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N. O 2 | JUNHO/JULHO 2015 WWW.OFICINA.TURBO.PT DOSSIER PUBLICIDADE PNEUS PARA SUV GRANDE ENTREVISTA MANUEL FÉLIX EXPLICA A ENTRADA DA EURO TYRE NAS PEÇAS SALÕES AS ÚLTIMAS NOVIDADES DA AUTOPROMOTEC, EXPOMECÂNICA E INTERMAT BRIDGESTONE UM DIA NO TERRENO A ACOMPANHAR OS FROTISTAS CREATE BUSINESS OFERTA ALARGADA TAMBÉM AOS PNEUS À medida que o segmento dos SUV ganha cada vez mais importância (vale já mais de 10% do mercado), a oferta específica para estes modelos cresce e especializa-se. Mas o que tem o mercado para propor aos profissionais e porque devem estes recomendar este tipo de pneus aos seus clientes? CARCAÇA. MAIS DURA. TRÊS TIPOS DISTINTOS: OFF-ROAD, MISTOS. E ON-ROAD. PAREDES LATERAIS REFORÇADAS

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O destaque da segunda edição da Turbo Oficina Pneus vai para o Dossier para pneus de SUV, mas explicamos algumas alterações no mercado, nomeadamente através da Grande Entrevista a Manuel Félix, da Euro Tyre e através da reportagem com a Create Business, que entra agora também nos pneus. Trazemos-lhe ainda as últimas novidade de produto e dos salões. Veja ainda o estudo da etiqueta do pneu. Isto e muito mais para ler nesta edição.

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N.O 2 | JUNHO/JULHO 2015

WWW.OFICINA.TURBO.PT

DOSSIER

PUBLICIDADE

PNEUS PARA SUV

GRANDE ENTREVISTA MANUEL FÉLIX EXPLICA A ENTRADA DA EURO TYRE NAS PEÇAS

SALÕES AS ÚLTIMAS NOVIDADES DA AUTOPROMOTEC, EXPOMECÂNICA E INTERMAT

BRIDGESTONE UM DIA NO TERRENO A ACOMPANHAR OS FROTISTAS

CREATE BUSINESS OFERTA ALARGADA TAMBÉM AOS PNEUS

À medida que o segmento dos SUV ganha cada vez mais importância (vale já mais de 10% do mercado), a oferta específica para estes modelos cresce e especializa-se. Mas o que tem o mercado para propor aos profissionais e porque devem estes recomendar este tipo de pneus aos seus clientes?

CARCAÇA. MAIS DURA.

TRÊS TIPOS DISTINTOS: OFF-ROAD, MISTOS.

E ON-ROAD.

PAREDES LATERAIS REFORÇADAS

JUNHO/JULHO 2015 TURBO OFICINA PNEUS 3

PROPRIEDADE E EDITORATERRA DE LETRAS

COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDANPC508735246

CAPITAL SOCIAL 5000 € CRC CASCAIS

SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO

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DIRETORCLÁUDIO DELICADO

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REDAÇÃOPAULO HOMEM

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EDITOR DE ARTE E INFOGRAFIARICARDO SANTOS

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GESTORA DE BASE DE DADOSANABELA RODRIGUES

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GESTÃO DE ASSINATURASVASP PREMIUM, TEL. 214 337 036,

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TIRAGEM5000 EXEMPLARES

REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN

N.o 2182-5777

INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS

OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE

COMERCIAIS

N.º 2 | JUNHO/JULHO 2015

GRANDE ENTREVISTAManuel Félix - Euro Tyre P6

NOTÍCIAS Novos pneus. P10

REPORTAGEMCreate Business. P16Ação CEPP/ACAP. P18Pneus para clássicos. P21

ENTREVISTAKumho. P22Grupo ATG. P25Confortauto. P28Jantec. P30

NOTÍCIASSetor dos pneus. P32

ESTUDOEtiqueta dos pneus 175/65 R14 P40

PRIMEIRO EQUIPAMENTONotícias. P44

APRESENTAÇÃOBridgestone. P46

TÉCNICATravagem P50

FROTASUm dia com... Bridgestone Total Tyre Care. P54

SALÃOAutopromotec. P56Expomecânica. P58Intermat. P62

MECÂNICA Notícias. P64

CRÓNICA. P66

ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES

EUROTYRE CAPAPETRONAS PÁG. 2CONTINENTAL PÁG. 5TIRESUR PÁG. 9ALVES BANDEIRA TYRES PÁG. 11ENI PÁG. 13

CONFORTAUTO PÁG. 15BKT PÁG. 19CERP /ACAP PÁG. 33CHAVECA & JANEIRA PÁG. 37PNEUS CRUZEIRO PÁG. 39TURBO OFICINA PÁG. 43

CARF PÁG. 53GOODRIDE PÁG. 61CENTRO ZARAGOZA PÁG. 67AUTO CREW PÁG. 68

SS U M Á R I O

DOSSIER A oferta de Pneus para SUV. P34

TURBO OFICINA PNEUS JUNHO/JULHO 20154

EE D I T O R I A L

O setor dos pneus assiste, há anos, à depreciação do preço deste que é um dos componentes mais importantes no automóvel.

A crise ajudou (ou serviu de argumento, em alguns casos) a esmagar ainda mais as margens. E se o consumidor final agradece, são muitas as empresas que vivem dificuldades e que trabalham na corda bamba devido à falta de capital disponível para investir no seu negócio ou para fazer cumprir os compromissos normais. Mas isso leva-nos a um paradoxo. Temos, em Portugal, dos melhores serviços relacionados com pneus e a logística mais eficiente. Encomenda-se um pneu de manhã e, em alguns pontos do país, à hora de almoço está na casa de pneus pronto para montar. Mas isso não se reflete no preço ao consumidor e quando a casa de pneus coloca do lado do seu fornecedor o custo desse serviço e ainda pede desconto está a pôr em causa o negócio e, acima de tudo, algo que é fundamental: a rentabilidade do fornecedor. Isto acontece também devido à drástica redução de stocks nas casas de pneus e oficinas. O pouco dinheiro libertado pelo negócio e pela prática de preços baixos para acompanhar o vizinho do lado, não permite investir em stock, que foi transferido para os fornecedores. É uma solução viável, mas não pode ser a qualquer preço. É urgente que todos os intervenientes na cadeia de distribuição percebam que é fundamental que exista rentabilidade no negócio de todos: desde quem fabrica o pneu até quem o monta. E não chega que os players do mercado se queixem desta realidade, é preciso que se

unam e que defendam o seu negócio, porque ninguém o vai fazer por eles. O pneu deve ser valorizado, mas também a mão-de-obra que implica e a pior política que existe numa casa de pneus ou oficina é oferecer serviços nos quais são especializados, onde investiram horas de formação, anos de experiência e muito dinheiro em equipamentos. Os serviços associados à roda devem ser valorizados para que as casas de pneus estejam menos expostas à variação do preço dos pneus, que se vai acentuar com o surgimento de várias plataformas online de venda de pneus, com estruturas de custos muito leves que, cêntimo a cêntimo, vão pressionando a queda (ainda maior) dos preços.

Cláudio Delicado DIRETOR [email protected]

RENTABILIZAR O NEGÓCIO

A PIOR POLÍTICA QUE EXISTE NUMA CASA DE PNEUS OU OFICINA É OFERECER SERVIÇOS NOS QUAIS SÃO ESPECIALIZADOS, ONDE INVESTIRAM HORAS DE FORMAÇÃO, ANOS DE EXPERIÊNCIA E MUITO DINHEIRO EM EQUIPAMENTOS.

TURBO OFICINA PNEUS JUNHO/JULHO 20156

MANUEL FÉLIX.“ADAPTAR OS PRINCÍPIOS DOS PNEUS ÀS PEÇAS”

GG R A N D E E N T R E V I S TA

Numa fase de constantes alterações no setor dos pneus, a Euro Tyre parte para um novo desafio que nada tem a ver com pneus. Mesmo assim, o maior grossista de pneus em Portugal quer continuar a reforçar a sua liderança. TEXTO PAULO HOMEM

São atualmente poucas as casas de pneus que em Portugal já não tenham trabalhado ou, pelo menos, não conheçam a Euro Tyre. Só uma forte aposta na diferenciação

permitiu à empresa da Mealhada ter hoje o maior armazéns de pneus do nosso país, ter dos mais visitados websites de vendas online B2B e entregar pneus aos clientes diversas

vezes por dia em determinadas regiões do país.Nesta entrev ista que a TUR BO OFICINA PNEUS realizou ao Managing Director da Euro T y re Portugal, Manuel Félix, o foco não foi fazer um balanço da ativ idade, mas antes abordar os nov íssimos projetos em que a empresa está a entrar neste momento.

Qual é a realidade atual da Euro Tyre?A Euro Tyre desenvolveu o seu conceito de negócio ao longo dos anos baseado no pneu e no serviço. Os nossos pilares sempre foram a disponibilidade de produtos, o serviço e o preço, por esta ordem. O nosso core business é esse e, por isso, queremos continuar a ser uma referência no mercado pneus em Portugal.

JUNHO/JULHO 2015 TURBO OFICINA PNEUS 7

Cada vez é mais difícil fazer a diferenciação nesses aspetos no setor dos pneus…Fomos pioneiros em diversas áreas do negócio dos pneus. Por exemplo, temos atualmente o catálogo digital na APP Store e brevemente estará disponível para todos os smartphones e tablets. Qualquer pessoa ligada aos pneus pode, no computador ou através de telemóvel / tablet, ver preços, ver disponibilidade e encomendar os pneus. Apesar de tudo isso, nós somos antes de mais um provedor de serviços, isto é, nós temos que chegar com os nossos produtos, quaisquer que eles sejam, ao cliente o mais rapidamente possível. Foi por isso que começamos a diversificar a nossa gama de produtos.

Para além dos pneus, vão comercializar outros tipos de produtos?Por um lado vamos entrar na área dos consumíveis, com o lançamento de válvulas, pesos, manómetros, pastas de montagem e outros produtos, nomeadamente os mais consumidos nas casas de pneus, recorrendo a toda a logística que temos montada para os pneus.

a empresas dispõe em Portugal e Espanha, embora nos próximos seis meses o projeto apenas se irá desenvolver na região centro, seguindo-se depois Lisboa e o mercado espanhol, a partir do início do próximo ano. Nesta fase a logística será desenvolvida por nós, através por meios próprios.

Tomando como exemplo os pneus, setor no qual foram diferenciadores, quais serão as mais valias que a Euro Tyre poderá apresentar no negócio das peças?Cerca de 80% do negócio da Euro Tyre baseia-se no online ao nível das encomendas de pneus. Ao nível das peças sabemos que estas percentagens são impensáveis e que ainda se está um pouco longe disso, mas a nossa aposta será precisamente no online, objetivamente em B2B. Por isso, o nosso website foi modificado para que também pudéssemos disponibilizar as peças paralelamente aos pneus. Através da matrícula do carro, ou por outro método de pesquisa como a marca, modelo e versão, o cliente profissional pode obter informação sobre algumas das peças que o carro dispõe, com preços e stocks por armazém. De seguida efetua a encomenda do que for necessário e a peça vai ter à oficina. O conceito foi dinamizar o website para as peças tão simples como é o de pneus.

Para além do online haverá ainda outros suportes de vendas?Para além do online, a Euro Tyre vai ter também um call center que poderá dar resposta a qualquer dúvida sobre o stock e a disponibilidade da peça ou da marca da peça.

No negócio das peças qual a marca com que vão aparecer no mercado?O acesso ao site será diferenciado por tipologia de cliente (oficina ou casa de pneus), pelo que dessa forma a Euro Tyre passou a utilizar a marca euroPARTNER (euroRECAMBIOS em Espanha) para dinamizar o negócio de peças, que tem também um site específico em www.europartner.pt. Consideramos que não devemos utilizar a mesma imagem no negócio dos pneus e das peças e por isso é que as diferenciamos.

Qual o tipo de peças que vão trabalhar na euroPARTNER?Vamos trabalhar apenas peças de qualidade original, apenas marcas Premium, apostando sobretudo em material de mecânica mas também em lubrificantes. Iremos também fazer segmentação de produtos

Tal como fizemos e fazemos com os pneus, e que é diferenciador, não será necessário efetuar quantidades mínimas de compras, isto é, enviaremos ao cliente aquilo que ele nos comprar. Por outro lado, a grande novidade é que vamos entrar no mercado das peças automóveis.

Qual a razão que leva a Euro Tyres a entrar no negócio das peças?Penso que não é muito difícil explicar isso. O conceito é o mesmo dos pneus, isto é, temos capacidade de ter as peças em stock, como temos a capacidade de as entregar o mais rapidamente possível. Sabemos que o negócio das peças exige um sistema logístico ainda mais apurado que o dos pneus, embora não seja tanto pelo número de referências. No negócio das peças iremos até onde virmos que exista rentabilidade para tal, quer dizer que investiremos numa quantidade de stock que acharmos necessária para atingirmos aquilo que pretendemos em termos de rentabilidade.

Será apenas um negócio desenvolvido a nível nacional?Não, vamos desenvolver este negócio a nível ibérico, aproveitando os quatro armazéns que

TURBO OFICINA PNEUS JUNHO/JULHO 20158

nomeadamente nos pneus, isto é, não iremos vender as mesmas marcas de pneus para os clientes euroPARTNER face aquelas que vendemos para os clientes Euro Tyre.

Quais são as diferenças ou semelhanças que existem entre o negócio dos pneus e das peças?No negócio dos pneus o mercado está constantemente a discutir ao cêntimo, enquanto o negócio das peças dá-me a entender que é muito mais um negócio de confiança. Essa é uma vantagem também para nós, pois se conseguirmos mostrar as vantagens de trabalhar com a euroPARTNER, através do online, criando uma dinâmica de confiança então poderemos ter uma excelente margem de progressão.A semelhança entre os dois negócios será o serviço que temos para dar aos nossos clientes, começando já com uma enorme base de clientes, que estão nos pneus, mas que já consomem peças.No fundo o que estamos a tentar fazer é adaptar os princípios dos pneus às peças. Temos as pessoas, temos os meios tecnológicos e temos os meios físicos, pelo que ter mais um produto não é exatamente a mesma coisa que começar do zero.

Qual a sua expetativa para o desenvolvimento deste negócio das peças em paralelo com o dos pneus?Não vejo razões para que não dê certo e, aliás, estou mesmo convencido que se vai fazer algo de muito engraçado nas peças. Temos toda a estrutura e temos vontade de fazer algo que traga valor acrescentado para o mercado, a exemplo do que fizemos também nos pneus e que tem dado excelentes resultados.

Por falar em pneus. Ainda existe possibilidade de fazer a diferenciação neste setor?Como disse antes, a nossa aposta nas peças passa por alargarmos a nossa oferta a outros produtos. Considero, sinceramente, que na área dos pneus existe pouco para inventar. Todos os distribuidores oferecem o mesmo em termos comerciais, pelo que a minha diferença é essencialmente ter mais produto e continuar a apostar nas marcas próprias.

Mas existe lugar para tantos grossistas de pneus?Considero que é o mercado a ditar isso. Logicamente que existe espaço para os grossistas mais pequenos, de índole mais

regional, pois conseguem prestar um serviço de proximidade ao cliente que os grandes grossistas têm mais dificuldade. Basta que tenha o produto certo para os seus clientes e que não entrem naquelas guerras malucas de preço.

A guerra de preços está a gerar margens de negócio cada vez menores…Em França quando um retalhista quer um pneu de manhã para a tarde sabe que esse mesmo pneu lhe custa mais 2% do que se for para o dia seguinte. Em Portugal passa-se exatamente o contrário, o que é impensável para a rentabilidade dos negócios. Muitos clientes pedem serviço e ainda querem mais desconto.

Alguns grossistas começam a especializar-se em pneus para pesados. O que a Euro Tyre tem feito a esse nível?Também estamos a fazer um trabalho nesse sentido da especialização em pesados, não tanto na casa de pneus mas nas frotas.Por exemplo, temos um produto específico, que é um sensor de pressão, que permite às frotas verificar e controlar a pressão dos pneus de uma forma fácil e intuitiva. Todos sabemos que nos pneus para pesados a pressão é um fator fundamental para obter rendimento quilométrico e economia de combustível.

Reconhece que a Euro Tyre é hoje em dia uma referência no mercado dos pneus?Conseguimos essencialmente criar uma imagem de confiança. Por exemplo, nos consumíveis para as casas de pneus, que agora começávamos a vender, podíamos ter optado por comprar muito mais barato, mas sabíamos que iriamos ter depois muitos clientes insatisfeitos e a reclamarem do produto. O que vamos fazer é ter um produto de qualidade, que não traga problemas ao cliente. A confiança é muito importante.Costumo dizer aos meus comerciais que o que nos interessa é pensar naquilo que queremos para a nossa empresa daqui a seis meses ou um ano. Foi exatamente pensando o que queríamos para o nosso negócio e para a nossa empresa no futuro, que nos levou aquilo que somos hoje, que será seguramente diferente que seremos daqui a um ano ou dois. Efetivamente é difícil admitir nesta altura que exista uma casa de pneus que não nos conheça, não nos consulte ou não nos compre.

GG R A N D E E N T R E V I S TA

VAMOS FAZER SEGMENTAÇÃO DE PRODUTOS, COMO OS PNEUS E NÃO IREMOS VENDER AS MESMAS MARCAS PARA OS CLIENTES EUROPARTNER FACE AQUELAS QUE VENDEMOS PARA OS CLIENTES EURO TYRE

TURBO OFICINA PNEUS JUNHO/JULHO 201510

GRIPEN WHEELS. AUMENTA A GAMA DE PNEUS OTR DYNAMAXX

À gama inicial de produto, constituída pelos desenhos de piso All Grip,

Dumper Grip e Hauler Grip, a Gripen Wheels acrescentou dois novos produtos, o Dynamaxx Omni Grip (2 estrela E3/L3) e o Dynamaxx All Traction (2 estrelas E4).Disponível nas medidas 15.5R25, 20.5R25, 23.5R25, 26.5R25 e 29.5R25, o Dynamaxx Omni Grip distingue-se pelo seu desenho do piso com lamelas nos blocos principais, que asseguram a maior resistência aos furos e uma redução assinalável do calor gerado pela rolagem. Das suas principais características destacam- -se o composto de elevada resistência aos cortes e ao desgaste, a capacidade de auto-limpeza, a adaptabilidade à utilização, quer

A Gripen Wheels pretende consolidar a sua posição de maior operador europeu no mercado dos pneus OTR. Para tal, acaba de lançar no mercado mais algumas novidades na sua marca Dynamaxx, aumentado a a sua gama de produtos.

em pás carregadoras de rodas, quer em dumpers/camiões articulados, a máxima capacidade de tração e flutuação, e o reduzido nível de vibração, que proporciona máxima estabilidade em operação.Disponível nas medidas 14.00R24, 14.00R25, 18.00R23, 21.00R33, 21.00R35 e 24.00R35, o Dynamaxx All Traction distingue-se pelo seu desempenho superior no transporte e movimentação de cargas. Luís Martins, General Market Manager da Gripen Wheels Iberia, explicou: “Com a marca Dynamaxx, orgulhamo-nos em oferecer não só um produto de qualidade superior, mas também, através dos nossos parceiros distribuidores, o melhor serviço do mercado. É uma tripla parceria entre

fabricante, distribuidores e o utilizador final”.Com origem na Suécia, a Gripen Wheels Iberia tem base comercial, administrativa e logística na Zona do Grande Porto e opera uma rede de agentes especialistas de pneus em Portugal e Espanha. Para além da gama OTR - Engenharia Civil, composta pelas marcas próprias Gripen Wheels e Dynamaxx, bem como, as distribuições oficiais das marcas Triangle, Aeolus e Hilo Tires, a Gripen Wheels Iberia comercializa ainda pneus f lorestais United, pneus industriais Ceat Altura (movimentação de cargas portuárias), pneus pesados Triangle, Double Star e Aeolus, jantes OTR e jantes de camião.

DISPNAL. NANKANG ALARGA OFERTA

ADispnal Pneus acaba de introduzir no mercado o Nankang HA-858, um

novo pneu comercial que se destaca pelo desempenho. Este novo pneu possui no seu desenho quatro rasgos que melhoram o nível de drenagem da água e melhoram a aderência do pneu em piso molhado. A estrutura do pneu foi reforçada

proporcionando uma maior durabilidade e segurança. Os múltiplos rasgos laterais e centrais minimizam a probabilidade de permanência de detritos no pneu, aumentando a durabilidade e reduzindo os custos de manutenção. Atualmente já está disponível na medida 750R16 122K.

N N O T Í C I A S

BKTNOVO PNEU IF PARA A GAMA AGRIMAX TERIS

ABKT alargou a gama Agrimax Teris para ceifeiras com uma nova medida

com tecnologia IF, que permite uma maior capacidade de carga com uma pressão mais baixa.A tecnologia IF permite uma grande capacidade de carga com pressões mais baixas do que as que suportaria um pneu standard com as mesmas dimensões, no caso 580/80 R 34.Além disso, a BKT reforçou as paredes laterais deste novo pneu, para aumentar a resistência às agressões, o que também aumenta a estabilidade. Este novo pneu é descrito pelos responsáveis da marca como “confortável” e capaz de contribuir para o bem-estar do condutor.A gamaAgrimax Teris está disponível nas medidas 620/75 R 26, 750/65 R 26, 620/75 R 30, 650/75 R 32, 800/65 R 32, 900/60 R 32 e 1050/50 R 32. O novo IF está disponível nas medidas 580/80 R 34 CFO e 520/85 R 42.

S ão 26 as equipas que vão competir com pneus Dunlop no Campeonato do Mundo de

Resistência FIM 2015, o EWC. Sete vão disputar a categoria principal de Fórmula EWC, 18 a categoria Superstock e uma a categoria Open. Para estas, a Dunlop criou pneu com uma nova construção, que deverá superar em desempenho e durabilidade os pneus de 2014. Este novo desenvolvimento deve-se também aos novos regulamentos, que limitam o número de pneus que as equipas podem utilizar. Geralmente a Dunlop conta com cinco especificações de pneu por cada equipa para cobrir a gama de temperaturas da pista. Três especificações para o pneu traseiro, altas, moderadas e baixas; e duas especificações para o pneu dianteiro, altas moderadas e moderadas baixas.

DUNLOP. NOVOS PNEUS PARA O WEC

TURBO OFICINA PNEUS JUNHO/JULHO 201512

NN O T Í C I A S

HANKOOK. KINERGY 4S, A PROPOSTA ALL-SEASON

CONTINENTALNOVIDADE PARA AUTOCARROS

AHankook acaba de lançar um novo pneu para todo o ano.

Desenvolvido para as estradas europeias, o Kinergy 4S é a quarta geração de pneus all-season da Hankook e chegará aos consumidores europeus na segunda metade deste ano, em medidas que vão das 14 às 18 polegadas.O novo Kinergy 4S (4S = Four Seasons) pode ser utilizado durante todo o ano, mesmo em países com requisitos especiais para pneus de inverno, pois traz a marca M+S e o símbolo do floco de neve, que passarão a ser obrigatórios em todos os pneus de inverno a partir de 2018.Os engenheiros da marca afirmam que

AContinental alargou a sua gama de pneus para o transporte urbano e regional de

pessoas, lançando o Conti Urban HA3. O novo pneu de 19,5” foi desenvolvido com um novo composto de borracha para garantir uma maior longevidade (mais 20%) e maior resistência ao contacto com passeios.Disponível na medida 265/70 R19.5, o Conti HA3 19.5 tem um padrão particularmente resistente ao desgaste e pode ser utilizado em todos os eixos. Exibe ainda marcas para ressulcagem, o que diminui o custo de operação da frota, e é passível de recauchutagem. Ao mesmo tempo, está marcado com o símbolo M+S, que lhe permite ser utilizado no ano inteiro em muitos países europeus.

este novo pneu combina as curtas distâncias de travagem e boas características dinâmicas de um pneu de verão com os benefícios de maior tração e melhor travagem em condições invernosas. A nova geração de pneus all-season da Hankook adota a maior parte dos elementos dos seus

antecessores, mas com um desenho totalmente novo. O ombro de verão recebeu uma estrutura mais larga e o composto de sílica e borracha foi pensado para reduzir o desgaste.A gama Hankook Kinergy 4S será composta inicialmente por 45 medidas, das 14” às 18”, entre as séries 70 e 40, larguras entre 155 e 255 mm e índices de velocidade T, H e V.

CONTINENTALHS3 PARA PESADOS

Depois do lançamento, em março, do Conti EcoPlus HD3 para eixo de direção, no

tamanho 315/45 R 22.5, a Continental completa a gama de pneus de baixo perfil para lowliners com o Conti EcoPlus HS3, também para o eixo de direção e na medida 355/50 R 22.5, pensado para o transporte de longa distância ou para transporte regional com uma utilização intensiva de autoestradas.Desenvolvido em estreita colaboração com fabricantes de camiões e reboques, estes pneus permitem que “os frotistas utilizem a total capacidade de carga sem excederem o limite máximo imposto na Europa”.O Conti EcoPlus HS3 355/50 R 22.5 é capaz de suportar oito toneladas, ao passo que o Conti EcoPlus HD3 315/45 R 22.5 tem uma capacidade de 11,6 toneladas quando em utilização dupla.O piso tem uma construção de duas camadas, o

CONTINENTAL. APOSTA NO CONTIHYBRIDOs novos ContiHybrid HD3 e o pneu

para reboque de 22.5” Conti Hybrid HT3 chegam para responder às exigências diárias dos transportes regionais no setor da distribuição.Os ContiHybrid possuem piso com novo design e volumes de alta resistência ao desgaste “Plus Volume Pattern”, que oferece um aumento de 17% da vida útil, e o posicionamento otimizado do material oferece uma resistência reduzida ao rolamento., garantindo menos consumo.O Conti Hybrid HD3 para o eixo do motor oferece, face ao antecessor, mais 20% de vida útil, que se deve ao novo design, com lamelas em geometria 3D que se prolongam por quase dois terços da profundidade total do pneu

NOKIAN. ROTIIVA É NOVO PNEU PARA SUV

A Nokian possui um novo pneu de verão para SUV e comerciais ligeiros, pensado

para prestações otimizadas em sistemas 4x4. O Rotiiva HT é comercializado em 22 medidas diferentes, entre as 16 e 22 polegadas. O fabricante afirma que este novo pneu oferece prestações de topo no asfalto e em gravilha, tudo graças ao novo “High Modulus Tread Compound”, que utiliza a expansão da

estrutura molecular do composto de sílica e borracha para aumentar as capacidades do pneu e fortalecer o padrão do piso. Este é descrito como “agressivo”, possui sulcos laterais nos ombros e centro para melhor escoar água lama e blocos especialmente criados para melhorar a aderência em piso molhado. Ambos os ombros exibem pequenos sulcos para uma melhor aderência lateral e

reduzir a resistência ao rolamento. A Nokian reclama ainda para este pneu um rolamento silencioso, fruto do “Silent Groove Design”, com indentações hemisféricas nas nervuras longitudinais das paredes, que ajudam a eliminar o ruído do ar. Além disso, este desenho potencia a diminuição da resistência ao rolamento e arrefece a superfície do pneu, o que ajuda à sua longevidade.

e proporcionam ainda mais estabilidade. Além disso, as margens pontiagudas destas lamelas garantem boa tração durante toda a vida do pneu, incluindo nas travagens em piso molhado. Os novos compostos de borracha, usados no piso e parede lateral, foram concebidos para aumentar a vida útil e melhorar a eficiência de combustível. O Conti Hybrid HT3 completa a nova linha de pneus e possui novos compostos de borracha, que representam um aumento de poupança relativamente ao seu antecessor. A vida útil é aumentada em cerca de 8% e a aderência é maior, o que garante uma classificação B em piso molhado, tal como na economia de combustível, com uma melhoria de 6%.

MICHELIN.NOVOS PNEUS PARA MOTOAMichelin, que será fornecedor exclusivo

do MotoGP a partir de 2016, regressa aos circuitos com o lançamento de seis pneus de moto para quatro usos específicos.Os novos pneus são os Power SuperMoto, Power Slick Ultimate, Power Cup Ultimate, Power Slick Evo, Power Cup Evo e Power SuperSport Evo, que sintetizam as inovações e as tecnologias que permitem oferecer aos utilizadores com grandes exigências os mais altos níveis de performances e segurança.Esta oferta destina-se a pilotos de competição profissionais e a amadores e foi renovada, fruto de três anos de desenvolvimento em colaboração com a competição.Para as gamas Power Slick Evo e Power Cup Evo existe um único composto de borracha, que substitui as três versões antigas, fruto da

tecnologia Michelin ACT (Adaptive Casing Technology).As gamas Power Slick Ultimate e Power Cup Ultimate serão comercializadas

apenas pelo departamento Motorsport, devendo as restantes gamas ser vendidas por todos os canais de distribuição de todo o mundo.

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TURBO OFICINA PNEUS JUNHO/JULHO 201514

NN O T Í C I A S

MICHELIN. NOVO PNEU PARA DUMPERS RÍGIDOS

KUMHO. SOLUS HA31 É NOVA APOSTA ALL-SEASON

AKumho acaba de anunciar o lançamento do Solus HA31, a sua nova

aposta no segmento dos pneus all-season, que assegura altas prestações em todas as condições. Com este novo modelo a marca coreana consolida a sua posição neste segmento. O que garante esta constância de prestações é o composto utilizado e o novo desenho dos flancos e do piso. Este está optimizado para a drenagem de água graças aos seus sulcos lateraia. As lamelas 3D snow garantem a máxima tração em molhado e diminuem a abrasão a que os pneus estão sujeitos no inverno. O composto usado é o S-SBR, que permite uma adaptação fácil ao funcionamento a diferentes temperaturas.

Os operadores de minas a céu aberto procuram sempre ganhar

em produtividade. Para eles a Michelin desenvolveu o XDR250, que deverá possibilitar um aumento na quantidade de materiais transportados pelos dumpers rígidos por hora, um indicador de produtividade neste setor de atividade. Desenvolvido em conjunto com a Caterpillar e a Komatsu, e com especificações comuns para as últimas gerações de máquinas com capacidade de carga até 250 toneladas, o XDR250 equipa os dumpers CAT 793F e KOM 830E AC.O novo pneu, já no mercado, oferece ganhos na capacidade de carga, que pode atingir 67 toneladas; mais volume de ar, e baixas temperaturas de funcionamento, pois a nova escultura incorpora blocos mais pequenos e atravessados por mais sulcos, o que otimiza o fluxo de ar e o arrefecimento.Além disso, o XDR250 está preparado para incorporar o sistema MEMS, tecnologia que permite ao pneu transmitir informação em tempo real sobre as suas condições de temperatura e pressão.

ALLIANCE.NOVOS AGRIFLEX PARA CANTEIROS

AAlliance tem dois novos pneus na gama Agrif lex para cultivo em canteiros.

Estes novos modelos oferecem uma proteção elevada para os cultivos de maior valor, ao mesmo tempo que assegura tração e comodidade de elevado nível.Os Alliance 354 Agrif lex IF e 354 Agrif lex+ VF estão desenhados com uma f lexibilidade específica da parede lateral, o que permite funcionar com pressões mais baixas (-20% no IF e -40% no VF). As restantes vantagens de optar por estes pneus são, além de menor compactação, o menor cosumo de combustível, a maior produtividade e a maior velocidade máxima de operacionalidade das máquinas, de até 65 km/h.

WESTLAKE. NOVO CATÁLOGO PARA PESADOS

São nove os produtos que compõem o mais recente catálogo de pneus da

Westlake para pesados, divididos entre propostas para o transporte de longo curso, regional e para o serviço misto. Todos foram pensados para garantir condução precisa e tração otimizada, além de contarem com plataformas de ejeção de pedras no seu piso. Todos os pisos são menos profundos, o que, segundo a marca, diminui a ocorrência de desgaste irregular e aumenta a longevidade.No que respeita a longo curso, a Westlake propõe o WTL1, um pneu para o eixo do reboque, que está disponível nas medidas 385/55 R22,5 e 385/65 R22,5. Também proposta única é o WTX1, um pneu para o reboque dos low loaders de serviço longo e regional e que está disponível em seis medidas, entre a 205/65 R17,5 e a 265/70 R19,5.

A maior gama de propostas neste catálogo é para o serviço regional: são cinco as referências, entre os WSR1 e WSR+1 para o eixo da direção; os WDR1 e WDR+1 para o eixo de tração e o WTR1 para eixos de reboque. Os WSR+1 e WDR+1 oferecem medidas entre os 205/75 R 17,5 e os 205/70 R 19,5, ao passo que as dos WSR1 e WDR1 oscilam entre os 295/80 R 19,5 e os 385/65 R 22,5. Quanto ao WTR1, as medidas são 295/80 R 22,5, 315/70 R 22,5 e 315/80 R 22,5.A completar o catálogo surgem as duas propostas para serviço misto: os WDM1 e WTM1. O primeiro é para o eixo de tração e o segundo para o reboque. As medidas também diferem: enquanto o WDM1 oferece as medidas 295/80 R 22,5 e 315/80 R 22,5, o WTM1 é proposto apenas na medida 385/65 R 22,5.

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CREATE BUSINESS. ALARGA ÁREA DE NEGÓCIOS AOS PNEUSHistoricamente associado ao negócio das peças de automóvel, tendo uma das mais consistentes redes de retalho nessa área, a Create Business iniciou a comercialização de pneus para automóveis, uma área totalmente nova para a empresa. TEXTO PAULO HOMEM

Atendência já era evidente. Cada vez são mais as oficinas que trabalham o produto pneu para os seus clientes,

como são também cada vez mais as casas de pneus a fazerem serviços de mecânica.É um processo natural do mercado, para o qual concorrem determinados fatores de natureza comercial mas também por questões de fidelização, mas ao qual determinados operadores não quiseram ficar indiferentes.Um deles foi a Create Business, que muito recentemente apresentou um novo produto do qual iniciou a comercialização. Estamos a falar dos pneus Viking, de construção Continental, que a Create Business passou a deter como distribuidor exclusivo para os seus clientes oficinais, sejam eles da rede “A Oficina” ou de todas as outras oficinas para as quais os seus parceiros da rede de retalho comercializam peças de automóveis.“Dos diversos estudos a que temos tido acesso, sabemos que o pneu é um negócio muito importante dentro do aftermarket, embora muito diferente do tradicional negócio das peças. Com a comercialização de pneus, estamos também focados em propor novos produtos aos nossos clientes”, refere Pedro Proença, Diretor Comercial & Marketing da Create Business, explicando a entrada da empresa nesta área de negócio, dizendo ainda que “a dimensão da nossa empresa passa pelas peças, pelos equipamentos e pelos serviços de valor acrescentando à nossa oferta. O pneu permite-nos completar ainda mais a nossa oferta”.A apresentação da marca Viking foi feita numa reunião da rede “A Oficina”, que a Create Business levou a efeito recentemente, estando agora previsto o desenvolvimento de uma série de ações tendentes a dinamizar o serviço de pneus bem como a marca Viking.“Vamos investir na marca através de informação no ponto de venda e expositores com os próprios pneus, bem como utilizando as plataformas online e outras ferramentas de comunicação”, afirma Pedro Proença, que assegura que “esta marca de pneus estará disponível para todas as oficinas que trabalham com o universo Create Business”.Desde há algum tempo que a Create Business tendo vindo a desenvolver um trabalho de modo a perceber quais são as oficinais suas clientes que já trabalham e as que não trabalham o produto pneu. Para estas

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oficinas, a Create Business disponibiliza equipamentos específicos para pneus (através de parcerias que tem com a Velyen e Bosch), pois “entendemos que é cada vez mais uma necessidade e uma obrigação destas oficinas começar a prestar o serviço de pneu” explica o mesmo responsável”.

EXPECTATIVASNesta fase de lançamento de um novo produto e de uma nova marca no universo Create Business, Pedro Proença revela que “estamos confiantes que fizemos a aposta certa na Viking e julgamos que virá a ter um peso importante na nossa faturação. Queremos agora ajudar mais oficinas a substituir pneus, pois temos o produto e as condições certas para o fazerem. Aliás, já muitas oficinas avançaram para o serviço de pneus porque sabiam que estavam a deixar passar uma oportunidade de negócio”.Um dos objetivos da Create Business passa pela fidelização dos seus clientes oficinais, que passam assim a propor aos seus clientes um serviço técnico ainda mais completo. “O foco, como disse, são as oficinas que já trabalham com a Create Business”, revela Pedro Proença, dizendo que “não é de momento nossa prioridade entrar nas casas de pneus, pois sabemos que existem muito atores e com muitos anos de especialização em pneus a disputarem esse mercado”.

CONTACTOSCREATE BUSINESSDIRETOR COMERCIAL & MARKETING: PEDRO PROENÇATELEFONE: 214 821 550E-MAIL: [email protected]: www.createbusiness.pt

GAMA DE PNEUS VIKINGA marca Viking, que agora passa a ser comercializada em exclusivo pela Create Business e pela sua rede retalho a nível nacional, possui uma gama de três modelos: CityTech II (para veículos ligeiros), Protech HP (para carros de alta performance) e TransTech II (comerciais).Ao todo são 104 referências que a Create Business passa a disponibilizar aos seus clientes, tendo para o efeito um stock próprio desta marca, embora a própria empresa tenha disponibilidade de fornecer aos seus clientes pneus das marcas Premium, complementando dessa forma a oferta.Refira-se que para dinamizar o negócio de pneus com a esta nova marca, todos os parceiros da Create Business vão ter stock de pneus Viking, como também alguma oferta em marcas Premium.

OUTRAS NOVIDADES CREATE BUSINESSNo início do ano a Create Business solidificou a sua rede de retalhistas a nível nacional, com a entrada da Lubrinor, que opera em toda a região de Trás-os-Montes. Desta forma, a Create Business passou a ter uma rede de retalho com presença em praticamente todo o território nacional e ilhas.Outra novidade é que está a ser disponibilizada ao mercado a nova versão do portal +Valor, com mais informação e mais oportunidades de negócio, e agora com uma nova funcionalidade que é a integração com um software de gestão de oficinas. O novo portal +Valor está disponível para todas as oficinas.Também novo é o site que foi desenvolvido para a rede “A Oficina” (http://aoficina.createbusiness.pt), com funcionalidades muito úteis para o consumidor final, estando a Create Business apostada em comunicar e dar a conhecer cada vez mais este rede através de diversos meios (vídeo institucional, facebook, novo site, etc).

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ACAP/CEPP. MELHOR DO QUE O ESPERADO

AACAP, Associação Automóvel de Portugal, através das suas duas divisões de pneus (retalhistas e produtores), tem

vindo a desenvolver um trabalho tendo em vista uma maior credibilização do setor, dando corpo a uma série de iniciativas de sensibilização sobre o uso e o estado dos pneus em geral.Nos últimos 5 anos começaram a ser desenvolvidas uma série de ações fruto do trabalho da ACAP / CEPP (Comissão Especializada de Produtores de Pneus), entidade que reúne os principais produtos de pneus presentes em Portugal, nomeadamente a Bridgestone, Continental, Goodyear, Michelin, Pirelli e Yokohama.Desta vez a ação de sensibilização feita no terreno tinha como destinatários os veículos pesados, nomeadamente os pneus dos camiões, tendo a mesma sido feita em Vilar Formoso, no Parque TIR, local de excelência para este tipo de veículo.Para além dos membros do CEPP, a coordenação operacional da Guarda Nacional Republicana, Unidade Nacional de Trânsito, estiveram presentes diversas entidades, tais como a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, a IGAMAOT, a Polícia de Segurança Pública e a Quercus.Mais de 20 pessoas estiveram a trabalhar nesta ação de sensibilização, divididas por diversas equipas de três pessoas, que tinham a responsabilidade de inspecionar os pneus dos camiões que a Unidade Nacional de Trânsito da GNR mandava parar.Depois de um “briefing”, Jorge Vieira, do CEPP, esclareceu que neste ação não foram medidas as pressões dos pneus por questões operacionais e de segurança, tendo sido feito um detalhado controlo das profundidades dos pisos e uma minuciosa verificação do estado geral dos pneus. Aos condutores dos veículos pesados era ainda entregue um saco, não só com um medidor de pressão, mas também com diversos folhetos informativos, especialmente o que foi desenvolvido para esta ação intitulada “Guia Pneus Pesados”.

Depois de o fazer com os pneus de ligeiros em 2013, a Comissão Especializada de Produtores de Pneus da ACAP lançou uma ação de sensibilização junto dos condutores de veículos pesados, sobre o estado dos pneus dos camiões. Fomos a Vilar Formoso acompanhar a campanha. TEXTO PAULO HOMEM

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NO TERRENOEsta primeira ação de sensibilização decorreu em Vilar Formoso (a segunda será feita em Outubro), tendo para o efeito sido avaliados os pneus de 120 camiões, o que correspondeu ao objetivo traçado inicialmente de avaliação de cerca de 1.500 pneus (1.440 na realidade).Os dados recolhidos não foram para já divulgados, mas no final era grande a satisfação dos responsáveis das diversas entidades pela ação feita, tendo Jorge Vieira, do CEPP, dito que “foi muito bom. Conseguimos atingir os nossos objetivos. Sabíamos que no Parque TIR de Vilar Formoso iríamos encontrar um tipo de camião que faz essencialmente transporte internacional, por isso não é de estranhar que, de uma forma geral, a avaliação que fazemos dos pneus dos camiões avaliados é bastante positiva”.Grande parte (mais de 80%) dos pneus dos camiões que estiveram envolvidos nesta ação são pneus de marca Premium, com uma aparência visual boa e com um estado geral de

conservação muito bom. Nos pneus de alguns reboques as opções pela marca são mais distintas e já contemplam pneus de segundas marcas, mas salvo uma ou outra exceção, não se vê neste tipo de camiões que fazem transporte internacional, o pneu barato.“No transporte internacional as frotas não arriscam tanto. Sabem que do bom estado do pneu e da qualidade do mesmo depende a boa entrega da mercadoria no cliente. Por isso é natural a opção por pneus que minimizem os riscos de um rebentamento ou desgaste excessivo quando sujeitos a muitos quilómetros de estrada ”, refere o responsável do CEPP presente nesta ação.Nota-se também que muitos pneus são recauchutados, embora no entender dos responsáveis do CEPP isso seja prática comum no mercado entre os diversos operadores. “Atualmente os pneus recauchutados são uma prática perfeitamente desenvolvida pelas marcas pneus e por outros operadores, que permitem aos transportadores reduzir custos”, referiu no local Jorge Vieira.

O PESO DAS COIMAS E OS CUSTOS DO REBENTAMENTO DE UM PNEU NO TRANSPORTE INTERNACIONAL OBRIGAM A TER ATENÇÃO AOS PNEUS

Também muito comum foi ver que muitos dos camiões montam pneus para utilização regional nos reboques em vez dos pneus para longa distância. No entender do mesmo responsável isso “não deveria acontecer. Trata-se apenas de um truque dos frotistas pois o pneu regional tem mais piso e, por isso, tem uma maior longevidade. Contudo, é um

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Quais foram os principais objetivos desta ação de sensibilização?O objetivo principal é alertar para o estado em que os pneus possam andar a circular. Focamos a nossa ação na verificação da altura do piso dos pneus e a tipologia de desgaste de todos os pneus num camião e no reboque. Em função dessa verificação, de seguida sensibilizamos o condutor do pesado para o estado dos pneus do seu veículo, bem como foi entregue um “Guia Pneus Pesados” onde são abordados outro temas como a importância de ter as pressões corretas.

Qual a importância de sensibilizar o condutor do pesado para o estado dos pneus?O condutor do pesado gosta de ser ouvido em relação a tudo o que tenha a ver com o seu veículo e normalmente valoriza muito qualquer informação que lhe seja dada sobre o funcionamento dos componentes do veículo que conduz e, neste caso, dos pneus.

No entender da CEPP ainda existe muita sensibilização a fazer sobre pneus para o setor dos pesados?No trabalho que cada um dos elementos da CEPP faz no terreno, em representação das marcas para as quais trabalham, temos um contacto direto com as frotas mas não tanto com o condutor. O que nós queremos privilegiar com estas ações é precisamente o condutor, pois é ele que passa muitas horas ao volante do camião e tem que acautelar a segurança dele e dos outros que andam na estrada. Entendemos que a segurança começa nos pneus, pois são os pneus que estão em contacto com o solo.

Quais são normalmente os grandes problemas que encontram nos pneus de pesados?Um deles é claramente as pressões dos pneus que influenciam no desempenho do camião, nomeadamente ao nível dos consumos. Outro problema é o desgaste irregular provocado por alguma falta de cuidado com certas manobras.Outras vezes os pneus de pesados sofrem muito por causa dos maus acessos aos armazéns e fábricas.

pneu que pode ter um desgaste mais irregular e que não tem as características otimizadas para o longo curso”.A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária também se associou a este ação, estando presente no local a acompanhar a ACAP / CEPP. Para Pedro Silva, da ANSR, “é muito importante estarmos associados a este tipo de ações que são fundamentais no sentido em que é muito importante tudo o que tenha a ver com a segurança. O pneu é o único elemento de contacto ao solo do camião e por isso sensibilizar os condutores de pesados para o bom estado dos pneus é muito importante. Por isso, tudo o que seja ações de sensibilização, pedagógicas, formativas ou informativas estaremos sempre presentes para as dinamizar e apoiar”.Do lado da Unidade Nacional de Trânsito da GNR, que teve também uma importante intervenção logística nesta ação, o tema da fiscalização é mais relevante que o da sensibilização. Mesmo preferindo não ser identificado, uma dos elementos da GNR confirmou que “fazemos habitualmente a fiscalização dos pneus dos camiões. Continua a não haver equipamentos homologados para fazer uma fiscalização mais criteriosa, pelo que a mesma é, acima de tudo, uma inspeção visual. Se for muito evidente o estado de degradação dos pneus chegamos a autuar o condutor do camião”.Outro tipo de inspeção que é feita, e que envolve os pneus, é a relação entre os dados tacográficos onde tem que constar a medida dos pneus de direção do camião. Caso os

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3 PERGUNTAS A…JORGE VIEIRACEPP

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pneus de direção não tenham a mesma medida que consta dos dados tacográficos, a GNR atua em conformidade, autuando o condutor.“O peso das coimas e essencialmente os custos inerentes ao rebentamento de um pneu, para quem faz transporte internacional, levam muitas vezes a que os responsáveis das frotas não descurem muito a questão dos pneus”, afirmava o mesmo responsável da GNR.Ao longo desta ação foram muitos os condutores de pesados que foram diretamente sensibilizados para o tema dos pneus. De um modo geral já existe por parte destes condutores a noção da importância de ter pneus em bom estado e com as pressões corretas. Porém, foram muitas as histórias que ouvimos da boca dos próprios condutores, destacando-se uma, descrita por Joaquim Rodrigues, profissional com 30 anos de serviço internacional, que dizia que “é frequente no centro da Europa, sempre que vamos buscar mercadoria a um armazém, existir um responsável dessa empresa que vem verificar os pneus do camião. No caso dos pneus não estarem em bom estado, o camião não é carregado”.Fica pois a ideia de que a sensibilização sobre a importância de ter os pneus em bom estado num pesado deve ir bem além do condutor do mesmo. É por isso que o CEPP quando divulgar os resultados destas ações de sensibilização o irá disponibilizar às empresas, bem como a outras entidades, nomeadamente às diversas associações setoriais da área dos transportes.

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PNEUS CLÁSSICOS. ESPECIALIZAÇÃO GARANTIDA EM NOVO SITE

Um pouco por todo o lado proliferam salões, passeios, competições desportivas e outros eventos

relacionados com clássicos. Nem sempre é fácil, para quem recupera um clássico, manter-se fiel ao veículo original, como não é fácil arranjar os pneus adequados para esse mesmo veículo, nomeadamente se o mesmo tiver muitos anos.Para dar resposta a este problema já existe o“Pneus Clássicos”, isto é, o site www.pneusclassicos.com, que mais não é do que uma morada virtual de venda de pneus online, vocacionada exclusivamente para veículos clássicos, tanto automóveis como motas.“É uma loja diferente das demais no mercado, pois trabalha só para os adeptos de viaturas clássicas, fornecendo pneus multimarcas e outros acessórios tais como câmaras de ar, flaps, entre outros”, começa por referir Filipe Teixeira, que dinamiza este negócio em Portugal e em Espanha.Em www.pneusclassicos.com é possível pesquisar todos os pneus comercializados, divididos pelo tipo de viatura (carro ou moto), jante, competição, marca ou através da pesquisa colocando simplesmente a dimensão.Neste site pode encontrar 36 marcas distintas, mas mais importante que é isso, é que estão disponíveis mais de 700 referências de pneus, tanto de carros clássicos como de motos clássicas.

AUTOMÓVEIS E MOTOSPara veículos automóveis clássicos esta empresa disponibiliza um leque de referências que vão desde a jante 10’’ (muito usada nos Minis) até à jante 23’’, não sendo também descurados os pneus milimétricos. “A gama abrange um leque alargado de pneus de faixa branca”, realça o mesmo responsável. Para além dos pneus para o “dia-a-dia” de um clássico mais tradicional, através deste site pode-se ter acesso também aos chamados pneus “Road Legal Race”, que são no fundo pneus de competição homologados para uso diário, normalmente muito usados em competições de veículos clássicos que circulam na via pública. Os pneus “Road Legal Race” podem ser encontrados no separador “Competição” do site www.pneusclassicos.com onde também se encontram os verdadeiros pneus de competição.

O crescente interesse pela temática dos veículos clássicos, bem como o aumento do número de eventos associados a este tipo de carros, foram apenas algumas razões que levaram ao aparecimento de um site exclusivo de venda de pneus para este segmento de mercado. TEXTO PAULO HOMEM

Para viaturas de duas rodas existe também uma abrangente gama, que vai da jante 8’’ à 23’’. Pode encontrar-se ainda neste site as câmaras de ar e flaps na área “diversos’’.“Caso o cliente não encontre o pneu pretendido, pode enviar um email, que tudo faremos para o poder satisfazer”, afirma Filipe Teixeira.Depois de escolhido o pneu pretendido neste site (bem como das quantidades), os clientes podem efetuar o pagamento através de transferência bancária ou por referência multibanco. Após a receção do pagamento, a empresa compromete-se a colocar a encomenda na morada indicada pelo cliente num prazo que pode variar entre os 3 e os 12 dias. Refira-se que todas as encomendas têm um custo de transporte de 10 euros “seja ela de 1 ou de 10 pneus” garante o responsável do site.Com esta aposta, os amantes dos mais variados tipos de viaturas clássicas ficam com um site de referência para aquisição de pneus.

CONTACTOSPNEUS CLÁSSICOSRESPONSÁVEL: FILIPE TEIXEIRATELEFONE: 932 845 513E.MAIL: [email protected]: www.pneusclassicos.com

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LUIS HERNÁNDEZ.“OS CLIENTES TÊM-SE VOLTADO PARA A COMPRA INTELIGENTE”O diretor comercial e de marketing da Kumho Tyre para Espanha e Portugal e o gerente da Aguesport fazem um balanço do que tem sido a ligação entre a marca coreana e o seu importador nacional. A TURBO OFICINA PNEUS aproveitou ainda para tentar saber se o futuro próximo revela algumas novidades. TEXTO JOSÉ MACÁRIO

Foi por ocasião da visita de Luis Hernández à Expomecânica que a TURBO OFICINA PNEUS aproveitou para conversar com o diretor comercial e de marketing da

Kumho para Portugal e Espanha. Connosco sentou-se ainda Pedro Conceição, gerente da Aguesport, empresa de Águeda que, há cerca de ano e meio, firmou com esta marca coreana um acordo para a importação exclusiva para o mercado luso da oferta de ligeiros. A conversa fluiu em torno do balanço que cada um dos intervenientes faz desta parceria e de qual a estratégia da Kumho para Portugal, mas ainda houve tempo para saber as novidades que podemos esperar da marca coreana.

Como caracteriza a parceria com a Aguesport?Luis Hernández (LH)- É uma parceria com um âmbito mais alargado, pois este projeto não é apenas de importação de pneus. A Aguesport desenvolveu, ao longo destes 18 meses, um projeto de retalho e está a trabalhar para criar uma rede de oficinas fiéis ao projeto Kumho. Este projeto está sempre em evolução, vai tomando corpo e já temos uma carteira de clientes considerável, por isso o nosso foco

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“SENTIMO-NOS SATISFEITOS COM O ACORDO ENTRE AGUESPORT E A KUMHO”

Falando em futuro, o que nos reserva a Kumho para o futuro?LH- A Kumho tem uma estratégia de penetração no mercado europeu que passa por três vertentes. Por um lado a aposta no equipamento original, tendo nos últimos anos conseguido marcas como Mercedes, BMW, Volkswagen, Ford ou Renault. A segunda vertente é a comunicação, que está intimamente ligada ao futebol, podendo ser dados como exemplos a publicidade nos estádios espanhóis ou o patrocínio ao Benfica. A terceira vertente desta estratégia, que tardará pouco tempo, será iniciar a produção na Europa. Estamos a terminar o projeto que temos em mãos nos Estados Unidos e devemos abrir a unidade de produção da Geórgia durante este ano ou no início de 2016. Assim que esse projeto estiver terminado iniciaremos o processo de criar uma fábrica na Europa.

Já escolheram onde ficará essa fábrica?LH- Ainda não temos um local definido. Sabemos que o futuro do grupo passa por produzir localmente se queremos ser um player europeu e estamos decididos a dar esse passo, mas ainda não escolhemos onde ficará a fábrica.

Esta vinda para a Europa tem que ver com o aumento da qualidade percebida pelos consumidores?LH- Estamos cientes da lenda que diz que os fabricantes “amarelos” não têm a qualidade em grande conta, mas não nos podemos esquecer de que a Coreia é a sede de grandes empresas tecnológicas, como a Samsung ou a Daewoo, e foi aqui que pela primeira vez foi lançada a garantia de sete anos, não como ferramenta de marketing, mas como aval da qualidade dos seus produtos. Por isso, nós não vimos para a Europa por causa da qualidade, essa já a temos. Vimos para a Europa porque queremos desenvolver a nossa posição no mercado e queremos desenvolver pneus para primeiro equipamento e isso obriga-nos a estar presentes. Há mais de dois anos que desenvolvemos o nosso centro de pesquisa, na Alemanha, precisamente porque precisamos de estar mais próximos dos centros de desenvolvimento dos construtores de veículos.

Com toda esta aposta no mercado europeu, podemos esperar alguma novidade mais em linha com as

necessidades dos consumidores europeus?LH- Nós já não fabricamos ou desenhamos pneus na Coreia para a Coreia. Hoje em dia, quando desenvolvemos um pneu é já com o mercado internacional em mente. Temos alguns requisitos dos departamentos técnicos e de marketing coreanos, que nos pedem opinião para abordar o desenho de um determinado piso, mas estas informações não são para segmentar o produto, antes para que ele seja versátil o suficiente para todos os países.Mas dito isto, existindo a necessidade de um produto específico, porque não fazê-lo? Aliás, nós estamos já na segunda geração de pneus all season quando toda a gente está a lançar agora este tipo de propostas…

Depois de falarmos tanto de Europa, a pergunta impõe-se: como vê o mercado europeu e, mais precisamente, o português ou ibérico?LH- Atualmente o mercado é complicado e está em mutação. Evidentemente que o mercado da Península Ibérica, com a crise que se iniciou em 2007, se alterou e, no caso dos ligeiros, perdeu cerca de dois milhões de pneus. Nos pesados a quebra foi de 50% face aos 1,205 milhões de pneus vendidos em 2007. Também é verdade que a crise trouxe consigo muitas marcas budget e superbudget com a promessa de um preço muito competitivo, mas com uma qualidade ajustada ao preço. Os clientes deram conta de que esta compra era pouco inteligente e têm-se voltado para uma compra mais inteligente, que será o futuro do mercado, realçando a relação preço/qualidade. Na Kumho apostamos muito nesta relação, oferecendo um produto Premium a um preço Quality, estratégia que, até agora, parece ser uma aposta ganhadora.Quanto a Portugal, os dados do arranque

agora é na campanha de imagem e na criação de um programa de fidelização. Quanto ao futuro, ainda está tudo por fazer, este projeto está numa fase embrionária, temos muita vontade de vencer, apesar de este mercado ser complicado. No entanto, ao pensarmos a nossa rede própria de retalho, não enjeitamos uma eventual parceria com outras redes de retalho, pois pretendemos ter uma cobertura total do país.

Esta nova rede ficará cingida às casas de pneus ou poderão “abrir a porta” às oficinas?Pedro Conceição (PC)- Esta rede é dirigida ao especialista, apesar de atualmente o especialista tradicional estar a deixar de o ser e a começar a enveredar pela parte da mecânica, nomeadamente no que respeita a serviços rápidos. Mas nós estamos a focar-nos nos especialistas em pneus e em algumas redes que existem no mercado e em redes com as quais temos acordo, como, por exemplo, a Euromaster. Com as restantes estamos a trabalhar no sentido de criar acordos. Mas o primeiro passo será sempre com o especialista, para criar uma rede que nos dê garantias de futuro.

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do ano não são dos melhores, tal como em Espanha, ou seja, existe alguma incerteza quando ao que serão os próximos meses. No ano passado, a primeira metade do ano correu mal e a segunda foi boa, por isso, estes primeiros dados não querem dizer que o saldo final será mau. Vamos continuar a batalhar, estamos focados no preço e na redução de margens para conseguir ultrapassar este período mais difícil.

E a Aguesport, como tem visto o desenvolvimento do mercado nacional e a mudança do paradigma do consumidor?PC- O mercado português sofreu alterações muito grandes nos últimos anos. Começou pela entrada dos distribuidores no mercado e pela mudança da imagem que o mercado tinha deles, pela mudança do foco das marcas no desenvolvimento das suas redes de retalho e pela entrada de algumas marcas, nomeadamente a Kumho, para preencher o espaço. Durante esse tempo o mercado encolheu e a pressão, neste momento é preço, com as margens a cair. É muito difícil que as marcas consigam ter margem para ter outro tipo de ajuda ao posto. O nosso mercado está muito maduro e creio que nos próximos dois anos vamos assistir a uma mudança radical no nosso mercado. A Aguesport, com a Kumho, pretende apostar na criação de um conjunto

de clientes que nos permitam ter uma base de trabalho. Quanto aos dados da Europool, são completamente errados para Portugal. Não faz sentido anunciarem crescimentos de 27% quando o mercado está em queda abrupta e, na minha opinião, as marcas Premium estão a perder terreno para algumas marcas do segmento Quality. Os clientes estão a aperceber-se de que não vale a pena pagar mais por um produto quando existem outros com qualidades semelhantes e preço mais baixo. As próprias oficinas percebem que podem tirar maior rentabilidade destes produtos, vendendo-os um pouco mais caros. As pessoas têm de ser inteligentes e isso é que vai mudar o mercado. A maneira como o retalho enfrenta o cliente final e argumenta para vender o seu produto e a maneira como gerem as suas oficinas. Mas há que ter muito cuidado, pois o mercado está muito instável.

Qual o balanço que fazem da parceria entre a Aguesport e a Kumho?LH- Creio que a análise é simples. Todos os dias nos sentimos mais satisfeitos com o acordo entre a Aguesport e a Kumho. Ambas as empresas têm crescido diariamente e temos conseguido encontrar elementos para ir firmando o projeto no mercado. Para nós

é um acordo muito satisfatório e estamos a trabalhar no sentido de o fazer crescer, pois achamos que este é o distribuidor de que a Kumho necessita, assim como nós somos a marca de que a Aguesport necessita, com a sua experiência no mercado de pneus. Temos espaço para crescer e juntos vamos ainda celebrar grandes êxitos.PC- A intenção da Aguesport nunca foi o imediato e quando começámos este projeto percebemos que, para ter futuro, tínhamos de ter uma marca que tivesse um nome suficientemente forte para ser “a cara” deste nosso projeto de distribuição. O acordo com a Kumho foi sempre com uma perspetiva de futuro, pois no imediato é fácil vender, apostando no preço. Mas nós queremos fugir a isso. Tendo em conta as condicionantes do mercado, sempre expusemos à Kumho as nossas dificuldades e a marca sempre nos apoiou em tudo o que pretendíamos. Este projeto tem tudo para dar certo.

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CONTACTOSAGUESPORTGERENTE: PEDRO CONCEIÇÃOTELEFONE: 234 690 310 E.MAIL: [email protected]: www.aguesport.com

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ANGELO NORONHA - GRUPO ATG. “HÁ MUITO POTENCIAL EM PORTUGAL”

Apresença dos pneus Alliance e Galaxy na recente Ovibeja, em que a ATG esteve a acompanhar os seus

distribuidores portugueses (Distrityres e Dispnal Pneus), foi o mote para esta entrevista que Angelo Noronha, Diretor de Vendas e Marketing Aftermarket Europa da ATG, deu à TURBO OFICINA PNEUS sobre o negócio desta empresa global de pneus.

Qual é a estratégia da ATG para o mercado europeu?Temos uma posição dominante no mercado de reposição, onde trabalhamos de perto com os nossos parceiros distribuidores em toda a Europa. Temos também uma forte presença no mercado OEM. Muitos nomes líderes na indústria de máquinas agrícolas usam os nossos produtos como equipamento original. Estamos a trabalhar continuamente

para desenvolver a nossa presença em outros construtores em toda a Europa. Os nossos distribuidores também vendem uma grande quantidade dos nossos pneus a fabricantes de implementos agrícolas em toda a Europa.

Quais são as marcas que a ATG comercializa? Estão presentes no primeiro equipamento?Alliance, Galaxy e Primex são marcas detidas pela ATG. Ambas as marcas Alliance e Galaxy são populares na Europa graças ao trabalho com OEMs nas máquinas para a agricultura, floresta e construção.

Para que segmentos estão orientadas estas marcas?A ATG é especializada em pneus fora de estrada (OHT) e tem por objetivo servir as necessidades da agricultura, silvicultura,

construção e das indústrias conexas. Existem mais de 2.600 referências ativas para diversos segmentos e necessidades.

Como é que está representada a ATG em Portugal?A ATG tem dois distribuidores para Portugal. Distrityres (João Serras), com sede em Mação, que trabalha a marca Alliance enquanto a Dispnal Pneus, com sede em Penafiel, representa a marca Galaxy no mercado português.

Qual é a estratégia para cada marca e para os distribuidores de cada um?A Alliance é especializada em pneus Agricultura, agro-florestais e de transporte. A Galaxy responde a setores predominantemente industriais e de construção.

O Grupo Alliance Tire (ATG) comercializa em Portugal, através de dois grossistas, os pneus da Alliance e da Galaxy, duas marcas com forte orientação para os setores agrícola, florestal, industrial e OTR. A TURBO OFICINA PNEUS foi conhecer um pouco da estratégia desta empresa para Portugal. TEXTO PAULO HOMEM

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Que tipo de apoio local (humanos e materiais) têm para estes distribuidores?Além de pessoal dedicado de vendas a partir da ATG e a equipa de vendas do nosso Distribuidor, a ATG tem também um coordenador de campo em permanência na região Ibéria, com sede em Madrid, que lida com todas as necessidades técnicas dos mercados de Portugal e Espanha.

Que tipo de suporte técnico é feito pela ATG em Portugal? Estão a desenvolver um trabalho em conjunto com os agricultores?Os distribuidores ATG e os engenheiros realizam regularmente workshops sobre produtos e formação técnica para os revendedores, agricultores e utilizadores finais. Este apoio é estruturado para ajudar os nossos clientes e clientes finais a familiarizarem-se com os nossos diversos produtos para a sua aplicação mais adequada.

Estão à procura de novos distribuidores?A ATG não está à procura de qualquer novo distribuidor em Portugal, por enquanto.

Qual é a vossa opinião sobre o mercado de pneus agro na Europa?Vemos três grandes tendências no segmento agrícola. Em primeiro lugar, o mercado de pneus agricultura reflete claramente o grande aumento na procura e no aumento da produção agrícola. Com os terrenos a serem quase os mesmos dedicados a este setor, os novos métodos agrícolas tornaram a agricultura mais intensa. Isto levou à introdução de tratores de elevadas performances, pulverizadores de grande capacidade e também o aumento significativo nos complementos para o agro-transporte, como reboques e vagões. Essa tendência é clara para a ATG, uma vez que os nossos pneus de grande volume são destinados a tratores grandes e de alta performance usados nas colheitas, sendo projetados para maximizar a produção.Também a compactação do solo é motivo de preocupação para a agricultura. Vemos o aumento do uso de pneus de grandes volumes desde que as máquinas agrícolas mais usadas estão a tornar-se cada vez maiores, mais potentes e com uma capacidade de carga muito mais elevada. Para combater os efeitos da compactação do solo, os pneus IF e VF são também cada vez mais reconhecidos pelos mais importantes construtores de máquinas

GALAXY E ALLIANCE NA OVIBEJAA ATG Tire esteve a acompanhar na Ovibeja, certame que se realizou no Alentejo (em Beja) no passado mês de maio, os seus dois distribuidores portugueses.Por um lado esteve a Dispnal Pneus, que aproveitou a sua presença neste certame para mostrar, entre outros, os pneus Galaxy. A empresa de Penafiel não tinha nenhuma novidade absoluta mas destacou a gama de pneus para utilizações agro florestais, embora seja uma marca mais virada para os pneus dos setores industriais e da construção.Também presente nesta feira esteve a Distrityres. A empresa de Mação representa a Alliance há mais de um ano em Portugal, retomando a distribuição desta marca no nosso país. Como importador exclusivo, a Distrityres apostou forte nesta feira para dinamizar o negócio de pneus florestais e agrícolas da Alliance, mostrando grande parte da gama disponível.Qualquer destes grossistas possui uma enorme oferta em termos de stock, disponibilizando um serviço de entregas diário, como também um serviço técnico que acompanhamento aos clientes finais através de técnicos especializados que trabalham especificamente para o mercado ibérico.

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CONTACTOSATGFIELD ENGINEER ESPANHA/PORTUGAL: FILIPE BRITOVENDAS E MARKETING AFTERMARKET EUROPA: ANGELO NORONHATELEFONE: +34 628453521E.MAIL: [email protected]: www.atgtire.com

“O MERCADO DE PNEUS AGRÍCOLAS REFLETE CLARAMENTE O GRANDE AUMENTO NA PROCURA E O AUMENTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA.”

e também pela comunidade agrícola. Os pulverizadores já começaram a usar pneus de classificação de velocidade D. Os pneus de alta velocidade IF e VF são soluções ideais para este tipo de máquinas. Esta é uma tendência que vai continuar e vão ser fornecidas cada vez mais soluções adequadas em termos de pneus com tecnologia avançada IF e VF.A otimização do agro-transporte é a terceira tendência que vemos no mercado. Para aumentar a rápida reviravolta nos transportes, um número crescente de comunidades agrícolas estão a virar-se para os camiões com pneus radiais de flutuação. Assim, o veículo pode ser usado no campo e na estrada. A nossa gama de pneus MPT, projetados para velocidades altas, bem como flutuação superior e elevado desempenho nos campos, são as soluções.A ATG está virada para responder a todos estes requisitos. No seu portfólio a ATG tem pneus de grande volume, pneus IF e VF para tratores, máquinas de colheita e pulverizadores autónomos.

Qual é a vossa opinião sobre o mercado de pneus agro em Portugal?Vemos o mercado do pneu agrícola em Portugal como um todo e vemos um grande potencial. Além de consumo local, Portugal também tem um negócio de exportação com um volume considerável de complementos agrícolas e máquinas agrícolas para países fora de Portugal, algo que nos traz também mais potencial de negócio.

Vão lançar novos produtos no mercado?A ATG lança regularmente novos produtos e expande o seu portfólio de produtos existentes. Portugal, como qualquer outro mercado europeu, está a beneficiar disso. Recentemente, desenvolvemos alguns líderes de mercado, como os 380VF e 24R20.5 tanto para 392 como para 390. Da mesma forma, para sustentar a nossa liderança em flutuação e na categoria de agro-transporte estamos a desenvolver uma gama robusta de 885 Steel tanto nos tamanhos 22,5 como 26,5 polegadas. Também estamos a atualizar o nosso portfólio IF / VF com novos tamanhos em designs populares como 372, 354 e 363. Continuamos a obter uma resposta muito boa para a nossa gama de relvado e jardim no Galaxy com o aumento da popularidade do desing Garden-Pro.Nos últimos meses introduzimos também novos tamanhos nos 354 AGRILFEX, 372 agriflex com o uso das tecnologias IF / VF.

BREVE HISTÓRIA DA ATGO Grupo Alliance Tire é líder no desenvolvimento, produção e venda de pneus agrícolas, florestais, industriais e OTR. Fazem parte do grupo três reconhecidas marcas – Alliance, Galaxy e Primex. Nomes conhecidos no mercado dos pneus especiais em várias partes do mundo que se juntaram sob a alçada do Grupo ATG, de forma faseada, desde 2007. A Alliance foi a primeira marca a ser absorvida pela ATG logo no início de 2007, seguida pela Galaxy e Primex no ano de 2009. O Grupo está ativamente presente em mais de 120 países em seis continentes, tendo alcançado um volume de negócios global de mais de 550 milhões de dólares em 2014.O Grupo foi fundado e desenvolvido por Ashok Mahansaria e Yogesh Mahansaria, que estão entre os nomes mais conhecidos dos pneus fora de estrada, com o apoio do Warburg Pincus LLC, a empresa americana de investimentos privados avaliada em 35 mil milhões de euros. Atualmente, o Grupo é apoiado pela Kohlberg Kravis Roberts & Co (KKR), uma empresa de capital privado multinacional sediada em Nova Iorque.Fábricas ATGA ATG tem três instalações de produção, o que inclui a base de produção de alta tecnologia em Israel. Esta fábrica é complementada por duas fábricas na Índia: a primeira está localizada em Tirunelveli, no sul da Índia. A segunda fábrica foi criada em Dahej, Gujarat (oeste da Índia). A sua propagação por uma área de 115 hectares, com espaço suficiente para uma futura expansão, a fábrica, quando estiver totalmente concluída no início de 2016, representa um investimento de 150 milhões de dólares e uma capacidade de 54 mil toneladas de produção por ano. O Grupo ATG tem ainda centros de pesquisa e desenvolvimento situados em Israel, Estados Unidos, Índia e África do Sul, capazes de empregar os melhores especialistas e produzir produtos de classe mundial. Além disso, estas localizações estratégicas permitem estar mais perto de importantes mercados regionais para o Grupo, fornecendo soluções específicas. Esta política tem ajudado a marca a tornar-se a escolha preferida em todo o mundo.

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CONFORTAUTO. “TENHO ORGULHO NA EVOLUÇÃO DA NOSSA REDE”

AConfortauto é uma rede ibérica de oficinas com 19 anos de existência. Em Portugal opera desde 2007 sob

a chancela da Tirso Pneus, parte integrante do Grupo Soledad, o detentor da insígnia Confortauto para a Península Ibérica. Em maio de 2011 foi estabelecida uma parceria estratégica com o fabricante de pneus Hankook, por via do projeto Hankook Masters. A TURBO OFICINA PNEUS falou com José Coelho, Coordenador da Confortauto em Portugal, para conhecer melhor os projetos desta rede.

Qual a “fotografia” da rede Confortauto neste momento?A rede Confortauto nasceu em Espanha, onde o conceito está perfeitamente testado,

e em Portugal conta com mais de 80 centros, distribuídos por Continente e Ilhas. O conceito parte da associação Confortauto, que agora, com a parceria estratégica com a Hankook Masters, da marca coreana de pneus Hankook, se funde com o Grupo Soledad. Apesar desta parceria, a Confortauto é uma rede multimarca, que comercializa várias marcas de pneus, de todos os segmentos. Esta rede acrescenta valor, não só ao retalhista, mas também ao cliente final. É muito importante que o associado Confortauto tenha rotatividade de stock e mantenha o foco na fidelização dos seus clientes.

Como é que têm ajudado o retalho a potenciar essa rotatividade?

O valor acrescentado que damos aos nossos associados baseia-se num quadro de formação anual, onde cobrimos uma alargada gama de especialidades técnicas (pneus, mecânica, atendimento, vendas, etc.) e que estes veem como uma oportunidade de evolução. Do ponto de vista comercial, para além das ferramentas online (B2B, B2C, Intranet), temos um acompanhamento personalizado no terreno. Os associados Confortauto possuem um serviço que ultrapassa na totalidade o papel de Fornecedor. Somos parceiros de negócio. Para além de prémios inerentes à performance de cada um dos parceiros, fazemos consultoria gratuita, apoiamos campanhas individuais e temos sempre em mente a evolução e a rentabilidade do centro.

Com o foco na harmonização de processos e da qualidade em toda a rede, José Coelho, coordenador da rede Confortauto em Portugal, aponta o apoio à rentabilidade dos associados e a fidelização do cliente final como objetivos para o crescimento, mas não esquece as frotas, segmento onde a Corfortauto quer continuar a estar. TEXTO JOSÉ MACÁRIO FOTOS JOSÉ BISPO

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Esse apoio é necessário porque nem todos estão preparados?Eles estão preparados para o seu negócio. Têm grande domínio na parte técnica do produto porque são especialistas de pneus e fazem uma gestão muito vincada na parte relacional com os seus clientes. Por outro lado, nós apoiamos em tudo o que eles necessitem, quer ao nivel mais operacional quer estratégico.

E do ponto de vista do cliente final?Do ponto de vista do cliente final estamos a trabalhar numa app que alerta o cliente de acordo com o plano de manutenção estipulado pelo fabricante e também o avisa de quando tem de renovar o seguro ou ir com o veículo à inspeção, por exemplo. Como resultado, além de criar valor acrescentado ao cliente final, potenciamos o negócio do associado, pois esta app coloca-os em contacto direto. Além disso, fazemos regularmente campanhas comuns a toda a rede no sentido de dinamizar a venda. Nestas, o valor da promoção é suportado por nós e nunca pelo associado para que este mantenha a sua margem comercial.

Todas estas ações têm como objetivo fidelizar o cliente final ao vosso associado?Sim. Nós temos uma relação priveligiada com os nossos associados, mas também queremos ter com quem os faz crescer. Temos a

obrigação de os ajudar nesse sentido, inclusive dando mais visibilidade à nossa marca, para que o cliente final consiga perceber o valor da nossa rede e procure um centro Confortauto quando necessita de alguma intervenção no seu veículo.

É vossa intenção fazer crescer a rede em serviços para além dos pneus? Já há muitos associados que podem realizar outros serviços?Sim, quase 100% da nossa rede realiza mecânica rápida e temos muitos centros que fazem mecânica pesada. O caminho é esse, os centros têm de evoluir para empresas de serviços integrados, não apenas de pneus.

Sendo fundamental que os centros tenham todos a mesma imagem, os que compõem a rede estão já todos identificados?O nosso objetivo é harmonizar a comunicação dos centros. Neste sentido, toda a nossa rede está devidamente identificada. De resto, temos um padrão de qualidade standard, auditado por nós e pela Hankook. Fazemos duas auditorias por ano a cada centro e o auditor da Hankook realiza uma terceira, sempre com o objetivo de assegurar que o cliente final tenha a mesma qualidade de serviço em qualquer um dos centros que visite.Portanto, para além da standardização da imagem corporativa, é fundamental a harmonização da qualidade prestada e percebida.

Qual o objetivo concreto dessas auditorias?A rede Confortauto Hankook Master tem definidos critérios de qualidade, de organização da empresa, de organização do espaço, da imagem dos colaboradores e da sua relação com os clientes, de evolução do negócio e mesmo até do pós-venda. As auditorias são rigorosas e servem para ver se estas normas são cumpridas. Naturalmente

CONTACTOSCONFORTAUTOCOORDENADOR CONFORTAUTO PORTUGAL: JOSÉ COELHOTELEFONE: 229 699 480E-MAIL: [email protected]: www.confortauto.pt

“OS CENTROS TÊM DE EVOLUIR PARA EMPRESAS DE SERVIÇOS INTEGRADOS, NÃO APENAS DE PNEUS”

que não entramos em detalhes financeiros, pois os associados são independentes, mas escrutinamos todos os processos internos e externos e todos têm de passar na auditoria.

Há objetivos quantitativos para aumentar a rede em Portugal ou estão mais interessados em consolidar a vossa posição?Ambos os aspetos são importantes. Temos de tratar bem os que estão e colocá-los no patamar que merecem estar. Os que já estão nesse patamar têm de ser mantidos lá. O desafiante é ver o crescimento em cada um dos nossos associados e temos um orgulho muito grande na evolução que tem acontecido na nossa rede. Ao mesmo tempo, interessa captar novos centros, mas de uma forma equilibrada e sustentável.

A Confortauto utiliza há algum tempo produtos de marca própria na rede. Qual a evolução esperada para esses produtos?Os centros Confortauto trabalham com produtos de marca própria há muitos anos e temos um leque alargado de produtos que podem satisfazer as necessidades do nosso cliente e do cliente final. Esta gama tem vindo a desenvolver-se, temos vindo a trabalhar a qualidade dos nossos produtos e estamos no bom caminho neste aspeto. Para este ano estabelecemos uma estratégia de crescimento nesta gama de produtos e até ao final do ano haverá novidades.

Os frotistas são um cliente-alvo que vos interessa? Claro que sim. Nós temos diversos clientes frotistas. A nossa rede dá apoio a empresas de frotas e de renting a nivel nacional e internacional. Para além disso, através do Truck Service, garantimos assistência a veículos pesados a qualquer hora, quer seja em Portugal ou no estrangeiro.Queremos manter este segmento de negócio porque sabemos que temos todas as condições para oferecer um serviço integralmente ajustado e de valor através da rede Confortauto Hankook Masters.

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JANTEC.“CADA VEZ MAIS O TRABALHO ESPECIALIZADO É PREFERIDO”Quatro anos depois de fundar a Jantec, Carlos Antunes dá-nos a conhecer alguns pormenores desta atividade, fala dos pilares do seu negócio e aponta caminhos para o futuro do setor. TEXTO JOSÉ MACÁRIO FOTOS JOSÉ BISPO

AJantec foi fundada em 2011, nascendo a partir de uma empresa já existente, a BJS. Carlos Antunes, o fundador da Jantec – que opera na área

do desempeno, reparação, reconstrução e personalização de jantes – começou a sua carreira exatamente na BJS em 2005, até que teve oportunidade de ficar com esta empresa, relançando-a com o nome Jantec ao cabo de seis meses de trabalho ainda com a denominação antiga.No início, Carlos trabalhava apenas durante a noite, contando com a colaboração de dois empregados, mas o negócio cresceu e são agora 18 as pessoas empregadas por esta empresa

sediada em Torres Vedras, localização pouco habitual para uma empresa de reparação de jantes.

A reparação de jantes é praticamente um exclusivo da zona Norte do país, nomeadamente Braga. Porquê trazer uma empresa deste género tão para sul?Como já tínhamos criada a infraestrutura aqui, ficámos, mas reconheço a mais-valia estratégica que advém desta localização. A proximidade da região da Grande Lisboa é um fator importante, bem como o fácil acesso à zona norte, ao Carregado… enfim, estamos num ponto onde facilmente vamos para qualquer lado, até porque estamos mesmo

junto à autoestrada. Por isso investimos na recuperação e expansão das infraestruturas para albergar o aumento do nosso trabalho. Com o dinheiro que gastei poderia ter-me mudado para outro lado, mas quero manter--me fiel nesta região, que me dá as condições ideais para fazer crescer o meu negócio.

Quem são os seus maiores clientes? As casas de pneus?O maior fluxo de trabalho vem sempre das casas de pneus, que é onde os clientes recorrem quando precisam de reparar ou recondicionar as suas jantes. Aliás, o objetivo da empresa é trabalhar para profissionais, mas se aparecer alguém não se enjeita o serviço.

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Se falarmos em serviços de reconstrução são as oficinas, nomeadamente de bate-chapas, que nos enviam material, mas nem sempre um carro acidentado tem jantes para reparar. Trabalhamos muito com concessionários de marca, também. O importante na nossa carteira de clientes é que ela não flutua muito, ou seja, quando experimentam o serviço da Jantec, os clientes não trocam com facilidade.

E porque é que acha que isso acontece? O que é que vos diferencia da concorrência?Para se conseguir vender qualquer coisa – seja reparação de jantes ou outra coisa qualquer – existem três fatores muito importantes: preço, qualidade e rapidez do serviço. Em termos de preço e de qualidade, nós aprendemos com os melhores, a nossa escola é a mesma. Agora os clientes já não precisam de ir ao Norte para fazer o serviço com essa qualidade… A localização volta a ser um fator crucial: a minha zona de ação é entre Almada, Montijo (entre outros), até Santarém, passando pelas Caldas da Rainha, Lisboa, Cascais e Carregado. O terceiro fator é a rapidez, e como fazemos o serviço durante a noite, conseguimos uma rapidez de entregas excecional.

Quanto tempo demora o processo? E o que acontece?A larga maioria dos serviços, desde a recolha até à entrega, demora menos de 24 horas. Temos serviços que demoram menos tempo e outros que demoram mais, depende da complexidade do serviço e da hora em que é feita a recolha e a entrega. Mas dentro da fábrica nunca está mais do que oito horas durante a noite.Quanto ao processo, varia muito de caso para caso. No caso do mais comum, a desempenagem e pintura, começamos com a avaliação e orçamentação. Segue-se a decapagem, para retirar tudo o que existe na jante – tinta, autocolantes, parafusos, pesos e válvulas, etc.Depois desempenamos e preparamos a jante para a lacagem, a pintura com pó eletroestático e cozedura a altas temperaturas. De seguida, assumindo que não foi preciso pintar de uma nova cor, envernizamo-la, embalamos e está pronta.

Falou de retirar todos os componentes presentes na jante. Como lidam com os sensores de pressão dos pneus?Nós tentamos não lidar com estes sistemas. Tiramos as válvulas quando o cliente se esquece de o fazer, mas pedimos sempre para o fazer; é uma forma de nos protegermos contra eventuais danos. Acontece muitas vezes o

sensor partir-se independentemente de termos formação para lidar com ele e de estarmos a usar a ferramenta apropriada, por isso optámos por deixar de o fazer.

Quantas jantes reparam por mês?Nós reparamos, em média, cerca de 1800 jantes por mês, de todos os tipos de material: ferro, liga, alumínio… Este valor flutua muito, mas contamos com um ritmo de cerca 80 a 90 jantes todas as noites, chegando mesmo a atingir as 130, altura em que temos de deixar algumas para durante o dia, pois as encomendas são muito superiores à nossa capacidade.

Como se processa a entrega/recolha? Os vendedores tentam realizar tudo de uma só passagem, até para otimizarmos os custos e a rapidez do processo, mas por vezes não é possível. Imagine que às cinco da tarde aparece um cliente com um serviço. Se for perto do local de um dos meus vendedores, não nos coibimos de passar uma segunda vez no mesmo local para garantir que o cliente fica satisfeito.

Qual o preço médio de uma reparação na Jantec?Um profissional que queira trabalhar com a Jantec pode contar com preços a partir dos €17,50 até perto de €50, mas é claro que tudo vai depender do tamanho da jante e do serviço a ser efetuado, sendo estes valores apenas indicativos para um serviço mais comum. O resto flutua muito, dependendo até de se é uma jante de ligeiro ou de moto…

A Jantec não trabalha com pesados? Porquê?Não, habitualmente não lidamos com jantes de pesados pelo espaço que estas ocupam e pela maneira de ser manuseadas. Mas já fizemos alguns serviços com jantes de pesados, mas são precisos outro tipos de ferramentas, que custam muito dinheiro e ainda não justificam

o investimento. Nós somos uma empresa ainda jovem e não temos capacidade para realizar, para já esse tipo de investimentos.

E podemos contar com uma Jantec virada para os pesados no futuro?A resposta que eu gostaria de lhe dar é de que sim, mas o meu crescimento não deverá ser por aí. É um setor muito complicado, onde as empresas têm alguns vícios que se criaram e não é por aí que eu quero ir.

Então por onde quer ir? Quais as suas perspetivas para o futuro?A crise ainda está muito presente, por isso estou algo apreensivo quanto ao futuro. É possível que o mercado se mantenha baixo, mas a isso já estamos habituados. A Jantec surgiu num momento de crise – se calhar quando a crise estava mais acentuada – e o nosso crescimento tem sido notável, embora agora estejamos a entrar numa fase de manutenção. Os meus planos são, claro, fazer crescer esta empresa. Temos clientes suficientes e capacidade para o fazer. Mas com cautela: pretendo que a Jantec cresça de forma orgânica e não depressa demais, sem entrar em grandes loucuras.

E como vê o mercado atualmente?Apesar de ainda existirem muitas pessoas que, à boa maneira portuguesa vão “dando um jeito”, as empresas começam a preferir um trabalho de qualidade. Cada vez mais o trabalho especializado é preferido e esse é o caminho a seguir: a aposta na qualidade é o que fará as empresas atravessarem com sucesso este período mais conturbado.

CONTACTOSADMINISTRADOR CARLOS ANTUNESTELEFONE 261 312 151E-MAIL [email protected] www.jantec.pt

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NN O T Í C I A S D O S E T O R

WESTLAKE. REDE IBÉRICA DE RETALHISTAS

TAURUS. PÁGINA WEB RENOVADA

AZenises anunciou recentemente a criação de uma rede ibérica de retalhistas para

a Westlake. Parte integrante da crescente presença da Westlake no mercado ibérico, esta nova rede deverá contar com 100 membros até ao final de 2017 e terá como base os atuais distribuidores da marca nos dois países, devendo a cooperação estreitar-se.Jorge Crespo, diretor-geral da Zenises

ATaurus, marca húngara de pneus de camião, lançou a sua nova página web –

em www.taurus-tyres.com/es – com a qual quer potencializar a sua presença na Internet. A revisão operada deu a este portal um aspeto mais moderno e intuitivo, que segue as diretrizes da sua identidade corporativa. Agora os clientes dispõem de toda a informação sobre a marca e seus produtos de forma mais simples. Além disso, a nova página foi desenhada para se ajustar a todos os dispositivos, tanto fixos como móveis, e tem uma navegação mais intuitiva e simples, tal como o é o acesso às gamas de pneus Taurus: Roads, On/Off e City. Além da imagem revista, o novo site da Taurus oferece agora um pesquisador para localizar o distribuidor mais próximo do visitante, com a opção de calcular o itinerário até ao endereço do fornecedor através do Via Michelin. Existem também conteúdos extra, como dados sobre o rendimento dos pneus e recomendações para os poder recauchutar e reesculturar. Além disso, a Taurus oferecerá aos seus clientes a possibilidade de desfrutar de promoções e benefícios especiais na Web.

GOODYEAR. NOVAMENTE NO CAMPEONATO EUROPEU DE PESADOSA Goodyear foi eleita pela FIA como

fornecedor único de pneus das dez provas do Campeonato Europeu de Provas de Pesados. Esta temporada, que se inicia no fim-de-semana de 25 e 26 de abril no Circuito da Comunitat Valenciana, em Espanha, será a 11.ª da marca como fornecedor de pneus. Os pneus Goodyear Truck Racing, na medida 315/70R22.5, foram os eleitos e serão disponibilizados pela TRO, organizadora do campeonato. Esta escolha acontece pelo facto de estes pneus terem sido criados, desenvolvidos e fabricados exclusivamente para conseguir o melhor rendimento possível a pesados de competição, que, com um peso de mais de cinco toneladas, conseguem atingir velocidades de até 160 km/h. “Estamos muito satisfeitos por ser o fornecedor de pneus para o Campeonato Europeu de Provas de Pesados atualmente e há já onze anos. O nosso compromisso com esta espetacular competição permite-nos demonstrar a qualidade dos nossos produtos

na Europa, comentou que a “Zenises compromete-se com a adição de valor e o nosso foco no desenvolvimento desta rede baseia-se no apoio do nosso recente crescimento. A Westlake tem uma história forte, tanto nos pneus para veículos de passageiros como para camiões e estamos ansiosos com a perspectiva de a partilhar com uma maior audiência no retalho”.

em geral, já que os pneus para provas são fabricados com carcaças semelhantes às dos nossos pneus de pesados para estrada”, declarou Benjamin Willot, diretor de marketing de pneus de pesados na Goodyear. “É o cenário perfeito para ilustrar o nosso poder inovador no desenvolvimento de pneus de pesados que podem enfrentar as condições desafiantes como as das estradas”.

CONTINENTAL. PEDRO TEIXEIRA É O NOVO DIRETOR-GERALAContinental anunciou a contratação de

Pedro Teixeira para o cargo de diretor- -geral da marca, sucedendo a José Luís de la Fuente à frente dos destinos da empresa, lugar que ocupará a partir do próximo dia 1 de julho. Depois de em 2012 ter integrado a rede de retalho da empresa em Espanha, a ContiTrade, na qualidade de diretor-geral, o português regressa a Portugal para assumir as rédeas da empresa, tendo como principal desafio o reforço da posição da marca no

Foi no Salão de Veículos Comerciais de Birmingham, no Reino Unido, que decorreu entre os passados dias 14 e 16

de abril, que a Michelin Solutions apresentou uma nova oferta de criação de valor para os transportadores.Denominada Effitires, representa um compromisso para reduzir o consumo de combustível e permite aos gestores de frotas dirigir a sua atividade com mais eficiência.Para o transportador, esta oferta consiste em exteriorizar o orçamento para pneus e beneficiar de um compromisso em poupança de combustível depois de realizar uma auditoria personalizada da sua frota e das suas condições operativas. O contrato Effitires baseia-se num preço por quilómetro (PPK) proposto ao transportador. Para poder aceder a este compromisso adicional da Michelin Solutions, o transportador deve equipar 70% da sua frota com uma instalação telemática e montar pneus Michelin de alta eficiência energética nos referidos veículos. No caso de não se obterem os lucros contratuais, a Michelin Solutions compromete-se a reembolsar proporcionalmente ao operador os lucros não realizados. Segundo Paul Davey, diretor comercial da Michelin Solutions para o Reino Unido e República da Irlanda, “a oferta Effitires permitirá também diminuir os tempos de manutenção das frotas”.

mercado, com uma aposta constante em novos negócios. “É um grande orgulho poder voltar a esta casa e continuar o excelente trabalho desenvolvido pelo José Luís, que nos permitiu alcançar o patamar mais alto no mercado português. É igualmente gratificante encontrar uma equipa forte, renovada e altamente motivada, que permitirá continuar o caminho de sucesso para a Continental Pneus”, afirma Pedro Teixeira.

MICHELIN. APRESENTADA SOLUÇÃO EFFITIRES PARA TRANSPORTADORES

GOODYEAR. FÁBRICA NO MÉXICO EM 2017?

São várias as agências noticiosas, incluindo a Reuters e o Wall Street Journal, que

apontam para que a Goodyear irá anunciar a construção de uma nova fábrica para servir o continente americano, que deverá ficar no estado mexicano de San Luis Potosi. O México estava na shortlist para a localização desta nova fábrica, a par de Brasil, Colômbia e EUA. O anúncio deverá ser feito numa cerimónia que juntará executivos da Goodyear

e o presidente do México, Enrique Peña Nieto.A marca havia anunciado em maio de 2014 que iria investir 500 milhões de dólares na construçãode uma unidade capaz de produzir seis milhões de pneus/ano, mas algunas agências noticiosas avançam com um investimento na ordem dos 550 milhões de dólares (cerca de 507 milhões de euros) para a criação desta unidade, que deverá começar a produzir em janeiro de 2017.

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PNEUS SUV. O QUE SÃO E O QUE VALEM

DD O S S I E R

A oferta de pneus para SUV tem vindo a crescer à medida que se populariza a oferta deste tipo de veículos. Mas o que tem o mercado para oferecer aos profissionais e porque devem eles aconselhar ao consumidor este tipo de pneus ao invés de pneus de turismo? TEXTO JOSÉ MACÁRIO

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Tudo terá começado com o GAZ-M20 Pobeda (“vitória”, em Russo), o primeiro veículo de passageiros que podia ser

utilizado em percursos fora de estrada, criado na União Soviética do pós-guerra, em 1946, e produzido até a 1958. Nascia, pela mão de Stalin, ou pelo menos assim dizem os russos, o primeiro SUV, acrónimo de Sport Utility Vehicle, ou seja, um veículo que permitia o transporte confortável de pessoas e bagagem tanto em estrada como fora dela.De lá até agora muito se alterou no conceito SUV, que tem ganho nos últimos anos

muito protagonismo. Em 2013, no mercado nacional, as vendas de SUV equivaliam já a 10,2% do total do mercado, uma subida de 1% face ao registado durante 2012. E com este crescimento, as vendas de pneus específicos para este tipo de propostas também cresceu. Em 2014, o mercado de pneus cresceu 7,6%, ao passo que o segmento 4x4 (que engloba os pneus para SUV) subiu 24,6% face a 2013.Aliás, de acordo com a RS Contreras, este tem sido um dos segmentos que maior crescimento tem registado, muito também devido à maior oferta deste tipo de automóveis por parte dos fabricantes. O mesmo tem verificado a Tiresur, o que, para os seus responsáveis, confirma a tendência de as marcas apostarem cada vez mais em modelos crossover e SUV. Apesar de os pneus de turismo representarem ainda a fatia de leão deste mercado, os fabricantes de pneus apostam também no segmento SUV, atentos às necessidades dos construtores automóveis e ao crescimento da oferta deste tipo de veículos, que são cada vez mais desportivos, têm mais potência e ainda assim conseguem efetuar incursões em todo- -o-terreno, onde os pneus estão expostos a um maior esforço.

ENCONTRE AS DIFERENÇASMas o que distingue um pneu de turismo de um pneu para SUV? Na verdade, são muitos os fatores que diferenciam as duas propostas, apesar de este ser um produto com um desenho do piso muito semelhante ao de um pneu ligeiro, mas cujas diferenças têm de ser acauteladas pelos fabricantes.A possibilidade de o veículo a que se destina fazer algumas incursões em fora-de-estrada leva a que a carcaça tenha de ser mais dura e as laterais reforçadas, para permitir uma maior resistência aos cortes e furos do que um pneu ligeiro. Por outro lado, e porque a altura ao solo dos SUV é normalmente superior à de um veículo ligeiro, os pneus criados para este tipo de veículos estão expostos a outro tipo de exigências. Nesse campo, conforme diz a Bridgestone, o pneu tem de se comportar de uma forma distinta, acompanhando não só o curso da suspensão como também o maior adornar do chassis em curva. E não nos esqueçamos do peso final de um SUV, maior do que o de um ligeiro, o que obriga a que este pneu tenha de conseguir suportar e lidar com o peso extra e com o acréscimo de pressões que tal implica. Há alguns anos os pneus mistos eram a solução apresentada pelos especialistas ao consumidor que pretendia um produto que garantisse boas prestações em diferentes pisos, como erva, neve, gravilha, terra batida e também asfalto. Mas a polivalência destes veículos levou a que os fabricantes de pneus encontrassem neste desafio a motivação para desenvolver subsegmentos de pneus dentro daquilo que se podem considerar pneus 4x4: off-road puros, mistos e pneus SUV para estrada (os on-road), com o objetivo de incorporar em pneus mais apontados a prestações fora-de-estrada características dos pneus de turismo, como conforto, carga, velocidade, segurança e potência.No início, como dito acima, o pneu misto era, inadequadamente, a solução universal, mas o alargamento da gama de dimensões e modelos à disposição do cliente final, que aconteceu ao mesmo ritmo que aumentava a gama de modelos propostos pelos construtores no mercado, levou que cada vez mais clientes prefiram montar no seu veículo pneus de uso on -road, o que leva a que este segmento seja o que tem tido maior força, graças às prestações que oferece no asfalto, assemelhando-se cada vez mais a um pneu de turismo, sem nunca descurar as necessidades específicas dos SUV.Para o conseguir é empregue muita tecnologia nestes pneus, como a FuelSaving, da Goodyear, que oferece uma menor resistência

DISPONIBILIDADE DE MEDIDAS POR TAMANHO DE JANTE

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DD O S S I E R

ao rolamento e diminui tanto o consumo de combustível como as emissões de CO2; a melhor aderência em piso molhado é outra das preocupações deste fabricante, que oferece no Goodyear Eagle F1 Asymmetric SUV as tecnologias Active Cornergrip e Racing Compound, que juntam a uma maior longevidade uma aderência adicional, para além de uma melhoria no manuseamento e conforto durante a condução.Ainda no que respeita a tecnologia, a Dunlop, por exemplo, promete prestações superiores em travagem e aceleração para o SP QuattroMaxx, fruto da maior aderência proporcionada pela tecnologia Kevlar de DuPont para uma condução mais precisa e ainda a tecnologia Touch Technology para uma melhor perceção da estrada. A evolução nestas propostas é constante e o segmento é apetecível, como podemos ver pelo facto de as duas propostas apresentadas pela GT Radial neste segmento terem sido lançadas este ano. A Eurotyre também dá conta desta evolução e nota mesmo que as marcas que representa fizeram um esforço em adicionar novas medidas à sua oferta ou até mesmo desenvolver o produto que já tinham anteriormente para que este possa responder às exigências do mercado deste segmento. É óbvio que todas as marcas se têm adaptado às mudanças e à nova procura neste segmento de mercado. Ao aparecimento de novos modelos SUV segue a necessidade das várias marcas apresentarem novas medidas para responder à procura do mercado.

OFERTA LUSAEm Portugal, a oferta de pneus específicos para veículos SUV atinge as 74 referências, distribuídas entre 15 nas marcas Premium e 27 para as Budget. Curiosamente, no meio volta a estar a virtude, com as marcas do segmento Quality a proporem metade do total de referências existente: 32. Uma tendência que não se verifica, por exemplo, no mercado de “nuestros hermanos”, onde a oferta de pneus SUV é dominada pelas marcas Premium e onde os consumidores procuram mais as

AS MARCAS ESTÃOATENTAS A ESTE MERCADO E TÊM AGORA CADA VEZ MAIS MODELOS E MEDIDAS

Bridgestone Dueler HP D-Sport 215/65 R16 a 315/35 R20

Continental ContiTrac SUV 235/70 R16 a 255/70 R16

Dunlop SP QuattroMaxx 255/55 R18

Goodyear EfficientGrip SUV 215/65 R16 Eagle F1 Asymmetric SUV 255/55 R18, 225/45 R17

Michelin CrossClimate 215/65 R16, 215/60 R17 Primacy 3 215/55 R18 Pilot Supersport 225/45 R19 Latitude Tour HP 215/65 R16, 215/60 R17

Pirelli Winter Sottozero II 215/65 R16, 215/60 R17 Scorpion STR 215/65 R16 Scorpion Verde 215/65 R16, 215/60 R17, 215/55 R18

Yokohama Geolandar IT+ 205/70 R15 a 265/60 R18 Geolandar I/T-S 265/70 R15 a 285/45 R22 Advan ST 255/50 R17 a 305/35 R24

PREMIUM

GT Radial HPY SUV 235/75 R15, 245/70 R16 e 265/70 R16 Savero SUV 235/75 R15, 245/70 R16 e 265/70 R16

Hankook Ventus S1 evo 195/50 R15 a 265/30 R22 Ventus ST 225/55 R17 a 305/40 R22 Dynapro HP 225/70 R15 a 275/60 R18 Dynapro ATM 215/75 R15 a 315/70 R17

Kleber Krisalp HP2 155/80 R13 a 245/45 R18

Kumho Crugen HP 265/70 R16 a 275/40 R20 Road Venture APT 205/70 R15 a 255/60 R18 Solus KL21 215/65 R16 a 265/60 R18

Nokian Line SUV 205/70 R15 a 225/55 R19 zLine SUV 235/65 R17 a 295/30 R22 Z SUV 235/55 R18 a 295/30 R22 HT SUV 225/70 R16 a 285/60 R18

Sava Intensa SUV 215/65 R16, 215/60 R17, 215/55 R18

Toyo Tires Proxes T1 Sport SUV 225/60 R17 a 325/30 R21 Proxes CF1 SUV 215/60 R17 a 225/55 R18 Proxes S/T 275/60 R15 a 305/40 R23 600+4 255/60 R15, 275/60 R15, 295/50 R15

Uniroyal Laredo Cross Country Tour 225/70 R15 a 275/55 R20 Laredo Cross Country 215/75 R15 a 285/75 R16

QUALITY

prestações do que um preço mais em conta. Por cá domina a reação qualidade/preço, mas a procura pelas altas prestações é regra: nas vendas reinam as medidas em jantes de 16” e 17”, mas a oferta contempla outras vontades do consumidor e encontramos medidas tão baixas como a 155/70 R12, proposta no Nankang XR-611 Touring Sport, e tão altas como a 305/35 R24, encontrada nos Yokohama Advan ST, Federal Couragia S/U e Achilles Desert Hawk UHP .A mesma tendência para as altas prestações se encontra no que respeita ao índice de velocidade. Se o mais vendido é o H, que corresponde a 210 km/h, a Bridgestone propõe, nos Dueler HP D-Sport, o índice W, o mais elevado entre os dados recolhidos, correspondendo a 270 km/h, tal como o faz a Yokohama para os Advan ST. Durante os anos da crise o mercado de pneus para SUV viu o seu volume de vendas aumentar, seguindo a tendência geral europeia, cujo mercado assistiu a uma rápida e progressiva tendência para a escolha de SUV em detrimento dos 4x4 mais antigos

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e menos económicos. Neste sentido, as famílias que antes optavam por uma grande berlina passaram entretanto a adquirir SUV compactos, que nunca – ou muito raramente – são utilizados em percursos fora-de-estrada. Esta realidade vê-se refletida

no crescente aumento de popularidade das jantes de maiores dimensões, entre as 19 e as 21 polegadas, que cada vez mais surgem nas gamas de pneus para este tipo de modelos: no mercado luso são 24 os pneus que têm, na sua gama, medidas com jante de 19 polegadas, 21

TURBO OFICINA PNEUS JUNHO/JULHO 201538

DD O S S I E R

ACHILLES Desert Hawk UHP 255/50 R19 a 305/35 R24 Desert Hawk H/T 215/70 R16 a 255/50 R19 Desert Hawk A/T 215/85 R16 a 245/75 R16

Apollo ApTerra HP R17 a R20

Interstate Sport SUV G/T 215/70 R16 a 315/35 R20

Kenda Klever H/P 205/75 R15 a 275/65 R17

Kingrun Geopower K1000 205/75 R15 a 225/75 R15 Geopower K4000 235/70 R16 a 265/70 R17 Geopower K2000 31x10,5 R15 a 265/70 R17 Geopower K3000 195/50 R15 a 265/65 R17 Ecostar T150 225/70R15 100H

MARSHALL Road Venture APT 225/70 R16

Nankang XR-611 Touring Sport 155/70 R12 a 215/45 R18

Nexen NFera SU1 R17 a R20 NFera RU1 R17 a R20

Ovation Ecovision VI-186HT 235/75 R15, 245/70 R16 e 265/70 R16 Ecovision VI-286HT 235/75 R15, 245/70 R16 e 265/70 R16

Primewell Valera A/T 235/75 R15 a 275/60 R20

Runway Enduro 816 195/50 R15 a 235/65 R18 Enduro H/T2 275/60 R17 a 255/70 R18

Vredstein Sportrac 5 R17 a R20 Ultrac Vorti R17 a R20

BUDGET

ótimo de desenvolvimento de dois ou três de todos os critérios, deixando depois nas mão dos vendedor a tarefa de elucidar o cliente.É por isso necessário que o especialista, no seu cargo de prescritor de pneus, conheça bem as necessidades do cliente e o uso que este pretende fazer do seu automóvel, para que lhe possa recomendar o melhor pneu de entre a vasta oferta que os fabricantes colocam no mercado. Como 80% das vendas de pneus dependem de aconselhamento e 77% dos consumidores se confessam influenciados pela opinião do prescritor de pneus na hora de comprar, um bom aconselhamento será fundamental para que o cliente final fique satisfeito e se fidelize, tanto à marca e modelo propriamente ditos, mas também junto do especialista que lho recomendou. De acordo com Marcos Fernandez, diretor geral da Cooper Tire em Portugal e Espanha, o utilizador de um modelo SUV, quando encontra uma marca que satisfaça as suas necessidades, permanecerá fiel a esta, inclusivamente face a preços mais baixos, fator essencial em outros segmentos, como por exemplo, nos pneus de turismo. Para o especialista isto tem vários benefícios, como sendo a garantia de que o cliente regressará à sua oficina/casa de pneus para encomendar novamente o mesmo modelo, mas também no sentido de que este se tornará ele próprio prescritor desta marca e modelo aos seus círculos mais próximos, o que permitirá gerar ainda mais receitas. Mas as marcas também têm algumas responsabilidades a cumprir, como sendo uma maior disponibilização das características do produto, apoiando com dados técnicos a recomendação do especialista, assim como com a adequação da relação qualidade/preço, que no nosso mercado é de crucial importância, pelo menos para uma primeira venda, antes de se conseguir fidelizar o cliente.

com jante de 20” e 10 com jante de 22”. Acima desta existem apenas quatro pneus com medidas para jante de 23” e três para medidas com jante de 24”.Apesar desta disponibilidade, o grosso da oferta lusa está entre as medidas de 16”, 17” e 18”, com 52, 50 e 41 pneus que disponibilizam, respetivamente, medidas para estas jantes.A Dispnal aponta esta como uma das grandes alterações com que se depara no mercado luso, onde a evolução se tem feito à custa da substituição das habituais medidas em jante 15” e 16” por medidas em jante 17” e 18” com um perfil mais baixo.Mas não é só na procura de jantes de maiores dimensões que se nota a mudança de paradigma na utilização dos SUV atualmente a rolar nas estradas lusas. Para a Chaveca & Janeira, distribuidora de várias marcas de pneus no mercado português, os clientes procuram cada vez mais um produto que lhes traga muitas vezes os mesmos benefícios dos pneus de turismo, ou seja, pouco ruído de rolamento, maior conforto e também

mais segurança, uma vez que estes modelos são adquiridos para uso no asfalto, e muito poucas vezes dele saem.Mas também a crise e a baixa de rendimentos nas famílias lusas é importante para este paradigma. Novamente de acordo com a Chaveca & Janeira, os clientes estão a optar por deixar pneus específicos para adquirir outros mais mainstream e, claro, de custo mais baixo.

ESPECIFICIDADESpor isso as marcas estão a tansformar o pneu para SUV num produto cada vez mais específico, com o objetivo de responder todas estas necessidades diferentre do consumidor e também deste tipo de automóveis, que se situam entre os modelos de turismo e os 4x4 puros, nomeadamente no que respeita a uma maior robustez, permitindo assim maiores índices de carga e pequenas aventuras off-road.Mas revela-se impossível criar um pneu que responda a todas estas especificidades, daí que se criem várias propostas, apontando ao ponto

OS PROFISSIONAIS TÊM DE SABER O QUE OS CLIENTES QUEREM FAZER COM O SEU SUV PARA MELHOR OS ACONSELHAREM

TURBO OFICINA PNEUS JUNHO/JULHO 201540

ETIQUETA EUROPEIA. PERCEBER A OFERTA EM PORTUGAL

EE S T U D O

No seguimento do trabalho realizado na primeira edição da TURBO OFICINA PNEUS, trazemos-lhe os resultados do segundo estudo da etiqueta europeia de pneus, que nos revela mais um pouco sobre a oferta de pneus no mercado nacional. TEXTO JOSÉ MACÁRIO

JUNHO/JULHO 2015 TURBO OFICINA PNEUS 41

Depois de no passado número termos dado atenção à medida de pneus mais vendida em Portugal, a 205/55 R16,

nesta edição vamos analisar a oferta existente para a segunda medida mais vendida no nosso mercado em 2014: 175/65 R14. Obtivemos, junto das marcas e distribuidores, um total de 123 referências, distribuídas entre 45 Premium, 44 Quality e 34 Budget. Um pouco menos do que no primeiro estudo, mas ainda assim uma amostra significativa do que existe no mercado.Para a análise recorremos novamente aos dados do fabricante no que respeita aos índices de carga e velocidade e à etiqueta europeia para os restantes critérios: o consumo de combustível, classificado de A a G conforme a melhor ou pior prestação (estas classificações estão separadas por 1,5 l/100 km medidos a 60 km/h); a aderência em piso molhado, também classificada de A a G conforme as prestações são melhores ou piores (entre a classificação A e a F existe uma diferença de 18 metros na travagem a 80 km/h); e o nível de ruído de rolamento, medido em dB (decibéis) a 80 km/h.Tal como na edição passada destacamos os pneus que cremos estarem mais equilibrados entre a oferta em todos os segmentos, utilizando para tal os dados fornecidos pelos fabricantes. Em caso de empate, e sendo este um estudo que versa sobre a etiqueta europeia de pneus, damos maior relevância aos critérios presentes na etiqueta do que aos que não marcam nela presença.

LUGAR AOS NÚMEROSAnalisando os valores disponibilizados chegamos a um perfil-tipo deste que foi o segundo pneu mais vendido de 2014. É um pneu com uma capacidade de carga mediana. Em termos de velocidade este pneu suporta muito mais do que a velocidade permitida por lei, ou seja, é mais provável que seja

multado por excesso de velocidade do que ver um pneu rebentar por aquecer demasiado. Se as prestações de carga e velocidade são aceitáveis, a resistência ao rolamento não é das melhores, tal como o nível de ruído, relativamente elevado, mas ainda assim mais baixo do que a média do ruído da edição passada. Mas a segurança é de bom nível e a correspondente aderência em piso molhado tem uma classificação acima da média.Entre a totalidade da oferta no mercado, a marca com mais referências nesta medida, segundo os dados disponibilizados, é a Continental, com 10 referências, seguida da Kleber, do segmento Quality, com um total de oito modelos à disposição nesta medida. O último lugar deste pódio é ocupado por outra marca Premium, a Pirelli, com sete referências. Do outro lado do espectro, são nada mais nada menos que 16 as marcas, todas do segmento Budget, que apenas têm uma referência para esta medida, em linha com o que havia sido visto no estudo que fizemos no número passado. No entanto, merecem destaque a Mabor (Budget), com 4 referências, curiosamente mais que a Dunlop, do segmento Premium…Passando aos dados, o maior índice de carga presente neste estudo é o 90, que corresponde a 600 kg e aparece na etiqueta de 22 referências: 12 Premium, oito Quality e duas Budget. O menor índice de carga que surge nos dados que conseguimos recolher é o 82, que corresponde a 475 kg e aparece em 64 referências: 19 entre os Premium, 18 entre os Quality e 27 entre os Budget. O valor com que mais vezes nos deparámos ao analisar os índices de carga foi também o 82, cujas 64 instâncias compõem mais de metade de todos os resultados, o que prova que os pneus que compõem a oferta em território luso para esta medida não estão muito vocacionados para cargas elevadas, até porque é muito inferior à da medida analisada na edição passada (91-615 kg).Entre todas as referências recolhidas só existem dois índices de velocidade: o T, que corresponde a 190 km/h de velocidade máxima, e o H, que permite circular a até 210 km/h. Curiosamente, todas as sete referências com este índice de velocidade estão no segmento Budget, onde ainda surgem 27 pneus com índice T, o que indica que as melhores performances em termos de aquecimento e deformação encontram-se no segmento de mercado mais barato.Neste capítulo, os segmentos Premium e Quality revelam-se mais conservadores

EM DESTAQUEFace aos dados que conseguimos obter junto das marcas e dos distribuidores, elegemos três pneus que, no nosso entender, merecem ser destacados pelo equilíbrio que fazem entre as várias características, tanto as que surgem na etiqueta europeia como as que não constam nela, como sendo os Índices de Carga e Velocidade. Assim, destacamos, entre o segmento Premium, um pneu Goodyear, tal como aconteceu na edição passada. Desta feita é o Duragrip, que acumula um Índice de Carga de 90 e um Índice de Velocidade T (como todos os outros). A estes atributos junta ainda uma classificação máxima (A) no que respeita à aderência em piso molhado um consumo moderado de combustível (C) e um ruído de 70 dB.No que respeita aos modelos Quality, a Hankook também repete a sua menção. O eleito desta vez é o RA 18, que exibe um Índice de Carga de 90, T no Índice de Velocidade, uma classificação mais modesta no consumo de combustível (E), mas uma boa prestação na aderência em molhado (B) e um ruído de 70 dB.A Sava é a marca que merece destaque entre as Budget, com o seu pneu Perfecta, que reúne um Índice de Carga de 86 e um Índice de Velocidade T, além de classificações E e C no que respeita a consumo de combustível e a aderência em piso molhado, respetivamente. O fator diferenciador foi o ruído, que no caso do Perfecta é de 68 dB.

ESTA MEDIDA É DE CARGA MEDIANA E VELOCIDADE ELEVADA. PREOCUPA-SE MENOS COM O AMBIENTE DO QUE COM A SEGURANÇA

TURBO OFICINA PNEUS JUNHO/JULHO 201542

EE S T U D O

e apresentam apenas índices T nas suas referências, que se torna, desta feita, o índice que mais vezes surge: 116 das 123 referências em análise têm este índice de velocidade, bastante abaixo da média da medida analisada anteriormente, a V, que permite rolar a 240 km/h.Como vimos acima, os pneus existentes nesta medida não são poupados e o indicador F de consumo de combustível surge em 35 referências, bem repartidas entre segmentos: 12 nos Premium e Quality e 11 Budget. São, assim, poucos os pneus amigos do ambiente e da carteira do proprietário, pois apenas três possuem a classificação B neste particular, e nenhum entre os Budget. Apenas um nos Quality (Kumho KH 27) e dois nos Premium (Continental ContiEcoContact 5 e Goodyear

Duragrip FI1). Quanto à classificação A… nem vê-la. Apesar de a classificação F ser a mais baixa que encontrámos na análise dos dados, a que mais vezes surge é a E, que abarca um total de 60 referências, ligeiramente menos que metade de todas as existentes, o que vem provar que nesta medida a preocupação com a poupança de combustível não está tão presente quanto nos pneus analisados na edição passada, onde a média era C.No que respeita à aderência em piso molhado, a segurança é prioridade para os fabricantes, embora não seja a principal. Apenas seis modelos possuem classificação A, distribuídos entre os segmentos Premium, com quatro referências (Continental ContiPremiumContact 5, Goodyear Duragrip [2 modelos] e Michelin Agilis51), e Quality, com

duas (Falken SN832EC e Vredestein T-Trac 2). Os piores deste estudo são oito pneus com a classificação E, cuja maior incidência ocorre entre os Budget e Quality, com quatro e três referências, respetivamente, e apenas uma entre os Premium (Pirelli P4 Cinturato). A classificação C é, no entanto, a que mais prevalece, reunindo 75 das referências disponíveis para análise. Tanto o segmento Premium como o Quality possuem 23 referências, mas o segmento Budget lidera neste particular, com um total de 29 referências. Esta classificação queda-se abaixo da média da medida mais vendida em 2014, detida pela classificação B.Entre os pneus analisados, o mais barulhento é o Riken ALLSTAR2 B2 RI, com uns impressionantes 78 dB de ruído. No diâmetro oposto do espectro estão três referências com 67 dB de ruído. Uma entre os Premium (Goodyear EfficientGrip Compact) e duas entre os Quality (Firestone Multihawk 2 e Multihawk 2 XL).Entre os Budget nenhum é tão silencioso.O valor de ruído que mais se repete são os 70 dB, um valor bastante aceitável e ligeiramente abaixo do que mais vezes aparecia em relação à medida mais vendida (71 dB), analisada no estudo da primeira edição. Existem 29 referências com 70 dB de ruído, distribuindo-se entre 11 para Premium, 12 para Budget e seis entre os Quality, que são os que mais pneus têm com 69 dB de ruído, com 16 referências.

ÍNDICE DE VELOCIDADE

150

100

50

0

T H

PREMIUM 45 -QUALITY 44 -BUDGET 27 7

CONSUMO DE COMBUSTÍVEL

150

100

50

0

B C E F

PREMIUM 2 17 14 12QUALITY 1 5 26 12 BUDGET - 3 20 11

ÍNDICE DE CARGA

150

100

50

0

82 86 88 90

PREMIUM 19 8 6 12QUALITY 18 14 4 8BUDGET 27 4 1 2

ADERÊNCIA EM PISO MOLHADO

150

100

50

0

A B C E

PREMIUM 4 17 23 1QUALITY 2 15 23 4BUDGET - 2 29 3

RUÍDO

150

100

50

0

67 68 69 70 71 72 73 74 78

PREMIUM 1 4 9 11 8 5 3 4 -QUALITY 2 3 16 6 8 6 2 1 -BUDGET - 7 3 12 4 7 - - 1

TURBO OFICINA PNEUS JUNHO/JULHO 201544

PP R I M E I R O E Q U I PA M E N T O

PORSCHE MACAN HANKOOK

MERCEDES ACTROS HANKOOK

AHankook homologou o Ventus S1 evo2 SUV como equipamento original do

Porsche Macan, sendo utilizadas várias medidas, entre as 18 e as 19 polegadas.O Ventus S1 evo2 SUV é a variante destinada aos Sport Activity e Sport Utility Vehicles do pneu porta-estandarte da Hankook. Agora, o fabricante anuncia que este pneu acaba de ser homologado

APirelli foi escolhida como fornecedor exclusivo de pneus de 20 polegadas para

o novo jaguar XE. O eleito pelo fabricante italiano para tal função foi o P Zero.A Jaguar procurava para o novo XE um pneu que garantisse estabilidade a alta velocidade e boa aderência em piso molhado. Para isso, o eleito foi o Pirelli P Zero, que foi desenhado com a performance em mente e com várias influências da experiência da marca na Fórmula 1.Os pneus homologados para o novo modelo inglês são das medidas 235/35 R20 92 Y (para a frente) e o 265/30 R20 94 Y (pra trás), sendo que, no tamanho de 20 polegadas, a Pirelli é fornecedora exclusiva para o equipamento original.Esta não é a primeira vez que os modelos do

AHankook expande o seu portfólio de equipamento original no segmento dos

pesados ao ser escolhido como equipamento original para o Mercedes Actros.A Hankook será o fornecedor oficial de pneus de origem para o Mercedes Actros, alargando assim o seu portfólio no segmento dos pesados. Serão seis as medidas diferentes que estarão ao dispor do novo modelo da marca da estrela, em quatro pneus diferentes: os AL10 e DL10 para longo curso, assim como os AM06 e DM03 que podem ser usados no asfalto e /ou fora dele.O Hankook AL10 foi desenhado para oferecer uma grande durabilidade e potenciar o desgaste equilibrado por todo o piso. Será disponibilizado nas medidas 295/80R22.5 e 385/55R22.5. O Hankook DL10 também minimiza o desgaste assimétrico, ao mesmo tempo que mantém as performances em alta e a longevidade. É lançado nas medidas 295/80R22.5 e 315/70R22.5.Os pneus mistos Hankook AM06 e Hankook DM03, disponíves apenas na medida 315/80R22.5, são mais robustos e oferecem mais tração e durabilidade, potenciando o uso nas condições mais adversas, fruto de umas paredes laterais reforçadas.

fabricante italiano são eleitos para modelos da Jaguar: a Pirelli já fornece os pneus para o Jaguar F-Type e para o protótipo C-X75, que em breve será visto no novo filme da saga James Bond.

JAGUAR XE PIRELLI

RENAULT ESPACE DUNLOP

A Dunlop anunciou que a mais recente versão do conhecido Renault Espace vai

estar equipada com os pneus Sport Maxx RT da Dunlop na medida 235/55R19 101W. O multi-galardoado Sport Maxx RT é um pneu desenvolvido com o foco no desempenho. O pneu oferece distâncias de travagem curtas permitindo uma aderência excecional, bem como uma estabilidade impressionante com o uso dos grandes blocos do ombro exteriores. Também possui um design eficaz em termos de combustível através de uma construção leve.

como equipamento original para o Porsche Macan, sendo a primeira vez que um pneu da casa de Estugarda é equipado de origem com pneus da Hankook.Os Hankook Ventus S1 evo2 SUV que serão montados no SUV compacto da Porsche terão as seguintes medidas: 235/60 R 18 ou 235/55 R 19 (à frente ) e 255/55 R 18 ou 255/50 R 19 (atrás).

JUNHO/JULHO 2015 TURBO OFICINA PNEUS 45

Dando continuidade ao sucesso do CX-5 no segmento dos SUV médios, a Mazda

aposta no segmento imediatamente abaixo com o CX-3. Recentemente apresentado em Barcelona, o mais pequeno SUV do construtor de Hiroshima chega a Portugal apenas com uma motorização diesel de 105 CV. A caixa pode ser manual ou automática, tal como a tração que pode ser apenas dianteira ou integral. Independentemente das opções de caixa e tração paga sempre classe 1 nas portagens. Na apresentação deste automóvel todas as unidades utilizavam jantes de 16’’, com uma mistura homogénea de pneus Bridgestone Turanza 215/60 e Dunlop Ensave EC 300 215/60.

SKODA SUPERB CONTINENTAL

Os novos Skoda Superb sairão da linha de montagem equipados com

ContiEcoContact 5 e ContiPremiumContact 5. Os primeiros combinam curtas distâncias de travagem com uma baixa resistência ao rolamento, ao passo que os segundos são uma alternativa para uma condução de nível superior. Os eleitos para ser equipamento original foram o ContiEcoContact 5 e o ContiPremiumContact 5, ambos no tamanho 215/55 R 17 V, e estão a ser fornecidos à fábrica da Skoda em Kvasiny, onde o Superb é construído.

MAZDA CX-3 BRIDGESTONE E DUNLOP

DS5 MICHELIN E CONTINENTAL

Seis anos depois do DS3 ter lançado a divisão de luxo da Citroën, a marca DS emancipa-

se do construtor do duplo Chevron assumindo uma identidade própria no Grupo PSA. A terceira, depois da Peugeot e da Citroën. A estreia da nova marca é feita com o DS5. Restyling do modelo apresentado em 2011, o

MINI JCW PIRELLI

Acabada de chegar ao mercado nacional, a terceira geração do Mini John Cooper

Works afirma-se como a mais potente de sempre. São 231 CV debitados pelo conhecido motor de dois litros turbo a gasolina da BMW. Para ajudar a colocar a potência no chão, a Mini equipa o John Cooper Works de série com pneus Pirelli. As jantes de série de 17’’ montam Pirelli PZero 205/45 R17 88Y, enquanto as jantes opcionais de 18’’ utilizam Pirelli Cinturato P7 205/40 R18 86W.

novo DS5 distingue-se do anterior pela grelha dianteira mais vertical e pelo ecrã tátil da consola central. Para o contacto com o solo, a DS escolheu pneus Michelin Pilot Sport 3 na medida 235/45 para as jantes de série de 18’’ e Continental ContiSportContact 235/40 para as jantes opcionais de 19’’.

TURBO OFICINA PNEUS JUNHO/JULHO 201546

BRIDGESTONE. NÃO HÁ COMPARAÇÃO POSSÍVEL

AA P R E S E N TA Ç Ã O

Ésenso comum afirmar que a única vantagem que um pneu Budget “chinês” tem sobre um pneu Premium é o preço.

Será?Em termos absolutos isso é verdade, de facto, mas a Brigdestone tentou provar que também nesse aspeto o que é barato por vezes sai muito caro. Para o provar organizou o “Premium Safety Event” com um conjunto de situações que permitiram passar da teoria à prática, isto é, não é apenas dizer as vantagens do Premium

é, acima de tudo, mostrar as diferenças entre o Premium e o Budget “chinês”.Diz a Bridgestone que 77% dos clientes são influenciados na sua decisão de compra pelo retalhista de pneus. A marca japonesa, em estudos que efetuou, revela que 59% dos consumidores finais não sabe objetivamente o preço do pneu.O mesmo consumidor final também não sabe que a construção de um pneu incorpora mais de 50 componentes distintos que têm, cada um, a sua função específica no próprio pneu.

A Bridgestone levou a TURBO OFICINA PNEUS até Itália, para mostrar, num dos seus centros de testes, a diferença que existe entre um pneu Premium e um pneu Budget “chinês”. A conclusão é que não há comparação possível... TEXTO PAULO HOMEM EM ROMA

Mesmo num pneu Premium não se consegue que todas as suas funcionalidades sejam potenciadas, isto é, não se consegue ter nota máxima em seco, molhado, neve e gelo, ou na durabilidade, economia, ruído ou vibrações.Um pneu deve garantir quatro funções específicas: conter ar sobre pressão, complementar a função do amortecedor, estabilizar o veículo nas suas mudanças de direção e ter poder de tração e de travagem em diferentes superfícies.Noutro estudo desenvolvido para a

JUNHO/JULHO 2015 TURBO OFICINA PNEUS 47

O GOLF COM PNEUS TURANZA FOI IMOBILIZADO CERCA DE QUATRO METROS ANTES DO GOLF COM PNEUS HIFLY, INICIANDO A TRAVAGEM AOS 85 KM/H

Bridgestone concluiu-se que os clientes procuram essencialmente num pneu aquilo que mais tenha a ver com a segurança, isto é, quando questionado o automobilista sobre aquilo que procura num pneu, em cada quatro razões evocadas três têm a ver com o fator segurança.Para reforçar esta ideia a Bridgestone conclui nesse mesmo estudo que dos 10 critérios relacionados com segurança, cinco deles têm a ver com a performance em piso molhado.Cerca de 45% importados para a Europa são provenientes da China. Em apenas sete anos, duplicou o número de pneus importados da China pela Europa.Por todos estes dados e informações facilmente se compreende o esforço que um construtor Premium tem no desenvolvimento de um pneu para que ele consiga corresponder a um enorme conjunto de situações de condução garantindo, acima de tudo, segurança. Como se compreende que o pneu barato chinês entrou em força no mercado europeu?

TESTEEste foi o mote para que a Bridgestone escolhesse para um teste comparativo com o seu pneu Turanza, um pneu budget “chinês”, designado por Hifly, que é a terceira marca chinesa de pneus mais vendida na Europa.Para este teste, com pneus com as mesmas dimensões (Turanza T001 205/55R16 e Hifly HF201 205/55R16) montados em diversos Volkswagen Golf 2.0 TDi, foram simuladas condições de piso molhado e piso seco, nos quais foram desenvolvidos diversos cenários de condução.Houve também oportunidade de participar em outros workshops que permitiram comprovar as diferenças entre um pneu Premium e um pneu Budget “chinês”.

CENTRO DE TESTES NA EUROPAA Bridgestone inaugurou, em 2004, uma das suas mais recentes pistas de testes na Europa (EUPG), em Aprilia, nos arredores de Roma, e a 30 km do seu Centro Técnico (que também tivemos oportunidade de visitar).Implantada em 144 hectares e dominada pelo circuito oval de 4 km, esta instalação representa a mais moderna pista de testes de pneus da Europa, disponível todo o ano.As novas gerações de pneus para ligeiros de passageiros, veículos comerciais, camiões, autocarros, veículos agrícolas e motos são testadas nesta Pista de Testes. Originalmente, a sua construção fazia parte de um plano maior - e que ainda está em curso – de investigação, fabrico e comercialização, sendo uma prova clara do forte compromisso da Bridgestone Europe em expandir os seus negócios na Europa.Nesta pista a Bridgstone testa todas as condições de utilização dos pneus, numa ampla gama de superfícies de baixas a altas velocidades.Dentro das instalações da EUPG a Bridgestone tem ainda o seu Centro de Educação Europeu (EUEC), que é tanto um Centro de Treino de excelência como um Centro de Comunicação. O papel do EUEC é o de transmitir o know-how e o ADN da Bridgestone para os demais interessados, sejam internos sejam externos, através de treinos técnicos e comerciais, como através de visitas e eventos.O Centro de Treino dentro do EUPG significa ainda a oportunidade de fornecer um processo completo e eficiente de aprendizagem, com palestras nas salas de aula equipadas, oficinas práticas sobre pneus (montagem / desmontagem), diagnósticos de pneus em garagens equipadas com a mais moderna tecnologia e um test-drive real aos produtos Bridgestone numa pista dedicada.

O GIGANTE MUNDIAL E EUROPEUA Bridgestone Europe (BSEU) é uma unidade chave na estratégia de negócio da Bridgestone Corporation, com sede em Tóquio, a maior fabricante mundial de pneus e borracha. A Bridgestone Corporation e as suas subsidiárias empregam mais de 140.000 pessoas em todo o mundo, contam com 178 fábricas em 25 países e comercializam produtos em mais de 150 países.A Bridgestone Europe emprega 12.500 colaboradores por toda a Europa em:• 6 empresas de vendas regionais• 8 fábricas de produção de pneus (França, Itália, Polónia, Hungria e Espanha) cada uma com um centro de distribuição• Centro de testes e de I&D em Itália• Pista de testes State-of-the-art (Itália) inagurada em 2004• 3 Centros Logísticos Europeus: Zeebrugge (Bélgica), Madrid (Espanha) e Bor (República Checa)• Sede Europeia em Bruxelas

Os pneus são comercializados pelas marcas Bridgestone, Firestone, Dayton e outras nas seguintes áreas:• Carros de passageiros, veículos 4x4, camiões e autocarros• Todo o tipo de veículos comerciais, construção e off-road• Motos e scooters• Motos desportivas e aviões

Com a sua tecnologia líder aplicada aos pneus, a empresa foca-se na sua performance elevada enquanto:• Fornecedor principal de equipamento original para fabricantes de carros (incluindo Porsche, Grupo VW, Grupo Ford, BMW, Mercedes, General Motors, Peugeot, Citroën, Renault, Toyota e Grupo Fiat, etc.)• Tecnologia Run-Flat, pioneira no setor e principal fornecedor de fabricantes de carros• Líder mundial no mercado agrícola (marca Firestone)• Produtor líder no segmento de motos•Marca líder no segmento de substituição de camiões e autocarros e principal fornecedor de fabricantes de veículos (Mercedes, Renault, Volvo, Scania, MAN, DAF, Iveco, etc.)

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AA P R E S E N TA Ç Ã O

WET EXPERIENCE

Neste teste foram avaliadas diversas situações em piso molhado. Numa curva

longa à esquerda, abordada a cerca de 80 Km/h, foi avaliada a aderência e a estabilidade lateral, bem como a sensação de segurança. Na rotunda foi avaliado a aderência lateral e a tração, bem como o controlo do veículo. A terceira situação foi a travagem em molhado.Na primeira situação o Golf com pneus Turanza mantinha uma linha de trajetória bem definida, sem perda de tração e com uma excelente estabilidade lateral. Com pneus Hifly o Golf, à mesma velocidade, chegava a desviar-se cerca de 4 metros da trajetória, chegando a ser assustadora a facilidade com que se perde a trajetória com estes pneus. Levado para uma situação real de estrada, tal situação poderia significar rodar na faixa de rodagem errada ou um despiste de consequências imprevisíveis.Na rotunda, entrando a uma velocidade de 45 Km/h, era possível percorrer uma trajetória definida com os pneus Turanza, sem correções no volante e com uma enorme sensação de controlo do veículo. Com pneus Hifly, abordando a rotunda

à mesma velocidade, rapidamente o Golf revelava uma enorme sub-viragem que resultava num deslocamento da frente do carro cerca de dois metros fora da trajetória. Transportando para uma situação real, estamos a falar da diferença entre passar de uma faixa de rodagem para outra em cerca de um segundo.

Na travagem em molhado, a diferença entre um Turanza e o Hifly também é evidente. O objetivo era parar o Golf na menor distância possível com o piso totalmente molhado. Iniciando a travagem aos 85Km/h, o Golf com pneus Turanza foi imobilizado cerca de quatro metros antes do Golf com pneus Hifly.

ROTUNDA- Aderência lateral

e tração- Controlo do veículo

TRAVAGEM EM MOLHADO

Distância de travagem

CURVA LONGA- Aderência lateral

- Estabilidade lateral- Sensação

de segurança

Rotunda

Início

O QUE REPRESENTA TRAVAR 4 METROS ANTES?A Bridgestone proporcionou nos testes dinâmicos a travagem em molhado. O Golf com pneus Turanza foi imobilizado cerca de quatro metros antes do Golf com pneus Hifly, iniciando a travagem aos 85 Km/h. O que representam estes 4 metros? Em primeiro lugar representa que enquanto um carro se imobiliza o outro circula naquele momento a 22 Km/h. A Bridgestone proporcionou uma experiência muito simples e esclarecedora que consistiu em atravessar uns blocos de borracha a 25Km/h sem travar. Mesmo sendo uma situação simulada e feita em total segurança, a reação primária passa por travar e por tentar desviar-se do obstáculo. Quando se atravessa este “muro” sem travar, para além da sensação de susto, facilmente se percebem as consequências que teria um choque com um muro “apenas” a 25 Km/h (ver quadro). Segundo um outro estudo revelado pela Bridgestone, um impacto de um automóvel num peão com o veículo a circular até 30 Km/h tem 40% de probabilidades de causar ferimentos graves. Refira-se que quatro metros é a dimensão média de um veículo automóvel, isto é, a sua dimensão é superior à largura da maioria das passadeiras para peões. Outro dado curioso são os custos que teria um impacto de um veículo automóvel a 22 Km/h num outro veículo que estivesse imobilizado. Avaliando apenas os custos da viatura responsável pelo impacto, neste caso um Volkswagen Golf 2.0 TDi, estima-se que os mesmos possam chegar aos 4.000 euros. Pára-choques, guardas lamas, ópticas, airbag’s, tablier, pintura, material de mecânica diverso, mão-de-obra, entre outros custos inerentes ao impacto, podem ser obtidos através de uma ferramenta de orçamentação, no qual se podem calcular os custos das peças (a preços do origem).

VW Golf 2.0 TDI

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OUTROS TESTESNo mesmo centro de testes tivemos ainda a oportunidade de realizar (como passageiro) um teste numa pista totalmente molhada com ambos os pneus. Com um piloto profissional, numa pista com cerca de 1.000 metros, o Golf equipado com pneus Hifly era cerca de seis segundos mais lento que o Golf com pneus Turanza. A sensação de segurança, com o Golf equipado com pneus Budget “chinês” só nos era dada pela técnica de condução do profissional da Bridgestone, pois foram frequentes as perdas de tração e a falta de motricidade face ao Golf equipado com pneus Premium.Tivemos também a possibilidade de pegar em cada um dos pneus em confronto e deixá-los cair de uma altura semelhante (cerca de 60 cm). É curioso observar que o pneu Hifly é mais elástico e ressalta por diversas vezes no chão, enquanto o pneu Turanza ressalta apenas uma vez. Também por aqui, nota-se uma diferença importante na função de amortecimento que um pneu deve ter, com as necessárias consequências em termos de segurança.

DRY EXPERIENCE

Se é certo que em piso seco as diferenças entre pneus Premium e Budget “chinês”

não serão tão evidentes como no piso molhado, também é certo que outras características negativas se evidenciam nos pneus de baixo custo.Neste teste o percurso incluía diversas situações de condução, como curvas com apoio, curvas fechadas, mudança brusca de direção e um slalom, onde puderam ser avaliados pormenores como a resposta da direcção, o balanço do automóvel entre

a frente a traseira, a aderência lateral, a estabilidade e, obviamente, a sensação de segurança.Tal como no molhado também em seco o Golf equipado com pneus budget “chinês” tem uma enorme tendência (a velocidades constante) em alargar a trajetória nas curvas de apoio. Facilmente se nota que o pneu barato começa a dobrar nesta situação não assegurando totalmente a função de estabilidade que se torna muito evidente no slalom e na mudança brusca de direção.

Em qualquer destas situações (abordadas à mesma velocidade com pneus Turanza e pneus Hifly) é demasiado evidente o descontrolo do automóvel sempre que existem mudanças de direção.Devido à menor qualidade da construção do pneu Hifly, a aderência é em todas as situações de condução inferior (e em algumas situações muito inferior), a sensação de insegurança é também maior (a não ser que se circule a velocidades muito mais baixas com os pneus Hifly).

CURVA FECHADA- Aderência

lateral

VW Golf 2.0 TDI

Início

MUDANÇA DE FAIXA- Resposta da direção

- Estabilidade- Sensação de segurança

SLALOM- Resposta da direção

- Equilíbrio frente/traseira- Sensação de segurança

CURVA- Resposta da direção

- Equilíbrio frente/traseira

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TRAVAGEM. CADA VEZ MAIS ASSISTIDA

TT É C N I C A

Hoje os travões são muito mais que isso, graças à eletrónica e a todos os sistemas de segurança a eles associados. Explicamos-lhe alguns conceitos que deve ter cada vez mais presentes, porque os carros que vão chegar à sua oficina são cada vez mais sofisticados.

PARCERIA

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Para absorver a energia cinética gerada na deslocação de um automóvel, e pará-lo, é necessária a incorporação de

elementos de travagem adaptados às rodas com um elevado coeficiente de aderência, que ao produzir-se a fricção entre os mesmos permite travar as rodas e reduzir a velocidade do veículo. Um dos desenhos mais frequentes supõe a instalação de travões de disco nas rodas dianteiras para uma maior eficácia e potência de travagem, mas existem muitos modelos que para as rodas traseiras optam ainda pelos travões de tambor, que garantem uma eficácia de travagem menor, mas custos de produção mais baixos. Hoje em dia, os carros mais modernos já têm travões de disco nas quatro rodas, sendo que os mais evoluídos têm também discos ventilados para um melhor arrefecimento da temperatura gerada na travagem.Nos travões de disco e nos de tambor, ao acionar o pedal de travão, a pressão hidráulica do circuito aumenta e movimenta as pastilhas de travão e os calços do travão, pressionando-as contra os discos e os tambores. Quando o condutor solta o pedal de travão, anula-se o contacto. As dimensões dos elementos de travagem como os discos e pastilhas, os tambores e calços dependem das prestações e das características de cada automóvel. Mas hoje os sistemas de travagem estão longe de ser como os conhecíamos há uns anos. Tudo graças à eletrónica. É óbvio que a incorporação de sistemas de gestão eletrónicos aumentou consideravelmente a segurança ativa e passiva dos automóveis atuais. No que diz respeito aos sistemas de travagem, elemento fundamental da segurança ativa, o avanço mais importante foi a introdução, no início dos anos 80, do ABS como equipamento de série, sobre cujo

desenvolvimento se foi melhorando o sistema e complementando com outros dispositivos eletrónicos de controlo de estabilidade e dinâmica direcional dos automóveis, com as diversas siglas que hoje conhecemos, como o ESP, o TCS, o ASR, o EDS, etc. A meio da década de 90, alguns construtores juntaram aos sistemas de travagem em combinação com o ABS, um novo dispositivo eletrónico de assistência à travagem chamado BAS (Brake Assist) que, ao otimizar a capacidade de travagem permite reduzir a distância de travagem em situações críticas de emergência em mais de 40%. É sobre este último que nos debruçamos, uma vez que hoje é já um dispositivo comum na maior parte dos modelos.

ASSISTÊNCIA DE TRAVAGEM MECÂNICAOs primeiros sistemas de assistência à travagem de regulação mecânica atuavam sobre o servofreio convencional através de uma electroválvula instalada no interior do servofreio, gerida por uma unidade eletrónica, de acordo com o movimento e o deslocamento transmitidos pela veio quando o condutor pisa o pedal do travãoe captados por um sensor de posicionamento da membrana interna do servofreio. Quando ocorre uma travagem de grande intensidade, atua o sistema de assistência à travagem, complementando a ação do ABS sem que as rodas bloqueiem ao mesmo tempo que se consegue otimizar a travagem,

FLUXO DE FORÇA COM ASSISTÊNCIA DE TRAVAGEM

FLUXO DE FORÇA SEM ASSISTÊNCIA DE TRAVAGEM

FORÇA DE REAÇÃO DO SISTEMA DE TRAVAGEM

FORÇA DO PEDAL DE ACIONAMENTO

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TT É C N I C A

sem perder em nenhum momento a direccionalidade do veículo.Nos sistemas atuais de assistência à travagem mantém-se este dispositivo de regulação do servofreio mas claro que com ligeiras variações de marca para marca, mediante um grupo de comutação interna que, ao detetar uma travagem de forte intensidade quando o condutor pisa o pedal do travão, gera uma redução no curso do pedal e aumenta ao máximo a pressão do servofreio.

ASSISTÊNCIA DE TRAVAGEM HIDRÁULICAOs sistemas de assistência de travagem atuais complementam a regulação mecânica do servofreio com a regulação hidráulica do grupo de pressão do ABS/ESP, sem necessidade de integrar componentes adicionais. O componente principal é o grupo de regulação hidráulica com a unidade de controlo ABS e a bomba de retorno. O transmissor de pressão de travagem do grupo hidráulico, os sensores de regime e o comutador da luz de travão fornecem à unidade eletrónica de controlo os sinais correspondentes para que possa reconhecer uma situação de emergência. O aumento de pressão nas bobines dos travões das rodas realiza-se mediante a ativação das eletroválvulas que compõem o grupo hidráulico e a bomba de retorno do ABS/ESP.No gráfico anexo pode comparar-se a eficácia do sistema de travagem de um veículo com e sem assistência de travagem. No automóvel sem assistente de travagem a intervenção do ABS demora mais e a distância de travagem é maior. Com a assistência de travagem a intervenção do ABS é mais eficaz uma vez que a assistência de travagem se encarrega de aumentar a pressão das bombas dos travões nas rodas até ao seu valor máximo de forma instantânea. Nessa circunstância a função do ABS para impedir o bloqueio das rodas é otimizada e o espaços de travagem diminuem. No momento em que se inicia o funcionamento do ABS, o assistente de travagem já não pode continuar a aumentar a pressões do circuito de travagem. As condições de ativação do sistema de travagem são as seguintes:

Sinal do comutador da luz de travão quando se aciona o pedal de travão

Sinal dos sensores das rodas para a informação do automóvel em movimento

Sinal do sensor de pressão de travagem

para avaliar a rapidez e força de acionamento do pedal de travagemHoje para fazer um bom trabalho ao nível do sistema de travagem é necessário ter os equipamentos certos e a formação adequada, porque associada a ele há cada vez mais eletrónica o que é uma garantia de segurança.

UNIDADE HIDRÁULICA COM UNIDADE DE CONTROLO ABS

INTERVENÇÃO DE REGULAÇÃO

TRANSMISSOR DE PRESSÃO DE TRAVAGEM

SENSOR DE REGIME

VALORES EFETIVOS VALORES TEÓRICOS

A AMPLIFICADOR DE SERVOFREIOB SENSOR DE PRESSÃO DA FORÇA

DE TRAVAGEMC COMUTADOR DE LUZ DE TRAVÃO

D UNIDADE HIDRÁULICAE BOMBA DE RETORNO

F UNIDADE DE CONTROLOG BOMBITOS DE TRAVÃO DA RODA

H SENSOR DE REGIME

COMUTADOR DA LUZ DE TRAVÃO

As estatísticas de acidentes obrigam a necessidades como o assistente de travagem, desenvolvido pelos construtores de automóveis para evitar muitos destes acidentes que acontecem por falta de experiência do condutor em situações de emergência, onde se exige, cada vez mais, que a distância de travagem seja o mais reduzida possível.

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BRIDGESTONE TOTAL TYRE CARE. “UM PNEU DIZ-NOS MUITA COISA”

F F R O TA S

São 9h30 quando chegamos a Aveiro. À nossa espera está Vasco Andrade, 38 anos, oriundo de Lisboa mas

atualmente a viver no Porto, para onde se mudou por imperativos profissionais. Vasco é inspetor técnico da Bridgestone, função que desempenha há 11 anos – quatro em Lisboa, no Departamento de Quilometragem (assistência ao contrato quilométrico da Carris) e sete no Porto, onde desempenha funções no Departamento Técnico e de Formação.Este indefetível da marca (utiliza pneus Bridgestone no seu carro particular porque acha o produto “excelente”) tem a seu cargo a zona Norte de Portugal no que respeita ao acompanhamento das frotas que utilizam os

pneus Bridgestone ao abrigo do programa Total Tyre Care, que Vasco afirma ser muito bom, por acompanhar o pneu em toda a sua vida útil, mas também pelo apoio 24 horas em toda a Europa, que permite que “o cliente esteja satisfeito e possa contar com a Bridgestone sempre que precisar”.A cargo deste profissional estão 150 frotas, visitadas regularmente a fim de saber como se está a comportar o produto, sendo obrigatória uma visita trimestral para inspecionar o estado dos pneus. Mas Vasco não acompanha só frotas. Este alfacinha tem a seu cargo a gestão das reclamações e ainda arranja tempo para dar formação. “Tocamos muitos instrumentos”, diz-nos, antes de referir que percorre, semanalmente, entre cinco e

seis mil quilómetros para cumprir as suas funções. Mas não se importa, gosta do que faz, “principalmente do acompanhamento do pneu, porque sinto que estou a contribuir para a evolução do produto”.A esta satisfação também ajuda o bom feedback que recebe dos clientes, que ficam satisfeitos por poder receber estes relatórios que lhes apontam situações que podem ser perigosas. “E, regra geral, esses conselhos são seguidos ou caem em saco roto?”, perguntamos. Vasco não hesita: “às vezes nem têm oportunidade para o fazer. Já aconteceu fazer uma inspeção, enviar o relatório logo de seguida e o carro ter já partido. Mas muitas vezes corrigem e, por vezes, acontece fazê-lo na hora. Agora, não posso responder por todas as frotas…”

O programa Total Tyre Care da Bridgestone engloba o acompanhamento do desempenho do produto na frota do cliente. Fomos acompanhar uma inspeção técnica, que acontece regularmente, e saber com tudo acontece. TEXTO JOSÉ MACÁRIO FOTOS JOSÉ BISPO

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FERRAMENTAS DO OFÍCIODurante estas visitas é utilizado o software Toolbox Web e Toolbox Touch (para tablet). Aqui inserem-se todos os dados que se conseguem obter na inspeção, inclusive fotografias e conselhos, para que a informação enviada seja o mais completa possível. Este software permite ainda saber a marca predominante na frota do cliente, a medida predominante de pneus, o tipo de serviço efetuado (internacional, regional ou urbano), tudo fatores que influenciam o tipo de desgaste que se espera do pneu, o que ajuda a que seja recomendado ao cliente o pneu correto para a função a desempenhar. Essa função cai nos ombros de Eduardo Sousa, 45 anos, o Consultor de Pesados que se junta a nós à porta da Patinter, uma das maiores frotas nacionais e que iremos visitar hoje para acompanhar a inspeção.

MÃOS NA MASSAAcedendo às instalações, procuramos um camião. Não importa qual, uma vez que o acompanhamento é feito à frota, ou seja, independentemente de os veículos e/ou reboques montarem pneus Bridgestone ou de outras marcas, serão sempre analisados com a mesma imparcialidade e rigor.Cada inspeção guia-se pelo mesmo protocolo, para que nada fique por analisar, antes de

reportar ao frotista o estado dos seus pneus, através de um relatório próprio para o efeito. As várias visitas permitem ainda acompanhar o desempenho do produto no cliente ao longo da sua vida útil. E tudo isto tem uma razão, que Vasco explica: “para o frotista se sentir apoiado, sabendo que compra determinado produto e tem uma pessoa que representa a marca e que está preocupada em informá-lo de como está o produto”.O procedimento é sempre igual: aceder ao programa e verificar se o veículo está registado na base de dados e registá-lo caso não esteja. De seguida, mais registos, desta feita o do pneu que será inspecionado. Passamos à parte técnica, verificando a profundidade do piso do pneu e, depois, a sua pressão. Durante a inspeção visual do pneu é verificada a existência de cortes ou fissuras, porque “um pneu diz-nos muitas coisas”, nomeadamente se é utilizado com pressão abaixo do recomendado ou se a carga é excessiva. “E costuma encontrar muitos pneus com carga excessiva?”, quisemos saber. Vasco escuda-se e responde que tudo depende, pois se um pneu estiver com uma pressão abaixo do recomendado, a carga certa pode já ser excessiva.Vencidos, mas não convencidos, deixamos a inspeção seguir o seu curso, numa altura em que são tiradas fotografias ao pneu para poder verificar se existe desgaste irregular, sendo toda a informação gravada no programa e enviada para o cliente, incluindo o registo quilométrico, “porque assim o cliente pode calcular o custo por quilómetro de cada pneu” e ver quais os que são mais rentáveis.Terminada a inspeção deixamos o caminho livre para que este camião possa seguir viagem carregado de… pneus. “Bridgestone?”, perguntámos, mas ninguém sabia responder…

CONTACTOSBRIDGESTONE PORTUGALINSPETOR TÉCNICO: VASCO ANDRADETELEFONE: 223 745 690E.MAIL: [email protected]: www.bridgestone.eu

“GOSTO DO QUE FAÇO, PRINCIPALMENTE DO ACOMPANHAMENTO DO PNEU, PORQUE SINTO QUE ESTOU A CONTRIBUIR PARA A EVOLUÇÃO DO PRODUTO”

Depois de verificar a profundidade do piso dos pneus, Vasco mede a sua pressão, verificando se esta é a correta. Segue-se uma inspeção visual, onde se verifica a existência de cortes ou fissuras no pneu, que depois é fotografado, para diagnosticar qualquer tipo de desgaste irregular.Todos estes dados são registados no tablet com o Toolbox Touch e enviados para o cliente juntamente com o relatório da inspeção.

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AUTOPROMOTEC. PNEUS EM ITALIANO

SS A L Ã O

ALVES BANDEIRAO espaço da Alves Bandeira em Bolonha caracterizava-se por um cartaz promocional com toda a sua oferta de alto desempenho. A empresa, que tem escritórios no Dubai e em Portugal e conta como principais mercados o asiático e do Médio Oriente, foi pela primeira vez ao certame italiano em busca de novos mercados para os seus UHP premium. Como fatores diferenciadores para a sua empresa, André Bandeira defendeu o serviço logístico, com fornecimento rápido, a oferta alargada e o facto de trabalhar com as principais marcas e fabricantes de pneus.

APOLLO/VREDESTEINO grupo Apollo, que englobe a marca indiana homónima e a holandesa Vredestein, marcou presença na

Autopromotec para estabelecer contactos e promover o Quatrac 5 – um pneu all season da Vredestein lançado em junho de 2014 . Com foco no segmento de alto desempenho, este Quatrac 5 apresenta índices de velocidade entre T e Y. A oferta da Apollo é mais direcionada às massas, com tamanhos, índices de velocidade e desempenho tradicionalmente mais baixos.

EIBPresença assídua neste certame há 30 anos, a portuguesa EIB, perita em recauchutagem, levou a Bolonha um novo piso destinado ao mercado nórdico, matrizes integrais para pneus urbanos e matrizes auxiliares de recauchutagem. O grande objetivo passou pelo estabelecimento de contactos internacionais.

Entre os 1587 expositores presentes na 26.ª edição da Autopromotec, feira bienal que se realiza em Bolonha, Itália, marcaram presença várias marcas de pneus, assim como os seus distribuidores, com o intuito de dar a conhecer as novas propostas para o segmento, mas também com o objetivo de estabelecer contactos com atuais e potenciais clientes. TEXTO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES EM BOLONHA

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ETERNITY/INFINITYO grupo Al Dobowi, detentor das marcas Infinity e Eternity, não apresentou novidades a nível de produto. Anunciou sim dois novos responsáveis pela marca, o italiano Riccardo Costa e o holandês Mitchell Peeters, que revelaram que nos próximos meses a Infinity verá alargada a sua gama de pneus de alto desempenho e que a marca tem agora um novo centro de vendas em Madrid.

FALKENTa l como outras empresas, a Fa lken aproveitou a Autopromotec pa ra efetua r contactos com os seus atua is clientes e pa rceiros, promovendo em simultâ neo a sua ma rca no pa ís ita lia no. Ca rlos Vin has, responsável pela Fa lken na Península Ibér ica , apontou como g ra nde nov idade o a la rga mento da fa mí lia de pneus r un-f lat e revelou a inda que o nosso pa ís é utilizado de for ma pr imordia l como uma plata for ma de teste pa ra a sua ga ma de pesados, fr uto de uma “ temperatura a lta”, “ piso abrasivo” e da boa “rede de ca miões”.

HANKOOKA japonesa Hankook levou a Itália o novo pneu de inverno Evo 2 e o Ki-Energy 4S. Com o objetivo de se tornar o quinto maior construtor do mundo de pneus até 2020, o fabricante nipónico apresentou ainda um novo pneu para atrelado com classificação A na resistência ao rolamento. Aliás, os pneus para atrelados e camiões foram outra das grandes apostas desta marca que tem na Europa 30% das suas vendas globais. Apesar de ter concentrado a sua presença na feira no convívio com os seus retalhistas e oficinas de topo, houve também tempo para promover a marca a clientes e consumidores.

KUMHOA Kumho levou seis produtos à Autopromotec, todos visando a época de inverno, como os novos HA3 all season para ligeiros, HP91 para SUV premium, PS911 de alto desempenho, e os WP51 HS51, além de uma proposta para comerciais ligeiros. No seu stand, onde esteve representada a Marshall, marca de segundo equipamento, foi ainda revelada a escolha da Kumho como equipamento original do BMW Série 2 Active Tourer.

LASSAA Lassa é uma marca turca distribuída em Portugal pela Pneurama desde há um ano. Nascida de uma holding entre a Sabanci e a Bridgestone, esta marca levou três novos produtos à Autopromotec: o pneu de

inverno Wintus 2, direcionado para veículos comerciais ligeiros; um novo membro da linha para veículos 4x4 Comptus Winter, e a nova família Maxways para os veículos comerciais de média dimensão.

MARANGONIA italiana Marangoni, especialista em pneus recauchutados, levou ao certame transalpino o seu produto de primeiro equipamento MADN – um novo perfil de pneu agrícola que representa a expansão da gama Marix. No entanto, o destaque maior continuou a ir para o seu revolucionário anel, solução sobre a qual detém exclusividade. Desta feita, revelou em Itália o derivado WSS, um pneu especialmente desenvolvido para as condições de inverno europeias. Em Portugal, a italiana Marangoni conta com oito clientes só para pesados e pneus recauchutados e detém 30% deste mercado.

NEXEN TIREO pneu de inverno Winguard SnowG WH2 foi o destaque maior no stand da Nexen Tire, que apontou os mercados francês e português como os mais relevantes na sua estratégia para o mercado europeu, que é o maior mercado em termos de quantidade, enquanto os EUA e a Coreia sobressaem pela rentabilidade. A feira foi ainda uma oportunidade de “promover a imagem de marca” e angariar novos clientes.

ZENISESOs novos tamanhos das marcas T e Z foram os mais destacados no stand da Zenises, com a West Lake a evidenciar-se num stand à parte por ser uma marca “mais estabelecida”, na opinião de Jorge Crespo, diretor-geral da empresa, e por a Zenises querer promover os novos tamanhos das marcas T e Z no mercado italiano, estando neste momento a estudar os canais de distribuição que serão utilizados neste mercado. A feira foi assim uma oportunidade para efetuar novos contactos e promover as suas insígnias.

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EXPOMECÂNICA. ENCONTRO DE PROFISSIONAIS

Depois do sucesso da edição de estreia em 2014, a Kikai Eventos apostou muito mais forte para 2015 na segunda edição

do Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto. Teve quase o dobro dos expositores presentes, alguns deles em estreia absoluta neste certame, estando representados diversos setores de atividade no setor automóvel que interagem com as oficinas em geral e, neste caso, com os retalhistas de pneus.Mesmo tendo um número de visitantes ligeiramente inferior ao de 2014, a entidade promotora deste salão, a Kikai Eventos, assegura que se tratou de um visitante ainda mais profissional e mais focado nas empresas que estiveram presentes.“O índice de visitas foi sensivelmente idêntico ao ano de estreia (menos 700 entradas), mas, durante a feira, vimo-lo valorizado pelo perfil do visitante, ainda mais ajustado aos objetivos dos expositores”, sublinha José Manuel

Costa, diretor da KiKai Eventos, sustentando a sua opinião nos dados recolhidos durante a Expomecânica junto dos expositores e dos próprios visitantes.A TURBO OFICINA PNEUS esteve presente neste evento e dá-lhe agora uma perspetiva dos principais destaques e novidades que existiam em alguns dos stands de exposição.

AGUESPORTTal como aconteceu na 4.ª edição da Mecânica, o stand da Aguesport na Expomecânica era totalmente dedicado à marca Kumho, da qual a empresa de Águeda é importadora exclusiva para o mercado nacional. Em exposição estiveram os mais recentes modelos da marca coreana, como o Solus HA31, a segunda geração da sua proposta all season.

ALTARODAA empresa de Paredes mostrava os seus equipamentos oficinais da marca Mondolfo

“despidos” de carenagem para que se pudesse atestar da qualidade dos mesmos.Um produto que está na ordem do dia são os TPMS, neste caso da marca americana TECH. Destaque para o Kit “recore TPMS Sensor Saver” de reparação, que visa tornar simples a substituição deste produto, já que evita retirar o pneu fora do veículo para solucionar o problema.Um dos produtos estrela da companhia é o elevador portátil da representada ASTRA, com destaque para o Minilift, que se encontrava em teste na Oficina em Movimento By Turbo Oficina.

AB TYRESA AB TYRES marcou presença na Expomecânica com o objectivo de reforçar a sua notoriedade e conquistar clientes da cidade do Porto, onde aposta num serviço de distribuição diário e bi-diário, com uma ampla oferta de marcas: Falken, Gislaved (by

Os pneus e os equipamentos oficinais foram parte integrante da edição 2015 da Expomecânica, evento que reuniu no início do mês de junho mais de 10.450 profissionais do setor do aftermarket. TEXTOS CLÁUDIO DELICADO | JOSÉ MACÁRIO | PAULO HOMEM FOTOS OCTÁVIO PASSOS

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Continental), Fulda Truck, Torque e Zeetex. Outra aposta foi na difusão do site de vendas online, tendo os visitantes a oportunidade de fazerem simulações de encomendas através dessa ferramenta.

BRAY MARTINSPara a empresa de Setúbal o destaque para quem trabalha na área dos pneus foi o instrumento de diagnóstico e reprogramação de sensores TPMS da Tecnomotor. Trata-se de um pequeno equipamento fornecido ao cliente com 12 meses de atualização incluída e que codifica uma alargada gama de sensores universais.

COMETILEm destaque no stand da Cometil estavam três novidades Hunter: O Quick Tread – um scaner que mede a profundidade do piso, calcula a distância de travagem e a compara com a de pneus novos; o Check Alignment de

Pesados – uma máquina que alinha a geometria da suspensão e da direção destes veículos e consegue medir a geometria do camião; e a Revolution – uma máquina de desmontar/montar pneus totalmente automática que permite trabalhar jantes de até 30” e qualquer tipo de pneu, inclusive pneus RFT.Em exposição esteve também um equipamento de regulação do sistema de assistência à condução da Gutmann.

CONVERSA DE MÃOSA empresa de Valadares deu especial destaque à gama de equipamentos da HPA FAIP. Em exposição estiveram as desmontadoras M830 LL, ideal para utilização com pneus UHP e Run Flat, e M824 2V FS LL, com tecnologia Lever-Less para uma mais fácil desmontagem do pneu. No stand da marca foi ainda possível ver a alinhadora C 1000 e as equilibradoras B 235 ou B 325.

DOMINGOS & MORGADOA empresa do Porto, que duplicou o espaço para a edição 2015, apresentou uma nova gama de máquinas de equilibrar rodas da John Bean, abrangendo, no segmento Budget, as B 300 e B 300L, no segmento Quality as máquinas B 500 P e B 600 P e, por fim, no segmento Premium, a nova máquina B 800 P e a máquina topo de gama, mas já conhecida, BFH 2000. Todas elas têm em comum o mesmo grupo vibratório, conferindo a estes equipamentos versatilidade, fiabilidade e eficiência de trabalho acima da média.

EQUIASSISTEA Equiassiste, além da forte aposta nos equipamentos para centros de inspeção, teve também em exposição na Expomecânica equipamentos da marca Iberisa, que tem um vasto catálogo onde se incluem equilibradoras

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e desmontadoras de rodas, seja para ligeiros, motos ou pesados.

EUROCOFEMAEspecialista em equipamentos oficinais, a Eurocofema apresentava neste salão como novidade o Spot Lift Pro. Trata-se de um elevador pneumático portátil, com capacidade de elevação de 2,5 toneladas, que permite flexibilizar o trabalho na oficina.Os equipamentos de marca própria ECF mereciam destaque, sobretudo o elevador de baliza de 4,7 toneladas com colunas em S (que aumenta muito a solidez do equipamento).

EURO TYREA Euro Tyre continua a ser uma referência no setor grossista de pneus em Portugal, mas a Expomecânica serviu para, além de uma amostra das marcas que comercializam, nomeadamente a Infinity e a marca própria Euro Tyre. Mas a grande novidade, como demos conta na TURBO OFICINA de junho, é o início do novo projeto da venda de peças para automóveis sob a marca euroPARTNER (com site próprio em www.europartner.pt). Já estiveram presentes alguns fornecedores nas vitrines do stand da Euro Tyre, que está a alargar a sua base de oferta e está pronta para este novo desafio, nomeadamente com uma logística e stocks bem montados para o mercado ibérico. A euroPARTNER vai apenas trabalhar peças de qualidade original.

GALUSALApostada em trazer novidades à Expomecânica, a Galusal, empresa do Grupo Salco, dava a conhecer ao mercado português (fruto da sua colaboração com a Aguado Automoción) a desmontadora S 1000 Evoluzione da marca Sice. Este equipamento

destaca-se por ser muito silencioso, pela rapidez de montagem e desmontagem e por praticamente não exigir qualquer esforço ao mecânico (pelo facto de o eixo ser hidráulico e ter uma câmara que ajuda a localizar e a não danificar o TPMS das rodas).Outra grande novidade é o alinhador Argos da CEMB. Sem necessidade de instalar captadores, consegue-se realizar a operação de alinhamento e geometria de um veículo em apenas… 5 segundos, obtendo-se rapidamente os dados do veículo e, em caso de precisar de afinação, indica os ajustes necessários a fazer.

GONÇALTEAMDos diversos equipamentos que a Gonçalteam levou à Expomecânica uma das suas mais recentes novidades são as pistolas de impacto da marca italiana Paoli. Desenvolvidas na competição, as pistolas Paoli estão disponíveis numa ampla gama de modelos com diferentes performances que se adequam a qualquer tipo de trabalho oficinal.

GRUPO ZENISESÉ um dos grupos recentes a chegar ao mercado nacional e apostou em força na sua presença na Expomecânica, também para apoiar os distribuidores com que já trabalha em Portugal e para fazer alguma prospeção de mercado. O certame serviu ainda para as conversações com parceiros para fazer avançar a rede de retalho da West Lake para a Península Ibérica. Neste momento, o Grupo Zenises tem três marcas: a conhecida West Lake (distribuída pela Distrityres nos pesados e pela SPO nos ligeiros) e as novas marcas T (a Distrityres tem a distribuição exclusiva em Portugal desta marca) e Z, com a qual estão a fechar a

distribuição para Portugal. Uma das grandes novidades passa pela introdução de duas novas marcas previstas para setembro, uma totalmente nova e outra em parceira com outro fabricante, ambas no segmento Budget. Em breve vão surgir também pneus maciços com a letra T. Com o objetivo de reforçar as credenciais da marca Z no segmento Premium, a Zenises apresentou no certame luso os novos produtos da gama, que passará a contar com 50 dimensões. Além disso, o novo pneu 245/45YR18 runflat esteve em exposição, para demonstrar uma das 16 medidas deste programa, que oscilam entre a 195/55VR16 até às 20 polegadas. Estiveram também em exposição as mais recentes novidades da marca T. Além dos T Two e T Three, desenhados para ligeiros, marcou também presença o T Ecosaver para SUV e o T Twenty para comerciais ligeiros.

HÉLDER MÁQUINASDos diversos produtos em destaque neste stand sobressai o equipamento B-TP 1000 que mais não é do que um aparelho com wireless para trabalhar sensores de válvulas TPMS. Muito poderosa e com uma enorme base de dados, esta ferramenta é muito completa, o que permite ao mecânico trabalhar tanto com válvulas originais como com válvulas universais (programáveis).

LUSAVEIROMais orientada para o setor industrial, a Lusaveiro possui também uma extensa gama de produtos para o setor das oficinas automóveis, com destaque para os equipamentos para casas de pneus da Werther (máquinas de montar) e Giuliano. A empresa de Aveiro é ainda representante das ferramentas da King Trolley.

LUSILECTRANo seu regresso à Expomecânica, evento que a Lusilectra considera diferenciador, a marca do universo Salvador Caetano apresentou algumas novidades, como a desmontadora de pneus Beissbarth MS 630 IT, apresentada em estreia nacional e que viu o seu chassis ser reforçado para conseguir lidar com pneus mais pesados. Ainda no capítulo do peso, em exposição esteve um sistema de simulação de carga de pesados para os IPO; novas máquinas de ar condicionado e ainda novidades tecnológicas no campo da soldadura.

PNEURAMAPara além das suas tradicionais representações de pneus, a Pneurama mostrava uma nova marca que integrou recentemente no seu portfólio. Trata-se

de uma marca indiana (com escritórios na Bélgica) de pneus maciços para empilhadores e máquinas de maior porte - a Emrald -, que está posicionada no segmento Budget.

RSF EQUIPMENTEste fabricante espanhol de equipamento para oficina levou à Expomecânica a desmontadora DT-95 com e o elevador XT-300A, assim como a equilibradora digital AL-2000 e a equilibradora ET-806. Todos estes equipamentos fazem parte da oferta da marca “oficina chave-na-mão”, que consiste na montagem e assistência de todo o equipamento necessário a uma oficina especializada em pneus.

RUBBER VULKNo stand da Rubber Vulk a estrela foi o sistema Klone, composto pelo

sensor universal G-Sensor e respetivo programador all-in-one, ou seja, que não precisa de estar ligado a nenhum computador, uma solução que a empresa de Oliveira de Frades anuncia ser compatível com 95% dos sistemas TPMS do mercado e que permite grandes poupanças aos profissionais.

TUGA PNEUSO grande objetivo da Tuga Pneus foi divulgar a empresa e dar a conhecer a sua oferta na zona norte do país. Neste momento, a empresa trabalha para todo o país mas sentiu necessidade de marcar presença. Um dos objetivos foi divulgar a sua representação da marca Rapid, uma marca que se insere no segmento Budget, com muita procura no mercado nacional.

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INTERMAT 2015. NOVIDADES PARA TODOS

A décima edição da feira dedicada aos equipamentos e técnicas de construção, a Intermat, fechou

as portas no passado dia 25 de abril depois de 183 mil profissionais terem podido tomar conhecimento do que de mais recente existe neste mercado nos seis dias de certame. Apesar de estes números serem 8,5% inferiores aos de 2012, a organização da exposição parisiense revela-se contente pela adesão de público, tendo em conta o clima económico complexo que atualmente se vive. Mais ainda, os responsáveis pelo certame creem que este ano a Intermat cimentou a sua valência no plano internacional, uma vez que 35% dos visitantes eram estrangeiros, distribuindo-se por 168 países diferentes, incluindo o Médio Oriente, Norte de África e Turquia. Para as 1140 empresas representadas (mais 5% do que na última edição), este apelo internacional foi uma mais-valia para a preparação dos seus negócios futuros.Maryvonne Lanoë, diretor do evento, considera que a edição deste ano da Intermat

“foi mais um passo na crónica da recuperação internacionalmente anunciada. A visita de altos quadros de empresas fez deste um certame dinâmico que aumentou a confiança a todos os que trabalham no setor”.As novidades foram muitas e no setor dos pneus foram apresentados produtos novos, programas de gestão e o maior pneu radial do planeta.

BKT

A BKT aproveitou a Intermat para desvendar três novidades para a sua gama de construção e indústria. A estrela do stand da marca indiana foi o Earthmax SR 47, exibido na medida 24.00 R 35, desenvolvido para camiões de caixa aberta que operem em condições extremas, como pedreiras, oferecendo excelente resistência, durabilidade e estabilidade. A profundidade dos sulcos garante uma maior longevidade, otimizando a produtividade e reduzindo os tempos de paragem.O Earthmax SR 51, criado especialmente para escavadoras, foi desvendado na medida 20.5 R 25. Desenvolvido para potenciar a tração, a profundidade extra do piso e o composto utilizado no seu fabrico aumentam a longevidade e a produtividade em simultâneo. Os visitantes do certame puderam ainda ver o Earthmax SR 53 na medida 17.5 R 25, especialmente desenhado para escavadoras pesadas que operem em solos rochosos, como minas ou pedreiras. O composto utilizado é particularmente resistente a cortes, o que

A décima edição da Intermat, a Exposição Internacional de Equipamentos e Técnicas de Construção e Materiais Industriais, teve quase 200 mil visitantes, que puderam conhecer as várias novidades ali apresentadas, tanto de máquinas como de pneus. A TURBO OFICINA PNEUS conta-lhe tudo. TEXTO JOSÉ MACÁRIO

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aumenta a durabilidade, e o desenho do piso teve em mente a redução do risco de pedras ou outros objetos estranhos ficarem presos no pneu. Todos os pneus têm uma estrutura interna de aço, bem como blocos rígidos e não direcionais, para uma melhor distribuição do peso no solo.Não era novidade, mas o Earthmax SR 41, pneu desenhado para camiões articulados, também marcou presença no stand da BKT, na medida 29.5 R 25. Ao lado estiveram ainda amostras de várias outras gamas da marca: o Airomax AM 27, pensado para uso no asfalto e fora dele por gruas de alta velocidade; o Container King, desenhado para a manipulação de contentores; e o Maglift, pneu sólido para empilhadoras.

BRIDGESTONEA marca japonesa focou a sua passagem pela Intermat no programa Total Tyre Care, que se estreou em França. Os visitantes testemunharam os benefícios deste programa, que inclui um sistema remoto inovador que, através de sensores, irá monitorizar ativamente a pressão dos pneus. Também foi dado a conhecer o Total Tyre Systems, programa que ajuda os utilizadores a tirar o máximo das tecnologias inovadoras de pneus OTR desenvolvidos pela Bridgestone, assim como um revolucionário sistema de monitorização da pressão dos pneus com vista ao aumento do desempenho e da durabilidade dos pneus OTR, reduzindo o custo operacional total.Mas o que se destacou foi o pneu VRF para camiões de mineração. Com cerca de 5 toneladas, tem 4 metros de altura e quase 1,5 metros de diâmetro. Os visitantes puderam usá-lo como pano de fundo para fotografias, que depois podiam ser impressas, enviadas por e-mail ou partilhadas nas redes sociais.Além do maior pneu radial do mundo, a gama off-the-road da marca foi apresentada: do VSDR para empilhadoras ao VLTS para aplicações de terraplanagem, passando pelo VSNT para a mineração subterrânea, o VCHR para aplicações industriais e, claro, o VRF para camiões sobredimensionados.

GOODYEARA Goodyear expôs os seus produtos e serviços da divisão OTR com o intuito de ajudar os clientes a maximizar o seu investimento em pneus. Além disso, o certame foi o palco da apresentação de novas medidas na gama RT-5D, bem como do anúncio do aumento do portfólio de produtos e de uma nova oferta de serviços OTR, o programa EM Track III. O RT-5D é um pneu OTR de tração com nível 250 (L5) indicado para condições extremas, como as existentes em pedreiras, aplicações

industriais e centrais de reciclagem, bem como minas a céu aberto e subterrâneas. As novas medidas a juntar-se à gama existente são as 20.5R25, 23.5R25 e 26.5R25.O RT-5D Hi-Stability tem um desenho melhorado e inovador da banda, que proporciona uma boa tração e um nível elevado de proteção contra golpes e impactos, bem como um excelente conforto na condução. A carcaça combina reforços na área do talão, nos separadores e na volta superior da camada para maior produtividade, proteção nas paredes laterais e deformação minimizada, o que faz com que o RT-5D possa transportar até mais 25% de carga por ciclo.O programa EM Track III da Goodyear foi apresentado no certame. Permite a da gestão dos pneus desde o seu fabrico até ao fim de vida e pretende ajudar os profissionais desta área a diminuir os custos com os pneus OTR.

MICHELINOs Michelin XTXL E4 L4 e Bibload Hard Surface foram as estrelas da Michelin no certame francês. O primeiro destina-se a carregadoras e o segundo a retroescavadoras, veículos telescópicos e carregadoras compactas, mas tanto um como o outro têm como objetivo garantir aos utilizadores uma melhor eficiência operacional. Para isso foram realizadas inovações nos materiais, na conceção do pneu e também nas novas formas de escultura na banda de rodagem, como as do Hard Surface, em diamante de sete faces, que garantem igual desempenho em todas as direções.O XTXL E4 L4, disponível no final do verão, permite transportar 15% mais de carga que a geração anterior, graças à sua carcaça reforçada com cabos, e incorpora a tecnologia B2, que reduz as rotações na jante graças à nova arquitetura da zona baixa. Por último, o novo pneu tem cabos mais sólidos, com 40% mais massa de metal, flancos 50% mais espessos e uma nova correia de aço que aumenta a proteção em 20% contra os furos na banda de rodagem. Do mesmo modo, o design dos ombros promove o arrefecimento, enquanto a zona central e os seus calços de borracha maciços melhoram em simultâneo a resistência e capacidade de tração.Quanto ao Bibload Hard Surface, a gama recebe as dimensões 400/70 R20 e 500/70 R24. Este

pneu foi desenvolvido para trabalhar em pisos duros, secos e molhados. Destaca-se pela escultura da banda de rodagem composta por calços de borracha com um design em forma de diamante, que inclui a mesma carcaça do XMCL. A escultura da banda de rolamento proporciona benefícios em cinco áreas: motricidade, estabilidade, conforto, resistência às agressões e duração.

MITAS

As novas medidas do pneu de grua CR-01 foram um dos dois polos de interesse da participação da marca indiana na Intermat. As novas medidas são as 385/95R25 CR-01 170F TL e 525/80R25 CR-01 176F TL.Desenhados para velocidades de até 90 km/h (525/80R25) e até 80 km/h (385/95R25), a capacidade de carga estática máxima do Mitas 525/80R25 CR-01 é de 17 750 kg, suportando 7100 kg a uma velocidade de 80 km/h e a 7 bares de pressão. Todos os pneus Mitas CR-01 possuem tecnologia Mitas-Link, que aumenta a longevidade do pneu através da limitação do movimento da banda de rodagem, mesmo a velocidades de 90 km/h. Além disso, esta tecnologia permite um melhor controlo da grua no asfalto sem perder a tração fora dele.O outro polo do stand da Mitas foi o ERL-30, pneu destinado a carregadoras bulldozers e niveladoras, que recebeu uma nova medida. O novo 29.5R25 ERL-30 está disponível para venda e foi desenhado com as carregadoras de grande porte em mente. É a 12.ª referência da série Mitas ERL, que apresenta profundidades que vão dos 28 aos 90 mm.No mesmo certame estiveram em exposição vários produtos, incluindo os 23.5R25 201A2 ERL-50 TL MI; 29.5R25 208A2 ERL-30 TL MI; 750/65R25 190B ERD-30 TL MI; e 26.5R25 193B ERD-40 TL MI.

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MM E C Â N I C A

POLIBATERIAS. NOVO MINI-BOOSTER JENIUS DA ELECTROMEM

ALTARODA. SOLUÇÃO PARA REPARAÇÃO DE VÁLVULAS TPMS

SWAG. MALA DE ABRAÇADEIRAS COMO NOVIDADE NA GAMA

AParts and Market, disponível em www.partsandmarket.com, foi revelada

na Autopromotec, em Bolonha. Esta nova ferramenta online dedicada aos profissionais do aftermarket contém toda a informação revelante para o mercado e procura responder às mais frequentes questões das empresas envolvidas nesta indústria. Neste website pode encontrar 2300 players em toda a Europa, agrupados por país, grupo de compra, grossitas e construtores. Além disso, são disponibilizados estudos de mercado que oferecem indicações claras acerca do parque automóvel e, por inerência, acerca das gamas de produto mais requisitadas. Existe ainda uma área dedicada aos agentes, onde as marcas

AAltaroda oferece um kit da Recore para a reparação das válvulas do sistema TPMS

que sofram de corrosão galvânica.A corrosão galvânica é uma das principais causas de danificação do núcleo da válvula e da sua haste nos sistemas de monitorização da pressão dos pneus.Apesar de parecer uma reparação fácil, é

A mala de abraçadeiras de aperto, a mais recente novidade na gama SWAG, é

a solução perfeita, segundo a marca, para oficinas e viaturas de assistência a avarias, para utilizar em tubos e mangueiras de todos os tamanhos, de forma rápida, eficiente e em segurança.A mala contém 135 abraçadeiras universais de alta qualidade produzidas pelo fabricante líder Oetiker. Com os 14 diferentes tamanhos de abraçadeiras, o técnico tem tudo o que necessita para utilizar em diâmetros de 10,8 mm até 122,0 mm.Cada modelo de abraçadeiras está também disponível para venda individualmente (em pacotes de 10 unidades), o que significa que os clientes poderão facilmente reabastecer as suas malas de abraçadeiras.A mala é fornecida ainda com um alicate de abraçadeiras produzido por um conceituado fabricante de ferramentas, que está especialmente concebido para a montagem de abraçadeiras e para uma utilização em espaços limitados. As garras são arredondadas e em metal não temperado, de forma a evitar cortar as abraçadeiras durante a montagem.Para mais detalhes sobre a vasta gama de produtos oferecida pela SWAG, visite o website da marca em www.swag.de.

poderão escolher um representante para um determinado mercado, bem como uma lista das publicações do setor – onde estão presentes a TURBO OFICINA, TURBO OFICINA PESADOS e TURBO OFICINA PNEUS.

PARTS AND MARKET. NOVA FERRAMENTA PARA O AFTERMARKET

APolibaterias já tem disponível para o mercado nacional o novo Mini-Booster Jenius da marca electromem,

que se destaca pelas suas capacidades e reduzidas dimensões.Trata-se de um aparelho de elevadas performances e extremamente compacto que cabe no bolso! O Mini-Booster Jenius possui uma bateria de lítio capaz de colocar em funcionamento um comercial de mercadorias de médio porte (como a Mercedes Sprinter) diretamente aos cabos da viatura.Em complemento o Jenius é dotado de uma ficha multifunções capaz de carregar tablets e telemóveis sem dificuldade, e possui ainda uma lanterna LED.Ao nível da segurança, onde se destaca da

restante concorrência, vem equipado com protetor contra picos de corrente, inversões de polaridade e curto-circuitos, características fundamentais num aparelho de tecnologia de lítio.

necessário substituir todo o módulo sensor, reequilibrar a roda e redefinir o sensor TPMS.Para resolver este problema a Altaroda disponibiliza um kit da marca Recore, o TPMS Sensor Saver, que facilita e muito a reparação e substituição deste produto, pois nem sequer é necessário retirar o pneu para solucionar a questão.

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CIVIPARTS. DISPONIBILIZA EQUIPAMENTOS OFICINAS KS TOOLS

UFI FILTERS E SOFIMA FILTER. NOVOS CATÁLOGOS

HELLA. REFORMULA OFERTA EM MOTORES DE ARRANQUE E ALTERNADORES E LANÇA VALUEFIT

A ANPERE é uma associação portuguesa sem fins lucrativos

que visa o apoio às empresas e profissionais do ramo automóvel no intuito da sua qualificação, progresso e crescimento sustentáveis.O objetivo central da ANPERE é dotar os profissionais e oficinas automóveis dos meios necessários para o desenvolvimento de um serviço de qualidade e de valor acrescentado diferenciado. A concretização desse objetivo assenta na criação de uma plataforma integrada de informação – Site ANPERE – na qual as diferentes empresas deste ramo de

O s distribuidores, retalhistas e oficinas de reparação já têm disponíveis os

novos catálogos 2015 – 2016 para veículos turismo e veículos comerciais das marcas de filtros UFI Filters e Sofima Filter. Estas novas versões apresentam, além da tradicional secção de busca por marca-modelo-versão e correspondência AIM e OES, também a nova secção “dimensionário” de produtos por tipologia de filtro (Ar, Óleo, Combustível e Habitáculo).A gama teve um aumento de mais de 200 novas referências, em versão dupla UFI e SOFIMA, entre elas as recentemente incorporadas diretamente do

U ma nova marca nas referências 12V e 24V, nova gama no Equipamento Original e

um catálogo mais completo são algumas das novidades da Hella em motores de arranque e alternadores.A Hella deu um importante impulso ao seu segmento de motores de arranque e alternadores, que dispõe de uma ampla cobertura de mercado que corresponde a 97% do parque automóvel europeu, sendo agora mais forte do que nunca com as recentes novidades introduzidas.A nova marca Hella Valuefit (que substitui a anterior Timefit) acolhe a gama premium (sem casco), com cerca de 1.000 referências de alta rotação. Este programa inclui modelos para veículos de turismo como para pesados e industriais com a garantia de qualdiade Hella.A gama Hella Intercambio melhora a sua embalagem com um desenho mais atrativo e fácil de identificar na estante. As suas mais de 2.200 referências para veículos ligeiros, industriais, agrícolas e obras públicas convertem-se numa das mais importantes gamas de produto do mercado europeu, asiático e americano. Cada peça é reconstruída e submetida a um rigoroso controlo unitário de qualidade com os standards de qualidade OE, no qual são substituídas todas as peças de desgaste.Para reforçar a sua oferta, a Hella Equipamento Original lançou uma gama de alternadores e motores de arranque para máquinas (sem saco). São 190 referências para equipamento original no atual programa da Hella.Todas estas novidades estão presentes no novo catálogo de equipamentos elétricos de 2015, que estará disponível para o mercado em julho próximo.

atividade possam promover os seus serviços e produtos em prol do associado ANPERE, nas suas múltiplas valências: Soluções

Técnicas, Administrativas e Comerciais; Apoio Jurídico e à Comunicação; Formação Profissional.A ANPERE intenta na fomentação deste acesso global e atualizado à informação, a edificação de um tecido oficinal automóvel normalizado e certificado, em conformidade com a legislação em vigor e atentando aos paradigmas de crescimento sustentável, com enfoque no tríplice: ambiente, economia e sociedade.

ANPERE. NASCEU UMA NOVA ASSOCIAÇÃO NO SETOR OFICINAL

Mediante acordo firmado com o fornecedor para os mercados onde atua,

a Civiparts tem agora disponível na sua gama de equipamentos oficinais, a marca alemã KS Tools.Esta reconhecida marca de equipamentos possui uma vasta gama de aplicações para veículos pesados com um catálogo com mais de 17.000 artigos e também website com vídeos, imagens e características dos equipamentos que

servem de suporte à correta e eficaz pesquisa das necessidades de cada cliente.Enquadrada nas várias ações conjuntas previstas e, para além de suportes de comunicação da marca, a Civiparts colocará à disposição para fornecimento

imediato cerca de 330 referências de produto e para o lançamento da marca, terá ativa uma campanha promocional até 31 de Julho com 4 artigos de elevado consumo.

desenvolvimento e produção para primeiro equipamento, como é o caso do filtro gasóleo para o Fiat 500X e Jeep Renegade, ou ainda o novo Qashqai ou o filtro de óleo para o Maserati Ghibli. Mais de 50% das aplicações são veículos lançados no mercado nos últimos quatro anos.A gama UFI, atualizada constantemente online em www.ufi-aftermarket.com/catalogue, oferece uma gama ampla de produtos com 2570 referências.

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OO P I N I Ã O

Antigamente existia a lei do menor esforço, agora existe a lei do menor preço. O negócio dos pneus é assim. Antigamente vendiam-

se pneus em barda e não era preciso ter grandes estratégias para os comercializar. Atualmente, com o negócio em retração a estratégia é o preço baixo. Como se isso fosse estratégia.Vamos ver quantos é que se aguentam nesta desenfreada guerra pelo preço baixo. É garantido que o negócio não vai dar para todos e que alguns irão desaparecer pois estão a ficar sem margem. Aqui refiro-me claramente à margem que permite que os negócios se rentabilizem e que criem valor, mas para quase todos os elementos da cadeia dos pneus (das marcas ao consumidor final) o preço baixo vai um dia pagar-se bem caro.Até os que optaram por estratégias diferenciadoras para fazer chegar o pneu desejado o mais rapidamente possível ao retalhista e este o fazer chegar ao cliente final, estão hoje muito renitentes face ao futuro do negócio dos pneus, pois todos já perceberam que estão apenas a trocar borracha por dinheiro e no final não existe margem para reinvestir no negócio.Os grossistas e as marcas deram quase tudo ao retalhista. Baixaram o preço dos pneus, passaram a entregá-los duas, três, quatro ou até mais vezes ao dia, desenvolveram fabulosos sites de vendas B2B e, no final, o retalhista ainda pede preço mais baixo... e o problema é que o fornecedor dá!Chega-se agora ao extremo de se definirem sub-segmentos dentro do segmento Budget, tudo por causa do preço: Low-budget, Super

Low-Budget, Budget Budget, Budget Chinês e outras novas designações surgiram no léxico dos pneus baratos ou muito baratos, mas que incorrem em diversos problemas que não têm a ver só com a rentabilidade da atividade, mas problemas também de segurança rodoviária, como tive oportunidade de experimentar recentemente.É certo que é o cliente que pede preço, mas continua a ser em 80% dos casos o retalhista a influenciar a escolha do automobilista sobre pneus e, por isso, terá também responsabilidade em gerar margem para o seu negócio (que é essa a razão do seu trabalho) e de contribuir para uma melhor segurança do automobilista. Quando se muda da Lei do menor preço para a Lei da rentabilidade do negócio?

Paulo Homem JORNALISTA [email protected]

A LEI DO MENOR PREÇO

“CHEGA-SE AO EXTREMO DE SE DEFINIREM SUB-SEGMENTOS DENTRO DO SEGMENTO BUDGET, TUDO POR CAUSA DO PREÇO: LOW-BUDGET, SUPER LOW-BUDGET, BUDGET BUDGET, BUDGET CHINÊS E OUTRAS NOVAS DESIGNAÇÕES