um brinde à lei seca -...

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Publicação Bimestral da AMIRP Associação Mineira dos Reformadores de Pneus Ano I – Nº 5 – Julho/Agosto 2008 Pneus e frotas – Invista em equipamentos e instalações – Pág. 22 Conexão – Gestão sustentável: sobrevivência empresarial – Pág. 20 Um brinde à Lei Seca Desde que, claro, não dirija depois Ecoatividade – Entrevista com Ronaldo Vasconcellos – Pág. 12

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Publicação Bimestral da AMIRPAssociação Mineira dos Reformadores de Pneus Ano I – Nº 5 – Julho/Agosto 2008

Pneus e frotas – Invista emequipamentos e instalações – Pág. 22

Conexão – Gestão sustentável:sobrevivência empresarial – Pág. 20

Um brinde à Lei SecaDesde que, claro, não dirija depois

Ecoatividade – Entrevista comRonaldo Vasconcellos – Pág. 12

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Não passam despercebidos os preconceitos e até mesmo os conceitos acerca da atividade e do uso do pneu reformado. Ainda que essa prática se manifeste comprovadamente como uma ação segura e de significativo valor ambiental, muitas vezes é perceptível as expressões de dúvida nos rostos de representantes de ações políticas ou de projetos de desenvolvimento, até mesmo de pessoas da área, com instrução. Muitos demonstram desconhecimento em relação ao nosso trabalho.

Lastimável ou engraçado?

Estudos recentes nos levam a entender que a própria cultura social acena com sinais negativos e retrógrados quando o assunto é pneu reformado. Como se não bastassem as pressões externas à classe dos reformadores, há ainda os fatores internos do setor que dificultam o desenvolvimento, o empreendedorismo, a sustentabilidade e a confiança no próprio negócio. Esses obstáculos, facilmente detectados, manifestam-se desde a falta de recursos e o alto custo dos equipamentos, passando pela difícil manutenção da estrutura funcional, até a quase inexistência de mão-de-obra qualificada. Isso, sem contar a reciprocidade das visões distorcidas entre os próprios empresários do segmento, bem como as relações paradoxais decorrentes da cultura organizacional, quando se tratam de empresas familiares. Nesse caso, é comum deparar com problemas pessoais enfraquecendo promissoras transações.

Diante da clareza das questões que afligem nosso segmento, não seria a hora de reformar atitudes? Mudar a cultura é imprescindível para divulgar novos conceitos à sociedade, aos poderes públicos e à justiça. É preciso parar de culpar ou se sentir ofendido pelo olhar atravessado do outro e renovar o modo de pensar e de agir.

Você, empresário da reforma, reconhece que é representante de um setor dinâmico, rentável e detentor de um considerável potencial de desenvolvimento, não só econômico, mas social e ambiental? Concorda que seria mais adequado e produtivo se houvesse uma organização, união e cooperação em prol da visibilidade e do verdadeiro crescimento do setor?

Portanto, junte-se às nossas forças já penosamente constituídas! A integração e a capacitação trilham o caminho que nos levará a uma cultura organizacional voltada para o futuro. A cultura que o mundo inteiro evoca: o crescimento econômico sustentável!

Chega de adiar as mudanças! É hora de reformas!

Diretoria AMIRP

MOSTRE A SUA CARA

REFORMANDO ATITUDES

3| Pneus &

Cia.

EDITORIALEXPEDIENTE

Diretoria AMIRPPresidentePaulo César Pereira Bitarães Vice-presidenteRogério de MatosDiretor de ComunicaçãoMarcelo Hildeu de Souza LaraDiretor FinanceiroFernando Antônio MagalhãesDiretor TécnicoMiguel Pires MatosConselheiro FiscalJúlio Vicente da Cruz Neto

ExecutivoEduardo de Oliveira Martins

AdministrativoDanieli Laureano de Souza

Auxiliar de ComunicaçãoFabrício Silveira

Revista Pneus & Cia.Diretora ResponsávelLuciana Laborne – Reg.: MTb. 12657/MGEditoresLuciana Laborne e Mariana [email protected]ávio Martins, Kátia Matos,Pércio Schneider e Túlio ZaminRevisão FinalDébora SantanaArte e EditoraçãoIn Foco Brasil (31) 3226-8463www.infocobrasil.comImpressãoGráfica e Editora Del Rey (31) 3369-9400www.grdelrey.com.brTiragem3.000 exemplares

Os informes publicitários aqui veiculados sãode responsabilidade exclusiva dos anunciantes,inclusive, com relação à veracidade.

Os textos editoriais não têm vinculação com osmateriais publicitários.

As opiniões expressas nos artigos assinadossão de responsabilidade dos autores.

É proibida a reprodução total ou parcial de textose de ilustrações integrantes da edição impressaou virtual, sem a prévia autorização dos editores.

Pneus & Cia. Ano I – Nº 5 – Julho/Agosto 2008Órgão Informativo da AMIRP

AMIRP

Av. João César de Oliveira, 452 • Sala 15 • EldoradoCEP 32310-000 • Contagem • MG • Tel: (31) 3356-3342 [email protected] • www.amirp.com.br

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10EstratégiaFoco e determinação

11Serviços

Tão importante quantoser bom é parecer bom

6AMIRP em açãoReuniões em destaque

24Valores & valoresReflexões

26Fazendo a diferençaPão e leite

30Viver bemAdiar. Odiar.

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ECOATIVIDADE“Em nome do meio ambiente”

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CAPAUm brinde à “Lei da Vida”

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CONEXÃOGestão sustentável: sobrevivência empresarial

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PNEUS E FROTASInvista em equipamentos e instalações

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15CenárioDesafios que trazem oportunidades

28 ReformadoresGuia dos reformadores de Minas Gerais

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.AMIRP EM AÇÃOCARTA DO LEITOR

Recebi a revista Pneus & Cia. nº 4 e gostaria de parabenizá-los pela iniciativa. Já no editorial é possí-vel verificar a preocupação com o setor de reforma de pneumáti-cos. Na Camelback, trabalhamos para melhorar e aperfeiçoar este segmento, com uma tecnologia inédita, fruto de seis anos de pesquisas, e que denomina-mos controle de unidades de cura na vulcanização.

Sabemos que toda nova tecnologia deman-da tempo para ser assimilada. É muito difí-cil quebrar paradigmas, principalmente em uma área em que as empresas são familiares e sempre avessas a investimentos, sendo que muitos reformadores não sabem nem quanto é sua margem de contribuição.

História

Quando começamos a trabalhar com vulca-nização, na década de 1990, sabíamos que era um processo produtivo. Nosso conheci-mento inicial era apenas de administração, produção e controle de qualidade, mas nenhum em vulcanização, já que seria so-mente um trabalho temporário. Mas, como o americano Harvey Brodsky disse: “a bor-racha entra no sangue”. Uma vez contami-nado, você se apaixona e ela se torna cada vez mais importante na sua vida.

A primeira providência foi fazer o levanta-mento geral da situação financeira da empre-sa. A segunda foi a análise de produtividade, de retrabalho, de perda e de reclamação, item responsável por 30% dos contatos dos clientes. Desta forma, a empresa foi conquistando resultados positivos e cres-cendo, chegando a números satisfatórios, como produtividade de 200 pneus/homem e índice de reclamação de 0,3%. Depois de muito trabalho e estudo, o resultado foi uma vulcanização com tempo correto, ganho de produtividade, produto homogêneo e com alto índice de qualidade.

Agradecemos a revista e nos colocamo à dis-posição da AMIRP. Que tenhamos um grau de cooperação para o crescimento deste ramo de negócios e o desenvolvimento de nosso país.

José Pedro Souza – diretor CamelbackGuarujá – SP

*Resumo da carta do leitor

AMIRP EM VARGINHA

AMIRP EM CAMPINAS

LEMBRETE AO REFORMADOR

A AMIRP realizou, no dia 10 de julho, na Aciv (Asso-ciação Comercial e Industrial de Varginha), um encontro com empresários da reforma de pneus, da região do sul de Minas Gerais. A proposta central foi discutir a sobrevi-vência do setor, conscientizar e mobilizar os reformado-res de pneus a respeito das transformações do mercado (o reajuste de valores das matérias-primas, da mão-de-obra, da energia, do transporte e outros itens que fazem parte dos custos da recapagem).

Junto aos reformadores do interior do estado de São Paulo, a AMIRP marcou presença na reunião realizada pela Aresp e pela ABR, em Campinas, no dia 16 de julho. O encontro focou nas estratégias de mercado alinhadas a atual con-juntura econômica. Um dos assuntos conversados foi a su-gestão do aumento de preços, cerca de 16%, tanto nas matérias-primas, como nos custos fixos.

Inmetro – Portaria Nº 272, de 5 de agosto de 2008Regulamento técnico da qualidade para o serviço de reforma em pneus para veículos comerciais, comerciais leves e seus rebocados.

Decreto Nº. 6.514, de 22 de julho de 2008Regulamentação da Lei de Crimes Ambientais

Diário Oficial da União – Decreto Nº 6.455 de 12 de maio de 2008Altera o Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006, que aprova a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI).

Para visualizar as informações técnicas na íntegra, acesse: www.amirp.com.br

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Empresários da reforma de pneus do sul de Minas Gerais

REUNIÕES EM DESTAQUE

Fale com a gente: [email protected]

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AMIRP REÚNE COM SINDIPNEUS

No dia 29 de julho, a diretoria da AMIRP se reuniu com o Sindipneus (Sindicato das empresas de revenda e de prestação de serviços de reforma de pneus e similares do estado de Minas Gerais) para discutirem assuntos gerais de interesse do segmento. O encontro foi rea-lizado na sede do sindicato, em Belo Horizonte, com

a presença dos diretores do Sindipneus, da AMIRP e também do advogado Samuel Oliveira Maciel.

Entre as idéias debatidas, o diretor executivo da AMIRP, Eduardo Martins, destaca a importância de uma união da associação com o sindicato para fortalecer o setor.

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Representantes do Sindpneus e da AMIRP

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Primeira reunião

No dia 15 de julho, a diretoria da AMIRP e a da ABR promoveram um encontro na sede da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus, em São Paulo, com entidades representativas do setor de reforma de pneus de todo o país. Dando conti-nuidade aos objetivos de divulgar e discutir estraté-gias para garantir e manter a sobrevivência do setor, a reunião teve como principais pontos de debate:

• Audiência pública sobre importação de carcaças, ocorrida no Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

• O caso da possível manobra nos preços dos pneus da China, denunciado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), e em processo de investigação pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

• A análise da possibilidade de se elaborar um projeto que permita a criação e a implementação de um Selo Verde para o segmento de reforma de pneus.

• Cartilha Inmetro: O Inmetro criou uma cartilha referente ao segmento com erros técnicos sobre

as maneiras de reformas (recauchutagem, remol-dagem e recapagem). Foi elaborado e encami-nhado um ofício ao Inmetro que repudia o ato e também solicita o envolvimento das entidades na criação e conferência de quaisquer materiais informativos do setor.

Segunda reunião

Dando continuidade aos debates relacionados à prática de estratégias que asseguram a sobrevivên-cia do setor, a diretoria da AMIRP e da ABR realiza-ram um segundo encontro, em São Paulo, no dia 5 de agosto. A proposta da reunião foi buscar alter-nativas para o associativismo de todo o segmento de reforma de pneus, visando obter recursos que viabilizem a manutenção das associações. Entre os presentes estavam os representantes das associa-ções estaduais e da nacional, da Câmara dos Fabri-cantes, de associações de marcas e dos sindicatos do segmento.

EM DEFESA DA MANUTENÇÃO EDESENVOLVIMENTO DO SETOR

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Representates das entidades do setor de reforma de pneus na primeira reunião AMIRP e ABR

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No dia 30 de julho, representantes da diretoria da AMIRP, Paulo Bitarães (presidente), Eduardo Martins (executivo) e Iranelson Coelho (diretor regional) se reuniram no Ipem-MG (Instituto de Pesos e Medidas de Minas Gerais) com a responsável por registros, Nelma Aparecida. O objetivo do encontro foi discutir questões referentes à fiscalização e à regulamentação do setor. A AMIRP quer saber que atitudes tomar para

que ocorra, de maneira concreta, a mudança de ima-gem do segmento. “Se cada empresa fizer sua parte, o negócio andará diferente”, concorda Nelma Apare-cida, que se comprometeu a dar um retorno para a associação, após se reunir com a equipe de suporte do Ipem-MG, representantes do Inmetro e o gerente de fiscalização e verificação compulsória do Ipem-MG, Raimundo Mendes Costa.

REGULAMENTAÇÃO PARA TODOS

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Nelma Aparecida, Paulo Bitarães, Iranelson Coelho e Eduardo Martins

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Foco, do latim focu”. De acordo com o dicioná-rio Aurélio é possível encontrar várias definições para esta palavra. Mas, o que pode facilitar a

compreensão do seu sentido é compararmos com a utilidade de uma lanterna à noite. Esse instrumento pode iluminar, mesmo que com pouca qualidade, um espaço maior, mas também pode focar uma área me-nor, concentrando os raios luminosos, com mais in-tensidade, em um ponto, dando melhor visibilidade.

Observa-se, então, que houve uma convergência, o que permitiu melhores resultados. Assim, podemos dizer que foco é o ponto de convergência. Em ou-tras palavras, é a concentração de algo que tende a algum objetivo.

O mesmo acontece na vida pessoal e profissional. Se realizarmos muitas atividades ao mesmo tempo tere-mos esforços dispersos, o que acaba gerando resultados fracos e diluídos em diversas áreas. Mas, se concen-trarmos nossa atenção numa área específica de interesse, certamente, os resultados serão melhores.

“Além da nobre arte de fazer coisas, existe a nobre arte de deixar coisas sem fazer. A sabedoria da vida con-siste na eliminação do que não é essencial”, já dizia um provérbio chinês. Se não há foco nas atividades profissionais e nos negócios, a atenção e os esfor-ços ficam dispersos, perdidos e sem finalidade. Dessa forma, não há competência que dê bons resultados.

Manter o foco e ser sempre determinado são virtudes fundamentais nos negócios. Foco na estratégia, na qualidade, na lucratividade, no cliente, na obtenção dos recursos materiais e humanos são necessários para alcançar o que se pretende. Enfim, tudo a ser realizado deve ser focado no objetivo almejado – a propósito, a falta de planos é uma das maiores causas de insucesso profissional e empresarial. É preciso ainda:

• Priorizar: perceber o que é mais importante, o que será o foco.• Estabelecer objetivos claros dentro dessa prioridade.• Organizar: verificar todos os recursos que serão disponíveis e como eles serão utilizados da forma mais racional.

• Planejar a estratégia adequada: levantar quais serão as atividades e a se-qüência lógica da realiza-ção de cada uma.• Compartilhar esse foco com quem pode ajudar a alcançar os resultados espe-rados, promovendo uma co-municação clara.• Fé: ter pensamento positivo, acreditando firmemente que tudo vai dar certo. • Canalizar toda a energia para executar com empenho as ativi-dades que vão levar à concreti-

zação do que foi definido.• Ser persistente, não deixando que eventuais dificulda-des o façam desistir.• Ser disciplinado para cumprir o que foi determinado na estratégia. • Avaliar os resultados à medida que as tarefas são cumpridas, conside-

rando as prioridades.• Corrigir os rumos e o planejamento, se necessário.

O foco é uma característica comum às em-presas e às pessoas bem sucedidas. Elas ti-veram êxito, porque traçaram um objetivo e concentraram nele todos os seus esforços e determinações. Dessa forma, alcançaram os resultados esperados.

Determine o seu foco, organize as suas ações, aja com determinação e tenha pensamento positivo. Os resultados certamente virão.

Flávio Martins – administrador de empresa e consultorE-mail: [email protected]: www.flaviomartins.com.br

FOCOE DETERMINAÇÃO

Manter o focoe ser sempredeterminadosão virtudes

fundamentaisnos negócios

ESTRATÉGIA10

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TÃO IMPORTANTE QUANTOSER BOM É PARECER BOM

Oque deve passar pela mente de uma pes-soa que não conhece o pneu reformado quando alguém sugere que ela experi-

mente o produto? Entre outras indagações: O preço é bom, mas será que é uma opção segura? Qual a vantagem? Qual o melhor lugar para com-prar? Muitos ainda remetem uma imagem suspeita quando se fala em pneu reformado. Mas, sofrer com preconceito não é exclusividade do setor de reforma. “Imagine a Associação dos Proprietários de Armas de Fogo?”, lembra o autor e consultor de marketing, Sady Bordin.

Já que o propósito é falar da imagem e até mesmo reverter quando for negativa, o consultor apon-ta outro exemplo mais específico: a experiência dramática que a companhia aérea TAM passou no ano passado. O Airbus-A320 não conseguiu pousar em uma das pistas do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Atraves-sou a Av. Washington Luís e se cho-cou contra um depósito da própria empresa, que explodiu. Nesse aci-dente, cerca de 200 pessoas morre-ram. “Esse pesadelo poderia afetar de vez a imagem da companhia, mas, mesmo hoje, depois de um trabalho de marketing, como mu-dar a logomarca e fazer campanhas, a TAM domina quase 50% do mercado da aviação comercial brasileira”, diz Sady Bordin, explicando que a empresa, com o auxílio de consultorias, está superando esse fato diante do mercado.

Consultoria empresarial é como um serviço de conselhos dado por profissionais que analisam e criam estratégias para apoiar toda a área adminis-trativa das organizações. A empresa de consulto-ria, por não estar vinculada a nenhum setor espe-cífico, tem uma visão mais ampla do mercado. “É aquela máxima do jogo de xadrez: quem está de fora sempre vê um lance fantástico que o jogador nunca vê”, compara Bordin.

Em um cenário de significativa competitividade – em que antes a concorrência era local e agora é, até mes-mo, global – e clientes cada vez mais exigentes, o em-presário deve ficar atento. É preciso se aprimorar para manter e, se possível, melhorar sua posição no mercado, buscando também o reflexo lucrativo no faturamento.

Na hora da compra, o consumidor escolhe a em-presa que mais lhe passa confiança. Nesse sen-tido, a imagem do produto e da marca aparece na mente do cliente quando ele pensa em qual opção prefere. Segundo o consultor Ari Lima, “os empresários devem construir uma imagem de confiabilidade no produto para os consumi-dores”. Por essa e outras razões, uma consultoria pode trazer vantagens.

Imagem, entre diversos outros conceitos, é im-pressão, representação mental de algo. A imagem da empresa depende da experiência do cliente com ela e com o que ela vende. “Trabalhar a ima-gem significa analisar a percepção que o consu-midor tem em relação ao produto/empresa”, diz

Sady Bordin. O consultor frisa que a credibilidade da marca é mais ligada à postura da empresa em relação ao consumidor do que ao produto em si.

Uma breve consultoria para o setor de reforma

O segmento de reforma de pneus do Brasil é o segundo maior do mundo. Os produtos, de qualidade tão boa quanto a dos pneus novos, têm a vantagem de serem econômicos,

sem contar que são ambientalmente corretos. “Essas informações são preciosas, uma defesa de bandeja para o setor. São dados defendidos até mesmo pela concorrência”, diz Bordin.

Então, deve-se seguir o exemplo do país líder mundial do setor de reforma, os EUA. Para Bordin, é preciso divulgar, ter transparência e visibilidade: “O pior que um segmento com qualquer problema de imagem pode fazer é se omitir”. Entre outras dicas, para uma boa imagem da empresa é preciso adotar ações de marketing, inclusive que envolva o consumidor final. Além disso, uma regra deve ser conhecida e cumprida: a de que é necessário conquistar os pontos de contato com o mercado. Para agra-dar os clientes, funcionários e fornecedores é imprescindível oferecer um excelente serviço e produto, mas, para alcançá-los deve-se tam-bém transmitir uma imagem de confiança, pro-fissionalismo e qualidade.

por Mariana Conrado

A imagem doproduto e da

marca são fatores decisivos na opção

do cliente

SERVIÇOS11

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“EM NOME DO MEIO AMBIENTE”

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.ECOATIVIDADE

por Luciana Laborne

Pode parecer óbvio e até soar repetitivo para alguns, mas os benefícios e a segurança da re-forma ainda são questionados por uma parcela

considerável da sociedade. Entre eles, formadores de opinião e representantes políticos. Afirmação compro-vada em conversa com o vice-prefeito de Belo Hori-zonte, Ronaldo Vasconcellos, que está envolvido no trabalho em prol do meio ambiente desde o ano de 1982 e possui autonomia para admitir a fragilidade de debater e criar iniciativas quando o assunto é pneu. E, também, para dar seu parecer: “O dever é nosso, mas a associação pode nos ajudar e se fazer visível”.

Pneus & Cia.: Em linhas gerais, nos aponte os princi-pais conceitos que são necessários compreender e se-rem considerados para a condução do desenvolvimen-to humano sustentável do ponto de vista ambiental.

Ronaldo Vasconcellos: Eu não sou “ecochato”, nem “ecoxiita” e muito menos “biodesagradável”. Eu sou “ecodesenvolvimentista”, porque defendo o desen-volvimento sustentável. Dedico-me a essa iniciativa com paixão, determinação e até por obrigação como cidadão. Você pode e deve usufruir dos recursos na-turais, ambientais e minerais, mas de uma maneira competente, do ponto de vista da legislação, da en-genharia; de um jeito que não sacrificará gerações futuras. Mas para isso, é preciso mudar conceitos e práticas do cotidiano que a sociedade consumista vende constantemente para todos nós.

Pneus & Cia.: Especificando, como o setor de refor-ma de pneus é percebido e visto atualmente no plano de ações políticas em Minas Gerais?

Ronaldo Vasconcellos: Quando eu era deputado federal e fomos discutir política nacional de resíduos sólidos, o grande entrave foi quando chegou às dis-cussões relacionadas aos pneus. Eu diria que a polí-tica nacional dos resíduos sólidos só não saiu, ainda hoje, por causa dos pneus. Temos que ser sensatos e entender que as pessoas trocam os pneus do seu carro para terem tranqüilidade, segurança e confian-ça para dirigir. E, muita gente ainda tem receio de

usar o chamado pneu reformado, devido à descon-fiança, por não conhecerem, mas, em resumo, pela falta de informação.

Pneus & Cia.: Então, vamos às informações. A refor-ma além de prolongar a vida útil do pneu, favorece a economia (petróleo). Diante desses esclarecimentos, não seria prioridade colocar em práticas atitudes como: incentivar a produção do asfalto ecológico feito com raspas de pneus, a criação de ecopontos (pontos para recolhimento e destinação final adequada do pneu, para que esse não seja depositado no meio ambiente de maneira errônea) ou até mesmo leis que obriguem parte da frota de entidades públicas a utilizarem pneus reformados? O intuito do empresário da reforma não

O vice-prefeito de Belo Horizonte admite a dificuldadede políticos tomarem frente quando o tema é pneus e diz que

o trabalho de entidades como a AMIRP deve ser feito, tervisibilidade e persistência, não só para o desenvolvimento do setor,

mas “em nome do meio ambiente”.

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Ronaldo Vansconcellos – vice-prefeito de Belo Horizonte

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pára na reforma. Eles querem fazer a parte deles e, após o pneu ser inservível, criar possibilidades para dar continuidade à destinação correta do pneu. E é por isso que insisto, qual a visão das ações políticas? Para tirar essa imagem distorcida do pneu, não seria o momento do governo fazer sua parte de maneira mais ativa?

Ronaldo Vasconcellos: Nós, do poder público, temos culpa, porque precisamos representar uma legislação que aborde o assunto. O dever é nosso, mas a asso-ciação pode nos ajudar e se fazer visível. Não é fácil defender o tema pneus. Mas, a ação política tem que ser sensível e ter coragem para fazer sua parte. O pneu só é vilão para quem não tem essa consciência.

Sou totalmente favorável à questão da legislação e em criar ecopontos, mas temos agora que saber fazer. Os projetos sugeridos são interessantes, mas acho que a AMIRP e demais as-sociações do setor têm que ter conta-to com vereador, deputado estadual, deputado federal, com ONGs e esco-las. Porque os representantes dessas entidades entendem a questão do pneu e assim podem contribuir muito para a elaboração de uma legislação. A gente não pode ficar esperando a política nacional de resíduo sólido atuar por si só. Temos que ver que, normalmente, a sociedade como um todo ainda não tem uma visão ambientalmente correta e completa. Não tem a noção e não possui a prática. E o poder público também. Muitos prefeitos não possuem visão ambiental. Quando se fala em meio ambiente, logo se pensa em plantar uma árvore. Isso é muito boniti-nho, mas não resolve nada.

Pneus & Cia.: O Sr., representante da ação política e defensor de interesses relacionados ao meio ambien-te, já foi a uma reformadora?

Ronaldo Vasconcellos: Não. E por isso afirmo que ins-tituições, como a AMIRP, precisam divulgar o setor. É um trabalho que necessita de muita paciência e mui-ta persistência, mas que precisa ser feito em nome do meio ambiente.

A associação deve ser participativa, estar sempre an-tenada, ter visibilidade. A entidade, que ainda está em um ponto de vista desfavorável, precisa mudar o costume e a visão para ter uma imagem positi-va. A AMIRP tem que ter um trabalho de convenci-mento, de paciência, de perseverança, mas tem que agir, porque senão vai ficar sempre na derrota. É um desafio trabalhoso e que será desenvolvido com o tempo. Mas, para perpetuar, é necessário ser persis-tente, afinal, quem não tem competência, que não se estabeleça. É preciso acreditar no seu produto e qualificá-lo cada vez mais para dar credibilidade para todo o setor de reforma.

Pneus & Cia.: O que está faltando para que a consciência ambiental floresça amplamente em todos os setores empresarias?

Ronaldo Vasconcellos: É preciso es-tabelecer um relacionamento com o poder público constituído, indepen-dente de qualquer coisa: com a Câ-mara Municipal, com a Assembléia Legislativa, com a Comissão de Meio Ambiente e com a Semad (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e De-senvolvimento Sustentável), no caso

de Minas. Mas isso é de maneira generalizada. Deve-se focar e ter uma equipe. O trabalho é um processo que para chegar lá e ser bem sucedido tem que ter início, meio e fim. O setor tem que se mostrar para ganhar mais visibilidade, e, assim, conquistar o apoio dessas instituições. E tem mais, é preciso a união do segmento e que todos trabalhem em busca de um mesmo propósito.

Ronaldo Vasconcellos é engenheiro eletricista, for-mado em 1973. Em 1975, fez o curso de extensão de Engenharia e Segurança do Trabalho e, hoje, se dedica à área de engenharia ambiental. Ronaldo é professor universitário do curso de Engenharia Ambiental, na disciplina de Legislação e Política Ambientais, e apresenta o programa de televisão Ecologia e Cidadania, da ONG Ponto Terra – volta-da para educação, conscientização e comunicação na área ambiental.

Quando se fala em meio ambiente, logo se pensa em plantar uma árvore. Isso é

muito bonitinho, mas não resolve nada

1982

1983

Trajetória profissional1990 e 1994

1986

2005

1998 e 2002Vereador deBelo Horizonte – MG

Integrante da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal

Deputado estadual. Trabalhou na Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia Legislativa de MG

Deputado estadual de MG

Vice-prefeito deBelo Horizonte – MG

Deputado federal. Atuou na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

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Omercado de reforma de pneus, assim como as demais cadeias produtivas que têm o petróleo como principal matéria-prima,

vive hoje um novo período de desafios. O atual contexto tem como características a escassez de produto bruto, os preços em alta, o consumo em ascensão. Sabemos que é um momento difícil, mas também as crises dos mercados são cíclicas; acon-tecem de tempos em tempos e acabam estabele-cendo novos patamares de consumo, de preço e da relação oferta/demanda.

Por outro lado, a economia do mundo está se trans-formando. Com um novo patamar de consumido-res: o Brasil, a China, a Índia e os países emergen-tes estão trazendo as suas populações para o nível de consumo. Por isso, a demanda por alimentos e produtos básicos também aumenta – e acredito que dificilmente venha a diminuir. Aqui também chegamos a um novo patamar.

Portanto, desafios e oportunidades andam jun-tos. A reforma de pneus se consolida como al-ternativa sustentável para manter nossa econo-mia “na estrada” e garantir melhores margens para caminhoneiros e frotistas. A reposição da banda de rodagem desgastada pelo uso empre-ga apenas cerca de 25% do material utilizado

na produção de um pneu novo. Por isso, estima-se que a reforma represente uma economia de quase 60 litros de petróleo por pneu reformado. Sem falar no menor custo da reforma com rela-ção ao pneu novo.

Agora, o objetivo é focar em uma busca inces-sante por crescimento e reconhecimento. Apro-veitamos este momento para fortalecer parcerias com nossos reformadores autorizados e oferecer ainda mais apoio e serviços para caminhoneiros e frotistas que utilizam nossos produtos. Com visão de futuro e planejamento estratégico, é impor-tante optar por uma expansão da produção.

Sempre tivemos a certeza de que a reforma de pneus é a opção mais econômica e ecológica. O cenário mundial em que vivemos hoje reafir-ma nossa convicção da importância estratégica da reforma na economia. Fazer rodar mais, com menos utilização de matéria-prima, mais do que lógico, passa a ter papel fundamental no mode-lo de transporte rodoviário e no modelo de de-senvolvimento sustentável que queremos para o planeta.

Túlio Luiz Zamin – diretor comercial e de marketing da Borrachas Vipal

DESAFIOS QUE TRAZEM OPORTUNIDADES

CENÁRIO15

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CAPA16

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As estatísticas evidenciam: a violência no trânsito apresenta índices que podem ser comparados a uma guerra civil. Mudança na legislação, quanto ao consumo de bebidas alcoólicas e a condução de veículos, reestrutura a “Lei Seca”, que além de novo corpo, ganha também outra titulação, “Lei da Vida”. Mas as causas dos acidentes nas es-tradas e nas cidades são inúmeras e vão além do “se beber, não dirija”. O cansaço, o não uso do cinto e o uso de medicamentos também exigem do condutor uma mudança de comportamento.

Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, de 1º de janeiro a 31 de julho desse ano, ocor-reram nas rodovias federais, em Minas Gerais,

11.786 acidentes, com 7.426 feridos e 564 mortos. Os dados são alarmantes e demonstram por si só a veracidade e a necessidade de praticar o conhecido ditado: “Prevenir é melhor do que remediar”.

Médico especialista em medicina de trânsito e autor do livro A “Vacina” Contra a Violência no Trânsito, Fer-nando Moreira acredita que é por meio do estímulo de

UM BRINDE À LEI SECADESDE QUE, CLARO, NÃO DIRIJA DEPOIS

por Luciana Laborne

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reflexões, com informações coerentes e úteis, que jovens e adultos adotarão comportamentos mais se-guros ao dirigir.

Muitos são os motivos dos acidentes nas cidades e estradas brasileiras. O consumo de álcool etílico, o não uso do cinto de segurança, o cansaço, o com-portamento, certos hábitos (como, por exemplo, uso de medicamentos) entre várias outras, são al-gumas causas que merecem a atenção dos expe-rientes e futuros motoristas, profissionais ou não, e, até mesmo, de quem não pensa em dirigir.

Por exemplo, crianças e adolescentes necessitam da atenção dos responsáveis para usar, nos veículos, dis-positivos exigidos pelo Código de Trânsito Brasileiro e pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que permitam a adequada segurança em função do peso e da faixa etária, tais como o cinto de segurança, ca-deirinhas e banquinhos auxiliares. Segundo Fernando Moreira, estes equipamentos, quando adequadamen-te utilizados, podem reduzir o risco de morte em até 71% nos casos de colisões.

Estima-se que o inventor do cinto de três pontos, Nils Bohlin, tenha salvado mais de um milhão de vidas desde sua criação, em 1958. Para Morei-ra, esse equipamento é um dos mais importantes itens de segurança desenvolvidos na história da humanidade e informa: “Um aspecto muito inte-ressante é a redução da freqüência e a severidade dos traumas de face por aqueles que utilizam cor-retamente os cintos. Felizmente, houve uma redu-ção significativa desses traumas após a obrigatoriedade do uso do cinto nas cidades, reduzindo-se, também, expressivamente, seqüelas como a perda da visão por lesão ocular”. Especialistas, hoje, no Brasil, procu-ram conscientizar as pessoas sobre a necessidade do uso do cinto tam-bém no banco de trás. Apesar de ser obrigatório, o uso no banco traseiro é muitas vezes negligenciado.

Além desses cuidados, boas condições de atenção, raciocínio e execução de tarefas complexas são exigências para a condução de veículos. O uso de me-dicamentos comuns, muitos utilizados corriqueiramente, até mesmo sem receita médica, podem comprometer a direção. “Motoristas, sejam esses profissionais ou não, devem sempre indagar ao seu médico, no momento da prescrição dos remédios, sobre os prejuízos que estes possam causar na capacidade de dirigir veículos e sobre o período de adaptação necessário”,

alerta Moreira, que afirma ainda que o uso de medicamentos com efeitos colaterais, que preju-dicam a direção de veículos, é feito no Brasil de maneira indiscriminada.

Outro problema é o uso de substâncias com intuito de prolongar o tempo ao volante, muito utilizado por condutores em estradas, devido ao cansaço. A fadiga ataca não só os motoristas profissionais, que muitas vezes ultrapassam um número de horas recomendá-vel para dirigir, mas também os outros condutores. “Os limites do ser humano devem ser considerados e observados em nome da segurança individual e co-letiva”. Moreira ainda aconselha: “O sono durante a direção é algo difícil de enfrentar e, uma vez que se perceba esta condição, o mais sensato a fazer é parar o veículo e dormir, ainda que por um período relativamente curto. Pausas durante viagens longas também são fundamentais, pois evitam a monotonia e permitem uma recomposição para enfrentar mais um trecho de estrada”. E nesses intervalos, fica a dica para se evitar refeições “pesadas” (muito calóricas), preferindo alimentos de fácil digestão. Afinal, acredi-ta-se que o cansaço seja um causador de acidentes de magnitude comparável ao álcool.

Álcool

Entre tantas causas para a violência no trânsito, o binômio drogas/direção de veículos, incluindo álcool etílico, é o ponto mais crítico em relação à ocorrên-cia de acidentes. De acordo com dados publicados no livro A “Vacina” Contra a Violência no Trânsito,

Dicas que devem aliar: conhecimento, respeito às leis do trânsito e direção preventiva

• Se fizer uso de bebidas alcoólicas, aguarde pelo menos 12 horas sem dirigir. Se o consumo ultrapassar duas doses pode ser necessário um período ainda maior.

• Nunca tente superar o cansaço ao dirigir. Uma cochilada no volante pode matar.

• Realize sempre a manutenção preventiva dos veículos. É espantosa a quantidade de acidentes causados por carros sem freio, por rodas que saíram dos veículos em pleno movimento e por pneus sem condições de uso.

• Ao iniciar uma manobra em marcha à ré, faça-a muito cuidadosamente. Fique atento, a falta de visibilidade é um dos principais fatores relacionados a acidentes.

• Mantenha uma distância de segurança do veículo que trafega à frente do seu.

• Não deixe que objetos fiquem soltos dentro de seu veículo. Eles podem desviar sua atenção: tempo suficiente para que você se envolva num acidente grave. O mesmo raciocínio serve para a troca de CDs, acendimento de cigarros e uso de celulares.

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a utilização de bebidas alcoólicas pelos conduto-res ou pedestres, antes ou durante a direção de veículos e caminhadas, tem sido apontada como causa de 30% de todos os acidentes de tráfego e por aproximadamente 60% dos que resultam em feridos graves ou mortos. Anualmente, acidentes no trânsito matam 50 mil pessoas, deixando ain-da 500 mil feridos e 100 mil pessoas com seqüelas permanentes. Cerca de três mil sofrem traumas da coluna e da medula vertebral que podem resultar em paraplegia e tetraplegia.

Segundo Fernando Moreira, os números oficiais de mortes são ainda mais assustadores, pelo fato de que a grande parte dos óbitos não é registrada como traumas provenientes do trânsito, dando entrada em hospitais como politraumatismos não especificados ou falecimento próximo a via pública sem socorro. Assim, não são visualizados nas estatísticas oficiais. Se o óbito ocorrer após um amplo intervalo de in-ternação hospitalar, também é freqüente que não se contabilize estas ocorrências como mortes causadas por acidentes de trânsito.

“Se dirigir, não beba”

Esta tragédia cotidiana que se configura num con-flito social e tem seus elevados números freqüen-temente divulgados na imprensa necessita de uma tomada de atitude por parte dos indivíduos, famí-lias, empresas e demais organizações sociais. Os governos também devem representar papéis fun-damentais neste processo de transformação que é

emergencial. Neste sentido, é importante ressaltar que a melhoria das condições do trânsito e a dimi-nuição da violência nele são importantes ações de responsabilidade social.

Para a administração pública, destaca-se a oportuni-dade de dar resposta efetiva a um problema nacio-nal. A população saberá reconhecer aqueles que de-sempenharem adequadamente seus papéis, seja na estruturação e na execução de ações de fiscalização ou na punição justa dos que cometerem infrações e crimes de trânsito. É uma chance de buscar uma expressiva redução do número de mortos e feridos em acidentes no Brasil.

As diversas conseqüências do uso do álcool e suas repercussões estão muito além do “se dirigir, não beba” ou “se beber, não dirija”. De acordo com Fernando, o consumo do álcool é responsável por acarretar no ser humano uma redução da capacida-de de reagir adequadamente a estímulos, afetan-do os reflexos; diminui a visão periférica; altera o controle corporal, o que causa desequilíbrio e difi-culdades de marchas; aumenta a agressividade; dá sono e leva à embriaguez. “Todos que consomem bebidas alcoólicas estão mais propensos a causar ou envolver-se em acidentes de tráfego, quer seja na direção de veículos ou em deslocamentos como pedestres”, constata.

Lei da Vida

Diante as estatísticas, em que o número de mortos e feridos já foi comparado a uma guerra civil, a nova regra, que prevê até prisão para quem guiar um ve-ículo após ingerir álcool, tenta modificar os índices alarmantes. A sanção da lei 11.705, denominada pe-los especialistas e pelas organizações das vítimas do trânsito de “Lei da Vida”, altera o Código de Trân-sito Brasileiro quanto ao consumo de bebidas alco-ólicas e a condução de veículos, causando polêmica por sua rigidez. Mas, para o médico especialista em tráfico do trânsito, a lei é uma oportunidade para a mudança: “É uma chance singular de reduzir de ma-neira significativa as gigantescas e inaceitáveis taxas de mortalidade e morbidade relacionadas ao trânsito no Brasil”.

A política de “tolerância zero” implica em uma mu-dança de hábitos sociais. Um cidadão que ingerir qualquer quantidade de álcool e em seguida con-duzir veículos estará passível de punição. Se o álcool detectado no ar expirado, por meio do etilômetro (bafômetro), for equivalente a até 0,3 mg por li-tro de ar, o condutor estará cometendo infração de trânsito gravíssima. Esse ganhará sete pontos no prontuário, terá sua habilitação recolhida, o veícu-lo será retido até apresentação de outro condutor habilitado, pagará multa de R$ 957 e ainda terá seu

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Fernando Moreira – médico especialista emmedicina de trânsito

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direito de dirigir suspenso, que só poderá ser recu-perado após cumprimento de exigências administra-tivas e o transcurso do prazo de suspensão. Aqueles que se recusarem ao teste do bafômetro sofrerão as mesmas conseqüências.

Uma pessoa com massa corporal mediana, a partir da segunda dose de qualquer bebida já pode estar atravessando este limite de álcool no ar expirado e, nesta condição, as novas normas determinam, adi-cionalmente, que se tratará de um crime de trânsito, com a conseqüente tramitação na esfera criminal. Se, além disso, o condutor alcoolizado vier a se en-volver em acidente de trânsito que tenha em seu desfecho lesão corporal ou homicídio, responde-rá por crime de trânsito e não poderá contar com julgamento nos juizados especiais criminais, o que, certamente, implicará em penas que respeitarão a dignidade das vítimas.

“Amigo da Vez”

O Brasil não é o primeiro a colocar em prática uma legislação rígida para evitar a violência no trânsito. Todos os países desenvolvidos enfrentam fortemente a questão da prevenção de acidentes. Muitos deles, principalmente na Europa ocidental, ainda patro-cinam campanhas educativas relacionadas à estra-tégia conhecida como ”motorista designado”, que no Brasil foi trazida pelo programa Pare e recebeu o nome “Amigo da Vez”.

O programa é uma alternativa que estimula grupos de amigos a escolher um integrante por vez que não fará o uso de bebidas alcoólicas em ocasiões que os outros pretendem beber. Assim, esse amigo será o motorista apto a dirigir, que dará a carona com se-gurança. Dentro dessa estratégia, insere-se também o rodízio na escolha do motorista designado, o que permite que todos tenham seu momento de condu-tor seguro e “anjo da guarda” de seus amigos.

O médico Fernando Moreira aponta que a preocupa-ção com a segurança nos deslocamentos no trânsito significa conscientização e uma cultura voltada para a preservação da vida e a prevenção de acidentes. E lembra ainda que ”quando tiver feito ingestão de álcool há outras opções, tais como ônibus, metrô e táxi. O importante é nunca misturar álcool e direção de veículos”.

Era punido o motorista comconcentração igual ou superior a0,6g de álcool por litro de sangue.

ANTES

Penalidade: multa de R$ 955 esuspensão da carteira por um ano.

Na prática, não se pode dirigir após consumir qualquer quantidade deálcool. Sofre punição quem tiver concentração de álcool superior a 0,1mg por litro de ar expelido dos pulmões, medido pelo bafômetro.

AGORA

Penalidade (de 0,11mg a 0,29mg): multa de R$ 957, sete pontos,suspensão da carteira por um ano e retenção de veículo até aapresentação de condutor habilitado. A partir de 0,3mg por litrode ar expirado medido pelo bafômetro será considerado crime detrânsito, com pena de seis meses a três anos.

O QUE MUDA NA LEGISLAÇÃO

Falta de coordenação.

Diminuição da visão periférica e da visão lateral.

Dificuldade para calcular a velocidade de aproximação de um carro. Torna-se com-plicado prestar atenção em outro carro que cruza a rua.

Redução da capacidade de reagir adequada-mente a estímulos.

Perdem-se os reflexos e a noção dos riscos (como atravessar o sinal vermelho). Mais difi-culdade de suportar a luminosidade.

Alteração do controle corporal, o que causa desequilíbrio e dificuldades de marchas. Au-menta a dificuldade de executar manobras rá-pidas, se necessário.

O motorista fica com visão dupla ou muito borrada.

Aumenta a agressividade, dá sono e leva a embriaguez.

Risco de inconsciência, de falência respiratória e de morte.

Principais efeitos do álcoolsobre os motoristas

Fonte: Fernando Moreira, médico especialista em medicina de trânsito

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GESTÃO SUSTENTÁVELUMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA EMPRESARIAL

CONEXÃO

por Mariana Conrado

Nas edições anteriores, abordamos a conexão das empresas com os fornecedores, funcio-nários e clientes. Essas relações são de extre-

ma importância para o desenvolvimento das com-panhias, mas o destaque dessa vez não se trata de um relacionamento para beneficiar especificamente o lucro nos negócios e as vantagens para as pessoas envolvidas. Mas sim, para garantir a sobrevivência de todo o planeta.

Empresas conscientes se empenham e têm um compromisso com a preservação do meio ambien-te e com a minimização dos impactos ambientais e

desperdícios. A questão de sustentabilidade, da in-teração de empreendimentos econômicos nos pla-nos ambientais e sociais deve ser uma contribuição de organizações de todos os setores.

A Cemig, uma das maiores geradoras e distribuidoras de energia elétrica do país, é destaque no quesito pre-servação do meio ambiente e desenvolvimento susten-tável. O gerente de responsabilidade ambiental e so-cial da empresa, Ricardo Prata Camargos, explica que a empresa sempre se determinou para que o progresso tecnológico caminhasse em equilíbrio com a proteção do meio ambiente desde a sua fundação, há 56 anos. “O trabalho no setor de energia causa diversos impac-tos ambientais. Reconhecemos, então, que é pratica-mente obrigatório atuar com responsabilidade sócio-ambiental”, diz Camargos. O gerente acredita que, com o trabalho em conexão com o meio ambiente, há um constante crescimento, não só no plano econômi-co, mas no desenvolvimento social como um todo.

Antes mesmo da implantação da Norma ISO – nor-mas que estabelecem diretrizes sobre a gestão am-biental das empresas, desenvolvida pela Organiza-ção Internacional para Padronização (International Organization for Standardization) –, a Cemig traba-lha com sua própria política ambiental, publicada há 18 anos. Nela constam os princípios que conduzem as atividades e os esforços da companhia na esfera do meio ambiente. O Sistema de Gestão Ambiental, implantado em várias áreas da companhia, identifica os impactos e define planos de ações para a adequa-ção, o controle e a preservação do meio ambiente. A gestão vigora de acordo com a metodologia reco-mendada pela Norma ISO 14001.

“O fator do meio ambiente faz parte de um con-texto de sustentabilidade”, comenta Ricardo Ca-margos. Entre as estratégias previstas na políti-ca ambiental, destacam-se: reservas ambientais, programas de educação ambiental nas escolas, de preservação da fauna e flora, campanhas de pre-venção e conscientização, acordos e parcerias com entidades ambientais, universidades e ONGs (Or-ganizações não governamentais).20

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Ricardo Prata Camargos – gerente de responsabilidade ambiental e social da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais)

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Investimentos

A receita operacional da Cemig, em 2007, foi de R$ 15,79 bilhões. A companhia dedicou um valor to-tal de R$ 44,1 milhões aplicado ao meio ambiente. De acordo com o relatório de sustentabilidade da empresa, dessa quantia investida, R$ 7,3 milhões foram revertidos em cuidados e ações ambientais referentes à implantação de novas obras e R$ 36,8 milhões foram gastos para estudos, monitoramentos e na operação e manutenção de instalações. Dessa última parcela, R$ 859 mil foram destinados a pro-jetos de pesquisa.

Vantagens

No relatório consta ainda que as aplicações voltadas para a adequação ambiental das instalações e para o monitoramento dos programas proporcionaram um aumento nos recursos aplicados na operação e na manutenção das instalações da empresa. Na opinião de Ricardo Camargos, a vantagem de um compro-metimento com o meio ambiente vai além no bene-fício econômico. “Uma gestão sustentável é a so-brevivência empresarial”, diz o gerente ressaltando que a empresa que atua com responsabilidade só-cio-ambiental valoriza sua imagem, principalmente, no mercado nacional e internacional. “A Cemig tem investidores em 40 países, ações comercializadas em bolsas de São Paulo, de Nova York e da Europa. A questão ambiental é muito valorizada, portanto, nosso empenho, além de beneficiar o meio ambien-te, nos dá boa visibilidade perante os acionistas, já que muitos se baseiam no perfil da empresa para decidir as aplicações de investimentos”.

Destaque em índice internacional

Como reflexo do compromisso social e ambien-tal, a Cemig conquistou um selo inédito para uma companhia brasileira: faz parte da seleta lista (de 2007/2008) das companhias mais sustentáveis da bolsa de Nova York, pela oitava vez consecutiva. A lista é selecionada pelo Dow Jones Sustainability World Indexes (DJSI World), um índice de referência internacional que avalia a sustentabilidade corpora-tiva e a capacidade das empresas de gerenciar as oportunidades e de integrar a performance financei-ra com a atuação junto à sociedade e ao meio am-biente, de modo a agregar valor para os acionistas ao longo prazo.

O empenho ambiental da Cemig, reconhecido pelo DJSI World, rendeu à companhia também o posto de líder mundial no supersetor de utilities (que engloba empresas prestadoras de serviço de energia elétrica, distribuição de gás, saneamento e outros serviços de utilidade pública). Nove empresas do setor elétrico de todo o mundo foram apontadas nesse índice, sendo a Cemig a única da América Latina.

Esses títulos, não apenas conferiram à empresa uma boa exposição na vitrine mundial, mas reconhecem os trabalhos nas dimensões social, ambiental e eco-nômica. Para Ricardo Camargos, uma companhia não pode existir se não considerar uma conexão de suas atuações com o meio ambiente. “Essa preocu-pação insere a empresa no mercado, mantêm seu desenvolvimento e, principalmente, garante à so-ciedade um futuro melhor”, conclui o gerente de responsabilidade ambiental e social.

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Na edição anterior, falamos da qualificação profissional do borracheiro. Comentei que pouco adianta investir no homem se não

lhe forem dadas as condições necessárias para colocar em prática o que ele aprendeu. Por con-dições entende-se: equipamentos, instalações e, algo pouco mensurado, tempo.

Começando pelo básico, um bom jogo de ferramen-tas adequadas para a montagem e a desmontagem correta custa cerca de R$ 1.000. Existem vários fa-bricantes no mercado. Escolha o que mais agradar a você e ao seu borracheiro. No entanto, é de fun-damental importância que esse trabalho seja feito corretamente. A falta de ferramentas adequadas e, principalmente, o improviso com instrumentos gros-seiros, como marretas e picaretas, pode vir a inutilizar o pneu caso ocorra um dano nos talões em que os arames internos aparecerão na parte externa. Lem-bre-se que, de acordo com a legislação, reparos no

talão são permitidos somente se a borracha foi afe-tada e os arames não foram expostos. Vale ressaltar também que um pneu perdido pode custar até mais caro que a ferramenta correta.

Um calibrador digital está por volta R$ 1.200. Exis-tem modelos que permitem calibrar simultaneamen-te quatro, seis ou até sete pneus. Esse equipamento, além de agilizar o processo de calibragem ao reduzir o tempo necessário para a ação, ainda garante que todos os pneus tenham a mesma calibragem. Mas não esqueça, é preciso que o compressor de ar tenha capacidade para tanto.

Esses investimentos valem a pena, visto que são feitos uma única vez e utilizados em todos os pneus.

Falando em calibradores, é comum encontrar-mos a seguinte situação: quando se utiliza man-

gueiras longas, coloca-se uma ou duas libras a mais para “compensar” o comprimento da man-

gueira. Isso está errado. A pressão indicada no calibrador é a mesma que existe dentro do pneu, pois os três itens – calibrador, mangueira e pneu (ou câmara de ar) – formam um sistema chamado vaso-comunicante. No momento da calibragem, a pressão que houver em um tem também no outro, para qualquer tamanho de mangueira. Já a veri-ficação da pressão deve ser feita com mangueira curta, para evitar erros de leitura.

Os calibradores necessitam ser aferidos periodica-mente, pelo menos uma vez por ano. Os mais in-dicados são os de parede, digitais ou não. A seguir, os portáteis do tipo relógio, com manômetro. Evite os do tipo vareta, pois são os que mais apresentam erros de medição. Numa grande frota que comprou cinco calibradores de vareta, o borracheiro fez um teste assim que os recebeu. Colocou um pneu na gaiola de proteção e calibrou, utilizando o calibrador digital. Em seguida, mediu o mesmo pneu com os cinco calibradores novos. Fez cinco leituras diferen-tes, às vezes mais altas, outras vezes mais baixas. Ou seja: todos estavam descalibrados, antes mesmo de serem utilizados pela primeira vez.

Na hora de fazer reparos, utilize sempre consertos a frio. Além de economizar energia, permitem um

EQUIPAMENTOS, INSTALAÇÕES E TEMPO: VALE A PENA INVESTIR

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número maior de reparos numa mesma câmara de ar, sem envelhecer nem deformar a borracha pela apli-cação de calor localizado e excessivo. Mas, atenção: consertos a frio utilizam cola branca. Cola preta re-quer calor para proporcionar a adesão necessária.

Na lubrificação de talões e flanges dos aros use pasta de montagem apropriada, de origem vegetal, e nunca utilize nada que seja derivado de petróleo. Aliás, é muito comum que a vaselina seja vendida como pasta de montagem. Custa menos, mas acaba com os pneus ao deteriorar a borracha do talão.

Outra situação corriqueira é o fato da borracharia em transportadoras estar localizada no ponto mais dis-tante do pátio, com difícil acesso. Quando o pátio está cheio é mais uma desculpa para que a calibragem não seja feita. Muitas vezes a borracharia encontra-se próxima do lavador, assim o compressor puxa o ar úmido que nem sempre é esgotado e, quando o pneu é calibrado, lá vai água e óleo para dentro do pneu ou da câmara.

Aqui é importante uma mudança de atitude! A ca-libragem dos pneus não precisa, necessariamente, ser feita na borracharia. Consertos, trocas, mon-tagem e desmontagem, sim, mas calibragem, não. Qual é o único lugar da empresa pelo qual todos passam, obrigatoriamente? A portaria, é claro. Se houver um local próximo da portaria, equipado com linha de ar e calibrador, a calibragem dos pneus, provavelmente, será realizada. Ar ainda é de gra-ça, e calibragem é a manutenção mais barata que existe. Muito se fala sobre os custos do transporte, em que o combustível e os pneus são apontados entre os mais elevados. E um pneu descalibrado faz aumentar o consumo de combustível em até 10%. No entanto, ao investir em calibragem, duas das maiores despesas podem ser reduzidas.

O piso da borracharia deve ser revestido com madei-ra, borracha, papelão ou algo que seja mais macio que as rodas, para evitar danos ao flange dos aros,

principalmente no uso de pneus sem câmara. Ao atri-tar a roda com o piso rústico podem aparecer pon-tas e arestas cortantes que, ao ser montado o pneu, provocam cortes na borracha do talão; o que pode resultar em vazamento de ar.

O piso deve ser limpo com freqüência. A sujeira trazida da rua pelos pneus pode se alojar na parte interna. Num pneu com câmara, uma pedrinha pode furar a câmara de ar, obrigando a fazer paradas e reparos durante a viagem. E, no caso de pneus sem câmara, pode entupir a válvula, obstruindo a passa-gem de ar e dificultando a calibragem. O pneu pode até trazer sujeira, mas a borracharia não precisa ser um local sujo.

Aproveite e dê uma volta pelo pátio da empresa. É muito comum encontrar pregos, parafusos, hastes de rebite, arruelas, pedaços de arame e mais inú-meros objetos perfurantes espalhados pelo chão. A maior parte do que penetra nos pneus está no seu quintal. Procure que vai achar.

Cuide também da iluminação. Pneus e câmaras de ar são pretos. Se não houver iluminação suficiente, um conserto mal feito pode resultar até mesmo em estouro de um pneu, provocando acidente.

Tenha uma gaiola de proteção para inflar os pneus e não permita nunca que um pneu seja inflado fora dela. É comum ouvirmos a desculpa de que isso leva mais tempo. Bobagem. O tempo neces-sário para inflar um pneu depende unicamente da vazão do compressor, esteja o pneu no chão, na gaiola ou em qualquer outro lugar. O desloca-mento de ar é violento, podendo provocar desde um susto até acidentes fatais ou incapacitantes. E acidentes de trabalho ocorridos por condição inse-gura implicam em responsabilidade civil e criminal por parte do empregador.

Pércio Schneider – especialista em pneus da Pró-SulE-mail: [email protected]

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.VALORES & VALORES

Não faça do amanhã o sinônimo de nunca, nem oontem te seja o mesmo que nunca mais. Seus passos ficaram.

Olhe pra trás... mas vá em frente. Pois há muitos queprecisam que chegue para que possam te seguir

Charles Chaplin

Comece por fazer o que énecessário, depois o que é

possível e de repente estaráa fazer o impossível

São Francisco de Assis

O que somos é a conseqüênciado que pensamos

Buda

Não podemosdirigir o vento...Mas podemosajustar as velas

Autor desconhecido

Jamais desesperes, mesmo perante as mais sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda

Provérbio chinês

Que cada um procure,não o próprio interesse, mas,

o interesse dos outros

Filipenses: 2,4

O único lugar onde osucesso vem antes do

trabalho é no dicionário

Albert Einstein

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Diante da desigualdade, a vontade de fazer gente feliz. Esse é o propósito de Noemi Gontijo, que oferece dignidade para habitantes de uma região mineira. Dona Geralda, a guerreira que soube en-frentar situações de humilhação para sobreviver, atualmente possibilita emprego e decência para dezenas de catadores da Asmare. Com o rosto pintado de pasta de jenipapo, Ailton Krenak con-tribuiu para a história da população indígena bra-sileira, que, ainda hoje, é representada pelo índio botocudo. Relatos descritos nas edições anteriores da Pneus & Cia., que além de inspirar exemplo, instigam a vontade de fazer a diferença.

Um fazer que você também pode fazer. E não precisa ser em nome de um povo, representar uma classe ou uma entidade. Já existe o “Dia de

Fazer a Diferença” e não é necessário ser famoso, ter di-nheiro, nem uma história de vida emocionante, nenhum pré-requisito específico. Somente solidariedade.

Participante voluntário de uma campanha, Andre-one Carvalho foi surpreendido em uma situação que a princípio parecia comum. Encontrou um menino, de cerca de sete anos, em um canto de um passeio qualquer no centro de Belo Horizonte. Ao se aproximar, perguntou:– Você não tem casa?– Tenho sim. (Respondeu o menino)– Então, por quê não volta? Vai ficar na rua sentindo

frio e fome? Diga-me onde mora que o levo agora de volta para a sua casa.– Não posso. Se eu voltar, minha mãe me mata. (Fa-lou imediatamente)Andreone retrucou:– Ah, não é bem assim. Em momentos de raiva, mãe fala isso mesmo, mas não fará nada contra você.– Fará sim. Ela matou meu pai, eu vi. E depois disse que ia me matar, por isso eu fugi.

Sem mais palavras para convencer o menino a vol-tar para casa, o voluntário entregou à criança o que havia lhe trazido: pão, leite e sua solidarie-dade. Naquele dia ele entendeu que sair para as ações com a idéia pré-concebida de que sempre conseguirá tirar alguém da rua, é ilusão. Para ele, o importante é perceber as necessidades e inter-vir dentro da possibilidade do morador. “Não vou para campanha apenas para ajudar em uma difi-culdade específica, dar o que comer ou tirar aque-le sujeito da rua. Vou para conhecer a pessoa, suas necessidades e fazer a minha parte, diante do que sinto e do que sou”.

Andreone Carvalho tem 37 anos e há quase 20 se dedica como voluntário nas ruas, ganhando sorrisos e aliviando a fome dos andarilhos que encontra. Passadas décadas nesse ritmo de “ajudar”, o técnico de saúde comprova que fazer a diferença faz bem: “É como se fosse para o meu próprio benefício, de tão gratificante”.

Grupo Fraterno Amigo Presente

Participante de um grupo de estudo na área do espi-ritismo, Andreone presenciou quando a turma come-çou a se mobilizar para agir em prol do semelhante. Em novembro de 1989, os envolvidos no projeto, que não tinha caráter assistencial, resolveram fazer uma única campanha. A atividade era doar alimentos (pães, leite e sucos) e assistência moral à população de rua da região central da capital mineira.

A receptividade contagiante, com direito a con-versas agradáveis e uma festa traduzida pelo bri-lho nos olhos diante da ajuda, mobilizou o grupo que programou novo encontro na semana seguin-te e, depois, mais outro...

Com a maioridade alcançada, a turma continua a se reunir. Hoje, Andreone é o presidente do Grupo Fraterno Amigo Presente. Todas as sextas-feiras,

PÃO E LEITEMAIS DO QUE ALIMENTOS: O PRINCÍPIO

PARA A SOLIDARIEDADE

FAZENDO A DIFERENÇA

por Luciana Laborne

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Andreone Carvalho no asilo Lar Cantinho da Paz

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cerca de 50 pessoas saem para a Campanha do Pãozinho. No passar dos anos, foram integrados ao projeto outros perfis e idéias. Uma pluralidade que possibilitou novos eixos de atuação, como a Campanha do Quilo; visitas, no terceiro domingo de cada mês, ao asilo Lar Cantinho da Paz (uma oportunidade de oferecer carinho, respeito e afeto aos idosos). E mais: apoio ao trabalho da Biblioteca Graça Rios, que permite aos estudantes carentes acesso a obras literárias e acadêmicas. Sem contar, campanhas eventuais, como a do agasalho, que, durante a madrugada em todo inverno, distribui roupas de frio e cobertores à população de rua.

A entidade não possui nenhuma renda fixa e conta com doações e eventos organizados para

arrecadar fundos para as campanhas. A sede alu-gada é o ponto de encontro dos participantes para preparar o material que, depois se dividem em um roteiro específico.

O presidente sabe que as necessidades dos morado-res vão além da questão material. São dificuldades com a família, problemas com drogas, alcoolismo e uma série de outros fatores. Quando é preciso enca-minhar alguém para um acompanhamento especia-lizado, o grupo recorre a entidades de credibilidade.

O trabalho é digno de admiração, mas também é preciso reconhecer o perigo de transitar a noite pelo centro da cidade. Andreone explica que os voluntariados não esquecem o risco da violência ao chegar perto de um andarilho. “Ficamos aten-tos diante dos limites e das fragilidades dos mo-radores de rua. Afinal, a fé e a solidariedade não podem excluir a prudência”.

O pão e o leite, mais do que alimento, são os atrati-vos para a abordagem. “Chegamos com o material, claro que com o objetivo imediato de combater a fome, mas também como um acesso para nos apro-ximar da pessoa e começar um diálogo”, detalha.

O trabalho desenvolvido pelo grupo, incansa-velmente há mais de 18 anos, dispensa adjeti-vações. Ao dizer que não sabe se faz a diferen-ça, Andreone finaliza a entrevista: “Ah, não sei mesmo. Mais que uma oportunidade de trabalho, eu ganho auto-conhecimento. Vou sem esperar nada em troca, mas eles me surpreendem. Fazem a diferença para mim. Isso me estimula a conti-nuar e querer fazer mais. E é algo que você pode sentir também”.

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Campanha do Pãozinho

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PNEUBRASA LTDA.AV. CRISTIANO MACHADO, 1.211 GRAÇA - TEL.: (31) 3423-4578

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BETIMAD PNEUS E SERVIÇOS LTDA.RODOVIA FERNÃO DIAS, S/Nº - KM. 424JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 2125-9100

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CONTAGEMARAUJO PNEUS LTDA.RUA TOMAZ JEFFERSON, 356 JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3363-1840

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NOVATRAÇÃO MINAS GERAIS S/A.RUA JOSÉ PERMINIO DA SILVA, 80 CINCO - TEL.: (31) 3351-4751

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REGIGANT RECUPERADORA DE PNEUS GIGANTES LTDA.RUA RIO ORENOCO, 884 RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 2191-9999

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RECAMAX MÁXIMA LTDA.ANEL RODOVIÁRIO, S/Nº - KM. 03 RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3216-2000

RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.RUA ANTONIO PEDRO DE ALMEIDA, 2.000 BALNEÁRIO RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3222-6565

FORMIGAAD PNEUS E SERVIÇOS LTDA.AV. BRASIL, 1.151 MANGABEIRAS - TEL.: (37) 3322-1441

RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.ROD. MG 050 , S/Nº - KM. 202, 3VILA SOUZA E SILVA - TEL.: (37) 3322-1239

GOVERNADOR VALADARESRECAPAGEM VALADARES LTDA.RUA EDER DA SILVEIRA, 460 VILA ISA - TEL.: (33) 3278-2160

REFORMADORA BELO VALEAV. RIO BAHIA, 2.615 IPÊ - TEL.: (33) 3278-1508

IGARAPÉRECAPAGEM CAMPOSAV. PERINA WENCESLAU DO PRADO, 699 BAIRRO JK - TEL.: (31) 3534-1552

ITAMARANDIBABODÃO PNEUS E REFORMAS LTDA.TRAVESSA NOVE DE JULHO, 64 SÃO GERALDO - TEL.: (38) 3521-1185

ITAÚ DE MINASITAÚ CAP LTDARUA SENADOR JOSÉ EMIRIO DE MORAES, 51DISTRITO INDUSTRIAL II - TEL.: (35) 3536-3071

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JUIZ DE FORAAM COMÉRCIO DE PNEUS LTDA.RUA BRUNO SIMILI, 678 DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32) 2101-1400

RECAUCHUTADORA JUIZ DE FORA LTDARUA FERNANDO LAMARCA, 250 DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32) 2102-5000 / 5042

LAVRASCARLO DEL PRETE - TYRESOLESRODOVIA BR 265 KM 145 ZONA RURAL - TEL.: (35) 3821-8772

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LUZRECAROL - RECAPAGEM DE PNEUS CAROLINA LTDA.RUA PINHUÍ, 785 MONSENHOR PARREIRAS - TEL.: (37) 3421-3110

MACHADOREAL CAPRUA DOS CRAVOS, 145 DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (35) 3295-4339

MATIAS BARBOSAPNEUSOLA RECAPAGEM LTDA.OTR CENTRO EMPRESARIAL PARK SUL, 15 – A CENTRO EMPRESARIAL - TEL.: (32) 3273-8622

SOROCABANA PNEUS LTDA.DT EMPRESARIAL PARK SUL, 11 CENTRO EMPRESARIAL - TEL.: (32) 3273-1127

MONTES CLAROSRECAPAGEM SANTA HELENARUA TRES, 40 CENTRO ATACADISTA REGINA PERES - TEL.: (38) 3213-2051

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Que relação pode existir entre estes verbos diferenciados ortografica-mente por apenas uma letra? Muitas.

Mas essa interdependência não se caracteriza só pela proximidade da grafia. Alguns significados circulam entre os dois. Em vice-versa, por exemplo, um pode se tornar conseqüência do outro.

De que modo odiar pode vir a ser um efeito de adiar? Muitos de nós, em qualquer atividade da vida, somos predispostos a ficar atrelados ao mundo das idéias sem conseguir ordená-las, tomar decisões e levá-las à ação. Sobra energia, mas falta vontade para atingir objetivos. Como mecanismo de defesa encobridor da culpa pela inércia, passamos aos protestos: reclamamos sem parar, fazemos acusações, ofendemos, ressentimo-nos – únicas atuações para as quais nos revelamos aptos. Paralisados pelo pensamento, depositamos em território alheio a falta de habilidade para o ato, para a luta. Não obstante tenhamos sido nós a adiar projetos grandes ou pequenos, somos nós mesmos quem convocamos o ódio a se tornar o vizinho mais próximo. Impregnados do descon-forto pelo não-fazer, diremos: “Todos vão contra as mi-nhas idéias”. “Ninguém executa minhas ordens”. “Nada me favorece”. “Não fazem como eu mando”. Argumen-tos inúteis que buscam disfarçar a ausência da coragem.

Mesmo distanciados de movimentos perceptíveis, espe-ramos que as idéias se materializem, transformem-se em iniciativas concretas e cheguem a belos resultados. Sem mover um só dedo, mas mexendo de forma negativa o pensamento e os lábios, vamos adiando e odiando. Con-sideramos que seja possível fazer a vida fluir sem atitu-des. Que basta pensar, aguardar e se sentir injuriado. Desventurados! É o que julgamos ser.

Mas, e como adiar pode se tornar um efeito de odiar? Às vezes, as contingências nos desenca-minham daquilo que pretendemos. A uma grande distância das nossas intenções, vem a sensação de deslocamento, insegurança, desmotivação, injusti-ça e infelicidade. A condição à qual nos submetemos nos empurra de tal forma para o abismo dos abor-recimentos que ficamos propensos a adiar indefi-nidamente nossas tarefas. Por odiar o que nos é proposto cumprir, não o fazemos. Costumam nos rotular de preguiçosos, indisciplinados, pou-co perseverantes, indolentes ou arrogantes.

À mercê daquilo que chamamos sorte, predestina-ção ou determinismo, cruzamos de ponta-a-ponta a esterilidade de um deserto que jamais desejaría-mos pisar. Adiamos por odiar. Porque nos custa fazer. E também porque não nos desviamos daquilo que acreditamos ter sido designado para nós.

ADIAR. ODIAR.

VIVER BEM30

| Pn

eus

& C

ia.

De um modo ou de outro, ficamos confinados dentro da expectati-va. A espiar pelas frestas da vida, permanecemos, imobilizados no presente, o único lapso de tem-

po durante o qual algo pode ser efetivado. Presos ao passado (eu

poderia ter feito!) ou ao futuro (eu farei!), eliminamos a pos-sibilidade de nos esquivar do

mundo das idéias, muitas vezes ótimas idéias, e passar ao espaço da ação. Lástimas se tornam nosso comportamen-to mais singular! Vítimas dos nossos há-

bitos imutáveis e impermeáveis à es-pera de que alguém opere em nosso

nome, perdemos as guerras, batalha por batalha! Pois, não há quem duvide de que a

existência é luta incessante contra conflitos. Mas que também oferece grandes compen-sações decorrentes dos nossos atos.

Além de nos ocuparmos do ódio por adiar e do adiar por odiar, ainda resta a an-

gústia e o desconforto de pensar per-manentemente naquilo que ainda não

foi feito. Desconhecemos a sensação de alívio e de liberdade advinda do cumprimento de uma missão. Que é só nossa. E, se não for, que andemos em busca de outras.

Odeio porque não faço. Não faço por-que odeio. Melhor que nenhuma des-sas opções seja escolhida. Fazer é o re-comendável! Gostando.

Kátia Matos – psicólogaE-mail: [email protected]

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