relaÇÃo da sÍndrome metabÓlica e estresse oxidativo … · 1.1 sÍndrome metabÓlica...

76
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde e da Vida Aline Gurski Bolzan DISSERTAÇÃO DE MESTRADO RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO EM MULHERES IDOSAS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA DA CIDADE DE SANTA MARIA Santa Maria, RS 2017

Upload: others

Post on 13-Oct-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

0

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO

ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde e da Vida

Aline Gurski Bolzan

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO

EM MULHERES IDOSAS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE

CONVIVÊNCIA DA CIDADE DE SANTA MARIA

Santa Maria, RS

2017

Page 2: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

1

ALINE GURSKI BOLZAN

RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO

EM MULHERES IDOSAS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE

CONVIVÊNCIA DA CIDADE DE SANTA MARIA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós

Graduação em Ciências da Saúde e da Vida como

requisito parcial para obtenção do grau de Mestre

em Ciências da Saúde e da Vida.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Natielen Jacques Schuch

Santa Maria

2017

Page 3: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

2

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO

ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde e da Vida

A comissão Examinadora, abaixo assinada,

aprova a Dissertação de Mestrado

RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO

EM MULHERES IDOSAS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE

CONVIVÊNCIA DA CIDADE DE SANTA MARIA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós

Graduação em Ciências da Saúde e da Vida como

requisito parcial para obtenção do grau de Mestre

em Ciências da Saúde e da Vida.

Aprovado em: 19/02/2018

COMISSÃO EXAMINADORA

________________________________________

Prof. Drª. Natielen Jacques Schuch

Centro Universitário Franciscano

(Orientadora)

________________________________________

Prof. Drª. (Cristina Bragança de

Moraes) Centro Universitário Franciscano

(Banca Interna)

________________________________________

Prof. Dr. (Maurício Beux dos Santos)

Universidade Federal de Santa Maria (Banca Externa)

Page 4: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, primeiramente, por me guiar, iluminar e me dar tranquilidade para

seguir sempre em frente.

Agradeço a Natielen Jacques Schuch. Resumi-la a minha orientadora é muito pouco,

foi uma amiga e tenho certeza de que ela sente a importância que teve e tem para mim não só

na condução deste trabalho, mas também por todo apoio, confiança e dedicação nesta

caminhada.

Agradeço de forma especial à minha mãe Neusa Regina Gurski Bolzan e ao meu pai

Airton Bolzan, por não medirem esforços para que eu pudesse levar meus estudos adiante.

Ao meu namorado João Tonetto, por todo o incentivo, carinho, companheirismo.

Agradeço aos meus amigos, por confiarem em mim e estarem do meu lado em todos os

momentos da vida.

Ao Centro Universitário Franciscano e Universidade de Santa Maria e ao Programa de

Pós-Graduação em Ciências da Saúde e da Vida

E enfim, a todos que contribuíram para a realização deste trabalho, seja de forma direta

ou indireta, fica registrado aqui, o meu muito obrigado!

Muito obrigada!!

Page 5: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

4

RESUMO

RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO EM

MULHERES IDOSAS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA DA

CIDADE DE SANTA MARIA

Introdução: A síndrome metabólica (SM) é fator de risco para o desenvolvimento de diversas

comorbidades, como aterosclerose, diabetes mellitus, dislipidemia, esteato hepatite não

alcoólica, hipertensão arterial, resistência à insulina, entre outras. A disfunção endotelial,

resistência insulínica, dislipidemia e obesidade abdominal são eventos que podem estar

associados ao estresse oxidativo. Este estudo teve o objetivo de determinar a relação da SM

com o estresse oxidativo em mulheres idosas. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal,

constituído por 79 mulheres idosas. Coletaram-se amostras sanguíneas para as dosagens

laboratoriais dos marcadores de estresse oxidativo e exames bioquímicos relacionados à SM.

Além disso, foi realizada a avaliação antropométrica (peso, altura, circunferência abdominal)

das idosas. Foram realizados dois artigos, um relacionando a SM com o estresse oxidativo e

outro relacionando o estado nutricional com o estresse oxidativo. A SM foi classificada usando

o critério proposto pelo National Cholesterol Education Programme Adult Treatment Panel III

(NCEP/ATPIII) e o estado nutricional das idosas foi classificado segundo Lipschitz. O dano

oxidativo foi avaliado através da análise da malondialdeído (MDA) e dosagens da atividade da

defesa antioxidante catalase (CAT) e glutationa (GSH). A análise descritiva dos dados foi

realizada através de medidas de frequência absoluta e relativa, tendência central (média) e

dispersão (desvio-padrão). A comparação entre as médias dos grupos com e sem SM, foram

avaliadas por teste t de Student independente e as correlações entre as variáveis e o estresse

oxidativo foi avaliado através da correlação de Pearson. Estas análises foram conduzidas no

software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para Windowns versão 22.

Considerou-se p<0,05 como significante. Resultados: A média de idade da amostra total foi

de 70,3 (dp±8,2) anos. No artigo 1, no qual foi relacionado o estresse oxidativo com a SM,

encontramos prevalência de 45,6% (n=36) de SM. Os níveis de MDA foram significativamente

maiores nas idosas com SM e os níveis de GSH foram positivamente correlacionados com a

atividade da CAT e negativamente correlacionados com a pressão arterial diastólica (PAD) nas

idosas com SM. Já nas idosas sem SM, o GSH correlacionou-se positivamente com o IMC e

Circunferência abdominal (CA) e a atividade da CAT correlacionou-se positivamente com a

Page 6: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

5

idade. Níveis de MDA foram negativamente correlacionados com a pressão arterial sistólica

(PAS). No artigo 2, que correlacionou o estado nutricional com o estresse oxidativo, 57%

(n=45) das idosas tinham sobrepeso. Não encontramos diferença significativa nos marcadores

de estresse oxidativo entre os grupos em estudo. O teste de correlação de Pearson revelou uma

correlação positiva entre os níveis de GSH e a atividade da CAT e um correlação negativa entre

os níveis de GSH e os valores médios de PAD. Conclusão: Nossos achados sugerem que a SM

está vinculada ao estresse oxidativo, demostrado pelos níveis de MDA estatisticamente mais

elevados nas idosas com SM e correlação negativa entre a atividade da GSH e a PAD. Já o

sobrepeso não foi relacionado com o estresse oxidativo. Estudos anteriores com idosos são

controversos, visto que alguns estudos demonstram relação entre o excesso de peso e níveis de

biomarcadores da oxidação de lipídios e outros não.

Palavras chaves: Síndrome Metabólica; Obesidade; Estresse Oxidativo; Espécies Reativas de

Oxigênio; Idosas.

Page 7: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

6

ABSTRACT

RELATION OF METABOLIC SYNDROME AND OXIDATIVE STRESS IN

ELDERLY WOMEN PARTICIPATING IN GROUPS OF COEXISTENCE IN THE

CITY OF SANTA MARIA

Introduction: Metabolic syndrome (MS) is a risk factor for the development of several

comorbidities, such as atherosclerosis, diabetes mellitus, dyslipidemia, non-alcoholic hepatic

steatosis, hypertension, insulin resistance, among others. Endothelial dysfunction, insulin

resistance, dyslipidemia and abdominal obesity are events that may be associated with

oxidative stress. This study aims to determine the relationship of MS with oxidative stress in

elderly women. Methodology: This is a cross-sectional study of 79 elderly women. Blood

samples were collected for the laboratory dosages of oxidative stress markers and biochemical

tests related to MS. In addition, it was performed the anthropometric evaluation (weight, height,

waist circumference) of the elderly women. Two articles were carried out, one relating MS to

oxidative stress and the other relating nutritional status to oxidative stress. MS was classified

using the criteria proposed by the National Cholesterol Education Program Adult Treatment

Panel III (NCEP / ATPIII) and the nutritional status of the elderly women was classified

according to Lipschitz. Oxidative damage was evaluated through the analysis of

malondialdehyde (MDA) and dosages of antioxidant catalase (CAT) and glutathione (GSH)

activity. Descriptive data analysis was performed using absolute and relative frequency

measurements, central tendency (mean) and dispersion (standard deviation). The comparison

between the means of the groups with and without MS, was evaluated by independent Student's

t test and the correlations between the variables and the oxidative stress were evaluated through

the Pearson correlation. These analyzes were conducted in the Statistical Package for Social

Sciences (SPSS) software for Windowns version 22. p <0.05 was considered significant.

Results: The mean age of the total participants was 70.3 (dp ± 8.2) years. In article 1, in which

oxidative stress was associated with MS, we found a prevalence of 45.6% (n = 36) of MS.

MDA levels were significantly higher in elderly women with MS and GSH levels were

positively correlated with CAT activity and negatively correlated with diastolic blood pressure

(DBP) in the elderly women with MS. In the elderly without MS, GSH correlated positively

with body mass index (BMI) and abdominal circumference (WC) and CAT activity was

positively correlated with age. MDA levels were negatively correlated with systolic blood

Page 8: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

7

pressure (SBP). In article 2, which correlated nutritional status to oxidative stress, 57% (n =

45) of the elderly women were overweight. We found no significant difference in oxidative

stress markers between the groups under study. The Pearson correlation test revealed a positive

correlation between GSH levels and CAT activity and a negative correlation between GSH

levels and mean DBP values. Conclusion: Our findings suggest that MS is linked to oxidative

stress, demonstrated by statistically higher levels of MDA in elderly women with MS and

negative correlation between GSH activity and DBP. However, overweight was not related to

oxidative stress. Previous studies with the elderly are controversial, since some studies

demonstrate relationship between overweight and levels of biomarkers of lipid oxidation and

others not.

Keywords: Metabólic Syndrome; Obesity; Oxidative Stress; Oxigen-reactive Species; Eldarly.

Page 9: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10

1.1 SINDROME METABÓLICA ............................................................................................ 10

1.2 ESTRESSE OXIDATIVO ............................................................................................... 111

1.3 SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO ........................................... 155

2 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 188

2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 188

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................... 188

3 METODOLOGIA ............................................................................................................... 19

3.1 DELINEAMENTO AMOSTRAL ..................................................................................... 19

3.2 ÁREA ESTUDADA E TAMANHO AMOSTRAL....................................................... 1919

3.2.1 Critérios de exclusão......................................................................................................19

3.3 COLETA DE DADOS........................................................................................................19

3.4 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA...............................................................................20

3.5 COLETA DE SANGUE.....................................................................................................20

3.5.1 Metodologia das dosagens laboratoriais......................................................................21

3.6 AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL...........................................................................22

3.7 CLASSIFICAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA.....................................................22

3.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA.................................................................................................23

3.9 ASPÉCTOS ÉTICOS..........................................................................................................23

4 RESULTADOS.....................................................................................................................24

ARTIGO 1.................................................................................................................................25

ARTIGO 2.................................................................................................................................41

5 DISCUSSÃO.........................................................................................................................57

6 CONCLUSÃO......................................................................................................................60

REFERÊNCIAS......................................................................................................................61

APÊNCICE A – Questionário de Identificação e de Saúde......................................................70

APÊNDICE B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido..............................................71

APÊNDICE C - Autorização do Laboratório Escola de Análise Clínica (LEAC)..................73

APÊNDICE D – Autorização do Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular...............74

APÊNDICE E - Aprovação pelo comitê de ética e pesquisa....................................................75

8

Page 10: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

APRESENTAÇÃO

O formato desta dissertação está conforme a deliberação da comissão de Pós graduação

do Centro Universitário Franciscano. Sua organização foi feita da seguinte forma: (1)

introdução - contemplando o conhecimento sobre assunto. Serão abordados nesta seção:

síndrome metabólica, estresse oxidative e por último, a interação do estresse oxidativo com a

síndrome metabólica; (2) na seção dos métodos são detalhados com rigor científico os

procedimentos empregados na coleta, tratamento e análise dos dados; (3) os resultados são

apresentados na forma de 2 artigos originais, que apresentam todos os produtos das análises

estatísticas; (4) a discussão será pautada nos resultados encontrados nos 2 artigos científicos.

9

Page 11: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

10

1 INTRODUÇÃO

1.1 SÍNDROME METABÓLICA

Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome

metabólica (SM) é caracterizada por uma constelação de fatores de risco cardiovascular,

incluindo dislipidemia aterogênica, intolerância à glicose, hipertensão e obesidade visceral,

condições que estão intimamente associadas com resistência à insulina. O maior risco de

desenvolvimento de doença cardiovascular e de diabete mellitus tipo 2 (DM2) são dois dos

vários fatores que determinam a importância do diagnóstico da SM (ISOMAA et al., 2001).

Sua etiologia é multifatorial, estando ligada a fatores metabólicos, genéticos e

ambientais. Entre os fatores ambientais, a dieta é um dos principais fatores de risco associados

com o aumento da prevalência de SM (I Diretriz Brasileira para o diagnóstico e tratamento da

síndrome metabólica, 2005).

Segundo Cavali et al. (2010), é observada uma ampla variabilidade na prevalência da

SM entre os diversos estudos, o que reflete os diferentes critérios diagnósticos utilizados. Isso

indica falta de consenso para o diagnóstico da SM, o que influencia as estimativas de risco para

doenças cardiovasculares na população mundial. Além disso, a comparação entre os estudos

epidemiológicos se torna limitada, pois a ocorrência da SM e dos fatores independentemente

associados a ela pode variar conforme o critério diagnóstico escolhido (FREITAS et al., 2008).

Com o objetivo de superar os problemas relacionados à definição da SM e facilitar as

investigações clínicas e epidemiológicas, em 1998, um grupo de consultores da Organização

Mundial da Saúde (OMS), propôs o primeiro critério diagnóstico para SM (OMS, 1998). Seria

preciso a constatação da resistência à insulina, mediante o método de clamp euglicêmico

hiperinsulinêmico, aliado a dois ou mais dos seguintes componentes: obesidade, dislipidemia,

hipertensão arterial e microalbuminúria. Em 1999, essa definição foi revisada para atender a

novos critérios diagnósticos de hipertensão arterial que passaram a ser adotados pela OMS.

A complexidade do método para determinar a resistência à insulina utilizando o clamp

euglicêmico hiperinsulinêmico e o uso do teste de tolerância à glicose tornam a definição da

OMS pouco utilizada na prática clínica.

Page 12: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

11

Em 2002 o "Third Report of the National Cholesterol Education Program Expert Panel

on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults" (NCEP/ATPIII)

foi apresentada como parte de um programa educacional para prevenção de doença cardíaca

coronariana, sendo proposta como forma de facilitar o diagnóstico clínico. Segundo os critérios

estabelecidos pela NCEP/ATPIII (2002), para ser considerado portador de SM, um indivíduo

deverá apresentar pelo menos 3, dos seguintes critérios: Glicemia de jejum ≥ 110 mg/dl ou

tratamento com droga para Diabetes Mellitus; Circunferência abdominal ≥ 102 ou ≥ 88 cm

(homens e mulheres, respectivamente); Triglicerídeos ≥ 150 mg/dl; HDL < 40 ou < 50 mg/dl

(homens e mulheres, respectivamente) e PAS ≥ 130 mmHg ou PAD ≥ 85 mmHg ou em

tratamento medicamentoso.

Em 2005, a International Diabetes Federation (IDF) propôs uma nova definição de SM

valorizando a obesidade abdominal, através da circunferência abdominal (CA), tornando-a

imprescindível ao diagnóstico (ALBERTI et al., 2006).

Ainda em 2005, a American Heart Association e o International Heart, Lung and Blood

Institute (AHA-IHLBI) atualizaram a definição do NCEP/ATPIII, alterando o ponto de corte da

glicemia de jejum, passando de 110 mg/dL para 100 mg/dL. Tal modificação solidificou os

critérios para a SM do NCEP/ATPIII, que ficou conhecido também como NCEP/ATP III

modificada e AHA-NHLBI.

A definição da NCEP/ATPIII é a mais amplamente usada, tanto na prática clínica como

em estudos epidemiológicos e é recomendada pela I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e

Tratamento da Síndrome Metabólica (2005). Trata-se de um guideline com foco no risco

cardiovascular, que não usa como critério obrigatório a evidência de anormalidades na insulina

ou na glicemia.

1.2 ESTRESSE OXIDATIVO

O estresse oxidativo é classicamente definido como um evento resultante do

desequilíbrio entre substâncias oxidantes e antioxidantes geradas em um cenário de reações de

óxido-redução, onde a oxidação implica em perda de elétron e a redução em ganho

(HALLIWELL; WHITEMAN, 2004). Visto que a geração e a ação dessas substâncias

dependem desse sistema de óxido-redução, autores têm usado o termo desequilíbrio do sistema

redox para se referir ao estresse oxidativo (POLI et al., 2008; SANTOS et al., 2009).

Page 13: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

12

Conhecidos como radicais livres, os produtos oxidantes incluem espécies reativas de

oxigênio (EROs) e de nitrogênio, (ERNs). As espécies reativas de nitrogênio (ERNs) são

representadas pelo óxido nítrico (•NO), dióxido de nitrogênio (•NO2) e as não radicalares como

o peroxinitrito (ONOO-) (HALLIWELL; GUTTERIDGE, 2007). ERN são formadas por

diferentes processos endógenos e exógenos a partir da reação de •NO (AUGUSTO et al., 2002).

Esta espécie é formada pela ação da enzima NO sintase através da reação da L-arginina e O2. O

•NO é uma molécula pouco reativa que se difunde com facilidade pelas células, e por isso,

apresenta função importante na sinalização celular (LANCASTER, 1997). Além disso, este

radical está envolvido no aumento de tônus muscular, adesão celular, função renal, atividade

antioxidante, danos ao DNA, lipoperoxidação, entre outras (AUGUSTO, 2006).

Dentre estas espécies reativas de oxigênio (EROs), destacam-se: radicais superóxido

(O2), peróxido de hidrogênio (H2O2) e os radicais hidroxila (OH) (HALLIWELL;

GUTTERIDGE, 2006). As EROs são constantemente produzidas durante reações do

metabolismo humano, normalmente produzidos no metabolismo aeróbico, como produto

intermediário do metabolismo do oxigênio (WARNER, 1994). Possuem meia vida

extremamente curta, são altamente reativas, produzidas em todos os sistemas biológicos e

reagem facilmente com moléculas que se localizam em torno do seu sítio de formação

(ROBERTS; SINDHU, 2009).

Foram desenvolvidos métodos para quantificar marcadores que refletem o estado redox

em amostras biológicas, como por exemplo produtos de oxidação de lipídeos, DNA e proteínas

(PETRAMALA, et al. 2014). Dentre os mais comuns estão os produtos de peroxidação lipídica

pelo fato dos ácidos graxos poliinsaturados (como fosfolipídeos e glicolipídos) e colesterol

serem as moléculas mais vulneráveis às espécies reativas. Quando esses lipídeos são oxidados,

ocorre a formação de dois produtos classicamente aferidos em amostras biológicas, o

malondialdeído (MDA) e o isoprostrano (BASU, 2010; PETRAMALA, et al. 2014).

A relação entre estresse oxidativo e processos fisiológicos acontece por causa da

propriedade que os radicais livres tem de reagir com ácidos graxos poliinsaturados, servindo

como iniciadores do processo de peroxidação lipídica (LPO) (LIMA; ABDALLA, 2001).

Os produtos oxidantes realizam a oxidação de lipídeos (lipoxidação) e glicose

(glicação), essas substâncias se encontram em excesso na obesidade, seja por um consumo

excessivo de alimentos, o qual aumenta a quantidade de nutrientes energéticos na circulação,

bem como pelo processamento desses nutrientes dentro das células (DANDONA, et al., 2010).

Page 14: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

13

Os produtos gerados na lipoxidação são o MDA, glioxal, acroleína, 4-hidroxi-nonenal

(HNE) e os gerados na glicação são o glioxal e o metil glioxal, esses compostos se ligam ao

grupamento amino dos aminoácidos, resultando em produtos finais de glicação (AGEs) e de

lipoxidação (ALEs) que são altamente reativos e participam do desenvolvimento de outros

componentes da SM, como a hipertensão, resistência insulina, adiposidade abdominal e

alterações no perfil lipídico (ALDINI et al., 2007). Vários parâmetros são utilizados a fim de

mensurar LPO, como a dosagem do MDA a partir do método de substâncias reativas ao ácido

tiobarbitúrico (TBARS), que é bastante utilizado como biomarcador do extresse oxidativo

(BARBOSA et al., 2010).

Sob condições normais, as células possuem um sistema antioxidante de eliminação de

radicais livres, que limitam a superprodução de espécies reativas, e reparam os danos celulares.

Este sistema antioxidante é constituído por vários componentes endógenos e exógenos

(adquirida pela dieta) e enzimas antioxidantes (GUPTA et al., 2006).

Os antioxidantes são capazes de interceptar os radicais livres por meio da doação de

átomos de hidrogênio a estas moléculas, interrompendo a reação em cadeia, impedindo o ataque

sobre lipídeos, aminoácidos e proteínas-, e as bases do DNA, evitando a formação de lesões e

perda da integridade celular (SIES, 1993). Outro papel dos antioxidantes é reparar as lesões

causadas pelos radicais livres, um processo relacionado à remoção de danos da molécula de

DNA e à reconstituição das membranas celulares danificadas (SIES, 1991).

O sistema de defesa enzimático inclui as enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase

(CAT) e glutationa peroxidase (GPx) (AVELAR et al., 2015). A enzima SOD é a primeira

enzima na eliminação do ânion superóxido, essa enzima possui duas isoformas: A CuZnSOD,

ligada aos íons cobre e zinco, e a MnSOD, ligada ao íon manganês. A CuZnSOD apresenta-se

no citoplasma das células e a MnSOD em suas mitocôndrias. A função é comum às duas formas:

converter O2- em H2O2 (MATES; SANCHEZ-JIMENEZ, 1999).

As enzimas CAT e GPx agem com o mesmo propósito, ou seja, o de impedir o acúmulo

de H2O2. Tal ação integrada é de grande importância, uma vez que essa espécie reativa, por

meio das reações de Fenton e Haber-Weiss mediante a participação dos metais ferro e cobre,

culmina na geração do radical •OH, contra o qual não há sistema enzimático de defesa

(FERREIRA; MATSUBARA, 1997; SCHNEIDER, OLIVEIRA, 2004).

Segundo Halliwell; Gutteridge (1985), o sistema de defesa não enzimático é constituído,

especialmente, pelos compostos antioxidantes de origem dietética, que incluem as vitaminas,

Page 15: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

14

minerais e compostos fenólicos, além dos compostos dietéticos o sistema antioxidante não

enzimático também inclui a glutationa (GSH), um tripeptídio composto de aminoácidos não

essenciais, descrita como um importante agente antioxidante e marcador da saúde celular.

Portanto, a redução de sua concentração é indicativa de lesão oxidante. Seu déficit acarreta

diminuição da resistência às drogas e radiações, da capacidade de reversão de tumores e da

síntese do ascorbato em animais (HALLIWELL; GUTTERIDGE, 1985).

A figura 1 esquematiza a atuação do sistema antioxidante na detoxificação das EROs,

onde o oxigênio é convertido em •O2- via ativação de caminhos enzimáticos e não enzimáticos,

que é então desmembrado para H2O2 por SOD. O H2O2 pode ser convertido em H2O por CAT

ou GPx ou para •OH após reação com Cu ou Fe. A GSH-Rd regenera a GSH. Além disso, •O2-

reage rapidamente com •NO para formar ONOO- (JOHANSEN et al. (2005).

Figura 1: Geração de espécies reativas e mecanismo de defesa antioxidantes envolvidos.

Fonte: Adaptado de Johansen et al. (2005).

O comprometimento ou saturação dos sistemas antioxidantes são fatores determinantes

para o acúmulo de espécies reativas e surgimento do estresse oxidativo. Como consequência,

este conduz à oxidação de biomoléculas, resultando na perda de suas funções biológicas e/ou

desequilíbrio homeostático, cuja manifestação é o dano oxidativo potencial em células e tecidos

(BIRBEN et al., 2012; HALLIWELL, WHITEMAN, 2004).

Page 16: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

15

1.3 SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO

O estresse oxidativo vem sendo, continuamente, associado ao processo etiológico de

algumas enfermidades crônicas não transmissíveis, como o DM2 e as doenças cardiovasculares.

Essas enfermidades são decorrentes de alterações metabólicas, que compreendem

principalmente a resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão arterial, que em conjunto,

caracterizam a SM (ROBERTS; SINDHU, 2009). Observando esses componentes que

classificam o indivíduo como portador de SM, pode-se notar que todos eles são complicações

que comumente acometem indivíduos obesos, mostrando que existe uma ligação direta entre

essas duas doenças (DUPUY et al., 2007).

Em geral, o aumento do tecido adiposo abdominal, o qual é metabolicamente mais ativo,

contém uma quantidade maior de macrófagos residentes comparado a outros depósitos de

gordura (LUNA-LUNA et al., 2015). Essa condição favorece a inflamação e o estresse

oxidativo, que são fatores precursores de diversas complicações, mas principalmente de

componentes que envolvem SM, como resistência à insulina, hipertensão arterial e

hiperlipidemia (YAO et al., 2014; FRANCISQUETI et al., 2015). A resistência à insulina é

considerada a base da SM, sendo que o estresse oxidativo exerce papel importante na sua

etiologia e complicações relacionadas, e o aumento da glicemia está diretamente associado ao

aumento de EROs em outros tecidos (TELES et al., 2015).

Muitas vias metabólicas associadas com a hiperglicemia, tais como a auto-oxidação da

glicose, a glicosilação de proteínas e a ativação da via do poliol aumentam a produção de EROs

(WOLFF, DEAN, 1987). Os mecanismos de defesa antioxidante para os radicais livres têm sido

descritos como reduzidos no diabetes, em particular a glutationa, a SOD e a CAT (BAYNES;

THORPE, 1999). A figura 2 demonstra as implicações do estresse oxidativo no diabetes.

Um mecanismo potencial que pode levar à disfunção endotelial no diabético é a

formação dos AGEs, quando as proteínas plasmáticas e da membrana celular estão expostas a

concentrações elevadas de glicose por períodos prolongados elas sofrem glicação não

enzimática podendo se depositar na camada subendotelial e induzir disfunção endotelial. Com

efeito, AGEs podem diretamente inativar o -NO e determinar o impedimento da vasodilatação

endotélio-dependente, além de aumentar a permeabilidade vascular e a sua captação por

macrófagos subendoteliais, resultando em ativação da resposta local inflamatória, contribuindo

para o estresse oxidativo (WAJCHENBERG, 2002).

Page 17: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

16

Figura 2: Mecanismos que leva à disfunção endotelial no diabético é a formação dos produtos

finais de glicação avançada (AGEs).

Fonte: Wajchenberg (2002).

Considerando que tanto o diabetes quanto a aterosclerose são fortemente prevalentes em

indivíduos portadores de SM, alguns autores têm sugerido que o estresse oxidativo também atue

como uma variável biológica relacionada a esse distúrbio (GOTTLIEB et al., 2010). Dessa

forma, o estresse oxidativo pode ser considerado um evento prematuro ou desencadeador da

etiopatogênese da SM e não uma mera consequência (URAKAWA et al., 2003).

Um estudo conduzido por Gottlieb et al (2010) suporta a hipótese da associação entre

SM e estresse oxidativo, uma vez que foram observados níveis elevados de moléculas

associadas com o estresse oxidativo, tais como a lipoproteína de baixa densidade oxidada

(Ox-LDL) e o auto anticorpo contra lipoproteína de baixa densidade oxidada (antiOx-LDL),

bem como moléculas envolvidas na resposta inflamatória, como a proteína C reativa-ultra

sensível (PCR-us) e a interleucina-6 (IL-6).

Em estudo transversal comparativo em 113 indivíduos idosos (50 com SM e 63 sem

SM), realizado por SANCHEZ RODRIGUEZ et al., 2010, foi observado um aumento

estatisticamente significativo de estresse oxidativo em indivíduos idosos com SM em

Page 18: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

17

comparação a idosos saudáveis. No mesmo estudo, foi observado que indivíduos com 5

componentes da SM tinham 10 vezes maior risco de desenvolver estresse oxidativo que os

indivíduos com apenas um componente (SÁNCHEZ-RODRÍGUEZ et al., 2010).

Vàvrová et al., 2013 avaliou a atividade de enzimas antioxidantes em 40 indivíduos com

SM e 40 voluntários da mesma idade e sexo sem SM. Os indivíduos com SM apresentaram um

estresse oxidativo aumentado e uma defesa antioxidante diminuída em relação ao grupo

controle. Youn et al (2014), em estudo desenvolvido em ratos, indicou que o aumento da

produção de ROS induz o desenvolvimento de obesidade e SM, provavelmente devido à

regulação da inflamação vascular e um aumento da adipogênese.

Yubero-Serrano, et al (2013) investigou a relação entre o número de componentes da

SM com o grau de estresse oxidativo em 91 pacientes com SM. Foram divididos em quatro

grupos com base no número de componentes da SM e foram medidos LPO, H2O2, SOD e GPx.

As atividades de H2O2 e LPO foram menores em sujeitos com 2 ou 3 componentes da SM do

que em indivíduos com 4 ou 5 componentes da SM. As atividades de SOD e GPx foram menores

em indivíduos com 2 componentes da SM do que em indivíduos com 4 e 5 componentes da SM,

sugerindo que indivíduos com mais componentes da SM podem ter um nível de estresse

oxidativo superior.

Em contraste, Abdilla et al., 2007 não encontrou uma relação entre o número de

componentes da SM e o estresse oxidativo em adultos. Sánchez-Rodriguez et al (2010) sugerem

que o envelhecimento pode ser um fator que aumenta a vulnerabilidade do estresse oxidativo

em idosos com SM.

Neste sentido, a interação de componentes da SM tem um efeito sinérgico sobre o

estresse oxidativo. No entanto, há poucos estudos avaliando o estresse oxidativo em indivíduos

idosos. Portanto, este estudo objetiva-se em determinar a relação da SM com o dano oxidativo

em mulheres idosas.

Page 19: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

18

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Determinas a relação entre a SM e o estresse oxidativo em mulheres idosas.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar a prevalência de SM em idosas;

Verificar a atividade da enzima antioxidante catalase (CAT);

Determinar os níveis de glutationa (GSH), defesa antioxidante não enzimática;

Determinar o dano oxidativo em lipídios pelo método de substâncias reativas ao ácido

tiobarbitúrico (TBARS).

Identificar a correlação dos marcadores de estresse oxidativo com os componentes da SM;

Determinas a relação entre o estado nutricional e o estresse oxidativo em mulheres idosas.

Os objetivos foram contemplados nos 2 artigos originais

Artigo 1 - There is a relationship between some parameters of metabolic syndrome and

oxidative stress in Brazilian elderly women.

Artigo 2 - O estresse oxidativo não está associado com o estado nutricional de idosas com

e sem sobrepeso da comunidade de Santa Maria/RS.

Page 20: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

19

3 METODOLOGIA

3.1 DELINEAMENTO

Estudo transversal realizado na cidade de Santa Maria, no período de março a julho de 2017.

Segundo Rouquayrol (1994), a pesquisa transversal é definida como sendo o estudo epidemiológico

no qual fator e efeito são observados num mesmo momento histórico e, atualmente, tem sido o mais

empregado.

3.2 ÁREA ESTUDADA E TAMANHO AMOSTRAL

A amostra foi do tipo conveniência, constituída por 79 mulheres idosas (60 anos ou mais),

frequentadores dos Grupos de Convivência da cidade de Santa Maria/RS. O convite e recrutamento

das idosas para participação da pesquisa ocorreu nos grupos de convivências da cidade de Santa

Maria.

3.2.1 Critérios de exclusão

Foram excluídas da pesquisa, idosas que faziam uso de suplementos antioxidantes

(vitaminas ou minerais) por pelo menos 6 meses antes, fumantes e portadores de doenças

crônicas como insuficiência renal crônica, câncer e insuficiência cardíaca, artrite e artrose.

3.3 COLETA DE DADOS

A avaliação antropométrica, a aferição da pressão arterial e a aplicação do questionário

de identificação (APENDICE A) e saúde foram realizadas no Laboratório de Avaliação

Nutricional do Centro Universitário Franciscano. O recrutamento das idosas ocorreu nos grupos

de convivência. Foram convidadas e informadas de como aconteceria a pesquisa e as

interessadas foram agendadas com dia e horário para irem até o Centro Universitário

Franciscano para coleta de dados.

Todos os indivíduos que concordaram participar da pesquisa assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B) e compareceram ao Centro Universitário

Franciscano em dia e horário pré-estabelecido. Neste local foram realizadas as coletas de

sangue, medidas antropométricas, de composição corporal e aferição da pressão arterial.

Após a coleta de dados, as participantes receberam um lanche. Os resultados dos exames

foram entregues pessoalmente e foram fornecidas orientações nutricionais. As participantes

Page 21: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

20

realizaram a avaliação antropométrica e verificação de pressão arterial e a coleta de sangue para

determinação das concentrações de glicemia de jejum (mg/dL), colesterol total e frações

(mg/dL), triglicérides (mg/dL) e biomarcadores de estresse oxidativo (CAT, GSH, MDA).

3.4 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

Para avaliação do peso corporal foi utilizada uma balança eletrônica do tipo plataforma,

com capacidade para 180 kg, sensibilidade de 100 gramas, da marca Filizola®. As participantes

foram avaliadas com roupas leves e descalças, posicionados em postura ereta, com os pés

inteiramente compreendidos na plataforma, de forma paralela com braços ao longo do corpo e

olhar no horizonte.

Para a aferição da estatura foi utilizado um estadiômetro com escala em milímetros, da

marca Sanny®, por ser fixado na parede. Para esta medida os participantes permaneceram com

os pés unidos, em postura ereta, olhando para frente, sem fletir ou estender a cabeça. Depois

que a barra móvel do estadiômetro foi abaixada e apoiada sobre a cabeça, efetuou-se a leitura

em centímetros.

Estes dados foram utilizados para calcular o Índice de Massa Corporal (IMC), definido

como massa corporal em quilos dividido pela estatura em metro elevada ao quadrado (kg/m2),

e posterior classificação de acordo com os critérios propostos por Lipchitz (1994), que classifica

em baixo peso o idoso com IMC < 22 Kg/m²; eutrófico IMC entre 22 e 27 Kg/m² e sobrepeso

idosos com IMC > 27 Kg/m².

A circunferência abdominal (CA) foi realizada com a fita métrica da marca Cescorf ®

posicionada sobre o ponto médio entre o último arco costal e a crista ilíaca do indivíduo em pé,

com a leitura feita no momento da expiração. Considerou-se o ponto de corte proposto pelo

NCEP/ATPIII (2005).

3.5 COLETA DE SANGUE

A coleta de sangue e o rastreamento dos participantes foram realizados durante o período

de março a julho de 2017. As idosas foram instruídas a realizar jejum de 12h, após o qual foi

realizada a coleta de sangue. As amostras de sangue foram coletadas e depositadas em tubos de

coleta em duas frações do sangue total: (1) 5 mL em EDTA para análise de colesterol e frações,

triglicerídeos e glicose; (2) 5 mL de heparina para análise da atividade da CAT e dos níveis de

Page 22: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

21

GSH e MDA. O sangue foi aliquotado em microtubos e imediatamente estocados a uma

temperatura de –80oC até a análise bioquímica

A coleta de sangue foi realizada na sala de coletas, situada na clínica de Fisioterapia do

Centro Universitário Franciscano, sob supervisão do responsável técnico do LEAC

(APÊNDICE C). Foram coletados 20mL de sangue periférico de cada paciente. As análises

bioquímicas de triglicerídeos (mg/dL), glicemia (mg/dL) e colesterol e frações (mg/dL) foram

analisados pelo responsável técnico do LEAC. As análises de CAT (U/mL), GSH (nmol

NPSH/mg de proteína) e MDA (MDA/mg de proteína) foram realizadas no Departamento de

Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade federal de Santa Maria (UFSM). Para isto as

amostras sorológicas foram encaminhadas dentro de uma caixa isotérmica (2ºC a 8ºC)

apropriada para evitar alterações do material biológico até o local de processamento.

Este estudo contou com a colaboração da Profª Drª Cristina Wayne Nogueira do

Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFSM, que cedeu seu laboratório para

execução das análises bioquímicas (APÊNDICE D).

Durante a coleta de dados, não foi possível avaliar os níveis de MDA de 12 idosas, os

níveis de GSH de 23 idosas e a atividade da CAT de 22 idosas.

Foi preenchido um questionário estruturado com as informações referentes à

identificação, idade, pressão arterial, avaliação antropométrica (peso, estatura e circunferência),

variáveis de estilo de vida tais como: uso de suplementos vitamínicos, tabagismo (fumantes ou

não fumantes) e uso de bebida alcoólica.

3.5.1 Metodologia das dosagens laboratoriais

Colesterol total e frações, triglicerídeos (TG) e glicose: determinados pelo método

enzimático usando kits comerciais (Labtest®). Colesterol LDL foi calculado de acordo com a

equação de Friedewald et al (1972).

MDA: utilizou-se a dosagem de MDA a partir do método de substâncias reativas ao

ácido tiobarbitúrico (TBARS), gerando um produto corado que pode ser medido opticamente

em 532 nm, com o auxilio de um espectrofotômetro (OHKAWA et al., 1979). Uma alíquota de

sangue total foi precipitada com ácido tricloroacético (TCA) 40%, na proporção de 2 de

sangue/1 de TCA, homogeneizadas e centrifugadas por 10 minutos a 3000 rpm para obtenção

Page 23: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

22

de sobrenadante (S1). Uma alíquota de S1 foi incubada com 0.6% de ácido tiobarbitúrico, 1%

de ácido fosfórico a 95 °C durante 1 h. A reação de cor foi medida a 532 nm. Os níveis de

TBARS foram expressos em nmol MDA/mg de proteína.

GSH: Os níveis de GSH foram avaliados através dos níveis de tióis não proteicos NPSH

pelo método de Ellman (1959). Primeiramente, 10% de surfactante não iônico com uma cadeia

de óxido de polietileno hidrófilo (Triton) foi adicionado a uma alíquota de sangue total e

misturados por 30 segundos em vórtex e deixados em repouso durante 10 min para ocorrer

hemólise. Após, foi acrescentado 240 µl de TCA 20 % e as amostras foram homogeneizadas e

centrifugadas por 10 minutos a 3000 rpm. Após centrifugação, o precipitado proteico foi

descartado e os níveis de (NPSH) livres foram determinados no sobrenadante, adicionando-se

50µl do sobrenadante a 50 µl de DTNB (ácido 5-5-ditio-bisnitrobenzoico) 10mM em 900 µl de

tampão fosfato de potássio (TFK) na concentração de 1M pH 7.4. A absorbância foi lida em

412 nm e os resultados foram expressos nmol de NPSH/mg de proteína.

CAT: A atividade da CAT foi determinada através da reação enzimática, iniciada pela

adição de uma alíquota de eritrócitos previamente hemolisado com 10% de Triton e do substrato

(H2O2) em uma concentração de 0,3 mM em um meio contendo tampão fosfato de potássio na

concentração de 50 mM, pH 7,5. A atividade enzimática foi medida em 240 nm e expressa como

unidade (U)/mg de proteína (1U decompõem 1 mmol de H2O2 por minuto a 25ºC, pH 7 (AEBI,

1984).

3.6 AFERIÇÃO DA PESSAO ARTERIAL

A pressão arterial foi obtida por meio do Esfigmomanômetro Aneróide. Foram aferidas

três medidas de pressão arterial com adequação do manguito à circunferência braquial. Após 5

minutos de repouso na posição sentada, com o braço direito apoiado na altura do átrio esquerdo,

o manguito é automaticamente insuflado, além do valor de oclusão do pulso braquial. Para os

valores finais de pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) (em mmHg)

foram considerados aqueles que representam a média aritmética das 2 últimas medidas.

3.7 CLASSIFICAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA

Foram utilizados os critérios NCEP/ATPIII de 2005, para classificação da SM, a saber:

Presença de pelo menos 3, dos seguintes critérios: Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dl ou uso de

Page 24: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

23

medicação; Cintura > 88 cm; Triglicérides ≥ 150 mg/dl; HDL < 50 mg/dl; Pressão arterial ≥

130/85 mmHg ou uso de medicação.

3.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados foram armazenados em banco de dados Excel e analisados pelo pacote

estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 22.0. A análise descritiva foi

realizada através de medidas de frequência absoluta e relativa, tendência central (média) e

dispersão (desvio-padrão). A comparação entre as médias dos grupos em estudo foram avaliadas

por teste T de Student e as correlações entre as variáveis e o estresse oxidativo foi avaliado

através da correlação de Pearson. Considerou-se estatisticamente significativo p <0,05.

3.9 ASPÉCTOS ÉTICOS

O estudo realizado foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário

Franciscano (CAAE: 61258116.2.0000.5306) (APÊNDICE E). Todas as participantes

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), ficando uma cópia com a

pesquisadora e outra com a participante.

Page 25: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

24

4 RESULTADOS

Os resultados que fazem parte desta dissertação estão apresentados sob a forma de artigos

científicos (1 e 2). Os itens “Materiais e Métodos”, “Resultados”, “Discussão” e “Referências”

estão contidos nos manuscritos. O artigo cientifico 1 está disponível da mesma forma que será

submetido para publicação na Revista Annals of Nutrition & Metabolism. O artigo científico 2

será submetido para publicação na Revista Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e

Metabologia e está disponível da mesma forma que será submetido para publicação na Revista.

Page 26: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

25

RESULTADOS

ARTIGO 1:

“The relationship between parameters of metabolic syndrome and oxidative stress in

brazilian elderly women”

Artigo original, será submetido para a Revista Annals of Nutrition & Metabolism.

Page 27: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

26

THE RELATIONSHIP BETWEEN PARAMETERS OF METABOLIC SYNDROME AND

OXIDATIVE STRESS IN BRAZILIAN ELDERLY WOMEN

Aline Gurski Bolzan1; Matheus da Cunha Goggia Neves1; Stéphany Rittes Nass1; Karen Mello de Mattos Margutti1; Bruna da Cruz Weber Fulco2; Cristina Wayne Nogueira2; Natielen Jacques Schuch1

1 Postgraduate Program in Health and Life Sciences, Franciscan University Center, Santa Maria, Brazil 2 Department of Biochemistry and Molecular Biology, Center of Natural and Exact Sciences, Federal University of Santa

Maria, Santa Maria, Brazil.

N. J. Schuch

Fone: (55)55 3025 9000

Fax: (55) 55 3025 9002

E-mail: [email protected]

Key words:

Overweight; obesity; body mass index; oxidative stress

Abstract

Background/Aim: To determine the relationship between metabolic syndrome (MetS) and oxidative

stress in Brazilian elderly women. Methods: A cross-sectional comparative study was carried out on a

sample of 79 elderly women (≥60 years old); 43 of them did not have MetS and 36 did have MetS. MetS

was defined according to the criteria established in the Third Report of the National Cholesterol

Education Program Adult Treatment Panel III. We measured plasma lipid peroxidation (LPO),

antioxidant activity of catalase and glutathione (GSH). Results: LPO levels were statistically higher

when compared to the elderly women without MetS. GSH levels were negatively correlated with diastolic blood pressure in elderly women with MetS. In women without MetS, GSH levels correlated

positively with body mass index and Waist Circumference. Conclusions: The elderly with metabolic

syndrome may have a higher level of oxidative damage. These findings suggest that the study of redox

status in elderly women with MetS may provide a starting point for the pathways of understanding that

contribute to the development of metabolic syndrome and its subsequent ones.

Introduction

Metabolic syndrome (MetS) is characterized by different combinations of three or more

features such as hyperglycemia, hypertriglyceridemia, low level of high-density lipoprotein

cholesterol (HDL-C), hypertension and abdominal obesity, as defined by the criteria of the

Third Report of the National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III

(NCEP/ATPIII) [1].These defined clinical parameters are used to identify patients having MetS

Page 28: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

27

and view cardiovascular disease (CVD) as the primary clinical outcome of this disease [2, 3].

The clustering of MetS’ factors and the associated 5-fold increased risk of diabetes and 2-fold

risk of atherosclerotic CVD are a major concern for global health [4]. These diseases may

associate with MetS. Studies have revealed that elevated oxidative stress (OS) play a significant

role in beginning and development of atherosclerotic vascular disease [5, 6].

Oxidative stress is defined as an imbalance between the production of reactive oxygen

and nitrogen species and their insufficient decomposition by the antioxidant system which

results in macromolecular damage and disruption of redox signaling and control [7]. On the

other hand, aging is too accompanied by an increase in oxidative damage due to an impaired

physiological function [8].

Oxidative stress is widely accepted as playing a key mediatory role in the development

and progression of multiple pathophysiological conditions, such as endothelial dysfunction,

hypertension and atherosclerotic cardiovascular disease [9]. MetS patients exhibit activation of

biochemical pathways leading to an increased delivery of reactive oxygen species, altered

antioxidant protection and increased lipid peroxidation (LPO) [10]. The endogenous

antioxidants, including non-enzymatic scavengers as glutathione (GSH) and such antioxidant

enzyme catalase (CAT), are the first lines of defense against OS and act by scavenging

potentially damaging reactive oxygen species [11]. The LPO constitutes a chain reaction in the

polyunsaturated fatty acids of cell membranes, altering their permeability, fluidity and integrity.

Consequently, there is loss of selectivity in the ion exchange and release of the organelles

content, such as the hydrolytic enzymes of the lysosomes, and the formation of cytotoxic

products, such as malondialdehyde (MDA), culminating in cell death [12].

There are a relatively large number of studies looking at changes in OS with certain

metabolic conditions such as diseases, inactivity and obesity [13, 14], but the results of studies

Page 29: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

28

investigating OS in aging are controversial. In institutionalized or frail subjects, OS was

reported to increase which was related to low antioxidant status, while in indepently living

elderly this increase is not always significant [15]. The age-related alterations of antioxidant

defenses and OS in elderly women with MetS compared with healthy elderly individuals are

not yet ascertained and there is a lack of information regarding the interactions between MetS

and aging on OS status.

Wherefore, the objective of the present study was to determine the relationship between

metabolic syndrome and OS in Brazilian elderly women.

Methods

Subjects and Design.

A cross-sectional comparative study was carried out on a sample of 79 elderly women

(≥60 years old); 43 of them did not have MetS and 36 did have MetS. The women were elderly,

Brazilian, living in the city of Santa Maria, randomly recruited in community. None of the

subjects had taken antioxidant supplements (vitamins or minerals) for at least 6 months prior to

the study and none of them smoked. The subjects agreed to participate in the study by giving

their informed consent. The Ethics Committee of the Centro Universitário franciscano approved

the research protocol for this study.

Metabolic Syndrome

MetS was defined according to the criteria established in the NCEP/ATPIII [1].

Anthropometric Measurements

After recording the clinical history and conducting the physical examination, we

obtained the following anthropometric measurements: weight, height, body mass index (BMI)

Page 30: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

29

and waist circumference. Weight was measured while the subject was wearing light indoor

clothing, in the morning and in a fasted state, it was used a platform-type electronic scale, with

capacity for 180 kg, sensitivity of 100 grams, of Filizola® brand. To measure the height, a

stadiometer with a scale of 200 centimeters, of the Sanny® brand, was used. The nutritional

status was calculated using the BMI and classified according Lipschitz (1994), which classifies

as low weight the elderly with BMI <22 kg/m²; eutrophic BMI between 22 and 27 kg/m2 and

overweight elderly with BMI >27 kg/m² [16]. Waist circumference (WC) was measured with

the Cescorf ® brand tape measure positioned at the umbilical scar level of the standing subject

and considered the cut-off point proposed by the NCEP/ATPIII.

Blood pressure was assessed on the right arm by a calibrated mercury

sphygmomanometer. Blood pressure was classified according to the NCEP/ATPIII criteria.

Blood Samples

After 12 hours of fasting, the blood samples were collected and deposited in collection

tubes in two fractions of the whole blood: (I) 5 mL in ethylenediamine tetraacetic acid (EDTA)

for analysis of cholesterol and fractions, triglycerides and glucose; (II) 5 mL in heparin for

analysis of CAT activity, and GSH and LPO levels. Serum was used for all other parameters.

Methods

Total cholesterol (TC), triglyceride (TG), glucose and HDL-C were determined by

enzymatic methods using commercial kits (Labtest®). Low-density lipoprotein cholesterol

(LDL-C) was calculated according to Friedewald’s formula [17].

Page 31: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

30

LPO: To determine the LPO, the dosage of malondialdehyde (MDA) was used from the

thiobarbituric acid reactive substances (TBARS) method, producing a color product that can be

measured optically at 532 nm [18]. An aliquot of whole blood was precipitated with 40%

trichloroacetic acid (TCA) in the proportion of 2 blood / TCA, homogenized and centrifuged

for 10 minutes at 3000 rpm to obtain supernatant (S1). An aliquot of S1 was incubated with

0.6% thiobarbituric acid, 1% phosphoric acid at 95 ° C for 1 h. The color reaction was measured

at 532 nm. TBARS levels were expressed in nmol MDA / mg protein.

GSH: GSH levels were evaluated through NPSH levels by the method of Ellman (1959)

[19]. First, 10% Triton was added to an aliquot of whole blood and mixed for 30 seconds in

vortex and allowed to stand for 10 min for haemolysis to occur. After 240 μl of 20% TCA was

added and the samples were homogenized and centrifuged for 10 minutes at 3000 °C. After

centrifugation, the protein precipitate was discarded and the free non-protein sulfhydryl (NPSH)

levels were determined in the supernatant, 50 μl of the supernatant was added to 50 μl of DTNB

(5-5-dithio-bis-nitrobenzoic acid); 10mM in 900 μl of potassium phosphate buffer (TFK) at 1M

concentration pH 7.4. The absorbance was read at 412 nm and the results were expressed nmol

of NPSH / mg protein.

CAT: The CAT activity was determined by the enzymatic reaction, initiated by the

addition of an aliquot of erythrocytes previously hemolysed with 10% Triton and the substrate

(H2O2) in a concentration of 0.3 mM in a medium containing phosphate buffer potassium at the

concentration of 50 mM, pH 7.5. The enzyme activity was measured at 240 nm and expressed

as unit (U) / mg protein (1U decomposes 1 mmol H2O2 per minute at 25 ° C, pH 7 [20].

During a data collection, it was not possible to evaluate LPO levels of 12 elderly, GSH

levels of 23 elderly and a CAT activity of 22 elderly.

Page 32: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

31

Statistical Analysis

Data were processed using statistical software SPSS 22.0. The comparison between

elderly women with and without MetS were calculated by independent t test and Pearson’s

correlations were obtained, and p < 0.05 was considered significant.

Results

The mean age was 70.3 (SD = 8.2) years, 45.6% had MetS, the mean BMI was 28.7kg /

m2. Of the 79 elderly women evaluated, 57.0% (n = 45) were overweight according to BMI.

As expected, elderly women with MetS had significantly higher values of body mass,

BMI (p<0.05) and WC (p<0.05). They also presented higher values of SBP, glucose,

triglycerides, as well as a lower HDL-C value. The general characteristics of the total sample

and the groups with and without SM, are presented in table 1.

Table 1. Biochemical, blood pressure and anthropometric characteristics of the elderly

women.

Parameter Total Sample

(n=79) With Mets

(n=36) Without Mets

(n=43) p value

Age (years) 70.3 ± 8.2 71.3 ± 8.5 69.5 ± 8 0.353

Weight (Kg) 71.2 ± 12.9 75 ± 12.8 68.1 ± 12.3 0.019*

Height (m) 1.6 ± 0.06 1.57 ± 0.06 1.58 ± 0.06 0.211

BMI (Kg/m2) 28.7 ± 5.4 30.5 ± 5 27.2 ± 5.3 0.005**

Waist circunference (cm) 96.1 ± 11.9 100.2 ± 9 92.6 ± 13 0.003**

SBP (mm Hg) 13.7 ± 1.4 14 ± 1.4 13.4 ± 1.4 0.052

DBP (mm Hg) 8.2 ± 0.9 8.5 ± 1.1 8 ± 0.8 0.036*

Glucose (mg/dL) 97.8 ± 32.3 111.5 ± 43.8 86.4 ± 6.4 0.002**

Total Cholesterol 202.8 ± 38.3 205.8 ± 39.9 200.3 ± 37.2 0.533

HDL-C (mg/dL) 49.5 ± 14.7 41 ± 8.5 56.6 ± 15.1 0.000**

LDL-C (mg/dL) 126.9 ± 38.0 129.7 ± 39.5 124.7 ± 36.9 0.565

Triglycerides (mg/dL) 129.6 ± 63.4 173.8 ± 62 92.7 ± 34.6 0.000**

*p value < 0,05; ** p value <0,01. Student's t-test.

Page 33: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

32

In the group with MetS, the LPO levels were statistically higher when compared to the

elderly women without MetS (p<0.05). Regarding antioxidant defense markers, GSH levels and

CAT activity were lower in the elderly women with MetS, although this relationship was not

statistically different when compared to the elderly women without MetS. The OS parameters

evaluated in this study, levels of lipid peroxidation (LPO) and antioxidant defenses, CAT

activity and GSH levels, are presented in table 2.

Table 2. OS biomarkers by study group

Parameter With Mets Without Mets p value

LPO (#) (n=67) 8.72 ± 6.3 5.9 ± 2.2 0.020*

GSH (##) (n=56) CAT (U/mL) (n=57)

502.3 ± 252.3

599.7 ± 94.1 558.7 ± 277.0 619.0

± 89.0 0.429 0.425

*p value < 0,05. Student's t-test. #nmol MDA/mg protein. ##nmol NPSH/mg protein

GSH levels were positively correlated with CAT activity (r = 0.447, p <0.05), as well as

negatively with DBP (r = -0.479, p <0.05) in elderly women with MetS. In women without

MetS, GSH levels correlated positively with BMI (r = 0.429, p <0.05) and WC (r = 0.368, p

<0.05). CAT activity correlated negatively with age (r = -0.363, p <0.05) and LPO levels were

negatively correlated with SBP (r = 0.348, p <0.05). The Pearson correlations among the

selected variables are shown in table 3.

Page 34: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

33

Table 3. Pearson’s correlations coefficients of the metabolic syndrome and parameters of

OS in the group with MetS and Without MetS.

LPO GSH CAT

With MetS

Age (years) 0.19 0.124 -0.94

Weight (Kg) 0.089 -0.176 0.055

BMI (Kg/m2) -0.009 -0.254 -0.029

Waist circunference (cm) 0.184 -0.004 0.155

SBP (mm Hg) -0.205 -0.190 0.011

DBP (mm Hg) -0.022 -0.479* 0.069

Glucose (mg/dL) 0.141 0.036 0.340

Total Cholesterol -0.216 -0.058 0.014

HDL-C (mg/dL) 0.328 -0.111 0.003

Triglycerides (mg/dL) -0.078 -0.303 0.149

LDL-C (mg/dL) -0.264 0.051 -0.035

LPO (#) 1 0.338 0.178

GSH (##) 0.338 1 0.447*

CAT (U/mL) 0.178 0.447* 1

Without MetS

Age (years) -0.238 0.100 -0.363*

Weight (Kg) -0.015 0.356 0.230

BMI (Kg/m2) -0.040 0.429* 0.240

Waist circunference (cm) -0.010 0.368* 0.233

SBP (mm Hg) -0.348* 0.274 -0.006

DBP (mm Hg) 0.197 -0.156 -0.032

Glucose (mg/dL) -0.259 -0.063 -0.304

Total Cholesterol -0.079 0.226 0.100

HDL-C (mg/dL) 0.010 -0.145 0.114

Triglycerides (mg/dL) 0.332 0.137 0.011

LDL-C (mg/dL) -0.141 0.250 0.051

LPO (#) 1 -0.137 -0.089

GSH (##) -0.137 1 0.324

CAT (U/mL) -0.089 0.324 1

*p value < 0,05. #nmol MDA/mg protein. ##nmol NPSH/mg protein.

Page 35: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

34

Discussion

Previous findings have shown an increased level of OS in frail and institutionalized

elderly individuals, which may result in an accelerated aging process and a high incidence of

oxidative stress related diseases, including cancers, CVD, or dementia [21]. Similar findings of

increased markers of oxidative damage and a decrease in antioxidant markers in patients with

MetS have been reported in previous studies [21-25].

In this study, the elderly women with MS presented significantly higher values of

weight, BMI and WC, DBP, glucose, triglycerides and a lower HDL-C value. Results already

expected, as they are the main risk factors associated with MetS.

Although older women with MetS had greater changes in risk factors for MetS, older

women without MetS had a higher mean BMI, WC and CT than the reference values [16, 1].

LPO levels were significantly higher in the MetS group. This finding is consistent with

results showing significantly higher levels of LPO in adult [26] and elderly [25] women with

MetS. In addition, plasma lipid peroxidation products were found in aging individuals and

positively correlated with atherosclerosis and cognitive deficits in the elderly [27].

Peroxidation of membrane lipids leads to changes in the structure and permeability of

cell membranes, as well as the production of lipid peroxides. These changes in membranes alter

selective permeability, altering the flow of ions and other substances, resulting in loss of

selectivity for entry and / or exit of nutrients and toxic substances to the cell, DNA alterations,

LDL-C oxidation and matrix components impairment intra and extracellular. The production of

lipid peroxides in the vascular endothelium walls contributes to atherosclerosis, stroke risk and

myocardial infarction [28].

In this study, GSH levels and CAT activity showed lower values in the elderly women

with MetS, although these values were not statistically significant, these results corroborate with

Page 36: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

35

the data found by other authors that demonstrated a reduction of the antioxidant defenses in

individuals with MetS [22-25].

It is important to highlight that in the present study, a relationship was found between

the reduction of GSH levels and the reduction of CAT activity, as demonstrated by Pearson's

positive correlation (r = 0.447, p <0.05). That is, enzymatic antioxidant defense (CAT) and non-

enzymatic (GSH) parameters follow the same direction, reducing one is related to the reduction

of the other in elderly women with MetS. The role of these antioxidant defenses is to remove

reactive oxygen species (ROS) [29].

The elderly women with MetS had significantly higher values of DBP, which, in turn,

showed a negative correlation with GSH levels (r = -0.479, p <0.05). These findings corroborate

the results found in the literature that demonstrated lower levels of GSH in hypertensive

individuals [30, 31].

When we analyzed the elderly without MetS, we observed that this group also presents

high values of BMI and WC, but the values of SBP are within the reference parameters.

Knowing that excess weight is related to an increase in OS [32, 33], the negative correlation

between LPO levels and SBP values may be influenced by the excess weight present in this

group.

In addition, a positive correlation was found between GSH levels and BMI (r = 0.429, p

<0.05), as well as between GSH levels and mean values of WC (r = 0.368, p <0.05) both in the

MS group and in the MetS group. It is important to emphasize that the group without MetS had

altered mean BMI and WC values and in this group GSH levels were higher, which could be

explained by the attempt of GSH, the most important non-enzymatic antioxidant defense, to

protect individuals without MS of oxidative damage.

Page 37: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

36

ROS accumulation can result in direct cell damage. In addition to the accumulation of

oxidative damage throughout life, aging is directly related to the reduction of endogenous

antioxidant defenses. The Increase of age especially in women may increase the risk of OS [34-

36].

It is important to note that the increase in age is related to the reduction of CAT activity,

according to Pearson's negative correlation (r = -0.363, p <0.05). A reduction in antioxidant

defenses can result in elevated levels of ROS, which may eventually directly or indirectly cause

oxidative damage to organs. Therefore, the OS in aging, besides being directly related to organ

damage, would aggravate risk factors for vascular damage, including MetS [37, 21].

Our study has some limitations such as the relatively small sample size. A greater

number of older women would be desirable to strengthen some significant marginal values.

Moreover, the absence of women under 60 years of age limits our conclusions, since aging

contributes to the increase of OS [38].

In conclusion, the elderly with metabolic syndrome may have a higher level of oxidative

damage. These findings suggest that the study of redox status in elderly women with MetS may

provide a starting point for the pathways of understanding that contribute to the development of

metabolic syndrome and its subsequent ones.

Conflicts of Interest Statement

No potential conflict of interest relevant to this article has been reported.

Page 38: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

37

References

1. NCEP - Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert

Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults

(Adult Treatment Panel III) final report: Circulation 2012;106:3143-3421.

2. ROBERTS CK, HEVENER AL, BARNARD RJ: Metabolic syndrome and insulin

resistance: underlying causes and modification by exercise training. Compr Physiol

2013;3: p.1-58.

3. HUANG PL: A comprehensive definition for metabolic syndrome. Dis Model Mechv

2009;2:231-237.

4. KAUR J: A comprehensive review on metabolic syndrome. Cardiol Res Pract

2014;2014:1-21.

5. TOSHIMA S, HASEGAWA A, KURABAYASHI M, ITABE H, TAKANO

T, SUGANO J, SHIMAMURA K, KIMURA J, MICHISHITA I, SUZUKI T, NAGAI

R: Circulating oxidized low density lipoprotein levels: A biochemical risk marker for

coronary heart disease. Arterioscler Thromb Vasc Biol 2000;20:2243-2247.

6. INOUE N: Stress and atherosclerotic cardiovascular desease. J Atheroscler

Thromb 2014;21:391-401.

7. DURACKOVÁ, Z. Some current insights into oxidative stress. Physiol Res 2010;10:

459-469.

8. ROMANO AD, SERVIDDIO G, DE MATTHAEIS A, BELLANTI F, VENDEMIALE

G: Oxidative stress and aging. J Nephrol 2010;23:29–36.

9. AIZAWA K, SHOEMAKER JK, OVEREND TJ, PETRELLA RJ: Metabolic

syndrome,endothelial function and lifestyle modification. Diab Vasc Dis Res 2009;6:

181–189.

10. GRATTAGLIANO I, PALMIERI VO, PORTINCASA P, MOSCHETTA A,

PALASCIANO G: Oxidative stress-induced risk factors associated with the metabolic

syndrome: a unifying hypothesis. J Nutr Biochem 2008;19:491–504, 2008.

11. HARMAN D: Free radical theory of aging: An update: Increasing the functional life

span. Ann N Y Acad Sci 1006;1067:10–21.

12. HERSHKO C: Mechanism of iron toxicity and itspossible role in red cell membrane

damage. Semin Hematol 1989;26: 277-285.

Page 39: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

38

13. GANJIFROCKWALA F, JOSEPH J, GEORGE G: Decreased total antioxidant levels

and increased oxidative stress in South African type 2 diabetes mellitus patients.

JEMDSA 2017;22:21–25.

14. DELAVAR R, MOGHARNASI M, KHOOBKHAHI N: The effects of combined

training on oxidative stress and antioxidant defense indicators. Int J Basic Sci Med.

2017;2:29–32.

15. INGLÉS, M, GAMBINI J, CARNICERO JÁ, GARCÍA-GARCÍA FJ, RODRÍGUEZ-

MAÑAS L, OLASO-GONZÁLEZ G, DROMANT M, BORRÁS C, VIÑA J: Oxidative

stress is related to frailty, not to age or sex, in a geriatric population: Lipid and protein

oxidation as biomarkers of frailty. J Am Geriatr Soc 2014;62:1324–1328.

16. LIPSCHITZ DA: Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care

1994;21:55-67.

17. FRIEDEWALD WT, LEVY RI, FREDRICKSON DS: Estimation of the concentration

of low-density lipoprotein cholesterol in plasma, without use of the preparative

ultracentrifuge. Clin Chem 1972;6:499-502.

18. OHKAWA H, OHISHI N, YAGI K: Assay for lipid peroxides in animal tissues by

thiobarbituric acid reaction. Anal Biochem 1979;95:351-358.

19. ELLMAN GL: Tissue sulfhydryl groups. Arch Biochem Biophys 1956;82:70-77.

20. AEBI H: Catalase in vitro. Meth Enzymol 1984;105:121-126.

21. MAUGERI D, SANTANGELO A, BONANNO MR, TESTAI M, ABBATE SLO,

GIUDICE F, MAMAZZA C, PUGLLSI N, PANEBIANCO P: Oxidative stress and

aging: Studies on an east-sicilian, ultraoctagenarian population living in institutes or at

home. Arch Gerontol Geriatr Suppl 2004;38:271–277.

22. BITLA AR, KUMARI NM, REDDY NS, NAGARAJU KV, SACHAN A, KUMAR

VP, SUCHITRA MM, RAO SRINIVASA PVLN: Antioxidant status in patients with

metabolic syndrome as measured by ferric reducing ability of plasma (FRAP) assay. J

Clin Sci Res 2012;3:114–120.

23. VENTURINI D, ALVES CHR, SOUZA SAF, BARBOSA DS: Increased oxidative

stress according to number of risk factors in metabolic syndrome patients. Diabetol

Metab Syndr 2015;7:11-18.

24. GRADINARU D, MARGINA D, BORSA C, IONESCU C, ILIE M, COSTACHE M,

DINISCHIOTU A, PRADA GI: Adiponectin: possible link between metabolic stress

and oxidative stress in the elderly. Aging Clin Exp Res 2017;29:621-629.

Page 40: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

39

25. BAKHTIARI A, HAJIAN-TILAKI K, OMIDVAR S, NASIRI AMIRI F: Association

of lipid peroxidation and antioxidant status with metabolic syndrome in Iranian healthy

elderly women. Biomed Rep 2017;7:331-336.

26. SARBIJANI HM, KHOSHNIA M, MARJANI A: The Association Between Metabolic

Syndrome and Serum Levels of Malondialdehyde and Interleukin-6 in Gorgan.

JPMI 2016;10:86-89.

27. JUNQUEIRA VB, BARROS SB, CHAN S, RODRIGUES L, GIAVAROTTI L, ABUD

R, DEUCHER GP: Aging and oxidative stress. Mol Aspects Med 2004;25:5–16.

28. PILLON NJ, CROZE ML, VELLA RE, SOULÈRE L, LAGARDE M, SOULAGE CO:

The lipid peroxidation by-product 4-hydroxy-2-nonenal (4-HNE) induces insulin

resistance in skeletal muscle through Both Carbonyl and Oxidative Stress.

Endocrinology. 2012;153:2099-2111.

29. GOMES EC, SILVA AN, DE OLIVEIRA MR: Oxidants, Antioxidants, and the

Beneficial Roles of Exercise-Induced Production of Reactive Species. Oxidat Med Cell

Long 2012;2012:1-12.

30. RÉDON J, OLIVA MR, TORMO C, GINER V, CHAVES J, IRADI A, SÁEZ GT:

Antioxidant activities and oxidative stress byproducts in human hypertension.

Hypertension 2003;41:1096-1101.

31. VASCONCELOS SML, GOULART MOF, MOURA JBF, BENFATO MS,

MANFREDINI V, KUBOTA LT: Espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio,

antioxidantes e marcadores de dano oxidativo em sangue humano: principais métodos

analíticos para sua determinação. Quím Nova 2007;30:1323-1338.

32. OLUSI SO: Obesity is an independent risk factor for plasma lipid peroxidation and

depletion of erythrocyte enzymes in humans. Int J Obes Relat Metab Disord

2002;26:1159-1164.

33. FRANÇA BK, ALVES MRM, SOUTO FMS, TIZIANE L, BOAVENTURAB RF,

GUIMARÃES A, ALVES A: Peroxidação lipídica e obesidade: Métodos para aferição

do estresse oxidativo em obesos. J Port Gastrenterol 2013;20:199-206.

34. MANDA-HANDZLIK A, DEMKOW U: Neutrophils: The role of oxidative and

nitrosative stress in health and disease. Adv Exp Med Biol 2015;857:51–60.

35. TIGANIS T: Reactive oxygen species and insulin resistance: The good, the bad and the

ugly. Trends Pharmacol Sci 2011;32:82–89.

36. LOHR M, JENSEN A, ERIKSEN L, GRONBAEK M, LOFT S, MOLLER P: Age and

metabolic risk factors associated with oxidatively damaged DNA in human peripheral

blood mononuclear cells. Oncotarget 2015;6:2641–2653.

Page 42: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

41

RESULTADOS

ARTIGO 2:

“O estresse oxidativo não está relacionado com o estado nutricional de idosas com e sem

sobrepeso da comunidade de Santa Maria/RS”

Artigo original, será submetido aos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia

Page 43: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

42

O ESTRESSE OXIDATIVO NÃO ESTÁ ASSOCIADO COM O ESTADO NUTRICIONAL EM

IDOSAS COM E SEM SOBREPESO DA COMUNIDADE DE SANTA MARIA/RS

Aline Gurski Bolzan1; Matheus da Cunha Goggia Neves2; Stéphany Rittes Nass2; Karen Mello de Mattos Margutti2; Bruna da Cruz Weber Fulco3; Cristina Wayne Nogueira3; Natielen Jacques Schuch1

1 Mestrado em Ciências da Saúde e da Vida, Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, RS, Brasil.

2Curso de Nutrição, Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, RS, Brasil

3Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade

Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil.

Correspondência para:

Natielen Jacques Schuch, Departamento de Nutrição. Área das Ciências da Saúde. Centro Universitário

Franciscano, Santa Maria, RS, Brasil. Fone: (55) 3025.9000, Fax: (55) 3025.9002,

[email protected]

RESUMO

Objetivo: Determinar a relação entre o sobrepeso e o estresse oxidativo em idosas participantes de

grupos de convivência da cidade de Santa Maria/RS. Metodologia: Estudo comparativo transversal,

realizado 79 mulheres idosas. Aferiu-se o peso e altura para determinar o estado nutricional através do

índice de massa corporal (IMC). Aferiu-se a pressão arterial e foi coletado amostra de sangue para

análise de colesterol e frações, triglicerídeos e glicose e análise da atividade da catalase (CAT), níveis

de glutationa (GSH) e malondialdeído (MDA). Resultados: 57% das idosas tinham sobrepeso. A média

de idade da amostra foi de 70,3 anos. A classe medicamentosa mais prevalente foi a de antihipertensivos

com 61%, seguido de antiplaquetários (27%) e hipolipimiantes (25%). Não houve diferença significativa

dos biomarcadores de dano oxidativo (MDA, GSH e CAT) entre os grupos eutróficas e sobrepesos. O

teste de correlação de Pearson revelou uma correlação positiva entre os níveis de GSH (r=0,378, p<0,01)

e a atividade da CAT e um correlação negativa entre os os níveis de GSH e os valores médios de pressão

arterial diastólica (PAD) (r=-0,336, p<0,05). Conclusão: O sobrepeso não foi relacionado com o estresse

oxidativo. Mais estudos relacionando o estresse oxidativo e o estado nutricional com a população idosa

são necessários para confirmar nossos achados.

Palavras-chave: Sobrepeso; obesidade; índice de massa corporal; estresse oxidativo

Page 44: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

43

ABSTRACT

Objective: To determine the relationship between overweight and oxidative stress in elderly participants

of cohabitation groups in the city of Santa Maria / RS. Methodology: A comparative cross-sectional

study of 79 elderly women. Weight and height were measured to determine nutritional status through

body mass index (BMI). Blood pressure was measured and cholesterol, fractions, triglycerides and

catalase activity (CAT), glutathione (GSH) levels and malondialdehyde (MDA) were collected. Results:

57% of the elderly and overweight. An average sample age of 70.3 years. The most prevalent drug class

was antihypertensive drugs with 61%, followed by antiplatelet drugs (27%) and lipid-lowering drugs

(25%). There was no significant difference in the biomarkers of oxidative damage (MDA, GSH and

CAT) between the eutrophic and overweight groups. The Pearson correlation test revealed a positive

correlation between GSH levels (r = 0.378, p <0.01) and CAT activity and a negative correlation between

GSH levels and mean diastolic blood pressure (DBP) values (r = -0.336 , p <0.05). Conclusion:

Overweight was not related to oxidative stress. Further studies relating oxidative stress and nutritional

status with an elderly population are needed to confirm our findings.

Keywords: Overweight; obesity; body mass index; oxidative stress

INTRODUÇÃO

O processo de envelhecimento é marcado por uma série de mudanças metabólicas, entre as quais

se destaca o aumento da susceptibilidade ao estresse oxidativo, induzido pelo declínio da função

respiratória mitocondrial (1).

O processo de envelhecimento é marcado por uma série de mudanças, seja em níveis

bioquímicos, fisiológicos, funcionais e psicológicos, além dos aspectos sociais, que tornam os idosos

mais suscetíveis a doenças, afetando diretamente o estado nutricional desses indivíduos (2).

A obesidade também vem alcançando proporções alarmantes em todo o mundo e é um

importante fator de risco para o desenvolvimento de diversas comorbidades, como aterosclerose,

diabetes mellitus, dislipidemia, esteato hepatite não alcoólica, hipertensão arterial, resistência à insulina,

entre outras (3). Nos pacientes obesos há diversos fatores que interferem na suscetibilidade do indivíduo

à presença do excesso de lesões oxidativas contribuintes para as comorbidades (4). Dentre eles se

destacam a hiperglicemia, a atividade muscular aumentada, os níveis elevados de lipídios teciduais, a

inflamação crônica, as defesas antioxidantes inadequadas e a hiperleptinemia (3).

Page 45: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

44

A instalação do processo de estresse oxidativo decorre da existência de um desequilíbrio entre

compostos oxidantes e antioxidantes, em favor da geração excessiva de radicais livres ou em detrimento

da velocidade de remoção desses. Tal processo conduz à oxidação de biomoléculas com consequente

perda de suas funções biológicas e/ou desequilíbrio homeostático, cuja manifestação é o dano oxidativo

potencial contra células e tecidos (5).

A lipoperoxidação de membranas é habitualmente monitorada pelo método do MDA

(malondialdeido), que é um biomarcador, produto secundário da peroxidaçaõ lipídica, derivado da

ruptura de endociclização de ácidos gordos polinsaturados, tais como ácido linoléico, araquidônico e

docosahexaenóico (6). O MDA é considerado, atualmente, um candidato potencial para ser escolhido

como um biomarcador geral de lesão oxidativa em plasma (7).

Os antioxidantes, sejam naturais ou sintéticos, desempenham papel fundamental na prevenção

da oxidação resultante da ação dos radicais livres. Os sistemas antioxidantes existem sob a forma de

compostos enzimáticos e não enzimáticos. O sistema antioxidante enzimático inclui a superóxido

dismutase (SOD), glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase (GSH-Rd) e a catalase (CAT). Já o

sistema antioxidante não enzimático inclui a glutationa (GSH), ubiquinona, ácido úrico e compostos

obtidos diretamente da dieta, tais como α-tocoferol (vitamina-E), β-caroteno (pro-vitamina-A), ácido

ascórbico (vitamina-C) e compostos fenólicos onde se destacam os flavonoides e poliflavonoides (5,

8).

A obesidade aumenta a necessidade metabólica do miocárdio, com o consequente aumento do

consumo de oxigênio. Com isso, a produção de espécies reativas de oxigênio, como os superóxidos e os

peróxidos de hidrogênio aumenta devido à maior respiração mitocondrial. Se a produção dessas espécies

de oxigênio exceder a capacidade antioxidante da célula, o estresse oxidativo pode ocorrer, resultando

em peroxidaçã̧ o lipídica (9). Outro mecanismo através do qual a obesidade pode aumentar a peroxidação

lipídica é através da lesão celular progressiva e cumulativa devido à pressão pela grande massa corporal

(10). Além disso, estudos sustentam a hipótese de que uma dieta hiperlipídica altere o metabolismo do

oxigênio podendo levar a peroxidação lipídica (10, 11).

Page 46: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

45

Indivíduos com excesso de peso comumente possuem um desequilíbrio entre peso corporal,

lipoproteínas e lipídios, o que aumenta a suscetibilidade do organismo a lesões oxidativas. A cronicidade

desse estresse oxidativo, no ambiente celular, pode causar severos problemas metabólicas e estar

envolvida na origem e no desenvolvimento de numerosas doenças (12-14). No entanto, são escassos na

literatura estudos avaliando este dano oxidativo na população idosa, desta forma, o objetivo do presente

artigo é determinar a relação entre o sobrepeso e o estresse oxidativo em idosas participantes de grupos

de convivência da cidade de Santa Maria/RS.

MATERIAIS E MÉTODOS

Delineamento e amostra

Estudo comparativo transversal, realizado em uma amostra de 79 mulheres idosas (≥60 anos),

realizado em uma população de idosas com idade igual ou superior a 60 anos, frequentadores de Grupos

de Convivências do município de Santa Maria/RS.

A amostra foi constituída por 79 idosas, das quais 45 (57%) delas tinham sobrepeso e 34 (43%)

eram eutróficas. Foram excluídas da pesquisa, idosas que fazem uso de suplementos antioxidantes

(vitaminas ou minerais) por pelo menos 6 meses antes, fumantes e portadores de doenças crônicas como

insuficiência renal crônica, câncer e insuficiência cardíaca, artrite e artrose. Os sujeitos concordaram em

participar do estudo dando seu consentimento informado. O Comitê de Ética do Franciscano aprovou o

protocolo de pesquisa para este estudo.

Medidas antropométricas

O peso corporal foi aferido em balança eletrônica tipo plataforma, com capacidade para 180 kg,

sensibilidade de 100 gramas, da marca Filizola® e para aferição da altura um estadiômetro com escala

em 200 centímetros, da marca Sanny®. O estado nutricional foi calculado pelo IMC e classificado de

acordo com Lipchitz (1994) (15) que considera excesso de peso IMC > 27kg/m².

Page 47: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

46

A pressão arterial foi avaliada no braço direito por um esfigmomanômetro de mercúrio

calibrado. Consideramos que a pressão arterial é alta, de acordo com os critérios NCEP / ATPIII (16).

Uso de medicamentos

O uso de medicamentos foi avaliado através das informações obtidas diretamente das idosas,

solicitando-se que a idosa trouxesse ao alcance do pesquisador todas as medicações utilizadas. Os

medicamentos foram divididos de acordo com a classe medicamentosa e para a análise dos dados

utilizou-se a estatística descritiva.

Amostras de sangue

Após 12 horas de jejum, as amostras de sangue foram coletadas e depositadas em tubos de coleta

em duas frações do sangue total: (1) 5 mL em EDTA para análise de colesterol e frações, triglicerídeos

e glicose; (2) 5 mL de heparina para análise da atividade da CAT e dos níveis de GSH e

TBARS.

Métodos

Os níveis de colesterol total e das frações, triglicerídeos (TG) e glicose foram determinados

usando método enzimático com kits comesciais (Labtest®). Os níveis de colesterol LDL foram

calculados de acordo com a formula de Friedewald (17).

- MDA: Utilizou-se a dosagem de malondialdeído (MDA) a partir do método de substâncias

reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), gerando um produto corado que pode ser medido opticamente

em 532 nm (18). Uma alíquota de sangue total foi precipitada com ácido tricloroacético (TCA) 40%, na

proporção de 2 de sangue/1 de TCA, homogeneizadas e centrifugadas por 10 minutos a 3000 rpm para

obtenção de sobrenadante (S1). Uma alíquota de S1 foi incubada com 0.6% de ácido tiobarbitúrico, 1%

de ácido fosfórico a 95 °C durante 1 h. A reação de cor foi medida a 532 nm. Os níveis de MDA foram

expressos em nmol MDA/mg de proteína.

Page 48: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

47

GSH: Os níveis de GSH foram avaliados através dos níveis de NPSH pelo método de Ellman

(1959) (19). Primeiramente, 10% de Triton foi adicionado a uma alíquota de sangue total e misturados

por 30 segundos em vórtex e deixados em repouso durante 10 min para que a hemólise ocorra. Após foi

acrescentado 240 µl de TCA 20 % e as amostras foram homogeneizadas e centrifugadas por 10 minutos

a 3000. Após centrifugação, o precipitado proteico foi descartado e os níveis de non-protein sulfhydryl

(NPSH) livres foram determinados no sobrenadante, adicionando-se 50µl do sobrenadante a 50 µl de

DTNB (ácido 5-5-ditio-bis-nitrobenzoico); 10mM em 900 µl de tampão fosfato de potássio (TFK) na

concentração de 1M pH 7.4. A absorbância foi lida em 412 nm e os resultados foram expressos nmol de

NPSH/mg de proteína.

CAT: A atividade da CAT foi determinada através da reação enzimática, iniciada pela adição de

uma alíquota de eritrócitos previamente hemolisado com 10% de Triton e do substrato (H2O2) em uma

concentração de 0,3 mM em um meio contendo tampão fosfato de potássio na concentração de 50 mM,

pH 7,5. A atividade enzimática foi medida em 240 nm e expressa como unidade (U)/mg de proteína (1U

decompõem 1 mmol de H2O2 por minuto a 25ºC, pH 7 (20).

Durante uma coleta de dados, nao foi possível avaliar o TBARS de 12 idosas, os níveis de GSH de 23

idosas e a atividade da CAT de 22 idosas.

Análise Estatística

Os dados foram processados usando o software estatístico SPSS 22.0. As características

clínicas dos participantes nos dois grupos (sobrepesos e eutróficos) foram avaliadas por teste t

Student independente e as correlações de Pearson foram obtidas.

Considerou-se p<0,05 como significativo.

Page 49: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

48

RESULTADOS

A média de idade da amostra total foi de 70,3 anos. Como esperado, as mulheres idosas com

sobrepeso apresentaram valores significativamente maiores de peso (p<0,05), IMC (p<0,05) e

triglicerídeos (p<0,05). As características gerais da população estão expressas na tabela 1.

Tabela 1 – Características antropométricas, bioquímicas e de pressão arterial das idosas eutróficas e

com sobrepeso

Variáveis Total (n=79) Sobrepeso (n-

45) Eutróficas

(n=34) p

Idade (anos)** 70,3 ± 8,2 70,09 ± 8,4 70,59 ± 8,2 0,792

Peso (Kg)** 71,2 ± 12,9 78,8 ± 0,5 61,14 ± 13,0 0*

Altura (m)** 1,6 ± 0,06 1,57 ± 13,0 1,59 ± 0,1 0,066

IMC (kg/m2)** 28,7 ± 5,4 32,15 ± 0,1 24,21 ± 4,4 0*

PAS (mm Hg)** 13,7 ± 1,4 13,89 ± 0,4 13,35 ± 1,4 0,095

PAD (mm Hg)** 8,2 ± 0,9 8,33 ± 1,4 8,06 ± 0,9 0,2

Glicemia (mg/dL)** 97,8 ± 32,3 102,16 ± 0,3 92,098 ± 32,7 0,168

CT (mg/dL)** 202,8 ± 38,3 203,87 ± 0,4 201,32 ± 38,0 0,768

HDL (mg/dL)** 49,5 ± 14,7 47,29 ± 0,5 52,44 ± 14,4 0,125

TG (mg/dL)** 129,6 ± 63,4 143,71 ± 0,5 111,03 ± 64,0 0,02*

LDL (mg/dL)** 126,9 ± 38,0 127,36 ± 0,5 126,38 ± 38,1 0,911

IMC: índice de massa corporal; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; CT:

colesterol total; HDL: colesterol lipoproteína de alta densidade; TG: triglicerídeos; LDL: colesterol

lipoproteína de baixa densidade. Teste t-student. *p < 0,05. **Média ± desvio padrão.

Em relação às classes medicamentosas mais utilizadas por idosos, a maior prevalência foi o uso

de medicamentos anti-hipertensivos com 61%, seguido de antiplaquetários (27%), hipolipimiantes

(25%) (tabela 2).

Page 50: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

49

Tabela 2 – Uso de medicamentos de acordo com a classe

medicamentosa das idosas eutróficas e sobrepesos

Classe medicamentosa Total %(n)

Anti-hipertensivo 61(48)

Medicamento para hipotireoidismo 19(15)

Hipolipemiante 25(20)

Ansiolitico 8,9(7)

Inibidores da bomba de prótons 7,6(6)

Antiplaquetário 27(21)

Antidepressivo 11(9)

Hipoglicemiante 15(12)

n= número.

A atividade da CAT e os níveis de GSH e MDA estão apresentadas na tabela 3. Não teve

diferença significativa nos marcadores de estresse oxidativo entre os grupos em estudo.

Tabela 3. Marcadores de estresse oxidativo nos grupos em estudo.

Parâmetros Sobrepeso Eutróficas P

MDA (MDA/mg de proteína) 7,3 ± 0,7 7,18 ± 4,8 0,92

GSH (NPSH/mg de proteína) 534,1 ± 4,8 527,85 ± 265,0 0,929

CAT (U/mL) 592,61 ± 274,7 634,12 ± 91,0 0,075

Teste t-student.

O teste de correlação de Pearson revelou uma correlação positiva entre os níveis de GSH

(r=0,378, p<0,01) e a atividade da CAT e um correlação negativa entre os os níveis de GSH e os valores

médios de PAD (r=-0,336, p<0,05) (tabela 4).

Page 51: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

50

Tabela 4. Coeficientes de correlação de Pearson da estado nutricional e

parâmetros do estresse oxidativo no grupo de idosas eutróficas e sobrepesos

MDA GSH CAT

Idade (anos) 0,113

0,088 -0,246

Peso (Kg) 0,123 0,086 0,109

IMC (kg/m2) 0,066 0,104 0,080

PAS (mm Hg) -0,116 0,024 -0,033

PAD (mm Hg) 0,109 -0,336* -0,015

Glicose (mg/dL) 0,222 -0,027 0,142

CT (mg/dL) -0,133 0,081 0,040

HDL (mg/dL) -0,021 -0,057 0,114

TG (mg/dL) 0,184 -0,174 -0,002

LDL (mg/dL) -0,186 0,046 -0,001

MDA (#) 1 0,146 0,054

GSH (##) 0,146 1 0,378**

CAT (U/mL) 0,054 0,378** 1

#MDA/mg de proteína. ##NPSH/mg de proteína. *p

< 0,05; ** p <0,01.

DISCUSSÃO

Os pacientes obesos comumente possuem um desequilíbrio entre gordura, peso corporal,

lipoproteínas e lipídios, o que interfere na suscetibilidade do organismo a lesões oxidativas (3) O excesso

de peso é uma realidade sempre presente, incluindo entre idosos, como demonstrado em estudos recentes

(21-23). O processo de envelhecimento é acompanhado por diversas alterações, dentre as quais ocorrem

mudanças na composição corporal dos indivíduos. Nesse contexto, há não só um aumento progressivo

na deposição da gordura corporal, como também a sua redistribuição, sendo observada uma diminuição

na região dos membros e um maior acúmulo na região abdominal (24).

Ao analisar as características gerais da amostra, encontramos uma alta média em relação ao IMC

e CT e HDL reduzido em relação aos valores de referência (15, 16). Estes resultados, podem estar

relacionados com o hábito alimentar da população da Região Sul do Brasil, o qual tem como principal

fonte de proteína na dieta as carnes em geral (23). Sabe-se que os produtos de origem animal são também

as principais fontes de gordura saturada, composta principalmente de ácidos graxos de cadeia longa,

Page 52: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

51

como ácido palmítico, mirístico e esteárico, capazes de aumentar os níveis séricos de LDL e apo-

lipoproteína B, além de diminuir a razão HDL/LDL (25).

A maioria das idosas apresentam sobrepeso 57% (n=45), Silveira et al. (2009) (26) ao analisar a

prevalência de excesso de peso em dois municípios do sul do Brasil (Antônio Carlos-SC e Pelotas-RS)

encontraram esta condição em 52,8% (Antônio Carlos - SC) e 48% (Pelotas-RS) na população idosa.

Como esperado, as mulheres idosas com sobrepeso apresentaram valores estatisticamente

maiores de peso, IMC e Triglicerídeos (p<0,05), estando em concordância com o estudo de Venturini et

al (2013), onde os valores de triglicerídeos aumentaram conforme o aumento do IMC em idosas do

município de Porto Alegre, RS, Brasil. O consumo excessivo de carne (churrasco) pode ser responsável

pela alta prevalência de obesidade, dislipidemia e doenças cardiovasculares nessa população (27).

Ao analisar os biomarcadores de estresse oxidativo (MDA, GSH e CAT) entre os grupos

eutróficas e sobrepesos, não encontramos diferenças estatisticamente significativas. Na literatura, a

relação do estresse oxidativo com o estado nutricional em idosos é controverso, alguns estudos

demonstram relação entre o excesso de peso e os níveis de biomarcadores da oxidação de lipídios (28,

29), em outros não foi encontrada nenhuma associação (30, 31).

Sabe-se que a ingestão de uma dieta altamente calórica resulta num estado pós-prandial de

hipertrigliceridemia, hiperglicemia e níveis elevados de ácidos graxos livres na circulação,

podendo gerar um estado de estresse oxidativo (32). No entanto, algumas medicações para hipertensão

e diabetes mellitus, como por exemplo: enalapril, captopril (33), losartana (34), betabloqueadores (35),

metformina (36), aminoguanidina (37) são potentes antioxidantes. Quando analisamos o uso de

medicamentos, observamos que 61%(n=48) das idosas fazem uso de medicamentos anti-hipertensivos,

25%(n=20) e 15%(n=12) utilizam hipoglicemiantes. Desse modo, é possível que os idosos que fazem

uso de medicamentos, poderiam estar sob a influência de medicações com função antioxidante e

portanto, não apresentar modificação no estresse oxidativo.

Segundo os resultados de correlação, os níveis de GSH, tiveram uma correlação negativa com

os valores médios da PAD (r=-0,336, p<0.05). Corroborando com os resultados encontrados na literatura

que demostraram menores níveis de GSH em indivíduos hipertensos (38, 7).

Page 53: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

52

É importante destacar que a redução dos níveis de GSH está relacionada com a redução da

atividade da CAT (r=0,378, p<0,01). Os parâmetros de defesa antioxidante enzimático e não enzimático

seguem a mesma direção, isto é a redução de uma está relacionada com a redução da outra. O papel

destas defesas antioxidantes consiste em remover as espécies reativas de oxigênio (39).

No presente estudo o tamanho amostral foi uma importante limitação. Uma amotragem maior

de idosas seria desejável para fortalecer alguns valores estatisticamente marginais. Além disso, a amostra

é constituída por idosas que fazem uso de um elevado número de medicações, o que poderia influenciar

no resultado de marcadores do estresse oxidativo.

Em conclusão, o sobrepeso não foi relacionado com o estresse oxidativo. Mais estudos

relacionando o estresse oxidativo e o estado nutricional com a população idosa são necessários para

confirmar nossos achados.

Agradecimentos: Esta pesquisa foi apoiada em parte por meio de doações do Centro Universitário

Franciscano, através das analises do perfil lipídico e glicemico realizado pela responsável técnica do

Laboratório de Eansino e Análise Clínica e dos estagiários do curso de biomedicina. As analises dos

marcadores de estresse oxidative foram financiados pela Universidade Federal de Santa Maria.

Contribuintes dos autores: as responsabilidades dos autores foram as seguintes: AG-B escreveu o

manuscrito, MdaC-G e BdaC-F analises bioquímicas, SR-N análise bioquímica e coleta de dados,

KMdeM-M W análise estatística, CW-N interpretação dos resultados NJ-S forneceu conselho e apoio

significativo na revisão e elaboração do documento.

Declaração: nenhum conflito potencial de interesse relevante para este artigo foi relatado.

Page 54: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

53

REFERENCIAS

1. MIKHED, Y.; DAIBER, A.; STEVEN, S. Mitochondrial oxidative stress, mitochondrial dna

damage and their role in age-related vascular dysfunction. International Journal of Molecular

Sciences V.16, n.7, p.15918-15953, 2015.

2. MIRANDA, G. M. D.; MENDES, A. C. G.; da SILVA, A, L, A. O envelhecimento populacional

brasileiro: desafios e consequências sociais atuais e futuras. Revista Brasileira de Geriatria e

Gerontologia. V.19, n.3, p.507-519, 2016.

3. FRANÇA, B. K.; ALVES, M. R. M.; SOUTO, F. M. S.; TIZIANE, L.; BOAVENTURAB, R.

F.; GUIMARÃES, A.; ALVES, A. Peroxidação lipídica e obesidade: Métodos para aferição do

estresse oxidativo em obesos. Journal of Gastroenterology. v.20, n.5, p.199-206, 2013 .

4. OLUSI, S.O. Obesity is an independent risk factor for plasma lipid peroxidation and depletion

of erythrocyte enzymes in humans. International Journal of Obesity and Related Metabolic

Disorders . v.26, n.9, p. 1159-1164, 2002.

5. HALLIWELL, B.; WHITEMAN, M. Measuring reactive species and oxidative damage in vivo

and in cell culture: how should you do it and what do the results mean? British Journal of

Pharmacology, v.142, n.2, p. 231-255, 2004.

6. HALLIWELL, B, GUTTERIDGE, J. M. C. Free radical in biology and medicine. 4 ed.

Oxford: Oxford University Press; 2007.

7. VASCONCELOS, S. M. L.; GOULART, M. O. F.; MOURA, J. B. F.; BENFATO, M. S.;

MANFREDINI, V.; KUBOTA, L. T. Espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio,

antioxidantes e marcadores de dano oxidativo em sangue humano: principais métodos analíticos

para sua determinação. Química Nova.1323-38, 2007.

8. ABDALLA, D. S. P.; SENA, K. C. M.. Biomarcadores de peroxidação lipídica na aterosclerose.

Revista de Nutrição. v.21, n.6, p.749-756, 2008.

9. TURRENS, J. F. Superoxide production by the mitochondrial respiratory chain. Bioscience

Reports. 17, n.1, p.3-8, 1997.

10. LECHIEITNER, M.; KOCH, T.; HAROLD, M.; DZIEN, A.; HOPPIAHLER, F. Tumour

necrosis factor-alpha plasma level in patients with type 1 diabetes mellitus and its association

with glycaemic control and cardiovascular risk factors. Journal of Internal Medicine. v.248,

n.1, p.67-76, 2000.

11. OLUSI, S. O. Obesity is an independent risk factor for plasma lipid peroxidation and depletion

of erythrocyte enzymes in humans. Int J Obes Relat Metab Disord, V.26, pp. 1159-1164,

2002.

12. GOETZ, M. E.; LUCH, A. Reactive species: a cell damaging rout assisting to chemical

carcinogens. Cancer Lett. V.266, n.1, p.73-83, 2008.

Page 55: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

54

13. STEPHENS, R.; ATKINS, J.; KINGSTON, A. Swearing as a response to pain. Neuroreport.

v.20, n.12, p.1056-1060, 2009.

14. MONTEIRO, M. V.; DE MELO L. A. K.; BERTINI, L. M.; DE MORAIS, S. M.;

NUNESPINHEIRO, D. C. Topical anti-inflammatory, gastroprotective and antioxidant effects

of the essential oil of Lippia sidoides Cham. leaves. J Ethnopharmacol. V.111, n.2, p.378-382,

2007.

15. LIPSCHITZ, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care, v.21, n.1,

p.55-67, 1994.

16. NCEP - Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on

Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment

Panel III) final report. Circulation, v.106, n.25, p.3143-3421, 2002.

17. FRIEDEWALD, W. T.; LEVY, R. I, FREDRICKSON D, S. Estimation of the concentration of

low-density lipoprotein cholesterol in plasma, without use of the preparative ultracentrifuge.

Clinical Chemistry. v.18, n.6, p.499-502, 1972.

18. OHKAWA, H.; OHISHI, N.; YAGI, K. Assay for lipid peroxides in animal tissues by

thiobarbituric acid reaction. Analytical biochemistry. 95, p.351-358, 1979.

19. ELLMAN, G. L. Tissue sulfhydryl groups. Archives of biochemistry and biophysics, v.82,

p.70-77, 1959.

20. AEBI, H. Catalase in vitro. Methods in enzymology, v. 105, p. 121-126, 1984.

21. FARES, D.; BARBOSA, A. R.; BORGATTO, A. F.; COQUEIRO, R. S.; FERNANDES, M. H.

Factors associated with nutritional status of the elderly in two regions of Brazil. Revista da

Associação Medica Brasileira. v.58, n.1, p.434-441, 2012.

22. SILVEIRA, E. A.; KAC, G.; BARBOSA, L. S. Prevalência e fatores associados à obesidade em

idosos residentes em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: classificação da obesidade segundo

dois pontos de corte do índice de massa corporal. Caderno de Saúde Pública, v.25, n.7, p.1569-

1577, 2009.

23. VENTURINI, C. D.; GOMES, P. E.; DE CARLI, G. A. Prevalência de obesidade associada à

ingestão calórica, glicemia e perfil lipídico em uma amostra populacional de idosos do Sul do

Brasil. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. V.16, n.3, p.591-601, 2013

24. MARUCCI, M. F. N.; BARBOSA, A. R. Estado nutricional e capacidade física. In: Lebrão

M.L.; Duarte Y.A.O., organizadores. SABE –Saúde, Bem estar e Envelhecimento. O

projeto SABE no município de São Paulo: Uma abordagem inicial. Brasília: Organização Pan-

Americana da Saúde. p. 95-117. 2003.

Page 56: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

55

25. ZOCK, P. L.; DE VRIES, J. H., KATAN, M. B. Impact of myristic acid versus palmitic acid on

serum lipid and lipoprotein levels in healthy women and men. Arteriosclerosis, Thrombosis,

and Vascular Biology. v.14, n.4, p.567-675, 1994.

26. SILVEIRA, E. A.; KAC, G.; BARBOSA, L. S. Prevalência e fatores associados à obesidade em

idosos residentes em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: classificação da obesidade segundo

dois pontos de corte do índice de massa corporal. Cadernos de Saúde Pública, v.25, n.7, p.

1569-1577, 2009.

27. MONTEIRO, C. A.; MONDINI, L.; COSTA, R. B. L. Mudanças na composição e adequação

nutricional da dieta familiar nas áreas metropolitanas do Brasil (1988-1996). Revista de Saúde

Pública. v.34, n.3, p.251-258, 2000.

28. OHMORI, H.; OKA, M.; NISHIKAWA, Y.; SHIGEMITSU, H.; TAKEUCHI, M.; MAGARI,

M.; KANAYAMA, N. Immunogenicity of autologous IgG bearing the inflammationassociated

marker 3-nitrotyrosine. Immunology Letters. v.96, n.1, p.47-54, 2005.

29. KARAOUZENE, N.; MERZOUK, H.; ARIBI, M.; MERZOUK, S. A.; BERROUIGUET, A.

YAHIA; TESSIER, C.; NARCE, M. Effects of the association of aging and obesity on

lipids,lipoproteins and oxidative stress biomarkers: a comparison of older with young men.

Nutrition Metabolism and Cardiovascular Diseases, v.21, n.10, p.792-799, 2011.

30. MOREIRA, Priscila Lucélia. Avaliação Nutricional, da Capacidade Funcional e do Estresse

Oxidativo de Idosos da Cidade de Botucatu. Dissertação de Mestrado apresentado ao

Programa de Pós Graduação “Fisiopatologia em Clínica Médica” da Universidade Estadual

Paulista “Júlio De Mesquita Filho”- UNESP, Botucatu, São Paulo, 2010.

31. NAROTZKI, B.; REZNICK, A. Z.; MITKI, T.; AIZENBUD, D.; LEVY, Y. Enhanced

cardiovascular risk and altered oxidative status in elders with moderate excessive body fat.

Rejuvenation Res. v.17, p.334–340, 2014.

32. ESPOSITO, K.; CIOTOLA, M.; SCHISANO, B.; MISSO, L.; GIANNETTI, G.; CERIELLO,

A., et al. Oxidative stress in the metabolic syndrome. J Endocrinol Invest. V.29, n.9, p.791795,

2006.

33. KIM, M.; PAIK, J. K.; KANG, R.; KIM, S. Y.; LEE, S. H.; LEE, J. H. Increased oxidative stress

in normal-weight postmenopausal women with metabolic syndrome compared

withmetabolically healthy overweight/obese individuals. Metabolism clinical and

experimental. v.62, n.4. p.554–560, 2013.

34. CAVANAGH, J. T., CARSON, A. J.; SHARPE, M.; LAWRIE, S. M. Psychological autopsy

studies of suicide: a systematic review. Psychological Medicine. v.33, n.3, p.395-405, 2003.

35. MAK, I. T.; WEGLICKI, W. B. Potent antioxidant properties of 4-hydroxyl-propranolol. J

Pharmacol Exp Ther. V.308, n.1, p.85-90, 2004.

36. RAFIEIAN-KOPAEI, M.; BARADARAN, A. Combination of metformin with other

antioxidants may increase its renoprotective efficacy. J Renal Inj Prev. V.2, n.2, p.35-36, 2013.

Page 57: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

56

37. STADLER, K, JENEI, V.; SOMOGYI, A.; JAKUS, J. Beneficial effects of aminoguanidine on

the cardiovascular system of diabetic rats. Diabetes Metab. Res. Rev. v.21, n.2, p.189– 196,

2005.

38. RÉDON, J; OLIVA, M. R.; TORMO, C.; GINER, V.; CHAVES, J.; IRADI, A.; et al.

Antioxidant activities and oxidative stress byproducts in human hypertension. Hypertension.

V.41, n.5, p.1096-10101, 2003.

39. GOMES, E. C.; SILVA, A. N.; DE OLIVEIRA, M. R. Oxidants, Antioxidants, and the

Beneficial Roles of Exercise-Induced Production of Reactive Species. Oxidative Medicine and

Cellular Longevity, v.2012, n.2012, p.1-12, 2012.

Page 58: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

57

5 DISCUSSÃO

Estudos anteriores mostraram um aumento do nível de estresse oxidativo em indivíduos

idosos frágeis e institucionalizados, o que pode resultar em um processo de envelhecimento

acelerado e elevada incidência de doenças relacionadas ao estresse oxidativo, incluindo

cânceres, doenças cardiovasculares, demência e obesidade (MAUGERI et al., 2004; OHMORI

et al., 2005; KARAOUZENE et al., 2011; BAKHTIARI et al., 2017).

Quando analisamos os níveis de MDA nas idosas com e sem SM, encontramos níveis de

MDA significativamente mais elevados no grupo com SM. Esse achado é consistente com

estudo de Sarbijani et al. (2016), onde avaliaram a peroxidação lipídica através do MDA em 40

sujeitos com SM e 40 sem SM, e encontraram níveis de MDA significativamente maior nas

mulheres com SM.

Estudo recente de Bakhtiari et al. (2017) analizou o estresse oxidativo e os componentes

da SM em 75 mulheres idosas com SM e 89 sem a SM. Os autores encontraram níveis de MDA

significativamente maiores nas idosas com SM. Além disso, a SM teve um poder de predição

muito maior do que a idade no estresse oxidativo.

Níveis de GSH e a atividade da CAT mostraram valores menores nas idosas com SM.

Embora estes valores não tenham sido estatisticamente significativos, estes resultados

corroboram com os dados encontrados por outros autores que demonstraram uma redução das

defesas antioxidantes em indivíduos com SM (BITLA et al., 2012; VENTURINI, 2015;

GRADINARU, 2017; BAKHTIARI, 2017).

É importante destacar que encontramos uma correlação positiva entre a redução dos

níveis de GSH e a redução da atividade da CAT. Ou seja, os parâmetros de defesa antioxidante

enzimática (CAT) e não enzimática (GSH) seguem a mesma direção. O papel destas defesas

antioxidantes consiste em remover as EROs (GOMES et al., 2012).

Encontramos uma correlação negativa dos níveis de GSH com PAD, sugerindo que a

pressão arterial elevada pode reduzir a defesa antioxidante. Este achado vai ao encontro de

Redón et al., 2003, que avaliaram 66 hipertensos e 16 controles e encontraram redução

significativa das defesas antioxidantes SOD, CAT e GPx. Outro estudo também avaliou o

estresse oxidativo em 20 indivíduos hipertensos e 21 controles e encontrou níveis

significativamente menores de GSH em indivíduos hipertensos (VASCONCELOS et al., 2011).

Page 59: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

58

Quando analisamos as idosas sem SM, observamos que este grupo também apresenta

valores elevados de IMC e CA, mas os valores de PAS encontram-se dentro dos parâmetros de

referência. Sabendo que o excesso de peso está relacionado com um aumento do estresse

oxidativo (OLUSI et al., 2002; FRANÇA et al., 2013), a correlação negativa entre os níveis de

MDA e os valores de PAS pode estar sendo influenciada pelo excesso de peso.

Além disso, uma correlação positiva foi evidenciada entre os níveis de GSH e os dados

de IMC, bem como, entre os níveis de GSH e valores médios de CA. É importante enfatizar que

o grupo sem SM apresentou valores médios de IMC e CA alterados. Neste grupo os níveis de

GSH foram maiores, o que pode ser explicado pela ação da GSH, a mais importante defesa

antioxidante não enzimática, em proteger os indivíduos sem SM dos danos oxidativos.

É importante salientar que o aumento da idade está relacionado com a redução da

atividade da CAT. Uma redução nas defesas antioxidantes pode resultar em elevação dos níveis

de EROs, que eventualmente pode direta ou indiretamente causar dano oxidativo aos órgãos.

Portanto, o estresse oxidativo no envelhecimento, além de estar diretamente relacionado à

indução de danos aos órgãos, agrava os fatores de risco de danos vasculares, incluindo a SM

(JANSEN; RUSKOVSKA, 2013; MAUGERI et al.,2004).

Quando separamos os participantes em grupo com sobrepeso e grupo eutrófico, não

encontramos diferenças estatisticamente significativas nos marcadores de dano oxidativo. Na

literatura, a relação do estresse oxidative com o estado nutricional em idosos é controverso, pois

alguns estudos demonstram relação entre o excesso de peso e níveis de biomarcadores da oxidação

de lipídios (OHMORI et al., 2005; KARAOUZENE et al., 2011) enquanto outros não demonstram

nenhuma associação (MOREIRA, 2010, NAROTZKI et al., 2014).

Sabe-se que algumas medicações para hipertensão e diabetes mellitus (KIM et al., 2013; de

CAVANAGH et al., 2003; MAK, WEGLICKI, 2004; STADLER et al., 2005) são potentes

antioxidantes. Quando analisamos o uso de medicamentos, observamos que grande parte das idosas

fazem uso de medicamentos anti-hipertensivos e hipoglicimiantes. Desse modo, é possível que os

idosos que fazem uso de alguns medicamentos poderiam estar sob a influência de medicações com

função antioxidante.

Este estudo apresenta algumas limitações tais como o tamanho relativamente pequeno da

amostra. Um número maior de idosas seria desejável para fortalecer alguns valores significativos

marginais. Além disso, a ausência de mulheres com idade inferior a 60 anos limita nossas

Page 60: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

59

conclusões, pois tanto o envelhecimento quanto o uso de medicamentos podem contribuir para a

indução de alterações nos marcadores de dano oxidativo (TEIXEIRA et al., 2014).

Page 61: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

60

6 CONCLUSÃO

Nossos achados sugerem que a SM está vinculada ao estresse oxidativo, demostrado

pelos níveis de MDA estatisticamente mais elevados nas idosas com SM e correlação negativa

entre a atividade da GSH e a PAD. Já o sobrepeso não foi relacionado com o estresse oxidativo.

Esses achados sugerem que o conjunto de fatores associados a SM contribuem mais para o dano

oxidativo do que somente a obesidade.

No entanto, nosso estudo é transversal e a amostra não é representativa. Portanto, torna-

se necessário realizar estudos prospectivos com amostras representativas para confirmar nossos

achados.

Page 62: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

61

REFERÊNCIAS

ABDALLA, D. S. P.; SENA, K. C. M.. Biomarcadores de peroxidação lipídica na aterosclerose.

Revista de Nutrição. v.21, n.6, p.749-756, 2008.

ABDILLA, N.; TORMO, M. C.; FABIA, M. J.; CHAVES, F. J.; SAEZ, G.; REDON, J. Impact

of the components of metabolic syndrome on oxidative stress and enzymatic antioxidant

activity in essential hypertension. Journal of Human Hypertension, v. 21, n. 1, p. 68–75,

2007.

AEBI, H. Catalase in vitro. Methods in enzymology, v. 105, p. 121-126, 1984.

AIZAWA, K.; SHOEMAKER, J, K.; OVEREND, T. J.; PETRELLA, R. J. Metabolic

syndrome,endothelial function and lifestyle modification. Diab Vasc Dis Res. v.6, p.181– 189,

2009.

ALBERTI, K. G.; ZIMMET, P.; SHAW, J. Metabolic syndrome--a new world-wide

definition. A Consensus Statement from the International Diabetes Federation. Diabetic

Medicine, v. 23, n. 5, p. 469-80, 2006.

ALDINI, G.; DALLE-DONNE, I.; FACINO, R. M.; MILZANI, A.; CARINI, M.

Intervention strategies to inhibit protein carbonylation by lipoxidation-derived reactive

carbonyls. Medicinal Research Reviews. v.27, n.6, p.817-868, 2007.

AUGUSTO, O.; BONINI, M. G.; AMANSO, A. M.; LINARES, E.; SANTOS, C. C.; DE

MENEZES, S. L. Nitrogen dioxide and carbonate radical anion: two emerging radicals in

biology. Free Radical Biology & Medicine, v.32, p.841-859, 2002.

AUGUSTO, O. Radicais livres: bons, maus e naturais. Oficina de Textos, São Paulo, SP,

Brasil. São Paulo, 2006.

AVELAR, T.M.T.; STORCH, S. S.; CASTRO, L. A.; AZEVEDO, V. M. M. G.; FERRAZ, L.

LOPES, P. F. Oxidative stress in the pathophysiology of metabolic syndrome: which

mechanisms are involved? Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 51, n.

4, p. 231–239, 2015.

BAKHTIARI A1, HAJIAN-TILAKI K2, OMIDVAR S1, NASIRI AMIRI F1,3. Association of

lipid peroxidation and antioxidant status with metabolic syndrome in Iranian healthy elderly

women. Biomed Rep. v.7, n.4, p.331-336, 2017.

BARBOSA, K.B.F.; COSTA, N. M. B.; ALFENAS, R. C. G.; DE PAULA, S. O.; MINIM, V.

P. R.; BRESSAN, J. Estresse oxidativo: conceito, implicações e fatores modulatórios. Revista

de Nutrição, v. 23, n. 4, p. 629-643, 2010.

Page 63: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

62

BASU, S. Bioactive eicosanoids: role of prostaglandin F(2α) and F₂-isoprostanes in

inflammation and oxidative stress related pathology. Molecules and Cells. v.30, n.5, p.383391,

2010.

BAYNES, J. W.; THORPE, S. R. Role of oxidative stress in diabetic complications: a new

perspective on an old paradigm. Diabetes. v.48, n.1, p1-9, 1999.

BITLA, A. R.; KUMARI, N. M.; REDDY, N. S.; NAGARAJU, K. V.; SACHAN, A.;

KUMAR, V. P.; SUCHITRA, M. M.; RAO SRINIVASA, P. V. L. N. Antioxidant status in

patients with metabolic syndrome as measured by ferric reducing ability of plasma (FRAP)

assay. J Clin Sci Res. v.3, p.114–120, 2012.

CAVALI, M.L.R.; ESCRIVAO, M. A. M. S.; BRASILEIRO, R. S.; TADDEI, J. A. A. C.

Síndrome metabólica: comparação de critérios diagnósticos. Jornal de Pediatria. v. 86, n. 4,

p. 325-330, 2010.

CAVANAGH, J. T., CARSON, A. J.; SHARPE, M.; LAWRIE, S. M. Psychological autopsy

studies of suicide: a systematic review. Psychological Medicine. v.33, n.3, p.395-405, 2003.

DANDONA, P.; GHANIM, H.; CHAUDHURI, A.; DHINDSA, S.; KIM, S. S. Macronutrient

intake induces oxidative and inflammatory stress: potential relevance to atherosclerosis and

insulin resistance. Experimental & Molecular Medicine. v.42, p.245-253, 2010.

DELAVAR, R.; MOGHARNASI, M.; KHOOBKHAHI, N. The effects of combined training

on oxidative stress and antioxidant defense indicators. Int J Basic Sci Med. V.p.29–32, 2017.

DUPUY, A. M.; JAUSSENT, I.; LACROUX, A.; DURANT, R.; CRISTOL, J. P.;

DELCOURT, C. Waist circumference adds to the variance in plasma C-reactive protein levels

in elderly patients with metabolic syndrome. Gerontology; v.53, p.329-339, 2007.

DURACKOVÁ, Z. Some current insights into oxidative stress. Physiol Res. v.10, n.59, p.459-

469, 2010.

ELLMAN, G.L. Tissue sulfhydryl groups. Archives of biochemistry and biophysics, v. 82, p.

70-77, 1959.

ESPOSITO, K.; CIOTOLA, M.; SCHISANO, B.; MISSO, L.; GIANNETTI, G.; CERIELLO,

A., et al. Oxidative stress in the metabolic syndrome. J Endocrinol Invest. V.29, n.9, p.791795,

2006.

FARES, D.; BARBOSA, A. R.; BORGATTO, A. F.; COQUEIRO, R. S.; FERNANDES, M.

H. Factors associated with nutritional status of the elderly in two regions of Brazil. Revista da

Associação Medica Brasileira. v.58, n.1, p.434-441, 2012.

FERREIRA, A. L. A.; MATSUBARA, L. S. Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas,

sistema de defesa e estresse oxidativo. Revista da Associação Médica Brasileira: RAMB.

v.43, n.1, p.61-68, 1997.

Page 64: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

63

FRANÇA, B. K.; ALVES, M. R. M.; SOUTO, F. M. S.; TIZIANE, L.; BOAVENTURAB, R.

F.; GUIMARÃES, A.; ALVES, A. Peroxidação lipídica e obesidade: Métodos para aferição do

estresse oxidativo em obesos. Journal of Gastroenterology. v.20, n.5, p.199-206, 2013 .

FRANCISQUETI, F. V.; NASCIMENTO, A. F.; CORRÊA, C. R. Obesidade, inflamação e

complicações metabólicas. Nutrire. v.40, n.1, p.81-89, 2015.

FREITAS, E.D. et al. Síndrome metabólica: uma revisão dos critérios de diagnóstico. Revista

Mineira de Enfermagem, v. 12, n. 3, p. 403-411, 2008.

FRIEDEWALD, W. T.; LEVY, R. I.; FREDRICKSON, D. S. Estimation of the concentration

of low-density lipoprotein cholesterol in plasma, without use of the preparative ultracentrifuge.

Clinical Chemistry. v.18, p.499-502, 1972.

GRADINARU, D.; MARGINA, D.; BORSA, C.; IONESCU, C.; ILIE, M.; COSTACHE M,;

DINISCHIOTU, A.; PRADA, G. I. Adiponectin: possible link between metabolic stress and

oxidative stress in the elderly. Aging Clin Exp Res. v.29, n.4, p.621-629, 2017.

GANJIFROCKWALA, F.; JOSEPH, J.; GEORGE, G. Decreased total antioxidant levels and

increased oxidative stress in South African type 2 diabetes mellitus patients. JEMDSA. v.22:,

p.21–25, 2017.

GOETZ, M. E.; LUCH, A. Reactive species: a cell damaging rout assisting to chemical

carcinogens. Cancer Lett. V.266, n.1, p.73-83, 2008.

GOMES, E. C.; SILVA, A. N.; DE OLIVEIRA, M. R. Oxidants, Antioxidants, and the

Beneficial Roles of Exercise-Induced Production of Reactive Species. Oxidative Medicine

and Cellular Longevity, v.2012, n.2012, p.1-12, 2012.

GOTTLIEB, M.G.V.; DA CRUZ, I. B. M.; DUARTE, M. F.; MORESCO, R. N.; WIEHE, M.;

SCHWANKE, C. H. A.; BODANESE, L.C. Association among metabolic syndrome, ischemia,

inflamatory, oxidatives and lipids biomarkers. The Journal of Clinical Endocrinology and

Metabolism, v. 95, n. 2, p. 586-591, 2010.

GRATTAGLIANO, I.; PALMIERI, V. O.; PORTINCASA, P.; MOSCHETTA, A.;

PALASCIANO, G. Oxidative stress-induced risk factors associated with the metabolic

syndrome: a unifying hypothesis. J Nutr Biochem. V.19, p.491–504, 2008.

GRUNDY, S.M. CLEEMAN, J. I.; MERZ, C. N.; BREWER, H. B. JR,; CLARK, L. T.;

HUNNINGHAKE, D. B., et al. Implications of recent clinical trials for the National Cholesterol

Education Program Adult Treatment Panel III guidelines. Circulation, v. 110, n. 2, p. 227-239,

2004.

GUPTA, S.; AGARWAL, A.; KRAJCIR, N.; ALVAREZ, J.G. Role of oxidative stress in

endometriosis. Reproductive Biomed Online, v. 13, n. 1, p. 126-134, 2006.

HALLIWELL, B.; GUTTERIDGE, J. M. The importance of free radicals and catalytic metal

ions in human diseases. Molecular Aspects of Medicine. V.8, n.2, p.89-193, 1985.

Page 65: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

64

HALLIWELL, B.; WHITEMAN, M. Measuring reactive species and oxidative damage in vivo

and in cell culture: how should you do it and what do the results mean? British Journal of

Pharmacology, v. 142, n. 2, p. 231-255, 2004.

HALLIWELL, B. Reactive Species and Antioxidants. Redox Biology Is a Fundamental Theme

of Aerobic Life. Plant Physiology. V.141, n.2, p.312–322, 2006.

HALLIWELL, B, GUTTERIDGE, J. M. C. Free radical in biology and medicine. 4 ed.

Oxford: Oxford University Press; 2007.

HARMAN, D. Free radical theory of aging: An update: Increasing the functional life span. Ann

N Y Acad Sci. 1067 p.10–21, 2006.

HERSHKO, C.; Mechanism of iron toxicity and itspossible role in red cell membrane

damage. SeminHematol. V.26, n.4, p.277-85, 1989.

HUANG, P. L. A comprehensive definition for metabolic syndrome. Journal List Dis Model

Mechv. V.2, n.5-6, p.231-237, 2009.

INGLÉS, M.; GAMBINI, J.; CARNICERO, J. A.; GARCÍA-GARCÍA, F. J.;

RODRÍGUEZMAÑAS, L.; OLASO-GONZÁLEZ, G., et al. Oxidative stress is related to

frailty, not to age or sex, in a geriatric population: Lipid and protein oxidation as biomarkers of

frailty. J Am Geriatr Soc. V.62, p.1324–1328, 2014.

ISOMAA, B.; ALMGREN, P.; TUOMI, T.; FORSÉN, B.; LAHTI, K.; NISSÉN, M. et al.

Cardiovascular morbidity and mortality associated with the metabolic syndrome. Diabetes

Care. V.24, n.4, p.683-689, 2001.

JANSEN, E. H.; RUSKOVSKA, T. Comparative analysis of serum (anti)oxidative status

parаmeters in healthy persons. Int J Mol Sci.14, p.6106–6115, 2013.

JOHANSEN, J. S.; HARRIS, A. K.; RYCHLY, D. J.; ERGULEMAIL, A. Oxidative stress and

the use of antioxidants in diabetes: Linking basic science to clinical practice. Cardiovascular

Diabetology, v.4, n.5, 2005.

JUNQUEIRA, V. B.; BARROS, S. B.; CHAN, S.; RODRIGUES, L.; GIAVAROTTI, L.;

ABUD, R., et al. Aging and oxidative stress. Mol. Aspects Med. v.25, p.5–16, 2004.

KARAOUZENE, N.; MERZOUK, H.; ARIBI, M.; MERZOUK, S. A.; BERROUIGUET, A.

YAHIA; TESSIER, C.; NARCE, M. Effects of the association of aging and obesity on

lipids,lipoproteins and oxidative stress biomarkers: a comparison of older with young men.

Nutrition Metabolism and Cardiovascular Diseases, v.21, n.10, p.792-799, 2011.

KAUR J. A comprehensive review on metabolic syndrome. Cardiol Res Pract. V.2014,

n.943162, p.1-21, 2014.

KIM, M.; PAIK, J. K.; KANG, R.; KIM, S. Y.; LEE, S. H.; LEE, J. H. Increased oxidative

stress in normal-weight postmenopausal women with metabolic syndrome compared

Page 66: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

65

withmetabolically healthy overweight/obese individuals. Metabolism clinical and

experimental. v.62, n.4. p.554–560, 2013.

KOTANI, K.; TANIGUCHI, N. The association between reactive oxygen metabolites and

metabolic syndrome in asymptomatic Japanese men. Journal of clinical medicine research,

v. 3, n. 5, p. 247–251, 2011.

LANCASTER, J. R. Jr. A tutorial on the diffusibility and reactivity of free nitric oxide. Nitric

Oxide, v.1, n.1, p.18-30, 1997.

LECHIEITNER, M.; KOCH, T.; HAROLD, M.; DZIEN, A.; HOPPIAHLER, F. Tumour

necrosis factor-alpha plasma level in patients with type 1 diabetes mellitus and its association

with glycaemic control and cardiovascular risk factors. Journal of Internal Medicine. v.248,

n.1, p.67-76, 2000.

LIBBY, P.; RIDKER, P. M.; MASERI, A. Inflammation ande atherosclerosis. Circulation.

v.105, p.1135-1143, 2002.

LIMA, E. S.; ABDALLA, D. S. P. Peroxidação lipídica: mecanismos e avaliação em amostras

biológicas. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v.37, n.3, p.293-303, 2001.

LIPSCHITZ, D.A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care, v. 21, n. 1, p.

55-67, 1994.

LOHR, M.; JENSEN, A.; ERIKSEN, L.; GRONBAEK, M.; LOFT, S.; MOLLER, P. Age and

metabolic risk factors associated with oxidatively damaged DNA in human peripheral blood

mononuclear cells. Oncotarget, v.6, n.5, p.2641–2653, 2015.

LUNA-LUNA, M.; MEDINA-URRUTIA, A.; VARGAS-ALARCON, G.; COSSROVIROSA,

F.; VARGAS-BARRON, J.; PEREZ-MENDEZ, O. Adipose Tissue in Metabolic Syndrome:

Onset and Progression of Atherosclerosis. Resultados da pesquisa Archives of Medical

Research. v.46, n.5, p.392-407, 2015.

MAK, I. T.; WEGLICKI, W. B. Potent antioxidant properties of 4-hydroxyl-propranolol. J

Pharmacol Exp Ther. V.308, n.1, p.85-90, 2004.

MANDA-HANDZLIK, A.; DEMKOW, U. Neutrophils: The role of oxidative and nitrosative

stress in health and disease. Adv Exp Med Biol. V.857, p.51–60, 2015.

MARUCCI, M. F. N.; BARBOSA, A. R. Estado nutricional e capacidade física. In: Lebrão

M.L.; Duarte Y.A.O., organizadores. SABE –Saúde, Bem estar e Envelhecimento. O projeto

SABE no município de São Paulo: Uma abordagem inicial. Brasília: Organização

PanAmericana da Saúde. p. 95-117. 2003.

Page 67: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

66

MAUGERI, D.; SANTANGELO, A.; BONANNO, M. R.; TESTAI, M.; ABBATE, S.; LO

GIUDICE, F.; MAMAZZA, C.; PUGLLSI, N.; PANEBIANCO, P. Oxidative stress and aging:

Studies on an east-sicilian, ultraoctagenarian population living in institutes or at home. Arch

Gerontol Geriatr Suppl. V.38, p..271–277, 2004.

MATES, J. M.; SANCHEZ-JIMENEZ, F. Antioxidant enzymes and their implications

inpathophysiologic processes. Frontiers in Bioscience. V.15, n.4, p.339-345, 1999.

MIKHED, Y.; DAIBER, A.; STEVEN, S. Mitochondrial oxidative stress, mitochondrial dna

damage and their role in age-related vascular dysfunction. International Journal of Molecular

Sciences V.16, n.7, p.15918-15953, 2015.

MIRANDA, G. M. D.; MENDES, A. C. G.; da SILVA, A, L, A. O envelhecimento

populacional brasileiro: desafios e consequências sociais atuais e futuras. Revista Brasileira

de Geriatria e Gerontologia. V.19, n.3, p.507-519, 2016.

MONTEIRO, M. V.; DE MELO L. A. K.; BERTINI, L. M.; DE MORAIS, S. M.;

NUNESPINHEIRO, D. C. Topical anti-inflammatory, gastroprotective and antioxidant effects

of the essential oil of Lippia sidoides Cham. leaves. J Ethnopharmacol. V.111, n.2, p.378-

382, 2007.

MOREIRA, Priscila Lucélia. Avaliação Nutricional, da Capacidade Funcional e do Estresse

Oxidativo de Idosos da Cidade de Botucatu. Dissertação de Mestrado apresentado ao

Programa de Pós Graduação “Fisiopatologia em Clínica Médica” da Universidade Estadual

Paulista “Júlio De Mesquita Filho”- UNESP, Botucatu, São Paulo, 2010.

NAROTZKI, B.; REZNICK, A. Z.; MITKI, T.; AIZENBUD, D.; LEVY, Y. Enhanced

cardiovascular risk and altered oxidative status in elders with moderate excessive body fat.

Rejuvenation Res. v.17, p.334–340, 2014.

NCEP - Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on

Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment

Panel III) final report. Circulation, v. 106, n. 25, p. 3143-3421, 2002.

OHKAWA, H.; OHISHI, N.; YAGI, K. Assay for lipid peroxides in animal tissues by

thiobarbituric acid reaction. Analytical biochemistry, v. 95, n. 2, p. 351-358, 1979.

OLUSI, S.O. Obesity is an independent risk factor for plasma lipid peroxidation and depletion

of erythrocyte enzymes in humans. International Journal of Obesity and Related Metabolic

Disorders . v.26, n.9, p. 1159-1164, 2002.

PETRAMALA, L.; PIGNATELLI, P.; CARNEVALE, R. et al. Oxidative stress in patients

affected by primary aldosteronism. Journal of Hypertension, v.32, n.10, p.20222029, 2014.

Page 68: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

67

PILLON, N. J.; CROZE, M. L.; VELLA, R. E.; SOULÈRE, L..; LAGARDE, M.; SOULAGE,

C. O. The lipid peroxidation by-product 4-hydroxy-2-nonenal (4-HNE) induces insulin

resistance in skeletal muscle through Both Carbonyl and Oxidative Stress. Endocrinology.

V.153, n.5, p.2099-2111, 2012.

POLI, G.; SCHAUR, R. J.; SIEMS, W. G.; et al. 4-hydroxynonenal: a mem-brane lipid

oxidation product of medicinal interest. Medicinal Research Reviews, v.28, n.4, p.569-631,

2008.

RAFIEIAN-KOPAEI, M.; BARADARAN, A. Combination of metformin with other

antioxidants may increase its renoprotective efficacy. J Renal Inj Prev. V.2, n.2, p.35-36, 2013.

REAVEN, G. M.; CHEN, Y. D. Role of insulin in regulation of lipoprotein metabolism in

diabetes. Diabetes Metab Rev, v.4, n.7, p.639-652, 1988.

RÉDON, J; OLIVA, M. R.; TORMO, C.; GINER, V.; CHAVES, J.; IRADI, A.; et al.

Antioxidant activities and oxidative stress byproducts in human hypertension. Hypertension.

V.41, n.5, p.1096-10101, 2003.

ROMANO, A. D.; SERVIDDIO, G.; DE MATTHAEIS, A.; BELLANTI, F.; VENDEMIALE,

G. Oxidative stress and aging. J Nephrol. V.23, n.15, p.29–36, 2010.

ROBERTS, C.K.; SINDHU, K.K. Oxidative stress and metabolic syndrome. Life Sciences, v.

84, n. 21–22, p. 705–712, 2009.

ROBERTS, C. K.; HEVENER, A. L.; BARNARD, R. J. Metabolic syndrome and insulin

resistance: underlying causes and modification by exercise training. Compr Physiol. V.3, n.1,

p.1-58, 2013.

SÁNCHEZ-RODRÍGUEZ, M.A.; MARTÍNEZ-CRUZ, M.; CORREA-MUÑOZ, E.;

MENDOZA-NÚÑEZ, V.M. Relationship between Metabolic Syndrome Components and

Oxidative Stress in Elderly Community-Dwelling Mexicans. Annals of Nutrition and

Metabolism, v. 56, n. 4, p. 302–307, 2010.

SANTOS, C. X.; TANAKA, L.Y.; WOSNIAK, J.; LAURINDO, F. R. Mechanisms and impli-

cations of reactive oxygen species generation during the unfolded protein response: roles of

endoplasmic reticulum oxidoreductases, mitochondrial electron transport, and NADPH

oxidase. Antioxid ant and Redox Signaling. v.11, n.10, p.2409-2427, 2009.

SARBIJANI, H. M.; KHOSHNIA, M.; MARJANI, A. The Association Between Metabolic

Syndrome and Serum Levels of Malondialdehyde and Interleukin-6 in Gorgan. JPMI.

V.29, n.4, 2016.

SCHNEIDER, C. D.; OLIVEIRA, A. R. Radicais livres de oxigênio e exercício: mecanismos

de formação e adaptação ao treinamento físico. Revista Brasileira de Medicina do Esporte.

V.10, n.10, p.308-313, 2004.

Page 69: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

68

SIES, H. Oxidative stress: from basic research to clinical application. The American Journal

of Medicine. v.91, n.3, p.31-38, 1991.

SIES, H. Strategies of antioxidant defense. European Journal Biochemical. V.215, n.2, p.213-

219, 1993.

SILVEIRA, E. A.; KAC, G.; BARBOSA, L. S. Prevalência e fatores associados à obesidade

em idosos residentes em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: classificação da obesidade segundo

dois pontos de corte do índice de massa corporal. Caderno de Saúde Pública, v.25, n.7, p.1569-

1577, 2009.

STADLER, K, JENEI, V.; SOMOGYI, A.; JAKUS, J. Beneficial effects of aminoguanidine on

the cardiovascular system of diabetic rats. Diabetes Metab. Res. Rev. v.21, n.2, p.189– 196,

2005.

STEPHENS, R.; ATKINS, J.; KINGSTON, A. Swearing as a response to pain. Neuroreport.

v.20, n.12, p.1056-1060, 2009.

TEIXEIRA, M. C.; MONTEIRO, P. T.; GONÇALVES, J. P., MIRA N. P., DOS SANTOS, S.

C., et al. The YEASTRACT database: an upgraded information system for the analysis of gene

and genomic transcription regulation in Saccharomyces cerevisiae. Nucleic Acids Res. v.36,

p.132–136, 2014.

TELES, Y.C.F.; MONTEIRO, R. P.; OLIVEIRA, M. DA SILVA.; RIBEIRO-FILHO, J. O

papel do estresse oxidativo na síndrome metabólica. Journal of The Health Sciences Institute,

v. 33, n. 1, p. 89-93, 2015.

TIGANIS, T. Reactive oxygen species and insulin resistance: The good, the bad and the ugly.

Trends Pharmacol Sci. V.32, p.82–89, 2011.

TOSHIMA, S.; HASEGAWA, A.; KURABAYASHI, M, et al. Circulating oxidized low density

lipoprotein levels: A biochemical risk marker for coronary heart disease. Arterioscler Thromb

Vasc Biol.V.20, n.10, p.2243-2247, 2000.

TURRENS, J. F. Superoxide production by the mitochondrial respiratory chain. Bioscience

Reports. 17, n.1, p.3-8, 1997.

URAKAWA, H.; KATSUKI, A.; SUMIDA, Y.; GABAZZA, E. C.; MURASHIMA, S.;

MORIOKA, K. Oxidative stress is associated with adiposity and insulin resistance in men. The

Journal of Clinical Endocrinol and Metabolism, v. 88, n. 10, p. 4673-4676, 2003.

VASCONCELOS, S. M. L.; GOULART, M. O. F.; MOURA, J. B. F.; BENFATO, M. S.;

MANFREDINI, V.; KUBOTA, L. T. Espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio,

antioxidantes e marcadores de dano oxidativo em sangue humano: principais métodos analíticos

para sua determinação. Química Nova.1323-38, 2007.

Page 70: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

69

VÁVROVÁ, L.; KODYDKOVÁ, J.; ZEMAN, M.; DUŠEJOVSKÁ, M.; MACÁŠEK, J.;

STAŇKOVÁ B., et al. Altered Activities of Antioxidant Enzymes in Patients with Metabolic

Syndrome. Obesity Facts, v. 6, p. 39-47, 2013.

VENTURINI, C. D.; GOMES, P. E.; DE CARLI, G. A. Prevalência de obesidade associada à

ingestão calórica, glicemia e perfil lipídico em uma amostra populacional de idosos do Sul do

Brasil. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. V.16, n.3, p.591-601, 2013

VENTURINI, 2015; VENTURINI CD; GOMES PE; DE CARLI GA. Increased oxidative stress

according to number of risk factors in metabolic syndrome patients. Diabetol Metab Syndr.

V.7, n.1, p.11-18, 2015.

WAJCHENBERG, B. L. Disfunção Endotelial no Diabetes do Tipo 2. Arquivos Brasileiros

de Endocrinologia e Metabologia, v.46, n.5, p.514-519, 2002.

WHO - World Health Organization. Definition, diagnosis and classification of diabetes

mellitus and its complications. Report of a WHO consultation. Geneva, 1999.

WOLFF, S. P.; DEAN, R. T. Glucose autoxidation and protein modification. The potential role

of 'autoxidative glycosylation' in diabetes. Biochemical Journal. V.245, n.1, p.243–250, 1987.

YAO, L.; HERLEA-PANA, O.; HEUSER-BAKER, J.; CHEN, Y.; BARLIC-DICEN, J.

Roles of the Chemokine System in Development of Obesity, Insulin Resistance, and

Cardiovascular Disease. Journal Immunology Research, v.2014, n.2014, p.1-11, 2014.

YOUN, J.Y.; SIU, K. L.; LOB, H. E.; ITANI, H.; HARRISON, D. G.; CAI, H. Role of vascular

oxidative stress in obesity and metabolic syndrome. Diabetes, v. 63, n. 7, p. 23442355, 2014.

YUBERO-SERRANO, E.M.; DELGADO-LISTA, J.; PEÑA-ORIHUELA, P.; PEREZ-

MARTINEZ, P.; FUENTES, F.; MARIN, C., et al. Oxidative stress is associated with the

number of components of metabolic syndrome: LIPGENE study. Experimental and

Molecular Medicine, v. 45, n. 6, p. e28, 2013.

ZOCK, P. L.; DE VRIES, J. H., KATAN, M. B. Impact of myristic acid versus palmitic acid

on serum lipid and lipoprotein levels in healthy women and men. Arteriosclerosis,

Thrombosis, and Vascular Biology. v.14, n.4, p.567-675, 1994.

I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Arquivos

Brasileiros de Cardiologia, v. 84, n. 1, 2005.

Page 71: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

70

APÊNDICE A - Questionário de Identificação e de Saúde

Dados de identificação:

Data da avaliação: ____/____/______

Nome: _____________________________________________________________________

Data de nascimento: ____/____/____ 2. Idade: ____anos Telefone:___________

Endereço:___________________________________Bairro:__________________________

Cidade:_____________________________________________________________________

Comorbidades associadas:

( )Diabetes ( )Hipertensão ( ) Asma ( ) Doença cardíaca

( ) Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica ( ) Obesidade ( ) Osteoartrite

( ) Artrite reumatóide ( ) Câncer ( ) Aterosclerose periférica (

) AVC ( ) AVE

Fumante: ( )Sim ( ) Não Quantidade:__________________

Bebida alcólica: ( )Sim ( ) Não Quantidade:_____________

Medicamentos utilizados: conforme critérios de exclusão

( ) antibiótico [1] ( ) anti-inflamatório [2] ( ) corticóide [3] ( ) antidepressivo [4]

( ) medicamento para HAS [5] ( ) medicamento para DM [6] ( ) AAS [7] (

) polivitamÍnicos

Medicamento Horário de administração Quantidade recomendada

Dados antropométricos e pressão arterial:

Peso:_____________ Kg Altura:____________ m

IMC: _______ Kg/m2 Estado nutricional: ( ) < 22 Kg/m2 – Baixo peso [1]

( ) 22- 27 Kg/m2 – Adequado [2] ( ) > 27 Kg/m2 – Adequado [3] Circunferência cintura: ___ cm

PAD1 _______ mmHg PAS1 _____________ mmHg

PAD2 _______ mmHg PAS2 _____________ mmHg

PAD3 ______ mmHg PAS3 _____________ mmHg

Média PAD _______ mmHg Média PAS ________________ mmHg

Page 72: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

71

APÊNDICE B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

O sr.(a) está sendo convidado(a) a participar como voluntário(a), da pesquisa

RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO EM MULHERES

IDOSAS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA DA CIDADE DE SANTA

MARIA, da aluna de mestrado e pesquisadora Aline Gurski Bolzan sob a orientação da Prof.

Dra. Natielen Jacques Schuch do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde e da Vida

do Centro Universitário Franciscano.

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS DA PESQUISA

A Síndrome Metabólica é um transtorno complexo representado por um conjunto de

fatores de risco cardiovascular, usualmente relacionados à deposição de gordura visceral ou

abdominal, dislipidemia (gordura no sangue), diabetes mellitus tipo 2 (excesso de açúcar no

sangue), obesidade e hipertensão arterial sistêmica (pressão alta).

Essas doenças quando presentes no organismo ocasionam a produção e liberação de

espécies reativas de oxigênio (EROS), os radicais livres. As EROS quando aumentadas no

organismo, podem causar o estresse oxidativo. Um aumento no estresse oxidativo pode estar

relacionado com várias doenças, tais como as doenças cardiovasculares, o diabetes mellitus e

inflamação crônica, como a asma, artrite, doenças reumáticas e também tem sido considerado

importante na síndrome metabólica.

PROCEDIMENTOS A SEREM REALIZADOS

Se a Srª. concordar em participar do estudo, realizará exame de sangue e a coleta será

feita por uma biomédica habilitada. Para o exame a Srª. deverá estar em jejum de 12 horas. Será

coletado 20ml de sangue (equivalente a 2 colheres de sopa) para análise da glicemia de jejum

(açúcar do sangue), triglicerídeos, colesterol total, HDL e LDL (gorduras do sangue), enzimas

antioxidantes (catalase, glutationa peroxidase, superóxido dismutase e glutadiona reduzida).

Além dessas analises será realizado testes para quantificar o estresse oxidativo em gorduras e

proteínas. O sangue será descartado após as análises bioquímicas. Após o exame de sangue, a

Srª. receberá um lanche e após, será realizada a avaliação antropométrica, feita por nutricionista.

Será avaliado o peso, altura, circunferência da cintura e circunferência do abdômen e realizada

a aferição da pressão arterial. Após será aplicado o questionário sobre saúde contendo uma mini

avaliação nutricional (complementa a avaliação nutricional).

Rubrica do participante Rubrica da pesquisadora

Page 73: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

72

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

A Srª. não terá custo nenhum em participar da pesquisa, nem com seu deslocamento

até o local das coletas e também não será remunerada por sua participação. Garantimos, no

entanto, que se ocorrerem despesas decorrentes da pesquisa estas serão ressarcidas, quando

devidas e decorrentes especificamente de sua participação.

Os benefícios da sua participação serão: a realização de exames de sangue específicos

gratuitos, avaliação nutricional e contribuir para elaboração de novas ações específicas em

nutrição e saúde. Os riscos da sua participação na pesquisa são mínimos. No exame de sangue

raramente, a coleta de sangue pode provocar um pequeno hematoma (mancha roxa) no local da

punção, que, em geral, desaparece após 3 a 5 dias. Na avaliação nutricional, se detectarmos

alterações, a Srª. receberá orientações nutricionais e de saúde e será encaminhado para

acompanhamento nutricional no Centro Universitário Franciscano. Caso houver alguma outra

alteração, a Srª. será orientado a procurar um profissional devidamente habilitado.

Sua participação é totalmente voluntária e a Srª. pode desistir e retirar seu

consentimento em qualquer momento no decorrer da pesquisa sem nenhum prejuízo. Seus dados

são secretos e sigilosos de acordo com as normas brasileiras. Os resultados desta pesquisa

poderão ser publicados em revistas científicas, mas a sua identidade será preservada.

Eu, _____________________________, declaro que li o termo de consentimento livre

e esclarecido para esse estudo e aceito participar voluntariamente desse estudo. Também declaro

concordar com os termos do estudo e ter assinado (ou meu representante legal) o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido em duas vias, tendo recebido uma via devidamente

rubricada e assinada pelo pesquisador. A outra via será arquivada pelo pesquisador responsável,

de acordo com a Resolução CNS 466/2012. Sei que terei garantias de confidencialidade, poderei

alterar minha decisão sobre o consentimento de participação e ou solicitar novos

esclarecimentos à pesquisadora Aline Gurski Bolzan através do telefone (55)99946-5018. Fui

informada e estou ciente que, caso ocorram danos devidamente comprovados da minha

participação na pesquisa, poderei ser indenizada. Em caso de dúvida sobre os meus direitos ou

questões éticas como participante de pesquisa, sei que posso entrar em contato com Comitê de

Ética em Pesquisa do Centro Universitário Franciscano, na Rua dos Andradas, 1614 - 7º andar

- Prédio da Administração Central - Conjunto I, CEP: 97010032 - Santa Maria, RS; Fone: (55)

3220 1200 Ramal 1289; E-mail: [email protected], de segunda à sexta-feira nos seguintes horários:

Manhã: das 7:30 às 11h e tarde: das 13:30 às 17:30.

Nome do participante (ou representante legal):______________________________________

Assinatura do participante: (ou representante legal):__________________________________

Nome da pesquisadora: ________________________________________________________

Assinatura da pesquisadora: ____________________________________________________

Data:_____/______/_________

Page 74: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

73

APÊNDICE C – Autorização do Laboratório Escola de Análise Clínica

Page 75: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

74

APÊNDICE D – Autorização do Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular

Page 76: RELAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA E ESTRESSE OXIDATIVO … · 1.1 SÍNDROME METABÓLICA Originalmente descrita por Reaven e Chen (1988), como síndrome X, a síndrome metabólica

75

ANEXO E – Aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa