sinopse p/ baticumbum

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  • 7/27/2019 Sinopse p/ Baticumbum

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    NOS TRILHOS DA HISTRIA,CANELA, SUIA BRASILEIRA!

    A histria chegava em cada silvo, nos trilhos e dormentes.

    A mquina da Maria Fumaa avanava percorrendo caminhos.

    Pelas janelas avistvamos o perodo Jurssico e o surgimento da Araucria angustiflia e

    sua chegada nos vales das serras vindas pelo curso dos rios.

    Todo cuidado era pouco, pois na medida que avanvamos ramos seguidos por ndios

    andarilhos oriundos dos caingangues e que notvamos estarem pelos pinheirais,

    abastecendo-se e alimentando-se de pinhes. ndios expulsos e dizimados pela chegada

    dos bugreiros, que tinham a incumbncia da ocupao europeia da regio.

    Avanando encontrvamos os desbravadores aorianos, os tropeiros, tocando o gado,

    e suas mulas que carregavam sonhos e sobrevivncias. Estes homens rudes por sua

    natureza descansavam sombra das caneleiras.

    Ao longe que os olhos perdiam de vista, o cenrio era de carretes, de carretas puxadas

    por bois carregadas de toras.

    A fauna que se avistava era rica na proliferao das espcies surgidas nas sementes,

    conseguamos ver animais de todas as espcies. Sementes de pinho que a cutia

    apreciava em enterrar, para posteriormente com-las, hbito que fez disseminar a

    araucria, o popular pinheiro.

    Cruzvamos por terras habitadas por imigrantes que traziam na bagagem anseios de

    desenvolvimento.

    Fizemos uma parada em Taquara, municpio-me e onde subiram levas de gente de todas

    as matizes, falando vrios e diferentes idiomas.

    Italianos, alemes, portugueses, negros, mascates... artes e ofcios assim chegavam.

    Serra acima os vages penavam, mas ao mesmo tempo servia para que por onde se

    passasse, saudaes surgissem.

    A histria avanava na velocidade daquela mquina que nos levava pelo tempo.

    Das pequenas propriedades surgiam povoados. Surgia o distrito do Canella.

    O progresso nos fazia avistar serrarias, pequenos comrcios, a extrao de madeira-

    araucrias.

    Muitos tinham medo do mato e dos bandidos que poderiam surgir e at por isso

    pensavam em seguir em frente nesta viagem.

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    O que parecia vir embarcado no vago dos sonhos, via-se que estavam nos vages da

    realidade, da afirmao de um povo ordeiro e trabalhador.

    Erguiam-se prdios, empresas, o Cassino Palace Hotel. Surgia o turismo de veraneio.

    O Trem da esperana chegava na Sua Brasileira.

    Os jornais da poca que eram distribudos pelos vages j estampavam em letrasgarrafais Refgio favorito da aristocracia Porto-Alegrense, Canela ser a futura capital de

    turismo do Rio Grande do Sul e sede do Governo do Estado - Dirio de Notcias de

    11.12.1949.

    A poeira levantava nas patas dos cavalos que puxavam charretes.

    O Caminho que se fazia percorrer pelo Caracol, por So Joo e Saiqui, era nos aros da

    bicicleta.

    A locomotiva trazia desenvolvimento, transportava economia pelos trilhos, carregava

    madeira, carregava paixo.

    O Sol do amanh surgia abenoando o futuro que chegava.

    O Palcio das Hortnsias, residncia oficial do Governo Estadual, o Grande Hotel, a Rdio

    Clube de Canela, o Esporte Clube Serrano, o pioneirismo do jornal Sentinela, patrimnio

    que o tempo jamais apagar e que os trilhos nos ajudaram a conhecer.

    A histria encrustada na Catedral de Pedra, estilo gtico, da Igreja Matriz de Nossa

    Senhora de Lourdes, iluminada, abenoada, que passou a receber a visita de Papai Noel

    num momento nico... de rappel.

    Turistas chegam nos vages buscando bnos nos oratrios preservados das casas

    antigas. Percorrem grutas, elevam oraes, encontram paz e harmonia nestas terras que

    respeitam credos e diferenas.

    Embalados pela tradio do Terno de Reis, tradio portuguesa que Canela soube receber.

    Os vages nos embalam nos presenteando com a Mata de Araucria e a imensido dos

    Pinheiros Brasileiros, nos presenteando com capes, com vales, com chapades.

    Somos ricos em espcies comerciais com o pinus, eucalipto, accia.

    Nosso clima atraente para nossos moradores e para nossos visitantes, variando de

    moderado ao famoso friozinho gostoso, proporcionando que saboreiem os cafs

    coloniais.

    Riqueza cultural, riqueza natural, riqueza turstica elevam nosso corao e nossa alma

    fazendo que todos que nos visitam sejam recebidos com carinho e ateno.

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    Os vages percorrem cada cantinho, cada lugar, cada ponto... A Cascata do Caracol, de

    rara beleza, o Castelinho com o museu onde se conhece nossa colonizao, o Parque da

    Ferradura, integrao da natureza ao visitar o Arroio Caador, o Vale do Quilombo no

    Parque Laje de Pedra.

    Uma parada obrigatria, o Mundo a Vapor com suas rplicas.

    Cruzamento que pede ateno, faz com que possamos curtir ruas, praas, recantos,

    enfeitados e coloridos com as hortnsias.

    Abanamos pela janela aos grupos do Teatro de Bonecos, a arte de bonecos e bonequeiros,

    de manipulao, de sombras, de hastes.

    Se chegarmos na poca propicia, visitaremos a Aldeia da Mame e do Papai Noel.

    Turismo, educao ambiental, voos panormicos, telefrico, rota romntica, so paradas

    e passeios imperdveis.

    Voc que acabou de chegar viajando pelos trilhos da histria, veio e voltar, porque em

    nosso municpio voc sempre encontrar tudo o que sempre sonhou.

    Afinal aqui, voc encontra hotis, pousadas, fazendo com que se sinta no conforto e no

    calor de sua prpria casa.

    A locomotiva da alegria da VILA POR AMOR que teve como destino a turstica CANELA,

    tem uma misso maravilhosa e excepcional, fomos encarregados de carregar o Pavilho e

    o Braso de CANELA para desfilar no nosso palco maior, a avenida dos desfiles onde

    cantamos e danamos nossas alegrias e nossos prazeres.

    E preparem-se, pois muita alegria vai rolar com a comemorao dos 70 anos de

    emancipao de nossa CANELA.

    Este orgulho ningum nos tira, mostraremos a pujana histrica e turstica desta terra

    abenoada chamada CANELA.

    Poderamos citar homens pblicos, povo ordeiro e annimo trabalhador, mas traduzimos

    nossa homenagem na figura de um visionrio homem chamado Joo Correa, o

    comandante de nossa locomotiva histrica.

    E como teu prprio Hino diz s a terra mais querida num recanto exuberante. Se existe o

    cu na terra num pedao do Rio Grande na mais bela cidade, na cidade de CANELA .

    QUEM VILA SEMPRE SER CANELA!

    Bibliografia :

    Livro Canela por muitas razes Pedro Oliveira, Marcelo Veeck, Antonio Olmiro dos Reis

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