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O QUE IMPORTA COM O FIM DA IMPORTAÇÃO DE CARCAÇAS DE PNEUS USADOS Cenário – O mundo precisa de reformas – Pág. 14 Ecoatividade – Pneu na Câmara – Pág. 12 Amirp em ação – Amirp se une ao Sindipneus – Pág. 8 Publicação Bimestral da Amirp Associação Mineira dos Reformadores de Pneus Ano 1 – Nº 11 – Julho/Agosto 2009

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O QUE IMPORTACOM O FIM DA IMPORTAÇÃO DECARCAÇAS DE PNEUS USADOS

Cenário – O mundo precisa

de reformas – Pág. 14

Ecoatividade – Pneu na

Câmara – Pág. 12

Amirp em ação – Amirp se une

ao Sindipneus – Pág. 8

Publicação Bimestral da AmirpAssociação Mineira dos Reformadores de Pneus Ano 1 – Nº 11 – Julho/Agosto 2009

Já passamos da metade do ano e nesse período muitas coisas aconteceram. Para começar, o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu: o Brasil está proibido de importar carcaças de pneus usados de qualquer país. Essa informação não é mais novidade, mas muito ainda se fala sobre a inconstitucionalidade da importação. E são raras as ocasiões em que o pneu ocupa cena de destaque nos noticiários e nas decisões do STF. As opiniões ainda se divergem, mas, já definida a situação, a questão agora é: como reagir diante deste novo cenário? Quais as perspectivas para o setor de reforma com essa mudança?

Além desse assunto, a Pneus & Cia. desta edição traz também uma novidade para o segmento da reforma de pneus em Minas Gerais: a Amirp está em um processo de fusão com o Sindipneus (Sindicato das empresas de revenda e de prestação de serviços de reforma de pneus e similares do estado de Minas Gerais). Em reuniões no mês de agosto, empresários do setor de revenda e de reforma que são envolvidos nas entidades representativas da classe se encontraram para definir ações para unir a associação ao sindicato. O intuito da fusão é fortalecer a representatividade do setor de pneumáticos no estado.

No mais, a Amirp segue com suas ações em benefício ao segmento de reforma de pneus. Você pode conferir, na editoria Ecoatividade, uma entrevista com o deputado federal José Fernando Aparecido de Oliveira (Partido Verde), que, em parceria com a associação, está elaborando um projeto de lei que vai favorecer o setor de reforma no Brasil.

Também estão a todo vapor os cursos do Projeto TWI, que visam conscientizar e orientar os agentes de trânsito sobre a importância de se observar a profundidade mínima de segurança dos sulcos da banda de rodagem dos pneus (1.6mm). Em quatro meses de execução, quase 200 agentes dos órgãos de trânsito do estado já assistiram aos cursos, sendo isso apenas o início do projeto. Aproveitamos para agradecer o apoio dos anunciantes da revista e dos associados da Amirp e dizer que vamos continuar na busca por parceiros para ampliar o atendimento e para aperfeiçoar este trabalho social, que beneficia não só diretamente o setor, mas toda a sociedade.

Essas e outras ações e novidades você encontra nesta edição. Boa leitura!

Paulo César BitarãesPresidente da Amirp

TEMPO DEMUDANÇAS

3 | Pneus & C

ia.EDITORIALEXPEDIENTE

Diretoria AmirpPresidentePaulo César Pereira Bitarães Vice-presidenteRogério de MatosDiretor FinanceiroFernando Antônio MagalhãesDiretor TécnicoMiguel Pires MatosConselheiro FiscalJúlio Vicente da Cruz Neto

Gerente ExecutivoAder de Pádua

Representante Institucional e TécnicoVanderlei Carvalho

Auxiliar AdministrativoTatiane de Faria

Revista Pneus & Cia.Diretora ResponsávelMariana Conrado – Reg.: MTb. 013438/MGEditoresMariana Conrado e Ruleandson do [email protected]ão Carlos Paludo, Pércio Schneider e Tom Coelho Revisão FinalGrazielle FerreiraArte e EditoraçãoIn Foco Brasil (31) 3226-8463www.infocobrasil.comImpressãoPampulha Editora Gráfica (31) 3465-5300www.pampulhaeditora.com.brTiragem5.000 exemplares

Os informes publicitários aqui veiculados sãode responsabilidade exclusiva dos anunciantes,inclusive, com relação à veracidade.

Os textos editoriais não têm vinculação com osmateriais publicitários.

As opiniões expressas nos artigos assinadossão de responsabilidade dos autores.

É proibida a reprodução total ou parcial de textose de ilustrações integrantes da edição impressaou virtual, sem a prévia autorização dos editores.

Pneus & Cia. – Ano 1 – Nº 11 – Julho/Agosto 2009Órgão Informativo da Amirp

Amirp

Av. João César de Oliveira, 452 • Sala 15 • EldoradoCEP 32310-000 • Contagem • MG • Tel: (31) 3356-3342 [email protected] • www.amirp.com.br

20Pneus e FrotasGarantias de pneus e reformas

22ServiçosErgonomia

23EstratégiaTerceirização de vendas

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AMIRP EM AÇÃOUnião: Amirp e Sindipneus

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CAPAO que importa com o fim da importação

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ECOATIVIDADEPneu na Câmara

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26 Viver bemA sabedoria do falar “não”

24 Fazendo a diferençaMedalha de ouro para a persistência

27 Guia dos ReformadoresMinas Gerais

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CENÁRIOO mundo precisa de reformas

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.MOMENTO DO LEITOR

Gostei muito dos assuntos tratados na última edição. Gostaria que abordassem mais o tema “perucagem”, enfatizando os prejuízos decorrentes em caso de soltura, ou explosão da peruca, além dos danos materiais. Essa prática coloca em risco o próprio veículo e os outros ao redor de acidentes gravíssimos. Quem faz este tipo de serviço só visa ao lucro com margens altas e não tem o menor respeito com a sociedade.

José Pedro SouzaGuarujá – SP

Quero parabenizar a Amirp por todo o trabalho prestado aos associados e também pela revista Pneus & Cia., que está cada vez melhor. Na minha opinião, a última edição veio recheada de reportagens de grande utilidade. A matéria “Trânsito consciente” foi uma das minhas preferidas, serviu para lembrar aos esquecidos e, claro, evitar multas!

Josué GonlçalvesUberlândia - MG

Sempre leio a Pneus & Cia. e fico esperando pela próxima edição. É um prazer receber uma nova revista sempre com matérias in-teressantes. Da última publicação, destaco a repercussão da matéria veiculada pelo Jor-nal Nacional sobre a perucagem e os cursos de TWI, que comprovam a expansão do setor de reforma na sociedade. Parabéns a todos da Amirp pela revista!

Carlos Antônio Cruz Belo Horizonte – MG

Quando li a última revista percebi o quanto o assunto pneus é sério: uma re-portagem na Rede Globo sobre a perucagem e uma matéria na capa da Pneus & Cia. falando sobre a manutenção da segurança desses, que, conforme foi citado na reportagem, são os únicos pontos de contato do carro com o asfalto. Muitas vezes, pensamos na gasolina, no roteiro, na distância e vamos deixando nossos pneus de lado. No entanto, cuidar dos pneus é um modo não só de garantir nossa segurança, mas de cuidar do meio ambiente, pois se reformarmos o pneu na hora certa ajudamos a cuidar do planeta.

Camila MaiaGovernador Valadares – MG

Este espaço é seu. Está reservado para suas sugestões e opiniões.Fale com a gente: [email protected]

MANUTENÇÃO

DA SEGURANÇA

OS RISCOS DO PNEU CARECA

Fazendo a diferença – Injeções de

ânimo e doses de alegria – Pág. 24

Serviços – Trânsito

consciente – Pág. 20

Ecoatividade – Meio ambiente

dentro da lei – Pág. 12

Publicação Bimestral da Amirp

Associação Mineira dos Reformadores de Pneus

Ano 1 – Nº 10 – Maio/Junho 2009

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.SERVIÇOS

A ntes de dirigir, atenção: “condutores precisam

obedecer a uma série de regras no trânsito”.

A afirmação do delegado Luiz Cláudio Figuei-

redo, coordenador de administração de trânsito do

Detran/MG, vem ao encontro da premissa de que co-

nhecer as leis e a sinalização de trânsito e obedecê-las

em qualquer horário e local é fundamental para o fluir

mais harmônico das vias.Mas, em contraponto, deve-se ressaltar que, dentre as

várias regras, nem todas são de conhecimento comum,

e algumas só existem na boca do povo, sem qualquer

citação no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Dirigir

descalço ou sem camisa, por exemplo, são práticas que

não infringem a lei. Entretanto, jogar lixo para fora do

veículo e falar ao celular são consideradas faltas mé-

dias, com multa de R$85,13 e acréscimo de quatro

pontos no prontuário. Saiba o que você pode e o que

não pode fazer enquanto dirige, a partir da análise do

coordenador de trânsito, Luiz Figueiredo.Animais

Os cachorrinhos que gostam de passear podem co-

memorar. Não é proibido levar bichos de estimação

dentro do carro. O que pode dar multa é carregar o

animal no colo ou do lado esquerdo do motorista. A

situação está prevista no artigo 252 do CTB, que de-

fine a infração como média, com multa de R$85,13 e

quatro pontos no prontuário.Lixo

O lixo atirado pelo condutor ou passageiro nas vias,

além de ferir o artigo 252 e gerar multa, é uma infração

direta ao meio ambiente e à saúde pública. Sem contar

que é o atestado explicito da má-educação do infrator.

Segundo Figueiredo, o fiscal de trânsito pode emitir a

multa, sem ser necessária a abordagem. Isso está de

acordo com a presunção de verdade do agente.Fone de ouvido

Seja para ouvir música ou para falar ao celular, o uso

de fone de ouvido é proibido. Infringe o artigo 252

do CTB e indica falta média. Neste caso também não

é preciso haver a abordagem do agente.Vestuário

No CTB não há nenhuma proibição referente a dirigir

sem camisa, de biquini ou com qualquer outro tipo

TRÂNSITO CONSCIENTE

Quando chega à sua casa um envelope com o símbolo da Prefeitura ou do

Departamento Estadual de Trânsito (Detran), o coração logo aperta, não é mesmo?

A possibilidade de ser uma multa de trânsito é grande e, mais que pensar no histórico

das possíveis infrações cometidas, é válido repensar suas atitudes no trânsito. Além

de poupar o seu bolso, rever suas ações será fundamental para possibilitar um

trânsito mais agradável e seguro.

por Luciana Laborne

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Nos dias 21 e 22 de maio, foi ministrado pelo con-

sultor técnico e institucional da Amirp, Vanderlei

Carvalho, o curso TWI na Transcon (Autarquia Mu-

nicipal de Trânsito e Transportes de Contagem) e na

BHTrans (Empresa de Transporte e Trânsito de Belo

Horizonte), respectivamente. O curso da Transcon

contou com a participação de 13 agentes de fisca-

lização de trânsito. Já na BHTrans participaram 32

funcionários das áreas de fiscalização interna e ex-

terna da empresa. No mês de junho, nos dias 2, 3

e 25, o curso TWI foi ministrado para novas turmas

de agentes da Transcon.

O presidente da Amirp, Paulo Bitarães e o associa-

do Renato Costa, da Pneusola, foram entrevistados

pela equipe do Jornal Nacional, da Rede Globo de

Televisão, no dia 10 de junho. A pauta da matéria foi

sobre a prática ilegal da “perucagem”, serviço que

não possui garantia e nem qualidade comprovada. Por meio do representante técnico e institucional,

Vanderlei Carvalho, a Amirp se coloca à disposição

para ministrar consultorias e cursos técnicos persona-

lizados na área de pneu. Os primeiros cursos ocorre-

ram na sede da Amirp, nos dias 15 e 16 de maio, para

os funcionários da Grid Pneus.

O material que orienta os cursos é o Manual TWI, ela-

borado pela associação mineira. As palestras contam

também com outras informações como, por exemplo,

explicações sobre pneus fora de estrada (OTR – Off

the road).

O objetivo da Amirp é capacitar a área de vendas por

meio de conhecimentos técnicos, criando um diferen-

cial para consolidar e incrementar as vendas. É um

estímulo a mais para as empresas investirem no seu

material humano, o funcionário.

Em primeiro lugar, que-

ro ressaltar a atenção e

presteza dos consultores

da associação. Já fomos

contemplados pelo es-

clarecimento a respeito

da obrigatoriedade de

manter um percentual

mínimo, conforme lei,

de colaboradores par-

ticipantes do programa

Menor Aprendiz.

Queremos dar destaque ao retorno que tivemos

sobre a orientação que solicitamos a respeito do

valor da Taxa de Fiscalização Ambiental (TFA).

Após pesquisas, os consultores da Amirp perce-

beram que a empresa de consultoria que haví-

amos contratado estava equivocada. Após uma

explicação detalhada, a associação nos apresen-

tou o cálculo correto da taxa, o que contribuiu

para evitarmos gastos desnecessários, como

efetuar o pagamento de cobranças com multas

e juros indevidos.

Flávio Boschi – Recapagem Santa Helena

A Amirp prestou-me

uma assessoria de de-

fesa devido ao venci-

mento do registro de

renovação da minha

reformadora perante

o Inmetro. Após uma

primeira visita, com o

meu registro já invá-

lido, agentes do In-

metro atuaram minha

reformadora. Assim, a

associação elaborou a

defesa da minha empresa, solicitando que

ela não seja atuada e, ainda, que a multa

seja transformada em advertência.

Caso seja aceita essa defesa, serão vários os

benefícios. Além economizar na contratação

de um advogado para estruturar a defesa,

ficarei livre do pagamento da multa.

Eloi Gomes – Pneucon Pneus Contagem

CURSOS TWI

EM PRÁTICA

AMIRP NA MÍDIA

A OPINIÃO DE QUEM SOLICITOUAMIRP OFERECE CONSULTORIAS

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ia.

AMIRP EM AÇÃO

PARCERIA AMM

No dia 22 de maio, representantes da direto-

ria da Amirp se reuniram com Hérzio Mansur

e Marcelo Albano, respectivamente gerente

executivo e assessor ambiental da AMM (Asso-

ciação Mineira dos Municípios). Na busca por

parceria, ficou acordado entre as associações:

• A possibilidade de o setor de reforma parti-

cipar de concorrências públicas de maneira

adequada. A Amirp encaminhará à AMM

um estudo referente aos quesitos necessá-

rios para que uma empresa reformadora de

pneus funcione de maneira regularizada.

Com isso, as prefeituras poderão incluir em

seus editais esses quesitos, fazendo com

que apenas empresas regulamentadas e

certificadas possam participar dessa com-

pra pública.

• A criação de ecopontos em municípios que

não possuem esses pontos de recolhimento.

• E, para finalizar, com o intermédio da AMM,

a Amirp oferecerá cursos do Projeto TWI

para todas as prefeituras de Minas Gerais

que possuem empresas públicas de regula-

mentação de trânsito. Essas empresas serão

levantadas pela associação dos municípios.

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Curso TWI na BHTrans

Paulo Bitarães em entrevista para a Rede Globo

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Renato Costa em entrevista para a Rede Globo

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Curso técnico para funcionários da Grid Pneus

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• Consultoria tributária: esclarecimentos

sobre a legislação tributária e obrigações

acessórias.

• Consultoria contábil: conselhos sobre es-

crituração contábil.

• Consultoria ambiental: respostas a consul-

tas sobre obrigações acessórias.

• Consultoria financeira: explicações sobre

linhas de financiamentos e técnicas de

gestão financeira.

• Consultoria técnica: orientações sobre o

melhor aproveitamento da estrutura fabril

e de outros itens ligados à reforma.

GRADE DE SERVIÇOS DA AMIRP

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O anúncio é oficial: a Amirp vai se integrar ao Sindipneus. O acordo foi fechado no mês de agosto, após reuniões das direto-

rias das entidades com os empresários do setor de revenda de reforma de pneus, na sede do sindica-to, em Belo Horizonte.

O primeiro encontro foi realizado dia 11 de agosto. Nessa reunião, além de discussões dos pontos que versam sobre a união dos representantes da Amirp e do Sindipneus, foi apresentado também o projeto de linha de financiamento para os empresários do setor de reforma e de revenda de pneus. Definidos os tó-picos pendentes, o projeto será encaminhado para o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Na ocasião, o presidente do Sindipneus, Henrique Koroth, apresentou parcerias para os empresários do setor: a Acquabio Soluções ambientais, representada por Anderson Crystenes; e Benedito Filho e Etevaldo Luiz, que falaram em nome do Grupo Águia-Enigma, prestadora de consultoria em segurança empresarial. Os parceiros se colocaram à disposição dos empresá-rios para demais esclarecimentos.

Na segunda reunião, realizada no dia 18 de agosto, foi fechado o acordo sobre o processo de união da associa-ção mineira ao sindicato. Os presentes definiram ques-tões relativas ao novo estatuto social e a outras obriga-

ções assessórias do processo que estavam pendentes, para que fosse iniciada, em concreto, a fusão. Sobre as discussões, pode-se adiantar que ficou decidido que o sindicato será constituído por duas câmaras setoriais: uma para revenda e outra para a reforma de pneus.

O presidente da Amirp, Paulo Bitarães, ressalta que a fusão vai fortalecer o setor. “Como o sindicato tem uma expressão maior, a união vai gerar uma grande representatividade do setor mineiro no Brasil e, assim, será possível um amplo trabalho de defesa dos inte-resses do segmento”, afirma.

O presidente do Sindipneus, Henrique Koroth, tam-bém fala em fortalecimento. Koroth lembra que, as-sim como vem acontecendo nas grandes companhias do segmento de pneus e borrachas, como na Brid-gestone, que adquiriu a Bandag, unir experiências é uma tendência para favorecer um segmento, por isso integrar a associação ao sindicato só vai beneficiar o setor. “Ao invés de cada entidade lutar por um lado, percebemos que é mais inteligente somar as forças. Até porque, o caminho é este: pneu novo junto com a prática da reforma. Um ramo é interligado ao ou-tro”, conclui Koroth.

Os empresários participantes demonstraram partilhar da mesma opinião dos presidentes. A previsão é de que a Amirp se una ao Sindipneus em setembro.

AMIRP E SINDIPNEUS UNIDOSPARA FORTALECER O SETOR

AMIRP EM AÇÃO

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Diretoria da Amirp, do Sindipneus eempresários do setor de pneus reunidos

A Amirp segue realizando cursos do Projeto TWI. No dia 11 de agosto, no auditório da sede do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG), em Belo Horizonte, o consultor técnico e institucional da associação mineira, Vanderlei Carvalho, ministrou o

curso para cerca de 50 agentes de trânsito. Entre os pre-sentes, estavam também agentes da TransPL (empresa de transportes e trânsito de Pedro Leopoldo/MG). No dia 20 de agosto, Vanderlei Carvalho ministrou o curso para funcionários da revedendora Minas Pneus.

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NOVAS TURMAS DO CURSO TWI

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Curso TWI no DER

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Curso TWI na revendedora Minas Pneus

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PROJETO DE LEI DETERMINA USO DE PNEUSREFORMADOS EM VEÍCULOS DA PREFEITURA

DE GOVERNADOR VALADARES (MG)

Com o apoio da Amirp, a reformadora de pneus Belo Vale apresentou, na Câmara Municipal de Governador Valadares, sugestões de como o

município poderia usufruir da reforma de pneus. A audiência ocorreu no dia 5 de agosto. O diretor da Belo Vale, Iranelson Coelho, e o gerente técnico e institucional da Amirp, Vanderlei Carvalho, apresen-taram aos vereadores e à comunidade o segmento de reforma de pneus no Brasil e os projetos ligados ao setor. No encontro, foi discutida ainda a questão da destinação final dos pneus e da política ambiental.

Entre os temas tratados, um dos destaques foi a ques-tão do indicador de desgaste dos pneus (TWI) – índi-ce já determinado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que estipula que, por segurança, nenhum veículo automotor pode circular com desgaste supe-rior a 1,6mm de profundidade mínima dos sulcos de toda a banda de rodagem dos pneus. A Amirp, que já realiza ações com o Programa TWI, solicitou que essa lei seja de fato cumprida em Governador Valadares (GV). O consultor técnico, Vanderlei Carvalho, reivin-dicou maior orientação aos agentes de trânsito para que se atentem às fiscalizações. “Mais do que aplicar as multas, os fiscais devem vistoriar todo o carro e ainda conscientizar os motoristas sobre os riscos de circular com os pneus carecas”, diz Carvalho, que mi-nistra cursos sobre o TWI para agentes dos órgãos de trânsito no estado.

O momento chave da reunião foi quando o presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente, vereador Lierte Júnior (do Partido da Mobilização Nacional),

apresentou o Projeto de Lei nº 085/09, que dispõe so-bre a obrigatoriedade de 60% de toda a frota de veí-culos da prefeitura de GV utilizar pneus reformados.

O vereador informou que a frota do município é composta por 400 veículos e a despesa anual com a compra de pneus novos é de R$172 mil. Com o pro-jeto, a perspectiva é de que a cidade economize cerca de R$85 mil ao ano.

Segundo o representante da Amirp, Vanderlei Carva-lho, o projeto teve assinatura unânime dos 14 verea-dores e agora só depende da tramitação pelas comis-sões da Câmara para a definitiva aprovação.

De acordo com o assessor de comunicação da Belo Vale, Yuri Pimenta, estavam presentes na audiên-cia funcionários de borracharias e de pneumáticos, estudantes universitários, autoridades representan-tes de órgãos de trânsito, do comércio, e de outras entidades, além da gerência da indústria Artefatos de Borracha Coelho (ABC Valadares), fabricante de bandas de rodagem para reforma de pneus, que apoia o projeto.

Com a aprovação do projeto, Governador Valadares será a primeira cidade do Brasil a implantar uma me-dida que determina o uso de pneus reformados na frota municipal, o que vai, na avaliação do vereador Lierte Junior, favorecer os cofres públicos e também a preservação do meio ambiente. “Irá, portanto, pro-porcionar mais qualidade de vida para toda a comu-nidade”, diz o vereador.

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Audiência sobre pneus na Câmara Municipal de Governador Valadares

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ASSOCIADOS AMIRPAS VANTAGENS DE FAZER PARTE DESSE TIME

Defendo todo tipo de trabalho em relação ao associativismo. Entendo que ações coorporativas em associações de classe trazem vários benefícios a um segmento. E na Amirp não é diferente, pois, com a sua criação, nosso seg-mento de reforma de pneus passou a ser mais visto e de maneira bem mais realista do que antes e ainda passou a ser mais respeitado.

As ações que a Amirp promoveu nesta sua recente trajetória são impressio-nantes. São várias, posso destacar o trabalho na Assembléia Legislativa e o programa TWI. Em nossa região, o sul do estado, fizemos vários encontros, sem dúvida, muito proveitosos e evolutivos. Mas acredito que o mais impor-tante foi o avanço nas relações entre empresas, vários reformadores passaram a se respeitar e a se entender, o que possibilita a constante evolução de nossa entidade, que tem um longo caminho pela frente.

Parabéns às lideranças da Amirp.

Aureliano Zanon AlvesTyresul Renovadora de Pneus Ltda.

O trabalho que a associação tem realizado é de uma importância enorme, tanto para o segmento de reforma de pneus como para a sociedade em geral, haja vista a importância do setor para o meio ambiente e também em termos econômicos e de empregabilidade.

Com a Amirp estamos sendo vistos com outros olhos pelos clientes e asso-ciados. Entre as ações, posso citar: a revista Pneus & Cia (que tem mostrado a importância do nosso setor, bem como levado informações preciosas aos caminhoneiros, transportadoras e demais interessados); a consultoria em re-lação a questões importantes como as de licenciamento ambiental, registro junto ao Inmetro, entre outras.

Entretanto, gostaria mesmo é de destacar o apoio que a Amirp nos deu junto ao projeto que levamos à Prefeitura de Governador Valadares, pe-dindo que o município reformasse, no mínimo, 60% dos pneus da frota da prefeitura. O Projeto foi aprovado por unanimidade e está à disposição de qualquer reformador para que possa apresentá-lo também em sua cidade.

Agradeço, sinceramente, à Amirp e espero que todos os outros reformado-res se associem para que possamos nos tornar cada vez mais fortes. Somen-te por meio de uma associação unida somamos esforços para mostrar que o nosso setor não é simplesmente uma “fabriqueta de fundo de quintal” e sim uma verdadeira indústria da reciclagem.

Iranelson Nunes CoelhoReformadora de Pneus Belo Vale

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PNEU NA CÂMARAPROJETO DE LEI PRETENDE BENEFICIAR O SETOR

ECOATIVIDADE

por Mariana Conrado

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Deputado federal José Fernando

Pensar globalmente e agir localmente”. Essa fi-losofia adotada pelos mais famosos políticos do mundo é também seguida pelo deputado federal

José Fernando Aparecido de Oliveira, do Partido Verde (PV), o qual preside em Minas Gerais. Mais conhecido como Zé Fernando, o parlamentar afirma ter o meio ambiente como uma de suas principais bandeiras. “Te-nho grande foco nas questões ambientalistas e, conse-quentemente, na sociedade”, discursa.

E, nessa preocupação ecológica, José Fernando está ante-nado com o setor de reforma de pneus. Ele acredita nos benefícios sociais, econômicos e ambientais do segmento e diz ainda que, como representante nacional popular, sente obrigação em apoiar a prática da reforma no Brasil. Prova disso é a proposição de criar, em parceria com a Amirp, um Projeto de Lei que favoreça o ramo no país. Atualmente, não existem ações que recompensem reformadoras por prolongarem a vida útil dos pneus,

pouparem recursos naturais, reduzirem a poluição ao meio ambiente, e por todo o benefício à sociedade.

Em entrevista à Pneus & Cia., o deputado fala sobre o setor e o andamento do projeto.

Pneus & Cia.: Como o senhor percebe o segmento de reforma de pneus?

Dep. José Fernando: O setor é muito importante para o meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável, principalmente, neste momento em que vivemos, de ordem econômica mundial caracterizada pela crescente fabricação de veículos automotores, e, por conseguinte, pela demanda aquecida para a produção de pneus. Sa-be-se que os pneus são produtos de degradação lenta e que podem apresentar riscos à saúde pública e ao meio ambiente se não houver o correto descarte final e, por isso, a questão dos pneus é um grande problema am-biental. A reforma é uma saída inteligente, econômica, protege o meio ambiente e favorece a sociedade.

Pneus & Cia.: O senhor fala muito em desenvolvimen-to sustentável. O que propõe para relacionar a questão dos pneus com a sustentabilidade ecológica?

JF: A sustentabilidade se dá de uma forma planejada, organizada e com parâmetros e metas a serem cum-pridas. Nesse sentido, estamos desenvolvendo um tra-balho, a nível federal, em parceria com a Amirp, que está coordenada com a associação brasileira. Trata-se de um Projeto de Lei (PL) específico para o segmento de reforma de pneus, que pretende incentivar a práti-ca no Brasil. Posso dizer que esse PL visa realmente à sustentabilidade. E eu, como deputado federal do PV, sinto a obrigação de apoiar a prática da reforma.

Pneus & Cia.: O cenário político está aberto para essa discussão dos pneus reformados?

JF: Acredito que sim, pois a questão dos pneus é um dilema ambiental mundial. Atualmente, a agenda do planeta é a do meio ambiente, não faz sentido a polí-tica fugir disso. Vivemos em um mundo de seis bilhões de habitantes, e os índices demográficos indicam que a população da Terra deve chegar a nove bilhões nos próximos 40 anos. Se não tomarmos medidas preven-tivas que objetivem exatamente a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, estaremos

condenados a uma qualidade de vida cada vez pior e a uma condição preocupante para as gerações futuras.

Pneus & Cia.: Para quando está prevista a apresenta-ção do PL?

JF: Ainda este mês. Um levantamento sobre o segmento de reforma de pneus no Brasil já foi encaminhado para os consultores da Câmara dos deputados, do PV e para os meus assessores. Estamos trabalhando para que este seja um projeto que venha ao encontro das necessidades do meio ambiente e dos empresários da reforma de pneus.

Pneus & Cia.: Qual o maior benefício que esse PL trará?

JF: O setor será muito favorecido, pois passará a ter um arcabouço jurídico para proteger e incentivar a sua atividade. E as pessoas serão beneficiadas com uma melhor qualidade de vida, visto que o incentivo à reforma representa uma proteção ambiental. Todos têm muito a ganhar.

Pneus & Cia.: O que os cidadãos e os empresários da reforma podem fazer para impulsionar esse PL?

JF: No momento em que for relatado pelas comissões, provavelmente a de meio ambiente e a de desenvol-vimento econômico, será importante a pressão da sociedade em cima do congresso nacional para que o projeto tenha uma tramitação rápida e cumpra as ex-pectativas do segmento e da população.

Pneus & Cia.: Há alguma ação que deve ser priorizada no contexto do projeto?

JF: A Amirp sugeriu, para constar no PL, medidas im-portantes para favorecer o reformador de pneus no âmbito tributário, e acredito que é essa questão que deva ganhar uma primeira atenção. Nós pretendemos buscar a aprovação do PEC (Projeto de Emenda Cons-titucional), que imuniza a cobrança de impostos para produtos reciclados com matéria-prima nacional. Além disso, buscaremos reduzir a base de cálculo para a apu-

ração do imposto de renda; eliminar a taxa do Ibama, a TFCA (Taxa de Fiscalização e Controle Ambiental), para as reformadoras que estejam em dia com as nor-mas ambientais e proporcionar uma alíquota de ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) que não penalize o empresário da reforma, entre outras propostas. A carga tributária está muito pesada para um setor que beneficia a sociedade.

Pneus & Cia.: Em alguns países desenvolvidos, como nos Estados Unidos, existem leis que obrigam determi-nadas frotas públicas a usarem pneus reformados. O mesmo seria viável no Brasil?

JF: Não só é viável, como essa questão consta nas propostas para o PL. Pretendemos criar incentivos para que as prefeituras, o governo do estado e o pró-prio governo federal priorizem a utilização de pneus reformados na sua frota de veículos, promovendo uma atitude ambientalmente correta.

Pneus & Cia.: O setor busca a certificação de “Indús-tria Verde”. O que o senhor acha dessa titulação?

JF: As empresas de reforma de pneus já são indústrias verdes na sua essência. Esse certificado seria para dar direito ao que já é fato, mas seria um relevante re-conhecimento para as reformadoras que cumprissem todos os encargos legais para sua regularização e ade-quação aos padrões de sustentabilidade.

Filho do embaixador e ex-ministro da cultura José Aparecido de Oliveira, José Fernando se consolidou como homem público quando eleito como prefeito da cidade mineira de Conceição do Mato Dentro (2001 a 2004, reeleito em 2005). Além de presidente esta-dual do PV, o deputado federal é também presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura. Um de seus trabalhos que merece destaque foi a pre-sidência do Conselho Diretor do Programa Mineiro de Incentivo à Produção de Aguardente (Pró-cachaça, 1999-2000) e a criação do selo que certifica a cacha-ça como produto de qualidade.

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.CENÁRIO

Realmente, o mundo precisa de reformas. E, quando falo em reformas, me refiro a todos os setores da economia e da sociedade.

Reformar é dar melhor forma, melhorar, aprimo-rar. É o que fazemos, por exemplo, com um pneu. Mas, neste caso, o conceito ganha amplitude, uma vez que estamos atuando diretamente no cresci-mento sustentável.

Práticas sustentáveis são aquelas que impulsionam o desenvolvimento econômico, promovem melhorias sociais e impedem a destruição do meio ambiente. Essas ações geram bem-estar e asseguram que os re-cursos naturais, como o petróleo, por exemplo, sejam usufruídos pelas próximas gerações.

Se levarmos em consideração que o petróleo é um recurso natural caro e não renovável, podemos di-zer que ao reformarmos um pneu economizamos o chamado “ouro preto”, pois cada pneu reformado economiza, em média, 57 litros de petróleo. Assim, ao compararmos a produção de um pneu reformado com a de um novo, concluímos que, com a reforma, além de evitarmos que os pneus sejam descarta-dos precocemente na natureza, conservamos litros e litros de petróleo e grande quantidade de ener-gia. Esse dado é importante quando o assunto é a sustentabilidade do planeta, já que diariamente são produzidos, em todo o mundo, cerca de dois mi-lhões de pneus novos.

Ratificando o conceito de sustentabilidade, a reforma também contribui significativamente para o sucesso do setor de transportes. Isso porque diminui os cus-tos com a compra de pneus para as frotas, e, confor-me apontam pesquisas recentes, a escolha da banda correta ainda influencia na redução do consumo de combustíveis. Portanto, os dois principais custos do setor são reduzidos graças à reforma de pneus. Esti-ma-se que essa redução por quilômetro rodado seja

superior a 50%. Para citar exemplos de situações nas quais o desempenho é exigido ao extremo, vale frisar um detalhe importante da reforma: não há perda de desempenho, tampouco de segurança, pois os pneus reformados possuem, hoje, um padrão tão alto de qualidade e confiabilidade que até aviões e veículos de rali investem na prática.

Com todos esses fatores positivos, a reforma é uma atividade que cresce a cada dia em todo o mundo. Hoje, as principais nações reformam e algumas pos-suem leis para que as frotas oficiais tenham os pneus dos seus carros reformados pelo menos uma vez. Na Itália, a reforma de pneus é considerada uma ativida-de “verde”. Caminhoneiros da Alemanha, Espanha, Portugal, China, Austrália, Estados Unidos (EUA) e de muitos outros países já rodam em veículos com pneus reformados.

Nos EUA, por exemplo, a segurança dos pneus refor-mados tem sido atestada pelo uso diário em ônibus escolares e municipais, carros de bombeiros e outros veículos de emergência, táxis, serviços de entrega como os correios, além de outros carros comerciais do setor público e privado. Existe, inclusive, uma lei federal que obriga o uso de pneus reformados em certos veículos do governo. O país norte-americano apresenta o maior mercado em reforma de pneus, e atrás está o Brasil, com o 2º lugar no ranking mundial de reforma de pneus.

O mundo precisa mesmo de reformas como a de pneus, que, além de economizar os recursos naturais, ajudam no desenvolvimento do setor e colaboram para a construção de uma sociedade mais responsá-vel e para a preservação do meio ambiente, que tanto precisa de cuidado.

João Carlos Paludo – presidente executivo da VipalE-mail: [email protected]

O MUNDOPRECISA DEREFORMAS

CAPA16

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Fim da venda dos pneus importados com meia-vida. Perspectiva de inflação da carca-ça nacional. Possibilidade de aumento no lu-cro dos recauchutadores. Redução no qua-dro de funcionários em certas reformadoras do país. Essas são algumas das consequên-cias, positivas e negativas, já sentidas pelo setor de pneumáticos agora que está proibi-da a importação de carcaça de pneus.

A Pneus & Cia. não deixaria esse assunto passar em branco e traz a opinião de presi-dentes e consultores de entidades represen-tativas do segmento no Brasil, que dizem o que importa com o fim da importação.

O QUE IMPORTACOM O FIM DA IMPORTAÇÃO

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por Mariana Conrado e Ruleandson do Carmo

Após prolongados anos de debates sob argu-mentos ambientais, econômicos e judiciais, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu um fim à

polêmica sobre a importação de pneus usados: está proibida a entrada desses produtos, vindos de qual-quer país, no mercado brasileiro.

Tal novidade, como é de se esperar, interfere direta-mente no segmento de pneus, que se encontra dividi-do em empresários contrários e favoráveis a essa de-cisão. Entretanto, o martelo foi batido, o julgamento ficou claro e agora é preciso que o setor caminhe em frente neste novo cenário.

A previsão é que em 2009 o Brasil registre um volume menor de pneus usados importados. Em 2008, o país importou 7 milhões desses produtos. Anteriormente, os números foram mais expressivos: 2006 acumulou 7,2 milhões e 2005, 10 milhões. Esses dados, relatados no julgamento do STF pelo advogado geral da União, José Antônio Dias Toffoli, foram usados para o parecer favorável à proibição da importação por uma questão ambiental, devido ao monte resultante da soma dos pneus importados e nacionais futuramente inservíveis.

Por outro lado, alguns empresários do setor contes-taram esse argumento ressaltando que há a devida preocupação com a disposição final ambientalmente adequada dos pneus quando se tornam inservíveis, como determina a Resolução 258 do Conama, que institui a responsabilidade, pelo ciclo completo da mercadoria, ao produtor e ao importador. A legisla-ção estabelece que, para cada quatro pneus novos fabricados ou importados, os empresários devem dar a destinação final correta a cinco pneus inservíveis.

Diante de todos esses pontos, consultores e empre-sários que representam o segmento de pneumáticos em alguns pontos do Brasil já convivem com as mu-danças. Eles relatam de que forma a decisão do STF alterou seus negócios e quais caminhos pretendem seguir. Entre posturas radicais e outras mais otimistas, os entrevistados descrevem como tem sido este pro-cesso de adaptação.

Impactos do fim da importação

Para o consultor técnico da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), Carlos Tho-maz, as perspectivas não são boas para o setor de pneumáticos. “A proibição pelo STF vai interferir, principalmente, no setor de reforma de pneus remol-dados da linha automóvel. Na minha visão, podemos esperar o fechamento de algumas unidades reforma-

doras, o que pode gerar uma taxa de desemprego elevada”, especula Thomaz.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha do Estado do Paraná (Sindbor-PR), An-tonio Cláudio Vieiro, também acredita que o fim da importação das carcaças de pneus prejudicará mo-mentaneamente o setor, especialmente os recapado-res. “Nesse segmento, quase todos aproveitavam da importação. Para eles, de imediato, pode haver uma queda no volume de recapagem, porque a compra da carcaça importada vai ter que ser substituída pela compra de pneu novo, nacional ou importado. E mais ainda, o recapador terá que esperar o desgaste desse produto para recapar”, diz Vieiro. Outro impacto ne-gativo, destacado pelo empresário, é a perda da agre-gação de valor: “o pneu importado agregava um valor maior à reforma e por isso faturava-se um pouco mais, até mesmo aqueles que importavam e apenas vendiam os pneus usados lucravam mais. Acredito que os reca-padores terão uma queda no faturamento”.

Na avaliação de Octavio de Bastos, presidente da Associação de Reformadores de Pneus do Estado do Rio de Janeiro (Arperj), “o esperado é que as em-presas encolham o índice de produção, pois a falta de carcaça brasileira para a reforma era suprida com a importação. Sem a mesma quantidade de carcaças para reforma, não há serviço suficiente para o antigo quadro de funcionários, então ele não é mais neces-sário. E isso já é realidade”. Segundo Bastos, em re-formadoras dos estados do Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo ocorreram reduções de 50% do quadro de colaboradores, nas últimas semanas.

O presidente da Arperj acredita ainda que a geração de caixa ficará comprometida, pois os reformado-res vão faturar menos do que antes, tornando difí-cil cumprir as metas de crescimento e investimento outrora estabelecidas. “As empresas estão tendo que reduzir. Sem dúvidas, acho que a proibição da importação de carcaças para reforma foi a pior no-tícia para o setor dos últimos dez anos. Vamos levar tempo para recuperar o prejuízo e deve haver tam-bém uma diminuição no número de reformadoras”, analisa o empresário.

Bastos diz ainda que, com a falta de carcaça importa-da, a nacional encarecerá: “a carcaça nacional vai se tornar moeda de troca: quando o brasileiro for trocar o pneu, primeiro ele vai perguntar ‘quanto você paga pela minha carcaça usada?’, pois haverá pouca carca-ça no mercado. O consumidor vai querer vender ou ganhar um desconto ao entregar a carcaça”. Para o

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empresário não se trata de pessimismo, mas do mo-mento em que a mudança na legislação ocorreu: “a crise mundial já estava afetando o nosso setor e ago-ra teremos a crise da falta de matéria-prima”.

O presidente do Sindicato da Indústria da Borracha e da Recauchutagem de Pneus no Estado do Espíri-to Santo (Sindibores), Rogério Pereira, entende que a proibição da importação de carcaça de pneus im-portados afetará de modo diferente os segmentos pertencentes ao setor de reforma de pneus. Para ele, o ramo da remoldagem é o que mais sofrerá, pois demanda uma quantidade maior de carcaça para ali-mentação da indústria. Os ramos da recapagem e da recauchutagem sofrerão ainda mais com um proble-ma que sempre os afetou, segundo Pereira: “a má qualidade da carcaça nacional”.

Com visão otimista, Vanderlei Carvalho, consultor técnico em pneus, apesar de acreditar que quem de-pendia exclusivamente da carcaça importada para reforma enfrentará perdas até se readaptar ao novo cenário, avalia como positivo o fim da importação de pneus usados. “Primeiro porque estanca a venda de pneus com meia-vida, trazendo mais segurança e uma busca maior pelo pneu reformado. E segundo porque paralisou a entrada no Brasil de carcaças de pneus não adequados ao clima do país, pois vinham de pneus fabricados para situações climáticas, como neve, não existentes aqui”.

Também desacreditando em grandes perdas para o setor, a Associação Nacional da Indústria de Pneumá-ticos (Anip) divulgou que não tem perspectiva de que a proibição resulte em desemprego aos reformadores, pois, conforme declara o presidente da Anip, Eugênio Deliberato, por meio de sua assessoria de imprensa, “a quantidade de carcaças existentes no país é sufi-ciente para não prejudicar o setor”.

As várias opiniões, ainda que diversificadas, apon-tam que o certo mesmo é que os empresários do ramo precisam se adequar às novas realidades. Mas de que forma?

Os melhores caminhos

Para o presidente da Associação das Empresas Refor-madoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp), Ademir Serafim, neste momento de mudanças, os reformadores precisam encontrar outros meios de su-prir suas necessidades, para não terem que tomar ati-tudes drásticas: “quem não se adequar, terá que, em último caso, demitir funcionários”, enfatiza Serafim.

Adaptação é a palavra-chave também citada pelos presidentes da Arperj, Octavio de Bastos, e da Sind-bor-PR, Antonio Cláudio Vieiro. Bastos sugere que os

empresários do ramo devem “reduzir ao máximo os custos fixos, procurar outras fontes de renda, investir em negócios alternativos, como trabalhar com pneus importados novos para revenda”.

Na mesma linha de pensamento, Vieiro aponta algu-mas saídas para encarar a perda momentânea do fatu-ramento: “caso o empresário tenha capital disponível, ele deve importar pneus novos, caso contrário, ele deve enxugar máquinas da reformadora e tentar ficar me-nor. Mas é interessante mesmo agregar novos serviços para compensar a queda no lucro”. Entretanto, para o empresário, tempos melhores não estão distantes: “a longo prazo, daqui a seis meses, aproximadamente, a procura pela recapagem voltará a ser a mesma que a de hoje, mas ainda assim acredito que haverá a perda do valor agregado pela antiga carcaça importada. En-tão, devemos esperar queda de todo jeito”.

Visão semelhante tem o presidente do Sindibores, Rogério Pereira, que também aponta possibilidades para compensar possíveis perdas: “acredito que os grandes remoldadores passem a importar pneus no-vos e que os menores devam se tornar distribuidores, revendedores de pneus novos e importados”.

Já o consultor técnico da ABR, Carlos Thomaz, afirma não haver paliativos para contornar a situação. No entanto, ele acredita que nem todo segmento preci-sará de grandes medidas: “o setor de pneus de carga é o que sofrerá menos, com uma perda de 15 a 20% na produção, mas a linha passeio terá que saber li-dar com uma falta de carcaças. No momento, o único ‘remédio’ são as carcaças nacionais que abastecem pouco o mercado”.

O presidente da Amirp, Paulo Bitarães, acredita que o momento é oportuno para que toda a cadeia refor-madora de pneus reveja suas atitudes. “Em vez de la-mentar, os reformadores devem assumir uma postura pró-ativa. É hora de investir pesado e se mobilizar para a conscientização dos usuários de pneus, para que eles não usem o pneu até a exaustão e para que o levem para reformar antes que se torne inservível”, diz.

Obediência ao TWI – uma possível solução

Já que agora a carcaça nacional será a única opção, é fundamental aumentar a quantidade de carcaças com nível de qualidade e segurança que permitam a reforma. Mas isso depende de uma mudança comportamental do brasileiro. “Faz parte da cultura do motorista em nosso país usar os pneus além dos limites de desgas-te”, lembra Carlos Thomaz, da ABR. Segundo o técnico Vanderlei Carvalho, as pessoas demoram a substituir os pneus para tardar ao máximo o gasto com a reposição do item. E, disponibilizando tardiamente o pneu, nem sempre é possível reformá-lo, pois torna-se inservível.

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Para melhorar o nível da carcaça, Paulo Bitarães e Van-derlei Carvalho sugerem a realização de programas semelhantes ao Projeto TWI, feito pela Amirp. “TWI (Tread Wear Indicator) é o identificador de desgaste dos pneus. O limite é regulado pela legislação brasilei-ra, que estipula a obrigatoriedade de o motorista res-peitar uma profundidade mínima dos sulcos de 1.6mm em toda a extensão da banda de rodagem”, explica Vanderlei, que lembra que trafegar com os pneus fora do limite é ilegal, conforme rege a resolução do Conse-lho Nacional de Trânsito (Contran) 558/80.

E é com o objetivo de conscientizar a população sobre o momento ideal para substituir os pneus, não só em nome da segurança, mas também para aumentar a recapabilidade do produto, que a Amirp realiza o Projeto TWI. Trata-se de cursos que são ministrados para capacitar agentes de trânsito a identificarem o nível de desgaste dos pneus e a orientarem os motoristas sobre essa questão.

“É um projeto antes de tudo social. Ao conscienti-zar as pessoas sobre o respeito necessário ao TWI, espera-se diminuir o uso de pneus que não deve-riam estar circulando, o que aumenta a seguran-ça e reduz, consequentemente, os gastos públicos com acidentes de trânsito. Além disso, o projeto contribui, indiretamente, com o meio ambiente, por incentivar e possibilitar um maior número de reformas”, diz Carvalho.

Ainda em meio a diversas visões e opiniões, pode-se perceber saídas para evitar prejuízos nesse período de adaptação ao novo cenário. Conforme ressaltaram os entrevistados, essa “crise” é apenas momentânea.

O reformador deve agir, se adaptar e estar preparado para, em breve, provavelmente, lidar com uma nova alta na demanda de reforma, assim como prevê An-tonio Cláudio Vieiro, presidente do Sindbor-PR: “de-vemos esperar o mercado reaquecer para recuperar-mos possíveis perdas”.

No início da década de 1990 os pneus começa-ram a ser tema nas discussões judiciais no Bra-sil. Desde 1991, diversas portarias e decretos mencionavam a proibição da importação de carcaça de pneus usados.

No entanto, uma série de liminares autorizava o desembarque desses produtos. Por força do Tribunal Arbitral do Mercosul, eram recebidas somente as carcaças dos países que integram o bloco econômico sul americano. A União Euro-peia, por sua vez, questionou, na Organização Mundial do Comércio (OMC), o direito de tam-bém exportar para o nosso mercado nacional.

Diante de toda essa batalha, a OMC reconhe-ceu o direito brasileiro de restringir a entrada dos pneus europeus, mas considerou que seria justo suspender as importações dos produtos do Mercosul também. Assim, exigindo o fim das irregularidades no comércio de pneus, a OMC determinou que o Brasil suspendesse definitiva-mente a importação de carcaça de pneus.

Em 2006, a presidência da República, solicitou que o STF declarasse constitucionais todos os atos do governo que regulam as restrições à importação de pneus usados e cassasse todas as decisões judiciais que permitiam a atua-ção. Em decorrência do pedido, foi proposta a ADPF 101(Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental).

Apenas agora, em 2009, essa questão chega ao fim. No mês de junho, o STF decidiu, por oito votos a um, que a importação de carcaça de pneus usados no país fere a Constituição Fe-deral e está, portanto, proibida.

RECAPITULANDO

Na edição passada, ao comentar sobre utili-zação de pneus e reformas, citei uma situa-ção que vemos com frequência, cujo texto

vou repetir aqui: “É muito comum o transportador – e mais ainda no caso de autônomos – utilizar o seguinte argumento: ‘pode reformar mesmo sem garantia, que vou deixar como estepe’, ou ainda: ‘vou usar no reboque’”.

Vamos, então, estender um pouco mais a questão das garantias. Um pneu tem cinco anos de garantia da carcaça, contados a partir da data de fabricação, e isso é de responsabilidade do fabricante do pneu. Entretanto, o prazo de garantia não deve ser con-fundido com prazo de validade.

Pneu não tem prazo de validade. É como um ele-trodoméstico: quando vence a garantia de um ano, você continua usando sem garantia ou faz um novo carnê nas Casas Bahia? Com pneus é a mesma coi-sa: vencida a garantia, eles podem continuar a ser utilizados, agora sem a garantia do fabricante. Isso é muito comum em pneus agrícolas e de máqui-nas, mas os pneus de carga raramente duram tanto tempo, devido às condições de utilização e aos cui-dados (poucos e raros) que recebem.

Quanto às garantias para os pneus serem reforma-dos, já existe legislação. A norma NBR NM 225, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técni-

cas), determina, entre os critérios, que os seguintes pneus são desclassificados para reforma:

• pneu de automóvel ou seus derivados e reboca-dos que já tenham sido reformados ou que te-nham mais de cinco anos de fabricação;

• pneu contaminado por produtos derivados de petróleo;

• pneu com danos (avarias) que superam os limites previstos ou contidos em áreas não reparáveis;

• pneu com rachaduras nos flancos;• pneu que apresenta sinais de ter rodado com

pressão insuficiente ou tem dobras nas lonas da carcaça, ou ondulações perceptíveis ao tato, es-trias, variações de cor, circunferências na zona de flexão, rugas ou aspereza do revestimento inter-no (liner);

• pneu sem câmara contendo separação do liner ou abertura na emenda do mesmo;

• pneu com uma ou mais lonas expostas por des-gaste excessivo da banda de rodagem;

• pneu com rachaduras ou deformações perma-nentes em dimensões superiores aos limites de-finidos;

• pneu que apresenta degradação da borracha por superaquecimento na área do talão;

• pneu com danos na área do talão que atinjam as lonas da carcaça;

• pneu radial para ônibus, caminhões e seus re-bocados que apresente separação nas bordas da

PNEUS E FROTAS

GARANTIAS DE PNEUSE REFORMAS

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primeira cinta de trabalho, superior a 10 mm de largura, em um ou ambos os ombros, e

• pneu diagonal cujas lonas tenham sido danifica-das em extensão superior ao limite.

Os critérios acima estão transcritos de forma sim-plificada e os limites citados não estão reproduzi-dos aqui.

Como se pode ver, a quantidade de situações e ca-racterísticas que inviabilizam a reforma de um pneu é extensa e algumas delas só podem ser detectadas depois que o pneu for raspado. E, mesmo assim, há quem não aceite (pelo menos, com boa vontade ou humor) a recusa e devolução de um pneu raspado.

Maior absurdo ainda é querer que seja feita a re-forma sem garantia. É por isso que digo nas minhas palestras e treinamentos: não conheço pneu sem garantia. Explico: se não pode ser dada garantia é porque não pode ser reformado, e não por vontade do reformador, mas sim por força da legislação.

Cabe aqui uma ressalva: as normas da ABNT, por si só, não têm legalidade ou força de lei. No caso específico de pneus e reformas, o que as torna um instrumento de parâmetro legal para essas ques-tões é o fato de serem citadas como referência na resolução 558/80 do Conselho Nacional de Trân-sito (Contran), que estabelece os requisitos para fabricação e reforma de pneumáticos.

As garantias dadas pelos fabricantes de bandas e camelback ou pelos reformadores têm suas limita-ções e podem variar de um para outro, pois não existe regulamentação para isso. Cada um deter-mina quais os seus critérios, o que deve estar clara-mente descrito num contrato, em geral representa-do por um certificado de garantia.

Alguns concedem uma garantia válida em todo o país: se o pneu foi reformado em Minas Gerais e apresentou um problema em outro estado, basta procurar um autorizado da mesma rede no local e a garantia será dada, desde que atendidos os critérios estabelecidos. Em outros, a garantia so-mente é honrada no mesmo reformador onde foi feito o serviço.

Assim como variam os critérios, os termos e o al-cance da garantia, podem variar também os mode-los de pneus aptos a receber a garantia, a forma de indenização e o percentual sobre o valor pago na reforma. Afinal, cada um determina os termos do seu programa de garantias. E, acima disso, existe a nota fiscal, único instrumento legal para comprovar a prestação do serviço e imprescindível para garan-

tir os direitos e deveres de ambas as partes – for-necedor e cliente – perante a legislação de defesa do consumidor.

Dentre as limitações comuns à maioria dos fabri-cantes, está o limite de até três reformas e a exi-gência de garantia na reforma imediatamente an-terior. E existe também o uso de uma modalidade de seguro, junto ou como alternativa à garantia e, em geral, seguro implica pagamento de um valor, mesmo que pequeno, a título de prêmio ou taxa à seguradora.

Nem o fabricante, nem o reformador, têm contro-le ou mesmo conhecimento sobre como o pneu será utilizado e conservado e por essa razão é ne-cessário haver critérios e limites que definam os termos e os casos em que a garantia será válida ou não. É mais ou menos como reclamar que os alimentos estão se estragando na geladeira sem informar que a porta está constantemente aberta. O fabricante não é responsável pela má utilização do produto.

Aos transportadores, um recado: se você tem um reformador que lhe devolve o pneu porque foi recusado, acompanhado de um laudo que infor-me o motivo da recusa, aproveite que logo va-mos nos aproximar do Natal e faça uma reserva no seu orçamento para comprar uma lembrança para ele. Uma agenda, uma garrafa de vinho, um panetone, uma caneta, ou qualquer outra coisa. Devolver o pneu sem reformar mostra a respon-sabilidade, o comprometimento e a seriedade que o reformador tem com você, sua empresa, seus pneus e, acima de tudo, com a vida e a segurança, sua e de seus motoristas.

Tal situação é perceptível, principalmente, se o pneu foi devolvido raspado. Afinal, para coletar, examinar, raspar e devolver a carcaça há gastos de transporte, energia e mão-de-obra, além do tempo empregado, mas ao devolver um pneu recusado, sem reformar, nada é cobrado, mesmo que existam despesas. Este sim é um parceiro sério.

Por fim, em uma única situação um pneu recusa-do pode ser enviado a um segundo reformador para que seja finalmente reformado: quando o primeiro fizer somente reformas a frio e a carcaça apresentar características que impeçam que esse processo seja empregado, mas que possa ser re-formada a quente.

Pércio Schneider – especialista em pneus da Pró-SulE-mail: [email protected]

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SERVIÇOS

Altos ruídos, calor intenso e movimentos repen-tinos são algumas das condições de trabalho que podem trazer problemas aos colaborado-

res de reformadoras de pneus. No entanto, há uma vertente da medicina e da tecnologia contemporâ-nea preocupada em adaptar o ambiente de trabalho ao dia-a-dia dos funcionários de uma empresa, não só no ramo pneumático, mas em toda atividade hu-mana. Essa ciência é a ergonomia. Muito mais do que aplicar a postura correta na cadeira ideal, como popularmente é conhecida, “a ergonomia estuda as relações entre o homem e o seu trabalho, para executá-lo de forma segura, saudável e confortável, impactando assim na melhoria da produtividade”, explica o ergonomista, fisioterapeuta do trabalho e doutor em engenharia de produção Eduardo Ferro.

A ergonomia não é apenas uma escolha empresarial para melhorar o local de trabalho ou a produtividade, mas sim uma obrigação legal, conforme reza a Norma Regulamentadora nº 17 do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece parâmetros para a adapta-ção do trabalho às condições psicológicas e fisiológi-cas dos trabalhadores, promovendo conforto, segu-rança e desempenho eficiente.

Para a gestora de recursos humanos (RH) de uma reformadora de pneus, Aline Costa, a ergonomia é fundamental às empresas e aos funcionários, pois “sem realizar as modificações ergonômicas neces-sárias, o funcionário fica muito mais cansado e pode perder a motivação para trabalhar. A ergonomia tem papel extremamente importante para o cola-borador ficar bem disposto e evitar o desgaste”, pondera. Assim, Aline concluiu que o resultado se dá por meio do aumento da produtividade e da sa-tisfação do funcionário.

Segundo Eduardo Ferro, a atuação da ergonomia é ampla: “envolve diversas áreas, como a biomecânica ocupacional, a análise de riscos, de comportamentos humanos, o estudo do pensamento, a organização do trabalho, dentre outras”. O ergonomista desta-ca como males mais comuns decorrentes da falta de um planejamento ergonômico nas empresas, princi-palmente nas indústrias: lesão por esforço repetitivo

(LER), acidentes de trabalho, doenças osteomuscula-res, respiratórias, auditivas, visuais e erro humano.

Para prevenir tais problemas, o especialista cita dicas simples, como melhoria da organização do trabalho, revezamento de atividades, eliminação de movimentos críticos, redução de esforços, redução de movimentos repetitivos, práticas de boa saúde, alongamento, rela-xamento e melhoria do designer de postos de trabalho, que devem ser adequados ao corpo humano.

Dividindo as ações entre donos da empresa e fun-cionários, Eduardo Ferro diz que os gestores devem realizar o levantamento da situação inicial, capacitar administradores da ergonomia e criar procedimentos e planos de melhoria contínua. Já aos funcionários cabe zelar pela sua saúde física e emocional, assim como colaborar com a empresa no processo de apli-cação da ergonomia.

ERGONOMIA: TRABALHO ADAPTADO AO HOMEM

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por Ruleandson do Carmo

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Em minha trajetória profissional encontrei com-panhias cujos dirigentes assumiram pessoalmen-te sua incapacidade de administrar sua força de

vendas. Diante disso, a terceirização das vendas é uma opção a ser considerada. Como fazê-la?

1. Abra uma empresa de prestação de serviços a partir de sua equipe atual.

Seus profissionais de vendas seriam demitidos cons-tituindo uma corporação independente, sem vínculos trabalhistas. Para tanto, eles precisariam de apoio no âmbito jurídico, contábil e administrativo.

2. Caso você não tenha uma equipe própria, bus-que no mercado uma empresa especializada em intermediação e terceirização de vendas.

Essa opção apresenta prós e contras. O lado positivo está na experiência deste tipo de organização no exer-cício da atividade. Já o negativo é pela falta de exclusi-vidade e possível dispersão, pois essas empresas lidam com várias companhias de diversos segmentos.

3. Independentemente do caminho trilhado, um as-pecto fundamental está nas pessoas, ou seja, na equi-pe que irá comercializar seu produto ou serviço.

Por isso, o perfil destes profissionais deve ser definido de maneira detalhada e estar alinhado à sua cultura e valores.

4. O próximo passo é de capacitação e treinamento.

Toda venda hoje é consultiva, o que demanda conhe-cimento técnico do produto ou serviço ofertado, e ainda é relacional, pois envolve a percepção das rea-ções emocionais do comprador.

5. Com relação à política de remuneração, o siste-ma deve combinar pagamento fixo com variável.

O valor fixo dificilmente será evitado porque pou-cos terão interesse em lançar-se ao mercado sem ter um valor mínimo que possa cobrir seus gastos. A remuneração variável deverá ser um percentu-al das vendas brutas ou líquidas (descontados os impostos).

6. Como serão tratadas as vendas internas? E o comércio eletrônico, caso exista?

Deve-se definir se a terceirizada concentrará a gestão das vendas em sua totalidade ou se haverá delimita-ção de área territorial.

7. Metas devem ser estabelecidas, com prazos de-finidos e métricas para avaliação dos resultados.

Tudo deve ser feito dentro de um planejamento estra-tégico traçado no início do relacionamento e revisado periodicamente. 8. Um contrato de prestação de serviços deve ser firmado com a terceirizada estabelecendo todas as regras desta parceria.

É desejável que haja uma cláusula de exclusividade dentro do mercado de atuação, bem como uma cláu-sula de saída, em caso de distrato.

Para finalizar, lembre-se de alguns cuidados especiais: primeiro, cuide da comunicação interna, pensando sempre que há uma categoria de vendas que não pode ser delegada – as vendas internas –; segundo, tenha como bússolas a qualidade no atendimento e comprometimento, assuma o seu papel de cliente para julgar se está na rota certa.

Tom Coelho – consultor, professor e palestranteE-mail: [email protected]: www.tomcoelho.com.br

ESTRATÉGIA

TERCEIRIZAÇÃO DE VENDAS

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MEDALHA DE OURO PARAA PERSISTÊNCIA

FAZENDO A DIFERENÇA

por Mariana Conrado

Contrariar as próprias fraquezas e buscar forças para alcançar os sonhos. Há várias pessoas que se destacaram em meio às barreiras, inclusive as

físicas. O compositor de músicas clássicas Beethoven, por exemplo, criou grande parte de sua obra enquanto sofria gravemente de surdez progressiva. Parece inco-erente: um surdo, criando músicas. Mas... “impossible is nothing” (nada é impossível), já dizia a famosa cam-panha que contou casos reais de atletas que venceram as dificuldades e, com determinação, atingiram seus objetivos e se tornaram estrelas mundiais do esporte.

Ultrapassar os limites e desafiar o que muitos acredi-tam que seja impraticável é uma verdadeira maratona para quem quer conquistar um objetivo. Essa “luta” podemos chamar de superação, algo que torna algu-mas pessoas especiais, vencedoras, dignas de serem referências. A atleta Izabel Lina da Silva, aos seus 47 anos, é um exemplo claro dessa “corrida” pelo sonho. Ela é a primeira mulher cega a completar uma marato-na no Brasil. Superou os piores momentos de sua vida, se apaixonou pelo esporte e segue em busca de seus objetivos, com o desejo de ser feliz.

A fase escura

Izabel nasceu aparentemente perfeita, até detectarem um caroço (não especificado) em sua cabeça. Aos sete anos, ela se submeteu a uma cirurgia para retirá-lo, e deixou o hospital cega. Assim mesmo, repentinamen-te, sem ninguém compreender. “Não sei explicar o que houve, mas pelo o que entendi foi um erro médico. Na operação cortaram um nervo ótico e eu tive a perda total da visão”, conta Izabel. O curioso é que sua irmã, Maria Helena da Silva, nasceu com o mesmo proble-ma, operou junto com Izabel, com a mesma equipe médica, e também teve o mesmo resultado.

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A partir de então, Izabel passou a viver às escuras. No sentido literal e figurado: não só ficava de fato no breu, como também mal colocava os pés na rua, não se movimentava, entrou tarde para a es-cola porque não conhecia ensinos especiais, apenas ajudava em alguns afazeres da casa. Izabel cresceu presa em seu próprio mundo, na companhia de sua mãe e de sua irmã. Quando fez 30 anos, entrou em uma crítica fase de depressão. “Eu tinha complexo de inferioridade, era praticamente paralítica, me sentia inválida e aí ficava desmotivada pela minha condição existencial”, diz Izabel ressaltando que a época foi uma das mais tristes de sua vida, “tentei até suicídio”, confessa.

Passo-a-passo para uma realização

Aos 36 anos, Izabel superou os problemas depressivos. Foi quando ela descobriu o esporte. Encantada com a história da velocista paraolímpica, também deficiente visual, Ádria dos Santos, que é considerada uma das melhores do mundo na categoria, Izabel resolveu ten-tar. “No começo era muito difícil, eu ia para a pista e só andava, porque, como passei muitos anos prati-camente rastejando, sem me movimentar direito, eu não tinha muita segurança e nem noção de espaço e coordenação, mal sabia colocar um pé na frente do outro”, conta.

E foi passo-a-passo que Izabel se apresentou na pista, começou a caminhar e logo se apressou e passou a correr. A princípio o objetivo era se exercitar, mas, com o incentivo da família, dos amigos e com a ajuda do treinador, na época Hélvio Feliciano, no mesmo ano Izabel fez a sua primeira competição em Belo Horizon-te, e conquistou o segundo lugar. “Aí eu queria cada vez mais me dedicar ao esporte, pois passei realmente a acreditar que eu conseguia”, conta a atleta.

Persistência

Geralmente, nada no início é fácil mesmo. Izabel re-lembra que no começo as pessoas não tinham muita paciência, nem todos acreditavam em seu potencial, teve problemas financeiros inclusive para conseguir um atleta-guia para acompanhá-la nos treinos e nas corridas – nas competições, é regra que o atleta fique unido ao guia por uma corda presa às mãos. Mas Iza-bel nem sabe mais o que é desistir. Persistiu, continuou a busca e, com a ajuda de amigos e de guias que fazem trabalhos voluntários, a atleta passou a treinar integral-mente e a viajar para as provas.

A dedicação de Izabel para competir nas corridas é de segunda a sábado, seja em uma pista apropriada ou nos passeios de seu bairro. Esse esforço já lhe rendeu vários troféus, medalhas, boas colocações, e, mais do que isso, momentos de felicidade.

No currículo, que mostra várias corridas e seis marato-nas pelo Brasil afora (provas realizadas em Belo Hori-zonte, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Vitória e Rio de Janeiro), tem o título de primeira mulher com deficiência visual a completar uma maratona no país. Essa conquis-ta foi em 2006, na Maratona de Curitiba, com o primei-ro lugar na sua categoria, percorrendo 42.195 metros, com o tempo de 5h7min, debaixo de muita chuva, com a ajuda do atleta-guia, na época, Eustáquio José Pedro.

Atualmente, Izabel conta com o guia paraolímpico, Adelson Antônio França. Durante todo o percurso, nos treinos ou nas provas, o guia relata os detalhes para a atleta. “Ele descreve as ocorrências da pista e mais, as paisagens, as cores, as pessoas. E assim me ajuda a enxergar com o coração”, diz Izabel. E o atleta-guia não esconde a satisfação em acompanhá-la: “aprendo muito com a Izabel, a vontade que ela tem de partici-par de provas longas e a coragem para os treinos me impressionam e me motivam também”, conta Adel-son, admirado pela força da atleta.

Contudo, para Izabel, mais difícil do que os treinos in-tensivos e as próprias competições é a busca por mais patrocínios. Atleta patrocinada pela Fundação Cefet Minas, ela persiste em procurar mais apoio, para con-seguir manter o seu guia e levá-lo nas competições em outras cidades. Adelson trabalha voluntariamente para Izabel, que só pode oferecer uma ajuda de custo. “Acredito que faltam também incentivos do governo e dos organizadores das competições. Sinto que os deficientes são pouco valorizados em termos de pre-miação e reconhecimento. É uma batalha mesmo”, conta. Mas, pelo visto, nada desmotiva Izabel: “inde-pendentemente dos recursos eu quero sempre correr, por amor ao esporte, à saúde, à qualidade de vida e ao meu sonho. E, para isso, todo esforço vale a pena”.

Com o sorriso largo, Izabel diz que, apesar dos obstá-culos, é uma pessoa feliz e aceita suas possibilidades. No entanto, a atleta diz que gostaria de ver todo o es-petáculo de uma competição. “Não tenho revolta por não enxergar. Mas eu gostaria muito de ver a faixa de chegada se aproximando, as pessoas torcendo e espe-rando...”, conta emocionada, porém logo se preocupa em dizer: “mas eu sinto todas as imagens. A sensação de correr é a melhor que existe”.

Persistência, como já deu para perceber, é uma pala-vra que se repete constantemente nas frases de Izabel, que, após nos apresentar toda a sua história, nos deixa sem coragem de sequer pensar em desanimar diante de qualquer obstáculo. “Não podemos nunca desistir dos nossos sonhos. Se o coração da gente realmente quer, é sinal de que podemos. Os empecilhos fazem parte e inclusive nos fazem sentir mais vitoriosos”, diz e ainda finaliza: “com amor, garra e determinação, tudo é possível”.

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Era uma vez duas palavras, vistas pelos outros de um modo um pouco distante do real: o alegre e bondoso “sim”, e o infeliz e maldoso “não”.

Dependendo do momento, eram esperadas por ou-vidos ansiosos, esperançosos ou temerosos. Mas será mesmo sinal de bondade dizer sempre “sim” ou in-dício de maldade dizer sempre “não”?

É preciso entender que nem todo “sim” é positivo e nem todo “não” é negativo. Há o “não” que aprova, há o “sim” que reprova. Há o “sim” que prejudica, há o “não” que beneficia. Há o “não” que machuca, há o “sim” que dilacera. Racionalmente, “sim” e “não” são apenas palavras. Sentimentalmente, “sim” ou “não” depende do significado que dizê-las implica e, principalmente, da ação a ser realizada ou impedida.

Muito se fala sobre a importância de aprendermos a dizer “não”. Entretanto, em pleno século XXI vive-mos em um mundo marcado pelas desigualda-des sociais, fome e pobreza, pela depressão e pelo individualismo. Estamos em uma época em que parece reinar a filosofia do “só eu importo”, em um mundo em que pessoas e sentimentos são descartáveis. Se não me acrescenta, se não me traz lucro ou vantagem imediata, não me in-teressa. Será que já não teríamos aprendido a dizer “não” ao outro e não estaríamos o fazendo com bastante frequência?

A questão não é recorrer aos livros de autoajuda e decorar fórmulas e métodos de se dizer “não”. O que talvez você real-mente precise é aprender a dizer o que for ne-

cessário, o que for melhor para o momento, o que for provocar o bem para quem espera um “sim” ou “não”. Concentre-se, não em dizer “sim” ou “não”, mas em avaliar a situação para encontrar a respos-ta apropriada. Estamos em plena era da Internet, do imediatismo, do quero tudo e quero agora, mas é necessário lembrar que seis simples letras que for-mam palavras como “não” e “sim” podem mudar em definitivo uma vida. Portanto, caso não saiba ou não tenha certeza do que responder, peça um mo-mento, e responda quando tiver amadurecido a deci-são. Nunca opte pelo “talvez”, pois, talvez, pode ser tarde para realmente dizer o que pensava.

Outro ponto extremamente relevante ao falar-se em saber dizer “não” é pensar em para quem você dirá esse “não”. Sabe aquele amigo que sempre arruma um tempo para você, que sempre lhe atende, que sempre faz o que for preciso por você, que se coloca em segun-

do plano para dizer generosos “sim” a você? Pois é, acha justo dizer “não” para ele? Arrisco mais, é decente dizer “não” para alguém assim? Não

há 24 horas de um dia em que não caibam alguns minutos para se doar ao outro. Por-tanto, um esforço, uma sobrecarga, umas horinhas a menos de sono, um pouco menos de dinheiro na conta, e qualquer outro tipo de sacrifício momentâneo são válidos para se evitar um “não” a quem sempre lhe diz “sim”.

Considerando todos esses fatores, a lição é que o importante não é saber dizer “não”, mas saber quando dizer.

Sabendo o quando, não importará onde nem como, mas você será mais feliz e, o principal, livre de qualquer culpa.

Ruleandson do Carmo – jornalistaSite: www.eusoqueriaumcafe.com

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DIGA QUANDO DISSER:A SABEDORIA DO FALAR “NÃO”

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