setor de pneus em alerta -...

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Fazendo a Diferença – Capital da sustentabilidade – Pág. 22 Viver Bem – Como vencer a concorrência – Pág. 27 Conexão – Aposta em um futuro promissor – Pág. 12 Ano 3 – Nº 22 – Julho/Agosto 2011 Publicação Bimestral do Sindipneus SETOR DE PNEUS EM ALERTA CONHEÇA OS FATORES QUE ESTÃO ENFRAQUECENDO O SEGMENTO E AQUELES QUE PODEM REVERTER A SITUAÇÃO

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Fazendo a Diferença – Capital da sustentabilidade – Pág. 22

Viver Bem – Como vencera concorrência – Pág. 27

Conexão – Aposta em umfuturo promissor – Pág. 12

Ano 3 – Nº 22 – Julho/Agosto 2011Publicação Bimestral do Sindipneus

SETOR DE PNEUSEM ALERTA

CONHEÇA OS FATORES QUE ESTÃOENFRAQUECENDO O SEGMENTO E AQUELES

QUE PODEM REVERTER A SITUAÇÃO

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Todo segmento tem suas potencialidades e desafios. No de pneumáticos os obstáculos são grandes, mas nem por isso podemos nos entregar ou optar por caminhos aparentemente mais fáceis que, na verdade, podem prejudicar todo o setor. Precisamos nos livrar do comodismo e fazer da união e do associativismo os meios para conquistar melhorias sólidas que irão beneficiar a todos.

Hoje o que tem imperado, em alguns casos, é o individualismo e a falta de responsabilidade daqueles que preferem transferir para os outros a tarefa de alavancar e fortalecer o segmento. E não é só isso. Quantos só pensam em lucrar a qualquer custo, mesmo que isso prejudique todo o setor? E quantos não priorizam garantia e qualidade dos pneus que comercializam apenas para prejudicar colegas de profissão?

Muitas coisas poderiam ser diferentes se apenas uma pequena parte assumisse a responsabilidade que lhe cabe. Já temos muitos fatores negativos para desestabilizar o ramo de pneumáticos, como a concorrência desleal imposta pelos pneus asiáticos, o contrabando, o subfaturamento e a falta de regulamentação do setor. É para resolver todos esses problemas que devemos somar nossas forças.

Portanto, é hora de trabalhar em prol do segmento para mudar o presente e garantir um futuro próspero. Juntos, somos mais fortes e temos mais chances de obter sucesso nessa caminhada. Basta que a maioria acredite e dê sua contribuição. Não vamos esperar que o outro faça alguma coisa, vamos, nós mesmos, tomar essa iniciativa.

Paulo BitarãesPresidente do Sindipneus

MOMENTO DEREALIZAR MUDANÇAS

3 | Pneus & C

ia.EDITORIALEXPEDIENTE

Diretoria SindipneusPresidentePaulo César Pereira BitarãesSecretário-geralGláucio T. Salgado Diretor da Câmara de Reforma de PneusArilton S. MachadoDiretor da Câmara de Revenda de PneusAntônio Augusto S. CostaDiretora de TesourariaAna Cristina Schuchter Gatti Conselho FiscalDênis Oliveira, Júlio César, Wilson NavarroDelegado junto a Federação doComércio Estado de Minas GeraisHenrique KorothDelegado junto a Federação doComércio Estado de Minas GeraisAureliano ZanonAmirpRogério de Matos, Fernando Antônio Magalhães,Miguel Pires Matos e Júlio Vicente da Cruz NetoSindipneusRonaldo Lídio Navarro, Antônio Domingos Moralese Júlio Coelho Lima Filho

Analista de Projetos/FinanceiroNilcélia Fonseca

Revista Pneus & Cia.EditoraPriscila Silva – Reg.: 15675MGRevisão FinalRegina PallaArte e EditoraçãoIn Foco Brasil (31) 3226-8463IlustraçõesDumImpressãoPampulha Editora (31) 3465-5300Tiragem5.000 exemplares

As opiniões expressas nos artigos assinados e os informes publicitários são de responsabilidade dos autores. É proibida a reprodução de textos e de ilustrações integrantes da edição impressa ou virtual sem a prévia autorização da editora.

Pneus & Cia. – Ano 3 – Nº 22Informativo do SindipneusSindicato das Empresas de Revenda e Prestação de Serviçosde Reforma de Pneus e Similares do Estado de Minas Gerais

Sindipneus

Rua Aimorés, 462 • Sala 108 • FuncionáriosCEP 30140-070 • Belo Horizonte • MG Tel: (31) [email protected] • www.sindipneus.com.br

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14Cenário

Custos com energia elétrica:invista na redução

20Pneus e frotas

Vale a pena trocaras medidas dos pneus?

8Sindipneus em açãoDepoimentos dos associados

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VIVER BEMComo vencer a concorrência

22

FAZENDO A DIFERENÇACapital da sustentabilidade

12

CONEXÃOAposta em um futuro promissor

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.

26Estratégia

A grande muralha brasileiracontra a invasão chinesa

24Serviços

CNI lança site que oferecedescontos à industria

30 Guia dos associadosRevendedores e reformadores

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CAPASetor de pneus em alerta

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.MOMENTO DO LEITOR

Este espaço é seu. Está reservado para suas sugestões e opiniões.Fale com a gente: [email protected]

O leitor mineiro Matheus Rezende Gonçalves enviou um e-mail para a nossa redação elogiando o artigo publicado na editoria Pneus e Frotas da 21ª edição da Pneus & Cia. Matheus também aproveitou para esclarecer uma dúvida sobre rodízio de pneus. O articulista e especialista em pneus Pércio Schneider respondeu à pergunta do nosso leitor. Confira!

Gostaria de parabenizá-lo pelo ótimo artigo publicado na edição maio/junho da revista Pneus & Cia., pois adorei ler e aprender sobre o tema rodízio de pneus. Porém, só para ficar ainda mais claro, o rodízio deve ou não ser feito? Se sim, qual é a melhor forma de realizá-lo em um carro com tração dianteira?

Matheus Rezende GonçalvesLavras (MG)

Antes de tudo, devemos ter consciência de que o rodízio é um recurso paliativo. Quando o desgaste do pneu é irregular, ao fazer o rodízio, a ação ocorre sobre o efeito, e não sobre a causa. Se fizer somente o rodízio, sem agir sobre o fato causador do desgaste, pouco irá adiantar.

Para que se possa obter os melhores resultados, o rodízio deve ser feito a intervalos periódicos, quer o pneu apresente desgastes ou não. Agindo dessa maneira, a diferença de profundidade de sulco e de aderência entre os pneus dianteiros e traseiros será mínima, e esse intervalo de tempo depende muito da quilometragem rodada. Os intervalos indicados pelos fabricantes de pneus variam de cinco a dez mil quilômetros.

Outro detalhe: ao fazer o rodízio, necessariamente é preciso fazer o balanceamento, pois, como há diferenças entre as posições, ao mudar uma roda de sua posição original para outra, o equilíbrio já não será o mesmo. Isso é claro, caso o balanceamento tenha sido feito com as rodas montadas nos eixos. Se foi feito o balanceamento somente na coluna, apenas será necessário balancear novamente se ocorreu a desmontagem ou remontagem do pneu na roda.

Pércio SchneiderEspecialista em pneus da Pró-SulE-mail: [email protected]

A matéria de capa sobre a importância da profissão vendedor de pneus publicada na edição passada ficou excelente ao mostrar todos os conhecimentos que esses profissionais precisam ter para exercer esse ofício. A reportagem também trouxe características técnicas im-portantes sobre os pneus que todos nós devemos saber para garantir nossa segurança e dos demais condutores no trânsito. Parabéns aos jornalistas da Pneus & Cia.!

Pedro RodriguesSão Paulo (SP)

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ASSOCIADOS SINDIPNEUSFaça parte deste time

Tenho percebido que a atual e renovada administração do Sindipneus vem se preocupando cada dia mais em de-sempenhar o verdadeiro papel de um Sindicato forte, que tem como objetivo representar e trazer benefícios para os seus associados.

Além disso, esta administração tem buscado o apoio dos próprios associados, o que se traduz na participação de cada um nas ações propostas, unindo e fortalecendo cada vez mais a classe.

O Sindicato tem se esforçado em fazer os associados se enxergarem como parceiros e tem também pregado a união, pois, caminhando juntos, temos muito mais a ga-nhar do que sozinhos.

Rogério Ferolla Pneupam

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O Sindipneus trabalha para defender e valorizar os interesses de seus associados, oferecendo toda assistência necessária para auxiliar no crescimento de cada empreendimento e, assim, contribuir com o desenvolvimento de todo o setor. Associe-se!

Mais informações: (31) 3213-2909 / [email protected]

SINDIPNEUS EM AÇÃO8

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A Autopatos Pneus e Recapagem é afiliada ao Sindipneus desde o início de suas atividades. Em nossa empresa valorizamos o tra-balho em equipe e a troca de ideias para estimular o crescimento e a evolução de todos. Estes mesmos princípios norteiam a rela-ção do Sindipneus com seus associados.

De todas as atividades realizadas pelo Sindipneus, destaco a di-vulgação das melhores práticas do setor e o trabalho de consul-toria tributária e jurídica. Também de grande importância é a defesa dos interesses dos reformadores na esfera governamental e a quebra do preconceito da sociedade em relação ao serviço de reforma de pneus.

Parabenizo o Sindipneus pelo trabalho realizado e desejo sucesso a todos os afiliados.

Gustavo AvellarAutopatos Pneus e Recapagem

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Região ABCM - SP

Tel (11) 8415-0719

Região de Belo Horizonte - MG

Tel (31) 3393-3030

Região de Bauru - SP

Tel (14) 3233-8888

Região de Ribeirão Preto - SP

Tel (16) 3639-7084

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Com o objetivo de promover a regulamentação e fortalecimento do setor de reforma, o Sindipneus fir-mou parceria com a Business & Marketing (B & M) e Bascos igroup. As empresas, junto com o Sindicato, darão suporte aos empresários interessados no pro-cesso de avaliação de conformidade para obtenção do Registro do Serviço de Reforma de Pneus, segun-do determinação do Instituto Nacional de Metrolo-gia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

De acordo com a portaria nº 444/2010 publicada pelo Instituto, as empresas reformadoras devem se preparar para atender às exigências estabelecidas no Regulamento de Avaliação da Conformidade para o serviço de reforma de pneus. O prazo final para realizar esse procedimento termina em 19 de novembro de 2012.

Tanto os empresários associados quanto os não as-sociados poderão solicitar o serviço de consultoria das empresas parceiras. Os associados do Sindip-neus terão um desconto exclusivo para realizar esse processo, que significa a continuidade dos serviços de reforma de pneus.

Você se interessou pelo assunto?

Basta entrar em contato com o Sindicato para re-ceber as orientações necessárias e ser encaminha-do para a Bascos igroup ou B & M. Para esclarecer dúvidas ou obter outras informações, ligue para os telefones (31) 3213-2909 e 3046-0453.

Se preferir, envie um e-mail para: [email protected]

Intuito é oferecer o serviço de consultoria especializada em avaliação da conformidade para as reformadoras de pneus

BUSINESS & MARKETING E BASCOS IGROUP SÃO NOVOS

PARCEIROS DO SINDIPNEUS

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O Departamento Jurídico do Sindipneus, represen-tado pelo advogado Samuel Oliveira Maciel, está viabilizando o ajuizamento de ação judicial para seus associados com o intuito de questionar a incidência de INSS sobre os 15 primeiros dias de afastamento de empregado doente ou acidentado (antes da obtenção do auxílio-doença ou do auxílio-acidente), salário-maternidade, férias e adicional de férias de 1/3.

Tais valores são pagos em circunstâncias em que não há, indubitavelmente, prestação de serviço. Logo, não se configura a hipótese de incidência prevista no inciso I do artigo 22 da Lei nº 8.212/91. Assim, exis-te o direito das empresas de não serem compelidas ao recolhimento da contribuição social previdenciá-ria incidente – à margem do princípio constitucional da legalidade tributária – sobre os valores em ques-tão, bem como de efetuar a compensação das res-pectivas quantias pretéritas indevidamente pagas.

Consoante jurisprudência majoritária do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é incabível a contribui-ção previdenciária sobre a remuneração paga pelo empregador ao empregado na primeira quinzena do auxílio doença, portanto, não consubstanciada a contraprestação a trabalho. E, com efeito, sobre o adicional de férias, tem-se a não incidência da contribuição previdenciária, visto que não existe

caráter retributivo, uma vez que não integra a re-muneração a ser percebida quando da aposenta-doria do trabalhador.

O presidente do Sindipneus, Paulo Bitarães, refor-ça que a ação judicial não representa nenhum risco para os empresários que estiverem interessados em participar e destaca a importância da união para a conquista desse direito. “É extremamente necessário que todos divulguem essa ação, pois quanto maior o número de empresas participantes, mais forte será esse projeto que só tem a beneficiar o segmento”, afirma. A diretora de Tesouraria do Sindipneus, Ana Cristina Schuchter Gatti, lembrou que a ação signi-fica uma oportunidade de os empresários se unirem em busca de melhorias para o setor. “Não temos a cultura de buscar nossos direitos e essa ação é uma excelente oportunidade. Precisamos abraçar essa causa”, defende.

Faça parte desse projeto

Os interessados em participar da ação conjunta de-vem entrar em contato o mais breve possível com o Sindipneus pelo telefone (31) 3213-2909 ou pelo e-mail [email protected]. A assessoria jurídica será prestada gratuitamente pelo Sindicato aos seus associados.

SINDIPNEUS PROMOVE AÇÃO JUDICIALCONJUNTA PARA RECUPERAR A

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PREVIDENCIÁRIA

A ação pretende reaver pagamentos indevidos nos casos de inexistência de contraprestação de serviços

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Sem perder o otimismo, Paulo Cecilio Nunesaponta as conquistas e revela o que ainda precisa ser

modificado para fortalecer o setor de pneumáticos

Duas décadas. Esse é o tempo de experiência de Paulo Cecilio Nunes, gerente comercial da empresa Vulcaflex, no segmento de pneu-

máticos. Com grande vivência nas áreas técnica e comercial, Paulo acompanhou a evolução do setor e as dificuldades já enfrentadas até o momento.

Todo esse conhecimento contribuiu para que o ges-tor formasse sua opinião sobre o presente e o futuro do setor de pneus. Otimista, Paulo Cecilio destaca, entre outras coisas, a melhoria contínua da qualida-de dos serviços prestados pelo segmento.

Entretanto, o gerente também aponta aspectos que contribuem para enfraquecer o setor e que, por isso, precisam ser revistos. Em entrevista concedida à re-vista Pneus & Cia., Paulo aborda esses e outros as-suntos estratégicos e revela suas expectativas para o segmento neste e nos próximos anos.

Pneus & Cia.: Qual é a sua trajetória no segmento de pneus?

Paulo Cecilio Nunes: Tenho experiência de cerca de 20 anos no setor, com atuação nas áreas comercial e técnica. Tive a oportunidade de realizar atividades como fornecedor de matéria-prima para reforma e já trabalhei também em recauchutadora.

Em todo esse tempo, um aspecto positivo que des-taco é que sempre tive muito contato com o consu-midor final, isto é, o transportador.

Pneus & Cia.: Como o senhor avalia a atual situa-ção do segmento de pneus no Brasil?

Paulo Cecilio Nunes: Por um lado, vejo muita evo-lução na qualidade dos produtos e serviços. Não

há como negar que o recauchutador brasileiro está entre os melhores do mundo, e os produtos para recauchutagem feitos aqui, também. Por outro, ob-servo o desafio constante de comprovar a diferença entre preço e custo, que por falta de critérios claros acabam misturados e, na realidade, são completa-mente diferentes.

Por mais que os recauchutadores e fabricantes de borracha trabalhem nisso, o consumidor final é quem deveria sempre dar o primeiro passo nesse sentido, pois ele é a própria vítima da mistura entre produtos e serviços baratos com produtos e serviços rentáveis (aparentemente mais caros).

APOSTA EM UMFUTURO PROMISSOR

CONEXÃO

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Paulo Cecilio Nunes - gerente comercialda Vulcaflex

por Priscila Silva

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Pneus & Cia.: Qual a sua expectativa para o setor neste ano de 2011?

Paulo Cecilio Nunes: Sem dúvida, é a melhor pos-sível. No entanto, é preciso ficar atento para algu-mas ameaças, como as altas de custos que podem ser provocadas pelas elevações do preço do petró-leo e também de várias matérias-primas que com-põem a borracha. Pneus & Cia.: O que falta para o segmento na-cional avançar?

Paulo Cecilio Nunes: Regras fiscais mais claras, me-nos burocracia e uma carga tributária que não pena-lize tanto a produção. Sei que essa é uma bandeira um tanto genérica, mas, se tais questões forem solu-cionadas, as dificuldades específicas serão superadas com maior facilidade.

Como disse, provas em números não faltam para mostrar o quanto o setor de pneus no Brasil é gran-de e competitivo.

Pneus & Cia.: Quais são os maiores desafios de ser empresário do setor de pneus no Brasil?

Paulo Cecilio Nunes: Como na maioria dos setores, é o de superar a burocracia e a carga tributária. Exis-tem também muitas dúvidas sobre legislação.

Um exemplo é o da certificação do Inmetro para a reforma de pneus. Tenho certeza de que isso só ele-vará os padrões brasileiros de qualidade (que já são altos), mas o recauchutador precisa de clareza nas definições desse processo.

Pneus & Cia.: Qual é a importância do Sindicato Patronal para o empresário do setor?

Paulo Cecilio Nunes: A importância é total, pois os sindicatos são os que têm a capacidade de promover a união e a discussão de cada setor, bem como orga-nizar defesas quando preciso. E na medida em que nós mesmos tenhamos conhecimento de tudo que somos, será muito fácil projetar o futuro e os altos padrões que temos que cumprir.

A UNIÃO FAZ A FORÇA

O Sindipneus trabalha com promoção de estudos, prestação de serviços, coordenação e proteção do segmento de pneumáticos.

Nosso intuito é auxiliar o crescimento de cada associado e,assim, contribuir com o desenvolvimento de todo o setor.Ajude o Sindipneus a trabalhar pela valorização e defesa

dos interesses comuns do setor de pneus. Junte-se a nós.

Associe-se você também e faça parte desse grupo.

(31) 3213-2909 www.sindipneus.com.br • [email protected]

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.CENÁRIO

CUSTOS COM ENERGIAELÉTRICA: INVISTANA REDUÇÃO

Sabemos que um dos grandes vilões nos custos de todas as empresas é a conta de energia elétrica. O mundo traz hoje diversas possibilidades para a

redução desse custo. Uma forma versátil, flexível e se-gura para transmitir energia é o ar comprimido. Ele é utilizado em quase todas as indústrias e, na verdade, mais de 10% da eletricidade fornecida para a indústria é utilizada para comprimir ar.

E é por isso que temos que ficar atentos ao tipo de com-pressor, na capacidade, no tratamento e na rede de ar de nossas empresas. São esses os fatores críticos para a economia de energia. Em 2000, as estações de ar comprimido consumiram 80 bilhões de quilowatts-hora (kWh). Entretanto, 30% dessa energia foi perdida em vazamentos nos sistemas. Isso é equivalente a toda a produção de uma usina elétrica de pequeno porte, des-perdiçada devido ao mau uso e manutenção incorreta.

O primeiro ponto a observar é o tipo de compressor uti-lizado nas instalações. No artigo anterior, publicado na 21ª edição da Pneus & Cia., ficaram claras as grandes diferenças entre compressores de parafuso e de pistão. Por todas essas diferenças, continuo afirmando que o tipo de compressor com maior retorno é o rotativo de parafuso ou de palhetas.

A capacidade do compressor também deve ser dimen-sionada com muito critério. Os responsáveis por esse dimensionamento devem levar em conta a necessidade atual do cliente, o regime de trabalho e as instalações futuras, pois sabemos que todos querem crescer e o compressor de ar é um bem durável, que cuidado corre-tamente pode durar anos a fio.

O tratamento do ar é um item muitas vezes esquecido que ajuda, e muito, na economia dentro de uma em-presa. O ar, quando comprimido, gera um condensa-do que pode ser altamente corrosivo. Esse condensado prejudica todas as máquinas e ferramentas pneumáti-cas, fazendo com que as empresas gastem mais e mais com manutenções, prejudicando o bom funcionamento e elevando o custo de todo um setor.

Uma rede de ar muito antiga ou malcuidada é uma vilã para quem quer reduzir custos. Redes antigas nor-malmente estão oxidadas, o que aumenta o particu-

lado dentro do sistema, agredindo, mais uma vez, o processo final da empresa. No dimensionamento de compressores já são disponibilizados normalmente cerca de 10% da vazão para cobrir todos os vazamen-tos existentes. Vazamentos estes que jamais deveriam existir, pois consomem mais ar, aumentando o tempo de funcionamento dos compressores e muitas vezes fazendo com que a pressão do ar no final da rede seja muito baixa. Hoje no mercado existem redes de ar comprimido de extrema segurança e com garantia de até dez anos, fácil manutenção e instalação. Vale procurar mais sobre esses produtos.

Os compressores podem utilizar o sistema de inversor de frequência. O sistema com velocidade variável faz com que o compressor acelere ou desacelere para que o suprimento de ar comprimido esteja de acordo com a necessidade flutuante de cada cliente. Esses compres-sores lidam com a demanda de ar de forma eficiente e confiável. Se forem aplicados corretamente, proporcio-nam uma economia significativa de energia e um supri-mento de ar comprimido a uma pressão constante.

Lívia SpohrCompAir do Brasil/Belliss & MorcomE-mail: [email protected]

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CAPA

SETOR DE PNEUSEM ALERTA

CONHEÇA OS FATORES QUE ESTÃOENFRAQUECENDO O SEGMENTO E AQUELES

QUE PODEM REVERTER A SITUAÇÃO

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por Priscila Silva

A ssim como diversos setores, o de pneumáti-cos também teve fortes danos após a crise fi-nanceira que abalou a economia mundial em

2009. Desde então, a luta das empresas – sobretudo as de reforma – para se manterem no mercado tem sido constante. A concorrência desleal dos pneus asiáticos, a alta carga tributária e a falta de regu-lamentação fizeram com que o setor acendesse o sinal de alerta. Mas, se de um lado vários fatores colaboram para o enfraquecimento do segmento, outros indicam que dias melhores estão por vir. Nes-ta reportagem especial, a Pneus & Cia. analisou o cenário mercadológico atual e entrevistou diversos órgãos competentes para revelar qual será o futuro desse setor essencial para a economia e para a in-dústria nacional.

Um dos principais entraves apontados por empresá-rios, entidades que representam o segmento e espe-cialistas é a alta carga tributária brasileira. O sistema atual tem impedido não só o setor de pneumáticos nacional de se tornar mais competitivo e forte, mas diversos outros segmentos. Em debate sobre a refor-ma tributária na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados, ocorrido em 19 de maio deste ano, o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da In-dústria (CNI), Flávio Castelo Branco, advertiu que a pressão competitiva resultante da globalização exige avanços urgentes no desenho de um novo sistema tributário no país.

Segundo Castelo Branco, a “babel tributária” em vi-gor representa custos que reduzem a competitividade dos produtos brasileiros. “O Brasil não pode ter um sistema tributário tão diferente dos nossos competi-dores e com tantas disfunções. Existe a necessidade de adequar o país às exigências da integração de mercados”, enfatizou. Para o presidente da Associa-ção Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Produtos Automotivos (Abidipa), Rinaldo Siqueira Campos, as taxas tributárias colocam o Brasil em uma situação de estagnação frente a outros países. “A car-ga tributária no país é extremamente ilógica, irracio-nal e antidesenvolvimento. Enquanto isso persistir, o país vai dar um passo para a frente, dois para o lado e um para trás, além de continuar reclamando eter-namente do desenvolvimento dos outros”, analisou.

Além da carga tributária, Campos disse que o setor tem sido prejudicado não pela entrada dos pneus asiáticos no país, mas pelo contrabando e o subfatu-

ramento. “O problema não é a persistente entrada dos pneus asiáticos, e sim o contrabando e o subfa-turamento na importação desses componentes, que resultam em uma concorrência desleal com os de-mais empresários do setor”, garantiu.

De acordo com Rinaldo, o protesto constante e ve-emente seria a melhor forma de reverter essa situa-ção. “É preciso ter uma posição forte e participativa contra o contrabando e o subfaturamento, pois isso tem criado uma enorme dificuldade para as empre-sas, tanto revendedoras de pneus nacionais quanto as importadoras, que agem dentro da legalidade. Por isso, estamos peregrinando desde julho de 2009 nos gabinetes das autoridades brasileiras denuncian-do o fato e implorando por providências”, ressaltou.

Reflexos no setor de reforma

Além da alta carga tributária, dois outros fatores têm contribuído para impedir a evolução e o fortaleci-mento do segmento de pneus nos últimos anos: a concorrência desleal dos pneus asiáticos e a falta de regulamentação do setor. Assim, as 1.600 reforma-doras de pneus existentes hoje no Brasil estão so-frendo ainda mais esses efeitos negativos.

“Temos uma concorrência muito nociva, principal-mente de pneus oriundos da China. Muitas marcas de pneus importados são de qualidade duvidosa, dificultando a reforma, reduzindo consideravelmen-te o número de pneus a serem reformados no mer-cado. A média de pneus reformados em relação à venda de pneus novos tem caído espantosamente, fazendo com que o setor de reformas não cresça nos níveis de evolução geral da economia. Por isso, as empresas de menor porte estão com dificuldades para permanecer no mercado”, defendeu o presi-dente da Associação dos Profissionais das Empresas de Recauchutagem de Pneus do Estado do Paraná (Arparaná), Luiz Colombo Júnior.

Colombo Júnior apontou algumas ações que estão sendo feitas pelos empresários e fatores que preci-sam ser considerados pelo governo para fortalecer o setor de reforma. “Temos procurado nos mo-dernizar, reduzir custos, certificar e regulamentar o setor. O governo poderia tratar o segmento de reforma como indústria verde. Isso poderia fazer com que os empresários conseguissem benefícios fiscais, créditos com melhores taxas e outros incen-tivos”, ponderou.

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O presidente do Sindicato da Indústria de Borracha e da Recauchutagem de Pneus do Estado do Espírito Santo (Sindibores), Rogério Pereira dos Santos, apon-tou as mudanças que estão acontecendo no país e fez um alerta. “Os empresários precisam entender e se adequar a essas transformações, caso contrário será muito difícil. Não são apenas os setores de reforma e revenda de pneus que estão passando por essa tur-bulência, vários estão na mesma situação.” Rogério acredita em uma solução definitiva para reverter esse quadro. “A total regulamentação do setor ajudaria bastante a mudar o cenário”, garantiu.

A regulamentação do setor é, na opinião do presi-dente do Sindicato das Empresas de Revenda e Pres-tação de Serviços de Reforma de Pneus e Similares do Estado de Minas Gerais (Sindipneus), Paulo César Pereira Bitarães, fundamental para acabar com todos os fatores que há anos estão prejudicando o setor. “Nós precisamos que o segmento seja regulamenta-do o mais rápido possível. Para isso, é necessário que os empresários do ramo assumam a responsabilida-de de lutar por essa causa junto com o Sindicato. So-mente com o engajamento de empresários dispostos e também entidades que representam o segmento é que conseguiremos essa regulamentação e, assim, combater o que está prejudicando o setor”, alertou.

Boas perspectivas

Estatísticas do Informativo da Confederação Nacio-nal da Indústria (CNI) sobre os Indicadores Indus-triais do país, referente ao mês de fevereiro deste ano, mostram o bom momento do setor de veículos automotores. Segundo a publicação, o setor foi o único que apresentou maior ritmo nos indicadores de faturamento, emprego, horas trabalhadas e mas-sa salarial. O faturamento cresceu 24,6% em feve-reiro, o que representa uma forte aceleração da alta de 11,1% em janeiro.

As horas trabalhadas também mostraram movimen-to semelhante, passando de 9,8% em janeiro para 17,8% em fevereiro. O bom resultado do setor é ancorado, em boa parte, pela demanda interna. O emprego exibiu crescimento de 9,0% no mês, frente a fevereiro de 2010, o que é próximo ao ritmo de expansão de janeiro (8,8%). A massa salarial real aumentou o ritmo de alta pelo segundo mês segui-do, atingindo variação de 9,5% em fevereiro.

Esse fortalecimento da indústria automotiva já está refletindo positivamente no setor de pneus e con-tribuindo também com a economia nacional. “Essa explosão está alavancando o segmento de pneu-máticos. A indústria automotiva do país é forte e tem um papel importante no crescimento industrial brasileiro. No entanto, precisaríamos, para o desen-

volvimento do país, obter a redução do Custo Brasil para que novos setores industriais surjam e se forta-leçam”, salientou Rinaldo Siqueira.

O crescimento do setor de veículos automotores é comemorado por fabricantes, revendedores e refor-madores de pneus. Isso porque os dois segmentos são interdependentes. O presidente da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), Eugê-nio Deliberato, acredita que a notícia significa boas perspectivas para o ramo de pneumáticos. “Qual-quer crescimento é positivo, principalmente o do setor de veículos novos”, avaliou.

E, segundo Deliberato, o setor de pneumáticos está preparado para acompanhar a boa fase da indús-tria automotiva. “O segmento investiu muito e vem investindo no país. Nós temos dois ou três anos de sobra na nossa produção. Mas, por enquanto, isso significa recuperação, e ainda não um crescimento. No ano passado tivemos 25% de crescimento e ven-demos 21%. Isso quer dizer que temos 4% em es-toque. Considerando esses números, o setor de au-tomóveis é que precisa nos acompanhar”, ressaltou.

O setor de reforma também comemora o bom mo-mento da indústria de veículos automotores. “A en-trada de veículos no mercado é muito boa para as empresas de recauchutagem, pois é a nossa matéria-prima entrando em circulação. Sendo bem usada e retirada no momento certo para reforma, irá alimen-tar a produção das empresas que realizam esse ser-viço”, analisou Rogério Pereira.

Copa do Mundo 2014

Não é apenas a explosão do setor de veículos auto-motivos que reacende a esperança de dias melhores para os fabricantes de pneus e as empresas de reven-da e de reforma. Um evento a ser realizado no país tem tudo para render boas conquistas para diversos segmentos nacionais: a Copa do Mundo de 2014.

De acordo com o Portal 2014 – canal oficial que reú-ne todas as informações sobre a realização da Copa do Mundo no Brasil –, os investimentos para realiza-ção dessa competição esportiva devem somar R$20 bilhões. Além das obras para adequação dos estádios das 12 cidades-sede, serão realizados investimentos pesados para otimizar diversos serviços essenciais, entre eles o transporte e a rede hoteleira do país.

Todo esse investimento anima o setor de pneumá-ticos. Deliberato comentou o aporte que deverá ser feito pela indústria de pneus novos até o ano da Copa do Mundo. “O setor de pneus novos investirá US$1,5 bilhão até 2014. E não podemos deixar de mencionar que entre 2008 e 2011 também já foram 18

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investidos US$2,5 bilhões. Por isso, a expectativa é de crescimento forte. Nós estamos preparados para crescer e esperando que isso aconteça”, garantiu.

Tudo indica que, além da indústria de pneus novos, as revendedoras e reformadoras - inclusive as de menor porte - também devem ser beneficiadas pela realiza-ção do Mundial. “Com certeza, vários segmentos se-rão afetados, como a indústria hoteleira, alimentícia, têxtil, construção civil, tecnologia e várias outras. To-das essas áreas utilizam veículos, que possuem pneus e que reformam esse componente. Em todos os paí-ses que já realizaram esse evento houve crescimento, não há como ser diferente no Brasil”, reiterou o pre-sidente do Sindibores.

Futuro promissor

O balanço final das instituições entrevistadas apon-ta que o futuro do segmento será próspero. As expectativas são positivas, mesmo com algumas ressalvas. Apesar do cenário instável vivido desde 2009, vários fatores demonstram que o setor de pneus deverá mudar, para melhor, nos próximos anos. No caso das reformadoras, a principal altera-ção está relacionada à obrigatoriedade de obtenção do registro junto ao Instituto Nacional de Metrolo-

gia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) até 19 de novembro de 2012. “Há grandes expectativas para os próximos anos devido à necessidade de adquirir o registro de reforma junto ao Inmetro. As empresas de reforma que passarem por esse procedimento e se adequarem a ele terão resultados po-sitivos, não apenas financeiros, mas de gestão e conheci-mento. Será uma mudança cultural e, após isso, teremos outra realidade”, explicou Rogério Pereira dos Santos.

Luiz Colombo disse que, como na maioria dos segmen-tos, as expectativas para os anos seguintes são positivas para os reformadores porque o Brasil está fortalecido, cresce a um bom ritmo e tem credibilidade internacional. “Com alguns ajustes, que certamente o governo está atento e realizará, cada vez mais a sustentabilidade to-mará corpo e o segmento de reforma está inserido nessa preservação”, defendeu.

Já Siqueira Campos afirmou que as expectativas são boas para o setor de pneumáticos, mas lembrou que alguns itens merecem atenção. “O país é rico em commodities e isso o credencia como uma das nações preferenciais para investimento, criando assim uma situação de otimismo. Porém, reafirmo que o país precisa se tornar eficiente para aproveitar esse momento oportuno”, concluiu.

EVOLUÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DE PNEUS NOVOS NO BRASIL

Volume de Produção: (unidades de pneus)

2010: 67,3 milhões

2009: 53,8 milhões

2008: 59,7 milhões

2007: 57,3 milhões

2006: 54,5 milhões

Volume de Vendas: (produção + importação)

2010: 73,1 milhões

2009: 60,2 milhões

2008: 64,2 milhões

2007: 63,1 milhões

2006: 57,2 milhões (unidades de pneus)

Volume de Exportação:

2010: 18,1 milhões (dado Anip)

2009: 14,5 milhões (dado Anip) – 18 milhões (dado Secex)

2008: 17,8 milhões

2007: 19,8 milhões

2006: 18,7 milhõesFonte: Anip

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.PNEUS E FROTAS

VALE A PENA TROCAR AS MEDIDAS DOS PNEUS?

Já ouviu falar em downsizing? É um termo que em tradução livre seria achatamento ou diminui-ção e consiste em ter motores menores, mas que

proporcionam a mesma potência.

No Clube do Diesel, informativo da fabricante de motores MWM, consta que “anos atrás caminhões para 13 toneladas ou 15 t usavam motores de seis cilindros com seis litros e hoje caminhões para até 17 t usam motores com quatro cilindros com quatro

ou cinco litros. Os motores diminuíram, mas ficaram melhores e mais eficientes”.

De maneira semelhante, tenho visto os fabricantes de pneus incentivarem uma atitude parecida, ao re-comendarem a troca por outros de medidas menores, diferentes da original e escolhidas pela montadora, usando como argumento a redução de custos e, em alguns casos, um suposto aumento da segurança. Só que informações importantes são omitidas.

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Primeiro, a troca da medida dos pneus só pode ser feita em carretas, reboques e semirreboques. Em qualquer veículo automotor essa troca é proibida pelo Contran se resultar em alteração do diâmetro do conjunto pneu e roda (resolução 292/2008).

Segundo, ao trocar os pneus da medida original por outros, menores, implica reduzir o peso carregado, ou seja, diminuir a carga transportada. O limite de peso suportado pelos pneus é informado pelo índice de carga, que está escrito na lateral dos pneus na forma de um código de dois grupos de três dígitos cada, indicando o peso máximo por pneu.

O primeiro grupo traz o peso quando estiver mon-tado sozinho, como na dianteira, e o segundo é o peso por pneu quando montado aos pares, como na tração ou no truck. E quando se fala em peso é o peso bruto total: carroceria mais carga.

Pesquisei na Internet nos sites dos fabricantes exis-tentes no Brasil e encontrei 52 modelos diferentes, comparando aqueles que podem sem montados em rodas de aro 22,5 polegadas.

Na medida 295/80R22,5, todos os 46 mode-los têm o mesmo índice de carga, 152/148, que equivale a 3.550/3.150 quilos. Numa carreta de três eixos e 12 pneus, o peso máximo suportado é 37.800 kg.

Para os três modelos da medida 295/60R22,5, o índice é 150/147 ou 3.350/3.075 kg por pneu. Em 12 pneus, o total é 36.900 kg, quase uma to-nelada a menos.

Se trocar para a medida 275/80R22,5, dos 27 modelos disponíveis, em 23 o índice é 149/146 ou 3.250/3.000 kg, isto é, 36.000 no total. Na

medida 275/70R22,5, o índice é 148/145 ou 3.150/2.900 kg, que, para 12 pneus, representam 34.800 kg de PBT.

Por fim, diz-se que usar um pneu de perfil mais bai-xo proporciona mais segurança ao rebaixar o centro de gravidade do veículo. É verdade, mas tem um problema. Nos pneus radiais a única região flexível é a lateral. Quanto mais baixa for essa lateral, menor será a área para flexionar.

Ao transitar por vias com piso irregular, a proba-bili-dade de causar danos por impactos nos pneus será maior, como o aparecimento de bolhas. E ro-dar com pneu com dano na carcaça é colocar em risco a segurança.

No transporte de bobinas de aço é comum vermos conjuntos utilizando pneus de medidas menores, inclusive no cavalo mecânico, sob a justificativa de obter mais segurança pelo rebaixamento do centro de gravidade.

A argumentação, embora seja válida e louvável, tem resultados limitados. Melhor e mais eficiente talvez seja utilizar pranchas rebaixadas que ampliariam ainda mais essa vantagem, utilizando pneus de di-mensões usuais.

Não podemos esquecer outro detalhe: o projeto original dos equipamentos feito pelas engenharias dos fabrican-tes fez uso de razões técnicas para escolher determinada medida de pneus. Antes de fazer uma alteração, consul-te o fabricante para certificar-se de que isso não acarre-tará problemas. E exija a resposta por escrito.

Pércio Schneider – especialista em pneus da Pró-SulE-mail: [email protected]

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Uma das maiores preocupações da atualidade está relacionada à preservação ambiental. Exis-te um esforço coletivo para encontrar formas

de evitar ou minimizar os danos já causados ao meio ambiente. Seguindo essa tendência sustentável, Belo Horizonte se tornou no dia 18 de abril deste ano a primeira capital brasileira a proibir o uso das sacolas plásticas convencionais (oxidegradáveis e de polieti-leno comum) em estabelecimentos comerciais. Desde essa data, elas estão sendo substituídas pelas sacolas retornáveis - feitas de ráfia, TNT, tecido, entre outros materiais - e pelas biodegradáveis, produzidas a partir de amido de milho. Ao todo, deixarão de ser descarta-das todos os dias cerca de duas toneladas de plásticos, de acordo com dados da Associação Mineira de Super-mercados (Amis).

A responsável por acabar com um hábito de aproxi-madamente 25 anos – tempo em que os brasileiros utilizam a sacola plástica no comércio do país – foi a Lei Municipal nº 9.529/2008, criada quase três anos antes de entrar em vigor. E, ao contrário do que muitos previram, a nova regra foi bem recebida tanto pelos comerciantes quanto pelos consumidores. Segun-do entidades do comércio varejista, já nos primeiros dias após a implantação da lei, os estabelecimentos, principalmente supermercados e padarias, registraram grande procura pelas sacolas ecológicas, superando as expectativas do próprio setor.

Motivos para aprovar a implantação da lei não faltam. Enquanto as sacolas comuns demoram cerca de 400 anos para se decompor, as compostáveis demoram 180 dias e as recicladas, 18 meses. O presidente da Amis, José Nogueira, alerta para os problemas causa-dos pelas sacolas plásticas e aponta outros benefícios. “As consequências do uso indiscriminado de plástico não estão somente no futuro. Estão também no pre-sente. É só lembrarmos das últimas enchentes e a grande colaboração que as sacolas plásticas têm para o entupimento dos bueiros, entre outros malefícios. Belo Horizonte é a primeira capital brasileira sem sacolas plásticas e devemos nos orgulhar disso”, argumenta.

O secretário municipal de Serviços Urbanos, Pier Se-nesi, acredita que a principal contribuição da proibição

do uso das sacolinhas plásticas para o meio ambiente a médio e longo prazo será a diminuição da poluição. De acordo com Senesi, esta é apenas uma das medi-das que podem ser realizadas para reduzir a degra-dação ambiental. “Temos que lutar para melhorar as condições de vida de todos. Hoje é a sacola plástica. Amanhã, os sacos, depois, as garrafas PET, e assim por diante. Vamos aos poucos eliminando os agentes que tanto prejudicam a natureza. As gerações futuras agra-decerão”, diz.

Para garantir que a nova regra seja cumprida, a lei pre-vê fiscalização e multas. Haverá fiscais da Prefeitura de Belo Horizonte percorrendo o comércio da capital para verificar irregularidades. Caso não estejam em confor-midade, os estabelecimentos recebem uma notificação com prazo de 30 dias para se adequarem à norma. Os infratores estarão sujeitos à multa de R$ 1.000 e, em caso de reincidência, de R$ 2.000. Em situações mais graves, poderá acontecer interdição parcial ou total da atividade e até a cassação do alvará de localização e funcionamento do estabelecimento.

A população também pode ajudar a Prefeitura a fiscalizar o cumprimento da lei da sacola ecológica. Pelo telefone 156, os fiscais poderão ser acionados para visitar estabelecimentos que não estejam ofe-recendo o saco de lixo e a sacola confeccionados em material biodegradável.

Lei aprovada pelos consumidores

Adaptar-se a qualquer mudança demanda tempo. Mas, mesmo em um curto prazo, os consumidores de Belo Horizonte já se mostram empenhados em fazer a sua parte para preservar o meio ambiente. Acostumada a realizar suas compras semanalmente, a dona de casa Ana Maria Rodrigues (64) não teve nenhum problema para se adequar à nova regra. “Fiquei sabendo da notícia com antecedência e já me preparei. Como utilizo o carrinho de compras, poucas vezes preciso recorrer às sacolas plásticas. Mesmo assim, fiz questão de comprar uma sacola retornável para usar em caso de urgência. Isso é o mínimo que podemos fazer para ajudar a termos um mundo melhor”, afirma.

FAZENDO A DIFERENÇA

CAPITAL DASUSTENTABILIDADEBelo Horizonte é a primeira capital brasileira a proibir o uso de sacolas plásticas

por Priscila Silva

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O estudante de Direito Carlos Soares (26) mora sozi-nho em Belo Horizonte e também realiza suas com-pras com frequência. “Confesso que só fiquei sabendo da lei quando fui a um supermercado. Mas acredito que todo esforço para promover melhorias é válido. Não foi nenhum sacrifício comprar sacolas compostá-veis para colocar minhas compras. Se cada um fizer sua parte, com certeza vamos alcançar bons resultados com essa atitude e podemos servir de exemplo para outras capitais”, acredita o estudante.

Outras formas de preservação

Além das sacolas plásticas, outros materiais também agridem o meio ambiente e precisam de cuidados es-peciais para serem descartados. Exemplo disso são os entulhos gerados pela construção civil, pilhas, lâmpa-das, baterias de celular e pelos pneus. Este componen-te automobilístico pode, antes de descartado, ser re-formado para repor a banda de rodagem desgastada, processo considerado ambientalmente correto.

O Brasil é hoje o segundo maior mercado de reforma do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O segmento movimenta parte significativa da econo-mia nacional, já que gera cerca de 205 mil postos de trabalho e tem um faturamento de R$ 4 bilhões por ano, de acordo com dados da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR). Além dos indi-cadores econômicos, é preciso considerar também que a reforma de um pneu atualmente utiliza apenas 25% do material necessário para a fabricação de um pneu novo e produz 30% a menos de gás carbônico (CO2).

O segmento de reforma também promove outro gran-de benefício para o país. Segundo a ABR, todo o setor de transporte nacional utiliza pneus reformados, já que eles possuem rendimento quilométrico semelhante ao de pneus novos, com preço 75% menor e com 57% de redução no custo por quilômetro rodado. Estima-se que o setor de transportes brasileiro economize anualmente R$ 5,6 bilhões com o uso dos pneus reformados.

De acordo com o presidente do Sindicato das Empre-sas de Revenda e Prestação de Serviços de Reforma de Pneus e Similares do Estado de Minas Gerais (Sindip-neus), Paulo César Pereira Bitarães, os benefícios gera-dos pela reforma de pneus para o país e para o meio ambiente já estão comprovados, mas é preciso regu-lamentar o setor. “O segmento precisa de regulamen-tação e incentivos urgentemente. É fundamental criar certificação do Inmetro para pneus de carga, moto, pas-seio e OTR (fora de estrada). Nós carecemos de uma legislação para que todos esses setores sejam certifica-dos”, garante.

Para o presidente, como já é provado que a reforma é altamente segura, além de ser considerado um proces-

so sustentável, é preciso concentrar forças para forta-lecer o setor. “É hora de governo e empresários se uni-rem para regulamentar o segmento de reforma, pois um pneu reformado é tão seguro quanto um novo. A reforma tem sido uma das formas encontradas para tentar combater a entrada de pneus asiáticos de má qualidade que colocam em risco a vida dos condutores e passageiros nas estradas do país. Por isso a regula-mentação é tão necessária e importante”, explica.

Destinação correta

Nem sempre um pneu poderá ser reformado. Quando isso é detectado, é preciso destiná-lo de forma ambien-talmente correta. Assim como as sacolas plásticas, um pneu também pode ser um grande poluente ambiental, já que demora cerca de 700 anos para se decompor.

Desde 2007, a Reciclanip - entidade voltada para a co-leta e destinação de pneus inservíveis (aqueles que não têm mais condições de serem utilizados para circulação ou reforma) – atua em todo o Brasil com o objetivo de destinar corretamente os pneus sem condição de uso. Atualmente, existem 620 pontos nacionais de coleta de pneus no país.

Somente em 2010, a entidade coletou e destinou de forma ambientalmente correta 311.554 toneladas de pneus inservíveis, o equivalente a 62 milhões de uni-dades de pneus de carros de passeio. Após a coleta, os pneus são levados pela Reciclanip. Eles são reapro-veitados de diversas formas, como combustível alter-nativo para as indústrias de cimento, na fabricação de solados de sapato, em borrachas de vedação, dutos pluviais, pisos para quadras poliesportivas, pisos indus-triais, asfalto-borracha e tapetes para automóveis.

• Projeta-se que ao final de cada mês de aplicação da lei, cerca de 60 toneladas de matéria plástica deixarão de ser despejadas no meio ambiente

• Uma outra forma de comparação seria atar uma sacola à outra. Por dia, as 450 mil sacolinhas que deixarão de ser descartadas no meio am-biente se transformariam em 130 quilômetros, distância entre Belo Horizonte e Divinópolis

• Logo, a cada 30 dias de restrição, essa quilome-tragem saltará para 3.900 km, uma viagem que atravessaria o Brasil, de Porto Alegre (RS) até Belém (PA)

• 167 milhões era o consumo de sacolas plásticas por ano em BH

• A expectativa da Prefeitura de Belo Horizonte é de que em seis meses haja uma redução de 90% no uso de sacolas plásticas biodegradáveis

Fonte: Amis

A LEI EM NÚMEROS

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.SERVIÇOS

Indústrias de todo o país poderão encontrar em um novo portal na internet ofertas exclusivas de produtos e serviços. O site Clube Indústria de

Benefícios (www.clubeindustria.com.br), lançado no dia 26 de maio, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), coloca à disposição, para as mais de 600 mil empresas do setor, vantagens nas ne-gociações realizadas pelo site com fornecedores de diversos segmentos, como softwares, vale-alimen-tação, planos de saúde, veículos e equipamentos, entre outros.

O site Clube Indústria de Benefícios tem o objetivo de reduzir custos para a indústria. Deve beneficiar principalmente empresas de micro e pequeno porte, que representam hoje 94% das indústrias do país.

De acordo com o gerente-executivo de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Associativo da CNI, Emerson Casali, no mercado tradicional essas em-presas encontram mais dificuldades em obter van-tagens exclusivas em negociações comerciais. “Por outro lado, esse canal permitirá que os anunciantes ganhem escala e cheguem no público das micro e pequenas empresas”, destaca Casali.

Para participar como compradoras, as indústrias de-vem se cadastrar no Clube Indústria de Benefícios, fornecendo CNPJ. Se a empresa estiver na base de dados da CNI, o cadastro é automático e poderá imediatamente fazer negócios no portal. Já os for-necedores deverão inserir seus dados no espaço a anunciantes e aguardar a análise feita pela CNI.

Esse processo inclui desde a aprovação da oferta até a verificação de idoneidade da empresa. Nos três primeiros meses do novo canal, em que serão feitos testes com a ferramenta, os anunciantes poderão fa-zer suas postagens gratuitamente.

Cada produto ou serviço que o fornecedor tenha in-teresse em postar no site também é verificado pela CNI e precisa seguir critérios como ter, pelo menos, uma vantagem específica para os compradores do portal. As vantagens podem ir de preços diferencia-dos a condições especiais de entrega e até canal de atendimento exclusivo. O prazo para a CNI analisar cada oferta chegará no máximo a 48 horas.

Ao encontrar no Clube Indústria de Benefícios uma oferta de produto ou serviço em que tenha interes-se, a indústria imprime um cupom e passa a negociar diretamente com o anunciante. O modelo é conhe-cido como B2B (Business to Business) e põe em con-tato direto compradores e fornecedores. “O site não é e-commerce, isto é, as transações comerciais não são feitas diretamente no site”, explica Casali.

Para sugestões e reclamações, os compradores po-derão usar redes sociais como Twitter (@clubeindus-tria) e Facebook (Facebook/clubeindustria), além do sistema de Fale Conosco, disponível no portal. Por meio das mídias sociais, as indústrias também pode-rão obter informações sobre ofertas e novos parcei-ros do projeto.

Economia

Para o lançamento, o Clube Indústria de Benefícios conta com 58 empresas participantes, que posta-rão ofertas de produtos e serviços no site. A expec-tativa é de que até o fim do ano o projeto tenha 800 parceiros.

Entre as atuais parcerias estão a Totvs, Ticket, CBN, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Se-nai), Serviço Social da Indústria (Sesi), além de anun-ciantes como TAM Viagens, DHL, Serasa Experian e Unidas Locadora de Veículos.

CNI LANÇA SITE QUE OFERECEÀ INDÚSTRIA PRODUTOS E

SERVIÇOS COM DESCONTO

Expectativa é de que mais de 600 mil empresas sejam beneficiadas pela ação

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O investimento inicial no projeto é de R$ 5 milhões e contempla aportes em modelagem, tecnologia e operação comercial. Não haverá retorno financeiro para a CNI, que estima, apenas para o primeiro ano, uma economia em torno de R$ 300 milhões para o setor industrial, levando-se em conta uma partici-pação no Clube Indústria de 10% do segmento, ou seja, 60 mil indústrias, que devem conseguir uma redução média de custos da ordem de R$ 5 mil cada.

O portal Clube Indústria de Benefícios integra o Pro-grama de Desenvolvimento Associativo da CNI, cuja finalidade é ampliar a representatividade do setor industrial. A iniciativa é parte da estratégia de cres-cente aproximação entre CNI, federações e sindica-tos patronais com a base que representam.

O projeto do portal começou a ser concebido no fim de 2009, inspirado em sites norte-americanos de compras coletivas, que oferecem ofertas exclusi-vas quando há um número mínimo de compradores para determinado produto ou serviço. “O modelo criado pela CNI não exige esse número mínimo de compradores, mas conta de certa forma com a força da coletividade do setor na internet, que possibilita aos grandes fornecedores ganhar escala”, diz o ana-lista da CNI Uirá Menezes.

Ele afirma que a nova ferramenta ajudará a CNI a inserir micro e pequenas empresas no ambiente de compras realizadas via web. “Esse é o grande de-safio do produto. Teremos que construir essa cultu-ra de fazer com que as empresas vejam a internet também como um meio de realização de negócios”, destaca Uirá Menezes.

Ofertas

Entre os produtos oferecidos no novo canal, há um software de gestão que está com 50% de des-conto. Para as empresas que quiserem adquiri-lo no Clube Indústria de Benefícios, o pagamento pode ser feito com o Cartão BNDES, um dos tipos de financiamento do Banco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social para micro e peque-nas empresas.

Entidades do Sistema Indústria também oferecem serviços no novo canal. Um exemplo é o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que, em parceria com a Escola de Gestão Ibmec, dá 15% de desconto em cursos de gestão, estratégia, marketing e finanças. O preço do curso pode ser parcelado em até três vezes.

Fonte: Agência CNI

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.ESTRATÉGIA

A GRANDE MURALHABRASILEIRA CONTRAA INVASÃO CHINESA

A história dos produtos chineses no território bra-sileiro, com preços questionáveis e qualidades reprováveis, não é nova. Há alguns anos me di-

zia um lojista quando debatíamos sobre a qualidade das meias que vi em uma banca na porta da sua loja: - As boas já vendi com um bom lucro, essas que estão com defeitos coloquei baratinhas. Se não tiver saída, faço uma doação. A loja não existe mais e não sei por onde ele anda. Esse fato não aconteceu de forma isolada, os danos ao mercado, naquela época, foram significativos.

Cadeados que não fecham, sombrinhas que não abrem, tecidos que desbotam, brinquedos que des-montam, eletrônicos que duram poucas horas, e tantos outros problemas estão aí para serem vistos, não há necessidade de muito esforço para encontrá-los.

Cada vez mais vemos setores sofrendo com essa con-corrência, mas também observamos um salto na quali-dade dos produtos. O fato é que o mercado brasileiro, com os bons ventos da economia, traz navegantes de todas as partes para nossos mares. Com isso, virão os bons e maus concorrentes.

Navegantes, lembrem-se, as velas podem ser ajusta-das. Os ventos que trazem são os mesmos que levam. Então, o que estão fazendo nossos barcos, de velas ar-riadas, atracados nos portos?

Ao observar a invasão de produtos baratos, dizia um americano certa vez: - Não existe camiseta de um dólar!

Seu ponto de vista era bastante simples, poderia exis-tir qualquer tipo de operação como câmbio artificial, incentivos, isenção de impostos que permitisse que o produto chegasse ao mercado naquela faixa de preço, menos sua fabricação em condições normais. E refor-çava sua tese: “O tecido custa mais caro do que isso!”.

Há um segmento em que as questões são comple-xas e a decisão não pode ter apenas o preço como decisor: pneus! Qualidade está diretamente ligada à segurança e neste caso falamos de vidas. Outro aspecto é a disponibilidade para troca, quando um deles apresenta defeito. Teria o consumidor faci-lidade de encontrá-lo? E, falando em custos, não podemos deixar de tratar da durabilidade. Nada é mais barato por acaso.

Tratemos este ponto não como custo x benefício, mas a sua relação inversa: beneficio x custo por sua impor-tância. Para ter o benefício que queremos e precisamos que valor seria justo investir? O que, como fabrican-tes, precisamos para concorrer, ainda que enfrentemos pontos conflituosos? A palavra é competência!

Competência para fabricação, para gestão das nossas empresas, para desenvolvimento de relações e para combater todo e qualquer aspecto incoerente no pro-cesso. Competência para argumentação e contestação é fundamental quando a questão ultrapassa fronteiras.

É verdade que processos como esses não se consoli-dam rapidamente, mas o assunto é o mesmo, as recla-mações, as mesmas e se arrastam por décadas.

Quer um exemplo desconfortável? Depois de quase uma hora ouvindo um gestor criticar a invasão de produtos importados e ter insistido muito para que avaliássemos sua planilha de custos, ouvi sua confis-são que não tinha paciência para lidar com o assunto. Tinha um método prático que o permitia não usar os dados contábeis.

Não é necessário dizer que essa praticidade carregava um enorme vício que provocava um erro de interpreta-ção significativo, é? Havia um ponto que ele dizia não conseguir entender: - Por que uma empresa com tanto lucro não tinha um superávit maior de caixa?!

Ora, simples, quem disse que tinha tanto lucro? Co-nhece alguém assim? Provável que sim!

A grande muralha brasileira, para combater a con-corrência, qualquer que seja, só pode ser construída com competência.

Competência é uma rocha sólida. Por isso, precisa ser usada na construção das relações setoriais.

Nós a estamos construindo?

Ivan Postigo – diretor de Gestão Empresarial da Postigo Consultoria Comunicação e GestãoSite: www.postigoconsultoria.com.brE-mail: [email protected]

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ia.VIVER BEM

COMO VENCER ACONCORRÊNCIA

Não sejamos hipócritas. Esta história de que con-corrência é saudável porque estimula o desen-volvimento e combate o imobilismo é filosofica-

mente bela, mas não retrata a realidade. Frédéric Bastiat, economista francês do século XIX e grande defensor do livre comércio, dizia: “Destruir a concorrência é matar a inteligência”. Pois então que morra, neste caso, a inteli-gência! Qualquer empresário ou gestor há de concordar que concorrência boa é concorrência morta!

É por isso que o mundo corporativo tem sido mar-cado por fusões e aquisições, com a formação de grandes grupos econômicos. Tome-se como exem-plo o setor bancário. Chama menos atenção a redu-ção do número de instituições financeiras, o que não seria uma medida estatisticamente adequada, mas a concentração do patrimônio líquido, dos depósitos e do crédito entre os 15 maiores bancos do país.

As grandes companhias buscam o caminho dos ga-nhos de escala e da redução de custos operacionais, princípios econômicos legados da Era Industrial. É uma forma de debelar a concorrência absorvendo-

a (aquisição) ou aliando-se a ela (fusão). Mas fica a pergunta: e quanto às pequenas empresas?

Firmas de pequeno e médio porte têm uma natural vocação autofágica. Em outras palavras, digladiam-se por um pedaço de osso como se fosse carne de primeira. Chegam até mesmo a praticar dumping (vender abaixo do preço de custo) para evitar que o vizinho ganhe o pedido. Cooperativismo e associati-vismo são palavras ausentes do vocabulário – e do di-cionário – da maioria dos empresários. É uma questão cultural alicerçada num modelo mental ultrapassado: cada um que cuide de seu terreiro.

Houve uma época em que bastava produzir o que fosse para surgir um comprador. Outro economista francês, este no final do século XVIII, Jean-Baptiste Say, cunhou uma lei de mercado que dizia: “Toda oferta cria sua própria demanda”. Sua assertiva teve vida longa, a ponto de Henry Ford declarar no auge da produção de seu veículo Modelo T: “Você pode ter o carro da cor que quiser, contanto que ele seja preto”.

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Mas os tempos áureos sucumbiram em 1929 com a Grande Depressão. O impacto econômico foi tamanho que, nos Estados Unidos, a taxa de desemprego saltou de 9% para 25% em apenas três anos.

Hoje vivemos um período de comoditização ampla, geral e irrestrita. Os produtos são todos muito pare-cidos em funcionalidade. E os consumidores dão as cartas, reinando no trono da infidelidade e com ele-vado poder de barganha. O sofrimento é ainda maior no comércio que na indústria. Basta caminhar em São Paulo, por exemplo, pela Teodoro Sampaio, dos ins-trumentos musicais, a Consolação, dos lustres, a Santa Ifigênia, dos eletrônicos ou simplesmente as praças de alimentação de qualquer shopping para sentir na pele e na veia a ferocidade da concorrência.

Dentro do setor de pneus, duas grandes verdades po-dem ser observadas. Primeiro, a prática da concorrên-cia desleal que se manifesta pela invasão de produtos oriundos da Ásia, com qualidade inferior e preço avil-tante, sem falar no subfaturamento das importações e nas vendas sem nota fiscal ao consumidor final. Segundo, pela desunião do setor, que fragmentado acaba por se enfraquecer, comprometendo a renta-bilidade de todas as empresas e abrindo espaço para os importados.

Diante deste quadro, o que fazer?

1. Cuide do visual. O jogo começa na aparência que conduz à sedução. É o marketing de percepção. Você precisa captar a atenção do cliente para que ele escolha, entre as inúmeras alternativas, o seu ponto. Isso envolve a fachada, o letreiro e até mes-mo o nome do estabelecimento. Os trajes dos aten-dentes, a pintura das paredes, a limpeza do piso, o índice de luminosidade. Perceba que as mesmas regras aplicam-se a uma loja virtual. Neste caso, falamos de um site de fácil navegação, com dia-gramação e cores agradáveis, ágil na transição de páginas, amigável na busca por produtos.

2. Treine seu pessoal. Considerando-se que os produ-tos são similares e, portanto, facilmente compará-veis, o único canal possível de diferenciação é o da prestação de serviços. A palavra de ordem agora é “atendimento”. Não apenas um atendimento bom, mas sim um excepcional, prestado por uma força de vendas que antes de tudo conhece em profundida-de o que está ofertando. É a chamada “venda con-sultiva” que compreende necessidades, orienta so-bre tipos e modelos, instrui com foco na adequação e assiste pelo pós-venda, promovendo a fidelização. Recentemente, ao substituir os pneus dianteiros de meu carro, acabei trocando também todo o sistema de freio por orientação do vendedor.

3. Tenha o produto disponível. Parece óbvio, mas esta é uma das grandes falhas de gerenciamento no ponto de venda. Imagine ter atraído o consumidor para sua loja e tê-lo presenteado com um atendimento exem-plar. Após analisar todas as possibilidades, ele escolhe um produto que está esgotado. Era a pastilha de freio correta, mas não da marca preferida. Era o modelo de pneu ideal, mas não do aro desejado. Você terá o desprazer de ver seu cliente, igualmente frustrado, sair pela porta afora de mãos vazias – mas agora se-guro do que pretende comprar, evidentemente em seu concorrente. Portanto, mantenha um estoque de segurança. E se você não dispõe de espaço ou capital para tê-lo, é preferível reduzir a gama de produtos oferecidos ou especializar-se em um grupo específi-co. Se você não é o primeiro e nem o maior, seja o melhor no que se propõe a fazer.

4. Crie diferenciais. Além do excelente atendimento, seja criativo nos detalhes e tenha a inovação como lema. Promova campanhas e concursos, crie bônus por fidelidade, escute e surpreenda seus clientes com novas soluções integradas. Propicie condições variadas de pagamento, estabelecendo, por exem-plo, parceria com instituições financeiras. Vivemos uma onda de crédito abundante e facilitado, ainda que caro, mas que permite adquirir bens para paga-mento em longo prazo mediante suaves prestações mensais. Você não precisa assumir o ônus dos riscos do financiamento. Não é este o seu negócio. Mas uma financeira fará este papel com todo prazer.

5. Diga não à guerra de preços. Venda benefícios as-sociados aos produtos, desviando o foco do preço. A regra é vender valor, e não preço. Por isso a im-portância do atendimento, inclusive no pós-venda, além da oferta de acessórios, de assistência técnica permanente e de condições diferenciadas de paga-mento, conforme já mencionado.

6. Em guerra deflagrada, lute para ganhar. Jamais se esqueça de que você está em guerra permanente com seus concorrentes. Esteja, pois, preparado. Co-nheça bem, e de perto, seus concorrentes. Visite-os ou coloque alguém para visitá-los. Telefone para monitorar a qualidade do atendimento. Pesquise preços. Descubra seus pontos fortes e os copie. Descubra seus pontos fracos e guarde as cartas na manga. Contrate seus melhores funcionários. E, fundamentalmente, inove. Torne-se único a ponto de tornar a concorrência irrelevante. Mas lembre-se: eles podem estar fazendo exatamente o mesmo em relação a você.

Tom Coelho – consultor, autor, educador e conferencistaE-mail: [email protected]

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GUIA DOS ASSOCIADOS30

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neus

& C

ia.

BELO HORIZONTE

PNEUBRASA LTDA.GRAÇA - TEL.: (31) 3423-4578

MÁXIMA REFORMADORA DE PNEUS LTDA.DIST. IND. SIMÃO DA CUNHA - TEL.: (31) 3423-4910

RODAR PNEUS LTDA.CALAFATE - TEL.: (31) 3334-4065

BETIM

AD PNEUS JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 2125-9100

TREVISO/RECAMICBETIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 2126-9200

REDE RECAP RENOVADORA E COMÉRCIO DE PNEUS LTDA.JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3597-1335

CAMPO BELO

RECABEL LTDA.ZONA RURAL - TEL.: (35) 3882.2770

RECALFENASJARDIM BOA ESPERANÇA - TEL.: (35) 3292-6400

ALFENAS

ANDRADAS

RECAUCHUTAGEM ANDRADENSECONTENDAS - TEL.: (35) 3731-1414

ARAXÁ

PNEUARA – PNEUS ARAXÁ LTDA.VILA SILVÉRIA - TEL.: (34) 3661-8571

BARBACENA

ASR RECAUCHUTADORA E COM. PNEUSCAIÇARAS - TEL.: (32) 3333-0227

BQ PNEUS RECAUCHUTADORA E COMÉRCIO LTDA. PASSARINHO - TEL.: (32) 3332-2988

JAC PNEUS LTDA.JARDIM MONTANHÊS - TEL.: (31) 3464-5553

PNEUPAM LTDA.PAMPULHA - TEL.: (31) 3491-5000

PNEUS NACIONAL LTDA.BARRO PRETO - TEL.: (31) 3274-4155FLORESTA - TEL.: 3273-5590FUNCIONÁRIOS - TEL.: 3281-2029PAMPULHA - TEL.: (31) 3427-4907

TC PNEUSBARREIRO DE BAIXO – TEL.: (31) 3384-2030CALAFATE – TEL.: (31) 3371-1848ESTORIL – TEL.: (31) 3373-8344GAMELEIRA – TEL.: (31) 3386-4878/3384-1053LOURDES – TEL.: (31) 3214-2413SÃO LUCAS – TEL.: (31) 3225-7575

MINAS PNEUS LTDA.CAIÇARA - TEL.: (31) 2103-4488GUTIERREZ - TEL.: (31) 3292-2929

ARAGUARI

FÁBIO PNEUS LTDA.DISTRITO INDUSTRIAL - (34) 2109-8000

BARBACENA CENTRO AUTOMOTIVOPONTILHÃO - TEL.: (32) 3333-5000

PNEUSOLAALÍPIO DE MELO - TEL.: (31) 3311-7736 / 3311-7742AV. AMAZONAS - TEL.: (31) 3311-7772 / 3311-7774AV. PEDRO II - TEL.: (31) 3311-7732 / 3311-7733BR 262 -TEL.: (31) 3311-7766 / 3311-7767CIDADE NOVA - TEL.: (31) 3311-7713 / 3311-7714FLORESTA -TEL.: (31) 3311-7730 / 3311-7731JARDINÓPOLIS -TEL.: (31) 3361-2522 LOURDES - TEL.: (31) 3311-7770 / (31) 3311-7771 LUXEMBURGO - TEL.: (31) 3311-7744 / (31) 3311-7745MINAS SHOPPING - TEL.: (31) 3311-7760 / 3311-7761 NOVA SUÍÇA - TEL.: (31) 3311-7740 / 3311-7741RAJA GABAGLIA - TEL.: (31) 3311-7750 / 3311-7751SÃO LUCAS - TEL.: (31) 3311-7783 / 3311-7784SAVASSI - TEL.: (31) 3311-7720 / 3311-7721VIA SHOPPING TEL.: (31) 3311-7780 / 3311-7781

TC PNEUSCENTRO - TEL.: (31) 3531-2547

RECAPE PNEUS LTDA.NOVA GRANADA - TEL.: (31) 3332-7778

FON FON PNEUSCARLOS PRATES - TEL.: (31) 3464-7909POMPÉIA - TEL.: (31) 3261-7544SAVASSI - TEL.: (31) 3281-3066SHOPPING DEL REY - TEL.: (31) 3415-6166VENDA NOVA - TEL.: (31) 3495-6000

CURINGA DOS PNEUSPAMPULHA - TEL.: (31) 3491-5700

CURINGA DOS PNEUSJARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3591-9899

LEGENDA REFORMADORA REVENDEDORA

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ia.

CONTAGEM

CARDIESEL– GRUPO VDLGUANABARA - TEL.: (31) 3232-4000

VALADARES DIESEL LTDA. – GRUPO VDLJARDIM IPÊ - TEL.: (33) 2101-1500

CAPELINHA

PNEUS CAP LTDA.PLANALTO - TEL.: (33) 3516-1512

LUMA PNEUS LTDA.JARDIM MARROCOS - TEL.: (31) 3352-2400

PNEUCON PNEUS CONTAGEM LTDA.COLONIAL - TEL.: (31) 3353-9924

NG PNEUS LTDA.GUANABARA - TEL.: (31) 3394-2176

RG PNEUSMELO VIANA - TEL.: (31) 3841-1176

PNEUS AMAZONAS LTDA.VILA BARRAGINHA - TEL.: (31) 3361-7320

REGIGANT RECUPERADORA DE PNEUS GIGANTES LTDA.RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 2191-9999

SOMAR RECICLAGEM DE PNEUS LTDA.RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 3396-1758

PNEUSOLACEASA - TEL.: (31) 3311-7788 / 3311-7789ELDORADO - TEL.: (31) 3311-7778 / 3311-7779JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3311-7722 / 3311-7723

DIVINÓPOLIS

FORMIGA

TC PNEUSCINCÃO - TEL.: (31) 3391-9001

CORONEL FABRICIANO

AUTORECAPE LTDA.DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3842-3900

RECAPAGEM RIO DOCE LTDA.CALADINHO - TEL.: (31) 3841-9050

PNEUSHOPPING LTDA.CAZUZA - TEL.: (38) 3531-2407

DIAMANTINA

PNEUSOLACENTRO - TEL.: (37) 3212-0777

PNEUMAC LTDA.ORION - TEL.: (37) 3229-1111

RECAMAX MÁXIMA LTDA.RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3216-2000

AD PNEUSMANGABEIRAS - TEL.: (37) 3322-1441

RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.VILA SOUZA E SILVA - TEL.: (37) 3322-1239

RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.BALNEÁRIO RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3222-6565

UNICAPMARINGÁ - TEL.: (37) 3321-1822

RECAPE PNEUS LTDA.VILA PARIS - TEL.: (31) 3353-1765

CONSELHEIRO LAFAIETE

CURINGA DOS PNEUSSANTA MATILDE - TEL.: (31) 3762-1715

MINAS PNEUS LTDA.CEASA - TEL.: (31) 3394-2559

ARAÚJO PNEUS LTDA.JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3363-1840

RECAPAGEM SANTA HELENAÁGUA BRANCA - TEL.: (31) 3394-8869

GOVERNADOR VALADARES

RECAPAGEM VALADARES LTDA.VILA ISA - TEL.: (33) 3278-2160

REFORMADORA BELO VALEIPÊ - TEL.: (33) 3278-1508

GUAXUPÉ

RENOVADORA DE PNEUS DOIS IRMÃOSVILA SANTO ANTÔNIO - TEL.: (35) 3551-2205

RECAPAGEM CAMPOSBAIRRO JK - TEL.: (31) 3534-1552

IGARAPÉ

GAMA PNEUS & CIA. CEASA MG KENNEDY - TEL.: (31) 3329-8000GUANABARA - TEL.: (31) 3329-3700

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Cia

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PATOS DE MINAS

AUTOPATOS PNEUS E RECAPAGEM LTDA.IPANEMA - TEL.: (34) 3818-1500

RECALTO PNEUS LTDA.PLANALTO - TEL.: (34) 3823-7979

BODÃO PNEUS E REFORMAS LTDA.SÃO GERALDO - TEL.: (38) 3521-1185

ITAMARANDIBA

NOVA LIMA

RG PNEUSFRANCISCO BERNADINO - TEL.: (32) 3221-3372

JOÃO MOLEVADE

RG PNEUSCARNEIRINHOS - TEL.: (31) 3851-2033

RG PNEUSBELMONTE - TEL.: (31) 3852-6121

JUIZ DE FORA

RT JUIZ DE FORA REFORMA DE PNEUS LTDA.DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32) 2102-5004

LAVRAS RECAPAEROPORTO - TEL.: (35) 3821-6308

LAVRAS

RECAPAGEM ALEX LTDA.NSA. SRA. APARECIDA - TEL.: (37) 3421-3042

LUZ

PNEUSOLA RECAPAGEM LTDA.CENTRO EMPRESARIAL - TEL.: (32) 3273-8622

MATIAS BARBOSA

COMERCIAL SÃO PAULO DE PNEUS LTDA.VILA DO CARMO - TEL.: (31) 3557-2108

MARIANA

PNEUSOLA CENTRO - TEL.: (38) 3221-6070ESPLANADA - TEL.: (38) 3215-7874 / 3215-7874

MONTES CLAROS

RECAPAGEM SANTA HELENA LTDA.CENTRO - TEL.: (34) 3672-3099

RECABOM PNEUSUNIVERSITÁRIO - TEL.: (32) 3722-4042

MURIAÉ

NANUQUE

CACIQUE PNEUS LTDA.CENTRO - TEL.: (33) 3621-4924

ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO OFICIALCENTRO - TEL.: (31) 3541-3364

RENOVADORA DE PNEUS OK S/A.JARDIM CANADÁ - TEL.: (31) 3581-3294

AUTO RECAPAGEM AVENIDA LTDA.CENTRO - TEL.: (37) 3231-5270

PARÁ DE MINAS

PNEUS ITACOLOMI LTDA.LAGOA - TEL.: (31) 3551-2200

OURO PRETO

PARACATU

FON FON PNEUSPOSTO CHEFÃO - TEL.: (31) 3581-2727

RECAUCHUTADORA JUIZ DE FORA LTDA.DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32) 2102-5000 / 5042

RECABOM PNEUSMARIANO PROCÓPIO - TEL.: (32) 3212-2410

ALBATROZ RECAUCHUTAGEM DE PNEUSINDUSTRIAL (ÁGUA E SOL) - TEL.: (32) 3273-1599

PNEUSOLAAV.BRASIL - TEL.: (32) 3216-3419 / 3231-6677AV. JUSCELINO KUBTSCHECK - TEL.: (32) 3225-5741INDEPENDÊNCIA SHOPPING - TEL.: (32) 3236-2777 / 3236-2094

RECAPAGEM SANTA HELENAAV. MESTRA FININHA SILVEIRA - TEL.: (38) 3212-5945CENTRO ATAC. REGINA PERES - TEL.: (38) 3213-2051JD. PALMEIRAS - TEL.: (38) 3213-1940RUA SETE - TEL.: (38) 3213-2220

RECAPAGEM ITABIRITO LTDA.AGOSTINHO RODRIGUES - TEL.: (31) 3561-7272

ITABIRITO

IPATINGA

ITABIRA

CURINGA DOS PNEUSPOÇO RICO - TEL.: (32) 3215-4547/3215-0029

TREVISO/RECAMICDISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32)3691-1313

TREVISO/RECAMICANEL RODOVIÁRIO - TEL.: (38)3222-8800

RG PNEUSIGUAÇU - TEL.: (31) 3824-2244

RG PNEUSCENTRO - TEL.: (31) 3831-5055

RG PNEUSBARRA - TEL.: (32) 3722-3788

TC PNEUS MATRIZ CARNEIRINHOS - TEL.: (31) 3851-4222

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GEBOR COMERCIAL LTDA. – ACESSÓRIOSPRADO - TEL.: (31) 3291-6979

VMC COMÉRCIO SERVIÇOS LTDA.CARLOS PRATES - TEL.: (31) 3464-8600

BELO HORIZONTE

PRODUTOS PARA RECAUCHUTAGEM

VISCONDE DO RIO BRANCO

RECAUCHUTADORA RIO BRANQUENSE DE PNEUSBARRA DOS COUTOS - TEL.: (32) 3551-5017

PITANGUI

SUFER PNEUS E RECAPAGEM LTDA.CHAPADÃO - TEL.: (37) 3271-4444

POÇOS DE CALDAS

POÇOS CAP LTDA.CAMPO DO SÉRGIO - TEL.: (35) 3713-1237

DURON RENOVADORA E COM. DE PNEUSCRISTINA C - TEL.: (31) 3637-8688

SANTA LUZIA

UBÁ

PNEUSOLALAURINHO DE CASTRO - TEL.: (32) 3531-3869

FON FON PNEUSBOA ESPERANÇA - TEL.: (31) 3641-4789

SÃO DOMINGOS DO PRATA

RECAPAGEM PNEUS PRATA LTDA.BOA VISTA - TEL.: (31) 3856-1724

BRISA PNEUS LTDA.CENTRO - TEL.: (35) 3332-8333

SÃO LOURENÇO

SETE LAGOAS

RECAPAGEM CASTELO LTDA.UNIVERSITÁRIO - TEL.: (31) 3773-9099

UBERABA

VARGINHA

AD PNEUSPARQUE URUPÊS - TEL.: (35) 3222-1886

REFORMADORA DE PNEUS CACIQUE LTDA.NÚCLEO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3848-8062

TIMÓTEO

TORQUE DIESEL LTDA.CACHOEIRA DO VALE - (31) 3848-2000

JACAR PNEUS LTDA.RODOVIA UBÁ/JUIZ DE FORA - (32) 3539-2800

RECAPAGEM SANTA HELENAAV. RAQUEL TEIXEIRA VIANA - TEL.: (31) 3773-0639CENTRO - TEL.: (31) 3771-2491ELDORADO - TEL.: (31) 3772-2869

RECAPAGEM SANTA HELENACRISTO REDENTOR - TEL.: (34) 3814-5599 JD. PAULISTANO - TEL.: (34) 3823-1020

PATROCÍNIO

AUTOMOTIVA PNEUS LTDA.MORADA DO SOL - TEL.: (34) 3831-3366

RECAPAGEM SANTA HELENAJARDIM INDUBERAVA - TEL.: (34) 3336-6615SÃO BENEDITO - TEL.: (34) 3336-8822

RECAPAGEM SANTA HELENACUSTÓDIO PEREIRA – TEL.: (34) 3230-2300

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