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ISSN 2359-5434
SIMARE2014
SISTEMA MUNICIPAL DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DE CURITIBA
REVISTA PEDAGÓGICACiências8º ano do Ensino Fundamental
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBAGustavo Fruet
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃORoberlayne de Oliveira Borges Roballo
SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVAAntonio Ulisses Carvalho
COORDENADORIA DE OBRAS E PROJETOS DO PROGRAMA DE DESCENTRALIZAÇÃOLuiz Marcelo Mochenski
DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICAMaria Cristina Brandalize
DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E INFORMAÇÕESElizabeth Helena Baptista Ramos
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO EDUCACIONALIda Regina Moro Milléo de Mendonça
COORDENADORIA DE ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES ESPECIAISElda Cristiane Bissi
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO INTEGRADAEliane Aparecida Trojan Butenas
COORDENADORIA DE ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE ENSINOEliana Cristina Mansano
COORDENADORIA DE FORMAÇÃO CONTINUADACíntia Caldonazo Wendler
COORDENADORIA DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA JOVENS E ADULTOSMaria do Socorro Ferreira de Moraes
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO INFANTILMaria da Glória Galeb
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTALLeticia Mara de Meira
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E DIFUSÃO EDUCACIONALMarlon Misael Terres
CarosEDUCADORES,
Uma BOA ESCOLA é aquela que oferece escolarização para todos com condições equânimes de acesso e fruição do direito à educação, com múltiplas possibilidades de expressão e interação com o mundo. Assim sendo, a Rede Municipal de Ensino de Curitiba (RME) assume o desafio e a responsabilidade de realizar essa educação em suas escolas.
Nessa perspectiva, políticas e ações governamentais são mais efetivas à medida que os diagnósticos da ação pedagógica sejam mais precisos e eficientes. Essa é a razão de ter sido criado em 2014 o Sistema Municipal de Avaliação do Rendimento Escolar (Simare Curitiba), avaliação em larga escala que contempla análises a partir de informações de rendimento escolar, de contexto e de indicadores sociais. As informações obtidas a partir dessa avaliação permitem repensar e ressignificar as práticas pedagógicas aliadas ao planejamento e ao currículo.
Para levantar informações sobre o rendimento escolar dos estudantes da RME, o Simare Curitiba inovou com aplicação de testes orientados pela metodologia que se sustenta na Teoria de Resposta ao Item (TRI), também usada nas avaliações nacionais. Essa metodologia possibilita a comparação dos resultados alcançados pelos estudantes, ao longo dos anos, e também a comparação com aqueles levantados por outras avaliações em larga escala, a exemplo da Prova Brasil.
Em 2014, foram avaliados três componentes curriculares: história, geografia e ciências, e as questões dos testes foram elaboradas com base na matriz de referência, cujo conteúdo se constitui em um recorte do currículo trabalhado em nossas escolas municipais.
A comunicação dos resultados dos testes aplicados em 2014 foi organizada em um conjunto de publicações que serão encaminhadas às escolas, ao longo do ano de 2015. As revistas e cadernos publicados estarão disponíveis em material impresso e/ou on-line, e cada escola terá acesso ao próprio resultado e àquele obtido pelo conjunto das escolas do respectivo núcleo regional e ao total das escolas da RME. Além dos dados relativos à proficiência dos estudantes, divulgados neste início de ano, as publicações previstas para o segundo semestre terão dados contextuais, levantados pelos questionários do Simare Curitiba e obtidos de fontes secundárias, como o Censo Escolar, a Prova Brasil, a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) e o Programa Bolsa Família. Esses dados irão possibilitar correlações entre a proficiência dos estudantes e os fatores intra e extraescolares, que influenciam o desempenho das unidades educacionais da nossa rede municipal.
Nas Revistas Pedagógicas, além dos resultados sistematizados por componente curricular avaliado, são explicitadas as distinções e as ligações existentes entre uma matriz de referência da avaliação e o currículo realizado na escola. A expectativa é a de que ocorra o engajamento de todos os profissionais que atuam na RME, a fim de se obterem análises efetivas das informações aqui apresentadas que contribuam para melhorar a qualidade da nossa educação. Compartilhar dificuldades e conquistas é uma boa forma para encontrar soluções e propor novos desafios, pois somos todos responsáveis pelas ações e práticas pedagógicas que ocorrem nas escolas e demais instâncias de gestão da SME, na direção da BOA ESCOLA.
Roberlayne RoballoSecretária Municipal da Educação
SUMÁRIO
11 1. A ESCOLA E A
AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA
14 2. O PAPEL
DESEMPENHADO PELOS PROFESSORES
NOS SISTEMAS DE AVALIAÇÃO EM LARGA
ESCALA
20 3. INTERPRETAÇÃO
DE RESULTADOS E ANÁLISES
PEDAGÓGICAS
39 4. REFLEXÃO PEDAGÓGICA
44 5. OS RESULTADOS
DESTA ESCOLA
1A ESCOLA E A AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA
O Simare Curitiba compõe, juntamente com outros instrumentos, um Sistema de Avaliação Educacional. Como tal, não tem um fi m em si mesmo, mas é meio ao se constituir em fonte de informações para a tomada de decisões nos diferentes âmbitos do sistema educacional, assim como nas unidades educativas.
A efi ciência e credibilidade de um Sistema de Avaliação Educacional está asso-ciado a informações credíveis e de múltiplas fontes. Por isso, os instrumentos que compõem o sistema devem contemplar os diferentes aspectos que determinam ou infl uenciam os processos de ensino e aprendizagem nas unidades educati-vas. Trata-se, portanto, de colocar em discussão o contexto social, as formas de gestão e a aquisição escolar dos estudantes enquanto critérios que subsidiam a análise e elaboração de ações para a distribuição do direito à educação de qua-lidade para todos. A garantia de qualidade está expressa na Constituição Federal de 1988, no artigo 206, que trata do direito à educação, em que ele é entendido como acesso, permanência e qualidade.
Assim, o sentido de um Sistema de Avaliação Educacional está vinculado à dispo-nibilização de um diagnóstico preciso que permita uma análise consistente e con-fi ável da educação ofertada na cidade de Curitiba. A precisão dos diagnósticos está diretamente associada a informações obtidas por instrumentos confi áveis.
O Simare Curitiba é composto por testes e questionários respondidos pelos es-tudantes, professores, pedagogos, diretores e também pelo Conselho de Escola e equipe gestora (composta pela equipe diretiva e pedagógica), os dois últimos respondidos coletivamente. Além dos resultados obtidos no Simare Curitiba, o Sistema de Avaliação Educacional utiliza informações sobre situação socioeco-nômica, inclusão, benifi ciários do Bolsa-Família, outras avaliações em larga esca-la (Prova Brasil e ANA), entre outras variáveis que possam contribuir para análise.
As ações da SME, em qualquer âmbito, são planejadas a partir de subsídios teóricos e legais e pelo sistema de ava-liação, conforme o esquema a seguir:
LBD 9394/96OF 1998
PNE 2014-2024Legislaçãomunicipal
Subsídiosteóricos e
legais
PrincípiosEquidade,
Democracia,Trabalho coletivo,
Autonomia e intersse público
Literatura da
área Planejamento de ações
para garantia do direito à educação
Sistema de avaliação
educacional
SimareCuritiba
Parâmetros e indicadores
de qualidade
Informaçõescontextuais e
socioeconômicas
Dados de inclusão
IDEB
Os testes avaliam apenas uma parcela
dos conteúdos e conhecimentos
trabalhados pela escola, considerando a
distribuição destes ao longo dos anos e
dos ciclos.
As avaliações em larga escala, por vezes, parecem dis-tantes da realidade escolar, a começar pelo ritual da prova, do preenchimento do gabarito, entre outras coisas que os estudantes, principalmente os dos anos iniciais, não estão habitua-dos. Além disso, também existe a preocupação com a divergên-cia entre o conteúdo avaliado e o conteúdo curricular estabele-cido. Nesse sentido, cabem al-guns esclarecimentos: o Simare Curitiba mede o desempenho do estudante por meio de uma escala, considerando a profi ciência esperada para cada ano avaliado. O teste prevê comparabilidade entre os anos que partici-parão dos teste. Então, por exemplo, os testes do 8.° ano tem alguma questão igual ao teste do 6.° ano, assim como o teste do 6.° tem questões também presentes no teste do 4.° ano.
Essa metodologia considera o processo de ensino e permite a comparabilidade entre os anos, informações essas importantes para compor o resultado dos testes. Além disso, os testes possuem elementos que possibi-litam ao CAEd (Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação), avaliar o próprio instrumento.
Portanto, os testes avaliam apenas uma parcela dos conteúdos e conhecimentos trabalhados pela escola, considerando a distribuição destes ao longo dos anos e
dos ciclos. Há questões comuns entre os anos avaliados que servem de base para a comparabilidade, ou
seja, o teste referente à avaliação de um determinado ano terá tanto questões
com menor quanto com maior grau de complexidade.
As informações geradas pelos testes são de suma importância para formulação de políticas pú-blicas, desde cursos oferecidos aos professores, a ação destes
profi ssionais em sala de aula, até os encaminhamentos da equipe
gestora para escola.
Os testes são compostos por questões re-lativas à matriz de referência (elaborada por pro-
fi ssionais da RME), com base nas diretrizes curriculares vigentes, ou seja, mesmo com várias questões metodo-lógicas que infl uenciam, a avaliação foi planejada para contemplar o maior número de questões que se relacio-nem com a proposta curricular da SME e com os encami-nhamentos pedagógicos.
Os testes do Simare Curitiba não substituem as avalia-ções feitas pelos professores em sala de aula, mas os resultados proporcionados por ele podem contribuir para refl exão do trabalho pedagógico, como um instru-mento aliado aos outros mecanismos organizados pelos professores. A escola tem elementos importantes para analisar os resultados in loco, pois conhece o estudan-
SIMARE 2014 12 REVISTA PEDAGÓGICA
te e tem instrumentos para ponderar o conceito rece-bido com elementos pontuais. Então, temos uma série de elementos que a escola pode usar para analisar os resultados do Simare Curitiba e planejar ações a partir dele, conforme o esquema a baixo:
Testesdo
SimareDados
contextuais PrincípiosAções para
garantia do direito à educação
Avaliaçõesescolares
Subsídiosteóricose legais
A SME defende a BOA ESCOLA como aquela que pro-picia escolarização, como o bem público cujo acesso e fruição assegurem o direito à educação, reconhecido e garantido para todos. Nessa perspectiva, as ações da SME, dos NREs e das escolas devem ser articuladas sob a égide da democracia, da equidade, do trabalho coletivo, da autonomia e do interesse público, e resul-tar em propostas e práticas educacionais mais justas e equânimes.
Isto se justifi ca porque a democra-cia é prerrogativa legal. Portanto, é necessário olhar as informações sobre a ação pedagógica desen-volvida em determinada unidade educativa por todos os segmen-tos que integram aquela comuni-dade. A discussão e análise não podem estar ancoradas por crité-rios de culpabilização e vitimização individualizada, mas sim, de forma profi ssional, na busca de práticas para superação que devem ser assumidas por todos coletivamente.
Por outro lado, também o estudante tem direito de ex-perimentar práticas democráticas no processo acadê-mico. Assim, a discussão e análise também devem se estender a eles, no sentido de compreenderem os re-sultados como responsabilidade de todos.
Nessa perspectiva, a democracia e o trabalho coletivo devem pautar todas as formas e espaços de discussão articulados para este fi m. O trabalho coletivo é inerente ao trabalho pedagógico, seja no âmbito do sistema de ensino, da escola ou da sala de aula e está diretamente ligado à efetivação da gestão democrática.
A autonomia perpassa a ação de todos os profi ssionais da educação, considerando sua formação, seu conhe-
cimento e sua competência para tomada de decisões. Porém, a autonomia é embazada nas leis vigentes e não deve ferir a gestão democrática e a garantia do direito à educação do estudante. Nessa direção, também cabe à equipe gestora a promoção de formas autônomas no di-recionamento de ações pedagógicas. A apropriação do sentido dos resultados, de forma profunda e argumen-tada, dá elementos aos sujeitos da ação pedagógica de deliberar com mais autonomia.
Entretanto, a autonomia na deliberação deve estar sem-pre vinculada a garantia do direito a educação, ou seja, ao interesse público, e não privilegiando interesses pri-vados, seja de um grupo ou de indivíduos, pois a escola é um espaço público que pertence a todos.
Nesse viés, a distribuição do direito à educação em sociedades desiguais exige do Estado a equa-
lização das trajetórias educacionais. Des-sa forma, a análise dos resultados do
Simare Curitiba, ainda que operado democrática e coletivamente, per-de o sentido se não estiver vincu-lada ao princípio de equidade, que é princípio orientador de ações que busquem equalizar trajetórias dos estudantes. As-
sim, o plano de ação das escolas, o planejamento dos professores e
todas as decisões tomadas em todo âmbito da SME devem contemplar esse
princípio.
A análise das informações do Simare Curitiba, bem como a sua incorporação nas decisões sobre as práti-cas pedagógicas, deve conduzir ações que objetivam diminuir as diferenças nos processos de escolarização oriundas de pontos de partida diferentes ou diversos. Ainda que, historicamente, os sistemas de avaliação e testes de rendimento por vezes tenham sido usados para ranquear e responsabilizar unidades educacionais e professores pelo sucesso ou fracasso escolar, des-considerando as trajetórias e todos os elementos que infl uenciam o rendimento escolar, o Simare Curitiba busca superar esse modelo meritocrático e propõe a responsabilização de todos pelo ato educativo, nos di-ferentes níveis e âmbitos da SME, a partir do diagnósti-co fornecido pelos diferentes instrumentos avaliativos.
A apropriação do sentido dos
resultados, de forma profunda e
argumentada, dá elementos aos
sujeitos da ação pedagógica de
deliberar com mais autonomia.
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 13 SIMARE 2014
A Revista Pedagógica foi criada para você, professores e professoras, pensando em oferecer informações que possam aprimorar seu conhecimento sobre a avaliação educacional e, consequentemente, contribuir para a sua prática docente. Organiza-da com esse objetivo, a publicação apresenta os principais elementos das avalia-ções em larga escala, como a Matriz de Referência e os Padrões de Desempenho. Nela, você encontrará, também, os resultados de sua escola, que representam um importante subsídio para reflexão e planejamento do seu trabalho pedagógico.
O PAPEL DESEMPENHADO PELOS PROFESSORES NOS SISTEMAS DE
AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA
2
A avaliação educacional em larga escala, tema que se tornou central para a edu-cação brasileira, especificamente, por se relacionar com a possibilidade de reali-zação de uma reforma educacional efetiva no país, possui características próprias, que a diferenciam em relação a outras formas de avaliação. Tal modelo avaliativo se destina à produção de diagnósticos sobre a qualidade da educação oferecida pelas redes de ensino, e é justamente neste nível, o da rede, que o interesse da avaliação em larga escala repousa. Assim, é possível afirmar que os instrumentos avaliativos em larga escala perseguem uma compreensão em nível macro, permi-tindo uma análise geral da rede de ensino avaliada.
Com isso, a princípio, a concepção de um sistema de avaliação em larga escala faz parecer que seus instrumentos, e os diagnósticos que são capazes de produzir, se destinam a um público específico, qual seja, os gestores das redes de ensino, secretários de educação, equipe técnica dos órgãos de gestão, superintendentes etc. De fato, as informações oriundas das avaliações em larga escala passaram a possibilitar a esses atores envolvidos com a educação uma análise que as avalia-ções conduzidas pelos professores, em cada unidade escolar, não são capazes de fornecer. E esse é um ponto elementar para conhecer a importância, os objetivos e a efetividade de um sistema de avaliação em larga escala. Sem os diagnósticos desses sistemas, não há dúvida, nosso entendimento em relação às redes de ensi-no é reduzido a um conjunto de impressões colhidas por atores específicos (como gestores escolares e professores), e jamais formará uma base sólida para que de-cisões educacionais possam ser tomadas com algum nível de segurança.
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 15 SIMARE 2014
O suporte para a tomada de decisões, aliás, é um dos as-pectos justificadores e definidores da avaliação em larga escala. Os resultados que elas são capazes de produzir são destinados, em última instância, a servir de suporte para que decisões sejam tomadas no âmbito educacio-nal. Isso não quer dizer, evidentemente, que as deci-sões só possam ser tomadas com base nas informações das avaliações. Os agentes educacionais e escolares sempre tiveram que tomar decisões, independente da existência dos sistemas de avaliação. Contudo, e nos-sa história educacional recente reforça esse ponto de vista, ter acesso a um amplo conjunto de diag-nósticos sobre a qualidade da educação oferecida por nossas redes de ensino representa um salto na qualidade das próprias decisões tomadas na seara educacional. As difíceis escolhas apresentadas àque-les que vivem a educação em seu cotidiano se tornam menos complexas à medida que tais atores se alimentam com infor-mações capazes de lhes dar um suporte para a ação. Isso quer dizer que a avaliação significa a possibili-dade de escolher melhor os caminhos a serem trilhados, estando, necessariamente, para sua eficácia, ligada à ação.
Delineado este cenário, pode parecer, equivocamente, que aos atores mais diretamente ligados ao dia a dia da escola, como os professores e os gestores, não é reser-vado nenhum papel preponderante no que diz respeito às avaliações em larga escala. Ao se debruçarem sobre diagnósticos da rede como um todo, os sistemas de ava-liação se apresentam como estranhos e indiferentes às práticas docentes, tendo, desta maneira, pouco a dizer aos professores. Mesmo àqueles que reconhecem a im-portância da avaliação em larga escala para a tomada
de decisões relacionadas à rede de ensino, a avaliação pode se apresentar como um instrumento inócuo para lidar com os problemas que os docentes encontram no âmbito das escolas, visto que o instrumento avaliativo, ao contrário do trabalho do professor, desconheceria o “chão da escola”. Afinal, se é fundamental que proble-mas educacionais sejam atacados tendo como foco a rede de ensino, não é menos importante que se reco-nheça a necessidade de enfrentar as dificuldades en-frentadas por cada unidade escolar, em específico. Nes-se último caso, a avaliação, aos olhos docentes, pode
ser vista como um elemento pouco produtivo.
Articulada a essa forma de entendimen-to, há a visão que antagoniza os ob-
jetivos e os efeitos das avaliações realizadas pelos professores em sala de aula com os daquelas realizadas no conjunto dos sis-temas de avaliação em larga escala. Ao ver a avaliação ex-terna como algo desconexo de
sua realidade, o corpo docente termina não somente por conside-
rar que tais instrumentos avaliativos, externos à escola, não dialogam com
suas dificuldades, mas, além disso, termina por impedir que as avaliações realizadas em sala de
aula atinjam seus efeitos pedagógicos. Em regra, a pola-rização entre essas duas formas de avaliação gera, por parte dos professores, de um lado, a não utilização dos resultados produzidos pelos sistemas de avaliação, ou, em outro extremo, a utilização radical e incompreendida dessas informações.
Essa maneira de compreender a avaliação em larga es-cala e sua (não) relação direta com os problemas enfren-tados pelas escolas tende a ganhar força entre os pro-fessores e tem como resultado mais imediato e visível a
O suporte para a tomada de decisões,
aliás, é um dos aspectos justificadores e
definidores da avaliação em larga escala.
SIMARE 2014 16 REVISTA PEDAGÓGICA
resistência aos processos avaliativos, que, por sua vez, leva à ausência de ação com base nos diagnósticos. A postura oriunda desse entendimento diminui as possi-bilidades que, efetivamente, os sistemas de avaliação têm para estabelecer relações produtivas com as esco-las. Para contornar esse problema, é preciso desfazer alguns pontos de incompreensão sobre as avaliações em larga escala.
Se os sistemas de avaliação se dedicam, conforme res-saltamos anteriormente, à produção de diagnósticos sobre a rede de ensino, isso não significa que as escolas também não possam fazer uso das informações oriundas de tais sistemas. O enfoque é cobrir o sistema, mas, para tanto, é necessário produzir informações sobre as unidades escolares da rede. Isso quer di-zer que as escolas têm acesso a informações específicas de sua própria realidade. O enten-dimento desse ponto desfaz a ideia de que a avaliação em larga escala se destina, exclusivamente, aos atores envolvidos em um nível macroeducacional, ressaltando que pro-fessores e professoras e equipes gestoras escolares também desempenham papeis importantes.
No caso do corpo docente, especificamente, entender o seu papel implica compreender o que os resultados das avaliações realmente podem dizer, eliminando a leitura que coloca em posições antagônicas as avaliações que os professores e professoras realizam em sala de aula e os sistemas de avaliação. Ao reconhecerem que essas diferentes formas de conduzir o processo avaliativo pos-suem objetivos e objetos distintos, os professores esta-rão em condições de vislumbrar aquilo que os resultados das avaliações em larga escala podem oferecer para o
seu trabalho em sala de aula. Eliminando o antagonismo, o que resta é a percepção de que essas duas posturas avaliativas se complementam. Com isso, os resultados das avaliações em larga escala podem ser vistos como uma valiosa fonte de informação para o professor, que, a partir deles, é capaz de repensar suas práticas peda-gógicas, identificando o que pode ser alterado e o que precisa ser reforçado. Além disso, os resultados das avaliações refletem as dificuldades e os sucessos expe-rimentados por toda a rede de ensino, fornecendo ao professor uma leitura geral de situações que ele passa
a ver como compartilhadas por outras escolas. E problemas compartilhados abrem espaço
para a busca de soluções compartilha-das, que exigem, dessa maneira, a
troca contínua de experiências.
Esse pode ser um efeito virtuoso da utilização das avaliações em larga escala pelos professores e professoras nas escolas. Acima de tudo, a avaliação externa é um
convite. Ela, como um instrumen-to, não é capaz de solucionar, por
si só, todos os problemas escolares. Entretanto, é capaz de nos ajudar a iden-
tificá-los, o que é um passo necessário para que soluções sejam encontradas. Esse convite é feito a todos aqueles que estão envolvidos com a educação. O professores e professoras, não resta dúvida, são atores fundamentais. Para que o direito à educação de qualida-de se efetive, todos precisam, sem demagogia, assumir sua parcela de responsabilidade. Ao professor cabe o aceite a esse convite. A BOA ESCOLA não depende so-mente dos professores, mas jamais ocorrerá sem eles.
Com isso,
os resultados das
avaliações em larga escala
podem ser vistos como uma
valiosa fonte de informação para o
professor, que, a partir deles, é capaz de
repensar suas práticas pedagógicas,
identificando o que pode ser
alterado e o que precisa ser
reforçado.
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 17 SIMARE 2014
ITENS
Os itens que compõem os testes são analisados, pedagógica e estatisticamente, permitindo uma maior compreensão do desenvolvimento dos estudantes nas habilidades avaliadas.
página 30
PADRÕES DEDESEMPENHO
A partir da identificação dos objetivos e das metas de aprendizagem, são estabelecidos os Padrões de Desempenho estudantil, permitindo identificar o grau de desenvolvimento dos estudantes e acompanhá-los ao longo do tempo.
página 30
CONTEÚDOAVALIADO
Reconhecida a importância da avaliação, é necessário definir o conteúdo que será avaliado. Para tanto, especialistas de cada área de conhecimento, munidos de conhecimentos pedagógicos e estatísticos, realizam uma seleção das habilidades consideradas essenciais para os estudantes. Esta seleção tem como base o currículo.
MATRIZ DEREFERÊNCIA
O currículo é a base para a seleção dos conteúdos que darão origem às Matrizes de Referência. A Matriz elenca as habilidades selecionadas, organizando-as em competências.
página 23
POLÍTICA PÚBLICA
O Brasil assumiu um compromisso, partilhado por estados, municípios e sociedade, de melhorar a qualidade da educação oferecida por nossas escolas. Melhorar a qualidade e promover a equidade: eis os objetivos que dão impulso à avaliação educacional em larga escala.
DIAGNÓSTICOS EDUCACIONAIS
Para melhorar a qualidade do ensino ofertado, é preciso identificar problemas e lacunas na aprendizagem, sendo necessário estabelecer diagnósticos educacionais.
1POR QUE AVALIAR?
2O QUE AVALIAR?
3COMO TRABALHAR OS RESULTADOS?
SIMARE 2014 18 REVISTA PEDAGÓGICA
COMPOSIÇÃO DOS CADERNOS
Através de uma metodologia especializada, é possível obter resultados precisos, não sendo necessário que os estudantes realizem testes extensos.
página 28
PORTAL DAAVALIAÇÃO
Para ter acesso a toda a Coleção e a outras informações sobre a avaliação e seus resultados, acesse o site
www.simare.caedufjf.net.
RESULTADOS DAESCOLA
A partir da análise dos resultados da avaliação, um diagnóstico confiável do ensino pode ser estabelecido, servindo de subsídio para que ações e políticas sejam desenvolvidas, no intuito de melhorar a qualidade da educação oferecida.
página 44
AVALIAÇÃO
Para que diagnósticos sejam estabelecidos, é preciso avaliar. Não há melhoria na qualidade da educação que seja possível sem que processos de avaliação acompanhem, continuamente, os efeitos das políticas educacionais propostas para tal fim.
No diagrama a seguir, você encontrará, de forma su-cinta, os fundamentos principais do sistema de avalia-ção, começando pelo objetivo que fomenta a criação da avaliação em larga escala até a divulgação de seus resultados. Aqui, também, encontram-se as indicações das páginas nas quais alguns conceitos relativos ao tema são apresentados com mais detalhes.
O CAMINHO DA AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 19 SIMARE 2014
Para que as avaliações sejam utilizadas de forma significativa em benefício da educação, faz-se necessário compreender e interpretar os resultados obtidos pelos estudantes nos testes de proficiência. Para isso, é importante conhecer a metodologia que guia a elaboração dos testes e a produção dos resultados.
Nesta seção, você conhecerá os elementos que orientam a avaliação do Sima-re: a Matriz de Referência, a composição dos cadernos de testes, a Teoria da Resposta ao Item (TRI), os Padrões de Desempenho e alguns exemplos de itens.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS E ANÁLISES PEDAGÓGICAS
3
As relações entre a Matriz de Referência e o currículo
A avaliação educacional em larga escala, diante da sua recente expansão no Brasil,a rigor, trata-se, do ponto de vista histórico, de um tema ainda relativamente novo e, exige, para a efetividade de sua proposta, que uma série de conceitos seja entendida pelos profissionais ligados à educação, na escola e fora dela. É crucial que a conceituação que envolve a avaliação educacional seja apropriada pelos agentes educacionais, sob pena de comprometermos a possibilidade de trabalhar com os diagnósticos produzidos pelos sistemas, em benefício das redes, das escolas e, evidentemente, dos estudantes.
Há conceitos que são próprios da avaliação em larga escala, justificando sua existên-cia, e tendo sua esfera de sentido delimitada, no âmbito dos sistemas de avaliação. É o caso, por exemplo, da Matriz de Referência. Esse conceito é muito importante para a avaliação em larga escala e pode gerar uma série de dúvidas, por se relacionar, dire-tamente, com o currículo. A relação entre a Matriz de Referência e o currículo é, muitas vezes, entendida sob um prisma diverso do que aquele proposto pelos sistemas de avaliação. Em especial, para o professor, é necessário compreender a natureza dessa relação, bem como seus limites.
Matriz de Referência não se confunde, em absoluto, com Matriz Curricular (currículo). Elas são documentos relacionados, mas possuem objetos e objetivos distintos. A Matriz de Referência é dotada de um âmbito de atuação mais estreito e delimitado do que a Matriz Curricular. A primeira diz respeito ao contexto das avaliações em larga escala, ao passo que a segunda se relaciona com aspectos que, embora envolvam, extrapolam o âmbito da avaliação.
A Matriz Curricular direciona a produção do currículo em uma série de pontos: os obje-tivos do ensino e da aprendizagem, os conteúdos e as habilidades a serem desenvol-vidos, as metodologias a serem utilizadas, os processos de avaliação etc. É um docu-mento que se relaciona com o ensino e com a aprendizagem em múltiplas dimensões, levando em consideração todas as atividades de caráter pedagógico que as institui-ções escolares devem exercer. Com isso, é preciso que se reconheça que a Matriz Curricular não é o objeto de uma avaliação em larga escala. Quando estamos diante de um sistema de avaliação, não é o currículo, como um todo, que está sendo avaliado.
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 21 SIMARE 2014
A Matriz de Referência, por sua vez, é o objeto que dará origem aos instrumentos dos sistemas de avaliação. É o documento que fornece a direção para o que será avaliado nos testes cognitivos. É a partir dela que os itens dos testes são produzidos. Tendo como fonte a Matriz Curricular, a Matriz de Referência, contudo, é um conjunto delimitado de habilidades e competências tidas como essenciais para cada etapa de escolaridade avaliada. As Matrizes de Referência, portanto, não se referem, diretamente, a conteúdos a serem ensinados, mas, antes, a habilidades e competências a serem desenvolvidas.
Como objeto de uma avaliação, a Matriz de Referência é formada por um conjunto de elementos que descrevem as habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes. Por seu caráter descritivo, tais elementos são chamados de descritores. Cada descritor apresenta uma, e somente uma, habilidade. Cada item do teste, por sua vez, está rela-cionado a apenas um descritor. É importante ressaltar que as matrizes são específicas para cada disciplina e cada etapa de escolaridade avaliadas.
Com isso, podemos afirmar que, necessariamente, a Matriz de Referência se baseia na Matriz Curricular, mas com essa última não se confunde. A Matriz de Referência envolve uma parte importante do currículo, mas não é capaz, pela própria natureza dos testes de proficiência, de abarcar todo o conteúdo curricular. Assim, tudo que está na Matriz de Referência já se encontra no currículo, mas nem toda previsão curricular é abarcada pela Matriz de Referência. Além de ser baseada no currículo, a Matriz de Referência, em seu processo de construção, envolve outros elementos, como a consulta a pesquisas em livros didáticos, debates com educadores e pesquisadores na área de educação, envolvimento de professores e gestores das redes de ensino.
O entendimento da relação entre o currículo e a Matriz de Referência definirá a forma como o professor se valerá dos resultados da avaliação educacional em seu trabalho pedagógico, se apresentando, por conta disso, como um ponto basilar. Por não esgotar os conteúdos curriculares que devem ser trabalhados em sala de aula, sempre mais amplos e complexos, a Matriz de Referência não deve ser confundida como estratégia de ensino, seleção de conteúdos mais importantes, diretriz de trabalho pedagógico ou proposta curricular. Isso quer dizer que o professor deve se pautar na Matriz Curricular para a condução de seu processo de ensino e não se concentrar, somente, nas habi-lidades previstas na Matriz de Referência. Ao cumprir o currículo, o professor já estará abarcando as habilidades da Matriz de Referência. E a efetivação do currículo é o que se espera de todo corpo docente.
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Matriz de Referência de Ciências8º ano do Ensino Fundamental
Os descritores associam o conteúdo curricular a operações cogni-tivas, indicando as habilidades que serão avaliadas por meio de um item.
DescritoresD
O item é uma questão utilizada nos testes de uma avaliação em lar-ga escala e se caracteriza por avaliar uma única habilidade indicada por um descritor da Matriz de Referência.
ItemI
(N080352E4) Há uma extensa variedade de formas de vida encontradas no planeta Terra. Dentro dessa variedade, há seres com características morfológicas distintas, como, por exemplo, um grupo de organismos que possuem células sem carioteca.Esse grupo de seres é denominadoA) autótrofo.B) eucarionte.C) heterótrofo.D) procarionte.
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 23 SIMARE 2014
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ação
do
oxig
ênio
e d
o gá
s ca
rbôn
ico
na
foto
ssín
tese
e n
a re
spira
ção
dos
sere
s ae
róbi
os a
ssoc
iand
o-os
a e
sses
pr
oces
sos.
X
D2
Reco
nhec
er a
exi
stên
cia
do a
r.Re
conh
ecer
a e
xist
ênci
a d
o a
r a
par
tir d
e s
uas
pro
prie
dade
s
(mas
sa,
peso
e v
olum
e).
X
D3
Iden
tifica
r os
esta
dos
físic
os d
a ág
ua.
Iden
tifica
r os
dife
rent
es e
stad
os f
ísic
os q
ue a
águ
a p
ode
ser
en
cont
rada
na
natu
reza
.X
D4
Rela
cion
ar o
cic
lo d
a á
gua
com
a f
orm
ação
das
chu
vas
e o
aba
stec
imen
to d
e re
serv
atór
ios.
Com
pree
nder
co
mo
se
for
mam
as
ch
uvas
e
com
o o
s
man
anci
ais
são
reab
aste
cido
s.X
D5
Reco
nhec
er o
pro
cess
o de
form
ação
do
solo
.
Reco
nhec
er q
ue o
sol
o é
form
ado
pelo
s pr
oces
sos
de d
esga
ste
das
roch
as e
de
tran
sfor
maç
ão d
a m
atér
ia o
rgân
ica
em d
ecom
posi
ção.
X
Reco
nhec
er c
omo
os p
roce
ssos
de
inte
mpe
rism
o fís
icos
e q
uím
icos
co
ntrib
uem
par
a a
form
ação
do
solo
.X
D6
Com
pree
nder
os
impa
ctos
da
polu
ição
par
a a
vida
e a
mbi
ente
na
Terr
a.Re
conh
ecer
as
con
sequ
ênci
as
da p
olui
ção
(dim
inui
ção
da
águ
a
potá
vel,
da
biod
iver
sida
de e
o a
pare
cim
ento
de
doen
ças)
par
a a
vida
no
plan
eta.
X
D7
Reco
nhec
er
a r
elaç
ão
de
inte
rdep
endê
ncia
en
tre
fat
ores
abi
ótic
os e
bió
ticos
.Re
conh
ecer
a re
laçã
o de
inte
rdep
endê
ncia
ent
re fa
tore
s ab
iótic
os (
água
, lu
z do
Sol
, sol
o, a
r e te
mpe
ratu
ra)
e bi
ótic
os (s
eres
viv
os).
X
D8
Reco
nhec
er r
elaç
ões
eco
lógi
cas
ent
re o
s s
eres
viv
os d
e u
m e
coss
iste
ma.
Reco
nhec
er re
laçõ
es e
coló
gica
s ha
rmôn
icas
(soc
ieda
de, c
olôn
ia e
m
utua
lism
o) e
des
arm
ônic
as (c
ompe
tição
, pre
datis
mo
e pa
rasi
tism
o).
X
D9
Reco
nhec
er o
s ní
veis
trófi
cos
em u
ma
cade
ia a
limen
tar.
Reco
nhec
er o
s ní
veis
trófi
cos
de u
ma
cade
ia a
limen
tar (
prod
utor
es,
cons
umid
ores
e d
ecom
posi
tore
s).
X
D10
Rela
cion
ar
situ
açõe
s d
e d
eseq
uilíb
rio
ambi
enta
l à
s a
ções
ant
rópi
cas.
Rela
cion
ar in
terv
ençõ
es h
uman
as n
o a
mbi
ente
(int
rodu
ção
e ex
tinçã
o d
e es
péci
es, d
espe
rdíc
io d
e re
curs
os n
atur
ais,
pol
uiçã
o do
ar
, im
perm
eabi
lizaç
ão d
o so
lo, d
esm
atam
ento
, ocu
paçã
o irr
egul
ar
de a
mbi
ente
s co
nser
vado
s e
desc
arte
inad
equa
do d
e lix
o) a
os
dese
quilí
brio
s am
bien
tais
e s
uas
cons
equê
ncia
s.
X
D11
Reco
nhec
er a
s pr
oprie
dade
s do
ar.
Reco
nhec
er a
s p
ropr
ieda
des
do
ar
(mas
sa,
elas
ticid
ade,
co
mpr
essi
bilid
ade,
exp
ansi
bilid
ade
e pr
essã
o).
X
D12
Com
pree
nder
o c
iclo
da
água
.C
ompr
eend
er o
cic
lo d
a ág
ua n
a na
ture
za (m
udan
ças
de e
stad
o qu
e oc
orre
m: e
vapo
raçã
o, c
onde
nsaç
ão e
sol
idifi
caçã
o).
X
D13
Iden
tifica
r mud
ança
s de
est
ado
físic
o da
águ
a.Id
entifi
car,
em s
ituaç
ões
cotid
iana
s, a
fusã
o, a
eva
pora
ção,
a e
buliç
ão, a
co
nden
saçã
o e
solid
ifica
ção
com
o m
udan
ças
de e
stad
o fís
ico
pela
s qu
ais
a ág
ua p
assa
.X
D14
Reco
nhec
er c
arac
terís
ticas
com
uns
a to
dos
os s
eres
viv
os.
Reco
nhec
er q
ue t
odos
os
ser
es v
ivos
apr
esen
tam
cé
lula
s, m
ater
ial
gené
tico,
met
abol
ism
o, c
apac
idad
e de
repr
oduç
ão, p
odem
sof
rer
mut
açõe
s e
evol
uem
.X
SIMARE 2014 24 REVISTA PEDAGÓGICA
MAT
RIZ
DE
REF
ERÊN
CIA
DE
CIÊ
NC
IAS
- EN
SIN
O F
UN
DA
MEN
TAL
DES
CR
ITO
RC
ON
HEC
IMEN
TOD
ETA
LHA
MEN
TOA
NO
S D
O E
. F.
4º6º
8º
D15
Iden
tifica
r os
sere
s vi
vos
de a
cord
o co
m a
cla
ssifi
caçã
o bi
ológ
ica
e ev
olut
iva.
Iden
tifica
r os
prin
cipa
is g
rupo
s d
e s
eres
viv
os d
e a
cord
o c
om
cara
cter
ístic
as m
orfo
lógi
cas
e ev
olut
ivas
(núm
ero
de c
élul
as, t
ipo
de
célu
las
e nu
triç
ão).
X
D16
Iden
tifica
r as
prin
cipa
is fo
ntes
de
nutr
ient
es p
ara
o or
gani
smo
hum
ano.
Iden
tifica
r os
alim
ento
s co
nsid
erad
os fo
ntes
de
carb
oidr
atos
, lip
ídeo
s,
vita
min
as e
pro
teín
as.
X
D17
Reco
nhec
er a
s fu
nçõe
s da
águ
a no
cor
po h
uman
o.Re
conh
ecer
a p
artic
ipaç
ão d
a ág
ua n
os p
roce
ssos
de
regu
laçã
o té
rmic
a,
excr
eção
, hid
rata
ção
e at
ivid
ades
met
aból
icas
.X
D18
Reco
nhec
er c
once
itos
da g
enét
ica
bási
ca.
Reco
nhec
er
os
conc
eito
s d
e D
NA
, c
rom
osso
mos
, g
ene
e
cara
cter
ístic
as h
ered
itaria
s.X
D19
Iden
tifica
r med
idas
de
sane
amen
to b
ásic
o.Id
entifi
car
a c
olet
a d
e li
xo,
trat
amen
to d
e á
gua
e e
sgot
o c
omo
m
edid
as d
e sa
neam
ento
bás
ico
para
pro
moç
ão d
a sa
úde.
X
D2
0Re
conh
ecer
doe
nças
rela
cion
adas
à á
gua.
Reco
nhec
er d
oenç
as re
laci
onad
as à
águ
a (v
erm
inos
es, d
engu
e e
lept
ospi
rose
), as
sim
com
o su
as fo
rmas
de
prev
ençã
o.X
D2
1Re
conh
ecer
doe
nças
que
pod
em s
er v
eicu
lada
s pe
lo a
r, as
sim
com
o su
as fo
rmas
de
prev
ençã
o.Re
conh
ecer
doe
nças
que
pod
em s
er v
eicu
lada
s pe
lo a
r (m
enin
gite
, ru
béol
a e
grip
es),
assi
m c
omo
suas
med
idas
pro
filát
icas
.X
D2
2C
ompr
eend
er
a i
mpo
rtân
cia
da
des
tinaç
ão
adeq
uada
ao
s re
sídu
os s
ólid
os.
Rela
cion
ar o
des
tino
dos
resí
duos
sól
idos
à m
anut
ençã
o da
saú
de
cole
tiva.
X
D2
3Id
entifi
car
doe
nças
v
eicu
lada
s
pelo
s
olo
ou
p
ela
ág
ua c
onta
min
ados
.Id
entifi
car a
s pr
inci
pais
car
acte
rístic
as (p
rofil
axia
, sin
tom
as e
age
nte
etio
lógi
co) d
e do
ença
s ve
icul
adas
pel
o so
lo o
u pe
la á
gua
cont
amin
ada,
co
mo
téta
no, h
epat
ite A
, lep
tosp
irose
e v
erm
inos
es.
X
D2
4Id
entifi
car d
oenç
as v
eicu
lada
s pe
lo a
r.Id
entifi
car a
s pr
inci
pais
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acte
rístic
as (p
rofil
axia
, sin
tom
as e
age
nte
etio
lógi
co) d
e do
ença
s ve
icul
adas
pel
o ar
(men
ingi
te e
grip
es).
X
D2
5Re
laci
onar
o s
anea
men
to b
ásic
o à
qual
idad
e de
vid
a.Re
laci
onar
o a
bast
ecim
ento
de
água
pot
ável
, o tr
atam
ento
do
esgo
to
sani
tário
e d
os re
sídu
os s
ólid
os e
a d
rena
gem
das
águ
as p
luvi
ais
à pr
omoç
ão d
a sa
úde
cole
tiva.
X
D2
6Re
laci
onar
o d
estin
o do
s re
sídu
os s
ólid
os à
qua
lidad
e de
vid
a.Re
laci
onar
o d
estin
o d
os r
esíd
uos
sólid
os (
ater
ro s
anitá
rio,
lixão
, in
cine
raçã
o, u
sina
de
sepa
raçã
o e
reci
clag
em) à
man
uten
ção
da s
aúde
co
letiv
a.X
D2
7Re
conh
ecer
os
níve
is d
e or
gani
zaçã
o do
cor
po h
uman
o.Re
conh
ecer
os
níve
is d
e or
gani
zaçã
o do
cor
po h
uman
o (c
élul
as, t
ecid
os,
órgã
os, s
iste
mas
e o
rgan
ism
os).
X
D2
8Re
conh
ecer
con
ceito
s bá
sico
s so
bre
repr
oduç
ão h
uman
a.Re
conh
ecer
con
ceito
s d
e e
jacu
laçã
o, m
enop
ausa
, m
enst
ruaç
ão,
perío
do fé
rtil,
fecu
ndaç
ão e
ovu
laçã
o.X
D2
9Re
conh
ecer
atit
udes
que
col
abor
am p
ara
a p
rese
rvaç
ão d
a sa
úde
indi
vidu
al e
co
letiv
a.Re
conh
ecer
açõ
es n
eces
sária
s pa
ra a
pro
moç
ão d
a sa
úde
(alim
enta
ção
saud
ável
, ativ
idad
es fí
sica
s, d
esca
nso,
laze
r e a
mbi
ente
).X
D30
Iden
tifica
r os
com
pone
ntes
do
sang
ue.
Iden
tifica
r os
com
pone
ntes
do
sang
ue a
par
tir d
e su
as fu
nçõe
s.X
D31
Rela
cion
ar te
cido
s às
sua
s fu
nçõe
s.
Rela
cion
ar o
s di
fere
ntes
teci
dos
do o
rgan
ism
o hu
man
o (e
pite
lial,
conj
untiv
o, m
uscu
lar e
ner
voso
) às
suas
prin
cipa
is c
arac
terís
ticas
(p
rese
nça
de v
asos
san
guín
eos,
pro
xim
idad
e da
s cé
lula
s e
mat
riz
inte
rcel
ular
).
X
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 25 SIMARE 2014
MAT
RIZ
DE
REF
ERÊN
CIA
DE
CIÊ
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IAS
- EN
SIN
O F
UN
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CR
ITO
RC
ON
HEC
IMEN
TOD
ETA
LHA
MEN
TOA
NO
S D
O E
. F.
4º6º
8º
D32
Reco
nhec
er a
fun
ção
de
cad
a ó
rgão
nos
sis
tem
as d
o c
orpo
hum
ano.
Reco
nhec
er a
funç
ão d
e ca
da ó
rgão
nos
dife
rent
es s
iste
mas
ana
tôm
icos
(d
iges
tório
, res
pira
tório
, car
diov
ascu
lar,
nerv
oso,
mus
cula
r, ur
inár
io, g
enita
l e
esqu
elét
ico)
.X
D33
Reco
nhec
er c
omo
o or
gani
smo
reag
e ao
s es
tímul
os d
o am
bien
teRe
conh
ecer
com
o o
org
anis
mo
rece
be,
inte
rpre
ta e
rea
ge a
os
estím
ulos
do
ambi
ente
atr
avés
da
rela
ção
entr
e ci
nco
sent
idos
e o
si
stem
a ne
rvos
o.X
D34
Reco
nhec
er a
rela
ção
entr
e os
sis
tem
as e
nvol
vido
s na
funç
ão d
e co
orde
naçã
o.Re
conh
ecer
que
os
sis
tem
as n
ervo
so e
end
ócrin
o a
tuam
co
njun
tam
ente
na
funç
ão d
e co
orde
naçã
o do
s de
mai
s si
stem
as.
X
D35
Reco
nhec
er a
rela
ção
entr
e os
sis
tem
as e
nvol
vido
s na
funç
ão d
e nu
triç
ão.
Reco
nhec
er c
omo
os s
iste
mas
dig
estó
rio, r
espi
rató
rio, c
ardi
ovas
cula
r e
excr
etor
atu
am c
onju
ntam
ente
na
funç
ão d
e nu
triç
ão.
X
D36
Rela
cion
ar o
s si
stem
as à
s su
as fu
nçõe
s.Re
laci
onar
as
funç
ões
de n
utriç
ão, c
oord
enaç
ão, r
epro
duçã
o a
cada
si
stem
a do
cor
po h
uman
o.X
D37
Rela
cion
ar o
s d
ifere
ntes
tip
os d
e n
utrie
ntes
à s
ua f
unçã
o no
org
anis
mo.
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cion
ar o
s nu
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ntes
às
funç
ões
ener
gétic
a, c
onst
ruto
ra e
regu
lado
ra.
X
D38
Reco
nhec
er o
s m
odos
de
prev
ençã
o da
s pr
inci
pais
doe
nças
que
afe
tam
o s
er h
uman
o.Re
conh
ecer
os
m
odos
de
pr
even
ção
con
tra
doe
nças
in
fect
ocon
tagi
osas
, par
asitá
rias,
deg
ener
ativ
as, o
cupa
cion
ais,
car
enci
ais
e pr
ovoc
adas
por
toxi
nas.
X
D39
Iden
tifica
r ast
ros
do S
iste
ma
Sola
r.
Iden
tifica
r ast
ros
do S
iste
ma
Sola
r: pl
anet
as, p
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ta a
não,
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rela
s e
saté
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nat
urai
s.X
Iden
tifica
r a p
artir
do
tam
anho
, da
dist
ânci
a re
lativ
a do
Sol
,da
com
posi
ção
e da
pre
senç
a de
sat
élite
s e
anéi
s, o
s pl
anet
as d
o Si
stem
a So
lar.
X
D40
Dife
renc
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stro
s lu
min
osos
de
astr
os il
umin
ados
.D
ifere
ncia
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ros
que
poss
uem
luz
próp
ria d
aque
les
que
não
poss
uem
.X
D41
Reco
nhec
er a
com
posi
ção
da a
tmos
fera
terr
estr
e.Id
entifi
car o
ar c
omo
uma
mis
tura
de
gase
s, c
onte
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cipa
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io, o
xigê
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em s
ua c
ompo
siçã
o.X
D42
Ord
enar
eve
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rela
cion
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rigem
e à
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Ter
ra.
Ord
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ação
da
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osfe
ra e
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trib
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o da
vid
a na
Ter
ra).
X
D43
Rela
cion
ar o
s m
ovim
ento
s da
Ter
ra à
oco
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cia
dos
dias
, noi
tes
e da
s es
taçõ
es d
o an
o.Re
laci
onar
o m
ovim
ento
de
rota
ção
aos
dia
s e
às
noi
tes
e o
m
ovim
ento
de
tran
slaç
ão à
s es
taçõ
es d
o an
o.X
D44
Rela
cion
ar a
est
rutu
ra fí
sica
da
Terr
a à
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SIMARE 2014 26 REVISTA PEDAGÓGICA
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CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 27 SIMARE 2014
TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM (TRI) E TEORIA CLÁSSICA DOS TESTES (TCT)
O desempenho dos estudantes em um teste pode ser
analisado a partir de diferentes enfoques. Através da
Teoria Clássica dos Testes – TCT, os resultados dos estu-
dantes são baseados no percentual de acerto obtido no
teste, gerando a nota ou escore. As análises produzidas
pela TCT são focadas na nota obtida no teste.
A título de exemplo, um estudante responde a uma série
de itens e recebe um ponto por cada item corretamente
respondido, obtendo, ao final do teste, uma nota total,
representando a soma destes pontos. A partir disso, há
uma relação entre a dificuldade do teste e o valor das
notas: os estudantes tendem a obter notas mais altas em
testes mais fáceis e notas mais baixas em testes mais di-
fíceis. As notas são, portanto, “teste-dependentes”, visto
que variam conforme a dificuldade do teste aplicado. A
TCT é muito empregada nas atividades docentes, servin-
do de base, em regra, para as avaliações internas, aplica-
das pelos próprios professores em sala de aula.
COMPOSIÇÃO DOS CADERNOSComposição dos cadernos para a avaliação
Ciências
Ao todo, são 7 modelos diferentes de cadernos.
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Ciências
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1 item
91 itensdivididos em
7 blocos com 13 itens cada
3 blocos (39 itens) formam um caderno
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iiiiiii iiiiiiiiiiiii
SIMARE 2014 28 REVISTA PEDAGÓGICA
A Teoria da Resposta ao Item – TRI, por sua vez, adota um procedimento diferente, baseando-
-se em modelos matemáticos para estimar um determinado traço latente, uma característica não
observável diretamente, como o conhecimento ou a aptidão de um estudante. A TRI atribui ao
desempenho do estudante uma proficiência, não uma nota, que relaciona o conhecimento do
estudante à probabilidade de acerto nos itens referentes aos domínios elencados em uma Matriz
de Referência, que dá origem ao teste. A proficiência é uma estimativa do nível de desempenho
dos estudantes nos conhecimentos dispostos em testes padronizados, formados por questões
de múltiplas alternativas. Para estimar essa proficiência, a TRI leva em conta o padrão de respos-
tas dos estudantes, de acordo com o grau de dificuldade dos itens respondidos por eles.
Através da TRI, é possível determinar parâmetros diferenciados para cada item, em um pro-
cedimento chamado de calibração dos itens. A partir desses parâmetros, são estimadas as
proficiências dos estudantes de acordo com os itens respondidos no teste. O modelo utilizado
na avaliação foi o Modelo Logístico de 3 Parâmetros, que é o mais utilizado para testes de ava-
liação educacional com itens dicotômicos, isto é, itens em que há apenas uma opção correta
entre as alternativas de resposta.
PARÂMETRO “A”
Discriminação - envolve a capacida-de de um item de discriminar, entre os estudantes avaliados, aqueles que desenvolveram os conhecimentos avaliados daqueles que não os de-senvolveram.
PARÂMETRO “B”
Dificuldade - permite mensurar o grau de dificuldade dos itens: fáceis, médios ou difíceis. Os itens estão distribuídos de for-ma equânime entre os diferentes cader-nos de testes, possibilitando a criação de diversos cadernos com o mesmo grau de dificuldade.
PARÂMETRO “C”
Acerto ao acaso - realiza a análise das res-postas do estudante para verificar o acerto ao acaso nas respostas: se for constatado que ele errou muitos itens de baixo grau de dificuldade e acertou outros de grau elevado, situação estatisticamente impro-vável, o modelo deduz que ele respondeu aleatoriamente às questões e reestima a proficiência para um nível mais baixo.
A TCT e a TRI não produzem resultados incompatíveis ou excludentes. Antes, estas duas teo-
rias devem ser utilizadas de forma complementar, fornecendo um quadro mais completo do
desempenho dos estudantes.
O Simare utiliza a TRI para o cálculo da proficiência do estudante, que não depende unicamen-
te do valor absoluto de acertos, já que depende também da dificuldade e da capacidade de
discriminação das questões que o estudante acertou e/ou errou. O valor absoluto de acertos
permitiria, em tese, que um estudante que respondeu aleatoriamente tivesse o mesmo resul-
tado que outro que tenha respondido com base em suas habilidades, elemento levado em
consideração pelo “Parâmetro C” da TRI. O modelo, contudo, evita essa situação e gera um
balanceamento de graus de dificuldade entre as questões que compõem os diferentes cader-
nos e as habilidades avaliadas em relação ao contexto escolar. Esse balanceamento permite
a comparação dos resultados dos estudantes ao longo do tempo e entre diferentes escolas.
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 29 SIMARE 2014
Os Padrões de Desempenho são categorias definidas a partir de cortes numéricos que agru-pam os níveis da Escala de Proficiência, com base nas metas educacionais estabelecidas pelo Simare. Esses cortes dão origem a quatro Padrões de Desempenho – Abaixo do Bá-sico, Básico, Adequado e Avançado –, os quais apresentam o perfil de desempenho dos estudantes.
Desta forma, estudantes que se encontram em um Padrão de Desempenho abaixo do espe-rado para sua etapa de escolaridade precisam ser foco de ações pedagógicas mais espe-cializadas, de modo a garantir o desenvolvimento das habilidades necessárias ao sucesso escolar, evitando, assim, a repetência e a evasão.
Por outro lado, estar no Padrão mais elevado indica o caminho para o êxito e a qualidade da aprendizagem dos estudantes. Contudo, é preciso salientar que mesmo os estudantes posicionados no Padrão mais elevado precisam de atenção, pois é necessário estimulá-los para que progridam cada vez mais.
Além disso, as competências e habilidades agrupadas nos Padrões não esgotam tudo aquilo que os estudantes desenvolveram e são capazes de fazer, uma vez que as habilidades avaliadas são aquelas consideradas essenciais em cada etapa de escolarização e possíveis de serem avaliadas em um teste de múltipla escolha. Cabe aos do-centes, através de instrumentos de observação e registros utilizados em sua prática cotidiana, identificarem outras características apresentadas por seus estudantes e que não são contempladas nos Padrões. Isso porque, a despei-to dos traços comuns a estudantes que se encontram em um mesmo intervalo de proficiência, existem diferenças individuais que precisam ser consideradas para a reorientação da prática pedagógica.
São apresentados, a seguir, exemplos de itens característicos de cada Padrão.
Abaixo do Básico
Básico Adequado Avançado
Padrões de Desempenho Estudantil
SIMARE 2014 30 REVISTA PEDAGÓGICA
ABAIXO DO BÁSICO
ATÉ 200 PONTOS
Nesse Padrão de Desempenho, os estudantes demonstram ter desenvolvido habilidades consideradas elementares para a etapa de escolarização em questão. Esses estudantes limitam-se apenas a compreender o ciclo da água e a reconhecer a função de cada órgão nos diferentes sistemas do corpo.
Mediante o desenvolvimento dessas habilidades, fica evidente a necessidade de intervenções pedagógicas que promovam nesses estudantes um maior sucesso no processo de aprendizagem.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 31 SIMARE 2014
Esse item avalia a habilidade de identifi car partes e fun-ções do coração humano. Para resolvê-lo, os estudantes devem interpretar o esquema apresentado e, nele, iden-tifi car a artéria pulmonar. O desenvolvimento dessa habi-lidade é importante para avanços na área de compreen-são sobre o funcionamento integrado do corpo humano.
Os estudantes que optaram pela alternativa A demons-traram ter desenvolvido a habilidade avaliada, uma vez que identifi caram, de forma correta, a artéria pulmonar, estrutura responsável por conduzir o sangue do ventrí-culo esquerdo aos pulmões.
Já aqueles que optaram pela alternativa B equivocaram--se ao identifi car a veia cava, tanto inferior quanto su-perior, como sendo a artéria pulmonar. Esse equívoco, provavelmente, ocorreu pelo fato de essas estruturas transportarem sangue venoso, mesmo tipo de sangue conduzido pela artéria em questão.
O grupo que optou pela alternativa C, provavelmente, associou a veia pulmonar à artéria pulmonar. Essa as-sociação equivocada, possivelmente, ocorreu devido ao fato de essas estruturas também ligarem o coração aos pulmões. A marcação dessa alternativa demonstra que esses estudantes desconhecem que artérias são vasos de saída do coração, enquanto as veias constituem os vasos de chegada do sangue a esse órgão.
Finalmente, os estudantes que optaram pela alternativa D equivocaram-se ao apontar a artéria aorta como sen-do a pulmonar. Esse equívoco pode ter ocorrido pelo fato de a aorta ser a artéria mais conhecida dos estu-dantes e a principal artéria do corpo humano, uma vez que é através dela que todo o sangue oxigenado sai do coração e é distribuído ao organismo.
(N080010E4) O esquema abaixo representa o funcionamento de parte do sistema circulatório.
Disponível em: <http://www.auladeanatomia.com/cardiovascular/angiologia.htm>. Acesso em: 10 maio 2012.
Nessa imagem, a artéria pulmonar aparece indicada pelo número A) 1.B) 2.C) 3.D) 4.
SIMARE 2014 32 REVISTA PEDAGÓGICA
BÁSICO
Nesse Padrão de Desempenho, os estudantes demonstram ter iniciado um processo de sistematização e domínio de habilidades consideradas básicas para essa etapa de escolarização.
Observa-se, nesse grupo, as seguintes capacidades: reconhecer atitudes que colaboram para a preservação da saúde individual e coletiva; relacionar os movimentos da Terra à ocorrência dos dias, noites e estações do ano; reconhecer a utilização de recursos naturais como matéria-prima na fabricação de produtos; reconhecer conceitos básicos de genética; identificar doenças veiculadas pelo ar; compreender ações humanas que interrompem os ciclos de vida dos vetores de doenças e identificam consequências do aquecimento global para a vida na Terra. Esses estudantes também reconhecem atitudes que colaboram para a preservação da saúde individual e coletiva; identificam materiais isolantes e condutores de eletricidade; reconhecem as funções da água no corpo humano; relacionam os diferentes sistemas do corpo humano às suas funções; identificam etapas da respiração humana; reconhecem os modos de prevenção das principais doenças que afetam o ser humano. Também foi possível observar nesse grupo o desenvol-vimento das habilidades de relacionar a estrutura do planeta à ocorrência de terremotos e vulcanismos; compreender o processo de reabastecimento dos mananciais; identificar atividades humanas que são fonte de poluição; identificar comportamentos voltados para a preservação da natureza; reconhecer como o organismo reage a estímulos externos e reconhecer a relação entre os sistemas envolvidos na função de nutrição.
Apesar do avanço demonstrado, tanto no que se refere à quantidade quanto no que se refere à complexidade das habilidades desenvolvidas, esses estudantes também necessitam de investimentos que promovam a consolidação de competência que os elevem a um Padrão de desempenho considerado satisfatório.
DE 200 ATÉ 250 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
(N080010E4) O esquema abaixo representa o funcionamento de parte do sistema circulatório.
Disponível em: <http://www.auladeanatomia.com/cardiovascular/angiologia.htm>. Acesso em: 10 maio 2012.
Nessa imagem, a artéria pulmonar aparece indicada pelo número A) 1.B) 2.C) 3.D) 4.
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 33 SIMARE 2014
Esse item avalia a habilidade de reconhecer as funções da água no corpo humano. Para isso, os estudantes de-vem ler o enunciado do item e, após sua interpretação, identificar a substância que desempenha as funções descritas.
Os estudantes que optaram pela alternativa A, possivel-mente, realizaram esse raciocínio, demonstrando, assim, ter desenvolvido a habilidade avaliada.
Já aqueles que optaram pela alternativa B, provavelmen-te, associaram a função de regulação da temperatura, exercida pela água, às vitaminas, devido ao fato de es-sas serem classificadas como nutrientes reguladores.
Os estudantes que optaram pela alternativa C, prova-velmente, consideraram o fato de o leite materno ser considerado um alimento completo durante os primeiros meses de vida às funções citadas. Esse raciocínio de-monstra o não desenvolvimento da habilidade avaliada.
Por fim, aqueles que optaram pela alternativa D, possi-velmente, consideraram o suco como responsável pe-las funções citadas pela recorrência que esse alimen-to é oferecido durante as refeições. Esses estudantes demonstram também não ter desenvolvido a habilidade avaliada.
(N080400E4) Observe abaixo algumas funções de uma substância muito consumida pelos seres humanos.
• Atua como solvente de substâncias no corpo humano;• Executa a regulação da temperatura corporal, principalmente no processo de transpiração; • Age como lubrifi cante em diversos órgãos e outras partes do corpo; • Atua como meio de transporte de íons e moléculas, principalmente nos processos de transporte intra e extracelulares.
Essa substância éA) a água.B) a vitamina.C) o leite.D) o suco.
SIMARE 2014 34 REVISTA PEDAGÓGICA
ADEQUADO
Os estudantes desse Padrão de Desempenho demonstram ter desenvolvido habilidades mais elaboradas, que exi-gem maior autonomia e refinamento dos processos cognitivos. O desenvolvimento dessas habilidades é conside-rado satisfatório para a etapa de escolarização em que os estudantes se encontram. Eles relacionam os tecidos às suas funções; reconhecem características comuns a todos os seres vivos; reconhecem procedimentos que auxiliam na prevenção e cura de doenças; identificam etapas de tratamento em uma Estação de Tratamento de Água; esta-belecem relação entre o funcionamento dos sistemas circulatório, digestório e respiratório e identificam doenças causadas por micro-organismos. Esses estudantes também identificam as consequências da destruição da camada de ozônio para a saúde humana; reconhecem a importância do ar para a manutenção da vida de diferentes seres vivos; relacionam os órgãos do sentido ao sistema nervoso; reconhecem a relação de interdependência entres fatores bióticos e abióticos; identificam órgãos do aparelho reprodutor humano; reconhecem a importância da tec-nologia para o avanço da pesquisa em astronomia; reconhecem conceitos básicos sobre reprodução humana. Além das habilidades descritas, esses estudantes também reconhecem as propriedades do ar; identificam processos utili-zados para a transformação de energia; identificam partes e funções do coração humano; identificam seres vivos de acordo com a classificação biológica e evolutiva; identificam doenças veiculadas pelo solo ou água contaminados; identificam órgãos do sistema endócrino, relacionando-os às suas funções; reconhecem o Sol como fonte de luz e calor para a vida humana; reconhecem reações químicas que ocorrem nos seres vivos; reconhecem os níveis de organização do corpo humano; identificam os componentes do sangue e interpretam uma tabela nutricional.
Esse grupo de estudantes ainda apresenta as seguintes capacidades: compreender a importância do descarte adequado de resíduos sólidos; reconhecer níveis tróficos; identificar hábitos saudáveis de alimentação e relacionar o saneamento básico à qualidade de vida.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
DE 250 ATÉ 325 PONTOS
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 35 SIMARE 2014
Esse item avalia a habilidade de identifi car as conse-quências da destruição da camada de ozônio para o cor-po humano. Para resolvê-lo, o estudante deve observar a imagem apresentada e, após sua interpretação, identi-fi car o aumento do número de casos de câncer de pele como consequência da destruição da camada de ozônio por agentes poluentes.
Os estudantes que optaram pela alternativa A, provavel-mente, associaram a destruição da camada de ozônio à intensifi cação do efeito estufa e ao aquecimento global, fatores que afetam a produção de alimentos pela agri-cultura. O desenvolvimento desse raciocínio evidencia o não desenvolvimento da habilidade avaliada.
O mesmo se observa naqueles que optaram pela alter-nativa B, que associaram, de forma equivocada, a des-truição da camada de ozônio à proliferação de vetores
de doenças. Isso, provavelmente, ocorre porque esses estudantes relacionam o aumento da incidência de raios solares a melhores condições de reprodução desses seres.
Em contrapartida, aqueles que optaram pela alternativa C demonstraram ter desenvolvido a habilidade avaliada ao identifi carem, de forma acertada, que a destruição da camada de ozônio e o consequente aumento na inci-dência de raios solares provocam uma maior exposição dos seres humanos aos raios UV e elevam os casos de câncer de pele.
Por fi m, os estudantes que optaram pela alternativa D as-sociaram a destruição da camada de ozônio à ocorrên-cia do fenômeno de inversão térmica. Essa associação aconteceu, provavelmente, pelo fato de que ambos os fenômenos citados ocorrem na atmosfera.
(N080389E4) A imagem abaixo representa o processo de degradação da camada de ozônio.
Disponível em: <http://www.coladaweb.com/fi les/efeito-estufa.jpg>. Acesso em: 1 mar. 2014.
Essa degradação traz como consequência para a humanidadeA) a destruição da agricultura.B) a proliferação dos vetores da dengue.C) o aumento nos casos de câncer de pele.D) o nevoeiro de poluentes.
SIMARE 2014 36 REVISTA PEDAGÓGICA
AVANÇADO
Nesse Padrão de Desempenho, os estudantes conseguem realizar tarefas mais complexas, que exigem uma maior capacidade de abstração e maior raciocínio lógico-dedutivo. Além das habilidades descritas nos padrões anterio-res, esses estudantes demonstraram as seguintes capacidades: identificam as principais fontes de nutrientes para o organismo; reconhecem a relação entre os sistemas envolvidos na função de coordenação; relacionam os diferen-tes tipos de nutrientes às suas funções no organismo; identificam métodos contraceptivos; reconhecem as relações ecológicas estabelecidas entre os seres vivos de um ecossistema; identificam as esferas terrestres; identificam etapas da respiração humana e relacionam a destinação adequada dos resíduos sólidos à qualidade de vida. Esses estudantes também interpretam modelos de teias e cadeias alimentares; identificam etapas da digestão humana e interpretam pirâmides de biomassa.
Dessa forma, os estudantes que se posicionaram acima de 325 pontos na Escala de Proficiência desenvolveram habilidades consideradas avançadas em relação à etapa de escolarização em que se encontram.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
ACIMA DE 325 PONTOS
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Esse item avalia a habilidade de identificar seres vivos de acordo com a clas-sificação biológica e evolutiva. Para resolvê-lo, os estudantes devem inter-pretar o enunciado e identificar, de acordo com as características descritas, a que grupo essas características pertencem.
Os estudantes que optaram pela alternativa A, provavelmente, equivocaram--se ao considerar que a ausência de carioteca é uma característica determi-nante na capacidade de produção do próprio alimento. Ao desenvolverem esse raciocínio, esses estudantes demonstraram não ter desenvolvido a ha-bilidade avaliada. O mesmo foi demonstrado por aqueles que optaram pela alternativa B. Ao escolherem essa alternativa, os estudantes evidenciam certa confusão entre os termos eucarionte e procarionte, demonstrando não diferenciarem qual deles indica a presença ou a ausência do envoltório nuclear.
De forma semelhante, aqueles que optaram pela alternativa C equivocaram--se, provavelmente, em considerar a necessidade de se alimentar de outros seres vivos como uma consequência da ausência da membrana celular.
Diferente desses estudantes, aqueles que optaram pela alternativa D de-monstraram ter desenvolvido a habilidade avaliada, já que identificaram que os seres que não possuem envoltório celular e, consequentemente, apre-sentam seu material genético disperso no citoplasma, são denominados procariontes.
(N080352E4) Há uma extensa variedade de formas de vida encontradas no planeta Terra. Dentro dessa variedade, há seres com características morfológicas distintas, como, por exemplo, um grupo de organismos que possuem células sem carioteca.Esse grupo de seres é denominadoA) autótrofo.B) eucarionte.C) heterótrofo.D) procarionte.
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REFLEXÃO PEDAGÓGICA
4Com base nos resultados da avaliação, como associar, na prática, competên-cias e habilidades ao trabalho pedagógico em sala de aula? O artigo a seguir apresenta sugestões sobre como essa intervenção pode ser feita no contexto escolar, visando promover uma ação focada nas necessidades dos estudantes, a partir da análise de algumas competências e habilidades.
Ciências no Ensino Fundamental
Na dinâmica da vida contemporânea, a sociedade tem exigido cada vez mais informações relacionadas à ciência e à tecnologia do que em qualquer outra época. Convivemos com diferentes tipos de conhecimentos sobre a natureza, o corpo humano e os aparatos tecnoló-gicos estão presentes em praticamente todas as nossas atividades. Segundo Pozo e Crespo (1998)1 , o que tem justifi cado a inclusão das ciências da natureza como parte do currículo da Educação Básica, atualmente, é a necessidade de proporcionar aos estudantes uma cultura científi ca, que lhes permita compreender o funcionamento da natureza e a infl uência dos avanços científi cos e tecnológicos na vida social das pessoas.
Num mundo repleto pelos produtos da indagação científi ca, a alfabetização cien-tífi ca converteu-se numa necessidade para todos: todos necessitamos utilizar a informação científi ca para realizar opções que se nos deparam a cada dia; todos necessitamos ser capazes de participar em discussões públicas sobre assuntos importantes que se relacionam com a ciência e com a tecnologia; e todos mere-cemos compartilhar a emoção e a realização pessoal que pode produzir a com-preensão do mundo natural (NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 1996, p.1)
Segundo as Diretrizes Curriculares para a Educação Municipal de Curitiba (2006)2 , o ensino de Ciências na escola é essencial para proporcionar ao cidadão em forma-ção a constituição do pensamento científi co a respeito do ecossistema, aqui compreendido em sua complexidade; desvelar a ciência e a tec-nologia, apresentando-as como atividades humanas historicamen-te produzidas; proporcionar uma visão crítica sobre a natureza da ciência e seu papel na sociedade contemporânea; gerar representações de como o ser humano entende o Universo, o espaço, o tempo, a matéria e a vida.
Para tanto, é necessário um currículo direcionado para a apropriação de conceitos científi cos, não apenas para a mera transmissão de conteúdos fechados em si mesmos, mas sim para privilegiar práticas investigativas, dialógicas, problematiza-doras e que contemplem fenômenos para desenvolver um con-junto de habilidades e atitudes que permitam a melhoria de vida cotidiana dos estudantes. Além disso, é importante que se considere a compreensão dos métodos de produção deste conhecimento e a refl e-
1 POZO, J. I.; CRESPO, G. M. A. Aprender y enseñar ciencia: del conocimiento cotidiano al conocimiento científi co. Madrid, ESP: Morata, 1998. 2 CURITIBA. Prefeitura Municipal de Curitiba. Secretaria Municipal da Educação. Diretrizes curriculares para a educação municipal de Curitiba: ensino fundamental. v. 3. 2006.
É necessário um currículo
direcionado para a apropriação de
conceitos científi cos, não apenas para
a mera transmissão de conteúdos fechados
em si mesmos, mas sim para privilegiar práticas
investigativas, dialógicas, problematizadoras e
que contemplem fenômenos para desenvolver
um conjunto de habilidades e atitudes que
permitam a melhoria de vida cotidiana
dos estudantes.
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xão sobre como as produções da ciência e da tecnologia, rotineiramente, são utilizadas em nossa sociedade.
O currículo de ciências proposto pelas Diretrizes Curriculares para a Educação Municipal de Curitiba (2006) está estruturado em três eixos: Ecossistema, Culturas e Sociedades, Nature-za da Ciência e Tecnologia, que, a partir de seus desdobramentos em diferentes conteúdos,
garantem a abordagem dos objetos de estudos desta área em sua totalidade e comple-xidade (CURITIBA, 2006). No eixo Ecossistema, estão contemplados conteúdos re-
ferentes às complexas relações entre os sistemas físicos, químicos, geológicos e biológicos – entre os quais está o ser humano como parte integrante e
agente de transformações –, considerando também os fl uxos de matéria e energia e as transformações que ocorrem no ambiente terrestre.
No eixo Culturas e Sociedades, estão contemplados conteúdos referen-tes às relações entre ciência e sociedade, nas dimensões econômica, po-lítica e cultural. A ciência, nesse contexto, é compreendida como atividade
humana, historicamente produzida, impregnada de valores e costumes de cada época, sujeita à infl uência de fatores sociais, econômicos e culturais,
numa visão de ser humano concebida a partir de seus variados pertencimen-tos e de suas múltiplas relações com a natureza (MACEDO, 2004)3.
A perspectiva do eixo Natureza da Ciência e Tecnologia traz elementos que permitem com-preender as dimensões do fazer científi co, a sua relação com a tecnologia e o caráter não neutro desses fazeres humanos. Isso se justifi ca pela necessidade de formar sujeitos ca-pazes de compreender e utilizar os recursos tecnológicos disponíveis e suas implicações éticas e ambientais de produção e utilização desses recursos. Pode-se citar como exemplo situações de consumo de determinado produto, verifi cando não somente sua aplicabilidade, mas também sua ação relacionada à saúde humana, ao ambiente e à responsabilidade ética e social do fabricante.
No Ensino Fundamental são inúmeras as possibilidades de trabalho com os conteúdos de Ciências de forma contemporânea. Isso signifi ca problematizar, contextualizar, realizar uma prática dialógica, investigar fenômenos que contribuam para desenvolver no estudante um conjunto de habilidades e atitudes que permitam a melhoria de sua vida cotidiana. Um tra-balho fundamental a ser desenvolvido na escola é o de identifi cação de problemas do co-tidiano que permitam estabelecer relações entre a ciência, a realidade sociocultural e a produção de tecnologia, visando uma aprendizagem signifi cativa. Dessa forma o professor deve fi car atento ao fato de que os estudantes sempre têm algo a dizer sobre o assunto. Segundo Oliveira (2001)4 o ensino dialógico-problematizador enriquece ainda mais quando
3 MACEDO, E. (Org.). Currículo de ciências em debate. São Paulo: Papirus, 2004. (Coleção Magistério: formação e trabalho pedagógico) NATIONAL RESEARCH COUNCIL(1996). National Science Education Standarts. WashingtonD.C.: National Academy Press. In: CACHAPUZ, Antonio et alli (org.). A necessária renovação do ensino das ciências. São Paulo: Cortez, 2005.4 OLIVEIRA, R. J. A escola e o ensino de ciências. São Leopoldo: Unisinos, 2001.
Um trabalho
fundamental a ser
desenvolvido na escola é o
de identifi cação de problemas do
cotidiano que permitam estabelecer
relações entre a ciência, a realidade
sociocultural e a produção de
tecnologia, visando uma
aprendizagem signifi cativa.
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 41 SIMARE 2014
professores desenvolvem suas ações pedagógicas tendo em vista a pluralidade cultural e o amplo espectro de saberes que se acham à sua volta.
Daí a importância de considerar a cultura dos estudantes, oportunizar o desenvolvimento das suas ideias e dos conceitos que eles já têm, criando situações interessantes e signifi ca-tivas, fornecendo informações que permitam a reelaboração e a ampliação dos conhecimen-tos prévios, fazendo com que estabeleçam relações entre fatos, comparem, julguem, deem signifi cados, entre outros. Enfi m, que façam articulações entre os conceitos construídos para organizá-los em um corpo de conhecimentos sistematizados. Nesse sentido, Santos (2000)5 defende a ideia de que é necessário que o conhecimento científi co e o conhecimento comum se fundam, dando origem a um saber mais amplo que os dois isoladamente e, portanto, mais capaz de possibilitar a interpretação da complexidade do mundo. Assim, são procedimentos que possibilitam a aprendizagem signifi cativa a problematização, a observação, a experimen-tação, a construção de modelos, a leitura e escrita de textos científi cos e entrevistas, a comparação, o estabelecimento de relações entre fatos e ideias, a organização de informações por meio de tabelas, desenhos, gráfi cos, esquemas e textos, o confronto entre suposições, a obtenção de dados por investigação e a proposição de soluções de problemas.
Nos anos iniciais, os estudantes têm uma primeira aproximação das noções de ambiente, fenômenos celestes, corpo humano e transformações de materiais do am-biente por meio de técnicas inventadas pelo ser humano. Eles podem aprender procedi-mentos simples de observação, comparação, busca e registro de informações, e também desenvolver atitudes de responsabilidade para com o próprio corpo, com o outro e com o ambiente. Já no 4º ano, devem ser capazes de identifi car características e propriedades do ar, da água e do solo, bem como a forma como esses elementos são transformados pelo ser humano, em diferentes tempos e espaços, considerando as causas e as consequências dos impactos ambientais causados por essas transformações.
Além disso, devem conseguir identifi car o Sol, os planetas e outros astros como constituintes do Sistema Solar e reconhecer a infl uência dos fenômenos celestes como, o movimento de translação e fases da Lua, no ambiente e nas atividades humanas. Para isso, com a orienta-ção do professor, eles podem desenvolver observações e registros mais detalhados, buscar informações por meio de leitura em fontes diversas, organizá-las por meio da escrita e de outras formas de representação, de modo mais completo e elaborado.
A partir do 6.º ano, o estudante vive a adolescência, podendo ampliar a participação em seu meio social e desenvolver atitudes mais críticas. Neste ano, é possível trabalhar com a ampliação da orientação espaço temporal, a conscientização dos ritmos de vida, a orga-
5 SANTOS, B. de S. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez, 2000.
O componente curricular
de Ciências é o lugar onde
a sedimentação da cultura do
conhecimento científi co se consolida.
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nização de informações sobre os astros do Sistema Solar, a ampliação de conhecimentos sobre os ambientes, os seres vivos, as condições para a vida na Terra e a compreensão das relações entre biosfera, hidrosfera, atmosfera e litosfera. É importante que o professor pro-mova refl exões a respeito de diferentes situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental e sobre as consequências da interferência humana na geração de agentes poluidores e na dinâmica das cadeias alimentares, para que os estudantes adotem posturas responsáveis e conscientes em relação ao ambiente.
No 8.º ano do Ensino Fundamental, os estudantes se mostram mais independentes diante dos procedimentos, das formas de trabalho e das ações que realizam em sala de aula. Nesta etapa, busca-se a melhor compreensão sobre a dinâmica do organismo humano, interpretando diferentes relações entre sistemas, órgãos, tecidos e célula, as diferenças e semelhanças entre o ser humano e demais seres vivos, tendo sempre como base a teoria da evolução.
Além disso, é importante que os estudantes compreendam a relação entre as funções digestória, respiratória, cardiovascular e excretora com a nutrição do organismo, em um tra-balho com os nutrientes e a função de cada um deles na constituição e saúde do corpo, há-bitos alimentares saudáveis e pirâmide alimentar, dietas em diferentes idades e condições socioculturais. Quanto às funções reguladoras, os estudantes podem compreender o papel dos sistemas nervoso e hormonal na coordenação das funções internas do organismo bem como a forma como ele reage aos estímulos do ambiente.
Para as funções de reprodução, é essencial que os estudantes tenham acesso às informa-ções relacionadas à sexualidade e aos processos de reprodução humana – fecundação, gestação e parto –, conhecendo vários métodos anticoncepcionais e estabelecendo rela-ções entre o uso de preservativos, a contracepção e a prevenção das doenças sexualmen-te transmissíveis, valorizando o sexo seguro e a gravidez planejada.
Portanto, o ensino de Ciências é lugar privilegiado para a apresentação do conhecimento universalizado da ciência, como afi rma Macedo (2004). O componente curricular de Ciên-cias é o lugar onde a sedimentação da cultura do conhecimento científi co se consolida. Analisando as ideias de Fracalanza (1987), as Diretrizes curriculares para a educação mu-nicipal de Curitiba consideram que o ensino de Ciências, por meio dos diferentes tipos de atividades, objetiva o desenvolvimento de capacidades de observação, refl exão, criação, discriminação de valores, julgamento, comunicação, convívio, cooperação, decisão e ação, fi nalidades estas próprias do processo educativo.
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 43 SIMARE 2014
Como mencionado anteriormente, o resultado das avaliações é uma importante ferramenta para o trabalho da equipe escolar. Para que você, professor, possa utilizá-lo como instrumento no planejamento de suas ações pedagógicas, esta seção apresentará os resultados desta escola no Simare.
Serão demonstrados os resultados de participação, a média de profi ciência, a distribuição do percentual de estudantes por Padrões de Desempenho e o per-centual de estudantes para os níveis de profi ciência dentro de cada Padrão.
Apresentamos, nesta seção, uma sugestão de roteiro para a análise pedagógica dos resultados da avaliação do Simare 2014.
Esse roteiro tem como objetivo subsidiar o trabalho da equipe pedagógica da escola, propondo atividades que auxiliarão na compreensão dos dados obtidos pela avaliação externa.
OS RESULTADOS DESTA ESCOLA
5
RESULTADO DA ESCOLA (REVISTA PEDAGÓGICA)
� Participação dos estudantes no teste
» Observar número de estudantes e percentual de participação.
» Analisar os resultados quando a participação está acima ou abaixo de 80%, levando em
consideração que, quanto maior o percentual de participação, mais representativos do
universo avaliado são os resultados.
� Proficiência Média
» Com base na proficiência média: identificar o Padrão de Desempenho.
» Relacionar a Proficiência Média com o desempenho dos estudantes: que habilidades e
competências já foram desenvolvidas?
» Refletir sobre o desempenho alcançado pelos estudantes em relação ao esperado,
com base na Matriz de Referência, para a sua etapa de escolaridade. Quais habilidades
e competências devem ser desenvolvidas para alcançar este resultado?
» Como recuperar os estudantes que já passaram pela etapa avaliada e não apresenta-
ram o desempenho esperado?
» Refletir sobre o trabalho realizado na sala de aula e as possíveis mudanças, com o ob-
jetivo de melhorar o desempenho dos estudantes.
» Relacionar o resultado alcançado com a possibilidade de realizar ações/intervenções
pedagógicas.
CIêNCIAS - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 45 SIMARE 2014
� Distribuição dos estudantes por Padrão de Desempenho
» Identificar o percentual de estudantes em cada Padrão de Desempenho.
» As turmas da escola são homogêneas e todos desenvolveram as habilidades no mes-
mo grau de complexidade?
» Calcular o número de estudantes em cada Padrão de Desempenho, utilizando variação
proporcional (regra de três).
» Conseguimos identificar quem são os estudantes alocados em cada Padrão na escola?
» Apresentar as habilidades e competências desenvolvidas por cada grupo de estudantes.
» Observar, em relação às habilidades e às competências, o desempenho dos estudantes
que estão alocados em Padrões de Desempenho diferentes.
» Como relacionar o desempenho obtido por esses estudantes com os resultados alcan-
çados na avaliação interna?
» Refletir sobre ações que podem ser pensadas e aplicadas na sala de aula para, ao mes-
mo tempo, recuperar os estudantes que não desenvolveram as habilidades da Matriz
de Referência esperadas para a etapa de escolaridade em que se encontram e estimu-
lar aqueles que já as desenvolveram.
SIMARE 2014 46 REVISTA PEDAGÓGICA
� FICHA TÉCNICA
Equipe Técnica
Henrique J. Polato Gomes
Kelly Daiane Aguiar
Santina Célia Bordini
Thais Eastwood Vaine
Jokasta Pires Vieira Ferraz
Marilene Zampiri
Renata Riva Finatti
Sirlei do Rocio Cavalli
Comissão de Coordenação Geral do Simare Curitiba
Ana Maria Bastian Machado
Andresa Cristina Pisa
Elizabeth Helena Baptista Ramos
Jokasta Pires Vieira Ferraz
Juciele Gemin Loeper
Leandro Jiomeke
Leticia Mara de Meira
Marilene Zampiri
Simone Regina Manosso Cartaxo
REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAJÚLIO MARIA FONSECA CHEBLI
COORDENAÇÃO GERAL DO CAEdLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA
COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES
COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇÕESWAGNER SILVEIRA REZENDE
COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO
COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA
COORDENAÇÃO DE OPERAÇÕES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA
COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE
COORDENAÇÃO DE CONTRATOS E PROJETOSCRISTINA BRANDÃO
COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃORÔMULO OLIVEIRA DE FARIAS
COORDENADORA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGN DA COMUNICAÇÃOEDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA
REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAJÚLIO MARIA FONSECA CHEBLI
COORDENAÇÃO GERAL DO CAEdLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA
COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES
COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇÕESWAGNER SILVEIRA REZENDE
COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO
COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA
COORDENAÇÃO DE OPERAÇÕES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA
COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE
COORDENAÇÃO DE CONTRATOS E PROJETOSCRISTINA BRANDÃO
COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃORÔMULO OLIVEIRA DE FARIAS
COORDENADORA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGN DA COMUNICAÇÃOEDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA
Ficha catalográfica
CURITIBA. Secretaria Municipal de Educação.
SIMARE – 2014/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.
v. 1 ( jan./dez. 2014), Juiz de Fora, 2014 – Anual.
Conteúdo: Revista Pedagógica - Ciências - 8º ano do Ensino Fundamental.
ISSN 2359-5434
CDU 373.3+373.5:371.26(05)