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MINISTRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONUTICA

SADEICA 160-6

INSTRUES TCNICAS DAS INSPEES DE SADE NA AERONUTICA

2009

MINISTRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONUTICADIRETORIA DE SADE

SADEICA 160-6

INSTRUES TCNICAS DAS INSPEES DE SADE NA AERONUTICA

2009

MINISTRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONUTICA DIRETORIA DE SADE DA AERONUTICA PORTARIA DIRSA N 012/SDTEC, DE 9 DE MARO 2009. Aprova a Reedio da Instruo que trata das Inspees de Sade na Aeronutica. O DIRETOR DE SADE DA AERONUTICA, usando da atribuio que lhe confere a ICA 5-1, aprovada pela Portaria COMGEP n 82/5EM, de 12 de maio de 2004, resolve: Art. 1 Aprovar a reedio da ICA 160-6 Instrues Tcnicas das Inspees de Sade na Aeronutica, que com esta baixa. Art. 2 Fica Revogada a Portaria DIRSA N 44/GABSA, de 18 de outubro 2006, que aprovou a ICA 160-6 Instrues Tcnicas das Inspees de Sade na Aeronutica. Art. 3 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao. Maj Brig Md JOS ELIAS MATIELI Diretor da DIRSA (*) Republicado por haver sado com incorreo no BCA n 026, de 09 de fevereiro de 2009.

MINISTRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONUTICA PORTARIA DIRSA N. 061/SDTEC, DE 11 DE SETEMBRO DE 2009. Aprova a modificao da Instruo que trata das Instrues Tcnicas das Inspees de Sade na Aeronutica. O DIRETOR DE SADE DA AERONUTICA, usando da atribuio que lhe confere a ICA 5-1, aprovada pela portaria COMGEP n 82/5EM, de 12 de maio de 2004, resolve: Art. 1 Aprovar a modificao da ICA 160-6 Instrues Tcnicas das Inspees de Sade na Aeronutica, que com esta baixa. Art. 2 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao. Maj Brig Med JOS ANTONIO MONTEIRO Diretor de Sade

(Publicada no BCA n 175, de 18 de setembro de 2009)

Folha de Modificao ICA 160-6/2009

Sade INSTRUES TCNICAS DAS INSPEES DE SADE NA AERONUTICA A ICA 160-6, aprovada pela Portaria DIRSA N 012/SDTEC, de 09 de maro 2009, assim modificada: 1 SUBSTITUIO DE PGINAS RETIRE Pg 15 2 CORREO PGINA 15 3 ARQUIVO Depois de efetuar as substituies, arquive esta folha aps a pgina de rosto da publicao original. 4 APROVAO Portaria DIRSA n 061, de 11 de setembro de 2009. ITEM 4.3.1. ALNEA ANO 2009 COLOQUE Pg 15 ANO 2009

MINISTRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONUTICA DIRETORIA DE SADE

PORTARIA DIRSA N 81/SDTEC, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009. Aprova a modificao da Instruo que trata das Instrues Tcnicas das Inspees de Sade na Aeronutica. O DIRETOR DE SADE, usando da atribuio que lhe confere o inciso VIII, Seo 1, Captulo IV, do Regulamento da Diretoria de Sade, aprovado pela Portaria n 313/GC3, de 16 de maro de 2005 e tendo em vista o disposto na ICA 5-1/2004 , resolve: Art. 1 Aprovar a modificao da ICA 160-6 Instrues Tcnicas das Inspees de Sade na Aeronutica, que com esta baixa. Art 2 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao. Art. 3 - Revoga-se a Portaria DIRSA n 061/SDTEC, de 11 de setembro de 2009, publicada no Boletim do Comando da Aeronutica n 175, de 18 de setembro de 2009. Maj Brig Md JOS ANTONIO MONTEIRO Diretor de Sade

(Publicada no BCA n 235, de 17 de dezembro de 2009)

Folha de Modificao

ICA 160-6/2009

Sade INSTRUES TCNICAS DAS INSPEES DE SADE NA AERONUTICA A ICA 160-6, aprovada pela Portaria DIRSA N 061/SDTEC, de 11 de setembro 2009, assim modificada: 1 SUBSTITUIO DE PGINAS RETIRE Pg 15 2 CORREO PGINA 15 3 ARQUIVO Depois de efetuar as substituies, arquive esta folha aps a pgina de rosto da publicao original. 4 APROVAO Portaria DIRSA n 081/SDTEC, de 17 de dezembro de 2009. ITEM 4.3.1. ALNEA ANO 2009 COLOQUE Pg 15 ANO 2009

ICA 160-6/2009 SUMRIO 1. DISPOSIES PRELIMINARES ................................................................................. 1.1 FINALIDADE .......................................................................................................... 1.2 MBITO .................................................................................................................... 1.3 REQUISITOS DE APTIDO .................................................................................. 2. PATOLOGIA CLNICA ............................................................................................... 2.1 GRUPO I .................................................................................................................. 2.2 GRUPO II ................................................................................................................ 3. EXAMES DE IMAGEM ............................................................................................... 3.1 INSPECIONANDOS MILITARES ........................................................................ 3.2 INSPECIONANDOS DA AVIAO CIVIL, ATCO E OEA ............................ 4. EXAME MDICO GERAL ......................................................................................... 4.1 ANAMNESE E EXAME FSICO .......................................................................... 4.2 EXAMES COMPLEMENTARES ......................................................................... 4.3 REQUISITOS FSICOS ........................................................................................ 4.4 IMUNIZAES . .................................................................................................. 5. EXAME ODONTOLGICO ............................................................................................. 5.1 OROSCOPIA ................................................................................................................ 5.2 IMAGEM DIGITALIZADA DAS ARCADAS E MUCOSAS ORAIS .................. 5.3 RADIOGRAFIA PANORMICA .............................................................................. 5.4 EXAME CLNICO ....................................................................................................... 5.5 EXAME RADIOGRFICO PERIAPICAL ............................................................. 5.6 REQUISITOS ODONTOLGICOS ........................................................................... EXAME OFTALMOLGICO ......................................................................................... 6.1 ANAMNESE ................................................................................................................ 6.2 MEDIDA DA ACUIDADE VISUAL ..................................................................... 6.3 MEDIDA DE DISTNCIA INTER-PUPILAR .................................................... 6.4 MEDIDA DO PONTO PRXIMO DE CONVERGNCIA .................................. 6.5 INSPEO ................................................................................................................. 6.6 ANEXOS ...................................................................................................................... 6.7 SEGMENTO ANTERIOR .......................................................................................... 6.8 MOTILIDADE EXTRNSECA ................................................................................. 6.9 MOTILIDADE INTRSECA ..................................................................................... 6.10 OFTALMOTNUS .................................................................................................. 6.11 OFTALMOSCOPIA ............................................................................................... 6.12 SENSO CROMTICO ....................................................................................... 6.13 CAMPO VISUAL .................................................................................................. 6.14 VISO DE PROFUNDIDA .................................................................................... 6.15 REFREO ................................................................................................................ 6.16 TOPOGRAFIA CORNEANA ................................................................................ 6.17 CERATOMETRIA ................................................................................................. 6.18 REQUISITOS VISUAIS ...................................................................................... 09 09 09 09 10 10 11 12 12 12 13 13 15 15 17 18 18 18 18 18 19 19 21 21 21 21 22 22 22 22 23 24 24 24 25 25 25 25 25 25 26

6.

ICA 160-6/2009 7 EXAMES OTORRINOLARINGOLGICO .................................................................. 7.1 ANAMNESE E EXAME FSICO ................................................................................. 7.2 EXAMES COMPLEMENTARES ................................................................................ 7.3 REQUISITOS AUDITIVOS ........................................................................................ 30 30 30 32

8

EXAME NEUROLGICO ............................................................................................... 33 8.1 OBRIGATORIEDADE DO EXAME NEUROLGICO, COM REALIZAO DO ELE TROENCEFALOGRAMA ............................................................................................ 33 8.2 ANAMNESE .................................................................................................................. 33 8.3 EXAME NEUROLGICO ............................................................................................ 33 8.4 ELETROENCEFALOGRAMA (EEG) ......................................................................... 33 8.5 REQUISITOS NEUROLGICOS ................................................................................ 34 36 36 36 38

9 EXAME PSIQUITRICO E PSICOLGICO ................................................................. 9.1 OBRIGATORIEDADE DOS EXAMES ...................................................................... 9.2 ROTINA DO EXAME PSIQUITRICO E PSICOLGICO ..................................... 9.3 REQUISITOS PSQUICOS ..........................................................................................

10 EXAME CARDIOLGICO ............................................................................................... 39 10.1 OBRIGATORIEDADE DO EXAME ........................................................................... 39 10.2 ANAMNESE DIRIGIDA ............................................................................................. 39 10.3 EXAME FSICO CARDIOLGICO ........................................................................... 39 10.4 ELETROCARDIOGRAMA DE REPOUSO ................................................................ 39 10.5 TESTE ERGOMTRICO ............................................................................................. 40 10.6 ANLISE DE RESULTADOS .................................................................................... 40 10.7 REQUISITOS CARDIOCIRCULATRIOS ............................................................... 40 11 EXAME GINECOLGICO E OBSTTRICO ............................................................... 42 11.1 EXAME GINECOLGICO DE MILITARES E CIVIS DA AERONUTICA.......... 42 11.2 EXAME GINECOLGICO DO PESSOAL FEMININO DA,AVIAO CIVIL ATCO E OEA ........................................................................................................................... 42 11.3 PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS NOS CASOS DE GRAVIDEZ ......... 42 12 13 14 REQUISITOS ORTOPDICOS ...................................................................................... 44 12.1 ESCOLIOSE ................................................................................................................. 44 CAUSAS DE INCAPACIDADE EM INSPEO DE SADE NA AERONUTICA... 46 PROCEDIMENTOS EM CASOS DE DISTRBIOS DO METABOLISMO DA GLICOSE ....... 47 14.3 PROCEDIMENTOS NAS INSPEES DE SADE INICIAIS ............................ 47 14.4 PROCEDIMENTOS NAS INSPEES DE SADE PERIDICAS ................... 48 CASOS ESPECIAIS DE CARDIOLOGIA EM AERONAVEGANTES ................... 15.1 INFARTO MIOCRDIO ....................................................................................... 15.2 PORTADORES DE CIRUGIA DE REVASCULARIZAO MIOCRDICA OU ANGIOPLASTIA CORONARIANA, SEM INFARTO DO MIOCRDIO .......... 15.3 PROLAPSO DA VLVULA MITRAL (PVM) ..................................................... 15.4 PRE-EXCITAO VENTRICULAR (WOLF-PARKINSON-WHITE - WPW) E TAQUIARRITIMIAS GRAVES ............................................................................. 50 50 50 51 52

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ICA 160-6/2009 15.5 SNDROME DO PR-CURTO ............................................................................... 15.6 TAQUIARITMIAS GRAVES ............................................................................... 16 PROCEDIMENTOS EM CASOS DE SNDROME DE IMUNO-DEFICINCIA ADQUIRIDA (SIDA/AIDS) ................................................................................................. 16.1 CLASSIFICAO ................................................................................................... 16.2 PROCEDIMENTOS DAS JUNTAS DE SADE ................................................... DOCUMENTOS EXPEDIDOS PELAS JUNTAS DE SADE ................................ 17.1 CARTO DE SADE (CS) .................................................................................... 17.2 CERTIFICADO DE CAPACIDADE FSICA (CCF) .............................................. 17.3 CPIA DE ATA DE INSPEO DE SADE (AIS) ............................................. 17.4 DOCUMENTO DE INFORMAO DE SADE (DIS) ........................................ 17.5 MENSAGEM RDIO ............................................................................................... DISPOSIES GERAIS .............................................................................................. 52 53 54 54 55 57 57 57 57 57 57 59 61 62 63 65 66 67 70 73 74

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19 DISPOSIES FINAIS ............................................................................................... Anexo A Requisitos de Aptido .................................................................................... Anexo B Ficha de Anamnese de Inspeo Inicial .......................................................... Anexo C Modelo de Carto de Sade (JES) ................................................................... Anexo D Modelo de Carto de Sade (JRS) ................................................................... Anexo E Ficha de Inspeo de Sade ............................................................................ Anexo F Ficha de Inspeo de Sade Letra G ......................................................... Anexo G Modelo de Ficha de Exame Ginecolgico ....................................................... Anexo H Modelo de Cpia de Ata ..................................................................................

Anexo I Modelo de Documento de Informao de Sade (DIS) ..................................... 75 Anexo J Causas de Incapacidades em Exames de Sade na Aeronutica ...................... 76

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DISPOSIES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE A presente Instruo tem por finalidade estabelecer os requisitos, causas de incapacidade, normas e rotinas para a execuo das Inspees de Sade pelas Juntas de Sade do Sistema de Sade da Aeronutica (SISAU). MBITO A presente instruo, de observncia obrigatria, aplica-se s Juntas de Sade do SISAU, normatizando a realizao das Inspees de Sade de Militares e Civis da Aeronutica. Os aeronavegantes da Aviao Civil, os Controladores de Trfego Areo (ATCO) e os Operadores de Estao Aeronutica (OEA) sero julgados de acordo com a legislao especfica. REQUISITOS DE APTIDO Os requisitos de aptido das diversas especialidades militares a serem aplicados nas Inspees de Sade so os previstos na ICA 160-1(Instrues Reguladoras das Inspees de Sade), estando descritos no anexo A da presente Instruo. 1.3 1.2

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PATOLOGIA CLNICA obrigatria a realizao de exames laboratoriais em todas as Inspees de Sade, iniciais ou peridicas, nos inspecionandos civis e militares. Podero ser dispensados dos exames laboratoriais, a critrio da Junta de Sade, os inspecionandos que realizaram Inspees de Sade nos ltimos 90 (noventa) dias e que no apresentaram restries ou recomendaes por parte da Patologia Clnica. Para fins da realizao de exames laboratoriais os inspecionandos dividem-se em dois grupos, de acordo com a faixa etria. 2.1 GRUPO I Inspecionandos com idade igual ou inferior a 35(trinta e cinco) anos. Devero realizar os seguintes exames: 2.1.1 NO SANGUE a) Bioqumica aps jejum de 12(doze) horas: dosagens de Glicose, Uria e Creatinina, caso sejam constatados nveis anormais de glicemia, devero ser seguidas s orientaes do Captulo 14 destas Instrues. A dosagem do Colesterol Total e dos Triglicerdeos dever ser realizada em todos os inspecionandos que apresentarem soro turvo; b) Hemograma; c) Grupo sangneo e fator Rh nas Inspees de Sade de ingressantes, sendo realizado o teste de Coombs, caso necessrio; d) Sorologia para Lues atravs do VDRL e do FTA-ABS nos casos duvidosos; e) Pesquisa de anti-HIV - ser realizada nas Inspees de Sade iniciais de candidatos civis e militares do COMAER. Ser realizada, ainda, nas Inspees de Sade peridicas (letra h da ICA 160-1 IRIS), de 03 em 03 anos e a critrio clnico nas demais inspees. Os resultados positivos devero ser confirmados em outra amostra de sangue e caso persista este resultado, ser realizado nesta mesma amostra, nova pesquisa do antiHIV pelo mtodo do Western-Blot; e f) Dosagem da Beta-HCG ser realizada nas Inspees de Sade Iniciais de candidatas civis e militares do COMAER. Dever ser sempre realizada previamente ao exame radiolgico, visando proteo do concepto, em casos de gravidez. 2.1.2 NA URINA Pesquisa de Elementos Anormais no Sedimento urinrio (EAS).

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2.1.3 NAS FEZES Exame Parasitolgico de Fezes (EPF). Dever ser obrigatoriamente realizado nas Inspees de Sade iniciais ou peridicas dos inspecionandos que desempenhem funes manipuladoras de alimentos. Nos demais inspecionandos ser realizado a critrio clnico. 2.1.4 PESQUISA DE AGENTES QUMICOS Ser realizada, quando necessrio, no sangue ou urina, nas Inspees de Sade dos inspecionandos que trabalhem em ambiente que propiciem o contato com estes agentes.

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2.2 GRUPO II Inspecionandos com idade superior a 35 (trinta e cinco) anos. Realizaro todos os exames previstos no item 2.1, acrescidos, obrigatoriamente, de: 2.2.1 2.2.2 COLESTEROL, HDL, LDL E TRIGLICERDEOS

DOSAGEM DO PSA TOTAL (ANTGENO PROSTTICO ESPECFICO) Ser obrigatria nos inspecionandos masculinos com idade igual ou acima de 45 (quarenta e cinco) anos de idade.

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3 EXAMES DE IMAGEM 3.1 INSPECIONANDOS MILITARES 3.1.1 Nos Candidatos Escola Preparatria de Cadetes do Ar (EPCAR); ao Curso de Formao de Oficiais Aviadores e Infantes (CFO Av. e CFO Inf.) da Academia da Fora Area (AFA); Aviao de Alta Performance (Caa/Ataque); Aviao Acrobtica; Aviao Embarcada; Aviao de Aerosalvamento (SAR); ao Instrutor de Vo na AFA; ao Piloto de Provas e ao Pra-quedismo Militar, sero realizados os seguintes exames radiolgicos: 3.1.1.1 exame radiolgico de trax em incidncia Pstero Anterior (PA);

3.1.1.2 exame radiolgico de coluna vertebral, com o inspecionando em p e descalo, em incidncia Antero Posterior (AP) e Perfil, incluindo como limite inferior a 1a vrtebra sacra; 3.1.1.3 exame radiolgico dos seios da face (exceto Candidatos ao CFO Inf.); e

3.1.1.4 outros exames radiolgicos caso haja indicao mdica. 3.1.2 Nos demais candidatos o ingresso no Comando da Aeronutica, sero realizados os seguintes exames radiolgicos: 3.1.2.1 exame radiolgico de trax em incidncia Pstero Anterior (PA); e

3.1.2.2 outros exames radiolgicos caso haja indicao mdica. 3.1.3 Nas Inspees de Sade peridicas sero realizados os seguintes exames radiolgicos: 3.1.3.1 exame radiolgico de trax em incidncia Pstero - Anterior (PA); e

3.1.3.2 outros exames radiolgicos caso haja indicao mdica. 3.1.5 Exames de Tomografia, Ressonncia Magntica e Ultrassonografia e outros exames de imagem sero realizados, excepcionalmente, a critrio mdico da Junta de Sade. 3.2 INSPECIONANDOS DA AVIAO CIVIL, ATCO e OEA Sero realizados os exames radiolgicos preconizados em Legislao Especfica.

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4 EXAME MDICO GERAL 4.1 ANAMNESE E EXAME FSICO Rotina a ser seguida: 4.1.1 ANAMNESE DIRIGIDA

Nas Inspees de Sade iniciais dos inspecionandos submetidos Junta Especial de Sade (JES), dever ser preenchida pelo Candidato a Ficha de Anamnese de Inspeo Inicial, conforme previsto no Anexo D. Nas Inspees iniciais dos inspecionandos submetidos Junta Regular de Sade, as perguntas relativas a anamnese dirigida sero realizadas pelo mdico responsvel pelo exame fsico geral. 4.1.2 INSPEO GERAL 4.1.2.1 4.1.2.2 Cabea Verificar alteraes do crnio, face, boca e pavilho auditivo. Pescoo Assinalar anormalidades detectadas.

4.1.2.3 Trax Realizar inspeo geral, acompanhada pelo exame clnico dos aparelhos cardio-circulatrio e respiratrio. 4.1.2.4 tadas. Genitlia Masculina e Feminina Assinalar anomalias e alteraes patolgicas, observadas ao exame ectoscpico. O exame ectoscpico da genitlia feminina dever ser realizado, preferencialmente, por Oficial Mdica, obrigatoriamente, com a presena de Enfermeira, Tcnica de Enfermagem ou Auxiliar de Enfermagem do sexo feminino. 4.1.2.6 4.1.2.7 4.1.2.8 rio. Membros Verificar simetria, mobilidade, proporcionalidade, anomalias e alteraes patolgicas. Coluna Vertebral Detectar anomalias da coluna cervical, dorsal, lombar e sacrococcgea. Medidas Antropomtricas e outros dados clnicos Altura, peso, temperatura axilar, presso arterial , pulso, e capacidade vital, quando necess4.1.2.5 Abdome Executar a inspeo, palpao, percusso e ausculta assinalando-se as anormalidades detec-

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4.1.2.9

Pele e anexos

4.1.2.9.1 Inexistncia de cicatriz que, por sua natureza ou localizao, possa, em face do uso de equipamento militar e do exerccio das atividades militares, vir a motivar qualquer perturbao funcional ou ulcerar-se. 4.1.2.9.2 As cicatrizes resultantes de remoo total de tatuagens, independente do mtodo utilizado, devero obrigatoriamente, obedecer ao que preceitua o item anterior. 4.1.2.9.3 Inexistncia de qualquer tipo de tatuagem, bem como aplicativos do tipo piercing localizados em rea do corpo que fique mostra quando trajando uniformes previstos no Regulamento de Uniformes para Militares do Comando da Aeronutica (RUMAER), inclusive, aquele previsto para a prtica da Educao Fsica, com as seguintes composies: a) para homens camiseta branca, com gldio alado tipo regata; calo azul-aeronutica; meia branca de cano curto e tnis branco, e b) para mulheres - camiseta branca, com gldio alado olmpica; calo feminino azulaeronutica; bermuda azul-aeronutica de tecido sinttico com elastmero; top azulaeronutica de tecido sinttico com elastmero; meia branca de cano curto e tnis branco 4.1.2.9.3.1 As especificaes das peas dos uniformes citados esto detalhadas no RCA 35-2 Regulamento de Uniformes para Militares do Comando da Aeronutica (RUMAER) 4.1.2.9.4 Os aplicativos do tipo piercing que estejam em desacordo com o item 4.1.2.9.3, devero ser removidos (ICA 35-10/2008). 4.1.2.9.5 Inexistncia de tatuagem no corpo que afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro exigido aos integrantes das Foras Armadas (conforme previsto no Art 28 do Estatuto dos Militares), tais como as que apresentem smbolos e/ou inscrio alusivas a: a) Ideologias terroristas ou extremistas contrrias s instituies democrticas ou que preguem a violncia e a criminalidade; b) Discriminao ou preconceitos de raa, credo, sexo ou origem; c) Idias ou atos libidinosos; e d) Idias ou atos ofensivos s Foras Armadas. 4.1.2.10 Exame Urolgico O exame urolgico ser exigido anualmente de acordo com a seguinte normatizao:

4.1.2.10.1 Toque retal preventivo quando: a) PSA 2.5 ng / dl b) Idade 45 anos c)

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4.1.2.10.2 O inspecionando poder trazer a avaliao urolgica feita pelo seu mdico urologista da escolha, sendo que a aceitao da avaliao ficar a critrio do CEMAL, cuja validade no dever ultrapassar 180 (cento e oitenta) dias antes da data da inspeo de sade. 4.2 EXAMES COMPLEMENTARES Sero realizados os exames constantes da seo de patologia clnica e exames de imagem (Captulos 2 e 3), e outros, caso necessrio e a critrio da Junta de Sade. Para consubstanciar os julgamentos das Juntas, podero ser solicitados pareceres das diversas Especialidades da rea de sade. 4.3 REQUISITOS FSICOS 4.3.1 ESTATURA Subdividem-se em masculino e feminino, variando conforme o tipo de atividade que o inspecionando desempenhar no COMAER. O Inspecionando, civil ou militar, nas Inspees de Sade iniciais, dever apresentar estatura mnima de 1,60m (sexo masculino) e 1,55m (sexo feminino), exceto para o ingresso no terceiro ano do CPCAR e no CFOAV da Academia da Fora Area (AFA) (ambos os sexos), quando os inspecionandos devero apresentar estatura mnima de 1,64m e estatura mxima de 1,87m, em virtude dos requisitos antropomtricos exigidos para a operao da cadeira de ejeo que equipa a aeronave T-27 Tucano, utilizada na Instruo de Vo da AFA (NR) Portaria DIRSA n 081/SDTEC, de 17 de dezembro de 2009. 4.3.2 PESO So estruturados com base na combinao do ndice de massa corprea (IMC), com a circunferncia abdominal e com o percentual de gordura corporal calculado a partir das dobras cutneas para ambos os sexos, consoante ao prescrito nos Anexos C, D e E da ICA 54-1/2008 cuja reedio foi aprovada pela Portaria DEPENS N 186/DE-6 de 14 de outubro de 2008. O IMC obtido confrontado com a tabela da Organizao Mundial de Sade (OMS) que utiliza a seguinte classificao: CLASSIFICAO MAGREZA NORMAL SOBREPESO OBESIDADE GRAU 1 OBSESIDADE GRAU 2 OBESIDADE GRAU 3 IMC < 18,5 18,5 a 24,9 25 a 29,9 30 a 34,9 35 a 39,9 40

Fonte: Projeto Diretrizes Conselho Federal de Medicina OBS: Os valores de IMC no dependem de idade e so iguais para ambos os sexos.

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A Circunferncia Abdominal a medida obtida a partir da maior circunferncia da regio abdominal ao nvel da cicatriz umbilical, com o inspecionando na posio ortosttica, e com o abdmen descontrado, levando em conta os seguintes valores:Circunferncia abdominal e risco de complicaes metablicas associadas com obesidade em homens e mulheres caucasianos Circunferncia abdominal (cm) Risco de complicaes metablicas homem mulher Aumentado 94 80 Aumentado substancialmente 102 88 Fonte: Projeto Diretrizes Conselho Federal de Medicina

4.3.2.1 Nas Inspees de Sade Iniciais sero considerados como INCAPAZES PARA O FIM A QUE SE DESTINAM, os candidatos que obtiverem os valores de IMC menores que 18,5, caracterizando a magreza, e maiores que 24,9 combinado com a circunferncia abdominal aumentada e com o percentual de gordura corporal desfavorvel calculado a partir das dobras cutneas para ambos os sexos caracterizando o sobrepeso e os diversos graus de obesidade. Os inspecionandos incapacitados nas Inspees de Sade Iniciais, de acordo com as normas estabelecidas nos editais dos concursos, podero realizar inspees de sade em grau de recurso, podendo ser solicitados pareceres especializados e, em casos no conclusivos, serem realizados exames, tais como a Bioimpedncia ou Impedncia Bio-eltrica, excetuando-se os portadores de marcapasso e gestantes em quaisquer fases. 4.3.2.2 Nas Inspees de Sade Peridicas, a Junta de Sade avaliar o requisito de peso de acordo com o IMC combinado com a circunferncia abdominal e com o percentual de gordura corporal calculado a partir das dobras cutneas para ambos os sexos. a) Os inspecionandos com IMC entre 18,5 e 24,9, circunferncia abdominal normal e para o percentual de gordura compatvel com a faixa etria, sero considerados APTOS; b) Os inspecionandos com IMC abaixo de 18,5 (MAGREZA) e IMC de 25 a 29,9 (SOBREPESO) sero considerados APTOS, devero receber a observao de que so portadores dessa condio; c) Os inspecionandos com IMC entre 30 a 34,9 (OBESIDADE GRAU 1) e entre 35 a 39,9 (OBESIDADE GRAU 2), circunferncia abdominal aumentada e para o percentual de gordura desfavorvel devero receber a observao de que so portadores desse diagnstico, com indicao de realizar tratamento especializado, a fim de no obterem restries na inspeo de sade seguinte; e d) Os inspecionandos com IMC igual ou maior do que 40 (OBESIDADE GRAU 3), circunferncia abdominal aumentada e para o percentual de gordura desfavorvel devero receber a observao de que so portadores desse diagnstico, sendo encaminhados para tratamento especializado, podendo ter restries temporrias a critrio da Junta de Sade. Caso esses inspecionandos no apresentem qualquer possibilidade de recuperao aps o tratamento adequado, poder, a critrio da Junta de Sade, ter restries definitivas ou incapacidade definitiva para o servio. 4.3.3 Os requisitos fsicos aplicados aos pilotos que vo operar aeronaves T-27, assim como exames mdicos peridicos dos pilotos que operam aeronaves T-27, obedecero ao previsto no Quadro 1. Para padronizar a aferio dos valores do Quadro 1, as JES examinadoras podero utilizar a Cadeira de Medidas Antropomtricas, seguindo as especificaes do Centro de Medicina Aeroespacial (CEMAL).

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Nas Inspees de Sade para o ingresso no terceiro ano do CPCAR e no CFOAV da Academia da Fora Area (AFA) (ambos os sexos) os inspecionandos devero apresentar altura sentada mxima de 97,4 cm, distncia ndega-joelho mxima de 65,2 cm, peso mnimo de 58,65 Kg e peso mximo de 93,53 Kg, em virtude dos requisitos antropomtricos exigidos para a operao da cadeira de ejeo que equipa a aeronave T-27 Tucano, utilizada na Instruo de Vo da AFA. QUADRO 1 TABELA DE LIMITES ANTROPOMTRICOS PARA A ANV T-27 N A 1 2 MEDIDA Peso Altura sentado Ndega-joelho MNIMO (Kg) 58,65 (cm) 85,1 55,1 MXIMO (Kg) 93,53 (cm) 97,4 65,2

4.3.4 Nos casos previstos no item anterior, as JES devero adotar os seguintes procedimentos:. 4.3.4.1 O inspecionando que estiver realizando Inspeo de Sade para o ingresso no terceiro ano do CPCAR e no CFOAV da Academia da Fora Area (AFA), que ultrapassar os valores mximos dos limites fsicos, ser considerado INCAPAZ PARA O FIM A QUE SE DESTINA. 4.3.4.2 O Inspecionando que ultrapassar os valores mximos dos limites fsicos, exceto para o peso, e estiver cursando ou terminando o CFOAV, ser considerado APTO COM RESTRIO DEFINITIVA PARA O EXERCCIO DA ATIVIDADE AREA MILITAR, EM AERONAVE T-27. 4.3.4.3 Discrepncia no requisito PESO, o inspecionando ser considerado APTO COM RESTRIO TEMPORRIA PARA O EXERCCIO DA ATIVIDADE AREA MILITAR, EM AERONAVE T-27, at a normalizao desse requisito. 4.3.4.4 O inspecionando que exera suas atividades em outras aeronaves que tenham assentos ejetveis com envelopes diferentes do T-27, devero ser submetidos s tabelas antropomtricas das aeronaves em questo. 4.4 IMUNIZAES Sero de realizao compulsria em todos os militares da ativa e funcionrios civis, de acordo com a distribuio prescrita no item n 2 da ICA 160-8 (Imunizaes) de 12 de novembro de 2008. Trata-se de procedimento obrigatrio, por ocasio das Inspees de Sade Iniciais e Peridicas, a apresentao dos certificados de vacinao anti-amarlica, antitetnica e anti-hepatite B para todos os aeronavegantes. O mesmo se aplica, em especial, para o pessoal da rea de sade e demais militares e funcionrios civis do COMAER que servem na regio amaznica. Outras imunizaes podero ser requeridas, a critrio das Juntas de Sade, em virtude de epidemias ou outras condies em que se faam necessrias, e ainda aquelas indicadas para regies ou reas correspondentes a prevalncia e/ou incidncia de doenas, seja no territrio nacional ou no exterior, conforme o prescrito nos itens 2.3, 2.4 e 2.5 da ICA 160-8 (Imunizaes) de 12 de novembro de 2008.

18 5 EXAME ODONTOLGICO

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5.1 OROSCOPIA Ser obrigatria em todas as Inspees de Sade. Devero ser anotadas todas as prteses, ausncias dentrias, alteraes nos elementos dentrios, mucosas e anexos da cavidade oral. A atualizao do odontograma legal dever ser realizada a cada cinco anos. 5.2 IMAGEM DIGITALIZADA DAS ARCADAS E MUCOSAS ORAIS Ser realizada, nas JES que possurem os meios necessrios,nas Inspees de Sade iniciais de candidatos aeronavegantes e nas peridicas destes, quando houver modificao na configurao do odontograma, a critrio clnico. Sero feitas 04 (quatro) incidncias na seguinte seqncia: a) arcada superior - com afastador labial; b) arcada inferior - com afastador labial; c) mordida em ocluso cntrica - com afastador labial; e d) face - frontal. 5.3 RADIOGRAFIA PANORMICA Ser realizada em todas as Inspees de Sade iniciais de aeronavegantes militares e civis, e nas revalidaes dos odontogramas legais, quando existirem alteraes significativas a critrio clnico. 5.4

EXAME CLNICO Realizar a inspeo e palpao de: lbios, lngua, mucosas, assoalho da boca, gengiva, palato, anexos salivares e ganglionares. 5.4.1 ASPECTO SANITRIO Observar as condies de higiene da boca. 5.4.2 ASPECTO ESTTICO 5.4.2.1 Verificar a existncia de cicatrizes e leses dos maxilares e partes moles da boca, que causem desfigurao ou dificuldade na clareza da articulao verbal. 5.4.2.2 Observar modificaes acentuadas na colorao dos dentes e a existncia de restauraes inadequadas, que comprometam o aspecto esttico. 5.4.3 ASPECTO FUNCIONAL Registrar, reproduzindo com fidelidade, as cries e ausncias dentrias, restauraes e prteses, guardando as relaes de localizao nas superfcies dentrias (mesial, distal, vestibular, palatina/lingual, oclusal, cervical; simples ou complexas).

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5.4.4 OBSERVAES TCNICAS Anotar como Observaes Tcnicas, para fins de melhor seleo, controle e identificao odonto-legal, os seguintes detalhes: 5.4.4.1 Anomalias Dentrias: a) de forma (nanismo, gigantismo e outras); b) de posio (ectopias, verses, migraes, diastemas e outras); e c) de estruturas (hipoplasias, manchas e outras). 5.4.4.2 Material empregado nas prteses (porcelana, ouro, ao, ao-cromo-cobalto, amlgamas de prata, resinas, compsitos e outras). 5.4.4.3 Anomalias sseas (torus palatino e mandibular, fissuras e outras).

5.4.4.4 Alteraes dos anexos da boca (macroglossia, microglossia, rnula e outras), afeces periodontais, afeces periapicais e alteraes histolgicas macroscpicas (leucoplasias, hiperplasias e outras). 5.4.4.5 M-ocluses dentria (usar classificao de Angle - 03 classes).

5.4.4.6 Outras alteraes que forem consideradas significativas para o registro. 5.5 nico: 5.6 REQUISITOS ODONTOLGICOS 5.6.1 REQUISITO ODONTOLGICO NO 1 Aplicado nas Inspees de Sade iniciais dos candidatos ao ingresso no COMAER. 5.6.1.1 Presena de todos os dentes anteriores naturais, incisivos e caninos, tolerando-se prteses que satisfaam esttica e funo. 5.6.1.2 Presena de, no mnimo, 04 (quatro) molares naturais, 01 (um) em cada hemi-arcada. Os espaos existentes, em decorrncia de ausncias de molares e/ou pr-molares, devero estar ocupados por prteses que satisfaam esttica e funo. 5.6.1.3 5.6.1.4 Ausncia de cries. Ausncia de molstias periodontais evidenciveis ao exame visual. EXAME RADIOGRFICO PERIAPICAL Auxilia o exame clnico e alm dos previstos nos itens 5.2 e 5.3, ser realizado a critrio cl-

5.6.1.5 Ausncia de afeces periapicais constatadas visualmente, ou evidenciadas em exames radiogrficos de dentes suspeitos.

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5.6.1.6 Ausncia de m-ocluses do tipo classe II severa e classe III de Angle, tipo ssea. 5.6.2 REQUISITO ODONTOLGICO NO 2 Aplicado nas Inspees de Sade peridicas dos inspecionandos do COMAER. 5.6.2.1 Presena de todos os dentes anteriores naturais, incisivos e caninos, tolerando-se prteses que satisfaam esttica e funo. 5.6.2.2 Presena de, no mnimo, 01 (um) pr-molar e 01 (um) molar, em cada hemi-arcada, naturais, ou substitudos por prteses que satisfaam esttica e funo. 5.6.2.3 5.6.2.4 Ausncia de cries profundas. Ausncia de molstias periodontais evidenciveis ao exame visual.

5.6.2.5 Ausncia de afeces periapicais constatadas visualmente ou evidenciadas em exames radiogrficos de dentes suspeitos. 5.6.3 REQUISITO ODONTOLGICO NO 3 Aplicado aos inspecionandos para a prestao do Servio Militar, de acordo com as Instrues Gerais para Inspeo de Sade de Conscritos nas Foras Armadas (IGISC). 5.6.1.1 Todos os dentes incisivos e caninos, tolerando-se dentes artificiais que satisfaam esttica. 5.6.1.2 Quatro molares, dois a dois em cada lado, tolerando-se dentes artificiais que satisfaam mastigao. 5.6.1.3 Ausncia de cries dentrias, tolerando-se as que permitam recuperao.

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EXAME OFTALMOLGICO

6.1 ANAMNESE Verificar histria de doena oftalmolgica (pessoal ou familiar) traumatismo ocular ou cirurgia; perda de viso ou diplopia; uso de culos e antecedentes de sensibilizao medicamentosa. 6.2 MEDIDA DA ACUIDADE VISUAL

6.2.1 PARA LONGE Deve ser realizada em uma sala de, no mnimo, seis metros de comprimento, com iluminao atenuada (penumbra), utilizando-se o projetor de optotipos. O examinador dever ficar de frente para o examinando observando as suas reaes, impedindo que este remova o oclusor ou que contraia as plpebras (fenda estenopeica) ou adote uma atitude viciosa da cabea (viso extramacular). O examinando dever ser colocado a seis metros ou vinte ps de distncia da escala de optotipos; se usar culos, dever retir-los antes do exame. O examinador lhe ocluir um dos olhos e o instruir para manter ambos os olhos abertos. O oclusor no mais dever tocar qualquer parte do olho que estar em contato com o lado do nariz. Os caracteres devero ser lidos no sentido dos menores para os maiores, e o menor deles lido dever ser registrado como a melhor acuidade visual deste olho. Em seguida, repete-se o mesmo procedimento para o outro olho. O inspecionando que usar culos rotineiramente dever ser testado com e sem os culos, sendo ento anotada sua acuidade, com e sem correo, no local indicado na ficha de inspeo de sade. Havendo suspeita de memorizao, recorrer a outros caracteres. Esgotados todos os optotipos da escala, o examinador recorrer contagem de dedos, especificando a distncia a que eles so percebidos. No sendo vistos os dedos, pesquisar se h percepo de vultos e a que distncia. No percebendo vultos, far-se- pesquisa de percepo e projeo luminosas. No percebida a luz, anota-se amaurose. 6.2.2 PARA PERTO Ser determinada, separadamente em cada olho, usando-se as tabelas de Snellen (S) ou Jaeger (J), a uma distncia de trinta e cinco centmetros, anotando-se o menor texto lido com desembarao, com ou sem correo. A tabela consta de seis textos, sendo o menor equivalente a J1, o segundo a J2, o terceiro a J4, o quarto a J6, o quinto a J8 e o ltimo a J10. 6.3 MEDIDA DE DISTNCIA INTER-PUPILAR (DP) feita com uma rgua milimetrada, medindo-se a distncia entre o bordo externo da pupila de um lado e o bordo interno da pupila do outro e o examinando com o olhar dirigido para longe.

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6.4 MEDIDA DO PONTO PRXIMO DE CONVERGNCIA (PPC) feita utilizando-se uma rgua milimetrada colocada perpendicularmente face, na base do nariz, solicitando ao inspecionando olhar fixamente para o estmulo (ponta da caneta, ponto luminoso, etc.) que se aproxima de seus olhos, pedindo-se que informe at que distncia consegue ver um s estmulo. O PPC no dever exceder a distncia inter-pupillar. 6.5 INSPEO Verificar se h alguma anormalidade ssea da rbita ou assimetria facial. Atentar para a existncia de exoftalmia, enoftalmia ou desvio manifesto dos eixos visuais e quaisquer anormalidades porventura detectadas. 6.6 ANEXOS 6.6.1 APARELHO LACRIMAL Presena de epfora, situao dos pontos lacrimais; exercer presso sobre o saco lacrimal para constatar se h refluxo pelo ponto lacrimal; 6.6.2 PLPEBRAS Presena de ptoses, implantao dos clios, inverso ou everso das plpebras, presena de inflamao nos bordos palpebrais, presena de tumores ou cistos; e 6.6.3 CONJUNTIVA As conjuntivas palpebral e bulbar devero ser examinadas pela everso da plpebra inferior e pelo exame direto com afastamento manual das mesmas o mximo possvel. 6.7 SEGMENTO ANTERIOR

6.7.1 CRNEA Biomicroscopia da crnea para verificao de processo inflamatrio, perda de transparncia, distrofias e ceratocone; 6.7.2 6.7.3 CMARA ANTERIOR Verificao da profundidade do ngulo camerular e do fenmeno de Tyndall; RIS Aspecto, colorao, vascularizao, sinquias anteriores e posteriores, cistos e tumores;

6.7.3 PUPILAS Forma e reaes; 6.7.5 CRISTALINO Transparncia ou opacidades.

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6.8 MOTILIDADE EXTRNSECA 6.8.1 VERIFICAO DAS EXCURSES OCULARES NOS OITO PONTOS CARDINAIS

Aplicao do cover test e cover-uncover test para verificao de forias e tropias para longe e perto. Esses testes so feitos com um oclusor, fixando o inspecionando num ponto luminoso longe e perto, conforme o caso, verificando o examinador os movimentos apresentados aps a ocluso e abertura dos olhos. 6.8.2 DETERMINAES DAS FORIAS Aps a verificao do item anterior, determina-se as forias, utilizando a baqueta de Maddox e o prisma rotatrio de Risley. Senta-se o inspecionando na cadeira do equipo com ambos os olhos abertos e adapta-se o refrator de Greens. Projetando-se um ponto luminoso frente do inspecionando, perguntado quantos pontos luminosos ele est vendo. Coloca-se, a seguir, no olho esquerdo do examinando, a baqueta de Maddo com as varetas do prisma no sentido horizontal. Novamente pergunta-se ao examinando o que est vendo. Ele dever responder que est vendo um trao (estria) luminoso no sentido vertical e um ponto luminoso. Em seguida, indagado se o trao est esquerda ou direita do ponto luminoso; se houver exoforia, o trao dever estar a direita; se endoforia, responder que o trao estar esquerda e no caso de uma ortoforia, relatar que o trao corta o ponto. Estaro diagnosticadas as forias de horizontalidade, porm para medi-las utilizamos o prisma de Risley, instalado no olho direito. A marcao de base do prisma dever coincidir com o zero da escala. Tratando-se de uma endoforia, a base do prisma ser deslocada para fora, para o lado temporal; quando o inspecionando informar que o trao luminoso coincide com o ponto, deve-se fazer a leitura que dada em prismas dioptrias, continuando, retira-se o prisma de Risley e inverte-se a posio da bagueta, ou seja, as varetas do prisma, em sentido vertical. Pergunta-se ao examinando o que est vendo. Dever ser respondido que v um trao ou uma estria luminosa horizontal e um ponto luminoso. indagado se o trao luminoso est acima, abaixo, ou cortando o ponto. Se cortando, ortoforia; se estiver acima, hiperforia esquerda; se tiver abaixo, hiperforia direita. Feito o diagnstico, mede-se o grau de foria, voltando-se a colocar o prisma de Risley no olho, direito. A base do prisma dever coincidir com o zero da escala (lado temporal). A seguir, gira-se a base do prisma para cima, no caso em que o trao dito estar abaixo ou gira-se a base do prisma para baixo, quando o trao declarado estar acima. Quando for referida a coincidncia de trao e ponto, l-se na escala do prisma o valor da foria. CAPACIDADE DE DIVERGNCIA Adaptamos o refrator de Greens em ambos os olhos abertos do inspecionando e perguntamos se ele est vendo um ponto luminoso distncia. Resposta afirmativa colocamos em seguida num dos olhos do inspecionando o prisma de Risley, com a base voltada para cima coincidindo com o zero da escala. Em seguida, desloca-se a base do prisma no sentido nasal e solicitamos ao examinando que informe quando o ponto luminoso se separa em dois para ser lida na escala do prisma a capacidade de divergncia dada em prismas-dioptrias. 6.8.3

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6.9 MOTILIDADE INTRNSECA Pesquisa dos reflexos foto-motor, acomodao-convergncia e consensual. 6.9.1 REFLEXO FOTO-MOTOR Ser ocludo um dos olhos enquanto se projeta sobre o outro um foco luminoso. A reao normal de contrao da pupila. REFLEXO DE ACOMODAO-CONVERGNCIA Solicita-se que o inspecionando observe um objeto ou mesmo um texto de leitura prximo a seus olhos. Observa-se miose, quando presente o reflexo. 6.9.3 REFLEXO CONSENSUAL Ilumina-se diretamente um dos olhos, cuidando-se que o outro receba o mnimo da luz utilizada. Se positivo o reflexo, observar-se- uma contrao da pupila no olho menos iluminado. 6.10 OFTALMOTNUS A medida da tenso intra-ocular dever ser feita, sempre que possvel, com o tonmetro de aplanao, considerando-se como normais os limites tensionais entre 10 e 20 mm de Hg, porm na ausncia de um tonmetro de aplanao utilizar-se- o tonmetro de Schioetz (Identao) e na ausncia dos dois, em ltima instncia, ser efetuada a tonometria bi-digital. Para anestesiar os olhos usaremos os colrios anestsicos e como corante, a fluorescena. 6.10.1 TONMETRO DE APLANAO Coloca-se o inspecionando na lmpada de fenda, onde dever estar adaptado o tonmetro de aplanao. Com o inspecionando olhando para frente e com os olhos abertos, encos-ta-se na crnea do examinando o cone do tonmetro e faz-se a ajustagem das senides, lendo-se no tambor do aparelho diretamente o valor da tenso ocular. 6.10.2 TONMETRO DE SCHIOETZ (IDENTAO) Aps anestesia do olho com o colrio anestsico, deitado o inspecionando, colocado em seus olhos o tonmetro de Schioetz. So feitas 2 medidas, uma com o peso 5,5 e outra com o peso 10, cujos resultados devero ser aproximadamente iguais. 6.10.3 TONOMETRIA BI-DIGITAL Consiste em tocar os olhos com os dedos indicadores com o inspecionando olhando para baixo. Quando a presso intra-ocular estiver aumentada, os dedos devero colher a impresso de dureza. OFTALMOSCOPIA Dever ser feita, quando necessria, com a pupila dilatada com colrio midritico, o qual no dever ser usado se houver qualquer evidncia de aumento de tenso intra-ocular. Especial ateno dever ser tomada para a cor, superfcie e margens da papila, presena de qualquer hemorragia, exsudatos ou cicatrizes retinianas, qualquer anormalidade de pigmentao ou atrofia retiniana, qualquer elevao e condio da rede vascular retiniana. A mcula dever ser examinada especialmente para se detectar qualquer alterao. 6.11 6.9.2

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6.12 SENSO CROMTICO Usa-se primeiramente a prancha pseudo-isocromtica de Ishiara, anotando-se os erros. No caso de haver mais de trs interpretaes incorretas, o examinando dever reconhecer com facilidade as cores usadas em aviao, (vermelha, verde, azul, mbar e branca). 6.13 CAMPO VISUAL Ser realizado a critrio do especialista e dever ser usado o Permetro de Goldmann ou similar. Sero pesquisadas quatro ispteras (1/4, 1/3, 1/2 e 1/1). Sero considerados normais na isptera mais perifrica (1/4) os limites: temporal 90 ou mais; superior 50; nasal 60 e inferior 70. 6.14 VISO DE PROFUNDIDADE Deve ser pesquisada usando-se o teste da mosca (Stereotest Titmus) ou o aparelho telebinocular de Keystone ou o teste de viso de profundidade constante dos aparelhos do tipo OrthoRather. 6.14.1 TESTE DA MOSCA O examinando dever usar culos Polaroide para identificar os caracteres que lhe so apresentados, apontando o detalhe que sobressai. Ser incapacitado quando no v as figuras em seus diferentes planos. 6.14.2 APARELHO TELE BINOCULAR DE KEYSTONE Devero ser identificadas as figuras, dizendo em cada fileira, qual delas sobressai. Atingindo-se a leitura da metade do nmero de linhas mais uma, sua viso de profundidade ser considerada normal. 6.14.3 ORTHO-RATER O examinando, ajustado ao aparelho, dever dizer qual dos crculos numerados se destaca mais; qual deles parece estar mais perto dos olhos. Dever responder, sem vacilar, at a metade do nmero de linhas mais uma, sua viso de profundidade ser considerada normal. 6.15 REFRAO A refrao poder ser esttica ou dinmica. Quando esttica dever ser feita sob cicloplegia, usando-se o colrio de Homatropina a dois por cento ou os ciclopentolatos (cicloplgico, ciclopentalato) ou Midriacyl a um por cento, usando-se uma gota em cada olho, com intervalo de cinco minutos, no total de trs gotas, procedendo-se ao exame no fim de tinta minutos (aps a ltima gota). 6.16 TOPOGRAFIA CORNEANA Ser realizada a critrio do especialista. CERATOMETRIA Dever ser realizada nos casos em que o especialista observe faixas irregulares na esquiascopia.

6.17

26 6.18 REQUISITOS VISUAIS

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6.18.1 REQUISITO VISUAL N 1 Aplicado nas Inspees de Sade iniciais dos candidatos a Oficial Aviador (CFOAV), dos candidatos e alunos do Curso Preparatrio de Cadetes-do-Ar (CPCAR) e dos Cadetes Aviadores nosolo da AFA. 6.18.1.1 Acuidade visual a 6 (seis) metros Viso igual a 1,0 (20/20) em cada olho, separadamente, sem correo. 6.18.1.2 6.18.1.3 Acuidade visual a 35 (trinta e cinco) centmetros J-1 em cada olho, separadamente, sem correo.

Senso cromtico Pesquisado atravs das Pranchas Pseudo-Isocromticas, admitindo-se at 03 (trs) interpretaes incorretas. 6.18.1.4 Motilidade ocular extrnseca a) ndices foromtricos a 06 (seis) metros, em caso de foria, admite-se os limites nos ndices foromtricos a 06 (seis) metros, de acordo com o quadro 2: QUADRO 2 NDICES FOROMTRICOS ENDOFORIA EXOFORIA HIPERFORIA at 10 dioptrias prismticas at 05 dioptrias prismticas at 01 dioptria prismtica

b) Capacidade de divergncia: de 03 (trs) a 15 (quinze) dioptrias prismticas. A divergncia deve ser igual ou exceder endoforia; e c) Poder de convergncia: o ponto de convergncia (PC) no deve exceder distncia interpupilar (DP). 6.18.1.5 Campo visual Qualquer escotoma central ou para-central inabilita. No dever apresentar contrao maior do que 15 (quinze) graus em qualquer meridiano, considerado os limites constantes no quadro 3 (exame realizado a critrio do especialista): QUADRO 3 CAMPO VISUAL - LIMITES TEMPORAL SUPERIOR NASAL INFERIOR 6.18.1.6 90 graus 50 graus 60 graus 70 graus

Viso de profundidade Ser pesquisada em aparelho especfico, Keystone ou Ortho-Rater. Ser considerada normal a leitura da metade do nmero de linhas mais uma.

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6.18.1.7

Oftalmotnus Normal, entre 10 a 20 mm/Hg.

OBSERVAES: 1) Para os candidatos ao Curso Preparatrio de Cadetes do Ar (CPCAR), a acuidade visual a seis metros ser: viso igual a 1,0 (20/20) em cada olho, separadamente, sem correo, devendo apresentar no mximo +2,25 D no meridiano de maior valor diptrico e diferena entre os meridianos (astigmatismo) de no mximo 0,75. Os portadores de dioptrias esfricas negativas (miopia) sero incapacitados. O exame refratomtrico dever ser realizado, obrigatoriamente, sob cicloplegia. 2) Os candidatos ao CPCAR e ao Curso de Formao de Oficial Aviador (CFOAv) da Academia da Fora Area (AFA) que foram submetidos cirurgia refrativa (CERATOTOMIA RADIAL) sero incapacitados. 6.18.2 REQUISITO VISUAL N 2 Aplicado nas Inspees de Sade iniciais dos candidatos ao ingresso ao CFOINF da AFA, dos militares que exercero atividade de pra-quedismo e de busca e salvamento e dos candidatos a graduados do COMAER nas especialidades de aeronavegantes. Aplicado, ainda, nas Inspees de Sade peridicas dos Oficiais Aviadores e Cadetes Aviadores solo da AFA. 6.18.2.1

Acuidade visual a 06 (seis) metros Viso igual a 0,5 (20/40), em cada olho, separadamente, sem correo, desde que, com o uso de lentes corretoras, atinja viso igual a 1,0 (20/20). 6.18.2.2 6.18.2.3 6.18.2.4 Acuidade visual a 35 (trinta e cinco) centmetros J-2 em cada olho, separadamente, sem correo, e J-1 com correo. Campo visual Normal, pesquisado em relao ao campo visual do examinador.

Senso cromtico Pesquisado atravs das Pranchas Pseudo-Isocromticas, admitindo-se at 03 (trs) interpretaes incorretas. 6.18.2.5 Motilidade ocular extrnseca a) ndices foromtricos a 06 (seis) metros, em caso de foria, admite-se os limites nos ndices foromtricos a 06 (seis) metros, de acordo com o quadro 2: b) Capacidade de divergncia: de 03 (trs) a 15 (quinze) dioptrias prismticas. A divergncia deve ser igual ou exceder endoforia; e c) Poder de convergncia: o ponto de convergncia (PC) no deve exceder distncia interpupilar (DP).

Viso de profundidade Ser pesquisada em aparelho especfico, Keystone ou Ortho-Rater. Ser considerada normal a leitura da metade do nmero de linhas mais uma.

6.18.2.6

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6.18.2.7

Oftalmotnus Normal, entre 10 a 20 mm/Hg.

6.18.3 REQUISITO VISUAL NO 3: Aplicado nas Inspees de Sade iniciais dos candidatos a Oficial do COMAER, exceto nas dos Quadros de Aviadores e de Infantaria, e dos candidatos a graduados do COMAER nas especialidades de no-aeronavegante. 6.18.3.1 Acuidade visual a 06 (seis) metros Viso igual a 0.1 (20/200), em cada olho, separadamente, sem correo, desde que, com o uso de lentes corretoras atinja viso igual a 0.66 (20/30) no mnimo em cada olho, separadamente. 6.18.3.2 Acuidade visual a 35 (trinta e cinco) centmetros J-4, em cada olho, separadamente, sem correo, e J-1 com correo.

6.18.3.3 Motilidade ocular extrnseca Excurses oculares normais nas 08 (oito) posies cardinais. 6.18.3.4 6.18.3.5 Campo visual Normal, pesquisado em relao ao campo visual do examinador.

Senso cromtico Pesquisado atravs das Pranchas Pseudo-Isocromticas. Ocorrendo mais de 08 interpretaes incorretas o inspecionando poder qualificar-se, desde que reconhea, com facilidade, as cores VERMELHA, VERDE, AZUL, MBAR E BRANCA, utilizadas em aviao. 6.18.3.6 Oftalmotnus Normal, entre 10 a 20 mm/Hg.

6.18.4 REQUISITO VISUAL NO 4 Aplicado nas Inspees de Sade peridicas dos militares do COMAER, exceto nas dos Oficiais Aviadores e Cadetes Aviadores da AFA. 6.18.4.1 6.18.4.2 Acuidade visual a 06 (seis) metros Viso igual a 0,66 (20/30), em cada olho, separadamente, com ou sem correo. Acuidade visual a 35 (trinta e cinco) centmetros J-4, em cada olho, separadamente, sem correo, e J-1 com correo.

6.18.4.3 Motilidade ocular extrnseca Excurses oculares normais nas 08 (oito) posies cardinais. 6.18.4.4 Campo visual Normal, pesquisado em relao ao campo visual do examinador.

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Senso cromtico Pesquisado atravs das Pranchas Pseudo-Isocromticas. Ocorrendo mais de 08 interpretaes incorretas o inspecionando poder qualificar-se, desde que reconhea, com facilidade, as cores VERMELHA, VERDE, AZUL, MBAR E BRANCA, utilizadas em aviao. 6.18.4.6 Oftalmotnus Normal, entre 10 a 20 mm/Hg.

6.18.4.5

6.18.5 REQUISITO VISUAL NO 5 Nas Inspees de Sade de inspecionandos do COMAER, cuja atividade no exija perfeita viso de profundidade, admissvel, critrio do especialista, viso nula de um dos olhos, desde que no outro olho a acuidade visual atinja, no mnimo, 0,66 (20/30) sem correo. So exigidos, nestes casos, os demais itens do requisito visual n 4.

30 7 EXAME OTORRINOLARINGOLGICO

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7.1 ANAMNESE E EXAME FSICO A anamnese estar dirigida para as alteraes clnicas relacionadas a nariz, cavidades paranasais, orofaringe, laringe e ouvido. No exame fsico, durante a tcnica de iluminao, o examinador, o paciente e o foco de iluminao direta ou indireta devem estar no mesmo plano. 7.1.1 OROFARINGOSCOPIA Observar a presena de leses em lbios, arcada dentria, assoalho da boca, lngua e parede posterior da faringe. Na faringe sero observadas principalmente alteraes na forma, tamanho e sinais de infeco nos seguintes rgos: vegetaes adenides, amgdalas palatinas e lingual. 7.1.2 RINOSCOPIA ANTERIOR Devero ser observadas alteraes na zona de epistaxe, caractersticas de secrees (fluidas aquosas, purulentas e mucopurulentas), hipertrofia ou no de cornetos, desvios de septo (grau I, II e III de COTTLE), perfurao de septo e tumores na cavidade nasal. 7.1.3

RINOSCOPIA POSTERIOR Devero ser observadas alteraes na rinofaringe, coanas, parte posterior das fossas nasais e secrees originadas dos seios posteriores. Observa-se tambm o orifcio da trompa de Eustquio e vegetaes adenides. 7.1.4 OTOSCOPIA Verificar a ocorrncia de alteraes do conduto auditivo externo e do tmpano. Fazer a palpao pelo estilete, verificando-se dor provocada, consistncia e limites de plipos e tumores neoplsicos. Durante o exame do tmpano, verificar colorao, se h ou no perfurao e secreo na caixa. Ao exame do conduto, verificar principalmente se h alguma modificao em relao a suas paredes. 7.1.5 LARINGOSCOPIA INDIRETA Realizada utilizando-se o espelho larngeo, o qual colocado de encontro vula com uma inclinao de 450. 7.1.6 LARINGOSCOPIA DIRETA Realizada colocando-se o tubo-esptula (CHEVALIER - JACKSON) no interior da laringe, praticando-se a inspeo, palpao instrumental e bipsias. A laringe tambm poder ser explorada atravs da radiografia simples e pela tomografia. 7.2 EXAMES COMPLEMENTARES 7.2.1 AUDIOMETRIA AREA E SSEA Com a finalidade de fixar o limiar de audio em cada freqncia. Ser realizada em cmaras acsticas apropriadas e de maneira rpida, para evitar a fadiga ou adaptao auditiva, utilizandose os smbolos universais em audiometria para caracterizar o ouvido direito e ouvido esquerdo.

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7.2.1.1

Tipos de Curvas Audiomtricas Podero existir trs tipos de curvas audiomtricas que caracterizam as disacusias: a) de transmisso: a queda de audio por via area quase igual em todas as freqncias, no ultrapassando 60 (sessenta) db. A transmisso ssea permanece normal ou com queda que no ultrapasse 20 (vinte) db; b) de percepo ou neuro-sensorial: a queda de audio atinge igualmente a parte ssea e area, principalmente para sons agudos; e c) mista: a queda de audio area e ssea se d em todas as freqncias;

7.2.1.2 Indicaes de Audiometria Area: a) nas Inspees de Sade iniciais para os aeronavegantes militares, candidatos EPCAR, AFA e a outros cursos de formao; b) nas Inspees de Sade peridicas, de dois em dois anos, para todos os aeronavegantes militares e civis; c) Nas Inspees de Sade iniciais e peridicas, de dois em dois anos, dos inspecionandos ligados atividade de Controle de Trfego Areo ou de Operador de Estao Aeronutica; e d) A critrio do especialista, nas demais inspees. 7.2.1.3 A audiometria ssea s ser realizada diante de suspeita de patologia no ouvido mdio e/ou ouvido interno. 7.2.2 LOGOAUDIOMETRIA A perda auditiva em relao fala pode ser medida em decibis do mesmo modo que a perda relativa aos tons puros audiomtricos. Conforme a ocupao funcional do inspecionando, ser exigida uma discriminao em campo livre, superior a 80% (oitenta por cento) para os monosslabos ou a 95% (noventa e cinco por cento) para fraseologia de vo. Nestes casos, o inspecionando poder renovar o exame sem restrio. 7.2.3 IMPEDANCIOMETRIA Poder ser realizada para a avaliao de diversas patologias ligadas ao ouvido mdio e/ou interno, tais como: otosclerose, otite mdia serosa, ruptura do elo ossicular e outras. 7.2.4 EXAME RADIOLGICO DOS SEIOS PARANASAIS Dever ser realizado conforme descrito no captulo 3 ou a critrio do especialista. As principais incidncias utilizadas sero: Mento-Naso-Placa, Fronto-naso-placa, Hirtz e Perfil. 7.2.5 EXAME OTONEUROLGICO Ser realizado quando houver alguma manifestao clnica ligada ao labirinto, compreendendo: exame dos pares cranianos; audiometria tonal, area e ssea, liminar e supra-liminar; e eletronistagmografia com pesquisa de nistagmo espontneo, semi-espontneo, de posio, optocintico, rastreio pendular e provas calricas.

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Diferenas superiores a 33% (trinta e trs por cento) para provas calricas e 20% (vinte por cento) para o nistagmo optocintico, somados sintomatologia clnica, sero consideradas patolgicas e incapacitantes. 7.3 REQUISITOS AUDITIVOS 7.3.1 REQUISITO AUDITIVO N 1 Aplicado nas Inspees de Sade iniciais dos candidatos a piloto militar. 7.3.1.1 Audibilidade com perda tolervel de at 25db (vinte e cinco decibis) ISO (International Standard Organization), nas freqncias de 250 (duzentos e cinqenta) a 6.000 (seis mil) ciclos/segundo em cada ouvido, separadamente. 7.3.1.2 7.3.1.3 Audibilidade para voz cochichada a cinco metros em cada ouvido, separadamente. Ausncia de sinal evidente de sensibilidade anormal ao rudo.

7.3.2 REQUISITO AUDITIVO NO2 Aplicado nas Inspees de Sade peridicas dos aeronavegantes militares e nas inspees iniciais dos candidatos ao ingresso no COMAER, exceto para os candidatos a que se refere alnea a deste item. 7.3.2.1 Audibilidade com perda tolervel de at 35db (trinta e cinco decibis) ISO, nas freqncias de 500 (quinhentos) a 2000 (dois mil) ciclos/segundo. 7.3.2.2 Audibilidade para voz cochichada a cinco metros em ambos os ouvidos.

7.3.3 REQUISITO AUDITIVO NO3 Aplicado nas Inspees de Sade peridicas dos militares no aeronavegantes do COMAER. Audibilidade, com perda tolervel de at 45db (quarenta e cinco decibis) ISO, nas freqncias de 500 (quinhentos), 1000 (mil) e 2000 (dois mil) ciclos/segundo, desde que as perdas auditivas nas freqncias acima de 2.000 (dois mil) ciclos /segundo no apresentem evoluo capaz de comprometer a audio nas freqncias da faixa da palavra.

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8 EXAME NEUROLGICO 8.1 OBRIGATORIEDADE DO EXAME NEUROLGICO, COM REALIZAO DO ELETROENCEFALOGRAMA (EEG) 8.1.1 Nas Inspees de Sade iniciais dos aeronavegantes militares e candidatos EPCAR e a AFA. 8.1.2 Nas Inspees de Sade de militares e civis do Comando da Aeronutica, quando a histria clnica revelar qualquer indcio de comprometimento neurolgico. 8.1.3 Nas Inspees de Sade iniciais dos aeronavegantes civis, ATCO e OEA, conforme legislao especfica. 8.1.4 Nas inspees de Sade para fins das letras B, C, F, J, L, P e Q das IRIS. 8.2 ANAMNESE Inquirir sobre doenas neurolgicas mais comuns, particularmente epilepsias, seqelas pstraumticas, esclerose mltipla, e outras patologias que possam interferir na segurana de vo. 8.3 EXAME NEUROLGICO Inspeo geral, fora muscular, coordenao esttica e dinmica, marcha, nervos cranianos, reflexos, sensibilidade e tnus muscular. 8.4 ELETROENCEFALOGRAMA (EEG) Classificado como EEG normal ou EEG anormal. 8.4.1 Podero ser utilizados os seguintes mtodos de ativao a) ativao de rotina (hiperpnia, abertura e fechamento dos olhos); b) ativao seletiva (sono); c) foto-estimulao intermitente (FEI); e d) outros (hipoglicemia e privao do sono). 8.4.2 EEG NORMAL 8.4.2.1 considerado normal todo EEG (adolescente e adulto) que apresente, em viglia, os seguintes caracteres: a) ritmo alfa predominado nas reas posteriores; b) atividade rpida anterior; e c) discreta atividade lenta (teta), nas reas centrais e temporais, cuja amplitude no exceda a do ritmo alfa.

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8.4.2.2 So considerados normais o EEG de adolescente e adulto jovem que apresentem alteraes inespecficas a hiperpnia, por conta de: a) atividade lenta (teta e/ou delta) anterior; b) atividade lenta posterior; e c) hipersincronismos lentos, desde que a normalizao do EEG se processe dentro do primeiro minuto da fase de recuperao. 8.4.2.3 Ser, ainda, considerado como normal o EEG de adolescente que apresente ondas lentas posteriores (ondas Pi), e, de uma maneira geral, aquele EEG que apresente ondas ou ritmos sem significao definitivamente patolgica, at o momento, tais como ritmo en arceau e os harmnicos do ritmo alfa. 8.4.2 EEG ANORMAL

8.4.2.1 considerado como anormal o EEG que apresente, em viglia, os seguintes caracteres: a) lentificao do ritmo de fundo, por conta de ondas teta e/ou delta. Ritmo alfa lento (subalfa); b) atividade rpida de grande amplitude; c) atividade de projeo focal de qualquer natureza; d) assimetrias inter-hemisfricas; e) potenciais ditos epileptgenos (ponta rpida, polipontas rpidas, ponta-onda rpida, ponta-onda lenta, poliponta-onda, hipsarritmia e as pontas lentas de tipo sharp; f) atividade paroxstica de qualquer natureza; e g) potenciais de carter irritativo (so todos aqueles potenciais apiculados que no preenchem as caractersticas de pontas rpidas). 8.4.3 Podero ser solicitados outros exames neurolgicos, para consubstanciar o exame mdico pericial. 8.5 REQUISITOS NEUROLGICOS Sero considerados aptos os inspecionandos com: a) histria familiar livre de afeces neurolgicas de incidncia familiar ou hereditria; b) ausncia de dficit neurolgicos transitrios ou permanentes, indicativos de afeces do sistema nervoso central e perifrico, abrangendo: 1) nervos perifricos, inclusive cranianos; 2) fora muscular, global e segmentar; 3) sensibilidade superficial e profunda; 4) coordenao axial e apendicular (esttica e din mica); 5) exame muscular, incluindo pesquisas de miotonia, atrofias, hipertrofias e distrbios de tnus;

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6) marchas; 7) reflexos, superficiais e profundos; c) eletroencefalograma (EEG) normal nas inspees iniciais dos candidatos ao ingresso no COMAER.

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9 EXAME PSIQUITRICO E PSICOLGICO 9.1 9.1.1 OBRIGATORIEDADE DOS EXAMES Nas Inspees de Sade iniciais dos aeronavegantes e candidatos EPCAR e AFA.

9.1.2 Nas Inspees de Sade para fins das letras b, d, e, f, p e q (item 2.1 das IRIS), nas JES. 9.1.3 Nas Inspees de Sade de militares e civis do Comando da Aeronutica, quando a histria clnica revelar qualquer indcio de comprometimento psicolgico e/ou psiquitrico. 9.1.4 Nas Inspees de Sade iniciais e peridicas dos aeronavegantes civis, ATCO e OEA, de acordo com legislao especfica. 9.2 ROTINA DO EXAME PSIQUITRICO E PSICOLGICO

9.2.1 Ser realizada avaliao psicolgica, de acordo com a finalidade do exame. Os resultados oficiais das avaliaes especficas devero estar mo dos examinadores para a realizao da entrevista psiquitrica. 9.2.2 As informaes necessrias para a formulao de pareceres sero obtidas do prprio examinando e/ou de relatrios mdicos, hospitalares e at de outras fontes pertinentes, principalmente nos casos de esclarecimentos para Juntas de Sade. 9.2.3 A obteno de informaes do prprio examinando ser realizada atravs de tcnicas psicolgicas (testes e outros recursos), quando possvel, e de entrevistas psiquitricas e/ou psicolgicas. 9.2.4 As entrevistas psiquitricas e/ou psicolgicas sero suficientemente longas e livres para permitir ao examinador a formao de um juzo sobre a personalidade, aptides e interesses do examinando, alm de sua adequao ou no para o fim a que se destina, bem como concluses de um parecer quando um esclarecimento especializado solicitado. 9.2.5 Os examinadores obtero uma histria pessoal do examinado to completa quanto possvel, suficiente para lhes fornecer uma idia de seu comportamento no passado. Especial ateno ser dada sua histria familiar, escolar, social e ocupacional. 9.2.6 Os examinadores tero sempre em mente o objetivo final visado pelo exame, que selecionar pessoas com capacidade atual ou potencial para executar corretamente uma funo determinada, integrar-se satisfatoriamente a um grupo determinado e preservar a segurana e eficincia da operao area no caso daqueles que se destinam a esta atividade e dos restantes, dentro de suas atividades especficas, no que lhe competir.

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9.2.7 O entrevistador tratar de assegurar-se da inexistncia no inspecionando dos transtornos psquicos descritos nas CAUSAS DE INCAPACIDADE previstas nas IRIS, constantes do Anexo M, e dos distrbios de personalidade que venham a comprometer a competncia e a segurana da execuo de suas funes e, quando persistirem dvidas, recorrer aos meios que julgar necessrios, inclusive a convocao de outros examinadores para dirimir qualquer dvida com relao s concluses finais. 9.2.8 O uso de tcnicas psicolgicas (testes e/ou entrevistas) visa facilitar a avaliao inicial das aptides, vocaes, interesses, estrutura e reaes da personalidade dos candidatos com vistas atividade pretendida; nos casos de seleo complementaro a entrevista psiquitrica final e nos demais auxiliaro a uma concluso diagnstica precisa. 9.2.9 O emprego dessas tcnicas psicolgicas (testes e, se necessrias, entrevistas) demanda a existncia de uma infra-estrutura apropriada. 9.2.10 Quando os recursos psicolgicos forem empregados (tcnicas), estes antecedero s entrevistas finais e estaro mo do examinador no momento destas, sendo devidamente considerados, dentro dos seus limites naturais, na formao do juzo sobre o inspecionando. 9.2.11 Na elaborao da bateria de testes, o psiclogo responsvel ter em mente a profissiografia da atividade pretendida pelo candidato ou os itens necessrios inspeo solicitada. 9.2.12 A bateria de testes psicolgicos incluir dois testes de personalidade, um teste de inteligncia geral, um teste de ateno concentrada, um teste de coordenao perceptomotora, testes de aptido especfica de acordo com a categoria e questionrios de personalidade, pois o interesse, a motivao e vocao do candidato devem ser avaliadas nos casos de seleo. 9.2.13 Nos casos de solicitao de juntas para esclarecimento diagnstico psiquitrico ou psicolgico de seleo, de examinando no aeronavegante, os testes e outros auxlios devero ser selecionados de comum acordo entre os psiquiatras e psiclogos da equipe. 9.2.14 Nos exames de ingresso para o exerccio da atividade area em que se evidenciar a inaptido do candidato, este ser classificado como INCAPAZ PARA O FIM A QUE SE DESTINA. Os candidatos que no apresentam condies atuais de aptido, mas com possibilidades de apresent-las no futuro prximo, tero em recomendaes: CESSADA A CAUSA DA INCAPACIDADE, PODER SER REEXAMINADO APS UM PERODO DE n DIAS. 9.2.15 Nos exames de controle e revalidao do pessoal de vo j em funo em que se constatar a inaptido do examinando, esta ser classificada como temporria ou definitiva. Um tipo de restrio , por exemplo, o APTO COM RESTRIO PARA O EXERCCIO DA ATIVIDADE AREA E/OU PARA O VO SOLO, DEVENDO SER REEXAMINADO APS n DIAS. 9.2.16 A classificao do grau de incapacidade ter em vista a categoria funcional em questo, o tipo de transtorno psquico ou psicolgico apresentado e o grau de comprometimento funcional atual e potencial resultante.

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9.2.17 Na considerao do tipo de transtorno psquico apresentado, ter-se- em vista a sua natureza (psictica, neurtica, ou outra.); a sua etiologia predominante (reativa psicognica, txica, infecciosa, carencial, traumtica e degenerativa); a sua durao (aguda, crnica); a sua evoluo (progressiva, oscilante, cclica); e o seu prognstico evolutivo (satisfatrio, regular ou reservado). 9.3 9.3.1 REQUISITOS PSQUICOS

PSICOLGICOS Para constatao, nos exames de seleo, de condies psicolgicas que fundamentam previso de sucesso profissional e, nos exames peridicos, de equilbrio psico-emocional compatvel com um desempenho profissional satisfatrio, traduzido pela capacidade atual ou potencial. 9.3.2 PSIQUITRICOS Devem ser pesquisados de maneira judiciosa, a fim de que sejam selecionados os mais capazes sob o aspecto de higidez mental.

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10 10.1

EXAME CARDIOLGICO OBRIGATORIEDADE DO EXAME Nas Inspees de Sade iniciais dos aeronavegantes militares e dos candidatos EPCAR e Nas demais Inspees de Sade iniciais e nas peridicas dos militares e civis da Aeronuti-

10.1.1 AFA. 10.1.2 ca.

10.1.3 Nas Inspees de Sade iniciais e peridicas dos aeronavegantes civis, ATCO e OEA, de acordo com legislao especfica. 10.1.4 Os exames referidos nos itens 10.1.1 e 10.1.3 sero realizados, obrigatoriamente, por mdico cardiologista. Os exames referidos no item 10.1.2 sero realizados por mdico clnico geral, ficando a critrio deste a indicao do exame por cardiologista. 10.2 ANAMNESE DIRIGIDA Dever ser pesquisada a histria pessoal e familiar de doenas cardiovasculares e a presena de sintomas relativos ao aparelho cardiovascular. 10.3 EXAME FSICO CARDIOLGICO Devero ser feitos a inspeo, palpao, ausculta e todos os procedimentos tcnicos previstos em um exame do aparelho cardiovascular. 10.4 ELETROCARDIOGRAMA DE REPOUSO O Eletrocardiograma (ECG) de repouso ser realizado conforme descrito no Quadro 4: Quadro 4 ELETROCARDIOGRAMA INSPECIONANDOS MILITARES IDADE At 35 (trinta e cinco) anos Acima de 35 (trinta e cinco) anos PERIODICIDADE DO EXAME De 02 (dois) em 02 (dois) anos Anual

INSPECIONANDOS CIVIS CATEGORIA/IDADE Pilotos at 35 (trinta e cinco) anos Pilotos acima de 35 (trinta e cinco) anos No Pilotos at 35 (trinta e cinco) anos No Pilotos acima de 35 (trinta e cinco) anos PERIODICIDADE DO EXAME De 02 (dois) em 02 (dois) anos Anual De 03 (trs) em 03 (trs) anos Anual

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10.5 TESTE ERGOMTRICO (TE) Ser solicitado o TE dos seguintes inspecionandos: 10.5.1 Inspecionandos militares aeronavegantes acima de 35 (trinta e cinco) anos de idade, em suas Inspees de Sade peridicas, de dois em dois anos. 10.5.2 Inspecionandos militares, com idade acima de 35 (trinta e cinco) anos, para fins da letra f (item 2.1 das IRIS). 10.5.3 Inspecionandos militares, acima de 35 (trinta e cinco) anos, cogitados para realizao de cursos, onde a atividade fsica esteja presente. 10.5.4 cfica. 10.5.5 Inspecionandos da aviao civil, ATCO e OEA ser exigido o TE conforme legislao espeOutros inspecionandos, a critrio do especialista.

10.6 ANLISE DE RESULTADOS Podero ser analisados, para consubstanciar o exame cardiolgico, os resultados dos seguintes exames complementares: 10.6.1 10.6.2 Exame radiolgico de trax; Lipidograma , glicose, uria, creatinina, cido rico e EAS;

10.6.3 Fundo de olho; e 10.6.4 cial. Outros exames cardiolgicos, invasivos ou no invasivos, para consubstanciar o exame peri-

10.7 REQUISITOS CARDIOCIRCULATRIOS 10.7.1 REQUISITO CARDIOCIRCULATRIO NO 1 Aplicado nas Inspees de Sade dos inspecionandos com idade at 35 (trinta e cinco) anos. a) Presso arterial em decbito dorsal, at 140mmHg (cento e quarenta) de sistlica por at 90mmHg (noventa) de diastlica; b) Exame fsico do aparelho cardiovascular normal; c) Eletrocardiograma de repouso normal; d) Exame radiolgico do trax sem anormalidades; e e) Ausncia de doenas cardiovasculares incapacitantes, de acordo com as IRIS.

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10.7.2 REQUISITO CARDIOCIRCULATRIO NO2 Aplicado nas Inspees de Sade dos inspecionandos com idade acima de 35 (trinta e cinco) anos. a) Presso arterial em decbito dorsal, at 145 (cento e quarenta e cinco) mmHg de sistlica por at 95 (noventa e cinco) de diastlica, desde que, aps esforo fsico, a presso diastlica se apresente em nveis iguais ou inferiores a 90 (noventa) mm de mercrio; b) Exame fsico do aparelho cardiovascular normal; c) Eletrocardiograma de repouso normal; d) Abreugrafia ou telerradiografia de trax em PA sem anormalidades; e) Lipidograma normal; f) TE normal nos casos previstos no item 10.5; e g) Ausncia de doenas cardiovasculares incapacitantes, de acordo com as IRIS.

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11 EXAME GINECOLGICO E OBSTTRICO 11.1 11.1.1 EXAME GINECOLGICO DE MILITARES E CIVIS DA AERONUTICA

ANAMNESE DIRIGIDA Dever ser pesquisada a histria pessoal e familiar de doenas ginecolgicas e a presena de sintomas relativos ao aparelho genital feminino. Dever ser feita observao dos antecedentes tocoginecolgicos: menarca, ltima menstruao, gestao, pario, uso de anticonceptivos, cirurgias e ltimo laudo citolgico. 11.1.2 EXAME GINECOLGICO Consistir de exame das mamas, do abdmen e da genitlia externa.

11.1.2.1 Ser realizado nas Inspees de Sade peridicas (Letra H da ICA 160-1 IRIS), de dois em dois anos nas inspecionandas militares e civis com idades entre 33 (trinta e trs) e 40 (quarenta) anos de idade. Aps esta faixa etria, ser realizado anualmente. 11.1.2.2 Ser preenchida, pelo examinador, a Ficha de Exame Ginecolgico (Anexo G), que complementar a ficha de Inspeo de Sade. 11.1.2.3 As inspecionandas com idade igual ou superior a 33 (trinta e trs) anos, devero apresentar laudo de Exame Citopatolgico (Preventivo do Cncer Ginecolgico), cuja validade no dever ultrapassar 180 (cento e oitenta) dias antes da data da Inspeo de Sade. 11.1.2.4 Nas demais Inspees de Sade, o exame fsico ginecolgico e/ou exame colpocitolgico sero realizados a critrio clnico. 11.2 OEA EXAME GINECOLGICO DO PESSOAL FEMININO DA AVIAO CIVIL, ATCO E Ser realizado conforme legislao especfica. 11.3 PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS NOS CASOS DE GRAVIDEZ 11.3.1 INSPECIONANDAS MILITARES E CIVIS DA AERONUTICA 11.3.1.1 A gravidez um estado fisiolgico temporrio incompatvel com a atividade area e com excessivo esforo fsico. exceo das suas complicaes, ela no considerada uma patologia. Devero ser observadas as causas de incapacidade ginecolgicas e obsttricas previstas nas IRIS. 11.3.1.2 Nas Inspees de Sade peridicas, a militar grvida ser considerada APTA COM RESTRIO ATIVIDADE AREA, AOS ESFOROS FSICOS E ESCALA DE SERVIO ARMADA, com prazos definidos a critrio clnico. As inspecionandas do Comando da Aeronutica (militares ou civis), podero ser incapacitadas, temporariamente, de acordo com legislao especfica ou a critrio clnico.

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11.3.1.3 O parecer INCAPAZ PARA O FIM A QUE SE DESTINA ser exarado para todas as candidatas s Escolas Militares, grvidas nas Inspees de Sade iniciais. 11.3.1.4 O parecer INCAPAZ TEMPORARIAMENTE ser exarado para todas as candidatas a cargo civil, na Aeronutica, grvidas nas Inspees de Sade iniciais. 11.3.2 INSPECIONANDAS DA AVIAO CIVIL, ATCO E OEA Ser inspecionada conforme a legislao especfica.

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REQUISITOS ORTOPDICOS Os inspecionandos no podero apresentar no exame ortopdico das Inspees de Sade iniciais, as seguintes anomalias: 12.1 ESCOLIOSE Os candidatos ao Curso Preparatrio de Cadetes do Ar da EPCAR (CPCAR) e ao Curso de Formao de Oficiais Aviadores e Infantes da AFA (CFOAv e CFOINF) no podero ultrapassar 12 (doze) graus Cobb. Os demais candidatos ao ingresso no COMAER no podero ultrapassar 20 (vinte) graus Cobb. Ultrapassando este valor, dever ser confirmada atravs de estudo radiolgico panormico. 12.2 Lordose acentuada, com mais de 48 (quarenta e oito) graus Ferguson no sexo masculino e 60 (sessenta graus) Ferguson no sexo feminino. Ultrapassando este valor, dever ser confirmado atravs de estudo radiolgico panormico. 12.3 Cifose que ao estudo radiolgico, apresente mais de 40(quarenta) graus Cobb, tanto no sexo masculino quanto no feminino. Ultrapassando este valor, dever ser confirmado atravs de estudo radiolgico panormico. 12.4 Genu Recurvatum com mais de 5 (cinco graus) alm da posio neutra, em raios X lateral, decbito dorsal com elevao ao nvel do calcneo de 10cm (dez) em situao de relaxamento. 12.5 Genu Varum que apresente distncia bicondilar superior a 7cm (sete), ao exame clnico, sendo que as radiografias realizadas em posio ortosttica com carga evidenciem acima de 6 (seis) graus, no eixo anatmico. 12.6 Genu Valgum que apresente distncia bimaleolar superior a 7cm (sete), cujas radiografias realizadas em posio ortosttica com carga evidenciem 6 (seis) graus no sexo masculino e at 9 (nove) graus no sexo feminino, no eixo anatmico. 12.7 megapfises de vrtebra lombar que apresentem articulao anmala unilateral no estudo radiolgico. 12.8 espinha bfida com repercusso neurolgica.

12.9 anomalia no comprimento dos membros inferiores que apresentem ao exame, encurtamento de um dos membros superior a 15mm (quinze), constatado em mensurao referencial da crista ilaca at o malolo interno e confirmado atravs de escanometria de membros inferiores. 12.10 hemivrtebra, tumores vertebrais (benignos e malignos), seqela de fraturas que comprometam mais de 50% (cinqenta por cento) do corpo vertebral, laminectomia, passado de cirurgia dehrnia discal, pinamento discal lombar maior que 20% (vinte por cento) do espao intervertebral. 12.11 todas as espondillises e as espondilolisteses .

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12.12 os exames radiolgicos, para a coluna vertebral, devero ser realizados no filme 35cm (trinta e cinco) x 43cm (quarenta e trs), com o inspecionando em p e descalo, em AP e Perfil, incluindo como limite inferior 1a vrtebra sacra. A ampola de raios X distar do chassi em 180cm (cento e oitenta).

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13 CAUSAS DE INCAPACIDADE EM INSPEES DE SADE NA AERONUTICA Entende-se por CAUSAS DE INCAPACIDADE EM INSPEES DE SADE NA AERONUTICA, para efeito desta Instruo, qualquer enfermidade, sndrome, deformidade ou alterao, de natureza congnita, hereditria ou adquirida, capaz de comprometer a segurana ou a eficincia do servio, e que so classificadas em definitivas ou temporrias, totais ou parciais, a critrio da Junta de Sade, considerando: a) Os respectivos prognsticos; b) A atividade que exerce ou dever exercer o inspecionando; c) O comprometimento que venha a ocorrer no desempenho do inspecionando; d) A representao de risco sade coletiva; e e) A histria pessoal ou familiar que possa oferecer um razovel potencial de risco de adoecimento, a critrio das Juntas de Sade. A gravidez um estado fisiolgico normal, entretanto, pode constituir causa de incapacidade fsica temporria quando diagnosticada em inspecionandas que devero exercer atividades fsicas ou laborativas que possam colocar em risco a sade da gestante ou do feto. As causas de incapacidade em Inspees de Sade da Aeronutica esto definidas na ICA 160-1, Instrues Reguladoras das Inspees de Sade (IRIS), e esto descritas no anexo J desta Instruo.

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PROCEDIMENTOS EM CASOS DE DISTRBIOS DO METABOLISMO DA GLICOSE

14.1 Os valores propostos para a glicemia plasmtica so referidos a amostras obtidas aps jejum de doze horas, devendo o inspecionando estar isento da utilizao de medicamentos ou quaisquer substncias que contenham princpios ativos, capazes de interferir no metabolismo dos glicdios. 14.2 Os aeronavegantes que necessitem de insulina para o controle da glicemia sero julgados APTO COM RESTRIO PARA ATIVIDADE AREA. 14.3 PROCEDIMENTOS NAS INSPEES DE SADE INICIAIS: 14.3.1 Nos casos de Glicose Plasmtica inferior a 50mg/dl (cinqenta) confirmadas aps duas repeties, em dias diferentes o candidato ser considerado INCAPAZ PARA O FIM A QUE SE DESTINA. 14.3.2 Nos casos de Glicose Plasmtica entre 50 (cinqenta) e 69 mg/dl (sessenta e nove) confirmadas aps duas repeties, em dias diferentes o julgamento ficar na dependncia de parecer especializado (Endocrinologia). 14.3.3 Nos casos de Glicose Plasmtica entre 70 (setenta) e 109 mg/dl (cento e nove) o candidato ser considerado APTO. 14.3.4 Nos casos de Glicose Plasmtica entre 110mg/dl (cento e dez) e 126mg/dl (cento e vinte e seis) o candidato dever ser submetido a um Teste Oral de Tolerncia Glicose (TOTG), rigorosamente executado e analisado de acordo com os critrios da Organizao Mundial de Sade (OMS), conforme estabelecidos nos quadros 5, 6 e 7. Quadro 5 VALORES NORMAIS JEJUM < 126 mg/dl 30 e 60 min. < 200 mg/dl 120 min. < 140 mg/dl Quadro 6 TOLERNCIA DIMINUDA GLICOSE (INTOLERNCIA GLICOSE) JEJUM < 126 mg/dl 30 e 60 min. um valor > ou = 200 mg/dl 120 min. entre 140 e 199 mg/dl Quadro 7 DIABETES MELLITUS JEJUM > 126 mg/dl 30 e 60 min. um valor > ou = 200 mg/dl 120 min. > ou = 200 mg/dl

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ICA 160-6/2009 a) nos TOTG com nveis de glicose nos limites previstos no Quadro 6 o candidato ser considerado APTO, devendo ser assinalado o diagnstico de Intolerncia Glicose. b) nos TOTG com nveis de glicose com resultados previstos no Quadro 7 o candidato ser considerado INCAPAZ PARA O FIM A QUE SE DESTINA, com o diagnstico de Diabetes Mellitus.

14.3.5 Glicose Plasmtica acima de 126mg/dl (cento e vinte e seis), confirmadas aps duas repeties, em dias diferentes: o candidato ser considerado INCAPAZ PARA O FIM A QUE SE DESTINA, com o diagnstico de Diabetes Mellitus. No caso de um dos resultados ficar abaixo de 126mg/dl (cento e vinte e seis), devero ser aplicados os critrios descritos no subitem anterior. 14.4 PROCEDIMENTOS NAS INSPEES DE SADE PERIDICAS 14.4.1 Os inspecionandos em uso de hipoglicemiantes orais sero julgados APTO, DEVENDO FAZER TRATAMENTO ESPECIALIZADO. 14.4.2 Os portadores de glicemia inferior a 50 mg/dl (cinqenta), confirmada aps duas repeties, em dias diferentes, sero incapacitados temporariamente e encaminhados Endocrinologia. 14.4.3 Os portadores de glicemias entre 50 (cinqenta) e 69 mg/dl (sessenta e nove), confirmadas aps duas repeties, em dias diferentes, tero o seu julgamento na dependncia de parecer da Endocrinologia. 14.4.4 Nos casos de Hipoglicemia Reativa, Hipoglicemias de difcil controle ou fora de possibilidade teraputica, o Aeronavegante ser considerado INCAPAZ DEFINITIVAMENTE PARA O EXERCCIO DA ATIVIDADE AREA, PODENDO EXERCER ATIVIDADES DE TERRA. 14.4.5 Os portadores de Glicose Plasmtica entre 70 (setenta) e 109 mg/dl (cento e nove) sero considerados APTOS. 14.4.6 Os portadores de Glicose Plasmtica entre 110 (cento e dez) e 126mg/dl (cento e vinte e seis) confirmados aps duas repeties, em dias diferentes devero ser submetidos a TOTG. a) nos TOTG com padro de intolerncia glicose, conforme resultados previstos no Quadro 6, os inspecionandos sero considerados APTO devendo ser assinalado o diagnstico de Intolerncia Glicose; e b) nos TOTG com nveis de glicose com resultados previstos no quadro 7 configura-se o diagnstico de Diabetes Mellitus, sendo o inspecionando encaminhado para tratamento especializado (Endocrinologia). 14.4.7 Nos casos de diagnstico de Diabetes Mellitus, os inspecionandos aeronavegantes devero ser submetidos a protocolo com vistas a provar: a) no possuir retinopatia, nefropatia, neuropatia ou qualquer outra manifestao de microangiopatia diabtica; b) possuir um estado nutricional adequado; c) ter nveis normais de hemoglobina glicosilada;

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d) no possuir condies que possibilitem o surgimento de hipoglicemia, tais como: doena renal, doena heptica, insuficincia adrenocortical, alcoolismo, uso crnico de alguns medicamentos (salicilatos ou outros considerados hipoglicemiantes) e idade, de acordo com o quadro clnico; e e) no depender da utilizao de insulina, para controle metablico cotidiano, associada ou no a hipoglicemiantes orais. 14.4.8 Nas situaes previstas no item anterior, caso o inspecionando aeronavegante atenda as condies descritas, ser considerado APTO, devendo fazer tratamento especializado e com restrio definitiva para o vo solo, aviao de alta performance (caa/ataque), instruo area, combate areo, demonstrao area, aviao embarcada, piloto de provas. 14.4.9 Caso o inspecionando no atenda s condies previstas no item 14.4.7, ser incapacitado temporariamente por at 180 (cento e oitenta) dias para o exerccio da atividade area, devendo ser acompanhado por clnica especializada. Ao trmino do prazo, persistindo as alteraes, ser definida a situao do inspecionando. De acordo com a gravidade da doena, podero ser considerados APTO COM RESTRIO DEFINITIVA PARA ATIVIDADE AREA, PODENDO EXERCER ATIVIDADES DE TERRA, ou INCAPAZ DEFINITIVAMENTE PARA O SERVIO MILITAR. 14.4.10 Os militares no aeronavegantes com diagnstico de Diabetes Mellitus sero considerados APTO DEVENDO FAZER TRATAMENTO ESPECIALIZADO. De acordo com a gravidade da doena e a avaliao especializada, podero ser julgados APTO COM RESTRIO, INCAPAZ TEMPORARIAMENTE ou INCAPAZ DEFINITIVAMENTE PARA O SERVIO MILITAR. 14.5 Nos casos de distrbios do metabolismo da glicose em inspecionandos da Aviao Civil, ATCO e OEA sero adotados os procedimentos previstos em legislao especfica.

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CASOS ESPECIAIS DE CARDIOLOGIA EM AERONAVEGANTES

Os casos de cardiopatia com possibilidade de constituir uma incapacidade definitiva, em Aeronavegante militares, no devero ser julgados pela junta examinadora e sim remetidos JES do CEMAL, a quem caber julgar e expedir o Carto de Sade (CS), se for o caso. 15.1 INFARTO DO MIOCRDIO 15.1.1 Nas Inspees de Sade iniciais os inspecionandos sero julgados: INCAPAZ PARA O FIM A QUE SE DESTINA. 15.1.2 Os inspecionandos militares acometidos de Infarto do Miocrdio podero ser reavaliados, para o retorno de suas atividades em terra, aps transcorridos 180 (cento e oitenta) dias do episdio do infarto, ou a critrio da Junta. 15.1.3 A aptido para o exerccio da atividade area, para os pilotos militares, ser avaliada e considerada aps terem transcorridos 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias do incio da patologia que originou a incapacidade. O julgamento nesses casos ser APTO COM RESTRIO DEFINITIVA PARA O VO SOLO E DE INSTRUO. Os reexames sero realizados em perodos mximos de 180 (cento e oitenta) dias, desde que no apresentem as seguintes anormalidades: a) insuficincia cardaca; b) angina de peito; c) eletrocardiograma dinmico (Holter) 24h apresentando arritmias graves ou isquemia miocrdica; d) cintilografia miocrdica de esforo - repouso com resposta isqumica; e) cardiomegalia acentuada; f) cineangiocoronariografia com ventriculografia mostrando: 1) aterosclerose significativa de um ou mais vasos; 2) funo ventricular anormal ou presena de alteraes segmentares significativas; 3) presena de trombos intraventriculares ou outras complicaes devido ao acidente isqumico coronariano. 4) lipidograma anormal; e 5) anormalidades na entrevista psicolgica e psiquitrica. 15.1.4 A aptido para o exerccio da atividade area dos Aeronavegantes no pilotos poder ser avaliada e considerada aps terem transcorridos 180 (cento e oitenta) dias do episdio do infarto que deu origem a incapacidade, desde que no apresentem as anormalidades citadas no item 15.1.3.

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15.2 PORTADORES DE CIRURGIA DE REVASCULARIZAO MIOCRDICA OU ANGIOPLASTIA CORONARIANA, SEM INFARTO DO MIOCRDIO 15.2.1 Nas Inspees de Sade iniciais os inspecionandos sero julgados: INCAPAZ PARA O FIM A QUE SE DESTINA. 15.2.2 A aptido para o exerccio da atividade area, para pilotos, poder ser avaliada e considerada, aps decorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias de incapacidade, desde que atendam as seguintes exigncias: a) ausncia das anormalidades citadas no item 15.1.3; e b) cineangiocoronariografia, demonstrando desobstruo das pontes, artrias e boa funo ventricular. 15.2.3 Atendendo s exigncias, previstas no item anterior, o julgamento ser APTO COM RESTRIO DEFINITIVA PARA O VO SOLO E DE INSTRUO. Os reexames sero realizados em perodos mximos de 180 (cento e oitenta) dias. 15.2.4 Os Aeronavegantes militares no pilotos, podero ser considerados "APTOS" para o