sistema fiscal portuguÊs - cÓdigos fiscais e outra ...decreto-lei n.º 20/90, de 13 de janeiro, é...

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. Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 1/30 SISTEMA FISCAL PORTUGUÊS - CÓDIGOS FISCAIS E OUTRA LEGISLAÇÃO FUNDAMENTAL - 8ª edição Compilação organizada por José M. M. Marreiros e Maria Helena Marques Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 Pág. da adenda Atualização dos diplomas já incluídos no livro 1 a 13 7 – Legislação Complementar Inserida por ordem cronológica, sem prejuízo da inserida em notas a artigos dos diplomas Aditamento de novos diplomas criação das PÁG. 695 a 711 14 a 30 Obs.: Antes de imprimir deve ler a folha de rosto da Adenda Índices em www.areaseditora.pt 7 – LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR ------------------------------------------------------------------------------ PÁG. 513 - Revogação DL n.º 463/79, de 30/11 (Revogado e subtituído pelo DL n.º 14/2013, de 28/01, com entrada em vigor em 27/02/2013) (*) _____________________________________________________________ (*) O DL n.º 14/2013, de 28/01, encontra-se no presente ponto [7], p. 706. A norma transitória prevista no n.º 1 do art. 43.º desse DL, refere que mantém-se em vigor a Portaria n.º 377/2003, de 10/05, quando deveria referir a Portaria n.º 255/2012, de 27/08, o que deve ser objeto de retificação. Esta portaria aprovou um novo modelo do cartão de contribuinte e revogou a anterior, de acordo com o seguinte texto: «Portaria n.º 255/2012, de 27 de agosto Considerando que o cartão de cidadão, aprovado pela Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, veio substituir o cartão de contribuinte para os cidadãos nacionais, bem como para os cidadãos brasileiros que recorreram à faculdade prevista no n.º 2 do artigo 3.º daquela lei; Considerando que, por força do disposto no n.º 1 do artigo 39.º do Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro, deixaram, a partir da sua entrada em vigor, de ser emitidos cartões de identificação fiscal de pessoa coletiva para todas as entidades abrangidas pelo artigo 3.º do referido diploma; Considerando que a emissão do cartão de contribuinte fica circunscrita às pessoas singulares que não tenham nacionalidade portuguesa, com exceção dos cidadãos brasileiros que recorram à faculdade prevista no n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, bem como às entidades não abrangidas pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro; Considerando que, face às alterações legislativas entretanto ocorridas, importa adaptar o modelo de cartão de contribuinte, não se justificando a existência de dois modelos, um para pessoas singulares e outro para pessoas coletivas; Considerando que o modelo de cartão de contribuinte pode ser simplificado, eliminando-se a incorporação no mesmo de elementos que se consideram indispensáveis; Considerando a necessidade de fazer refletir no cartão de contribuinte o atual logótipo da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT): Assim: Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Finanças, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 463/79, de 30 de novembro, na redação dada pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 266/91, de 6 de agosto, o seguinte: Artigo 1.º É aprovado o novo modelo, em anexo à presente portaria, do cartão de contribuinte. Artigo 2.º O cartão de contribuinte possui duas faces, sendo impresso na frente: a) A expressão «Pessoa Singular» ou «Pessoa Coletiva», antecedendo o número de identificação fiscal e o nome ou denominação; b) A data de emissão do respetivo cartão. Artigo 3.º Por força do disposto na Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, e no Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro, o cartão de contribuinte apenas é emitido em nome de: a) Pessoas singulares que não tenham nacionalidade portuguesa, com exceção dos cidadãos brasileiros que recorram à faculdade prevista no n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro; b) Entidades não abrangidas pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 247- B/2008, de 30 de dezembro. Artigo 4.º Quando o contribuinte pessoa singular passe a ser titular do cartão de cidadão, cessa, automaticamente, a validade do seu cartão de contribuinte de pessoa singular. Artigo 5.º Quando o contribuinte pessoa coletiva ou entidade equiparada, abrangido pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro, passe a ser titular de cartão de empresa ou de cartão de pessoa coletiva, cessa, automaticamente, a validade do seu cartão de contribuinte de pessoa coletiva. Artigo 6.º Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, mantêm-se válidos os cartões de contribuinte emitidos pela administração fiscal, incluindo os emitidos nos termos da Portaria n.º 862/99, de 8 de outubro. Artigo 7.º É revogada a Portaria n.º 377/2003, de 10 de maio. Artigo 8.º A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. O Ministro de Estado e das Finanças, Vítor Louçã Rabaça Gaspar, em 14 de agosto de 2012. Anexo (…)» (O modelo do cartão de contribuinte anexo à presente portaria pode ser consultado em www.portaldasfinancas.gov.pt) _______________________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------------------------- DL n.º 221/85, de 3/07 PÁG. 516 Artigo 4.º … 1 - … 2 - As faturas respeitantes a prestações de serviços abrangidas pelo presente diploma não podem discriminar o imposto devido e devem conter a menção ‘Regime da margem de lucro - Agências de viagens’, não conferindo, em qualquer caso, direito à dedução do imposto. (Redação do DL n.º 197/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/01/2013) --------------------------------------------------------------------------- DL n.º 20/90, de 13/01 PÁG. 539 Nota (1) ao Artigo 2.º ______________________________________________________________ (1) - n.ºs 1 e 2 do art. 251.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013: «1 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, são repristinados, durante o ano de 2013, o n.º 2 do artigo 65.º da Lei n.º 16/2001, de 22 de junho, alterada pelas Leis n.ºs 91/2009, de 31 de agosto, e 3-B/2010, de 28 de abril, e as alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 20/90, de 13 de janeiro, alterado pela Lei n.º 52-C/96, de 27 de dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 323/98, de 30 de outubro, pela Lei n.º 30-C/2000, de 29 de dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, revogados pelo n.º 1 do artigo 130.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro. 2 - A restituição prevista nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 20/90, de 13 de janeiro, é feita em montante equivalente a 50 % do IVA suportado, exceto nos casos de operações abrangidas pelo n.º 2 do artigo 130.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, relativamente às quais se mantém em vigor o direito à restituição de um montante equivalente ao IVA suportado.» ______________________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------------------------

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Page 1: SISTEMA FISCAL PORTUGUÊS - CÓDIGOS FISCAIS E OUTRA ...Decreto-Lei n.º 20/90, de 13 de janeiro, é feita em montante equivalente a 50 % do IVA suportado, exceto nos casos de operações

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 1/30

SISTEMA FISCAL PORTUGUÊS - CÓDIGOS FISCAIS E OUTRA LEGISLAÇÃO FUNDAMENTAL - 8ª edição

Compilação organizada por José M. M. Marreiros e Maria Helena Marques

Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 Pág. da adenda

Atualização dos diplomas já incluídos no livro 1 a 13 7 – Legislação Complementar

Inserida por ordem cronológica, sem prejuízo da inserida em notas a artigos dos diplomas Aditamento de novos diplomas –

– criação das PÁG. 695 a 711 14 a 30

Obs.: Antes de imprimir deve ler a folha de rosto da Adenda Índices em www.areaseditora.pt

7 – LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR ------------------------------------------------------------------------------ PÁG. 513 - Revogação

DL n.º 463/79, de 30/11 (Revogado e subtituído pelo DL n.º 14/2013, de 28/01, com entrada

em vigor em 27/02/2013) (*) _____________________________________________________________

(*) O DL n.º 14/2013, de 28/01, encontra-se no presente ponto [7], p. 706.

A norma transitória prevista no n.º 1 do art. 43.º desse DL, refere que mantém-se em vigor a Portaria n.º 377/2003, de 10/05, quando deveria referir a Portaria n.º 255/2012, de 27/08, o que deve ser objeto de retificação.

Esta portaria aprovou um novo modelo do cartão de contribuinte e revogou a anterior, de acordo com o seguinte texto:

«Portaria n.º 255/2012, de 27 de agosto Considerando que o cartão de cidadão, aprovado pela Lei n.º 7/2007,

de 5 de fevereiro, veio substituir o cartão de contribuinte para os cidadãos nacionais, bem como para os cidadãos brasileiros que recorreram à faculdade prevista no n.º 2 do artigo 3.º daquela lei;

Considerando que, por força do disposto no n.º 1 do artigo 39.º do Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro, deixaram, a partir da sua entrada em vigor, de ser emitidos cartões de identificação fiscal de pessoa coletiva para todas as entidades abrangidas pelo artigo 3.º do referido diploma;

Considerando que a emissão do cartão de contribuinte fica circunscrita às pessoas singulares que não tenham nacionalidade portuguesa, com exceção dos cidadãos brasileiros que recorram à faculdade prevista no n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, bem como às entidades não abrangidas pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro;

Considerando que, face às alterações legislativas entretanto ocorridas, importa adaptar o modelo de cartão de contribuinte, não se justificando a existência de dois modelos, um para pessoas singulares e outro para pessoas coletivas;

Considerando que o modelo de cartão de contribuinte pode ser simplificado, eliminando-se a incorporação no mesmo de elementos que se consideram indispensáveis;

Considerando a necessidade de fazer refletir no cartão de contribuinte o atual logótipo da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT):

Assim: Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Finanças, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 463/79, de 30 de novembro, na redação dada pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 266/91, de 6 de agosto, o seguinte:

Artigo 1.º É aprovado o novo modelo, em anexo à presente portaria, do cartão de

contribuinte. Artigo 2.º

O cartão de contribuinte possui duas faces, sendo impresso na frente: a) A expressão «Pessoa Singular» ou «Pessoa Coletiva», antecedendo

o número de identificação fiscal e o nome ou denominação; b) A data de emissão do respetivo cartão.

Artigo 3.º Por força do disposto na Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, e no

Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro, o cartão de contribuinte apenas é emitido em nome de:

a) Pessoas singulares que não tenham nacionalidade portuguesa, com exceção dos cidadãos brasileiros que recorram à faculdade prevista no n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro;

b) Entidades não abrangidas pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro.

Artigo 4.º Quando o contribuinte pessoa singular passe a ser titular do cartão de

cidadão, cessa, automaticamente, a validade do seu cartão de contribuinte de pessoa singular.

Artigo 5.º Quando o contribuinte pessoa coletiva ou entidade equiparada,

abrangido pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro, passe a ser titular de cartão de empresa ou de cartão de pessoa coletiva, cessa, automaticamente, a validade do seu cartão de contribuinte de pessoa coletiva.

Artigo 6.º Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, mantêm-se válidos os

cartões de contribuinte emitidos pela administração fiscal, incluindo os emitidos nos termos da Portaria n.º 862/99, de 8 de outubro.

Artigo 7.º É revogada a Portaria n.º 377/2003, de 10 de maio.

Artigo 8.º A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

O Ministro de Estado e das Finanças, Vítor Louçã Rabaça Gaspar, em 14 de agosto de 2012.

Anexo (…)»

(O modelo do cartão de contribuinte anexo à presente portaria pode ser consultado em www.portaldasfinancas.gov.pt) _______________________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------------------------- DL n.º 221/85, de 3/07 PÁG. 516

Artigo 4.º … 1 - … 2 - As faturas respeitantes a prestações de serviços abrangidas

pelo presente diploma não podem discriminar o imposto devido e devem conter a menção ‘Regime da margem de lucro - Agências de viagens’, não conferindo, em qualquer caso, direito à dedução do imposto. (Redação do DL n.º 197/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/01/2013) --------------------------------------------------------------------------- DL n.º 20/90, de 13/01 PÁG. 539 – Nota (1) ao Artigo 2.º ______________________________________________________________

(1) … - n.ºs 1 e 2 do art. 251.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada

em vigor em 01/01/2013: «1 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, são repristinados,

durante o ano de 2013, o n.º 2 do artigo 65.º da Lei n.º 16/2001, de 22 de junho, alterada pelas Leis n.ºs 91/2009, de 31 de agosto, e 3-B/2010, de 28 de abril, e as alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 20/90, de 13 de janeiro, alterado pela Lei n.º 52-C/96, de 27 de dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 323/98, de 30 de outubro, pela Lei n.º 30-C/2000, de 29 de dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, revogados pelo n.º 1 do artigo 130.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro.

2 - A restituição prevista nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 20/90, de 13 de janeiro, é feita em montante equivalente a 50 % do IVA suportado, exceto nos casos de operações abrangidas pelo n.º 2 do artigo 130.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, relativamente às quais se mantém em vigor o direito à restituição de um montante equivalente ao IVA suportado.» ______________________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------------------------

Page 2: SISTEMA FISCAL PORTUGUÊS - CÓDIGOS FISCAIS E OUTRA ...Decreto-Lei n.º 20/90, de 13 de janeiro, é feita em montante equivalente a 50 % do IVA suportado, exceto nos casos de operações

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 2/30

DL n.º 198/90, de 19/06 – Artigo 5.º PÁG. 544

Artigo 5.º 1 - As faturas referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do

Código do IVA devem ser processadas através de sistemas informáticos ou ser pré-impressas em tipografias autorizadas, de acordo com as regras previstas no n.º 1 do artigo 8.º e nos artigos 9.º a 11.º do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos do IVA, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, e pelo Decreto-Lei n.º 198/2012. (Redação do DL n.º 197/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/01/2013) (1)

2 a 6 - …

DL n.º 42/91, de 22/01 PÁG. 548

Artigo 6.º 1 a 3 - … 4 - A retenção mensal não pode exceder 45% do rendimento de

cada uma das categorias A e H, pago ou colocado à disposição de cada titular no mesmo período. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013) --------------------------------------------------------------------------- PÁG. 549 – Nota (1) ao Artigo 8.º ______________________________________________________________

(1) … O n.º 1 do art. 8.º deve considerar-se novamente alterado a partir de 01/01/2013, por força da nova redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, ao n.º 1 do art. 101.º do CIRS [2.1], p. 190. ______________________________________________________________________

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

PÁG. 551 a 556 Obs.: As tabelas de retenção na fonte de IRS sobre rendimentos do trabalho dependente e pensões, aplicáveis a titulares residentes em território português nos anos de 2012 e 2013, constam em adendas autónomas do ponto [7] – LINK a partir da Adenda Índices.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

PÁG. 557 a 561 - Tabela prática das Convenções para Evitar a Dupla Tributação – Aditamentos e outras alterações …

Colômbia Resolução da Assembleia

da República nº 46/2012, de 13 de Abril

Falta Aviso s) 10º 10% 11º 10% 12º 10%

Emirados Árabes Unidos

Resolução da Assembleia da República nº 47/2012, de

13 de Abril

Aviso n.º 59/2012 publicado em 11-06-2012

EM VIGOR DESDE 22-05-2012 10º 5% w)

15% b) 11º 10% 12º 5%

Hong Kong Resolução da Assembleia

da República nº 49/2012, de 16 de Abril

Aviso n.º 53/2012 publicado em 01-06-2012

EM VIGOR DESDE 03-06-2012 10º 5% w)

10% b) 11º 10% r) 12º 5%

Japão Resolução da Assembleia

da República nº 50/2012, de 17 de Abril

Falta Aviso s) 10º 5% r)

10% b) 11º 5% 12º 5%

Luxemburgo

Resolução da Assembleia da República nº 56/2000, de 30 de Junho. Protocolo e Protocolo Adicional que

alteram a CDT - Res. Ass. Rep. 45/2012, de 12-04

Aviso n.º 256/2000 Publicado em 30-12-2000

EM VIGOR DESDE 30-12-2000 Protocolo e Protocolo Adicional EM VIGOR DESDE 18-05-2012

(Aviso n.º 65/2012, de 20-06-2012)

10º 15% 11º 10% n) 15% b) 12º 10%

Panamá Resolução da Assembleia da República n.º 48/2012

de 16 de Abril

Aviso n.º 69/2012 publicado em 09-08-2012

EM VIGOR DESDE 10-06-2012 10º 10% w)

15% b) 11º 10% 12º 10%

Qatar Resolução da Assembleia da República n.º 51/2012

de 17 de Abril

Falta Aviso s) 10º 5% w) r)

10% b) 11º 10% 12º 10%

Timor-Leste Resolução da Assembleia da República n.º 112/2012

de 09 de Agosto

Falta Aviso s) 10º 5% r)

10% b) 11º 10% 12º 10%

… -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

PÁG. 560

Notas: a) a u) … v) [Esta alínea destina-se a uma nota a incluir após a entrada em

vigor da nova CDT celebrada entre Portugal e a Noruega, aprovada pela Resolução da Assembleia da República n.º 44/2012, de 12/04, que ainda se encontra pendente de troca dos instrumentos de ratificação e do Aviso do MNE]

w) Se o beneficiário efetivo for uma sociedade (com exceção de uma sociedade de pessoas) que detenha, diretamente, pelo menos 10% do capital da sociedade que paga os dividendos.

--------------------------------------------------------------------------

PÁG. 560/561 – Nota (2) (**) __________________________________________________________

(2) … «Despacho n.º 22600/2009, publicado em 14 de outubro

… (**) Lista dos Estados que comunicaram a impossibilidade de

certificação dos formulários modelos 21-RFI a 24-RFI, aos quais se aplica o Despacho n.º 22600/2009:

Brasil Chile Marrocos México Paquistão Turquia (periodicamente atualizada pela AT em www.portaldasfinancas.gov.pt) ------------------------------------------------------------------------------------

Page 3: SISTEMA FISCAL PORTUGUÊS - CÓDIGOS FISCAIS E OUTRA ...Decreto-Lei n.º 20/90, de 13 de janeiro, é feita em montante equivalente a 50 % do IVA suportado, exceto nos casos de operações

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 3/30

DL n.º 229/95, de 11/09

PÁG. 561 a 563 - – Alterações ao índice e a todos os artigos ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

DECRETO-LEI N.º 229/95, DE 11 DE SETEMBRO Artigo 1.º - Locais de cobrança Artigos 2.º e 3.º (Revogados) Artigo 4.º - Meios de pagamento Artigo 4.º-A - Formas de pagamento Artigo 5.º - Certidão de dívida Artigo 6.º - Compensação Artigo 7.º - Erros na liquidação Artigo 8.º - Utilização dos créditos Artigo 9.º - Pagamento inconsistente

Artigo 10.º - Documento único de cobrança Artigo 11.º (Revogado) Artigo 12.º - Pagamentos nulos Artigo 13.º (Revogado) Artigo 14.º - Pedido de reembolso Artigo 15.º - Pagamento dos reembolsos Artigos 16.º e 17.º (Revogados) Artigo 18.º - Anexos à declaração periódica Artigos 19.º, 20.º e 21.º (Revogados) Artigo 22.º - Produção de efeitos

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Artigo 1.º - Locais de cobrança

(Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012) 1 - O pagamento do imposto sobre o valor acrescentado (IVA)

deve ser efetuado nos locais de cobrança legalmente autorizados. 2 - Para efeitos do número anterior consideram-se 'locais de

cobrança legalmente autorizados' as secções de cobrança dos serviços de finanças, os balcões dos CTT, bem como as instituições de crédito que tenham celebrado os necessários acordos com a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E. P. E. (IGCP).

3 - O pagamento do imposto pode ainda ser feito através de sistema de pagamento automático Multibanco ou do serviço de Homebanking nas instituições de crédito que o disponibilizem.

4 - A certificação ou o recibo emitido pelas entidades cobradoras da receita constitui prova de pagamento.

5 - As normas deste diploma não se aplicam ao imposto cuja liquidação e cobrança compete aos serviços aduaneiros nos termos dos n.ºs 3 e 4 do artigo 28.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, abreviadamente designado Código do IVA.

Artigos 2.º e 3.º (Revogados pela Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012

Artigo 4.º - Meios de pagamento (Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

1 - O pagamento do imposto só pode ser efetuado: a) Com moeda corrente; b) Por cheque sacado sobre instituição de crédito localizada no

território nacional ou em outro Estado membro da União Europeia, ou no Espaço Económico Europeu;

c) Por transferência bancária, efetuada mediante instituição de crédito localizada no território nacional ou em outro Estado membro da União Europeia, ou no Espaço Económico Europeu, devendo conter a referência de pagamento;

d) Através de outras entidades cobradoras que, para esse efeito, venham a celebrar com o IGCP os necessários acordos.

2 e 3 - (Revogados)

Artigo 4.º-A - Formas de pagamento (Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

Para cumprimento da obrigação de pagamento do imposto, estabelecida no artigo 27.º do Código do IVA, os sujeitos passivos devem utilizar, consoante o caso, um dos seguintes documentos a obter no Portal das Finanças:

a) Documento de pagamento gerado após a submissão da respetiva declaração periódica;

b) Guia de pagamento do modelo P2, DUC (Documento Único de Cobrança), aprovado pela Portaria n.º 92/2004, de 23 de janeiro.

Artigo 5.º - Certidão de dívida (Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

Quando não for efetuado o pagamento do imposto ou o pagamento se mostre insuficiente face ao valor do imposto apurado pelo sujeito passivo na declaração periódica enviada, é extraída a respetiva certidão de dívida, nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 6 do artigo 27.º do Código do IVA.

Artigo 6.º - Compensação (Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

1 - Quando o valor do pagamento efetuado for superior ao do imposto apurado com base nos valores indicados na declaração periódica correspondente, a diferença daí resultante é creditada em conta corrente, para efeitos da sua compensação com o imposto que vier a mostrar-se devido.

2 - Ultrapassado o prazo previsto no n.º 2 do artigo 88.º do Código do IVA e após o pagamento da liquidação oficiosa apurada nos termos do n.º 1 do mesmo artigo, à data da apresentação da respetiva declaração periódica será o valor de imposto considerado nos termos seguintes:

a) Se superior ao valor da referida liquidação oficiosa, será este tido em conta, mostrando-se apenas devida a diferença;

b) Se inferior ao valor da referida liquidação oficiosa, será a diferença creditada em conta corrente para efeitos de compensação em imposto que venha a mostrar-se devido;

c) Se houver imposto a favor do sujeito passivo, apurado na declaração periódica, será este creditado na conta corrente para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 22.º do Código do IVA, ficando o valor da liquidação oficiosa disponível para compensação em imposto que venha a mostrar-se devido.

Artigo 7.º - Erros na liquidação (Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

Havendo erro na liquidação resultante dos factos previstos no n.º 6 do artigo 78.º do Código do IVA e não efetuando o sujeito passivo a respetiva regularização pela forma e no prazo estabelecido no Código do IVA, a Autoridade Tributária e Aduaneira procede à retificação das declarações dos sujeitos passivos e emite a liquidação adicional que se mostrar devida, nos termos do artigo 87.º do mesmo Código, sem prejuízo de proceder a compensações com eventuais créditos que se encontrem disponíveis em conta corrente.

a) e b) (Revogadas)

Artigo 8.º - Utilização dos créditos (Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

1 - Para efeitos de utilização em períodos de imposto seguintes, são creditados na conta corrente do sujeito passivo os seguintes montantes:

a) Créditos apurados em declarações periódicas enviadas depois do termo do prazo previsto no artigo 41.º do Código do IVA;

b) Créditos resultantes de declarações periódicas de substituição, submetidas no prazo estabelecido no n.º 6 do artigo 78.º do referido Código, os quais serão repercutidos nas declarações periódicas dos períodos de imposto seguintes àqueles a que se reportam.

2 a 5 - (Revogados)

Artigo 9.º - Pagamento inconsistente (Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

Sempre que for efetuado um pagamento que não corresponda a qualquer valor autoliquidado, deverá a respetiva importância ser creditada em conta corrente, para efeitos da sua compensação em imposto que venha posteriormente a mostrar-se devido.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 4/30

Artigo 10.º - Documento único de cobrança (Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

Para efeitos do disposto no artigo 92.º do Código do IVA, a Autoridade Tributária e Aduaneira remete ao sujeito passivo devedor o documento único de cobrança a que se refere o artigo 11.º do regime da tesouraria do Estado, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 191/99, de 5 de junho.

Artigo 11.º (Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

Artigo 12.º - Pagamentos nulos (Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

São considerados nulos todos os pagamentos que, nos termos legais, não permitam a arrecadação da receita relativa ao IVA, nomeadamente os efetuados com cheques sem provisão ou sem observância dos necessários requisitos formais, procedendo a Autoridade Tributária e Aduaneira à extração de certidão de dívida, nos termos do n.º 6 do artigo 27.º do Código do IVA.

Artigo 13.º (Revogado pela Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

Artigo 14.º - Pedido de reembolso (Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

1 - Os reembolsos do IVA são solicitados: a) Nos casos previstos nos n.ºs 5 e 6 do artigo 22.º do Código

do IVA, através da declaração prevista na alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º ou, tratando-se de sujeitos passivos abrangidos pelo regime especial dos pequenos retalhistas, na declaração referida na alínea b) do n.º 1 do artigo 67.º, ambas do mesmo Código;

b) Nos demais casos previstos na lei, em formulário de modelo aprovado.

2 - Apresentado o pedido de reembolso, fica o sujeito passivo impedido de proceder à dedução prevista no n.º 4 do artigo 22.º do Código do IVA pela respetiva importância, até à comunicação da decisão que recair sobre o pedido.

3 - Para efeitos de concessão do reembolso, são considerados apenas os pedidos que constem de declaração periódica enviada dentro do respetivo prazo legal, ainda que se trate de declaração de substituição, sem prejuízo dos respetivos acertos em conta corrente resultantes de valores apurados em declarações apresentadas para além do referido prazo.

4 - Sempre que o sujeito passivo seja devedor de IVA é suspensa a concessão de reembolsos que não estejam garantidos nos termos do artigo 22.º do Código do IVA, até que o imposto seja pago ou garantido nos termos do artigo 169.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, aprovado pelo Decreto- -Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, sem prejuízo de poder ser efetuada a compensação com créditos tributários, nos termos do artigo 90.º deste Código.

5 - No caso de cessação de atividade, de alteração para um dos regimes especiais ou quando o sujeito passivo passe a praticar exclusivamente operações isentas que não conferem direito à dedução, os pedidos de reembolso apenas são considerados se solicitados em declaração apresentada dentro do prazo fixado no n.º 2 do artigo 98.º do Código do IVA.

Artigo 15.º - Pagamento dos reembolsos

(Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012) 1 - O pagamento dos reembolsos do IVA é efetuado pelo IGCP

por ordem da Direção de Serviços de Reembolsos da Autoridade Tributária e Aduaneira, através de transferência bancária para conta indicada pelo sujeito passivo, que se mostre válida e vigente em qualquer instituição de crédito localizada em território nacional ou em outro Estado membro da União Europeia, ou no Espaço Económico Europeu.

2 - Na falta das condições referidas no número anterior, o pagamento dos reembolsos será efetuado por cheque do IGCP.

3 - O meio de pagamento a que se refere o número anterior tem o prazo de validade de 60 dias.

4 e 5 - (Revogados)

Artigos 16.º e 17.º (Revogados pela Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

Artigo 18.º - Anexos à declaração periódica (Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

1 - Os anexos relativos às operações que, nos termos do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto, alterado pela Lei n.º 2/92, de 9 de março, pelo Decreto-Lei n.º 166/94, de 9 de junho, pela Lei n.º 39-B/94, de 27 de dezembro, pelo decreto-lei n,º 91/96, de 12 de julho, e pelas Leis n.ºs 16-A/2002, de 31 de maio, 39/2005, de 24 de junho, 26-A/2008, de 27 de junho, 12-A/2010, de 30 de junho, e 55-A/2010, de 31 de dezembro, e pela Lei n.º 14-A/2012, de 30 de março, se considerem localizadas em cada uma das regiões autónomas, devem ser submetidos com a respetiva declaração periódica da qual são parte integrante.

2 - (Revogado)

Artigos 19.º, 20.º e 21.º (Revogados pela Lei n.º 64/2012, de 20/12, com efeitos a 01/01/2012)

Artigo 22.º - Produção de efeitos (Redação da Lei n.º 64/2012, de 20/12)

O presente diploma produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2012.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- DL n.º 199/96, de 18/10 PÁG. 565

Artigo 6.º 1 - As faturas relativas às transmissões efetuadas ao abrigo do

regime especial de tributação da margem, emitidas pelos sujeitos passivos revendedores, não podem discriminar o imposto devido e devem conter a menção ‘Regime da margem de lucro - Bens em segunda mão’, ‘Regime da margem de lucro - Objetos de arte’ ou ‘Regime da margem de lucro - Objetos de coleção e antiguidades’, conforme os casos. (Redação do DL n.º 197/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/01/2013)

2 e 3 - … ---------------------------------------------------------------------------

DL n.º 204/97, de 09/08 PÁG. 568

Artigo 7.º 1 - As faturas relativas a operações abrangidas pelo artigo 1.º

devem ser numeradas seguidamente numa série especial, convenientemente referenciada, e conter a menção ‘Exigibilidade de caixa’. (Redação do DL n.º 197/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/01/2013)

2 a 4 - … ---------------------------------------------------------------------------

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 5/30

DL n.º 14/98, de 28/01 PÁG. 570 – Nota (1) ao Artigo 1.º __________________________________________________________

(1) … Deve ainda ter-se em atenção o disposto no art. 246.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013:

«Artigo 246.º - Incentivos à aquisição de empresas em situação económica difícil

O regime de incentivos à aquisição de empresas instituído pelo Decreto-Lei n.º 14/98, de 28 de janeiro, aplica-se igualmente aos processos aprovados pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento no âmbito do Sistema de Incentivos à Revitalização e Modernização do Tecido Empresarial (SIRME).» __________________________________________________________ --------------------------------------------------------------------------- DL n.º 29/98, de 11/02

PÁG. 574 – Aditamento ao Regulamento

Artigo 18.º-A - Devolução de taxa de justiça (Aditado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em

01/01/2013) Se o interessado não pretender utilizar o documento

comprovativo do pagamento da taxa de justiça inicial, requer à administração tributária, no prazo de seis meses após a emissão, a devolução da quantia paga, mediante entrega do original ou documento de igual valor, sob pena de reversão para a referida entidade. --------------------------------------------------------------------------- DL n.º 362/99, de 16/09

PÁG. 585/586 - Regime especial

Artigo 5.º … 1 a 3 - … 4 - A renúncia à isenção deve ser exercida caso a caso e a

respetiva fatura, quando o adquirente seja um sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, deve conter a menção ‘IVA – autoliquidação’. (Redação do DL n.º 197/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/01/2013) …

Artigo 10.º … 1 - … 2 - As faturas referentes às transmissões de ouro sob a forma de

matéria-prima ou de produtos semitransformados de toque igual ou superior a 325 milésimos devem conter expressamente a menção ‘IVA – autoliquidação’, quando o adquirente seja um sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, que tenha direito à dedução total ou parcial do imposto. (Redação do DL n.º 197/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/01/2013) …

Artigo 12.º … 1 - Os sujeitos passivos que efetuem operações abrangidas no

âmbito do presente diploma devem possuir um registo com a identificação de cada cliente com quem realizem operações de montante igual ou superior a € 3 000, ainda que não se encontrem obrigados ao pagamento do imposto nos termos do artigo 10.º. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013)

2 a 4 - … --------------------------------------------------------------------------- DL n.º 418/99, de 21/10

PÁG. 587 - Regime especial

Artigo 5.º … 1 - As faturas relativas a operações abrangidas pelo artigo 1.º

devem ter uma série especial e conter a menção ‘Exigibilidade de caixa’. (Redação do DL n.º 197/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/01/2013)

2 a 4 - … ---------------------------------------------------------------------------

Lei n.º 16/2001, de 22/06

PÁG. 590 Artigo 32.º …

1 a 9 - … 10 - As verbas referidas nos n.ºs 4 e 6, respeitantes a imposto

sobre o rendimento das pessoas singulares liquidado com base nas declarações de rendimentos entregues dentro do prazo legal, devem ser transferidas para as entidades beneficiárias até 31 de março do ano seguinte à da entrega da referida declaração. (Aditado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013) … PÁG. 591 – Nota (1) ao Artigo 65.º __________________________________________________________

(1) … Deve ainda ter-se em atenção que, para o ano de 2013, este n.º 2 foi repristinado pelo n.º 1 do art. 251.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, transcrito em nota ao art. 2.º do DL n.º 20/90, no presente ponto [7], p. 539. __________________________________________________________ --------------------------------------------------------------------------- DL n.º 158/2002, de 02/07

PÁG. 602 Artigo 4.º

1 - … a) a f)… g) Utilização para pagamento de prestações de crédito à

aquisição de habitação própria e permanente. (Aditada pela Lei n.º 57/2012, de 09/11, com entrada em vigor em 01/01/2013)

2 a 10 - … …

PÁG. 603/604 – Alterações à portaria na nota (1) ________________________________________________________

(1) … «Portaria n.º 1453/2002, de 11 de novembro

… 1.º Para efeitos das alíneas a) a d) e f) e g) do n.º 1 do artigo 4.º do

Decreto-Lei n.º 158/2002, de 2 de julho, na redação do artigo 1.º da Lei n.º 57/2012, de 9 de novembro, consideram-se: (Redação da Portaria n.º 432-D/2012, de 31/12, produzindo efeitos desde 01/01/2013, sendo aplicável também às prestações de crédito à aquisição de habitação própria e permanente vencidas antes dessa data)

1) a 7) … 8) Prestações de crédito à aquisição de habitação própria e permanente,

as prestações vencidas ou vincendas, incluindo capital e juros, por pagar no âmbito de contratos de empréstimo regidos pelo previsto no Decreto-Lei n.º 349/98, de 11 de novembro, de que o participante seja mutuário, na proporção da titularidade do participante no caso de contitularidade da habitação, salvo nos casos em que por força do regime de bens do casal o PPR/E seja um bem comum. (Aditado pela Portaria n.º 432-D/2012, de 31/12, produzindo efeitos desde 01/01/2013, sendo aplicável também às prestações de crédito à aquisição de habitação própria e permanente vencidas antes dessa data)

2.º … a) a e) … f) Declaração da instituição de crédito mutuante que ateste o montante

das prestações vencidas ou vincendas a cujo pagamento se destina o reembolso, com expressa identificação do fim a que se destina, e, bem assim, identificação do número de identificação bancária da titularidade da instituição de crédito mutuante para o qual se efetuará o reembolso. (Aditada pela Portaria n.º 432-D/2012, de 31/12, produzindo efeitos desde 01/01/2013, sendo aplicável também às prestações de crédito à aquisição de habitação própria e permanente vencidas antes dessa data)

3.º e 4.º … __________________________________________________________ ---------------------------------------------------------------------------

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 6/30

DL nº 147/2003, de 11/07

PÁG. 608 a 612 - Alteração e republicação do Anexo

ANEXO (a que se refere o artigo 1.º) REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO

OBJETO DE TRANSAÇÕES POR SUJEITOS PASSIVOS DE IVA (Republicado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08) (1)

Artigo 1.º - Âmbito de aplicação Todos os bens em circulação, em território nacional, seja qual

for a sua natureza ou espécie, que sejam objeto de operações realizadas por sujeitos passivos de imposto sobre o valor acrescentado deverão ser acompanhados de documentos de transporte processados nos termos do presente diploma. (1) __________________________________________________________

(1) Deve ter-se em atenção as seguintes disposições transitórias:

- n.º 5 do art. 198.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12: «5 - As alterações ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho,

previstas no artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, e na presente lei, apenas entram em vigor no dia 1 de maio de 2013.»

- art. 201.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12: «Artigo 201.º - Regime transitório no âmbito do Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho

Os sujeitos passivos que se encontrem abrangidos pela obrigação prevista no nº 1 do artigo 1º do Decreto-Lei nº 147/2003, de 11 de julho(*), podem utilizar, até 31 de dezembro de 2013, os documentos de transporte impressos ao abrigo do regime em vigor até 1 de maio de 2013, sem prejuízo do cumprimento da obrigação de comunicação dos mesmos, nos termos do disposto no artigo 5.º do referido diploma legal.»

(*) A remissão «…prevista no nº 1 do artigo 1º do Decreto-Lei nº …» deve entender-se como «…prevista no artigo 1º do anexo ao Decreto-Lei n.º …». _____________________________________________________________

Artigo 2.º - Definições 1 - Para efeitos do disposto no presente diploma considera-se: a) ‘Bens’ os que puderem ser objeto de transmissão nos termos

do artigo 3.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;

b) ‘Documento de transporte’ a fatura, guia de remessa, nota de devolução, guia de transporte ou documentos equivalentes; (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

c) ‘Valor normal’ o preço de aquisição ou de custo devidamente comprovado pelo sujeito passivo ou, na falta deste o valor normal determinado nos termos do n.º 4 do artigo 16.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;

d) ‘Remetente’ a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que colocou os bens em circulação à disposição do transportador para efetivação do respetivo transporte ou operações de carga, bem como o transportador quando os bens em circulação lhe pertençam;

e) ‘Transportador’ a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que, recebendo do remetente ou de anterior transportador os bens em circulação, realiza ou se propõe realizar o seu transporte até ao local de destino ou de transbordo ou, em caso de dúvida, a pessoa em nome de quem o veículo transportador se encontra registado, salvo se o mesmo for objeto de um contrato de locação financeira, considerando-se aqui o respetivo locatário;

f) ‘Transportador público regular coletivo’ a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que exerce a atividade de exploração de transportes coletivos e que se encontra obrigada ao cumprimento de horários e itinerários nas zonas geográficas que se lhes estão concessionadas;

g) ‘Destinatário ou adquirente’ a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada a quem os bens em circulação são postos à disposição;

h) ‘Local de início de transporte ou de carga’ o local onde o remetente tenha entregue ou posto à disposição do transportador os bens em circulação, presumindo-se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado;

i) ‘Local de destino ou descarga’ o local onde os bens em

circulação forem entregues ao destinatário, presumindo-se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado;

j) ‘Primeiro local de chegada’ o local onde se verificar a primeira rutura de carga.

2 - Para efeitos do disposto no presente diploma: a) Consideram-se ‘bens em circulação’ todos os que se

encontrem fora dos locais de produção, fabrico, transformação, exposição, dos estabelecimentos de venda por grosso e a retalho ou de armazém de retém, por motivo de transmissão onerosa, incluindo a troca, de transmissão gratuita, de devolução, de afetação a uso próprio, de entrega à experiência ou para fins de demonstração, ou de incorporação em prestações de serviços, de remessa à consignação ou de simples transferência, efetuadas pelos sujeitos passivos referidos no artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;

b) Consideram-se ainda bens em circulação os bens encontrados em veículos nos atos de descarga ou transbordo mesmo quando tenham lugar no interior dos estabelecimentos comerciais, lojas, armazéns ou recintos fechados que não sejam casa de habitação, bem como os bens expostos para venda em feiras e mercados a que se referem os Decretos-Leis n.ºs 252/86, de 25 de agosto, e 259/95, de 30 de setembro.

Artigo 3.º - Exclusões 1 - Excluem -se do âmbito do presente diploma: a) Os bens manifestamente para uso pessoal ou doméstico do

próprio; b) Os bens provenientes de retalhistas, sempre que tais bens se

destinem a consumidores finais que previamente os tenham adquirido, com exceção dos materiais de construção, artigos de mobiliário, máquinas elétricas, máquinas ou aparelhos recetores, gravadores ou reprodutores de imagem ou de som, quando transportados em veículos de mercadorias;

c) Os bens pertencentes ao ativo imobilizado; d) Os bens provenientes de produtores agrícolas, apícolas,

silvícolas ou de pecuária resultantes da sua própria produção, transportados pelo próprio ou por sua conta;

e) Os bens dos mostruários entregues aos pracistas e viajantes, as amostras destinadas a ofertas de pequeno valor e o material de propaganda, em conformidade com os usos comerciais e que, inequivocamente, não se destinem a venda;

f) Os filmes e material publicitário destinados à exibição e exposição nas salas de espetáculos cinematográficos, quando para o efeito tenham sido enviados pelas empresas distribuidoras, devendo estas fazer constar de forma apropriada nas embalagens o respetivo conteúdo e a sua identificação fiscal;

g) Os veículos automóveis, tal como se encontram definidos no Código da Estrada, com matrícula definitiva;

h) As taras e embalagens retornáveis; i) Os resíduos sólidos urbanos provenientes das recolhas

efetuadas pelas entidades competentes ou por empresas a prestarem o mesmo serviço.

2 - Encontram-se ainda excluídos do âmbito do presente diploma:

a) Os produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, tal como são definidos no artigo 4.º (atual 5.º) do Código dos Impostos Especiais de Consumo, publicado em anexo ao Decreto-Lei n.º 566/99, de 22 de Dezembro (atual n.º 73/2010, de 21 de junho), quando circularem em regime suspensivo nos termos desse mesmo Código;

b) Os bens respeitantes a transações intracomunitárias a que se refere o Decreto-Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro;

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 7/30

c) Os bens respeitantes a transações com países ou territórios terceiros quando em circulação em território nacional sempre que sujeitos a um destino aduaneiro, designadamente os regimes de trânsito e de exportação, nos termos do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, do Conselho, de 12 de outubro;

d) Os bens que circulem por motivo de mudança de instalações do sujeito passivo, desde que o facto e a data da sua realização sejam comunicados às direções de finanças dos distritos do itinerário, com pelo menos oito dias úteis de antecedência, devendo neste caso o transportador fazer-se acompanhar de cópia dessas comunicações.

3 - Relativamente aos bens referidos nos números anteriores, não sujeitos à obrigatoriedade de documento de transporte nos termos do presente diploma, sempre que existam dúvidas sobre a legalidade da sua circulação, pode exigir-se prova da sua proveniência e destino.

4 - A prova referida no número anterior pode ser feita mediante a apresentação de qualquer documento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino.

Artigo 4.º - Documentos de transporte 1 - As faturas devem conter obrigatoriamente os elementos

referidos no n.º 5 do artigo 36.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 6 do presente artigo, as guias de remessa ou documentos equivalentes devem conter, pelo menos, os seguintes elementos:

a) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede e número de identificação fiscal do remetente;

b) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede do destinatário ou adquirente;

c) Número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente, quando este seja sujeito passivo, nos termos do artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;

d) Designação comercial dos bens, com indicação das quantidades.

3 - Os documentos de transporte referidos nos números anteriores cujo conteúdo não seja processado por computador devem conter, em impressão tipográfica, a referência à autorização ministerial relativa à tipografia que os imprimiu, a respetiva numeração atribuída e ainda os elementos identificativos da tipografia, nomeadamente a designação social, sede e número de identificação fiscal.

4 - As faturas, guias de remessa ou documentos equivalentes devem ainda indicar os locais de carga e descarga, referidos como tais, e a data e hora em que se inicia o transporte.

5 - Na falta de menção expressa dos locais de carga e descarga e da data do início do transporte, presumir-se-ão como tais os constantes do documento de transporte.

6 - Os documentos de transporte, quando o destinatário não seja conhecido na altura da saída dos bens dos locais referidos no n.º 2 do artigo 2.º, são processados globalmente, nos termos referidos nos artigos 5.º e 8.º, e impressos em papel, devendo proceder-se do seguinte modo à medida que forem feitos os fornecimentos: (Redação do corpo pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

a) No caso de entrega efetiva dos bens, devem ser processados em duplicado, utilizando -se o duplicado para justificar a saída dos bens;

b) No caso de saída de bens a incorporar em serviços prestados pelo remetente dos mesmos, deve a mesma ser registada em documento próprio, nomeadamente folha de obra ou qualquer outro documento equivalente.

7 - Nas situações referidas nas alíneas a) e b) do número anterior, deve sempre fazer-se referência ao respetivo documento global.

8 - As alterações ao local de destino, ocorridas durante o transporte, ou a não aceitação imediata e total dos bens transportados, obrigam à emissão de documento de transporte adicional em papel, identificando a alteração e o documento alterado. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

9 - No caso em que o destinatário ou adquirente não seja sujeito passivo, far-se-á menção do facto no documento de transporte.

10 - Em relação aos bens transportados por vendedores ambulantes e vendedores em feiras e mercados, destinados a venda a retalho, abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos retalhistas a que se referem os artigos 53.º e 60.º do Código do IVA, respetivamente, o documento de transporte pode ser substituído pelas faturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia com o artigo 36.º do mesmo Código. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

11 - Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comunicados, por inserção no Portal das Finanças, até ao 5.º dia útil seguinte ao do transporte. (Aditado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, e alterado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/05/2013)

Artigo 5.º - Processamento dos documentos de transporte

1 - Os documentos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º devem ser emitidos por uma das seguintes vias:

a) Por via eletrónica, devendo estar garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo, de acordo com o disposto no Código do IVA;

b) Através de programa informático que tenha sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos termos da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22-A/2012, de 24 de janeiro;

c) Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, de cujos respetivos direitos de autor seja detentor;

d) Diretamente no Portal das Finanças; e) Em papel, utilizando-se impressos numerados seguida e

tipograficamente. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em

01/05/2013) 2 - Os documentos emitidos nos termos das alíneas b) a e) do

número anterior devem ser processados em três exemplares, com uma ou mais séries, convenientemente referenciadas. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/05/2013, tendo anteriormente sido alterado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, cuja redação não chegou a vigorar)

3 - A numeração dos documentos emitidos nos termos do n.º 1 deve ser progressiva, contínua e aposta no ato de emissão. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

4 - Quando, por exigência de ordem prática, não seja bastante a utilização de um único documento dos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º, deve utilizar-se o documento com o número seguinte, nele se referindo que é a continuação do anterior. (Renumerado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08. Era o anterior n.º 3)

5 - Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar à AT os elementos dos documentos processados nos termos referidos no n.º 1, antes do início do transporte. (Aditado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013) (1)

6 - A comunicação prevista no número anterior é efetuada da seguinte forma:

a) Por transmissão eletrónica de dados para a AT, nos casos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1;

b) Através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do documento emitido, com inserção no Portal das Finanças, até ao 5.º dia útil seguinte, nos casos da alínea e) do n.º 1 ou, nos casos de inoperacionalidade do sistema informático da comunicação, desde que devidamente comprovado pelo respetivo operador.

(Aditado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, e alterado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/05/2013) (1)

7 - Nas situações previstas na alínea a) do número anterior, a AT atribui um código de identificação ao documento. (Aditado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

8 - Nos casos referidos no número anterior, sempre que o transportador disponha de código fornecido pela AT, fica dispensado de se fazer acompanhar de documento de transporte. (Aditado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, e alterado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/05/2013)

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 8/30

9 - A AT disponibiliza no Portal das Finanças o sistema de emissão referido na alínea d) do n.º 1 e o modelo de dados para os efeitos previstos na alínea a) do n.º 6. (Aditado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

10 - A comunicação prevista nos n.ºs 5 e 6 não é obrigatória para os sujeitos passivos que, no período de tributação anterior, para efeitos dos impostos sobre o rendimento, tenham um volume de negócios inferior ou igual a € 100 000. (Aditado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

11 - Nos casos em que a fatura serve também de documento de transporte e seja emitida pelos sistemas informáticos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1, fica dispensada a comunicação prevista no n.º 6, devendo a circulação dos bens ser acompanhada da respetiva fatura emitida. (Aditado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/05/2013) __________________________________________________________

(1) Deve ter-se em atenção o disposto no art. 8.º do DL n.º 198/2012, de 24/08:

«Artigo 8.º - Disposição regulamentar (*) O modo de cumprimento das obrigações de comunicação previstas nas

alterações introduzidas pelo presente diploma ao regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, é regulamentado por portaria do Ministro das Finanças.»

(*) À data da elaboração da presente adenda ainda não tinha sido publicada a respetiva portaria.

Ver regime transitório previsto no art. 201.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, transcrito em nota ao art. 1.º do presente Anexo. __________________________________________________________

Artigo 6.º - Circuito e validade dos documentos

de transporte 1 - Os documentos de transporte são processados pelos sujeitos

passivos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA e pelos detentores dos bens e antes do início da circulação nos termos do n.º 2 do artigo 2.º do presente diploma.

2 - Ainda que processados nos termos do número anterior, para efeitos do presente diploma consideram-se não exibidos os documentos de transporte emitidos por sujeito passivo que se encontre em qualquer das seguintes situações:

a) Que não esteja registado; b) Que tenha cessado atividade nos termos dos artigos 33.º ou

34.º do Código do IVA; (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

c) Que esteja em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do artigo 41.º do Código do IVA, durante três períodos consecutivos. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

3 - O disposto no número anterior aplica-se apenas aos casos em que simultaneamente se verifiquem a qualidade de remetente e transportador.

4 - Consideram-se ainda não exibidos os documentos de transporte na posse de um sujeito passivo que, sendo simultaneamente transportador e destinatário, se encontre em qualquer das situações referidas no n.º 2 do presente artigo.

5 - Os exemplares dos documentos de transporte referidos no n.º 2 do artigo anterior são destinados: (Redação do corpo pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

a) Um, que acompanha os bens, ao destinatário ou adquirente dos mesmos;

b) Outro, que igualmente acompanha os bens, à inspeção tributária, sendo recolhido nos atos de fiscalização durante a circulação dos bens pelas entidades referidas no artigo 13.º, e junto do destinatário pelos serviços da AT; (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

c) O terceiro, ao remetente dos bens. 6 - Sem prejuízo do disposto no artigo 52.º do Código do IVA,

devem ser mantidos em arquivo, até ao final do 2.º ano seguinte ao da emissão, os exemplares dos documentos de transporte destinados ao remetente e ao destinatário, bem como os destinados à inspeção tributária que não tenham sido recolhidos pelos serviços competentes.

7 - Nos casos referidos nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo anterior, consideram-se exibidos os documentos comunicados à AT desde que apresentado o código atribuído de acordo com o n.º 7 do mesmo artigo. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/05/2013, tendo anteriormente sido alterado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, cuja redação não chegou a vigorar)

8 - Sempre que exigidos os documentos de transporte ou de aquisição relativos aos bens encontrados nos locais referidos na alínea a) do n.º 2 do artigo 2.º, cujo transporte ou circulação tenha estado sujeita à disciplina do presente diploma, e o sujeito passivo ou detentor dos bens alegue que o documento exigido não está disponível no local, por este ser diferente da sua sede ou domicílio fiscal ou do local de centralização da escrita, notificar-se-á aquele para no prazo de cinco dias úteis proceder à sua apresentação, sob pena da aplicação da respetiva penalidade.

9 - Relativamente aos bens sujeitos a fácil deterioração, o documento exigido no número anterior deve ser exibido de imediato.

10 - Se ultrapassado o prazo estabelecido na parte final do n.º 6 do presente artigo, considera-se exibido o documento exigido nos termos do n.º 8 se os bens em causa se encontrarem devidamente registados no inventário final referente ao último exercício económico.

Artigo 7.º - Transportador 1 - Os transportadores de bens, seja qual for o seu destino e os

meios utilizados para o seu transporte, devem exigir sempre aos remetentes dos mesmos o original e o duplicado do documento referido no artigo 1.º ou, sendo caso disso, o código referido no n.º 7 do artigo 5.º (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

2 - Tratando -se de bens importados em Portugal que circulem entre a estância aduaneira de desalfandegamento e o local do primeiro destino, o transportador deve fazer-se acompanhar, em substituição do documento referido no número anterior, de documento probatório do desalfandegamento dos mesmos.

3 - Quando o transporte dos bens em circulação for efetuado por transportador público regular coletivo de passageiros ou mercadorias ou por empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço, o documento de transporte ou código referido no n.º 7 do artigo 5.º pode acompanhar os respetivos bens em envelope fechado, sendo permitida a abertura às autoridades referidas no artigo 13.º (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

4 - A disciplina prevista neste artigo não se aplica ao transportador público de passageiros quando os bens em circulação pertencerem aos respetivos passageiros.

Artigo 8.º - Impressão dos documentos de transporte 1 - A impressão tipográfica dos documentos de transporte

referidos na alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º só pode ser efetuada em tipografias devidamente autorizadas pelo Ministro das Finanças, devendo obedecer a um sistema de numeração unívoca. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

2 e 3 - (Revogados pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

4 - Nos casos em que, por exigências comerciais, for necessário o processamento de mais de três exemplares dos documentos referidos, é permitido à tipografia autorizada executá-los, com a condição de imprimir nos exemplares que excedam aquele número uma barra com a seguinte indicação: ‘Cópia de documento não válida para os fins previstos no Regime dos Bens em Circulação’.

5 - A autorização referida no n.º 1 é concedida, mediante a apresentação do respetivo pedido, às pessoas singulares ou coletivas ou entidades fiscalmente equiparadas que exerçam a atividade de tipografia ou que a iniciem, na condição de que:

a) Não tenham sofrido condenação nos termos dos artigos 87.º a 91.º, 103.º a 107.º, 113.º, 114.º, 116.º a 118.º, 120.º, 122.º e 123.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, nem nos termos das normas correspondentes do Regime Jurídico das Infrações Fiscais não Aduaneiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 20-A/90, de 15 de janeiro;

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 9/30

b) Não estejam em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do n.º 1 do artigo 26.º (atual 27.º) e dos n.ºs 1 e 2 do artigo 40.º (atual 41.º)do Código do IVA, do n.º 1 do artigo 57.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ou do n.º 1 do artigo 96.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas;

c) Não se encontrem em estado de falência ou de insolvência; (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/05/2013)

d) Não tenham sido condenadas por crimes previstos nos artigos 256.º, 258.º, 259.º, 262.º, 265.º, 268.º e 269.º do Código Penal.

6 - O pedido de autorização referido no número anterior deve ser entregue por via eletrónica, no Portal das Finanças, contendo a identificação, as atividades exercidas e o local do estabelecimento da tipografia, devendo ser acompanhado dos seguintes elementos: (Redação do corpo pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

a) Certificado do registo criminal do proprietário da empresa, ou, tratando-se de sociedade, de cada um dos sócios gerentes ou administradores em exercício;

b) Certificado, processado pela entidade judicial respetiva, para efeitos da alínea c) do número anterior.

Artigo 9.º - Subcontratação 1 - É permitido às tipografias autorizadas encarregar outras

tipografias, desde que também autorizadas, da impressão dos documentos que lhes forem requisitados, desde que façam acompanhar os seus pedidos da fotocópia das requisições recebidas.

2 - Tanto a tipografia que efetuou a impressão como a que a solicitou devem efetuar os registos e a comunicação referidos no artigo 10.º

Artigo 10.º - Aquisição de documentos de transporte 1 - A aquisição dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º é

efetuada mediante requisição escrita do adquirente utilizador, a qual contém os elementos necessários ao registo a que se refere o n.º 2 do presente artigo.

2 - O fornecimento dos impressos é registado previamente pela tipografia autorizada, em suporte informático, devendo conter os elementos necessários à comunicação referida no n.º 5. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

3 - (Revogado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

4 - As requisições e os registos informáticos referidos nos números anteriores devem ser mantidos em arquivo, por ordem cronológica, pelo prazo de quatro anos. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

5 - Por cada requisição dos sujeitos passivos, as tipografias comunicam à AT por via eletrónica, no Portal das Finanças, previamente à impressão nos respetivos documentos, os elementos identificativos dos adquirentes e as gamas de numeração dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

6 - A comunicação referida no número anterior deve conter o nome ou denominação social, número de identificação fiscal, concelho e distrito da sede ou domicílio da tipografia e dos adquirentes, documentos fornecidos, respetiva quantidade e numeração atribuída.

7 - (Revogado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

8 - Nos casos em que os adquirentes não se encontrem registados na AT para o exercício de uma atividade comercial, industrial ou agrícola, a AT emite, em tempo real, no Portal das Finanças, um alerta seguido de notificação, advertindo a tipografia de que não pode proceder à impressão dos documentos, sob pena de ser cancelada a autorização de impressão. (Aditado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/05/2013)

Artigo 11.º - Revogação da autorização de impressão de documentos de transporte

O Ministro das Finanças, por proposta do diretor-geral da AT, pode determinar a revogação da autorização concedida nos

termos do artigo 8.º em todos os casos em que se deixe de verificar qualquer das condições referidas no seu n.º 5, sejam detetadas irregularidades relativamente às disposições do presente diploma ou se verifiquem outros factos que ponham em causa a idoneidade da empresa autorizada. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/05/2013, tendo anteriormente sido alterado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, cuja redação não chegou a vigorar)

Artigo 12.º (Revogado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em

01/05/2013)

Artigo 13.º - Entidades fiscalizadoras 1 - Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras

entidades, a fiscalização do cumprimento das normas previstas no presente diploma compete à AT e à unidade com as atribuições tributárias, fiscais e aduaneiras da Guarda Nacional Republicana, cabendo também a esta última, conjuntamente com as restantes autoridades, designadamente a Polícia de Segurança Pública, prestar toda a colaboração que lhes for solicitada para o efeito. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

2 - Para assegurar a eficácia das ações de fiscalização, as entidades fiscalizadoras podem proceder à abertura das embalagens, malas ou outros contentores de mercadorias.

3 - Relativamente à abertura de embalagens ou contentores acondicionantes de produtos que, pelas suas características de fácil deterioração ou perigo, não devam ser manuseados ou expostos ao meio ambiente, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) As embalagens ou contentores de tais produtos devem ser sempre rotulados ou acompanhados de uma declaração sobre a natureza do produto;

b) As entidades fiscalizadoras, em tais casos, não devem abrir as referidas embalagens, sem prejuízo de, em caso de dúvida quanto aos bens transportados, serem tomadas as medidas adequadas para que se verifique, em condições aconselháveis, se os bens em circulação condizem com os documentos de transporte que os acompanham.

4 - Os funcionários a quem incumbe a fiscalização prevista no n.º 1 consultam os elementos constantes da base de dados dos bens em circulação disponibilizada pela AT, mediante acesso individual e certificado, e sempre que se verifiquem quaisquer infrações às normas do presente diploma devem levantar o respetivo auto de notícia, com a ressalva do disposto no número seguinte. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

5 - Sempre que as outras autoridades atuem em conjunto com a AT, cabe aos funcionários desta autoridade levantar os autos de notícia a que haja lugar. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

6 - Sempre que a infração for detetada no decurso de operações em que colaborem duas ou mais autoridades, a parte do produto das coimas que se mostrem devidas destinadas ao autuante será repartida, em partes iguais, pelos serviços envolvidos.

7 - Sempre que aplicável, as entidades referidas neste artigo devem averbar no original do documento de transporte o facto de ter sido recolhido o respetivo duplicado. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

SECÇÃO I - Infrações

Artigo 14.º - Infrações detetáveis no decurso da circulação de bens

1 - A falta de emissão ou de imediata exibição do documento de transporte ou dos documentos referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º e ainda as situações previstas nos n.ºs 2 e 4 do artigo 6.º farão incorrer os infratores nas penalidades previstas no artigo 117.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 10/30

2 - As omissões ou inexatidões praticadas nos documentos de transporte referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º que não sejam a falta de indicação do número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente dos bens ou de qualquer das menções referidas nos n.ºs 4 e 8 do artigo 4.º e no n.º 3 do artigo 8.º ou ainda o não cumprimento do disposto no n.º 7 do artigo 4.º farão incorrer os infratores nas penalidades referidas no artigo 117.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço.

3 - Será unicamente imputada ao transportador a infração resultante da alteração do destino final dos bens, ocorrida durante o transporte, sem que tal facto seja por ele anotado.

4 - Quando os bens em circulação, transportados num único veículo, provierem de mais de um remetente, a cada remetente será imputada a infração resultante dos bens por ele remetidos.

5 - Sempre que o transportador dos bens em circulação em situação irregular não identifique o seu remetente, ser-lhe-á imputada a respetiva infração.

6 - Consideram-se não emitidos os documentos de transporte sempre que não tenham sido observadas as normas de emissão ou de comunicação constantes dos artigos 5.º e 8.º (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

7 - Somente são aplicáveis as sanções referidas no presente artigo quando as infrações forem verificadas durante a circulação dos bens.

8 - É sempre competente para a aplicação de coimas por infrações ao presente diploma o chefe do serviço de finanças da área onde foram detetadas.

9 - Sempre que aplicável, considera-se falta de exibição do documento de transporte a não apresentação imediata do código previsto no n.º 7 do artigo 5.º (Aditado pelo DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

SECÇÃO II - Da apreensão

Artigo 15.º - Apreensão provisória 1 - Quando, em relação aos bens encontrados em circulação nos

termos dos artigos 1.º e 3.º, o seu detentor ou transportador declare que os mesmos não são provenientes de um sujeito passivo de IVA ou face à sua natureza, espécie e quantidade, se possa concluir que os mesmos não integram nenhuma das situações de exclusão previstas e em todos os casos em que haja fundadas suspeitas da prática de infração tributária, pode exigir -se prova da sua proveniência ou destino, a qual deve ser imediatamente feita, sob pena de se proceder à imediata apreensão provisória dos mesmos e do veículo transportador, nos termos do artigo 16.º

2 - Do auto devem obrigatoriamente constar os fundamentos que levaram à apreensão provisória, designadamente os requisitos exigidos no número anterior.

3 - Se a prova exigida no n.º 1 não for feita de imediato ou não for efetuada dentro de cinco dias úteis, a apreensão provisória converter-se-á em definitiva, passando a observar-se o disposto no artigo 17.º

4 - O disposto no presente artigo aplica-se, com as devidas adaptações, às situações previstas nos n.ºs 2 e 4 do artigo 6.º

Artigo 16.º - Apreensão dos bens em circulação e do veículo transportador

1 - Independentemente das sanções aplicáveis, as infrações referidas nos n.ºs 1 e 2 do artigo 14.º relativas aos bens em circulação implicam a apreensão destes, bem como dos veículos que os transportarem, sempre que estes veículos não estejam afetos aos transportes públicos regulares de passageiros ou mercadorias ou afetos a empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço por conta daqueles.

2 - No caso de os bens apreendidos nos termos do número anterior estarem sujeitos a fácil deterioração, observa -se o preceituado no artigo 886.º-C do Código de Processo Civil, bem como as disposições do Código de Procedimento e de Processo Tributário aplicáveis. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

3 - Da apreensão dos bens e dos veículos será lavrado auto em duplicado ou, no caso do n.º 6 do presente artigo, em triplicado, sendo os mesmos entregues a um fiel depositário, de abonação correspondente ao valor normal dos bens apreendidos expressamente referido nos autos, salvo se puderem ser removidos, sem inconveniente, para qualquer depósito público.

4 - O original do auto de apreensão será entregue no serviço de finanças da área onde foi detetada a infração.

5 - O duplicado do auto de apreensão será entregue ao fiel depositário mediante recibo.

6 - Quando o fiel depositário não for o condutor do veículo ou o transportador, será entregue a este último, ou na sua ausência ao primeiro, um exemplar do auto de apreensão.

7 - Nos casos de apreensão em que o remetente não seja o transportador dos bens, proceder-se-á, no prazo de três dias úteis, à notificação do remetente para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 17.º

Artigo 17.º - Regularização das apreensões

1 - Nos 15 dias seguintes à apreensão ou à notificação referida no n.º 7 do artigo anterior, podem os infratores regularizar a situação encontrada em falta, mediante exibição ou emissão dos documentos em falta nos termos do presente diploma, bem como dos documentos referidos no n.º 2 do artigo 7.º, ou dos documentos comprovativos da regularização das situações previstas nos n.ºs 2 e 4 do artigo 6.º e do pagamento das coimas aplicáveis, com redução a metade, no serviço de finanças a que se refere o n.º 4 do mesmo artigo. (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

2 - As despesas originadas pela apreensão são da responsabilidade do infrator, sendo cobradas conjuntamente com a coima.

3 - Decorrido o prazo referido no n.º 1 sem que se encontre regularizada a situação, e sem prejuízo do disposto nos n.ºs 5 e 6 deste artigo, são levantados os autos de notícia relativos às infrações verificadas.

4 - Para efeitos do número anterior, o serviço de finanças comunica o facto ao apreensor, que, após o levantamento do auto respetivo, lho remete.

5 - Nos casos em que o chefe do serviço de finanças competente constate que a apreensão foi feita sem preencher os requisitos previstos no presente diploma ou de que foi feita a prova referida no n.º 1 do artigo 15.º, não deverá ser levantado auto de notícia, arquivando-se o auto de apreensão, depois de ouvido o apreensor sempre que tal se mostre conveniente.

6 - Nos casos de haver manifesta impossibilidade em fazer a prova referida no n.º 1 do artigo 15.º, pode o chefe do serviço de finanças proceder de conformidade com o disposto no número anterior após proceder às diligências que se mostrarem necessárias.

7 - As decisões proferidas nos termos dos n.ºs 5 e 6 do presente artigo podem ser alteradas, no prazo de 30 dias, por despacho do diretor de finanças do distrito, a quem o respetivo processo será remetido.

8 - O despacho proferido nos termos do número anterior pode determinar o prosseguimento do processo, unicamente para pagamento das coimas que se mostrem devidas, considerando -se sempre definitiva a libertação dos bens e meios de transporte.

9 - Nos casos referidos no número anterior são os infratores notificados do despacho do diretor de finanças, podendo utilizar a faculdade prevista no n.º 1 do presente artigo, contando -se o prazo aí referido a partir da data da notificação.

10 - As decisões a que se referem os n.ºs 5 e 7 serão sempre comunicadas ao apreensor.

11 - Da decisão de apreensão cabe recurso para o tribunal tributário de 1.ª instância.

Artigo 18.º - Decisão quanto à apreensão 1 - À decisão sobre os bens em circulação e veículos de

transporte apreendidos ou ao produto da sua venda é aplicável o disposto do n.º 4 do artigo 73.º do Regime Geral das Infrações Tributárias com as necessárias adaptações.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 11/30

2 - O levantamento da apreensão do veículo e dos bens respetivos só se verificará quando:

a) Forem pagas as coimas aplicadas e as despesas originadas pela apreensão e, bem assim, exibidos o comprovativo de emissão ou, sendo caso disso, o original e o duplicado ou, no caso de extravio, segunda via ou fotocópia do documento de transporte ou dos documentos mencionados no n.º 2 do artigo 7.º, ou se encontrem regularizadas as situações previstas nos n.ºs 2 e 4 do artigo 6.º; (Redação do DL n.º 198/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/05/2013)

b) For prestada caução, por meio de depósito em dinheiro ou de fiança bancária, que garanta o montante das coimas e dos encargos referidos na alínea a);

c) Se verificar o trânsito em julgado da decisão que qualifica a infração ou apreensão insubsistente.

3 - Nos casos de apreensão em que o remetente não seja transportador dos bens, o levantamento da apreensão, quer dos bens quer do veículo, será efetuado nos termos do número anterior, relativamente a cada um deles, independentemente da regularização efetuada pelo outro infrator.

Artigo 19.º - Legislação subsidiária

Ao presente regime complementar é aplicável subsidiariamente o Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- PÁG. 613 - Revogação

DL n.º 296/2003, de 21/11 (Revogado e subtituído pelo DL n.º 263/2012, de 20/12, com entrada

em vigor em 21/12/2012) (*) __________________________________________________________

(*) … O DL n.º 263/2012, de 20/12, que transpõe para a ordem jurídica nacional a Diretiva 2010/24/UE do Conselho, de 16 de março, relativa à assistência mútua em matéria de cobrança de créditos respeitantes a impostos, direitos e outras medidas, encontra-se no presente ponto [7], p. 699. ______________________________________________________________ ------------------------------------------------------------------------------------------ DL n.º 53/2004, de 18/03 – CIRE PÁG. 619

Artigo 268.º … 1 - … 2 - Não entram igualmente para a formação da matéria coletável

do devedor as variações patrimoniais positivas resultantes das alterações das suas dívidas previstas em plano de insolvência, plano de pagamentos ou plano de recuperação. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013)

3 - O valor dos créditos que for objeto de redução, ao abrigo de plano de insolvência, plano de pagamentos ou plano de recuperação, é considerado como custo ou perda do respetivo exercício, para efeitos de apuramento do lucro tributável dos sujeitos passivos do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares e do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013)

Artigo 269.º … Estão isentos de imposto do selo, quando a ele se encontrem

sujeitos, os seguintes atos, desde que previstos em planos de insolvência, de pagamentos ou de recuperação ou praticados no âmbito da liquidação da massa insolvente: (Redação do corpo pela Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013)

a) a f) …

Artigo 270.º … 1 - Estão isentas de imposto municipal sobre as transmissões

onerosas de imóveis as seguintes transmissões de bens imóveis, integradas em qualquer plano de insolvência, de pagamentos ou de recuperação: (Redação do corpo pela Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013)

a) …b) …c) … 2 - Estão igualmente isentos de imposto municipal sobre as

transmissões onerosas de imóveis os atos de venda, permuta ou cessão da empresa ou de estabelecimentos desta integrados no âmbito de planos de insolvência, de pagamentos ou de recuperação ou praticados no âmbito da liquidação da massa insolvente. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013) ---------------------------------------------------------------------------

DL n.º 62/2005, de 11/03

PÁG. 624/625 – Alterações ao quadro na nota (2) ___________________________________________________

(2) … quadro resumo sobre a a aplicação da Diretiva 2003/48/CE do Conselho, de 3 de junho … … Ilhas Turks e Caicos (dependente da Coroa Britânica)

TC

Res. da AR nº 27/2006, DR nº 69, I Série-A, de 6/04

X (a partir de 01/01/2012)

X (01/07/2005

a 31/12/2011)

30/09

Ilhas Virgens Britânicas (dependente da Coroa Britânica)

VG

Res. da AR nº 31/2006, DR nº 69, I Série-A, de 6/04

X (a partir de 01/01/2012)

X (01/07/2005

a 31/12/2011)

31/12

… ------------------------------------------------------------------------------------------- DL n.º 193/2005, de 7/11

PÁG. 628 – Nota (1) ao Artigo 5.º do Regime especial ___________________________________________________

(1) … Deve também ter-se em atenção o disposto no art. 248.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013:

«Artigo 248.º - Regime especial de tributação de valores mobiliários representativos de dívida emitida por entidades não residentes

1 - Beneficiam de isenção de IRS e de IRC os rendimentos dos valores mobiliários representativos de dívida pública e não pública emitida por entidades não residentes, que sejam considerados obtidos em território português nos termos dos Códigos do IRS e do IRC, quando venham a ser pagos pelo Estado Português enquanto garante de obrigações assumidas por sociedades das quais é acionista em conjunto com outros Estados membros da União Europeia.

2 - A isenção a que se refere o número anterior aplica-se exclusivamente aos beneficiários efetivos que cumpram os requisitos previstos no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 193/2005, de 7 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 25/2006, de 8 de fevereiro.» __________________________________________________ ---------------------------------------------------------------------------- DL n.º 21/2007, de 29/01

PÁG. 638 Artigo 10.º …

1 - …a) … b) Ainda que não seja afeto a fins alheios à atividade exercida

pelo sujeito passivo, o bem imóvel não seja efetivamente utilizado em fins da empresa por um período superior a três anos consecutivos. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013)

2 - … 3 - O disposto na alínea b) do n.º 1 não prejudica o dever de

proceder às regularizações anuais previstas no n.º 1 do artigo 26.º do Código do IVA até ao decurso do prazo de três anos referido nessa alínea. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013) ---------------------------------------------------------------------------

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 12/30

Portaria n.º 321-A/2007, de 26/03

PÁG. 639 – Nota (1) ao Anexo desta Portaria _______________________________________________________

(1) … Entretanto, o ficheiro a que se refere o n.º 1.º da Portaria 321-A/2007, de 26/03, passa a ter a estrutura de dados constante do anexo à seguinte portaria, com entrada em vigor em 01/05/2013:

«Portaria n.º 382/2012, de 23 de novembro A Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março, aprovou um formato de

ficheiro normalizado de auditoria tributária para exportação de dados, o designado SAF-T (PT).

Recentemente, o Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto, introduziu alterações no Código do IVA, prevendo a emissão de faturas simplificadas, em determinadas situações, em substituição dos talões de venda, emitidos no sector de retalho.

Por outro lado, o Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, veio estabelecer medidas de controlo da emissão de faturas e outros documentos com relevância fiscal, passando a definir a forma da sua comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira.

Os referidos diplomas alteram documentos contabilísticos e criam novas obrigações, implicando, por isso, a adaptação da estrutura do ficheiro SAF-T (PT), bem como a necessidade de exportação de novos dados, promovendo-se, em consequência, a alteração da Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março.

Assim: Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Finanças, ao abrigo do disposto no n.º 8 do artigo 123.º do Código do IRC, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, o seguinte:

Artigo 1.º - Estrutura de dados

O ficheiro a que se refere o n.º 1 da Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, passa a ter a estrutura de dados constante do anexo à presente portaria, da qual faz parte integrante.

Artigo 2.º - Entrada em vigor

A estrutura de dados a que se refere o artigo anterior entra em vigor em 1 de maio de 2013.

O Ministro de Estado e das Finanças, Vítor Louçã Rabaça Gaspar, em

14 de novembro de 2012.

ANEXO (a que se refere o artigo 1.º da presente portaria)

1 - Aspetos genéricos

a) As aplicações de contabilidade e ou faturação (incluindo as que emitem documentos de transporte previstos no Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, e outros documentos suscetíveis de apresentação ao cliente para conferência de entrega de mercadorias ou da prestação de serviços) devem, elas próprias, efetuar a exportação do conjunto predefinido de registos das bases de dados que produzam, num formato legível e comum, com a estrutura de dados e respetivas restrições previstas no esquema de validação, sem afetar a estrutura interna da base de dados do programa ou a sua funcionalidade.

b) O ficheiro SAF-T (PT) deve ser gerado em formato normalizado, na

linguagem XML, respeitando não só o esquema de validação «SAF-T_PT.xsd» que está disponível no endereço http://www.portaldasfinancas.gov.pt, como também o conteúdo especificado na presente portaria.

c) A geração do ficheiro SAF-T (PT) pelos sistemas de informação

deve ser sempre efetuada para um determinado período de tributação, total ou parcial, desde o início desse período até ao seu termo ou à data da geração se anterior.

d) Na coluna «Obrigatório», o símbolo «*» corresponde a campo de

preenchimento obrigatório e o símbolo «**» corresponde a campo de escolha alternativa ou dependente de condições para a sua obrigatoriedade, devendo os restantes campos ser igualmente preenchidos desde que a informação exista no repositório de dados da aplicação, o que poderá ser comprovado na respetiva documentação.

e) O ficheiro SAF-T (PT) relativo à contabilidade deve ser único para

o período a que diz respeito. No caso de ficheiros SAF-T (PT) relativos à faturação, está prevista a possibilidade de ser gerado um para cada estabelecimento, se independentes do sistema de faturação adotado a nível central. Se o sistema de faturação nos estabelecimentos estiver centralizado, deve ser fornecido um único ficheiro.

f) As aplicações de faturação, ainda que utilizadas por terceiros para a

emissão de documentos em nome e por conta de sujeitos passivos, e as integradas de contabilidade e faturação, incluindo as que emitem

documentos de transporte previstos no Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, e outros documentos suscetíveis de apresentação ao cliente para conferência de entrega de mercadorias ou da prestação de serviços, devem gerar um ficheiro com todas as tabelas obrigatórias.

No caso de as aplicações de contabilidade e faturação gerarem ficheiros independentes, estes devem conter informação comum e informação específica.

Tabelas de informação comuns para ambos os ficheiros: 1 - Cabeçalho (Header); 2.2 - Tabela de clientes (Customer); e 2.5 - Tabela de impostos (TaxTable).

Tabelas de informação específicas: Para as aplicações de contabilidade:

2.1 - Tabela de código de contas (GeneralLedger); 2.3 - Tabela de fornecedores (Supplier); e 3 - Movimentos contabilísticos (GeneralLedgerEntries).

Para as aplicações de faturação, ainda que utilizadas por terceiros para a emissão de documentos em nome e por conta de sujeitos passivos, incluindo as que emitem documentos de transporte e outros documentos suscetíveis de apresentação ao cliente para conferência de entrega de mercadorias ou da prestação de serviços:

2.3 - Tabela de fornecedores (Supplier); 2.4 - Tabela de produtos/serviços (Product); 4.1 - Documentos comerciais a clientes (SalesInvoices); 4.2 - Documentos de movimentação de mercadorias (MovementOfGoods); e 4.3 - Documentos de conferência de entrega de mercadorias ou da prestação de serviços (WorkingDocuments).

g) No caso de existir autofaturação, a geração do ficheiro

correspondente é da responsabilidade do efetivo emitente (o cliente que se autofatura), que o deve disponibilizar, sempre que ao seu fornecedor seja exigido o ficheiro SAF-T (PT).

Nesse caso, o emitente deve fornecer um ficheiro com os dados das tabelas utilizadas, nomeadamente:

. Tabela 1 - Cabeçalho (Header) com os campos 1.2 a 1.8 com os dados relativos ao fornecedor, sendo que o campo 1.4- Sistema contabilístico (TaxAccountingBasis) deve ser preenchido com o código «S»;

. Tabela 2.2 - Clientes (Customer) com os dados relativos ao emitente;

. Tabela 2.4 - Produtos/serviços (Product) com os registos dos produtos/serviços mencionados nos documentos; e

. Tabela 4.1 - Documentos comerciais a clientes (SalesInvoices) com os documentos relativos ao fornecedor em que o campo 4.1.4.2.1- Estado atual do documento (InvoiceStatus) esteja preenchido com o código «S».

h) Quando a faturação for efetuada por terceiros, em nome e por conta

do sujeito passivo, o ficheiro deve conter as tabelas indicadas na alínea f); na Tabela 1- Cabeçalho (Header), o campo 1.4- Sistema contabilístico (TaxAccountingBasis) deve ser preenchido com «E» e no campo 1.18- Comentários adicionais (HeaderComment) deve ser identificado o efetivo emitente (NIF e nome) e o local onde estão as bases de dados respetivas.

i) Quando os ficheiros solicitados colocarem problemas de extração,

devido à dimensão das tabelas dos documentos comerciais (SourceDocuments): 4.1- Documentos comerciais a clientes (SalesInvoices), 4.2- Documentos de movimentação de mercadorias (MovementOfGoods) e 4.3- Documentos de conferência de entrega de mercadorias ou da prestação de serviços (WorkingDocuments), é possível subdividir essa extração por períodos mensais completos, incluídos no pedido, complementados, se for o caso, com o último período inferior a um mês.

. No caso de a aplicação ser integrada, os ficheiros a extrair devem incluir as seguintes tabelas:

Tabelas com a informação relativa aos movimentos efetuados até à data de extração do último ficheiro parcial extraído:

1 - Cabeçalho (Header), com o campo 1.4 - Sistema contabilístico (TaxAccountingBasis), preenchido com «P»; 2.1 - Tabela de código de contas (GeneralLedger); 2.2 - Tabela de clientes (Customer); 2.4 - Tabela de produtos/serviços (Product); 2.5 - Tabela de impostos (TaxTable); 3 - Movimentos contabilísticos (GeneralLedgerEntries).

Tabelas com a informação parcial relativa ao(s) mês(es) extraído(s): 4.1 - Documentos comerciais a clientes (SalesInvoices); 4.2 - Documentos de movimentação de mercadorias (MovementOfGoods); e 4.3 - Documentos de conferência de entrega de mercadorias ou da prestação de serviços (WorkingDocuments).

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 13/30

. No caso de a aplicação ser apenas de faturação (incluindo os documentos de transporte e os de conferência), os ficheiros a extrair devem incluir todas as tabelas anteriores com exceção das seguintes:

2.1 - Tabela de código de contas (GeneralLedger); e 3 - Movimentos contabilísticos (GeneralLedgerEntries).

. Quando forem exportados vários meses, aceita-se, em casos justificados, que as tabelas 2.2, 2.3, 2.4 e 2.5 e, no caso de a aplicação ser integrada, também as tabelas 2.1 e 3 apenas sejam exportadas uma vez no último período extraído.

j) As datas são indicadas no formato: AAAA-MM-DD. k) Na coluna «Formato» a dimensão dos campos do tipo texto é

indicada em número de caracteres.

l) Na exportação dos valores não são aceites valores negativos. Quando existirem saldos contabilísticos ou transações nos documentos comerciais com valores negativos, deverá ser ajustada a sua representação a débito ou a crédito e os restantes campos de montantes ou valores deverão ser exportados em valor absoluto.

2 - Estrutura de dados

(…)»

(A estrutura de dados, constituída pelas tabelas a que se refere o ponto 1 do presente Anexo, pode ser consultada em www.portaldasfinancas.pt) __________________________________________________________

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ DL n.º 196/2007, de 15/05 PÁG. 641 – Alteração ao Artigo 3.º e aditamento do Artigo 6.º-A

Artigo 3.º Emissão de fatura através de meios eletrónicos (Redação do DL n.º 197/2012, de 24/08, com entrada em

vigor em 01/10/2012) 1 - As faturas podem, sob reserva de aceitação pelo

destinatário, ser emitidas por via eletrónica desde que seja garantida a autenticidade da sua origem, a integridade do seu conteúdo e a sua legibilidade.

2 - Para efeitos do número anterior, entende -se por: a) ‘Fatura eletrónica’ uma fatura que contenha os elementos

referidos nos artigos 36.º ou 40.º, n.º 2, do Código do IVA e que tenha sido emitida e recebida em formato eletrónico;

b) ‘Autenticidade da origem’ a comprovação da identidade do fornecedor ou prestador ou do emitente da fatura;

c) ‘Integridade do conteúdo’ o facto de o conteúdo da fatura não ter sido alterado.

3 - A garantia da autenticidade da origem e a integridade do conteúdo podem ser asseguradas mediante quaisquer controlos de gestão que criem uma pista de auditoria fiável entre as faturas e as transmissões de bens ou prestações de serviços.

4 - Considera-se garantida a autenticidade da origem e a integridade do conteúdo das faturas eletrónicas se adotado, nomeadamente, um dos seguintes procedimentos:

a) Aposição de uma assinatura eletrónica avançada nos termos do Decreto-Lei n.º 290-D/99, de 2 de agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 62/2003, de 3 de abril, 165/2004, de 6 de julho, 116-A/2006, de 16 de junho, e 88/2009, de 9 de abril;

b) Utilização de um sistema de intercâmbio eletrónico de dados, desde que os respetivos emitentes e destinatários outorguem um acordo que siga as condições jurídicas do ‘Acordo tipo EDI europeu’, aprovado pela Recomendação n.º 1994/820/CE, da Comissão, de 19 de outubro.

5 - No caso de lotes que compreendam várias faturas eletrónicas transmitidas ou disponibilizadas ao mesmo destinatário, as menções comuns às várias faturas podem ser feitas apenas uma vez, na medida em que, para cada fatura, esteja acessível a totalidade da informação. ---------------------------------------------------------------------------

Artigo 6.º-A - Direito de acesso das autoridades

competentes dos Estados membros (Aditado pelo DL n.º 197/2012, de 24/08, com entrada em

vigor em 01/10/2012) 1 - A Autoridade Tributária e Aduaneira tem direito ao acesso

em linha, ao carregamento e à utilização dos dados constantes das faturas emitidas e recebidas por via eletrónica por:

a) Sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional;

b) Sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em outro Estado membro, relativamente às faturas em que o IVA seja devido em território nacional.

2 - A autoridade competente de outro Estado membro tem direito ao acesso em linha, ao carregamento e à utilização dos dados constantes das faturas emitidas e recebidas por via eletrónica por sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional, relativamente às faturas em que o IVA seja devido nesse Estado membro. --------------------------------------------------------------------------- Lei n.º 10/2009, de 10/03 PÁG. 663 Obs.: Na primeira caixa sombreada alterar o ano:

(RFAI 2009 – Prorrogado até 31/12/2012 2013)

PÁG. 663 – Nota (2) ao Artigo 13.º ____________________________________________________

(2) … O regime foi prorrogado até 31/12/2013, de acordo com o disposto no art. 232.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12:

«Artigo 232.º - Regime fiscal de apoio ao investimento O regime fiscal de apoio ao investimento realizado em 2009 (RFAI

2009), aprovado pelo artigo 13.º da Lei n.º 10/2009, de 10 de março, mantém-se em vigor até 31 de dezembro de 2013.» ____________________________________________________ --------------------------------------------------------------------------- Lei n.º 15/2009, de 01/04

PÁG. 666 - Regime especial

Artigo 4.º 1 - As faturas relativas a operações abrangidas pelo n.º 1 do

artigo 1.º devem ter uma série especial e conter a menção «Exigibilidade de caixa». (Redação do DL n.º 197/2012, de 24/08, com entrada em vigor em 01/01/2013)

2 a 5 - … ---------------------------------------------------------------------------

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 14/30

PÁG. 695 a 711 – Aditamento de novos diplomas

MEDIDAS DE CONTROLO DA EMISSÃO DE FATURAS E OUTROS DOCUMENTOS COM RELEVÂNCIA FISCAL, FORMA DA SUA COMUNICAÇÃO À AUTORIDADE TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA

E CRIAÇÃO DE INCENTIVO FISCAL

DECRETO-LEI N.º 198/2012, DE 24 DE AGOSTO Artigo 1.º - Objeto Artigo 2.º - Finalidade do incentivo e âmbito Artigo 3.º - Comunicação dos elementos das faturas Artigo 4.º - Aditamento ao Estatuto dos Benefícios Fiscais Artigo 5.º - Conservação dos dados pessoais comunicados Artigo 6.º - Confidencialidade e segurança da informação

Artigo 7.º - Alteração ao anexo ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho Artigo 8.º - Disposição regulamentar Artigo 9.º - Norma revogatória Artigo 10.º - Republicação Artigo 11.º - Entrada em vigor

DECRETO-LEI N.º 198/2012, DE 24 DE AGOSTO

Um dos vetores essenciais da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, que aprova o orçamento do Estado para o ano de 2012 (LOE 2012), consiste no reforço significativo do combate à fraude e à evasão fiscais de forma a garantir uma justa repartição do esforço fiscal.

Neste contexto, o presente diploma visa concretizar a autorização legislativa concedida ao Governo pelo artigo 172.º da LOE 2012, instituindo um regime que regule, nomeadamente, a transmissão eletrónica dos elementos das faturas e outros documentos com relevância fiscal, para reforçar o combate à informalidade e à evasão fiscal e para auxiliar os contribuintes a evitar o incumprimento das suas obrigações fiscais.

Pretende-se, assim, criar um instrumento eficaz para combater a economia paralela, alargar a base tributável e reduzir a concorrência desleal, promovendo-se a exigência de fatura por cada transação e reduzindo-se as situações de evasão fiscal associadas à omissão do dever de emitir documento comprovativo da transação.

Adicionalmente, não obstante a existência de um quadro sancionatório para a violação do dever de emitir e exigir faturas ou recibos, previsto no artigo 123.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, pretende-se que essa exigência seja também sustentada num dever de cidadania. Neste sentido, é criada uma dedução em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), correspondente a uma parte do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) suportado por qualquer membro do agregado familiar, incluído em faturas que titulam prestações de serviços em determinados setores de atividade e comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Atendendo ao carácter inovador deste incentivo fiscal, optou-se por introduzir esta medida de forma gradual, aplicando-a, numa primeira fase, a apenas determinados setores de atividade qualificados, a nível internacional, como setores de risco acrescido em termos de informalidade. Pretende-se que, no futuro, este incentivo fiscal seja gradualmente alargado a outros setores de atividade em que esta medida possa eficazmente combater a fraude e evasão fiscais.

Em face da importância de concretização da presente medida e como forma de apoiar os contribuintes, será disponibilizada, gratuitamente, uma aplicação informática destinada a extrair dos ficheiros SAF-T (PT) das empresas os elementos relevantes das faturas a serem enviadas à AT, bem como os meios necessários para permitir a submissão direta dos dados das faturas através do Portal das Finanças. Com efeito, a disponibilização desta aplicação destina-se a garantir um princípio estruturante de todo o sistema, que é o da gratuidade, evitando assim que os sujeitos passivos e os consumidores finais sejam onerados com custos adicionais decorrentes da aplicação desta medida.

Finalmente, pretende-se ainda com o presente diploma proceder à alteração do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto- -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de

abril, no sentido de se estabelecerem regras que assegurem a integridade dos documentos de transporte e que garantem à AT um controlo mais eficaz destes documentos, obstando à sua posterior viciação ou ocultação.

Foi ouvida a Comissão Nacional de Proteção de Dados. Assim: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo

172.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.º - Objeto

1 - O presente diploma procede à criação de medidas de controlo da emissão de faturas e respetivos aspetos procedimentais, bem como a criação de um incentivo de natureza fiscal à exigência daqueles documentos por adquirentes que sejam pessoas singulares, alterando-se o Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de julho, e efetuando-se um conjunto de alterações ao regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos do IVA, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, e pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013)

2 - O presente diploma aplica-se ainda, com as devidas adaptações, aos documentos referidos nos n.ºs 6 do artigo 36.º e 1 do artigo 40.º do Código do IVA. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013)

Artigo 2.º - Finalidade do incentivo e âmbito 1 - O incentivo de natureza fiscal tem por finalidade valorizar a

participação dos adquirentes que sejam pessoas singulares na prevenção da evasão fiscal e na prossecução de um sistema fiscal mais equitativo. (1)

2 - As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) apenas podem beneficiar do incentivo referido no número anterior quanto às faturas que titulem operações efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profissional. _____________________________________________________________

(1) Ver art. 66.º-B do EBF [5.1], p. 461. _____________________________________________________________

Artigo 3.º - Comunicação dos elementos das faturas

1 - As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português e aqui pratiquem operações sujeitas a IVA, são obrigadas a comunicar à Autoridade Tributária a Aduaneira (AT), por transmissão eletrónica de dados, os elementos das faturas emitidas nos termos do Código do IVA, por uma das seguintes vias:

a) Por transmissão eletrónica de dados em tempo real, integrada em programa de faturação eletrónica;

b) Por transmissão eletrónica de dados, mediante remessa de ficheiro normalizado estruturado com base no ficheiro SAF-T (PT), criado pela Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março,

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 15/30

alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, contendo os elementos das faturas; (1)

c) Por inserção direta no Portal das Finanças; d) Por outra via eletrónica, nos termos a definir por portaria do

Ministro das Finanças. (2) 2 - A comunicação referida no número anterior deve ser

efetuada até ao dia 25 do mês seguinte ao da emissão da fatura, não sendo possível alterar a via de comunicação no decurso do ano civil. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12, com entrada em vigor em 01/01/2013)

3 - Os sujeitos passivos que sejam obrigados a produzir o ficheiro SAF-T (PT), criado pela Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, devem optar por uma das modalidades constantes das alíneas a) e b) do n.º 1.

4 - A AT disponibiliza no Portal das Finanças o modelo de dados para os efeitos previstos nos n.ºs 1 e 2, devendo dele constar os seguintes elementos relativamente a cada fatura:

a) Número de identificação fiscal do emitente; b) Número da fatura; c) Data de emissão; d) Tipo de documento, nos termos referidos na Portaria n.º 321-

A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, que regula o ficheiro normalizado, designado SAF-T (PT);

e) Número de identificação fiscal do adquirente que seja sujeito passivo de IVA, quando tenha sido inserido no ato de emissão;

f) Número de identificação fiscal do adquirente que não seja sujeito passivo de IVA, quando este solicite a sua inserção no ato de emissão;

g) Valor tributável da prestação de serviços ou da transmissão de bens;

h) Taxas aplicáveis; i) O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se

aplicável; j) Montante de IVA liquidado. 5 - Até ao final do mês seguinte ao da sua emissão, a AT

disponibiliza às pessoas singulares, no Portal das Finanças, os elementos indicados no número anterior relativamente às faturas que titulem prestações de serviços em que constem como adquirentes e que sejam emitidas por sujeitos passivos enquadrados para efeitos fiscais, de acordo com a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3, CAE- Rev. 3, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade:

a) Secção G, Classe 4520 - Manutenção e reparação de veículos automóveis;

b) Secção G, Classe 45402 - Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios;

c) Secção I - Alojamento, restauração e similares; d) Secção S, Classe 9602 - Atividades de salões de cabeleireiro

e institutos de beleza. 6 - As pessoas singulares podem comunicar à AT os elementos

das faturas em que constem como adquirentes, que tenham na sua posse, e que não tenham sido disponibilizados nos termos do número anterior, após a data aí prevista, devendo manter na sua posse as faturas registadas para exibi-las à AT sempre que solicitadas por um período de quatro anos, contado a partir do final do ano em que ocorreu a aquisição.

7 - As pessoas singulares devem indicar no Portal das Finanças, a partir da data referida no n.º 5, quais as faturas em que constem como adquirentes que titulam prestações de serviços enquadradas nos setores de atividade mencionados naquele número, sempre que o sujeito passivo emitente esteja também enquadrado, para efeitos fiscais, noutros setores de atividade, sob pena de aquelas faturas não serem elegíveis para o incentivo fiscal.

8 - As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA devem também indicar no Portal das Finanças, a partir da data referida no n.º 5, quais as faturas que titulam aquisições efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou

profissional, sob pena de todas as faturas em que constam como adquirentes não serem elegíveis para o incentivo fiscal. _____________________________________________________________

(1) A Portaria n.º 321-A/2007, de 26/03, encontra-se no presente ponto [7], p. 639.

(2) Foi publicada a seguinte portaria que aprova o modelo oficial de declaração para a comunicação dos elementos das faturas, por transmissão eletrónica de dados:

«Portaria n.º 426-A/2012, de 28 de dezembro O Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, estabelece a obrigação

de comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), por transmissão eletrónica de dados, dos elementos das faturas emitidas por pessoas, singulares ou coletivas, que possuam sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português e aqui pratiquem operações sujeitas a Imposto sobre o Valor Acrescentado, ainda que dele isento.

A medida adotada permite à AT um controlo efetivo das operações realizadas, facultando aos agentes económicos um sistema simples de comunicação.

A definição da forma de comunicação dos elementos das faturas encontra-se prevista no artigo 3º do referido diploma.

Porém, a citada norma não descreve, de forma exaustiva, todas as formas de comunicação, prevendo, expressamente, a possibilidade de utilização, nos termos a definir por portaria do Ministro das Finanças, de outra metodologia no envio de informação por via eletrónica.

Considerando o caráter inovador da legislação a implementar, bem como a dimensão/estrutura de alguns agentes económicos obrigados ao cumprimento da obrigação de comunicação, estabelecem-se regimes transitórios, que permitam uma adaptação progressiva a esta nova realidade.

Assim: Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Finanças, ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, o seguinte:

Artigo 1.º - Objeto

É aprovado o modelo oficial de declaração para a comunicação dos elementos das faturas, por transmissão eletrónica de dados, prevista na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, constante do Anexo à presente portaria.

Artigo 2.º - Âmbito de aplicação

O presente diploma aplica-se aos sujeitos passivos que, cumulativamente:

a) Não sejam obrigados a possuir o ficheiro SAF-T (PT) da faturação, criado pela Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro e pela Portaria n.º 382/2012, de 23 de novembro;

b) Não utilizem, nem sejam obrigados a possuir programa informático de faturação, previsto na Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22-A/2012, de 24 de janeiro; e

c) Não optem pela utilização de qualquer dos meios de comunicação previstos nas alíneas a) a c) do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto.

Artigo 3.º - Recolha e comunicação de dados

1 - A AT disponibiliza no Portal das Finanças na Internet (www.portaldasfinancas.gov.pt) o modelo oficial de declaração para a comunicação dos elementos das faturas prevista no artigo 1.º da presente portaria.

2 - A obrigação de comunicação prevista no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, considera-se cumprida com a submissão válida, no Portal das Finanças na Internet (www.portaldasfinancas.gov.pt) da declaração prevista no número anterior.

Artigo 4.º - Procedimento

Os sujeitos passivos devem: a) Efetuar o registo, caso ainda não disponham de senha de acesso,

através do Portal das Finanças, no endereço www.portaldasfinancas.gov.pt;

b) Efetuar o envio de acordo com os procedimentos indicados no referido Portal.

Artigo 5.º - Formalidades de preenchimento 1 - Os sujeitos passivos devem preencher, no modelo disponibilizado,

o quadro referente à Informação Global, relativamente a todas as faturas emitidas durante o período a que respeita a declaração, indicando:

a) O seu número de identificação fiscal (NIF); b) O mês e o ano de faturação; c) O valor global das faturas.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 16/30

2 - Os sujeitos passivos devem preencher o quadro referente à Informação Parcial, identificando os elementos respeitantes às faturas emitidas, até ao termo do prazo previsto no n.º 2 do artigo 3º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto.

Artigo 6.º - Legislação subsidiária

Em tudo o que não estiver expressamente regulado neste diploma é aplicável o disposto no Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto.

Artigo 7.º - Disposição transitória

1 - No decurso do ano de 2013, os sujeitos passivos referidos no artigo 2.º estão apenas obrigados ao preenchimento, no campo referente à Informação Parcial, dos elementos respeitantes à primeira e última fatura, de cada série, emitidas no período a que se refere a declaração, bem como dos elementos das faturas que contenham o NIF do adquirente.

2 - No decurso do ano de 2013, os sujeitos passivos que pratiquem operações isentas ao abrigo do artigo 9.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA), os sujeitos passivos enquadrados no regime especial de isenção, previsto no artigo 53.º do CIVA, bem como os sujeitos passivos enquadrados no regime previsto no artigo 60º do CIVA, que não tenham emitido mais de 10 faturas, com o NIF do adquirente, no mês a que respeita a declaração, podem entregar, presencialmente ou através de remessa por correio registado, o modelo oficial da declaração em papel, devidamente preenchido, em qualquer Serviço de Finanças ou outra entidade com quem a AT celebre protocolo para o efeito, não lhes sendo aplicável a parte final do n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto.

3 - A declaração a que se refere o número anterior é recolhida para o sistema informático da AT.

Artigo 8.º - Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor em 1 de janeiro de 2013. O Ministro de Estado e das Finanças, Vítor Louçã Rabaça Gaspar, em

26 de dezembro de 2012. (…)»

(O modelo de declaração para a comunicação dos elementos das faturas, a que se refere a art. 1.º da presente portaria, pode ser consultado em www.portaldasfinancas.gov.pt) _____________________________________________________________

Artigo 4.º - Aditamento ao Estatuto dos Benefícios Fiscais 1 - É aditado o artigo 66.º-B ao Estatuto dos Benefícios

Fiscais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de julho, com a seguinte redação: (…)

2 - É aditado à parte II do EBF, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de julho, o capítulo XII com a epígrafe «Benefícios pela exigência de fatura», constituído pelo artigo 66.º-B. (1) _____________________________________________________________

(1) Inserido no lugar próprio em EBF [5.1], p. 461. _____________________________________________________________

Artigo 5.º - Conservação dos dados pessoais comunicados

Os dados pessoais comunicados relativos a faturas em que os adquirentes sejam pessoas singulares devem ser mantidos até ao final do quarto ano seguinte àquele a que respeitem, sendo obrigatoriamente destruídos no prazo de seis meses após o decurso deste prazo.

Artigo 6.º - Confidencialidade e segurança da informação 1 - Os dados pessoais comunicados à AT nos termos do artigo

3.º estão abrangidos pelo dever de confidencialidade previsto no artigo 64.º da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, e apenas podem ser utilizados para as finalidades previstas no presente diploma.

2 - A AT deve adotar as medidas de segurança necessárias relativamente aos dados pessoais comunicados para impedir a respetiva consulta ou utilização indevida por qualquer pessoa ou forma não autorizada e para garantir que o acesso aos dados pessoais está limitado às pessoas autorizadas no âmbito das suas atribuições legais.

Artigo 7.º - Alteração ao anexo ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho

Os artigos 2.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 8.º, 10.º, 11.º, 12.º, 13.º, 14.º, 16.º, 17.º e 18.º do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, passam a ter a seguinte redação: (…)

Artigo 8.º - Disposição regulamentar

O modo de cumprimento das obrigações de comunicação previstas nas alterações introduzidas pelo presente diploma ao regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, é regulamentado por portaria do Ministro das Finanças. (1) _____________________________________________________________

(1) À data da elaboração da presente adenda de atualização ainda não tinha sido publicada a respetiva portaria. _____________________________________________________________

Artigo 9.º - Norma revogatória

São revogados os n.ºs 2 e 3 do artigo 8.º, os n.ºs 3 e 7 do artigo 10.º e o artigo 12.º do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril.

Artigo 10.º - Republicação

É republicado em anexo, que faz parte integrante do presente diploma, o regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, com a redação atual. (1) _____________________________________________________________

(1) Inserido no lugar próprio no presente ponto [7], p. 608 a 612. _____________________________________________________________

Artigo 11.º - Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor em 1 de janeiro de 2013. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de julho de

2012. - Pedro Passos Coelho - Luís Filipe Bruno da Costa de Morais Sarmento.

Promulgado em 16 de agosto de 2012. Publique-se. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendado em 21 de agosto de 2012. O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 17/30

BENEFÍCIOS FISCAIS À UTILIZAÇÃO DAS TERRAS AGRÍCOLAS, FLORESTAIS E SILVOPASTORIS E À DINAMIZAÇÃO DA “BOLSA DE TERRAS”

LEI N.º 63/2012, DE 10 DE DEZEMBRO

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

Artigo 1.º - Objeto 1 - A presente lei aprova benefícios fiscais à utilização das

terras agrícolas, florestais e silvopastoris e à dinamização da bolsa de terras.

2 - A presente lei estabelece ainda reduções emolumentares destinadas a dinamizar a bolsa de terras, alterando o Regulamento Emolumentar dos Registos e Notariado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 322-A/2001, de 14 de dezembro.

Artigo 2.º - Prédios rústicos e mistos com utilização agrícola, florestal ou silvopastoril

1 - Para os prédios rústicos ou mistos, na parte rústica, que estejam a ser utilizados para fins agrícolas, florestais ou silvopastoris, a taxa prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo 112.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis é obrigatoriamente reduzida entre 50 % e 100 %.

2 - O benefício fiscal a que se refere o número anterior é reconhecido anualmente pelo chefe do serviço de finanças da área da situação do prédio, mediante a apresentação de requerimento no referido serviço, acompanhado de documento comprovativo da utilização agrícola, florestal ou silvopastoril do prédio referente ao ano anterior.

3 - O modelo e prazo de entrega do requerimento, bem como a entidade emitente do documento comprovativo do tipo de utilização do prédio são fixados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, da agricultura e das florestas. (1) _____________________________________________________________

(1) Ainda não foi publicada a respetiva portaria. _____________________________________________________________

Artigo 3.º - Prédios rústicos e mistos disponibilizados na bolsa de terras

1 - Para os prédios rústicos ou mistos, na parte rústica, que sejam disponibilizados na bolsa de terras nos termos da lei que cria a “Bolsa de terras”, a taxa prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo 112.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis é obrigatoriamente reduzida entre 50 % e 100 %. (1)

2 - O benefício fiscal a que se refere o número anterior é de carácter automático, operando mediante comunicação anual da disponibilização do prédio na bolsa de terras por referência a 31 de dezembro, a efetuar pela entidade gestora da bolsa de terras à Autoridade Tributária e Aduaneira até ao final do mês de fevereiro de cada ano.

3 - O benefício fiscal a que se refere o n.º 1 extingue-se logo que: a) O prédio seja retirado da bolsa de terras; b) O proprietário rejeite oferta de cedência de montante igual

ou superior ao valor patrimonial tributário do prédio, em caso de venda, ou de montante igual ou superior a 1/15 do valor patrimonial tributário, em caso de arrendamento.

4 - A extinção do benefício fiscal implica o pagamento da diferença entre a taxa prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo 112.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis e a taxa reduzida aplicada durante o período de disponibilização do prédio na bolsa de terras, com o limite de três anos, salvo se o sujeito passivo demonstrar que a causa de extinção do benefício decorre da utilização do prédio para os fins previstos no n.º 1 do artigo anterior. ______________________________________________________________

(1) A Lei n.º 62/2012, de 10/12, que cria a bolsa nacional de terras para utilização agrícola, florestal ou silvopastoril, designada por “Bolsa de terras”, pode ser consultada em www.portaldasfinancas.gov.pt. ______________________________________________________________

Artigo 4.º - Fixação dos benefícios fiscais

1 - Para efeitos do disposto nos artigos anteriores, os municípios, mediante deliberação da assembleia municipal e sob proposta da respetiva assembleia de freguesia, fixam anualmente a percentagem da redução a aplicar.

2 - A percentagem da redução prevista nos artigos anteriores é única e igual dentro da mesma freguesia.

3 - A deliberação da assembleia municipal referida no n.º 1 é comunicada à Autoridade Tributária e Aduaneira, por transmissão eletrónica de dados, para vigorar no ano seguinte, aplicando-se a redução de 50 % caso a comunicação não seja recebida até 30 de novembro.

Artigo 5.º - Alteração ao Decreto-Lei n.º 322-A/2001,

de 14 de dezembro O artigo 28.º do Regulamento Emolumentar dos Registos e

Notariado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 322-A/2001, de 14 de dezembro, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 315/2002, de 27 de dezembro, 194/2003, de 23 de agosto, 53/2004, de 18 de março, 199/2004, de 18 de agosto, 111/2005, de 8 de julho, 178-A/2005, de 28 de outubro, 76-A/2006, de 29 de março, 85/2006, de 23 de maio, 125/2006, de 29 de junho, 237-A/2006, 14 de dezembro, 8/2007, de 17 de janeiro, e 263-A/2007, de 23 de julho, pela Lei n.º 40/2007, de 24 de agosto, e pelos Decretos-Leis n.ºs 324/2007, de 28 de setembro, 20/2008, de 31 de janeiro, 73/2008, de 16 de abril, 116/2008, de 4 de julho, 247-B/2008, de 30 de dezembro, 122/2009, de 21 de maio, 185/2009, 12 de agosto, e 99/2010, de 2 de setembro, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 28.º … 1 a 33 - ... 34 - Os emolumentos devidos pela realização de atos de

registo de factos relativos a prédio rústico ou misto a disponibilizar, ou disponibilizado, na bolsa de terras a que se refere a lei que cria a bolsa nacional de terras para utilização agrícola, florestal ou silvopastoril, designada por 'Bolsa de terras' e relacionados com a finalidade dessa disponibilização, são reduzidos em 75 %.»

Artigo 6.º - Produção de efeitos

O disposto nos artigos 2.º a 4.º da presente lei produz efeitos: a) Após a cessação da vigência do Programa de Assistência

Económica e Financeira a Portugal celebrado com a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu; e

b) Após a avaliação geral dos prédios rústicos prevista no artigo 16.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis.

Aprovada em 12 de outubro de 2012. A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção

A. Esteves. Promulgada em 28 de novembro de 2012. Publique-se. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendada em 29 de novembro de 2012. O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 18/30

ASSISTÊNCIA MÚTUA EM MATÉRIA DE COBRANÇA DE CRÉDITOS RESPEITANTES A IMPOSTOS, DIREITOS E OUTRAS MEDIDAS, DEFININDO OS TERMOS DE APLICAÇÃO

A QUE FICA SUJEITO O ESTADO PORTUGUÊS (Transposição da Diretiva 2010/24/UE para a ordem jurídica interna)

DECRETO-LEI N.º 263/2012, DE 20 DE DEZEMBRO CAPÍTULO I - Disposições gerais SECÇÃO I - Objeto, definições e âmbito de aplicação Artigo 1.º - Objeto Artigo 2.º - Definições Artigo 3.º - Âmbito de aplicação Artigo 4.º - Exclusões

SECÇÃO II - Entidades competentes Artigo 5.º - Autoridades nacionais competentes Artigo 6.º - Autoridades requerentes ou requeridas de outros Estados-Membros CAPÍTULO II - Regras gerais aplicáveis aos mecanismos da assistência mútua SECÇÃO I - Mecanismos de assistência mútua e outras formas de cooperação Artigo 7.º - Tipo de mecanismos Artigo 8.º - Presenças e intervenções autorizadas em território português Artigo 9.º - Presenças e intervenções autorizadas em território de outro Estado-Membro

SECÇÃO II - Requisitos gerais de aplicação Artigo 10.º - Dispensa de aplicação de mecanismos de assistência Artigo 11.º - Regras relativas à prescrição Artigo 12.º - Despesas Artigo 13.º - Formulários-tipo e meios de comunicação Artigo 14.º - Regime linguístico SECÇÃO III - Segurança e confidencialidade da informação Artigo 15.º - Divulgação de documentos e informações Artigo 16.º - Restrições ao direito à informação Artigo 17.º - Medidas de segurança e confidencialidade no tratamento de dados

CAPÍTULO III - Dos mecanismos da assistência mútua em especial SECÇÃO I - Troca de informações entre autoridades competentes Artigo 18º- Prestação de informações a pedido de outro Estado-Membro Artigo 19.º - Pedido de informações Artigo 20.º - Troca de informações sem pedido prévio SECÇÃO II - Assistência à notificação de documentos Artigo 21.º - Notificação de documentos a pedido de outro Estado-Membro Artigo 22.º - Pedido de notificação de documentos

SECÇÃO III - Cobranças de créditos objeto de título executivo uniforme Artigo 23.º - Cobrança de créditos a pedido de outro Estado-Membro Artigo 24.º - Pedido de cobrança de créditos Artigo 25.º - Título executivo uniforme

SECÇÃO IV – Medidas cautelares Artigo 26.º - Medidas cautelares a pedido de outro Estado-Membro Artigo 27.º - Pedido de medidas cautelares

SECÇÃO V – Procedimentos de execução da cobrança e adoção de medidas cautelares Artigo 28.º - Execução dos pedidos de cobrança e medidas cautelares Artigo 29.º - Obrigações específicas de comunicação Artigo 30.º - Competência para a resolução de litígios Artigo 31.º - Alteração ou cancelamento do pedido de cobrança ou medidas cautelares Artigo 32.º - Alteração do pedido de cobrança ou de medidas cautelares apresentado por outro Estado-Membro CAPÍTULO IV - Disposições finais e transitórias Artigo 33.º - Aplicação de outros acordos em matéria de assistência Artigo 34.º - Direito subsidiário Artigo 35.º - Norma transitória Artigo 36.º - Norma revogatória Artigo 37.º - Entrada em vigor

DECRETO-LEI N.º 263/2012, DE 20 DE DEZEMBRO

O presente decreto-lei transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2010/24/UE, do Conselho, de 16 de março de 2010, relativa à assistência mútua em matéria de cobrança de créditos respeitantes a impostos, direitos e outras medidas.

Esta matéria, inicialmente regulada na Diretiva n.º 76/308/CEE, do Conselho, de 15 de março de 1976, no que respeita à assistência mútua na cobrança de créditos resultantes de operações do sistema de financiamento do Fundo Europeu de Orientação e de Garantia Agrícola, bem como de direitos niveladores agrícolas e de direitos aduaneiros, e ainda ao imposto sobre o valor acrescentado e a determinados impostos especiais sobre o consumo, foi objeto de posteriores alterações, tendo sido codificada através da Diretiva n.º 2008/55/CE, do Conselho, de 26 de maio de 2008. As mencionadas diretivas foram originariamente transpostas para o ordenamento jurídico português através do Decreto-Lei n.º 504-N/85, de 30 de dezembro, constando atualmente esta disciplina jurídica do Decreto-Lei n.º 296/2003, de 21 de novembro.

Com a Diretiva n.º 2010/24/UE, que revogou, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2012, a Diretiva n.º 2008/55/CE, são introduzidas profundas alterações em matéria de assistência mútua na cobrança entre Estados-Membros, visando dar resposta à ameaça que o aumento da fraude constitui para os interesses financeiros da União Europeia (UE) e dos Estados-Membros e para o bom funcionamento do mercado interno, bem como salvaguardar, de forma mais adequada, a competitividade e a neutralidade fiscal no espaço europeu.

Refira-se que a revisão desta diretiva relativa à cobrança de créditos, com o objetivo de aperfeiçoar as regras existentes, estimular o recurso à assistência mútua na cobrança e facilitar a sua aplicação prática, vinha sendo, desde há algum tempo, apontada pela Comissão como uma das medidas de uma estratégia coordenada na luta contra a fraude ao IVA a nível da UE.

Tendo em vista alcançar tais objetivos, foi alargado o âmbito de aplicação do regime de assistência mútua aos créditos respeitantes a impostos e direitos ainda não abrangidos pela assistência mútua à cobrança.

Simultaneamente, são estabelecidas regras mais claras e precisas para a sua aplicação, visando proporcionar uma troca de informações mais ampla entre Estados-Membros, e abranger todas as pessoas singulares ou coletivas e outras estruturas jurídicas na UE, bem como todos os créditos das autoridades públicas respeitantes a impostos, direitos, restituições e intervenções, e ainda a quotizações, designadamente todos os créditos pecuniários de pessoas singulares ou coletivas ou de terceiros que as substituam na obrigação de pagamento.

Com esta regulamentação, implementa-se um sistema comum de assistência à cobrança ao nível da UE, baseado num título executivo uniforme e num formulário-tipo para notificação de atos, documentos, instrumentos e decisões relativas a um crédito, permitindo superar, designadamente, problemas de reconhecimento e tradução de instrumentos emanados de outros Estados-Membros.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 19/30

É, igualmente, criada a base jurídica necessária para se proceder à troca de informações sem pedido prévio sobre reembolsos de impostos específicos que venham a ser efetuados a pessoas residentes ou estabelecidas noutro Estado-Membro.

Por razões de eficácia, fica ainda consagrada a possibilidade de funcionários de um Estado-Membro estarem presentes em inquéritos administrativos noutro Estado-Membro ou de neles participarem.

Alargam-se as possibilidades de solicitar a cobrança de um crédito ainda que não tenham sido esgotados os meios internos de cobrança, quando o recurso a esses procedimentos no Estado-Membro requerente implique dificuldades desproporcionadas.

Finalmente, na ausência de impostos ou direitos da mesma natureza ou de natureza similar no Estado-Membro requerido, consagra-se o princípio da equiparação desses créditos aos créditos relativos ao imposto sobre o rendimento das pessoas singulares.

A estrutura do Decreto-Lei n.º 296/2003, de 21 de novembro, revela-se manifestamente desadequada face à experiência da sua aplicação, bem como às alterações operadas na diretiva que ora se transpõe, sendo por isso necessário proceder à sua revogação.

Foi promovida a audição do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, do Conselho Superior de Magistratura, da Ordem dos Advogados e da Comissão Nacional de Proteção de Dados.

Assim: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 172.º-

A da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, alterada pela Lei n.º 20/2012, de 14 de maio, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

CAPÍTULO I - Disposições gerais

SECÇÃO I - Objeto, definições e âmbito de aplicação

Artigo 1.º - Objeto O presente decreto-lei transpõe para a ordem jurídica interna a

Diretiva n.º 2010/24/UE, do Conselho, de 16 de março de 2010, relativa à assistência mútua em matéria de cobrança de créditos respeitantes a impostos, direitos e outras medidas, definindo os termos de aplicação do regime de assistência mútua à cobrança a que fica sujeito o Estado português.

Artigo 2.º - Definições

Para efeitos do presente decreto-lei, considera-se: a) «Autoridade competente», a entidade designada por cada

um dos Estados-Membros da União Europeia como responsável pela aplicação do regime de assistência mútua à cobrança e com competências para solicitar ou prestar assistência mútua à cobrança, diretamente ou através de outros serviços de ligação que por esta sejam designados;

b) «Autoridade requerente», a autoridade competente de um Estado-Membro, ou um outro serviço de ligação que por esta seja designado, que formule um pedido de assistência relativo a um dos créditos a que se refere o artigo 3.º;

c) «Autoridade requerida», a autoridade competente de um Estado-Membro, ou um outro serviço de ligação que por esta seja designado, ao qual se remeta um pedido de assistência relativo a um dos créditos a que se refere o artigo 3.º;

d) «Pessoa», uma pessoa singular ou coletiva, um ente de facto ou de direito ao qual tenha sido legalmente reconhecida capacidade para praticar atos jurídicos, bem como qualquer outra estrutura jurídica, ainda que desprovida de personalidade jurídica e independentemente da respetiva natureza ou forma, que seja proprietária ou gestora de ativos e de rendimentos deles derivados que se encontrem sujeitos à incidência de qualquer imposto;

e) «Por via eletrónica», a utilização de equipamento eletrónico de processamento, incluindo a compressão digital, e de armazenagem de dados, através de fios, radiocomunicações, meios óticos ou outros meios eletromagnéticos;

f) «Rede CCN», a plataforma comum baseada na rede comum de comunicações desenvolvida pela União Europeia para todas as transmissões por via eletrónica entre autoridades competentes nos domínios aduaneiro e fiscal.

Artigo 3.º - Âmbito de aplicação 1 - Ficam abrangidos pelo regime de assistência mútua à

cobrança previsto no presente decreto-lei, os créditos relativos a: a) Todos os impostos e direitos, independentemente da sua

natureza, cobrados diretamente ou em seu nome por um Estado-Membro ou pelas suas subdivisões territoriais ou administrativas, incluindo as autoridades locais, ou em nome da União Europeia;

b) Restituições, intervenções e outras medidas que façam parte do sistema de financiamento integral ou parcial do Fundo Europeu Agrícola de Garantia e do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural, incluindo as importâncias a receber no âmbito destas ações;

c) Quotizações e outros direitos previstos no âmbito da organização comum do mercado para o setor do açúcar.

2 - Ficam igualmente incluídos no âmbito de aplicação deste regime de assistência mútua à cobrança:

a) As sanções, multas, coimas, taxas e sobretaxas de natureza administrativa, respeitantes a créditos abrangidos pelo número anterior, aplicadas pelas autoridades administrativas competentes para cobrar os impostos ou direitos em causa ou para realizar inquéritos administrativos com eles relacionados, bem como as confirmadas por órgãos administrativos ou judiciais;

b) As taxas devidas pela emissão de certificados e documentos similares no âmbito de procedimentos administrativos relacionados com quaisquer impostos e direitos;

c) Juros e despesas respeitantes a créditos abrangidos pelo número anterior ou pelas alíneas anteriores.

Artigo 4.º - Exclusões O regime de assistência mútua à cobrança previsto no presente decreto-lei não é aplicável a:

a) Contribuições obrigatórias para a segurança social devidas a um Estado-Membro ou às respetivas subdivisões territoriais ou administrativas, ou a instituições de segurança social de direito público;

b) Taxas não abrangidas pelas alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo anterior;

c) Direitos de natureza contratual, tais como pagamento de serviços públicos;

d) Sanções penais aplicadas com base numa ação promovida pelo Ministério Público ou outras sanções penais não abrangidas pela alínea a) do n.º 2 do artigo anterior.

SECÇÃO II - Entidades competentes

Artigo 5.º - Autoridades nacionais competentes 1 - A autoridade competente para efeitos de aplicação do

regime de assistência mútua à cobrança é o Ministério das Finanças.

2 - O órgão responsável pela aplicação do regime de assistência mútua à cobrança em território nacional, enquanto serviço central de ligação, é a Comissão Interministerial para a Assistência Mútua em Matéria de Cobrança de Créditos, abreviadamente designada por CIAMMCC, que funciona na dependência do membro do Governo responsável pela área das Finanças e cuja coordenação é assegurada pela Autoridade Tributária e Aduaneira.

3 - Compete, em especial, à CIAMMCC: a) Assegurar, como responsável principal, os contactos com os

outros Estados-Membros e com a Comissão Europeia, no âmbito do regime de assistência mútua à cobrança;

b) Assegurar, enquanto entidade responsável nos termos e para os efeitos definidos na alínea d) do artigo 3.º da Lei n.º 67/98, de 26 de outubro, o tratamento e utilização de dados obtidos através da Rede CCN para as finalidades previstas no presente decreto-lei;

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 20/30

c) Promover, na qualidade de autoridade requerente ou requerida, a instauração e seguimento dos procedimentos relativos a mecanismos de assistência mútua;

d) Garantir, por intermédio das autoridades nacionais competentes, a transferência para as autoridades requerentes de outros Estados-membros dos montantes de créditos e juros cobrados no âmbito do regime de assistência mútua à cobrança.

4 - As competências da CIAMMCC podem ser desconcentradas em outros serviços de ligação, em função das respetivas competências territoriais ou operacionais específicas, bem como da natureza dos créditos a que se refere o artigo 3.º

5 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, a prática dos demais atos inerentes aos mecanismos de assistência mútua regulados no presente decreto-lei é da competência das autoridades administrativas e judiciais a quem compete, face ao ordenamento jurídico nacional, exercer funções equivalentes quanto a créditos do Estado português.

6 - A composição e as condições de funcionamento da comissão a que se refere o n.º 2, bem como a indicação dos outros serviços de ligação a que se refere o n.º 4 e respetivas competências, são fixadas em portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, da agricultura, do mar, do ambiente e do ordenamento do território. (1) _________________________________________________________

(1) À data da elaboração da presente adenda de atualização ainda não tinha sido publicada a respetiva portaria.

Ver norma transitória prevista no art. 35.º do presente DL. _________________________________________________________

Artigo 6.º - Autoridades requerentes ou requeridas

de outros Estados-Membros São reconhecidas como autoridades competentes de outros

Estados-Membros com competência para solicitar ou prestar assistência mútua à cobrança as autoridades que constem de lista publicada no Jornal Oficial da União Europeia ou os serviços de ligação por estas designados que se encontrem identificados em informação disponibilizada pela Comissão Europeia.

CAPÍTULO II - Regras gerais aplicáveis aos mecanismos da assistência mútua

SECÇÃO I - Mecanismos de assistência mútua e

outras formas de cooperação

Artigo 7.º - Tipo de mecanismos A assistência à cobrança que o Estado português fica obrigado

a prestar a pedido das autoridades competentes de outro Estado-Membro, bem como a que pode requerer a essas autoridades, respeita aos seguintes mecanismos:

a) Troca de informações para efeitos da cobrança dos créditos a que se refere o artigo 3.º;

b) Assistência à notificação de documentos respeitantes a créditos a que se refere o artigo 3.º;

c) Cobrança de créditos objeto de um título executivo uniforme ou adoção de medidas cautelares para garantia da cobrança.

Artigo 8.º - Presenças e intervenções autorizadas

em território português 1 - As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º podem

celebrar acordos com as autoridades competentes de outros Estados-Membros com vista a que, nos termos que vierem a ser fixados, os funcionários da autoridade requerente de outros Estados-Membros sejam autorizados a:

a) Aceder e permanecer nas instalações das autoridades nacionais;

b) Estar presentes durante a realização, em território nacional, de quaisquer atos ou diligências no âmbito do procedimento de aplicação do mecanismo de assistência requerido;

c) Prestar assistência a funcionários das autoridades nacionais no âmbito de processos judiciais em curso no território nacional.

2 - Os funcionários autorizados nos termos do número anterior devem apresentar, quando solicitado, um mandato escrito que certifique a sua identidade e qualidade oficial.

Artigo 9.º - Presenças e intervenções autorizadas em território de outro Estado-Membro

As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º podem, no âmbito de um mecanismo de assistência mútua à cobrança que por estas tenha sido requerido às autoridades competentes de outro Estado-Membro, solicitar autorização para, nos termos do disposto no artigo anterior, com as necessárias adaptações, assegurar a presença e intervenções dos seus funcionários no território desse outro Estado-Membro.

SECÇÃO II - Requisitos gerais de aplicação

Artigo 10.º - Dispensa de aplicação de mecanismos de assistência

1 - As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º não estão obrigadas a prestar a assistência à cobrança ou a adotar medidas cautelares a pedido das autoridades competentes de outros Estado-Membros, nos termos previstos na alínea c) do artigo 7.º, quando o devedor, comprovadamente, se encontre em situação económica difícil e esteja abrangido por processo especial de recuperação, de natureza judicial ou extrajudicial, que, nos termos da legislação nacional, obste à prossecução de ações de cobrança contra aquele devedor.

2 - As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º ficam igualmente dispensadas de prestar a assistência relativa a qualquer um dos mecanismos previstos no artigo 7.º ou permitir presenças e intervenções autorizadas em território português nos termos do artigo 8.º, caso o pedido inicial de aplicação dos mecanismos de assistência em causa tenha por objeto créditos:

a) Cujo montante total seja inferior a € 1 500; ou b) Com mais de cinco anos, contados desde a data de

vencimento do crédito no Estado-Membro requerente até à data do pedido inicial de aplicação dos mecanismos de assistência.

3 - Para efeitos do disposto na alínea b) do número anterior, o prazo de cinco anos começa a correr:

a) Nos casos em que o crédito ou o título executivo inicial seja contestado, no momento em que é estabelecido no Estado-Membro requerente que o crédito ou o título executivo deixa de poder ser contestado;

b) Nos casos em que é concedido um adiamento do prazo ou um plano de pagamento em prestações pelas autoridades competentes do Estado-Membro requerente, no momento em que termina o prazo total de pagamento.

4 - As autoridades nacionais não são, todavia, obrigadas a prestar assistência em relação a créditos com mais de dez anos, contados desde a data de vencimento do crédito no Estado-Membro requerente.

5 - As autoridades nacionais informam a autoridade competente do outro Estado-Membro dos motivos que obstam a que o pedido de assistência seja satisfeito.

6 - O disposto nos números anteriores é igualmente aplicável, com as necessárias adaptações, aos pedidos de assistência mútua apresentados pelas autoridades nacionais a outros Estados-Membros.

Artigo 11.º - Regras relativas à prescrição 1 - As questões relativas aos prazos de prescrição são

reguladas exclusivamente pelas disposições legislativas em vigor no Estado-Membro da autoridade requerente.

2 - Os atos de cobrança efetuados pela autoridade requerida, ou em seu nome, dando seguimento a um pedido de assistência, que tenham por efeito suspender, interromper ou prorrogar o prazo de prescrição nos termos da legislação em vigor no Estado-Membro requerido produzem o mesmo efeito no Estado-Membro requerente, desde que esteja previsto o efeito correspondente nas disposições legislativas em vigor neste último Estado.

3 - Quando a suspensão, interrupção ou prorrogação do prazo de prescrição não for possível nos termos das disposições legislativas em vigor no Estado-Membro requerido, os atos de cobrança de créditos efetuados pela autoridade requerida, ou em

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 21/30

seu nome, dando seguimento a um pedido de assistência e que, se fossem efetuados pela autoridade requerente ou em seu nome no Estado-Membro requerente, teriam por efeito suspender, interromper ou prorrogar o prazo de prescrição nos termos das disposições legislativas em vigor no Estado-Membro requerente são consideradas, para esse efeito, como tendo sido praticadas neste último Estado.

4 - O disposto nos números anteriores não prejudica o direito de as autoridades competentes no Estado-Membro requerente tomarem medidas destinadas a suspender, interromper ou prorrogar o prazo de prescrição nos termos das disposições legislativas em vigor nesse Estado-Membro.

5 - A autoridade requerente e a autoridade requerida informam-se mutuamente de qualquer medida que interrompa, suspenda ou prorrogue o prazo de prescrição do crédito que tenha sido objeto de um pedido de cobrança ou de medidas cautelares, ou que possa produzir esse efeito.

Artigo 12.º - Despesas 1 - Além dos montantes relativos aos créditos e aos juros que

sejam devidos, as autoridades nacionais podem recuperar junto da pessoa em causa e conservar as despesas relacionadas com a cobrança em que tenham incorrido, nos casos em que tal seja admissível nos termos da legislação nacional.

2 - O Estado português renuncia a qualquer reembolso por parte de outros Estados-Membros de despesas resultantes da assistência mútua que tenha prestado ao abrigo do presente decreto-lei.

3 - Não obstante o disposto no número anterior: a) As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º podem

acordar com as autoridades competentes de outros Estados-Membros modalidades específicas de reembolso para casos em que a cobrança se revele particularmente difícil, envolva um montante de despesas muito elevado ou esteja relacionada com a criminalidade organizada;

b) O Estado-Membro requerente continua a ser responsável em relação ao Estado-Membro requerido, por todas as despesas suportadas e por todos os prejuízos sofridos em resultado de ações consideradas não fundadas quanto à substância do crédito, à validade do título executivo emitido pela autoridade requerente ou à validade das medidas cautelares por esta requeridas.

Artigo 13.º - Formulários-tipo e meios de comunicação 1 - Salvo quando impraticável por razões técnicas, são

enviados por via eletrónica: a) Os pedidos relativos aos mecanismos de assistência à

cobrança a que se refere o artigo 7.º, mediante a utilização de um formulário-tipo;

b) O título executivo uniforme; c) O documento relativo à adoção de medidas cautelares; d) Quaisquer outros documentos que devam acompanhar o

formulário-tipo a que se refere a alínea a) ou que respeitem ao crédito objeto do pedido de assistência.

2 - O formulário-tipo a que se refere a alínea a) do número anterior é igualmente utilizado em qualquer outra comunicação relativa ao pedido de assistência em causa.

3 - Não é exigível a comunicação por via eletrónica de informações e documentos obtidos no âmbito da presença ou participação de funcionários das autoridades requerentes em serviços ou atos administrativos no território nacional.

4 - A validade das informações obtidas ou das medidas adotadas em resposta a um pedido de assistência não depende da comunicação por via eletrónica ou da utilização de formulários-tipo.

Artigo 14.º - Regime linguístico 1 - O pedido de assistência, o formulário-tipo de notificação e

o título executivo uniforme são enviados na língua oficial ou numa das línguas oficiais do Estado-Membro requerido ou acompanhados de uma tradução nessa língua oficial.

2 - São igualmente válidos os documentos parcialmente redigidos numa língua diferente da exigida no número anterior, desde que essa língua tenha sido acordada entre as autoridades requerentes e requeridas.

3 - Os documentos objeto de um pedido de notificação a que se refere a alínea b) do artigo 7.º podem ser enviados à autoridade requerida numa língua oficial do Estado-Membro requerente.

4 - Quanto aos demais documentos que acompanhem o pedido de assistência, a autoridade requerida pode, se necessário, exigir da autoridade requerente a respetiva tradução para a língua oficial ou uma das línguas oficiais do Estado-Membro requerido, ou para qualquer outra língua que tenha sido acordada entre as autoridades requerentes e requeridas.

SECÇÃO III - Segurança e confidencialidade da informação

Artigo 15.º - Divulgação de documentos e informações 1 - Aos documentos e informações comunicados às

autoridades nacionais, sob qualquer forma ao abrigo do regime previsto no presente decreto-lei, é aplicável o dever de confidencialidade, o sigilo profissional ou qualquer outro dever de segredo em vigor na legislação nacional.

2 - Os documentos e informações comunicados podem ser utilizados:

a) Em qualquer procedimento de instrução e execução dos mecanismos de assistência à cobrança a que se refere o artigo 7.º;

b) Nos procedimentos de liquidação e cobrança das contribuições obrigatórias para a segurança social.

3 - O acesso a documentos e informações relacionados com os mecanismos de assistência à cobrança a que se refere o artigo 7.º pode ainda ser assegurado a pessoas devidamente acreditadas pela Autoridade de Acreditação de Segurança da Comissão Europeia, desde que tal se revele necessário para o acompanhamento, manutenção e desenvolvimento da Rede CCN.

4 - O Estado-Membro que comunica os documentos e informações autoriza a utilização destes para fins diversos dos previstos nos números anteriores, desde que tal utilização seja legalmente admissível nesse Estado-Membro.

5 - As autoridades nacionais podem proceder à partilha de informações consideradas úteis com um terceiro Estado-Membro para os fins previstos no n.º 2, desde que a comunicação seja efetuada com observância do disposto no presente decreto-lei.

6 - Para efeitos do disposto no número anterior: a) As autoridades nacionais informam o Estado-Membro de

origem das informações da sua intenção de proceder à respetiva partilha;

b) O Estado-Membro de origem das informações pode opor-se a essa partilha no prazo de dez dias úteis a contar da data de receção da comunicação das autoridades nacionais.

7 - A autorização de utilização dos documentos e informações partilhados nos termos dos números anteriores para os fins a que se refere o n.º 4 é concedida pelo respetivo Estado-Membro de origem.

8 - Os documentos e informações obtidos sob qualquer forma ao abrigo do regime previsto no presente decreto-lei têm força probatória equivalente aos documentos e informações de natureza análoga emitidos por autoridades nacionais.

Artigo 16.º - Restrições ao direito à informação 1 - Não existe obrigatoriedade de transmitir às autoridades

competentes de outro Estado-Membro informações: a) Cuja obtenção não seja legalmente admissível para a

cobrança de créditos similares constituídos em território português;

b) Que divulguem um segredo comercial, industrial ou profissional;

c) Cujo conteúdo ou conhecimento seja avaliado como podendo pôr em risco ou causar dano à segurança interna e externa do Estado português.

2 - O disposto no número anterior não permite recusar o fornecimento de informações apenas pelo facto de estarem na posse de uma instituição de crédito ou sociedade financeira, de uma pessoa designada ou atuando na qualidade de agente ou de fiduciário ou de estarem relacionadas com uma participação no capital de uma pessoa.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 22/30

Artigo 17.º - Medidas de segurança e confidencialidade no tratamento de dados

1 - As medidas de carácter técnico e organizativo necessárias para garantir a segurança e confidencialidade dos dados obtidos e utilizados para as finalidades previstas no presente decreto-lei e evitar a alteração, perda, tratamento ou acesso não autorizado aos referidos dados, beneficiam do nível de proteção legalmente previsto para os dados tratados:

a) Na base tecnológica de interoperabilidade existente na plataforma comum de comunicações desenvolvida pela União Europeia, denominada de Rede CCN;

b) Nas bases de dados utilizadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira no desempenho das suas atribuições.

2 - As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º ficam vinculadas às disposições legais sobre proteção de dados constantes da Lei n.º 67/98, de 26 de outubro, obrigando-se a que a utilização da informação disponibilizada fique limitada ao estrito cumprimento das finalidades que justificam a atribuição de acesso e responsabilizando-se pela observância do sigilo e confidencialidade por parte dos respetivos funcionários.

CAPÍTULO III - Dos mecanismos da assistência mútua em especial

SECÇÃO I - Troca de informações entre autoridades competentes

Artigo 18.º - Prestação de informações a pedido

de outro Estado-Membro 1 - A pedido de uma autoridade competente de outro Estado-

Membro, as autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º facultam quaisquer informações que possam ser úteis à autoridade requerente para efeitos da cobrança dos créditos a que se refere o artigo 3.º

2 - Quando se mostrar necessário à obtenção das informações solicitadas, as autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º podem mandar instaurar os procedimentos administrativos que se revelem adequados ou promover quaisquer diligências de averiguação.

3 - A impossibilidade de prestação da informação solicitada e os respetivos fundamentos são comunicados à autoridade requerente.

Artigo 19.º - Pedido de informações As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º podem

solicitar a uma autoridade competente de outro Estado-Membro o fornecimento de quaisquer informações que possam ser úteis para efeitos da cobrança dos créditos a que se refere o artigo 3.º

Artigo 20.º - Troca de informações sem pedido prévio As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º podem

comunicar à autoridade competente de outro Estado-Membro informações respeitantes a reembolsos de impostos ou direitos, com exceção do imposto sobre o valor acrescentado, a realizar a favor de pessoas estabelecidas ou residentes naquele Estado-Membro.

SECÇÃO II - Assistência à notificação de documentos

Artigo 21.º - Notificação de documentos a pedido de outro Estado-Membro

1 - A pedido de uma autoridade competente de outro Estado-Membro, as autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º procedem à notificação do destinatário de qualquer documento, incluindo de natureza judicial, emanado por aquele Estado-Membro respeitante a créditos a que se refere o artigo 3.º ou à respetiva cobrança.

2 - O pedido de notificação a que se refere o número anterior é acompanhado de um formulário-tipo, também denominado de formulário uniforme de notificação, contendo, nomeadamente, os seguintes elementos:

a) Nome, endereço e outros dados relevantes para a identificação do destinatário;

b) Objetivo da notificação e período dentro do qual esta deve ser efetuada;

c) Descrição do documento objeto do pedido de notificação, bem como da natureza e montante do crédito em causa;

d) Nome, endereço e outros contactos da entidade responsável pelo documento objeto do pedido de notificação e, caso seja diferente, da entidade onde podem ser obtidas informações complementares sobre o documento notificado ou sobre as possibilidades de contestação da obrigação de pagamento.

3 - As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º comunicam à autoridade requerente o seguimento dado ao pedido de notificação e a data em que o documento foi notificado ao destinatário.

4 - Os procedimentos de notificação seguem, com as necessárias adaptações, os termos das disposições legislativas nacionais, sendo equivalentes os efeitos produzidos e a validade dos atos e meios de notificação utilizados.

Artigo 22.º - Pedido de notificação de documentos 1 - As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º podem

solicitar a uma autoridade competente de outro Estado-Membro a notificação ao respetivo destinatário de qualquer documento, incluindo de natureza judicial, emitido em território português, respeitante a créditos a que se refere o artigo 3.º ou à respetiva cobrança.

2 - O pedido de notificação nos termos do número anterior só pode ser apresentado caso as autoridades nacionais competentes não estejam em condições de notificar o destinatário em causa nos termos da legislação nacional, ou quando essa notificação implicar dificuldades desproporcionadas.

3 - O pedido de notificação a apresentar pelas autoridades nacionais competentes é acompanhado do formulário uniforme de notificação a que se refere o n.º 2 do artigo anterior.

4 - As autoridades nacionais podem notificar diretamente qualquer pessoa residente ou estabelecida no território de outro Estado-Membro, de qualquer documento, por carta registada ou por via eletrónica.

SECÇÃO III - Cobranças de créditos objeto de título executivo uniforme

Artigo 23.º - Cobrança de créditos a pedido

de outro Estado-Membro 1 - A pedido de uma autoridade competente de outro Estado-

Membro, as autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º promovem a cobrança dos créditos abrangidos pelo artigo 3.º que sejam objeto de um título executivo uniforme.

2 - O título executivo uniforme, que acompanha o pedido de cobrança, constitui base jurídica apta e suficiente para a execução da cobrança ou a adoção de medidas cautelares em território nacional.

Artigo 24.º - Pedido de cobrança de créditos 1 - As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º podem

solicitar à autoridade competente de outro Estado-Membro a cobrança de qualquer crédito abrangido pelo artigo 3.º que seja objeto de um título executivo no território português.

2 - O pedido referido no número anterior só pode ser apresentado quando, relativamente ao crédito ou ao título executivo, não estiver pendente reclamação graciosa, impugnação judicial, recurso judicial ou oposição à execução, sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 30.º

3 - O pedido só é admissível após terem sido esgotados os procedimentos de cobrança voluntária e coerciva previstos nas disposições legislativas nacionais, salvo quando se verifique qualquer uma das seguintes circunstâncias:

a) Seja patente que não existem ativos no território nacional ou que aqueles procedimentos não são passíveis de conduzir ao pagamento integral do crédito, e as autoridades nacionais competentes dispuserem de informações específicas indicando que a pessoa dispõe de ativos em outro Estado-Membro;

b) O recurso a esses procedimentos em território nacional implique dificuldades desproporcionadas.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 23/30

Artigo 25.º - Título executivo uniforme 1 - Para efeitos do disposto na presente secção, os pedidos de

cobrança de créditos devem ser acompanhados de um título executivo uniforme.

2 - O título executivo uniforme reflete o conteúdo essencial do título executivo inicial, não estando sujeito a nenhum ato de reconhecimento, completamento ou substituição no Estado-Membro requerido.

3 - O título executivo uniforme contem, pelo menos, os seguintes elementos:

a) Informações relevantes para a identificação do título executivo inicial, com a descrição do crédito, da sua natureza, do período por ele abrangido e de todas as datas relevantes para o processo de execução, bem como o montante desse crédito e os seus diferentes componentes, designadamente, a parte referente a capital e juros vencidos;

b) Nome e outros dados relevantes para a identificação do devedor;

c) Nome, endereço e outros contactos da entidade responsável pela liquidação do crédito e, caso seja diferente, da entidade onde podem ser obtidas informações complementares sobre o crédito a cobrar ou sobre as possibilidades de contestação da obrigação de pagamento.

4 - Para além do título executivo uniforme, o pedido de cobrança pode ser acompanhado de outros documentos respeitantes ao crédito emitidos pela autoridade requerente.

SECÇÃO IV - Medidas cautelares

Artigo 26.º - Medidas cautelares a pedido de outro Estado-Membro

1 - A pedido de uma autoridade competente de outro Estado-Membro, as autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º adotam as providências cautelares admitidas nas disposições legislativas nacionais para garantir a cobrança de qualquer dos créditos abrangidos pelo artigo 3.º, caso se verifique alguma das seguintes circunstâncias:

a) O crédito em causa ou o respetivo título executivo naquele Estado-Membro tenham sido objeto de contestação no momento em que o pedido é efetuado;

b) O crédito não tenha ainda sido objeto de um título executivo, mas o direito interno e as práticas administrativas do Estado-Membro requerente admitam a adoção de medidas cautelares nesta situação.

2 - O pedido de adoção de medidas cautelares pode ser acompanhado de outros documentos respeitantes ao crédito em causa, emitidos pelo Estado-Membro requerente.

3 - Nas circunstâncias a que se refere a alínea b) do n.º 1, o documento relativo à aplicação de medidas cautelares no Estado-Membro requerente é anexado ao pedido de adoção de medidas cautelares, não estando sujeito a nenhum ato adicional de reconhecimento, completamento ou substituição em território nacional.

Artigo 27.º - Pedido de medidas cautelares 1 - As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º podem

solicitar à autoridade competente de outro Estado-Membro a adoção de medidas cautelares com vista a garantir a cobrança de qualquer crédito abrangido pelo artigo 3.º, desde que as providências cautelares requeridas sejam admissíveis nos termos e nos limites previstos nas disposições legislativas nacionais.

2 - O pedido de adoção de medidas cautelares pode ser acompanhado de quaisquer outros documentos respeitantes ao crédito em causa emitidos por autoridades nacionais.

SECÇÃO V - Procedimentos de execução da cobrança e adoção de medidas cautelares

Artigo 28.º - Execução dos pedidos de cobrança e medidas cautelares

1 - Na execução da cobrança de créditos ou na adoção de medidas cautelares solicitadas por uma autoridade competente de outro Estado-Membro são aplicáveis as disposições do

ordenamento jurídico-nacional estabelecidas para os créditos relativos aos mesmos impostos ou direitos ou, na sua ausência, a impostos ou direitos similares.

2 - Quando não sejam cobrados em território português impostos ou direitos da mesma natureza ou de natureza similar, as autoridades a que se refere o artigo 5.º aplicam à cobrança dos créditos em causa as disposições aplicáveis aos créditos relativos ao imposto sobre o rendimento das pessoas singulares.

3 - Salvo disposição especial, os procedimentos de cobrança de créditos ou de adoção de medidas cautelares seguem, com as necessárias adaptações, as disposições legislativas nacionais, sendo equivalentes os efeitos produzidos e a validade dos atos procedimentais e processuais realizados.

4 - Salvo disposição em contrário, os créditos cuja cobrança seja requerida pelas autoridades competentes de outros Estados-Membros não beneficiam dos privilégios creditórios gerais e especiais previstos no ordenamento jurídico nacional.

5 - Os montantes objeto de cobrança no território nacional a pedido das autoridades competentes de outro Estado-Membro são expressos em euros.

6 - São devidos juros de mora a partir da data da receção do pedido de cobrança, cujo cálculo e cobrança seguem as disposições do ordenamento jurídico-nacional estabelecidas para as dívidas ao Estado e outras entidades públicas.

7 - As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º podem conceder ao devedor um prazo adicional para pagamento ou autorizar o pagamento em prestações, cobrando os correspondentes juros de mora.

8 - As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º remetem à autoridade competente do outro Estado-Membro os montantes cobrados referentes ao crédito e aos juros referidos nos números anteriores.

Artigo 29.º - Obrigações específicas de comunicação 1 - Logo que tenha conhecimento de qualquer informação útil

respeitante ao processo que deu origem a um pedido de cobrança ou de adoção de medidas cautelares, as autoridades nacionais comunicam essa informação às autoridades requeridas.

2 - As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º informam de imediato às autoridades requerentes do outro Estado-Membro:

a) Do seguimento dado ao pedido de cobrança ou de medidas cautelares apresentado nos termos dos artigos 23.º e 26.º;

b) Da concessão ao devedor de um prazo adicional para pagamento ou da autorização para o pagamento em prestações, nos termos do n.º 7 do artigo anterior.

Artigo 30.º - Competência para a resolução de litígios 1 - Cabe às autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º,

de acordo com as competências legalmente definidas, a resolução de litígios relativos:

a) Ao crédito, ao título executivo inicial e ao título executivo uniforme, nas situações previstas nos artigos 24.º e 25.º;

b) À validade de uma notificação efetuada por uma autoridade nacional, ao abrigo do disposto no artigo 21.º;

c) Aos procedimentos de execução da cobrança e de adoção de medidas cautelares efetuados pelas autoridades nacionais, ao abrigo do disposto nos artigos 23.º e 26.º

2 - Sendo apresentada por uma parte interessada, no decurso dos procedimentos de cobrança ou adoção de medidas cautelares solicitados às autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º, uma contestação do crédito, do título executivo inicial do Estado-Membro requerente ou do respetivo título executivo uniforme, aquelas informam a parte interessada em causa de que a ação deve ser por esta instaurada perante a instância competente do Estado-Membro requerente, nos termos das disposições legislativas em vigor nesse Estado.

3 - Caso seja intentada em território nacional uma ação relativa aos litígios a que se refere a alínea a) do n.º 1, as autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º informam desse facto o Estado-Membro requerido, indicando os elementos do crédito que não tenham sido objeto de contestação.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 24/30

4 - Nas circunstâncias previstas no número anterior, as autoridades nacionais podem solicitar à autoridade competente do outro Estado-Membro, mediante pedido devidamente fundamentado, que proceda à cobrança do crédito contestado ou da parte contestada do crédito, desde que tal cobrança seja igualmente admissível face ao ordenamento jurídico nacional.

5 - Quando lhes for comunicada pela autoridade competente de outro Estado-Membro ou pelo interessado ter sido intentada nesse Estado uma ação contestando o crédito, o título executivo inicial ou o título executivo uniforme, as autoridades nacionais suspendem o processo de execução de cobrança instaurado, no que diz respeito à parte contestada do crédito, ficando a aguardar a decisão da instância competente na matéria.

6 - Não obstante o disposto no número anterior: a) A suspensão do processo de execução da cobrança não

ocorre, sendo tal solicitado pela autoridade competente desse Estado-Membro através de pedido fundamentado, desde que o direito interno e as práticas administrativas desse Estado-Membro admitam a cobrança do crédito ou da parte do crédito contestado; ou

b) Ainda que ocorra a suspensão do processo de execução da cobrança, as autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º podem, por iniciativa própria ou mediante pedido da autoridade competente do outro Estado-Membro, adotar as providências cautelares admitidas nas disposições legislativas nacionais para garantir a respetiva cobrança.

7 - Caso o devedor obtiver ganho de causa nas situações a que se refere o n.º 4, as autoridades nacionais procedem ao reembolso dos montantes indevidamente cobrados, bem como ao pagamento de qualquer compensação devida nos termos das disposições legislativas em vigor no Estado-Membro requerido.

8 - Tendo sido iniciado um procedimento amigável pelas autoridades competentes de outro Estado-Membro relativamente a créditos que tenham sido objeto de um pedido de cobrança previsto no artigo 23.º, e o resultado desse procedimento possa afetar o crédito para o qual foi pedida assistência, as medidas de cobrança tomadas pelas autoridades nacionais são suspensas ou interrompidas até à conclusão daquele procedimento, salvo em caso de urgência imediata devido ao risco de fraude ou insolvência.

9 - Ocorrendo a suspensão do processo de execução da cobrança nos termos do disposto no número anterior, é aplicável o disposto na alínea b) do n.º 6.

Artigo 31.º - Alteração ou cancelamento do pedido de cobrança ou medidas cautelares

1 - As autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º informam a autoridade competente de outro Estado-Membro de qualquer alteração subsequente ao seu pedido de cobrança ou de adoção de medidas cautelares, bem como do cancelamento do mesmo, indicando as razões da alteração ou do cancelamento.

2 - Quando a alteração do pedido ocorrer na sequência de uma decisão da instância competente nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo anterior, as autoridades nacionais transmitem essa decisão juntamente com o novo título executivo uniforme.

Artigo 32.º - Alteração do pedido de cobrança ou de medidas cautelares apresentado por outro Estado-Membro

1 - Caso a autoridade competente de outro Estado-Membro comunique uma alteração subsequente do pedido de cobrança ou de adoção de medidas cautelares e remeta novo título executivo uniforme, as autoridades nacionais a que se refere o artigo 5.º prosseguem a tramitação do procedimento de cobrança ou de adoção de medidas cautelares com base no novo título.

2 - A cobrança ou as medidas cautelares já adotadas com base no título executivo uniforme inicial podem ser prosseguidas com base no novo título, salvo se a alteração do pedido resulte da invalidade do título executivo inicial no outro Estado-Membro ou do título executivo uniforme inicial.

3 - É aplicável ao novo título executivo uniforme o disposto nos artigos 25.º e 30.º

CAPÍTULO IV - Disposições finais e transitórias

Artigo 33.º - Aplicação de outros acordos em matéria de assistência

O disposto no presente decreto-lei não prejudica o cumprimento de quaisquer obrigações em matéria de prestação de uma assistência mais ampla decorrentes de acordos ou convenções bilaterais ou multilaterais, incluindo no domínio da notificação dos atos judiciais ou extrajudiciais.

Artigo 34.º - Direito subsidiário

São de aplicação supletiva aos procedimentos de instrução e execução dos mecanismos de assistência mútua regulados no presente decreto-lei:

a) O Código de Procedimento e de Processo Tributário; b) A Lei Geral Tributária; c) As normas de natureza procedimental ou processual dos

códigos e demais leis tributárias; d) As normas sobre a organização e funcionamento das

autoridades administrativas nacionais com competências no âmbito do regime de assistência mútua à cobrança;

e) As normas sobre organização e processo nos tribunais administrativos e tributários.

Artigo 35.º - Norma transitória

Até à publicação da portaria a que se refere o n.º 6 do artigo 5.º, a composição e funcionamento da CIAMMCC determina-se de acordo com o disposto na Portaria n.º 160/2004, de 14 de fevereiro, cuja vigência se mantém. (1)

Artigo 36.º - Norma revogatória É revogado o Decreto-Lei n.º 296/2003,de 21 de novembro.(2)

______________________________________________________________ (1) (2) O DL n.º 296/2003, de 21/11, encontra-se no presente ponto [7],

p. 613, e a Portaria n.º 160/2004, de 14/02, em nota ao art. 5.º do mesmo DL, p. 614. ______________________________________________________________

Artigo 37.º - Entrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 25 de outubro

de 2012. - Pedro Passos Coelho - Vítor Louçã Rabaça Gaspar - Paulo Sacadura Cabral Portas - Paula Maria von Hafe Teixeira da Cruz - Maria de Assunção Oliveira Cristas Machado da Graça.

Promulgado em 12 de dezembro de 2012. Publique-se. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendado em 14 de dezembro de 2012. O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 25/30

SISTEMATIZAÇÃO E HARMONIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO REFERENTE AO NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL (NIF)

DECRETO-LEI N.º 14/2013, DE 28 DE JANEIRO

TÍTULO I - Das disposições gerais

Artigo 1º - Objeto e princípios gerais Artigo 2º - Definição Artigo 3º - Âmbito TÍTULO II - Da atribuição do número de identificação fiscal e cartão de contribuinte CAPÍTULO I - Da atribuição do número de identificação fiscal

SECÇÃO I - Das pessoas singulares Artigo 4º - Número de identificação fiscal Artigo 5º - Competência para a atribuição de número de identificação fiscal Artigo 6º - Legitimidade para requerer a atribuição de número de identificação fiscal Artigo 7º - Entidades competentes para o processo Artigo 8º - Procedimentos e formalidades Artigo 9º - Elementos identificativos Artigo 10º - Documentos

SECÇÃO II - Das pessoas coletivas e entidades legalmente equiparadas Artigo 11º - Número de identificação fiscal Artigo 12º - Legitimidade para requerer a atribuição de número de identificação fiscal Artigo 13º - Entidades competentes para o processo Artigo 14º - Procedimentos e formalidades Artigo 15º - Elementos identificativos

SECÇÃO III - Outras entidades Artigo 16º - Heranças indivisas CAPÍTULO II - Do cartão de contribuinte Artigo 17º - Competência para a emissão de cartão de contribuinte Artigo 18º - Emissão do cartão de contribuinte de pessoa singular Artigo 19º - Emissão do cartão de contribuinte de pessoa coletiva e entidade legalmente equiparada Artigo 20º - Emissão de cartão de contribuinte às heranças indivisas Artigo 21º - Emissão de segunda via do cartão de contribuinte

CAPÍTULO III - Do domicílio fiscal e representação fiscal Artigo 22º - Domicílio fiscal Artigo 23º - Representação fiscal

CAPÍTULO IV - Das vicissitudes do registo Artigo 24º - Alteração ao registo Artigo 25º - Cancelamento do número de identificação fiscal e do registo Artigo 26º - Suspensão do registo Artigo 27º - Inscrição oficiosa Artigo 28º - Cooperação

CAPÍTULO V - Da obrigatoriedade de identificação fiscal Artigo 29º - Menção do número de identificação fiscal Artigo 30º - Obrigatoriedade de comprovação do número de identificação fiscal Artigo 31º - Falta de menção do número de identificação fiscal

CAPÍTULO VI - Das disposições gerais sobre documentos Artigo 32º - Autenticidade e legalidade dos documentos

TÍTULO III - Da base de dados do registo de contribuintes

CAPÍTULO I - Do Registo Artigo 33º - Atos praticados perante ou pela Administração Tributária e Aduaneira Artigo 34º - Eficácia da comunicação dos factos sujeitos a registo

CAPÍTULO II - Da proteção de dados pessoais Artigo 35º - Finalidades Artigo 36º - Tratamento de dados Artigo 37º - Comunicação de dados Artigo 38º - Informação para fins de investigação ou estatística Artigo 39º - Entidade responsável pelo registo dos contribuintes e sistema informático Artigo 40º - Direitos de informação, de acesso e retificação Artigo 41º - Sigilo Artigo 42º - Celebração de protocolos TÍTULO IV - Das disposições finais e transitórias Artigo 43º - Regime transitório Artigo 44º - Norma revogatória Artigo 45º - Entrada em vigor

DECRETO-LEI N.º 14/2013, DE 28 DE JANEIRO

O número fiscal de contribuinte, bem como os procedimentos a adotar com vista à respetiva atribuição e gestão foram instituídos e regulados originariamente pelo Decreto-Lei n.º 463/79, de 30 de novembro.

A experiência acumulada ao longo da vigência deste diploma determinou a reformulação de alguns daqueles procedimentos, a qual se traduziu nas alterações legislativas introduzidas pelos Decretos -Leis n.ºs 240/84, de 13 de julho, 266/91, de 6 de agosto, 19/97, de 21 de janeiro, pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, e pelo Decreto-Lei n.º 81/2003, de 23 de abril.

Ademais, a implementação do regime atinente ao cartão do cidadão, por um lado, e do regime do cartão da empresa e do cartão de pessoa coletiva, por outro, veio alterar as regras de emissão do cartão de contribuinte, impondo-se, por conseguinte, a harmonização da atual legislação.

Paralelamente, e associado à reformulação dos procedimentos adotados, o desenvolvimento das plataformas tecnológicas e a sua aplicação aos procedimentos de atribuição e gestão do atual número de identificação fiscal (NIF) tem vindo a tornar possível a prestação de determinados serviços por transmissão eletrónica de dados, designadamente no que concerne à alteração do domicílio fiscal e indicação do IBAN, permitindo assim a prestação de serviços mais rápidos e eficientes por parte da administração tributária e mais cómodos e eficazes para os contribuintes.

Doutra face, a realidade fiscal portuguesa tem vindo a

justificar a necessidade premente da criação das figuras do cancelamento e suspensão do NIF. Tal relevância impõe-se, sobretudo, no âmbito da renúncia à representação fiscal por parte do representante, sempre que este tenha comprovadamente diligenciado junto do representado no sentido da sua substituição, e esta não tenha sido concretizada.

Com o presente diploma, pretende-se, assim, harmonizar a legislação atualmente em vigor, clarificando-se o conteúdo e procedimentos da atribuição e gestão do NIF. Sem descurar a necessária segurança jurídica, visa-se promover, deste modo, a máxima simplificação das formalidades, facilitando a apreensão e aplicação das normas legais em questão pelos seus destinatários.

Assim: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 171.º

da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, alterada pela Lei n.º 20/2012, de 14 de maio, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

TÍTULO I - Das disposições gerais

Artigo 1.º - Objeto e princípios gerais 1 - O presente diploma institui o número de identificação

fiscal, bem como as condições da sua atribuição, respetivos efeitos e gestão.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 26/30

2 - Os procedimentos de atribuição e gestão do número de identificação fiscal devem observar os princípios gerais do procedimento tributário e, bem assim, os princípios da autenticidade, veracidade, univocidade e segurança dos dados identificadores dos contribuintes.

Artigo 2.º - Definição O número de identificação fiscal, abreviadamente designado

por NIF, é um número sequencial destinado exclusivamente ao tratamento de informação de índole fiscal e aduaneira, devendo ser gerado de forma automática em conformidade com as disposições constantes do presente diploma.

Artigo 3.º - Âmbito O NIF é obrigatório para as pessoas singulares e coletivas ou

entidades legalmente equiparadas que, nos termos da lei, se encontrem sujeitas ao cumprimento de obrigações ou pretendam exercer os seus direitos junto da Administração Tributária e Aduaneira (AT). TÍTULO II - Da atribuição do número de identificação fiscal

e cartão de contribuinte

CAPÍTULO I - Da atribuição do número de identificação fiscal

SECÇÃO I - Das pessoas singulares

Artigo 4.º - Número de identificação fiscal

1 - O NIF a atribuir às pessoas singulares, sejam cidadãos nacionais ou estrangeiros, é um número composto por nove dígitos, sendo os oito primeiros sequenciais e o último um dígito de controlo.

2 - O primeiro dígito da esquerda pode variar entre os algarismos 1 a 4.

3 - Os algarismos iniciais «45» correspondem aos cidadãos não residentes que apenas obtenham em território português rendimentos sujeitos a retenção na fonte a título definitivo.

4 - Cada cidadão apenas pode ser detentor da titularidade de um único NIF.

5 - O exercício de qualquer atividade por pessoa singular, bem como a titularidade de estabelecimento individual de responsabilidade limitada, não determina a atribuição de novo NIF.

Artigo 5.º - Competência para a atribuição de número de identificação fiscal

É da competência exclusiva da AT a atribuição de NIF de pessoa singular.

Artigo 6.º - Legitimidade para requerer a atribuição de número de identificação fiscal

1 - A inscrição de pessoa singular, para efeitos de atribuição de NIF, pode ser requerida, nos termos gerais do direito, pelo interessado, seu representante ou gestor de negócios, salvo o disposto no número seguinte.

2 - A inscrição dos cidadãos referidos no n.º 3 do artigo 4.º deve ser solicitada pelo substituto tributário.

Artigo 7.º - Entidades competentes para o processo 1 - Os cidadãos nacionais que, nos termos do artigo 3.º,

estejam obrigados a possuir NIF devem solicitar a respetiva atribuição, inscrevendo -se nos seguintes locais:

a) Serviços Locais de Finanças; b) Entidades indicadas nos n.ºs 2 e 3 do artigo 20.º da Lei n.º

7/2007, de 5 de fevereiro, no âmbito da emissão e substituição do cartão de cidadão;

c) Outros locais devidamente autorizados para o efeito. 2 - Podem, igualmente, solicitar a atribuição de NIF junto das

entidades elencadas nas alíneas do número anterior, os cidadãos brasileiros que solicitem a obtenção do cartão de cidadão, ao abrigo do n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro.

3 - Nos restantes casos, os cidadãos devem inscrever-se, para efeitos de atribuição de NIF, junto das entidades indicadas nas alíneas a) e c) do n.º 1.

4 - A atribuição de NIF a cidadãos não residentes que apenas obtenham em território português rendimentos sujeitos a retenção na fonte a título definitivo é solicitada pelo substituto tributário, exclusivamente, por transmissão eletrónica de dados.

Artigo 8.º - Procedimentos e formalidades 1 - Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo anterior, a

inscrição para efeitos de atribuição de NIF deve ser efetuada a pedido do cidadão interessado, seu representante ou gestor de negócios, mediante declaração verbal de todos os elementos identificativos relevantes ao respetivo registo.

2 - A verificação da fidedignidade dos elementos identificativos declarados deve ser feita pelo serviço recetor, por cotejo dos dados constantes no documento identificativo do interessado.

3 - Sempre que o pedido de inscrição seja efetuado por representante ou gestor de negócios, a respetiva identidade e legitimidade deve ser confirmada pelo serviço recetor.

4 - Os elementos identificativos são recolhidos de imediato no sistema informático, sendo posteriormente impressos em documento tipificado para confirmação do declarante.

5 - Após conclusão do procedimento previsto no número anterior, é emitido e autenticado, pelo serviço recetor, o documento comprovativo de inscrição, do qual consta obrigatoriamente o NIF do contribuinte, que é entregue ao declarante.

6 - O documento comprovativo referido no número anterior pode ser provisoriamente utilizado, para os devidos efeitos legais, até à receção do respetivo cartão de cidadão ou cartão de contribuinte, consoante os casos.

7 - Sempre que a atribuição de NIF decorra ao abrigo de processo de emissão ou substituição de cartão de cidadão, as entidades referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo anterior, solicitam à AT a atribuição do respetivo NIF.

8 - A fidedignidade dos elementos identificativos do interessado, declarados perante as entidades referidas no número precedente, deve ser efetuada de acordo com os n.ºs 2 e 3.

9 - A comunicação do NIF atribuído, nos termos do n.º 4 do artigo anterior, é efetuada exclusivamente por transmissão eletrónica de dados.

Artigo 9.º - Elementos identificativos 1 - Para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo anterior são

considerados e devidamente recolhidos os seguintes elementos identificativos do respetivo interessado:

a) Nome completo; b) Domicilio fiscal; c) Estatuto fiscal, de acordo com as regras de conexão de

residência previstas no Código do IRS; d) Naturalidade; e) Nacionalidade; f) Data de Nascimento; g) Sexo; h) Número de documento de identificação civil e respetiva

designação; i) Número de Identificação Bancária (NIB) ou Número

Internacional de Conta Bancária (IBAN); j) Grau de deficiência; k) Contactos telefónicos; l) Correio electrónico. 2 - O NIF a atribuir automaticamente é considerado

igualmente um elemento de identificação do interessado, nos termos do artigo 2.º

3 - Sempre que a legislação fiscal determine a existência de representante para pessoa singular não residente, é recolhido igualmente o NIF do representante, bem como o NIF do gestor de bens ou direitos, quando aplicável.

4 - Para efeitos de atribuição de NIF a cidadãos não residentes que apenas obtenham em território nacional rendimentos sujeitos

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 27/30

a retenção na fonte a título definitivo, são declarados pelo substituto tributário, em conformidade com o n.º 4 do artigo 7.º, os seguintes elementos identificativos:

a) Nome completo; b) Residência no estrangeiro; c) NIF do país da residência; d) Naturalidade; e) Nacionalidade; f) Data de nascimento; g) Sexo; h) Número de Identificação Bancária (NIB) ou Número

Internacional de Conta Bancária (IBAN); i) NIF do substituto tributário. 5 - Os elementos referidos nas alíneas i), k) e l) do n.º 1, bem

como nas alíneas c) e h) do número anterior são facultativos.

Artigo 10.º - Documentos 1 - A inscrição de cidadão nacional, para efeitos de atribuição

de NIF, deve realizar -se mediante a apresentação do documento de identificação civil do interessado, designadamente bilhete de identidade, cartão de cidadão ou passaporte válidos, assento de nascimento ou cédula pessoal.

2 - Os cidadãos estrangeiros que pretendam inscrever-se como residentes nos termos da legislação fiscal devem, no momento da respetiva inscrição, apresentar cumulativamente os seguintes documentos:

a) Documento de identificação civil ou outro legalmente equivalente;

b) Título de autorização de residência ou documento equivalente.

3 - Os cidadãos estrangeiros que pretendam inscrever-se como não residentes nos termos da legislação fiscal devem, no momento da respetiva inscrição, apresentar cumulativamente os seguintes documentos:

a) Documento de identificação civil ou outro legalmente equivalente;

b) Procuração ou contrato de mandato com representação com o representante fiscal;

c) Documento de identificação fiscal e civil do representante fiscal.

4 - As alíneas b) e c) referidas no número anterior não são aplicáveis aos cidadãos não residentes que, de acordo com a legislação fiscal, não estejam obrigados a nomear representante fiscal.

5 - Para efeitos dos números anteriores, a AT pode exigir produção de prova complementar ou documento apto a comprovar os elementos identificativos previstos no n.º 4 do artigo anterior, bem como, sempre que suscitem dúvidas sobre a exatidão ou titularidade dos elementos de identificação, praticar as diligências necessárias à comprovação dos mesmos.

SECÇÃO II - Das pessoas coletivas e entidades legalmente equiparadas

Artigo 11.º - Número de identificação fiscal

1 - O NIF das entidades abrangidas pelo regime jurídico do Registo Nacional de Pessoas Coletivas (RNPC) corresponde ao Número de Identificação de Pessoas Coletiva (NIPC) que for atribuído por esta entidade, após emissão de certificado de admissibilidade de firma ou denominação ou de inscrição no ficheiro central de pessoas coletivas.

2 - É da competência da AT a atribuição de NIF às seguintes entidades não previstas no número anterior:

a) Não residentes que apenas obtenham em território português rendimentos sujeitos a retenção na fonte a título definitivo;

b) Fundos; c) Entidades que se encontrem sujeitas ao cumprimento de

obrigações ou pretendam exercer os seus direitos junto da Administração Tributária.

3 - O NIF a atribuir ao abrigo do n.º 2 do presente artigo inicia-se pelo algarismo «7», seguindo, com as necessárias adaptações, o regime previsto nos n.ºs 1 e 4 do artigo 4.º

Artigo 12.º - Legitimidade para requerer a atribuição de número de identificação fiscal

1 - Tem legitimidade para requerer a atribuição de NIF às entidades indicadas na alínea a) do n.º 2 do artigo anterior o substituto tributário.

2 - A atribuição de NIF às entidades indicadas nas alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo anterior pode ser requerida pela entidade interessada, por meio dos respetivos representantes legais, bem como por qualquer representante ou gestor de negócios, nos termos gerais do direito.

Artigo 13.º - Entidades competentes para o processo 1 - Para efeitos de inscrição e consequente atribuição de NIF,

as entidades referidas na alínea a) do n.º 2 do artigo 11.º devem efetuar o pedido exclusivamente por transmissão eletrónica de dados.

2 - As entidades referidas nas alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo 11.º, devem efetuar o respetivo pedido nos seguintes locais:

a) Serviços de Finanças; b) Outros locais devidamente autorizados para o efeito.

Artigo 14.º - Procedimentos e formalidades

1 - Os procedimentos e formalidades aplicáveis à atribuição de NIF às entidades previstas no n.º 2 do artigo 11.º, designadamente no que concerne aos documentos a apresentar, seguem, com as necessárias adaptações, o regime previsto no artigo 8.º

2 - Aquando da inscrição e atribuição de NIF às entidades referidas na alínea b) do n.º 2 do artigo 11.º, o requerente deve apresentar, se aplicável, o respetivo diploma de criação e a autorização da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários.

Artigo 15.º - Elementos identificativos 1 - Para efeitos de atribuição de NIF às entidades previstas nas

alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo 11.º e, quando aplicável, são declarados e devidamente recolhidos pela AT os seguintes elementos identificativos:

a) Denominação social; b) Natureza jurídica; c) Data da constituição da entidade; d) Sede, direção efetiva ou estabelecimento estável; e) NIF do representante legal; f) Contactos telefónicos; g) Correio electrónico. 2 - São declarados pelo substituto tributário, para efeitos da

alínea a) do n.º 2 do artigo 11.º, os seguintes elementos identificativos, quando aplicável: a) Denominação social;

b) Sede no estrangeiro; c) NIF do país da residência; d) Número de Identificação Bancária (NIB) ou Número

Internacional de Conta Bancária (IBAN); e) NIF do substituto tributário. 3 - Sempre que o NIF corresponda ao NIPC atribuído pelo

RNPC, os elementos identificativos são transmitidos por esta entidade à AT, por meio de transmissão eletrónica de dados.

SECÇÃO III - Outras entidades

Artigo 16.º - Heranças indivisas 1 - Compete exclusivamente à AT a atribuição de NIF às

heranças indivisas. 2 - O NIF a atribuir inicia -se pelo algarismo «7». 3 - Podem solicitar a atribuição de NIF para as heranças

indivisas, junto dos Serviços de Finanças ou outros locais devidamente autorizados para o efeito, o cabeça de casal do autor da herança, seu representante ou gestor de negócios, nos termos gerais do direito.

4 - São recolhidos no sistema informático, para efeitos de atribuição de NIF, os seguintes elementos:

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 28/30

a) Designação da herança, a qual deve conter obrigatoriamente o nome do respetivo autor seguido da expressão «cabeça-de-casal da herança de»;

b) NIF do autor da herança; c) Data do óbito; d) NIF do cabeça de casal; e) Identificação fiscal dos herdeiros. 5 - Para efeitos de confirmação dos elementos discriminados

no número precedente, devem ser apresentados pelo requerente os seguintes documentos:

a) Registo do óbito do autor da herança; b) Documento de identificação civil e fiscal dos herdeiros; c) Documento de identificação civil e fiscal do requerente,

caso não seja herdeiro. 6 - A atribuição de NIF às heranças indivisas segue, com as

necessárias adaptações, os procedimentos e formalidades estabelecidos no artigo 8.º, salvo o disposto nos n.ºs 7 e 9.

CAPÍTULO II - Do cartão de contribuinte

Artigo 17.º - Competência para a emissão de cartão de contribuinte

1 - A emissão do cartão de contribuinte é da competência exclusiva da AT.

2 - O modelo do cartão, bem como os procedimentos relativos ao envio ou entrega ao respetivo titular são definidos por portaria a aprovar pelo Ministro das Finanças, com faculdade de delegação.

Artigo 18.º - Emissão do cartão de contribuinte de pessoa singular

1 - Após a atribuição de NIF, é sempre emitido cartão de contribuinte a todas as pessoas singulares, excepto às que se encontrem abrangidas pelo artigo 3.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, por força do respetivo artigo 2.º.

2 - Nos casos em que haja lugar à emissão de cartão de contribuinte de pessoa singular, do mesmo deve apenas constar o nome completo do seu titular, o NIF atribuído e a data de emissão.

Artigo 19.º - Emissão do cartão de contribuinte de pessoa coletiva e entidade legalmente equiparada

1 - Após validação informática da declaração de início de atividade, é emitido cartão de contribuinte às seguintes entidades mencionadas no n.º 2 do artigo 11.º:

a) Fundos; b) Entidades não contempladas no regime jurídico do RNPC e

que se encontrem sujeitas ao cumprimento de obrigações ou pretendam exercer os seus direitos junto da Administração Tributária, quando aplicável.

2 - Não é emitido cartão de contribuinte aos sujeitos não residentes, que apenas obtenham em território português rendimentos sujeitos a retenção na fonte a título definitivo.

3 - Até à emissão do cartão de contribuinte, as pessoas coletivas e entidades legalmente equiparadas são identificadas através do comprovativo da entrega da declaração referida no n.º 1.

4 - O cartão emitido, nos termos legais, pelo RNPC para as entidades sujeitas ao seu regime jurídico serve, para os devidos efeitos, como cartão de contribuinte dessas entidades.

Artigo 20.º - Emissão de cartão de contribuinte às heranças indivisas

Apenas é emitido cartão de contribuinte às heranças indivisas quando o cabeça-de-casal, seu representante ou gestor de negócios, o solicitem.

Artigo 21.º - Emissão de segunda via do cartão de contribuinte

Nos casos de mau estado de conservação, perda, destruição ou extravio deve o contribuinte solicitar a emissão de novo cartão.

CAPÍTULO III - Do domicílio fiscal e representação fiscal

Artigo 22.º - Domicílio fiscal 1 - Considera -se domicílio fiscal o estatuído no artigo 19.º da

Lei Geral Tributária. 2 - O domicílio fiscal das heranças indivisas corresponde ao do

respetivo cabeça de casal. 3 - O domicílio fiscal dos fundos corresponde ao da sociedade

gestora ou, quando aplicável, de outro representante legal.

Artigo 23.º - Representação fiscal 1 - Salvo disposição em contrário, os não residentes que, nos

termos do artigo 3.º, estejam obrigados a ser detentores de NIF devem nomear representante fiscal.

2 - O representante fiscal, pessoa singular ou coletiva domiciliada em Portugal, deve declarar expressamente a aceitação da representação.

3 - O domicílio fiscal do representado corresponde ao do representante.

4 - Não há lugar à nomeação de representante fiscal aos sujeitos não residentes que apenas obtenham em território português rendimentos sujeitos a retenção na fonte a título definitivo, devendo o pedido de inscrição ser efetuado pelo substituto tributário, nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 7.º

CAPÍTULO IV - Das vicissitudes do registo

Artigo 24.º - Alteração ao registo 1 - Sempre que se verifique qualquer alteração dos elementos

constantes do registo deve o contribuinte, seu representante ou gestor de negócios, comunicar as respetivas alterações à AT, no prazo de 15 dias a contar da data da ocorrência do facto determinante da alteração, salvo se outro prazo não decorrer expressamente da lei.

2 - A alteração só produz efeitos a partir da comunicação à Administração Tributária.

3 - A AT procede à alteração oficiosa dos elementos identificativos constantes no registo, designadamente:

a) Sempre que tenha tomado conhecimento de tais alterações, no âmbito das suas competências ou através da comunicação efetuada nos termos do artigo 28.º;

b) Por meio de decisão judicial; c) Por erro imputável aos serviços. 4 - As alterações ao registo seguem, com as necessárias

adaptações, os procedimentos e formalidades previstos para a inscrição inicial.

5 - As alterações ao registo podem ser ainda efetuadas por transmissão electrónica de dados, designadamente alteração ao domicílio fiscal e indicação do IBAN.

6 - Sem prejuízo do regime jurídico do cartão de cidadão e do RNPC, é emitido, nos termos previstos no capítulo II, novo cartão de contribuinte após quaisquer alterações efetuadas aos elementos identificativos constantes da face do cartão.

7 - Quando a AT tenha conhecimento de outros elementos relevantes no âmbito da identificação do contribuinte, designadamente a situação de insolvência e a data de óbito, deve proceder ao averbamento no respetivo registo. Artigo 25.º - Cancelamento do número de identificação fiscal

e do registo 1 - O diretor -geral da AT procede ao cancelamento do NIF e,

sempre que aplicável, do respetivo registo, nas seguintes situações:

a) Multiplicidade de inscrições relativas à mesma pessoa; b) Decisão judicial. 2 - Quando se verifiquem as situações referidas no número

anterior, deve o cartão de contribuinte ser imediatamente devolvido à AT.

3 - Sempre que o contribuinte ou o respetivo representante não dê cumprimento ao disposto no número precedente, a AT pode diligenciar no sentido de apreender o cartão.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 29/30

4 - O cancelamento implica sempre a perda definitiva do

direito ao uso do NIF. 5 - O cancelamento do NIF efetuado de acordo com a alínea a)

do n.º 1, é precedido de audiência do interessado, cabendo recurso hierárquico da decisão definitiva, a interpor nos termos definidos no Código de Procedimento e de Processo Tributário.

Artigo 26.º - Suspensão do registo 1 - O diretor -geral da AT pode declarar a suspensão do NIF

sempre que existam fortes indícios da prática do crime de fraude fiscal e a suspensão seja necessária para evitar o prosseguimento da atividade criminosa.

2 - O procedimento referido no número anterior tem por base uma informação fundamentada dos serviços de inspeção tributária ou de outro serviço da AT.

3 - A suspensão referida no n.º 1 caduca quando cessem as causas que a justifiquem.

4 - O titular do NIF suspenso fica impedido, enquanto a suspensão se mantiver, de exercer quaisquer direitos perante a administração fiscal, de que possa resultar a obtenção de uma vantagem económica, relacionada com a atividade exercida, designadamente reembolsos e benefícios fiscais dependentes de reconhecimento.

5 - Nos casos de renúncia à representação fiscal, em que a mesma assume caráter obrigatório, sempre que o representante tenha comprovadamente diligenciado junto do representado no sentido da sua substituição e esta não tenha sido concretizada, pode a AT suspender o NIF do representado até ao cumprimento dessa obrigação.

6 - Da suspensão do NIF efetuada de acordo com o disposto no n.º 1, cabe recurso hierárquico, com efeito suspensivo, a interpor nos termos definidos no Código de Procedimento e de Processo Tributário.

Artigo 27.º - Inscrição oficiosa 1 - Sem prejuízo da infracção que ao caso couber, a AT

procede fundamentadamente à inscrição oficiosa, para efeitos de atribuição de NIF, designadamente, nas seguintes situações:

a) O contribuinte não proceda à respetiva inscrição, estando para isso obrigado a fazê -lo nos termos do artigo 3.º;

b) O autor da herança não seja detentor de NIF e tal facto seja relevante no âmbito da atribuição de NIF à respetiva herança indivisa;

c) As entidades sujeitas ao regime jurídico do RNPC não cumpram as formalidades previstas nesse regime;

d) As entidades sejam não residentes no território nacional, mas possuam sede em outro Estado membro, abrangidas pelo processo de reembolso de IVA previsto no Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto.

2 - Nas situações previstas nas alíneas a) e c) do número anterior, a AT comunica ao contribuinte, por escrito, a respetiva inscrição.

3 - Após a inscrição, e se aplicável em conformidade com o disposto no capítulo II, é emitido cartão de contribuinte.

Artigo 28.º - Cooperação Todos os serviços públicos que, no exercício das suas

competências, tomem conhecimento de factos suscetíveis de dar lugar à inscrição ou a qualquer atualização cadastral, devem comunicar tais factos à AT no prazo de 30 dias.

CAPÍTULO V - Da obrigatoriedade de identificação fiscal

Artigo 29.º - Menção do número de identificação fiscal 1 - É obrigatória a menção do NIF em todas as declarações,

participações, guias de entrega de imposto, requerimentos, petições, exposições, reclamações, impugnações, recursos, ou quaisquer outros documentos que sejam ou devam ser apresentados nos serviços de Administração Tributária.

2 - No caso de declarações verbais prestadas nos mesmos

serviços e que aí devam ser reduzidas a termo, é igualmente obrigatório fazer-se prova do NIF dos declarantes, devendo o mesmo ser anotado no referido termo.

3 - Nas relações com a Administração Tributária, os contribuintes devem apresentar o respetivo cartão de contribuinte ou documento legalmente equivalente.

Artigo 30.º - Obrigatoriedade de comprovação do número de identificação fiscal

1 - Os serviços públicos ou quaisquer outras entidades públicas ou privadas devem, no cumprimento das obrigações tributárias que lhe estejam cometidas, exigir dos contribuintes a comprovação do seu NIF.

2 - Os rendimentos sujeitos a retenção na fonte, ainda que dela isentos, não podem ser pagos ou postos à disposição dos respetivos titulares, pelas entidades competentes, sem que aqueles façam previamente a comprovação do seu NIF.

3 - O substituto tributário deve mencionar sempre o NIF das entidades referidas na alínea a) do n.º 2 do artigo 11.º

Artigo 31.º - Falta de menção do número de identificação fiscal

1 - Sem prejuízo das sanções estabelecidas na lei, são recusados ou considerados como não apresentados nos serviços da administração tributária os documentos que não mencionem o NIF, quando dos mesmos deva constar.

2 - Em caso de omissão da menção do NIF em requerimentos, petições, exposições, reclamações, impugnações ou recursos, não sendo possível o seu suprimento oficioso, são os interessados convidados a suprir a deficiência existente.

3 - São liminarmente indeferidos os documentos previstos no número anterior cuja deficiência não seja possível suprir por qualquer dos termos aí previstos.

4 - O não cumprimento do disposto no n.º 3 do artigo 29.º constitui fundamento de recusa liminar de prestação de quaisquer informações ou declarações.

CAPÍTULO VI - Das disposições gerais sobre documentos

Artigo 32.º - Autenticidade e legalidade dos documentos 1 - Os documentos apresentados, para efeitos da aplicação do

presente diploma, devem ser originais ou cópias autenticadas, aceitando -se apenas cópias simples mediante o acompanhamento dos respetivos originais.

2 - Os documentos lavrados no estrangeiro, bem como as assinaturas reconhecidas no estrangeiro, devem, aquando da sua apresentação, encontrar -se devidamente validados pelas autoridades competentes.

3 - Os documentos redigidos em língua estrangeira devem ser apresentados em cópia traduzida devidamente certificada, nos termos da lei portuguesa.

4 - Sempre que suscitem dúvidas acerca dos factos alegados pelo contribuinte ou seu representante, pode a AT exigir produção de prova complementar, bem como praticar as diligências necessárias à comprovação dos mesmos.

TÍTULO III - Da base de dados do registo de contribuintes

CAPÍTULO I - Do Registo Artigo 33.º - Atos praticados perante ou pela Administração

Tributária e Aduaneira São, nomeadamente, praticados perante ou pela AT os

seguintes atos: a) Inscrição de pessoa singular; b) Inscrição de pessoa coletiva e entidade legalmente

equiparada; c) Inscrição de heranças indivisas; d) Alteração dos elementos identificativos registados; e) Cancelamento e suspensão da inscrição.

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Adenda do ponto [7] – Atualizações, janeiro 2013 – Pág. 30/30

Artigo 34.º - Eficácia da comunicação dos factos sujeitos a registo

Para efeitos do presente diploma, e salvo disposição legal em contrário, os factos sujeitos a registo só produzem efeitos perante a Administração Tributária após comunicação efetuada pelo contribuinte.

CAPÍTULO II - Da proteção de dados pessoais

Artigo 35.º - Finalidades O tratamento de ficheiros com dados pessoais a realizar por

força do presente diploma visa estabelecer a integridade, veracidade e funcionamento seguro da atribuição e gestão do NIF.

Artigo 36.º - Tratamento de dados 1 - São objeto de recolha e tratamento os elementos de

identificação do titular do NIF mencionados nos n.ºs 1 e 4 do artigo 9.º, para as pessoas singulares, nos n.ºs 1 e 2 do artigo 15.º, para as pessoas coletivas e entidades legalmente equiparadas, e no n.º 4 do artigo 16.º, para as heranças indivisas.

2 - O tratamento dos elementos de identificação do titular ocorre associado às seguintes operações relativas à atribuição e gestão do NIF:

a) Receção, instrução e execução dos pedidos de atribuição do NIF;

b) Receção, instrução e execução dos pedidos de atualização dos elementos constantes do registo;

c) Execução do cancelamento (e suspensão) do registo; d) Personalização do cartão de contribuinte; e) Cooperação entre entidades competentes, quando

legalmente permitido. 3 - A recolha e o tratamento dos dados necessários às

operações referidas no número anterior, com exceção da alínea d), só podem ser efetuados por entidades ou serviços da Administração Pública e respetivos trabalhadores em funções públicas.

Artigo 37.º - Comunicação de dados Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, a informação

constante da base de dados do registo de contribuintes da AT só pode ser transmitida nas condições previstas no artigo 64.º da Lei Geral Tributária.

Artigo 38.º - Informação para fins de investigação ou estatística

Para além dos casos previstos no artigo anterior, a informação constante na base de dados de registo de contribuintes da AT pode ser publicamente divulgada, nomeadamente para fins de investigação ou estatística, desde que não identifique nem permita identificar as pessoas a que respeita.

Artigo 39.º - Entidade responsável pelo registo dos contribuintes e sistema informático

1 - É da competência da AT a gestão do registo de contribuintes, nos termos e para os efeitos previstos na Lei n.º 67/98, de 26 de outubro.

2 - O desenvolvimento, manutenção e segurança do sistema informático adequado à atribuição e gestão do NIF é assegurado pela AT, a qual põe em prática as medidas técnicas e organizativas adequadas à satisfação das exigências estabelecidas na Lei n.º 67/98, de 26 de outubro.

Artigo 40.º - Direitos de informação, de acesso e retificação 1 - O titular do NIF, ou o representante devidamente

mandatado para o efeito, tem o direito de, a todo o tempo, verificar os dados pessoais nele inscritos e conhecer o conteúdo da informação relativa aos seus dados pessoais.

2 - Os sujeitos mencionados no número anterior têm o direito de exigir a correção de eventuais inexatidões, a supressão de dados indevidamente recolhidos ou indevidamente comunicados e a integração de omissões, nos termos previstos na Lei n.º 67/98, de 26 de outubro.

Artigo 41.º - Sigilo Os responsáveis pelo tratamento de dados pessoais, bem como

todas as pessoas que, no exercício das suas funções, tomem conhecimento daqueles dados, ficam estritamente vinculados ao dever de sigilo fiscal e profissional, mesmo após o termo das suas funções.

Artigo 42.º - Celebração de protocolos A articulação entre a AT e os restantes organismos da

Administração Pública, nomeadamente no que respeita à troca de informação relevante para efeitos de integração do registo de contribuintes, é definida em protocolos a celebrar entre as entidades envolvidas.

TÍTULO IV - Das disposições finais e transitórias

Artigo 43.º - Regime transitório 1 - Mantém -se em vigor a Portaria n.º 377/2003, de 10 de

maio. (1) 2 - Mantêm-se igualmente em vigor os Protocolos celebrados

com a AT, ao abrigo da legislação anterior, que tenham por objecto a troca de informação.

Artigo 44.º - Norma revogatória

São revogados os seguintes diplomas: a) Decreto -Lei n.º 463/79, de 30 de novembro; (2) b) Portaria n.º 386/98, de 3 de julho; c) Portaria n.º 271/99, de 13 de abril; d) Portaria n.º 862/99, de 8 de outubro; e) Portaria n.º 594/2003, de 21 de julho.

__________________________________________________________ (1) (2) Considerando que a Portaria n.º 377/2003, de 10/05, foi

revogada pela Portaria n.º 255/2012, de 27/08, com entrada em vigor em 28/08, tendo esta aprovado um novo modelo do cartão de contribuinte, deve o presente n.º 1 do art. 43.º ser objeto de retificação.

O DL n.º 463/79, de 30/11, encontra-se no presente ponto [7], e a Portaria n.º 255/2012, de 27/08, em nota ao mesmo DL, p. 613. __________________________________________________________

Artigo 45.º - Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor 30 dias após a data da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 20 de Dezembro de 2012. - Pedro Passos Coelho - Vítor Louça Rabaça Gaspar - Paula Maria von Hafe Teixeira da Cruz - Álvaro Santos Pereira - Luís Pedro Russo da Mota Soares.

Promulgado em 18 de janeiro de 2013. Publique-se. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendado em 22 de janeiro de 2013. O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

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