível apresentar uma descrição comum

Tendências Um total de nove Pontos Focais afirmaram que a exposição ao stress no local de trabalhodurante os últimos 3-5 anos tinha aumentado. Um Ponto Focal disse que se tinha verificado umatendência para a estabilidade na exposição ao stress. Cinco Pontos Focais não conseguiramidentificar nenhuma tendência específica

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Grécia, Irlanda, Itália, Portugal, Reino Unido e Suéciaa necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (96) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes O stress no trabalho é geralmente considerado como um fenómeno próprio do trabalhointelectual. No entanto, podem encontrar-se causas de stress em tipos de trabalho meramentefísico, determinadas por condições ambientais como o ruído, vapores tóxicos, calor ou mesmoposturas de trabalho penosas. Há muito que se sabe que o trabalho por turnos éparticularmente vulnerável ao stress. A insegurança no trabalho pode igualmente causarproblemas de stress.

Vários relatórios nacionais apontavam para algumas medidas que podem ser adoptadas edesenvolvidas para reduzir o risco de stress no trabalho; entre essas medidas incluem-se:• implementação de métodos de organização do trabalho,• promoção da participação dos trabalhadores,• introdução da rotatividade de funções; intervalos regulares para descanso; e• prestação de formação e informação aos trabalhadores sobre técnicas de relaxamento

destinadas a reduzir o risco de stress.

A g ê n c i a E u r o p e i a p a r a a S e g u r a n ç a e a S a ú d e n o T r a b a l h o

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(93) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(94) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(95) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(96) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

R e s u l t a d o S S T: a b s e n t i s m o d e v i d o a d o e n ç a s p r o f i s s i o n a i sQuadro europeu (97) Aproximadamente 23% dos entrevistados declararam ter faltado ao trabalho durante vários dias

Categorias dos sectores de maior 85 Saúde e assistência social (4)risco, segundo os relatórios 75 Administração pública e defesa; segurança social obrigatória (4)nacionais, usando o código 80 Educação (3)

NACE (98) 64 Correios e telecomunicações (3)(os números entre parênteses 60 Transportes terrestres; transporte por oleodutos e gasodutos (3)

representam o número de respostasdos Pontos Focais)

Categorias das profissões de 93 Trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e das obras públicas, da maior risco, segundo os indústria transformadora e dos transportes (3)

relatórios nacionais, usando o 92 Trabalhadores não qualificados da agricultura e pescas e profissões similares (2)código CITP (99) 83 Condutores de veículos e embarcações e operadores de equipamentos pesados (2)

(os números entre parênteses 73 Mecânicos de precisão, artesãos, trabalhadores das artes gráficas e trabalhadores similares (2)representam o número de respostas 71 Operários, artífices e trabalhadores similares das indústrias extractivas e da construção civil (2)

dos Pontos Focais) 51 Pessoal dos serviços directos e particulares, de protecção e segurança (2)23 Professores (2)22 Trabalhadores de nível intermédio das ciências da vida e da saúde (2)

Outras categorias de risco Não é possível apresentar uma descrição comum

Tendências Embora com um número limitado de respostas, dois Pontos Focais declararam existir umatendência para a estabilidade no que diz respeito ao absentismo devido a doenças profissionais.Outros dois Pontos Focais referiram uma tendência para a diminuição e três afirmaram ter-severificado um aumento da exposição. Os restantes oito Pontos Focais não conseguiramidentificar nenhuma tendência específica

Pontos Focais que identificaram Bélgica, Espanha, Irlanda, Luxemburgo e Portugala necessidade de acções

preventivas adicionais

Descrição da acção indicada (100) Não é possível apresentar uma descrição comum

Outras informações pertinentes O absentismo é um fenómeno complexo e multicondicional. Entre os vários factores que podemafectar o absentismo incluem-se a mudança de tarefas, as condições de trabalho físicas, factoresrelacionados com a direcção da empresa, a remuneração, a flexibilidade, os prazos, as medidas decontrolo e as variações demográficas e individuais, tais como os termos e condições de emprego.

Vários relatórios nacionais apontavam para algumas medidas que podem ser adoptadas edesenvolvidas para reduzir o risco de absentismo ao trabalho e que são as seguintes:• novos estudos sobre as características sociais;• exigência de formação e informação dos trabalhadores da saúde sobre o absentismo devido

a doença profissional;• organização da participação dos trabalhadores;• organização do controlo do trabalho;• implementação de planos de prevenção usando protocolos médicos específicos;• informação mais completa sobre riscos emergentes, especialmente sobre novos produtos

tóxicos; e• inclusão de novas doenças profissionais nos registos nacionais.

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S i t u a ç ã o d a S e g u r a n ç a e d a S a ú d e n o T r a b a l h o n a U n i ã o E u r o p e i a : u m e s t u d o - p i l o t o

(97) Dados do segundo inquérito da Fundação Europeia de Inquéritos de Dublim, 1996.(98) Os sectores mais frequentemente identificados pelos Pontos Focais como de maior risco.(99) As profissões mais frequentemente identificadas pelos Pontos Focais como de maior risco.(100) A descrição de outras acções é efectuada nos capítulos que tratam especificamente da exposição ou resultado SST.

Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho

Situação da Segurança e da Saúde no Trabalho na União Europeia: um estudo-piloto — Projecto de relatório sucinto

Luxembourg: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias

2000 — 64 p. — 21 x 29,7 cm

ISBN 92-95007-10-7

BELGIQUE/BELGIË

Jean De LannoyAvenue du Roi 202/Koningslaan 202B-1190 Bruxelles/BrusselTél. (32-2) 538 43 08Fax (32-2) 538 08 41E-mail: [email protected]: http://www.jean-de-lannoy.be

La librairie européenne/De Europese BoekhandelRue de la Loi 244/Wetstraat 244B-1040 Bruxelles/BrusselTél. (32-2) 295 26 39Fax (32-2) 735 08 60E-mail: [email protected]: http://www.libeurop.be

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DANMARK

J. H. Schultz Information A/SHerstedvang 12DK-2620 AlbertslundTlf. (45) 43 63 23 00Fax (45) 43 63 19 69E-mail: [email protected]: http://www.schultz.dk

DEUTSCHLAND

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ELLADA/GREECE

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LUXEMBOURG

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ÖSTERREICH

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Euro Info Center Schweizc/o OSECStampfenbachstraße 85PF 492CH-8035 ZürichTel. (41-1) 365 53 15Fax (41-1) 365 54 11E-mail: [email protected]: http://www.osec.ch/eics

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Europress Euromedia Ltd59, blvd VitoshaBG-1000 SofiaTel. (359-2) 980 37 66Fax (359-2) 980 42 30E-mail: [email protected]

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ÚSISodd. PublikaciHavelkova 22CZ-130 00 Praha 3Tel. (420-2) 24 23 14 86Fax (420-2) 24 23 11 14E-mail: [email protected]: http://www.usiscr.cz

CYPRUS

Cyprus Chamber of Commerceand IndustryPO Box 21455CY-1509 NicosiaTel. (357-2) 88 97 52Fax (357-2) 66 10 44E-mail: [email protected]

EESTI

Eesti Kaubandus-Tööstuskoda(Estonian Chamber of Commerce and Industry)Toom-Kooli 17EE-0001 TallinnTel. (372) 646 02 44Fax (372) 646 02 45E-mail: [email protected]: http://www.koda.ee

HRVATSKA

Mediatrade LtdPavla Hatza 1HR-10000 ZagrebTel. (385-1) 481 94 11Fax (385-1) 481 94 11

MAGYARORSZÁG

Euro Info ServiceExpo tér 1Hungexpo Európa KözpontPO Box 44H-1101 BudapestTel. (36-1) 264 82 70Fax (36-1) 264 82 75E-mail: [email protected]: http://www.euroinfo.hu

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Miller Distributors LtdMalta International AirportPO Box 25Luqa LQA 05Tel. (356) 66 44 88Fax (356) 67 67 99E-mail: [email protected]

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Ars PolonaKrakowskie Przedmiescie 7Skr. pocztowa 1001PL-00-950 WarszawaTel. (48-22) 826 12 01Fax (48-22) 826 62 40E-mail: [email protected]

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EuromediaStr.Dr. Marcovici, 9, sector 1RO-70749 BucurestiTel. (40-1) 315 44 03Fax (40-1) 315 44 03E-mail: [email protected]

ROSSIYA

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AUSTRALIA

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Les éditions La Liberté Inc.3020, chemin Sainte-FoyG1X 3V6 Sainte-Foy, QuébecTel. (1-418) 658 37 63Fax (1-800) 567 54 49E-mail: [email protected]

Renouf Publishing Co. Ltd5369 Chemin Canotek Road Unit 1K1J 9J3 Ottawa, OntarioTel. (1-613) 745 26 65Fax (1-613) 745 76 60E-mail: [email protected]: http://www.renoufbooks.com

EGYPT

The Middle East Observer41 Sherif StreetCairoTel. (20-2) 392 69 19Fax (20-2) 393 97 32E-mail: [email protected]: http://www.meobserver.com.eg

INDIA

EBIC India3rd Floor, Y. B. Chavan CentreGen. J. Bhosale Marg.400 021 MumbaiTel. (91-22) 282 60 64Fax (91-22) 285 45 64E-mail: [email protected]: http://www.ebicindia.com

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