sÍndrome metabolica
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resumo da aula de medicina anhembi morumbi Prof. Fernando SpagnouloTRANSCRIPT
PROCESSOS METABOLICOS
PROF. SPAGNOULO
SÍNDROME METABOLICA
Caso Clinico:
Paciente do sexo masculino, 53 a. com dor pre cordial aos esforços há 2 meses. Foi entubado. Antecedentes: HAS há 20 anos, diabetes melito há 15 anos, tabagista há 30 anos, etilismo moderado e obeso, stress. Medicação: irregular: insulina, metformina, enalapril e sinvastatina. Exame físico: chegou ao PS inconsciente, cianítico (+/4+), não responsivo verbal, RPP (regular perfusão periférica). Respiração agônica com melhora após entubação. PA: 180x130 mmHg/ FC: 80 bpm/ FR: 10 ipm. Glicemia: 356 mg/dl. CT: 348 mg/dl (HDL: 27/ LDL: 236). IG: 256 mg/dl (normal até 150). Múrmurio vesivular bilateralmente presente com roncos espasmos. Coma GRAU II e hemiplegia à E.
Síndrome metabólica: Alterações metabólicas – aumento do risco cardiovascular = Sindrome X, Sindrome Plurimetabólica, Sindrome Metabólica.
3 fatores etiológicos:
1. Obesidade e alterações funcionais do tecido adiposo2. Resistência à insulina3. Fatores independentes
a. Hepáticosb. Imunológicos GENÉTICOSc. Vasculares
Observou-se associação crescente no aparecimento de doenças.
EPIDEMIOLOGIA
Prevalência 20-25 % da população geral com comportamento crescente nas últimas décadas.
Prevalência em homens e mulheres mais velhos chagando a 42% entre indivíduos com idade superior a 60 anos.
Aumento de 2 a 3 vezes o risco de doença cardiovascular e até 5 vezes de diabete melito tipo II.
“Conjunto de anormalidades metabólicas e hemodinâmicas presentes no individuo obeso que aumentam o risco de um evento vascular. ”
[ CARACTERIZAÇÃO] (3-5)
Circunferência da cintura: o > 94 cm nos homenso > 80 nas mulheres
Triglicerídeos: o > 150 mg/dl
Níveis de HDL-colesterol: o < 40 mg/dl nos homenso < 50 mg/dl nas mulheres
Pressão arterial:o > 130 / 80 mmHg
Glicose em jejum elevada:o > 100mg/dl ouo DIABETES Tipo 2 previamente diagnosticada
RESISTÊNCIA A INSULINA ALTERAÇÃO METABÓLICA PRIMÁRIA
O que causa resistência à insulina?
OBESIDADE ADIPOSIDADE GLOBAL *ADIPOSIDADE VISCERAL DINÂMICA
Obesidade precede anos de resistência
Situação metabólica onde insulina secretada:
- não age
ORGANISMO PRECISA PRODUZIR MAIS INSULINA
- age pouco HIPERINSULINISMO
Tecido adiposo é metabolicamente ativo, sendo uma fonte produtora de citocinas e hormônios.
EXPANSÃO CITOCINAS, HORMÔNIO (adipocinas) SISTEMA PORTA
Gordura visceral: (intra abdominal)o Correlação com gordura abdominal METABOLICAMENTE ATIVA
Peritônio
TECIDO ADIPOSO COMO ÓRGÃO ENDÓCRINO: CITOCINAS
Vistatina: aumenta TNF e IL-6 Endotelina-1: tônus vascular Leptina: balanço energético TNF-α, MCP-1: inflamação Adiponectina: homeostasia da glicose e catabolismo lipídico RBP-4: resistência a insulina Resistina: resistência a insulina
PATOFISIOLOGIA:
ADIPOCINAS + TG --------------- > ACIDO GRAXO NÃO ESTERIFICADO (NEFA)
I. Fígado: níveis NEFA > Gliconeogênese
> Produção de glicose
> Ação da insulina
II. Músculo: utilização glicose
III. Célula Beta: > Secreção insulina
EXCESSO DE AG HEPÁTICO (triglicérides) derivados estimulam PROTEÍNA CINASE C Fosforila receptor insulina (inativo)
Receptor proteico de insulina fosforila quando a insulina liga-se ativando o transportador GLUT4 que sofre exocitose e permite a entrada de glicose na célula. A PCR fosforila e impede a desfosforilação deixando o receptor inútil levando a um excesso de glicose no sangue o que leva o pâncreas a produzir ainda mais insulina HIPERINSULINISMO
RESISTENCIA A INSULINA = GLICEMIA
Excesso de glicose no sangue = pâncreas produz + insulina
A DISFUNÇÃO ENDOTELIAL
LIPÓLISE
PANCREASFÍGADOMÚSCULO
(SOBRECARREGADOS COM
HIPERGLICEMIA
RESISTÊNCIA A INSULINA
Secundária à deficiente produção de NO (oxido nítrico) – vasodilatador
Resistencia hiperinsulinemia diminuição da atividade NO – sintetase (vasoconstrição)
“MECANISMO STRESS OXIDATIVO”
HIPERINSULINEMIA músculo liso da parede arterial
HASo Sistema MAP-cinase (ativa)/ Proteina ativadora
mitógeno: PROLIFERAÇÃO ENDOTELIAL MAIOR TONUS VASCULAR
TNF-α : HDL (hipertrigliceredemia)
TECIDO ADIPOSO VISCERAL citocinas/ hormônios TNF- α diminuição da expressão genética de receptor de insulina no musculo esquelético
Exame Físico: glicose entra sem insulina no musculo
Ação dos glicocorticoides
Enzima 11-B-hidroxiesteroide-desidrogenase do tipo 1 (tecido adiposo visceral/ expressão genica)
Regenera o glicocorticoide
CORTISONA (inativa) CORTISOL (ativa):
- Resistencia insulina
- Glicemia
- Lipides hepáticos
- Captação de glicose
Cortisol regula genes:
Translocação
Secreção aumento de lípides hepáticos Síntese
11-B-hidroxiesteroide: fenótipo protetor
Melhora catabolismo lipídico Diminui nível cortisol intracelular Diminui resistência a insulina Aumenta HDL
MEIO AMBIENTE E SINDROME METABÓLICA
Componente neuroendócrino Regulação circadiana: Estresse físico, emocional, hipoglicemia, dor, exposição ao frio.
o Aumento de CRH (hipotálamo) – aumento de ACTH (adenohipófise) córtex adrenal ------- > CORTISOL
ESTRESSE CRONICO
Tratamento comportamental
Hipotensores:o IECAo Bloqueador de receptor de angiotensina I
Diminuem a mortalidade
Sd: MECANISMO GENÉTICO + INFLUENCIA DO MEIO AMBIENTE
Método preventivo: alimentar, atividade física, tabagismo, etilismo
“Paciente masculino, 53 a, com queixa de:
- há 4 meses com formigamento de extremidades
- fraqueza
- emagrecimento
- poliúria e polifagia
Feito o diagnóstico de diabete melito (glicemia elevada), foi receitada metfomina. Após duas semanas constatou-se que a glicemia não estava controlada, associou-se então glibenclamida.”
Metformina: biguanida facilita entrada de glicose nos tecidos. Glibenclamida: sulfoniluréia estimula a secreção de insulina pela célula Beta
pancreática (restitiu 1ª fase – fecha canal de K)
HEMOGRAMA NORMAL:
Glicemia isolado: 389 mg/dl
*Hemoglobina glicada: 11,8 %
COLESTEROL TOTAL: 320 mg/dl
*HDL: 27 mg/dl
LDL: 220 mg/dl
Triglicerides: 589
A fisiopatologia envolve 3 defeitos principais:
i. Genético: paciente nasce com célula B pancreática defeituosa, produzindo menos insulinaa. No inicio da vida a cel B defeituosa consegue dar conta, pois com o numero de
células é possível o controle glicêmico. Com o passar dos anos as células B sofrem apoptose e então a massa de cel B não é mais suficiente para o controle glicêmico.
b. Celula alfa produz glucagon em excesso (insulina inibe célula alfa)c. Resistencia a insulina age mal ou age pouco
Genética:
1. Diminuição secreção de insulina2. Resistência insulina3. Excesso de liberação de glucagon
No diabético o defeito é no canal de K+ que não se fecha sendo assim não há potencial de membrana e não secreta a insulina estocada (não abre canal de Ca++)
Resistencia a insulina:- genética/ mutações- vários segmentos do receptor- piora com condições metabólicas
ALIMENTAÇÃO aumento triglicérides (aci. Graxo)
POR QUE O PACIENTE NÃO RESPONDEU A MEDICAÇÃO?
- Glicotoxicidade: intoxicação pela glicose
O que ocorre metabolicamente?
- A hiperglicemia é a causa
1. Diminuição secreção de insulina pela célula B*glicose ocupa receptores da célula B*glicosilação da célula B
Irresponsividade a sulfoniluréia (glibencamida)
As proteínas de receptor ficam cheias de glicose (glicado)
2. Reduz a ação da insulina*Hiperglicemia crônica agrava essa resistência*Glicosilação do receptor de insulina
Não responde a biguanida: metformina
Neste momento o único tratamento viável é a insulinização (responde mal, pois o receptor está glicado)
Em geral a glicotoxicidade é reversível e pode voltar a tomar glisencamida + metformina.
FARMACOLOGIA - golan cap 29