sistema cristinco parte 1

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Objetivos deste trabalho.

Este trabalho nasceu do meu desejo manifesto em uma solicitação de pesquisa dedados de aulas e outras bibliografias feita ao Sacerdote Augusto, no intuito de verificarpossíveis co-relações de aspectos filosóficos e doutrinários entre as informações colhidas noslivros do Vale do Amanhecer (leia-se Tia Neiva nas obras de Mário Sassi) e o materialregistrado em Amenokam ao longo dos anos.

Alguns aspectos, se estendem em abrangência a outros grupos religiosos, textos edocumentos históricos, tendo como objetivo final entender o que é o chamado SistemaCrístico e qual seria a missão mediúnico-espiritual que teríamos dentro deste sistema. Entendicomo importante verificar não só a certeza de caminhos corretos, mas se evitar tambémincorrer nos mesmos erros de conceitos que se mostraram inúteis ou já estão ultrapassados,sejam eles na forma dos rituais que foram importados ou ainda dentro dos ensinos espiritasque foram consagrados pelo Kardecismo ou mesmo das religiões africanas, incluindo tambémboa parte da chamada doutrina do amanhecer, da qual fiz parte durante quatorze anos e quefoi trazida nas décadas de 60 e 70, no auge da saúde de Tia Neiva e apresenta um sincretismoou proximidade muito grande com essas religiões.

Aliás, se formos realmente olhar a fundo, levando a pesquisa histórica aos a extremos,veremos que o próprio Vale do Amanhecer não apresentou nada de original. Indo desdecapelinos, que são amplamente mencionados em textos de Chico Xavier passando pelostradicionais Pretos-Velhos da Umbanda.

Na realidade o que houve somente, foi um acréscimo de detalhes sobreparticularidades vivenciadas pela pessoa de Tia Neiva. Além disso, uma série deanacronismos históricos são colocados nas obras de Mário Sassi. Sem o intuito no entanto, dedesmerecer o trabalho deles, mas no sentido de contribuir para o seu aperfeiçoamento,procuramos construir ao longo deste pequeno texto, uma contribuição de acréscimos eentendimentos para que se faça a complementaridade de informações e acima de tudo paraque se possa “olhar” o Sistema Crístico, realmente de modo sistêmico e não fragmentadocomo até agora foi mostrado.

Procurei fazer um trabalho que possa ter a flexibilidade dinâmica de acréscimos oumesmo supressão de dados e informações, sendo que para isto, ele estará aberto paradiscussões não só do grupo mediúnico, como também a qualquer um que esteja interessadoem dele participar com suas colaborações.

Fazem parte então dos objetivos secundários do trabalho, realizar abordagens críticasentre o que pode ser considerado como importante e merecedor de estudos mais detalhados ouprofundos e o que está desatualizado ou ter-se mostrado inverídico ao longo dos anos emtermos de filosofia, previsões mediúnicas e principalmente na realidade dos fatos da chamadaDoutrina do Amanhecer.

Isto se tornou necessário pois como somos oriundos de uma série de tradiçõesespiritas, entre elas a do Vale do Amanhecer, mas também pelas passagens no Umbandismo eno Kardecismo, e elas certamente nos motivou a um engajamento missionário dentro dopropósito de “servir” mediúnicamente.

Pudemos verificar ao longo do tempo também, além do desencadear natural dasidéias, experiências e portanto novas propostas de vida que iam aparecendo, que surgiramoutros motivos subjacentes, mas que são de extrema importância. Qual seja? Explicar aonosso corpo mediúnico qual é a nossa missão neste trabalhos e o porquê de nossa missão

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2dever ter um tempo certo ou data prevista para acabar. Isto será feito no final deste registrodocumental na parte conclusiva, após buscarmos entender algumas das diversas passagenshistóricas humanas na Terra, através de povos e civilizações em seus múltiplos enredos devida e sua real forma que foi (acreditamos piamente nisto) pré-determinada pelas colôniasespirituais sob prévia orientação de um plano maior evolutivo para a chamada raça humana,pelos nossos reais mentores, que estão nas constelações estelares fora de nosso sistema solar.

Devemos observar, no entanto, que quando Mario Sassi transcreveu as mensagens deTia Neiva, o fez de maneira a interpretar muitos dos relatos das vivências que já haviamocorrido com ela, mesmo antes de sua chegada àquele grupo mediúnico. É importantetambém ressaltar, que levamos em consideração o fato também, como dissemos acima, de queos conhecimentos tecnológicos da década de 60 e 70 não chegavam nem perto do que hoje, noano de 2006, se conhece. Isto certamente seria um impeditivo de melhores descrições dasafirmativas que poderiam elucidar as perguntas que hoje se manifestam, principalmente nasdescrições dos aparelhos e tecnologias utilizadas pelos Capelinos e outros seres que a ela semanifestaram ou mesmo a verdade de suas visões mediúnicas. O que queremos dizer com estaafirmativa é que novas interpretações devem ser dadas a luz destas novas tecnologias.

Ainda no corpo deste documento, se procurará preservar ao máximo aquelasmensagens, que como todo o resto deve ser lido com visão crítica. Acrescentamos porém, quena maioria das vezes ao invés de comentar ou interpretar o texto oriundo deles, simplesmenteo transcrevemos, ficando a análise de seu conteúdo e possível valor informativo a critério doleitor.

Sem dúvidas, Amenokam tem em seu poder um conjunto de registros doutrinários, oumelhor, vivências mediúnico-doutrinárias (sob a forma de mensagens de incorporação, aulasde desenvolvimento, palestras, preleções de abertura etc. de modo escrito, e ainda umconjunto de gravações de áudio – K7 – e algumas aulas em vídeo cassete) que carecem demelhor organização e sistematização e isto será objeto de trabalhos constantes.

A iniciativa da criação deste primeiro trabalho em parceria, tem como missão começara dar forma a uma sistematização mais ampla, pois entre outras coisas mostra através dasreferências em notas de rodapé, apontadas ao longo do texto, diretrizes para futuras e maisamplas pesquisas por parte de quem pretende estudar ou se aprofundar em seusconhecimentos desses assuntos.

Buscou-se ainda, atribuir nas primeiras partes do texto um formato mais acadêmico,pois como documento que ora é criado, com o passar do tempo, terá entre outras coisas, valorhistórico ou mais precisamente o atributo de ser a “Nossa História”, além do que comoescrevemos acima, o que pertence ao “Vale” não é de nossa responsabilidade e portanto, aautoria deve ser mencionada e preservada.

É necessário por fim, que se esclareça ainda que o texto foi criado para o nosso leitor eembora possa ser lido por qualquer pessoa, não deve ser interpretado a luz absoluta da ciênciamoderna ou de qualquer disciplina acadêmica, já que se volta para aspectos do mediunísmo,mais especificamente as particularidades de nosso trabalho e nossa missão espiritual. Nãodeve também ser visto como dogma de fé ou verdade inconteste e absoluta, já que se trata deum texto que deve primar pela lógica documental, complementando-se com as doutrinasespiritualista e mediúnica, sendo recomendado ainda, que os traços da razão informativajamais devam ser abandonados quando da leitura crítica.

Em palavras mais simples, é um texto para ser discutido em grupos, onde, porexemplo, afirmações podem e devem ser questionadas quando não apresentarem sentido a luzde dados científicos de conhecimento das ciências acadêmicas consagradas, como arqueologiae outros ramos da história documental. Digo isto para se reforçar a afirmativa anterior de que

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3este é um texto para ser questionado e se necessário com o tempo reconstruído, se houverembasamento para isto.

É importante que se diga que entre outras abordagens, por exemplo, procuramosampliar o sentido e as informações do que o “Vale”, via Mario Sassi, chama de SistemaCrístico, que, aliás, pouco foi mostrado ou esclarecido naquela literatura. Objetivei tambémdissertar, ainda que de modo resumido, sobre os enredos que a humanidade vivenciou nosúltimos vinte e cinco séculos, dando prioridade quanto aos enredos acontecidos no planetaneste período, entre o pré e o pós cristianismo, e suas ligações com os mundos espirituais,notadamente as diretrizes das Colônias para o plano físico. Ou seja, verificar como os fatoshistóricos foram se encadeando de forma a se apresentar nestes encadeamentos, passando pelaação estratégica das Colônias e como elas foram se manifestando com relação ao plano físico,observando a evolução da humanidade, sempre sob a ótica espiritual, dentro de umaperspectiva histórica e social da humanidade, e até possivelmente identificar que papeisdesempenhamos em nossas encarnações anteriores. Aliás, o aspecto “registros históricos”,muitas vezes reforça a lógica da tese pelos quais são desenvolvidos os argumentosmediúnicos ao longo do texto.

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RELAÇÕES HISTÓRICAS DE SERES HUMANOS COM SERES DE FORA DA TERRA-Com passagens especulativas da visão Kardecista e da Doutrina do Amanhecer1.

- Capela e a Grande Nave

“... Sim, no dia da Grande Nave, será o dia da volta... Dez mil anos de espera! ATerra não mais será como é. Gerações conhecerão o poder, até que tudo setransforme em lenda e o mar venha a derramar a sua água, lavando da história, o queé do plano físico...”2

Vimos em uma aula de desenvolvimento mediúnico ocorrida no CCEC sobre o tema,que há mais ou menos 10.000 anos atrás, mais precisamente após a destruição de Atlântida,que foi estabelecido um plano de evolução para a humanidade, que culminaria com o que nósvivemos hoje, ou seja, o final de uma etapa civilizatória para uma grande parcela de humanosfossem eles encarnados ou não, mas que teriam em comum a Terra como escola deaprendizado, tudo isto sob o comando orquestrado de Regentes Planetários em suasconstelações de origem, as quais se encarregam de gerênciar a cada ciclo 3.

Regularmente então, a cada 2.000 anos aproximadamente (1.000 anos para ir e 1.000anos para voltar, tendo como parâmetro o tempo da Terra), gigantescas naves de Capela, nesteúltimo ciclo, e de outros mundos, dos ciclos anteriores, trazem para cá uma grande parcela deseres (espíritos), para experimentarem e evoluírem sob a forma humana. Muitas dessas navespossuíam e possuem características etéreas, podendo modificar seus padrões pelo fato dedominarem amplamente o ciclo de movimento da matéria.

Devido à sua enorme dimensão em relação à Terra, por exemplo Capela, por vezes échamada de “O Planeta Monstro”. Segundo Tia Neiva em revelações através de suamediunidade, a missão fundamental de Capela, no momento, é presidir a transição do segundopara o terceiro milênio da fase atual da Terra, ao mesmo tempo, lançar a nova civilização queirá fazer jus à evolução alcançada por esse planeta4. Ressalve-se que nos grupos Kardecistas,notadamente pelas mensagens de Emannuel em Chico Xavier, outros planetas do SistemaSolar são habitados por humanos, só que de forma diferente, entre eles, por exemplo Marte,que segunto agora o Vale do Amanhecer, possui entre outras colônias, a de Mayanty, a qual éuma conhecida escola de “médicos espirituais”.5

Capela, que já foi citada por diversos grupos espiritualistas, notadamente Kardecistas,é uma estrela localizada na Constelação do Colcheiro, onde se acredita que seja a nossaorigem. Capela, na visão dos espiritas, não é uma estrela e sim um planeta que tem umadensidade completamente diferente da densidade do plano físico, com um padrão vibratóriode matéria distinto do existente na Terra6.

1 Baseado em material de aulas de desenvolvimento mediúnico e literatura do Vale do Amanhecer, nos livro deMário Sassi.2 Pai Thomé de Enoque, via incorporação de Mestre Reinaldo3 Segundo M.Reinaldo, Humanos são a expressão material dos seres que vem de outros mundos (aqui oschamamos de individualidades ou espíritos). O humano é o homem encarnado – na sua expressão corpórea - eque possui uma alma – expressa em raciocínio e sentimentos na personificação (personalidade) do que ele é4 Vide Mario Sassi, 2000 Conjunção de dois planos.5 Vide Hino Mayanty, Vale do Amanhecer.6 Vide, Mario Sassi, 2000 Conjunção de dois planos.

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5“...Capela, segundo classificação de nossos astrônomos, pelo seu tamanho, é uma estrela deprimeira grandeza se comparada ao nosso Sol, que é uma estrela de quinta grandeza. Capelaé um planeta gigantesco, caso pudesse passar entre a órbita da Terra e do Sol, esbarraria nosdois, levando-os de roldão7. (...) periodicamente, em ciclos de aproximadamente 2.000 anos,somos “visitados” pelos Capelinos, que avaliam os resultados obtidos e programam novasmetas evolutivas para o próximo período...”. Encarregam os Grandes Iniciados8 deconcretizarem estas etapas evolutivas à toda humanidade residente nos planos e dimensões donosso planeta...”9.

Na realidade estes planos e dimensões são como inúmeras escolas que abrigaminúmeras formas de vida. O padrão humano é uma dessas formas de vida. Capelinosmissionários possuem um padrão e uma densidade magnética diferente da densidademagnética humana. Assim como suas naves, são etéreos.

Os Capelinos costumam usar formas humanóides (parecidas com a forma humana), sóque sem algumas das funções vitais que os cinco sentidos humanos requerem, pois não tem asnecessidades que o sistema do corpo físico requerem para a manutenção da vida no planeta.Podem, entretanto, adotar a forma que desejarem e normalmente para se deslocarem maisrapidamente, adotam a forma de esferas luminosas. Essas são algumas características básicasdos Capelinos10.

Somente a guisa de informação, quando por exemplo, observamos as materializaçõesluminosas e esféricas nos ambientes de trabalho do CCEC, do Templo do Oráculo e Templodas Águas, veremos que existem duas formas distintas de manifestações, uma densa ebrilhante e uma segunda tênue, transparente e formada por camadas internas. A primeira, setrata de espíritos, e a segunda de formas elementais (guardiães).

- Nós e o universo

“...O homem que tentar fugir de suas metas cármicas ou juras transcendentais seperderá, tal qual pássaro que tenta voar na escuridão da noite...”11

Essa advertência serve para aqueles que julgam ser o homem o centro do Universo, sejulgando a margem dele e agindo como se suas vidas fugissem de um contexto maior – quepoderíamos chamar até de Vontade Divina. Precisamos compreender uma nova concepção, deque somos pertencentes a um Todo do qual somos uma pequena parte, ainda que com certaautonomia e vida própria. O homem tem seu limite que, naturalmente, é conhecido do Todo,sendo impossível para este conhecer, entretanto, o limite do Todo. Aquele que tenta concebero inconcebível, o infinito, corre o risco de se perder nas abstrações... Porém é fato, que nossodestino humano, as razões de nossa existência, são perfeitamente concebíveis por nós.Resumindo, estamos submetidos a um plano pré-estabelecido antes de nossa encarnação. Estáé uma premissa importante que precisa ser meditada e amplamente esmiuçada e entendidapara se compreender a extensão por exemplo, das Leis de Causa e Efeito e o porque daimportancia do amor como premissa de evolução.

7 Para mais esclarecimentos sobre as características de Capela vide Mestre Reinaldo in Centro de CuraEspiritual e Cromoterapia, Aula de desenvolvimento 28/05/20018 Grandes Iniciados, é uma denominação criada no Vale do Amanhecer, usada por Tia Neiva para definirespíritos de alta hierarquia que são encarregados de decidir o destino do Homem que está em transito pelosplanos da Terra. – N.A.9 R. Bogomolow, Encarnação nos Andes, p. 114.10 Mestre Reinaldo in Centro de Cura Espiritual e Cromoterapia, Aula de desenvolvimento 28/05/2001.11 Pai Seta Branca via incorporação de Tia Neiva Mensagem de 31/dezembro/1972.

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6Os Mestres de Capela durante todos esses séculos, respeitando sempre nosso livre

arbítrio e nossa necessidade evolutiva procuram nos orientar. Assim como professores queacompanham as dificuldades dos alunos, desenvolveram novos métodos de ensino,aperfeiçoaram os contatos e buscaram todas as formas de nos mostrar o caminho correto aseguir. Criaram a complexidade dos enredos humanos, como forma de seus atores, nós,atuarem dentro do palco da vida, a Terra, na peça teatral da existência, as nossas vidas.

Segundo relatos de pesquisas da ciência moderna, existem bilhões de estrelas eplanetas, havendo por hipótese não comprovada (estatistica) outros mundos em condiçõessemelhantes à Terra. Na constelação de Escorpião, por exemplo, existe uma estrela tão grandeque, se ela se deslocasse de sua órbita e tentasse passar entre o Sol e a Terra, colidiria com osdois. A suposta quantidade de mundos habitados nos leva a refletir sobre que grau deadiantamento ou de atraso que eles teriam em relação a nós, estabelecendo aqui comoreferência apenas o nosso meio físico, já que o homem encarnado não admite a existência deuma outra forma para a vida (etérea por exemplo).

Se compararmos a Terra com essa imensidão do universo, veremos logo que ela éapenas um ponto insignificante no Universo. Para Mario Sassi, seria lógico o homem pensarque as formas de vida possíveis nesses outros mundos, devam ocorrer segundo conceitos denosso planeta, que aliás é um dos menores dentre eles12. O que devemos entender porém, éque na realidade a vida se apresenta sempre adaptada ao ambiente onde ela surge, e nadaentão nos garante que em outros meio-ambientes, por vezes até hostis ao homem, a vidainteligente possa existir. Este paradigma de que somente a vida inteligente deva se manifestarcom aparência humana (ou por vezes humanóide) é decorrente da interpretação bíblica que oHomem, foi criado a imagem e semelhança de Deus. O que devemos considerar é que naBíblia não se menciona em nenhum momento que não existam outras formas de vida,inclusive semelhantes a “Deus”. É necessário portanto, abandonarmos o errado conceito deque somos o “centro do universo”.

12 Mario Sassi, 2000 Conjunção entre dois Planos p. 21

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7- Pátria do Evangelho

“...No alto e nos Céus, a grande Estrela ainda se aproxima. Longo é o seucaminho, trinta ciclos (trinta anos) ainda devem se passar. A Terra mais trintavoltas, então, há de dar. O Sol há de ver sua face mais trinta vezes. E, eis então, que aPátria do Evangelho, se torna um poder maior, igual no poder econômico ao dosmais poderosos. Mas, sob a Luz e a Égide da grandeza, das luzes que a Pátria doEvangelho tem que ter. Não cede aos clarões e a destruição...”

Pai Thomé de Enoque.13

Na obra de Mário Sassi, segundo as palavras de Tia Neiva quando em contato com osCapelinos, se afirma que o Oriente já foi o centro de projeções de forças para a consciênciahumana, principalmente o Tibet. Nas obras literárias do V.A.14, até pouco antes da vinda deJesus a Terra, o comando na distribuição das forças pertencia a aquele país. Isso aconteceu atéque a região das Américas estivesse preparada para o reajuste final. O ponto focal, agora nahora decisiva (ela se referia aos anos 60 e 70), é o Brasil e de modo geral, a América do Sulprincipalmente a região dos Andes. Na verdade segundo eles, a posição da Ásia foitransitória. Isto porque o solo das Américas é mais velho em relação ao ciclo atual do que oda Ásia. Para eles no Brasil e nas Américas já existiram civilizações importantes, quedesapareceram há muitos anos. Há cerca de 32 mil anos atrás, por exemplo, existiramcivilizações que estiveram sob a influência das constelações de Áries, Touro, Leão e Virgem;mas os elementos dessas fases não desapareceram, apenas mudaram de estado, e continuaminfluenciando (ainda que de maneira menos intensa) nos destinos do planeta15.

13 Pai Tomé de Enoque, via incorporação de Mestre Reinaldo; Trabalho oficial 25/10/1998 in Leitura doOráculo de Amenokam p. 3.14 V.A. – Vale do Amanhecer.15 Para mais esclarecimentos sobre o ponto focal e a missão da construção dos artefatos para que a projeçãopudesse ocorrer em , vide R.Bogomolow, Encarnação nos Andes.

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8EQUITUMANS: NA VISÃO DA TIA NEIVA, UMA CIVILIZAÇÃO QUE FOIPROMISSORA NA EVOLUÇÃO DA TERRA

Ainda segundo Mário Sassi, na palavra de Tia Neiva, chegaram até essa região,espíritos conhecidos como Equitumans, os quais foram preparados em Capela durante muitotempo para executarem uma missão de preparo do planeta Terra para depois acolher ohomem16 que viria nos períodos posteriores. Eles aprenderam a história da Terra, seu papel noconjunto planetário, e se prepararam para o estabelecimento de uma nova civilização. A idadefísica da Terra se contava em termos de bilhões de anos, e certamente, muita coisa já haviaacontecido antes disso, que pelo que exigia a didática divina não seria do domínio mental dohomem que viria milênios depois. Segundo ainda nos registros de “Seu Mário”, pornecessidade evolutiva (que se utilizaria de sucessivos processos encarnatórios e pela próprialimitação deste), só é dado ao homem saber aquilo que é necessário a cada etapa de suatrajetória.

A vinda dos Equitumans então foi planejada, como a de um grupo de colonizadores. OsMestres primeiros17 haviam preparado o terreno, em várias partes do globo. Segundo ele,mediante ações impossíveis de serem descritas, foram alijados da superfície certas espécies deanimais e outras foram criadas. Os climas e os regimes atmosféricos foram contrabalançadose o meio ambiente foi preparado para depois acolher o novo aparato biológico humano aindaque na forma primata. Os Equitumans foram trazidos em frotas de naves e distribuídos peloplaneta, em sete pontos diferentes. As Américas foram um dos pontos de desembarque. Osoutros foram onde hoje é o Iraque, o Alasca, a Mongólia, o Egito e a África. Esses locaisservem, apenas, como referência, pois, na verdade, eles tinham o domínio de grandes áreas.Não eram muito numerosos, mas tinham um enorme poder de locomoção e de domínio sobreos habitantes (tribos nômades) de cada região. Seu principal poder residia na sua quaseimortalidade, nas suas máquinas e na sua tecnologia18.

Seus corpos tinham sido preparados em Capela, e traziam dentro de si dispositivosnaturais de sobrevivência. Eles só corriam o perigo de afogamento ou destruição física. Seusmaiores inimigos eram os grandes animais e os acidentes, não tinham, entretanto, a mesmaorganização molecular dos seres que aqui já se encontravam, ainda que em relação a suafisiologia fossem semelhantes a nós em alguns pontos (eles comiam, bebiam, falavam e sereproduziam). Sua língua, no princípio era comum a todos eles, mas, aos poucos foi sediferenciando conforme os grupos com que foram convivendo. Em algumas regiões da Terra,ainda se fala a língua original dos Equitumans, inclusive em algumas tribos de índiosbrasileiros. Mas, além da linguagem articulada, eles usavam a telepatia entre si. Isso, aliás, foio que causou a degenerescência da língua inicial. Para se entender com os outros, elesadaptavam sua linguagem ao meio19.

Os Equitumans se tornavam mais velhos pela passagem do tempo, mas sem adegenerescência física. Suas células traziam em si princípios diferentes das células dos serescomuns (diferenciação química da estrutura genética). Na verdade, os mais velhos eram,apenas, mais experientes, mais adaptados às tarefas. Eles amadureciam na sua alma, mas nãono seu corpo. Eles contavam, ainda, na conservação de seus corpos, com a assistência dos

16 Vide definição de “Homem” na N.R.1.17 Existem mensagens mediúnicas que indicam que no período pré-humano, antes de se escolher o modelobiológico conhecido como hominídeo, uma série de experiências foram realizadas no planeta com objetivoprincipalmente de se escolher que modelo de “aparelhos” bio-físicos seriam melhores para acolher as “orbes” deentes que seriam oriundas das constelações para o processo evolutivo inicial. Vide também material sobre a“Lenda de Osíris”. Nota de M.Reinaldo.18 Mario Sassi, Livro 2000 Conjunção de dois Plano, p. 6419 Mario Sassi, Livro 2000 Conjunção de dois Plano, pp. 65-80.

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9Mestres (seres etéreos que estavam fora da Terra), com quem mantinham contatospermanentes. Às vezes, acontecia de um Equituman não evoluir de acordo com a tarefa eceder seu corpo a outro, que sofrera um acidente. Nesse caso, o espírito do cedentesimplesmente era recolhido ao planeta de origem. Em Capela, eles eram organizados emcasais afins, e não havia reprodução como aqui na Terra. Mas, aqui na Terra, eles foramsubmetidos ao processo sexual normal e tiveram filhos. Só que seus filhos nasciam com umorganismo comum, igual ao dos mortais20.

Dessa forma foram nascendo outros Equitumans mais preparados para a Terra. Suasmentes ágeis permitiam a constituição de organismos adaptados às regiões onde nasciam(notemos a evolução do aparelho físico). Daí os tipos diferenciados, que deram origem àsraças modernas, como contam, precariamente, os historiadores e antropólogos. O principalestímulo dos Equitumans era o seu livre arbítrio. Eles eram pequenos deuses a quem estavaentregue a tarefa de civilizar um planeta, e dispunham de ampla liberdade para isso. Seu únicocompromisso era observar os propósitos civilizatórios aprendidos nas escolas de Capela.

Na informação de Mario Sassi a idéia fundamental era o estabelecimento de condiçõesecológicas que permitissem a vinda de novos imigrantes. Famílias espirituais inteirassonhavam com a oportunidade de colonizar a Terra, colaborar na obra de Deus. Mas, se elesdispunham das grandes vantagens de seres extraterrenos, eles tinham as desvantagens doterráqueo na sua animalidade física. Cedo se manifestou a velha luta entre suas almas e seusespíritos21.

Em relação a religião eles tinham o que nós podemos chamar de um conjunto doutrinário,cujas coordenadas eram formadas pela hierarquia planetária, cujo centro era o Sol. Com isso,eles não tinham preocupação com a busca de Deus, pois tinham um universo amplo, objetivoe suficientemente dimensionado para não necessitarem de uma busca para a sua finalidade.Mais tarde, no declínio de sua sintonia com os Mestres, essa doutrina derivou na religião doSol ou cultos ao Sol nas diversas regiões do planeta. Ele inclusive explica que se oshistoriadores quiserem traçar o percurso dos Equitumans na Terra, basta catalogarem asregiões e os povos que adoravam o Sol.

Nos relatos afirma-se que durante mil anos, os planos seguiram a trajetória prevista. Osnúcleos foram se expandindo, e muitas maravilhas foram se concretizando na Terra, basta quese observe alguns monumentos na superfície do planeta para se ter idéia. A verdade pura éque até hoje essas ruínas são de difícil interpretação pelo Homem atual. Uma coisa, porém,elas evidenciam: as ciências e as artes que permitiram sua elaboração estiveram fora doalcance do homem dos últimos milênios. Até hoje os cientistas não conseguiram explicar, porexemplo, o porquê e como foram feitas as estátuas da Ilha de Páscoa ou as pirâmides. OsCapelinos em suas mensagens via Tia Neiva, chegaram inclusive a afirmar em tom profético,que a partir de agora (época em que os registros foram escritos), uma parte desses mistériospoderiam ser desvendados, onde dois fatos contribuiriam para isso: a curiosidade científicadespertada para fatos estranhos, e as convulsões que a Terra iria sofrer. É digno de registro,entretanto, que muitas destas previsões ainda não ocorreram na intensidade ou nainterpretação que a ênfase do registro foi dada.

Seguindo na leitura dos registro de M.S., os Equitumans se comunicavam de váriasmaneiras. Dispunham de forças psíquicas e aparelhos que lhes permitiam a troca de

20 Idem.21 Embora exista o peso da autoridade de Seu Mário e Tia Neiva, acreditamos que a informação foi na realidade“mal escrita” ou interpretada erroneamente. Os descendentes dos Equitumans, já eram terráqueos no momentode seu nascimento. Fosse pela mesclagem entre Equitumans e Humanos, fosse pela nova característica demortalidade que adquiriam que são próprias dos humanos. A evolução a que se refere provavelmente aomecanismo de “alma” humana que desenvolviam, onde “valores da Terra” faziam parte de seus atos e paixões.N.A.

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10experiências (onde ele não menciona de forma clara, ou pelo menos de forma indubitávelquais eram essas). Afirmando, entretanto, que isso explicaria, em parte, as semelhançasarqueológicas que foram encontradas, em lugares distantes e, aparentemente, sempossibilidades, naquele tempo, de comunicação entre si. O registro mostra ainda que osEquitumans também viajaram entre planetas e outros lugares do nosso sistema. Essas viagens,porém, somente foram feitas no segundo milênio, com o começo da hipertrofia dos seus egos,à semelhança do que está acontecendo agora. A partir do segundo milênio, isto é, há 31 milanos, eles começaram a se distanciar de seus Mestres e dos planos originais. Seguros na suaimortalidade e contaminados pela volúpia de encarnados, eles se deixaram dominar pela sededo poder. Depois de muitas advertências, seus Mestres tiveram que agir. Ao findar o segundomilênio de sua vida, eles foram eliminados da face da Terra. Relata ele ainda que de modonão claro, que foi uma nave gigantesca, denominada Estrela Candente22, que percorreu oscéus da Terra, executando a sentença divina. Em cada um dos núcleos Equitumans, a Terra seabriu e eles foram absorvidos, triturados e desintegrados23.

Tia Neiva, via Mario Sassi, disse ainda que o lago Titicaca é o túmulo dos Equitumans eassim como esse, existem outros túmulos que apareceriam em decorrência do próximo degelodos pólos. Sendo assim muita coisa viria para a luz do Sol. Pelo relato ainda, não significa queo plano inicial dos Equitumans falhou, apenas não se cumpriu em toda a plenitude. Muitacoisa foi feita que permitiu a evolução da Terra. Os grandes animais haviam sido eliminados,tornando habitáveis as principais porções de terra. Os princípios da tecnologia e as sementesda vida social formaram um lastro imperecível na mente de muitos habitantes. Com o padrãoespiritual então existente foi permitindo a materialização da natureza, e tudo foi semodificando. Para ele, os imortais Equitumans foram se transformando em lendas e deuses, eo homem foi construindo suas cidades e suas religiões. A partir daí os grandes missionárioscomeçaram a vir à Terra, e os Equitumans, foram recolhidos ao planeta-mãe, posteriormentecomeçaram a reencarnar nos descendentes de seus antigos corpos. Aí, então, teve início outrotipo de luta: alguns desses espíritos, saudosos de seu antigo poder, começaram a se organizarno etéreo da Terra, formando falanges24.

22 Vide história inicial de Pai Seta Branca e sua primeira missão na Terra.23 Estaria aqui uma referência indireta a história dos complexos “Atlantes”, onde uma “elite” em conjunto comparcela de Humanos, dominaram de forma sórdida (pela escravidão e servidão) uma série de outros humanos.Coincidentemente existiu uma espécie paralela ao “homo sapiens” que era o “Homo sapiens neanderthalensis”que aparece no contexto da história terrestre a aproximadamente 30.000 anos atrás, o qual tinha comocaracterística uma “rusticidade” muito grande ainda que já apresentasse níveis de inteligência próximos do“homo sapiens sapiens”. Esta espécie desaparece misteriosamente do cenário da história.24 Neste caso, podemos entender que os antigos seres de fora da Terra, pelo encarne, se tornam “humanos daTerra” e assim assumem uma nova identidade. Por este argumento pode-se por exemplo justificar como a vidavinda de fora da Terra. Porém o que acontece depois, segundo Tia Neiva, é que ocorrem novos domínios não navida encarnada, mas nos planos próximos ao físico, as dimensões paralelas.

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11- Pai Seta Branca

Nos livro 2000 conjunção de dois planos, Mario Sassi afirma que os antigos poderespsíquicos dos Equitumans, foram sendo sedimentados em manipulações mediúnicas e os doisplanos – o físico e o etéreo – intensificaram seu intercâmbio, ainda que também isto nãoesteja descrito de forma clara. Um grande missionário, que hoje, para nós, se chama Pai SetaBranca, o responsável pela Estrela Candente, reuniu os remanescentes mais puros e osdividiu em sete tribos, que foram distribuídas nos antigos pontos focais dos Equitumans. Aeles coube recomeçar a tarefa interrompida. Cada tribo compunha-se de mil espíritos. Foi aíque foram criadas as hierarquias dos Orixás, os grandes chefes, que tinham a virtude de secomunicar com os Mestres. Essa palavra afro-brasileira (Orixá) é muito adequada, pois querdizer exatamente “divindade intermediária entre os crentes e a suprema divindade”. CadaOrixá tinha, a seu serviço, outros sete Orixás de menor grau, e estes, por sua vez, também otinham. Daí para cá, essa linguagem se firmou no plano espiritual, pois corresponde àorganização sétupla das falanges.

Aqui cabe um comentário crítico, com relação a algumas afirmações, entre elas amística do número sete. Nas três obras consultadas de Mario Sassi, entretanto, não se explicasatisfatoriamente o porquê deste número. Ainda que a explicação acima, possa serinterpretada como, por exemplo, o nascimento das religiões Umbandistas e outras correntesafricanas, no texto em si, não há uma afirmação expressa de que isto foi o que ocorreu. Aliás,o texto se mostra bastante incompleto, pois em determinado momento “já se pula”simplesmente milênios de história sem maiores relatos, quando se coloca personagens comoJoão e Zé de Enoque (negros africanos e tradições Nagôs) e mesmo ainda a história dasPrincesas dos Jaguares. Os textos dos três livros deixam margem a muita especulação eenormes lacunas que não podem ser deixadas de ser objeto de crítica pelo anacronismohistórico das afirmativas daquele autor.

Segue o texto ainda afirmando que o processo civilizatório dos descendentes dosEquitumans foi se realizando nos milênios subseqüentes. Cada Orixá deu característicasespeciais ao processo de sua tribo, mas conservava os princípios básicos. Daí as semelhançasentre religiões de povos antípodas (habitante que, em relação a outro do globo, se encontraem lugar diametralmente oposto) principalmente no culto ao Sol. Duas dessas tribos deixaramcaracteres mais marcantes: os que, mais tarde, chamaram-se Incas, e os posteriormenteconhecidos como Hititas, aqui também ele não esclarece mais profundamente queimportância foi esta. Outra tribo que, também, teve muita importância nos acontecimentos dahistoria evolutiva mundial, foi a dos índios americanos. Cedo, eles adentraram para Leste, narota do Amazonas em direção ao Atlântico, e depois para o Norte. No caso, não tiveramgrande projeção histórico informativa, pois nunca se ouviu falar de civilização aqui no Brasil,e quando os portugueses aqui chegaram, só haviam mesmo índios em estado primitivo.Rebate para explicar a falta de registros sobre isso, lembrando que estamos falando de umlongo período de tempo da Terra, em termo de centenas de séculos, tempo suficiente, segundoele, para que aqui houvessem florescidos e terminados grandes acontecimentos civilizatórios.

Interessante fica uma colocação dos Capelinos, que afirmam que desde muito cedo,esta região, principalmente o território que veio a constituir o Brasil, ficou sendo a reservaespiritual do futuro. Todas as precauções foram tomadas para que aqui se desenvolvessemcertas características espirituais, que permitissem o recomeço de novos ciclos. Digamos que aAmérica Ocidental, particularmente o Brasil, tenha sido considerado o celeiro do futuro, pelofato de ter sido o berço de grandiosas missões, onde as relações entre seus habitantes com osMestres teriam sido muito intensas.

Isto explicaria em parte o porquê do continente ter passado “desapercebido”historicamente falando, a falta de registros mais completos se justificaria pelo fato de que toda

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12“elaboração espiritual exigiria silêncio e recolhimento”. Enquanto outros povos selançavam à conquista do mundo físico, na busca do poderio material, domínio de seusvizinhos, lances heróicos e construções monumentais, as tribos desta região se aconchegavamna floresta, nas facilidades do clima suave e abundância da natureza. Por isso, digamos quetudo aqui permaneceu propositadamente oculto, ou melhor, quase tudo... Mas seria isso quepermitiria o florescimento atual. Que deveríamos reparar como tudo, na civilização brasileira,tem algo diferente, como por exemplo, a marcante capacidade do povo brasileiro em absorveros que vêm de fora, sem hostilidade. Outro fator seria a religiosidade natural, sem a rigidezdogmática. Isto somado a uma ausência de conflitos bélicos mais contundentes reparandoainda, na vivacidade natural do nosso povo. Afirmou ainda que na intimidade do território doBrasil, tribos inteiras mantêm contatos com os Mestres Capelinos, e grandes missionáriosestariam trabalhando em consonância com os planos de Capela.

Com todo respeito entretanto, à autoridade de Mario Sassi e Tia Neiva, este trecho épassível de nova crítica. Surge em nossa mente uma primeira e inquietante pergunta. Quecritério será que os Capelinos usaram para determinar o comportamento “candido” do povoque eles descrevem? Se eles falam das tribos pré-cabralinas? Há relatos entre guerras de tribosmesmo nos momentos posteriores a invasão portuguesa. Nos períodos anteriores a populaçãoera extremamente reduzida em grandes extensões de terra, não havendo motivos lógicos parasupostas guerras. Se, no entanto, se referem aos relatos Maias (no norte) ou Incas (no Sul)sabemos hoje que os Maias pós-colombianos foram déspotas, cruéis e muitas vezessanguinários, o mesmo acontecendo em relação ao Império Inca. Se o período que foimencionado, entretanto, se refere ao Brasil Colônia, como explicar as “Bandeiras”, com suascruéis invasões, crimes de escravidão etc. Sem falarmos nos trágicos enredos do períodoescravagista que perdurou por quase 300 anos, ou ainda as intromissões da Inglaterra nosenviando para o massacre no Paraguai?

Poderíamos ainda falar da Guerra dos Farrapos, de Antonio Conselheiro, da IntentonaComunista, e até da “guerra suja” do período do golpe militar de 64, com a guerrilhabrasileira. A “tranqüilidade” brasileira, ou mesmo andina que foi descrita, a nosso ver, nãocorresponde a uma realidade histórica ou mesmo contemporânea.

Seguindo porém na descrição dos relatos, afirma-se na doutrina do Vale doAmanhecer que alguns dos índios brasileiros trabalham no sentido de manipular as energiasmediúnicas em favor das populações do Brasil, afirmando que grandes problemas de nossopaís foram resolvidos com seu auxílio, e que existe uma relação entre estes problemas(situação política do Brasil de 64) e a pré-história da América. Infelizmente, de novo aafirmação de M.S. não adentra em detalhes que poderiam esclarecer com mais precisão o quefoi afirmado, portanto não há como fazermos uma análise mais profunda daquela declaração.

O que fica sendo mais certo neste caso, é que devemos ler a obra com as devidasressalvas de quem não tem a completude de informações.

Mas, voltemos aos Equitumans...

Foi dito que muitos dos primitivos espíritos que participaram do povoamento inicialforam recolhidos e voltaram a reencarnar nos seus próprios descendentes, desta vez, porém,sem as condições de imortalidade. Ao desencarnarem de suas agora curtas vidas, eles serecusavam a seguir os rumos normais de Capela, e preferiram perseguir suas próprias ilusõesnos planos etéreos. Juntaram-se assim, em falanges25 e, graças ao conhecimento adquirido

25 Inferindo, se pudéssemos escolher substituiria a palavra “falange” pela palavra “grupo”. Até porque a palavra“falange” tem uma ligação com as tradicionais formações de guerra antigas (espartanas e romanas), ou seja,“forma de ponta”. Se a conotação “falangeana” se refere a grupos de 7, isto também não é explicado e justificasatisfatoriamente o uso da expressão. Pensamos que o termo “grupos” não contariam, numericamente falando,os seus membros. Inclusive poderíamos expurgar os eventuais excessos místicos atribuídos a esse número, visto

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13procuraram, sempre, reproduzir a situação inicial. Esqueceram-se eles de que desta vez, nãotinham a bênção de Deus e nem o auxilio precioso dos Mestres, nem suas máquinas e seuscorpos imperecíveis. Vejamos o que diz a integra do texto;

“Explicando melhor, nos seus corpos iniciais os princípios vitais lhes permitiam viver,como aconteceu com quase todos, até a destruição externa, propositada. Suas mentes,porém, através de suas almas, evoluíam e progrediam sem parar. Nos planos daépoca, a indestrutibilidade dos corpos atuava como fator de segurança, que permitiaa esses seres enfrentar as árduas tarefas sem titubear, além do respeito que impunhama seus descendentes, as vantagens da memória física milenar, e outras. Já no planoetérico, sem as vantagens do plano físico, sem a contínua assistência dos Mestres,suas mentes foram se degenerando, na atrofia inexorável desse plano. Isso é umcírculo vicioso, em que o ser cada vez perde mais as perspectivas e se ilude com aspróprias sensações. Grande parte de sua atividade se concentra na alimentação dosseus corpos etéricos, cuja maior fonte de energia é o ectoplasma da Terra, dos seresvivos. Em vez de terem suas cabeças erguidas para o Céu, para as fontes puras deenergia divina, são obrigados a tê-las voltada para baixo, para os seres encarnadosde onde parte sua “alimentação” energética.

E o coração do homem está onde estão seus interesses. Tudo o que acontece com osseres humanos lhes interessa. Tendo uma falsa noção de poder, remanescência dospoderes que possuíam, eles sempre pretenderam influir nos acontecimentos humanose, em parte, o conseguem. Sua confusão mental, entretanto, os faz crer ser possível aretomada da antiga posição de trezentos séculos antes. Assim, podemos juntar duasépocas distantes e entender os enredos tenebrosos dos dias atuais. Equitumansencarnados, Equitumans no invisível etérico e Equitumans nos planos mais evoluídos,esses são os elementos das lutas atuais no Brasil. Hoje, esses espíritos nem sabemmais que foram os poderosos Equitumans. Os que estão encarnados têm menos noçãoainda. Acrescente-se ainda que esses encarnados presos aos círculos cármicos vêm seendividando e pagando dívidas num círculo quase vicioso.

Muitos dos atuais políticos passaram pelas lutas dos últimos dois ou três mil anos,talvez mesmo anteriores. E agora, no fim de mais um ciclo, quando o planeta urgepassar a categorias melhores, fazem-se necessários o reajuste e o reequilíbrio. Porisso, os inocentes de hoje não o foram ontem. É preciso ter compaixão e ajudá-los,mas isso deve ser feito com a serenidade que o Cristo nos proporciona, com a justiçaevangélica de...“as árvores serem conhecidas por seus frutos...” 26

que “grupos” se formam por outros fatores ou quesitos que não o da numeralidade ou misticidade. N.A.26 Mario Sassi, Livro 2000 Conjunção de dois Planos, pp. 65-80

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14- Tumuchy e Jaguar

No trecho abaixo, as informações sobre esta etapa civilizatória tem como base os relatosde Tia Neiva colhidos junto aos Capelinos, os quais optamos pela transcrição integral dotexto, como forma de se verificar que nenhuma informação foi omitida ou incorretamenteinterpretada, de forma a proporcionar melhor capacitação a posteriores conclusões27.

“...O nome Jaguar foi dado pelos antigos habitantes andinos, cuja línguaficou sendo conhecida como quíchua. Significa sangue, luta, briga, valentia, eacabou por nomear os felinos, como as onças, panteras, etc. Aliás, a ligação comesse felino serviu para testemunhar a existência desse Orixá em inúmerosmonumentos e inscrições, através da sua representação pictórica. Com sua longaexperiência na Terra, ele encarnou, com sua alma gêmea e cerca de oitocentosespíritos escolhidos (o grifo é nosso). Formado o clã, eles passaram a serconhecidos como Tumuchys. Em sua maioria, seus membros eram cientistas,principalmente grandes químicos e físicos. Por seus próprios meios, elesconstruíram uma chalana (veículo etéreo utilizado para transporte) que lhespermitia se deslocar para qualquer parte da Terra. Isso os diferenciou, logo, dasoutras tribos, e garantiu para eles certa paz em meio às lutas permanentes.Dedicavam-se a várias artes e eram grandes tecelões. Viajavam muito, e tinhamseus próprios rituais. Como medida de precaução contra o desencarne incerto eletraziam um sistema de não procriação e de melhor durabilidade física. Elesviveram, em média, duzentos anos da Terra, e traziam, impressa no peito, a datade seu desencarne. Comunicavam-se, constantemente, com os Mestres Capelinos,e sua chalana mantinha contatos com outros povos da Terra. Mesmo com todasessas medidas de precaução, cedo se manifestaram grandes dificuldades. A partirde certo estágio, eles começaram a perceber que os contínuos contatos com osMestres, que vinham em suas poderosas naves, iam produzindo certoenfraquecimento na vida animal e vegetal local. Os indivíduos das áreas afetadasmorriam cedo e a vegetação se tornava raquítica. Por outro lado, o contínuoestado de belicosidade das tribos com que entravam em contato feria fundo suasusceptibilidade.”

O relato é sem dúvida alguma impossível de se comprovar a luz de provas documentais,arqueológicas ou mesmo a evidências de outra forma (registros em pedras ou formas dearquitetura). Se no estágio mediúnico, o contato com Capelinos é restrito, a autoridade de TiaNeiva serve de indicativo se não de realidade plena, uma vez que é um texto interpretado, aomenos permitir ao leitor que se tire conclusões de acordo com sua fé ou crenças íntimas. Naseqüência encontramos ainda;

Perguntou então Tia Neiva ao Capelino. Se os Tumuchys eram tão adiantados, a ponto depossuírem uma chalana, como é que se explicam suas lutas, suas guerras e as dificuldadescom o meio-ambiente? Transcrevemos abaixo a íntegra da resposta.

“...Para responder é preciso comparar as idéias do que seja “civilizar”, nostermos dos planos daquele tempo, e o que seria a mesma coisa, em termos donosso tempo. “Civilizar”, para os Mestres Capelinos, significava trazer, oumelhor, criar um tipo humano, de acordo com um processo evolutivo, em trêsplanos diferentes: o físico, o psíquico e o espiritual. A natureza da Terra tinha umdeterminado ciclo em andamento, com suas variações geológicas, vegetais,

27 Mario Sassi- 2000 Conjunção de dois Planos, pp. 87-94.

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15minerais e animais. O transformismo lento modifica a superfície e as váriascamadas, mas essa lentidão é, apenas, relativa ao período de modificações.Naquela época, as transformações da Terra eram violentas e rápidas, emergindodos degelos, devido à maior aproximação do Sol. Os vegetais, em adaptação eescassos nas regiões montanhosas, convidavam ao nomadismo espontâneo. Osanimais, em sua maioria de grande porte, como o javali, o urso, os felinos eoutros, constituíam ameaça permanente à integridade física. Civilizar constituía,pois, a modificação daquela tônica agressiva para uma harmonia ecológica maispropícia ao homem. A missão era a de tornar a Terra habitável para o Homem.

É preciso não esquecer que o homem já existia, porém todo absorvido pela lutada sobrevivência, no estado de defesa permanente, submisso à natureza e à vidainstintiva. A predominância, embora variável, era da tônica física. O psiquismoficava colocado em segundo plano, um psiquismo mais voltado para o planofísico, para as coisas mais imediatas da vida quotidiana. Os olhos viviamvoltados para o chão, para o ambiente imediato. Sabedor isso, Jaguar vinhamunido de duas armas fundamentais: a ausência da procriação e um instrumentode reconhecimento aéreo, que era sua chalana. Sem o empecilho dos filhos, elespodiam se dedicar às artes criativas e estudar as formas de domínio do ambiente,criar instrumentos mecânicos e científicos. Com sua chalana, Jaguar percorria ospontos da Terra onde outros Orixás executavam a mesma tarefa, em ambientesfísicos diferentes. Isso, explica as questões de conhecimentos de astronomia, doscalendários, dos cultos, do trato com os materiais e as semelhanças nos templos,pirâmides, esfinges, estátuas, cerâmicas, cerimônias, que a Ciência atual seesforça para explicar em termos de migrações e contatos puramente físicos.Naturalmente eles não dependiam exclusivamente da chalana, pois eramprofundos conhecedores dos sistemas de comunicação psíquicos, além daspreciosas fontes de informações, que eram os Mestres Capelinos. Tais recursos,porém, não eram suficientes para compensar a rudeza da tarefa. Ao perceberemque poderiam ser esmagados pelo ambiente, contrariando seus propósitos, queeram opostos, ou seja, de domínio do ambiente, eles optaram por uma tangente, eos Tumuchys voltaram seus olhos para a então grande Ilha de Omeyocan. Issooferecia várias vantagens e, dentre elas, a mais importante era a distância docontinente. Com seus instrumentos, sua química e sua física, construíram barcose se apossaram da ilha, até então desabitada. Civilizar, para o homem atual, édemonstrar a tônica predominante de padrões existentes, sejam tecnológicos,morais ou religiosos. Por exemplo: os conquistadores europeus consideravamcivilizar a transformação das populações indígenas, de um status religioso emoral, para o status de que eram portadores, no caso em apreço, o Cristianismo.Disso resultava, apenas, uma transformação, a substituição de uma formacivilizatória por outra, considerada mais adiantada. Não havia, nisso, criação,mas, apenas, modificação. No caso dos Tumuchys, havia a criação, não segundopadrões preestabelecidos, mas, sim, segundo um plano harmonioso de conjunto,cujos padrões iam sendo criados, pois inexistiam na Terra.”

No livro de Eric Von Denicken, “Eram os Deuses Astronautas”, foi mencionado queuma tribo australiana tinha como objeto de adoração, um objeto com formato de aviãocomum, tipo aeroplano. A informação de Tia Neiva, entretanto, não menciona a forma doaparelho (chalana), diz que sua característica é etérea, porém não esclarece nada mais, alémdisso, como por exemplo, que tipo de formato possuía ou qual seu meio de propulsão?

O texto segue afirmando;

“...Voltemos, agora, aos Tumuchys... Na realidade, eles não abandonaram ocontinente, pois mantinham pontos de irradiação, onde concentravam suas

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16realizações. Nesses pontos foram construídos fabulosos monumentos,planejados cuidadosamente para as finalidades a que se destinavam. Com seupoder de levitação mecânica, usando processos físicos de forças magnéticas, elespodiam movimentar, com relativa facilidade, grandes blocos de pedra, qualquerque fosse sua natureza. Tais pedras eram lavradas por processos químicos etrabalhadas com ciência e arte. Sua arquitetura era orientada em função de umrelacionamento, visando a recepção de forças do planeta-mãe e de outros corposdo Sistema Solar.

Tais finalidades estão sendo estudadas, hoje, em função de seu aspectoreligioso, e isso se constitui em mais um triste engano antropomorfo (semelhanteao homem, que lembra o aspecto ou forma de um homem). Na realidade, elaseram múltiplas e variáveis, inclusive no tempo. O que ontem servia para acaptação da energia lunar poderia ser hoje um simples depósito ou túmulo. Épreciso que a gente não esqueça da dinâmica do mundo físico de então e suasmodificações violentas. A prova de que os Tumuchys, como outros grupos deépocas diferentes, tomavam em consideração a movimentação geológica, está nasobrevivência, até hoje intacta, de muitos desses monumentos. Outro aspectonotável é que os descendentes dos Equitumans eram hábeis metalúrgicos esabiam avaliar as condições geológicas do solo.

É preciso, ainda, que a gente se lembre de que não se tratava de umaexperiência isolada. Nos sete pontos fundamentais do globo, as mesmas coisas sedesenvolviam, com características próprias. No Egito, por exemplo, eles faziamsuas pedras utilizando os sedimentos desérticos e o material da superfície. Ascoincidências entre pirâmides das Américas e do Egito não são apenas aparentes.Na realidade, havia ampla troca de informações e experiências nas construçõesde ambos os lados. Outra coisa notável, que ainda não foi bem examinada peloscientistas atuais, é a relação posicional dessas construções. Tais monumentosforam construídos em função de um plano global do planeta.”

Mario Sassi afirmou que os Tumuchys possuíam o que eles chamavam de Mutupy,que equivalia a uma aerofotografia da Terra, como a feita pelos satélites artificiais, e éevidente que seu uso se destinava a consultas em função desse planejamento. E, assim, a Ilhade Omeyocan foi transformada na sede científica do planeta e no centro da comunicaçãointerplanetária. Pelo relato dele, ali chegavam e dali partiam as grandes chalanas, vindas deCapela. Ali, também, se realizavam as grandes conferências dos Orixás, os chefes máximosdos planos civilizatórios da Terra. As conhecidas estátuas tinham várias finalidades e, dentreelas, serviam como portas indicativas. Embaixo de algumas delas existem entradas para ascâmaras subterrâneas. Elas também faziam parte de um plano de padronização e estavam paraser exportadas quando o período dos Tumuchys chegou ao fim. Afirmou também que aliexistia uma espécie de usina, onde elas eram fabricadas em série. Seguimos na transcrição departe do texto;

“...Como sua missão não era o estabelecimento de uma raça e suas vidas erammuito sacrificadas no penoso relacionamento com Capela, deram-na porterminada. Embora eles tivessem qualidades físicas especiais, viviam em sintoniacom as realidades planetárias. Na verdade, eles viviam em constante luta com oconjunto de leis que regem os planos físico e psíquico da maioria. Mas, suamissão já havia sido cumprida, e o Grande Jaguar deixara sua marca em váriospontos da Terra. Sabendo que seu fim se aproximava, pois trazia no peito a datade sua passagem, ele visitou, em companhia da esposa, os locais de trabalho, edesapareceu. Seu povo continuou, ainda por algum tempo, a missão, mas, sem oimpulso do seu líder, acabou por abandonar a ilha e se dissolver. Mais tarde, emencarnações sucessivas, foram portadores de notáveis traços civilizatórios, que

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17serviram para o preparo do grande berço do III Milênio. As recordações desuas atividades iam se transformando em lendas e eles foram chamados dedeuses. Sua experiência foi retomada, depois, pelo povo que veio a se chamarInca. Mas a orientação aguerrida que estes seguiram impediu a encarnação dosantigos cientistas Tumuchys, e a civilização incaica tomou aquelas característicassemi-bárbaras que a história registra.

Um a um, os ciclos civilizatórios foram se exaurindo. Cada ciclo, entretanto,representava dois milênios de vida, vinte séculos de penosas experiências, deerros e acertos. Não houvesse a providencial interferência de fatores externos,independentes da vontade humana, os terráqueos perderiam o sentido dotranscendental, o Céu ficaria separado da Terra. Mas o planejamento sideralcontinuou, sempre na sua trajetória inconcebível, o Sistema Solar se movendo nagaláxia, e esta se incluindo no movimento do Universo. Presa ao sistema, a Terraevolveu sempre, reajustando sua posição, evoluindo com o conjunto, e os homens,por sua vez, se evoluindo na Terra. Para que houvesse consciência de conjunto esintonia com os planos siderais, a permanência do homem na Terra foidiminuindo de prazo. Da imortalidade dos Equitumans, seus sucessores passarama ter vidas mais curtas e desencarnes mais numerosos. Com isso, foi nascendo otemor da morte e a preocupação em se perpetuar na Terra.

O que se busca na realidade com o registro destes relatos, não é a contestação ouconfirmação pura e simples da doutrina e ou afirmativas pertinentes a Tia Neiva e ao Vale doAmanhecer. Muito menos se questiona o fato das informações terem vindo via mediunidade.Em analises como esta, é absolutamente certo contar-se com a credibilidade do médium já quese confia nele, no que diz respeito a questões mediúnicas. O que se contesta ou questiona-seentão, é a falta de complementação das informações. Muitas das afirmativas ficam em aberto.Onde a facilidade mediúnica poderia acrescentar muito mais, por exemplo, com relação adatas e localizações, a mensagem deixa em silêncios respostas que precisam sercomplementadas.

Durante muito tempo ficamos nos questionando a respeito de afirmações quepadeceriam de falta de provas ou evidências físicas e científicas. Porém, somos capazes deperceber que dada as imensidões do planeta, facilmente as “provas” se perderiam através dostempos. Então nos estudos partimos para as análises em termos de lógica afirmativa, ou seja,verificar se ao menos o que se afirma, possui um sentido que possa no raciocínio construtivodas idéias expostas, oferecer um suporte para o que se afirmou. O que conseguimos muitasvezes, no entanto foi apenas uma coleção de perguntas que certamente o “Vale” não supriuem termos de respostas satisfatórias.

Exemplos disto não faltariam. Além dos aspectos data e local específico, dos quaisinexistem informações completas, existem outras questões em aberto tais quais; Como osEquitumans chegaram a Terra? E os Tumuchis? Como partiram? O que foi feito de seusequipamentos? Enfim, onde estariam ou como encontrar estas respostas?

Infelizmente com o desencarne dos relatantes, os próprios relatos tendem também a seperder no tempo...